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Agronomia ·

Fertilidade do Solo

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RECOMENDAÇÕES PARA O USO DE CORRETIVOS E FERTILIZANTES EM MINAS GERAIS 5 a APROXIMAÇÃO RECOMENDAÇÕES PARA O USO DE CORRETIVOS E FERTILIZANTES EM MINAS GERAIS 5 a APROXIMAÇÃO Editores Antonio Carlos Ribeiro Paulo Tácito G Guimarães Victor Hugo Alvarez V Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais CFSEMG Viçosa 1999 Editores Antonio Carlos Ribeiro Paulo Tácito G Guimarães Victor Hugo Alvarez V Revisão técnica e compatibilização Lara Kich Hartmann do texto Ronessa Bartolomeu de Souza Editoração José Roberto Freitas Revisão do texto Maria da Glória Teixeira Ignácio Capa Fotos Joaquim Santana Antônio A Pereira e Mauro Jacob Arte Mauro Jacob Homenagem Às mãos calejadas que trabalham a terra Distribuição desta publicação Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais CFSEMG ou Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa Tel 0XX31 38992630 Fax 0XX31 38992648 CEP 36571000 Viçosa MG Tiragem 5000 exemplares Ficha catalográfica preparada pela Seção de Catalogação e Classificação da Biblioteca Central da UFV Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais C733r Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes 1999 em Minas Gerais 5ª Aproximação Antonio Carlos Ribeiro Paulo Tácito Gontijo Guimarães Victor Hugo Alvarez V Editores Viçosa MG 1999 359p il 1 Solos Correção 2 Fertilizantes Uso I Ribeiro Antonio Carlos II Guimarães Paulo Tácito Gontijo III Alvarez V Victor Hugo IV Título CDD 19ed 63142 CDD 20ed 63142 É permitida a reprodução parcial desde que citada a fonte A reprodução total depende da anuência da Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais Eventuais citações de produtos ou marcas comerciais não implicam em recomendações específicas dos autores ou das instituições Elas têm apenas o propósito de orientar o leitor APRESENTAÇÃO Este livro constitui publicação altamente relevante e necessária para um plantio seguro uma vez que dá a devida orientação a quem vai plantar com relação ao uso apropriado de corretivos e fertilizantes Geralmente os solos de Minas Gerais necessitam dos corretivos e fertilizantes para que o potencial da cultura possa expressarse em termos de produtividade A 5a Aproximação revela o esforço de um grupo competente de pesquisadores que conhecedores das condições edáficas mineiras se dispõem a colaborar procurando atualizar as orientações Digna de registro a preocupação dos pesquisadores e técnicos em oferecer esta obra com cada capítulo sendo escrito por especialista Resultado de experiências e pesquisas de profissionais que colocam à disposição dos extensionistas e agricultores informações atualizadas a publicação permitirá almejar um melhor desempenho das culturas resultando em maior produtividade Certamente será de grande utilidade já que se reveste de qualidades próprias de manuais que são fontes de consulta práticas e objetivas Luiz Sérgio Saraiva Reitor da UFV PARTICIPANTES Participaram do planejamento e elaboração deste trabalho coordenado pela Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais as seguintes Instituições representadas pelos seus técnicos Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite CNPGL Carlos Eugênio Martins Margarida Mesquita de Carvalho e Fábio Teotônio Teixeira de Oliveira in memorian Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo CNPMS Carlos Alberto Vasconcellos Gilson Villaça Exel Pitta Gonçalo Evangelista de França Israel Alexandre Pereira Filho e Vera Maria Carvalho Alves COOPERFLORES Pedro Paulo Gonçalves COOXUPÉ Alexandre Vieira Costa Monteiro Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais EMATER André Rodrigues Filho Jair Moreira de Araújo João Augusto de Avelar Filho José Eustáquio Loureiro José Rodrigues Vieira Luiz Gomes Correia Mário Raimundo de Mello Paulo C Obeid e Waldir V dos Santos Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais EPAMIG Antonio Carlos Ribeiro Francisco Dias Nogueira Francisco Morel Freire Joel Falieri João Chrisóstomo Pedroso Neto José Carlos Frágoas José Mauro Chagas Júlio Buendia Laca Luiz Tarcísio Salgado Marcelo Lanza Maria Leonor Arruda Miralda Bueno de Paula Neusa Catarina Pinheiro Garcia Paulo César Lima Paulo Tácito Gontijo Guimarães Rogério Faria Vieira Ronessa Bartolomeu de Souza e Vanoli Fronza Escola Superior de Agricultura e Ciências de Machado ESACMA Luiz Antônio Augusto Gomes Secretaria de Desenvolvimento RuralMinistério da Agricultura SDRMA Antônio Eustáquio Miguel Antônio Wander Rafael Garcia e Arisson Siqueira Viana Secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento de Uberlândia Hélio J de Morais Sementes Agroceres SA AGROCERES Iedo Valentim Carrijo Sementes Matsuda Herbert Vilela Universidade Federal de Lavras UFLA Ademir José Pereira Alfredo Scheid Lopes Antônio Eduardo Furtini Neto Arie Fitzgerald Blank Arnoldo Junqueira Neto Dulcimar Carvalho Nanetti Ernani Clarete da Silva Janice Guedes de Carvalho João Batista Correa Luiz Antônio Bastos de Andrade Maurício de Souza Messias Bastos de Andrade Rovilson José de Souza e Valdemar Faquin Universidade Federal de Uberlândia UFU Gaspar Henrique Korndörfer Fernando A Reis Filgueira e Regina Maria Quintão Lana Universidade Federal de Viçosa UFV Ângela Cristina Oliveira Stringheta Clibas Vieira Dilermando Miranda da Fonseca Geraldo AA Araújo Herminia Emilia Prieto Martinez Jairo Antonio de Oliveira José Geraldo Barbosa José Mário Braga Júlio César Lima Neves Luiz Carlos Lopes Luiz Eduardo Dias Márcio Mota Ramos Moacil Alves de Souza Nairam Félix de Barros Paulo Cézar Rezende Fontes Reinaldo Bertola Cantarutti Roberto Ferreira de Novais Sebastião Alípio de Brito in memorian Vicente Wagner D Casali e Victor Hugo Alvarez V Dado o caráter dinâmico deste trabalho o qual é reformulado e aprimorado periodicamente muitos técnicos que participaram das publicações anteriores 1a Tentativa 1971 2a Tentativa 1972 e 3a Aproximação 1978 e 4a Aproximação de 1989 por um motivo ou por outro não o fizeram nesta 5a Aproximação A esses técnicos deixamos aqui nossos agradecimentos pela colaboração efetiva no estabelecimento de bases sólidas para esta e futuras aproximações SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 1 2 PROGRAMA INTERLABORATORIAL DE CONTROLE DE QUALIDADE DE ANÁLISE DE SOLOS DE MINAS GERAIS 3 3 AMOSTRAGEM DO SOLO 13 31 Introdução 13 32 Seleção da Área de Amostragem 13 33 Coleta da Amostra de Solo 15 34 Processamento das Amostras 19 35 Freqüência de Amostragem 20 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DAS ANÁLISES DE SOLOS 21 5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DAS ANÁLISES DE SOLOS 25 6 RELAÇÕES BÁSICAS ENTRE NUTRIENTES 33 7 EXTRATOS DE DEFINIÇÕES CONCEITOS E LEGISLAÇÃO SOBRE FERTILIZANTES 37 71 Definições 37 72 Especificações Garantias e Tolerâncias de Fertilizantes Corretivos e outros Produtos 38 8 CALAGEM 43 81 Introdução 43 82 Determinação da necessidade de calagem 45 821 Método da neutralização do Al3 e da elevação dos teores de Ca2 Mg2 46 822 Método da Saturação por Bases 52 83 Quantidade de Calcário a Ser Usada 53 84 Escolha do Corretivo a Ser Utilizado 54 85 Época e Modo de Aplicação do Calcário 59 86 Supercalagem 60 9 UTILIZAÇÃO DE FOSFATOS NATURAIS 61 91 Introdução 61 92 Utilização de Fosfatos Naturais de Baixa Reatividade 62 93 Fosfatos Naturais 65 10 USO DE GESSO AGRÍCOLA 67 101 Introdução 67 102 Gesso Agrícola como Fonte de Ca e de S para as Culturas 69 103 Correção de Camadas Subsuperficiais Visando à Melhoria do Ambiente Radicular 69 1031 Recomendação com base na textura do solo 73 1032 Recomendação com base na determinação do fósforo remanescente 74 1033 Recomendação com base na determinação da NC pelo método do Al3 e do Ca2 Mg2 ou pelo método de saturação por bases 77 11 MICRONUTRIENTES FILOSOFIA DE APLICAÇÃO E FONTES 79 111 Introdução 79 112 Filosofia de Segurança 80 113 Filosofia de Prescrição 81 114 Filosofia de Restituição 82 115 Fontes de Micronutrientes 83 12 ADUBAÇÃO ORGÂNICA 87 121 Introdução 87 122 Tipos e Composição 88 123 Percentagem de Conversão dos Nutrientes da Forma Orgânica para a Forma Mineral 88 124 Eficiência da Adubação Orgânica 88 125 Quantidades Comumente Utilizadas 91 126 Adubação Verde e Manejo dos Restos Culturais 92 13 RECOMENDAÇÕES DE CALAGEM E ADUBAÇÃO NO SISTEMA PLANTIO DIRETO 93 131 Introdução 93 132 Amostragem do Solo 93 1321 Antes de entrar no sistema de plantio direto 94 1322 Áreas sob plantio direto com adubação a lanço 94 1323 Áreas sob plantio direto com adubação em linha 94 133 Calagem 95 134 Nitrogênio 96 135 Fósforo 97 136 Potássio 97 137 Gesso Agrícola 98 14 RECOMENDAÇÕES DE ADUBAÇÃO PARA CULTIVOS EM AMBIENTE PROTEGIDO 99 141 Introdução 99 142 Aspectos Importantes Relacionados com a Adubação em Ambiente Protegido 100 1421 Adubação 100 1422 Salinização 101 1423 Fertirrigação 102 143 Recomendações de Adubação 105 1431 Cultura do Pimentão 105 1432 Cultura do Tomate 106 1433 Cultura do Pepino 107 1434 Cultura da Alface 108 144 Manejo das Coberturas 110 15 FERTIRRIGAÇÃO 111 151 Introdução 111 152 Fertirrigação nos Diferentes Métodos de Irrigação 112 1521 Superfície 112 1522 Localizada 113 1523 Aspersão 114 153 Vantagens e Desvantagens da Fertirrigação 116 1531 Vantagens 116 1532 Desvantagens 117 154 Interação SoloÁguaNutrientePlanta 117 155 Fertilizantes adequados à fertirrigação 120 1551 Solubilidade em água e pureza 120 1552 Compatibilidade 121 1553 pH da água de irrigação 122 1554 Corrosão 123 1555 Acidificação do solo 123 1556 Salinidade 123 1557 Volatilização e danos às plantas 124 1558 Mobilidade de nutrientes no solo 125 16 HIDROPONIA 131 161 Introdução 131 162 Preparo da Solução Nutritiva 133 163 Manutenção e Renovação das Soluções 140 17 DIAGNOSE FOLIAR 143 171 Introdução 143 172 Amostragem Preparo das Amostras e Análise do Tecido Vegetal 145 1721 Coleta das amostras 145 1722 Preparo e remessa da amostra ao laboratório 151 1723 Análise química do tecido 152 173 Padrões de Referência ou Normas 152 174 Interpretação dos Resultados da Análise Foliar 153 1741 Nível crítico e faixa de suficiência 153 1742 Fertigramas 154 1743 Desvio percentual do ótimoDOP 160 1744 Índices balanceados de Kenworthy 162 1745 Sistema integrado de diagnose e recomendação DRIS 163 175 Outras Técnicas de Diagnóstico 167 1751 Determinação de frações ativas 167 1752 Métodos bioquímicos e enzimáticos 167 18 SUGESTÕES DE ADUBAÇÃO PARA AS DIFERENTES CULTURAS EM MINAS GERAIS 169 181 Sugestões de Adubação para Hortaliças 171 1811 Introdução 171 1812 Abóbora Italiana 175 1813 Abóbora Menina 176 1814 Alface 177 1815 Alho 178 1816 Batata 179 1817 BatataDoce 180 1818 Beringela 181 1819 Beterraba 182 18110 Brócolos 183 18111 Cebola 184 18112 Cenoura 185 18113 Chuchu 186 18114 CouveFlor 187 18115 FeijãoVagem trepador 188 18116 Inhame 189 18117 Jiló 190 18118 MandioquinhaSalsa 191 18119 Melancia 192 18120 Melão 193 18121 Milho Verde 195 18122 Moranga Híbrida 197 18123 Morango 198 18124 Pepino 200 18125 Pimentão 201 18126 Quiabo 202 18127 Repolho 203 18128 Tomate 205 182 Sugestões de Adubação para Plantas Frutíferas 209 1821 Introdução 209 1822 Abacateiro 212 1823 Abacaxizeiro 216 1824 Banana Prata Anã 217 1825 Citros 219 1826 Figueira 226 1827 Goiabeira 229 1828 Macieira Marmeleiro e Pereira 232 1829 Mamoeiro 237 18210 Mangueira 239 18211 Maracujazeiro 242 18212 Nespereira 244 18213 Nogueira Pecã 247 18214 Macadâmia 250 18215 Pessegueiro Ameixeira e Nectarina 253 18216 Videira 257 183 Sugestões de Adubação para Floricultura e Jardins 262 1831 Introdução 262 1832 Recomendação de Calagem e Adubação de Substratos para Mudas Covas e Canteiros 263 1833 Cravo 264 1834 Crisântemo para Corte de Inflorescências 266 1835 Gladíolo 268 1836 Roseiras 269 1837 Gramados 271 1838 Plantas Ornamentais Arbóreas e Arbustivas 273 184 Sugestões de Adubação para Grandes Culturas Anuais ou Perenes 277 1841 Introdução 277 1842 Algodão 278 1843 Amendoim 280 1844 Arroz 281 1845 CanadeAçúcar 285 1846 Cafeeiro 289 1847 Eucalipto 303 1848 Feijão 306 1849 Fumo 308 18410 Girassol 310 18411 Mamona 311 18412 Mandioca 312 18413 Milho 314 18414 Seringueira 317 18415 Soja 323 18416 Sorgo 325 18417 Trigo 328 185 Pastagens 332 1851 Introdução 332 1852 Calagem 334 1853 Gessagem 334 1854 Adubação de Estabelecimento 335 1855 Calagem e Adubação de Manutenção 338 1856 O uso de Fosfato Natural de Baixa Reatividade 340 1857 Capineira Milho e CanadeAçúcar para Silagem 341 APÊNDICE 342 Formulário 1A Informações complementares para avaliação da fertilidade do solo Modelo 343 Quadro 1A Garantias mínimas e especificações de fertilizantes nitrogenados extrato da legislação vigente 344 Quadro 2A Garantias mínimas e especificações de fertilizantes fosfatados extrato da legislação vigente 346 Quadro 3A Garantias mínimas e especificações de fertilizantes potássicos extrato da legislação vigente 348 Quadro 4A Garantias mínimas e especificações de fertilizantes com macronutrientes secundários cálcio magnésio enxofre extrato da legislação vigente 348 Quadro 5A Garantias mínimas e especificações de fertilizantes contendo micronutrientes boro cobre ferro manganês molibdênio e zinco e cobalto extrato da legislação vigente 349 Quadro 6A Especificações dos fertilizantes organominerais e compostos extrato da legislação vigente 352 Quadro 7A Especificações dos fertilizantes orgânicos simples extrato da legislação vigente 352 Quadro 8A Composição média de alguns adubos orgânicos 353 Quadro 9A Quantidade de adubo por aplicar no sulco em função do espaçamento 354 Figura 1A Compatibilidade entre vários fertilizantes minerais simples adubos orgânicos e corretivos 355 FATORES DE CONVERSÃO 356 Quadro 10A Fatores multiplicativos fm entre as unidades e formas dos macronutrientes 358 Quadro 11A Fatores multiplicativos fm de transformação dos resultados analíticos do solo quando expressos em ghg ou dagkg mgdm3 kgha e tha 359 Figura 2A Classes texturais dos solos 359 1 INTRODUÇÃO Sob a coordenação da Articulação PesquisaExtensão do Instituto de Pesquisas Agropecuárias do CentroOeste lPEACOMA técnicos em Fertilidade do Solo Pedologia Fitotecnia e Extensão Rural de Minas Gerais conseguiram após várias reuniões em outubro de 1971 editar o boletim Recomendações para o Uso de Fertilizantes no Estado de Minas Gerais 1 a Tentativa Em 1972 sob coordenação do Programa Integrado de Pesquisas Agropecuárias do Estado de Minas Gerais PIPAEMG surgiu a 2 a Tentativa procurando aperfeiçoar as informações anteriores e acrescentar novos conhecimentos A 3 a Aproximação Recomendações para o Uso de Corretivos e Fertilizantes em Minas Gerais foi concluída em 1978 sob a coordenação da Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais procurando levar aos técnicos e extensionistas os novos resultados de pesquisa na área da calagem e adubação das diversas culturas Em 1989 foi editada a 4 a Aproximação preparada pela Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais que contou com a participação de técnicos da EPAMIG da EMBRAPA da EMATER da ESAL e da UFV Houve aperfeiçoamento na fórmula de cálculo da necessidade de calagem pelo método do alumínio cálcio e magnésio trocáveis passandose a levar em conta a textura do solo e a exigência das culturas Também as recomendações de gesso de NPK e de micronutrientes para algumas culturas foram ajustadas Dez anos depois a um passo do terceiro milênio surge a 5 a Aproximação também preparada pela Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais envolvendo Professores Pesquisadores e Extensionistas UFV UFLA UFU EMBRAPA EPAMIG e EMATER Esta versão foi adaptada ao Sistema Internacional de Unidades conforme sugestão da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo traz aperfeiçoamentos no cálculo da necessidade de calagem pelo método do alumínio e do cálcio e magnésio trocáveis inclui um método de cálculo da necessidade de gesso e acrescenta o fósforo remanescente como critério de interpretação da atividade físicoquímica da fração argila do solo além de refinar as recomendações de adubação NPK e micronutrientes para várias culturas Foram ainda incluídos novos capítulos como aqueles sobre hidroponia cultivos em ambientes protegidos e fertirrigação Vale ressaltar que essas recomendações compõem um guia básico de orientação para técnicos e extensionistas sem a pretensão de ser a palavra final Além disso assegura conceitos e métodos que por sua adaptação para condições específicas de cada local e empreendimento possibilita chegar a recomendações mais confiáveis e mais rentáveis 2 PROGRAMA INTERLABORATORIAL DE CONTROLE DE QUALIDADE DE ANÁLISE DE SOLOS DE MINAS GERAIS O Estado de Minas Gerais por meio de sua Comissão de Fertilidade do Solo CFSEMG está integrado desde 1965 ao Programa Nacional de Fertilidade do Solo que no seu início foi coordenado pela Divisão de Pesquisas Pedológicas do Ministério da Agricultura A partir de 1987 foi criado o Programa Interlaboratorial de Controle de Qualidade de Análise de Solos de Minas Gerais PROFERTMG com o objetivo geral de promover o intercâmbio técnico entre os laboratórios de análise de solo e executar um programa de avaliação da qualidade das análises químicas de solo destes laboratórios O PROFERTMG está diretamente vinculado à CFSEMG e integra o Programa Nacional de Controle de Qualidade da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo O PROFERT responsabilizase pelo controle de qualidade das análises de solo recomendadas pela CFSEMG para interpretação da fertilidade do solos Caps 4 e 5 Atualmente o PROFERTMG integra 50 laboratórios públicos e privados dos quais 42 localizamse no Estado de Minas Gerais Caracterizamse por uma capacidade média de análise de 50 amostras por dia e em termos globais representam uma capacidade instalada em Minas Gerais para 420 mil amostras por ano Os laboratórios que integram o PROFERTMG no Estado de Minas Gerais são os seguintes 21 Adubos Santa Maria SA Laboratório de Análise de Solo da Adubos Santa Maria Rua Coronel Póvoa sn Sobral Pinto 36782000 Astolfo Dutra MG 0XX32 451 81198120 22 Adubos Triângulo Laboratório de Análise de Solos Rua Hum 160 Distrito Industrial Araguari 38440000 Araguari MG 0XX34 241 27172525 23 AGRILAB Laboratório de Análise de Solos e Sementes Rua Mercúrio 600 386000000 Paracatu MG 0XX61 671 18932266 24 AGROPÉUAgroindustrial de Pompéu SA Laboratório de Análise de Solo da AGROPÉU Rua Messias Jacob 447 Centro 37640000 Pompéu MG 0XX37 523 16001426 25 Assistência Técnica Laboratorial e Pesquisa ATELPE Laboratório de Solos da ATELPE Av Cassiano de Paula Nascimento 365 38180000 Araxá MG 0XX34 662 7666 26 Braz Vitor De Filippo Laboratório de Análise de Solo Viçosa Ltda Av Santa Rita 468 Centro 36570000 Viçosa MG 0XX31 891 3606 27 Celulose Nipo Brasileira CENIBRA Laboratório de Solos e Nutrição de Plantas Rod BR 381 km 172 35162970 Belo Oriente MG 0XX31 829 51055300 28 Centro de Apoio à Pesquisa e Experimentação Florestal CAPEF Laboratório de Análise de Solo do CAPEF Mannesmann Florestal Ltda Fazenda Irapoã sn Zona Rural 35774000 Paraopeba MG 0XX31 799 50995100 29 Centro Nacional de Pesquisa de Gado de LeiteEMBRAPA Laboratório de Análise de Solos do CNPGLEMBRAPA Rua Eugênio do Nascimento 610 Dom Bosco 36080330 Juiz de Fora MG 0XX32 249 48214822 zerocnpglembrapabr 210 Centro Nacional de Pesquisa de Milho e SorgoEMBRAPA Laboratório de Análise de Solos do CNPMSEMBRAPA Rod 424 km 45 Cx Postal 151 35700970 Sete Lagoas MG 0XX31 779 10 49 1052 211 Centro Tecnológico do Norte de MinasEPAMIG Laboratório de Análise de Solos da EPAMIG Cx Postal 12 39440000 Janaúba MG 0XX38 821 2160 212 Centro Tecnológico do Triângulo e Alto ParanaíbaCTTPEPAMIG Laboratório de Análise de Solos do CTTPEPAMIG Cx Postal 351 38001970 Uberaba MG 0XX34 333 67346699 jfersoncttpmednetcombr 213 CEPETUFV Laboratório de Análise de Solo do CEPETUFV Rod MGT154 km 27 Cx Postal 16 38360000 Capinópolis MG 0XX34 263 10831524 214 Cia da Promoção Agrícola CAMPO Laboratório de Fertilidade do Solo e Nutrição Vegetal CAMPO Rua Benedito Laboissiere 160 Centro 38600000 Paracatu MG 0XX61 671 11642742 lasadascombr 215 Cooperativa Agropecuária de Boa Esperança Ltda Laboratório Análise de Solo e Foliar Rua Esmeralda 555 Jardim Alvorada 37170000 Boa Esperança MG 0XX35 851 17991208 R 209 216 Cooperativa Agropecuária Unai Ltda Laboratório de Análise de Solo CAPUL Rua Prefeito João Costa 1375 Capim Branco Centro 38610000 Unai MG 0XX61 676 11981732 capulunaiadacombr 217 Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas Ltda Laboratório de Análise de Solo Travessa da Aparecida 143 Centro 37190000 Três Pontas MG 0XX35 265 14262377 218 Cooperativa de São Sebastião do Paraíso Ltda Laboratório de Análise de Solos da Cooperativa de São Sebastião do Paraíso Ltda Rua Carlos Munic 140 37950000 São Sebastião do Paraíso MG 0XX35 531 245024552760 219 COOPERCAFÉ Ministério da Agricultura Laboratório de Análise de Solo do Ministério da Agricultura Rua Presidente Tancredo Neves 1474 A Esplanada 35300101 Caratinga MG 0XX33 321 2489 220 Escola Agrotécnica Federal de Bambuí Laboratório de Análise de Química e Física de Solo Fazenda Varginha sn km 5 38900000 Bambuí MG 0XX37 431 1100 221 Escola Agrotécnica Federal de BarbacenaMG Laboratório de Análise de Solos Rua Monsenhor José Augusto 204 Cx Postal 333 São José 36693000 Barbacena MG 0XX32 693 86218614 eafbadmnetrosascombr 222 Escola Agrotécnica Federal de InconfidentesMG Laboratório de Análise de Solos e Corretivos Praça Tiradentes 416 Fazenda EAFI 37576000 Inconfidentes MG 0XX35 464 1262 223 Escola Agrotécnica Federal de Januária Laboratório de Solos da Escola Agrotécnica Federal de Januária Rua do Bonde 592 Centro 39480000 Januária MG 0XX38 621 1100 224 Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho Laboratório de Solos da Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho Bairro Morro Preto sn 37890000 Muzambinho MG 0XX35 571 2326 225 Escola Agrotécnica Federal de Rio Pomba Laboratório de Fertilidade e Textura do Solo LAFERTES Cx Postal 45 36180000 Rio Pomba MG 0XX32 571 1594 226 Escola Agrotécnica Federal de São João Evangelista Laboratório de Análise Química do Solo da EAFSJE Rua 1o de Junho sn Centro 39705000 São João Evangelista MG 0XX33 412 1522 227 Escola Superior de Agricultura e Ciências de Machado Laboratório de Análise de Solos da ESACMA Praça Olegário Maciel 25 Centro 37750000 Machado MG 0XX35 295 3223 cpdfemcombr 228 Faculdade de Agronomia e Zootecnia de Uberaba Laboratório de Análise de Solos da Faculdade de Agronomia e Zootecnia de Uberaba Av Tutunãs 720 Tutunãs 38061500 Uberaba MG 0XX34 315 4188 229 Fundação Educacional de Ituiutaba Laboratório de Análise de Solos da Fundação Educacional de Ituiutaba Campus Universitário Cx Postal 431 38300000 Ituiutaba MG 0XX34 268 12862344 dcaituitutabauemgbr 230 Instituto Mineiro de Agropecuária IMALQA Laboratório de Análise de Solo Rod BR 040 km 527 Junto ao CEASA 32145900 Contagem MG 0XX31 394 24661902 231 Instituto Mineiro de Agropecuária Laboratório de Análise de Solos Rua Arthur Botelho sn Centro 38140000 Patrocínio MG 0XX34 831 2021 232 Ministério da Agricultura e Abastecimento Laboratório de Análise Vegetal de Varginha Solo Alameda do Café 1000 Jardim Andere 37010400 Varginha MG 0XX35 214 19111918 procaféfepesmigbr 233 Núcleo de Ciências Agrárias de Montes Claros UFMG Laboratório de Solos do Núcleo de Ciências Agrárias da NCAUFMG Av Osmani Barbosa sn JK Cx Postal 135 39400000 Montes Claros MG 0XX38 215 165019111784 234 PATOSFERTIL Fertilizantes Defensivos e Sementes Laboratório de Análise de Solos da PATOSFERTIL Rua Major Gote 1435 38700000 Patos de Minas MG 0XX34 829 1322 235 PATUREBA Fertilizantes Ltda Laboratório de Solos Fertilizantes Corretivos Rod BR 365 km 496 14161500 Distrito Industrial 38700000 Patos de Minas MG 0XX34 822 9400 236 Prefeitura Municipal de Santo Antônio do Amparo Laboratório de Análises Química de SAA Rua José de Carvalho 22 Centro 37262000 Santo Antônio do Amparo MG 0XX35 863 1100 237 PRODUZA Laboratório de Análise de Solos PRODUZA Rua Concórdia 84 Centro 39800000 Teófilo Otoni MG 0XX33 521 2909 238 Sindicato dos Produtores Rurais de Manhuaçu Laboratório de Análise de Solo José Lopes do Sacramento Rua Coronel José Pedro 209 36900000 Manhuaçu MG 0XX33 331 16601667 emurmahcsopthardcombr 239 Universidade de Alfenas Instituto de Ciências Agrárias Laboratório de Análise de Solos do Instituto de Ciências Agrárias Rod MG 179 km 0 Cx Postal 23 37130000 Alfenas MG 0XX35 299 31253194 luzirobcunifenasbr 240 Universidade Federal de Lavras Laboratório de Análise de Solos do DCSUFLA Campus Universitário Cx Postal 37 37200000 Lavras MG 0XX35 829 1264 241 Universidade Federal de Uberlândia Laboratório de Análise de Solos do Departamento de Agronomia da UFU Cx Postal 593 Laboratório de Solos 38412970 Uberlândia MG 0XX34 218 2207 212 5566 242 Universidade Federal de Viçosa Laboratório de Análise de Solos de Rotina Campus Universitário 36571000 Viçosa MG 0XX31 899 10682648 cantaruttisolosufvbr Os laboratórios que integram o PROFERTMG e que estão fora do Estado de Minas Gerais são os seguintes 243 Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais Laboratório de Análise de Solos Rua Edgar Chastinet sn São Geraldo 48900000 Juazeiro BA 0XX74 811 736273636367 fagrolkncombr 244 Escola de Agronomia da UFBA Laboratório de Análise de Solos do Departamento de Química do SoloUFBA Campus Universitário 44380000 Cruz das Almas BA 0XX75 721 1220 anacletoufbabr 245 AGROLAB Laboratório de Análises e Controle de Qualidade AGROLAB Av Resplendor 645 Itapoã 29101500 Vila Velha ES 0XX27 329 3921 246 Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel Laboratório da Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel Ltda COOABRIEL Rua Mendes Sá 51 Centro 29780000 São Gabriel da Palha ES 0XX27 727 1152 R354 ou 357 cooabrielescelsacombr 247 Estação Experimental de Linhares EMCAPER Laboratório de Química de Solos da EMCAPER Rod BR 101 Norte km 125 Cx Postal 62 29900970 Linhares ES 0XX27 264 273212103342 248 Universidade Luterana do Brasil Laboratório de Solos Rua Caldas Novas 320 Nova Aurora 75522200 Itumbiara GO 0XX62 431 0953 jfrulbraitumbiaracombr 249 Centro de Pesquisa Agropecuária do Oeste EMBRAPACPAO Laboratório de Análise de Solos da EMBRAPACPAO Rodovia DouradosCarapó Cx Postal 661 79804970 Dourados MS 0XX67 422 5122 williamcpaoembrapabr 250 Universidade Federal do Mato Grosso do Sul Laboratório de Análise de Solo do NCAUFMS Rod DouradosItahum km 12 Cx Postal 533 79804970 Dourados MS 0XX67 422 3888 marchetticeudufmsbr 3 AMOSTRAGEM DO SOLO Reinaldo Bertola Cantarutti 1 Victor Hugo Alvarez V 2 Antônio Carlos Ribeiro 3 31 Introdução A amostragem do solo é a primeira e principal etapa de um programa de avaliação da fertilidade do solo pois é com base na análise química da amostra do solo que se realiza a interpretação e que são definidas as doses de corretivos e de adubos Neste sentido ressaltase que no laboratório não se consegue minimizar ou corrigir os erros cometidos na amostragem do solo Assim uma amostragem inadequada do solo resulta em uma análise inexata e em uma interpretação e recomendação equivocadas podendo causar graves prejuízos econômicos ao produtor e danos ao meio ambiente Uma amostragem criteriosa requer a observação não só do sistema agropecuário em uso mas também de princípios relacionados com a seleção da área para amostragem e com a coleta das amostras 32 Seleção da Área de Amostragem Para que a amostra do solo seja representativa a área amostrada deve ser a mais homogênea possível Assim a propriedade ou a área a ser amostrada deverá ser subdividida em glebas ou talhões homogêneos Nesta subdivisão ou estratificação levamse em conta a vegetação a posição topográfica topo do morro meia encosta baixada etc as características perceptíveis do solo cor textura condição de drenagem etc e o histórico da área cultura atual e anterior produtividade observada uso de fertilizantes e de corretivos etc Na amostragem de área com cultura perene devemse considerar na estratificação as variações de cultivar idade das plantas características do sistema de produção e principalmente a produtividade Diante o exposto ressaltase que os limites de uma gleba de terra para amostragem não devem ser definidos pela área hectares mas sim pelas características já enumeradas que determinam sua homogeneidade Fig 31 Sugerese no entanto para maior eficiência não amostrar glebas superiores a 1 Professor Adjunto Departamento de Solos UFV cantaruttisolosufvbr 2 Professor Titular Departamento de Solos UFV Bolsista CNPq vhavmailufvbr 3 Professor Titular Aposentado Departamento de Solos UFV Bolsista FAPEMIGEPAMIG aribeiromailufvbr 10 ha Deste modo glebas muito grandes mesmo que homogêneas devem ser divididas em subglebas com áreas de até 10 ha Figura 31 Divisão da área em glebas para amostragem de solos A Figura 31 exemplifica uma eficiente divisão do terreno para amostragem de solos a gleba 1 representa a encosta íngreme parte que recebeu calagem 1a e parte que não recebeu 1b a 2 a encosta mais suave usada com agricultura esporádica a gleba 3 pastagem no sopé da encosta a 4 constituise do terraço de relevo suaveondulado de coloração mais acinzentada 4a e de cor mais amarelada 4b a gleba 5 consiste em pastagem nativa com drenagem deficiente Na gleba 4b está representado o sistema de coleta de amostras simples 21 pontos para formar uma amostra composta 33 Coleta da Amostra de Solo Na amostragem de solos para a análise química trabalhase com AMOSTRAS SIMPLES e AMOSTRAS COMPOSTAS Amostra simples é o volume de solo coletado em um ponto da gleba e a amostra composta é a mistura homogênea das várias amostras simples coletadas na gleba sendo parte representativa desta aquela que será submetida à análise química Para que a amostra composta seja representativa da gleba devem ser coletadas de 20 a 30 amostras simples por gleba Maior número de amostras simples 30 deve ser coletado em glebas sujeitas à maior heterogeneidade do solo como pode ocorrer em solos de baixada aluviais em solos muito argilosos em solos sob pastagens ou então em solos intensamente cultivados Outro aspecto fundamental é a distribuição espacial das amostras simples na gleba As amostras simples devem ser uniformemente distribuídas por toda a gleba o que é obtido realizando a coleta ao longo de um caminhamento em zig zag pela gleba Maior eficiência de distribuição dos pontos de coleta é obtida em glebas menores que 10 ha por isto recomendase a subdivisão das glebas muito grandes No caso de amostragem do solo em glebas de cultura perene café fruteiras etc os pontos de coleta das amostras simples devem ser localizados na área adubada em geral sob a projeção da copa Havendo interesse em amostrar toda a área devemse amostrar separadamente a área adubada na projeção da copa e a área das entrelinhas Para tanto coletamse amostras simples em cada uma das áreas para obter duas amostras compostas distintas É importante que as amostras simples coletadas em uma gleba tenham o mesmo volume de solo Isto se consegue padronizando a área e a profundidade de coleta da amostra simples Obtémse boa padronização utilizando os instrumentos denominados trados de amostragem no entanto eficiência satisfatória pode ser obtida com instrumentos mais simples tais como pá ou enxadão Fig32 Quando se utiliza pá ou enxadão devese abrir um buraco com as paredes verticais pequena trincheira Observandose a profundidade de amostragem coletase a amostra cortando uma fatia de 4 cm de espessura em uma das paredes do buraco Em seguida com o solo aderido ao instrumento são cortadas e descartadas as porções laterais do volume de solo de forma a deixar apenas os 4 cm centrais Deste modo a amostra simples constituirseá do volume de solo contido em um prisma com arestas transversais de 4 cm e aresta vertical correspondente à profundidade de amostragem Para a maioria das culturas as amostras simples são coletadas na camada de 0 a 20 cm no entanto devese levar em conta a camada de solo onde se concentra o maior volume do sistema radicular Para pastagens já estabelecidas por exemplo recomendase a amostragem na camada de 0 a 5 cm ou até 0 a 7 cm Quando necessário pode retirarse outra amostra composta de 7 a 20 cm No caso de culturas como da batata inglesa batatinha na qual o preparo do solo para a produção de tubérculos chega a 30 cm de profundidade e da canadeaçúcar na qual o plantio é feito em sulcos profundos recomendase a amostragem na camada de 0 a 30 cm ou 0 a 35 cm Figura 32 Coleta de amostras simples para formar a amostra composta Para áreas novas principalmente quando se pretende a implantação de culturas perenes recomendase coletar as amostras simples nas camadas de 0 a 20 20 a 40 e 40 a 60 cm A amostragem de camadas mais profundas permitirá avaliar a necessidade da correção de impedimentos químicos ao desenvolvimento radicular tais como elevada acidez elevados teores de Al 3 e baixos teores de Ca 2 As amostras simples das diferentes camadas devem ser coletadas no mesmo ponto e em igual número obtendose amostras compostas para cada camada No ponto de coleta das amostras simples a superfície do solo deverá ser limpa removendo restos vegetais sem contudo remover a camada superficial do solo Os pontos de coleta das amostras simples não devem ser localizados próximos a acidentes atípicos na área como por exemplo cupinzeiros local de queimadas de restos culturais local de deposição de fezes e cochos ou saleiros em áreas de pastagens Para área manejada sob o sistema de plantio direto ainda são requeridos em Minas Gerais estudos mais profundos e detalhados para definir as técnicas de amostragem No entanto na ausência de tais informações e aproveitandose da experiência do Sul recomendase a amostragem de uma fatia de 3 a 5 cm de solo retirada com pá de corte transversalmente aos sulcos e no espaço compreendido entre os pontos médios entre os sulcos Fig 33 Nos primeiros anos dois a três do sistema de plantio direto recomendase amostrar as camadas de 0 a 10 cm e de 10 a 20 cm Nos anos seguintes e para maior informação amostrar as camadas de 0 a 5 5 a 10 e de 10 a 20 cm caso contrário de 0 a 5 e de 5 a 20 cm O número de trincheiras amostradas para formar as amostras compostas das diferentes profundidades pode variar de 10 a 15 na gleba Figura 33 Coleta de amostras nas trincheiras para formar as amostras compostas de diferente profundidade em áreas manejadas sob o sistema de plantio direto A amostragem de solo pode ser feita em qualquer época do ano no entanto esta deve ser realizada com boa antecedência da época de plantio e ou adubação considerando o tempo que decorrerá entre a amostragem e a recepção dos resultados Além disso recomendase fazer a amostragem quando o solo ainda mantém umidade suficiente para conferirlhe friabilidade o que facilitará a coleta das amostras simples e a homogeneização do volume de solo para obtenção da amostra composta Para culturas perenes em produção recomendase que a amostragem seja feita após o término da colheita 34 Processamento das Amostras As amostras simples devem ser reunidas em um recipiente limpo Devemse evitar recipientes metálicos principalmente aqueles galvanizados que podem acarretar contaminação das amostras recomendandose preferencialmente recipientes de plástico O volume de solo das amostras simples deve ser cuidadosamente destorroado e perfeitamente homogeneizado para obter uma AMOSTRA COMPOSTA representativa que deve ser constituída por um volume aproximado de 250 cm3 14 de litro Este volume de solo pode ser seco à sombra e depois enviado ao laboratório Não se recomenda que o solo da amostra composta seja peneirado O volume de solo da amostra composta deve ser acondicionado em saco plástico limpo ou em caixas de papelão apropriadas A amostra composta deve ser devidamente identificada de modo que os resultados possam ser relacionados com as respectivas glebas As etiquetas devem ser escritas a lápis e protegidas perfeitamente com plástico para que a umidade da amostra do solo não as deteriore Assim a etiqueta deve ficar entre dois sacos plásticos Além disso é importante que seja fornecido ao laboratório o nome do proprietário o município e o nome da propriedade Quando o laboratório apresenta sugestões de correção e de adubação outras informações devem ser prestadas como a cultura que será implantada ou manejada ver Formulário 1A Apêndice 35 Freqüência de Amostragem A freqüência de amostragem depende do manejo da propriedade e principalmente da intensidade da adubação aplicada Em glebas cultivadas anualmente com uma cultura de ciclo curto e mantida em pousio no período seco recomendase pelo menos a amostragem a cada três anos Em glebas manejadas com rotação de cultura com maiores doses de adubação com ou sem irrigação recomendase a amostragem anual Para culturas perenes a partir da fase produtiva recomendase a amostragem anual principalmente quando são aplicadas doses mais elevadas de fertilizantes 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DAS ANÁLISES DE SOLOS Alfredo Scheid Lopes 1 Victor Hugo Alvarez V 2 As amostras recebidas nos laboratórios são colocadas para secar ao ar na sombra e passadas em peneira com malha de 2 mm de abertura Feitas as respectivas análises os resultados são expressos com base em volume dm3 ou em massa kg de terra terra fina seca ao ar TFSA de acordo com a forma de medida da subamostra na análise correspondente Nos laboratórios integrados ao PROFERTMG da Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais CFSEMG as análises executadas são listadas a seguir FUNDAMENTAIS pH em água Carbono orgânico Método Walkley Black CO em dagkg mm Cálcio trocável Método KCl 1 molL Ca 2 em cmolcdm3 meq100 cm3 Magnésio trocável Método KCl 1 molL Mg 2 em cmolcdm3 meq100 cm3 Acidez trocável Método KCl 1 molL Al 3 em cmolcdm3 meq100 cm3 Soma de bases SB Ca 2 Mg 2 K Na em cmolcdm3 meq100 cm3 Acidez potencial Método CaOAc2 05 molL pH 7 H Al em cmolcdm3 meq100 cm3 Capacidade efetiva de troca de cátions CTC ef t SB Al 3 em cmolcdm3 meq100cm3 Capacidade de troca de cátions a pH 7 CTC pH 7 T SB H Al em cmolcdm3 meq100 cm3 Saturação por alumínio m 100 Al 3t em Saturação por bases V 100 SBT em Fósforo disponível Método Mehlich1 P em mgdm3 ppm mv Fósforo remanescente Método do P em solução de equilíbrio Prem em mgL 1 Professor Emérito Departamento de Ciências do Solo UFLA ascheidluflabr 2 Professor Titular Departamento de Solos UFV Bolsista CNPq vhavmailufvbr Potássio disponível Método Mehlich1 K em mgdm3 ppm mv FACULTATIVAS Enxofre disponível Método Hoeft et al S em mgdm3 ppm mv Zinco disponível Método Mehlich1 Zn em mgdm3 ppm mv Manganês disponível Método Mehlich1 Mn em mgdm3 ppm mv Ferro disponível Método Mehlich1 Fe em mgdm3 ppm mv Cobre disponível Método Mehlich1 Cu em mgdm3 ppm mv Boro disponível Método água quente B em mgdm3 ppm mv Observações Para a determinação de pH em água usar 10 cm3 TFSA mais 25 mL H2O O carbono de compostos orgânicos de amostra de 05 g de TFSA triturada em almofariz é oxidado pelo Cr2O7 2 A extração de Ca2 Mg 2 e Al 3 é feita com KCl 1 molL na relação 10 cm3 TFSA 100 mL extrator 5 min de agitação e decantação durante o pernoite 16 h A extração de H Al é realizada com CaOAc2 05 molL pH 7 na relação 5 cm3 TFSA 75 mL extrator 10 min de agitação e decantação por 16 h H Al também pode ser estimado por meio da determinação de pH em solução tampão SMP P K disponíveis e Na quando necessário são determinados usando como extrator Mehlich1 HCl 005 molL H2SO4 00125 molL na relação 10 cm3 TFSA 100 mL extrator 5 min de agitação e decantação por 16 h Para transformar mgdm3 de K em cmolcdm3 de K dividir o valor em mgdm3 por 391 Para transformar mgdm3 de Na em cmolcdm3 de Na dividir o valor em mgdm3 por 230 A extração de S disponível é feita com CaH2PO42 500 mgL de P em HOAc 2 molL Hoeft et al 19731 A 10 cm3 TFSA adicionar 05 g de carvão ativado e 25 mL de extrator Agitar 45 min decantar 5 min e filtrar em papel de filtração lenta A extração de Zn Mn Fe e Cu disponíveis é feita em conjunto com P e K disponíveis com extrator Mehlich1 A extração de B disponível é realizada com água deionizada adicionando a 10 cm3 TFSA acondicionados em saco grosso de polietileno com 04 g de carvão ativado 20 mL H2O e aquecendo por 4 min a 1 HOEFT RG WALSH LM KEENEY DR Evaluation of various extractants for available sulfur Soil Sci Soc Am Proc 37401404 1973 630 W ou por 5 min a 450 W de emissão de ondas em forno de microondas ABREU et al 19942 Fósforo remanescente é a concentração de P da solução de equilíbrio após agitar durante 1 h 5 cm3 TFSA com 50 mL de solução de CaCl2 10 mmolL contendo 60 mgL de P3 A pedido do interessado realizase a análise granulométrica As determinações de nitrogênio de enxofre e de micronutrientes ainda não são realizadas em forma rotineira especialmente porque não se têm critérios totalmente comprovados para sua interpretação Entretanto caso haja interesse do técnico que presta orientação ao agricultor alguns laboratórios podem executar essas análises 2 ABREU CA ABREU MF RAIJ B van BATAGLIA OC ANDRADE JC de Extraction of boron from soil by microwave heating for ICPAES determination Commun Soil Sci Plant Anal 2533213333 1994 3 ALVAREZ V VH NOVAIS RF DIAS LE OLIVIERA JA de Determinação e Uso do Fósforo Remanescente Boletim Informativo SBCS Viçosa no prelo 5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DAS ANÁLISES DE SOLOS Victor Hugo Alvarez V 1 Roberto Ferreira de Novais 2 Nairam Félix de Barros 3 Reinaldo Bertola Cantarutti 4 Alfredo Scheid Lopes 5 Os critérios a serem utilizados para a interpretação dos resultados de análises de solos emitidos pelos laboratórios integrados ao PROFERTMG da Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais são apresentados nos Quadros 51 52 53 54 e 55 Apesar de serem gerais sem levar em consideração o tipo de solo o clima a cultura e o manejo a utilização destes critérios permite diferenciar glebas ou talhões com diferentes probabilidades de resposta à adição de nutrientes ou seja pertencentes a diferentes classes de fertilidade do solo As culturas e mesmo os cultivares variam muito na sua capacidade de tolerância ou sensibilidade à acidez ativa à acidez trocável saturação por bases saturação por alumínio e disponibilidade de nutrientes Dessa forma as classes de fertilidade devem ser interpretadas considerando as exigências específicas a cada empreendimento agrícola pecuário ou florestal Quadro 51 Classes de interpretação para a acidez ativa do solo pH1 Classificação química Ac Muito elevada Acidez elevada Acidez média Acidez fraca Neutra Alcalinidad e fraca Alcalinidad e elevada 45 45 50 51 60 61 69 70 71 78 78 Classificação agronômica2 Muito baixo Baixo Bom Alto Muito alto 45 45 54 55 60 61 70 70 1 pH em H2O relação 125 TFSA H2O 2 A qualificação utilizada indica adequado Bom ou inadequado muito baixo e baixo ou alto e muito alto 1 Professor Titular Departamento de Solos UFV Bolsista CNPq vhavmailufvbr 2 Professor Titular Departamento de Solos UFV rfnovaismailufvbr 3 Professor Titular Departamento de Solos UFV nfbarrosmailufvbr 4 Professor Adjunto Departamento de Solos UFV cantaruttisolosufvbr 5 Professor Emérito Departamento de Ciências do Solo UFLA ascheidluflabr Para avaliar a acidez do solo são considerados a acidez ativa Quadro 51 e a trocável a saturação por alumínio e por bases a capacidade tampão estimada por meio da acidez potencial e o teor de matéria orgânica Quadro 52 A acidez do solo também se relaciona com a disponibilidade de cálcio e de magnésio Quadro 52 de manganês e de outros micronutrientes Quadro 55 Quadro 52 Classes de interpretação de fertilidade do solo para a matéria orgânica e para o complexo de troca catiônica Característica Unidade1 Classificação Muito baixo Baixo Médio2 Bom Muito Bom Carbono orgânico CO 3 dagkg 040 041 116 117 232 233 406 406 Matéria orgânica MO 3 dagkg 070 071 200 201 400 401 700 700 Cálcio trocável Ca 2 4 cmolcdm3 040 041 120 121 240 241 400 400 Magnésio trocável Mg 2 4 cmolcdm3 015 016 045 046 090 091 150 150 Acidez trocável Al 3 4 cmolcdm3 020 021 050 051 100 101 20011 20011 Soma de bases SB 5 cmolcdm3 060 061 180 181 360 361 600 600 Acidez potencial H Al 6 cmolcdm3 100 101 250 251 500 501 90011 90011 CTC efetiva t 7 cmolcdm3 080 081 230 231 460 461 800 800 CTC pH 7 T 8 cmolcdm3 160 161 430 431 860 861 1500 1500 Saturação por Al 3 m 9 150 151 300 301 500 501 75011 750 11 Saturação por bases V 10 200 201 400 401 600 601 800 800 1 dagkg mm cmolcdm 3 meq100 cm 3 2 O limite superior desta classe indica o nível crítico 3 Método Walkley Black MO 1724 x CO 4 Método KCl 1 molL 5 SB Ca 2 Mg 2 K Na 6 H Al Método CaOAc2 05 molL pH 7 7 t SB Al 3 8 T SB H Al 9 m 100 Al 3t 10 V 100 SBT 11 A interpretação destas características nestas classes deve ser alta e muito alta em lugar de bom e muito bom A acidez ativa ou pH pode ser interpretada por critérios químicos e ou agronômicos Quadro 51 A disponibilidade do potássio e do fósforo Quadro 53 varia de acordo com a dinâmica das fontes destes nutrientes quando adicionados ao solo Como para a maioria dos solos de Minas Gerais o efeito da capacidade tampão para potássio é desprezível e não influencia a eficiência de extração pelo método Mehlich1 nem a absorção das plantas apresentase uma única classificação para este nutriente A capacidade tampão de fosfatos do solo ao contrário tem grande influência na eficiência de extração do fósforo disponível pelo método Mehlich1 e na absorção pelas plantas Por isso na interpretação da disponibilidade de fósforo devem ser utilizadas medidas relacionadas com a capacidade tampão como o teor de argila ou o valor de fósforo remanescente dos solos Quadro 53 Quadro 53 Classes de interpretação da disponibilidade para o fósforo de acordo com o teor de argila do solo ou do valor de fósforo remanescente Prem e para o potássio Característica Classificação Muito baixo Baixo Médio Bom Muito bom mgdm3 1 Argila Fósforo disponível P 2 60 100 27 28 54 55 803 81 120 120 35 60 40 41 80 81 120 121 180 180 15 35 66 67 120 121 200 201 300 300 0 15 100 101 200 201 300 301 450 450 Prem4 mgL 0 4 30 31 43 44 603 61 90 90 4 10 40 41 60 61 83 84 125 125 10 19 60 61 83 84 114 115 175 175 19 30 80 81 114 115 158 159 240 240 30 44 110 111 158 159 218 219 330 330 44 60 150 151 218 219 300 301 450 450 Potássio disponível K 2 15 16 40 41 705 71 120 120 1 mgdm 3 ppm mv 2 Método Mehlich1 3 Nesta classe apresentamse os níveis críticos de acordo com o teor de argila ou com o valor do fósforo remanescente 4 Prem Fósforo remanescente concentração de fósforo da solução de equilíbrio após agitar durante 1 h a TFSA com solução de CaCl2 10 mmolL contendo 60 mgL de P na relação 110 5 O limite superior desta classe indica o nível crítico Em relação à interpretação e recomendação de fósforo é necessário lembrar que as classes de fertilidade de caráter geral apresentadas de acordo com o teor de argila ou com o valor de fósforo remanescente são definidas para amostras que representam a fertilidade média e para culturas de ciclo curto considerando todo seu ciclo vital Considerando unicamente a fase de implantação a fertilidade local do solo lugar de transplantio ou semeadura necessita ser bem maior assim os valores apresentados no Quadro 53 devem ser pelo menos cinco vezes maiores Também a fertilidade média da gleba ou talhão necessária para a manutenção deve ser variável de acordo com os grupos de cultura povoamentos florestais 05 vezes os valores apresentados no Quadro 53 outras culturas perenes 075 vezes hortaliças 4 vezes Por outro lado para o potássio as classes de fertilidade para manutenção continuam as mesmas Quadro 53 ou podem ser maiores de acordo com as exigências das culturas e da potencialidade produtiva das lavouras De forma semelhante mas com menor intensidade o teor de enxofre disponível determinado por extração com fosfato monocálcico em ácido acético Hoeft et al 19731 é influenciado pela capacidade tampão de sulfatos dos 1 HOEFT RG WALSH LM KEENEY DR Evaluation of various extractants for available sulfur Soil Sci Soc Am Proc 37401404 1973 2 Pela dinâmica do fósforo e do enxofre no solo o fósforo fica preferencialmente na camada de incorporação de adubos e fertilizantes favorecendo a descida de enxofre para camadas subsuperficiais solos Para interpretação generalizada de enxofre disponível para amostras compostas que medem a fertilidade média de camadas subsuperficialis2 e para culturas de ciclo curto são apresentadas classes de fertilidade do solo de acordo com a concentração de fósforo remanescente Quadro 54 Quadro 54 Classes de interpretação da disponibilidade para o enxofre1 de acordo com o valor de fósforo remanescente Prem Prem Classificação Muito baixo Baixo Médio2 Bom Muito bom mgL mgdm3 3 Enxofre disponível S 0 4 17 18 25 26 36 37 54 54 4 10 24 25 36 37 50 51 75 75 10 19 33 34 50 51 69 70 103 103 19 30 46 47 69 70 94 95 142 142 30 44 64 65 94 95 130 131 196 196 44 60 89 90 130 131 180 181 270 270 1 Método Hoeft et al 1973 CaH2PO42 500 mgL de P em HOAc 2 molL 2 Esta classe indica os níveis críticos de acordo com o valor de Prem 3 mgdm 3 ppm mv Para a fase de implantação é necessário que a fertilidade do solo para transplantio ou semeadura seja maior Assim os teores de nutrientes devem ser maiores do que aqueles apresentados no Quadro 54 em pelo menos três vezes Por outro lado a fertilidade média para manutenção de povoamentos florestais deve ser 06 vezes os valores apresentados no Quadro 54 para outras culturas perenes 08 vezes para hortaliças 2 vezes Para interpretar a disponibilidade de micronutrientes temse em Minas Gerais pouca informação de trabalhos de calibração mesmo sendo freqüente a deficiência de Zn e ou de B em várias culturas Com a finalidade de apresentar a primeira aproximação de interpretação incluemse classes de fertilidade para Zn Mn Fe e Cu extraídos com Mehlich1 e para B extraído com água quente Quadro 55 Por isto dificilmente se encontra correlação entre teores de enxofre na camada superficial e conteúdo de enxofre na planta Quadro 55 Classes de interpretação da disponibilidade para os micronutrientes Micronutriente Classificação Muito baixo Baixo Médio1 Bom Alto mgdm32 Zinco disponível Zn 3 04 05 09 10 15 16 22 22 Manganês disponível Mn3 2 3 5 6 8 9 12 12 Ferro disponível Fe 3 8 9 18 19 30 31 45 45 Cobre disponível Cu 3 03 04 07 08 12 13 18 18 Boro disponível B 4 015 016 035 036 060 061 090 090 1 O limite superior desta classe indica o nível crítico 2 mgdm 3 ppm mv 3 Método Mehlich1 4 Método água quente O princípio geral da adubação especialmente fosfatada e potássica para grandes culturas e culturas perenes é que quando o solo estiver na classe baixa a adubação deve ser feita com a dose total na classe muito baixa 125 vezes essa dose na classe média com 080 da adubação básica na classe de boa disponibilidade 060 da adubação básica e na classe muito boa 040 da adubação básica apenas com o intuito de reposição Para hortaliças a adubação para solos da classe baixa deve ser feita com a dose total na classe muito baixa com 120 vezes essa dose na classe média com 077 vezes a adubação básica na classe boa com 053 vezes a dose básica e na classe muito boa com 030 da adubação básica Também como princípio geral de fertilização com fosfatos a dose básica recomendação para a classe baixa não somente deve ser diferente de acordo com a cultura mas de acordo com a capacidade tampão do solo Considerando que a dose básica para certa cultura corresponde àquela a ser utilizada em solos argilosos 35 60 para solos muito argilosos 60 a recomendação deve ser 125 vezes a dose básica para solos de textura média 15 35 08 a adubação básica e para solos arenosos 15 de argila 06 vezes a dose básica Analogamente e de acordo com a concentração do P rem os fatores para ajustar as recomendações básicas indicadas por cultura devem ser Prem mgL 0 4 4 10 10 19 19 30 30 44 44 60 Fator 130 115 100 085 070 060 Devese ter em mente entretanto que para certas condições de solo e de culturas já existem no Estado trabalhos de correlação e de calibração em experimentos de campo que permitem alterações das classes de interpretação gerais propostas Alterações destes critérios de interpretação e as recomendações quando cabíveis e com base em trabalhos de campo são apresentadas na parte referente a sugestões de adubações para culturas específicas ver Cap 18 6 RELAÇÕES BÁSICAS ENTRE NUTRIENTES Alfredo Scheid Lopes 6 De posse do resultado da análise química da amostra do solo que representa uma gleba levando em conta a cultura a ser adubada o técnico deve verificar quais as doses de nitrogênio N de fósforo P2O5 e de potássio K2O devem ser aplicadas Essas doses apresentam definida relação Para efeito de simplificação essa relação é conhecida como NPK A análise química da amostra de um solo determinou por exemplo de acordo com os teores dos nutrientes do solo a necessidade de 208040 kgha de NP2O5K2O respectivamente para a adubação de plantio de determinada cultura Ao agricultor caberão neste caso duas alternativas Alternativa A Adquirir fertilizantes minerais simples e fazer a mistura dos mesmos desde que sejam compatíveis ver Fig 1A Apêndice No caso em questão utilizando uréia 44 N superfosfato simples 18 P2O5 e cloreto de potássio 58 K2O os cálculos seriam os seguintes 100 kg de uréia 44 kg de N x kg de uréia 20 kg de N 44 kg de N x kg de uréia 20 kg de N x 100 kg de uréia x 455 kg de uréia 100 kg de superfosfato simples 18 kg de P2O5 y kg de superfosfato simples 80 kg de P2O5 5 2 5 2 O 18 kg de P O x 100 kg de SS y kg de superfosfato simples 80 kg de P y 4444 kg de superfosfato simples 100 kg de cloreto de potássio 58 kg de K2O z kg de cloreto de potássio 40 kg de K2O 58 kg de K O kg de cloreto de potássio 40 kg de K O x 100 kg de KCl z 2 2 69 kg de cloreto de potássio z 6 Professor Emérito Departamento de Ciências do Solo UFLA ascheidluflabr Mistura final a ser aplicada por hectare 455 kg de uréia 4444 kg de superfosfato simples 69 kg de cloreto de potássio 5589 kgha Alternativa B Verificar entre as fórmulas de fertilizantes fertilizantes mistos ou complexos encontradas no mercado quais as que poderiam atender às exigências do fornecimento de 208040 kgha de NP2O5K2O para adubação de plantio Para encontrar as relações dos fertilizantes formulados basta dividir os números das fórmulas pelo menor deles que seja diferente de zero Da mesma forma para estabelecer a relação entre kgha de NP2O5K2O basta dividir as doses recomendadas pela menor delas Exemplo Fórmulas encontradas Relações 17 17 17 17 1 1 1 10 30 20 10 1 3 2 10 10 20 10 1 1 2 4 16 8 4 1 4 2 24 8 12 8 3 1 15 27 3 21 3 9 1 7 A adubação recomendada 208040 kgha de NP2O5K2O deve ser dividida por 20 para se obter a relação ou seja 142 Neste exemplo o fertilizante formulado que apresenta a mesma relação 142 entre as doses dos nutrientes recomendadas é o 4168 Encontrado o fertilizante adequado o próximo passo é verificar quantos kgha irão fornecer os 208040 quilogramas de NP2O5K2O por hectare Como a relação NP2O5K2O é a mesma basta dividir qualquer dos elementos necessários por hectare pelo elemento correspondente do fertilizante formulado comercial multiplicando o resultado por 100 para obter a quantidade de adubo a ser aplicado por hectare Assim no exemplo citado temse Para o nitrogênio 20 4 5 x 100 500 kgha do fertilizante 4168 ou Para o fósforo 80 16 5 x 100 500 kgha do fertilizante 4168 ou Para o potássio 40 8 5 x 100 500 kgha do fertilizante 4168 Para calcular a quantidade da mistura total 5589 kgha alternativa A ou da fórmula 4168 500 kgha alternativa B a ser aplicada por metro de sulco ou por cova é necessário conhecer o espaçamento de semeadura da cultura Supondo que a recomendação sugerida seja para a cultura do milho com um espaçamento de 08 x 02 m Nesse espaçamento cada hectare 100 m x 100 m 10000 m2 conteria 12500 m de sulco ou então 100 m largura de 1 ha080 m espaçamento entrelinhas 125 no de sulcos na largura de 1 ha ou 125 x 100 m comprimento de 1 ha 12500 m de sulco em 1 ha A quantidade da mistura ou do fertilizante complexo a ser aplicada por metro de sulco será portanto Quantidade de adubo por metro de sulco quantidade de adubo por hectareno de metros em 1 ha Alternativa A Total da mistura 5589 kgha 558900 g 12500 m 447 gm de sulco Alternativa B Total da fórmula 4168 500 kgha 500000 g12500 m 40 gm de sulco Se a adubação é para uma cultura plantada em covas usando o exemplo do milho o raciocínio é o mesmo porém dividese a quantidade de adubo pelo número de covas por hectare ou seja Número de covasha área de 1 haárea da cova Área da cova 080 m x 02 m 016 m2 Número de covasha 10000 m2016 m2 62500 covas Alternativa A Total da mistura 5589 kgha 558900 g62500 covas 894 gcova Alternativa B Total da fórmula 4168 500 kgha 500000 g62500 covas 8 gcova 7 EXTRATOS DE DEFINIÇÕES CONCEITOS E LEGISLAÇÃO SOBRE FERTILIZANTES Alfredo Scheid Lopes 7 71 Definições De acordo com o Decreto no 86955 de 18 de fevereiro de 1982 adotamse as seguintes definições a Fertilizante substância mineral ou orgânica natural ou sintética fornecedora de um ou mais nutrientes das plantas b Fertilizante Simples fertilizante formado de um composto químico contendo um ou mais nutrientes das plantas c Fertilizante Misto fertilizante