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Contabilidade Básica

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2º Edição\n2ª Reimpressão\nVERSÃO EM PORTUGUÊS: CESAR AMARILHAS\n\nMetodologia\nda\ninvestigação\nquantitativa\ne qualitativa\n\nEstelbina Miranda de Alvarenga\nDocente de\nMetodologia de Investigação Científica\nOrientadora de Teses\n\nUniversidad Nacional de Asunción - UNA - Facultad de Filosofía\nFacultad de Ciencias Médicas - Carrera de Kinesiologia.\n\nCentro de Educación, Dirección, Orientación y Cultura - CEDOC\nUniversidad Tecnológica Intercontinental - UTIC\nUniversidad Técnica de Comercialización y Desarrollo - UTCD\n METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO\NQUANTITATIVA E QUALITATIVA\n\nNormas técnicas de apresentação de trabalhos científicos\n\nVERSÃO EM PORTUGUÊS: CESAR AMARILHAS\n\nESTELBINA MIRANDA DE ALVARENGA\n\nDocente de\nMetodologia de Investigação Científica\nOrientadora de Teses\n\nUniversidad Nacional de Asunción - UNA - Facultad de Filosofía\nFacultad de Ciencias Médicas - Carrera de Kinesiologia.\n\nCentro de Educación, Dirección, Orientación y Cultura - CEDOC\nUniversidad Tecnológica Intercontinental - UTIC\nUniversidad Técnica de Comercialización y Desarrollo - UTCD\n\nAssunção, Paraguai. Reservados todos os direitos. Fica rigorosamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra por qualquer meio ou procedimento, sem autorização escrita do autor.\n\nVERSÃO EM PORTUGUÊS:\nCESAR AMARILHAS\n\nE-mail: estelvina.miranda@gmail.com\nTelefone: 021 - 227 796\nEdição gráfica: A4 Diseños\nAssunção - Paraguai\nEndereço: Herrera 2388\nTelefax: 228 320\nE-mail: addisenos@gmail.com\n\nISBN 978-99953-42-05-0\nCom base na lei 1.328/98 na Secretaria Nacional de Direito do Autor sob o N° 12.569 de fecha 30/III/2010\n\nForam impressos 1.000 exemplares. Agradecimento:\n\nAo meu esposo e aos meus filhos, pela paciência e tolerância, para que pudessem concluir essa obra.\n\nAos professores de Metodologia da Investigação Científica e aos estudantes das distintas Universidades da Capital e do Interior, que fizeram suas críticas em relação à primeira edição do livro e com seus estímulos me impulsionaram a preparar a segunda edição. PÁGINA DE ROSTO, I\nDEDICATÓRIA, III\nPRÓLOGO, XI\nPREFÁCIO, XIII\nÍNDICE DE CONTEÚDO, V\nINTRODUÇÃO, I\n\nCAPÍTULO 1, 3\nAS CIÊNCIAS E OS CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS, 3\n1. Níveis de conhecimentos, 3\n1.1 Conhecimentos cotidianos ou ordinários, 3\n1.2 Conhecimentos científicos, 3\n2. Ciência, 3\n3. Classificação das ciências, 4\n4. O método científico, 5\n5. A investigação científica, 7\n6. Os métodos, 8\n7. Enfoques ou tipos de investigação, 9\n7.1 Enfoque Quantitativo, 9\n7.2 Enfoque Qualitativo, 10\nBibliografia, 12\n\nCAPÍTULO 2, 13\n1. PROCESSO DA INVESTIGAÇÃO, 13\n1.1 Desenho teórico, 13\n1.2 Desenho Metodológico, 13\n\n2. PASSOS PREPARATÓRIOS PARA A REALIZAÇÃO DA INVESTIGAÇÃO, 14\n2.1 Conceber a ideia sobre o que investigar, 14\n2.2 Percepção do problema, 15\n2.3 Formulação do problema científico, 15\n2.4 Características das perguntas da investigação, 16\n2.5 Crítérios para a formulação de problemas, 17\n2.6 Fatores de Viabilidade e possibilidade, 18\n2.7 Limites do estudo, 19\n\n3. OBJETIVOS DA INVESTIGAÇÃO, 19\n3.1 Classificação de objetivos, 19 3.1.1 Objetivos gerais, 19\n3.1.2 Objetivos específicos, 19\n3.2 Critérios para a formulação de objetivos, 21\n3.3 Justificativa, 21\nBibliografia, 22\n\nCAPÍTULO 3, 23\nMARCO TEÓRICO DA INVESTIGAÇÃO, 23\n1. Revisão bibliográfica preliminar, 23\n2. Revisão da literatura, 23\n3. Elaboração do Marco Teórico, 24\n3.1 Funções do Marco Teórico, 24\n3.2 Quem pode ajudar a encontrar as informações?, 26\n4. Formulação de Hipóteses, 27\n4.1 De onde surgem as hipóteses?, 27\n4.2 Em todo tipo de investigação deve-se formular hipóteses?, 28\n4.3 Requisitos na formulação de hipóteses, 28\n4.4 Critérios na formulação de hipóteses, 29\n4.5 Classificação de hipóteses, 30\n4.6 Elementos das hipóteses, 32\n4.7 Identificação das variáveis, 33\n4.8 Classificação das variáveis, 34\n4.9 Relacionamento e operacionalização das variáveis, 35\n4.10 Relação entre a teoria e as perguntas da investigação, objetivos e hipóteses, 37\n5.1 Desenho teórico, 37\nBibliografia, 38 3. Métodos de maior uso em investigações qualitativas, 57\n3.1 Investigações participativas, 58\n3.2 Investigação de ação participativa, 58\n3.3 Investigação etnográfica, 59\n4. Registro de informações, 59\n5. Investigações considerando a sequência de tempo, 60\n5.1 Estudo transversal, transcecional ou sincrónico, 60\n5.2 Estudo longitudinal ou diacrónico, 60\n5.3 Estudo prospectivo, 60\n5.4 Estudo retrospectivo, 60\n5.5 Estudo retroprospectivo, 60\n6. Importância do conhecimento do tipo e nível de investigação, 61\n7. Trabalho de Campo, 61\n8. Repetibilidade