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A Ressurreição de Jesus BORGES Gabriel Bacharelando em Teologia Interconfessional Uninter 1 INTRODUÇÃO A ressurreição de Jesus é um dos pilares centrais da fé cristã e ao longo dos séculos tem sido alvo de debates intensos entre teólogos historiadores e críticos Para muitos esse evento não apenas transformou a vida dos discípulos mas também moldou a trajetória do cristianismo e influenciou profundamente a história da humanidade No entanto ao longo do tempo diversas objeções têm sido levantadas contra a veracidade da ressurreição questionando sua autenticidade e propondo explicações alternativas Antes de analisarmos as principais objeções e respostas a esse evento é fundamental estabelecer a credibilidade histórica do Novo Testamento Se os relatos sobre Jesus forem confiáveis do ponto de vista acadêmico então as explicações oferecidas contra a ressurreição precisarão ser avaliadas com um rigor ainda maior O estudioso Gary Habermas por meio de uma análise abrangente de publicações especializadas demonstrou que até mesmo críticos liberais e historiadores céticos reconhecem certos fatos históricos relacionados à morte e suposta ressurreição de Jesus A partir dessa base este estudo analisará as principais objeções levantadas contra a ressurreição e as respectivas respostas que demonstram a insuficiência dessas teorias para explicar os eventos históricos 2 METODOLOGIA Este estudo caracterizase como uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa fundamentada na análise de obras teológicas e acadêmicas que abordam a ressurreição de Jesus sob diferentes perspectivas Foram utilizadas fontes contemporâneas como os escritos de William Lane Craig Lee Strobel 1 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas Norman Geisler e Frank Turek que analisam criticamente as evidências históricas e as objeções mais comuns ao evento A investigação concentrouse na seleção leitura e interpretação de materiais previamente publicados possibilitando uma reflexão embasada nos argumentos de estudiosos cristãos e céticos com o objetivo de avaliar a consistência histórica e teológica da ressurreição de Jesus 3 DISCUSSÕES TEÓRICAS E RESULTADOS Antes de partir para uma análise mais detalhada acerca das principais objeções e as principais respostas sobre a Ressureição de Jesus gostaria de trazer alguns fatos que corroboram com a autenticidade dos argumentos resposta que é a validação do novo testamento como histórico e não como uma lenda mitológica O teólogo Gary Habermas fez o estudo mais amplo que conhecemos até o momento sobre o que os estudiosos acreditam a respeito da ressureição de Jesus Habermas reuniu cerca de 1400 obras que foram escritas de 1975 a 2003 dos eruditos mais críticos STROBEL2019 Habermas expõe que desde os ultraliberais até os mais conservadores concluíram que os as seguintes afirmações do novo testamento são de fato histórica 1 Jesus morreu crucificado 2 Jesus foi sepultado em túmulo particular 3 Pouco tempo depois os discípulos ficaram desanimados desolados tendo perdido a esperança 4 O túmulo de Jesus foi encontrado vazio pouco tempo depois de seu sepultamento 5 Os discípulos tiveram experiências que acreditam ser reais da aparição de Jesus 6 Devido a essas experiências eles foram transformados e que depois disso se dispuseram a morrer por essa crença 7 Os discípulos começaram a proclamar essa crença desde o início da história da igreja 2 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas 8 A mensagem do evangelho concentravase na pregação da morte e da ressureição de Jesus 9 Tiago irmão de Jesus e cético antes desse evento converteuse quando acreditou que também vira Jesus ressurreto 10Saulo de Tarso tornouse cristão devido uma experiência a caminho de damasco de uma aparição de Jesus ressurretoSTROBEL2019 Com esses fatos delineados do ponto de vista acadêmico podemos chegar à conclusão que o novo testamento é portanto histórico e que carrega verdades do ponto de vista histórico Com base nos fatos do novo testamento os críticos tentaram trazer algumas propostas alternativas que diz a respeito do que pode ter acontecido nesse evento 1 Teoria da alucinação Essa teoria diz que os discípulos teriam tido alucinações devido ao momento de grande tristeza Mas essa teoria tem algumas falhas de acordo com Willam Lane Craig em seu livro Em guarda conforme veremos a seguir As alucinações não são experimentadas por várias pessoas ao mesmo tempo dentro de um grupo específico por que existem condições psicológicas específicas e raras para que apenas uma pessoa tenha alucinação acaba sendo irracional entender que as pessoas que alegaram ter visto a cristo de forma coletiva tenham tido alucinação CRAIG2011 A teoria da alucinação não funciona porque Jesus apareceu mais de uma vez para essas pessoas o que torna mais difícil ainda de validar a ideia pelo simples fato de ter que crer que os discípulos tiveram alucinação não só uma vez mais várias vezes em conjunto 2 As testemunhas foram ao túmulo errado A ideia de que os discípulos tenham ido ao túmulo errado e que então presumiram que Jesus havia sido ressuscitado também contém algumas 3 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas falhas raciocínio conforme vemos no livro não tenho fé suficiente para ser ateuSTROBEL2019 A primeira delas é que se os discípulos tivessem ido ao túmulo errado e começaram a falar que Jesus havia sido ressuscitado as autoridades judaicas e romanas teriam ido a sepultura certa e então teriam mostrado o corpo de Jesus na cidade O túmulo era conhecido pelos romanos e pelos judeus porque eles colocaram guarda romanos para montar guarda e os judeus sabiam que o corpo de Jesus estava no túmulo de José de Arimatéia membro do sinédrio Essa teoria presume que todos os judeus e romanos tiveram um tipo de amnésia coletiva permanente em relação aquilo que eles haviam feito com o corpo de JesusSTROBEL2019 A segunda falha é que mesmo que os discípulos tenham ido ao túmulo errado ela não consegue explicar como Jesus apareceu em 12 ocasiões diferentes Podemos perceber nos relatos do novo testamento que o túmulo vazio não havia convencido até mesmo os próprios discípulos acerca da ressureição de Jesus Ou seja foi necessário que Jesus de fato aparecesse a elesSTROBEL2019 4 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas Fonte Não tenho fé suficiente para ser ateu pg 310 3 Os discípulos roubaram o corpo de Jesus A teoria de que os discípulos roubaram o corpo de Jesus é uma das mais antigas objeções levantadas contra a ressurreição No entanto essa teoria enfrenta sérias dificuldades lógicas e históricas tornandose altamente improvável Lee Strobel no livro Em defesa de Cristo elenca alguns motivos STROBEL2019 31 Os Discípulos Teriam Quebrado Seus Próprios Princípios Morais Os seguidores de Jesus eram em sua maioria judeus piedosos comprometidos com a verdade e a justiça conforme ensinadas nas Escrituras Hebraicas Para que a teoria do roubo fosse verdadeira todos os 5 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas discípulos teriam que ter conspirado para inventar uma mentira sobre a ressurreição de Jesus e sustentar essa mentira ao longo de suas vidas Se isso tivesse ocorrido é difícil explicar por que homens que pregavam a verdade e a honestidade seriam capazes de arquitetar uma farsa tão elaborada Além disso eles estavam dispostos a sofrer e morrer por essa mensagem o que indica um compromisso profundo com aquilo que afirmavam ser verdade 32 O Medo e a Covardia Inicial dos Discípulos Logo após a morte de Jesus os evangelhos descrevem os discípulos como homens aterrorizados e desmoralizados Em João 2019 lemos que eles estavam reunidos a portas trancadas por medo dos judeus Se estavam com tanto medo de serem identificados como seguidores de Jesus seria plausível que tivessem a coragem de enfrentar a guarda romana roubar o corpo e sustentar essa mentira 33 A Presença de Guardas no Sepulcro Mateus 276266 relata que os líderes judeus pediram a Pilatos que colocasse guardas romanos no túmulo de Jesus para evitar qualquer fraude Esses soldados eram altamente treinados e falhar em sua missão poderia resultar em punição severa até mesmo a morte A ideia de que os discípulos um grupo de pescadores e cobradores de impostos sem treinamento militar conseguiriam superar ou subornar os soldados é extremamente improvável 34 O Testemunho dos Discípulos Sob Perseguição Os que propagaram a mensagem da ressurreição sofreram intensa perseguição sendo presos espancados e até martirizados por sua fé Em Atos 413 NVI vemos que Pedro e João foram presos pelos sacerdotes e saduceus por proclamarem a ressurreição de Jesus Enquanto Pedro e João falavam ao povo chegaram os sacerdotes o capitão da guarda do templo e os saduceus Estavam muito perturbados porque os apóstolos ensinavam o povo e proclamavam em Jesus a 6 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas ressurreição dos mortos Eles agarraram Pedro e João e como já anoitecia os colocaram na prisão até o dia seguinte KOHLENBERGER III2017 Outro exemplo de perseguição está em Atos 162224 NVI onde Paulo e Silas são severamente castigados por sua pregação A multidão ajuntouse contra Paulo e Silas e os magistrados ordenaram que suas roupas fossem arrancadas e eles açoitados Depois de serem severamente açoitados foram lançados na prisão O carcereiro recebeu instrução para vigiálos com cuidado Tendo recebido tais ordens lançouos no cárcere interior e prendeu os pés deles no tronco KOHLENBERGER III2017 Se os discípulos tivessem roubado o corpo é extremamente improvável que todos estivessem dispostos a suportar tamanha perseguição por algo que sabiam ser uma fraude Não há