resultante da mistura de dois ou mais fertilizantes simples d Fertilizante Orgânico fertilizante de origem vegetal ou animal contendo um ou mais nutrientes das plantas e Fertilizante Organomineral fertilizante procedente da mistura ou combinação de fertilizantes minerais e orgânicos f Fertilizante Composto fertilizante obtido por processo bioquímico natural ou controlado com mistura de resíduos de origem vegetal ou animal g Fertilizante Complexo fertilizante contendo dois ou mais nutrientes resultante de processo tecnológico em que se formam dois ou mais compostos químicos 7 Professor Emérito Departamento de Ciências do Solo UFLA ascheidluflabr 72 Especificações Garantias e Tolerâncias de Fertilizantes Corretivos e outros Produtos A portaria no 01 de 4 de março de 1983 da Secretaria de Fiscalização Agropecuária do Ministério da Agricultura estabelece normas sobre especificações garantias e tolerâncias de fertilizantes corretivos e outros produtos 721 As especificações quanto à natureza física dos produtos são as seguintes a Granulado ou Mistura Granulada produto constituído de grânulos que deverão passar 100 em peneira de 4 mm ABNT no 5 e até 5 em peneira de 05 mm ABNT no 35 em que cada grânulo contenha os elementos garantidos no produto b Mistura de Grânulos produto granulado misto em que os grânulos contenham separadamente os elementos garantidos e as mesmas dimensões especificadas para os granulados e as misturas granuladas c Pó produto constituído de partículas que deverão passar 95 em peneira de 2 mm ABNT no 10 e 50 em peneira de 03 mm ABNT no 50 Observações No caso de termofosfato magnesiano e de escória de Thomas as suas partículas deverão passar 75 em peneira de 015 mm ABNT no 100 No caso de fosfato natural suas partículas deverão passar 85 em peneira de 0075 mm ABNT no 200 No caso de corretivos de acidez suas partículas deverão atender às indicações apresentadas no item 84 do Cap 8 d Farelado produto constituído de partículas que deverão passar 100 em peneira de 48 mm ABNT no 4 e 80 em peneira de 28 mm ABNT no 17 Observações No caso de fosfato natural reativo as suas partículas deverão passar 100 na peneira de 48 mm ABNT no 4 e 80 na peneira de 28 mm ABNT no 7 sendo admitido até 15 de partículas maiores do que 48 mm ABNT no 4 e Farelado grosso produto constituído de partículas que deverão passar 100 em peneira de 38 mm e 90 em peneira de 25 mm f Fluido produto que se apresente no estado de solução suspensão emulsão ou líquido em que se indiquem sua densidade e garantias em mm massa de nutrientes por massa de produto 722 A garantia de cada macronutriente primário constante do certificado de registro do produto será expressa em percentagem sobre o peso do produto tal como é vendido qual seja Nitrogênio N teor total Pentóxido de fósforo P2O5 a Para fosfatos acidulados parcialmente acidulados e misturas que os contenham teor solúvel em citrato neutro de amônio mais água teor solúvel em água somente para os fosfatos acidulados e parcialmente acidulados quando comercializados isoladamente teor total somente para os parcialmente acidulados quando comercializados isoladamente b Para os fosfatos naturais termofosfatos escórias de desfosforação e farinha de ossos teor total teor solúvel em ácido cítrico a 20 gL relação 1100 b Para as misturas que contenham fosfato natural termofosfatos escórias de desfosforação e farinha de ossos teor solúvel em ácido cítrico a 20 gL relação 1100 teor solúvel em água Óxido de potássio K2O teor solúvel em água 723 As garantias nos produtos com macronutrientes secundários ou com micronutrientes e cobalto serão indicadas na sua forma elementar expressas em percentagem ou partes por milhão Nutriente mm ppm mm Cálcio Ca 001 100 Magnésio Mg 001 100 Enxofre S 010 1000 Boro B 002 200 Cloro Cl 010 1000 Cobalto Co 00005 5 Cobre Cu 005 500 Ferro Fe 010 1000 Manganês Mn 002 200 Molibdênio Mo 00005 5 Zinco Zn 005 500 As características e as garantias mínimas dos fertilizantes minerais simples são apresentadas nos Quadros 1A a 5A do Apêndice 724 Os fertilizantes mistos e complexos terão as seguintes especificações e garantias a Produtos que contenham NPK NP NK e PK as garantias dos teores percentuais de N P2O5 e K2O solúvel serão expressos em números inteiros a soma dos teores percentuais de N total P2O5 solúvel em ácido cítrico ou citrato neutro de amônio mais água e K2O solúvel em água deverá ser igual ou superior a 24 as percentagens de N de P2O5 e de K2O constituirão a fórmula NPK b Produtos que contenham apenas macronutrientes secundários e micronutrientes poderão ter dois ou mais macronutrientes secundários dois ou mais micronutrientes dois ou mais micronutrientes com macronutrientes secundários c Produtos que contenham macronutrientes primários com micronutrientes aos fertilizantes minerais simples nitrogenados fosfatados ou potássicos poderão ser misturados produtos fornecedores de micronutrientes as garantias dos fertilizantes minerais simples de que trata o item anterior não poderão ser inferiores às garantias mínimas constantes nos Quadros 1A a 5A do Apêndice 725 Os fertilizantes quando destinados à aplicação foliar terão as seguintes especificações e garantias no estado fluido a Misturas de micronutrientes ou macronutrientes secundários com um único macronutriente primário o teor do macronutriente primário não poderá ser inferior a 10 a soma das garantias dos macronutrientes secundários e dos micronutrientes não poderá ser inferior a 4 b A garantia ou a soma das garantias dos micronutrientes comercializados isoladamente ou em misturas de micronutrientes deverá ser igual ou superior a 4 c A garantia ou a soma das garantias dos macronutrientes secundários comercializados isoladamente ou em misturas de macronutrientes secundários deverá ser igual ou superior a 6 d A soma das garantias das misturas de micronutrientes com macronutrientes secundários não poderá ser inferior a 10 e Nas misturas que contenham NPK NP NK ou PK a soma dos teores percentuais de N total P2O5 solúvel em ácido cítrico ou citrato neutro de amônio mais água e K2O solúvel em água será igual ou superior a 20 f No caso de fertilizante organomineral foliar deverão ser atendidas as especificações do Quadro 6A do Apêndice exceto no que se refere à umidade e ao pH 726 Os fertilizantes orgânicos terão as seguintes especificações e garantias a Orgânicos simples deverão apresentar garantias no mínimo de acordo com as constantes do Quadro 7A do Apêndice b Organominerais e composto deverão apresentar garantias no mínimo de acordo com as constantes do Quadro 6A do Apêndice c Organomineral deverá ser constituído no mínimo de 50 de matérias primas orgânicas d Na relação CN o valor do carbono será obtido dividindose o teor de matéria orgânica total pelo fator 18 e o valor do nitrogênio será o do nitrogênio total e A matéria orgânica total será determinada pelo método de combustão e as determinações analíticas serão referentes à matéria seca no que couber f Além das garantias mínimas estabelecidas poderão ser declarados quaisquer outros componentes e propriedades tais como ácidos húmicos carbono orgânico determinado pelo método do bicromato macro ou micronutrientes componentes biológicos CTC desde que possam ser medidos quantitativamente seja indicado o método de determinação e garantida a quantidade declarada 8 CALAGEM Victor Hugo Alvarez V 1 Antonio Carlos Ribeiro 2 81 Introdução A grande maioria dos solos de Minas Gerais e notadamente os da região de vegetação de cerrado que cada vez mais são utilizados com o avanço da atividade agropecuária mesmo dotados de boas propriedades físicas apresentam em geral características químicas inadequadas tais como elevada acidez altos teores de Al trocável e deficiência de nutrientes especialmente de Ca de Mg e de P Solos dessa natureza uma vez corrigidos quimicamente apresentam grande potencial agrícola possibilitando uma agropecuária tecnificada com elevadas produtividades Como efeitos do uso adequado de calcário percebemse além da correção da acidez do solo o estímulo à atividade microbiana a melhoria da fixação simbiótica de N pelas leguminosas e ainda o aumento da disponibilidade da maioria de nutrientes para as plantas O uso adequado de calcário acarreta a preservação e se possível o aumento do teor de matéria orgânica do solo 1 Professor Titular Departamento de Solos UFV Bolsista CNPq vhavmailufvbr 2 Professor Titular Aposentado Departamento de Solos UFV Bolsista FAPEMIGEPAMIG aribeiromailufvbr A calagem é então prática fundamental para a melhoria do ambiente radicular das plantas e talvez a condição primária para ganhos de produtividade nos solos Já se afirmou por diversas vezes que a subutilização da calagem é um dos principais fatores de subprodutividade de muitas culturas na agricultura mineira A necessidade de calagem não está somente relacionada com o pH do solo mas também com a sua capacidade tampão e a sua capacidade de troca de cátions Solos mais tamponados mais argilosos necessitam de mais calcário para aumentar seu pH do que os menos tamponados mais arenosos A capacidade tampão relacionase diretamente com os teores de argila e de matéria orgânica no solo assim como com o tipo de argila Os critérios de recomendação de calagem são variáveis segundo os objetivos e princípios analíticos envolvidos e o próprio conceito de necessidade de calagem irá depender do objetivo dessa prática Assim a necessidade de calagem é a quantidade de corretivo necessária para diminuir a acidez do solo de uma condição inicial até um nível desejado Ou é a dose de corretivo necessária para se atingir a máxima eficiência econômica de definida cultura o que significa ter definida quantidade de Ca e de Mg disponíveis no solo e condições adequadas de pH para boa disponibilidade dos nutrientes em geral Portanto os técnicos que vão recomendar a correção da acidez necessitam verificar qual a informação disponível e até que ponto a recomendação é adequada à cultura Faltam no Estado mais pesquisas de calibração que indiquem com maior especificidade para solos de Minas Gerais quais são os valores de Y fator de calagem relacionado com a capacidade tampão da acidez de mt máxima saturação por Al 3 tolerada e de X disponibilidade mínima de Ca 2 Mg 2 requerida pela cultura ou de Ve saturação por bases esperada ou a ser atingida pela calagem que devem ser considerados no método de correção da toxidez de Al 3 e da deficiência de Ca 2 e Mg 2 ou no de saturação por bases Por outro lado a pesquisa tem demonstrado que os maiores benefícios da calagem são obtidos com aplicação adequada de fertilizantes N P K S e micronutrientes e outras práticas agrícolas Em rotação de culturas pela sensibilidade diferencial à acidez a calagem deve ser feita visando à cultura mais rendosa Na recomendação devem ser considerados aspectos técnicos e econômicos A calagem apresenta curvas de resposta com incrementos decrescentes Isto significa que acima de pH 55 58 os retornos devidos à calagem mesmo em culturas exigentes quanto a pH mais elevado não são tão acentuados embora ainda de grande validade dado seu efeito residual Em decorrência desse efeito dois fatos devem ser considerados que a análise econômica não deve ser realizada com respostas de um ano mas sim de três a cinco anos e que o retorno do investimento com calagem é acumulativo 82 Determinação da Necessidade de Calagem Para estimar a necessidade de calagem NC ou seja a dose de calcário a ser recomendada são usados em Minas Gerais dois métodos com base em dois conceitos amplamente aceitos para os solos do Estado por técnicos especialistas em fertilidade do solo o Método da neutralização da acidez trocável e da elevação dos teores de Ca e de Mg trocáveis e o Método da Saturação por Bases Cabe lembrar que quando os teores de Al de Ca e de Mg trocáveis e a CTC são expressos em cmolcdm³ nos métodos indicados os valores calculados indicam tha de calcário sendo este equivalente a CaCO3 ou seja corretivo com PRNT 100 e que um hectare representa 2000000 dm³ camada de solo de 20 cm de espessura 821 Método da neutralização do Al 3 e da elevação dos teores de Ca 2 Mg 2 Neste método consideramse ao mesmo tempo características do solo e exigências das culturas Procurase por um lado corrigir a acidez do solo e para isto levase em conta a susceptibilidade ou a tolerância da cultura à elevada acidez trocável considerando a máxima saturação por Al 3 tolerada pela culturamt e a capacidade tampão do solo Y e por outro se quer elevar a disponibilidade de Ca e de Mg de acordo com as exigências das culturas nestes nutrientes X Quadro 81 A necessidade de calagem NC em tha é assim calculada NC CA CD em que CA correção da acidez até certo valor de mmt de acordo com a cultura Quadro 81 e a capacidade tampão da acidez do soloY CD correção da deficiência de Ca e de Mg assegurando um teor mínimo X desses nutrientes CA Y Al 3 mt t100 em que Al 3 acidez trocável em cmolcdm³ mt máxima saturação por Al 3 tolerada pela cultura em t CTC efetiva em cmolcdm3 OBS Sendo o resultado de CA negativo considerar seu valor igual a zero para continuar os cálculos CD X Ca 2 Mg 2 em que Ca 2 Mg 2 teores de Ca e de Mg trocáveis em cmolcdm3 OBS Também sendo o resultado de CD negativo considerar seu valor igual a zero para continuar os cálculos Com as duas restrições apontadas NC Y Al3 mt t100 X Ca2 Mg2 Y é um valor variável em função da capacidade tampão da acidez do solo CTH e que pode ser definido de acordo com a textura do solo Solo Argila Y Arenoso 0 a 15 00 a 10 Textura média 15 a 35 10 a 20 Argiloso 35 a 60 20 a 30 Muito argiloso 60 a 100 30 a 40 Estes valores de Y estratificados em relação aos teores de argila podem ser estimados de forma contínua pela equação Yˆ 00302 006532 Arg 0000257 Arg2 R2 09996 Também Y pode ser definido de acordo com o valor de fósforo remanescente Prem que é o teor de P da solução de equilíbrio após agitar durante 1 h a TFSA com solução de CaCl2 10 mmolL contendo 60 mgL de P na relação 110 Prem Y mgL 0 a 4 40 a 35 4 a 10 35 a 29 10 a 19 29 a 20 19 a 30 20 a 12 30 a 44 12 a 05 44 a 60 05 a 00 Os valores de Y estratificados de acordo com os valores de Prem podem também ser estimados de forma contínua pela equação Yˆ 4002 0125901 Prem 0001205 Prem2 000000362 Prem3 R2 09998 O uso da determinação do Prem como estimador da CTH em lugar do teor de argila além das vantagens práticas e operativas que apresenta devese ao fato de a CTH e o valor de Prem dependerem não somente do teor de argila mas também da sua mineralogia e do teor de matéria orgânica do solo E por último X é um valor variável em função dos requerimentos de Ca e de Mg pelas culturas Quadro 81 Quadro 81 Valores máximos de saturação por Al 3 tolerados pelas culturasmt e valores de X para o método do Al e do Ca Mg trocáveis adequados para diversas culturas e valores de saturação por bases Ve que se procura atingir pela calagem Culturas mt X Ve Observações sempre que possível cmolcdm 3 Cereais Arroz sequeiro 25 20 50 Não utilizar mais de 3 tha de calcário por aplicação Arroz irrigado 25 20 50 Não utilizar mais de 4 tha de calcário por aplicação Milho e sorgo 15 20 50 Não utilizar mais de 6 tha de calcário por aplicação Trigosequeiro ou irrigado 15 20 50 Não utilizar mais de 4 tha de calcário por aplicação Leguminosas Feijão soja e adubos verdes 20 20 50 Outras leguminosas 20 20 50 Oleaginosas Amendoim 5 30 70 Mamona 10 25 60 Plantas Fibrosas Algodão 10 25 60 Utilizar calcário contendo magnésio Crotaláreajuncea 5 30 70 Fórmio 15 20 50 Rami 5 35 70 Sisal 5 30 70 Exigente em magnésio Plantas Industriais Café 25 35 60 Canadeaçúcar 30 35 60 Não utilizar mais de 10 tha de calcário por aplicação Chá 25 15 40 Raízes e Tubérculos Batata e batatadoce 15 20 60 Exigentes em magnésio Mandioca 30 10 40 Não utilizar mais de 2 tha de calcário por aplicação Cará e inhame 10 25 60 Exigentes em magnésio Plantas Tropicais Cacau 15 20 50 Seringueira 25 10 50 Não utilizar mais de 2 tha de calcário por aplicação Usar calcário dolomítico Pimentadoreino 5 30 70 Quadro 81 Continuação Culturas mt X Ve Observações sempre que possível cmolcdm 3 Hortaliças Chuchu e melão 5 35 80 Exigentes em magnésio Abóbora moranga pepino melancia alface almeirão e acelga 5 30 70 Exigentes em magnésio Chicória e escarola 5 30 70 Milho verde 10 25 60 Tomate pimentão pimenta beringela e jiló 5 30 70 Para tomate utilizar relação CaMg 1 Beterraba cenoura mandioquinha nabo e rabanete 5 30 65 Exigentes em magnésio Repolho couveflor brócolos e couve 5 30 70 Exigentes em magnésio Alho e cebola 5 30 70 Quiabo ervilha feijão de vagem e morango 5 30 70 Exigentes em magnésio Fruteiras de Clima Tropical Abacaxizeiro 15 20 50 Banana 10 30 70 Utilizar calcário dolomítico Citros 5 30 70 Mamoeiro 5 35 80 Abacateiro e mangueira 10 25 60 Maracujazeiro e goiabeira 5 30 70 Fruteiras de Clima Temperado Ameixa nêspera pêssego nectarina figo maçã marmelo pêra caqui macadâmia e pecã 5 30 70 Videira 5 35 80 Plantas Aromáticas e ou Medicinais Fumo 15 20 50 Teor de magnésio mínimo de 05 cmolcdm 3 Gramíneas aromáticas capimlimão citronela e palmarosa 25 15 40 Menta 10 25 60 Piretro 10 25 60 Vetiver 10 25 60 Camomila 5 30 70 Eucalipto 30 15 40 Funcho 15 20 50 Continua Quadro 81 Continuação Culturas mt X Ve Observações sempre que possível cmolcdm 3 Plantas Ornamentais Herbáceas 10 25 60 Arbustivas 10 20 60 Arbóreas 15 20 50 Azálea 20 20 50 Não utilizar mais de 2 tha de calcário por aplicação Cravo 5 30 70 Gladíolos 5 30 70 Roseira 5 30 70 Crisântemo 5 30 70 Gramados 5 30 70 Plantios de Eucalipto 45 10 30 Pastagens Leguminosas Leucena Leucaena leucocephala Sojaperene Neonotonia wightii Alfafa Medicago sativa e Siratro Macroptilium atropurpureum 15 25 60 Para o estabelecimento de pastagens prever o cálculo da calagem para incorporação na camada de 0 a 20 cm Para pastagens já formadas o cálculo de QC 1 deverá ser feito prevendose a incorporação natural na camada de 0 a 5 cm Kudzú Pueraria phaseoloides Calopogônio Calopogonio mucunoides Estilosantes Stylosanthes guianensis Guandu Cajanus cajan Centrosema Centrosema pubescens Arachis ou Amendoin forrageiro Arachis pintoi e Galáxia Galactia striata 25 1 40 Gramíneas Grupo do Capim Elefante Cameron Napier Pennisetum hibrido Pennisetum purpureum Coast cross Tiftons Cynodon Colonião Vencedor Centenário Tobiatã Panicum maximum Quicuio Pennisetum clandestinum e Pangola Transvala Digitaria decumbens 20 2 50 Greenpanico Tanzânia Mombaça Panicum maximum Braquiarão ou Marandú Brachiaria brizantha Estrelas Cynodon plectostachyus e Jaraguá Hyparrrenia rufa 25 15 45 Braquiaria IPEAN Braquiaria australiana Brachiaria decumbens Quicuio da Amazônia Brachiaria humidicola Andropogon Andropogon guianensis Gordura Melinis minultiflora e Grama batatais Paspalum notatum 30 1 40 1 QC Quantidade de calcário a ser realmente utilizada ver 83 Cap 8 822 Método da saturação por bases Neste método considerase a relação existente entre o pH e a saturação por bases V Quando se quer com a calagem atingir definido valor de saturação por bases pretendese corrigir a acidez do solo até definido pH considerado adequado a certa cultura Para utilizar este método devemse determinar os teores de Ca Mg e K trocáveis e em alguns casos de Na trocável além de determinar a acidez potencial H Al extraível com acetato de cálcio 05 molL a pH 7 ou estimada indiretamente pela determinação do pHSMP A fórmula do cálculo da necessidade de calagem NC em tha é NC TVe Va100 em que T CTC a pH 7 SB H Al em cmolcdm3 SB Soma de bases Ca2 Mg2 K Na em cmolcdm3 Va Saturação por bases atual do solo 100 SBT em Ve Saturação por bases desejada ou esperada Quadro 81 para a cultura a ser implantada e para a qual é necessária a calagem Forma mais simples para calcular a NC por este critério é NC Ve 100T SB em que SB Soma de bases atual do solo No caso de ser o valor Ve igual a 60 a fórmula fica NC 06 T SB Exemplo de cálculos da NC para o cafeeiro a ser cultivado em solo com as seguintes características Argila P rem Al3 Ca2 Mg2 H Al SB t T V mgL cmolcdm3 60 94 08 01 01 78 021 101 80 1 26 Método 821 considerando o teor de argila e os valores do Quadro 81 NC 3 08 25 x 101100 35 02 164 33 494 tha Método 821 considerando Y de acordo com o valor de Prem e os valores do Quadro 81 NC 296 08 25 x 101100 35 02 162 33 492 tha Método 822 considerando os valores do Quadro 81 NC 801 6026100 46 tha ou NC 06 801 021 46 tha 83 Quantidade de Calcário a Ser Usada A NC calculada com os critérios ou métodos anteriormente apresentados indica a quantidade de CaCO3 ou calcário PRNT 100 a ser incorporado por hectare na camada de 0 a 20 cm de profundidade Portanto indica a dose de calcário teórica Na realidade a determinação da quantidade de calcário a ser usada por hectare deve levar em consideração 1 A percentagem da superfície do terreno a ser coberta na calagem SC em 2 Até que profundidade será incorporado o calcário PF em cm e 3 O poder relativo de neutralização total do calcário a ser utilizado PRNT em Portanto a quantidade de calcário a ser usada QC em tha será PRNT x 100 20 x PF 100 NC x SC QC Por exemplo a quantidade de calcário PRNT 90 a ser adicionada numa lavoura de café de cinco anos se a NC é de 6 tha a área a ser corrigida faixas das plantas é de 75 e considerando a profundidade de incorporação pela esparramação de 5 cm será 90 125 tha 20 x 100 100 x 5 QC 6 x 75 84 Escolha do Corretivo a Ser Utilizado O calcário é comercializado com base no peso do material portanto a escolha do corretivo por aplicar deve levar em consideração o uso de critérios técnicos qualidade do calcário e econômicos procurando maximizar os benefícios e minimizar os custos Na qualidade do calcário devemse considerar a capacidade de neutralizar a acidez do solo poder de neutralização PN a reatividade do material que considera sua natureza geológica e sua granulometria e o teor de nutrientes especialmente de Ca e de Mg O poder de neutralização avalia o teor de materiais neutralizantes do calcário ou seja a capacidade de reação dos ânions presentes Considerase o CaCO3 como padrão igual a 100 Determinase o PN por neutralização direta com ácido clorídrico sendo expresso em A capacidade de neutralizar a acidez que apresenta um calcário também pode ser estimada aproximadamente determinandose seus teores de Ca e de Mg teores que se expressam em dagkg de CaO e de MgO A conversão desses óxidos em CaCO3 equivalente é denominado Valor Neutralizante VN e é expresso em Como parte desses cátions pode estar combinada com ânions de reação neutra o VN pode superestimar o PN do calcário VN e PN são duas determinações diferentes Ambas são usadas para expressar a alcalinidade do calcário isto é sua capacidade de neutralizar a acidez do solo O VN de várias substâncias é dado no Quadro 82 Este valor se expressa também em percentagem considerando como padrão o CaCO3 VN 100 Como 1 kg de CaCO3 neutraliza 20 molc H 20 eq porque apresenta 20 molc considerase para toda substância alcalina que se 1 kg de material contém 20 molc esta tem VN 100 Apresentando menos de 20 molckg terá VN 100 e evidentemente mais de 20 molckg terá VN 100 O PN igual a 120 de um calcário indica que 100 kg deste corretivo tem a mesma capacidade neutralizante do que 120 kg de CaCO3 A reatividade de um calcário depende em parte de sua natureza geológica Os de origem sedimentar de natureza mais amorfa são mais reativos do que os metamórficos que têm estrutura mais cristalina A reatividade depende fundamentalmente da granulometria do material a qual permite estimar a eficiência relativa ER ou sua reatividade RE A granulometria indica a capacidade de um corretivo reagir no solo e envolve a velocidade de reação e seu efeito residual Em relação à granulometria a legislação atual determina as seguintes características mínimas passar 95 por peneira de 2 mm ABNT no 10 70 por peneira de 084 mm ABNT no 20 e passar 50 por peneira de 030 mm ABNT no 50 Considerando a granulometria podese avaliar a reatividade do calcário para o período de aproximadamente três anos Quadro 83 Combinando o poder de neutralização PN com a reatividade RE de um calcário temse seu poder relativo de neutralização total PRNT que estima quanto de calcário irá reagir em um período de aproximadamente três anos 100 PN x RE PRNT Quadro 82 Número de molc em 1 kg de diferentes materiais neutralizantes da acidez e seus correspondentes valores neutralizantes Material neutralizante Fórmula N molckg VN Carbonato de cálcio CaCO3 200 100 Carbonato de magnésio MgCO3 237 119 Hidróxido de cálcio CaOH2 270 135 Hidróxido de magnésio MgOH2 343 172 Óxido de cálcio CaO 357 179 Óxido de magnésio MgO 4961 2482 Silicato de cálcio CaSiO3 172 86 Silicato de magnésio MgSiO3 199 100 1 1 kg de MgO corresponde a 496 molc porque 1 molc de MgO 602 x 10 23 cargas positivas temse em 2015 g de MgO 10002015 2 Como 20 molckg de CaCO3 100 VN 496 molckg de MgO 24814 VN Quadro 83 Reatividade de calcário de acordo com sua granulometria Peneira ABNT Reatividade 0 084 200 Passa n 10 retida n 20 20 030 084 Passa n 20 retida n 50 60 030 Passa n 50 100 Fração Granulométrica Peneira ABNT Reatividade mm Retida n 10 200 0 084 200 Passa n 10 retida n 20 20 030 084 Passa n 20 retida n 50 60 030 Passa n 50 100 Fração granulometrica Peneira ABNT Por exemplo na análise de uma amostra de calcário têmse os seguintes resultados Característica química Granulometria mm g CaO 39 dagkg 200 5 MgO 13 dagkg 084 200 25 PN 96 030 084 50 030 120 O PN 96 é menor que o VN 100 13 x 248 100 39 x 179 102 O VN superestima a capacidade de neutralização do calcário decorrente talvez da presença de Ca e de Mg em compostos químicos que não neutralizam a acidez A reatividade RE é igual à média ponderada da eficiência relativa das classes de partículas Quadro 83 considerando a granulometria da amostra analisada Assim 775 120 50 25 5 0 x 5 20 x 25 60 x 50 100 x 120 RE 744 100 PRNT 96 x 775 A legislação atual determina também que os corretivos comercializados devem possuir as seguintes características mínimas Quadro 84 Quadro 84 Valores mínimos de PN e da soma dos teores de CaO e MgO de corretivos da acidez do solo Material PN CaO MgO dagkg Calcário 67 38 Cal virgem agrícola 125 68 Cal hidratada agrícola 94 50 Calcário calcinado agrícola 80 43 Escória 60 30 Outros 67 38 Assim pela legislação ficou estabelecido que um calcário deve apresentar para comercialização os valores mínimos de 67 para PN e de 45 para PRNT Um dos fatores limitantes de um solo ácido é geralmente o seu baixo conteúdo de Ca e ou de Mg disponíveis Assim a aplicação de um calcário que contenha Mg terá aliada ao seu efeito neutralizante da acidez a adição de Mg o que evidentemente não acontece quando se utiliza calcário calcítico pobre em Mg A relação CaMg do corretivo às vezes é mais importante do que a quantidade de corretivo a ser aplicada ao solo A relação ideal sofre alteração de acordo com o solo e com as culturas ver observações do Quadro 81 sendo algumas espécies mais exigentes em relações estreitas e outras tolerando corretivos com relações CaMg mais amplas Uma relação comumente recomendada é a de 31 ou 41 mols de CaMg Não se deve descartar o uso de calcário extremamente calcítico podese usálo como corretivo e complementar a adubação com fertilizantes que contenham magnésio como sulfato de magnésio ou carbonato ou mesmo o óxido de magnésio Freqüentemente o calcário rico em magnésio chega ao agricultor mais caro do que o calcário calcítico Pelos teores de Mg os calcários podem ser classificados em a Calcíticos menos de 5 dagkg de MgO b Magnesianos entre 5 e 12 dagkg de MgO c Dolomíticos mais de 12 dagkg de MgO Pelo PRNT os calcários podem ser classificados em grupos a Grupo A PRNT entre 45 e 60 b Grupo B PRNT entre 601 e 75 c Grupo C PRNT entre 751 e 90 d Grupo D PRNT superior a 90 Cabe ao técnico avaliar as várias alternativas de qualidade e de preço oferecidas no mercado para decidir qual a solução mais adequada técnica e economicamente A decisão final deverá considerar o preço por tonelada efetiva do corretivo 85 Época e Modo de Aplicação do Calcário Por ser material de baixa solubilidade de reação lenta o calcário deve ser aplicado dois a três meses antes do plantio para que as reações esperadas se Preço por tonelada efetiva 100 Preço por tonelada na propriedadePRNT processem O calcário é uniformemente distribuído sobre a superfície do solo manualmente ou por meio de máquinas próprias e é então incorporado com arado e grade até à profundidade de 15 ou de 20 ou mais cm camada arável A profundidade de incorporação PF deve ser considerada no cálculo da quantidade de calcário a ser usada QC O período compreendido entre a calagem e o plantio deve ser considerado levandose em conta a presença de umidade suficiente no solo para que existam as reações do solo com o calcário Sem umidade no solo não há como o calcário reagir Nesse caso é preferível realizar a calagem e o plantio numa seqüência única de operações A análise do solo três ou quatro anos depois da calagem pode indicar sobre a necessidade ou não de nova aplicação Com intuito de diminuir o custo da calagem principalmente quantidade e modo de aplicação alguns agricultores têm usado no sulco de plantio doses menores de um calcário de alto PRNT prática denominada Filler Para fornecer os nutrientes Ca e Mg em solos deficitários nestes nutrientes ainda se poderia usar o Filler Entretanto como corretivo de acidez algumas pesquisas têm demonstrado a ineficiência deste modo de aplicação correse o risco de a planta desenvolver seu sistema radicular naquele pequeno volume de solo corrigido favorecendo o tombamento e aumentando o prejuízo da seca devido ao confinamento do sistema radicular Para certos tipos de solos menos oxídicos e para atividades agropecuárias específicas covas para plantio de árvores perenes pastagens tolerantes à acidez do solo é importante prolongar o efeito residual da calagem Para isto o uso de calcários mais grossos pode ser recomendável 86 Supercalagem A quantidade de calcário por aplicar deve ser definida pela análise de solo para evitar uma aplicação de quantidade superior à necessária A calagem em excesso é tão prejudicial quanto a acidez elevada com o agravante de que a calagem excessiva é de muito mais difícil correção Com a supercalagem há a precipitação de diversos nutrientes do solo como o P Zn Fe Cu Mn além de induzir maior predisposição a danos nas propriedades físicas dos solos A supercalagem acontece por exemplo quando a dose de calcário NC é aplicada e incorporada na camada de 0 a 10 cm de profundidade Neste caso existe a duplicação da quantidade de calcário necessária Também há supercalagem quando se aplicam 500 g de calcário na cova de 40 x 40 x 40 cm 64 dm3 em solo onde a NC é 5 tha caso em que se adiciona 3125 vezes a dose indicada pela NC que seria de 160 gcova 9 UTILIZAÇÃO DE FOSFATOS NATURAIS 91 Introdução Os fosfatos naturais são recursos não renováveis de escassas reservas e com fundamental importância na atividade agrária em solos do Estado geralmente ácidos e deficientes em fósforo A utilização adequada de fosfatos naturais envolve conceitos estratégias e critérios teóricos e práticos Para facilitar a tomada de decisão por parte dos técnicos e dos agricultores em relação à utilização desses fosfatos apresentamse dois textos de Professores com expressivas experiência e liderança científica em Fertilidade do Solo 92 Utilização de Fosfatos Naturais de Baixa Reatividade Roberto Ferreira de Novais 1 Resultados de pesquisa sobre a utilização de fosfatos de baixa reatividade como os apatíticos brasileiros de modo geral ou de reatividade superior como o Norte Carolina Gafsa etc demonstram claramente que as condições que favorecem a solubilização dessas fontes de fósforo não favorecem de modo geral sua eficiência como fonte desse nutriente para as plantas Assim em solos argilosos com maior tempo de contato do fosfato com o solo com revolvimento do solo aração e gradagem de modo a mudar de lugar a partícula do fosfato com maior CTC dreno para o cálcio solubilizado maior adsorção de P pelo solo dreno para o fósforo solubilizado e mesmo a acidez dos solos mais argilosos são fatores que levam à maior dissolução desses fosfatos no solo sem contudo levar a uma maior disponibilidade de fósforo para as plantas Toda vez que uma dessas condições favorece a solubilização desses fosfatos o solo é o favorecido mas não a planta O solo não é portanto uma entidade confiável na intermediação da solubilização do fósforo desses fosfatos para as plantas O favorecido é o solo enorme dreno para o fósforo solubilizado e não a planta com muito pequeno poder de dreno comparativamente ao solo particularmente para os mais argilosos mais intemperizados e portanto mais oxídicos Quando esses mesmos comentários são feitos para as fontes solúveis como o fosfato monocálcico a planta é ainda muito mais desfavorecida comparativamente aos solos 1 Professor Titular Departamento de Solos UFV rfnovaismailufvbr A idéia de fosfatagem corretiva com os fosfatos de menor reatividade com o propósito de diminuir o poder de adsorção de P de solos de modo a viabilizar maior eficiência de futuras aplicações de fontes solúveis é também inócua uma vez que solos com grande poder de adsorção podem reter 5000 kgha de P ou 11500 kgha de P2O5 fixando em forma nãoLábil pelo menos a metade Não serão 200 kgha de P2O5 ou duas vezes isto como tem sido utilizado na prática que proporcionarão esse efeito esperado para a fosfatagem corretiva A medida que o teor de argila desses solos decresce subentendendo menor adsorção de P a fonte solúvel ficará cada vez menos dependente da fosfatagem como ajuda às futuras aplicações de fontes solúveis Em um exemplo extremo a fosfatagem corretiva já não mais será necessária em Areia Quartzosa porque este solo já não mais compete com a planta pelo fósforo da fonte solúvel que foi aplicada Podese dizer também que com o aumento do poder de adsorção de fósforo do solo a fosfatagem nas doses comumente recomendadas tornase insignificante comparada à real necessidade Fosfatagem corretiva com fosfatos de menor reatividade e particularmente com os solúveis não deve ser recomendada Cultura como a do milho que necessita de elevado status de fósforo no solo para conseguir elevadas produtividades deverá ser utilizada depois de anos de cultivo de outra cultura com altas produtividades obtidas como resultado da aplicação localizada de uma fonte solúvel como por exemplo a soja A grandeza da fosfatagem corretiva de um solo de cerrado recémaberto necessária a grandes produtividades de milho é economicamente inviável embora teoricamente correta Portanto devese pensar em aplicar fosfatos de baixa reatividade como nossas apatitas ou de mediana reatividade da mesma maneira que as fontes solúveis localizadamente com menor contato com o solo sendo a planta raízes o único dreno envolvido na solubilização e aquisição do fósforo A intermediação do solo é desfavorável à planta Com aplicação localizada da fonte o pH do solo o teor de argila e tudo que diga respeito à interação solo x fosfato são de importância menor ou nula já que o contato solo x fosfato é minimizado Plantas que acidificam a rizosfera como aquelas tolerantes à toxidez causada pelo teor elevado de alumínio do solo com grande imobilização de cálcio e de fósforo idealmente de ciclo maior perenes serão as plantas capazes de solubilizar esses fosfatos e absorver o fósforo sem passar em grande parte pela fase solo não confiável a não ser nos mais arenosos quando o solo não ajuda mas também não atrapalha Entre essas plantas podemse destacar eucalipto diversas forrageiras algumas leguminosas etc Toda a discussão passada sobre a compatibilização calagem do solo e aplicação do fosfato a lanço deixa de ter sentido com sua aplicação localizada A dose recomendada desses fosfatos de menor reatividade está entre 400 e 800 kgha a menor para plantios com maior espaçamento e a maior para plantios com menor espaçamento entrelinhas A aplicação de uma fonte solúvel localizada na cova de plantio como na cultura do café eucalipto como arranque dada a elevada demanda inicial de fósforo pelas plantas perenes em geral além da aplicação do fosfato natural na linha de plantio neste caso mais como adubação de manutenção é essencial para se obterem altas produtividades A recomendação de fosfatos de baixa reatividade deve ser restrita a solos considerados como baixos em fósforo Quadro 53 Cap 5 93 Fosfatos Naturais Alfredo Scheid Lopes 8 Um dos assuntos mais estudados no Brasil nos últimos 30 anos referese ao uso de fosfatos naturais para as mais diversas condições de solos climas e culturas Mesmo assim ainda existem muitas dúvidas principalmente por parte daqueles que atuam diretamente na orientação dos agricultores sobre os princípios de manejo dessas fontes de fósforo para se atingir a Produtividade Máxima Econômica em comparação com os tradicionais fosfatos acidulados superfosfatos simples e triplo padrões de referência em relação a fertilizantes fosfatados Esses trabalhos de pesquisa permitem estabelecer uma série de pontos importantes a serem levados em conta na tomada de decisão sobre uso desses produtos no processo produtivo agrosilvipastoril brasileiro a saber 1 A maioria dos fosfatos naturais brasileiros de baixa reatividade Araxá Patos Catalão Abaeté dentre outros é de origem magmática formados principalmente por apatitas em geral com 4 a 5 de P2O5 solúvel em ácido cítrico e com teores de P2O5 total de 28 a 30 Esses produtos apresentam baixa eficiência agronômica para culturas de ciclo curto e anuais mesmo quando finamente moídos para passar 85 em peneira de 0075 mm ABNT no 200 aplicados a lanço e em solos com pH em água até 55 2 A eficiência desses fosfatos naturais de baixa reatividade tende entretanto a aumentar com o passar dos anos quando o solo é submetido às práticas normais de preparo aração e gradagem no sistema convencional de produção que levam a uma mistura do mesmo na camada arável 3 Os fosfatos naturais de baixa reatividade podem ser usados para formação de pastagens tolerantes à acidez com aplicação a lanço e incorporados de preferência em solos com pH até 55 ou no preparo de covas ou valetas para formação de culturas perenes cafeeiro fruticultura etc e reflorestamento Mesmo nesses casos as doses de fósforo via fosfatos não reativos não devem ultrapassar 12 a 23 das necessidades completandose os restantes 12 a 13 com fontes de fósforo mais solúveis 4 Os fosfatos naturais chamados reativos fosforitas de origem sedimentar Gafsa Daouy Arad Carolina do Norte dentre outros em geral com 10 a 12 de P2O5 solúvel em ácido cítrico e com teores de P2O5 total de 28 a 30 são fontes comparáveis aos fosfatos acidulados superfosfato simples e triplo quando finamente moídos para passar 85 em peneira de 0075 mm ABNT no 200 e aplicados em área total em solos com pH até 55 Essa eficiência tende a aumentar com as operações de aração e gradagem nos anos subseqüentes e até superando os fosfatos acidulados em sistemas de cultivo convencional 5 Em anos recentes foram introduzidos no mercado brasileiro fosfatos naturais reativos farelados com a seguinte especificação de características físicas passar 100 na peneira de 48 mm ABNT no 4 e 80 na peneira 8 Professor Emérito Departamento de Ciências do Solo UFLA ascheidluflabr de 28 mm ABNT no 7 sendo admitido uma tolerância de até 15 de partículas maiores de 48 mm Esses produtos apresentam quando aplicados a lanço em área total e incorporados uma eficiência no 1o ano entre 60 e 65 quando comparados com o superfosfato triplo sendo seu efeito residual superior à fonte solúvel quando incorporados com as práticas normais de preparo aração e gradagem no sistema de agricultura convencional 6 A eficiência tanto dos fosfatos naturais não reativos pó como dos fosfastos reativos pó e farelados no 1o ano para aplicações no sulco é muito baixa 30 principalmente em solos com pH acima de 55 Essa eficiência entretanto tende a aumentar com as práticas normais de preparo do solo aração e gradagem em sistemas de agricultura convencional 7 Na tomada de decisão quanto ao uso de fosfatos naturais o técnico que orienta o agricultor deve levar em conta não apenas os pontos de 1 a 6 apresentados anteriormente mas também os aspectos relativos aos custos de transporte ciclo da cultura efeito residual teores de outros nutrientes no equilíbrio das adubações e sistema de posse da terra 10 USO DE GESSO AGRÍCOLA Victor Hugo Alvarez V 1 Luiz Eduardo Dias 2 Antonio Carlos Ribeiro 3 Ronessa Bartolomeu de Souza 4 101 Introdução O gesso é um importante insumo para a agricultura mas por suas características tem seu emprego limitado a situações particulares bem definidas uma vez que o uso indiscriminado e sem critérios pode acarretar problemas em vez de benefícios para o agricultor De uns anos para cá algumas indústrias de fertilizantes vêm estimulando o uso de gesso agrícola Apesar de vários estudos mostrarem o potencial da utilização do gesso na agricultura existem muitas dúvidas no que se refere a como quando e quanto utilizar deste insumo Em anos recentes acumularamse informações sobre o uso de gesso agrícola na melhoria do ambiente radicular das plantas em razão da movimentação de Ca para camadas subsuperficiais do solo e ou diminuição dos efeitos tóxicos de teores elevados de Al 1 Prof Titular Departamento de Solos UFV Bolsista CNPq vhavmailufvbr 2 Prof Adjunto Departamento de Solos UFV ledmailufvbr 3 Professor Titular Aposentado Departamento de Solos UFV Bolsista FAPEMIGEPAMIG aribeiromailufvbr 4 Bolsista RecémDoutor FAPEMIGEPAMIG rbssolosufvbr O gesso agrícola é basicamente o sulfato de cálcio diidratado CaSO42H2O obtido como subproduto industrial Para a produção de ácido fosfórico as indústrias de fertilizantes utilizam como matériaprima a rocha fosfática apatita especialmente a fluorapatita que ao ser atacada por ácido sulfúrico mais água produz como subprodutos da reação o sulfato de cálcio e o ácido fluorídrico conforme a reação abaixo Ca10PO46F2s 10H2SO4 20H2O 10 CaSO42H2Os 6H3PO4 2HF O gesso agrícola é um sal pouco solúvel em soluções aquosas 25 gL mas que pode atuar sobre a força iônica da solução do solo de maneira que haja contínua liberação do sal para a solução por longos períodos de tempo Essa característica aliada aos teores de Ca 17 a 20 dagkg de S 14 a 17 dagkg de P2O5 06 a 075 dagkg de F 06 a 07 dagkg de Mg 012 dagkg à presença de micronutrientes B Cu Fe Mn Zn Mo Ni e de outros elementos Co Na Al As Ti Sb Cd permite que o gesso agrícola possa ser utilizado na agricultura a Como fonte de Ca e de S b Na correção de camadas subsuperficiais com altos teores de Al 3 e ou baixos teores de Ca2 com o objetivo de melhorar o ambiente radicular das plantas A recomendação do uso de gesso agrícola com esta última finalidade pode implicar a utilização de doses elevadas devendo ser feita com base no conhecimento das características físicas e químicas dos solos não apenas da camada arável mas também das camadas subsuperficiais Para decidir sobre a recomendação de aplicação de gesso agrícola devese observar que as camadas subsuperficiais do solo 20 a 40 cm ou 30 a 60 cm apresentem as seguintes características 04 cmolcdm3 de Ca 2 e ou 05 cmolcdm3 de Al 3 e ou 30 de saturação por Al 3 1 102 Gesso Agrícola como Fonte de Ca e de S para as Culturas Em termos de recomendação de gesso agrícola para fornecimento de S doses de 100 a 250 kgha de gesso seriam suficientes para corrigir deficiências do elemento para a maioria das culturas Devese considerar o emprego de outros fertilizantes que possuem S em sua formulação tais como superfosfato simples 12 dagkg de S sulfato de amônio 24 dagkg de S e Fosmag 11 dagkg de S Outro aspecto que deve ser considerado na recomendação de adubação com S é que como na adubação fosfatada a textura do solo deve ser observada Solos argilosos tendem a apresentar maior capacidade de adsorção de sulfatos daí serem exigidas maiores doses de S para a adequada disponibilidade do elemento para as plantas Com relação ao uso de gesso como fonte de Ca para as culturas devemse levar em consideração alguns aspectos importantes existem diferenças entre 1 Critérios estabelecidos por LOPES Alfredo Scheid e publicados na 4a Aproximação das Recomendações para Uso de Corretivos e Fertilizantes em Minas Gerais CFSEMG 1989 as culturas quanto à demanda de Ca plantas como café e tomate são muito responsivas ao elemento ao passo que espécies florestais como o eucalipto apresentam baixas exigências de Ca Também as características do solo que podem permitir maior movimentação de Ca em profundidade no perfil do solo devem ser consideradas igualmente uma vez que excesso de movimentação pode arrastar o elemento para camadas além daquelas onde se encontra o maior volume de raízes a descida de Ca em profundidade modifica o perfil de distribuição das raízes das plantas aumentando o volume de solo a ser explorado em nutrientes e especialmente em água 103 Correção de Camadas Subsuperficiais Visando à Melhoria do Ambiente Radicular A prática da calagem visando à correção da acidez e neutralização do Al trocável do solo é realizada incorporandose o material corretivo à camada arável do solo por isso seus efeitos normalmente restringemse à profundidades em torno de 0 a 20 ou de 0 a 30 cm Aspectos relacionados com a textura do solo granulometria do corretivo e intensidade pluviométrica podem ao longo do tempo determinar que a calagem corrija camadas um pouco mais profundas com baixos teores de Ca e ou elevados teores de Al trocáveis A presença de camadas subsuperficiais com baixos teores de Ca e ou elevados teores de Al trocáveis pode determinar a perda de safras principalmente em regiões susceptíveis à ocorrência dos veranicos uma vez que conduzem ao menor aprofundamento do sistema radicular refletindo em menor volume de solo explorado ou seja menos nutrientes e água disponíveis para a planta Em solo com umidade suficiente o gesso agrícola sofre dissolução 4H O CaSO SO Ca H O 2CaSO 2H O 2 4o 42 2 2 4 2 Uma vez na solução do solo o íon Ca2 pode reagir no complexo de troca do solo deslocando cátions como Al3 K Mg 2 H para a solução do solo que podem por sua vez reagir com o SO4 2 formando AlSO4 que é menos tóxico às plantas e os pares iônicos neutros K2SO4 o CaSO4 o MgSO4 o Em função da sua neutralidade os pares iônicos apresentam grande mobilidade ao longo do perfil ocasionando uma descida de cátions para as camadas mais profundas do solo Entretanto sais muito solúveis como os nitratos de sódio de potássio cujos íons têm pouca ou nenhuma interação com a fase sólida do solo têm alta mobilidade no perfil sendo arrastados pela água Assim a solubilidade dos sais na solução do solo considerada a interação de seus íons com a fase sólida é que define a mobilidade destes Por sua vez os fosfatos são pouco móveis em razão da adsorção aniônica De maneira geral podese dizer que diferentes fatores condicionam maior ou menor movimentação dos cátions pelo perfil do solo que recebeu gesso Entre eles destacamse 1 Quantidade de gesso aplicado ao solo 2 Capacidade de troca catiônica do solo 3 Condutividade elétrica da solução do solo 4 Textura do solo e 5 Volume de água que se aporta ao solo Desta forma para um solo de textura arenosa com baixa CTC e pequena capacidade de adsorver sulfato a movimentação de bases seria potencialmente maior que aquela para um solo de textura argilosa com alta capacidade de adsorção de sulfato e elevada CTC Portanto nestes solos onde o potencial de movimentação de bases é elevado o cuidado com a quantidade de gesso aplicada ao solo deve ser maior a fim de evitar o risco de uma movimentação além das camadas exploradas pelo sistema radicular da planta cultivada Normalmente a aplicação de gesso agrícola não provoca alterações significativas no pH do solo Contrariamente à reduzida capacidade de alteração do pH do solo a aplicação de gesso pode proporcionar significativa redução no teor de Al trocável e em sua saturação m Estudos de lixiviação têm demonstrado que o Al pode ser encontrado nos lixiviados de perfis reconstituídos de latossolos brasileiros A neutralização do Al trocável pela adição de gesso pode ocorrer basicamente a partir das seguintes reações 1 Precipitação na forma de AlOH3 pela liberação de OH para a solução em decorrência da adsorção de sulfato 2 Formação do complexo AlSO4 que é menos tóxico às plantas 3 Formação do par iônico AlF2 decorrente da presença de F no gesso agrícola 4 Precipitação de minerais de sulfato de Al como alunita e basaluminita por exemplo decorrente do aumento da concentração de sulfato na solução No entanto um aspecto importante que não se pode refutar referese ao aumento de Ca 2 no complexo de troca promovendo a redução da saturação por Al 3 m que para vários autores tem papel mais importante no controle da toxidez do Al para as plantas do que o teor de Al 3 ou a sua concentração em solução Apesar de boa parte dos mecanismos que envolvem a dinâmica do gesso no solo ser conhecida existem ainda dúvidas quanto aos critérios a serem utilizados para sua recomendação e para se chegar à quantidade do produto a ser recomendada Com relação aos critérios de quando e quanto recomendar sua aplicação visando à correção de camadas subsuperficiais ou melhoria do ambiente radicular das plantas vale relembrar que o gesso deve ser utilizado quando a camada subsuperficial 20 a 40 cm ou 30 a 60 cm apresentar teor inferior ou igual a 04 cmolcdm3 de Ca 2 e ou mais que 05 cmolcdm3 de Al 3 e ou mais que 30 de saturação por Al 3m Para calcular a quantidade a ser aplicada do produto atualmente existem algumas fórmulas baseadas nas características químicas e físicas do solo O gesso agrícola deve ser recomendado para correção de camadas subsuperficiais Assim as quantidades recomendadas indicadas a seguir destinamse a camadas de 20 cm de espessura exemplos 20 a 40 cm ou 30 a 50 cm A camada a considerar não deve ultrapassar a profundidade até onde se prevê que predominantemente o sistema radicular ativo na absorção de nutrientes deverá se desenvolver As quantidades recomendadas podem ser adicionadas junto com a calagem ou após a calagem A quantidade de gesso agrícola a ser aplicada individualmente ou em conjunto com a calagem pode ser estimada independentemente da necessidade de calagem ou de acordo com a sua estimativa por um dos dois critérios em uso em Minas Gerais 1031 Recomendação com base na textura do solo A necessidade de gessagem NG ou seja as doses a serem recomendadas para camadas subsuperficiais de 20 cm de espessura de acordo com o teor de argila dessas camadas é apresentada no Quadro 101 Quadro 101 Necessidade de gesso NG de acordo com o teor de argila de uma camada subsuperficial de 20 cm de espessura Argila NG tha 0 a 15 00 a 04 15 a 35 04 a 08 35 a 60 08 a 12 60 a 100 12 a 16 A necessidade de gesso NG em tha pode ser apresentada de forma contínua como função do teor de argila X em pela equação Nˆ G 000034 0002445 X05 00338886 X 000176366 X15 R2 099995 Exemplo Desejase a melhoria do ambiente radicular de uma camada de 20 a 50 cm de profundidade com 45 de argila A NG pelo quadro será 096 tha 016 08 35 60 08 35 12 08 45 NG A NG pela equação será NG 0977 tha A quantidade de gesso QG a ser recomendada depende da espessura da camada a ser corrigida 20 NG x EC QG Neste exemplo a quantidade de gesso QG a ser usada na camada de 20 a 50 cm EC 30 cm será 20 1465 tha 0977 30 QG Se a camada subsuperficial EC a ser enriquecida com S e com Ca situase sob a copa do cafeeiro cuja superfície coberta SC pelas plantas é de aproximadamente 75 do terreno calagem e gessagem a ser feita embaixo das copas das plantas de café a quantidade de gessoQG a ser usada neste caso será 20 100 EC NG SC QG 20 110 tha 100 30 0977 75 QG 1032 Recomendação com base na determinação do fósforo remanescente Souza et al 19922 após realizar amplo estudo com amostras de 13 solos de cerrado propuseram o uso de equações que se baseiam em características dos solos e no volume de água adicionado como determinantes de maior ou menor movimentação e retenção de S e de bases no perfil Essas equações foram geradas a partir das premissas de que a retenção de SO4 2 e de Ca2 na camada de 20 a 60 cm propicia uma concentração de S da ordem de 10 mgL ou de 0394 mmolL de Ca na solução do solo A primeira premissa fundamentase na constatação de ser essa concentração de S na solução do solo suficiente para que já no primeiro ano agrícola ocorra movimentação de sulfato e de cátions para a camada de 20 a 60 cm A segunda parte da observação de que existe relação entre o SO4 2 retido e o Ca 2 retido retenção simultânea e que a quantidade de Ca em 2 SOUZA DMG REIN TA LOBATO E RITCHEY KD Sugestões para diagnose e recomendação de gesso em solos de cerrado In SEMINÁRIO SOBRE O USO DO GESSO NA AGRICULTURA II Uberaba MG 1992 Anais São Paulo IBRAFOS 1992 p139158 solução em equilíbrio com o retido é da ordem de 0394 mmolL o que equivale a 10 mgL de S em solução após a adsorção do SSO4 2 Aproveitando a informação existente para uso de calcário NC e de gesso NG e considerando que o PROFERT recomenda aos laboratórios de análises de solos do Estado de Minas Gerais a análise de fósforo remanescente Prem indicase o uso dessa determinação nos cálculos para recomendar gessagem e calagem em substituição ao teor de argila do solo Souza et al 1992 O Quadro 102 resume esta adaptação para a recomendação de gesso Quadro 102 Necessidade de gesso NG de acordo com o valor de fósforo remanescente Prem de uma camada subsuperficial de 20 cm de espessura Prem NG Ca1 Gesso2 mgL kgha tha 0 a 4 315 a 250 1680 a 1333 4 a 10 250 a 190 1333 a 1013 10 a 19 190 a 135 1013 a 0720 19 a 30 135 a 85 0720 a 0453 30 a 44 85 a 40 0453 a 0213 44 a 60 40 a 0 0213 a 0000 1 Valores de NG adaptados e aproximados dos de Souza et al dados não publicados citados por Souza et al 1992 para que o Ca 2 retido em camada de 20 cm de espessura esteja em equilíbrio com a concentração de 0394 mmolL de Ca na solução do solo 2 Gesso agrícola 15 dagkg de S e 1875 dagkg de Ca Os valores de Ca podem também ser estimados de forma contínua como função do Prem pela equação Cˆ a 3158 255066 Prem05 570675 Prem 0485335 Prem15 R2 09996 E a necessidade de gessoNG em tha poderá ser calculada de acordo com a recomendação de Ca estimada com a equação anterior e o teor de Ca do gesso TCa em dagkg a ser usado utilizando a fórmula 10T Ca NG Ca Exemplo Desejase a melhoria do ambiente radicular de uma camada de 25 a 60 cm de profundidade que apresentou Prem 15 mgL A NG será pela tabela 0850 tha 1013 0163 10 19 0720 10 1013 1013 15 NG E a NG pela equação será Recomendação de Ca estimada pela equação 1596 kgha e 10 1875 0851 tha 1596 NG A quantidade de gesso QG para cobrir 75 da superfície do terreno SC e para uma camada de 35 cm de espessura EC será 112 tha 20 100 x 35 0851 x 75 QG 1033 Recomendação com base na determinação da NC pelo método do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 ou pelo método de saturação por bases A correção da acidez do solo e das deficiências de Ca e de Mg da camada arável realizase pela incorporação de calcário de acordo com as indicações de 82 e de 83 A melhoria do ambiente radicular das camadas abaixo da arável quando necessária efetuase incorporando gesso na camada arável na dose de 25 da NC da camada subsuperficial onde se quer melhorar o ambiente radicular Assim a necessidade de gesso é NG 025 NC Exemplo 1 Desejase a melhoria do ambiente radicular da camada de 25 a 60 cm de profundidade que apresentou NC 48 tha A NG será NG 025 x 48 12 tha A QG para a camada de 25 a 60 cm ou de 35 cm de espessura será 21 tha 20 12 x 35 QG Exemplo 2 Desejase corrigir a acidez da camada arável 0 a 25 cm e melhorar o ambiente radicular da camada subsuperficial 25 a 60 cm do solo para o cultivo da canadeaçúcar sendo a NC das duas camadas 40 e 52 tha respectivamente A QC para a camada superficial com o uso de calcário PRNT 80 de acordo com o item 83 será 80 625 tha 20 x 100 100 x 25 QC 4 x 100 A NG e a QG para a camada subsuperficial serão NG 025 x 52 13 t ha 2 275 tha 20 100 x 35 31 x 100 Q G Assim na camada arável seriam incorporadas 625 tha de calcário PRNT 80 mais 2275 tha de gesso agrícola Enfim sempre que possível o gesso deve ser aplicado juntamente com calcário magnesiano ou dolomítico Amostragens periódicas das camadas subsuperficiais devem ser realizadas com a finalidade de acompanhar a movimentação de bases pelo perfil Esta movimentação pode provocar drástica remoção de bases do volume de solo explorado pelo sistema radicular das plantas Para solos onde existe bom manejo de resíduos orgânicos e sem a presença de camadas subsuperficiais com elevado teor de Al3 e ou baixo teor de Ca2 o potencial de resposta ao gesso será muito pequeno Situação semelhante poderia ser considerada para plantas de ciclo curto com sistema radicular pouco profundo como muitas hortaliças Por outro lado para culturas perenes já implantadas como por exemplo café e citrus ou para pastagens quando cultivadas em solos declivosos e ácidos a mistura gesso mais calcário pode ser utilizada com o objetivo de carrear cátions para camadas mais profundas uma vez que a incorporação de calcário nestes sistemas é problemática 11 MICRONUTRIENTES FILOSOFIA DE APLICAÇÃO E FONTES Alfredo Scheid Lopes 9 111 