Analise da Invisibilidade da Escravidao Moderna no Caso Joao Ribeiro

Trabalho deve digitado NOTA SOBRE JOÃO RIBEIRO Uma analogia sobre a invisibilidade da permanência do sistema da escravidão no Brasil Foi então que João Ribeiro atravessou quatro décadas numa vida sem vida na existência sem existir e no esquecimento de uma lei que foi criada permanentemente para ser vista e apreciada sem a consistência que clama a realidade nua e crua da crueldade que exclui e desumaniza seres humanos por sua cor de pele Alguns relatos apontam que João chegou numa fazenda em 1984 em busca de suprir suas necessidades básicas a sobrevivência O que parecia ser uma oportunidade se transforma em desgaste em condições deprimentes que remetem aos relatos da escravidão O sentimento de inexistência refletia na ausência de direitos dignidade na ausência da seguridade dos direitos trabalhistas e em condições deploráveis e em péssimas condições de higiene e cuidados pessoais O trabalho era companheiro de todas as horas e somente no domingo tinha um tempo para descansar num completo vazio e abandono na ausência do reconhecimento de sua cidadania Trabalhava e não recebia o fruto da sua produção nem do seu tempo tão pouco da sua energia na mão de obra que favorecia exclusivamente o seu empregador Quando questionado sobre o que mais gostava de fazer João dizia que o trabalho era a sua realização Ora como reconhecer os próprios gostos se durante anos o próprio modelo de organização social pós lei áurea favoreceu a alienação o direito de escolha e existência e o desconhecimento dos direitos o qual é reconhecido por lei Para João o seu prazer estaria na sua relação com a terra e o cotidiano que arrastava nos dias infindáveis de ciclos repetitivos de dor e sofrimento Enquanto isso a sociedade permanece nos escombros da inconsciência que estruturam as instituições as relações políticas e econômicas e principalmente a perpetuação de uma mentalidade que insiste no negacionismo de que algo que está diante dos nossos olhos não existe Vivemos num mundo de projeções em que negar a existência é garantir que a falácia da Lei Aurea permaneça aspirando uma falsa consciência de que o outro não existe Negar as chagas da nossa sociedade é compactuar ou melhor é ser cumplice dela