registros históricos de que qualquer um deles tenha negado a ressurreição mesmo sob tortura e morte STROBEL2019 35 A Transformação dos Discípulos Outro argumento contra a teoria do roubo do corpo é a drástica transformação dos discípulos De homens temerosos e desiludidos tornaramse pregadores corajosos da ressurreição O próprio Pedro que negou Jesus três vezes antes da crucificação Mateus 266975 passou a pregar publicamente a ressurreição em Jerusalém diante das mesmas autoridades que condenaram Jesus Atos 21436 Algo extraordinário deve ter acontecido para produzir essa mudança radical³ 4 Os autores do Novo Testamento copiaram mitos pagãos sobre a ressurreição Uma das objeções levantadas contra a historicidade da ressurreição de Jesus é a alegação de que os autores do Novo Testamento simplesmente copiaram mitos pagãos que também possuíam narrativas de deuses morrendo e ressuscitando Essa teoria porém não se sustenta por diversos motivos e 7 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas Norman Geisler e Frank Turek sinaliza alguns motivos no livro Não tenho fé suficiente para ser ateu STROBEL2019 Primeiramente as supostas similaridades entre a ressurreição de Jesus e os mitos pagãos são extremamente superficiais Muitas das divindades citadas nesses mitos como Osíris Tamuz e Mitra não ressuscitam no mesmo sentido que Jesus No caso de Osíris por exemplo seu corpo é remontado por Ísis mas ele não retorna à vida no mundo físico antes tornase o senhor do submundo Já Mitra uma divindade cultuada especialmente entre soldados romanos não possui qualquer relato histórico de morte e ressurreição comparável ao de Jesus Em segundo lugar a crença judaica no século I não era propensa à assimilação de mitologias pagãs Os judeus eram monoteístas rigorosos e rejeitavam as religiões pagãs ao seu redor Se os discípulos de Jesus estivessem criando uma história fictícia seria altamente improvável que inserissem elementos estrangeiros à sua tradição religiosa Além disso as narrativas do Novo Testamento são profundamente enraizadas no contexto histórico e cultural judaico seguindo padrões e referências do Antigo Testamento Terceiro os relatos da ressurreição de Jesus apresentam características distintas de mitos antigos As histórias pagãs geralmente possuem um tom simbólico e alegórico enquanto os evangelhos apresentam detalhes concretos e históricos como o envolvimento de figuras conhecidas Pilatos José de Arimatéia Maria Madalena a menção de locais específicos Jerusalém Gólgota túmulo de José e a presença de testemunhas oculares que posteriormente sofreram perseguições por defender sua fé Por fim a ressurreição de Jesus não era uma crença conveniente ou popular no contexto da época Se os discípulos quisessem criar uma religião baseada em mitos pagãos seria mais fácil seguir as concepções de deuses heróicos e invencíveis e não em um Messias crucificado algo que era considerado um escândalo para os judeus e uma loucura para os gregos 1 Coríntios 123 8 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A ressurreição de Jesus continua sendo um dos eventos mais estudados da história e apesar das objeções apresentadas ao longo dos séculos nenhuma delas consegue oferecer uma explicação plausível que refute as evidências históricas e a transformação que esse evento causou na vida dos discípulos e no crescimento da igreja primitiva Diferentes teorias foram propostas para tentar desacreditar a ressurreição a teoria da alucinação a hipótese do túmulo errado a alegação de que os discípulos roubaram o corpo e a sugestão de que os autores do Novo Testamento copiaram mitos pagãos No entanto todas elas apresentam falhas lógicas e não conseguem explicar satisfatoriamente o fenômeno que deu origem ao cristianismo Dado o testemunho histórico a coerência dos relatos e o impacto duradouro da ressurreição o argumento mais razoável continua sendo o de que Jesus realmente ressuscitou dentre os mortos exatamente como foi proclamado desde os primórdios da fé cristã 5 REFERÊNCIAS STROBELLee Em de Defesa de Cristo A investigação pessoal de um jornalista sobre as provas a favor da existência de Jesus Rio de Janeiro Thomas Nelson 2019 CRAIG William Lane Em guardaDefenda a fé cristã com razão e precisão São Paulo Vida nova 2011 GEISLERNorman TUREK Frank Não tenho fé suficiente para ser ateu São Paulo Editora Vida 2004 KOHLENBERGER III John R Biblia de Estudo Integrada Nova Versão Internacional Rio de Janeiro Thomas Nelson Brasil 2017 9 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas A Ressurreição de Jesus BORGES Gabriel Bacharelando em Teologia Interconfessional Uninter 1 INTRODUÇÃO A ressurreição de Jesus é um dos pilares centrais da fé cristã e ao longo dos séculos tem sido alvo de debates intensos entre teólogos historiadores e críticos Para muitos esse evento não apenas transformou a vida dos discípulos mas também moldou a trajetória do cristianismo e influenciou profundamente a história da humanidade No entanto ao longo do tempo diversas objeções têm sido levantadas contra a veracidade da ressurreição questionando sua autenticidade e propondo explicações alternativas Antes de analisarmos as principais objeções e respostas a esse evento é fundamental estabelecer a credibilidade histórica do Novo Testamento Se os relatos sobre Jesus forem confiáveis do ponto de vista acadêmico então as explicações oferecidas contra a ressurreição precisarão ser avaliadas com um rigor ainda maior O estudioso Gary Habermas por meio de uma análise abrangente de publicações especializadas demonstrou que até mesmo críticos liberais e historiadores céticos reconhecem certos fatos históricos relacionados à morte e suposta ressurreição de Jesus A partir dessa base este estudo analisará as principais objeções levantadas contra a ressurreição e as respectivas respostas que demonstram a insuficiência dessas teorias para explicar os eventos históricos A ressurreição de Jesus Cristo constitui um dos temas centrais da fé cristã e ao mesmo tempo uma das questões mais debatidas na história do pensamento teológico e histórico Desde os primeiros séculos esse evento tem sido interpretado não apenas como um marco espiritual para os discípulos mas também como um acontecimento que moldou a trajetória do cristianismo e exerceu influência significativa sobre a civilização ocidental STROBEL 2019 1 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas De acordo com Craig 2011 a compreensão da ressurreição ultrapassa o campo da devoção pessoal inserindose como objeto de investigação filosófica histórica e teológica Entretanto ao longo da história diversas objeções foram levantadas quanto à veracidade do evento suscitando interpretações alternativas que tentam explicar os relatos neotestamentários sob perspectivas naturalistas Nesse contexto surge a necessidade de analisar se o Novo Testamento pode ser considerado uma fonte confiável do ponto de vista histórico Segundo Habermas ao realizar um levantamento de mais de 1400 publicações acadêmicas entre 1975 e 2003 mesmo estudiosos céticos e liberais reconhecem como históricos determinados fatos relacionados à morte e às alegadas aparições de Jesus após sua crucificação apud STROBEL 2019 Com base nesse ponto tornase essencial compreender que se os registros neotestamentários possuem credibilidade acadêmica então as teorias que negam a ressurreição carecem de sustentação sólida Assim o presente estudo tem como objetivo analisar as principais objeções levantadas contra a ressurreição de Jesus e confrontálas com respostas fundamentadas em evidências históricas e teológicas destacando a insuficiência das hipóteses alternativas diante da magnitude do evento 2 METODOLOGIA Este estudo caracterizase como uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa fundamentada na análise de obras teológicas e acadêmicas que abordam a ressurreição de Jesus sob diferentes perspectivas Foram utilizadas fontes contemporâneas como os escritos de William Lane Craig Lee Strobel Norman Geisler e Frank Turek que analisam criticamente as evidências históricas e as objeções mais comuns ao evento A investigação concentrouse na seleção leitura e interpretação de materiais previamente publicados possibilitando uma reflexão embasada nos argumentos de estudiosos cristãos e céticos com o objetivo de avaliar a consistência histórica e teológica da ressurreição de Jesus 2 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas O presente estudo caracterizase como uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa e abordagem exploratória uma vez que busca compreender interpretar e analisar criticamente as diferentes perspectivas sobre a ressurreição de Jesus Cristo a partir de obras já publicadas Conforme Lakatos e Marconi 2017 a pesquisa bibliográfica consiste no levantamento seleção e interpretação de materiais previamente publicados permitindo ao pesquisador a formulação de análises fundamentadas em contribuições teóricas consolidadas Os dados foram obtidos por meio da consulta a obras acadêmicas e teológicas contemporâneas escritas tanto por estudiosos cristãos quanto por críticos da fé Entre as principais referências utilizadas estão William Lane Craig 2011 Lee Strobel 2019 Norman Geisler e Frank Turek 2004 cujos escritos abordam criticamente as evidências históricas da ressurreição e as objeções mais recorrentes ao evento Além disso a pesquisa recorreu a textos bíblicos em traduções reconhecidas como a Bíblia de Estudo Integrada NVI KOHLENBERGER III 2017 com o objetivo de garantir a precisão exegética e contextual das passagens analisadas A escolha por uma abordagem qualitativa justificase pela natureza do objeto estudado que envolve interpretações históricas teológicas e