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FITOPATOLOGIA BACTÉRIAS FITOPATOGÊNICAS Esquema e diagrama de formas e tamanho de alguns patógenos em relação à célula vegetal AGRIOS 2005 aproximadamente 1600 espécies conhecidas 100 espécies causam doenças em plantas NÃO POSSUI VERDADEIRAMENTE UM NÚCLEO CELULAR PRÓPIA CELULA É A BACTÉRIA CARACTERÍSTICAS São microscópicas geralmente 8μm Só as colônias são vistas a olho nu ou bactérias gigantes As bactérias fitopatogênicas classificadas de acordo com a nomenclatura binomial dentro de gênero espécie e mais raramente subespécie A Fitopatologia tem adotado alguns outros níveis para a classificação mas não são taxa padrões São níveis infraespecíficos patovar raça e biótipos sendo que este último compreende as categorias de biovar lisotipo e serotipo Para patovar pv e raça o critério considerado é a capacidade de causar doença em hospedeiros específicos Patovar é definido em relação à patogenicidade da bactéria a uma determinada espécie do hospedeiro Explo Xanthomonas axonopodis pv malvacearum é o agente da mancha angular do algodoeiro Xanthomonas axonopodis pv glycines causa a pústula bacteriana na soja Raça envolve a diferenciação dentro do nível patovar com base na patogenicidade da bactéria às variedades ou genótipos pertencentes a uma mesma espécie hospedeira Explo as raças de Xanthomonas axonopodis pv vesicatoria agente causal da mancha bacteriana em tomateiro A célula bacteriana Formas e arranjos bacterianos Fonte MARINO 2011 Estreptobacilo Gram e Gram Fonte MADIGAN 2004 Gram Gram Coloração de Gram Color ação de Gram Cáp sula CARACTERÍSTICAS Devido a sua estrutura simples as bactérias podem sobreviver em todos ambientes da terra Podem ser encontradas no ar solo água vulcão mar profundo fontes quentes gelo sal pele dos homens etc Em condições desfavoráveis ao seu crescimento algumas bactérias formam esporos que podem sobreviver milhões de anos CARACTERÍSTICAS Um esporo resulta da perda de água da célula e da formação de uma parede grossa e resistente em todo o citoplasma desidratado O esporo consegue suspender completamente a sua atividade metabólica sobrevivendo a situações adversas como calor intenso e falta de água O processo de formação do esporo chamase esporulação ou esporogênese GRANDE DESVANTAGEM DA BIPARTIÇÃO NÃO HÁ TROCA DE MATERIAL GENÉTICO VARIABILIDADE SE O AMBIENTE MODIFICAR PODE ERRADICAR TODAS A POPULAÇÃO DE UMA VEZ CLASSIFICAÇÃO DAS BACTÉRIAS FITOPATOGÊNICAS AGRIOS 2005 REINO Prokariotae Bactérias com membrana e parede celular DIVISÃO Gracilicutes Gram negativas CLASSE Proteobacteria FAMÍLIA Enterobacteriaceae GÊNEROS Erwinia Pantoea Serratia Sphingomonas FAMÍLIA Pseudomonadaceae GÊNEROS Acidovorax Pseudomonas Ralstonia Rhizobacter Rhizomonas Xanthomonas Xylophilus FAMÍLIA Rhizobiaceae FAMÍLIA sem denominação GÊNEROS Xylella Candidatus Liberibacter DIVISÃO Firmicutes bactérias gram positivas CLASSE Firmibacteria GÊNEROS Bacillus Clostridium CLASSE Thallobacteria GÊNEROS Arthrobacter Clavibacter Curtobacterium Leifsonia Rhodococcus Streptomyces DIVISÃO Tenericutes CLASSE Mollicutes FAMÍLIA Spiroplasmataceae GÊNERO Spiroplasma FAMÍLIA sem denominação GÊNERO Phytoplasma 3 Principais gênero de bactéria fitopatogênicas Esquema de separação Observação microscópica Organismos não filamentosos Coloração GRAM Organismos filamentosos Streptomyces Corynebacterium Clavibacter Rhodococcus Curtobacterium Metabolismo da glucose Fermentativo Oxidativo Erwina Pseudomonas Xanthomonas Agrobacterium Pigmento verde fluorescente em meio B de King et al Crescimento em D5 agar Pseudomonas Bactérias nãofastidiosas aquelas que podem ser facilmente cultiváveis em meios de cultura ribeirinhos Quatro principais gêneros de fitobactérias nãofastidiosas e o grupo Corineforme importantes no Brasil Agrobacterium Erwinia Pseudomonas Xanthomonas Grupo Corineforme antigo gênero Corynebacterium GRANDE VANTAGEM DA BIPARTIÇÃO PERMITE UMA RÁPIDA COLONIZAÇÃO EM AMBIENTE FAVORÁVEL EM UM PEQUENO INTERVALO DE TEMPO EXPONENCIAL Crescimento Bacteriano Curva de crescimento