de uma investigação, 61\n10. Considerações éticas, 62\nBibliografia, 62\n\nCAPÍTULO 5, 63\nDETERMINAÇÃO DO DESENHO METODOLÓGICO, 63\n1. Enfoque ou tipo de investigação, 64\n1. Área, 64\n2. Universo, 64\n2.1 Amostra, 65\n4.1 Unidade de análise, 65\n4.2 Unidade de amostragens, 66\n5. Amostragens, 66\n6. Tipos de amostragens, 66\n6.1 Amostragens probabilísticas, 67\n6.2 Amostragens não probabilísticas, 70\n6.2.1 Amostragem intencional ou deliberada, 70\n6.2.2 Amostragem acidental ou por comodidade, 70\n6.2.3 Amostragem de especialistas, 70\n6.2.4 Amostragem de sujeitos voluntários, 71\n6.2.5 Amostragem por quotas, 71\n6.2.6 Bola de neve, 71\n6.2.7 Amostragem em investigações qualitativas, 71\n7. Procedimentos, 71\n8. Análise de dados, 72\nBibliografia, 73 1.1.2 Escalas de atitude ou de opinião, 78\n1.1.3 Algumas pautas na formulação do questionário, 79\n1.1.4 Redução das perguntas do questionário, 80\n1.1.5 Vantagens do questionário, 81\n1.1.6 Desvantagens do questionário, 81\n1.1.7 Requisitos dos instrumentos de medição, 81\n1.1.8 Prova piloto, 82\n2. Os testes, 82\n2. Métodos e técnicas qualitativos mais utilizados em investigações sociais e educativas, 83\n2.1 A observação, 83\n2.1.1 A observação não estruturada, 83\n2.1.2 A observação estruturada ou sistemática, 84\n2.1.3 A observação não participante, 84\n2.1.4 A observação participante, 84\n2.1.5 Limitações da observação participante, 85\n2.1.6 A observação de objetos físicos, 85\n2.1.7 Tipos de observação, 86\n2.1.8 Observação simples, 86\n2.1.9 A observação de campo, 86\n2.1.10 A observação em laboratório, 87\n2.1.11 Algumas recomendações para realizar uma observação sistemática e controlada, 88\n2.1.12 Vantagens da observação, 88\n2.1.13 Desvantagens da observação, 88\n2.1.14 Passos para a aplicação do técnica de observação, 89\n2.2 A entrevista em profundidade, 89\n2.2.1 Vantagens da entrevista em profundidade, 90\n2.2.2 Desvantagens da entrevista em profundidade, 90\n2.2.3 A entrevista semi estruturada, 90\n2.2.4 A entrevista estruturada, 91\n2.2.5 A história de vida ou autobiografia sociológica, 91\n2.2.6 Instrumentos que podem ser utilizados na entrevista, 92\n2.2.7 Recomendações para realizar entrevistas, 92\n2.3 O grupo em foco, 93\n2.4 Informantes chave, 94\n2.5 Estudos de casos, 94\nBibliografia, 96\nCAPÍTULO 7, 97\nELABORAÇÃO DO PROJETO E INFORME FINAL, 97\n1. O projeto, 97\n1.1 Componentes de um projeto de investigação, 99\nA- Desenho Teórico, 99\nB- Desenho Metodológico, 99\n2. Execução da investigação, 100\n2.1 O trabalho de campo ou coleta de dados, 100 2.2 Processamento da informação, 101\n2.3 Resultados, 101\n2.4 Análise e interpretação dos resultados, 102\n2.5 Conclusões e recomendações, 103\n2.6 Cronograma de atividades, 104\n3. Informe final, 105\n3.1 Componentes de um informe final, 106\nA. Componentes introdutórios, 106\nB. Componentes principais, 106\nC. Componentes complementares, 106\n3.1.1 Componentes introdutórios, 107\n• Folha de guarda, 107\n• Folha de rosto, 107\na) Filação Institucional, 107\nb) Carreira a que pertence, 107\nc) Título da obra, 107\nd) Nome do assessor ou orientador da tese, 108\ne) Grau a que se postula, 108\nf) Cidade e ano, 108\n• Nome do assessor da tese, 108\n• Página de aprovação, 108\n• Página de dedicaçăo ou agradecimento, 109\n• Índice de conteúdo, 109\n• Resumo, 110\n3.1.2 Introdução, 111\n3.1.2.1 Capítulos, 111\n3.1.3 Componentes complementares, 111\n3.1.3.1 Definições de termos ou glossário, 111\n3.1.3.2 Bibliografia, 112\n3.1.3.3 Anexos, 112\nBibliografia, 112\nCAPÍTULO 8, 113\nNORMAS TÉCNICAS PARA ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS, 113\n1. Conceitos de Tese. Trabalho de Conclusão de Curso (T.C.C.). Monografias e Informes científicos, 113\n1.1 Tese, 113\n1.2 Trabalho de Conclusão de Curso (T.C.C.), 114\n1.3 Artigo científico, 114\n1.4 Monografia, 114\n2. Qualidades do informe final, 115\n2.1 Exposição ordenada, 115\n2.2 Clareza, 115\n2.3 Precisão, 115\n2.4 Fluidez, 115 2.5 Propriedade, 116\n2.6 Concisão, 116\n2.7 Simplicidade, 116\n2.8 Princípio de parcimônia, 116\n3. Outras normas de interesse para a apresentação do informe, 117\n3.1 Distribuição do texto, 117\n3.1.1 Tamanho da folha, 117\n3.1.2 As páginas, 117\n3.1.3 O espaço, 117\n3.1.4 Tabulação, 117\n3.1.5 Margens, 117\n3.1.6 Tamanho das letras, 118\n3.1.7 Destaques, 118\n3.2 Escrita de números no texto, 118\n3.2.1 Escreve-se com letras, 118\n3.2.2 Escreve-se com números, 118\n3.3 Abreviaturas, símbolos e siglas, 118\n3.4 Paginação, 119\n3.5 Títulos, 119\n3.6 Extensão, 120\n3.7 Como elaborar citações, 120\n3.7.1 Classes de citações, 120\n3.7.1.1 Citação textual curta, 120\n3.7.1.2 Citação textual longa, 121\n3.7.1.3 Citação contextual resumida ou avaliada, 121\n3.7.1.4 Citação de citação, 121\n3.7.1.5 Algumas observações ao realizar citações, 121\n3.8 Referências