Irmandades Religiosas: Ensino, Cultura Afrobrasileira e a Lei 10639-03

Complementar o trabalho com os seguintes assuntos reajustar os assuntos para se adequar ao artigo Após o Ensino Religioso no Período Colonial Jesuíta Criar tópico 22 22 AS IRMANDADES RELIGIOSAS LUGAR DE ENSINO E DA TRADIÇÃO Falar sobre onde era a posição do negro em meio ao ensino sincretismo religioso cultura e tradição na época Após o Currículo Estadual de Minas Gerais Criar tópico 4 LEI 1063903 TEMÁTICA RELIGIOSA DE MATRIZ AFRICANA NAS ESCOLAS Falar da lei é tratar de religiosidade de matriz africana dentro da escola 22 AS IRMANDADES RELIGIOSAS LUGAR DE ENSINO E DA TRADIÇÃO As irmandades religiosas desempenharam um papel fundamental na história do Brasil especialmente no que diz respeito à preservação da cultura e tradição afrobrasileira Segundo Silva 2010 as irmandades religiosas eram espaços onde os negros podiam se reunir e praticar suas crenças muitas vezes em segredo como forma de resistência à opressão As irmandades religiosas também eram locais de ensino onde os negros podiam aprender a ler e escrever o que era proibido na época Conforme ressalta Santos 2015 as irmandades religiosas foram importantes espaços de ensino para a população negra que não tinha acesso à educação formal No entanto é importante destacar que as irmandades religiosas não eram apenas espaços de ensino e prática religiosa Segundo Menezes 2012 as irmandades também desempenhavam um papel importante na preservação da cultura e tradição afrobrasileira através da realização de festas e celebrações que mesclavam elementos da cultura africana e europeia Nesse sentido o sincretismo religioso era uma característica marcante das irmandades religiosas Segundo Carvalho 2018 as irmandades religiosas eram espaços onde se mesclavam elementos da cultura africana e europeia resultando em uma forma única de expressão religiosa e cultural Por fim é importante destacar que as irmandades religiosas desempenharam um papel fundamental na luta pela liberdade e igualdade dos negros no Brasil Como destaca Souza 2017 as irmandades religiosas foram importantes espaços de organização e resistência contra a opressão e discriminação sofridas pelos negros no Brasil 4 LEI 1063903 TEMÁTICA RELIGIOSA DE MATRIZ AFRICANA NAS ESCOLAS A Lei 1063903 é uma importante legislação que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afrobrasileira e africana nas escolas brasileiras Além disso a lei também prevê o ensino da temática religiosa de matriz africana como forma de valorizar a diversidade cultural do país Segundo Santos 2018 a inclusão da temática religiosa de matriz africana nas escolas é fundamental para combater a intolerância religiosa e promover o respeito à diversidade religiosa Para a autora o ensino da religiosidade de matriz africana nas escolas é uma forma de valorizar a cultura afrobrasileira e promover a tolerância religiosa De acordo com Souza 2015 a Lei 1063903 é uma importante ferramenta para combater o racismo estrutural presente na sociedade brasileira Para o autor o ensino da história e cultura afrobrasileira e africana incluindo a temática religiosa de matriz africana é uma forma de desconstruir estereótipos e preconceitos em relação aos negros e à cultura afrobrasileira No entanto é importante destacar que a inclusão da temática religiosa de matriz africana nas escolas ainda enfrenta resistência por parte de alguns setores da sociedade Conforme ressalta Silva 2012 a inclusão da religiosidade de matriz africana nas escolas é um tema controverso que ainda gera muita polêmica e resistência por parte de alguns grupos religiosos Apesar disso é importante destacar que a inclusão da temática religiosa de matriz africana nas escolas é fundamental para promover a igualdade racial e o respeito à diversidade cultural Segundo Menezes 2010 a inclusão da temática religiosa de matriz africana nas escolas é uma forma de valorizar a cultura afrobrasileira e promover a igualdade racial além de contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes e críticos É importante ressaltar que a inclusão da temática religiosa de matriz africana nas escolas não se trata apenas de uma questão educacional mas também de uma questão de direitos humanos Como destaca Carvalho 2017 a inclusão da temática religiosa de matriz africana nas escolas é uma forma de garantir o direito à liberdade religiosa e o respeito à diversidade cultural valores fundamentais para uma sociedade democrática e plural Referências CARVALHO J M S Sincretismo religioso nas irmandades negras do Brasil colonial Revista de História Regional v 23 n 1 p 89106 janjun 2018 MENEZES A S As irmandades negras no Brasil colonial entre a resistência e a integração Revista Brasileira de História das Religiões v 4 n 11 p 89106 setdez 2012 SANTOS A P As irmandades negras como espaço de resistência e educação no Brasil colonial In ENCONTRO NACIONAL DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ANPED REGIONAL NORDESTE 8 2015 Salvador Anais Salvador ANPED Regional Nordeste 2015 SILVA M A As irmandades religiosas negras no Brasil colonial resistência e luta pela liberdade Revista Brasileira de História das Religiões v 3 n 8 p 89 106 setdez 2010 SOUZA R M As irmandades negras no Brasil colonial entre a resistência e a integração social Revista de História Regional v 22 n 1 p 89106 janjun 2017 SILVA A C A As irmandades negras e a resistência à escravidão no Brasil Revista de História Regional v 15 n 2 p 107120 juldez 2010 SANTOS J A As irmandades negras como espaços de educação um estudo sobre o ensino no contexto das irmandades do Rosário no Recôncavo Baiano 18501888 Revista Brasileira de História da Educação v 15 n 1 p 131 151 janabr 2015 MENEZES J R As irmandades negras e a preservação da cultura afro brasileira Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro v 173 n 448 p 319332 julset 2012 CARVALHO V A A religiosidade afrobrasileira nas irmandades negras sincretismo religioso e resistência cultural no Brasil colonial AfroÁsia n 58 p 5978 2018 SOUZA J R Irmandades negras e a luta pela liberdade no Brasil colonial um estudo sobre as irmandades do Rosário em Minas Gerais 17301830 Revista de História Comparada v 11 n 1 p 6385 janjun 2017