REPRODUÇÃO SEXUADA REPRODUÇÃO SEXUADA Transdução Vírus transfere material genético de uma bactéria para outra O DNA do bacteriófago é injetado para iniciar um ciclo lítico Durante o ciclo lítico fragmentos de DNA bacteriano são empacotados em capsídeos do fago Em uma infecção subsequente o DNA bacteriano inserese dentro do novo cromossomo hospedeiro por meio de recombinação REPRODUÇÃO SEXUADA TRANSFORMAÇÃO Uma bactéria morta libera fragmentos de DNA alguns dos quais podem entrar em uma célula viva A recombinação ocorre entre o fragmento de DNA e o cromossomo hospedeiro REPRODUÇÃO SEXUADA IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS FITOPATOGÊNICAS Modo de infecção CICLO DAS RELAÇÕES PATÓGENOHOSPEDEIRO 6 Ciclo de uma doença causada por bactérias SOBREVIVÊNCIA SOBREVIDÊNCIA fase epifítica crescimento sobre o hospedeiro saudável e daninhas exudados bacterianos vetores Xylella fastidiosa Cigarrinhina alface Moko da Bananeira doença causada pela bactéria Ralstonia solanacearum eliminação da água entrada de CO2 órgãos de arejamento encontrados nos caules Penetração e colonização das bactérias Aberturas naturais Estômatos Ferimentos Vetores Pseudomonas syringae por volta de um estômato de uma folha de cereja COLONIZAÇÃO E REPRODUÇÃO espaços intercelulares feixes vasculares SINTOMATOLOGIA Invasão local Manchas foliares no geral encharcadas com halos cloróticos halo mancha necrótica mutantes tox Pseudomonas syringae pv tabaci Disseminação da podridãonegra ocorre via sementes ou mudas com a presença de X campestres Além do repolho grande parte das brássicas de importância econômica são afetadas por esta bactéria Períodos de molhamento foliar combinados com temperaturas entre 28 e 30C são favoráveis à ocorrência da doença A bactéria pode penetrar na planta através de estômatos hidatódios e ferimentos As células dessa região se multiplicam descontroladamente devido à transferência de genes da bactéria para estas células Após a transferência o TDNA é integrado ao genoma das células vegetais e os genes que o constituem passam a codificar enzimas envolvidas na biossíntese de hormônios vegetais como citocininas e auxinas que levam a um desbalanço hormonal levando a um crescimento exagerado das células que receberam o TDNA caracterizando a galha LIMA 2006 SINTOMATOLOGIA Invasão local Podridões moles Erwinia spp pectolíticas Ambiente desfavorável Ambiente favorável Invazão sistêmica Murcha Ralstonia solanacearum Erwinia amylovora obstrução vasos toxinas tiloses Penetração aberturas naturais aberturas naturais estômatos lenticelas hidatódios aberturas florais e ferimentos Multiplicação nos espaços intercelulares ou no tecido vascular Colonização do tecido vascular murcha morte dos ponteiros e cancro Espaços intercelulares manchas galhas e podridão mole Sintomas em plantas podem ser confundidos com aqueles causados por outros fitopatógenos como fungos nematóides e vírus Principais anasarca ou encharecimento mancha podridão mole murcha hipertrofia cancro morte das pontas taloôco e canela preta Sinais exsudado pus bacteriano ou fluxo bacteriano tanto nas lesões como nas doenças vasculares alta umidade Sintomas associados a doenças bacterianas Hiperplasias Resultam de um crescimento anormal dos tecidos devido a hipertrofia aumento do tamanho da célula e hiperplasia aumento do número de células Incluem fascições proliferação de raízes ou de lançamentos e tumores Exemplos Agrobacterium tumefasciens e Pseudomonas syringae pv savastanoi Manchas e necroses Lesões de vários tamanhos e forma por vezes limitadas pelas nervuras principais o que lhes dá forma angular ou de estrias vezes com um halo amarelado Podem surgir em folhas frutos e caule e são os sintomas mais habituais nas infecções bacterianas Estão mais frequentemente associadas a bactérias dos gêneros Pseudomonas e Xanthomonas Sintomas associados a doenças bacterianas Queima Lesões que progridem rapidamente associadas ou não ao sistema vascular e que afetam uma grande quantidade de tecidos do hospedeiro Exemplos Pseudomonas syringae pv syringae Xanthomonas oryzae