bibliográficas e bibliografias, 123\n3.8.1 Referências bibliográficas, 123\n3.8.2 Bibliografia, 123\n3.8.3 Localização das referências bibliográficas no texto, 126\n3.8.4 Uso de abreviaturas em referências bibliográficas, 127\n3.9 Como elaborar quadros ou tabelas e figuras, 127\n3.9.1 Quadros ou tabelas, 127\n3.9.1.1 Partes do quadro, 128\n3.9.2 Figuras, 129\n3.9.2.1 Apresentação de figuras, 129\n3.10 Notas, 130\n3.11 Recomendações finais, 130\nGLOSSÁRIO, 132\nBIBLIOGRAFIA, 133\nANEXO 1, 135\nANEXO 2, 136 PRÓLOGO\n\nÉ um grande compromisso e orgulho escrever estas linhas de preâcio. Apresentar o trabalho realizado pela Dra. Estelvina Miranda de Alvarenga, docente por vocação e formação, de ampla trajetória profissional no campo educativo nacional, não é tarefa fácil, mas sim um honra, conhecendo os sonhos, os longos e difíceis anos de docência, de investigações, e o profundo conhecimento que tem da realidade educativa paraguaia. Além de seu compromisso pessoal de assumir desafios que não podem esperar.\n\nEste livro é dirigido a um grupo educativo especial: a juventude estudiosa da pátria, aos colegas docentes de Metodologia da Investigação e a todas pessoas ansiosas por elaborar e apresentar trabalhos científicos.\n\nEm um mundo em rápida e profunda transformação, os estudantes e profissionais devem adquirir qualidades como a capacidade para analisar situações de condições sociais, para adotar iniciativas a respeito do mundo atual.\n\nA participação de alunos e docentes em trabalhos de investigação, e o vínculo entre o ensino e a investigação, são essenciais para aumentar a qualidade e a eficácia da Educação Superior, assim como contribuir para progressos dos conhecimentos, desenvolvendo capacidades endógenas de investigação fundamental e de investigação e desenvolvimento.\n\nTrabalhos como este, estão destinados a contribuir para o estímulo da elaboração de investigações objetivas nos diferentes campos do saber humano, para encontrar respostas aos desafios de abrir novos caminhos rumo a um melhor futuro para a comunidade e o ser humano, assim como orientar e configurar esse porvir.\n\nO novo livro de Metodologia da Investigação, em seus oito capítulos, que vão desde a epistemologia das ciências, até a apresentação formal do trabalho científico, na qualidade e eficácia da Educação Superior.\n\nCom sincero otimismo afirmo, que este material de rigor metodológico e de fácil compreensão, será uma contribuição valiosa que merece ser consultado, lido, analisado e utilizado na tarefa de realizar uma investigação científica.\n\nMSc. Inés López de Sugastti\nDeana\nFaculdade de Ciências da Educação\nU.T.C.D.\n\nESTELVINA MIRANDA DE ALVARENGA\nXI PREFÁCIO\n\nÉ publicada a segunda edição do livro metodologia da investigação quantitativa e qualitativa, graças ao apoio psicológico que me ofereceram os leitores do livro na sua primeira edição, professores e estudantes das diversas Universidades, com os quais tive a oportunidade de contatar e receber suas manifestações e elogios pela clareza, simplicidade e praticidade da obra.\n\nA nível da educação superior, na época em que vivemos, se impõe a realização da investigação científica em todos os campos do conhecimento humano. Não há uma Universidade, Faculdade, ou Instituto de nível superior, porque todos estão comprometidos a refletir sobre as realidades que nos rodeiam, cada um em seu âmbito de competência. Somente através dos estudos de nível superior, o estudante de graduação pode e profissionais em geral, estão capacitados a indagar e investigar de maneira profunda e prudente. As realizações de investigações científicas em uma Instituição de nível superior são indicadoras de qualidade acadêmica. Esta edição oferece uma base sólida para aprender e fazer uma investigação, expondo com clareza os métodos e as técnicas de coleta de dados com suas vantagens e desvantagens, assim como a maneira de analisar e interpretar os dados.\n\nNesta edição ampliam-se as informações acerca dos dois paradigmas da investigação, a quantitativa e a qualitativa, assim como, esclarece o leitor que mesmo sendo, tais paradigmas, epistemologicamente opostos, na prática, no procedimento em busca das verdades, em muitas investigações, é necessária que se complementem uma com a outra, pois uma investigação científica, pode-se utilizar estratégias próprias de cada um dos enfoques, para aprofundar estudos e compreender as razões que explicam um comportamento, seja no campo da natureza ou da sociedade. Este complemento de enfoques, produz um enfoque misto, que vem a ser um enfoque quali-quantitativo. De ambos paradigmas de investigação chega-se ao conhecimento da verdade por inferências lógicas.