Introdução Em anos recentes os problemas de deficiências de micronutrientes têm aumentado de modo acentuado na agricultura de Minas Gerais Os principais motivos para o aparecimento desses problemas são os seguintes a a expansão da ocupação dos solos da região dos cerrados que são por natureza deficientes em micronutrientes b o aumento da produtividade de inúmeras culturas com maior remoção de todos os nutrientes incluindo micronutrientes c a incorporação inadequada de calcário ou a utilização de doses elevadas acelerando o aparecimento de deficiências induzidas d o aumento na produção e utilização de fertilizantes NPK de alta concentração reduzindo o conteúdo incidental de micronutrientes nesses produtos e o aprimoramento da análise de solos e análise foliar como instrumentos de diagnose de deficiências de micronutrientes Existem três filosofias básicas para aplicação de micronutrientes que vêm sendo utilizadas no Brasil filosofia de segurança de prescrição e de restituição 9 Professor Emérito Departamento de Ciências do Solo UFLA ascheidluflabr 112 Filosofia de Segurança A filosofia de segurança foi a mais utilizada no passado principalmente no fim da década de 60 e início dos anos 70s quando do início da incorporação da região dos cerrados no processo produtivo Por princípio essa filosofia não utiliza dados de análise de solos e análise de plantas e são recomendados geralmente mais de um ou todos os micronutrientes levando em conta possíveis problemas de deficiência em uma região tipo de solo ou cultura específica Vários estados em seus boletins de recomendação de adubação utilizaram no passado essa filosofia Citase como exemplo o Estado de Goiás cuja recomendação para cultura de grãos é de 6 kgha de Zn 1 kgha de Cu 1 kgha de B e 025 kgha de Mo com distribuição a lanço e repetição a cada quatro ou cinco anos Comissão de Fertilidade do Solo de Goiás 19881 No sulco de plantio a recomendação é de um quarto dessas doses repetidas por quatro anos Volkweiss 19912 cita como outros exemplos dessa filosofia a recomendação de boro nas culturas de alfafa no Rio Grande do Sul ROLAS 19813 do algodoeiro em solos arenosos de São Paulo Raij et al 19854 de Zn na região dos cerrados e para adubação de pastagens em São Paulo Werner 19845 Em culturas de alto valor como hortaliças e frutíferas os custos de adubação com micronutrientes são insignificantes em relação ao valor da produção razão pela qual muitos agricultores ainda hoje usam a adubação de segurança incluindo vários ou todos os micronutrientes 113 Filosofia de Prescrição A filosofia de prescrição vem aos poucos substituindo a filosofia de segurança para número considerável de casos de recomendações oficiais de micronutrientes para as mais diferentes regiões e condições de solo clima e culturas Análises de solos e ou de tecidos de plantas devidamente calibradas por meio de ensaios de campo são preferentemente utilizadas nesse sistema para avaliar a disponibilidade e definir doses de micronutrientes que proporcionem o máximo de retorno econômico ao agricultor Volkweiss 19912 Um exemplo da combinação da filosofia de segurança com a de prescrição é a utilizada para construção da fertilidade do solo com micronutrientes na cultura da soja tomando por base a necessidade ditada pela análise foliar e aplicando se as seguintes doses 4 a 6 kgha de Zn 05 a 1 kgha de B 05 a 2 kgha de 1 Recomendação de corretivos e fertilizantes para Goiás 5 a Aproximação 1988 2 VOLKWEISS SJ Fontes e métodos de aplicação In FERREIRA ME CRUZ MCP da eds Jaboticabal 1988 Simpósio sobre Micronutrientes na Agricultura Anais Piracicaba POTAFOSCNPQ 1991 p391412 3 Manual de adubação e calagem para cultivos agrícolas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina 1981 Bol Téc FECOTRIGO 4 Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo 1985 Bol Téc 100 5 WERNER JC Adubação de pastagens Nova Odessa Instituto de Zootecnia 1984 49p Bol Téc 18 Cu 25 a 6 kgha de Mn 50 a 250 gha de Mo e 50 a 250 gha de Co aplicados a lanço e com efeito residual para pelo menos cinco anos Para aplicação no sulco é recomendável um quarto dessas doses repetidas por quatro anos consecutivos No caso do Mo e do Co recomendase ainda o tratamento das sementes com as doses de 12 a 25 gha de Mo e de 1 a 5 gha de Co com produtos de alta solubilidade EMBRAPACNPSo 19966 Exemplos recentes de adoção da filosofia de prescrição em recomendações oficiais de adubação em vários estados utilizando dados de análise de solo e às vezes de análise foliar são encontrados em várias publicações Cavalcanti 19987 Comissão da Fertilidade do Solo de Goiás 19881 Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais 19898 Prezotti 19929 Comissão de Fertilidade do Solo do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 199410 Raij et al 199611 Segundo Volkweiss 19912 a filosofia de prescrição é o sistema ideal do ponto de vista econômico de segurança para o agricultor e de uso racional de recursos naturais como são os micronutrientes Contudo para sua utilização é necessária uma sólida base experimental referente à seleção ou desenvolvimento e calibração de métodos de análises de solos ou de plantas 114 Filosofia de Restituição A filosofia de restituição tem por objetivo restituir ao solo as quantidades de micronutrientes retiradas pelas colheitas e assim evitar que o mesmo se esgote ou se torne deficiente Exige conhecimento dos teores de micronutrientes nas partes exportadas e avaliação detalhada dos índices de produtividade obtida ou esperada para cada caso em particular Essa filosofia de aplicação vem sendo cada vez mais utilizada principalmente nas áreas que têm atingido altos tetos de produtividade e intensificação de problemas de deficiência de micronutrientes pelas altas taxas de exportação obtidas A combinação ideal para atingir bases sólidas de diagnose e recomendação de micronutrientes seria a integração da filosofia de prescrição com a filosofia de restituição ou seja utilizar dados de experimentos de calibração de métodos de análise de solos e de plantas e variação das doses a serem aplicadas em função dos tetos de produtividade e exportação para as mais diversas culturas Esses aspectos merecem prioridade de pesquisa futura sobre o assunto Para que o técnico possa corrigir as possíveis deficiências de maneira eficiente é necessário que ele conheça além de outros aspectos ligados ao assunto os princípios de ação das diferentes fontes e das formas de aplicação de micronutrientes 6 EMBRAPACNPSo Recomendações técnicas para a cultura da soja no Paraná 199697 Londrina EMBRAPASoja 1996 p187 EMBRAPASoja Documentos 97 7 Recomendações de adubação para o Estado de Pernambuco 2a Aproximação 1998 8 Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais 4 a Aproximação 1989 9 Recomendações de calagem e adubação para o Estado do Espírito Santo 3 a Aproximação 1992 10 Recomendações de adubação e calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3ed 1994 11 Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo 1996 Bol Téc100 115 Fontes de Micronutrientes Em geral as fontes de micronutrientes são agrupadas em fontes inorgânicas quelatos sintéticos complexos orgânicos e fritas oxisilicatos a Fontes inorgânicas As fontes inorgânicas incluem os sais metálicos com sulfatos cloretos e nitratos que são solúveis em água os óxidos carbonatos e fosfatos que são insolúveis em água e os oxisulfatos que se constituem em subprodutos com maior ou menor grau de solubilidade em água dependendo das quantidades de H2SO4 utilizadas na solubilização dos óxidos A solubilidade em água é um fator determinante da eficiência agronômica a curto prazo para aplicações localizadas em sulco e produtos na forma granulada Dentre as fontes de boro o bórax o solubor o ácido bórico e os boratos fertilizantes são solúveis em água enquanto a colemanita é medianamente solúvel e a ulexita é insolúvel em água Molibdatos de sódio e de amônio são solúveis em água e o óxido de molibdênio é insolúvel b Quelatos sintéticos Os quelatos sintéticos são formados pela combinação de um agente quelatizante com um metal por meio de ligações coordenadas A estabilidade da ligação quelatometal determina geralmente a disponibilidade dos nutrientes aplicados para as plantas Os quelatos são geralmente bastante solúveis mas diferentemente dos sais simples dissociamse muito pouco em solução isto é o ligante tende a permanecer ligado ao metal Este fato é a principal vantagem dos quelatos pois permite que Cu Fe Mn e Zn permaneçam em solução em condições que normalmente se insolubilizariam como em soluções concentradas com reação neutra ou alcalina pH 70 ou maior e em solos calcários Volkweiss 19912 Um quelato eficiente é aquele no qual a taxa de substituição do micronutriente quelatizado por cátions do solo é baixa mantendo conseqüentemente o nutriente aplicado nesta forma de quelato por tempo suficiente para ser absorvido pelas raízes das plantas Lopes 199112 Os principais agentes quelatizantes utilizados na fabricação de fontes de micronutrientes são ácido etilenodiaminotetraacético EDTA ácido Nhidroxietiletilenodiaminotetraacético HEDTA ácido dietilenotriaminopentaacético DTPA ácido etilenodiamino ohidrofenil acético EDDHA ácido nitrilo acético NTA ácido glucoheptônico e ácido cítrico O mais comum é o EDTA A eficiência relativa para as culturas dos quelatos aplicados ao solo pode ser de duas a cinco vezes maior por unidade de micronutriente do que as fontes inorgânicas enquanto o custo do quelato por unidade de micronutriente pode ser cinco a cem vezes mais alto c Complexos orgânicos Os complexos orgânicos são produzidos pela reação de sais metálicos com subprodutos orgânicos da indústria de polpa 12 LOPES AS Micronutrientes filosofias de aplicação fontes eficiência agronômica e preparo de fertilizantes In FERREIRA ME CRUZ MCP da eds Jaboticabal 1988 Simpósio sobre Micronutrientes na Agricultura Anais Piracicaba POTAFOSCNPq 1991 p357390 de madeira e outros A estrutura química desses agentes complexantes assim como o tipo de ligação química dos metais com os componentes orgânicos ainda não é bem caracterizada d Fritas As fritas oxisilicatos são produtos vítreos cuja solubilidade é controlada pelo tamanho das partículas e por variações na composição da matriz São obtidas pela fusão de silicatos ou fosfatos com uma ou mais fontes de micronutrientes a aproximadamente 1000C seguida de resfriamento rápido com água secagem e moagem Mortvedt e Cox 198513 Por serem insolúveis em água as fritas são mais eficientes quando aplicadas na forma de pó fino a lanço com incorporação em solos mais arenosos sujeitos a altos índices pluviométricos e altas taxas de lixiviação Existem disponíveis no mercado fritas com as mais variadas combinações de composição de micronutrientes passíveis de utilização para implementação das filosofias de segurança de prescrição e de restituição Uma vez estabelecida a necessidade de aplicação de micronutrientes e conhecendo os princípios de eficiência das várias fontes é necessário determinar qualis os métodos de aplicação que seriam recomendável is para cada caso Esse é um problema dos mais complexos pois a eficiência dos diversos métodos de aplicação está intimamente relacionada com diversos fatores com destaque para fontes tipo de solo pH solubilidade efeito residual mobilidade do nutriente e tipo de cultura dentre outros Esses aspectos foram amplamente discutidos por Lopes 199112 e Volkweiss 19912 sendo os conceitos e princípios apresentados sobre o tema naquela época aplicáveis até hoje Dentre os vários métodos de aplicação destacamse a adubação via solo incluindo a adubação fluida e a fertirrigação a adubação foliar o tratamento de sementes e o tratamento de mudas Nas seções que enfocam a implementação da calagem e adubação para cada cultura em particular são apresentadas as recomendações de doses de micronutrientes bem como sugestões de métodos de aplicação 13 MORTVEDT JJ COX FR Production marketing and use of calcium magnesium and micronutrient fertilizers In ENGELSTAD OP ed Fertilizer Technology and Use 3th ed Madison Soil Science Society of America 1985 p455481 Para conhecimento das garantias mínimas e especificações de fontes de micronutrientes consultar o Quadro 5A do Apêndice 12 ADUBAÇÃO ORGÂNICA CFSEMG 1 121 Introdução A adubação orgânica compreende o uso de resíduos orgânicos de origem animal vegetal agroindustrial e outros com a finalidade de aumentar a produtividade das culturas Dentre as vantagens do uso da adubação orgânica citamse as seguintes Efeitos condicionadores Eleva a capacidade de troca de cátions notadamente nos solos altamente intemperizados ou arenosos Contribui para a maior agregação das partículas do solo reduzindo a susceptibilidade à erosão Reduz a plasticidade e a coesão do solo favorecendo as operações de preparo Aumenta a capacidade de retenção de água Concorre para a maior estabilidade da temperatura do solo Efeitos sobre os nutrientes Aumenta a disponibilidade dos nutrientes por meio de processos de mineralização Contribui para a diminuição da fixação de fósforo no solo Os ácidos orgânicos resultantes da decomposição da matéria orgânica aceleram a solubilização de minerais do solo aumentando a disponibilidade de nutrientes para as plantas Efeitos sobre os microrganismos do solo Principal fonte de nutrientes e energia para os microrganismos do solo 122 Tipos e Composição A maior dificuldade para caracterizar os adubos orgânicos quanto à composição química e eficiência agronômica prendese à grande diversidade destes quanto à origem grau de umidade e percentagem de conversão 1 COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais 4 a Aproximação Lavras CFSEMG 1989 159p O Quadro 121 e o Quadro 8A do Apêndice apresentam as composições aproximadas dos adubos orgânicos quanto às amplitudes e teores médios de nutrientes 123 Percentagem de Conversão dos Nutrientes da Forma Orgânica para a Forma Mineral As percentagens de conversão apresentadas no Quadro 122 para macronutrientes indicam uma aproximação da taxa de conversão dos nutrientes da forma orgânica para a forma mineral ao longo dos anos Estes dados ajudam a estimar a liberação do N P2O5 e K2O decorrente do uso dos adubos orgânicos desde que as condições sejam ideais para o processo de mineralização 124 Eficiência da Adubação Orgânica Para aumentar a eficiência da adubação orgânica devemse levar em conta alguns aspectos de cunho prático destacandose os seguintes Os dejetos dos animais sofrem perdas de 30 a 60 tanto pelo arrastamento de material como pelo processo de fermentação que envolve desprendimento de amônia Estas perdas podem ser diminuídas pelo uso de camas de material com bom poder de absorção em quantidade suficiente As camas devem ser renovadas com freqüência Quadro 121 Umidade e teores de macronutrientes N P2O5 e K2O em diversos adubos orgânicos Tipo Umidade N P2O5 K2O Amplitude Média Amplitude Média Amplitude Média Amplitude Média Esterco bovinos 220 850 653 18 37 31 09 23 18 07 30 21 Esterco eqüinos 690 758 705 17 18 18 06 33 10 07 18 14 Esterco ovinos 650 657 654 16 40 28 13 21 17 05 34 20 Esterco suínos 750 810 780 20 45 32 09 36 24 19 42 27 Esterco galinha 320 720 553 25 54 40 30 81 47 18 22 20 Efluente de biodigestor bovinos 23 12 22 Bagaço de cana de açúcar 11 02 09 Torta de mamona 54 19 15 Torta de filtro cana 720 12 22 05 Turfa 05 57 31 01 02 02 02 05 04 Composto de esterco rest vegetais 04 10 08 02 06 02 02 09 04 Composto de lixo urbano 34 12 03 kgm3 Vinhaça de mosto de melaço 1 08 02 60 Vinhaça de mosto misto 1 05 02 31 Vinhaça de mosto de caldo 1 03 02 15 Chorume 1 20 60 40 20 60 40 20 30 25 1 À exceção de vinhaça e de chorume os teores nos demais adubos orgânicos são apresentados com base na matéria seca Como na maioria das vezes o agricultor utiliza o adubo orgânico com certo teor de umidade este aspecto deve ser levado em consideração O processo de cura fermentação é essencial quando se usam os estercos e compostos Visa obter matéria orgânica homogênea bem estruturada livre de cheiro desagradável sem sementes nem pragas e agentes causadores de doenças com relação CN ideal e com boa mineralização dos compostos orgânicos e liberação de nutrientes Sob condições controladas de umedecimento e aeração o processo se completa em 60 a 90 dias Em ambiente fechado sem revolvimento o período de cura é no mínimo de 120 dias O tratamento de excrementos animais com superfosfato simples tem as seguintes finalidades efeito desinfetante efeito desodorante redução das perdas de nitrogênio e enriquecimento do esterco com fósforo enxofre e cálcio As quantidades recomendadas encontramse no Quadro 123 O gesso agrícola pode também ser adicionado em substituição ao superfosfato simples sem entretanto enriquecer o produto final com fósforo Quadro 122 Percentagens de conversão dos nutrientes aplicados via adubos orgânicos para a forma mineral Nutriente Tempo de Conversão 1 ano 2 ano Após o 2 ano N 50 20 30 P2O5 60 20 20 K2O 100 0 0 Quadro 123 Quantidades de superfosfato simples a serem adicionadas aos excrementos animais Excrementos Dose de Superfosfato simples Esterco de curral com cama 500 ganimaldia Estábulo de engorda e aviário 30 gm2 1 Pocilgas 100 a 150 gm2 1 1 Duas vezes por semana Durante o processo de preparo do composto orgânico na propriedade devemse adicionar aos resíduos de culturas palhadas etc calcário fosfato natural e cinzas que irão proporcionar um enriquecimento do produto final em relação a vários nutrientes 125 Quantidades Comumente Utilizadas O principal fator determinante da quantidade de adubo orgânico a ser aplicada é a disponibilidade e a dificuldade de seu manejo Como orientação básica sugeremse as seguintes quantidades Aplicação em área total Esterco de curral e compostos 20 a 40 tha Esterco de galinha 2 a 5 tha Esterco líquido ou chorume 30 a 90 m3ha Vinhaça de mosto de melaço 50 m3ha Vinhaça de mosto misto 100 m3ha Vinhaça de mosto de calda 150 m3ha Aplicação localizada quando feita em covas ou sulcos de plantio Cultura de grãos Esterco de curral e compostos 10 a 20 tha Esterco de galinha 2 a 3 tha Horticultura Esterco de curral e composto 30 a 50 tha Esterco de galinha 5 a 10 tha Covas em geral Esterco de curral e composto 10 a 20 Lcova Esterco de galinha e tortas 3 a 5 Lcova No caso de aplicações localizadas sulcos e covas devese misturar o adubo orgânico com a terra com antecedência mínima de 15 a 20 dias ao plantio procurando manter umidade suficiente no período 126 Adubação Verde e Manejo dos Restos Culturais Mesmo que a adubação orgânica não possa em muitos casos ser efetuada diretamente em larga escala devemse adotar todas as práticas que possam contribuir para a manutenção da matéria orgânica do solo Neste contexto ocupam lugar de destaque a conservação adequada do solo a rotação de culturas com leguminosas a incorporação dos restos culturais e a adubação verde As produções de matéria verde de algumas leguminosas são apresentadas no Quadro 124 Quadro 124 Produção de matéria verde de algumas leguminosas Leguminosa Produtividade tha Mucunapreta 299 Feijãodeporco 233 Crotalaria juncea 159 Crotalaria paulínia 421 Tephrosia candida 147 Guandu 269 Lab Lab 317 Além do efeito de concorrer para a manutenção da matéria orgânica no solo a rotação de culturas e a adubação verde apresentam as seguintes vantagens Concorrem para melhorar a fertilidade do solo Auxiliam no controle de pragas doenças e ervas daninhas Trazem a diversificação de culturas na propriedade Contribuem para melhor aeração estabilidade da temperatura e retenção de umidade O uso de espécies de raízes profundas permite melhor reciclagem de nutrientes para as camadas superficiais 13 RECOMENDAÇÕES DE CALAGEM E ADUBAÇÃO NO SISTEMA PLANTIO DIRETO Alfredo Scheid Lopes 1100 131 Introdução Embora a adoção do plantio direto seja relativamente recente no estado de Minas Gerais e a pesquisa ainda não tenha acumulado dados absolutamente conclusivos sobre as alterações referentes à calagem e adubação nesse sistema cabem alguns comentários referentes ao assunto principalmente em relação à amostragem para avaliação dos índices de fertilidade do solo e princípios para eficiência das adubações 132 Amostragem do Solo A variabilidade dos índices de fertilidade do solo no sistema plantio direto com adubação a lanço é similar à do sistema convencional aração e gradagem Entretanto essa variabilidade aumenta quando a adubação do sistema plantio direto é feita na linha de semeadura sendo maior na fase de implantação em relação à fase estabelecida 10 Professor Emérito Departamento de Ciências do Solo UFLA ascheidluflabr A fase de implantação pode ser definida como os primeiros cinco anos com uma cultura anual em plantio direto adubada ou seis cultivos seqüenciais adubados sendo que períodos com culturas de cobertura ou seqüenciais sem adubação não devem ser considerados Por outro lado a fase estabelecida é aquela após a fase de implantação Em vista disso recomendamse os seguintes procedimentos para a coleta de amostra do solo 1321 Antes de entrar no sistema plantio direto Utilizar o mesmo procedimento do sistema convencional ou seja amostragem ao acaso com trado ou pá de corte camada de 0 a 20 cm em 20 pontos na gleba para formar uma amostra composta 1322 Áreas sob plantio direto com adubação a lanço a Fase de Implantação Utilizar o mesmo procedimento do sistema convencional durante a fase de implantação e na próxima amostragem que deve ocorrer ao término do 3 o cultivo adubado se for o caso b Fase Estabelecida Na amostragem seguinte que deve ocorrer ao término do 6 o cultivo amostrar a camada de 0 a 10 cm 1323 Áreas sob plantio direto com adubação em linha a Fase de implantação Amostrar com pá de corte na camada de 0 a 20 cm perpendicular ao sentido da linha toda uma faixa correspondente à largura da entrelinha da cultura com o maior espaçamento introduzida no último ano agrícola Retirar uma fina fatia de solo aproximadamente 5 cm de espessura em 15 locais por gleba e formar uma amostra composta1 b Fase estabelecida Amostrar com pá de corte na camada de 0 a 10 cm perpendicular ao sentido da linha toda uma faixa correspondente à largura da entrelinha da última cultura conforme indicado na Figura 33 do Cap 3 Coletar em 15 locais por gleba para formar uma amostra composta 133 Calagem As pesquisas têm demonstrado que as doses de calcário para atingir a Produtividade Máxima Econômica das culturas são menores no sistema plantio direto em relação ao sistema convencional principalmente pelo efeito da 1 NRSSBCSComissão de fertilidade do solo RSSC Núcleo Regional SulSBCS Recomendações de adubação e calagem no sistema plantio direto 1 a versão Resumo do Workshop Adubação e Calagem em Sistema Plantio Direto Santa Maria RS 4 de setembro de 1997 3p 1997 matéria orgânica acumulada na diminuição da toxidez de alumínio Nesse aspecto dois pontos são relevantes e merecem ser levados em conta a Antes de entrar no sistema plantio direto Na última aplicação de calcário antes de entrar nesse sistema o cálculo da calagem deve ser feito com base na amostragem na camada de 0 a 20 cm sendo a dose calculada para essa camada e de preferência utilizandose um calcário um pouco mais grosso reatividade entre 50 e 60 com a finalidade de prolongar o efeito residual b Após a implantação do sistema plantio direto As doses de calcário podem ser reduzidas para um terço quando a amostragem for feita na camada de 0 a 20 cm e à metade quando a amostragem for feita na camada de 0 a 10 cm utilizandose um calcário de granulometria mais fina Como princípio a calagem no sistema plantio direto deve ser feita com pequenas doses anuais ao invés de altas doses a cada três ou quatro anos como no sistema convencional 134 Nitrogênio No sistema plantio direto as recomendações e a eficiência das doses de nitrogênio para as diversas culturas dependem de uma série de fatores com destaque para os seguintes a A necessidade de culturas de cobertura e a maior intensificação de rotação de culturas no sistema plantio direto permitem sugerir uma diminuição de até 50 da dose de nitrogênio recomendada após adubação verde com leguminosas de verão ou cereais cultivados nos resíduos de leguminosas2 recomendação também válida para o sistema convencional b Em sistemas de rotação que envolvam gramíneas com alta relação CN antecedendo a cultura principal é recomendável aumentar a dose de N na semeadura 20 a 30 kgha para diminuir a imobilização do fertilizante nitrogenado c As perdas por volatilização de NH3 pela aplicação de uréia em superfície são muito maiores no sistema plantio direto do que no convencional Essas perdas são minimizadas pela incorporação da uréia a 5 cm de profundidade ou pela irrigação controlada após a adubação As perdas com fontes amoniacais e nítricas são muito menos acentuadas 2 SÁ JC de M Reciclagem de nutrientes dos resíduos culturais e estratégia de fertilização para produção de grãos no sistema plantio direto In Seminário sobre o Sistema Plantio Direto na UFV 11998 Viçosa MG Universidade Federal de Viçosa Departamento de Fitotecnia Viçosa UFV DFT 1998 143p 135 Fósforo Os resultados de pesquisa realizados em vários estados indicam que os fosfatos naturais reativos farelados de origem sedimentar são eficientes para as culturas anuais quando incorporados a solos sistema convencional com pH em água de até 55 e quando o teor de fósforo no solo for igual ou superior ao teor médio Nestas condições a sua eficiência agronômica no primeiro cultivo comparada à do superfosfato triplo com base no teor de P2O5 total é de 60 a 70 No caso de solos com teores baixos em fósforo devem ser utilizados fertilizantes fosfatados acidulados superfosfatos simples triplo etc com aplicação em sulcos Em solos sob sistema plantio direto já estabilizado mais de 5 anos e que já atingiram teores altos em fósforo não existem diferenças sensíveis entre as fontes de fósforo fosfatos reativos farelados e adubos fosfatados acidulados e os modos de aplicação a lanço ou em sulcos 136 Potássio Ao entrar no sistema plantio direto é recomendável fazer uma adubação potássica corretiva a lanço em solos com textura média a argilosa calculada para atingir 3 a 5 da CTC a pH 70 saturada com potássio As adubações de manutenção seguintes devem ser feitas no sulco até que o solo atinja teores médios a altos em potássio quando então essas adubações de manutenção poderão ser feitas a lanço juntamente com as adubações fosfatadas de manutenção em solos médios a altos em fósforo 137 Gesso Agrícola Para áreas com subsolo ácido deficientes em cálcio e com toxidez de alumínio o uso do gesso agrícola é uma prática eficiente para o aprofundamento do sistema radicular Os critérios para avaliação desses problemas e as alternativas para recomendações de doses de gesso são os mesmos para o sistema convencional discutidos no Cap 10 14 RECOMENDAÇÕES DE ADUBAÇÃO PARA CULTIVOS EM AMBIENTE PROTEGIDO Luiz Antônio Augusto Gomes 1 Ernani Clarete da Silva 2 Valdemar Faquin 3 141 Introdução O cultivo em ambiente protegido é uma prática que vem se expandindo rapidamente nos últimos anos entre os agricultores brasileiros sobretudo no plantio de algumas hortaliças Muitas são as formas de cultivo protegido as quais variam principalmente de acordo com a cultura mas sempre com o objetivo de se conseguir maior produtividade melhor qualidade e produção fora da época usual Essa condição de cultivo permite alcançar esses objetivos com vistas em proteger as plantas de condições adversas de ambiente tais como baixas temperaturas excesso de chuva granizo além da incidência de algumas pragas e ou doenças Dentre as estruturas utilizadas em cultivo protegido as principais são Túneis baixos recomendados para culturas de porte baixo principalmente alface Estufas dos tipos Capela Arco ou Túnel Alto utilizadas não só para culturas de porte baixo como também para culturas de porte alto tais como pimentão tomate e pepino A prática do cultivo em ambiente protegido deve estar obrigatoriamente associada a outras tecnologias capazes de maximizar os seus efeitos benéficos Dentre essas tecnologias podemse destacar Práticas de manejo e condução adequadas a cada cultura tais como espaçamento formas de tutoramento podas e condução das plantas Cobertura morta mulching recomendase esta prática pela utilização de plásticos apropriados os quais evitam incidência de ervas daninhas mantêm a temperatura e evitam perda de água por evaporação Espécies ou cultivares as espécies ou cultivares a serem utilizadas devem ser preferencialmente materiais com maior potencial de resposta a estas condições Irrigação utilizar irrigação localizada por meio de sistemas de gotejamento ou microaspersores 1 Professor Departamento de Fitotecnia ESACMA laagomesuflabr 2 Bolsista FAPEMIGUFLA clareteuflabr 3 Professor Departamento de Ciências do Solo UFLA vafaquinuflabr 142 Aspectos Importantes Relacionados com a Adubação em Ambiente Protegido 1421 Adubação Em estufas pelo uso intensivo do solo sob irrigação com dois três ou mais cultivos por ano dependendo da espécie e com a obtenção de elevadas produtividades há o requerimento de quantidades elevadas de corretivos e fertilizantes orgânicos e minerais Todavia as condições de cultivo em ambiente protegido são diferentes daquelas a campo a céu aberto principalmente com relação a perdas de nutrientes por erosão e por lixiviação que são inexistentes sob estufas Assim as recomendações existentes para o campo servem apenas como um referencial Há portanto necessidade da obtenção de informações específicas a esse sistema de cultivo No Brasil existem poucas informações a esse respeito sendo as adubações utilizadas pelos produtores na verdade fruto de seus próprios esforços e das observações de técnicos que atuam nessa área Por essa razão esta constitui a primeira tentativa que deve ser usada como sugestão e ser alterada de acordo com a experiência e conhecimento do técnico usuário Recomendase análise química do solo anual ou com mais freqüência sob cultivo protegido A análise química foliar é útil durante o desenvolvimento das hortaliças pois permite a comparação entre o estado nutricional de plantas com algum tipo de sintoma e o de plantas normais 1422 Salinização Um problema que invariavelmente ocorrerá em solos cultivados em ambiente protegido é a salinização ou seja o acúmulo no solo de sais presentes nos fertilizantes Esse problema tende a se agravar ao longo do tempo com maior ou menor rapidez conforme as práticas adotadas Medidas preventivas devem portanto ser adotadas no sentido de retardar o processo de salinização As principais medidas sugeridas são Utilização de fertilizantes altamente solúveis Utilização racional dos fertilizantes Aplicação periódica de matéria orgânica incorporada ao solo Preparo de solo adequado dando ênfase à subsolagem Dimensionamento adequado do sistema de irrigação Aplicação dos nutrientes em forma concentrada com o uso de fontes de alta solubilidade por meio de sistema de fertirrigação Entre um plantio e outro fazer a subsolagem e uma irrigação pesada para lavar os sais 1423 Fertirrigação A fertirrigação consiste na distribuição de adubos por meio da água de irrigação Um aspecto importante a ser considerado na prática da fertirrigação é a qualidade química teores de sais e microbiológica presença de fitopatógenos da água Os fertilizantes a serem aplicados através desse sistema devem apresentar algumas características que os tornem mais eficientes e menos problemáticos ao solo Solubilidade rápida e completa os fertilizantes devem ser pronta e altamente solúveis evitandose precipitação nos recipientes de mistura bem como entupimentos dos gotejadores Concentração e pureza eles devem ter alta concentração do nutriente desejado sem a presença de resíduos que possam obstruir os gotejadores ou de contaminantes químicos que possam intoxicar as plantas ou poluir o solo O Quadro 141 apresenta os principais fertilizantes comerciais simples que atendem a essas exigências fontes de macro e de micronutrientes e as suas respectivas composições Existem também no mercado fórmulas solúveis prontas que podem ser utilizadas desde que se ajustem às recomendações específicas a cada cultura É importante chamar a atenção para a periodicidade das fertirrigações pois apesar de ser ela especificada é necessário primeiramente observar a condutividade elétrica CE do solo próximo às raízes determinação que estima a quantidade de sais existentes na solução do solo refletindo o grau de salinidade em que o solo se encontra O valor da condutividade elétrica pode ser obtido pela medição direta em extrato de solo saturado com aparelho apropriado condutivímetro e normalmente é expresso nas unidades mScm µScm ou dSm S Siemens A expressão seguinte permite estimar a concentração total de sais CTS em mgdm3 ppm mv ou mgkg ppm mm CTS 640 x CE em que CE em dSm Quadro 141 Principais fertilizantes usados em fertirrigação em estufas Sal puro ou fertilizante Nutriente fornecido Concentração dagkg1 Nitrato de potássio K 36 NNO3 13 Nitrato de cálcio hydro especial Ca 17 NNO3 12 Uréia NNH2 45 Sulfato de amônio NNH4 21 S 24 Fosfato monoamônico MAP purificado NNH4 11 P 21 P2O5 48 Nitrato de amônio NNH4 165 NNO3 165 Fosfato monobásico de potássio K 29 K2O 35 P 23 P2O5 52 Cloreto de potássio branco K 52 K2O 60 Cl 47 Sulfato de potássio K 41 K2O 49 S 17 Sulfato de magnésio Mg 10 S 13 Sulfato ferroso Fe 20 S 11 Ácido bórico B 17 Bórax B 11 Sulfato de cobre Cu 24 S 12 Sulfato de manganês Mn 25 Sulfato de zinco S 21 Zn 22 S 11 Molibdato de sódio Mo 39 Na 19 Molibdato de amônio Mo 54 NNH4 68 1 dagkg mm O valor de salinidade tolerada depende da espécie ocorrendo prejuízos na produtividade quando a CE do solo ultrapassa determinado valor O Quadro 142 apresenta os valores limites de tolerância de algumas hortaliças à salinidade Dessa forma sempre que for proceder a uma fertirrigação recomendase medir primeiramente a condutividade elétrica do solo Caso o valor esteja acima do tolerado pela cultura fazer apenas irrigação com água pura Assim que a condutividade elétrica baixar para níveis tolerados pela cultura aplicar a fertirrigação É necessário salientar ainda que ao se proceder à fertirrigação devese iniciar apenas com água pura A injeção da solução com fertilizante na tubulação só deve ser feita quando esta estiver totalmente cheia ou seja com todos os gotejadores funcionando Quadro 142 Tolerância relativa das hortaliças à salinidade Cultura Condutividade elétrica em extrato de solo saturado Classificação3 Valor limite1 Perda de Produtividade2 dSm dSm Abóbora 25 130 LS Aipo 18 62 LS Alface 13 130 LS Aspargo 41 20 T Batata 17 120 LS Beterraba 40 90 GT Brócolos 28 92 LS Cenoura 10 140 S Couve LS Ervilha S Espinafre 20 76 LS Melão LS Nabo 09 90 LS Pepino 20 25 Pimentão 18 22 Salsa S Rabanete 12 130 LS Repolho 18 97 LS Tomate 20 40 99 LS 1 Valor limite deciSiemensm a partir do qual há prejuízos na produtividade 2 Porcentagem de perda da produtividade por unidade de dSm a partir do valor limite 3 T Tolerante GT Geralmente Tolerante LS Levemente Sensível S Sensível 143 Recomendações de Adubação 1431 Cultura do pimentão Produtividade esperada 100 tha para um período de colheita de 6 meses Calagem Elevar a saturação por bases para 70 a 80 e o teor de magnésio a um mínimo de 09 cmolc dm3 Adubação orgânica Utilizar preferencialmente matéria orgânica de melhor qualidade tal como húmus de minhoca na quantidade de 5 m3ha Esterco de curral curtido 20 a 40 m3ha ou esterco de galinha curtido 4 a 8 m3ha também podem ser utilizados Adubação mineral de plantio Aplicar os fertilizantes químicos e também orgânicos incorporados ao solo dos canteiros cerca de 10 dias antes do transplante das mudas em quantidades de acordo com a análise química do solo Disponibilidade de P ou de K1 Doses P2O5 K2O kgha Baixa 600 120 Média 420 80 Boa 240 40 Muito boa 120 0 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Acrescentar à adubação de plantio 1 kgha de B 3 kgha de Zn e de 10 a 30 kgha de S Sugerese um acompanhamento criterioso dos teores de boro e de zinco no solo e nas folhas por meio da análise química evitando a toxidez dos mesmos Coberturas As coberturas com NPK deverão ser sempre feitas através do sistema de irrigação por gotejamento fertirrigação de acordo com a seguinte recomendação Época de aplicação Doses N P2O5 K2O kgha 1 a a 4 a semana 20 60 20 5 a a 8 a semana 24 36 24 9 a a 14 a semana 38 24 60 15 a em diante 80 0 150 1432 Cultura do tomate Produtividade esperada 200 tha para um período de colheita de três meses Calagem Elevar a saturação por bases para 70 a 80 e o teor de Mg a um mínimo de 09 cmolcdm3 Adubação orgânica Utilizar preferencialmente matéria orgânica de melhor qualidade tal como húmus de minhoca na quantidade de 5 m3ha Esterco de curral curtido 30 a 50 m3ha ou esterco de galinha 6 a 10 m3ha também podem ser utilizados Adubação mineral de plantio Aplicar de acordo com a análise química do solo incorporando à área de plantio juntamente com o adubo orgânico cerca de 10 dias antes do transplante as seguintes doses Disponibilidade de P ou de K1 Doses P2O5 K2O kgha Baixa 900 80 Média 800 60 Boa 600 40 Muito boa 400 0 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Acrescentar à adubação de plantio 1 kgha de B 3 kgha de Zn e de 20 a 40 kgha de S Sugerese um acompanhamento criterioso dos teores de boro e de zinco no solo e nas folhas pela análise química para prevenir a toxidez dos mesmos Coberturas As coberturas com NPK deverão ser feitas sempre por meio da fertirrigação por gotejamento de acordo com a tabela seguinte Época de aplicação Doses N P2O5 K2O kgha 1 a a 4 a semana 30 80 40 5 a a 8 a semana 60 48 70 9 a a 14 a semana 90 36 130 15 a em diante 120 0 180 1433 Cultura do pepino Produtividade esperada 60 tha para um período de colheita de três meses Calagem Elevar a saturação por bases para 80 e o teor de Mg a um mínimo de 09 cmolcdm3 Adubação orgânica Utilizar preferencialmente matéria orgânica de melhor qualidade tal como húmus de minhoca na quantidade de 3 m3ha Esterco de curral curtido 20 a 40 m3ha e esterco de galinha curtido 5 a 8 m3ha também podem ser utilizados Adubação mineral de plantio Aplicar o adubo químico juntamente com o adubo orgânico na área de plantio cerca de 10 dias antes do transplante de acordo com a análise química do solo Disponibilidade de P ou de K1 Doses P2O5 K2O kgha Baixa 240 120 Média 180 80 Boa 120 60 Muito boa 60 0 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Acrescentar à adubação de plantio 1 kgha de B 3 kgha de Zn e de 20 a 40 kgha de S Sugerese um acompanhamento criterioso dos teores de boro e de zinco no solo e nas folhas pela análise química para prevenir a toxidez dos mesmos Coberturas As coberturas com NPK deverão ser feitas por meio do sistema de irrigação por gotejamento fertirrigação atendendo a recomendação a seguir Época de aplicação Doses N P2O5 K2O kgha 1 a a 4 a semana 30 60 30 5 a a 8 a semana 40 40 60 9 a em diante 60 0 90 1434 Cultura da alface Produtividade esperada 56 tha Calagem Elevar a saturação por bases para 70 a 80 Adubação orgânica Utilizar preferencialmente matéria orgânica de melhor qualidade tal como húmus de minhoca na quantidade de 10 m3ha Esterco de curral curtido 30 a 40 m3ha ou esterco de galinha curtido 15 a 20 tha também podem ser utilizados Adubação mineral de plantio Aplicar o adubo químico juntamente com o adubo orgânico na área de plantio cerca de 10 dias antes do transplante de acordo com a análise química do solo Disponibilidade de P ou de K1 Doses P2O5 K2O kgha Baixa 420 60 Média 300 40 Boa 180 0 Muito boa 60 0 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Acrescentar à adubação de plantio 1 kgha de B 3 kgha de Zn e de 20 a 40 kgha de S Sugerese um acompanhamento criterioso dos teores de boro e de zinco no solo e nas folhas pela análise química para prevenir a toxidez dos mesmos Coberturas As coberturas com NK deverão ser sempre feitas por meio do sistema de irrigação por gotejamento fertirrigação atendendo à seguinte recomendação Época de aplicação Doses N K2O kgha A partir da 1a semana após o transplantio 160 80 144 Manejo das Coberturas Os fertilizantes devem ser altamente solúveis podendose usar fórmulas comerciais solúveis prontas ou fertilizantes simples Quadro 141 de acordo com a recomendação específica a cada cultura As quantidades de nutrientes que constam das tabelas de recomendações de cobertura referemse ao total a ser aplicado no período correspondente devendo ser divididas em três aplicações semanais Antes de efetuar a fertirrigação medir o valor da condutividade elétrica CE do solo Se estiver acima 20 dSm para o pimentão 30 dSm para o tomate 22 dSm para o pepino e 13 dSm para a alface fazer apenas a irrigação com água pura Em dias seguintes medir novamente a CE e aplicar as coberturas somente quando os valores estiverem abaixo dos limites citados Ao efetuar a fertirrigação observar o tempo necessário de acordo com a vazão dos gotejadores em função da quantidade de água a ser aplicada É recomendável que se tenha um volume mínimo de 10 Lm2 Para prevenir a podridão apical nos frutos de tomateiro e de pimentão e do tip burn da alface sugerese utilizar na fertirrigação a cada 15 dias Nitrato de Cálcio como fonte de N Como algumas fórmulas prontas apresentam micronutrientes em suas composições o seu uso muito freqüente inevitavelmente levará ao acúmulo desses elementos no solo O monitoramento dos seus teores tanto no solo quanto na planta pela análise química previne possíveis problemas de toxidez 15 FERTIRRIGAÇÃO Rogério Faria Vieira 11 Márcio Mota Ramos 12 151 Introdução Quimigação é a técnica de aplicação de produtos químicos nas lavouras utilizando a água de irrigação como veículo Os principais produtos aplicáveis são fertilizantes fertirrigação ou fertigação herbicidas herbigação inseticidas insetigação fungicidas fungigação e nematicidas nematigação Dentre eles os fertilizantes são os mais utilizados e têm a vantagem adicional sobre os outros produtos de não necessitar de registro no Ministério da Agricultura para essa modalidade de aplicação Na fertirrigação podem ser utilizados tanto adubos minerais quanto resíduos orgânicos vinhaças chorumes etc No presente capítulo no entanto só será abordado o uso dos adubos químicos Em geral a fertirrigação é usada para complementar a adubação de plantio cujo efeito diminui com o avanço do ciclo de vida da cultura Portanto a idéia é aplicar no plantio fertilizantes que sirvam de fonte de nutrientes para os primeiros estádios de desenvolvimento da cultura e após esse período iniciar as fertirrigações de modo a ajustar o fornecimento de nutrientes às necessidades das plantas 11 Pesquisador EPAMIGCTZM rfvieiramailufvbrz 12 Professor Titular Departamento de Engenharia Agrícola UFV mmramosmailufvbr 152 Fertirrigação nos Diferentes Métodos de Irrigação A fertirrigação pode ser realizada com todos os métodos de irrigação superfície aspersão e localizada No entanto a qualidade da água o tipo de fertilizante a uniformidade de distribuição do fertilizante na gleba e a mobilidade dos nutrientes no solo podem variar dependendo do sistema de irrigação usado É essencial para se obter sucesso na fertirrigação que a distribuição de água na lavoura tenha uniformidade elevada 1521 Superfície Abrange os sistemas nos quais a água é conduzida sobre a própria superfície do solo a ser irrigado A água pode ser conduzida por pequenos canais ou sulcos irrigação por sulcos por faixas de terreno compreendidas entre diques paralelos irrigação por faixas ou por bacias ou tabuleiros irrigação por inundação A aplicação de fertilizantes via água de irrigação por superfície não é prática comum provavelmente por causa de alguns problemas inerentes a esse método de irrigação 1 menor uniformidade de distribuição da água principalmente na irrigação por sulcos quando comparada aos outros métodos 2 perda de água por percolação no início dos sulcos e perda por escoamento superficial no final dos sulcos No entanto a melhoria da uniformidade de aplicação da água por superfície tem sido obtida pela melhor sistematização do solo e pela automação da irrigação potencializando a prática da fertirrigação A aplicação de fertilizantes principalmente dos nitrogenados deve ser feita a taxa constante para se conseguir distribuição uniforme Ademais a aplicação deve ser calibrada de modo que dure o tempo exato da irrigação Um método simples é a aplicação do fertilizante sobre a água que escoa no canal de abastecimento dos sulcos ou das faixas No trecho do canal escolhido para a aplicação a água deve ter turbulência suficiente para permitir a solubilização e a mistura do fertilizante com a água A água escoada superficialmente no final dos sulcos deve conter a mesma concentração de fertilizante da água aplicada no seu início Portanto é essencial efetuar sua coleta e reuso para evitar contaminação dos corpos de água de drenagem e evitar desperdício do fertilizante 1522 Localizada Abrange os sistemas de irrigação nos quais a água é aplicada diretamente no local de maior concentração de raízes com pequena intensidade e alta freqüência No gotejamento são utilizadas vazões de 2 a 10 Lh e a água pode ser aplicada na superfície ou na subsuperfície linhas e emissores enterrados Na microaspersão em que a água é aplicada de forma pulverizada com vazão de 20 a 140 Lh há maior evaporação e arraste pelo vento No entanto a velocidade do fluxo da água nas tubulações e os orifícios dos emissores é maior condição que diminui a sedimentação das partículas sólidas e os riscos de obstrução dos emissores Diferentemente da irrigação por superfície a uniformidade de aplicação da água é alta Ademais a irrigação localizada permite o controle da quantidade de água a ser fornecida às plantas e a manutenção da umidade do solo próxima à capacidade de campo facilitando o manejo da fertirrigação e maximizando a utilização dos nutrientes pelas plantas Por essas razões a irrigação localizada é o método mais adequado para a prática da fertirrigação com a possibilidade de serem aplicados todos os nutrientes de que a planta necessita A irrigação localizada exige água com boa qualidade ou seja livre de microrganismos e de sólidos em suspensão que podem entupir os pequenos orifícios dos emissores Apenas soluções fertilizantes dissolvidos em água formando uma solução clara devem ser usadas A água de irrigação pode ser acidificada com vários ácidos clorídrico nítrico fosfórico etc com o objetivo de reduzir o entupimento das linhas e dos emissores entupimento causado por precipitação O potencial da fertirrigação é maior em regiões áridas ou semiáridas que em regiões úmidas pois em regiões com chuvas escassas o desenvolvimento radical concentrase no bulbo molhado pelos emissores maximizando o aproveitamento dos nutrientes O uso de solução nutritiva em contato direto com grande parte do sistema radical reduz sobremaneira a função do solo como fornecedor de nutrientes Esta é a principal diferença em relação aos sistemas tradicionais e da irrigação por aspersão A correção do solo uso de matéria orgânica calagem gessagem etc deve anteceder a fertirrigação A adição de compostos orgânicos ao solo em particular tem papel muito importante melhoralhe a estrutura e aumentalhe a capacidade tampão a CTC a retenção de água a disponibilidade de nutrientes e a capacidade de quelação A coincidência das irrigações com as adubações determinam se a fertirrigação será completa ou parcial ao longo do ciclo de vida da cultura A injeção do fertilizante deve ser iniciada depois que todas as linhas de irrigação estiverem cheias de água e os emissores atingirem vazão constante ou seja depois de 5 a 30 min do início da irrigação O tempo de aplicação do fertilizante geralmente é de uma a duas horas Em seguida a irrigação deve funcionar por tempo suficiente 5 a 30 min para lavar o sistema de irrigação e deslocar os nutrientes para a camada do solo onde as raízes estão concentradas 1523 Aspersão Abrange os sistemas em que a água é aspergida sobre a superfície do terreno e ou sobre as plantas de modo semelhante à chuva Os seguintes sistemas de irrigação por aspersão são comuns convencional autopropelido pivôcentral e linear Os dois últimos quando bem dimensionados e operados podem distribuir água com coeficiente de uniformidade superior a 90 A uniformidade de aplicação da água pelo autopropelido é muito influenciada por ventos em razão de o jato de água alcançar maior altura que nos outros sistemas Por isso o coeficiente de uniformidade que se obtém com esse sistema raramente ultrapassa 80 Em geral esse método de irrigação é mais adequado para a distribuição de fertilizantes reservados para a aplicação de cobertura nitrogenados e potássicos e dos outros nutrientes móveis no perfil do solo boro e enxofre principalmente em culturas com alta densidade populacional Na irrigação por aspersão podem ser usados fertilizantes menos puros e suspensões mais baratos pois há menor risco de entupimento A distribuição dos fertilizantes sobre toda a área plantada apresenta desvantagens nas seguintes situações 1 no início do ciclo de vida da cultura quando as raízes estão pouco desenvolvidas principalmente em culturas com baixa densidade populacional 2 em solos compactados onde o crescimento das raízes é limitado 3 em áreas infestadas com plantas daninhas 4 em solo onde foram incorporados resíduos de plantas com alta relação CN 301 Comparada com a aplicação mecanizada a lanço de fertilizantes que contêm nutrientes móveis no solo a fertirrigação tem uma vantagem importante embora a uniformidade inicial de aplicação do adubo a lanço possa ser boa ela diminui com o tempo após irrigações porque nas áreas da lavoura que recebem mais água há maior lixiviação dos nutrientes Na fertirrigação no entanto áreas que recebem mais água onde também ocorre maior lixiviação também recebem mais adubo Por isso conseguese com a fertirrigação manter o teor de nutrientes móveis no solo mais uniforme no decorrer do ciclo de vida da cultura se a adubação for parcelada No sistema de irrigação por aspersão convencional o fertilizante pode ser aplicado em qualquer momento do molhamento Logo recomendase utilizar a primeira metade da irrigação para distribuir o fertilizante e a outra metade para incorporálo ao solo Pelo pivôcentral e pelo linear no entanto o fertilizante é continuamente injetado porquanto esses sistemas são móveis as lâminas de água usadas para o molhamento das plantas geralmente são as mais adequadas para a distribuiçãoincorporação do adubo 153 Vantagens e Desvantagens da Fertirrigação 1531 Vantagens As principais vantagens da fertirrigação são Redução dos custos de aplicação Evitase a movimentação de máquinas na lavoura para a distribuição do fertilizante Conseqüentemente não ocorre compactação do solo e danos à cultura durante essa operação Os fertilizantes podem ser aplicados com facilidade em qualquer estádio de desenvolvimento da cultura mesmo em solo úmido permitindo mais parcelamentos da adubação Fertilizantes aplicados mais parceladamente têm menos probabilidade de alterar o equilíbrio de nutrientes no solo e nas plantas Nutrientes móveis no perfil do solo podem ser incorporados à profundidade desejada por meio do controle da lâmina de água aplicada Redução das perdas de nitrogênio principalmente por lixiviação e por volatilização Redução da contaminação do meio ambiente Esta vantagem é conseqüência do melhor aproveitamento pelas plantas dos nutrientes móveis no solo Em geral a uniformidade de aplicação dos fertilizantes independentemente da dose é superior à que se consegue com os métodos convencionais de adubação Por isso é método especialmente eficiente para distribuição e ou incorporação de micronutrientes Possibilidade de aplicação numa mesma operação do fertilizante misturado com defensivo químico Na irrigação por gotejamento os fertilizantes são distribuídos de maneira concentrada onde também se concentram as raízes em solo com umidade próxima à capacidade de campo aumentando a eficiência de absorção dos nutrientes pela planta 1532 Desvantagens As principais desvantagens da fertirrigação são Os fertilizantes mais adequados à fertirrigação podem ser mais caros principalmente na irrigação por gotejamento Há risco de contaminação do meio ambiente se não forem utilizados os equipamentos e as medidas de segurança necessários Há risco de corrosão de partes do sistema de irrigação Não se consegue na irrigação por aspersão aplicar o fertilizante de forma localizada o que é desejável em algumas situações Exige mais atenção e cuidado no manejo da irrigação 154 Interação SoloÁguaNutrientePlanta Conhecimentos sobre as características do solo da água dos fertilizantes e das culturas são essenciais para se conseguir a máxima eficiência da fertirrigação Quanto ao solo é importante conhecer a textura a capacidade de troca catiônica CTC a salinidade o pH os teores de macro e de micronutrientes e o histórico de uso da gleba A qualidade da água de irrigação deve ser avaliada principalmente com relação aos nutrientes N S Ca Mg Cl Fe e B a sódio carbonatos bicarbonatos a salinidade e pH Quadro 151 As características dos fertilizantes principalmente com relação à solubilidade Quadro 152 e à mobilidade dos nutrientes no solo são muito importantes Quanto à cultura a marcha de absorção de nutrientes a tolerância à salinidade e a distribuição das raízes no perfil do solo são informações que ajudam muito quando se deseja pôr em prática o melhor manejo da fertirrigação Finalmente é necessário entender como interagem o solo a água os nutrientes e as plantas e como isso influencia o objetivo final da fertirrigação que é a absorção eficiente dos nutrientes pelas plantas No próximo item algumas dessas interações serão discutidas Quadro 151 Problemas potenciais relacionados com a qualidade da água de irrigação Característica Nível de dano Nenhum Médio Severo pH 55 70 55 ou 70 45 ou 80 CE dSm1 05 075 075 30 30 Total sólidos solúveis mgL 325 480 480 1920 1920 Bicarbonatos mgL 40 40 180 180 Sódio mgL 70 70 1802 1802 Cálcio mgL 20 100 100 2003 2003 Magnésio mgL 63 633 RAS4 3 3 6 6 Boro mgL 05 05 20 20 Cloro mgL 70 70 300 300 Flúor mgL5 025 025 10 10 Ferro mgL6 02 02 04 04 Nitrogênio mgL7 5 5 30 30 1 CE Condutividade Elétrica Valores inferiores a 05 dSm são satisfatórios se a água tem suficiente cálcio No entanto se a água tem baixos teores de cálcio pode haver problemas de permeabilidade em certos solos 2 Menos severo se o potássio estiver presente em igual quantidade ou em plantas tolerantes a sódio 3 Grande quantidade de cálcio ou magnésio aumenta a precipitação de fósforo Não se deve injetar fósforo na água de irrigação com mais de 120 mgL de cálcio senão quando o pH da água for menor que 40 4 RAS Relação de Adsorção de Sódio calculada pela seguinte fórmula RAS Na Ca 2 Mg 22 05 em que Na Ca e Mg são expressos em mmolcL 5 Valores significativos para as culturas sensíveis ao flúor 6 Valores maiores que 02 mgL podem causar manchas nas plantas Concentrações maiores que 04 mgL podem formar sedimentos se for usado cloro 7 Soma de nitrato e amônio Valores maiores que 5 mgL podem estimular o crescimento de algas em represas Valores maiores de 30 mgL podem retardar a maturação e diminuir o conteúdo de açúcar em plantas sensíveis 155 Fertilizantes Adequados à Fertirrigação Na escolha dos fertilizantes a serem utilizados via água de irrigação as seguintes características devem ser analisadas 1551 Solubilidade em água e pureza Os fertilizantes solúveis em água são os mais adequados No Quadro 152 são apresentados os principais fertilizantes nitrogenados fosfatados e potássicos solúveis em água Soluções com esses fertilizantes podem ser preparadas na fazenda respeitandose o limite de 75 de solubilidade visto que as solubilidades apresentadas no Quadro 152 foram obtidas em condições ótimas e com produto puro Há também disponíveis no mercado fertilizantes já na forma líquida soluções e suspensões Quadro 153 No Quadro 154 são apresentados alguns fertilizantes que contêm micronutrientes solúveis em água No caso particular da irrigação por gotejamento devemse usar fertilizantes puros ou seja sem impurezas e isentos de aditivos para evitar entupimentos Quadro 153 Fertilizantes líquidos encontráveis no mercado Tipo de formulação Exemplos NP2O5K2O1 Soluções nitrogenadas 3200 uran e 2000 4 S sulfuran Fosfatos de amônio 6300 10300 Soluções claras NK NPK 8012 1607 1809 21010 6312 939 Suspensões NK NPK 15015 14021 31515 16416 1238 12612 1 Outras formulações podem ser preparadas inclusive acrescidas de micronutrientes As principais fontes de nitrogênio N para o preparo das formulações líquidas são a uréia o nitrato de amônio o MAP e o sulfato de amônio Quanto às matérias primas que contêm fósforo P2O5 as mais utilizadas são o ácido fosfórico e o MAP O cloreto de potássio é a principal fonte de potássio K2O Quadro 154 Fórmula e concentração de algumas fontes de micronutrientes solúveis em água Fertilizante Fórmula Concentraç ão Solubilidade em água gL Ácido bórico H3BO3 17 B 63 Bórax Na2B4O710H2O 11 B 20 Molibdato de amônio NH46Mo7O244H2O 54 Mo 430 Molibdato de sódio Na2MoO42H2O 39 Mo 562 Quelato de ferro NaFeEDDHA 6 Fe 140 Quelato de zinco 1 Na2ZnEDTA 14 Zn Solubor Na2B4O75H2O Na2B10O1610H2O 20 B 220 