pv oryzae Erwinia amylovora Pústulas Lesões suberificadas ao nível da epiderme de órgãos de plantas causadas por bactérias do gênero Steptomyces Cancros Lesões em que há alteração do tecido que apresenta desenvolvimento excessivo por vezes com formação de um bordo cicatricial e que resulta da penetração da bactéria nos tecidos Exemplo Erwinia amylovora Sintomas associados a doenças bacterianas Murchidões Perda de turgescência de tecidos foliares e parte suculenta de ramos ou caules Surgem como consequência da invasão do xilema e produção de polissacarídeos que bloqueiam o transporte de água aos tecidos periféricos da planta ou por produção de toxinas que afetam a permeabilidade dos tecidos foliares Exemplos Ralstonia solanacearum Corynebacterium michiganensis Podridões moles Maceração de tecidos da folha caule herbáceo ou raízes tuberosas por destruição da lâmina mediana da parede celular Resultam da ação de enzimas produzidos pelo patógeno sobretudo pectolíticas As espécies mais eficientes associadas a estes sintomas são dos gêneros Erwinia e Pseudomonas Medidas gerais para o controle das doenças bacterianas sementes e mudas sadias tratamento sementes escolha local e época plantio variedades resistentes manejo adubação irrigação rotação de culturas erradicação plantas doentes cancro cítrico controle biológico galha das coroas controle químico cúpricos antibióticos Bactérias fitopatogênicas Nomenclatura Patovar pv nomenclatura subspecífica Bactérias patogênicas a um hospedeiro ou grupo de hospedeiros Xanthomonas axonopodis pv citri Cancro Citrico Xanthomonas campestris pv campestris crucíferas podridão negra NOMENCLATURA normas universais espécie Exemplo Xanthomonas axonopodis Pseudomonas syringae PATOVAR Xanthomonas axonopodis pv malvacearum Xanthomonas axonopodis pv vesicatoria Classificação das bactérias fitopatogênicas Divisão Classe Família Gênero Gracilicutes gram negativa Proteobacteria Enterobacteriaceae Rhizobiaceae Não definida Pseudomonadaceae Erwinia Agrobacterium Xylella Firmicutes gram Firmiobacteria c endosporo Bacillus Clostridium Thallobacteria s endosporo Streptomyces Clavibacter Tenericutes sem parede Mollicutes Spiroplasmataceae Spiroplasma e fitoplasmas 3 Principais gêneros de bactérias fitopatogênicas Agrobacterium Bastonetes com 08 x 1530 µm Móveis por flagelos de inserção peritrical 14 Em meios com hidratos de carbono produzem substâncias mucóides Colônias não pigmentadas e geralmente com superfície lisa Gramnegativas Habitat a rizosfera e o solo em geral Clavibacter Bastonetes ligeiramente curvos ou direitos por vezes com forma irregular 0509 x 1540 µm Geralmente imóveis por vezes móveis com um ou dois flagelos polares Grampositivas 3 Principais gêneros de bactérias fitopatogênicas 3 Principais gêneros de bactérias fitopatogênicas Xylella História 1967 Doi et al observaram no floema de plantas de amoreira com nanismo bicateira com superbrotamento e petúnias com amarelo corpos pleomórficos com 80 a 800 nm de Ø limitados por membranas de 8 nm que consideraram semelhantes aos micoplasmas conhecidos mycoplasma like organisms MLO 19671973 mais de 50 doenças de plantas foram atribuídas a organismos semelhantes 19681970 transmissão essencialmente por vectores biológicos nomeadamente cicadelídeos jassídeos e psilídeos 1967 supressão de sintomas por aplicação do antibiótico acromicina Situação mais recente Agrios 1997 Os organismos da classe Mollicutes que afectam as plantas são Phytoplasma ou Spiroplasma sendo o enquadramento sistemático dos primeiros ainda incerto Mais de 200 700 distintas doenças de plantas são provocadas por fitoplasmas Dois grandes grupos de fitoplasmas causam doenças nas plantas Phytoplasma com estrutura arredondada a alongada Spiroplasma frequentemente com estrutura helicoidal Características gerais Organismos procarióticos sem parede celular classe Mollicutes Presença de membrana celular citoplasma ribossoma e DNA Dimensão reduzida Transmissão por insectos e capacidade de multiplicação nos seus vectores Habitualmente presentes no floema das plantas hospedeiras