\n\nA realização de uma investigação científica é uma tarefa simples, mas devemos reconhecer que requer tempo, esforço e espírito criativo do investigador, pois não há uma maneira padronizada de fazer ciência. Ou como podemos afirmar que sem Metodologia, não há ciência. A maneira de aprender investigar é fazendo investigação. Cada investigação é única, não se realiza em série, a não ser que se refira a coleta de dados de maneira parcelada como em um senso populacional.\n\nESTELVINA MIRANDA DE ALVARENGA\nXIII É necessário destacar o empenho que deve ter o investigador na seleção, preparação e aplicação das técnicas de coleta de dados, porque as técnicas constituem as portas de acesso à investigação. Os recursos para explorar o ambiente social ou da natureza, dependem da qualidade dos dados coletados através do bom uso de tais técnicas.\n\nFinalmente, espera-se que esta contribuição no campo da Metodologia da Investigação, sirva de guia, aos estudantes para aprender a fazer investigação, aos professores, para orientar o processo de estudo, aos examinadores de Teses e T.C.S., servindo-lhes como Manual de Apoio para ajudar a julgar os Informes Finais apresentados como fruto do esforço dos estudantes e como requisito formal para a culminância de seus cursos. Além de apresentar-lhe maneira didática, processo de realização da investigação científica, eles expõem o processo de elaboração do Informe Final e oferecem as normas internacionais de apresentação de trabalhos científicos.\n\nA autora. INTRODUÇÃO\n\nComo docente por vários anos em mais de uma Universidade e Institutos Superiores de Ensino em Assunção, e como tutora de Teses e Tesinas em repetidas ocasiões, a autora sentiu a necessidade de preparar e publicar esta obra, dirigida a colegas, profissionais no campo da investigação que fracionam-se nesta etapa de realizar trabalhos de investigação. Por uma parte, como fruto de suas experiências, por outra; pela necessidade de contar com um texto de Metodologia da Investigação, que de maneira didática, apresente os passos da investigação científica, de modo ordenado e adaptado às reais necessidades de docentes e estudantes de Metodologia da Investigação.\n\nO processo seguido nesta obra, seguindo a ordem de realização da investigação, encaminha de maneira simples e prática, a realização de uma boa investigação científica, sem nenhuma complicação; certamente a tarefa de investigar requer tempo e dedicação.\n\nPara facilitar a compreensão, há vários exemplos, pois muitas vezes percebe-se nos alunos um certo temor para realizar uma investigação de campo, que de fato, todo estudante de nível superior deve realizar como requisito de sua formação acadêmica, pois deve terminar seu curso com a apresentação de uma Monografia, Tesina ou Tese.\n\nNos últimos anos desta década e da anterior, contempla-se em todos os cursos das diversas Unidades Acadêmicas e Institutos superiores de Ensino, a incorporação da disciplina \"Metodologia da Investigação\" e ao mesmo tempo a exigência de apresentação de parte dos estudantes de monografia e investigação de campo, seja no âmbito das Ciências Naturais como das Ciências Sociais. Este fato é muito importante, pois cada vez mais está descobrindo-se a importância da investigação científica como fonte de conhecimentos científicos e como meio para encontrar solução aos problemas estabelecidos.\n\nEsta obra facilita os métodos de investigação passo a passo. Apresenta os métodos e técnicas mais utilizados nos dois paradigmas da investigação, qualitativa e quantitativa, assim como as normas internacionais de apresentação de informes científicos. Para que o leitor possa ter ideia do conteúdo de cada capítulo segue-se um resumo:\n\nCAPÍTULO 1: Conceitos fundamentais de: conhecimentos científicos; ciências; a investigação científica; prepara para compreender o valor de um estudo científico. CAPÍTULO 2: Passos preparatórios para a realização da investigação. Como deve-se perceber um problema e se investigar. A formulação de um problema. A justificação do seu estudo. A possibilidade e a viabilidade do estudo.\n\nCAPÍTULO 3: Marco Teórico da investigação. Objetivos de um marco teórico. Revisão da literatura. A formulação de hipóteses. Critérios de formulação de hipóteses. As variáveis. Operacionalização de variáveis.\n\nCAPÍTULO 4: Tipos de investigação. Paradigma da investigação qualitativa e quantitativa. Níveis de investigação: Exploratório, descritivo, analítico, experimental. Métodos mais usados em investigação qualitativa: investigação participativa, investigação de ação, etnográfica, estudos de casos, investigações documentais e históricas.\n\nCAPÍTULO 5: Determinação do Desenho Metodológico. Planejamento do estudo de campo, descrevendo o tipo de investigação, a área, a população, como selecionar a amostra, inclusivo os procedimentos a seguir na coleta de dados.\n\nCAPÍTULO 6: Métodos, técnicas e instrumentos de coleta de dados. Trata-se dos métodos e técnicas mais utilizados em investigações quantitativas, como qualitativas.