filosóficas as quais não podem ser quantificadas de forma objetiva mas demandam análise hermenêutica e comparativa GIL 2019 Para tanto foram adotados os seguintes procedimentos seleção criteriosa das fontes leitura analítica dos textos organização dos principais argumentos contrários à ressurreição e posterior confronto com as respostas apresentadas por estudiosos de orientação cristã Desse modo a metodologia adotada permite não apenas a exposição das objeções levantadas contra a ressurreição de Jesus mas também a avaliação crítica de sua consistência destacando os limites das explicações alternativas e reforçando a credibilidade histórica do Novo Testamento 3 DISCUSSÕES TEÓRICAS E RESULTADOS 3 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas Antes de partir para uma análise mais detalhada acerca das principais objeções e as principais respostas sobre a Ressureição de Jesus gostaria de trazer alguns fatos que corroboram com a autenticidade dos argumentos resposta que é a validação do novo testamento como histórico e não como uma lenda mitológica O teólogo Gary Habermas fez o estudo mais amplo que conhecemos até o momento sobre o que os estudiosos acreditam a respeito da ressureição de Jesus Habermas reuniu cerca de 1400 obras que foram escritas de 1975 a 2003 dos eruditos mais críticos STROBEL2019 Habermas expõe que desde os ultraliberais até os mais conservadores concluíram que os as seguintes afirmações do novo testamento são de fato histórica 1 Jesus morreu crucificado 2 Jesus foi sepultado em túmulo particular 3 Pouco tempo depois os discípulos ficaram desanimados desolados tendo perdido a esperança 4 O túmulo de Jesus foi encontrado vazio pouco tempo depois de seu sepultamento 5 Os discípulos tiveram experiências que acreditam ser reais da aparição de Jesus 6 Devido a essas experiências eles foram transformados e que depois disso se dispuseram a morrer por essa crença 7 Os discípulos começaram a proclamar essa crença desde o início da história da igreja 8 A mensagem do evangelho concentravase na pregação da morte e da ressureição de Jesus 9 Tiago irmão de Jesus e cético antes desse evento converteuse quando acreditou que também vira Jesus ressurreto 10Saulo de Tarso tornouse cristão devido uma experiência a caminho de damasco de uma aparição de Jesus ressurretoSTROBEL2019 Com esses fatos delineados do ponto de vista acadêmico podemos chegar à conclusão que o novo testamento é portanto histórico e que carrega verdades do ponto de vista histórico 4 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas Com base nos fatos do novo testamento os críticos tentaram trazer algumas propostas alternativas que diz a respeito do que pode ter acontecido nesse evento 1 Teoria da alucinação Essa teoria diz que os discípulos teriam tido alucinações devido ao momento de grande tristeza Mas essa teoria tem algumas falhas de acordo com Willam Lane Craig em seu livro Em guarda conforme veremos a seguir As alucinações não são experimentadas por várias pessoas ao mesmo tempo dentro de um grupo específico por que existem condições psicológicas específicas e raras para que apenas uma pessoa tenha alucinação acaba sendo irracional entender que as pessoas que alegaram ter visto a cristo de forma coletiva tenham tido alucinação CRAIG2011 A teoria da alucinação não funciona porque Jesus apareceu mais de uma vez para essas pessoas o que torna mais difícil ainda de validar a ideia pelo simples fato de ter que crer que os discípulos tiveram alucinação não só uma vez mais várias vezes em conjunto 2 As testemunhas foram ao túmulo errado A ideia de que os discípulos tenham ido ao túmulo errado e que então presumiram que Jesus havia sido ressuscitado também contém algumas falhas raciocínio conforme vemos no livro não tenho fé suficiente para ser ateuSTROBEL2019 A primeira delas é que se os discípulos tivessem ido ao túmulo errado e começaram a falar que Jesus havia sido ressuscitado as autoridades judaicas e romanas teriam ido a sepultura certa e então teriam mostrado o corpo de Jesus na cidade O túmulo era conhecido pelos romanos e pelos judeus porque eles colocaram guarda romanos para montar guarda e os judeus sabiam que o corpo de Jesus estava no túmulo de José de Arimatéia membro do sinédrio Essa teoria presume que todos os judeus e 5 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas romanos tiveram um tipo de amnésia coletiva permanente em relação aquilo que eles haviam feito com o corpo de JesusSTROBEL2019 A segunda falha é que mesmo que os discípulos tenham ido ao túmulo errado ela não consegue explicar como Jesus apareceu em 12 ocasiões diferentes Podemos perceber nos relatos do novo testamento que o túmulo vazio não havia convencido até mesmo os próprios discípulos acerca da ressureição de Jesus Ou seja foi necessário que Jesus de fato aparecesse a elesSTROBEL2019 Fonte Não tenho fé suficiente para ser ateu pg 310 6 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas 3 Os discípulos roubaram o corpo de Jesus A teoria de que os discípulos roubaram o corpo de Jesus é uma das mais antigas objeções levantadas contra a ressurreição No entanto essa teoria enfrenta sérias dificuldades lógicas e históricas tornandose altamente improvável Lee Strobel no livro Em defesa de Cristo elenca alguns motivos STROBEL2019 31 Os Discípulos Teriam Quebrado Seus Próprios Princípios Morais Os seguidores de Jesus eram em sua maioria judeus piedosos comprometidos com a verdade e a justiça conforme ensinadas nas Escrituras Hebraicas Para que a teoria do roubo fosse verdadeira todos os discípulos teriam que ter conspirado para inventar uma mentira sobre a ressurreição de Jesus e sustentar essa mentira ao longo de suas vidas Se isso tivesse ocorrido é difícil explicar por que homens que pregavam a verdade e a honestidade seriam capazes de arquitetar uma farsa tão elaborada Além disso eles estavam dispostos a sofrer e morrer por essa mensagem o que indica um compromisso profundo com aquilo que afirmavam ser verdade 32 O Medo e a Covardia Inicial dos Discípulos Logo após a morte de Jesus os evangelhos descrevem os discípulos como homens aterrorizados e desmoralizados Em João 2019 lemos que eles estavam reunidos a portas trancadas por medo dos judeus Se estavam com tanto medo de serem identificados como seguidores de Jesus seria plausível que tivessem a coragem de enfrentar a guarda romana roubar o corpo e sustentar essa mentira 33 A Presença de Guardas no Sepulcro Mateus 276266 relata que os líderes judeus pediram a Pilatos que colocasse guardas romanos no túmulo de Jesus para evitar qualquer fraude Esses soldados eram altamente treinados e falhar em sua missão poderia resultar em punição severa até mesmo a morte A ideia de que os discípulos um grupo de pescadores e cobradores de impostos sem 7 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas treinamento militar conseguiriam superar ou subornar os soldados é extremamente improvável 34 O Testemunho dos Discípulos Sob Perseguição Os que propagaram a mensagem da ressurreição sofreram intensa perseguição sendo presos espancados e até martirizados por sua fé Em Atos 413 NVI vemos que Pedro e João foram presos pelos sacerdotes e saduceus por proclamarem a ressurreição de Jesus Enquanto Pedro e João falavam ao povo chegaram os sacerdotes o capitão da guarda do templo e os saduceus Estavam muito perturbados porque os apóstolos ensinavam o povo e proclamavam em Jesus a ressurreição dos mortos Eles agarraram Pedro e João e como já anoitecia os colocaram na prisão até o dia seguinte KOHLENBERGER III2017 Outro exemplo de perseguição está em Atos 162224 NVI onde Paulo e Silas são severamente castigados por sua pregação A multidão ajuntouse contra Paulo e Silas e os magistrados ordenaram que suas roupas fossem arrancadas e eles açoitados Depois de serem severamente açoitados foram lançados na prisão O carcereiro recebeu instrução para vigiálos com cuidado Tendo recebido tais ordens lançouos no cárcere interior e prendeu os pés deles no tronco KOHLENBERGER III2017 Se os discípulos tivessem roubado o corpo é extremamente improvável que todos estivessem dispostos a suportar tamanha perseguição por algo que sabiam ser uma fraude Não há registros históricos de que qualquer um deles tenha negado a ressurreição mesmo sob tortura e morte STROBEL2019 35 A Transformação dos Discípulos Outro argumento contra a teoria do roubo do corpo é a drástica transformação dos discípulos De homens temerosos e desiludidos tornaramse pregadores corajosos da ressurreição O próprio Pedro que negou Jesus três vezes antes da crucificação Mateus 266975 passou a 8 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas pregar publicamente a ressurreição em Jerusalém diante das mesmas autoridades que condenaram Jesus Atos 21436 Algo extraordinário deve ter acontecido para produzir essa mudança radical³ 4 Os autores do Novo Testamento copiaram mitos pagãos sobre a ressurreição Uma das objeções levantadas contra a historicidade da ressurreição de Jesus é a alegação de que os autores do Novo Testamento simplesmente copiaram mitos pagãos que também possuíam narrativas de deuses morrendo e ressuscitando Essa teoria porém não se sustenta por diversos motivos e Norman Geisler e Frank Turek sinaliza alguns motivos no livro Não tenho fé suficiente para ser ateu STROBEL2019 Primeiramente as supostas similaridades entre a ressurreição de Jesus e os mitos pagãos são extremamente superficiais Muitas das divindades citadas nesses mitos como Osíris Tamuz e Mitra não ressuscitam no mesmo sentido que Jesus No caso de Osíris por exemplo seu corpo é remontado por Ísis mas ele não retorna à vida no mundo físico antes tornase o senhor do submundo Já Mitra uma divindade