Sensíveis a alguns antibióticos particularmente do grupo das tetraciclinas Phytoplasma Pleomórficos com 80 a 800 nm de diâmetro Não cultiváveis em meios de culturas Geneticamente estão mais próximos do gênero Acholeplasma Acholeplasmataceae que do gênero Mycoplasma Mycoplasmataceae Spiroplasma Pleomórficos esféricos ou ovoides 100 a 240 nm de Ø ou com estrutura helicoidal 120 nm de Ø x 24 µm comp Cultiváveis em meios de culturas Constituem o gênero Spiroplasma Spiroplasmataceae GÊNEROS LOCAL Mobilidade Sintomas Xyllela vascular átrica CVC Agrobacterium solo monotríquia Galhas raiz em cabeleira Erwinia Solo vascular peritríquia Podridões murcha Pseudomonas Parte aérea lofotríquia Manchas foliares Xanthomonas Parte aérea monotríquia Manchascancro Clavibacter vascular átrica Cancro raquitismo Gênero Acidovorax Gênero Agrobacterium Gênero Erwinia Gênero Pseudomonas Gênero Ralstonia Gênero Xylella Gênero Curtobacterium PRINCIPAIS FITOBACTERIOSES NO BRASIL Enferrujamento milho Enfezamento milho Gêneros mais importantes de bactérias fitopatogênicas e tipos de sintomas que causam AGRIOS 2005 Agrobacterium Galha da coroa Galha dos ramos Raiz em cabeleira Clavibacter Podridão anular da batata Erwinia Queimas Pseudomonas Mancha foliar Xanthomonas Manchas foliares Streptomyces Sarna da batata Recomendações 1 Plantar sementes de boa qualidade eou tratar previamente as sementes 1 sementes e mudas o material propagativo sadio ou isento de patógenos é primordial para o sucesso da cultura A disseminação de doenças a longas distâncias bem como sua introdução ocorrem na maioria dos casos pelas sementes ou mudas infectadas Local e época de plantio na produção de mudas devese escolher local isolado longe de outras solanáceas ou plantações de tomateiro O local deve ser bem drenado e arejado A utilização de substrato isento de patógeno bem como a desinfestação das bandejas são obrigatórios O local de plantio deve ser preferencialmente com exposição norte e a orientação de linhas lesteoeste evitandose locais de baixada devido ao acúmulo de umidade e à formação de neblina Na instalação da cultura devese levar em consideração que as bactérias fitopatogénicas podem sobreviver no solo como a Ralstonia Solanacearum e Pectobacterium sp estacas como Cm subsp michiganensis arames restos culturais plantas voluntárias de tomateiro ou ainda sobreviver epifiticamente em ervas daninhas como no caso de Xanthomonas spp No caso específico de R solanacearum devese evitar o plantio em áreas recém desmatadas que tenham bracatinga Mimosa scabrella pois a bactéria sobrevive e se multiplica nessas plantas Em geral é recomendado um período de pelo menos três Cultivares resistentes na escolha de cultivares sugerese dar preferência para as resistentes É permitido o uso de portaenxerto resistente à murchadeira como Guardião e Muralha O uso de portaenxerto é obrigatório em área com histórico da doença Irrigação bactérias fitopatogênicas são dependentes de alta umidade incluindo orvalho chuva e irrigação para sua disseminação bem como sua multiplicação A irrigação por aspersão e por sulco proibido na produção integrada de tomate estacado além de aumentar a umidade relativa e reduzir a temperatura favorece a disseminação de bactérias foliares e do solo Portanto o uso de irrigação por gotejamento é obrigatório pois evita a disseminação de doenças bacterianas A água utilizada para irrigação deve ser de boa qualidade e que não passe por lavouras contaminadas No caso da murchabacteriana causada por Ralstonia solanacearum a irrigação localizada evita que os propágulos bacterianos sejam disseminados no sulco de irrigação tal como utilizado na produção convencional Controle químico para o controle químico de fitobactérias em tomateiro temse um reduzido número de produtos eficientes ou registrados Nessa forma de controle devem ser levadas em consideração as medidas anteriores para o seu manejo Também é importante saber se o agente causal patógeno atua de forma sistêmica ou não Nos patógenos não sistêmicos de uma forma geral a eficácia de controle é maior