\n\nCAPÍTULO 7: Preparação do protocolo e informe final. Diferença entre projeto ou protocolo e informe final. Componentes de cada um, descrição dos componentes.\n\nCAPÍTULO 8: Normas internacionais para a redação e apresentação de informes científicos: Teses, tesinas e monografias, Artigos científicos. As normas consultadas são:\n\nOIN: Organização Internacional de Normalização\nICONTEC: Instituto Colombiano de Normas Técnicas\nUNE: Norma Espanhola\nAPA: Associação de Psicólogos da América do Norte\nNORMAS DE VANCOUVER CAP\u00cdTULO 1\nAS CI\u00caNCIAS EOS CONHECIMENTOS CIENT\u00cdFICOS\n\n1. N\u00edveis de Conhecimentos\n\nPara tratar dos n\u00edveis de conhecimentos, ser\u00e3o mencionados apenas dois n\u00edveis que afetam as ci\u00eancias. S\u00e3o eles:\n\n1.1 Conhecimentos cotidianos ou ordin\u00e1rios. S\u00e3o os conhecimentos que se adquirem com a experi\u00eancia cotidiana, no ambiente social e natural, pelo simples fato de conviver com eles. \u00c9 um conhecimento comum, espont\u00ea, superficial. Se adquire atrav\u00e9s do contato direto com as pessoas e com a natureza. Na \u00e9poca em que vivemos, este conhecimento ordin\u00e1rio ou vulgar, est\u00e1 permeado pelos conhecimentos cient\u00edficos atrav\u00e9s da difus\u00e3o dos mesmos por meios massivos de comunica\u00e7\u00e3o.\n\n1.2 Conhecimentos cient\u00edficos. S\u00e3o os conhecimentos produzidos como resultados de estudos investigativos atrav\u00e9s do m\u00e9todo cient\u00edfico. N\u00e3o h\u00e1 uma diferen\u00e7a abismal entre o conhecimento ordin\u00e1rio e o conhecimento cient\u00edfico, posto que o primeiro \u00e9 a base do segundo. A diferen\u00e7a est\u00e1 na forma de aquisi\u00e7\u00e3o do conhecimento. Obt\u00e9m-se o conhecimento cient\u00edfico atrav\u00e9s de procedimentos com aplica\u00e7\u00e3o de m\u00e9todos e responde a uma busca intencionada da verdade. N\u00e3o se trata de um conhecimento definitivo, o mesmo vai evoluindo com o descobrimento de novos conhecimentos atrav\u00e9s do m\u00e9todo cient\u00edfico.\n\n2. CI\u00caNCIA\n\nA palavra \"ci\u00eancia\" provem do latim scientia, de scire, conhecer. Pineda et al. (1994, p\u00e1g. 18) diz: \"a ci\u00eancia \u00e9 o resultado da investiga\u00e7\u00e3o e a aplica\u00e7\u00e3o do m\u00e9todo cient\u00edfico\". Defini\u00e7\u00e3o conceitual dos termos:\n\na) Conhecimentos objetivos. Os conhecimentos s\u00e3o obtidos mediante a utiliza\u00e7\u00e3o de procedimentos atrav\u00e9s da observa\u00e7\u00e3o, de provas objetivas e da experi\u00eancia, de maneira emp\u00edrica. N\u00e3o se refere a um conhecimento intuitivo, adquirido somente atrav\u00e9s dos sentidos.\n\nb) Racioc\u00ednio. Obt\u00E9m-se a ci\u00eancia atrav\u00e9s de estudos, reflexivos, cr\u00edticos e sistem\u00e1ticos acerca de uma realidade. \u00c9 resultado de um estudo profundo da realidade emp\u00edrica estudada.\n\nc) Demonstr\u00e1vel. Atrav\u00e9s da utiliza\u00e7\u00e3o de m\u00e9todos, t\u00e9cnicas e procedimentos emp\u00edricos, como a observa\u00e7\u00e3o, as provas objetivas e a experi\u00eancia, submete-se a provas os objetos e fen\u00f4menos em estudo sob condi\u00e7\u00f5es controladas. Quando se trata de estudos objetivos admite-se a replicabilidade.\n\nd) Provis\u00f3rio. Os conhecimentos cient\u00edficos n\u00e3o s\u00e3o absolutos e imut\u00e1veis. Os conhecimentos avan\u00e7am atrav\u00e9s de novas investiga\u00e7\u00f5es cient\u00edficas. Um conhecimento base-a-se no anterior. Um novo descobrimento pode aumentar, modificar ou substituir conhecimentos j\u00e1 existentes, cria novas curiosidades e assim o ciclo recome\u00e7a.\n\n3. CLASSIFICA\u00c7\u00c3O DAS CI\u00caNCIAS\n\nDe acordo com a sua natureza, as ci\u00eancias s\u00e3o classificadas em dois grandes grupos As ci\u00eancias formais, estudam os conhecimentos que n\u00e3o t\u00eam exist\u00eancia real independente do nosso pensamento, s\u00e3o conhecimentos ideais. Mas se pode pensar, raciocinar, existem na estrutura mental. Assim s\u00e3o a matem\u00e1tica e a l\u00f3gica.\n\nEsses conhecimentos aplicam-se a objetos e situa\u00e7\u00f5es da vida real, assim como os silogismos, e as infindades de c\u00e1lculos matem\u00e1ticos mediante a utiliza\u00e7\u00e3o de sinais e s\u00edmbolos, que revolucionam os conhecimentos cient\u00edficos e tecnol\u00f3gicos no mundo atual.\n\nAs ci\u00eancias f\u00e1ticas ou aplicadas, estudam os seres da vida real e seu comportamento, animados ou inanimados, sejam f\u00edsicos, ps\u00edquicos ou sociais. Estes seres ou objetos reais ou fenomenais, existem independente do nosso pensamento, s\u00e3o temporais e espaciais. As ci\u00eancias tentam descrever, explicar e estabelecer rela\u00e7\u00f5es de causa e efeito entre as vari\u00e1veis que apresentam esses entes. Seus resultados tem possibilitado aplica\u00e7\u00e3o pr\u00e1tica, seja no campo das ci\u00eancias naturais, econ\u00f4micas, sociais. S\u00e3o ci\u00eancias que buscam conhecer para transformar.