cultuada especialmente entre soldados romanos não possui qualquer relato histórico de morte e ressurreição comparável ao de Jesus Em segundo lugar a crença judaica no século I não era propensa à assimilação de mitologias pagãs Os judeus eram monoteístas rigorosos e rejeitavam as religiões pagãs ao seu redor Se os discípulos de Jesus estivessem criando uma história fictícia seria altamente improvável que inserissem elementos estrangeiros à sua tradição religiosa Além disso as narrativas do Novo Testamento são profundamente enraizadas no contexto histórico e cultural judaico seguindo padrões e referências do Antigo Testamento Terceiro os relatos da ressurreição de Jesus apresentam características distintas de mitos antigos As histórias pagãs geralmente possuem um tom simbólico e alegórico enquanto os evangelhos apresentam detalhes concretos 9 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas e históricos como o envolvimento de figuras conhecidas Pilatos José de Arimatéia Maria Madalena a menção de locais específicos Jerusalém Gólgota túmulo de José e a presença de testemunhas oculares que posteriormente sofreram perseguições por defender sua fé Por fim a ressurreição de Jesus não era uma crença conveniente ou popular no contexto da época Se os discípulos quisessem criar uma religião baseada em mitos pagãos seria mais fácil seguir as concepções de deuses heróicos e invencíveis e não em um Messias crucificado algo que era considerado um escândalo para os judeus e uma loucura para os gregos 1 Coríntios 123 A ressurreição de Jesus Cristo constitui um dos pontos mais debatidos na história do cristianismo tanto no campo teológico quanto no histórico Para compreender a legitimidade das objeções levantadas contra este evento torna se necessário primeiramente analisar a credibilidade histórica do Novo Testamento Nesse sentido Gary Habermas realizou uma das pesquisas mais abrangentes sobre o tema examinando cerca de 1400 publicações acadêmicas produzidas entre 1975 e 2003 O autor demonstrou que mesmo entre os estudiosos mais céticos e críticos há consenso mínimo em torno de certos fatos a crucificação de Jesus o sepultamento em um túmulo particular o desalento dos discípulos após a morte a descoberta do túmulo vazio as experiências relatadas como aparições de Cristo a transformação radical dos discípulos e a pregação inicial da ressurreição já nos primeiros anos do cristianismo apud STROBEL 2019 A partir dessa base factual diversas teorias alternativas surgiram na tentativa de explicar os relatos sem recorrer à hipótese da ressurreição Uma das mais conhecidas é a teoria da alucinação segundo a qual os discípulos teriam vivenciado visões subjetivas em razão da dor e da expectativa messiânica Contudo Craig 2011 observa que alucinações são experiências individuais que não podem ser compartilhadas simultaneamente por várias pessoas Além disso os registros bíblicos mencionam múltiplas aparições em diferentes ocasiões envolvendo grupos distintos o que enfraquece ainda mais 10 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas a plausibilidade dessa hipótese Outra objeção é a hipótese do túmulo errado segundo a qual os discípulos teriam se confundido de local ao procurar pelo corpo Entretanto Strobel 2019 demonstra que esse argumento não se sustenta pois as autoridades judaicas e romanas sabiam exatamente onde Jesus havia sido sepultado o túmulo de José de Arimatéia Caso houvesse equívoco bastaria apresentar o corpo para encerrar a mensagem cristã ainda em sua origem Ademais os próprios discípulos não foram plenamente convencidos pelo túmulo vazio necessitando das aparições posteriores para crerem na ressurreição A chamada teoria do roubo do corpo remonta aos primeiros anos após a crucificação conforme registrado em Mateus 281115 Essa hipótese sugere que os discípulos teriam furtado o corpo de Jesus para sustentar a crença na ressurreição No entanto Geisler e Turek 2004 destacam a inviabilidade dessa teoria uma vez que os seguidores de Cristo estavam inicialmente desanimados e com medo Jo 2019 não possuíam preparo militar para enfrentar guardas romanos Mt 276266 e sobretudo sustentaram sua mensagem mesmo diante de perseguições torturas e martírios Strobel 2019 acrescenta que dificilmente homens dispostos a morrer pela verdade teriam sustentado uma fraude até o fim da vida sem que houvesse qualquer registro de retratação Um dos argumentos levantados também é a suposta dependência dos evangelistas de mitos pagãos que narravam deuses morrendo e ressuscitando como Osíris ou Mitra Entretanto essa hipótese carece de consistência histórica pois como ressaltam Geisler e Turek 2004 as semelhanças são superficiais e não correspondem à concepção judaica do século I fortemente avessa à assimilação de elementos pagãos Além disso os evangelhos diferenciamse dos mitos antigos por apresentarem nomes de personagens históricos Pilatos José de Arimatéia Maria Madalena locais geográficos específicos Jerusalém Gólgota e testemunhas que sofreram perseguição por sua fé o que lhes confere caráter de documento histórico STROBEL 2019 Figura 1 Fatos mínimos reconhecidos por estudiosos sobre a ressurreição de Jesus 11 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas Fonte GEISLER TUREK Não tenho fé suficiente para ser ateu São Paulo Vida 2004 p 310 A análise das objeções evidencia que todas elas apresentam fragilidades lógicas e históricas não sendo capazes de explicar de forma satisfatória os eventos que deram origem à fé cristã Os resultados desta discussão apontam para a ressurreição como a explicação mais coerente e consistente para os fatos aceitos pela historiografia reforçando sua relevância histórica e teológica 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A ressurreição de Jesus continua sendo um dos eventos mais estudados da história e apesar das objeções apresentadas ao longo dos séculos nenhuma delas consegue oferecer uma explicação plausível que refute as evidências 12 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas históricas e a transformação que esse evento causou na vida dos discípulos e no crescimento da igreja primitiva Diferentes teorias foram propostas para tentar desacreditar a ressurreição a teoria da alucinação a hipótese do túmulo errado a alegação de que os discípulos roubaram o corpo e a sugestão de que os autores do Novo Testamento copiaram mitos pagãos No entanto todas elas apresentam falhas lógicas e não conseguem explicar satisfatoriamente o fenômeno que deu origem ao cristianismo Dado o testemunho histórico a coerência dos relatos e o impacto duradouro da ressurreição o argumento mais razoável continua sendo o de que Jesus realmente ressuscitou dentre os mortos exatamente como foi proclamado desde os primórdios da fé cristã A ressurreição de Jesus como evento central do cristianismo permanece sendo objeto de intensos debates acadêmicos e teológicos A análise realizada neste estudo partiu da premissa da credibilidade do Novo Testamento como fonte histórica e da constatação de que mesmo entre estudiosos céticos há consenso mínimo sobre fatos fundamentais relacionados à morte ao sepultamento ao túmulo vazio e às experiências relatadas pelos discípulos STROBEL 2019 As teorias alternativas apresentadas ao longo da história como a hipótese da alucinação a confusão quanto ao túmulo o roubo do corpo e a suposta dependência de mitos pagãos mostraramse insuficientes para explicar de maneira consistente o fenômeno que deu origem ao cristianismo Conforme demonstrado por Craig 2011 Geisler e Turek 2004 e Strobel 2019 tais explicações esbarram em limitações psicológicas históricas e lógicas não conseguindo justificar a transformação radical dos discípulos e a propagação imediata da fé na ressurreição Dessa forma os resultados da pesquisa evidenciam que a hipótese da ressurreição continua sendo a interpretação mais plausível e coerente diante das evidências disponíveis O impacto desse evento ultrapassa o âmbito da experiência individual dos discípulos configurandose como fundamento 13 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas histórico e teológico que sustentou o crescimento da igreja primitiva e influenciou profundamente a cultura ocidental Entretanto é importante reconhecer que o tema permanece aberto a novas investigações sobretudo no diálogo interdisciplinar entre história filosofia e teologia Pesquisas futuras podem ampliar a análise comparativa entre as fontes bíblicas e extrabíblicas bem como explorar a recepção da ressurreição ao longo dos séculos e sua influência em diferentes contextos culturais Em síntese ao considerar as objeções apresentadas e as respostas fundamentadas em estudos acadêmicos concluise que a ressurreição de Jesus não apenas resiste às críticas mas se reafirma como um evento central e transformador cuja relevância histórica e espiritual continua a inspirar gerações ao longo dos séculos 5 REFERÊNCIAS CRAIG William Lane Em guarda defenda a fé cristã com razão e precisão São Paulo Vida Nova 2011 GEISLER Norman TUREK Frank Não tenho fé suficiente para ser ateu São Paulo Editora Vida 2004 GIL Antonio Carlos Métodos e técnicas de pesquisa social 7 ed São Paulo Atlas 2019 KOHLENBERGER III John R Bíblia de estudo integrada Nova Versão Internacional Rio de Janeiro Thomas Nelson Brasil 2017 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia científica 8 ed São Paulo Atlas 2017 14 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas STROBEL Lee Em defesa de Cristo a investigação pessoal de um jornalista sobre as provas a favor da existência de Jesus Rio de Janeiro Thomas Nelson Brasil 2019 15 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas