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FITOPATOLOGIA BACTÉRIAS FITOPATOGÊNICAS Esquema e diagrama de formas e tamanho de alguns patógenos em relação à célula vegetal AGRIOS 2005 aproximadamente 1600 espécies conhecidas 100 espécies causam doenças em plantas NÃO POSSUI VERDADEIRAMENTE UM NÚCLEO CELULAR PRÓPIA CELULA É A BACTÉRIA CARACTERÍSTICAS São microscópicas geralmente 8μm Só as colônias são vistas a olho nu ou bactérias gigantes As bactérias fitopatogênicas classificadas de acordo com a nomenclatura binomial dentro de gênero espécie e mais raramente subespécie A Fitopatologia tem adotado alguns outros níveis para a classificação mas não são taxa padrões São níveis infraespecíficos patovar raça e biótipos sendo que este último compreende as categorias de biovar lisotipo e serotipo Para patovar pv e raça o critério considerado é a capacidade de causar doença em hospedeiros específicos Patovar é definido em relação à patogenicidade da bactéria a uma determinada espécie do hospedeiro Explo Xanthomonas axonopodis pv malvacearum é o agente da mancha angular do algodoeiro Xanthomonas axonopodis pv glycines causa a pústula bacteriana na soja Raça envolve a diferenciação dentro do nível patovar com base na patogenicidade da bactéria às variedades ou genótipos pertencentes a uma mesma espécie hospedeira Explo as raças de Xanthomonas axonopodis pv vesicatoria agente causal da mancha bacteriana em tomateiro A célula bacteriana Formas e arranjos bacterianos Fonte MARINO 2011 Estreptobacilo Gram e Gram Fonte MADIGAN 2004 Gram Gram Coloração de Gram Color ação de Gram Cáp sula CARACTERÍSTICAS Devido a sua estrutura simples as bactérias podem sobreviver em todos ambientes da terra Podem ser encontradas no ar solo água vulcão mar profundo fontes quentes gelo sal pele dos homens etc Em condições desfavoráveis ao seu crescimento algumas bactérias formam esporos que podem sobreviver milhões de anos CARACTERÍSTICAS Um esporo resulta da perda de água da célula e da formação de uma parede grossa e resistente em todo o citoplasma desidratado O esporo consegue suspender completamente a sua atividade metabólica sobrevivendo a situações adversas como calor intenso e falta de água O processo de formação do esporo chamase esporulação ou esporogênese GRANDE DESVANTAGEM DA BIPARTIÇÃO NÃO HÁ TROCA DE MATERIAL GENÉTICO VARIABILIDADE SE O AMBIENTE MODIFICAR PODE ERRADICAR TODAS A POPULAÇÃO DE UMA VEZ CLASSIFICAÇÃO DAS BACTÉRIAS FITOPATOGÊNICAS AGRIOS 2005 REINO Prokariotae Bactérias com membrana e parede celular DIVISÃO Gracilicutes Gram negativas CLASSE Proteobacteria FAMÍLIA Enterobacteriaceae GÊNEROS Erwinia Pantoea Serratia Sphingomonas FAMÍLIA Pseudomonadaceae GÊNEROS Acidovorax Pseudomonas Ralstonia Rhizobacter Rhizomonas Xanthomonas Xylophilus FAMÍLIA Rhizobiaceae FAMÍLIA sem denominação GÊNEROS Xylella Candidatus Liberibacter DIVISÃO Firmicutes bactérias gram positivas CLASSE Firmibacteria GÊNEROS Bacillus Clostridium CLASSE Thallobacteria GÊNEROS Arthrobacter Clavibacter Curtobacterium Leifsonia Rhodococcus Streptomyces DIVISÃO Tenericutes CLASSE Mollicutes FAMÍLIA Spiroplasmataceae GÊNERO Spiroplasma FAMÍLIA sem denominação GÊNERO Phytoplasma 3 Principais gênero de bactéria fitopatogênicas Esquema de separação Observação microscópica Organismos não filamentosos Coloração GRAM Organismos filamentosos Streptomyces Corynebacterium Clavibacter Rhodococcus Curtobacterium Metabolismo da glucose Fermentativo Oxidativo Erwina Pseudomonas Xanthomonas Agrobacterium Pigmento verde fluorescente em meio B de King et al Crescimento em D5 agar Pseudomonas Bactérias nãofastidiosas aquelas que podem ser facilmente cultiváveis em meios de cultura ribeirinhos Quatro principais gêneros de fitobactérias nãofastidiosas e o grupo Corineforme importantes no Brasil Agrobacterium Erwinia Pseudomonas Xanthomonas Grupo Corineforme antigo gênero Corynebacterium GRANDE VANTAGEM DA BIPARTIÇÃO PERMITE UMA RÁPIDA COLONIZAÇÃO EM AMBIENTE FAVORÁVEL EM UM PEQUENO INTERVALO DE TEMPO EXPONENCIAL Crescimento Bacteriano Curva de crescimento