\n\nAs ci\u00eancias tecnol\u00f3gicas s\u00e3o utilizadas na produ\u00e7\u00e3o de artefatos ou servi\u00e7os destinados a modificar e melhorar a realidade. Ex: Eletro\u00eanica, a inform\u00e1tica, Internet, etc. Cujas influ\u00eancias s\u00e3o t\u00e3o grandes que impactam e transformam a sociedade e nossas vidas (Vieytes, 2004, p\u00e1g. 39)\n\n4. O M\u00c9TODO CIENT\u00cdFICO\n\nO m\u00e9todo cient\u00edfico, \u00e9 a sucess\u00e3o de passos a ser seguida em uma investiga\u00e7\u00e3o. Constitui um conjunto de procedimentos sistem\u00e1ticos e l\u00f3gicos que guiam a investiga\u00e7\u00e3o, com o prop\u00f3sito de adquirir informa\u00e7\u00f5es confi\u00e1veis e v\u00e1lidas, para conseguir novos conhecimentos, e buscar formas de melhorar as condi\u00e7\u00f5es de vida de uma comunidade ou de pessoas, e abrange o ciclo completo da investiga\u00e7\u00e3o.\n\nO m\u00e9todo cient\u00edfico compreende v\u00e1rias etapas; inicia-se com a defini\u00e7\u00e3o do problema a ser estudado; a formula\u00e7\u00e3o dos objetivos, as hip\u00f3teses e suas vari\u00e1veis; o estabelecimento do desenho metodol\u00f3gico. Esta etapa inclui ainda, tipos e n\u00edveis de investiga\u00e7\u00e3o; a descri\u00e7\u00e3o da \u00e1rea onde se encontra o problema, a popula\u00e7\u00e3o ou universo a ser investigado; a sele\u00e7\u00e3o da amostra: os m\u00e9todos e t\u00e9cnicas a serem utilizados; o procedimento, como se realizar\u00e1 a coleta de dados; a an\u00e1lise dos dados; a interpreta\u00e7\u00e3o dos mesmos; as dedu\u00e7\u00f5es interpreta\u00e7\u00f5es. para demonstrar a hip\u00f3tese; as conclus\u00f5es e recomenda\u00e7\u00f5es. Todos estes passos s\u00e3o descritos amplamente neste livro. PROCESSO DO MÉTODO CIENTÍFICO\n\nFormulação de Problema \nDefinição e delimitação do problema\n\nObjetivos \nGerais \nEspecíficos\n\nMarco Teórico \nAntecedentes \nTeorias existentes relacionadas ao problema \nDados estatísticos\n\nHipóteses \nVariáveis independentes \nVariáveis dependentes \nDefinição de variáveis\n\nMétodos \nTipo de estudo Área \nPopulação e amostra \nMétodos e técnicas \nColeta de dados \nProcessamento e análise \nInterpretação e conclusões\n\nInforme Final \nComponentes introdutórios \nComponentes principais \nComponentes finais 5. A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA\nA investigação científica é um processo que, através da aplicação de métodos científicos, realiza um estudo a fundo, um exame cuidadoso e crítico acerca de objetos ou certos fenômenos específicos extraídos da realidade, em alguns casos, formulando hipóteses, e geralmente se baseia em fatos demonstrativos. Os temas que escapam aos conhecimentos empíricos e não podem ser demonstrados como a moral, a religiosidade e o espírito não cabem dentro do campo da investigação científica.\n\nA investigação científica é ação e constitui um método para descobrir a verdade, permite descrever, explicar, generalizar, e predizer os fenômenos que ocorrem na natureza, no comportamento humano e na sociedade. Sua função principal é o descobrimento de novos conhecimentos (investigação quantitativa), ou encontrar solução para problemas sociais estabelecidos (investigação qualitativa). Chegando às conclusões após ter passado por todos os passos da investigação.\n\nA investigação científica deve ser objetiva, não deve portanto, sobre influências do investigador ao realizar e interpretar o estudo. Segundo a natureza do problema, sempre está dirigido a um campo do conhecimento científico. Assim, temos a investigação aplicada nos campos da: educação, saúde, psicologia, biologia, economia, sociologia, direito, etc.\n\nPolite & Hungler (1994, pág. 17), cita Kerlinger, como líder na investigação metodológica, crítica de proposições hipotéticas sobre as relações que presume-se existirem entre fenômenos naturais). Explica-se os seguintes termos desta definição:\n\nDefinições de termos\n\nSistemática \nO avanço da investigação é feito de forma ordenada e lógica, através de uma série de passos, que inclui a definição do problema, os objetivos, o desenho de estudo, a coleta de dados, a interpretação dos mesmos, até chegar a conclusões.\n\nControlada \nO investigador realiza um controle rigoroso da situação estudada para que o resultado seja confiável. Nas investigações experimentais controla-se as variáveis em estudo e também outras variáveis denominadas estranhas ao intervenientes, que se não são previstas, podem variar o resultado da investigação.\n\nEmpírica \nA investigação é realizada sobre uma realidade objetiva, uma evidência do mundo real, no processo de estudo intervém qualquer um dos sentidos: a visão, a audição, o paladar, o olfato, ou o tato.