Sulfato de cobre CuSO45H2O 25 Cu 316 Sulfato manganoso MnSO43H2O 2628 Mn 742 Sulfato de zinco ZnSO47H20 22 Zn 965 1 Estabilidade elevada em pH entre 65 e 75 1552 Compatibilidade Na preparação de soluções de fertilizantes com várias fontes de adubo os seguintes pontos e recomendações devem ser considerados A segurança envolvida no preparo das soluções Coloque sempre ácido na água nunca o contrário Não misture amônia anidra ou aquamônia diretamente com qualquer tipo de ácido A reação pode ser violenta Os efeitos de uma solução de fertilizantes sobre outra solução quando elas são adicionadas no mesmo tanque Fertilizantes que contêm cálcio Ca 2 são incompatíveis com fertilizantes que contêm sulfato SO4 2 ou fosfato H2PO4 As soluções de fertilizantes geralmente são aplicadas em baixas concentrações Portanto se elas forem injetadas em locais distintos da linha de irrigação muitos problemas de incompatibilidade desaparecem As reações das soluções de fertilizantes com a água de irrigação Adicione lentamente o fertilizante sólido no tanque com água com agitação para evitar problemas de solubilização A precipitação de adubos fosfatados aumenta quando a concentração de cálcio na água está acima de 120 mgL Teste de compatibilidade Misture os fertilizantes com a água de irrigação em recipiente transparente A compatibilidade entre duas soluções de fertilizantes também pode ser testada Use a mesma diluição águafertilizante aplicada pelo seu sistema de irrigação Deixe a solução em repouso por duas horas Observe a presença de precipitados ou turvamento no fundo do recipiente se isso ocorrer há chance de a injeção simultânea dos dois produtos ou do produto com a água causar entupimento da linha ou dos emissores 1553 pH da água de irrigação Muitos fertilizantes ao serem adicionados à água de irrigação modificam lhe o pH Se o pH da água se eleva há risco de precipitação de cálcio se for reduzido para 55 a 60 evitamse obstruções nos gotejadores 1554 Corrosão Os riscos de corrosão aumentam com a fertirrigação Os materiais plásticos são mais resistentes que os metais O aço inoxidável é o metal mais resistente A lavagem do sistema de irrigação com água pura por cerca de 30 min minimiza os riscos de corrosão Vêse no Quadro 152 que a uréia é o fertilizante nitrogenado menos corrosivo O cobre é muito corrosivo ao alumínio mesmo em pequenas doses 1555 Acidificação do solo A acidificação do solo é causada por fertilizantes que contêm ou que dão origem a amônio NH4 ou a amônia NH3 O problema é maior na irrigação localizada O primeiro passo da nitrificação envolvendo as bactérias Nitrosomonas dá origem a dois íons de hidrogênio H os quais diminuem o pH do solo No caso do sulfato de amônio a reação de hidrólise aumenta a acidez do solo O equivalente em CaCO3 para neutralizar a acidez do adubo é apresentado no Quadro 152 1556 Salinidade Nas regiões de clima árido ou semiárido onde há problemas relativos à salinidade do solo a fertirrigação e o manejo inadequado da irrigação podem intensificálos Os fertilizantes são sais que elevam a concentração salina da água de irrigação Por isso não se deve utilizar quantidade excessiva de fertilizante que supere os valores críticos de tolerância à salinidade de cada cultura Na irrigação localizada há riscos de que ocorram zonas de maior concentração de sais nos bordos superiores do bulbo úmido que se forma ao redor do emissor Para a lavagem dos sais pode ser necessária a aplicação de volume adicional de água de irrigação e como conseqüência ocorrem perdas de nutrientes por lixiviação Logo há necessidade de adubações extras para repor esses nutrientes Também pode ser aconselhável usar quantidades adicionais de nutrientes no caso de uso de água salina para reduzir o efeito negativo do excesso de certos íons cloreto sulfato sódio etc A maior disponibilidade de nutrientes proporciona maior desenvolvimento vegetativo e por conseguinte os íons prejudiciais atingem menor concentração dentro da planta por efeito de diluição A redução da absorção de íons prejudiciais também se dá por antagonismo com outros íons presentes na solução Por exemplo o potássio pode neutralizar parcialmente os efeitos nocivos do sódio O mesmo ocorre com o nitrato e o fosfato em relação ao cloreto e ao sulfato No Quadro 152 são apresentados os índices salinos de alguns fertilizantes 1557 Volatilização e danos às plantas Os fertilizantes que contêm amônia NH3 não devem ser utilizados na irrigação por aspersão pois até 50 do N podem ser perdidos por volatilização durante o trajeto das gotas de água mais fertilizante no ar e a partir da superfície do solo Além disso a amônia pode danificar severamente as folhas das culturas Também não é aconselhável utilizar essa fonte de nitrogênio na irrigação localizada Os fertilizantes amoniacais NH4 estão sujeitos a perdas de N por volatilização quando são adicionados em água alcalina principalmente quando o pH do solo ou da água é maior que 80 Quadro 155 por causa da seguinte reação NH4 1½ O2 NO2 2H H2O Nitrosomonas Bactérias amônio oxigênio nitrito íons de hidrogênio água NH4 OH NH3 H2O amônio hidróxido amônia água Quadro 155 Efeito do pH na volatilização da amônia pH do solo ou da água Potencial de perdas por volatilização 72 1 82 10 92 50 102 90 112 99 1558 Mobilidade de nutrientes no solo 15581 Nitrogênio É o nutriente mais usado na fertirrigação pelos seguintes motivos grande demanda pelas plantas mobilidade no solo e disponibilidade de muitos fertilizantes solúveis em água Quadro 152 Em razão de o nitrogênio ser absorvido após transporte por fluxo de massa a localização do adubo não tem tanta influência na absorção do nutriente pelas plantas quanto os fertilizantes que contêm nutrientes que são transportados por difusão Comparativamente ao método convencional de aplicação dos adubos nitrogenados o aproveitamento pela planta do nitrogênio aplicado via água de irrigação é maior principalmente quando se utiliza a irrigação por gotejamento Embora toda forma de N contida nos fertilizantes seja móvel no solo após transformações químicas e biológicas a movimentação inicial com a água de irrigação depende da forma do N se amoniacal nitríca ou amídica Movimentação livre com a água de irrigação Nesta categoria está o nitrato NO3 presente no nitrato de sódio no nitrato de cálcio e no nitrato de amônio O NO3 movimentase livremente com a água de irrigação porque não é adsorvido pelos colóides do solo Esses fertilizantes quando distribuídos em lâmina de água adequada têm a vantagem de imediatamente disponibilizar o N para a absorção pelas plantas Por outro lado o NO3 é a forma mais sujeita a perdas por lixiviação e denitrificação No entanto a flexibilidade proporcionada pela fertirrigação como o parcelamento da aplicação do N e a movimentação do NO3 para camadas mais profundas do solo com menor atividade microbiana minimiza as perdas de N por denitrificação Movimentação moderada com a água de irrigação Nesta categoria está a uréia forma amídica Quando esse fertilizante orgânico sintético é misturado com a água ele comportase como uma molécula neutra não se ionizando Logo a uréia movese facilmente com a água no solo até depararse com a urease que é a enzima responsável pela sua hidrólise ou seja pela sua transformação em NH4 A profundidade de deslocamento da uréia no perfil do solo antes da sua hidrólise depende da atividade microbiana e da textura do solo mas ela geralmente varia de 25 a 125 cm O NH4 é então absorvido pelas plantas adsorvido aos colóides ou nitrificado Em razão de a uréia ser incorporada parceladamente com a água de irrigação são pequenas as perdas por volatilização as quais podem chegar a 30 quando ela é aplicada de modo localizado sem parcelamento na superfície do solo sem incorporação imediata Movimentação pode ser limitada com a água de irrigação Nesta categoria está o amônio NH4 presente no sulfato de amônio no nitrato de amônio no fosfato monoamônio MAP e no fosfato diamônico DAP Aplicado na superfície do solo em baixa concentração o NH4 é adsorvido aos colóides Por isso esse cátion movimentase pouco com a água de irrigação em solos argilosos e ou orgânicos Em solos arenosos e quando distribuído pelo sistema de gotejamento no entanto o NH4 tem movimentação um pouco mais livre No verão a maior parte do amônio no solo transformase em nitrato entre duas e três semanas após a sua aplicação em solo com pH em torno de 60 Uran É um fertilizante líquido Quadro 153 obtido da mistura da uréia com o nitrato de amônio em água Portanto o uran apresenta 25 do N na forma nítrica 25 na forma amoniacal e 50 na forma amídica Ele tem reação neutra ou ligeiramente alcalina Apresenta as seguintes vantagens sobre os fertilizantes sólidos é mais fácil de armazenar e manusear tem maior potencial de ser aplicado uniformemente na lavoura e é compatível com muitos defensivos químicos Em geral em culturas anuais a adubação nitrogenada aplicada via água de irrigação por aspersão pode ser parcelada de duas a cinco vezes dependendo principalmente do tipo de solo e da estação do ano Para decidir a dose e a época de aplicação os seguintes pontos devem ser considerados 1 conhecer a curva de absorção do N durante o ciclo de vida da cultura 2 o N na solução do solo deve estar um pouco em excesso em relação à capacidade de absorção das plantas no início do ciclo de vida da cultura e 3 em solo onde foi incorporada massa vegetal com alta relação CN as doses do fertilizante nitrogenado devem ser maiores que as recomendadas para a aplicação localizada de cobertura Neste caso também pode ser vantajosa a aplicação de todo o fertilizante nas primeiras semanas após o plantio 15582 Fósforo Em geral movimentase muito pouco na maioria dos solos principalmente nos argilosos devido à adsorção e à precipitação do P com constituintes do solo Quase todo o fósforo é transportado por difusão processo lento e de pouca amplitude que depende da umidade do solo A adsorção é menor quando a fonte de P é aplicada no sulco de plantio em relação à aplicação a lanço pois neste último caso há maior contato entre o P do fertilizante e o solo A erosão que pode remover partículas de solo com P e a remoção pelas culturas são as únicas formas importantes de perdas desse nutriente Quando aplicado via irrigação por aspersão esse nutriente é distribuído de maneira uniforme sobre toda a superfície do solo como na aplicação a lanço situação que favorece a adsorção do fósforo Por isso a fertirrigação pela aspersão é recomendada quando o objetivo é aumentar em toda a gleba o teor de P no solo a médio ou a longo prazo No sistema plantio direto as condições são mais favoráveis para o melhor aproveitamento pelas plantas do fósforo distribuído via água de irrigação por aspersão pelos seguintes motivos o desenvolvimento radical é mais superficial há mais umidade na superfície do solo facilitando a difusão do P e a erosão diminui Na irrigação por gotejamento o fertilizante é aplicado diretamente na zona de maior concentração das raízes Conseqüentemente há bom aproveitamento do P pelas plantas Trabalhos realizados em outros países demonstraram que na irrigação por gotejamento em solo arenoso o P pode movimentarse até 20 a 30 cm tanto no sentido vertical quanto no horizontal Em solo argiloso essa distância pode ser duas a três vezes menor É importante salientar que além da textura do solo a movimentação de P no solo depende do fertilizante e da dose aplicada da quantidade de água utilizada etc As possíveis condições que favorecem a movimentação do P aplicado via gotejamento são saturação do solo superficial por P próximo dos emissores e arraste do P pela água Boa disponibilidade de P é importante na fase inicial de crescimento das culturas Por isso a adubação de culturas anuais deve ser feita no plantio Em culturas perenes é adequado ademais realizar aplicações de adubos fosfatados com alguma antecedência em relação aos períodos de máxima absorção O MAP e o DAP Quadro 152 são os fertilizantes sólidos mais usados via água de irrigação para o fornecimento de P às plantas O MAP por ter reação ácida é o mais indicado quando se deseja reduzir o pH da água de irrigação O ácido fosfórico também é boa fonte de P e está sendo cada vez mais utilizado na irrigação localizada Tem reação muito ácida razão pela qual é utilizado para reduzir o pH da água de irrigação e do solo 15583 Potássio Semelhantemente ao N a demanda das plantas por K é grande No entanto a aplicação de fertilizantes potássicos via água de irrigação por aspersão é menos comum em relação aos nitrogenados pelos seguintes motivos são menos solúveis em água Quadro 152 e o íon K só se movimenta em grande proporção para a camada do solo onde se concentram as raízes em determinados solos como nos arenosos e ou em determinadas condições Nesse método de irrigação em que o fertilizante potássico é distribuído uniformemente sobre toda a área o K movimentase de forma significativa em solos com baixa CTC Neste caso em culturas anuais parte do fertilizante pode ser aplicado no plantio e o restante em uma ou duas aplicações via água de irrigação dependendo do solo do regime de chuvas da cultura e da dose de fertilizante Na irrigação por gotejamento o adubo potássico é aplicado de forma localizada Por isso ocorre alta concentração de K sob os emissores saturando as cargas negativas do solo e causando a sua movimentação vertical e lateral mesmo em solos argilosos É recomendada a sua aplicação parcelada durante todo o ciclo de vida da cultura como no caso do N 15584 Cálcio e Magnésio Como outros cátions eles são retidos como Ca 2 e Mg 2 trocáveis nas superfícies negativamente carregadas da argila e da matéria orgânica e são menos móveis no solo que o K Em geral o solo é adequadamente suprido com esses nutrientes por intermédio da calagem Na irrigação por gotejamento o sulfato de magnésio e o nitrato de cálcio são fertilizantes solúveis em água que podem ser utilizados para fornecimento de Ca e de Mg às plantas 15585 Enxofre O SO4 2 movese livremente na camada arável do solo corrigida e adubada com P com a água de irrigação O sulfato de amônio o sulfato de potássio e o sulfato de magnésio são fontes solúveis de enxofre 15586 Micronutrientes Dentre os micronutrientes apenas o boro e o cloro apresentam acentuada mobilidade no solo O Cl é um micronutriente atípico pois apesar de ser requerido pela planta em pequena quantidade está presente na água e em fertilizantes em quantidade excessiva Devese evitar o uso de fertilizantes com Cl em culturas que são sensíveis a esse nutriente Quanto aos micronutrientes ferro manganês zinco cobre e molibdênio eles podem ser aplicados via água de irrigação localizada ou por aspersão Neste último método de irrigação os micronutrientes são aplicados em área total como na aplicação a lanço sendo necessárias doses relativamente altas e a incorporação mais profunda dos nutrientes aplicados na forma de sal pode ser feita com implementos agrícolas Logo eles geralmente não corrigem deficiências na safra em curso se distribuídos durante o desenvolvimento da cultura pois se concentram na camada superficial do solo principalmente os micronutrientes metálicos Fe Mn Zn e Cu Na fertirrigação por gotejamento principalmente nas regiões áridas e semi áridas a aplicação de micronutrientes geralmente é necessária visto que as raízes das plantas confinadas ao bulbo úmido exploram apenas pequeno volume de solo que pode não suprir esses micronutrientes em quantidade suficiente para o bom desenvolvimento da cultura Para aplicação individual ou para completar os micronutrientes de soluções de fertilizantes há vários produtos Quadro 154 que devem ser selecionados com base nas características requeridas Os quelatos são mais caros que os sais mas eles têm algumas características que os diferenciam dos sais comuns são móveis no solo e reagem menos com os componentes da solução fertilizante e do solo No caso do Fe o quelato deve ser usado mesmo em aplicação individual pois quando aplicado na forma não quelatada pode ocorrer precipitação ficando indisponível às plantas 16 HIDROPONIA 161 Introdução Herminia EP Martinez 1 O cultivo comercial de hortaliças e plantas ornamentais usando técnicas de hidroponia é de introdução recente no País e vemse expandindo rapidamente nas proximidades dos grandes centros urbanos onde as terras agricultáveis são escassas e caras e onde há grande demanda por produtos hortícolas Em tais regiões a produção de hortaliças é realizada em sua maior parte sob cultivo protegido caso em que o cultivo hidropônico apresentase como alternativa vantajosa Ciclos de produção mais curtos menor incidência de pragas e doenças possibilidade de uso do espaço vertical na casa de vegetação maior produtividade menor necessidade de mãodeobra menores riscos de salinização do meio de cultivo e de poluição do lençol freático com nitrato figuram entre as principais vantagens da hidroponia Em geral dáse o nome de cultivos hidropônicos àqueles em que a nutrição das plantas é feita por meio de uma solução aquosa que contém todos os elementos essenciais ao crescimento em quantidades e proporções definidas e isenta de quantidades elevadas de elementos potencialmente tóxicos Os cultivos hidropônicos podem ser realizados em soluções nutritivas aeradas sem a presença de qualquer tipo de substrato ou usando substratos quimicamente pouco ativos como areia cascalho e argila expandida para dar sustentação adequada às plantas A solução nutritiva pode ser fornecida por fluxo contínuo ou intermitente NFT subirrigação ou gotejamento No Brasil o sistema NFT Nutrient Film Technique é empregado em quase todos os cultivos hidropônicos O uso da subirrigação e do gotejamento são inexpressivos O sistema de cultivo denominado de NFT consiste numa série de canais estreitos e rasos dispostos sobre o solo ou bancadas com declive de 1 a 2 cmm por onde a solução nutritiva circula na forma de um fino filme com cerca de 1 cm de espessura Os canais constituem as linhas de plantio e em sua superfície são fixadas as plantas em espaçamento adequado Após banhar as raízes das plantas a solução nutritiva é recolhida a um reservatório de onde volta a circulação por meio de um sistema de recalque 1 Professor Adjunto Departamento de Fitotecnia UFV herminiamailufvbr Para alface e outras hortaliças folhosas recomendase um fluxo de aproximadamente 2 Lmin e um volume de 15 a 20 L de solução por planta Para tomates recomendamse fluxos de 5 a 8 Lmin e um volume de 4 a 8 L de solução por planta Volumes menores dificultam o manejo e a manutenção da solução No sistema de subirrigação a solução nutritiva é fornecida por meio de sistema de recalque por uma tubulação locada no fundo de canais de largura comprimento e espessura variáveis com substratos pouco ativos quimicamente A solução ascende lentamente do fundo à superfície do canal sem contudo molhála banhando as raízes por um período de aproximadamente 30 min após o que é drenada para um reservatório O número de regas diárias depende do tipo e granulometria do substrato usado da espécie cultivada do clima local e da época do ano entre outros Assim como o sistema NFT a subirrigação constitui um sistema fechado ou circulante e prestase bem para substratos com partículas com diâmetro superior a 6 mm Substratos com diâmetro inferior a esse limite prestamse bem para sistemas abertos nãocirculantes como o gotejamento Detalhes sobre cada sistema suas vantagens e desvantagens são encontrados na literatura especializada no assunto As exigências nutricionais das plantas não se alteram nos cultivos hidropônicos entretanto considerando as grandes diferenças existentes entre o solo e a solução nutritiva o fornecimento de nutrientes às plantas nestes sistemas assume características bastante diferenciadas em relação ao cultivo convencional Assim sendo o preparo e a manutenção da solução nutritiva são de importância fundamental para o sucesso do cultivo hidropônico 162 Preparo da Solução Nutritiva Não existe uma formulação de solução nutritiva que seja única e melhor que todas as demais para o cultivo de determinada espécie e variedade muito embora os mecanismos de absorção transporte e distribuição dos nutrientes variem com espécie variedade estação do ano e fase de desenvolvimento da cultura entre outros A solução nutritiva pode variar dentro de limites toleráveis de pH pressão osmótica e composição mas exige ajustes para otimização do crescimento e qualidade Para hortaliças de frutos é necessário ajustar as concentrações de nutrientes quando as plantas passam da fase vegetativa para a reprodutiva É possível preparar a mesma formulação usando um elenco diferente de fertilizantes e sais mantendose a quantidade de nutrientes mgL preconizada por essa razão na escolha dos fertilizantes e sais devemse considerar o custo a solubilidade a presença de elementos potencialmente tóxicos e de resíduos insolúveis Sempre que possível devese optar por fertilizantes Em sua falta poderão ser usados sais reagentes de grau técnico ou excepcionalmente produtos químicos puros para análise PA para o fornecimento de micronutrientes As principais fontes de nutrientes empregadas para o preparo de soluções nutritivas estão listadas nos Quadros 161 e 162 juntamente com sua composição Os Quadros 163 164 e 165 apresentam soluções nutritivas para alface e outras hortaliças folhosas tomate e crisântemo Quadro 161 Principais fontes de macronutrientes para o preparo de soluções nutritivas Fonte Fórmula química Nutriente N P K Ca Mg S dagkg1 Cloreto de potássio KCl 498 Fosfato monoamônico MAP NH4 H2PO4 100 218 MAP purificado NH4 H2PO4 110 218 Fosfato monocálcico CaH2PO42H2O 246 159 Fosfato de potássio KH2PO4 228 287 Nitrato de amônio NH4NO3 340 Nitrato de cálcio CaNO324H2O 150 200 Nitrato de magnésio MgNO326H2O 70 60 Nitrato de potássio KNO3 130 365 Nitrato de sódio NaNO3 160 Sulfato de amônio NH42SO4 200 240 Sulfato de cálcio CaSO42H2O 214 170 Sulfato de magnésio MgSO47H2O 97 130 Sulfato de potássio K2SO4 415 170 Sulfato duplo de K e Mg K2SO42MgSO4 182 108 220 1 dagkg mm dag decagrama 10 g Ex Sulfato de amônio 20 dagkg 200 gkg de N no fertilizante Quadro 162 Principais fontes de micronutrientes para o preparo de soluções nutritivas Fonte Fórmula química Nutriente B Cu Fe Mn Mo Zn dagkg1 Ácido bórico H3BO3 17 Bórax Na2B4O710H2O 11 Cloreto cúprico CuCl22H2O 37 Cloreto de manganês MnCl24H2O 43 Cloreto de zinco ZnCl2 48 Cloreto férrico FeCl3 6H2O 21 Molibdato de amônio NH46Mo7O24 4H2O 54 Molibdato de sódio Na2MoO42H2O 34 Solubor Na2B4 O75H2O Na2B10O1610H2O 17 Sulfato de cobre CuSO45H2O 25 Sulfato de manganês MnSO4H2O 32 Sulfato de zinco ZnSO47H2O 20 Tetraborato de sódio Na2B4O75H2O 14 Trióxido de molibdênio MoO3 66 1 Concentrações considerandose sais puros No Quadro 163 as soluções 1 e 2 são variações da mesma formulação e fornecem 168 31 234 180 e 48 mgL de N P K Ca e Mg e 106 ou 112 mgL de S e 497 19 2513 950 48 e 98 μgL de B Cu Fe Mn Mo e Zn respectivamente Na solução 2 84 do nitrogênio é fornecido na forma amoniacal sendo essa proporção de amônio bem tolerada por alface e salsa A solução 3 contém 144 31 195 90 18 e 16 mgL de N P K Ca Mg e S e 216 32 1955 275 48 e 196 μgL de B Cu Fe Mn Mo e Zn respectivamente Quadro 163 Soluções nutritivas para o cultivo de alface e outras hortaliças folhosas Fertilizante Fórmula química Solução 1 2 3 gm3 Nitrato de cálcio CaNO324H2O 900 900 450 Sulfato duplo de K e Mg K2SO42MgSO4 444 Nitrato de potássio KNO3 254 134 480 Salitre do Chile NaNO3 96 Fosfato de potássio KH2PO4 136 69 Sulfato de potássio K2SO4 52 280 Sulfato de magnésio MgSO47H2O 495 123 Cloreto de potássio KCl 138 Fosfato monoamônico NH4H2PO4 142 70 Nitrato de magnésio MgNO326H2O 100 Cloreto férrico FeCl3 6H2O 1197 1197 931 Sulfato de manganês MnSO4H2O 339 339 098 Ácido bórico H3BO3 292 292 127 Sulfato de zinco ZnSO47H2O 049 049 098 Sulfato de cobre CuSO45H2O 008 008 013 Molibdato de sódio Na2MoO42H2O 012 012 012 EDTAdissódico C10H14N2O8Na22H2O1642 1642 1279 m 3 1000 L O Quadro 164 apresenta soluções nutritivas para o cultivo do tomateiro Para hortaliças de frutos não é conveniente empregar nitrogênio na forma amoniacal uma vez que sua presença aumenta a incidência de podridão estilar ou fundo preto As soluções 1 e 2 representam variações da mesma formulação como também as soluções 3 e 4 As soluções 1 e 2 para a fase de crescimento vegetativo do tomateiro apresentam 112 62 156 80 24 e 48 mgL de N P K Ca Mg e S e 216 32 2401 1044 67 e 261 μgL de B Cu Fe Mn Mo e Zn respectivamente As soluções 3 e 4 para a fase de frutificação do tomateiro apresentam 168 93 335 120 36 e 72 mgL de N P K Ca Mg e S e 324 44 3351 1538 67 e 261 μgL de B Cu Fe Mn Mo e Zn respectivamente Quadro 164 Soluções nutritivas para o cultivo do tomateiro Fertilizante Fórmula química Até o aparecimento dos frutos Após o aparecimento dos frutos Solução 1 Solução 2 Solução 3 Solução 4 gm3 Nitrato de potássio KNO3 319 57 755 438 Salitre do Chile NaNO3 253 279 156 132 Fosfato monocálcico CaH2PO42H2O 252 378 Sulfato duplo de K e Mg K2SO42MgSO4 218 327 Nitrato de cálcio CaNO324H2O 200 400 299 600 Sulfato de magnésio MgSO47H2O 247 371 Fosfato de potássio KH2PO4 272 408 Sulfato de potássio K2SO4 138 140 Cloreto férrico FeCl3 6H2O 960 960 1596 1596 Sulfato de manganês MnSO4H2O 370 370 549 549 Ácido bórico H3BO3 130 130 191 191 Sulfato de zinco ZnSO47H2O 131 131 131 131 Sulfato de cobre CuSO45H2O 013 013 018 018 Molibdato de sódio Na2MoO42H2O 018 018 018 018 EDTAdissódico C10H14N2O8Na22H2O1324 1324 2001 2001 m 3 1000 L O cultivo hidropônico do crisântemo pode ser realizado com uma das duas soluções apresentadas no Quadro 165 e que são variações da mesma formulação com 200 62 468 100 47 e 64 mgL de N P K Ca Mg e S e 496 20 2513 1978 48 e 98 μgL de B Cu Fe Mn Mo e Zn respectivamente No preparo das soluções os fertilizantes que contêm macronutrientes devem ser pesados na quantidade correta indicada pela formulação escolhida e diluídos um a um no tanque que já deve conter água até aproximadamente dois terços de sua capacidade Posteriormente adicionamse os micronutrientes na forma de solução concentrada e finalmente a solução de ferro quelatizado Caso se deseje armazenar as quantidades de fertilizantes necessárias para o preparo de um tanque de solução previamente pesadas os sais de cálcio não devem ser misturados aos sulfatos e fosfatos a fim de evitar reações entre eles com conseqüente formação de compostos insolúveis Quadro 165 Soluções nutritivas para o cultivo do crisântemo Fertilizante Fórmula química Solução 1 Solução 2 gm3 Nitrato de potássio KNO3 1192 962 Sulfato de magnésio MgSO47H2O 495 495 Fosfato monocálcico CaH2PO42H2O 252 Nitrato de cálcio CaNO324H2O 300 500 Cloreto de potássio KCl 66 397 Fosfato de potássio KH2PO4 272 Cloreto férrico FeCl36H2O 1197 1197 Sulfato de manganês MnSO4H2O 706 706 Ácido bórico H3BO3 292 292 Sulfato de zinco ZnSO47H2O 049 049 Sulfato de cobre CuSO45H2O 008 008 Molibdato de sódio Na2MoO42H2O 012 012 EDTAdissódico C10H14N2O8Na22H2O 1642 1642 Os micronutrientes devem ser fornecidos na forma de soluções concentradas Para preparar a solução concentrada de B Cu Mn Mo e Zn basta multiplicar por 5 as quantidades gm3 de sais com os micronutrientes indicados na formulação escolhida e pesálos separadamente Diluemse então essas quantidades em 1 L de água tomandose 200 mL desta solução concentrada para cada m3 de solução nutritiva a ser preparada Os sais de Fe 2 apresentam uma constante de estabilidade muito baixa nos valores de pH normalmente empregados nas soluções nutritivas e os de Fe 3 após dissociação sofrerão redução e formarão compostos igualmente pouco solúveis Por essa razão o ferro precisa ser fornecido na forma quelatizada O quelante o aprisiona em sua estrutura e impede a precipitação Para preparar o Fe quelatizado diluemse separadamente em 500 mL de água as quantidades de cloreto férrico e de EDTAdissódico indicadas na formulação escolhida misturandose as duas soluções em seguida Usase então 1 L de solução de Fe quelatizado por m3 de solução nutritiva Caso se queira a solução de Fe quelatizado pode ser concentrada 4 vezes procedendose da maneira descrita para a solução concentrada dos outros micronutrientes Neste caso tomamse 250 mL da solução concentrada para cada m3 de solução nutritiva a ser preparada Após a adição de macro e micronutrientes e do Fe quelatizado completase o volume do reservatório e homogeneizase a solução A seguir corrigese o pH para a faixa de 55 a 65 usandose ácido clorídrico ou hidróxido de sódio conforme a necessidade Os ácidos nítrico sulfúrico ou ortofosfórico bem como o hidróxido de potássio também poderão ser usados desde que se considerem as quantidades de nutrientes por eles fornecidos A água empregada no preparo de soluções nutritivas deve ser isenta de propágulos de patógenos potencialmente danosos às plantas cultivadas em hidroponia como por exemplo os do fungo Pythium sp e deve apresentar condutividade elétrica menor que 075 dSm e menos que 65 mmolL de Ca 087 mmolL de Na e 114 mmolL de Cl 163 Manutenção e Renovação das Soluções A manutenção de um meio favorável ao crescimento das plantas depende da escolha e preparo de uma solução adequada no momento do plantio e da manutenção ou ajuste dessa solução à medida que as plantas se desenvolvem Como nos cultivos sob hidroponia o meio de cultivo não tem capacidade tampão ocorrem alterações drásticas no ambiente radicular em curtos períodos de tempo ao contrário do que ocorre no solo Assim sendo é necessário monitorar a solução nutritiva continuamente corrigindose sempre que necessário o volume de água o pH e a concentração de nutrientes A manutenção do volume do reservatório que contém a solução nutritiva deve ser feita com água de boa qualidade ao menos uma vez por dia Não é recomendável completar o volume consumido em um dia com solução nutritiva As plantas absorvem proporcionalmente mais água que nutrientes e se a reposição do volume gasto for realizada com solução nutritiva haverá um gradual aumento na pressão osmótica a que as raízes estão submetidas A condutividade elétrica CE fornece uma informação indireta sobre a concentração de nutrientes na solução e tem sido usada para indicar a necessidade de reposição de nutrientes ou troca da solução É obtida com o auxílio de condutivímetros portáteis A condutividade varia com a formulação empregada e também com os fertilizantes e sais usados para compôla em geral situase entre 20 e 40 dSm A condutividade inicial deve ser restaurada pela adição de nutrientes sempre que haja uma queda de 30 a 50 na concentração inicial Se a condutividade observada corresponde a 50 da concentração inicial adicionase metade da quantidade de fertilizantes utilizada inicialmente A relação entre a CE e a concentração da solução deve ser acompanhada por meio de um gráfico sempre que a água utilizada apresentar CE igual ou superior a 05 dSm Observese que quanto maior a constância da concentração melhor o desenvolvimento das plantas Depleções maiores podem ser atingidas quando se queira fazer a renovação da solução A CE não é uma medida quantitativa fornece de maneira indireta apenas o somatório de íons dissolvidos assim a reposição de todos os nutrientes em proporções iguais às da solução inicial pode levar a acúmulos e desbalanços Por isso as soluções monitoradas pela CE devem ser completamente renovadas ao menos a cada dois meses Análises periódicas da solução nutritiva permitem a reposição dos nutrientes com pequena possibilidade de erro Neste caso suplementamse os nutrientes na proporção exata em que foram consumidos Há no mercado programas de computador que executam com rapidez os cálculos das quantidades de fertilizantes necessárias para compor determinada solução nutritiva ou para suplementála durante o seu uso levando em consideração também os íons presentes na água A variação no pH pode ser expressiva em sistemas hidropônicos especialmente em períodos de crescimento intenso da cultura e é decorrente do processo de absorção O pH deve ser ajustado diariamente para a faixa compreendida entre 55 e 65 adicionandose ácido ou base conforme o descrito no item 162 O limite inferior de pH deve estar pouco acima de 40 em valores inferiores a esse limite ocorrem danos às membranas celulares podendo haver perda de nutrientes absorvidos previamente pH superior a 70 causa grande restrição na disponibilidade de micronutrientes e de fósforo A correção do pH deve ser feita com o auxílio de um potenciômetro Quando se dispõe de um sistema adequado de homogeneização da solução o eletrodo do potenciômetro pode ser imerso diretamente no reservatório após os ajustes do nível de água e da concentração de nutrientes adicionandose ácido ou base até obter o valor de pH desejado Caso contrário é mais interessante retirar amostras de solução nutritiva de volume conhecido corrigir seu pH com soluções diluídas de ácido ou base calculando a seguir a necessidade de ácido ou base para o volume total do reservatório A má homogeneização do ácido ou base adicionados leva a erros graves de medida e à manutenção de um pH inadequado Soluções que apresentam em sua composição certa quantidade de nitrogênio na forma amoniacal são mais tamponadas do que aquelas que contêm o elemento apenas na forma nítrica 17 DIAGNOSE FOLIAR Herminia EP Martinez 13 Janice Guedes de Carvalho 14 Ronessa Bartolomeu de Souza 15 171 Introdução Existe uma relação bem definida entre o crescimento e a produção das culturas e o teor dos nutrientes em seus tecidos Essa relação caracterizase por uma curva em que se distinguem cinco regiões Na primeira e na segunda chamadas de regiões de deficiência o aumento do suprimento de determinado nutriente acompanhado pelo aumento de seu teor nos tecidos da planta resulta em aumento no crescimento e produção Na terceira região chamada de região de adequação o aumento do suprimento de dado nutriente e de seu teor nos tecidos da planta não é acompanhado por aumentos expressivos no crescimento ou produção Na quarta região chamada de região de absorção de luxo o aumento do suprimento do nutriente e de sua concentração nos tecidos não é acompanhado por aumento no crescimento ou produção A quinta região ou região de toxidez caracterizase por decréscimo no crescimento ou produção com o aumento do suprimento de dado nutriente e de seu teor nos tecidos Figura 171 O conhecimento dos teores de nutrientes nos tecidos relacionados com cada uma dessas regiões permite que por meio de sua análise se avalie o estado nutricional das culturas 13 Professor Adjunto Departamento de Fitotecnia UFV herminiamailufvbr 14 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 15 Bolsista RecémDoutor FAPEMIGEPAMIG rbssolosufvbr I e II Regiões de deficiência III Região de nutrição adequada IV Região de absorção de luxo V Região de toxidez I II III IV V Teor de nutriente nos tecidos Crescimento produção Sintomas de deficiência Sintomas de toxidez Figura 171 Relação entre o crescimento ou a produção e os teores de nutrientes em tecidos vegetais O solo é heterogêneo e nele ocorrem reações complexas envolvendo os nutrientes adicionados pelos adubos que muitas vezes embora presentes em quantidades adequadas não estão disponíveis para a absorção pelas raízes Os tecidos da planta por sua vez mostram o status nutricional da planta em dado momento de modo que a análise dos tecidos aliada à análise do solo permite uma avaliação mais eficiente do estado nutricional da cultura e das necessidades de redirecionamento do programa de adubação Com relação aos micronutrientes o uso da análise de tecidos tornase ainda mais importante considerando a carência de valores de referência para interpretar seus teores no solo e a falta de padronização dos métodos analíticos empregados em sua determinação A parte da planta geralmente usada para o diagnóstico do estado nutricional é a folha por ser a sede do metabolismo e refletir bem na sua composição as mudanças nutricionais A diagnose foliar tem sido usada nas seguintes situações Na avaliação do estado nutricional e da probabilidade de resposta às adubações Na verificação do equilíbrio nutricional Na constatação da ocorrência de deficiências ou toxidez de nutrientes No acompanhamento avaliação e ajuda no ajuste do programa de adubação Na avaliação da ocorrência de salinidade elevada em áreas irrigadas ou cultivos hidropônicos Para que a diagnose foliar seja aplicada com sucesso é necessário que se cumpram adequadamente três etapas A primeira delas referese à normatização da amostragem preparo das amostras e análise química do tecido A segunda referese à obtenção de padrões de referência e a terceira referese à interpretação dos resultados analíticos 172 Amostragem Preparo das Amostras e Análise do Tecido Vegetal 1721 Coleta das amostras À semelhança da amostragem do solo para fins de avaliação da fertilidade a fase de amostragem do tecido vegetal é uma das mais críticas para aumentar o sucesso no uso da análise foliar Esta prática pode ser responsável por 50 da variabilidade dos resultados observada na análise de plantas A parte amostrada deve ser representativa da planta toda e a escolha em geral recai sobre as folhas Devido à interferência de fatores diversos sobre a composição das folhas a amostragem deve ser realizada em talhões homogêneos em época apropriada retirandose folhas de posições definidas na planta Em geral são suficientes 50 a 100 folhas por talhão Para espécies herbáceas é comum a amostragem das folhas recémmaduras completamente desenvolvidas para as lenhosas é comum usar folhas do terço médio do broto do ano com posição bem definida em relação aos frutos A posição de amostragem ideal é aquela em que ocorrem menores flutuações nas concentrações de nutrientes ao longo do ano Para espécies perenes utilizase a época de menor flutuação estacional como a mais indicada para o diagnóstico do estado nutricional Outros pontos relevantes devem ser mencionados tendo em vista a necessidade de padronização dos critérios de amostragem não se devem coletar amostras das folhas quando nas semanas antecedentes fezse uso de adubação no solo ou foliar aplicaramse defensivos ou após períodos intensos de chuvas Com a finalidade de padronizar as amostragens para diagnose foliar são apresentadas orientações no Quadro 171 Embora as folhas sejam o órgão mais analisado a diagnose por meio da análise da seiva extraída de tecidos condutores como por exemplo os pecíolos tem crescido A análise da seiva é uma forma adequada de quantificar os nutrientes que estão sendo recebidos pela planta no momento da amostragem podendo dar uma informação precoce e rápida sobre o potencial nutritivo do meio o que permite ajustes e correções antes que o crescimento e a produção sejam afetados Este tipo de análise tem sido usada em cultivos de ciclo relativamente curto e em explorações intensivas como por exemplo no cultivo hidropônico de hortaliças A análise de flores tem sido preconizada para o diagnóstico precoce do estado nutricional de fruteiras cujas folhas se desenvolvem após a floração Os resultados parecem promissores embora mais pesquisas sejam necessárias Quadro 171 Parte da planta época e quantidade de tecido necessário para análise química Cultura Parte Amostrada Época Quantidadetalhão homogêneo Abacate Folhas de 4 meses de idade em ramos terminais sem laterais e sem frentes à meia altura na planta Verão 100 folhas de 20 plantas Abacaxi Parte basal não clorofilada da folha mais longa Folha D com 45 de inserção Florescimento 50 folhas Abóbora Pecíolos das folhas novas completamente expandidas Limbo foliar das folhas novas completamente expandidas Início do florescimento 40 folhas Acerola Folhas do terço superior da copa e do terço mediano e basal dos ramos Dezembro 50 folhas Alface Folhas recémmaduras Formação da cabeça 40 folhas Algodão 5a folha a partir do ápice Contar como 1a a que estiver completamente aberta Florescimento 30 folhas Alho Folha mais nova completamente desenvolvida Antes da formação da cabeça Durante a formação da cabeça Após a formação da cabeça 40 folhas Amendoim 4a folha da haste principal a partir da base Início do florescimento 30 folhas Arroz Parte aérea Folhas recémmaduras 30 dias após a germinação Maturidade 20 plantas 50 folhas Azálea Folhas recémmaduras 50 folhas Banana 10 cm centrais da 3a folha a partir do ápice sem a nervura central e as metades periféricas Emissão da inflorescência 25 folhas Batata Folha mais desenvolvida Amontoa 30 folhas Buganvília Folhas recémmaduras 40 folhas Continua Quadro 171 Continuação Cultura Parte Amostrada Época Quantidadetalhão homogêneo Cacau 3a folha a partir do ápice do lançamento recémamadurecido em plantas a meia sombra Verão 18 folhas Café 3o e 4o pares de folhas a partir do ápice de ramos produtivos em altura mediana na planta Estádio de chumbinho 100 folhas 4planta Canadeaçúcar Folha 3 sendo a folha 1 a primeira com bainha visível Coletar os 20 cm centrais sem a nervura 4 5 meses de idade 20 30 folhas Caju Folhas de posições diferentes na copa Verão 40 folhas Cebola Folha mais alta Meio do ciclo 40 folhas Cenoura Folhas com pecíolo 40 dias 40 folhas Citrus 3a ou 4a folha de ramos com frutos Fevereiro a final de março 100 folhas 4planta Couveflor Folha recémmadura Formação da cabeça 40 folhas Cravo 4o e 5o pares de folhas a partir da base dos ramos 5o e 6o pares de folhas a partir do ápice nas brotações Ramos sem botão Antes da emissão do botão 50 folhas 50 folhas Crisântemo Folha mais jovem totalmente expandida 40 folhas Ervilha Folha recémmadura Pleno florescimento 40 folhas Eucalipto Folhas recémmaduras de ramos primários Verão outono 18 folhas Espinafre Folha recémmadura Meio do ciclo 40 folhas Feijão Folhas do terço mediano Florescimento 30 folhas Figo Folhas mais novas totalmente expandidas ao sol em ramos sem frutos Florescimento 40 folhas Fumo Folhas de posições diferentes na parte aérea 48 dias 30 folhas Continua Quadro 171 Continuação Cultura Parte Amostrada Época Quantidadetalhão homogêneo Gerânio Folhas de diferentes posições na parte aérea 30 40 folhas Girassol Folhas do terço superior Início do florescimento 30 folhas Goiaba Terceira a partir do ápice do broto terminal Folhas 1 a 8 em ramos terminais 30 folhas Gramíneas forrageiras Folhas recémmaduras ou retiradas de todas as posições na parte aérea Primavera verão 30 folhas Hortência Folhas recémmaduras 30 folhas Leguminosas forrageiras Folhas retiradas de todas as posições na parte aérea Florescimento 30 folhas Lírio Folhas recémmaduras 30 folhas Maçã Folhas maduras com pecíolo retiradas de ramos do ano em uma altura média na planta Florescimento 100 folhas 4planta Mamão Folha F com a primeira flor completamente expandida Florescimento 18 folhas Mamona Limbo da 4a folha a partir do ápice Início do florescimento 30 folhas Mandioca Primeira folha recémmadura 3 a 4 meses de idade 30 folhas Manga Folhas coletadas em diferentes posições na copa Antes da floração Plena floração e formação de frutos Maturação dos frutos 60 folhas Maracujá Amarelo Folhas em todas as posições 250 280 dias 60 folhas Maracujá Roxo Folhas em todas as posições 250 280 dias 60 folhas Melão Folhas completamente desenvolvidas 45 dias 40 folhas Milho Tomar o terço basal da folha 4 sem a nervura central 60 dias após o plantio 30 folhas Continua Quadro 171 Continuação Cultura Parte Amostrada Época Quantidadetalhão homogêneo Pepino Folhas do caule Início da frutificação 40 folhas Pêra Folhas da porção mediana dos ramos do ano 2 3 semanas após o florescimento 100 folhas 4planta Pimentão Folhas maduras Florescimento 40 folhas Pêssego Folhas recémmaduras do crescimento do ano Verão 100 folhas 25planta Pinus Acículas recémmaduras Verão outono 18 plantas Pupunha Folíolos centrais de folhas medianas Verão outono 30 folhas Repolho Folhas recémmaduras Formação da cabeça 40 folhas Rosa Folhas recémmaduras com cinco folíolos na metade superior da planta Cálice em início de abertura 20 folhas 2plantas Seringueira Viveiro Folhas do 2o verticilo não ramificadas Plantas adultas Folhas recémmaduras do terço superior da copa Verão outono 24 folhas Soja 3a folha a partir do ápice na haste principal com pecíolo Florescimento 30 folhas Sorgo Folhas em posição mediana na planta Emborrachamento 30 folhas Tomate Pecíolo da folha oposta ao 3o cacho Limbo foliar da folha oposta ao 3o cacho Florescimento do 3o cacho 40 folhas Trigo Folhas 1 a 4 a partir do topo da planta Início do florescimento 30 folhas Violeta Folha recémmadura 30 folhas Uva Folha da base do primeiro cacho Final do florescimento 30 60 folhas 1722 Preparo e remessa da amostra ao laboratório A fase de preparo acondicionamento e remessa das amostras para análise também é crítica e deve ser feita com o maior cuidado O ideal seria que a amostra chegasse ao laboratório ainda verde no mesmo dia da coleta acondicionada em saco plástico quando mantida e transportada a baixa temperatura caso contrário acondicionada em sacos de papel No laboratório as folhas deverão ser lavadas com água destilada e em seguida postas a secar em papeltoalha sendo posteriormente acondicionadas em sacos de papel onde serão submetidas à secagem em estufa de circulação forçada de ar a 70oC até atingirem peso constante O material vegetal coletado se estiver contaminado com terra ou poeira deve ser lavado sob jato de água de torneira com o auxílio de um pedaço de algodão para remover a sujeira após isso continuar a lavagem do material vegetal por imersão em solução de HCl 01 molL e de Tween a 1 gL por até 3 min a seguir deve ser enxaguado com água destilada por até 5 min escorrido colocado a secar sobre papeltoalha e posteriormente acondicionado em sacos de papel e seco em estufa de circulação forçada de ar Na impossibilidade desse procedimento é aconselhável que as folhas sejam lavadas com água corrente e enxaguadas com água filtrada ou destilada acondicionadas em sacos de papel e postas para secar ao sol O envio das amostras ao laboratório deve ser feito em sacos de papel reforçado A identificação das amostras deve conter o seu número tipo da cultura localidade data da coleta nutrientes por analisar e endereço para resposta A amostra utilizada para análise de seiva deve representar adequadamente a parcela cujo estado nutricional se deseja avaliar sendo necessária a tomada de subamostras para compor a amostra a ser analisada Em geral são suficientes 10 mL de seiva que poderão ser extraídos de 20 a 30 g de tecido fresco para plantas herbáceas e de 40 a 100 g de tecido fresco para plantas mais lenhosas Essas amostras devem ser enviadas ao laboratório o mais rápido possível No laboratório a amostra será limpa o tecido condutor separado fatiado imerso em éter etílico e congelado à temperatura de 20 a 30oC Após o congelamento a amostra poderá ser armazenada por tempo indeterminado A extração da seiva será realizada no momento da análise após o descongelamento e separação do éter etílico em funil de decantação 1723 Análise química do tecido O material vegetal seco é submetido à moagem e mineralizado por via seca em mufla a 450oC ou por digestão ácida Os nutrientes são dosados nos extratos obtidos por colorimetria ou absorção atômica No caso da análise de seiva a mineralização pode ser dispensável fazendose apenas as diluições adequadas e dosandose os nutrientes com eletrodos seletivos cromatografia iônica colorimetria ou absorção atômica É importante que o laboratório seja confiável e possua algum sistema de acompanhamento e avaliação da qualidade É de grande interesse que os laboratórios de determinada região ou mesmo do País padronizem os métodos de análises evitando assim variações nos resultados inerentes aos métodos empregados 173 Padrões de Referência ou Normas Esses padrões podem ser obtidos de populações de plantas da mesma espécie e variedade altamente produtivas ou de ensaios em condições controladas É importante atentar para as condições em que foram obtidas as normas uma vez que fatores como clima face de exposição tipo de solo disponibilidade de água e nutrientes no solo interação entre nutrientes no solo e na planta idade da cultura portaenxertos produção pendente volume e eficiência do sistema radicular declividade do terreno cultivo prévio ataque de pragas e doenças uso de defensivos ou adubos foliares e práticas de manejo influenciam a composição mineral dos tecidos vegetais Na falta de padrões adequados podem ser criados padrões para uma situação particular empregando plantas que em dada situação edafoclimática e de manejo estejam produzindo bem 174 Interpretação dos Resultados da Análise Foliar A terceira fase do diagnóstico do estado nutricional por meio da análise dos tecidos é a da interpretação dos resultados Os resultados analíticos são interpretados pela comparação com padrões ou normas conforme o indicado no item 173 Como já foi salientado o ponto crítico nessa fase é a escolha adequada das normas A experiência dos técnicos responsáveis pelo laboratório com dados de uma região específica pode ser de grande valia na adoção de normas apropriadas Os métodos de interpretação dos resultados podem ser estáticos quando implicam uma mera comparação entre a concentração de um elemento na amostra em teste e sua norma ou dinâmicos quando usam relações entre dois ou mais elementos O nível crítico a faixa de suficiência fertigramas e o desvio percentual do ótimo DOP são exemplos do primeiro caso e o sistema integrado de diagnose e recomendação DRIS do segundo 1741 Nível crítico e faixa de suficiência Ao teor de definido nutriente em determinada parte da planta que se associa a 90 da produtividade ou crescimento máximos denominase nível crítico O método do nível crítico compara a concentração de determinado nutriente na amostra em teste com o valor aceito como norma Se a amostra em teste apresentar concentração igual ou superior à da norma considerase que esteja bem nutrida Se a concentração apresentada for inferior à preconizada pela norma considerase que a planta poderá apresentar problemas nutricionais quanto ao elemento em questão A maior desvantagem deste método é justamente sua inabilidade de relacionar adequadamente a variação na concentração de nutrientes com base na matéria seca com a idade da planta No método da faixa de suficiência que é o mais utilizado a concentração observada na amostra em teste é comparada com faixas de concentrações consideradas insuficientes adequadas ou tóxicas Em relação ao nível crítico a adoção de faixas de suficiência melhora a flexibilidade na diagnose embora haja perda na exatidão principalmente quando os limites das faixas são muito amplos A determinação dos níveis críticos ou das faixas de suficiência para os diversos nutrientes em relação às diversas culturas é uma das fases da diagnose foliar que demanda grande esforço por parte da pesquisa Embora muito esteja por ser feito em relação a esse assunto já existem informações sobre níveis críticos e faixas de suficiência para algumas culturas mais importantes no Brasil e que podem ser usadas como guia básico para a interpretação da diagnose da fertilidade do solo e da nutrição da planta Quadro 172 No caso de outras culturas sobre as quais não se estabeleceram ainda bases para a interpretação dos resultados analíticos é preferível comparar dados de plantas aparentemente normais com os de plantas que apresentam algum sintoma de deficiência nutricional Comparações de grande valor também podem ser obtidas coletandose amostras em diferentes situações de nível de tecnologia adotado por exemplo alto médio e baixo estabelecendose padrões para a interpretação dos resultados 1742 Fertigramas Fertigramas são gráficos construídos com círculos concêntricos com tantas divisões radiais quantos forem os elementos a serem plotados Na interseção entre o círculo mediano e os segmentos radiais são alocados os valores dos níveis críticos determinados previamente para a cultura em questão As concentrações obtidas das análises foliares de determinada lavoura são então plotadas no fertigrama no raio correspondente e após a ligação dos pontos originase um polígono a partir do qual se interpreta o estado nutricional da cultura Picos a partir do círculo de níveis críticos indicam excessos e reentrâncias significam deficiência Quadro 172 Valores de referência para a interpretação dos resultados de análise de tecidos Cultura N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Mo Zn dagkg mgkg Abacate 160200 012025 150200 150300 040080 020030 50100 515 50200 30500 30150 Abacaxi 200220 021023 250270 030040 040050 020030 3040 912 100200 50200 2050 Abóbora Pecíolo Limbo foliar 018 402 056 046 826 236 136 040 031 Acerola Terço mediano dos ramos Terço basal dos ramos 284 296 016 018 129 181 222 216 079 066 015 016 208 217 48 52 158 183 152 159 Alface 400 080 700 154 040 019 80 15 50200 50250 25250 Algodão 320 017 150 200 050 040 50 8 70 200 30 Alho Antes da bulbificação Durante bulbificação Após bulbificação 500 400 300 030 030 030 400 300 200 010 060 060 015 030 030 15 07 03 50 25 200 100 75 Amendoim 400 020 150 200 030 025 140180 110440 013139 Arroz 30 dias após a germinação Maturidade 300 226262 012 014016 200 118 060 066085 030 040041 049070 30 78 15 23 260 90 03 20 33 Continua Quadro 172 Continuação Cultura N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Mo Zn dagkg mgkg Azálea 230 029050 0816 022160 017050 17100 615 50150 30300 560 Banana 260 022 280 060 030 020 15 8 100 88 20 Batata 450600 029050 93115 076100 010012 2550 720 50100 30250 45250 Buganvília 250450 025075 300550 100200 025075 020050 2575 850 50300 50200 20200 Cacau 190230 015018 170200 090120 040070 017020 3040 1015 150200 150200 050100 5070 Café Geral Sul de Minas Manhuaçu Viçosa Patrocínio 270320 288322 338394 264308 284316 015020 012016 018022 022026 011015 190240 210302 225261 218284 233309 100140 088126 076090 121145 107129 031036 029051 032038 034058 043063 015020 014022 009013 010012 014018 5980 4165 6172 2852 4465 816 1426 1419 1229 2674 90180 81124 5384 6288 86159 120210 89182 50187 94313 60142 015020 816 624 1015 612 1130 Canadeaçúcar 203228 021025 088152 094115 022045 013028 1550 810 100500 50250 015030 2550 Caju Folhas superiores Folhas inferiores 258 240 020 016 129 110 024 075 023 031 011 014 Cebola 400 030 400 040 040 040 070 Cenoura 360 022 634 184 039 038 Citrus 230270 012016 100150 350450 025040 020030 36100 410 50120 3550 010100 3550 Couveflor 250 050 280 200 040 012 6080 810 120140 4570 040080 3550 Cravo 3252 025080 280600 100200 025070 025080 30100 830 50200 50200 25200 Continua Quadro 172 Continuação Cultura N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Mo Zn dagkg mgkg Crisântemo 450 030 350 100 030 020050 2575 1050 90300 50300 15200 Ervilha 450 030 200 150 030 050 100110 1520 100120 4050 060100 80200 Eucalipto 140160 010012 100120 080120 040050 015020 4050 810 150200 100600 050100 4060 Espinafre 400 040 600 100 100 030 3040 1015 300400 200500 100120 Feijão 300350 040070 270350 250350 030060 015020 100150 810 300500 200300 4555 Figo 220240 012016 120170 260340 060080 5080 48 80160 60100 1113 Fumo 460 030 480 124 053 023 28 9 140 118 58 Gerânio 240 030 060 080 014 Girassol 330350 040070 200240 170220 090110 050070 5070 3050 150200 300600 70140 Goiaba 3 folha broto terminal média das folhas 18 311 228 031 021 367 133 136 143 038 066 027 131 49 24 128 160 242 46 27 Gramíneas forrageiras Colonião Jaraguá Napier 113150 128147 180 008011 006011 012 143184 108165 150 040102 023046 037 012022 015023 020 011015 013018 070 1520 2025 2530 710 35 1015 100150 150200 150200 80100 200300 150200 050100 011015 050075 2025 2530 4050 Hortência 300550 025070 220500 060100 022050 020070 2050 650 50300 50300 20200 Leguminosas Forrageiras Galáctia Soja Perene Siratro Estilosantes 350 300 270 260 050 150 040 060 500 370 270 350 370 270 210 220 050 050 070 040 020 020 010 040 6070 4060 2530 7080 57 810 810 47 150200 150200 100150 600700 200250 100120 6090 90120 050080 020040 1520 3035 2530 2530 Continua Quadro 172 Continuação Cultura N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Mo Zn dagkg mgkg Lírio 330480 025070 330500 060150 020070 025070 2075 850 60200 35200 20200 Maçã 250 020 150 120 030 025 20 10 100200 75 015030 30 Mamão Limbo Pecíolo 4550 100 050070 030 250300 250300 200220 150 100 040 040060 15 11 291 70 43 Mamona 400500 030040 300400 150250 025035 030040 Mandioca 510580 030050 130200 075085 029031 026030 3060 610 120140 50120 3060 Manga Geral Antes da floração Plena floração e formação frutos Maturação frutos 120124 104117 105112 011 009011 009010 074075 053064 050056 203205 248275 220262 040080 020030 30 30 70 120 90 Maracujá Amarelo Roxo 360460 360460 020030 020030 240320 160310 170280 190210 021 021 044 044 3947 38 1516 89 116233 188230 433604 449522 2649 3142 Melão 351 039 421 374 109 019 57 17 516 160 51 Milho 275325 025035 175225 025040 025040 010020 420 620 20250 20150 020 2070 Pepino 472 047 339 466 075 017 54 820 668 100300 050 43 Pimentão 307 023 578 254 078 035 Pêra 230270 014020 120200 140210 030050 017026 2040 920 60200 60120 3040 Pêssego 260350 020030 250300 150250 030050 020030 4060 100150 3040 Continua Quadro 172 Continuação Cultura N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Mo Zn dagkg mgkg Pinus 130 020 10 020 020 60 5 100 200 Pupunha 350 020 110 040 030 020 30 9 126 142 23 Repolho 439 042 270 