REPRODUÇÃO SEXUADA REPRODUÇÃO SEXUADA Transdução Vírus transfere material genético de uma bactéria para outra O DNA do bacteriófago é injetado para iniciar um ciclo lítico Durante o ciclo lítico fragmentos de DNA bacteriano são empacotados em capsídeos do fago Em uma infecção subsequente o DNA bacteriano inserese dentro do novo cromossomo hospedeiro por meio de recombinação REPRODUÇÃO SEXUADA TRANSFORMAÇÃO Uma bactéria morta libera fragmentos de DNA alguns dos quais podem entrar em uma célula viva A recombinação ocorre entre o fragmento de DNA e o cromossomo hospedeiro REPRODUÇÃO SEXUADA IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS FITOPATOGÊNICAS Modo de infecção CICLO DAS RELAÇÕES PATÓGENOHOSPEDEIRO 6 Ciclo de uma doença causada por bactérias SOBREVIVÊNCIA SOBREVIDÊNCIA fase epifítica crescimento sobre o hospedeiro saudável e daninhas exudados bacterianos vetores Xylella fastidiosa Cigarrinhina alface Moko da Bananeira doença causada pela bactéria Ralstonia solanacearum eliminação da água entrada de CO2 órgãos de arejamento encontrados nos caules Penetração e colonização das bactérias Aberturas naturais Estômatos Ferimentos Vetores Pseudomonas syringae por volta de um estômato de uma folha de cereja COLONIZAÇÃO E REPRODUÇÃO espaços intercelulares feixes vasculares SINTOMATOLOGIA Invasão local Manchas foliares no geral encharcadas com halos cloróticos halo mancha necrótica mutantes tox Pseudomonas syringae pv tabaci Disseminação da podridãonegra ocorre via sementes ou mudas com a presença de X campestres Além do repolho grande parte das brássicas de importância econômica são afetadas por esta bactéria Períodos de molhamento foliar combinados com temperaturas entre 28 e 30C são favoráveis à ocorrência da doença A bactéria pode penetrar na planta através de estômatos hidatódios e ferimentos As células dessa região se multiplicam descontroladamente devido à transferência de genes da bactéria para estas células Após a transferência o TDNA é integrado ao genoma das células vegetais e os genes que o constituem passam a codificar enzimas envolvidas na biossíntese de hormônios vegetais como citocininas e auxinas que levam a um desbalanço hormonal levando a um crescimento exagerado das células que receberam o TDNA caracterizando a galha LIMA 2006 SINTOMATOLOGIA Invasão local Podridões moles Erwinia spp pectolíticas Ambiente desfavorável Ambiente favorável Invazão sistêmica Murcha Ralstonia solanacearum Erwinia amylovora obstrução vasos toxinas tiloses Penetração aberturas naturais aberturas naturais estômatos lenticelas hidatódios aberturas florais e ferimentos Multiplicação nos espaços intercelulares ou no tecido vascular Colonização do tecido vascular murcha morte dos ponteiros e cancro Espaços intercelulares manchas galhas e podridão mole Sintomas em plantas podem ser confundidos com aqueles causados por outros fitopatógenos como fungos nematóides e vírus Principais anasarca ou encharecimento mancha podridão mole murcha hipertrofia cancro morte das pontas taloôco e canela preta Sinais exsudado pus bacteriano ou fluxo bacteriano tanto nas lesões como nas doenças vasculares alta umidade Sintomas associados a doenças bacterianas Hiperplasias Resultam de um crescimento anormal dos tecidos devido a hipertrofia aumento do tamanho da célula e hiperplasia aumento do número de células Incluem fascições proliferação de raízes ou de lançamentos e tumores Exemplos Agrobacterium tumefasciens e Pseudomonas syringae pv savastanoi Manchas e necroses Lesões de vários tamanhos e forma por vezes limitadas pelas nervuras principais o que lhes dá forma angular ou de estrias vezes com um halo amarelado Podem surgir em folhas frutos e caule e são os sintomas mais habituais nas infecções bacterianas Estão mais frequentemente associadas a bactérias dos gêneros Pseudomonas e Xanthomonas Sintomas associados a doenças bacterianas Queima Lesões que progridem rapidamente associadas ou não ao sistema vascular e que afetam uma grande quantidade de tecidos do hospedeiro Exemplos Pseudomonas syringae pv syringae Xanthomonas oryzae