\n\nCrítica \nO investigador analisa e examina cuidadosamente para chegar a determinar a validade e confiabilidade do estudo realizado. 6. OS MÉTODOS\nSegundo a natureza da ciência em estudo, utiliza-se distintos métodos. As ciências formais utilizam os métodos lógicos: indução, dedução e analogia. São métodos que trabalham com entidades de natureza abstracta ou ideal.\nAs ciências fáticas utilizam além dos métodos mencionados, os métodos de estudo próprios de cada ciência: os métodos de observação, de experimentação, as distintas provas psicométricas, pesquisa, etc.\n\nClassificação dos métodos científicos\n\nCiências \nformais \nMÉTODOS \nCiências \nfáticas \n\nindutivo \ndedutivo \nanalógico \n\nObservação \nExperimentação \nEntrevista \nProvas psicológicas \nEtc.\n\nDescrição dos métodos \n\nIndutivo \nÉ uma forma de raciocínio que guia o processo mental desde situações singulares ou concretas até o mais amplo e geral através de observações, o que permite chegar a conclusões gerais. (Investigação Qualitativa)\n\nDedutivo \nÉ um método inverso ao indutivo, guia os processos mentais à partir de geral até a captação do particular ou singular. (Investigação Quantitativa)\n\nAnalógico \nGuia o raciocínio mental de situações singulares ou concretas até outras situações singulares ou concretas.\n\nO método de observação \nÉ um método que se utiliza tanto em investigação quantitativa como qualitativa, que consiste em um registro visual do que acontece em uma situação do vida real. Quando se aplica a uma situação concreta se constitui em técnica de coleta de dados.\n\nA experimentação \nÉ próprio das ciências naturais. O investigador provê a método e variável que deseja estudar e observa o processo. São realizados experimentos de campo e laboratorial. Nas ciências sociais é mais difícil a experimentação. (Muito utilizado ao campo da medicina)\n\nA entrevista \nCom este método os mesmos sujeitos investigados fornecem a informação. Se as perguntas e respostas estão formuladas oralmente, consiste em uma entrevista. Se as questões são respondidas de forma escrita, consiste em um questionário. Entre os conhecimentos científicos, a investigação científica e os métodos científicos há uma estreita relação, um conceito leva ao outro, e o ciclo de relação pode começar com qualquer um dos três:\n\nConhecimentos\ncientíficos Ciência\n\n Métodos\n científicos\n\n Investigação\n científica\n\n7. ENFOQUES OU TIPOS DE INVESTIGAÇÃO\n\nO enfoque da investigação é a orientação metodológica para estudar as formas de geração dos conhecimentos científicos. Constitui uma direção e a estratégia geral no ciclo completo do estudo, desde a abordagem do problema até a conclusão. Inclui o método e responde ao tipo ou paradigma da investigação.\n\n7.1 Enfoque Quantitativo\n\nExiste um enfoque metodológico das ciências naturais, positivista, empirista, que é o enfoque tradicional quantitativo, que baseia-se no rigor científico determinado por um desenho preciso e definido a priori a realização do estudo. Responde ao paradigma quantitativo.\n\nNo enfoque quantitativo, logo ao apresentar o problema estabelece-se as relações das variáveis a estudar, se caracteriza pela medição das mesmas e o tratamento estatístico das informações. Seu objetivo é descrever ou explicar as descobertas. Trabalha geralmente com amostras probabilísticas, cujos resultados têm a possibilidade de generalizar-se à população em estudo, da qual se extrai uma amostra para estudar. Características do enfoque paradigma positivista\n\n• O estudo se realiza sobre uma realidade objetiva um fenômeno empírico.\n• Estuda-se a realidade de maneira parcial. As características estudadas se traduzem em variáveis e indicadores.\n• Os dados coletados são quantitificáveis.\n• Previo ao estudo, quando se tem estabelecido o desenho teórico e metodológico.\n• As teorias orientam o processo de estudo, ainda que os resultados e suas interpretações surjam dos dados coletados.\n• As interpretações constituem as explicações do significado das descobertas, os novos conhecimentos.\n• Nos estudos analíticos e experimentais trabalha-se com hipóteses.\n• O objeto estudado geralmente é um ente passivo, em quem são medidas as variáveis. Não tem participação ativa no estudo.\n• O “cenário de investigação” é um guião bastante estruturado, e pouco flexível e se elabora antes de começar a coleta de dados.\n• O objetivo do estudo é chegar a um conhecimento.\n\n7.2 Enfoque Qualitativo\n\nO outro enfoque ou paradigma é o fenomenológico, qualitativo. Dá ênfase às características: sociais, antropológicas, arqueológicas, culturais, psicológicas, criminalísticas, históricas. Este enfoque abrange processos humanos complexos. Tenta descrever e compreender as situações e os processos de maneira integral e profunda, considerando inclusive o contexto que envolve a problemática estudada.