075 024 053 1520 80100 48 40 Rosa 300350 025050 150300 100200 025050 025070 3060 725 60200 30200 010090 18100 Seringueira Viveiro Adulto 307335 260350 012018 016023 061093 100140 087100 076082 035039 017024 018026 2070 1730 1015 165191 7090 226250 1540 1520 3455 2030 Soja 450 025 170 100 040 025 20 10 50 20 20 Sorgo 231290 044 130300 021086 026038 016060 1030 6884 3472 1222 Tomate Pecíolo Limbo foliar 264 459 059 056 918 572 274 440 049 050 41 40 66 268 103 290 134 37 Trigo 300330 020030 230250 140 040 040 20 918 1628 15 2040 Violeta 300600 030070 300650 100200 025050 025070 2575 835 50200 40200 25100 Uva 250 020 150 040 040 100 15 40100 2540 A utilização de fertigramas permite a análise visual da adequação das concentrações de cada nutriente em particular e a análise do estado nutricional da lavoura como um todo tomando por base os níveis críticos preestabelecidos A visualização por meio de diagramas é útil principalmente onde ocorrem problemas nutricionais agudos tanto por deficiências quanto por excessos Neste caso é possível inferir de imediato a respeito da principal ou principais limitações nutricionais de determinada lavoura Como exemplo a Figura 172 apresenta os fertigramas construídos para cinco lavouras cafeeiras com produtividades diferentes das regiões de Patrocínio e de Manhuaçu A relação entre equilíbrio nutricional e produtividade é evidente 1743 Desvio percentual do ótimo DOP Esse método proposto por MONTAÑÉZ et al 19931 permite conhecer o percentual de desvio da concentração de um nutriente qualquer em relação à norma e a ordem de limitação nutricional em determinada amostra É de fácil aplicação e interpretação Uma vez obtido o resultado da análise química das plantas calculamse os índices DOP para cada nutriente analisado de acordo com a seguinte expressão DOP C x 100Cref100 em que C Concentração do nutriente na amostra Cref Concentração do nutriente preconizada pela norma para as mesmas condições de amostragem 1 MONTAÑÉZ L HERAS L ABADÍA J SANZ M Plant analysis interpretation based on a new index Deviation from Optimum Percentage DOP J Plant Nutr 16712891308 1993 K Mg K Ca S Zn Mn B N P K Ca S Zn Mn B N P K Ca S Zn Mn B N P Ca S Zn Mn B N P K Ca S Zn Mn B N P PPaattrrooccíínniioo M Maannhhuuaaççuu Alta produtividade 30 scha Baixa produtividade 15 scha Alta produtividade 30 scha Baixa produtividade 15 scha Média produtividade 15 30 scha 301 013 270 120 054 016 56 131 21 108 62 301 013 270 120 054 016 56 131 21 108 62 390 019 269 204 044 022 21 89 16 45 41 390 019 269 204 044 022 21 89 16 45 41 390 019 269 204 044 022 21 89 16 45 41 Fe Cu Mg Fe Cu Mg Mg Mg Cu Cu Cu Fe Fe Fe Figura 172 Fertigrama representativo do equilíbrio nutricional em lavouras cafeeiras de alta média e de baixa produtividade das regiões de Patrocínio e de Manhuaçu Média de dois anos consecutivos Um índice negativo indica deficiência e um índice positivo excesso Índice DOP igual a zero indica que o nutriente se encontra em concentração ótima Quanto maior o valor absoluto do índice maior a severidade da carência ou do excesso O somatório dos valores absolutos dos índices DOP calculados para todos os nutrientes analisados representa um índice de balanço nutricional e permite comparar o estado nutricional de lavouras distintas entre si sendo maior o desequilíbrio naquelas em que o somatório se apresentar maior 1744 Índices balanceados de Kenworthy Da mesma forma que a técnica de diagnóstico por meio do desvio percentual do ótimo os índices balanceados de Kenworthy propostos por KENWORTHY 19612 permitem avaliar o estado nutricional como percentagem da concentração de determinado nutriente em relação à norma A vantagem dos índices balanceados de Kenworthy em relação aos índices DOP é que na obtenção desses índices são considerados os coeficientes de variação observados para cada um dos nutrientes na população de onde se obteve a norma Quando a concentração de dado nutriente na amostra em teste for menor que a concentração desse nutriente na norma a influência da variabilidade é adicionada Quando essa concentração estiver acima da concentração da norma a influência da variabilidade é subtraída obtendose assim índices balanceados Para o cálculo dos índices consideramse então duas situações a Y Yi I P100 CV100 B PI b i Y Y I 100P CV100 B P I em que i Y Concentração do nutriente na amostra em teste Y Teor padrão norma P i Y em percentagem de Y 100 Yi Y CV Coeficiente de variação I Influência da variação B Índice balanceado de Kenworthy em percentagem Os resultados obtidos são então interpretados da seguinte maneira 1 faixa de deficiência 17 a 50 2 faixa marginal abaixo do normal 50 a 83 3 faixa adequada normal 83 a 117 4 faixa elevada acima do normal 117 a 150 5 faixa de excesso 150 a 183 2 KENWORTHY AL Interpreting the balance of nutrienteelements in leaves of fruit trees In REUTHER W Plant analysis and fertilizers problems Whashington American Institute of Biological Science 1961 p2843 1745 Sistema integrado de diagnose e recomendação DRIS O método DRIS preconizado por BEAUFILS 19733 baseiase no cálculo de índices para cada nutriente considerando sua relação com os demais Envolve a comparação das razões de cada par de nutrientes encontrados em determinado tecido de interesse com as razões médias correspondentes às normas preestabelecidas a partir de uma população de referência Essas relações experimentam menores variações com a idade da planta do que os níveis críticos ou as faixas de suficiência Inicialmente calculamse as normas ou seja a média o desvio padrão e o coeficiente de variação das relações entre nutrientes dois a dois para a população de referência a de alta produtividade Em seguida fazemse comparações entre as razões dos nutrientes na amostra a ser diagnosticada com as razões normas da população de referência O DRIS permite conhecer a ordem de limitação dos nutrientes em determinada lavoura avaliando a adequação das relações entre nutrientes contudo não permite o cálculo da quantidade de nutrientes que deve ser aplicada informando apenas a ordem de limitação e se essa limitação ocorre por carência ou por excesso Uma vez realizado o suprimento do nutriente mais limitante não significa que o segundo elemento passará a maior limitação pois as relações podem ser alteradas Os índices DRIS podem assumir valores negativos quando ocorre deficiência do elemento considerado em relação aos demais Valores positivos por outro lado indicam excesso e quanto mais próximo de zero estiverem mais próxima estará a planta do equilíbrio nutricional para o elemento em estudo permitindo a classificação dos elementos em ordem de importância na produção e fornecendo ao mesmo tempo uma indicação da intensidade de exigência de determinado elemento pela planta A soma dos índices de DRIS desconsiderado o sinal positivo ou negativo dividido pelo número de nutrientes fornece o Índice de Balanço Nutricional médio IBNm que permite comparar o equilíbrio nutricional de diversas lavouras entre si A título de exemplo são apresentados no Quadro 173 os índices de DRIS de seis lavouras de café com produtividades médias diferentes das regiões de Patrocínio e Manhuaçu A relação entre estado nutricional e produtividade é clara A lavoura de número 28 da região de Patrocínio apresenta um IBNm de 43 indicando bom equilíbrio nutricional sua produtividade média no entanto está na faixa de 15 a 30 scha de café beneficiado Nesse caso limitações de outra ordem devem estar associadas à produtividade da cultura 3 BEAUFILS ER Diagnosis and Recommendation Integrated System DRIS A general scheme of experimentation and calibration based on principles developed from research in plant nutrition University of Natal Pietermaritzburg South Africa 1973 132p Soil Science Bulletin 1 Quadro 173 Índice DRIS e índice de balanço nutricional médio IBNm para algumas lavouras de café das regiões de Patrocínio e Manhuaçu Cálculos efetuados com a média de dois anos 199697 e 199798 Lavoura Índices DRIS No Produção N P K Ca Mg S Cu Fe Zn Mn B IBNm Patrocínio 19 Alta 1 3 4 5 3 4 3 0 1 1 8 30 28 Média 6 4 0 5 2 5 0 0 10 6 9 43 10 Baixa 5 7 11 14 23 14 15 11 5 13 20 125 Manhuaçu 22 Alta 3 0 0 7 5 4 3 1 7 9 6 41 29 Média 7 14 8 25 25 10 3 3 9 17 7 116 12 Baixa 15 15 16 18 10 12 19 17 24 90 23 235 Uma das dificuldades do uso dessa técnica de diagnóstico referese ao fato de que os valores absolutos dos índices calculados podem variar com a fórmula de cálculo ou o número de relações binárias envolvidas não permitindo avaliar em cada caso o potencial de resposta à adubação Visando melhorar a interpretação dos resultados dos índices de DRIS foi desenvolvido no Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa o método do Potencial de Resposta à Adubação PRA Por este método são definidas cinco classes de probabilidade de resposta à adubação comparandose o índice calculado para determinado nutriente e o índice de balanço nutricional médio IBNm De acordo com WADT 19964 as cinco classes de probabilidade de resposta à adubação são definidas da seguinte maneira Classe 1 Resposta positiva P Tem probabilidade de ocorrer quando o índice DRIS do nutriente sendo o de menor valor for simultaneamente maior em módulo que o IBNm Tomando como exemplo a lavoura de número 10 do Quadro 173 observase que o IBNm é 13811 ou seja 125 e que o índice de DRIS calculado para cobre é 15 portanto mais elevado em módulo que o IBNm A adubação com cobre tem nesse caso alta probabilidade de resposta Classe 2 Resposta positiva ou nula PZ Tem probabilidade de ocorrer quando o índice de DRIS do nutriente embora sendo maior em módulo que o IBNm não for o menor índice de DRIS Podemse citar como exemplos neste caso o enxofre e o manganês para a mesma lavoura referida acima Classe 3 Resposta nula Z Tem probabilidade de ocorrer quando o índice DRIS do nutriente em módulo for inferior ou igual ao IBNm No exemplo em questão esse seria o caso para N P K Fe e Zn Classe 4 Resposta negativa ou nula NZ Tem probabilidade de ocorrer quando o índice DRIS do nutriente for maior em módulo que o IBNm porém sem ser o índice DRIS de maior valor Para a lavoura número 10 cujos índices DRIS de nutrientes são apresentados no Quadro 173 essa é a expectativa para Ca e B Classe 5 Resposta negativa N Tem probabilidade de ocorrer quando o índice DRIS do nutriente sendo maior que o IBNm também for maior que todos os índices de DRIS como se observa para o Mg na lavoura número 10 Quadro 173 175 Outras Técnicas de Diagnóstico 1751 Determinação de frações ativas As técnicas de análise de tecidos com fins de diagnóstico em geral determinam os teores totais de nutrientes e não dão informação alguma sobre a atividade do elemento no tecido A fração ativa é de grande importância para 4 WADT PGS Os métodos da chance matemática e do sistema integrado de diagnose e recomendação DRIS na avaliação nutricional de plantios de eucalipto Universidade Federal de Viçosa 1996 123p Tese de Doutorado aqueles elementos que podem apresentar uma grande fração de reserva ou imobilizada como ocorre com o ferro e outros micronutrientes metálicos Existe dificuldade em extrair as frações efetivamente ativas dos nutrientes de modo que não existem normas nem métodos universalmente aceitos 1752 Métodos bioquímicos e enzimáticos Baseiamse na influência que um nutriente individual tem em um passo metabólico específico Podem ser usados como ferramenta para o diagnóstico tanto os metabólitos como as atividades de enzimas relacionados com o nutriente Uma das vantagens do diagnóstico metabólico é sua alta sensibilidade já que pequena variação no conteúdo do nutriente implica uma alta variação no conteúdo do metabólito A dificuldade em sua aplicação vem a ser o fato de que a variação no conteúdo de determinado metabólito ou na atividade de determinada enzima é afetada por outros fatores que não o nutriente em estudo Além disso não há normas nem métodos universalmente aceitos 18 SUGESTÕES DE ADUBAÇÃO PARA AS DIFERENTES CULTURAS EM MINAS GERAIS Considerando que os nossos solos agrícolas são geralmente ácidos e pobres não há como cultiválos racionalmente sem correção e adubação Além das necessidades das culturas existem perdas por erosão lixiviação volatilização etc fazendo com que os nutrientes sejam aplicados em doses maiores do que as reais exigências das culturas Por outro lado a correção e a adubação do solo ainda que sejam de suma importância não são os únicos fatores de produção A eles se somam outros como a disponibilidade de água as condições climáticas os tratos culturais e o controle de pragas e doenças As orientações que se seguem foram preparadas considerando os resultados de pesquisa e a experiência de técnicos e pesquisadores tendo como instrumento referencial as análises de solo É importante lembrar que para cada condição considerados o nível tecnológico os recursos disponíveis a região e a experiência do técnico responsável as recomendações deverão ser adaptadas e nunca consideradas como questão fechada ou palavra final Além disso é bem certo que elas venham a ser alteradas no futuro com o desenvolvimento da pesquisa e o advento de novos conhecimentos Sugestões para recomendação de correção e adubação são apresentadas para hortaliças para plantas frutíferas para floricultura e jardins para grandes culturas anuais e perenes e para pastagens 181 Sugestões de Adubação para Hortaliças 1811 Introdução Paulo Cézar Rezende Fontes 1 São fornecidas sugestões de adubação para 27 espécies A escolha das espécies foi baseada principalmente no trabalho do Governo do Estado de Minas Gerais Secretaria do Estado de Agricultura Pecuária e Abastecimento Cenário Futuro do Negócio Agrícola de MG Volume XII Cenário Futuro para a Cadeia Produtiva de Olerícolas 1993 Para as espécies de hortaliças é importante salientar que o solo normalmente necessita receber calagem adubação orgânica macronutrientes e também os micronutrientes Entretanto são escassos os trabalhos de adubação com as hortaliças com vistas em correlacionar a produção com os teores dos nutrientes existentes no solo Mesmo assim um grupo de professores pesquisadores extensionistas consultores técnicos entre outros se propôs a integrar o conhecimento existente na literatura com as experiências de cada um visando aumentar a eficiência de utilização dos fertilizantes e a produtividade das hortaliças Desde que o terreno tenha potencial de produção para se aumentar a eficiência de utilização do fertilizante é necessário que os demais fatores do sistema produtivo irrigação controle de pragas e doenças espaçamentos etc sejam adequadamente supridos de tal forma que não se tornem limitantes Ademais a adubação das hortaliças necessita ser entendida como parte de um sistema em que interagem fatores ambientais genotípicos e humanos principalmente gerencial proporcionando o rendimento quantitativo e qualitativo das culturas 1 Professor Adjunto Departamento de Fitotecnia UFV pacerefomailufvbr Objetivase com a adubação dos solos fornecer os nutrientes limitantes à obtenção de altos rendimentos das culturas de hortaliças Com isto reduzem se os riscos de produção e aumentase a eficiência do uso da terra e da mão deobra Entretanto quando os fertilizantes são usados excessivamente ou as condições de precipitação são propícias ao lixiviamento ou ao escorrimento superficial deles há perda de recursos poluise o ambiente e a produção não é maximizada As sugestões de adubação apresentadas devem ser entendidas como referenciais que necessitam ser ajustadas em função do local e do sistema de produção adotado Também deve ser salientado que a interação entre os nutrientes aplicados ao solo e as pulverizações de agrotóxicos podem induzir sintomas às vezes semelhantes aos das deficiências nutricionais mas na maioria das vezes são sintomas de toxidez No programa de fertilização das culturas com adubos químicos as fontes mais solúveis dos macronutrientes são as preferidas destacandose uréia sulfato de amônio nitrocálcio superfosfatos simples e triplo fosfato monoamônico e diamônico cloreto de potássio e nitrato de potássio Geralmente as aplicações dos fertilizantes que contêm o nitrogênio e o potássio são feitas parceladamente durante parte do ciclo da cultura O parcelamento é justificado pela possibilidade de altas doses de nitrogênio e potássio aumentarem momentaneamente a concentração salina da solução do solo em contato com as mudas recémtransplantadas ou sementes recém germinadas além de serem esses nutrientes potencialmente passíveis de lixiviação principalmente em solos arenosos ou de arraste da área por precipitações intensas Normalmente recomendase a aplicação de micronutrientes em solos que não foram com eles fertilizados nos últimos anos As quantidades por hectare podem estar em torno de 15 kg de sulfato de zinco 10 kg de bórax 10 kg de sulfato de cobre e 05 kg de molibdato de amônio Pulverizações foliares com 2 kgha de sulfato de zinco 1 kg de bórax 1 kg de sulfato de cobre e 025 kgha de molibdato de sódio são alternativas para correção de carências nutricionais nas culturas especialmente para aquelas mais exigentes Na presente sugestão de adubação ao se mencionar em cada cultura a produtividade esperada em termos quantitativos objetivase apenas fornecer um referencial entendendo porém que a produtividade classificada em função do mercado é também importante Embora no texto seja recomendado para cada cultura é necessário sempre que viável efetuar a adubação orgânica das áreas para a produção de hortaliças utilizando esterco de curral bem curtido ou cama de aviário ou outra fonte orgânica Para cada cultura a recomendação da necessidade de calagem está sendo fornecida pelos métodos da saturação por bases e ou dos teores de alumínio e de cálcio mais magnésio trocáveis Finalmente com referência às adubações fosfatada e potássica devem ser considerados os teores de fósforo existentes no solo de acordo com a sua textura ou com os valores de fósforo remanescente Prem bem como os teores de potássio para qualquer textura do solo conforme mostrado a seguir de acordo com os critérios de interpretação indicados no Capítulo 5 1 1 Alvarez V VH Novais RF Barros NF Cantarutti RB Lopes AS Interpretação dos resultados das análises de solos Característica Muito baixo Baixo Médio Bom Muito bom mgdm31 Argila Fósforo disponível2 60 100 100 101 210 211 3203 321 480 480 35 60 160 161 320 321 480 481 720 720 15 35 260 261 480 481 800 801 1200 1200 0 15 400 481 800 801 1200 1201 1800 1800 Prem mgL Fósforo disponível2 0 4 120 121 172 173 2403 241 360 360 4 10 160 161 240 241 332 333 500 500 10 19 240 241 332 333 456 457 700 700 19 30 320 321 456 457 632 633 960 960 30 44 440 441 632 633 872 8731320 1320 44 60 600 601 872 873 1200 12011800 1800 Potássio disponível2 200 21 50 51 904 91140 140 1 mgdm 3 ppm mv 2 Método Mehlich1 3 Nesta classe apresentamse os níveis críticos para fósforo de acordo com o teor de argila ou do valor do Prem 4 O limite superior desta classe indica o nível crítico 1812 Abóbora Italiana Iedo Valentim Carrijo 16 Luis Gomes Correia 2 Paulo Espíndola Trani 3 Produtividade esperada 15000 a 18000 kgha Espaçamento 10 x 07 m Calagem Elevar a saturação por bases do solo a 70 e o teor de magnésio do solo a um mínimo de 10 cmolcdm3 ou pelo método do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo e X 3 e mt 5 ver 821 Adubação orgânica Aplicar 15 tha de esterco de curral curtido ou 5 tha de esterco de aves curtido ou 15 tha de torta de mamona fermentada Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Textura do Solo Dose Total Argilosa Média Arenosa Dose de P2O5 K2O N kgha Baixa 200 160 120 240 120 Média 160 120 80 180 120 Boa 120 80 40 120 120 Muito boa 80 40 0 60 120 Parcelamento da adubação O fósforo deve ser aplicado todo no plantio juntamente com o adubo orgânico 40 do nitrogênio e 50 do potássio recomendado colocados na cova ou sulco de plantio 15 a 20 dias antes do semeio ou transplantio O restante do nitrogênio e potássio deve ser aplicado em cobertura 20 dias após o semeio ou 25 dias após o transplantio das mudas 1 AGROCERES S Joaquim Bicas Tel 0315341273 2 EMATERMGBelo Horizonte Tel 0313498000 3 Instituto Agronômico de Campinas IAC 1813 Abóbora Menina João Augusto de Avelar Filho 1 Arlete Marchi T de Melo 2 Fernando A Reis Filgueira 3 Produção esperada 20000 a 24000 kgha Espaçamento 30 x 20 m Calagem Elevar a saturação por bases a 6570 e o teor de magnésio do solo a um mínimo de 10 cmolcdm3 Adubação orgânica Aplicar 15 tha de esterco de curral ou 5 tha de esterco de galinha curtidos ou 500 kgha de torta de mamona fermentada Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Textura do Solo Dose Total Argilosa Média Arenosa Dose de P2O5 K2O N kgha Baixa 150 100 60 100 60 Média 100 60 40 80 60 Boa 60 40 20 60 60 Muito boa 40 20 0 401 60 1 Somente em cobertura Parcelamento da adubação o fósforo 30 do nitrogênio e 40 do potássio devem ser aplicados junto com a adubação orgânica 15 a 20 dias antes do semeio ou transplantio O restante do nitrogênio e potássio 70 e 60 respectivamente deve ser aplicado em duas coberturas sendo a primeira 30 dias após a emergência e a segunda 25 dias após a primeira 1 EMATERMG Sete Lagoas Tel0317710400 2 Instituto Agronômico de Campinas IAC 3 Universidade Federal de Uberlândia Tel 0342125566 1814 Alface Paulo Cézar Rezende Fontes 1 Produtividade esperada 21000 kgha ou 9000 dúzias ou 1500 engradadosha Espaçamento 25 x 25 cm Calagem Elevar a saturação por bases do solo a 70 ou pelo método do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 com o valor de X 30 e mt 5 ver 821 Adubação orgânica Adicionar 50 tha de esterco de curral curtido ou 12 tha de esterco de galinha curtido com incorporação ao solo do canteiro Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 400 120 150 Média 300 90 150 Boa 100 60 150 Muito boa 50 01 150 1 Podemse colocar 60 kg para repor a quantidade retirada pela alface colhida Parcelamento da adubação NPK Nutriente Plantio 1o 2o 3o do total indicado acima N 20 20 30 30 P 100 0 0 0 K 20 20 30 30 Aplicar todo o fósforo e parte dos fertilizantes que contêm NK ao solo por ocasião do transplantio das mudas Aplicar o restante dos fertilizantes com nitrogênio e potássio em coberturas 15 30 e 40 dias após o transplantio Sugerese aplicar micronutrientes ver 1811 1 Professor Adjunto Departamento de Fitotecnia UFV pacerefomailufvbr 1815 Alho Rovilson José de Souza 1 Miralda Bueno de Paula 2 Arthur Bernardes Cecílio Filho 3 Produtividade esperada 10000 a 12000 kgha Espaçamento 25 a 30 cm entre fileiras e 75 a 10 cm entre plantas Calagem Elevar a saturação por bases a 70 com calcário dolomítico Adubação orgânica Aplicar 20 a 40 tha de esterco de curral curtido ou 5 a 10 tha de esterco de galinha curtido 15 a 30 dias antes do plantio nos sulcos e incorporado As maiores doses são para os solos arenosos Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 250 80 80 Média 200 60 80 Boa 150 40 80 Muito boa 100 20 80 Parcelamento da adubação NPK Nutriente Plantio 1o 2o do total indicado acima N 30 35 35 P 100 0 0 K 30 35 35 Aplicar todo o fósforo e partes dos fertilizantes que contêm NK nos sulcos 10 dias antes do plantio Acrescentar à adubação de plantio 3 kgha de B e de 3 a 5 kgha de Zn O restante dos fertilizantes com N e K deve ser aplicado em coberturas aos 50 e 100 dias do plantio Dependendo do estado vegetativo da cultura usar quantidades menores de N até 13 da recomendação 1 Professor Departamento de Agronomia UFLA Tel 0358291301 2 Pesquisador EPAMIGCRSM Tel 0358291190 3 FCAUJ UNESP Tel 0163232500 1816 Batata Paulo Cézar Rezende Fontes 1 Produtividade esperada 30000 kgha Espaçamento 80 x 30 cm Calagem Elevar a saturação por bases a 60 ou pelo método do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 com Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo e X 20 e mt 15 ver 821 Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 420 350 190 Média 300 220 190 Boa 120 150 190 Muito boa 50 01 190 1 Podemse colocar 150 kg para repor a quantidade retirada pela batata colhida Parcelamento da adubação NPK Nutriente Plantio 1o 2o do total indicado acima N 20 80 P 80 20 K 20 80 Aplicar parte dos fertilizantes que contêm NPK no sulco por ocasião do plantio Imediatamente antes da amontoa aplicar o restante do fertilizante e proceder à amontoa Caso haja duas operações de amontoa dividir a quantidade dos fertilizantes que serão aplicados no parcelamento em ambas as amontoas Sugerese aplicar micronutrientes ver 1811 1 Professor Adjunto Departamento de Fitotecnia UFV pacerefomailufvbr 1817 BatataDoce Vicente Wagner D Casali 1 Produtividade esperada 20000 kgha 909 caixas K Espaçamento Entre fileiras 080 m e entre plantas 030 m Calagem Elevar a saturação por bases a 60 e o teor de magnésio do solo a um mínimo de 10 cmolcdm3 Adubação orgânica Em solos arenosos aplicar 10 tha de esterco de curral curtido ou de composto orgânico ou 25 tha de esterco de aves curtido ou 10 tha de torta de mamona fermentada Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 180 90 60 Média 120 60 60 Boa 60 30 60 Muito boa 0 0 60 O fósforo deve ser aplicado todo no plantio juntamente com o adubo orgânico o potássio e 50 do nitrogênio Em cobertura aplicase o restante do nitrogênio 30 dias após o plantio das ramas 1 Professor Titular Departamento de Fitotecnia UFV vwcasalimailufvbr 1818 Berinjela Arie Fitzgerald Blank 1 Rovilson José de Souza 1 Produtividade esperada 25000 a 70000 kgha Espaçamento 120 x 070 m Calagem Elevar a saturação por bases do solo a 70 com calcário dolomítico Adubação orgânica Adicionar 20 a 40 tha de esterco de curral curtido ou 5 a 10 tha de esterco de galinha aplicados 10 a 15 dias antes do plantio nos sulcos ou nas covas devendo ser incorporados As maiores doses são para solos arenosos Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 200 160 100 Média 160 120 100 Boa 120 80 100 Muito boa 80 50 100 Parcelamento da adubação NPK Nutriente Plantio 1a 2a 3a 4a 5a 6a do total indicado acima N 40 10 10 10 10 10 10 P 100 0 0 0 0 0 0 K 40 10 10 10 10 10 10 Aplicar todo o fósforo e parte dos fertilizantes NK preferencialmente nitrato e sulfato de potássio no sulco ou covas 10 a 15 dias antes do plantio O restante dos fertilizantes com nitrogênio e potássio deve ser aplicado em cobertura a cada 15 dias 1 Professores Departamento de Agronomia UFLA Tel 0358291301 1819 Beterraba Vicente Wagner D Casali 1 Produtividade esperada 40000 kgha 1818 caixas K Espaçamento Entre fileiras 025 m e entre plantas 010 a 015 m Calagem Elevar a saturação por bases a 70 e o teor de magnésio do solo a um mínimo de 10 cmolcdm3 Adubação orgânica Aplicar 30 a 50 tha de esterco de curral curtido ou de composto orgânico ou 8 a 10 tha de esterco de aves curtido ou 3 a 5 tha de torta de mamona fermentada sendo a quantidade maior para os solos arenosos Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 300 240 100 Média 240 180 100 Boa 180 120 100 Muito boa 0 0 100 O fósforo deve ser aplicado todo no plantio juntamente com o adubo orgânico o potássio e 60 do nitrogênio Em cobertura aplicase o restante do nitrogênio 30 dias após a germinação 1 Professor Titular Departamento de Fitotecnia UFV vwcasalimailufvbr 18110 Brócolos Paulo Cézar Rezende Fontes 1 Produtividade esperadaha 20000 kg ou 2000 dúzias ou 13000 maços Espaçamento 10 x 05 m Calagem Elevar a saturação por bases do solo a 70 ou pelo método do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 com o valor de X 30 e mt 5 Adubação orgânica Aplicar 20 tha de esterco de curral curtido ou 5 tha de esterco de galinha nos sulcos de plantio Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 400 240 150 Média 300 180 150 Boa 100 100 150 Muito boa 50 01 150 1 Podemse colocar 100 kgha para repor a quantidade retirada pelas partes colhidas Parcelamento da adubação NPK Nutriente Plantio 1o 2o 3o do total indicado acima N 20 20 30 30 P 100 0 0 0 K 20 20 30 30 Aplicar todo o fósforo e parte dos fertilizantes que contêm NK no sulco por ocasião do transplantio das mudas Aplicar o restante dos fertilizantes com nitrogênio e potássio em cobertura aos 20 40 e 60 dias do transplantio Sugerese aplicar micronutrientes ver1811 especialmente o boro no solo e o molibdênio via foliar 1 Professor Adjunto Departamento de Fitotecnia UFV pacerefomailufvbr 18111 Cebola Paulo Cézar Rezende Fontes 1 Produtividade esperada 25000 kgha Espaçamento 20 x 10 cm Calagem Elevar a saturação por bases do solo a 70 ou pelo método do do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 com o valor de X 30 e mt 5 Adubação orgânica Aplicar 40 tha de esterco de curral curtido em toda a área de plantio Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 300 180 120 Média 220 120 120 Boa 100 50 120 Muito boa 50 01 120 1 Podemse colocar 50 kgha para repor a quantidade retirada pelos bulbos Parcelamento da adubação NPK Nutriente Plantio 1o do total indicado acima N 30 70 P 100 0 K 30 70 Aplicar todo o fósforo e partes do nitrogênio e do potássio no sulco e o restante destes em cobertura aos 40 dias do transplantio Sugerese aplicar micronutrientes ver 1811 1 Professor Adjunto Departamento de Fitotecnia UFV pacerefomailufvbr 18112 Cenoura Paulo Espíndola Trani 1 Fernando A Reis Filgueira 2 João Augusto de Avelar Filho 3 Produção esperada 35000 a 40000 kgha Espaçamento 15 a 20 cm x 4 a 5 cm Calagem Elevar a saturação por bases para 6070 e o teor de magnésio do solo a um mínimo de 08 cmolcdm3 Adubação orgânica Aplicar 30 a 40 tha de esterco de curral curtido ou 10 a 13 tha de esterco de galinha curtido sendo a quantidade maior para solos arenosos Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Textura do Solo Dose Total Argilosa Média Arenosa Dose de P2O5 K2O N kgha Baixa 400 320 240 320 120 Média 320 240 160 240 120 Boa 240 160 80 160 120 Muito boa 160 80 0 80 120 Parcelamento da adubação Plantio Todo o fósforo recomendado 30 do nitrogênio e 40 do potássio devem ser aplicados no canteiro junto com o adubo orgânico e incorporados até 15 cm de profundidade 5 a 10 dias antes do semeio Se o terreno for deficiente em boro e ou em zinco aplicar 1 a 2 kgha de B e ou 2 a 3 kgha de Zn Adubação de cobertura O restante do nitrogênio e do potássio 70 e 60 respectivamente deve ser aplicado em 2 coberturas aos 20 e aos 40 dias da emergência 1 Instituto Agronômico de Campinas IAC 2 Universidade Federal de Uberlândia Tel 0342125566 3 EMATERMG Sete Lagoas Tel0317710400 18113 Chuchu Luis Gomes Correia 1 João Augusto de Avelar Filho 2 Hiroshi Nagai 3 Produção esperada 60000 a 65000 kgha Espaçamento 40 x 30 m Calagem Aplicar calcário para elevar a saturação por bases do solo a 80 Adubação orgânica Adicionar 10 tha de esterco de curral curtido ou 25 tha de esterco de galinha 10 a 20 dias antes do plantio Após seis meses repetir a aplicação na mesma quantidade Adubação mineral NPKano Disponibilidade de P ou de K Textura do Solo Dose Total Argilosa Média Arenosa Dose de P2O5 K2O N kgha Baixa 200 170 140 360 430 Média 170 140 110 330 430 Boa 140 110 80 300 430 Muito boa 110 80 601 2701 430 1 Somente em cobertura Parcelamento da adubação mineral N Aplicar 30 kgha no plantio e a partir do início da produção aplicar mensalmente 40 kgha K Aplicar 20 da quantidade recomendada no plantio e a partir do início de produção fazer adubações mensais com 30 kgha P Aplicar 70 da quantidade recomendada no plantio e o restante dividir em duas aplicações em cobertura com chegamento de terra sendo a primeira 4 meses após o plantio e a segunda 4 meses após a primeira Utilizar adubos que contêm cálcio solúvel como nitrocálcio e superfosfato simples para evitar a deficiência do cálcio fruto sem pescoço 1 EMATERMG Belo Horizonte Tel O313498000 2 EMATERMG Sete Lagoas Tel0317710400 3 Instituto Agronômico de Campinas IAC 18114 CouveFlor Paulo Cézar Rezende Fontes 1 Produtividade esperadaha 25000 kg ou 1400 dúzias ou 3000 engradados Espaçamento 10 x 05 m Calagem Elevar a saturação por bases do solo a 70 ou pelo método do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 com o valor de X 30 e mt 5 Adubação orgânica Aplicar 20 tha de esterco de curral curtido ou 5 tha de esterco de galinha nos sulcos de plantio Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 300 240 150 Média 240 180 150 Boa 100 100 150 Muito boa 50 01 150 1 Podemse colocar 100 kgha para repor a quantidade retirada pelas cabeças Parcelamento da adubação NPK Nutriente Plantio 1o 2o 3o do total indicado acima N 20 20 30 30 P 100 0 0 0 K 20 20 30 30 Aplicar todo o fósforo e parte dos fertilizantes que contêm NK no sulco por ocasião do transplantio das mudas Aplicar o restante dos fertilizantes com nitrogênio e potássio em cobertura aos 20 40 e 60 dias do transplantio Sugerese aplicar micronutrientes ver 1811 especialmente o boro no solo e o molibdênio via foliar 1 Professor Adjunto Departamento de Fitotecnia UFV pacerefomailufvbr 18115 FeijãoVagem trepador Iedo Valentim Carrijo 1 Fernando A Reis Filgueira 2 Paulo Espíndola Trani 3 Produtividade esperada 13000 a 15000 kgha Espaçamento 10 x 05 m Calagem Aplicar calcário para elevar a saturação por bases a 70 e atingir no mínimo 1 cmolcdm3 de magnésio ou pelo método do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 com o valor de X 30 e mt 5 Adubação orgânica Se for plantio em rotação com tomate ou pepino não há necessidade do contrário aplicar 10 tha de esterco de curral curtido Adubação mineral NPKano Disponibilidade de P ou de K Textura do Solo Dose Total Argilosa Média Arenosa Dose de P2O5 K2O N kgha Baixa 280 230 180 120 150 Média 230 180 130 90 150 Boa 180 130 80 60 150 Muito boa 130 80 50 30 150 Parcelamento da adubação NPK Plantio Aplicar 30 do nitrogênio 50 do potássio e todo fósforo no plantio Cobertura Parcelar em duas aplicações o restante do nitrogênio 70 e do potássio 50 aos 30 e aos 60 dias da emergência das plântulas Fazer uma aplicação foliar de molibdato de amônio 04 gL antes da floração 1 Agroceres S Joaquim Bicas Tel 031 5341273 2 Universidade Federal de Uberlândia Tel 0342125566 3 Instituto Agronômico de Campinas IAC 18116 Inhame Vicente Wagner D Casali 1 Produtividade esperada 30000 kgha 1500 sacos ou 1363 caixas Espaçamento Entre fileiras 080 a 060 m e entre plantas 050 a 040 m Calagem Elevar a saturação por bases a 60 e o teor de magnésio do solo a um mínimo de 10 cmolcdm3 Adubação orgânica Em solos arenosos aplicar 10 tha de esterco de curral curtido ou de composto orgânico ou 25 tha de esterco de aves curtido ou 20 tha de torta de mamona fermentada Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 180 90 60 Média 120 60 60 Boa 60 30 60 Muito boa 0 0 60 O fósforo deve ser aplicado todo no plantio juntamente com o adubo orgânico o potássio e 50 do nitrogênio Em cobertura aplicase o restante do nitrogênio 30 dias após a brotação dos rizomas 1 Professor Titular Departamento de Fitotecnia UFV vwcasalimailufvbr 18117 Jiló Arie Fitzgerald Blank 1 Rovilson José de Souza 1 Produtividade Esperada 20000 a 50000 kgha Espaçamento 120 x 070 m Calagem Elevar a saturação por bases a 70 com calcário dolomítico ou pelo método do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 com Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo e X 30 e mt 5 Adubação orgânica Aplicar 20 a 40 tha de esterco de curral curtido ou 5 a 10 tha de esterco de galinha curtido 10 a 15 dias antes do plantio nos sulcos ou nas covas devendo ser incorporados As maiores quantidades são para solos arenosos Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 200 160 100 Média 160 120 100 Boa 120 80 100 Muito boa 80 50 100 Parcelamento da adubação NPK Nutriente Plantio 1a 2a 3a 4a 5a 6a do total indicado acima N 40 10 10 10 10 10 10 P 100 0 0 0 0 0 0 K 40 10 10 10 10 10 10 Aplicar todo o fósforo e parte dos fertilizantes que contêm NK preferencialmente nitrato e sulfato de potássio no sulco ou covas 10 a 15 dias antes do plantio O restante dos fertilizantes com nitrogênio e potássio deve ser aplicado em cobertura a cada 15 dias 1 Professores Departamento de Agronomia UFLA Tel 0358291301 18118 Mandioquinha Salsa Vicente Wagner D Casali 1 Produtividade esperada 12000 kgha 545 caixas K Espaçamento Entre fileiras 080 a 060 m e entre plantas 050 a 040 m Calagem Elevar a saturação por bases a 60 e o teor de magnésio do solo a um mínimo de 10 cmolcdm3 Adubação orgânica Em solos arenosos aplicar 5 tha de composto orgânico ou de esterco de curral curtido Adubação mineral NPK total Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 180 90 0 Média 120 60 0 Boa 60 30 0 Muito boa 0 0 0 O fósforo deve ser aplicado todo no plantio juntamente com o potássio 1 Professor Titular Departamento de Fitotecnia UFV vwcasalimailufvbr 18119 Melancia Fernando A Reis Filgueira 1 Iedo Valentim Carrijo 2 João Augusto de Avelar Filho 3 Produtividade esperada 30000 kgha Espaçamento 20 a 25 x 20 m Calagem Aplicar calcário para elevar a saturação por bases a 65 70 e o teor de magnésio para no mínimo 10 cmolcdm3 Adubação orgânica Adicionar 10 tha de esterco de curral ou 3 tha de esterco de galinha aplicados na cova 20 dias antes do semeio ou transplantio Adubação mineral NPKano Disponibilidade de P ou de K Textura do Solo Dose Total Argilosa Média Arenosa Dose de P2O5 K2O N kgha Baixa 200 160 120 150 120 Média 160 120 80 120 120 Boa 120 80 40 90 120 Muito boa 80 40 0 601 120 1 Somente em cobertura Parcelamento da adubação NPK Plantio Colocar junto com o adubo orgânico 30 do nitrogênio 40 do potássio e todo o fósforo recomendado Cobertura Aplicar o restante do nitrogênio e do potássio 70 e 60 respectivamente parcelado em três vezes sendo a primeira 15 dias após o transplantio ou 20 dias após a germinação e as demais espaçadas de 20 dias uma da outra 1 Universidade Federal de Uberlândia Tel 0342125566 2 Agroceres S Joaquim Bicas Tel 031 5341273 3 EMATERMG Sete Lagoas Tel0317710400 18120 Melão Ademir José Pereira 1 Rovilson José de Souza 2 Produtividade esperada 25000 a 35000 kgha Espaçamento 200 x 05 m Calagem Elevar a saturação por bases a 80 com calcário dolomítico ou magnesiano se inferior a 70 Adubação orgânica Adicionar 20 a 40 tha de esterco de curral curtido ou 5 a 10 tha de esterco de galinha 30 dias antes do plantio Aplicar na superfície do solo e incorporar até 20 cm de profundidade As maiores quantidades são para solos arenosos preferencialmente do esterco de curral Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 240 300 200 Média 200 250 170 Boa 160 200 140 Muito boa 120 100 100 Parcelamento da adubação NPK Nutriente Plantio 1a 2a 3a 4a 5a 6a do total indicado acima N 20 15 15 20 20 10 0 P 100 0 0 0 0 0 0 K 10 10 10 10 15 15 30 Aplicar todo o fósforo e parte dos fertilizantes que contêm NK nos sulcos ou covas 15 dias antes do plantio O restante dos fertilizantes com nitrogênio e potássio deve ser aplicado em cobertura a cada 10 dias Caso a cultura seja fertirrigada as quantidades de N e K devem ser distribuídas diariamente É recomendável aplicar a solução 5 gL de cloreto de cálcio e 15 gL de ácido bórico ou soluções quelatizadas em pulverizações foliares a partir do início do aparecimento dos frutos e a intervalos de 10 dias Podem ser aplicados juntos com os defensivos 1 Doutorando em AgronomiaFitotecniaUniversidade Federal de Lavras Tel 0358291301 2 Professor Departamento de Agronomia UFLA Tel 0358291301 18121 Milho Verde Francisco Morel Freire 1 Gonçalo Evangelista de França 2 Carlos Alberto Vasconcellos 2 Israel Alexandre Pereira Filho 2 Vera Maria Carvalho Alves 2 Gilson Villaça Exel Pitta 2 População 50000 plantasha Duas situações distintas a primeira faz referência a uma cultura em que se aproveitam somente as espigas na colheita permanecendo o restante da planta na área para posterior incorporação da sua palhada ao solo Na segunda situação além da exportação das espigas o restante da planta é utilizado para outra finalidade como na alimentação animal Calagem A quantidade de calcário a ser aplicada pode ser calculada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 tendo em conta que o valor de Y é variável em função da capacidade tampão da acidez X 25 e mt 10 ou pelo método da saturação por bases buscando elevála a 60 Adubação mineral NPK 1 Aproveitamento das espigas permanecendo o restante da planta na área Disponibilidade de P ou de K Doses para plantio Doses em cobertura N P2O5 K2O N kgha Baixa 2030 100 80 100120 Média 2030 70 60 100120 Boa 2030 40 40 100120 2 Retirada de toda planta da área Disponibilidade de P ou de K Doses para plantio Doses em cobertura N P2O5 K2O N K2O kgha Baixa 2030 120 60 140 80 Média 2030 80 60 140 40 Boa 2030 60 40 140 0 Sugerese parcelar a adubação nitrogenada em cobertura em função do tipo de solo e do número de folhas de milho totalmente desenvolvidas A 1 Pesquisador EPAMIGCPACO 2 Pesquisador EMBRAPACNPMS percentagem de N a ser aplicada em cada parcelamento de acordo com a textura do solo é mostrada a seguir Solo Número de folhas 6 8 12 Argiloso 50 0 50 Arenoso 50 25 25 Todo o potássio em cobertura deve ser aplicado juntamente com a primeira cobertura nitrogenada No caso de realizar alguma adubação orgânica as quantidades de nutrientes por ela adicionadas devem ser descontadas na recomendação de adubação Especialmente para o tipo de cultura em que há o aproveitamento de toda planta devese fazer um monitoramento periódico da fertilidade do solo pela análise química Aplicar de 30 a 50 kgha de S Caso não tenha sido utilizada alguma fonte de nutrientes no plantio que tenha enxofre em sua composição devese adicionálo na primeira cobertura nitrogenada e ou potássica Aplicar de 3 a 5 kgha de Zn 18122 Moranga Híbrida Vicente Wagner D Casali 1 Produtividade esperada 1200 kgha 480 sacos Espaçamento Entre fileiras 20 m entre covas 20 m Calagem Elevar a saturação por bases a 70 e o teor de magnésio do solo a um mínimo de 10 cmolcdm3 Adubação orgânica Aplicar 5 tha de esterco de curral curtido ou de composto orgânico ou 15 tha de esterco de aves curtido ou 05 tha de torta de mamona fermentada Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 80 50 60 Média 60 40 60 Boa 40 30 60 Muito boa 0 0 60 O fósforo deve ser aplicado todo 20 dias antes do plantio juntamente com o adubo orgânico o potássio e 13 do nitrogênio Em cobertura aplicase o restante do nitrogênio 20 dias após a germinação 1 Professor Titular Departamento de Fitotecnia UFV vwcasalimailufvbr 18123 Morango Dulcimara Carvalho Nannetti 1 Rovilson José de Souza 1 Produtividade esperada 50000 a 80000 kgha Espaçamento 025 x 025 m indústria e 030 x 030 m mesa Calagem Aplicar calcário quando a saturação por bases for inferior a 70 devendo elevála a 80 com calcário dolomítico ou magnesiano buscando elevar o teor de Mg no solo ao mínimo de 1 cmolcdm3 Adubação orgânica Aplicar 20 a 40 tha de esterco de curral curtido ou 5 a 10 tha de esterco de galinha 30 dias antes do plantio Aplicar na superfície do canteiro e incorporar até 20 cm de profundidade As maiores quantidades são para solos arenosos preferencialmente do esterco de curral Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 400 350 220 Média 300 250 220 Boa 200 150 220 Muito boa 100 80 220 Parcelamento da adubação NPK Nutriente Plantio 1a 2a 3a 4a 5a 6a do total indicado acima N 16 14 14 14 14 14 14 P 100 0 0 0 0 0 0 K 70 5 5 5 5 5 5 Aplicar todo o fósforo e parte dos fertilizantes que contêm NK 15 dias antes do plantio misturando nos 10 cm superiores do solo O restante dos fertilizantes com nitrogênio e potássio deve ser aplicado a cada mês Pelo menos a metade do potássio deve ser fornecida como sulfato de potássio É recomendável fazer quatro aplicações foliares de solução de uréia a 5 gL por semana a partir do plantio Caso haja produção de frutos deformados recomendamse três aplicações de solução de ácido bórico a 15 gL a cada semana durante o florescimento 1 Professores Departamento de Agronomia UFLA Tel 0358291301 18124 Pepino Fernando A Reis Filgueira 1 João Augusto de Avelar Filho 2 Iedo Valentim Carrijo 3 Produtividade esperada 30000 a 35000 kgha Espaçamento 10 x 04 a 06 m Calagem Aplicar calcário para elevar a saturação por bases a 75 e o teor de magnésio a 1 cmolcdm3 Adubação orgânica Aplicar 25 tha esterco de curral ou 8 tha de esterco de aves ou 25 tha de torta de mamona fermentada 20 a 30 dias antes do semeio ou transplantio das mudas Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Textura do Solo Dose Total Argilosa Média Arenosa Dose de P2O5 K2O N kgha Baixa 300 240 180 250 120 Média 240 180 120 180 120 Boa 180 120 60 120 120 Muito boa 120 60 0 601 120 1 Somente em cobertura Parcelamento da adubação NPK Plantio Aplicar junto com o adubo orgânico 30 do nitrogênio 40 do potássio e todo o fósforo recomendados Em solos deficientes acrescentar 1 kgha de B e 3 kgha de Zn Cobertura Aplicar o restante do nitrogênio e potássio 70 e 60 respectivamente parcelado em três vezes sendo a primeira 15 dias após o transplantio ou 20 dias após a germinação e as demais parcelas espaçadas de 20 dias uma da outra 1 Universidade Federal de Uberlândia Tel 0342125566 2 EMATERMG Sete Lagoas Tel0317710400 3 Agroceres S Joaquim Bicas Tel 031 5341273 18125 Pimentão Vicente Wagner D Casali 1 Paulo Cézar Rezende Fontes 2 Produtividade esperada 30000 kgha 3000 caixas K Espaçamento Entre fileiras 12 m a 10 m entre plantas 060 a 040 m Calagem Elevar a saturação por bases a 70 e o teor de magnésio do solo a um mínimo de 10 cmolcdm3 Adubação orgânica Aplicar 30 dias antes do plantio 25 tha de esterco de curral curtido ou de composto orgânico ou 5 tha de esterco de aves curtido ou 25 tha de torta de mamona fermentada Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 300 240 150 Média 240 180 150 Boa 100 80 150 Muito boa 50 01 150 1 Podemse colocar 80 kgha para repor a quantidade retirada pelos frutos Parcelamento da adubação NPK Nutriente Plantio 1a 2a 3a 4a 5a 6a do total indicado acima N 20 10 10 15 15 20 10 P 100 0 0 0 0 0 0 K 20 10 10 10 15 20 15 Aplicar parte dos fertilizantes que contêm NPK no sulco por ocasião do transplantio das mudas Aplicar o restante dos fertilizantes com nitrogênio e potássio em coberturas a cada 15 dias após o transplantio Sugerese aplicar micronutrientes ver 1811 1 Professor Titular Departamento de Fitotecnia UFV vwcasalimailufvbr 2 Professor Adjunto Departamento de Fitotecnia UFV pacerefomailufvbr 18126 Quiabo Luis Gomes Correia 1 João Augusto de Avelar Filho 2 Hiroshi Nagai 3 Produtividade esperada 15000 a 20000 kgha Espaçamento 10 x 020 a 030 m Calagem Aplicar calcário para elevar o índice de saturação por bases para 70 Adubação orgânica Aplicar 50 tha de esterco de curral curtido nos sulcos de plantio Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Textura do Solo Dose Total Argilosa Média Arenosa Dose de P2O5 K2O N kgha Baixa 240 200 160 240 120 Média 200 160 120 180 120 Boa 160 120 80 120 120 Muito boa 120 80 40 601 120 1 Somente em cobertura Parcelamento da adubação NPK Plantio Aplicar no plantio 20 do nitrogênio 40 do potássio e todo o fósforo recomendados Cobertura O restante do nitrogênio 80 e do potássio 60 deve ser parcelado em três vezes aos 20 40 e 60 dias da emergência das plântulas 1 EMATERMGBelo Horizonte Tel 0313498000 2 EMATERMGBelo Horizonte Tel 0317710400 3 Instituto Agronômico de Campinas IAC 18127 Repolho Paulo Cézar Rezende Fontes 1 Produtividade esperada 50000 kgha ou 2000 scha Espaçamento 08 x 03 m Calagem Aplicar calcário para elevar a saturação por bases do solo a 70 ou pelo método do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 com o valor de X 30 e mt 5 Adubação orgânica Adicionar 30 tha de esterco de curral curtido ou 8 tha de esterco de galinha nos sulcos de plantio Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Dose Total P2O5 K2O N kgha Baixa 400 240 150 Média 300 180 150 Boa 100 100 150 Muito boa 50 01 150 1 Podemse colocar 100 kgha para repor a quantidade retirada pelas cabeças Parcelamento da adubação NPK Nutriente Plantio 1o 2o 3o do total indicado acima N 20 20 30 30 P 100 0 0 0 K 20 20 30 30 1 Professor Adjunto Departamento de Fitotecnia UFV pacerefomailufvbr Aplicar todo o fósforo e parte dos fertilizantes que contêm NK no sulco por ocasião do transplantio das mudas Aplicar o restante dos fertilizantes com nitrogênio e potássio em coberturas aos 20 40 e 60 dias do transplantio Sugerese aplicar micronutrientes ver 1811 especialmente o boro no solo e o molibdênio via foliar 18128 Tomate 181281 Tomate Rasteiro Fernando AR Filgueira 1 Paulo C Obeid 2 Hélio J de Morais 3 Waldir V dos Santos 4 Vanderlei Barbosa 5 Produtividade esperada 70 tha de frutos com boas características agroindustriais Espaçamento Há duas opções para espaçamento em fileira simples 13 x 02 m em linhas duplas 13 x 05 x 02 m em ambos os casos utilizamse uma ou duas plantas por vez Calagem Aplicar calcário para elevar a saturação por bases do solo a 70 80 pH entre 60 e 65 Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Textura do Solo Dose Total Argilosa Média Arenosa Dose de P2O5 K2O N kgha Baixa 600 500 400 200 120 Média 500 400 300 150 100 Boa 400 300 200 100 80 Muito boa 300 200 100 60 50 1 Universidade Federal de Uberlândia Tel 0342125566 2 EMATERMG Uberlândia Tel 0342360122 3 Secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento Uberlândia Tel 0342392637 4 EMATERMG Uberlândia Tel 0342362088 5 Advance Consultoria Agronômica Presidente Prudente Tel 0189719662 Parcelamento da adubação NPK Idade da planta em dias após a semeadura direta Nutriente 0 2530 5060 Semeadura 1o 2o do total indicado acima N 20 40 40 P 70 30 0 K 50 30 20 A primeira aplicação de fertilizantes em cobertura é efetuada após o desbaste das plantas com leve incorporação promovida por capina mecânica ou amontoa Sugerese aplicar 2 a 3 kgha de B e 4 kgha de Zn no sulco em solos de baixa fertilidade 181282 Tomate tutorado Fernando AR Filgueira 1 Paulo C Obeid 2 Hélio J de Morais 3 Waldir V dos Santos 4 Ruy R Fontes 5 Produtividade esperada 100 tha de frutos de boa aceitação comercial Espaçamento 100 x 70 cm transplantandose 2 plantas por vez deixando se cada uma com a haste principal Calagem Elevar a saturação por bases do solo a 7080 pH entre 60 e 65 Adubação orgânica É recomendável Adubação mineral NPK Disponibilidade de P ou de K Textura do Solo Dose Total Argilosa Média Arenosa Dose de P2O5 K2O N kgha Baixa 1200 900 600 800 400 Média 1000 800 500 600 300 Boa 700 600 400 400 200 Muito boa 500 400 300 200 100 1 Universidade Federal de Uberlândia Tel 0342125566 2 EMATERMG Uberlândia Tel 0342360122 3 Secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento Uberlândia Tel 0342392637 4 EMATERMG Tel 0342362088 5 EMBRAPACNPH Brasília Tel 0613859121 Parcelamento da adubação NPK Nutriente Idade da planta em dias após a semeadura para obtenção de mudas 25 40 55 70 85 100 115 Plantio 1a 1 2a 3a 4a 5a 6a do total indicado acima N 10 10 10 20 20 15 15 P 70 30 0 0 0 0 0 K 10 15 15 20 20 15 5 1 A primeira aplicação de fertilizantes em cobertura é incorporada pela amontoa Aplicar 2 a 3 kgha de B e 4 kgha de Zn no sulco em solo de baixa fertilidade Caso ocorra podridão apical devemse pulverizar os frutos em formação com solução 6 gL de cloreto de cálcio comercial semanalmente enquanto persistir a ocorrência nos frutos novos A deficiência de magnésio amarelo baixeiro pode ser corrigida com pulverizações nas folhas de solução 15 gL de sulfato de magnésio duas a três vezes A adição de uréia 5 gL favorece a absorção foliar do magnésio O termofosfato magnesiano aplicado ao sulco de plantio pode substituir parte do adubo fosfatado mais solúvel e fornece quantidades apreciáveis de magnésio cálcio silício e micronutrientes 182 Sugestões de Adubação para Plantas Frutíferas 1821 Introdução Maurício de Souza 19 Paulo T Gontijo Guimarães 20 Janice Guedes de Carvalho 21 José Carlos Fragoas 22 A partir dos resultados da análise das amostras do solo e das recomendações básicas indicadas nos quadros de adubações é simples determinar a quantidade de fósforo e de potássio por aplicar É necessário porém conhecer as classes de interpretação da disponibilidade de fósforo e de potássio que classificam os solos em baixos médios e bons quanto a estes elementos Para isto serão utilizados os critérios de interpretação apresentados em 1811 indicados de acordo com as recomendações apresentadas no Cap 5 Com relação ao nitrogênio a análise do solo não apresenta dados sobre o nitrogênio disponível com a exatidão que seria necessária A análise foliar indicará com maior eficiência o estado de carência ou de suprimento de nitrogênio A observação do vigor vegetativo do número de flores vingadas e da cor das folhas fornece ótimas informações sobre a utilização do nitrogênio pelas plantas Os seguintes aspectos devem ser também considerados a Recomendase na instalação do pomar um bom preparo do solo usando subsolagens arações profundas e calagem com incorporação também profunda do calcário e das adubações corretivas de fósforo e de potássio b É recomendável que a quantidade de corretivos calculada com base na análise do solo no PRNT do material e na profundidade de incorporação seja distribuída e incorporada o mais profundamente possível em toda a área por meio de aração e gradagem na implantação do pomar Em pomares já instalados o calcário deve ser calculado para 10 cm de profundidade e incorporado com gradagem superficial c As dimensões da cova para o plantio dependem das características da planta e das características físicas e químicas do solo Em solos de baixa fertilidade natural a dimensão da cova deve ser a maior possível 19 Professor Titular aposentado UFLA 20 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 21 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 22 Pesquisador EPAMIGEMBRAPACTSM epamiguflabr d A época mais adequada para a aplicação de fertilizantes está contida nos quadros específicos a cada cultura e Os adubos nitrogenados não devem ser colocados na terra de enchimento da cova salvo exceções mencionadas para cada cultura f Os adubos nitrogenados devem ser localizados na área da projeção da copa da planta e aplicados levando em conta a quantidade de água disponível do solo g No caso das frutíferas caducifólias é recomendável o uso do adubo foliar após a colheita dos frutos principalmente no caso das variedades precoces h Os adubos fosfatados pouco solúveis fosfatos naturais farinha de ossos os adubos potássicos a matéria orgânica bem curtida e uma pequena quantidade complementar de corretivo quando necessário devem ser bem misturados com a terra de enchimento da cova As covas devem ser preparadas com pelo menos dois meses de antecedência ao plantio Os fosfatados solúveis em água devem ter uma aplicação mais localizada sem incorporação muito profunda i Sugerese utilizar metade da dose de P2O5 na forma de fosfato natural reativo com base no teor de P2O5 disponível j A época de plantio das frutíferas de clima temperado deve ser o período que precede o início da brotação a das frutíferas tropicais o início da estação chuvosa k As culturas perenes também podem apresentar problemas de deficiência de micronutrientes altamente limitantes para maiores produções Estudos detalhados e consultas a técnicos especializados no assunto devem ser feitos quando houver suspeita de tais deficiências l O boro e o zinco têm sido os micronutrientes que com maior freqüência se encontram em situação de deficiência em culturas nos solos originalmente sob vegetação de cerrado m O uso de estercos curtidos é recomendável bem como o uso de adubos verdes n Para a recomendação de adubação é imprescindível terse um histórico contendo informações tais como quantidades formulações e época das adubações já efetuadas produtividade qualidade da produção e resultados das análises de solo e de tecidos o Com vistas em avaliar a qualidade da produção é importante saber qual a proporção de caixas A para o total produzido 1822 Abacateiro Maurício de Souza 1 Paulo T Gontijo Guimarães 2 Janice Guedes de Carvalho 3 José Carlos Fragoas 4 Produtividade esperada 20000 kgha Espaçamento 75 a 100 m x 75 a 100 m Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 25 e mt 10 ver 821 ou para elevar a saturação por bases a 60 ver 822 Adubação de plantio e pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Plantio Outubro 0 90 60 30 30 20 10 Pósplantio Outubro 10 0 0 0 0 0 0 Janeiro 20 0 0 0 0 0 0 Março 0 0 0 0 30 20 10 Total 30 90 60 30 60 40 20 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 O plantio deve ser feito no início das chuvas outubro e novembro e a primeira adubação em cobertura deve ser realizada após o pegamento das mudas Recomendase aplicar ainda misturados à terra de enchimento da cova e aos fertilizantes 20 L de esterco de curral ou 5 L de esterco de galinha ou 2 L de torta de mamona 60 dias antes do plantio Podese ainda misturar à terra de enchimento da cova e aos fertilizantes 100 g de calcário dolomítico para cada tonelada aplicada em área total Sugerese usar metade da dose do P2O5 na forma de fosfato natural reativo com base no teor de P2O5 disponível 1 Professor Titular aposentado UFLA 2 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 4 Pesquisador EPAMIGEMBRAPACTSM epamiguflabr Adubação de crescimento e formação 1º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Outubro 20 0 0 0 0 0 0 Janeiro 40 0 0 0 0 0 0 Março 0 45 30 15 30 20 10 Total 