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A Ressurreição de Jesus BORGES Gabriel Bacharelando em Teologia Interconfessional Uninter 1 INTRODUÇÃO A ressurreição de Jesus é um dos pilares centrais da fé cristã e ao longo dos séculos tem sido alvo de debates intensos entre teólogos historiadores e críticos Para muitos esse evento não apenas transformou a vida dos discípulos mas também moldou a trajetória do cristianismo e influenciou profundamente a história da humanidade No entanto ao longo do tempo diversas objeções têm sido levantadas contra a veracidade da ressurreição questionando sua autenticidade e propondo explicações alternativas Antes de analisarmos as principais objeções e respostas a esse evento é fundamental estabelecer a credibilidade histórica do Novo Testamento Se os relatos sobre Jesus forem confiáveis do ponto de vista acadêmico então as explicações oferecidas contra a ressurreição precisarão ser avaliadas com um rigor ainda maior O estudioso Gary Habermas por meio de uma análise abrangente de publicações especializadas demonstrou que até mesmo críticos liberais e historiadores céticos reconhecem certos fatos históricos relacionados à morte e suposta ressurreição de Jesus A partir dessa base este estudo analisará as principais objeções levantadas contra a ressurreição e as respectivas respostas que demonstram a insuficiência dessas teorias para explicar os eventos históricos 2 METODOLOGIA Este estudo caracterizase como uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa fundamentada na análise de obras teológicas e acadêmicas que abordam a ressurreição de Jesus sob diferentes perspectivas Foram utilizadas fontes contemporâneas como os escritos de William Lane Craig Lee Strobel 1 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas Norman Geisler e Frank Turek que analisam criticamente as evidências históricas e as objeções mais comuns ao evento A investigação concentrouse na seleção leitura e interpretação de materiais previamente publicados possibilitando uma reflexão embasada nos argumentos de estudiosos cristãos e céticos com o objetivo de avaliar a consistência histórica e teológica da ressurreição de Jesus 3 DISCUSSÕES TEÓRICAS E RESULTADOS Antes de partir para uma análise mais detalhada acerca das principais objeções e as principais respostas sobre a Ressureição de Jesus gostaria de trazer alguns fatos que corroboram com a autenticidade dos argumentos resposta que é a validação do novo testamento como histórico e não como uma lenda mitológica O teólogo Gary Habermas fez o estudo mais amplo que conhecemos até o momento sobre o que os estudiosos acreditam a respeito da ressureição de Jesus Habermas reuniu cerca de 1400 obras que foram escritas de 1975 a 2003 dos eruditos mais críticos STROBEL2019 Habermas expõe que desde os ultraliberais até os mais conservadores concluíram que os as seguintes afirmações do novo testamento são de fato histórica 1 Jesus morreu crucificado 2 Jesus foi sepultado em túmulo particular 3 Pouco tempo depois os discípulos ficaram desanimados desolados tendo perdido a esperança 4 O túmulo de Jesus foi encontrado vazio pouco tempo depois de seu sepultamento 5 Os discípulos tiveram experiências que acreditam ser reais da aparição de Jesus 6 Devido a essas experiências eles foram transformados e que depois disso se dispuseram a morrer por essa crença 7 Os discípulos começaram a proclamar essa crença desde o início da história da igreja 2 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas 8 A mensagem do evangelho concentravase na pregação da morte e da ressureição de Jesus 9 Tiago irmão de Jesus e cético antes desse evento converteuse quando acreditou que também vira Jesus ressurreto 10Saulo de Tarso tornouse cristão devido uma experiência a caminho de damasco de uma aparição de Jesus ressurretoSTROBEL2019 Com esses fatos delineados do ponto de vista acadêmico podemos chegar à conclusão que o novo testamento é portanto histórico e que carrega verdades do ponto de vista histórico Com base nos fatos do novo testamento os críticos tentaram trazer algumas propostas alternativas que diz a respeito do que pode ter acontecido nesse evento 1 Teoria da alucinação Essa teoria diz que os discípulos teriam tido alucinações devido ao momento de grande tristeza Mas essa teoria tem algumas falhas de acordo com Willam Lane Craig em seu livro Em guarda conforme veremos a seguir As alucinações não são experimentadas por várias pessoas ao mesmo tempo dentro de um grupo específico por que existem condições psicológicas específicas e raras para que apenas uma pessoa tenha alucinação acaba sendo irracional entender que as pessoas que alegaram ter visto a cristo de forma coletiva tenham tido alucinação CRAIG2011 A teoria da alucinação não funciona porque Jesus apareceu mais de uma vez para essas pessoas o que torna mais difícil ainda de validar a ideia pelo simples fato de ter que crer que os discípulos tiveram alucinação não só uma vez mais várias vezes em conjunto 2 As testemunhas foram ao túmulo errado A ideia de que os discípulos tenham ido ao túmulo errado e que então presumiram que Jesus havia sido ressuscitado também contém algumas 3 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas falhas raciocínio conforme vemos no livro não tenho fé suficiente para ser ateuSTROBEL2019 A primeira delas é que se os discípulos tivessem ido ao túmulo errado e começaram a falar que Jesus havia sido ressuscitado as autoridades judaicas e romanas teriam ido a sepultura certa e então teriam mostrado o corpo de Jesus na cidade O túmulo era conhecido pelos romanos e pelos judeus porque eles colocaram guarda romanos para montar guarda e os judeus sabiam que o corpo de Jesus estava no túmulo de José de Arimatéia membro do sinédrio Essa teoria presume que todos os judeus e romanos tiveram um tipo de amnésia coletiva permanente em relação aquilo que eles haviam feito com o corpo de JesusSTROBEL2019 A segunda falha é que mesmo que os discípulos tenham ido ao túmulo errado ela não consegue explicar como Jesus apareceu em 12 ocasiões diferentes Podemos perceber nos relatos do novo testamento que o túmulo vazio não havia convencido até mesmo os próprios discípulos acerca da ressureição de Jesus Ou seja foi necessário que Jesus de fato aparecesse a elesSTROBEL2019 4 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas Fonte Não tenho fé suficiente para ser ateu pg 310 3 Os discípulos roubaram o corpo de Jesus A teoria de que os discípulos roubaram o corpo de Jesus é uma das mais antigas objeções levantadas contra a ressurreição No entanto essa teoria enfrenta sérias dificuldades lógicas e históricas tornandose altamente improvável Lee Strobel no livro Em defesa de Cristo elenca alguns motivos STROBEL2019 31 Os Discípulos Teriam Quebrado Seus Próprios Princípios Morais Os seguidores de Jesus eram em sua maioria judeus piedosos comprometidos com a verdade e a justiça conforme ensinadas nas Escrituras Hebraicas Para que a teoria do roubo fosse verdadeira todos os 5 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas discípulos teriam que ter conspirado para inventar uma mentira sobre a ressurreição de Jesus e sustentar essa mentira ao longo de suas vidas Se isso tivesse ocorrido é difícil explicar por que homens que pregavam a verdade e a honestidade seriam capazes de arquitetar uma farsa tão elaborada Além disso eles estavam dispostos a sofrer e morrer por essa mensagem o que indica um compromisso profundo com aquilo que afirmavam ser verdade 32 O Medo e a Covardia Inicial dos Discípulos Logo após a morte de Jesus os evangelhos descrevem os discípulos como homens aterrorizados e desmoralizados Em João 2019 lemos que eles estavam reunidos a portas trancadas por medo dos judeus Se estavam com tanto medo de serem identificados como seguidores de Jesus seria plausível que tivessem a coragem de enfrentar a guarda romana roubar o corpo e sustentar essa mentira 33 A Presença de Guardas no Sepulcro Mateus 276266 relata que os líderes judeus pediram a Pilatos que colocasse guardas romanos no túmulo de Jesus para evitar qualquer fraude Esses soldados eram altamente treinados e falhar em sua missão poderia resultar em punição severa até mesmo a morte A ideia de que os discípulos um grupo de pescadores e cobradores de impostos sem treinamento militar conseguiriam superar ou subornar os soldados é extremamente improvável 34 O Testemunho dos Discípulos Sob Perseguição Os que propagaram a mensagem da ressurreição sofreram intensa perseguição sendo presos espancados e até martirizados por sua fé Em Atos 413 NVI vemos que Pedro e João foram presos pelos sacerdotes e saduceus por proclamarem a ressurreição de Jesus Enquanto Pedro e João falavam ao povo chegaram os sacerdotes o capitão da guarda do templo e os saduceus Estavam muito perturbados porque os apóstolos ensinavam o povo e proclamavam em Jesus a 6 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas ressurreição dos mortos Eles agarraram Pedro e João e como já anoitecia os colocaram na prisão até o dia seguinte KOHLENBERGER III2017 Outro exemplo de perseguição está em Atos 162224 NVI onde Paulo e Silas são severamente castigados por sua pregação A multidão ajuntouse contra Paulo e Silas e os magistrados ordenaram que suas roupas fossem arrancadas e eles açoitados Depois de serem severamente açoitados foram lançados na prisão O carcereiro recebeu instrução para vigiálos com cuidado Tendo recebido tais ordens lançouos no cárcere interior e prendeu os pés deles no tronco KOHLENBERGER III2017 Se os discípulos tivessem roubado o corpo é extremamente improvável que todos estivessem dispostos a suportar tamanha perseguição por algo que sabiam ser uma fraude Não há registros históricos de que qualquer um deles