\n\nNo processo de investigação incorpora a participação dos próprios sujeitos investigados. Analiza-se com eles a percepção que os mesmos têm da sua realidade, suas experiências, suas atitudes e crenças.\n\nPrincipais características do enfoque fenomenológico:\n\n• Os fenômenos estudados estão inseridos em uma complexa rede de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais e históricos que devem ser analisados a fundo para compreender e interpretar as situações.\n• Estabelece-se uma relação próxima entre o sujeito investigador e o sujeito investigado, ambas as partes têm uma participação ativa no estudo, mesmo mantendo a distância profissional.\n• Trabalha-se com dados qualitativos. Não se busca uma relação de causa efeito, mas sim a explanação do fenômeno estudado.\n• O importante não é medir quantitativamente as variáveis, mas buscar a compreensão para explicar como as próprias pessoas envolvidas compreendem e interpretam sua realidade.\n• Geralmente se parte de um desenho flexível, que indica as grandes linhas de ação, e a medida que vai explorando o problema, vai se estruturando ou modificando de acordo a necessidade ao longo da investigação, orienta-se a ação e a transformação da realidade, para melhorar as condições de vida dos sujeitos envolvidos. Os enfoques estudados dão origem a dois tipos de investigações cujos paradigmas são praticamente opostos. O paradigma fenomenológico, qualitativo e o paradigma positivista, quantitativo. Na prática os dois enfoques são úteis, um não exclui o outro, nem é melhor que o outro. Situar o estudo dentro de um dos paradigmas depende da natureza do problema a ser investigado. Em uma investigação pode-se utilizar ambos paradigmas ao mesmo tempo, complementar-se na prática quando se querer aprofundar o estudo em alguns aspectos. A união de ambos paradigmas denomina-se triangulação. Ambos paradigmas são descritos de maneira mais detalhada no capítulo quatro.\n\nAtualmente com o propósito de encontrar respostas à rigorosidade das informações quantitativas e à necessidade de flexibilizar os extremos de ambos enfoques de investigação, realiza-se a triangulação, no que se refere a métodos e técnicas de coleta de dados, como ao processamento, análise e interpretação das informações. Realiza-se uma união de informações qualitativas com informações quantitativas, o que denomina-se enfoque misto de investigação ou quali - quantitativo.\n\nO enfoque misto requer eu o investigador tenha conhecimento das técnicas de coleta de dados aplicados nos dois enfoques, assim como deve conhecer também os procedimentos, análise e interpretação dos resultados de ambos paradigmas.\n\nAo empenhar o desenho de investigação em enfoque misto, pode prevalecer um dos enfoques. Pode haver predominio de enfoque quantitativo e utilizar técnicas qualitativas para interpretação se na análise do problema. Como pode haver domínio qualitativo e, ao apresentar os resultados dessas técnicas em quadros ou gráficos estatísticos.\n\nO enfoque quantitativo utiliza mais o método dedutivo e o enfoque qualitativo utiliza mais o método indutivo, procura compreender as ações e atitudes dos sujeitos envolvidos no estudo, não procura validar teorias nem generalizar suas descobertas.\n\nEnfoques de Investigação\n\nPositivista\n\nQuantitativo\n\nMisto ou\nQuali-quantitativo\n\nFenomenológico\n\nQualitativo Comparação das características dos enfoques\n\nPositivista\n\n- Estuda fenômenos empíricos\n- Os dados são medíveis, quantitíveis.\n- Estudo parcial de uma realidade.\n- O investigador se posiciona fora do fenômeno\n- Desenho de investigação pouco flexível.\n- Objetivo. Chegar ao conhecimento.\n\nFenomenológica\n\n- Estuda fenômenos sociais.\n- Dados não medíveis, qualitativos\n- Estudo da realidade, holístico.\n- Posiciona-se dentro do contexto.\n- Desenho de investigação flexível.\n- Objetivo. Compreender a situação.\n\nBIBLIOGRAFÍA\n\nAltamirano A. José V., y Raúl Z. Fernández. Metodologia da Investigação. 4ª. Ed. Gráfica Salesiana.\nAnder – Egg, Ezequiel. Técnicas de investigação social. 23ª. Ed. Magisterio do Rio da Prata. Buenos Aires. 1993.\nBisquerra, Rafael. Métodos de investigação educativa. Guia prático. C.E.A.C. Barcelona. 1989.\nBuendía, Eximian, et al. Métodos de investigação em Psicopedagogía. McGraw-Hill. Madrid. 1998.\nPérez Rodríguez, Gastón et al. Metodologia da investigação educacional. Edit. Povo e Educação. Havana. 1996.\nPineda E.B. et al. Metodologia da investigação. Manual para o desenvolvimento da Saúde. 2ª. Ed. Organização Panamericana da Saúde. Washington. 1994.\nPolit D. y Hungler B. Investigação científica em ciências da saúde. 4ª. Ed. McGraw-Hill. México. 1994.\nVietes, Rut. Metodologia da investigação em organizações, mercado e sociedade. Epistemologia e técnicas. Ed. das Ciências. Buenos Aires. 2004.