pv oryzae Erwinia amylovora Pústulas Lesões suberificadas ao nível da epiderme de órgãos de plantas causadas por bactérias do gênero Steptomyces Cancros Lesões em que há alteração do tecido que apresenta desenvolvimento excessivo por vezes com formação de um bordo cicatricial e que resulta da penetração da bactéria nos tecidos Exemplo Erwinia amylovora Sintomas associados a doenças bacterianas Murchidões Perda de turgescência de tecidos foliares e parte suculenta de ramos ou caules Surgem como consequência da invasão do xilema e produção de polissacarídeos que bloqueiam o transporte de água aos tecidos periféricos da planta ou por produção de toxinas que afetam a permeabilidade dos tecidos foliares Exemplos Ralstonia solanacearum Corynebacterium michiganensis Podridões moles Maceração de tecidos da folha caule herbáceo ou raízes tuberosas por destruição da lâmina mediana da parede celular Resultam da ação de enzimas produzidos pelo patógeno sobretudo pectolíticas As espécies mais eficientes associadas a estes sintomas são dos gêneros Erwinia e Pseudomonas Medidas gerais para o controle das doenças bacterianas sementes e mudas sadias tratamento sementes escolha local e época plantio variedades resistentes manejo adubação irrigação rotação de culturas erradicação plantas doentes cancro cítrico controle biológico galha das coroas controle químico cúpricos antibióticos Bactérias fitopatogênicas Nomenclatura Patovar pv nomenclatura subspecífica Bactérias patogênicas a um hospedeiro ou grupo de hospedeiros Xanthomonas axonopodis pv citri Cancro Citrico Xanthomonas campestris pv campestris crucíferas podridão negra NOMENCLATURA normas universais espécie Exemplo Xanthomonas axonopodis Pseudomonas syringae PATOVAR Xanthomonas axonopodis pv malvacearum Xanthomonas axonopodis pv vesicatoria Classificação das bactérias fitopatogênicas Divisão Classe Família Gênero Gracilicutes gram negativa Proteobacteria Enterobacteriaceae Rhizobiaceae Não definida Pseudomonadaceae Erwinia Agrobacterium Xylella Firmicutes gram Firmiobacteria c endosporo Bacillus Clostridium Thallobacteria s endosporo Streptomyces Clavibacter Tenericutes sem parede Mollicutes Spiroplasmataceae Spiroplasma e fitoplasmas 3 Principais gêneros de bactérias fitopatogênicas Agrobacterium Bastonetes com 08 x 1530 µm Móveis por flagelos de inserção peritrical 14 Em meios com hidratos de carbono produzem substâncias mucóides Colônias não pigmentadas e geralmente com superfície lisa Gramnegativas Habitat a rizosfera e o solo em geral Clavibacter Bastonetes ligeiramente curvos ou direitos por vezes com forma irregular 0509 x 1540 µm Geralmente imóveis por vezes móveis com um ou dois flagelos polares Grampositivas 3 Principais gêneros de bactérias fitopatogênicas 3 Principais gêneros de bactérias fitopatogênicas Xylella História 1967 Doi et al observaram no floema de plantas de amoreira com nanismo bicateira com superbrotamento e petúnias com amarelo corpos pleomórficos com 80 a 800 nm de Ø limitados por membranas de 8 nm que consideraram semelhantes aos micoplasmas conhecidos mycoplasma like organisms MLO 19671973 mais de 50 doenças de plantas foram atribuídas a organismos semelhantes 19681970 transmissão essencialmente por vectores biológicos nomeadamente cicadelídeos jassídeos e psilídeos 1967 supressão de sintomas por aplicação do antibiótico acromicina Situação mais recente Agrios 1997 Os organismos da classe Mollicutes que afectam as plantas são Phytoplasma ou Spiroplasma sendo o enquadramento sistemático dos primeiros ainda incerto Mais de 200 700 distintas doenças de plantas são provocadas por fitoplasmas Dois grandes grupos de fitoplasmas causam doenças nas plantas Phytoplasma com estrutura arredondada a alongada Spiroplasma frequentemente com estrutura helicoidal Características gerais Organismos procarióticos sem parede celular classe Mollicutes Presença de membrana celular citoplasma ribossoma e DNA Dimensão reduzida Transmissão por insectos e capacidade de multiplicação nos seus vectores Habitualmente presentes no floema das plantas hospedeiras