tenha negado a ressurreição mesmo sob tortura e morte STROBEL2019 35 A Transformação dos Discípulos Outro argumento contra a teoria do roubo do corpo é a drástica transformação dos discípulos De homens temerosos e desiludidos tornaramse pregadores corajosos da ressurreição O próprio Pedro que negou Jesus três vezes antes da crucificação Mateus 266975 passou a pregar publicamente a ressurreição em Jerusalém diante das mesmas autoridades que condenaram Jesus Atos 21436 Algo extraordinário deve ter acontecido para produzir essa mudança radical³ 4 Os autores do Novo Testamento copiaram mitos pagãos sobre a ressurreição Uma das objeções levantadas contra a historicidade da ressurreição de Jesus é a alegação de que os autores do Novo Testamento simplesmente copiaram mitos pagãos que também possuíam narrativas de deuses morrendo e ressuscitando Essa teoria porém não se sustenta por diversos motivos e 7 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas Norman Geisler e Frank Turek sinaliza alguns motivos no livro Não tenho fé suficiente para ser ateu STROBEL2019 Primeiramente as supostas similaridades entre a ressurreição de Jesus e os mitos pagãos são extremamente superficiais Muitas das divindades citadas nesses mitos como Osíris Tamuz e Mitra não ressuscitam no mesmo sentido que Jesus No caso de Osíris por exemplo seu corpo é remontado por Ísis mas ele não retorna à vida no mundo físico antes tornase o senhor do submundo Já Mitra uma divindade cultuada especialmente entre soldados romanos não possui qualquer relato histórico de morte e ressurreição comparável ao de Jesus Em segundo lugar a crença judaica no século I não era propensa à assimilação de mitologias pagãs Os judeus eram monoteístas rigorosos e rejeitavam as religiões pagãs ao seu redor Se os discípulos de Jesus estivessem criando uma história fictícia seria altamente improvável que inserissem elementos estrangeiros à sua tradição religiosa Além disso as narrativas do Novo Testamento são profundamente enraizadas no contexto histórico e cultural judaico seguindo padrões e referências do Antigo Testamento Terceiro os relatos da ressurreição de Jesus apresentam características distintas de mitos antigos As histórias pagãs geralmente possuem um tom simbólico e alegórico enquanto os evangelhos apresentam detalhes concretos e históricos como o envolvimento de figuras conhecidas Pilatos José de Arimatéia Maria Madalena a menção de locais específicos Jerusalém Gólgota túmulo de José e a presença de testemunhas oculares que posteriormente sofreram perseguições por defender sua fé Por fim a ressurreição de Jesus não era uma crença conveniente ou popular no contexto da época Se os discípulos quisessem criar uma religião baseada em mitos pagãos seria mais fácil seguir as concepções de deuses heróicos e invencíveis e não em um Messias crucificado algo que era considerado um escândalo para os judeus e uma loucura para os gregos 1 Coríntios 123 8 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A ressurreição de Jesus continua sendo um dos eventos mais estudados da história e apesar das objeções apresentadas ao longo dos séculos nenhuma delas consegue oferecer uma explicação plausível que refute as evidências históricas e a transformação que esse evento causou na vida dos discípulos e no crescimento da igreja primitiva Diferentes teorias foram propostas para tentar desacreditar a ressurreição a teoria da alucinação a hipótese do túmulo errado a alegação de que os discípulos roubaram o corpo e a sugestão de que os autores do Novo Testamento copiaram mitos pagãos No entanto todas elas apresentam falhas lógicas e não conseguem explicar satisfatoriamente o fenômeno que deu origem ao cristianismo Dado o testemunho histórico a coerência dos relatos e o impacto duradouro da ressurreição o argumento mais razoável continua sendo o de que Jesus realmente ressuscitou dentre os mortos exatamente como foi proclamado desde os primórdios da fé cristã 5 REFERÊNCIAS STROBELLee Em de Defesa de Cristo A investigação pessoal de um jornalista sobre as provas a favor da existência de Jesus Rio de Janeiro Thomas Nelson 2019 CRAIG William Lane Em guardaDefenda a fé cristã com razão e precisão São Paulo Vida nova 2011 GEISLERNorman TUREK Frank Não tenho fé suficiente para ser ateu São Paulo Editora Vida 2004 KOHLENBERGER III John R Biblia de Estudo Integrada Nova Versão Internacional Rio de Janeiro Thomas Nelson Brasil 2017 9 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas A Ressurreição de Jesus BORGES Gabriel Bacharelando em Teologia Interconfessional Uninter 1 INTRODUÇÃO A ressurreição de Jesus é um dos pilares centrais da fé cristã e ao longo dos séculos tem sido alvo de debates intensos entre teólogos historiadores e críticos Para muitos esse evento não apenas transformou a vida dos discípulos mas também moldou a trajetória do cristianismo e influenciou profundamente a história da humanidade No entanto ao longo do tempo diversas objeções têm sido levantadas contra a veracidade da ressurreição questionando sua autenticidade e propondo explicações alternativas Antes de analisarmos as principais objeções e respostas a esse evento é fundamental estabelecer a credibilidade histórica do Novo Testamento Se os relatos sobre Jesus forem confiáveis do ponto de vista acadêmico então as explicações oferecidas contra a ressurreição precisarão ser avaliadas com um rigor ainda maior O estudioso Gary Habermas por meio de uma análise abrangente de publicações especializadas demonstrou que até mesmo críticos liberais e historiadores céticos reconhecem certos fatos históricos relacionados à morte e suposta ressurreição de Jesus A partir dessa base este estudo analisará as principais objeções levantadas contra a ressurreição e as respectivas respostas que demonstram a insuficiência dessas teorias para explicar os eventos históricos A ressurreição de Jesus Cristo constitui um dos temas centrais da fé cristã e ao mesmo tempo uma das questões mais debatidas na história do pensamento teológico e histórico Desde os primeiros séculos esse evento tem sido interpretado não apenas como um marco espiritual para os discípulos mas também como um acontecimento que moldou a trajetória do cristianismo e exerceu influência significativa sobre a civilização ocidental STROBEL 2019 1 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas De acordo com Craig 2011 a compreensão da ressurreição ultrapassa o campo da devoção pessoal inserindose como objeto de investigação filosófica histórica e teológica Entretanto ao longo da história diversas objeções foram levantadas quanto à veracidade do evento suscitando interpretações alternativas que tentam explicar os relatos neotestamentários sob perspectivas naturalistas Nesse contexto surge a necessidade de analisar se o Novo Testamento pode ser considerado uma fonte confiável do ponto de vista histórico Segundo Habermas ao realizar um levantamento de mais de 1400 publicações acadêmicas entre 1975 e 2003 mesmo estudiosos céticos e liberais reconhecem como históricos determinados fatos relacionados à morte e às alegadas aparições de Jesus após sua crucificação apud STROBEL 2019 Com base nesse ponto tornase essencial compreender que se os registros neotestamentários possuem credibilidade acadêmica então as teorias que negam a ressurreição carecem de sustentação sólida Assim o presente estudo tem como objetivo analisar as principais objeções levantadas contra a ressurreição de Jesus e confrontálas com respostas fundamentadas em evidências históricas e teológicas destacando a insuficiência das hipóteses alternativas diante da magnitude do evento 2 METODOLOGIA Este estudo caracterizase como uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa fundamentada na análise de obras teológicas e acadêmicas que abordam a ressurreição de Jesus sob diferentes perspectivas Foram utilizadas fontes contemporâneas como os escritos de William Lane Craig Lee Strobel Norman Geisler e Frank Turek que analisam criticamente as evidências históricas e as objeções mais comuns ao evento A investigação concentrouse na seleção leitura e interpretação de materiais previamente publicados possibilitando uma reflexão embasada nos argumentos de estudiosos cristãos e céticos com o objetivo de avaliar a consistência histórica e teológica da ressurreição de Jesus 2 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas O presente estudo caracterizase como uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa e abordagem exploratória uma vez que busca compreender interpretar e analisar criticamente as diferentes perspectivas sobre a ressurreição de Jesus Cristo a partir de obras já publicadas Conforme Lakatos e Marconi 2017 a pesquisa bibliográfica consiste no levantamento seleção e interpretação de materiais previamente publicados permitindo ao pesquisador a formulação de análises fundamentadas em contribuições teóricas consolidadas Os dados foram obtidos por meio da consulta a obras acadêmicas e teológicas contemporâneas escritas tanto por estudiosos cristãos quanto por críticos da fé Entre as principais referências utilizadas estão William Lane Craig 2011 Lee Strobel 2019 Norman Geisler e Frank Turek 2004 cujos escritos abordam criticamente as evidências históricas da ressurreição e as objeções mais recorrentes ao evento Além disso a pesquisa recorreu a textos bíblicos em traduções reconhecidas como a Bíblia de Estudo Integrada NVI KOHLENBERGER III 2017 com o objetivo de garantir a precisão exegética e contextual das passagens analisadas A escolha por uma abordagem qualitativa justificase pela natureza do objeto estudado que envolve interpretações históricas teológicas e filosóficas as quais não podem ser quantificadas