60 45 30 15 30 20 10 2º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Outubro 20 0 0 0 0 0 0 Janeiro 40 0 0 0 0 0 0 Março 20 60 40 20 60 40 20 Total 80 60 40 20 60 40 20 3º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Outubro 40 0 0 0 0 0 0 Janeiro 40 0 0 0 0 0 0 Março 20 90 60 30 60 40 20 Total 100 90 60 30 60 40 20 2 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 Adubação de produção 4º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 3 Disponibilidade de K 3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Agosto 40 0 0 0 0 0 0 Outubro 80 0 0 0 30 20 10 Dezembro 60 0 0 0 60 40 20 Março 0 90 60 30 60 40 20 Total 180 90 60 30 150 100 50 5º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 3 Disponibilidade de K 3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Agosto 40 0 0 0 0 0 0 Outubro 80 0 0 0 30 20 10 Dezembro 60 0 0 0 60 40 20 Março 20 120 80 40 60 40 20 Total 200 120 80 40 150 100 50 6º ano Pósplantio em diante Época Dose de N Disponibilidade de P 3 Disponibilidade de K 3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Agosto 40 0 0 0 0 0 0 Outubro 80 0 0 0 60 40 20 Dezembro 60 0 0 0 90 60 30 Março 60 150 100 50 60 40 20 Total 240 150 100 50 210 140 70 3 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 A adubação fosfatada deve ser aplicada preferivelmente de forma localizada A cada três anos usar matéria orgânica No ano em que não ocorrer produção aplicar somente as recomendações de outubro Encontrando pela análise de solo teores de fósforo e de potássio baixos usar o total da adubação estabelecida se médios aplicar dois terços da adubação e se bons adicionar um terço das doses indicadas nas tabelas Aplicar um terço do total dos fertilizantes em cobertura para dentro da linha final de projeção da copa e os outros dois terços dos fertilizantes até meio metro para fora da projeção da copa De três em três anos fazer calagem levando em conta 10 cm de profundidade do solo A gradeação para incorporação do calcário deve ser feita no final das chuvas no outono 1823 Abacaxizeiro Maurício de Souza 1 Paulo T Gontijo Guimarães 2 Janice Guedes de Carvalho 3 José Carlos Fragoas 4 Produtividade esperada 50000 kgha Espaçamento 090 a 120 m entre linhas x 040 m entre linhas duplas x 030 m entre plantas Calagem aplicar calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da textura do solo X 2 e mt 15 ver 821 Adubação mineral Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta 9 3 2 1 15 10 5 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Adubação do sulco de plantio aplicar todo o P2O5 um terço do N e um terço do K2O Adubação em cobertura aplicar o restante do N e do K2O divididos em duas doses sendo o último terço no final das chuvas do ano seguinte bem próximo às plantas na linha de plantio Adubação da soca repetir a adubação aplicando adubo na axila das folhas velhas Usar o sulfato de potássio como fonte de potássio Encontrando pela análise de solo teores de fósforo ou de potássio baixos usar o total da adubação estabelecida se médios aplicar dois terços da adubação e se bons adicionar um terço da adubação estabelecida na tabela 1 Professor Titular aposentado UFLA 2 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 4 Pesquisador EPAMIGEMBRAPACTSM epamiguflabr 1824 Banana Prata Anã Maurício de Souza 1 Paulo T Gontijo Guimarães 2 Janice Guedes de Carvalho 3 José Carlos Fragoas 4 Produtividade esperada 10000 kgha Espaçamento 40 a 50 m x 20 m Calagem Aplicar sempre calcário dolomítico na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 3 e mt 10 ver 821 Adubação da cova de plantio Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova 120 80 40 90 60 30 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Sugerese usar metade da dose de P2O5 na forma solúvel em água e metade na forma de fosfato natural com base no teor de P2O5 disponível Recomendase ainda aplicar misturados à terra de enchimento da cova e aos fertilizantes 20 L de esterco de curral ou 5 L de esterco de galinha ou 2 L de torta de mamona 60 dias antes do plantio e 100 g de calcário dolomítico para cada tonelada aplicada na área total 1 Professor Titular aposentado UFLA 2 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 4 Pesquisador EPAMIGEMBRAPACTSM epamiguflabr Adubação de crescimento e frutificação Planta Mãe Épocas de Parcelamento Dose de N Disponibilidade de K2 Baixa Média Boa Dose de K2O gplanta A 20 0 0 0 B 80 180 120 60 C 140 240 160 80 Total 240 420 280 140 Planta Filha Época Dose de N Disponibilidade de P2 Disponibilidade de K2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta A 60 60 40 20 0 0 0 B 40 0 0 0 120 80 40 Total 100 60 40 20 120 80 40 3 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 Época dos parcelamentos da planta mãe A B e C são parcelamentos realizados nos períodos de pegamento da muda A dois meses após B e no aparecimento da inflorescência C Época do parcelamento da planta filha A referese à época em que se realiza a colheita da planta mãe e B passados dois meses da época A Aplicar sempre que possível 10 L de esterco de curral por touceira por ano Encontrando pela análise de solo teores de P ou de K baixos usar o total da adubação estabelecida se médios aplicar dois terços da adubação e se bons adicionar um terço da adubação estabelecida nas tabelas 1825 Citros Maurício de Souza 1 Paulo T Gontijo Guimarães 2 Janice Guedes de Carvalho 3 José Carlos Fragoas 4 Produtividade esperada 25000 kgha Espaçamento 80 x 50 m em média variável em função da variedade porte fertilidade do solo e manejo da cultura Calagem Fazer a calagem calculando a quantidade de calcário a ser aplicada para elevar a saturação por bases a 70 ou pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 3 e mt 5 ver 821 e 822 Na implantação do pomar calcular a quantidade para uma incorporação a 25 cm e em pomares já estabelecidos para uma incorporação a 10 cm ver 83 Adubação orgânica Aplicações de estercos curtidos são recomendadas bem como o uso de adubo verde Adubação para a formação de mudas a Adubação na sementeira convencional O substrato deve ter de preferência textura média e com teor médio de matéria orgânica Usar 50 gm2 de P2O5 localizados no sulco de semeadura ou 1300 gm3 de P2O5 incorporado no substrato Apenas quando necessário após o desbaste aplicar 1 Lm2 de solução com 1 gL de N na forma de nitrato Repetir a irrigação 45 dias após com a solução 2 gL de N b Adubação no viveiro No preparo do solo do viveiro fazer a calagem de acordo com a análise do solo Aplicar 20 g de P2O5 por m de sulco antes da repicagem Aplicar 300 g de esterco de galinha curtido por m incorporado entre plantas ao sinal de pegamento dos portaenxertos repicados Aplicar três vezes 4 g de N por m de sulco entre o vingamento do porta enxerto e a época da enxertia 1 Professor Titular aposentado UFLA 2 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 4 Pesquisador EPAMIGEMBRAPACTSM epamiguflabr Fazer pulverização foliar com uma solução 2 gL de N a partir de um mês após o pegamento do portaenxerto Repetir a pulverização foliar por mais quatro vezes de 20 em 20 dias aumentando a concentração da solução até 4 gL Usar de preferência nitratos c Adubação de tubetes Os tubetes depois de cheios com substrato e tendo de 60 a 80 cm3 de capacidade são usados para semear as sementes do portaenxerto que fica neles até a repicagem o que se dá quando tem 12 cm de altura É importante ainda considerar que O substrato ideal é aquele com baixa densidade rico em nutrientes com elevada CTC boa capacidade de retenção de água aeração e drenagem boa coesão entre as partículas ou aderência junto às raízes leve e preferencialmente estéril Devem ser usados 1300 g de P2O5 por m3 de substrato Depois do primeiro raleamento aplicamse 10 mL por tubete de solução de arranque 10 g de MAP 5 g de nitrato de potássio 12 g de cal hidratada por litro de solução a cada 10 dias d Adubação de citropotes Os citropotes depois de cheios com substrato e tendo 6 dm3 de capacidade são usados para a repicagem dos portaenxertos para a enxertia e formação final da muda com haste única o que deve acontecer 12 meses desde a semeadura dos portaenxertos O substrato do citropote deve ter as mesmas características do substrato usado nos tubetes Devem ser usados 1300 g de P2O5 por m3 de substrato A solução de arranque usada nos tubetes deve ser aplicada desde o pegamento do portaenxerto até a sua enxertia Adubação da lavoura Adubação de plantio e de pósplantio Épocas de Parcelamento Dose de N Disponibilidade de P1 Baixa Média Boa Dose de P2O5 gcova Plantio Outubro 0 120 80 40 Pósplantio Outubro 5 0 0 0 Novembro 5 0 0 0 Janeiro 10 0 0 0 Março 5 15 10 5 Total 25 135 90 45 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Por ocasião do plantio aplicar dois terços do fósforo na forma solúvel em água e um terço na forma de fosfato natural reativo com base no teor de P disponível Adubação orgânica aplicar 20 L de esterco de curral ou 8 L de esterco de galinha por cova curtidos 60 dias antes do plantio Adubação nitrogenada a primeira aplicação de N é feita aos primeiros sinais de brotações das mudas Adubação de cobertura 1º ao 3º ano pósplantio ano época e quantidade de nutrientes por planta cítrica 1º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Setembro 20 0 0 0 0 0 0 Novembro 20 30 20 10 0 0 0 Janeiro 30 0 0 0 15 10 5 Abril 0 0 0 0 15 10 5 Total 70 30 20 10 30 20 10 2º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Setembro 40 0 0 0 0 0 0 Novembro 40 90 60 30 0 0 0 Janeiro 50 0 0 0 30 20 10 Abril 0 0 0 0 30 20 10 Total 130 90 60 30 60 40 20 3º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Setembro 40 0 0 0 0 0 0 Novembro 60 90 60 30 0 0 0 Janeiro 60 0 0 0 30 20 10 Abril 0 0 0 0 60 40 20 Total 160 90 60 30 90 60 30 2 Utilizar os critérios de interpretação indicados no Cap 5 Aplicação dos adubos os adubos devem ser aplicados quando o solo estiver úmido Adubação potássica quando o portaenxerto for Cleópatra aplicamse apenas 30 gplanta de K2O por ano durante esses três anos Adubação fosfatada usar um terço do P2O5 como fosfato natural ou equivalente com base no teor de P2O5 disponível Calagem depois do plantio de três em três anos tirase uma amostra composta da área adubada e outra do centro das entrelinhas das plantas para verificar a necessidade de calagem Adubação de cobertura do 4º ao 6º anos pósplantio e anos seguintes 4º ano Pósplantio Estádio de desenvolvimento Dose de N Disponibilidade de P 3 Disponibilidade de K 3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta A 60 0 0 0 0 0 0 B 80 150 100 50 0 0 0 C 100 0 0 0 90 60 30 D 0 0 0 0 90 60 30 Total 240 150 100 50 180 120 60 5º ano Pósplantio Estádio de desenvolvimento Dose de N Disponibilidade de P 3 Disponibilidade de K 3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta A 80 0 0 0 0 0 0 B 140 210 140 70 0 0 0 C 120 0 00 0 120 80 40 D 0 0 0 0 120 80 40 Total 340 210 140 70 240 160 80 6º ano Pósplantio Estádio de desenvolvimento Dose de N Disponibilidade de P 3 Disponibilidade de K 3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta A 80 0 0 0 0 0 0 B 160 150 100 50 0 0 0 C 140 0 0 0 150 100 50 D 0 0 0 0 150 100 50 Total 380 150 100 50 300 200 100 3 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 Adubação de cobertura suplementar as do 6º ano póscolheita e anos seguintes Adubação suplementar 1 Estádio de desenvolvimento Dose de N Disponibilidade de P 4 Disponibilidade de K 4 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta A 0 0 0 0 0 0 0 B 0 30 20 10 0 0 0 C 0 0 0 0 0 0 0 D 80 0 0 0 90 60 30 Total 80 30 20 10 90 60 30 Adubação suplementar 2 Estádio de desenvolvimento Dose de N Disponibilidade de P 4 Disponibilidade de K 4 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta A 0 0 0 0 0 0 0 B 0 30 20 10 0 0 0 C 0 0 0 0 0 0 0 D 60 0 0 0 60 40 20 Total 60 30 20 10 60 40 20 4 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 Doses dos nutrientes são recomendadas em função da expectativa de produção de três caixas de 408 kg por planta da idade da planta do estádio vegetativo e com base nos teores determinados pela análise da amostra do solo Estádios A dias antes da floração agosto B logo após a queda das pétalas C frutos em crescimento D frutos de vez Adubações suplementares 1 e 2 estas adubações suplementares devem ser aplicadas em adição à adubação do 6º ano e anos posteriores e calculadas por caixa quando a produção for superior a três caixas de 408 kg por planta Adubação suplementar 1 para laranjeiras pomeleiros limeiras e limoeiros Adubação suplementar 2 para tangerineiras Adubação nitrogenada no caso da recomendação de nitrogênio predizem se pela análise foliar com base na matéria seca as variações nas quantidades por aplicar São retiradas 100 folhas com pecíolo de quatro a sete meses de idade sem rasgaduras marcas de pragas e ou doenças de tamanho homogêneo da parte média dos ramos terminais sem frutos e do surto primaveril A amostra composta 100 folhas é tirada de dez amostras simples de 10 folhas cada para o talhão ou quadra de plantas A folha é retirada de cada planta ao acaso alternadose as posições na planta de acordo com os quadrantes e a uma altura de 150 a 170 m As doses de nitrogênio são designadas pelo resultado da análise foliar Tendose 24 a 27 dagkg de N aplicase o total da dose indicada no quadro de recomendações Para cada 1 décimo acima de 27 dagkg subtrair 60 g de N do total e para cada 1 décimo abaixo de 24 dagkg aumentar 30 g na quantidade de nitrogênio indicada no quadro Micronutrientes constatada a deficiência de zinco e manganês usar por via foliar solução cuja concentração final não ultrapasse os 15 gL de sais pulverizandoa a alto volume com espalhante adesivo O estádio ideal para a pulverização é quando as brotações estiverem com um terço do tamanho final e o solo úmido Para corrigir a carência de boro usar bórax na dose de 80 gplanta aplicado ao solo A deficiência de magnésio é muito comum nos citros Assim para prevenila devese aplicar corretivos contendo este nutriente Quando a deficiência for persistente e a correção urgente aplicar sulfato de magnésio 4 gL por via foliar Encontrando pela análise de solo disponibilidade de fósforo ou de potássio em teores baixos usar o total da adubação se em teores médios aplicar dois terços da adubação e se em teores bons adicionar um terço da adubação estabelecida na tabela 1826 Figueira Maurício de Souza 1 Paulo T Gontijo Guimarães 2 Janice Guedes de Carvalho 3 José Carlos Fragoas 4 Produtividade esperada 7000 kgha Espaçamento 25 x 20 m 2000 plantasha Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 3 e mt 5 ver 821 Adubação de plantio e de pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Plantio Junho a Setembro 0 90 60 30 60 40 20 Pósplantio Junho a Setembro 10 0 0 0 0 0 0 Outubro 10 0 0 0 0 0 0 Dezembro 20 0 0 0 0 0 0 Abril 0 0 0 0 30 20 10 Total 40 90 60 30 90 60 30 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Recomendase aplicar misturados à terra de enchimento da cova e aos fertilizantes 20 L de esterco de curral ou 5 L de esterco de galinha ou 2 L de torta de mamoma 60 dias antes do plantio e 100 g de calcário dolomítico para cada tonelada aplicada em área total Fazendo a adubação orgânica nessas quantidades dispensase a adubação com potássio na cova de plantio uma vez que sua quantidade nestas fontes supre as necessidades iniciais da planta Sugerese utilizar metade da dose de P2O5 na forma de fosfato natural reativo com base no teor de P2O5 disponível No plantio devese utilizar muda de raiz nua ou a estaca no local definitivo A primeira adubação em cobertura deverá ser realizada após o início da brotação 1 Professor Titular aposentado UFLA 2 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 4 Pesquisador EPAMIGEMBRAPACTSM epamiguflabr Adubação de crescimento e formação 1º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 20 0 0 0 0 0 0 Outubro 20 0 0 0 0 0 0 Dezembro 20 0 0 0 30 20 10 Abril a Junho 0 90 60 30 60 40 20 Total 60 90 60 30 90 60 30 2º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 20 0 0 0 0 0 0 Outubro 40 0 0 0 0 0 0 Dezembro 30 0 0 0 60 40 30 Abril a Junho 0 90 60 30 60 40 30 Total 90 90 60 30 120 80 60 Adubação de produção 3º ano Pósplantio e anos seguintes Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 30 0 0 0 0 0 0 Outubro 40 0 0 0 0 0 0 Dezembro 50 0 0 0 60 40 20 Abril a Junho 0 90 60 30 90 60 30 Total 120 90 60 30 150 100 50 2 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 Adubação suplementar Época Dose de N Disponibilidade de P 3 Disponibilidade de K 3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 20 0 0 0 0 0 0 Outubro 20 0 0 0 0 0 0 Dezembro 0 0 0 0 30 20 10 Abril a Junho 0 30 20 10 60 40 20 Total 40 30 20 10 90 60 30 3 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 A adubação suplementar referese à adubação a ser acrescida por planta para cada 5 kg de produção além dos primeiros 10 kg Fazer as adubações em toda a área de projeção da copa das plantas Fazer as adubações nitrogenadas com o solo úmido A cada três anos fazer a adubação orgânica As eventuais deficiências de micronutrientes serão supridas de acordo com as necessidades Como o sistema radicular é superficial usar cobertura morta evitando danos às raízes pelas práticas de cultivo Encontrando pela análise de solo teores de fósforo ou de potássio em baixa disponibilidade usar o total da adubação estabelecida se em teores médios aplicar dois terços da adubação e se em teores bons adicionar um terço da adubação estabelecida nas tabelas 1827 Goiabeira Maurício de Souza 1 Paulo T Gontijo Guimarães 2 Janice Guedes de Carvalho 3 José Carlos Fragoas 4 Produtividade esperada 6000 kgha Espaçamento 60 x 60 m Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 3 e mt 5 ou para elevar a saturação por bases a 70 ver 82 Adubação de plantio e de pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Plantio Outubro 0 90 60 30 30 20 10 Pósplantio Outubro 20 0 0 0 0 0 0 Janeiro 40 0 0 0 30 20 10 Março 20 0 0 0 30 20 10 Total 80 90 60 30 90 60 30 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Recomendase aplicar também misturados à terra de enchimento da cova e aos fertilizantes 20 L de esterco de curral ou 5 L de esterco de galinha ou 2 L de torta de mamona 60 dias antes do plantio e 100 g de calcário dolomítico para cada tonelada aplicada em área total Sugerese usar metade de dose de P2O5 na forma de fosfato solúvel em água e metade na forma de fosfato natural reativo com base no teor de P2O5 disponível A primeira adubação em cobertura deve ser feita após o pegamento das mudas Adubação de crescimento e formação 1º ano Pósplantio 1 Professor Titular aposentado UFLA 2 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 4 Pesquisador EPAMIGEMBRAPACTSM epamiguflabr Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Outubro 20 90 60 30 0 0 0 Janeiro 40 0 0 0 60 40 20 Abril 20 0 0 0 30 20 10 Total 80 90 60 30 90 60 30 2º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Outubro 60 90 60 30 0 0 0 Janeiro 40 0 0 0 60 40 20 Abril 20 0 0 0 60 40 20 Total 120 90 60 30 120 80 40 Adubação de produção 3º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Outubro 30 120 80 40 0 0 0 Janeiro 100 0 0 0 90 60 30 Abril 20 0 0 0 60 40 20 Total 150 120 80 40 150 100 50 2 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 A adubação fosfatada deve ser feita preferencialmente de forma localizada e em profundidade A cada três anos usar adubo orgânico As eventuais deficiências de micronutrientes deverão ser supridas de acordo com as necessidades Encontrando pela análise de solo disponibilidade de P ou de K em teores baixos usar o total da adubação estabelecida se em teores médios aplicar dois terços da adubação e se em teores bons adicionar um terço da adubação recomendada nas tabelas 1828 Macieira Marmeleiro e Pereira Maurício de Souza 1 Paulo T Gontijo Guimarães 2 Janice Guedes de Carvalho 3 José Carlos Fragoas 4 Produtividade esperada 10000 a 13000 kgha Espaçamento Macieira 40 x 20 m 1250 plantasha Marmeleiro 50 x 30 m 650 plantasha Pereira 40 x 20 m 1250 plantasha Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 3 e mt 5 Adubação de plantio e de pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Plantio Junho a Setembro 10 60 40 20 90 60 30 Pósplantio Outubro 20 0 0 0 0 0 0 Dezembro 10 0 0 0 0 0 0 Abril 0 0 0 0 30 20 10 Total 40 60 40 20 120 80 40 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Recomendase aplicar misturados à terra de enchimento da cova e aos fertilizantes 20 L de esterco de curral ou 5 L de esterco de galinha ou 2 L de torta de mamona 60 dias antes do plantio e 100 gramas de calcário dolomítico para cada tonelada aplicada em área total Sugerese usar metade da dose P2O5 na forma de fosfato solúvel em água e metade na forma de fosfato natural com base no teor de P2O5 disponível A primeira adubação em cobertura deve ser realizada após o pegamento das mudas 1 Professor Titular aposentado UFLA 2 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 4 Pesquisador EPAMIGEMBRAPACTSM epamiguflabr Adubação de crescimento e formação 1º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 10 0 0 0 0 0 0 Outubro 30 0 0 0 0 0 0 Dezembro 20 60 40 20 30 20 10 Abril 0 0 0 0 60 40 20 Total 60 60 40 20 90 60 30 2º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 20 0 0 0 0 0 0 Outubro 30 0 0 0 0 0 0 Dezembro 30 0 0 0 60 40 20 Abril 0 60 40 20 120 80 40 Total 80 60 40 20 180 120 60 3º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 20 0 0 0 0 0 0 Outubro 30 0 0 0 0 0 0 Dezembro 30 0 0 0 60 40 20 Abril 0 60 40 20 120 80 40 Total 80 60 40 20 180 120 60 2 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 Adubação de produção 4º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P3 Disponibilidade de K3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Inchamento das gemas 0 0 0 0 0 0 0 40 dias após 20 0 0 0 0 0 0 30 dias após 20 0 0 0 0 0 0 30 dias após 20 0 0 0 60 40 20 Pós Colheita 40 90 60 30 120 80 40 Total 100 90 60 30 180 120 60 5º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P3 Disponibilidade de K3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Inchamento das gemas 0 0 0 0 0 0 0 40 dias após 20 0 0 0 0 0 0 30 dias após 30 0 0 0 0 0 0 30 dias após 40 0 0 0 60 40 20 Pós Colheita 40 120 80 40 150 100 50 Total 130 120 80 40 210 140 70 6º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P3 Disponibilidade de K3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Inchamento das gemas 0 0 0 0 0 0 0 40 dias após 30 0 0 0 0 0 0 30 dias após 40 0 0 0 0 0 0 30 dias após 40 0 0 0 60 40 20 Pós Colheita 50 150 100 50 120 80 40 Total 160 150 100 50 180 120 60 3 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 Adubação Suplementar Época Dose de N Disponibilidade de P4 Disponibilidade de K4 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Inchamento das gemas 0 0 0 0 0 0 0 40 dias após 10 0 0 0 0 0 0 30 dias após 20 0 0 0 0 0 0 30 dias após 20 0 0 0 0 0 0 Pós Colheita 20 30 20 10 60 40 20 Total 70 30 20 10 60 40 20 4 Utilizar os critérios de interpretação indicados no Cap 5 Adubação suplementar deve ser acrescentada por planta para cada 10 kg de produção além dos primeiros 15 kg produzidos A adubação com fósforo deve ser realizada de preferência de forma localizada e em profundidade A cada três anos usar adubo orgânico Aplicar os fertilizantes na área total da projeção da copa até meio metro para fora Eventuais deficiências de micronutrientes constatadas pela análise foliar e observações visuais devem ser corrigidas com produtos comerciais adequados Encontrando pela análise de solo teores de P e ou de K em baixa disponibilidade usar o total da adubação estabelecida se em teores médios aplicar dois terços da adubação e se em teores bons adicionar um terço da adubação estabelecida nos quadros Em razão das exigências nutricionais da macieira e pereira podem ser acrescentados como adubação foliar Cálcio Cinco a dez pulverizações quinzenais com 6 gL de CaCl2 em plantas já em produção Magnésio Duas a cinco pulverizações quinzenais com 20 a 30 gL de MgSO47H2O Zinco Duas a cinco pulverizações quinzenais com 2 gL de ZnSO47H2O ou usar fungicidas que contenham o Zn Com altas temperaturas ao se aplicar o ZnSO47H2O devese adicionar 2 gL de CaOH2 para evitar fitotoxidez Boro Duas a três aplicações quinzenais com 4 gL de ácido bórico ou 2 gL de solubor O boro e o magnésio devem ser aplicados só quando o teor foliar estiver abaixo do normal ou apresentar sintomas visíveis de suas deficiências As pulverizações devem ser feitas a partir do estádio de fruto com 1 cm de diâmetro Para melhor orientar as adubações do pomar a diagnose foliar pode ser realizada utilizando os seguintes critérios Interpretação de resultados de análise foliar para macieira e pereira Nutriente Faixa de interpretação Insuficiente Baixo Normal Alto Excessivo Macro dagkg 1 N 170 170199 200250 251300 300 P 010 010014 015030 030 K 080 080119 120150 151200 200 Ca 080 080109 110170 170 Mg 020 020024 025045 045 Micro mgkg 2 Fe 50 50250 250 Mn 20 2029 30130 131200 200 Zn 15 1519 20100 100 Cu 3 3 4 5 30 31 50 50 B 20 2140 41 50 51 140 140 1 dagkg mm 2 mgkg ppm mm 1829 Mamoeiro Maurício de Souza 1 Paulo T Gontijo Guimarães 2 Janice Guedes de Carvalho 3 José Carlos Fragoas 4 Produtividade esperada 50 tha Espaçamento 20 x 30 m 1667 plantasha Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez X 35 e mt 5 ver 821 ou para elevar a saturação por bases a 80 ver 822 Adubação de plantio e de pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Plantio Outubro 0 60 40 20 30 20 10 Pós plantio Outubro 20 0 0 0 0 0 0 Janeiro 20 0 0 0 60 40 20 Fevereiro 20 0 0 0 0 0 0 Abril 40 0 0 0 0 0 0 Total 100 60 40 20 90 60 30 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Considerase outubro o mês ótimo para o plantio e a primeira adubação em cobertura deve ser realizada após o pegamento da muda Recomendase aplicar misturados à terra de enchimento da cova e aos fertilizantes 20 L de esterco de curral ou 5 L de esterco de galinha ou 2 L de torta de mamona 60 dias antes do plantio e 100 g de calcário dolomítico para cada tonelada aplicada em área total É aconselhável a aplicação de metade da dose de P2O5 na forma de fosfato solúvel em água e metade na forma de fosfato natural reativo com base no teor de P2O5 disponível 1 Professor Titular aposentado UFLA 2 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 4 Pesquisador EPAMIGEMBRAPACTSM epamiguflabr Adubação de frutificação Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Outubro 20 30 20 10 30 20 10 Dezembro 30 0 0 0 30 20 10 Fevereiro 30 0 0 0 30 20 10 Total 80 30 20 10 90 60 30 2 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 Em solos comprovadamente deficientes em boro e ou em zinco aplicar 5 g de bórax e ou 10 g de sulfato de zinco por cova Aplicar o adubo nitrogenado de preferência uréia em cobertura todo ele até um metro da linha de projeção da copa Encontrando pela análise de solo teores de fósforo ou de potássio em baixa disponibilidade usar o total da adubação estabelecida se em teores médios aplicar dois terços da adubação e se em teores bons adicionar um terço da adubação recomendada nas tabelas 18210 Mangueira Maurício de Souza1 Paulo T Gontijo Guimarães2 Janice Guedes de Carvalho3 José Carlos Fragoas4 Produtividade esperada 10000 kgha Espaçamento 60 a 80 x 100 m Calagem Aplicar calcário dolomítico na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 25 e mt 10 ver 821 Adubação de plantio e de pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Plantio Outubro 0 60 40 20 30 20 10 Pós plantio Outubro 10 0 0 0 0 0 0 Janeiro 20 0 0 0 0 0 0 Março 20 0 0 0 30 20 10 Total 50 60 40 20 60 40 20 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Considerase outubro o mês ótimo para o plantio a primeira adubação em cobertura deve ser feita após o pegamento das mudas Recomendase aplicar misturados à terra de enchimento da cova e aos fertilizantes 20 L de esterco de torta de mamona 60 dias antes do plantio e 100 g de calcário dolomítico para cada tonelada aplicada em área total É aconselhável o uso de metade da dose de P2O5 na forma de fosfato solúvel em água e metade na forma de fosfato natural com base no teor de P2O5 disponível Adubação de crescimento e formação 1º ano Pósplantio 1 Professor Titular aposentado UFLA 2 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 4 Pesquisador EPAMIGEMBRAPACTSM epamiguflabr Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Outubro 40 90 60 30 0 0 0 Janeiro 40 0 0 0 60 40 20 Março 20 0 0 0 60 40 20 Total 100 90 60 30 120 80 40 2º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Outubro 50 120 80 40 0 0 0 Janeiro 50 0 0 0 60 40 20 Março 50 0 0 0 90 60 30 Total 150 120 80 40 150 100 50 3º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Outubro 70 150 100 50 90 60 30 Janeiro 70 0 0 0 90 60 30 Março 60 0 0 0 90 60 30 Total 200 150 100 50 270 180 90 2 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 Adubação de produção 4º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 3 Disponibilidade de K 3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta A 20 0 0 0 30 20 10 B 80 150 100 50 90 60 30 C 100 0 0 0 90 60 30 Total 200 150 100 50 210 140 70 5º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 3 Disponibilidade de K 3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta A 30 0 0 30 20 10 B 100 150 100 50 120 80 40 C 100 0 0 0 90 60 30 Total 230 150 100 50 240 160 80 6º ano Pósplantio e anos seguintes Época Dose de N Disponibilidade de P 3 Disponibilidade de K 3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta A 50 0 0 0 60 40 20 B 150 150 100 50 150 100 50 C 150 0 0 0 150 100 50 Total 350 150 100 50 360 240 120 3 Utilizar os critérios de interpretação indicados no Cap 5 Estádios de desenvolvimento A adubação que precede a floração B após o pegamento dos frutos e C após a colheita No ano em que não ocorrer produção suprimir as aplicações referentes às épocas B e C Encontrando pela análise de solo teores de fósforo ou de potássio em baixa disponibilidade usar o total da adubação estabelecida se em teores médios aplicar dois terços da adubação e se em teores bons adicionar um terço da adubação recomendada nas tabelas 18211 Maracujazeiro Maurício de Souza 1 Paulo T Gontijo Guimarães 2 Janice Guedes de Carvalho 3 José Carlos Fragoas 4 Produtividade esperada 5000 kgha 1ª safra 25000 kgha 2ª safra e 15000 kgha 3ª safra Espaçamento 30 m entre linhas e 50 m entre plantas Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 3 e mt 5 ver 821 Adubação de plantio e de pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Plantio Outubro 0 60 40 20 0 0 0 Pós plantio Novembro 30 0 0 0 0 0 0 Janeiro 40 0 0 0 30 20 10 Março 0 0 0 0 60 40 20 Total 70 60 40 20 90 60 30 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Recomendase aplicar misturados à terra de enchimento da cova e aos fertilizantes 20 L de esterco de curral ou 5 L de esterco de galinha ou 2 L de torta de mamona 60 dias antes do plantio e 100 g de calcário dolomítico para cada tonelada em área total Sugerese usar metade da dose de P2O5 na forma de fosfato solúvel em água e metade na forma de fosfato natural reativo com base no teor de P2O5 disponível 1 Professor Titular aposentado UFLA 2 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 4 Pesquisador EPAMIGEMBRAPACTSM epamiguflabr Adubação de frutificação 1º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Novembro 20 0 0 0 0 0 0 Janeiro 60 0 0 0 90 60 30 Março 40 60 40 20 150 100 50 Total 120 60 40 20 240 160 80 2º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Novembro 40 0 0 0 90 60 30 Janeiro 40 90 60 30 90 60 30 Março 60 0 0 0 90 60 30 Total 140 90 60 30 270 180 90 Adubação após a poda de restauração Adubação após a poda Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 20 60 40 20 0 0 0 Novembro 0 0 0 0 0 0 0 Janeiro 20 0 0 0 60 40 20 Março 20 0 0 0 0 0 0 Total 60 60 40 20 60 40 20 2 Utilizar os critérios de interpretação indicados no Cap 5 No caso de restaurar a cultura recomendase esta adubação no período de crescimento e formação Encontrando pela análise de solo teores de fósforo ou de potássio baixos usar o total da adubação estabelecida se médios aplicar dois terços da adubação e se bons adicionar um terço da adubação indicada nas tabelas 18212 Nespereira Maurício de Souza 1 Paulo T Gontijo Guimarães 2 Janice Guedes de Carvalho 3 José Carlos Fragoas 4 Produtividade esperada 2000 kgha Espaçamento 50 a 60 m x 70 a 80 m 200 a 280 plantasha Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 3 e mt 5 ver 821 ou para elevar a saturação por bases a 70 ver 822 Adubação de plantio e de pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Plantio Setembro 0 60 40 30 30 20 10 Pós plantio Setembro 10 0 0 0 0 0 0 Janeiro 10 0 0 0 0 0 0 Fevereiro 10 0 0 0 0 0 0 Total 30 60 40 30 30 20 10 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Sugerese o uso de duas fontes de fertilizantes fosfatados metade solúvel em água e metade na forma de fosfato natural com base no teor de P2O5 disponível Recomendase aplicar misturados à terra de enchimento da cova e aos fertilizantes 20 L de esterco de curral ou 5 L de esterco de galinha ou 2 L de torta de mamona 60 dias antes do plantio e 100 g de calcário dolomítico para cada tonelada aplicada em área total A primeira adubação de cobertura deve ser feita após o pegamento da muda 1 Professor Titular aposentado UFLA 2 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 4 Pesquisador EPAMIGEMBRAPACTSM epamiguflabr Adubação de crescimento e formação 1º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 0 60 40 20 60 40 20 Janeiro 20 0 0 0 0 0 0 Fevereiro 10 0 0 0 0 0 0 Abril 10 0 0 0 0 0 0 Total 40 60 40 20 60 40 20 2º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 0 60 40 20 60 40 20 Janeiro 20 0 0 0 0 0 0 Fevereiro 20 0 0 0 0 0 0 Abril 10 0 0 0 0 0 0 Total 50 60 40 20 60 40 20 3º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 0 90 60 30 60 40 20 Janeiro 10 0 0 0 0 0 0 Fevereiro 30 0 0 0 0 0 0 Abril 20 0 0 0 0 0 0 Total 60 90 60 30 60 40 20 2 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 Adubação de produção 4º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 3 Disponibilidade de K 3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 0 90 60 30 0 0 0 Janeiro 20 0 0 0 0 0 0 Fevereiro 30 0 0 0 0 0 0 Abril 30 0 0 0 90 60 30 Maio 20 0 0 0 90 60 30 Total 100 90 60 30 180 120 60 5º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 3 Disponibilidade de K 3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 0 90 60 30 0 0 0 Janeiro 40 0 0 0 0 0 0 Fevereiro 50 0 0 0 0 0 0 Abril 30 0 0 0 120 80 40 Maio 20 0 0 0 60 40 20 Total 140 90 60 30 180 120 60 6º ano Pósplantio e anos seguintes Época Dose de N Disponibilidade de P 3 Disponibilidade de K 3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 0 90 60 30 0 0 0 Janeiro 60 0 0 0 0 0 0 Fevereiro 90 0 0 0 0 0 0 Abril 60 0 0 0 120 80 40 Maio 30 0 0 0 90 60 30 Total 240 90 60 30 210 140 70 3 Utilizar os critérios de interpretação indicados no Cap 5 Eventuais deficiências de micronutrientes detectadas pela análise foliar ou pela observação visual devem ser corrigidas por meio de produtos comerciais Encontrando pela análise de solo teores de fósforo ou de potássio baixos usar o total da adubação recomendada se médios aplicar dois terços da adubação e se bons adicionar um terço da adubação estabelecida nas tabelas 18213 Nogueira Pecã Maurício de Souza 1 Paulo T Gontijo Guimarães 2 Janice Guedes de Carvalho 3 José Carlos Fragoas 4 Produtividade esperada 600 kgha Espaçamento 120 x 140 m 60 plantasha Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 3 e mt 5 ver 821 Adubação de plantio e de pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Plantio Setembro 0 60 40 20 15 10 5 Pósplantio Setembro 20 0 0 0 0 0 0 Outubro 20 0 0 0 0 0 0 Dezembro 0 0 0 0 30 20 10 Total 40 60 40 20 45 30 15 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Sugerese o uso de duas fontes de fertilizantes fosfatados metade solúvel em água e metade na forma de fosfato natural reativo com base no teor de P2O5 disponível Recomendase aplicar misturados à terra de enchimento da cova 20 L de esterco de curral ou 5 L de esterco de galinha ou 2 L de torta de mamona 60 dias antes do plantio e 100 g de calcário dolomítico para cada tonelada em área total A primeira adubação em cobertura deve ser feita após o período de pegamento das mudas 1 Professor Titular aposentado UFLA 2 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 4 Pesquisador EPAMIGEMBRAPACTSM epamiguflabr Adubação de crescimento e formação 1º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 20 0 0 0 0 0 0 Outubro 40 0 0 0 0 0 0 Dezembro 0 0 0 0 30 20 10 Abril 0 60 40 20 30 20 10 Total 60 60 40 20 60 40 20 2º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 20 0 0 0 0 0 0 Outubro 40 0 0 0 0 0 0 Dezembro 0 0 0 0 60 40 20 Abril 0 0 0 0 30 20 10 Total 60 0 0 0 90 60 30 3º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 20 0 0 0 0 0 0 Outubro 40 0 0 0 0 0 0 Dezembro 20 0 0 0 60 40 20 Abril 0 60 40 20 60 40 20 Total 80 60 40 20 120 80 40 2 Utilizar os critérios de interpretação indicados no Cap 5 No 4º ano pósplantio usar N e K2O em quantidades iguais às do 3º ano e não usar P2O5 A partir do 4º ano usar 130 g de sulfato de zinco por planta aplicado no solo em outubro Aplicar o sulfato de zinco localizado sem misturar Adubação de produção 5º ano Pósplantio e anos seguintes Época Dose de N Disponibilidade de P 3 Disponibilidade de K 3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Novembro 90 0 0 0 0 0 0 Dezembro 30 0 0 0 120 80 40 Abril 0 120 80 40 60 40 20 Total 120 120 80 40 180 120 60 3 Utilizar os critérios de interpretação indicados no Cap 5 A cada três anos fazer a adubação orgânica Encontrando pela análise de solo teores de fósforo ou de potássio baixos aplicar o total da adubação estabelecida se médios usar dois terços da adubação e se bons adicionar um terço da adubação recomendada nas tabelas 18214 Macadâmia Maurício de Souza 1 Paulo T Gontijo Guimarães 2 Janice Guedes de Carvalho 3 José Carlos Fragoas 4 Produtividade esperada 6000 kgha Espaçamento 100 x 60 m 166 plantasha Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 3 e mt 5 ver 821 Adubação de plantio e de pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Plantio Novembro 0 60 40 20 15 10 5 Pósplantio Dezembro 10 0 0 0 0 0 0 Janeiro 10 0 0 0 0 0 0 Março 10 0 0 0 15 10 5 Total 30 60 40 20 30 20 10 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Sugerese o uso de duas fontes de fertilizantes fosfatados metade solúvel em água e metade na forma de fosfato natural com base no teor de P2O5 disponível Recomendase aplicar misturados à terra de enchimento da cova 20 L de esterco de curral curtido ou 5 L de esterco de galinha ou 2 L de torta de mamona 60 dias antes do plantio A primeira adubação em cobertura deve ser feita após o período de pegamento das mudas 1 Professor Titular aposentado UFLA 2 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 4 Pesquisador EPAMIGEMBRAPACTSM epamiguflabr Adubação de crescimento e formação 1º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 10 0 0 0 0 0 0 Novembro 10 0 0 0 0 0 0 Dezembro 10 0 0 0 15 10 5 Março 10 30 20 10 15 10 5 Total 40 30 20 10 30 20 10 2º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 20 0 0 0 0 0 0 Novembro 20 0 0 0 0 0 0 Dezembro 20 0 0 0 30 20 10 Março 20 30 20 10 15 10 5 Total 80 30 20 10 45 30 15 3º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 20 0 0 0 0 0 0 Novembro 20 0 0 0 0 0 0 Dezembro 30 0 0 0 30 20 10 Março 20 30 20 10 15 10 5 Total 90 30 20 10 45 30 15 2 Utilizar os critérios de interpretação indicados no Cap 5 No 4º ano pósplantio usar N P2O5 e K2O em doses iguais às do 3º ano pósplantio Adubação de produção 5º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 3 Disponibilidade de K 3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Novembro 90 0 0 0 0 0 0 Dezembro 50 0 0 0 120 80 40 Fevereiro 40 120 80 40 60 40 20 Total 180 120 80 40 180 120 60 3 Utilizar os critérios de interpretação indicadas no Cap 5 Encontrando pela análise do solo teores de fósforo ou de potássio baixos aplicar o total da adubação estabelecida se médios usar dois terços da adubação e se bons adicionar um terço da adubação recomendada nas tabelas A cada três anos fazer calagem com base na análise do solo e com incorporação a 10 cm de profundidade Quando a produção for superior a 40 kgplanta adicionar um quarto da adubação total no mês de abril Quando a produção for inferior a 40 kgplanta tirar um terço da adubação total 18215 Pessegueiro Ameixeira e Nectarineira Maurício de Souza 1 Paulo T Gontijo Guimarães 2 Janice Guedes de Carvalho 3 José Carlos Fragoas 4 Produtividade esperada 10000 a 15000 kgha Espaçamento Ameixeira 50 x 60 m 330 plantasha Pessegueiro e nectarina 50 x 70 m 285 plantasha Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 3 e mt 5 ver 821 ou para elevar a saturação por bases a 70 ver 822 Adubação de plantio e de pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Plantio Setembro 0 120 80 40 120 80 40 Pósplantio Setembro 10 0 0 0 0 0 0 Outubro 20 0 0 0 0 0 0 Dezembro 10 0 0 0 0 0 0 Abril 0 0 0 0 30 20 10 Total 40 120 80 40 150 100 50 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Sugerese o uso de duas fontes de fertilizantes fosfatados sendo metade do P2O5 na forma solúvel em água e metade na forma de fosfato natural reativo com base no teor de P2O5 disponível Recomendase aplicar misturados à terra de enchimento da cova 20 L de esterco de curral ou 5 L de esterco de galinha ou 2 L de torta de mamona 60 dias antes do plantio e 100 g de calcário dolomítico para cada tonelada aplicada em área total Fazer a adubação pósplantio em cobertura após o pegamento das mudas 1 Professor Titular aposentado UFLA 2 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 4 Pesquisador EPAMIGEMBRAPACTSM epamiguflabr Adubação de crescimento e formação 1º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 20 0 0 0 0 0 0 Outubro 20 0 0 0 0 0 0 Dezembro 20 0 0 0 60 40 20 Abril 0 90 60 30 60 40 20 Total 60 90 60 30 120 80 40 2º ano Pósplantio Época Dose de N Disponibilidade de P 2 Disponibilidade de K 2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Setembro 20 0 0 0 0 0 0 Outubro 40 0 0 0 0 0 0 Dezembro 20 0 0 0 60 40 20 Abril 0 120 80 40 90 60 30 Total 80 120 80 40 150 100 50 2 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 Adubação de produção 3º ano Pósplantio Estádio de desenvolvimento Dose de N Disponibilidade de P3 Disponibilidade de K3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta A 20 0 0 0 0 0 0 B 50 0 0 0 0 0 0 C 30 0 0 0 0 0 0 D 0 60 40 20 90 60 30 E 0 60 40 20 90 60 30 Total 100 120 80 40 180 120 60 4º ano Pósplantio Estádio de desenvolvimento Dose de N Disponibilidade de P3 Disponibilidade de K3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta A 30 0 0 0 0 0 0 B 50 0 0 0 0 0 0 C 20 0 0 0 0 0 0 D 0 90 60 30 120 80 40 E 0 60 40 20 90 60 30 Total 100 150 100 50 210 140 70 5º ano Pósplantio Estádio de desenvolvimento Dose de N Disponibilidade de P3 Disponibilidade de K3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta A 40 0 0 0 0 0 0 B 60 0 0 0 0 0 0 C 40 0 0 0 0 0 0 D 0 90 60 30 150 100 50 E 0 60 40 20 90 60 30 Total 140 150 100 50 240 160 80 3 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 Adubação Suplementar Estádio de desenvolvimento Dose de N Disponibilidade de P4 Disponibilidade de K4 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta A 10 0 0 0 0 0 0 B 10 0 0 0 0 0 0 C 5 0 0 0 15 10 5 D 0 30 20 10 30 20 10 E 0 0 0 0 0 0 0 Total 25 30 20 10 45 30 15 4 Utilizar os critérios de interpretação indicados no Cap 5 Estádios de desenvolvimento A vingamento da flor B fruto em desenvolvimento C fruto verdegrande D póscolheita E inchamento das gemas Adubação com fósforo deve ser realizada de preferência de forma localizada em profundidade A cada três anos pelo menos aplicar matéria orgânica Encontrando pela análise de solo teores de fósforo e ou de potássio baixos usar o total da adubação estabelecida se médios aplicar dois terços da adubação e se bons adicionar um terço da adubação recomendada nas tabelas Para melhor orientar as adubações dos pessegueiros a diagnose foliar pode ser realizada pelos seguintes critérios Interpretação de resultados de análise foliar para pessegueiro Nutriente Faixa de interpretação Insuficiente Baixo Normal Alto Excessivo Macro dagkg 5 N 189 89 325 326 453 454 588 588 P 004 004 014 015 028 029 040 040 K 054 054 130 31 206 207 282 282 Ca 066 066 163 64 261 262 358 358 Mg 019 019 051 052 083 084 115 115 Micro mgkg 6 Fe 50 50 99 100 230 231 334 334 Mn 20 20 60 61 160 161 400 400 Zn 10 10 23 24 37 38 50 50 Cu 6 6 30 31 54 54 B 3 3 33 34 63 64 93 93 5 dagkg mm 6 mgkg ppm mm 18216 Videira Maurício de Souza 1 Paulo T Gontijo Guimarães 2 Janice Guedes de Carvalho 3 José Carlos Fragoas 4 Produtividade esperada 20000 a 40000 kgha Espaçamento 30 x 15 m 20 x 20 m ou 40 x 30 m Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 35 e mt 5 ver 821 ou para elevar a saturação por bases a 80 ver 821 Adubação de plantio e de pósplantio Adubação da valeta Época Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gcova Plantio 0 60 40 20 120 80 40 Pósplantio Início da brotação 10 0 0 0 0 0 0 30 dias após 10 0 0 0 0 0 0 60 dias após 10 0 0 0 0 0 0 Total 30 60 40 20 120 80 40 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 No preparo do solo para a implantação dos vinhedos sugerese realizar uma subsolagem cruzada seguida da aração profunda calagem com incorporação também profunda do calcário Sessenta dias após sugerese uma adubação corretiva de fósforo de potássio e de boro distribuída a lanço com incorporação mínima na camada arável Com este tipo de preparo de solo não se recomenda adubação nitrogenada no ano de enxertia Adubação do bacelo ou barbado em cobertura logo após o plantio 1 Professor Titular aposentado UFLA 2 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 4 Pesquisador EPAMIGEMBRAPACTSM epamiguflabr Pósenxertia Época Dose de N Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Dose de K2O gcova Início da brotação 10 0 0 0 30 dias após 10 0 0 0 60 dias após 10 30 20 10 Total 30 30 20 10 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Nas regiões tropicais o plantio pode ser feito durante o ano todo Devemse usar duas fontes de fertilizantes fosfatados sendo metade do P2O5 na forma solúvel em água e metade na forma de fosfato natural reativo com base no teor de P2O5 disponível Recomendase aplicar misturados à terra de enchimento da valeta e aos fertilizantes 10 L de esterco de curral por metro de valeta 60 dias antes do plantio e calcário dolomítico em quantidade adequada ao volume de solo utilizado É necessário considerar o plantio do bacelo para posterior enxertia e o plantio da muda já enxertada Adubação de crescimento e formação 1º ano Pósenxertia Época Dose de N Disponibilidade de P3 Disponibilidade de K3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Inchamento das gemas 0 60 40 20 30 20 10 Início da brotação 20 0 0 0 0 0 0 30 dias após 10 0 0 0 0 0 0 60 dias após 10 0 0 0 30 20 10 Total 40 60 40 20 60 40 20 2º ano Pósenxertia Época Dose de N Disponibilidade de P3 Disponibilidade de K3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Inchamento das gemas 0 60 40 20 60 40 20 Início da brotação 10 0 0 0 0 0 0 30 dias após 20 0 0 0 0 0 0 60 dias após 20 0 0 0 30 20 10 Total 50 60 40 20 90 60 30 3º ano Pósenxertia Época Dose de N Disponibilidade de P3 Disponibilidade de K3 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Inchamento das gemas 0 90 60 30 0 0 0 Início da brotação 20 0 0 0 0 0 0 30 dias após 20 0 0 0 60 40 20 60 dias após 20 0 0 0 60 40 20 Total 60 90 60 30 120 80 40 3 Utilizar os critérios de interpretação indicados no Cap 5 Nas adubações nitrogenadas a partir do 1º ano após enxertia sempre que usar a uréia esta deve ser incorporada As adubações de nitrogênio fósforo e de potássio do 1º ano após a enxertia até o 4º ano podem ser feitas em faixas 40 a 50 cm distanciadas de cada fila de plantas dos dois lados Após o 4º ano elas podem ser feitas nas entrelinhas em sulco ou em toda a superfície afastadas 40 a 50 cm de cada fila e com incorporação superficial Adubação de produção 4º ano Pósenxertia Época Dose de N Disponibilidade de P4 Disponibilidade de K4 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Inchamento das gemas 0 90 60 30 0 0 0 Início da brotação 20 0 0 0 60 40 20 30 dias após 20 0 0 0 0 0 0 60 dias após 20 0 0 0 90 60 30 Póscolheita 30 0 0 0 0 0 0 Total 90 90 60 30 150 100 50 5º ano PósEnxertia e anos seguintes Época Dose de N Disponibilidade de P4 Disponibilidade de K4 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gplanta Inchamento das gemas 0 90 60 30 90 60 30 Início da brotação 20 0 0 0 0 0 0 30 dias após 40 0 0 0 0 0 0 60 dias após 40 0 0 0 0 0 0 Póscolheita 60 0 0 0 90 60 30 Total 160 90 60 30 180 120 60 4 Utilizar os critérios de interpretação indicados no Cap 5 A cada três anos usar matéria orgânica Encontrando pela análise de solo teores de fósforo e ou de potássio baixos usar o total da adubação estabelecida se médios aplicar dois terços da adubação e se bons utilizar um terço da adubação recomendada nas tabelas Na fase de produção o uso da adubação nitrogenada e de boro após a colheita em duas a três aplicações via foliar beneficia a próxima brotação e a fecundação das flores Podemse usar uréia e ácido bórico a 4 gL 4 g de cada fertilizante Considerando a importância do boro para a videira é aconselhável acompanhar seu teor no solo sendo recomendado como suficiente para esta cultura a faixa de 06 a 10 mgdm3 Abaixo de 06 mgdm3 podese usar 50 a 70 kgha de bórax Na produção de uvas para vinho é preciso observar os cuidados com a adubação nitrogenada pois o excesso de nitrogênio prejudica a fermentação e a qualidade do vinho De modo geral o excesso de potássio em relação ao cálcio e magnésio pode causar o dessecamento do cacho que deprecia totalmente as uvas tanto para consumo in natura como para vinho Para uvas tipo niágaras americanas é aconselhável a pulverização dirigida dos cachos com 10 gL de CaCl22H2O em duas a três aplicações a partir do início da maturação espaçadas de uma semana Isso evita o problema de degrana após a colheita e mesmo rachaduras em períodos chuvosos na maturação 183 Sugestões de Adubação para Floricultura e Jardins 1831 Introdução A maioria dos solos utilizados para a floricultura no estado de Minas Gerais apresenta acidez elevada e deficiência generalizada de nutrientes justificando o uso intensivo de corretivos e fertilizantes especialmente quando se considera a produção de flores para corte As sugestões de adubação apresentadas a seguir são adequadas para substratos na produção de mudas em canteiros ou em vasos para cultivos feitos diretamente no campo ou em áreas protegidas telados ou estufas de espécies como cravo crisântemo gladíolo e rosas bem como para formação de canteiros ou covas de plantas ornamentais arbóreas ou arbustivas A interpretação da análise de solos pode seguir os critérios indicados para Adubação de Hortaliças ver 1811 1832 Recomendação de Calagem e Adubação de Substratos para Mudas Covas e Canteiros Antonio Carlos Ribeiro 1 Em se tratando de substratos para produção de mudas em covas em vaso ou em canteiros os corretivos e os adubos devem ser incorporados homogeneamente a todo o volume de solo ou substrato Especialmente no caso de adubos orgânicos e fosfatados as doses utilizadas são normalmente bem maiores do que aquelas recomendadas para aplicações localizadas como por exemplo no sulco de plantio de culturas extensivas Considerando a camada de 0 a 20 cm de profundidade 1 ha contém 2000 m3 de solo Com base nesta relação podemse converter as recomendações feitas por hectare para cada m3 de substrato ou para cada m2 de canteiro 02 m3 de substrato Dispondo da análise de solo recomendase calcular a calagem método do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 ou da saturação por bases e fazer a sua conversão 1 tha 05 kgm3 de calcário PRNT 100 A adubação orgânica dependendo de sua qualidade pode ser feita tomando por base a dose de 100 a 500 m3ha de material orgânico aplicado a lanço e posteriormente incorporado ao solo Esta quantidade corresponde a 50 a 250 Lm3 de solo no preparo de substratos A adubação NPK inicial pode ser feita adicionandose 50 gm3 de nitrogênio 250 g de sulfato de amônio e as doses de fósforo e de potássio podem ser calculadas tendo como base 10 e 015 kgm3 de P2O5 e de K2O ou seja 5 e 025 kgm3 de superfosfato simples e de cloreto de potássio respectivamente A adubação nitrogenada e algumas vezes a adubação potássica podem ser repetidas periodicamente em cobertura de acordo com as necessidades das plantas podendo os adubos serem aplicados dissolvidos em água 1 Professor Titular Aposentado Departamento de Solos UFV Bolsista FAPEMIGEPAMIG aribeiromailufvbr 1833 Cravo Luiz Carlos Lopes 1 Ângela Cristina Oliveira Stringheta 2 Produtividade mínima esperada 20 dzm2 com ciclo de 6 até 12 meses com cultivo em áreas protegidas Espaçamento Canteiros 100120 cm largura e comprimento de até 50 m com corredores entre canteiros de 50 cm Densidade de Plantio 64 125 x 125 cm plantasm2 a 33 20 x 15 cm plantasm2 Ciclo de cultura Conforme sistema de produção podendo ser a 6 a 12 meses b 24 meses c 36 meses Calagem Aplicar calcário de forma a elevar a saturação por bases a 70 ou na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 3 e mt 5 Antes de serem feitos os canteiros distribuir e incorporar o calcário na quantidade indicada pela análise do solo no mínimo um mês antes do plantio usando de preferência calcário dolomítico ou magnesiano Adubação de plantio Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gm2 10 250 150 50 20 10 5 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Se o sistema de produção utilizar as plantas por mais de dois anos podese usar farinha de ossos como fonte de fosfato não mais que 180200 gm2 Se a água de irrigação contiver muitos sais especialmente cloro não devem ser aplicados seguidamente fertilizantes que contenham cloro Caso haja deficiência de boro nos solos da região aplicar no canteiro de 1 a 2 gm2 de bórax 1 Professor Titular Aposentado Departamento de Fitotecnia UFV luiznoemiatdnetcombr 2 Professor Assistente Departamento de Fitotecnia UFV stringapfunarbeorgbr Junto com a adubação química deve ser feita a adição de 10 Lm2 de matéria orgânica antes do plantio Adubação de manutenção Deve ser iniciada de três a quatro semanas após o plantio e mantida até oito semanas do final do ciclo N Aplicar sulfato de amônio alternado com nitrato de cálcio 20 gm2 a cada três semanas K2O Aplicar cloreto de potássio alternado com sulfato de potássio 20 gm2 também a cada três semanas 1834 Crisântemo para Corte de Inflorescências Ângela Cristina Oliveira Stringheta 1 Júlio César Lima Neves 2 Espaçamento 015 x 015 m ou 020 x 020 m em canteiros de 120 m de largura por 020 m de espessura Ciclo 90 a 140 dias dependendo da variedade Calagem Aplicar calcário para elevar a saturação por bases a 70 quando o valor indicado pela análise de solo for menor que 60 ou aplicar calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 3 e mt 5 Antes do plantio das mudas 30 dias distribuir e incorporar o calcário na quantidade indicada pela análise de solo de preferência calcário dolomítico ou magnesiano Adubação mineral Plantio O plantio do crisântemo pode ser feito Situação A Diretamente no solo em canteiros dentro ou fora de estufas Situação B Em substrato que serão utilizados em canteiros ou em vasos geralmente em estufas Situação A Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O kgha 80 360 240 120 240 160 80 Situação B Para o preparo de um metro cúbico de substrato recomendase Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gm3 50 1000 750 500 200 150 100 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no item 1811 A adubação mineral de plantio deve ser aplicada uma semana antes da execução do mesmo 1 Professor Assistente Departamento de Fitotecnia UFV stringapfunarbeorgbr 2 Professor Adjunto Departamento de Solos UFV jcnevesmailufvbr Nitrogênio Deve ser fornecido preferencialmente na forma de sulfato de amônio Fósforo Devem ser utilizados fertilizantes fosfatados com alta solubilidade em água preferencialmente superfosfato simples Potássio Também podese considerar o critério de elevar a concentração de potássio disponível para 150 mgdm3 para elevar em 1 mgdm3 o teor de K devemse adicionar 20 gm3 de KCl no substrato Cobertura Na adubação durante o ciclo tanto em cultivos em casa de vegetação como em canteiros é muito comum a aplicação da fertilização junto a água de irrigação Fertirrigação Neste caso a fertilização é aplicada toda vez que a planta é irrigada com uma solução contendo 200 mgL de N 50 mgL de P2O5 200 mgL de K2O A aplicação desta solução é importante nas primeiras sete semanas de cultivo visto que aplicações posteriores de nitrogênio e potássio não serão capazes de recuperar a qualidade das inflorescências A partir da 7a semana até o final do ciclo pode ser aplicada