Sensíveis a alguns antibióticos particularmente do grupo das tetraciclinas Phytoplasma Pleomórficos com 80 a 800 nm de diâmetro Não cultiváveis em meios de culturas Geneticamente estão mais próximos do gênero Acholeplasma Acholeplasmataceae que do gênero Mycoplasma Mycoplasmataceae Spiroplasma Pleomórficos esféricos ou ovoides 100 a 240 nm de Ø ou com estrutura helicoidal 120 nm de Ø x 24 µm comp Cultiváveis em meios de culturas Constituem o gênero Spiroplasma Spiroplasmataceae GÊNEROS LOCAL Mobilidade Sintomas Xyllela vascular átrica CVC Agrobacterium solo monotríquia Galhas raiz em cabeleira Erwinia Solo vascular peritríquia Podridões murcha Pseudomonas Parte aérea lofotríquia Manchas foliares Xanthomonas Parte aérea monotríquia Manchascancro Clavibacter vascular átrica Cancro raquitismo Gênero Acidovorax Gênero Agrobacterium Gênero Erwinia Gênero Pseudomonas Gênero Ralstonia Gênero Xylella Gênero Curtobacterium PRINCIPAIS FITOBACTERIOSES NO BRASIL Enferrujamento milho Enfezamento milho Gêneros mais importantes de bactérias fitopatogênicas e tipos de sintomas que causam AGRIOS 2005 Agrobacterium Galha da coroa Galha dos ramos Raiz em cabeleira Clavibacter Podridão anular da batata Erwinia Queimas Pseudomonas Mancha foliar Xanthomonas Manchas foliares Streptomyces Sarna da batata Recomendações 1 Plantar sementes de boa qualidade eou tratar previamente as sementes 1 sementes e mudas o material propagativo sadio ou isento de patógenos é primordial para o sucesso da cultura A disseminação de doenças a longas distâncias bem como sua introdução ocorrem na maioria dos casos pelas sementes ou mudas infectadas Local e época de plantio na produção de mudas devese escolher local isolado longe de outras solanáceas ou plantações de tomateiro O local deve ser bem drenado e arejado A utilização de substrato isento de patógeno bem como a desinfestação das bandejas são obrigatórios O local de plantio deve ser preferencialmente com exposição norte e a orientação de linhas lesteoeste evitandose locais de baixada devido ao acúmulo de umidade e à formação de neblina Na instalação da cultura devese levar em consideração que as bactérias fitopatogénicas podem sobreviver no solo como a Ralstonia Solanacearum e Pectobacterium sp estacas como Cm subsp michiganensis arames restos culturais plantas voluntárias de tomateiro ou ainda sobreviver epifiticamente em ervas daninhas como no caso de Xanthomonas spp No caso específico de R solanacearum devese evitar o plantio em áreas recém desmatadas que tenham bracatinga Mimosa scabrella pois a bactéria sobrevive e se multiplica nessas plantas Em geral é recomendado um período de pelo menos três Cultivares resistentes na escolha de cultivares sugerese dar preferência para as resistentes É permitido o uso de portaenxerto resistente à murchadeira como Guardião e Muralha O uso de portaenxerto é obrigatório em área com histórico da doença Irrigação bactérias fitopatogênicas são dependentes de alta umidade incluindo orvalho chuva e irrigação para sua disseminação bem como sua multiplicação A irrigação por aspersão e por sulco proibido na produção integrada de tomate estacado além de aumentar a umidade relativa e reduzir a temperatura favorece a disseminação de bactérias foliares e do solo Portanto o uso de irrigação por gotejamento é obrigatório pois evita a disseminação de doenças bacterianas A água utilizada para irrigação deve ser de boa qualidade e que não passe por lavouras contaminadas No caso da murchabacteriana causada por Ralstonia solanacearum a irrigação localizada evita que os propágulos bacterianos sejam disseminados no sulco de irrigação tal como utilizado na produção convencional Controle químico para o controle químico de fitobactérias em tomateiro temse um reduzido número de produtos eficientes ou registrados Nessa forma de controle devem ser levadas em consideração as medidas anteriores para o seu manejo Também é importante saber se o agente causal patógeno atua de forma sistêmica ou não Nos patógenos não sistêmicos de uma forma geral a eficácia de controle é maior