de forma objetiva mas demandam análise hermenêutica e comparativa GIL 2019 Para tanto foram adotados os seguintes procedimentos seleção criteriosa das fontes leitura analítica dos textos organização dos principais argumentos contrários à ressurreição e posterior confronto com as respostas apresentadas por estudiosos de orientação cristã Desse modo a metodologia adotada permite não apenas a exposição das objeções levantadas contra a ressurreição de Jesus mas também a avaliação crítica de sua consistência destacando os limites das explicações alternativas e reforçando a credibilidade histórica do Novo Testamento 3 DISCUSSÕES TEÓRICAS E RESULTADOS 3 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas Antes de partir para uma análise mais detalhada acerca das principais objeções e as principais respostas sobre a Ressureição de Jesus gostaria de trazer alguns fatos que corroboram com a autenticidade dos argumentos resposta que é a validação do novo testamento como histórico e não como uma lenda mitológica O teólogo Gary Habermas fez o estudo mais amplo que conhecemos até o momento sobre o que os estudiosos acreditam a respeito da ressureição de Jesus Habermas reuniu cerca de 1400 obras que foram escritas de 1975 a 2003 dos eruditos mais críticos STROBEL2019 Habermas expõe que desde os ultraliberais até os mais conservadores concluíram que os as seguintes afirmações do novo testamento são de fato histórica 1 Jesus morreu crucificado 2 Jesus foi sepultado em túmulo particular 3 Pouco tempo depois os discípulos ficaram desanimados desolados tendo perdido a esperança 4 O túmulo de Jesus foi encontrado vazio pouco tempo depois de seu sepultamento 5 Os discípulos tiveram experiências que acreditam ser reais da aparição de Jesus 6 Devido a essas experiências eles foram transformados e que depois disso se dispuseram a morrer por essa crença 7 Os discípulos começaram a proclamar essa crença desde o início da história da igreja 8 A mensagem do evangelho concentravase na pregação da morte e da ressureição de Jesus 9 Tiago irmão de Jesus e cético antes desse evento converteuse quando acreditou que também vira Jesus ressurreto 10Saulo de Tarso tornouse cristão devido uma experiência a caminho de damasco de uma aparição de Jesus ressurretoSTROBEL2019 Com esses fatos delineados do ponto de vista acadêmico podemos chegar à conclusão que o novo testamento é portanto histórico e que carrega verdades do ponto de vista histórico 4 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas Com base nos fatos do novo testamento os críticos tentaram trazer algumas propostas alternativas que diz a respeito do que pode ter acontecido nesse evento 1 Teoria da alucinação Essa teoria diz que os discípulos teriam tido alucinações devido ao momento de grande tristeza Mas essa teoria tem algumas falhas de acordo com Willam Lane Craig em seu livro Em guarda conforme veremos a seguir As alucinações não são experimentadas por várias pessoas ao mesmo tempo dentro de um grupo específico por que existem condições psicológicas específicas e raras para que apenas uma pessoa tenha alucinação acaba sendo irracional entender que as pessoas que alegaram ter visto a cristo de forma coletiva tenham tido alucinação CRAIG2011 A teoria da alucinação não funciona porque Jesus apareceu mais de uma vez para essas pessoas o que torna mais difícil ainda de validar a ideia pelo simples fato de ter que crer que os discípulos tiveram alucinação não só uma vez mais várias vezes em conjunto 2 As testemunhas foram ao túmulo errado A ideia de que os discípulos tenham ido ao túmulo errado e que então presumiram que Jesus havia sido ressuscitado também contém algumas falhas raciocínio conforme vemos no livro não tenho fé suficiente para ser ateuSTROBEL2019 A primeira delas é que se os discípulos tivessem ido ao túmulo errado e começaram a falar que Jesus havia sido ressuscitado as autoridades judaicas e romanas teriam ido a sepultura certa e então teriam mostrado o corpo de Jesus na cidade O túmulo era conhecido pelos romanos e pelos judeus porque eles colocaram guarda romanos para montar guarda e os judeus sabiam que o corpo de Jesus estava no túmulo de José de Arimatéia membro do sinédrio Essa teoria presume que todos os judeus e 5 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas romanos tiveram um tipo de amnésia coletiva permanente em relação aquilo que eles haviam feito com o corpo de JesusSTROBEL2019 A segunda falha é que mesmo que os discípulos tenham ido ao túmulo errado ela não consegue explicar como Jesus apareceu em 12 ocasiões diferentes Podemos perceber nos relatos do novo testamento que o túmulo vazio não havia convencido até mesmo os próprios discípulos acerca da ressureição de Jesus Ou seja foi necessário que Jesus de fato aparecesse a elesSTROBEL2019 Fonte Não tenho fé suficiente para ser ateu pg 310 6 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas 3 Os discípulos roubaram o corpo de Jesus A teoria de que os discípulos roubaram o corpo de Jesus é uma das mais antigas objeções levantadas contra a ressurreição No entanto essa teoria enfrenta sérias dificuldades lógicas e históricas tornandose altamente improvável Lee Strobel no livro Em defesa de Cristo elenca alguns motivos STROBEL2019 31 Os Discípulos Teriam Quebrado Seus Próprios Princípios Morais Os seguidores de Jesus eram em sua maioria judeus piedosos comprometidos com a verdade e a justiça conforme ensinadas nas Escrituras Hebraicas Para que a teoria do roubo fosse verdadeira todos os discípulos teriam que ter conspirado para inventar uma mentira sobre a ressurreição de Jesus e sustentar essa mentira ao longo de suas vidas Se isso tivesse ocorrido é difícil explicar por que homens que pregavam a verdade e a honestidade seriam capazes de arquitetar uma farsa tão elaborada Além disso eles estavam dispostos a sofrer e morrer por essa mensagem o que indica um compromisso profundo com aquilo que afirmavam ser verdade 32 O Medo e a Covardia Inicial dos Discípulos Logo após a morte de Jesus os evangelhos descrevem os discípulos como homens aterrorizados e desmoralizados Em João 2019 lemos que eles estavam reunidos a portas trancadas por medo dos judeus Se estavam com tanto medo de serem identificados como seguidores de Jesus seria plausível que tivessem a coragem de enfrentar a guarda romana roubar o corpo e sustentar essa mentira 33 A Presença de Guardas no Sepulcro Mateus 276266 relata que os líderes judeus pediram a Pilatos que colocasse guardas romanos no túmulo de Jesus para evitar qualquer fraude Esses soldados eram altamente treinados e falhar em sua missão poderia resultar em punição severa até mesmo a morte A ideia de que os discípulos um grupo de pescadores e cobradores de impostos sem 7 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas treinamento militar conseguiriam superar ou subornar os soldados é extremamente improvável 34 O Testemunho dos Discípulos Sob Perseguição Os que propagaram a mensagem da ressurreição sofreram intensa perseguição sendo presos espancados e até martirizados por sua fé Em Atos 413 NVI vemos que Pedro e João foram presos pelos sacerdotes e saduceus por proclamarem a ressurreição de Jesus Enquanto Pedro e João falavam ao povo chegaram os sacerdotes o capitão da guarda do templo e os saduceus Estavam muito perturbados porque os apóstolos ensinavam o povo e proclamavam em Jesus a ressurreição dos mortos Eles agarraram Pedro e João e como já anoitecia os colocaram na prisão até o dia seguinte KOHLENBERGER III2017 Outro exemplo de perseguição está em Atos 162224 NVI onde Paulo e Silas são severamente castigados por sua pregação A multidão ajuntouse contra Paulo e Silas e os magistrados ordenaram que suas roupas fossem arrancadas e eles açoitados Depois de serem severamente açoitados foram lançados na prisão O carcereiro recebeu instrução para vigiálos com cuidado Tendo recebido tais ordens lançouos no cárcere interior e prendeu os pés deles no tronco KOHLENBERGER III2017 Se os discípulos tivessem roubado o corpo é extremamente improvável que todos estivessem dispostos a suportar tamanha perseguição por algo que sabiam ser uma fraude Não há registros históricos de que qualquer um deles tenha negado a ressurreição mesmo sob tortura e morte STROBEL2019 35 A Transformação dos Discípulos Outro argumento contra a teoria do roubo do corpo é a drástica transformação dos discípulos De homens temerosos e desiludidos tornaramse pregadores corajosos da ressurreição O próprio Pedro que negou Jesus três vezes antes da crucificação Mateus 266975 passou a 8 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas pregar publicamente a ressurreição em Jerusalém diante das mesmas autoridades que condenaram Jesus Atos 21436 Algo extraordinário deve ter acontecido para produzir essa mudança radical³ 4 Os autores do Novo Testamento copiaram mitos pagãos sobre a ressurreição Uma das objeções levantadas contra a historicidade da ressurreição de Jesus é a alegação de que os autores do Novo Testamento simplesmente copiaram mitos pagãos que também possuíam narrativas de deuses morrendo e ressuscitando Essa teoria porém não se sustenta por diversos motivos e Norman Geisler e Frank Turek sinaliza alguns motivos no livro Não tenho fé suficiente para ser ateu STROBEL2019 Primeiramente as supostas similaridades entre a ressurreição de Jesus e os mitos pagãos são extremamente superficiais Muitas das divindades citadas nesses mitos como Osíris Tamuz e Mitra não ressuscitam no mesmo sentido que Jesus No caso de Osíris por exemplo seu corpo é remontado por Ísis mas ele não retorna à vida no mundo físico antes tornase o senhor do submundo Já Mitra uma divindade cultuada especialmente entre soldados romanos