a solução contendo a metade da concentração recomendada na fase anterior ou seja 100 mgL de N 25 mgL de P2O5 100 mgL de K2O 1835 Gladíolo José Geraldo Barbosa 1 Opções de espaçamento Espaçamento Plantasha Produtividade esperada 60 x 7 cm 240000 18000 dúziasha 60 x 7 x 20 cm 300000 27000 dúziasha 40 x 7 cm 360000 27000 dúziasha 40 x 7 x 20 cm 480000 36000 dúziasha Ciclo Ciclo de floração 65 a 80 dias Ciclo de bulbificação 100120 dias Calagem Aplicar calcário de forma a elevar a saturação por bases a 70 ou na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 3 e mt 5 Antes de serem feitos os canteiros distribuir e incorporar o calcário na quantidade indicada pela análise do solo no mínimo um mês antes do plantio usando de preferência calcário dolomítico ou magnesiano Adubação Mineral Adubação mineral para uma população de 240000 plantasha Dose de N plantio Disponibilidade de P1 Disponibilidade de K1 Dose de N cobertura Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O kgha 50 150 100 50 220 150 80 60 1 Utilizar os critérios para interpretação apresentados em 1811 1 Professor Adjunto Departamento de Fitotecnia UFV jgeraldomailufvbr 1836 Roseiras Pedro Paulo Gonçalves1 Mário Raimundo de Mello2 Ângela Cristina Oliveira Stringheta3 Júlio César Lima Neves4 Espaçamento As roseiras podem ser cultivadas em uma ou até em quatro fileiras de plantas com espaçamento de 25 a 30 cm entre estas na fileira com corredores de 80 cm entre fileiras de forma a obter de 60000 a 70000 plantasha 6 a 7 plantasm2 Calagem Aplicar calcário para elevar a saturação por bases a 70 quando o resultado da análise indicar valores menores que 60 ou aplicar calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 3 e mt 5 Preferencialmente devem ser aplicados calcários dolomíticos ou magnesianos Antes de serem feitos os canteiros distribuir e incorporar o calcário um mês antes do plantio das mudas Deve ser feita análise de fertilidade do solo todo ano A correção do pH do solo após a implantação da cultura pode ser feita como hidrocalagem dissolvendo hidróxido de cálcio em água e aplicando a solução em irrigação Antes da aplicação da solução deve ser feita se necessário escarificação do solo Adubação de plantio Adubação mineral para população de 60000 a 70000 plantasha Dose de N Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O kgha 80 300 200 100 240 160 80 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no item 1811 A adubação mineral de plantio ou de formação deve ser feita no dia anterior ao plantio das mudas incorporada à superfície dos canteiros juntamente com 15 kgha de bórax Atentar para que a adubação mineral de plantio forneça também o enxofre 20 a 30 kgha de S No preparo do solo deve ser incorporado de 10 a 15 kgm2 de matéria orgânica para melhorar a estrutura do solo Adubação de produção 1 Presidente da COOPERFLORES Barbacena MG 2 Eng Agrônomo EMATERMG Barbacena MG 3 Professor Assistente Departamento de Fitotecnia UFV stringapfunarbeorgbr 4 Professor Adjunto Departamento de Solos UFV jcnevesmailufvbr Durante todo o período produtivo anual da roseira devem ser aplicados em cobertura contendo as seguintes doses de fertilizantes N 60 kgham ês P2O5 35 kghamê s K2O 60 kghamê s CaO 25 kghamê s MgO 10 kghamê s Preferencialmente o nitrocálcio 16 de N deve ser a fonte de nitrogênio utilizada nas fertilizações Como fonte de potássio deve ser utilizado o sulfato de potássio evitandose a adição de cloro elemento tóxico para a cultura da roseira Com relação ao fósforo devem ser utilizadas formulações com alta solubilidade em água aplicadas localizadamente A adubação suplementar de cálcio e magnésio pode ser feita em cobertura aplicada junto à água de irrigação desde que sejam utilizados como fonte fertilizantes solúveis em água nitratos de cálcio e de magnésio Antes da aplicação da solução deve ser feita se necessário escarificação do solo 1837 Gramados Luiz Carlos Lopes 1 Ângela Cristina Oliveira Stringheta 2 18371 Gramados em formação Calagem Aplicar calcário de forma a elevar a saturação por bases a 70 ou na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 3 e mt 5 Antes de ser feito o preparo do solo distribuir e incorporar o calcário na quantidade indicada pela análise do solo no mínimo um mês antes do plantio usando de preferência calcário dolomítico ou magnesiano A aplicação de calcário deve ser feita 30 dias antes do plantio Adubação orgânica A incorporação de matéria orgânica aos gramados é importante desde que a quantidade aplicada seja maior do que 10 Lm2 O esterco de curral não é muito indicado por aumentar os problemas como queima das gramíneas ou infestação da área com plantas daninhas Aração Deve ser feita aração na profundidade de 20 cm de modo a incorporar o calcário e o adubo orgânico Adubação mineral Disponibilidade de P 1 Disponibilidade de K 1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O gm2 200 150 100 150 100 50 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 Fósforo Devem ser utilizados fertilizantes fosfatados com alta solubilidade em água preferencialmente o superfosfato simples Potássio Aplicar cloreto de potássio Além das quantidade indicadas nas tabelas pode ser adicionado fosfato natural reativo 1500 kgha ou 150 gm2 O nitrogênio deve ser aplicado em cobertura após o plantio do gramado A adubação mineral deve ser incorporada com gradagem na mesma profundidade da aração Plantio O plantio do gramado pode ser feito por sementes mudas estacas e ou plugs placas ou tapetes depois do terreno sistematizado com 1 Professor Titular Aposentado Departamento de Fitotecnia UFV luiznoemiatdnetcombr 2 Professor Assistente Departamento de Fitotecnia UFV stringapfunarbeorgbr inclinação de 1 a 2 cmm No Brasil poucos gramados são formados a partir de sementes Adubação em cobertura Deve ser feita adubação de cobertura 60 dias após o plantio aplicando N e K2O O nitrogênio deverá ser fornecido na forma de sulfato de amônio 60 gm2 e o potássio na forma de cloreto de potássio 60 gm2 Esta quantidade deve ser parcelada em três vezes com intervalos de 30 dias 18372 Gramados formados Para recuperação de gramados já formados e que se encontram em más condições recomendase o revestimento da sua superfície com uma camada de substrato de aproximadamente 4 cm de espessura Este substrato deve conter as mesmas quantidades de corretivo e fertilizantes que as recomendadas para plantio A quantidade recomendada para cada 100 kgha corresponde a 10 gm2 que corresponde a 50 gm3 Cada m3 de substrato preparado é suficiente para recobrir 25 m2 de área gramada na espessura recomendada Adubação de manutenção Tanto no gramado em bom estado como no gramado recuperado aplicar 20 gm2 de N na forma de sulfato de amônio e 20 gm2 de K2O na forma de cloreto de potássio duas vezes por ano de preferência nas épocas chuvosas 1838 Plantas Ornamentais Arbóreas e Arbustivas Nairam Félix de Barros 1 Ângela Cristina Oliveira Stringheta 2 18381 Produção de Mudas As plantas ornamentais arbóreas e arbustivas OAA antes de serem levadas para a área do plantio em definitivo podem ter suas mudas produzidas em recipientes vasos sacos plásticos ou outros ou passarem uma fase em canteiros de espera Quando as mudas são produzidas em recipientes o solo ou de preferência o substrato solo misturado com composto orgânico esterco ou outro material que melhore as condições de arejamento e retenção de água do solo necessitam na maioria das vezes de ter sua fertilidade aumentada em especial quanto ao fósforo As plantas OAA apresentam elevada demanda inicial de fósforo e os solos em sua maioria ou as misturas de substratos não são capazes de atender a esta demanda com vistas em obter o rápido crescimento das mudas Por isso sugerese misturar 200 gm3 de P2O5 10 kg de superfosfato simples no substrato a ser utilizado no preenchimento dos recipientes Se a análise de solo indicar um teor de Ca 2 Mg 2 inferior a 20 cmolcdm3 devese misturar ao substrato cerca de 2 kgm3 de calcário dolomítico NC 4 tha ou em função da necessidade de calagem Após as plantas terem atingido a altura de 10 cm fazse a aplicação quinzenal via água de irrigação de adubação à base de 5 gL de NPK 20020 nos primeiros dois meses e mensal daí por diante até 20 dias antes de serem levadas para a área de plantio definitivo Quando as mudas forem para canteiros de espera a aplicação de calcário em área total deve ser feita com base nos teores de Al 3 e de Ca 2 Mg 2 da camada de 0 a 20 cm do solo usandose X 2 e mt 10 ver 821 O solo onde são feitos os canteiros deve ser revolvido até pelo menos à profundidade de 20 cm aproveitandose esta operação para incorporação de calcário se for o caso e do adubo fosfatado ou mistura de NPK de acordo com o teor de potássio do solo Se o teor de potássio é superior a 45 mgdm3 a dose de fósforo deve corresponder a 150 kgha de P2O5 750 kgha de superfosfato simples Se o teor de potássio do solo for inferior a 45 mgdm3 usar uma mistura NPK com maior quantidade de fósforo que de nitrogênio e de potássio como por exemplo 4148 ou 6306 calculando a dose do adubo com base no fósforo para fornecer o correspondente a 150 kgha de P2O5 Ao utilizar a mistura NPK podese eliminar a aplicação do NPK 20020 veja produção de mudas em recipientes ou esta adubação ser necessária em fase mais adiantada do crescimento das plantas Neste último caso sugerese a aplicação de nitrogênio 1 Professor titular Departamento de Solos UFV nfbarrosmailufvbr 2 Professor Assistente Departamento de Fitotecnia UFV stringapfunarbeorgbr em cobertura via sólida 5 gplanta 25 g de sulfato de amônio ou 11 g de uréia Tanto para plantas em recipiente como em canteiro de espera pode ocorrer eventualmente deficiência de micronutrientes em especial de boro e de zinco Nesse caso sugerese a aplicação via foliar de soluções de boráx sulfato de zinco sulfato de manganês na concentração de 02 dagL cada 20 g do sal por L de água 18382 Adubação de Campo No campo as mudas são plantadas em covas A demanda nutricional depende da taxa de crescimento das plantas sendo ela mais alta quando esta taxa for também elevada Em termos gerais a estratégia de fornecimento de nutrientes via fertilização engloba três fases a de plantio adubação de arranque a de rápido crescimento adubação de cobertura e a de produção manutenção e reposição 18383 Adubação de arranque Nesta fase devem ser supridos em especial aqueles nutrientes de menor mobilidade no solo como fósforo e zinco Admitindo que as covas têm capacidade para 20 dm3 se a análise de solo indicar a necessidade de calagem teor de Ca2 Mg2 inferior a 2 cmolcdm3 aplicar calcário em mistura com o solo da cova em quantidade suficiente para elevar o teor de Ca 2 Mg 2 a 2 cmolcdm3 Uma recomendação geral seria uma quantidade de 20 a 40 gcova considerando calcário com PRNT 100 ou em função da necessidade de calagem A fonte de fósforo deve ser solúvel e misturada ao solo da cova de modo a fornecer 120 gcova de P2O5 600 g de superfosfato simples Devemse misturar também 15 g de sulfato de zinco ao solo 18384 Adubação de cobertura de formação Nesta fase devem ser supridos em especial aqueles nutrientes de maior mobilidade no solo e ou de maior demanda quantitativa A aplicação de potássio dependerá de seu teor no solo mas sua adição pode ser feita juntamente com a de nitrogênio Se o teor de potássio no solo for inferior a 45 mgdm3 utilizar a relação NK2O de 11 se for entre 45 e 80 mgdm3 utilizar a relação 21 As adubações NK devem ser feitas aos 60 120 e 240 dias do plantio da muda no campo em coroas ao redor de cada planta nas seguintes quantidades respectivamente 30 40 e 50 gplanta de N sendo a quantidade de potássio definida de acordo com a sua relação com o nitrogênio no fertilizante ou de acordo com o seu teor no solo conforme referido anteriormente Juntamente com o nitrogênio e o potássio sugerese a aplicação de 10 a 15 g de bórax Dependendo da planta a adubação de cobertura será ainda necessária no segundo ano Quando for o caso utilizar a mesma recomendação feita para os 240 dias de idade após o plantio 18385 Adubação de manutenção e reposição A quantidade de nutrientes a aplicar nesta fase depende do produto que é colhido ou do manejo adotado para a cultura Em princípio essa quantidade corresponde à quantidade de nutrientes exportada com o produto No caso de podas por exemplo quando a planta começar a rebrotar há grande demanda de nutrientes para a formação de novos ramos e folhas Uma recomendação geral seria algo como sugerido para a fase de formação com aplicações de nitrogênio e potássio principalmente dependendo das partes ou órgãos que foram removidos das plantas Em qualquer fase da cultura a aplicação de micronutrientes pode ser necessária As concentrações sugeridas anteriormente podem ser utilizadas 184 Sugestões de Adubação para Grandes Culturas Anuais ou Perenes 1841 Introdução Considerando que os solos agrícolas de Minas Gerais em sua maioria são ácidos e pobres não há como cultiválos racionalmente sem correções e adubações Além das necessidades de restituição pela exportação das culturas existem perdas por erosão lixiviação volatilização fazendo com que os nutrientes sejam aplicados em doses maiores do que as reais exigências nutricionais das culturas Por outro lado a correção e a adubação do solo ainda que sejam de suma importância não são os únicos fatores de produção A eles se somam outros como a disponibilidade de água as condições climáticas os tratos culturais e o controle de pragas e doenças As recomendações para grandes culturas que se seguem foram preparadas com base em resultados de pesquisa e experiência de técnicos e pesquisadores tendo como instrumento referencial as análises de solo A interpretação da análise de solos será feita seguindo os critérios apresentados no Cap 5 É importante lembrar que para cada condição considerados o nível tecnológico os recursos disponíveis a região e a experiência do técnico responsável as recomendações deverão ser adaptadas consideradas como sugestões e nunca como questão fechada ou palavra final Além disso é bem certo que elas sejam alteradas no futuro com o desenvolvimento da pesquisa e o advento de novos conhecimentos Como sugestão geral aconselhase fazer um histórico das áreas plantadas com os resultados das análises de solos adubações e produções visando ao longo do tempo obter a melhoria da fertilidade do solo o manejo adequado das culturas e os ganhos em produtividade Em plantas perenes aconselhase também a diagnose foliar periódica para monitorar o estado nutricional das lavouras 1842 Algodão João Chrisóstomo Pedroso Neto 1 Joel Fallieri 1 Marcelo Lanza 1 Nelson Machado da Silva 2 Júlio Buendia Laca 1 Produtividade esperada 2000 a 2500 kgha Espaçamento Entre as linhas 080 a 100 m com 12 a 15 sementes por metro de sulco com uma população de 120000 a 187500 plantas por hectare Os espaçamentos menores são para plantio em solos sob cerrado e região Norte de Minas enquanto espaçamentos maiores são para solos de alta fertilidade natural Calagem Aplicar calcário na quantidade suficiente para elevar a saturação por bases a 60 Utilizar calcário dolomítico ou magnesiano quando o teor de Mg 2 no solo estiver abaixo da faixa de 05 a 08 cmolcdm3 Adubação mineral de plantio Dose de N Plantio Disponibilidade de P1 Disponibilidade de K1 Dose Baixa Média Boa Baixa Média Boa Cobertura Dose de P2O5 Dose de K2O N K2O kgha 20 100 70 40 100 70 40 30 a 60 0 a 30 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 Nitrogênio Além da adubação de plantio recomendase aplicar 30 a 60 kgha de nitrogênio e no caso de dose mais elevada recomendase parcelar em duas coberturas aos 25 e 40 dias da emergência Fósforo Aplicado todo no plantio junto ao nitrogênio e ao potássio Potássio No caso de solos arenosos recomendase parcelar o potássio junto ao nitrogênio em cobertura Enxofre Em solos arenosos e ou pobres em matéria orgânica com uso freqüente de fórmulas concentradas em NPK recomendamse 30 kgha de S A aplicação pode ser feita no sulco de plantio ou em cobertura pelo adubo nitrogenado que o contenha 1 Pesquisador EPAMIGCTTP epamigcttpmednetcombr 2 Pesquisador IAC iacdirbaraoiacbr Micronutrientes Em solos corrigidos com uso generalizado de adubos contendo NPK arenosos e ou com baixos teores de matéria orgânica aplicar 1 kgha de B no sulco de plantio 1843 Amendoim CFSEMG 23 Produtividade esperada 1800 kgha Espaçamento Entre as linhas 060 m e 15 plantas por metro de sulco aproximadamente 250000 plantasha Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da textura do solo ver Cap 8 Adubação mineral Dose de N Plantio Disponibilidade de P1 Disponibilidade de K1 Dose de Baixa Média Boa Baixa Média Boa N Dose de P2O5 Dose de K2O Cobertura kgha 0 80 60 40 60 40 20 0 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 Valendo da fixação biológica de nitrogênio dispensase neste caso a aplicação deste nutriente na cultura Suplementação de cálcio recomendase aplicar 500 kgha de gesso agrícola sobre a área na formação do esporão ou seja depois do início do florescimento 23 COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais 4 Aproximação Lavras CFSEMG 1989 159p 1844 Arroz Miralda Bueno de Paula 1 Morel Barbosa Filho 2 Janice Guedes de Carvalho 3 18441 Arroz de Sequeiro Produtividade esperada 25 a 30 tha Calagem Utilizar a quantidade de corretivo recomendada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 2 e mt 25 No caso de utilizar o critério da saturação por bases recomendase a elevação desta para cerca de 40 Se for conduzida outra cultura após a do arroz a calagem poderá ser feita utilizando a quantidade total recomendada para a nova cultura Nitrogênio Recomendase o uso de 50 a 60 kgha de N Podemse aplicar 15 no plantio e 45 em cobertura por ocasião da diferenciação do primórdio floral que ocorre entre 50 e 55 dias após a emergência dependendo do cultivar A aplicação de nitrogênio no plantio pode ser feita no sulco ou a lanço com posterior incorporação contudo sua distribuição junto com o fósforo e o potássio no sulco por ocasião do plantio tem sido o método mais utilizado A aplicação em cobertura é feita em linha ao lado das plantas Como fonte a forma nítrica temse mostrado mais eficiente porém em solos deficientes em enxofre devese dar preferência ao uso de sulfato de amônio 23 S A uréia desde que aplicada em profundidade também pode ser utilizada Fósforo Adubação corretiva Em solos de cerrado aplicar adubação fosfatada corretiva com 240 kgha de P2O5 em solos argilosos 150 kgha de P2O5 em solos de textura média e 120 kgha de P2O5 em solos arenosos no 1o ano de cultivo A adubação corretiva não dispensa a adubação de manutenção e pode ser feita de duas maneiras a Fazer a correção fosfatada aplicando a quantidade recomendada de P2O5 de uma só vez no 1º ano usando como fonte os fosfatos parcialmente solubilizados ou termofosfatados magnesianos e b Fazer a correção gradativa com a quantidade recomendada de P2O5 parcelada em dois ou três anos usandose neste caso superfosfatos solúveis como MAP DAP superfosfato simples ou triplo O tamanho do grânulo a solubilidade a época o modo e a freqüência de aplicação ao solo têm influência marcante na eficiência relativa do fertilizante fosfatado 1 Pesquisador EPAMIG epamiguflabr 2 Pesquisador EMBRAPACNPAF 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr Fósforo1 e potássio Disponibilidade de P Disponibilidade de K Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O kgha 75 50 25 70 45 20 1 Adubação de manutenção dependendo da nãolimitação de água para a cultura Para a adubação de manutenção devemse usar fontes solúveis de fósforo superfosfato triplo simples e de amônio MAP e DAP na forma de grânulos no sulco de plantio de maneira a reduzir o contato do fosfato com as partículas do solo e conseqüentemente tornálo mais disponível na zona de crescimento das raízes A recomendação geral para potássio é aplicálo no plantio com nitrogênio e fósforo Em solos arenosos com drenagem excessiva e baixa CTC podem ocorrer perdas de potássio por lixiviação Para melhor utilizar o potássio existente no solo e o adicionado pela adubação devese neutralizar o alumínio trocável pela calagem e aplicar doses menores de fertilizante com maior freqüência Os métodos de aplicação mais usados são no sulco 5 cm abaixo e 5 cm ao lado das sementes ou a lanço para altas doses Enxofre No caso de utilizar fórmulas concentradas sugerese o uso de 20 a 30 kgha de S Zinco Aplicar 2 a 4 kgha de Zn 18442 Arroz Irrigado por Inundação Produtividade esperada SituaçãoA Várzea com irrigação por submersão contínua 5000 a 6000 kgha SituaçãoB Várzea úmida 3500 a 4000 kgha Calagem No sistema de cultivo sob inundação com sementes pré germinadas o fenômeno da autocalagem pode dispensar a aplicação do calcário desde que a saturação por bases seja de no mínimo 50 No entanto quando o arroz é semeado em solo seco e a inundação iniciada cerca de 30 dias após a emergência a correção da acidez pela inundação ocorrerá próxima ao fim da fase vegetativa período compreendido entre a emergência e o início da diferenciação da panícula Essa fase tem duração de 40 a 60 dias após emergência Nesse período a planta absorve grande parte dos nutrientes assim a calagem para elevar a saturação por bases a 50 feita cerca de quatro meses antes da semeadura corrige a acidez propiciando melhores condições para o desenvolvimento inicial da cultura Nitrogênio Recomendase aplicar 90 kgha 20 no plantio e 70 em cobertura metade no perfilhamento e o restante no início da diferenciação da panícula Em várzeas sistematizadas inundadas por submersão contínua utilizar como fonte de N formas amoniacais ou uréia O nitrogênio no plantio deve ser aplicado no sulco pois esta zona do solo será reduzida pela submersão A aplicação em cobertura poderá ser feita das seguintes formas A lanço após a retirada da água reinundar dois dias após Em filete entre fileiras de plantas também após a retirada dágua A lanço sobre a lâmina de água Em filete entre fileiras de plantas sobre a lâmina A aplicação de nitrogênio em cobertura a lanço sobre a lâmina de água é o método mais fácil e por isto o mais empregado no Brasil A eficiência do fertilizante nitrogenado aplicado sobre a lâmina de água pode ser reduzida em até 50 se houver renovação da água de irrigação o que não deve ser feito nesta época Em várzea úmida podemse utilizar tanto a forma nítrica quanto a amoniacal ou uréia Fósforo e potássio Disponibilidade de P Disponibilidade de K Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O kgha 90 60 30 70 45 20 Quando utilizar como fonte de fósforo os termofosfatos magnesianos que são também fontes de magnésio e de silício estes devem ser aplicados a lanço com incorporação aumentandose sua quantidade em 50 Silício Para a situação A quando os solos forem turfosos ou com elevados teores de matéria orgânica é aconselhável a adição de silício Os termofosfatos magnesianos e as escórias de siderurgia são materiais que podem eventualmente ser usados para adicionar silício ao solo Enxofre Nos solos com baixo teor de matéria orgânica ou com uso generalizado de fertilizantes concentrados sugerese a aplicação de 20 a 30 kgha de S Zinco Com teor de zinco no solo inferior a 1 mgdm3 Mehlich1 aplicar de 2 a 4 kgha de Zn 1845 CanadeAçúcar Gaspar Henrique Korndörfer 1 Antonio Carlos Ribeiro 2 Luiz Antônio Bastos Andrade 3 Amostragem de solo Antes do plantio da canadeaçúcar retirar amostras de solo das camadas de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm de profundidade obtendo se uma amostra composta correspondente a cada profundidade A amostra da camada de 0 a 20 cm será utilizada para os cálculos das necessidades de calagem e das adubações para P e para K enquanto a amostra da camada de 20 a 40 cm será utilizada no cálculo da dose de gesso agrícola Calagem A necessidade de calcário deverá ser calculada com base na fórmula abaixo tendo como limite máximo 60 da CTC saturada por bases NC 3 Ca 2 Mg 2 em que NC Necessidade de Calcário em tha Ca 2 Mg 2 teores de Ca 2 Mg 2 no solo expressos em cmolcdm3 ou de acordo com as recomendações indicadas no Cap 8 Gessagem A necessidade da aplicação de gesso agrícola depende da análise de solo da camada de 20 a 40 cm de profundidade Aplicar gesso agrícola quando os teores de Ca 2 forem inferiores a 04 cmolcdm3 e ou saturação por alumínio maior que 40 As quantidades por aplicar dependem da textura do solo e podem ser calculadas de acordo com a fórmula abaixo Teor de Argila x 60 kgha de Gesso ou de acordo com as recomendações do Cap 10 O uso de gesso possui efeito residual principalmente na camada subsuperficial 20 a 40 cm não havendo necessidade de reaplicação anual Adubação com nitrogênio fósforo e potássio 1 Cana Planta Aplicar de acordo com a análise de solo e a produtividade esperada Produtividad e esperada Disponibilidade de P1 Disponibilidade de K1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O tha kgha 120 120 80 40 120 90 60 120 150 100 50 160 120 80 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados em 1811 1 Professor Departamento de AgronomiaUFU gaspaehktriangcombr 2 Professor Titular aposentado Departamento de Solos UFV Bolsista FAPEMIGEPAMIG aribeiromailufvbr 3 Professor Departamento de Agricultura UFLA daguflabr Não há necessidade de se fazer a aplicação de nitrogênio no plantio da canadeaçúcar A adubação de cobertura com este nutriente deverá ser baseada na experiência da usinaprodutor e do histórico das áreas Quando for necessário aplicar até 60 kgha de N dependendo da produtividade esperada As ocorrências de respostas à adubação com nitrogênio estão principalmente associadas a a solos cultivados pela primeira vez b cultivo mínimo c solos de alto potencial de produção d área de colheita de cana crua e e solos com baixos teores de matéria orgânica Não aplicar potássio K2O em solos que apresentarem teores superiores a 150 mgdm3 de K Em solos arenosos ou de textura média aplicar no máximo 90 kgha de K2O no sulco de plantio acrescentando o restante em cobertura A adubação de cobertura deve ser feita preferencialmente no início das chuvas 2 Cana Soca Aplicar de acordo com a análise de solo e produtividade esperada Produtividade esperada Dose de N Disponibilidade de P2 Disponibilidade de K2 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O tha kgha 60 60 40 0 0 80 40 0 6080 80 40 0 0 110 70 30 80 100 40 0 0 140 100 60 2 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap 5 Quadro 53 Não aplicar adubo mineral contendo potássio nem vinhaça nos solos que apresentarem teores superiores a 150 mgdm3 de K A adubação potássica também deverá ser dispensada nas áreas de aplicação de vinhaça Nas áreas de aplicação de vinhaça quando a produtividade esperada for 80 tha não aplicar nitrogênio na cana soca Quando a produtividade esperada for 80 tha aplicar 40 kgha de N Adubação com enxofre É dispensável a adubação com enxofre em áreas onde se aplicou vinhaça ou gesso agrícola anteriormente Em áreas carentes neste nutriente aplicar no mínimo 30 kgha de S Adubação com micronutrientes Os solos arenosos e com baixos teores de matéria orgânica podem apresentar com maior freqüência respostas à adubação com Mn Zn e Cu Nas áreas deficientes em micronutrientes Mn Zn e Cu aplicar 2 a 5 kgha do nutriente Adubação com vinhaça A quantidade de vinhaça em m3ha recomendada para a canadeaçúcar depende da CTC potencial do solo da capacidade de extração da canade açúcar e do teor de K2O da vinhaça Teor de K O da vinhaça kgm CTC x 94 185 Dose de Vinhaça 3 2 em que CTC potencial a pH 7 cmolcdm3 x 94 capacidade de retenção de K 5 a 6 da CTC 185 capacidade de extração da cana K2O em kgha Para solos de CTC pH 7 elevada 15 cmolcdm3 usar até o máximo de 700 kgha de K2O Adubação com torta de filtro A torta de filtro deverá ser aplicada na reforma do canavial na dose de aproximadamente 20 tha no sulco de plantio ou até 60 tha em área total quando incorporada A torta de filtro deverá ser preferencialmente utilizada nas áreas onde os solos são pobres em matéria orgânica e ou próximas da usina 1846 Cafeeiro Paulo Tácito Gontijo Guimarães 1 Antônio Wander R Garcia 2 Victor Hugo Alvarez V 3 Luiz Carlos Prezotti 4 Arisson Siqueira Viana 2 Antônio Eustáquio Miguel 2 Eurípedes Malavolta 5 João Batista Corrêa 6 Alfredo Scheid Lopes 7 Francisco Dias Nogueira 1 Alexandre Vieira Costa Monteiro8 Jairo Antonio de Oliveira9 Produtividade Esperada Sistema População Espaçamento Produtividade média plantasha m scha Tradicional Até 2500 35 a 40 x 10 a 20 20 a 30 SemiAdensado 2500 a 5000 25 a 40 x 05 a 10 30 a 40 Adensado 5000 a 10000 15 a 25 x 05 a 10 40 a 60 Amostragem do Solo Antes da implantação da lavoura Efetuar a amostragem de solo nas camadas de 0 a 20 e 20 a 40 cm na mesma perfuração nesta última para determinar basicamente características relativas à acidez Ca 2 Al 3 pH e valor m no subsolo visando orientar sobre a necessidade de um manejo diferenciado de correção 1 Pesquisador EPAMIGCTSM epamiguflabr 2 Pesquisador SDRMA procafefepesmigbr 3 Professor Departamento de Solos UFV Bolsista CNPq vhavmailufvbr 4 Pesquisador EMCAPER 5 Pesquisador CENAUSP malacenauspbr 6 Pesquisador Departamento de Solos UFLA 6 Pesquisador Departamento de Solos UFLA 7 Professor Emérito Departamento de Solos UFLA ascheidluflabr 8 Eng Agr COOXUPÉ Guaxupé MG diretoriacooxupécombr 9 Eng Agr Pesquisador Departamento de Solos UFV Lavouras implantadas Amostrar sob a projeção da copa local da aplicação dos fertilizantes a uma profundidade de 0 a 20 cm A amostragem deve ter periodicidade anual a partir de 60 dias após a última adubação ou feita após a esparramação do cisco preferencialmente tendo por objetivo dar base para a recomendação de calagem e a aplicação de fertilizantes para a próxima safra Em períodos mais prolongados quatro em quatro anos é importante a análise do solo de amostras coletadas no meio da rua ou entrelinhas 0 a 20 cm e na profundidade de 20 a 40 cm sob a projeção da copa A análise das amostras coletadas no meio da rua visa conhecer o grau de acidificação geralmente menor do que sob a projeção da copa e os teores de nutrientes alguns elementos apresentam grandes variações em função da prática da arruação nas entrelinhas Também neste intervalo de tempo a análise de amostras coletadas de 20 a 40 cm sob a projeção da copa tem por objetivo dar um indicativo da acidez e da lixiviação de nutrientes Calagem A necessidade de calagem NC pode ser obtida pelo critério da saturação por bases visando Ve 60 quando esta for inferior a 50 ou obtida pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 utilizando a equação NC Y Al3 mt t100 X Ca 2 Mg 2 sendo Y variável com a capacidade tampão da acidez do solo X 35 e mt 25 conforme indicado no Cap 8 O calcário deve ser incorporado o mais profundo possível por ocasião da implantação da lavoura Naquelas já implantadas onde não há condições para a incorporação do corretivo calcular a quantidade de calcário QC em função da superfície de aplicação área total ou faixa da profundidade de incorporação 7 cm e do PRNT do calcário Em lavouras novas ou com espaçamentos mais largos o calcário deve ser aplicado em faixa na projeção da copa por nela estar concentrado quase todo o sistema radicular e ser o grau de acidificação maior em função da aplicação localizada de fertilizantes Em lavouras com espaçamentos mais adensados a aplicação deve ser feita sobre toda a superfície do terreno Em áreas acidentadas por ser difícil a prática de incorporação do calcário na implantação da lavoura este é aplicado na cova e superficialmente na faixa de plantio que é ampliada à medida que o cafeeiro for crescendo Gessagem Considerando a melhoria do ambiente radicular em profundidade e a impossibilidade de incorporação do calcário em lavouras já implantadas o gesso deve ser recomendado nas seguintes situações quando a camada subsuperficial 20 a 40 cm apresentar um teor inferior ou igual a 04 cmolcdm3 de Ca 2 e ou superior a 05 cmolcdm3 de Al 3 e ou saturação por Al 3 m superior a 30 A quantidade deve ser calculada segundo as recomendações contidas no Cap 10 Adubação Corretiva No caso de um manejo mais intensivo em solos de baixa fertilidade natural ou em plantios adensados propõese fazer uma adubação corretiva antes do plantio constituída de calagem gessagem adubação com fósforo adubação com potássio e com micronutrientes uma adubação verde com leguminosas e em seguida o sulcamento e o plantio das mudas Adubação Verde A adubação com leguminosas pode ser feita por ocasião da implantação da lavoura após a calagem e o preparo do solo com incorporação destas no florescimento antes do plantio dos cafeeiros Em lavouras já implantadas a adubação verde pode ser feita pelo cultivo do mato e seu manejo com uso de roçadeiras e herbicidas de contato O resíduo das arruações e a calagem nas entrelinhas proporcionam bom desenvolvimento de mato para ser manejado formando um mulching ou cobertura morta protegendo o solo e incorporando matéria orgânica Adubação Orgânica Os adubos orgânicos disponíveis na propriedade podem ser usados considerando os nutrientes neles contidos conforme as seguintes opções Esterco de curral 3 a 5 kgcova 70 a 150 Lcova Esterco de galinha 1 a 2 kgcova 15 a 30 Lcova Torta de mamona 05 a 1 kgcova 10 a 20 Lcova Palha de café 1 a 2 kgcova 50 a 100 Lcova Para um metro de sulco estas quantidades são multiplicadas por 25 O uso de matéria orgânica na cova do plantio excluindo o esterco de curral exige um intervalo de 30 a 60 dias entre o enchimento da cova e o plantio das mudas Substrato para a Produção de Mudas 700 dm3 de terra peneirada 300 L de esterco de curral curtido e peneirado 3 a 5 kg de superfosfato simples 05 a 10 kg de cloreto de potássio Esterco de galinha 80 L e torta de mamona 10 a 15 L podem ser utilizados quando os solos forem de textura média devendo a semeadura neste caso ser feita 30 a 40 dias após o preparo da mistura Adubação de Plantio Caso já se tenha incorporado calcário na área de plantio comumente de 0 a 20 cm a quantidade de calcário complementar recomendada para aplicação na cova ou no sulco de plantio deve ser reduzida à metade quantidade para a camada de 20 a 40 cm dos 40 cm da cova ou do sulco Este calcário complementar na cova ou sulco de plantio pode ter uma granulometria mais grosseira corrigindose no entanto o PRNT para 100 Cálculo da quantidade de calcário complementar recomendada por exemplo para covas de 40 x 40 x 40 cm 64 dm3 de solo supondo uma necessidade de calagem NC de 3 tha 2 NC tha x Volume de solo da cova ou sulco dm de calcário complementar gcova Quantidade 3 QC gcova 3 t x 64 dm3 2 192 g 2 200 g 2 100 gcova para um metro de sulco multiplicar a quantidade do exemplo por 25 100 x 25 250 gm de calcário no sulco Fósforo na cova de plantio baseado no nível crítico de implantação segundo o Quadro 18461 Quadro 18461 Classes de fertilidade do fósforo para implantação da lavoura de café em função do teor de argila ou do valor de fósforo remanescente Prem e dose de P2O5 a ser aplicada na cova de plantio Característica Classes de Fertilidade Muito baixo Baixo Médio Bom Muito bom Argila Teor de P no solo1 mgdm3 100 60 80 81 160 161 240 241 360 360 60 35 120 121 240 241 360 361 540 540 35 15 200 201 360 361 600 601 900 900 15 0 300 301 600 601 900 901 1350 1350 Prem mgL 0 4 90 91 130 131 180 181 240 240 4 10 120 121 180 181 250 251 375 375 10 19 180 181 250 251 342 343 525 525 19 30 240 241 342 343 474 475 720 720 30 44 330 331 474 475 654 655 990 990 44 60 450 451 654 655 900 9011350 1350 Dose plantio Dose de P2O5 gcova 80 65 50 35 20 1 Valores superiores em três vezes os níveis de fósforo apresentados no Quadro 53 do Cap 5 Sugerese o uso de 200 a 400 gcova ou metro de sulco de fosfato natural importado de maior reatividade ou o nacional pouco reativo Calcular a quantidade de P2O5 disponível adicionado com o fosfato natural completando a dose de P2O5 a ser aplicada com uma fonte mais solúvel superfosfato simples termofosfato etc Incorporálos à terra de enchimento da cova juntamente com os adubos orgânico e minerais o calcário complementar da cova e o gesso agrícola nos solos que apresentarem na camada subsuperficial necessidades conforme os critérios de uso deste insumo ou na quantidade de 200 a 300 gcova ou metro de sulco Adubação de Pósplantio em Cobertura Após o pegamento das mudas aplicar as doses de nitrogênio e de potássio recomendadas no Quadro 18462 Aplicar os fertilizantes em círculo afastados no mínimo 5 cm do caule Quadro 18462 Doses de K2O recomendadas em função da disponibilidade de potássio do solo e dose de nitrogênio a serem aplicadas em cobertura após o pegamento das mudas de cafeeiro Classes de Fertilidade Baixo Médio Bom Muito Bom Teor de K no solo Dose de N mgdm3 60 60 120 120 200 200 Dose de K2O gcovaano gcovaaplicaçã o 30 20 10 0 3 5 Aplicar o nitrogênio em cobertura a intervalos de 30 a 45 dias a partir do plantio até o final das chuvas evitandose atingir a planta A adubação potássica em cobertura pode ser feita dividindose a dose em duas a três aplicações O suprimento de boro e de zinco pode ser feito por via foliar após o plantio ou adicionado à terra de enchimento da cova nas quantidades de 06 a 10 g de B e 10 a 20 g de Zn por cova ou por metro de sulco respectivamente Se as fontes de nitrogênio e de fósforo não contiverem enxofre aplicar 12 gcova ou metro de sulco de S gesso agrícola sulfato de amônio ou sulfato duplo de potássio e magnésio Adubação de 1º e 2º ano Pósplantio Aplicar as doses de nitrogênio e de potássio recomendadas no Quadro 18463 As aplicações devem ser em número de três a quatro distribuídas durante o período chuvoso outubro a março a intervalos de 30 a 45 dias Aplicar os fertilizantes na superfície na região mediana entre o caule e a projeção da extremidade dos ramos da copa Quadro 18463 Doses de K2O recomendadas em função da disponibilidade de potássio do solo e doses de nitrogênio a serem aplicadas no 1º e no 2º ano pós plantio do cafeeiro em cobertura Classes de Fertilidade Baixo Médio Bom Muito Bom Período Teor de K no solo Dose de N mgdm3 60 60 120 120 200 200 Dose de K2O gcovaano gcovaaplicaçã o 1º ano 40 20 10 0 10 2º ano 60 40 20 0 20 Nesta fase a adubação fosfatada pode ser dispensada quando da utilização de doses adequadas na cova ou sulco de plantio Se a lavoura apresentar perspectivas de produção já no 2º ano pósplantio adotar as recomendações a seguir para lavouras em produção Adubação de Produção A quantidade de fertilizantes é determinada em função da produtividade média da lavoura e dos teores de nutrientes no solo exceto para o nitrogênio para o qual pode considerarse o teor da análise foliar As recomendações de nitrogênio e de potássio encontramse no Quadro 18464 e as de fósforo no Quadro 18465 Quadro 18464 Doses de nitrogênio recomendadas em função da produtividade esperada e do teor foliar de N ou de doses preestabelecidas deste nutriente e doses de K2O de acordo com a produtividade esperada e com a disponibilidade de potássio do solo Produtividad e esperada Teor de N foliar Dose de N1 Classes de Fertilidade Baixo Adequad o Alto Baixo Médio Bom Muito Bom dagkg Teor de K no solo mgdm3 25 2630 31 35 60 60 120 120200 200 Dose de N Dose de K2O scha kghaano 20 200 140 80 200 200 150 100 0 20 30 250 175 110 250 250 190 125 0 30 40 300 220 140 300 300 225 150 0 40 50 350 260 170 350 350 260 175 50 50 60 400 300 200 400 400 300 200 75 60 450 340 230 450 450 340 225 100 1 Doses preestabelecidas de nitrogênio quando não se realizou análise foliar As doses de nitrogênio e de potássio devem ser parceladas em três a quatro vezes durante o período chuvoso outubro a março a intervalos de 40 a 60 dias Em solos arenosos o número de parcelamentos deve ser aumentado A adubação nitrogenada pode ser feita de acordo com doses preestabelecidas e com a produtividade esperada ou preferivelmente em função da produtividade esperada e do teor foliar de N de amostras colhidas em dezembro chumbinho antes do enchimento dos grãos ajustandose as doses de nitrogênio a serem adicionadas nas duas coberturas posteriores Se após o segundo parcelamento de nitrogênio o teor foliar for igual ou superior a 35 dagkg cancelar a terceira ou quarta aplicação Quando a produtividade esperada para um ano de baixa produção for inferior a 50 da produção do ano de alta produção anterior considerando como normais as condições fitossanitárias e de manejo da lavoura tirar a média destes dois anos e considerála como produtividade esperada para este ano de baixa produção Adubações baixas em anos de baixa produção acentuam a bienalidade de produção Ex Produção alta do ano anterior 65 scha e estimativa de produção para o ano em questão 22 scha 50 de 64 32 32 22 scha Logo 64 222 43 scha Considerar a adubação para uma produtividade esperada na faixa de 40 a 50 scha A fertirrigação indicada principalmente para nitrogênio e potássio é feita aumentando o número de aplicações por ocasião das irrigações A adubação fluída é realizada independentemente da umidade do solo utilizando as mesmas quantidades anteriormente propostas Fornecer todo o fósforo na primeira aplicação Aplicar os demais fertilizantes na área entre o caule e a projeção da extremidade dos ramos da copa ou em sulco sob a projeção da copa de outubro a março a intervalos de 40 a 60 dias em três a quatro parcelamentos Quadro 18465 Classes de fertilidade do fósforo para manutenção da lavoura de café em função do teor de argila ou do valor de fósforo remanescente Prem e doses de P2O5 a serem aplicadas de acordo com a produtividade Característica Classes de Fertilidade Muito baixo Baixo Médio Bom Muito bom Argila Teor de P no solo1 mgdm3 60 100 19 20 40 41 60 61 90 90 35 60 30 31 60 61 90 91 135 135 15 35 50 51 90 91 150 151 225 225 0 15 75 75 150 151 225 226 338 338 Prem mgL 0 4 23 24 32 33 45 46 68 68 4 10 30 31 45 46 62 63 94 94 10 19 45 46 62 63 85 86 131 131 19 30 60 61 85 86 119 120 180 180 30 44 83 84 119 120 164 165 248 248 44 60 113 114 164 165 225 226 338 338 Produtividade Dose de P2O5 scha kghaano 20 30 20 10 0 0 21 30 40 30 20 0 0 31 40 50 40 25 0 0 41 50 60 50 30 15 0 51 60 70 55 35 18 0 60 80 60 40 20 0 1 Valores reduzidos a 075 vezes os níveis de fósforo apresentados no Quadro 53 do Cap 5 Se as fontes de nitrogênio e de fósforo não contiverem enxofre aplicar 18 da dose recomendada de nitrogênio como enxofre ou de acordo com a análise do S disponível Para interpretação dos teores de S disponível do solo extrator CaH2PO42 500 mgL de P em HOAc 2 molL considerar as classes de fertilidade apresentadas no Quadro 54 do Cap 5 Ao usar os adubos orgânicos podemse considerar os nutrientes neles contidos complementandoos com adubos minerais Os adubos orgânicos devem ser aplicados em cobertura sob a copa do cafeeiro ou enterrados em covas ou sulcos na projeção da copa A palha de café não deve ser enterrada Em solos que apresentam valores de CTC pH 7 e pH diferentes da faixa adequada 7 a 10 cmolcdm3 e 55 a 60 devemse observar as relações e a participação das bases trocáveis em relação à CTC pH 7 Adubação de Cafeeiros Podados Recepa e esqueletamento No 1º ano após estas podas seguir as recomendações de adubação para o 2º ano No caso em que as brotações sejam vigorosas dispensamse as adubações devido ao resíduo deixado no solo pelas adubações anteriores A partir do 2º ano após estas podas seguir as recomendações para cafeeiros em produção pelo fato de as plantas já apresentarem perspectivas de colheita Demais tipos de podas Seguir as recomendações de adubação para cafeeiros em produção Ao fazer a poda as brotações novas geralmente surgem deficientes em zinco necessitando portanto de adubações foliares para seu bom desenvolvimento Amostragem Foliar Após pelo menos 30 dias do 2º parcelamento de fertilizantes ou de uma pulverização foliar e na fase de chumbinho ou seja antes do enchimento dos grãos em dezembro amostrar o 3º ou 4º pares de folhas a partir do ápice de ramos produtivos situados na porção mediana das plantas Colher dois pares de folhas por planta nos dois lados do renque num total de 25 plantas por área homogênea amostrada 100 folhas por amostra A amostragem de folhas para análise deve ser uma prática rotineira feita todos os anos para avaliar o estado nutricional da lavoura Quadro 18466 e para orientar as adubações Quadro 18466 Teores foliares de nutrientes considerados adequados ao cafeeiro1 Macronutriente Teor Micronutriente Teor dagkg mgkg N 290 320 B 40 80 P 012 016 Cu 8 16 K 180 220 Fe 70 180 Ca 100 130 Mn 50 200 Mg 031 045 Zn 10 20 S 015 020 Mo 01 02 1 Consultar o Cap 17 Diagnose foliar Micronutrientes Os micronutrientes comumente deficientes em nossas condições são o zinco o boro o cobre e às vezes o manganês A avaliação dos teores no solo e as recomendações para a correção destes encontramse no Quadro 18467 Boro Em solos deficientes em boro aplicar bórax ou ácido bórico na superfície do solo sob a projeção da copa no início do período chuvoso Para novas aplicações efetuar a análise foliar evitandose assim o efeito fitotóxico Em solos com teores intermediários o suprimento pode ser feito por via foliar em duas a quatro aplicações com solução contendo 3 a 5 gL de ácido bórico segundo os teores de boro no solo e as exigências da cultura Zinco Em solos deficientes em zinco com textura arenosa a média deve se aplicar zinco em cobertura sob a projeção da copa no início do período chuvoso Em solos argilosos o suprimento deve ser feito por via foliar por meio de duas a quatro aplicações anuais e espaçadas com solução de sulfato de zinco na concentração de 5 gL A adição de 3 gL de KCl à calda de sulfato de zinco melhora a sua absorção podendo reduzila a 3 gL Quadro 18467 Doses de micronutrientes recomendadas para a cultura de café em função de sua disponibilidade no solo Nutriente Extrator Classes de Fertilidade Baixo Médio Bom Alto Teor no solo mgdm3 Boro HCl 005 molL ou Mehlich1 Água quente 030 031 070 071 10 10 020 021 040 041 06 06 Dose de B kgha 3 2 1 0 Teor no solo mgdm3 Cobre Mehlich1 DTPA 05 06 10 11 15 15 03 04 06 07 10 10 Dose de Cu kgha 3 2 1 0 Teor no solo mgdm3 Manganês Mehlich1 DTPA 50 51 100 101 150 150 10 11 25 26 50 50 Dose de Mn kgha 15 10 5 0 Teor no solo mgdm3 Zinco Mehlich1 DTPA 20 21 40 41 60 60 06 07 11 12 15 15 Dose de Zn kgha 6 4 2 0 Cobre A pulverização com fungicidas cúpricos fornece cobre satisfatoriamente aos cafeeiros Quando não for utilizada esta prática fazer sua correção em lavouras implantadas em solos deficientes Manganês O aumento no uso de corretivos visando elevar o pH do solo e também a obtenção de maiores produtividades ocasiona grande demanda deste nutriente sendo hoje normal a constatação de deficiência de manganês A sua correção é feita também por via foliar utilizando sulfato manganoso na concentração entre 5 e 10 gL e em duas a quatro aplicações foliares por ano Deficiência de manganês em nossas condições significa antes de tudo uma calagem mal feita supercalagem Ferro Como o manganês também podem ocorrer deficiências de ferro sendo em menor freqüência principalmente em solos com adensamento e por calagem mal feita A correção desses problemas bem como pulverizações com sulfato ferroso 10 gL eliminam a deficiência Nas aplicações foliares recomendase geralmente a seguinte solução Produto Concentração gL Ácido bórico 3 Sulfato de zinco 3 Cloreto de potássio1 3 Oxicloreto de cobre2 3 Espalhante adesivo 05 1 O KCl tem a função de aumentar a absorção de zinco 2 No caso de controle da ferrugem utilizar solução 10 gL de oxicloreto de cobre 1847 Eucalipto Nairam Félix de Barros 1 Roberto Ferreira de Novais 2 Produtividade esperada 30 a 50 m3haano de madeira Espaçamento 20 x 30 m Calagem Dispensase a calagem para a correção de acidez do solo uma vez que as plantas de eucalipto são bastante tolerantes ao Al A aplicação de calcário se justifica para o suprimento de Ca e Mg se estes nutrientes não forem constituintes dos outros fertilizantes utilizados quando seus teores no solo estão aquém daqueles necessários para atingir a produtividade esperada Essas considerações são válidas para a terra do substrato para produção de mudas e em condições de campo Adubação mineral Os níveis críticos dos principais elementos no solo para o crescimento de mudas de eucalipto no viveiro bem como para manutenção no campo são apresentados a seguir Elemento1 Nível crítico para produção de mudas2 Nível crítico de manutenção Incremento médio anual m3haano 20 30 40 50 P mgdm33 Solo argiloso 60 43 43 44 45 Solo arenoso 80 62 63 64 65 K mgdm34 10 45 60 75 90 Ca2 cmolcdm35 020 045 060 070 080 Mg2 cmolcdm35 005 010 013 016 019 1 Amostragem de 020 cm de profundidade 2 Estes mesmos níveis são adequados para a implantação de floresta primeiros 3 meses 3 Extrator Mehlich1 os valores de 60 e 80 para P referemse a plantas com 45 dias de idade Os demais valores referemse a árvore com um ou mais anos de idade 4 Extrator Mehlich1 5 Extrator KCl 1 molL A Adubação no viveiro A aplicação de fertilizantes no viveiro tem sido feita predominantemente via água de irrigação embora a sua mistura com o solo para enchimento dos recipientes tenha em alguns casos sido adotada Sugestões de adubação no viveiro de mudas de eucalipto produzidas em solo como substrato em sacos de plástico com volume de 260 cm3 e em outros substratos em tubetes 1 Professor Titular Departamento de Solos UFV nfbarrosmailufvbr 2 Professor Titular Departamento de Solos UFV rfnovaismailufvbr Nutriente Modo de Aplicação do Fertilizante Via irrigação Misturado ao solo Misturado a outros substratos1 Três dias antes da semeadura2 Vinte dias após a semeadura2 Antes do enchimento do saquinho3 Antes do enchimento dos tubetes3 gsaquinho gm3 N 001 001 160 375 P2O5 004 004 640 1500 K2O 001 001 160 750 S 001 001 80 1 Substratos constituídos de a misturas de vermiculita com moinha de carvão compostos orgânicos b composto de cascas 2 Gramas do nutriente por recipiente na água de irrigação 3 Gramas de nutrientes por m 3 de substrato solo Enfatizase a importância da utilização do superfosfato simples como fonte de P ou do sulfato de amônio como fonte de N de modo a suprir a necessidade de S das mudas em razão da grande resposta que tem sido obtida pela aplicação desse nutriente O solo para o preenchimento dos recipientes no viveiro deve ser homogeneizado e passado por peneira com malhas de 4 mm de abertura Em seguida coletase uma amostra composta para análise B Adubação de Campo Fósforo Para teores do elemento no solo superiores ao nível crítico da manutenção aplicar 100 g de superfosfato simples por cova 20 x 20 x 20 cm de plantio se o solo for arenoso 125 g se for de textura média ou 150 g se o solo for argiloso Para teores do elemento no solo inferiores à metade do nível crítico de manutenção incorporar 600 kgha de fosfato natural em um sulco ao lado da linha de plantio ou 300 kgha se o teor de P estiver entre a metade e o nível crítico de manutenção para a produtividade esperada Potássio Para teores de potássio no solo superiores aos críticos de manutenção não aplicar adubo potássico Para teores inferiores aos críticos de manutenção aplicar 18 kgha de K2O para cada mgdm3 de diferença para atingir o nível crítico correspondente à produtividade esperada parcelando o adubo em duas aplicações a primeira três a quatro meses após o plantio e a segunda 18 meses após o plantio Sugerese utilizar a fórmula 10020 para suprir também o N Nitrogênio Se o K não for recomendado aplicar 80 g de sulfato de amônio um ano após o plantio repetindo no ano seguinte se a produtividade esperada for superior a 40 m3haano Se o K for recomendado o N será suprido via 10020 conforme recomendado para o K Cálcio e Magnésio Para cada décimo de cmolcdm3 abaixo do nível crítico de cálcio aplicar 100 kgha de calcário com 100 de PRNT em área total Caso o teor de magnésio também estiver abaixo do nível crítico utilizar calcário dolomítico Micronutrientes Aplicar na cova de plantio 5 g de sulfato de zinco Aplicar juntamente com o nitrogênio e ou o potássio 10 g de bórax em cobertura 1848 Feijão José Mauro Chagas 1 José Mário Braga 2 Clibas Vieira 3 Luis Tarcísio Salgado 1 Arnoldo Junqueira Neto 4 Geraldo Antônio de A Araújo 5 Messias José Bastos de Andrade 6 Regina Maria Quintão Lana 7 Antonio Carlos Ribeiro 2 As recomendações de fertilizantes serão feitas considerando os níveis de tecnologia NT1 a NT4 adotados correspondentes às produtividades esperadas de até 1200 kgha de 1200 a 1800 kgha de 1800 a 2500 kgha e maiores que 2500 kgha Os níveis de tecnologia são assim caracterizados NT1 calagem adubação sementes catadas 220000 a 240000 plantasha capinas até 30 dias após a emergência DAE NT2 calagem adubação sementes fiscalizadas 220000 a 240000 plantasha controle fitossanitário tratamento de Sementes NT3 NT2 herbicidas irrigação NT4 NT3 apenas com maiores doses de adubos 1 Pesquisador EMBRAPAEPAMIG epamigmailufvbr 2 Professor Titulars aposentado Departamento de Solos UFV 3 Professor Titular aposentado Departamento de Fitotecnia UFV cbvieiramailufvbr 4 Professor Titular aposentado UFLA arnoldouflabr 5 Professor Titular Departamento de Fitotecnia UFV garaujomailufvbr 6 Professor Adjunto UFLA mandradeuflabr 7 Professor Adjunto UFU regilanaufubr Recomendações de adubação com macronutrientes Nível tecnológic o N1 Plantio Disponibilidade de P2 Disponibilidade de K2 N Cobertur a Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O kgha NT1 20 70 50 30 30 20 20 203 NT2 20 80 60 40 30 20 20 303 NT3 30 90 70 50 40 30 20 404 NT4 40 110 90 70 50 40 20 604 1 Aplicado no plantio junto com o fósforo e o potássio 2 Ver os níveis de fertilidade no Quadro 53 3 A adubação nitrogenada de cobertura deve ser feita 25 a 30 DAE com o solo úmido 4 A adubação nitrogenada de cobertura deve ser parcelada 20 e 30 DAE Em solos com baixos teores de magnésio e ou enxofre aplicar 20 kgha desses nutrientes Constatando deficiências de boro e ou zinco aplicar 1 kgha de B e 2 a 4 kgha de Zn Efetuar aplicação foliar 60 gha de Mo 154 gha de molibdato de sódio ou 111 gha de molibdato de amônio entre 15 e 25 DAE Fazer inoculação com rizóbio principalmente nos níveis de tecnologia mais baixos NT1 e NT2 Adubação do Feijão no Plantio Direto Mesmas recomendações do sistema tradicional Entretanto o êxito depende dos seguintes prérequisitos Nivelamento do terreno Correção da acidez do solo Produção de material orgânico Destruição do encrostamento superficial Destruição do adensamento subsuperficial Outros cuidados Recomendase aos agricultores que desejam utilizar esse sistema de plantio consultar um Engenheiro Agrônomo em virtude de sua complexidade 1849 Fumo Francisco Dias Nogueira 1 Tipos 1 Fumo em corda Produtividade esperada 81000 plantas ou 1200 kgha de fumo em corda Espaçamento 10 x 10 m Cultivares Sul de Minas Jorginho Arapiraca Santa Cruz 2 Fumo em folha Tipo Galpão Sul de Minas BrasilBahia Poço Fundo Produtividade esperada 5000 kgha Espaçamento 10 x 060 m Tipo Estufa Virgínia Chinês Santa Cruz Sementeira e produção de mudas 300 mudasm2 aplicar por m2 de canteiro 3 kg de esterco bem curtido 150 g de superfosfato simples 30 g de cloreto de potássio 7 g de uréia dissolvidos em 20 L de água aplicados a cada 15 dias sendo feita a primeira aplicação oito dias após a semeadura Repicagem período de 2001 a 3001 utilizando sacolas plásticas 11 x 20 cm É uma prática eficaz para controle de doenças diminuição de estiolamento e permite o transplante definitivo para o campo nos dias ensolarados Época de transplante 2a quinzena de fevereiro até 1a quinzena de março Calagem 60 dias antes do plantio em quantidade suficiente para elevar a saturação por bases a 50 e teor de magnésio trocável a um valor mínimo de 05 cmolcdm3 Adubação orgânica para fumo de corda aplicar 20 a 30 tha de esterco de curral ou composto orgânico 2 a 3 kgcova mais a adubação mineral Adubacão mineral de plantio proceder mediante análise de solo Tipo de Fumo Dose de N Disponibilidade de P Disponibilidade de K Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O kgha Fumo de corda 101 100 80 60 80 40 20 Fumo de galpão 602 80 60 40 80 40 20 Fumo de estufa 602 60 40 20 80 40 20 1 Aplicado em cova de uma só vez misturado com o adubo orgânico 2 Parcelar 13 no plantio 13 quarenta dias após o plantio e 13 sessenta dias após o plantio 1 Pesquisador EPAMIGEMBRAPA epamiguflabr Utilizar como fonte de potássio o sulfato de potássio Aplicar 15 gcova de FTE BR10 como fonte de micronutrientes 18410 Girassol CFSEMG 1 Produtividade esperada em solos de baixa fertilidade 1500 kgha em solos aluviais do norte de Minas 2500 kgha Espaçamento 10 x 020 m 50000 plantasha Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da textura do solo ver Cap 8 Adubação mineral Dose de N Plantio Disponibilidade de P Disponibilidade de K Dose de N Cobertura Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O kgha 20 70 50 30 70 50 30 40 Sugerese cultivar o girassol após pelo menos dois cultivos de soja ou três de soja e milho Fazer adubação nitrogenada em cobertura 45 a 50 dias após a emergência Em solos deficientes em boro e ou zinco aplicar respectivamente 1 kgha de B e ou 2 a 4 kgha de Zn Para solos pobres em matéria orgânica ou com uso generalizado de fórmulas concentradas sugerese aplicar 20 a 30 kgha de S 1 COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais 4 Aproximação