não possui qualquer relato histórico de morte e ressurreição comparável ao de Jesus Em segundo lugar a crença judaica no século I não era propensa à assimilação de mitologias pagãs Os judeus eram monoteístas rigorosos e rejeitavam as religiões pagãs ao seu redor Se os discípulos de Jesus estivessem criando uma história fictícia seria altamente improvável que inserissem elementos estrangeiros à sua tradição religiosa Além disso as narrativas do Novo Testamento são profundamente enraizadas no contexto histórico e cultural judaico seguindo padrões e referências do Antigo Testamento Terceiro os relatos da ressurreição de Jesus apresentam características distintas de mitos antigos As histórias pagãs geralmente possuem um tom simbólico e alegórico enquanto os evangelhos apresentam detalhes concretos 9 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas e históricos como o envolvimento de figuras conhecidas Pilatos José de Arimatéia Maria Madalena a menção de locais específicos Jerusalém Gólgota túmulo de José e a presença de testemunhas oculares que posteriormente sofreram perseguições por defender sua fé Por fim a ressurreição de Jesus não era uma crença conveniente ou popular no contexto da época Se os discípulos quisessem criar uma religião baseada em mitos pagãos seria mais fácil seguir as concepções de deuses heróicos e invencíveis e não em um Messias crucificado algo que era considerado um escândalo para os judeus e uma loucura para os gregos 1 Coríntios 123 A ressurreição de Jesus Cristo constitui um dos pontos mais debatidos na história do cristianismo tanto no campo teológico quanto no histórico Para compreender a legitimidade das objeções levantadas contra este evento torna se necessário primeiramente analisar a credibilidade histórica do Novo Testamento Nesse sentido Gary Habermas realizou uma das pesquisas mais abrangentes sobre o tema examinando cerca de 1400 publicações acadêmicas produzidas entre 1975 e 2003 O autor demonstrou que mesmo entre os estudiosos mais céticos e críticos há consenso mínimo em torno de certos fatos a crucificação de Jesus o sepultamento em um túmulo particular o desalento dos discípulos após a morte a descoberta do túmulo vazio as experiências relatadas como aparições de Cristo a transformação radical dos discípulos e a pregação inicial da ressurreição já nos primeiros anos do cristianismo apud STROBEL 2019 A partir dessa base factual diversas teorias alternativas surgiram na tentativa de explicar os relatos sem recorrer à hipótese da ressurreição Uma das mais conhecidas é a teoria da alucinação segundo a qual os discípulos teriam vivenciado visões subjetivas em razão da dor e da expectativa messiânica Contudo Craig 2011 observa que alucinações são experiências individuais que não podem ser compartilhadas simultaneamente por várias pessoas Além disso os registros bíblicos mencionam múltiplas aparições em diferentes ocasiões envolvendo grupos distintos o que enfraquece ainda mais 10 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas a plausibilidade dessa hipótese Outra objeção é a hipótese do túmulo errado segundo a qual os discípulos teriam se confundido de local ao procurar pelo corpo Entretanto Strobel 2019 demonstra que esse argumento não se sustenta pois as autoridades judaicas e romanas sabiam exatamente onde Jesus havia sido sepultado o túmulo de José de Arimatéia Caso houvesse equívoco bastaria apresentar o corpo para encerrar a mensagem cristã ainda em sua origem Ademais os próprios discípulos não foram plenamente convencidos pelo túmulo vazio necessitando das aparições posteriores para crerem na ressurreição A chamada teoria do roubo do corpo remonta aos primeiros anos após a crucificação conforme registrado em Mateus 281115 Essa hipótese sugere que os discípulos teriam furtado o corpo de Jesus para sustentar a crença na ressurreição No entanto Geisler e Turek 2004 destacam a inviabilidade dessa teoria uma vez que os seguidores de Cristo estavam inicialmente desanimados e com medo Jo 2019 não possuíam preparo militar para enfrentar guardas romanos Mt 276266 e sobretudo sustentaram sua mensagem mesmo diante de perseguições torturas e martírios Strobel 2019 acrescenta que dificilmente homens dispostos a morrer pela verdade teriam sustentado uma fraude até o fim da vida sem que houvesse qualquer registro de retratação Um dos argumentos levantados também é a suposta dependência dos evangelistas de mitos pagãos que narravam deuses morrendo e ressuscitando como Osíris ou Mitra Entretanto essa hipótese carece de consistência histórica pois como ressaltam Geisler e Turek 2004 as semelhanças são superficiais e não correspondem à concepção judaica do século I fortemente avessa à assimilação de elementos pagãos Além disso os evangelhos diferenciamse dos mitos antigos por apresentarem nomes de personagens históricos Pilatos José de Arimatéia Maria Madalena locais geográficos específicos Jerusalém Gólgota e testemunhas que sofreram perseguição por sua fé o que lhes confere caráter de documento histórico STROBEL 2019 Figura 1 Fatos mínimos reconhecidos por estudiosos sobre a ressurreição de Jesus 11 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas Fonte GEISLER TUREK Não tenho fé suficiente para ser ateu São Paulo Vida 2004 p 310 A análise das objeções evidencia que todas elas apresentam fragilidades lógicas e históricas não sendo capazes de explicar de forma satisfatória os eventos que deram origem à fé cristã Os resultados desta discussão apontam para a ressurreição como a explicação mais coerente e consistente para os fatos aceitos pela historiografia reforçando sua relevância histórica e teológica 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A ressurreição de Jesus continua sendo um dos eventos mais estudados da história e apesar das objeções apresentadas ao longo dos séculos nenhuma delas consegue oferecer uma explicação plausível que refute as evidências 12 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas históricas e a transformação que esse evento causou na vida dos discípulos e no crescimento da igreja primitiva Diferentes teorias foram propostas para tentar desacreditar a ressurreição a teoria da alucinação a hipótese do túmulo errado a alegação de que os discípulos roubaram o corpo e a sugestão de que os autores do Novo Testamento copiaram mitos pagãos No entanto todas elas apresentam falhas lógicas e não conseguem explicar satisfatoriamente o fenômeno que deu origem ao cristianismo Dado o testemunho histórico a coerência dos relatos e o impacto duradouro da ressurreição o argumento mais razoável continua sendo o de que Jesus realmente ressuscitou dentre os mortos exatamente como foi proclamado desde os primórdios da fé cristã A ressurreição de Jesus como evento central do cristianismo permanece sendo objeto de intensos debates acadêmicos e teológicos A análise realizada neste estudo partiu da premissa da credibilidade do Novo Testamento como fonte histórica e da constatação de que mesmo entre estudiosos céticos há consenso mínimo sobre fatos fundamentais relacionados à morte ao sepultamento ao túmulo vazio e às experiências relatadas pelos discípulos STROBEL 2019 As teorias alternativas apresentadas ao longo da história como a hipótese da alucinação a confusão quanto ao túmulo o roubo do corpo e a suposta dependência de mitos pagãos mostraramse insuficientes para explicar de maneira consistente o fenômeno que deu origem ao cristianismo Conforme demonstrado por Craig 2011 Geisler e Turek 2004 e Strobel 2019 tais explicações esbarram em limitações psicológicas históricas e lógicas não conseguindo justificar a transformação radical dos discípulos e a propagação imediata da fé na ressurreição Dessa forma os resultados da pesquisa evidenciam que a hipótese da ressurreição continua sendo a interpretação mais plausível e coerente diante das evidências disponíveis O impacto desse evento ultrapassa o âmbito da experiência individual dos discípulos configurandose como fundamento 13 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas histórico e teológico que sustentou o crescimento da igreja primitiva e influenciou profundamente a cultura ocidental Entretanto é importante reconhecer que o tema permanece aberto a novas investigações sobretudo no diálogo interdisciplinar entre história filosofia e teologia Pesquisas futuras podem ampliar a análise comparativa entre as fontes bíblicas e extrabíblicas bem como explorar a recepção da ressurreição ao longo dos séculos e sua influência em diferentes contextos culturais Em síntese ao considerar as objeções apresentadas e as respostas fundamentadas em estudos acadêmicos concluise que a ressurreição de Jesus não apenas resiste às críticas mas se reafirma como um evento central e transformador cuja relevância histórica e espiritual continua a inspirar gerações ao longo dos séculos 5 REFERÊNCIAS CRAIG William Lane Em guarda defenda a fé cristã com razão e precisão São Paulo Vida Nova 2011 GEISLER Norman TUREK Frank Não tenho fé suficiente para ser ateu São Paulo Editora Vida 2004 GIL Antonio Carlos Métodos e técnicas de pesquisa social 7 ed São Paulo Atlas 2019 KOHLENBERGER III John R Bíblia de estudo integrada Nova Versão Internacional Rio de Janeiro Thomas Nelson Brasil 2017 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia científica 8 ed São Paulo Atlas 2017 14 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas STROBEL Lee Em defesa de Cristo a investigação pessoal de um jornalista sobre as provas a favor da existência de Jesus Rio de Janeiro Thomas Nelson Brasil 2019 15 Resumo Expandido Estágio Supervisionado Escola Superior de Educação Humanidades e Línguas

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