Lavras CFSEMG 1989 159p 18411 Mamona CFSEMG 1 Produtividade esperada 1500 a 2000 kgha Espaçamento Variedades melhoradas anãs ou de porte médio Em solos de fertilidade elevada 15 x 05 m Em solos de fertilidade média e baixa 10 x 05 m Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da textura do solo ver Cap 8 Adubação Mineral Dose de N Plantio Disponibilidade de P Disponibilidade de K Dose de N Cobertura Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O kgha 0 90 60 30 90 60 30 40 A adubação nitrogenada em cobertura para atender à maior demanda no período que antecede a floração deve ser feita entre 40 e 50 dias após a emergência ou quando as plantas alcançarem aproximadamente 50 cm Aplicar 20 kgha de S no plantio ou com a adubação de cobertura quando se usarem formulações concentradas Se houver constatação de deficiência de zinco aplicar 5 kgha de Zn 1 COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais 4 Aproximação Lavras CFSEMG 1989 159p 18412 Mandioca Francisco Dias Nogueira 1 Jayme de Cerqueira Gomes 2 Produtividade esperada 20000 kgha Espaçamento 10 x 05 m Calagem Independentemente de cálculo por qualquer método não ultrapassar a quantidade de 2 tha Nitrogênio em cobertura 30 a 60 dias após brotação manter a dose de 40 kgha de N Fósforo Dose de P2O5 em função da disponibilidade no solo Disponibilidade Textura Dose P2O5 Argilosa Média Arenosa mgdm3 kgha Baixa 0 3 0 5 0 7 80 Média 4 6 6 10 8 15 40 Boa 7 10 11 15 15 20 20 Muito Boa 10 15 20 0 Potássio Dose de K2O em função da disponibilidade no solo Disponibilidade de K Teor de K Dose K2O mgdm3 kgha Baixa 0 20 60 Média 21 40 40 Boa 41 60 20 Muito Boa 60 0 Zinco Em solos comprovadamente deficientes em zinco aplicar 5 kgha deste nutriente juntamente com fósforo e potássio A mandioca praticamente não responde à aplicação de nitrogênio e potássio mesmo quando apresentam baixos teores de matéria orgânica e potássio no solo As respostas à aplicação de fósforo são mais freqüentes Não é recomendável o plantio em solos argilosos e cultivos sucessivos na mesma área máximo de dois cultivos Rotação é uma prática recomendável entre outras vantagens pois a mandioca utiliza os nutrientes residuais das lavouras anteriores e em geral as respostas ou incrementos de produção à adubação são pequenos 1 Pesquisador EPAMIG epamiguflabr 2 Pesquisador EMBRAPACNPMF 18413 Milho Vera Maria Carvalho Alves 1 Carlos Alberto Vasconcellos 1 Francisco Morel Freire 2 Gilson Villaça Exel Pitta 1 Gonçalo Evangelista de França 1 André Rodrigues Filho 3 Jair Moreira de Araújo 3 José Rodrigues Vieira 3 José Eustáquio Loureiro 3 184131 Milho Grão Espaçamento e densidade Seguir recomendações do cultivar e do manejo a ser adotado Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo método do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 2 e mt 15 ou pelo método da saturação por bases para elevála a 60 pH em torno de 6 Observar a incorporação de calcário na camada de 020 cm de profundidade Relações CaMg muito estreitas abaixo de 31 prejudicam a cultura do milho Adubação Mineral Produtividade Dose de N Plantio Disponibilidade de P1 Disponibilidade de K1 Dose de N Cobertur a Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O tha kgha 4 6 10 20 80 60 30 50 40 20 60 6 8 10 20 100 80 50 70 60 40 100 8 10 20 120 100 70 90 80 60 140 1 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Cap5 Fazer a adubação nitrogenada em cobertura no solo ou via água de irrigação quando as plantas apresentarem de seis a oito folhas bem desenvolvidas Para os plantios em sucessão e ou em rotação com soja deduzir 20 kgha de N da recomendação de adubação em cobertura No plantio direto recomendase aumentar a adubação nitrogenada de plantio para 30 kgha de N Em solos arenosos a adubação nitrogenada deve ser parcelada em duas aplicações com seis e com dez folhas Quando o fertilizante nitrogenado for a uréia esta deve ser incorporada a uma profundidade de cerca de 5 cm ou via água de irrigação 1 Pesquisador EMBRAPACNPMS 2 Pesquisador EPAMIG 3 Engenheiro Agrônomo EMATERMG Quando o solo for arenoso ou a recomendação de adubação potássica exceder 80 kgha de K2O devese aplicar metade da dose no plantio e metade junto com a cobertura nitrogenada Nos solos deficientes em zinco aplicar de 1 a 2 kgha de Zn Aplicar no plantio ou em cobertura 30 kgha de S quando se utilizarem adubos concentrados Em solos de cerrado não se recomenda o plantio de milho nos primeiros anos mas sim após um mínimo de dois cultivos de soja 184132 Milho Silagem Espaçamento e densidade Seguir recomendações do cultivar e do manejo a ser adotado Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo método do Al3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 2 e mt 15 ou pelo método da saturação por bases para elevála a 60 pH em torno de 6 Observar a incorporação de calcário na camada de 0 a 20 cm de profundidade Relações CaMg muito estreitas abaixo de 31 prejudicam a cultura do milho Adubação Mineral Produtividade matéria verde Dose de N Plantio Disponibilidade de P2 Disponibilidade de K2 Dose de N Cobertur a Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O tha kgha 30 40 10 20 80 60 30 100 80 40 80 40 50 10 20 100 80 50 140 120 80 130 50 10 20 120 100 70 180 160 120 180 2 Utilizar os critérios de interpretação apresentados no Quadro 53 Cap5 Acompanhar anualmente com análise de solo Fazer a adubação nitrogenada em cobertura no solo ou via água de irrigação quando as plantas apresentarem de seis a oito folhas bem desenvolvidas Para os plantios em sucessão e ou em rotação com soja deduzir 20 kgha de N da recomendação de adubação em cobertura No plantio direto recomendase aumentar a adubação nitrogenada de plantio para 30 kgha de N Em solos arenosos a adubação nitrogenada deve ser parcelada em duas aplicações com seis e com dez folhas Quando o fertilizante nitrogenado for a uréia esta deve ser incorporada a uma profundidade de cerca de 5 cm ou via água de irrigação Quando o solo for arenoso ou a recomendação de adubação potássica exceder 80 kgha de K2O devese aplicar metade da dose no plantio e metade junto com a cobertura nitrogenada Nos solos deficientes em zinco aplicar de 1 a 2 kgha de Zn Aplicar no plantio ou em cobertura 30 kgha de S quando se utilizarem adubos concentrados Retornar o esterco para a área cultivada sempre que possível Em solos de cerrado não se recomenda o plantio de milho nos primeiros anos mas sim após um mínimo de dois cultivos de soja 18414 Seringueira Neusa Catarina Pinheiro Garcia 1 Ailton Vitor Pereira 2 Paulo Cesar de Lima 1 Luís Tarcísio Salgado 1 Janice Guedes de Carvalho 3 Sebastião Alípio de Brito 4 Ciríaca A F Santana do Carmo 5 Produtividade esperada 1500 kghaano de borracha seca Espaçamento De 70 a 80 m entre linhas em curva de nível e de 25 a 30 m entre plantas Escolha da área de plantio Plantar em solos bem drenados com pelo menos 2 m de profundidade e livres de camadas de impedimento à penetração de raízes camadas compactadas adensadas e ou altos teores de Al 3 e baixos teores de Ca 2 Ocorrendo qualquer um destes impedimentos se possível fazer as devidas correções Amostragem de solo Para orientar a calagem e adubação coletar 20 amostras simples por gleba homogênea de no máximo 10 ha na camada de 0 a 20 cm ver Amostragem de solo Cap 3 Calagem Para calcular a quantidade de calcário a ser aplicada utilizar o método de Al 3 e do Ca 2 Mg 2 usando Y variável em função da textura do solo X 1 e mt 25 ou o método de saturação por bases considerando Ve igual a 50 ver Calagem Cap 8 Caso as entrelinhas do seringal sejam exploradas com culturas intercaladas a calagem deve atender às exigências dessas pois são normalmente mais exigentes que a seringueira Em áreas mecanizáveis o calcário deve ser incorporado na camada de 0 a 20 cm antes do plantio No entanto em seringais já formados a calagem deve ser repetida a cada dois anos de acordo com os resultados da análise de solo A correção será feita de modo a atingir 1 cmolcdm3 de Ca 2 Mg 2 no solo utilizando calcário dolomítico calcário em tha 1 Ca 2 Mg 2 Já em terrenos com declives acentuados onde a calagem em área total não é viável recomendamse as seguintes práticas 1 Pesquisador EPAMIGCTZM epamigmailufvbr 2 Pesquisador EMBRAPACPAC 3 Professor Titular Departamento de Ciências do Solo UFLA janicegcuflabr 4 Professor Departamento de Fitotecnia UFV in memoriam 5 Pesquisador EMBRAPASolos Abrir as covas de plantio com as dimensões mínimas de 040 x 040 m de boca por 060 m de profundidade procedendo à calagem à base de 50 gcova para cada tha de calcário recomendada pela análise Para o 2o 4o 6o e 8o anos de idade do seringal realizar a calagem em sulcos rasos paralelos às linhas de plantio distanciandose de 1 2 3 e 4 m respectivamente A dose recomendada pode ser aproximadamente convertida em 200 g de calcário dolomítico por 10 m de sulco para cada tha de calcário recomendada pela análise Preparo da cova A cova feita manualmente ou mecanicamente por meio de perfuratriz deve ter as dimensões de 040 x 040 m de boca e 050 a 060 m de profundidade devendo os corretivos e fertilizantes ser bem misturados com toda a terra necessária para o total enchimento da cova No caso de o plantio ser feito em sulcos estes devem ser abertos com a profundidade de 040 a 050 m fazendose após uma coveta com enxadão para ajustar a profundidade mínima de 050 m Adubação para formação de mudas 1 Mudas em sacola plástica 6 dm3 Para o preparo do substrato utilizar duas partes de terra peneirada para uma parte de esterco de bovino curtido Para cada m3 desta mistura adicionar 500 g de P2O5 300 g de K2O Como fontes de fósforo recomendamse preferencialmente aquelas que contenham também magnésio e micronutrientes Caso contrário devese acrescentar uma mistura de 45 g de MgO 05 g de B 05 g de Cu 25 g de Zn por m3 de substrato Como fonte de potássio utilizar o cloreto de potássio Em cobertura após a repicagem aplicar mensalmente por meio de regas uma solução de 80 g de N na forma de sulfato de amônio por 10 L de água para cada m2 de canteiro 2 Mudas em viveiro a pleno solo Antes do transplantio abrir os sulcos de plantio com 10 a 15 cm de profundidade e incorporar 100 g de P2O5 por 10 m de sulco preferencialmente nas formas que contenham também magnésio e micronutrientes Não sendo possível acrescentar uma mistura de 9 g de MgO 01 g de B 01 g de Cu 05 g de Zn por 10 m de sulco Em cobertura aplicar 12 g de N 18 g de K2O por 10 m em filete contínuo com a terra úmida nas formas de sulfato de amônio e cloreto de potássio respectivamente A primeira aplicação será feita após a completa maturação das folhas do primeiro lançamento Novas aplicações serão feitas a cada lançamento até atingir o ponto de enxertia 3 Adubação para formação do jardim clonal Recomendase fazer a calagem em área total e a mesma adubação de plantio e cobertura indicada para o 1o ano agrícola da formação do seringal Para a manutenção do jardim clonal aplicar 609060 kgha de N P2O5 e K2O para solos com baixa disponibilidade de P e K parceladas em três vezes durante a estação chuvosa Para solos com disponibilidades médias ou boas de P e de K reduzir essas doses para 23 ou 13 respectivamente Adubação de formação e de produção do seringal Época da adubação Dose de N Disponibilidade de P1 Disponibilidade de K1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O 1o ano agrícola gplanta Adubação em cova 0 45 30 15 0 0 0 30 dias pósplantio 15 0 0 0 15 10 5 60 dias pósplantio 15 0 0 0 15 10 5 2o ano agrícola 30 45 30 15 30 20 10 3o ano agrícola 60 90 60 30 60 40 20 4o ano agrícola 90 135 90 45 90 60 30 5o ano em diante 120 180 120 60 120 80 40 1 Ver critérios para interpretação da fertilidade do solo no Cap 5 Na adubação de plantio o adubo deve ser incorporado a toda a terra necessária para o total enchimento da cova Caso se utilizem covas com menores dimensões do que as recomendadas as quantidades dos adubos também precisam ser reduzidas nas mesmas proporções Havendo disponibilidade de esterco bovino curtido incorporar 20 L por cova juntamente com o adubo químico Nas adubações de 30 e 60 dias pósplantio os adubos devem ser uniformemente distribuídos ao redor das mudas evitandose atingir a planta Nos anos seguintes quando o seringal for formado em áreas mecanizáveis os adubos devem ser distribuídos em faixas na região de maior concentração de extremidades de raízes laterais em larguras crescentes conforme a idade do seringal Em áreas com declives acentuados para evitar maiores perdas dos adubos a aplicação deve ser feita em sulcos seguida de incorporação na região de maior concentração de extremidades de raízes laterais a distâncias crescentes conforme a idade do seringal Na escolha do adubo fosfatado dar preferência a fontes que contenham magnésio e micronutrientes Caso contrário acrescentar por planta 9 g de MgO 01 g de B 01 g de Cu 05 g de Zn caso a análise de solo ou folha mostre deficiência desses nutrientes Como fontes de nitrogênio e de potássio recomendamse preferencialmente o sulfato de amônio e o cloreto de potássio As doses de N e K2O a partir do 2o ano agrícola são parceladas em três vezes e aplicadas no início meio e fim da estação chuvosa Amostragem foliar Recomendase adotar o seguinte método Dividir a área em glebas homogêneas levando em consideração o solo o clone e a idade do seringal Amostrar anualmente 20 plantas por gleba coletandose duas folhas basais do último lançamento foliar do ramo escolhido que deve se apresentar com folhas completamente maduras expandidas e sem emissão de novos lançamentos foliares Eliminar o pecíolo das folhas que devem ser isentas de ataque de doenças e pragas Em plantas já em fase de troca anual da folhagem a amostragem deve ser feita 90 a 100 dias após o início do reenfolhamento normal do ano em questão O tempo entre a coleta das folhas e a sua chegada ao laboratório para análise deve ser no máximo de dois dias devendo as amostras ser acondicionadas em sacos de papel identificadas e conservadas em geladeira parte de baixo Interpretação dos resultados da análise foliar Valores de referência dos teores de nutrientes encontrados em folhas maduras da base do último verticilo foliar em seringueira Hevea brasilensis Macronutriente Deficiente1 Adequado2 Alto3 dagkg N 300 300 350 350 P 020 020 025 025 K 120 120 150 150 Ca 040 040 100 100 Mg 024 024 040 040 S 014 014 026 026 Micronutriente mgkg Zn 25 25 50 50 Cu 10 10 30 30 B 20 20 70 70 Fe 66 66 200 200 Mn 40 40 200 200 Mo 02 02 17 17 1 Valores normalmente associados a plantas com sintomas visuais de deficiência indicando que a reserva natural de nutrientes do solo mais as correções e adubações feitas foram insuficientes 2 Valores associados a plantas com desenvolvimento e produção normais indicando que a reserva natural de nutrientes do solo mais as correções e adubações feitas foram adequadas 3 Valores altos indicam a possibilidade de desbalanços nutricionais e uso excessivo de corretivos ou fertilizantes devendo ser reduzido ou suspenso seu uso até a avaliação do ano seguinte 18415 Soja Roberto Ferreira de Novais 1 Produtividade esperada 2500 a 3000 kgha Espaçamento 040 a 060 m entre as linhas com 25 plantas por metro de sulco Calagem A quantidade de calcário a ser utilizada pode ser calculada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 2 e mt 20 ou pelo critério da saturação por bases para elevála a 45 a 50 Adubação mineral Disponibilidade de P1 Disponibilidade de K1 Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O kgha 120 80 40 120 80 40 1 Utilizar os critérios para interpretação da fertilidade do solo apresentados no Cap5 Resultados experimentais têm mostrado que a soja permite o uso de calcários com relações CaMg bastante largas como 201 não limitando a sua produtividade Isto permite a utilização em alguns casos de calcário calcítico que poderá ser mais econômico em certas regiões dado o custo de transporte principalmente Devese entender que a utilização do calcário calcítico deverá ser revezada com o dolomítico para que a relação não aumente indefinidamente A adubação nitrogenada deve ser eliminada desde que se faça uma inoculação adequada das sementes Adubação fosfatada corretiva esta prática com fosfatos naturais ou de menor solubilidade temse mostrado desnecessária segundo dados experimentais obtidos em diferentes solos de cerrado muitos deles com P extraído pelo Mehlich1 próximo a zero desde que se aplique uma fonte solúvel deste elemento em doses adequadas no sulco de plantio Dados os problemas do preço da soja e do custo dos fertilizantes podese eliminar temporariamente a fertilização fosfatada em solos que apresentem valores acima de 30 e de 12 mgdm3 de P em solos de textura arenosa e média e de textura argilosa respectivamente ver Quadro 53 do Cap 5 O teor de potássio disponível no solo tende a declinar com o tempo a valores baixos ou muito baixos inferiores a 40 mgdm3 em áreas com elevada 1 Professor Titular Departamento de Solos UFV rfnovaismailufvbr produtividade e particularmente nos solos de textura média e arenosa Concomitantemente nessas condições o fósforo residual faz com que com o tempo o P disponível atinja níveis elevados Isso tem acontecido também pela insistência em se utilizarem fórmulas do tipo 03015 que com o tempo e as modificações ocorridas nos teores desses dois nutrientes no solo devem ser alteradas para aquelas com maiores teores de K como as análises sugerirem Micronutrientes as recomendações devem ser feitas em função de informações locais experimentos sintomas de deficiência etc dadas as pequenas respostas mesmo em solos de cerrado Sintomas de deficiência de manganês têm ocorrido em áreas de cerrado que receberam calagem em excesso pH maior que 60 Enxofre a resposta ao enxofre tem ocorrido com freqüência embora com pequena magnitude em áreas de cerrado que têm sido cultivadas com soja por diversos anos apenas com a utilização de fórmulas concentradas do tipo 030 15 que não têm S em sua composição Resultados experimentais têm mostrado que a aplicação de 30 kgha de S no sulco de plantio é bastante para a correção da deficiência quando esta ocorre A análise de rotina para este elemento é feita apenas quando solicitada 18416 Sorgo Vera Maria Carvalho Alves 1 Carlos Alberto Vasconcellos 1 Francisco Morel Freire 2 Gilson Villaça Exel Pitta 1 Gonçalo Evangelista de França 1 184161 Sorgo Granífero Espaçamento e densidade Seguir recomendações do cultivar e do manejo a ser adotado Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo método do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 2 e mt 15 ou pelo método da saturação por bases para elevála a 60 pH em torno de 6 Observar a incorporação de calcário na camada de 0 a 20 cm de profundidade Relações CaMg muito estreitas abaixo de 31 prejudicam a cultura do sorgo Adubação Mineral Produtividade Dose de N Plantio Disponibilidade de P Disponibilidade de K Dose de N Cobertur a Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O tha kgha 4 6 10 20 70 50 30 50 40 20 40 6 8 10 20 80 60 40 70 60 40 80 Fazer a adubação nitrogenada em cobertura quando as plantas atingirem de 30 a 40 cm de altura Para os plantios em sucessão e ou em rotação com soja deduzir 20 kgha de N da recomendação de adubação em cobertura No plantio direto recomendase aumentar a adubação nitrogenada de plantio para 30 kgha de N Quando o fertilizante nitrogenado for a uréia esta deve ser incorporada a uma profundidade de cerca de 5 cm Nos solos deficientes em zinco aplicar de 1 a 2 kgha de Zn Aplicar no plantio ou em cobertura 30 kgha de S quando se utilizarem adubos concentrados 1 Pesquisador EMBRAPACNPMS 2 Pesquisador EPAMIG 184162 Sorgo Silagem Espaçamento e densidade Seguir recomendações do cultivar e do manejo a ser adotado Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo método do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da capacidade tampão da acidez do solo X 2 e mt 15 ou pelo método da saturação por bases para elevála a 60 pH em torno de 6 Observar a incorporação de calcário na camada de 0 a 20 cm de profundidade Relações CaMg muito estreitas abaixo de 31 prejudicam a cultura do sorgo Adubação Mineral Produtividade matéria verde Dose de N Plantio Disponibilidade de P Disponibilidade de K Dose de N Cobertur a Baixa Média Boa Baixa Média Boa Dose de P2O5 Dose de K2O tha kgha 50 10 20 70 50 30 75 60 30 70 50 60 10 20 80 60 40 100 90 60 100 60 10 20 90 70 50 150 120 90 140 Acompanhar anualmente com análise de solo Fazer a adubação nitrogenada em cobertura quando as plantas atingirem de 30 a 40 cm de altura Para os plantios em sucessão e ou em rotação com soja deduzir 20 kgha de N da recomendação de adubação em cobertura No plantio direto recomendase aumentar a adubação nitrogenada de plantio para 30 kgha de N Quando o fertilizante nitrogenado for a uréia esta deve ser incorporada a uma profundidade de cerca de 5 cm ou via água de irrigação Quando o solo for arenoso ou a recomendação de adubação potássica exceder 80 kgha de K2O devese aplicar metade da dose no plantio e metade junto com a cobertura nitrogenada Nos solos deficientes em zinco aplicar de 1 a 2 kgha de Zn Aplicar no plantio ou em cobertura 30 kgha de S quando se utilizarem adubos concentrados Retornar o esterco para a área cultivada sempre que possível 18417 Trigo Moacil Alves de Souza 1 Vanoli Fronza 2 Produtividade esperada a sequeiro 2100 a 3600 kgha b irrigado 4200 a 6000 kgha Espaçamento 17 cm entre as linhas máximo de 20 cm com 300 a 400 sementes aptasm2 dependendo do cultivar e do tipo de cultivo Calagem Aplicar o calcário na quantidade indicada pelo critério do Al 3 e do Ca 2 Mg 2 levando em consideração o valor de Y variável em função da textura do solo X 2 e mt 15 Se for utilizar o método da saturação por bases considerar Ve 50 Adubação mineral Interpretação da análise do solo com a finalidade de recomendação de adubação fosfatada extração método Mehlich1 Disponibilidade de P Teor de Argila 61 80 41 60 21 40 20 mgdm3 Muito Baixa 1 30 50 60 Baixa 11 a 20 31 a 60 51 a 100 61 a 120 Média 21 a 30 61 a 80 101 a 140 121 a 180 Boa 30 80 14 180 Fonte EMBRAPACPAC Relatório Técnico Anual 1987 e CCBPT Recomendações para os anos de 199596 Ao atingir teores de P disponível acima dos valores estabelecidos para a classe boa utilizar somente adubação de manutenção Recomendação de adubação corretiva total de fósforo a ser aplicada na semeadura de acordo com a classe de disponibilidade de P e o teor de argila 1 Professor Departamento de Fitotecnia UFV 2 Pesquisador EPAMIGCTTP epamigcttpmednetcombr Disponibilidade de P Teor de Argila 61 80 41 60 21 40 20 Dose de P2O5 kgha Muito Baixa 240 180 120 100 Baixa 120 90 60 50 Média e Boa 0 0 0 0 Fonte EMBRAPACPAC Relatório Anual 1987 e CCBPT Recomendações para os anos de 199596 Recomendação de adubação corretiva gradual de fósforo a ser aplicada na semeadura para um período máximo de seis anos de acordo com a classe de disponibilidade de P e o teor de argila Disponibilidade de P Teor de Argila 61 80 41 60 21 40 20 Dose de P2O5 kgha Muito Baixa 100 90 80 80 Baixa 90 80 70 60 Média e Boa 0 0 0 0 Fonte EMBRAPACPAC Relatório Anual 1987 e CCBPT Recomendações para os anos de 199596 Para lavouras irrigadas aumentar em 20 os valores desta tabela Recomendação de adubações corretivas total e gradual de potássio a serem aplicadas na semeadura com base na análise do solo método Mehlich1 Doses de K2O Teor de K Corretiva total Corretiva gradual mgdm3 kgha 0 25 100 50 26 50 50 40 50 0 30 Fonte CCBPT Recomendações para os anos de 199596 Usar adubação corretiva total em solos com teor de argila acima de 20 e naqueles com menos de 20 de argila usar adubação corretiva gradual Aplicar 10 kgha de K2O a mais quando a lavoura for irrigada Adubação de manutenção Indicada para as classes de disponibilidade de P médio e bom e teor de K acima de 50 mgdm3 ou após adubações corretivas em que se pressupõe ter atingido os níveis mencionados Plantio Cobertura Dose de N Dose de P2O5 Dose de K2O Dose de N Sequeiro Irrigado Sequeiro Irrigado Sequeiro Irrigado kgha 20 60 80 30 40 20 40 40 60 A aplicação de nitrogênio em cobertura deve ser feita aos 15 dias após a emergência das plântulas Recomendase utilizar 20 kgha de N para cultivares de porte alto e 40 kgha de N para as de porte baixo em regime de sequeiro Em regime irrigado utilizar 40 kgha de N para cultivares com tendência ao acamamento e 60 kgha de N para os demais cultivares podendo parcelar a aplicação em duas vezes sendo a primeira parcela aos 15 dias após a emergência e a segunda 20 dias após a primeira Quando o trigo for semeado após a cultura do milho sugerese acrescentar 30 às doses de nitrogênio em cobertura Em regiões com altitudes inferiores a 800 m onde existe risco de chochamento recomendase aplicar 065 a 13 kgha de B na forma de bórax ou FTE no momento da semeadura O efeito residual do boro é de três anos na forma de FTE e de dois anos na forma de bórax 185 Pastagens Reinaldo Bertola Cantarutti 24 Carlos Eugênio Martins 25 Margarida Mesquita de Carvalho 26 Dilermando Miranda da Fonseca 27 Maria Leonor Arruda 28 Herbert Vilela 29 Fábio Teotônio Teixeira de Oliveira 30 1851 Introdução A adubação de pastagem tem por objetivo atender à demanda nutricional das plantas para o estabelecimento e manutenção das forrageiras A adubação de estabelecimento deverá propiciar a rápida formação da pastagem com elevada produção inicial Entendese por pasto estabelecido quando a forrageira atinge a máxima cobertura do solo e há acúmulo de matéria vegetal suficiente para se iniciar o pastejo sendo estes fatores importantes para a sustentabilidade da pastagem A adubação de manutenção deve atender à demanda da forrageira durante a fase de utilização do pasto quer por meio do pastejo animal quer por meio de corte Durante o estabelecimento sobretudo nos primeiros 30 a 40 dias a demanda externa de fósforo pela forrageira é alta enquanto a de nitrogênio e a de potássio são menores À medida que a forrageira se desenvolve sobretudo na fase de utilização sob pastejo a demanda externa de fósforo diminui e a de nitrogênio e potássio aumentam Estes aspectos são fundamentais na orientação do manejo da adubação das pastagens As doses de adubo são definidas com base na análise de solo levando em consideração o nível tecnológico ou a intensidade de uso do sistema de produção o que se relaciona com características da forrageira tais como produtividade valor forrageiro e requerimento nutricional Neste sentido as forrageiras foram agrupadas quanto à sua adaptabilidade a sistemas de alto nível tecnológico ou intensivo médio e baixo ou extensivo Quadro 1851 Caracterizase como sistemas de alto nível tecnológico aqueles em que as pastagens são divididas em piquetes com manejo rotacionado recebendo insumos fertilizantes calcário e água possibilitando aumento na taxa de lotação de acordo com a forrageira utilizada 24 Professor Adjunto Departamento de Solos UFV cantaruttisolosufvbr 25 Pesquisador CNPGLEMBRAPA caeumacnpglembrapabr 26 Pesquisador CNPGLEMBRAPA mmcarvalcnpglembrapabr 27 Professor Adjunto Departamento de Zootecnia UFV dfonsecamailufvbr 28 Pesquisador CTTMEPAMIG 29 Pesquisador Sementes Matsuda matsudaparaisonetcombr 30 Pesquisador CNPGLEMBRAPA in memoriam Quadro 1851 Gramíneas e leguminosas forrageiras adaptadas a sistemas de produção de diferentes níveis tecnológicos ou intensidade de utilização Nível tecnológico Gramíneas Leguminosas Alto ou Intensivo Grupo do Capimelefante Cameron Napier Pennisetum híbrido Pennisetum purpureum Coastcross Tiftons Cynodon Colonião Vencedor Centenário Tobiatã Tanzânia e outros Panicum maximum Braquiarão ou Marandú Brachiaria brizantha Alfafa Medicago sativa Leucena Leucaena leucocephala Médio Colonião Tanzânia Mombaça Panicum maximum Braquiarão ou Marandú Brachiaria brizantha Braquiaria australiana Brachiaria decumbens Setária Setaria sphacelata Andropogon Andropogon gayanus Jaraguá Hyparrhenia rufa Leucena Leucaena leucocephala Soja perene Neonotonia wightii Centrosema Centrosema pubescens Siratro Macroptilium atropurpureum Amendoim forrageiro Arachis pintoi Calopogônio Calopogonio mucunoides Guandu Cajanus cajan Baixo ou extensivo Braquiaria IPEAN Braquiaria australiana Brachiaria decumbens Brachiaria humidicola Brachiaria dictioneura Andropogon Andropogon gayanus Jaraguá Hyparrhenia rufa Gordura Melinis minutiflora Grama batatais Pensacola Paspalum notatum Estilosantes Mineirão e Bandeirantes Stylosanthes guianensis Amendoin forrageiro Arachis pintoi Kudzú Pueraria phaseoloides Galactia Galactia striata Calopogônio Calopogonio mucunoides Em sistemas de nível tecnológico médio onde a pastagem constitui o principal alimento na dieta dos animais podemse considerar as seguintes taxas de lotação Pennisetum purpureum Cynodon dactylon e C lenfluensis 5 a 7 UAhaano Pannicum maximum 4 a 6 UAha Brachiaria brizantha 4 a 5 UAha B decumbens B ruziziensios e Setaria sphacelata 3 a 4 UAhaano Os sistemas de baixo nível tecnológico caracterizamse pelo manejo com taxas de lotações menores que 1 UAhaano variando de acordo com a sazonalidade regional Os sistemas de médio nível tecnológico caracterizamse por intensidade de pastejo e taxas de lotação intermediárias 1852 Calagem As forrageiras tropicais sobretudo as gramíneas caracterizamse pela considerável tolerância à acidez Para estimar a necessidade de calagem para o estabelecimento e manutenção do pasto devemse observar os valores apresentados no Quadro 81 do Cap 8 de acordo com o critério de cálculo adotado No cálculo da quantidade de calcário chamase a atenção para considerar a profundidade efetiva de incorporação do corretivo Para o estabelecimento da pastagem com preparo do solo devese incorporar o calcário nos 20 cm superficiais 1853 Gessagem Apesar da tolerância das espécies forrageiras tropicais à acidez a melhoria do ambiente radicular com o aumento dos teores de cálcio sobretudo em camadas inferiores a arável é recomendável Isto é fundamental para o crescimento do sistema radicular que explora maior volume de solo ao aprofundarse mais favorecendo o aproveitamento da água do solo O uso do gesso é recomendável para proporcionar esta melhoria do ambiente radicular recomendandose seguir as orientações do Cap 10 1854 Adubação de Estabelecimento O primeiro e decisivo passo quando se pensa em intensificar a exploração pecuária é o conhecimento da fertilidade do solo Para isso é necessário que seja feita uma correta amostragem do solo bem como o encaminhamento da amostra para análise em laboratório idôneo As orientações para uma amostragem correta constam do Cap 3 Pedese especial atenção à adubação fosfatada cujas doses para os diferentes sistemas de produção são recomendadas em função da disponibilidade de fósforo e de acordo com a textura ou com o teor de fósforo remanescente Quadro 1852 Recomendase a utilização de fontes solúveis devendo ser feita para maior eficiência a aplicação localizada próxima à semente ou à muda sugerindose portanto o plantio em sulco ou em cova No plantio a lanço a aplicação deve ser superficial com leve incorporação Os nossos solos atendem em geral à demanda de potássio dos pastos explorados sob baixo nível tecnológico No entanto à medida que se intensifica o manejo a adubação potássica tornase imprescindível No Quadro 1853 são apresentadas as doses de K2O recomendáveis para a fase de estabelecimento considerando a classe de disponibilidade de potássio no solo e o nível tecnológico adotado É recomendável sobretudo para os solos de textura média a arenosos que a fertilização potássica seja realizada em cobertura quando a forrageira cobrir 60 a 70 do solo possibilitandolhe maior absorção e conseqüentemente menores perdas por lixiviação A adubação potássica torna se imprescindível no estabelecimento de pastagens consorciadas de gramínea e leguminosa Embora as gramíneas tropicais respondam intensamente a doses de nitrogênio a adubação nitrogenada de estabelecimento deve ser restrita à implantação de pastagens que atendem a sistemas mais intensivos Para sistemas de baixo nível tecnológico a demanda de nitrogênio para o estabelecimento da forrageira pode ser atendida pela mineralização da matéria orgânica do solo que é estimulada pelo preparo do solo pela aplicação de corretivo e pela adubação fosfatada bem como pela reserva de carboidratos presentes no colmo ou nas sementes Quadro 1852 Recomendação de adubação fosfatada para o estabelecimento de pastagens em sistemas de diferente nível tecnológico considerando a disponibilidade de fósforo de acordo com a textura do solo ou com o valor de fósforo remanescente Prem Argila Prem Disponibilidade de P1 Baixa Média Boa mgL kgha de P2O5 Baixo nível tecnológico 60 9 80 45 0 35 60 9 19 70 35 0 15 35 19 33 50 25 0 15 33 30 15 0 Médio nível tecnológico 60 9 100 80 0 35 60 9 19 90 70 0 15 35 19 33 70 50 0 15 33 50 30 0 Alto nível tecnológico 60 9 120 100 50 35 60 9 19 110 90 40 15 35 19 33 90 70 30 15 33 70 50 20 1 Conforme Quadro 53 Cap 5 Quadro 1853 Recomendação de adubação potássica para o estabelecimento de pastagens em sistemas de diferente nível tecnológico considerando a disponibilidade de potássio Nível tecnológico Disponibilidade de K1 Baixa Média Boa kgha de K2O Baixo 20 0 0 Médio 40 20 0 Alto 60 30 0 1 Conforme Quadro 53 Cap 5 Para os pastos manejados sob sistemas de médio nível tecnológico recomendase a aplicação de 50 kgha de N Para os sistemas de nível tecnológico elevado recomendase a aplicação de 100 a 150 kgha de N parcelados de modo que não se ultrapasse 50 kghaaplicação A exemplo da adubação potássica a nitrogenada também deve ser aplicada em cobertura quando a forrageira cobrir de 60 a 70 do solo visando ao maior aproveitamento do fertilizante Aplicações anteriores podem ser feitas se a forrageira apresentar sintoma de deficiência caracterizado pelo amarelecimento das folhas mais velhas caso em que se recomenda a aplicação de no máximo 50 kgha de N Recomendase especial atenção à escolha do adubo nitrogenado O sulfato de amônio é o mais recomendável para aplicações a lanço em cobertura O emprego da uréia é possível desde que sejam observadas condições que reduzam as perdas tais como aplicação quando o solo apresentarse com adequada umidade e aplicação em dias não muito quentes Em regiões de comprovada deficiência de micronutrientes especialmente zinco cobre e boro recomendamse sua aplicação por ocasião do plantio As deficiências de zinco são comuns em áreas de cerrado havendo pois necessidade de adubação Nesse caso recomendase a aplicação de 2 kgha de Zn equivalente a 10 kgha de sulfato de zinco juntamente com a adubação fosfatada por ocasião do plantio De forma geral os micronutrientes têm sido aplicados em pastagens por meio do emprego de FTE Fritted Trace Elements nas formulações BR10 contendo 25 de B 01 de Co 10 de Cu 40 de Fe 40 de Mn 01 de Mo 70 de Zn ou BR16 contendo 15 de B 35 de Cu 04 de Mo e 35 de Zn recomendandose de 30 a 50 kgha junto com a adubação fosfatada Além dos nutrientes mencionados também merece destaque o enxofre Esse passa a assumir grande importância na medida em que fontes de outros nutrientes que contêm enxofre como é o caso do sulfato de amônio superfosfato simples ou sulfato de potássio são substituídas por fontes mais concentradas que não contêm esse nutriente Nesses casos para solos com comprovada deficiência de enxofre recomendase aplicar de 20 a 40 kgha de S utilizando gesso como fonte 1855 Calagem e Adubação de Manutenção As recomendações de correção da acidez e de adubação para a manutenção ou seja pósestabelecimento devem ser baseadas na análise de solo de amostras coletadas nos 10 cm superficiais Para fins de correção quando houver suspeita de problemas relacionados com acidez em camadas mais profundas recomendamse amostragens mais profundas No cálculo da calagem é importante levar em consideração uma profundidade efetiva de incorporação natural de aproximadamente 5 cm Para a incorporação até camadas mais profundas devese associar a aplicação de gesso à calagem observando as orientações previstas no Cap 10 Quanto às adubações fosfatada e potássica de manutenção recomendase como doses anuais aquelas apresentadas nos Quadros 1854 e 1855 A adubação fosfatada de manutenção deve ser aplicada a lanço em cobertura em uma única dose no início da estação chuvosa A mesma orientação se aplica à adubação potássica desde que a dose seja igual ou inferior a 40 kgha de K2O Doses superiores devem ser parceladas em pelo menos três aplicações com intervalos de 30 dias Quadro 1854 Recomendação de adubação fosfatada para a manutenção de pastagens em sistemas de diferente nível tecnológico considerando a disponibilidade de fósforo de acordo com a textura do solo ou com o valor de fósforo remanescente Prem Argila Prem Disponibilidade de P1 Baixa Média Boa mgL kgha de P2O5 Baixo nível tecnológico 60 9 40 0 0 35 60 9 19 30 0 0 15 35 19 33 20 0 0 15 33 15 0 0 Médio nível tecnológico 60 9 50 30 0 35 60 9 19 40 25 0 15 35 19 33 30 20 0 15 33 20 15 0 Alto nível tecnológico 60 9 60 40 0 35 60 9 19 50 30 0 15 35 19 33 40 20 0 15 33 30 15 0 1 Conforme Quadro 53 Cap 5 Quadro 1855 Recomendação de adubação potássica para a manutenção de pastagens em sistemas de diferente nível tecnológico considerando a disponibilidade de potássio Nível tecnológico Disponibilidade de K1 Baixa Média Boa kgha de K2O Baixo 40 0 0 Médio 100 40 0 Alto 200 100 0 1 Conforme Quadro 53 Cap 5 A adubação nitrogenada é fundamental para a sustentabilidade das pastagens desde que seja assegurada adequada disponibilidade de fósforo Com freqüência aplicações inferiores a 50 kgha de N são inócuas Para os sistemas com média intensidade de exploração recomendamse doses entre 100 e 150 kghaano aplicadas em parcelas de 50 kg sendo a primeira aplicada logo após as primeiras chuvas e as demais a intervalos de forma que a última ocorra antes do fim da estação chuvosa Para os sistemas de alto nível tecnológico recomendamse doses de 200 kghaano de N também fracionadas no início meio e final do período chuvoso Para sistemas rotacionados de alto nível tecnológico sob irrigação recomendase a adição de 300 kghaano de N fracionada em seis aplicações acompanhada da dose recomendada para potássio Para sistemas extensivos em situações especiais sugerese o uso de 50 kghaano de N aplicado no início da estação chuvosa No entanto para estas condições é mais recomendável a consorciação de leguminosa forrageira com gramínea como uma alternativa economicamente viável para suprir ao sistema de 50 a 80 kghaano de N 1856 O Uso de Fosfato Natural de Baixa Reatividade A pastagem reúne condições favoráveis ao uso de fosfatos naturais de baixa reatividade Em primeiro lugar tratase de um sistema perene ou pelo menos de longa duração em que os requerimentos externos de fósforo da forrageira após o estabelecimento são relativamente baixos Além disso diante da adaptação das espécies à acidez os solos de pastagens podem ser mantidos em um nível de acidez que favorece a solubilização destes fosfatos As espécies forrageiras com maior potencial de acidificação da rizosfera também favorecem o aproveitamento do fósforo do fosfato natural O uso de fosfato natural aplicado a lanço e incorporado no plantio não é recomendável sobretudo por não atender à alta demanda inicial de fósforo da forrageira nem à baixa demanda de manutenção diante da elevada capacidade de adsorção de fósforo dos solos tropicais em geral Para solos com baixa disponibilidade de fósforo onde se instalará pastagem em sistemas de baixo a médio nível tecnológico recomendase aplicação de 250 a 500 kgha de fosfato natural incorporados nos primeiros 15 cm Em solos mais argilosos maior eficiência pode ser conseguida aplicando o fosfato em sulcos espaçados de 30 a 50 cm Ressaltase no entanto que não se elimina a necessidade de aplicar parte das doses como fonte solúvel Para as forrageiras em sistemas de produção de baixo e médio nível tecnológico o fosfato natural pode ser utilizado com o propósito de atender à demanda de manutenção com aplicações em cobertura de 300 a 600 kghaano As menores doses são recomendadas para solos com média disponibilidade de fósforo e para solos arenosos As maiores doses são recomendadas para solos com baixa disponibilidade de fósforo e para solos argilosos 1857 Capineira Milho e Canadeaçúcar para Silagem Para o cultivo de milho e canadeaçúcar com o propósito de corte para o consumo fresco ou para silagem as recomendações de calagem e adubação constam das orientações específicas a estas culturas Para capineiras de forrageiras do grupo do capimelefante recomendase seguir as orientações de calagem e adubação para as forrageiras em sistema de alto nível tecnológico FORMULÁRIO 1 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES PARA AVALIAÇÁO DA FERTILIDADE DO SOLO Modelo Identificação da Propriedade Nome Proprietário Município CEP Estado Remetente Endereço Município CEP Estado Endereço eletrônico Identificação da Amostra Cultura a ser adubada Cultura atual Última produção kgha Foi adubada anteriormente SIM NÃO Foi feita calagem SIM NÃO Usou fosfato natural SIM NÃO Se Sim Quando DOSE kgha Caracterização da Área Amostrada a Vegetação Natural Campo Cerrado Mata b Localização Baixada Meia encosta Parte alta c Drenagem Bem drenada Mal drenada Quadro 1A Garantias mínimas e especificações de fertilizantes nitrogenados extrato da legislação vigente1 Fertilizante Garantia mínima Forma do Nutriente Observações Amônia anidra 82 de N Amoniacal NH4 Água amoniacal 10 de N Amoniacal NH4 Cianamida de cálcio 18 de N Cianamídica e até 3 de N como nitrato de cálcio 28 a 38 de Ca Cloreto de amônio 25 de N Amoniacal NH4 62 a 66 de Cl Nitrato de amônio 32 de N 50 amoniacal NH4 50 nítrica NO3 Nitrato de amônio e cálcio 20 de N 50 amoniacal NH4 50 nítrica NO3 2 a 8 de Ca e 1 a 5 de Mg Nitrato de cálcio 14 de N Nítrica NO3 e até 15 amoniacal NH4 18 a 19 de Ca e 05 a 15 de Mg Nitrato duplo de sódio e de potássio 15 de N 14 de K2O Nítrica NO3 Nitrato de sódio 15 de N Nítrica NO3 O teor de perclorato de sódio não poderá exceder a 1 Nitrossulfocálcio 25 de N 50 amoniacal NH4 50 amídica NH2 3 a 5 de Ca e 3 a 5 de Mg Solução nitrogenada 21 de N Soluções aquosas de amônia nitrato de amônio uréia e outros compostos Continua Quadro 1A Continuação Fertilizante Garantia mínima Forma do Nutriente Observações Sulfato de amônio 20 de N Amoniacal NH4 22 a 24 de S O teor de tiocianato de amônio não poderá exceder a 1 Sulfonitrato de amônio 25 de N 75 amoniacal NH4 25 amídica NH2 13 a 15 de S Sulfonitrato de amônio e magnésio 19 de N 67 amoniacal NH4 33 nítrica NO3 12 a 14 de S e 35 de Mg Uréia 44 de N Amídica NH2 Teor de biureto até 15 para aplicação no solo e 03 para adubação foliar Uréia formaldeido 35 de N Amídica NH2 Pelo menos 60 do N total deve ser insoluvel em água Uréia Sulfato de amônio 40 de N 88 amídica NH2 12 amoniacal NH4 Teor de biureto até 15 para aplicação no solo e 03 para adubação foliar 1 Fonte Ministério da Agricultura e Reforma Agrária 1998 Quadro 2A Garantias mínimas e especificações de fertilizantes fosfatados extrato da legislação vigente1 Fertilizante Garantia mínima Forma do Nutriente Observações Escória de Thomas 12 de P2O5 P2O5 sol em ácido cítrico 20 gL na relação 1100 20 a 29 de Ca e 04 a 3 de Mg Fosfato bicálcico 38 de P2O5 P2O5 sol em CNA H2O2 12 a 14 de Ca Fosfato monoamônico MAP 9 N 48 P2O5 44 P2O5 N na forma de NH4 P2O5 sol em CNA H2O P2O5 sol em H2O Fosfato diamônico DAP 16 N 45 P2O5 38 P2O5 N na forma de NH4 P2O5 sol em CNA H2O P2O5 sol em H2O Fosfato monopotássico 51 P2O5 33 K2O P2O5 sol em H2O K2O sol em H2O Fosfato natural 24 P2O5 4 P2O5 P2O5 total P2O5 sol em ácido cítrico 20 gL na relação 1100 23 a 27 de Ca Fosfato natural parcialmente acidulado clorídrico 25 P2O5 18 P2O5 P2O5 total P2O5 sol em CNA H2O Contém Ca e Cl Fosfato natural parcialmente acidulado fosfórico ou sulfúrico 20 P2O5 9 P2O5 11 P2O5 5 P2O5 P2O5 total P2O5 sol em CNA H2O P2O5 sol ácido cítrico 20 gL na relação 1100 P2O5 sol em H2O 25 a 27 de Ca 0 a 6 de S e 0 a 2 de Mg Fosfato natural reativo farelado 28 P2O5 9 P2O5 P2O5 total P2O5 sol em ácido cítrico 20 gL na relação 1100 30 a 34 de Ca Fosfosulfato de amônio 13 de N 20 de P2O5 N na forma de NH4 P2O5 sol em CNA H2O 14 a 15 de S Hiperfosfato pó 30 P2O5 12 P2O5 P2O5 total P2O5 sol em ácido cítrico 20 gL na relação 1100 30 a 34 de Ca Continua Quadro 2A Continuação Fertilizante Garantia mínima Forma do Nutriente Observações Hiperfosfato granulado 28 P2O5 12 P2O5 P2O5 total SP2O5 sol em ácido cítrico 20 gL na relação 1100 Nitrofosfato 14 de N 18 P2O5 16 P2O5 N na forma de NO3 P2O5 sol em CNA H2O P2O5 sol em H2O 8 a 10 de Ca Superfosfato simples 18 P2O5 16 P2O5 P2O5 sol em CNA H2O P2O5 sol em H2O 18 a 20 de Ca e 10 a 12 de S Superfosfato simples amoniado 1 de N 14 P2O5 N na forma de NH4 P2O5 sol em CNA H2O N P2O5 18 15 a 19 de Ca e 10 a 12 de S Superfosfato duplo 28 P2O5 16 P2O5 P2O5 sol em CNA H2O P2O5 sol em H2O 18 a 20 de Ca e 6 a 8 de S Superfosfato triplo 41 P2O5 37 P2O5 P2O5 sol em CNA H2O P2O5 sol em H2O 12 a 14 de Ca Superfoafato triplo amoniado 1 de N 38 P2O5 N na forma de NH4 P2O5 sol em CNA H2O N P2O5 41 11 a 13 de Ca Termofosfato magnesiano 17 P2O5 14 P2O5 7 Mg P2O5 total P2O5 sol em ácido cítrico 20 gL na relação 1100 18 a 20 de Ca Termofosfato magnesiano grosso3 17 P2O5 14 P2O5 7 Mg P2O5 total P2O5 sol em ácido cítrico 20 gL na relação 1100 18 a 20 de Ca Termo superfosfato 18 P2O5 16 P2O5 5 P2O5 P2O5 total P2O5 sol em ácido cítrico 20 gL na relação 1100 P2O5 sol em H2O 12 a 15 de Ca 3 a 5 de S e 1 a 2 de Mg 1 Fonte Ministério da Agricultura e Reforma Agrária 1998 2 CNA H2O Citrato neutro de amônio mais água 3 100 passa em peneira ABNT n o 28 084 mm Quadro 3A Garantias mínimas e especificações de fertilizantes potássicos extrato da legislação vigente1 Fertilizante Garantia mínima Forma do nutriente Observações Cloreto de Potássio 58 de K2O K2O solúvel em água cloreto 45 a 48 de Cl Sulfato de Potássio 48 de K2O K2O solúvel em água sulfato 15 a 17 de S e 0 a 12 de Mg Sulfato de Potássio e Magnésio 18 K2O 45 Mg K2O e Mg solúveis em água sulfato 22 a 24 S e 1 a 25 de Cl Nitrato de Potássio 44 K2O 13 N K2O solúvel em água N na forma nítrica NO3 1 Fonte Ministério da Agricultura e Reforma Agrária 1998 Quadro 4A Garantias mínimas e especificações de fertilizantes com macronutrientes secundários cálcio magnésio enxofre extrato da legislação vigente1 Fertilizante Garantia mínima Forma do nutriente Observações Carbonato de magnésio 27 Mg Magnésio total na forma de carbonato MgCO3 Cloreto de cálcio 24 Ca Ca solúvel em água na forma de CaCl22H2O Enxofre 95 S Enxofre total Kieserita 16 de Mg Mg solúvel em água MgSO4H2O 21 a 27 de S Óxido de Magnésio magnésia 55 Mg Magnésio total na forma de óxido MgO Sulfato de cálcio gesso agrícola 16 Ca 13 S Ca e S determinados na forma elementar Sulfato de magnésio 9 Mg Solúvel em água 12 a 14 de S 1 Fonte Ministério da Agricultura e Reforma Agrária 1998 Quadro 5A Garantias mínimas e especificações de fertilizantes contendo micronutrientes boro cobre ferro manganês molibdênio e zinco e cobalto extrato da legislação vigente1 Fertilizante Garantia mínima Forma do nutriente Observações BORO Bórax 11 B Borato de sódio Na2B4O710H2O ou Na2B4O75H2O Solúvel em água Ácido Bórico 17 B Ácido H3BO3 Solúvel em água Pentaborato de sódio 18 B Borato de sódio Na2B10O1610H2O ou Na2B10O16 Solúvel em água Ulexita 8 B Borato de sódio Na2O2CaO5B2O316H2O Não solúvel em água 12 a 14 Ca Colemanita 10 B Boro total na forma de borato de cálcio CaO3B2O35H2O Não solúvel em água FTE 1 B Boro total silicato Não solúvel em água Boro Orgânico 8 B Boro na forma de éster ou amida Não solúvel em água COBRE Sulfato de cobre 13 Cu Sulfato Solúvel em água e 16 a 18 S Fosfato cúprico amoniacal 32 Cu Fosfato de amônio e cobre CuNH4PO4H2O 34 a 36 P2O5 solúvel em CNA H2O e 5 a 7 de N total Cloreto cúprico 16 Cu Cloreto CuCl2 Solúvel em água e 50 a 52 Cl Óxido cúprico 75 Cu Óxido CuO Óxido cuproso 89 Cu Óxido Cu2O FTE 1 Cu Cobre total silicato Não solúvel em água Quelato de cobre 5 Cu Ligado a EDTA HEDTA poliflavonóides ligno sulfonatos Solúvel em água Nitrato de cobre 22 Cu CuNO323H2O Solúvel em água e 9 de N Carbonato de cobre 48 Cu CuCO3CuOH2 Continua Quadro 5A Continuação Fertilizante Garantia mínima Forma do nutriente Observações FERRO Fosfato ferroso amoniacal 29 Fe FeNH4PO4H2O Solúvel em água 36 a 38 P2O5 e 5 a 7 de N totais Polifosfato de ferro e amônio 22 Fe FeNH4HP2O7 55 a 59 P2O5 e 4 a 5 de N totais Sulfato férrico 23 Fe Fe2SO434H2O 18 a 20 S Sulfato ferroso 19 Fe FeSO47H2O 10 a 11 S FTE 2 Fe Ferro total silicato Não solúvel em água Quelato de ferro 5 Fe Ligado a EDTAHEDTA poliflavonóides lignosulfonatos Solúvel em água Nitrato férrico 11 Fe FeNO339H2O Solúvel em água e 8 de N Cloreto férrico 15 Fe FeCl36H2O Solúvel em água e 30 de Cl Cloreto ferroso 23 Fe FeCl24H2O Solúvel em água e 30 de Cl Carbonato de ferro 41 Fe FeCO3 MANGANÊS Sulfato manganoso 26 Mn MnSO43H2O Solúvel em água e 14 a 15 S Óxido manganoso 41 Mn Manganês total MnO Não solúvel em água FTE 2 Mn Manganês total silicato Não solúvel em água Quelato de manganês 5 Mn Ligado a EDTA HEDTA poliflavonóides ligno sulfonatos Solúvel em água Nitrato de manganês 16 Mn MnNO326H2O Solúvel em água e 8 de N Cloreto de manganês 35 Mn MnCl2 Solúvel em água e 45 de Cl Carbonato de manganês 40 Mn MnCO3 Continua Quadro 5A Continuação Fertilizante Garantia mínima Forma do nutriente Observações MOLIBDÊNIO Molibdato de amônio 54 Mo NH46Mo7O244H2O Solúvel em água e 5 a 7 N total Molibdato de sódio 39 Mo Na2MoO42H2O Solúvel em água Trióxido de molibdênio 66 Mo Molibdênio total MoO3 Não solúvel em água FTE 01 Mo Molibdênio total silicato Não solúvel em água ZINCO Sulfato de zinco 20 Zn ZnSO47H2O Solúvel em água e 16 a 18 S Carbonato de zinco 52 Zn Zinco total ZnCO3 Não solúvel em água Óxido de zinco 50 Zn Zinco total ZnO Não solúvel em água FTE 3 Zn Zinco total silicato Não solúvel em água Quelato de zinco 7 Zn Ligado a EDTA HEDTA poliflavonóides ligno sulfonatos Solúvel em água Nitrato de zinco 18 Zn ZnNO326H2O Solúvel em água e 8 de N Cloreto de zinco 40 Zn ZnCl2 Solúvel em água e 44 de Cl COBALTO Cloreto de cobalto 34 Co CoCl22H2O Solúvel em água Óxido de cobalto 75 Co Cobalto total CoO Não solúvel em água FTE 01 Co Cobalto total silicato Não solúvel em água Nitrato de cobalto 17 Co CoNO326H2O Solúvel em água e 8 de N Fosfato de cobalto 41 Co Co3PO42 32 de P2O5 Sulfato de cobalto 18 Co CoSO47H2O Solúvel em água e 9 de S Carbonato de cobalto 42 Co CoCO3 Quelato de cobalto 2 Co Ligado a EDTA DTPA EDDHA HEDTA EDDHMA EDDCHA poliflavonóides lignosulfonatos glucomatos e citratos Solúvel em água 1 Fonte Ministério da Agricultura e Reforma Agrária 1998 Quadro 9A Quantidade de adubo por aplicar no sulco em função do espaçamento Quantidade de adubo Espaçamento m 050 060 070 080 090 100 110 120 130 140 150 kgha g10 m 100 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 150 75 90 105 120 135 150 165 180 195 210 225 200 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 250 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 300 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 450 350 175 210 245 280 315 350 385 420 455 490 525 400 200 240 280 320 360 400 440 480 520 560 600 450 225 270 315 360 405 450 495 540 585 630 675 500 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 550 275 330 385 440 495 550 605 660 715 770 825 600 300 360 420 480 540 600 660 720 780 840 900 650 325 390 455 520 585 650 715 780 845 910 975 700 350 420 490 560 630 700 770 840 910 980 1050 750 375 450 525 600 675 750 825 900 975 1050 1125 800 400 480 560 640 720 800 880 960 1040 1120 1200 850 425 510 595 680 765 850 935 1020 1105 1190 1275 900 450 540 630 720 810 900 990 1080 1170 1260 1350 950 475 570 665 760 855 950 1045 1140 1235 1330 1425 1000 500 600 700 800 900 1000 1110 1200 1300 1400 1500 1100 550 660 770 880 990 1100 1210 1320 1430 1540 1650 1200 600 720 840 960 1080 1200 1320 1440 1560 1680 1800 1300 650 780 910 1040 1170 1300 1430 1560 1690 1820 1950 1400 700 840 980 1120 1260 1400 1550 1680 1820 1960 2100 1500 750 900 1050 1200 1350 1500 1660 1800 1950 2100 2250 Figura 1A Compatibilidade entre vários fertilizantes minerais simples adubos orgânicos e corretivos Quadro 6A Especificações dos fertilizantes organominerais e compostos extrato da legislação vigente1 Garantia Organominerais Composto Matéria orgânica total Mínimo de 15 Mínimo de 40 Nitrogênio total Conforme declarado no registro Mínimo de 10 Umidade Máximo de 20 Máximo de 40 Relação CN Máximo de 181 pH Mínimo de 60 Mínimo de 60 P2O5 Conforme declarado no registro K2O Conforme declarado no registro Soma NPK NP PK ou NK Mínimo de 6 1 Fonte Ministério da Agricultura e Reforma Agrária 1998 Quadro 7A Especificações dos fertilizantes orgânicos simples extrato da legislação vigente1 Orgânicos simples processados Umidade Matéria Orgânica pH CN N P2O5 Máxima Mínimo Mínimo Máxima Mínimo Mínimo Esterco de bovino 25 36 6 201 10 Esterco de galinha 25 50 6 201 15 Bagaço de cana 25 36 6 201 10 Palha de arroz 25 36 6 201 10 Palha de café 25 46 6 201 13 Borra de café 25 60 6 201 18 Torta de algodão 15 70 50 Torta de amendoim 15 70 50 Torta de mamona 15 70 50 Torta de soja 15 70 50 Farinha de ossos 15 6 15 20 total2 Farinha de peixe 15 50 40 6 total Farinha de sangue 10 70 100 Turfa e Linhita 25 30 6 181 10 1 Fonte Ministério da Agricultura e Reforma Agrária 1998 2 Total dos quais 80 solúvel em ácido cítrico 20 gL Quadro 8A Composição média de alguns adubos orgânicos1 Adubo pH Matéria orgânica N P2O5 K2O Esterco de bovinos 57 17 09 14 Esterco de eqüinos 46 14 05 17 Esterco de suínos 53 19 07 04 Esterco de ovinos 65 14 10 20 Esterco de aves 50 30 30 20 Composto orgânico 31 14 14 08 Resíduo urbano 29 14 02 10 kgm3 Vinhaça Mosto de melaço 42 49 07 02 55 Mosto de calda 40 31 03 02 15 Mosto misto 36 24 04 03 27 1 À exceção dos três tipos de vinhaça os demais dados são com base na matéria seca FATORES DE CONVERSÃO Os fatores multiplicativos contidos nos Quadros 10A e 11A poderão ser usados para a solução de alguns problemas de cunho prático envolvendo transformações de unidades de resultados de análise estabelecendo as equivalências em kgha ou tha etc Um exemplo de utilização desses dados é apresentado a seguir Um solo foi analisado e apresentou 90 mgdm3 de K Perguntase Qual a correspondência desse resultado em cmolcdm3 de K em mmolcdm3 de K em kgha de K disponível e em kgha de KCl 58 de K2O Como não é possível pelos Quadros 10A e 11A transformar diretamente cmolcdm3 de K em kgha de K é necessário primeiramente transformar os cmolc de K em outra unidade ponderal que se encontre no Quadro 11A Inicialmente transformase mg K em g K dividindo por 1000 ou seja 90 mgdm3 de K dividido por 1000 0090 gdm3 de K Pelo Quadro 10A observase que 1 cmolcdm3 de K 039098 g de K conseqüentemente 0090 gdm3 de K x 25577 02302 cmolcdm3 de K Para transformar cmolcdm3 de K em mmolcdm3 de K basta multiplicar por 10 portanto 02302 cmolcdm3 de K x 10 23 mmolcdm3 de K Pelo Quadro 11A para transformar mgdm3 de K em kgha de K basta multiplicar por 2 90 mgdm3 de K x 2 180 kgha de K portanto 90 mgdm3 de K eqüivalem a uma disponibilidade de 180 kgha de K Para responder à quarta pergunta é necessário primeiramente transformar kgha de K em kgha de K2O Pelo Quadro 10A observase que para transformar g de K em g de K2O basta multiplicar por 120461 Da mesma forma para transformar kg ou t de K em kg ou t de K2O o fator de multiplicação é o mesmo Conseqüentemente 180 kg ha de K x 120461 2168 kgha de K2O Como o cloreto de potássio apresenta 58 de K2O basta fazer a seguinte regra de três 58 kg de K2O em 100 kg de KCl 2168 kg de K2O em X kg de KCl X 3738 kgha de KCl Outros problemas semelhantes envolvendo transformações de unidades ponderais poderão ser resolvidos pelo uso correto dos Quadros 10A e 11A Quadro 10A Fatores multiplicativos fm1 entre as unidades e formas dos macronutrientes2 Centimol de carga Forma elementa r Forma de óxido Forma de radical Forma de sal Para N Y cmolc Y g N Y g NO3 3 Y g NH4 Y g NH4NO3 X cmolc 1 2 014007 062007 018039 080046 X g N 71393 1 442686 128786 285736 X g NO3 16127 022589 1 029092 129092 X g NH4 55435 077648 343739 1 443739 X g NH4NO3 12493 034997 077464 022536 1 Para P Y cmolc Y g P Y g P2O5 Y g PO4 3 Y g CaH2PO42H2O X cmolc 1 010325 023658 031658 126037 X g P 96855 1 229140 306624 406912 X g P2O5 42269 043641 1 133815 177582 X g PO4 3 31588 032613 074730 1 132707 X g CaH2PO42H2O 07934 024575 056312 075354 1 Para K Y cmolc Y g K Y g K2O Y g KCl X cmolc 1 039098 047098 074551 X g K 25577 1 120461 190677 X g K2O 21232 083014 1 158289 X g KCl 13414 052445 063176 1 Para Ca Y cmolc Y g Ca Y g CaO Y g CaCO3 X cmolc 1 020039 028039 050045 X g Ca 49903 1 139922 249736 X g CaO 35665 071468 1 178482 X g CaCO3 19982 040042 056028 1 Para Mg Y cmolc Y g Mg Y g MgO Y g MgCO3 X cmolc 1 012153 020153 042158 X g Mg 82288 1 165830 346908 X g MgO 49622 060303 1 209195 X g MgCO3 23720 028826 047802 1 Para S Y cmolc Y g S Y g SO4 2 Y g CaSO42H2O X cmolc 1 016033 048033 086072 X g S 62371 1 299588 536843 X g SO4 2 20818 033379 1 179193 X g CaSO42H2O 11618 018627 055806 1 1 Y fm X 2 Esses fatores exceto cmolc podem ser usados em outras transformações com unidades ponderais 3 Não é óxido mas sim radical