Redação Modelo Enem

redigir COMBATE À DENGUE MODELO ENEM ID IHF Texto I Textos científicos apontam que o mosquito vetor da dengue tenha vindo nos navios que partiam da África com escravos para América entre os séculos XVIII e XIX As altas temperaturas e a umidade dos navios facilitavam a reprodução do mosquito transmissores da doença De 1960 até o final da década de 1980 ocorrência de dengue aumentou de 9 para 120 países nas américas Ásia e África regiões hoje consideradas endêmicas Entre 2010 e 2017 foram registrados 42 milhões de casos no Brasil com reflexos nas despesas públicas e uma nova exigência para a vigilância da doença na sociedade As campanhas sobre cuidados com o mosquito e vírus trouxeram resultados como por exemplo a criação da vacina contra dengue disponível pela Anvisa desde dezembro de 2023 A vacinação é recomendada em pessoas que já tiveram a doença e não previne totalmente a dengue tipo 4 Em 2024 a extensão da vacina contra dengue deve proteger a população O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público de saúde A Organização Mundial da Saúde OMS recomenda o uso obrigatório da vacina para as demais agências de saúde a fim de evitar uma epidemia com grave impacto social e econômico O governo brasileiro tem fiscalizado as ações e prevenções Adaptado Acesso em 19 mar 2024 Texto II O infectologista José Davi Urubue z diz que as condições sociais são causas do avanço da dengue E quando há aglomerações casas superlotadas e sem saneamento básico ocorre a disseminação do mosquito Aedes aegypti vetor da dengue zika chikungunya e outras doenças transmitidas pelo vírus Para evitar que essas doenças progridam a médica infectologista ressalta que as pessoas devem se vacinar e adotar medidas de profilaxia como o uso de repelentes e telas nas janelas além de organizar a casa O que deve ser feito é fazer a parte com uso da vacina prevenção e promoção de saúde o que é diferente de medidas compulsórias diz httpswwwemcombrnoticiassaude20240318dengueezikaasdoencasquemaisavancamnaamericalatinaem2024ajudamaexplicarnovosadesivosdeprevencao Acesso em 19 mar 2024 Texto III Casos prováveis e confirmados de dengue 20232024 Disponível em httpsg1globocom Saude noticia20240207territorioredigirdontesziqusurtdedenguenobrasilfaz2partedegrandeaumentorececada1jd coronavirushtlm Acesso em 19 mar 2024 Texto IV PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir do material de abordagem acima e de sua formação redija um texto dissertativoargumentativo sobre o tema Caminhos para combater a dengue em língua portuguesa no máximo 30 linhas e padronizado conforme as normas da ABNT Apresente os principais pontos de articulação que respeitem os direitos humanos e os marcos organizativos do Brasil Selecione argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista httpssaudeabrilcombrdisparosDumdisparosemnoscoademecurardeddadthmli Acesso em 19 mar 2024 PLATAFORMAREDIGIRCOMBR Topografando a Luta Contra a Dengue no Brasil Desafios e Soluções para uma Saúde Coletiva Eficiente A dengue uma das principais doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti representa um desafio histórico e persistente no Brasil Desde os primeiros casos registrados no país em 1981 em Boa Vista RR essa enfermidade tem se consolidado como uma grave questão de saúde pública gerando impactos sociais econômicos e sanitários significativos Em um contexto de crescente urbanização e desigualdade social o combate à dengue demanda estratégias multifacetadas que envolvam tanto a ação do Estado quanto a participação ativa da sociedade civil Este ensaio visa discutir caminhos para mitigar a proliferação da dengue no Brasil abordando a problemática de forma crítica e propondo soluções eficazes para o enfrentamento dessa questão Em um primeiro momento é fundamental considerar o contexto histórico da dengue no Brasil O país se destaca como um dos mais afetados por essa doença na América Latina com surtos recorrentes ao longo das últimas décadas A urbanização acelerada e desordenada acompanhada da precariedade no saneamento básico criou ambientes propícios para a proliferação do Aedes aegypti Esse cenário reflete não apenas falhas estruturais mas também a falta de planejamento urbano adequado que agravou a situação em diversas regiões principalmente nas áreas periféricas Nesse sentido é necessário incluir no debate a reflexão sociocultural sobre o individualismo predominante na sociedade contemporânea que muitas vezes sobrepõese ao bemestar coletivo Pequenas atitudes como tampar depósitos de água limpa e evitar o acúmulo de água parada poderiam reduzir significativamente a reprodução do mosquito No entanto a falta de engajamento e a prevalência de comportamentos individualistas fomentados por uma lógica capitalista que valoriza o interesse próprio em detrimento do bem comum dificultam a mobilização social para a prevenção da dengue Como apontado pelo sociólogo Zygmunt Bauman vivemos em uma modernidade líquida onde as responsabilidades são frequentemente diluídas e transferidas enfraquecendo o senso de coletividade necessário para combater a epidemia Outro aspecto crucial a ser considerado é o papel do Estado e a percepção equivocada de que ele deve ser o único responsável pelo combate ao mosquito Essa visão embora em parte verdadeira ignora o papel complementar que a sociedade deve desempenhar nesse processo A Constituição Federal de 1988 destaca que a saúde é direito de todos e dever do Estado mas também estabelece que a participação popular é essencial para a efetividade das políticas públicas Portanto transferir toda a responsabilidade ao governo é um equívoco que perpetua a inércia social e dificulta a erradicação do Aedes aegypti Ademais é imprescindível trazer para o debate a importância de campanhas de conscientização que sejam eficazes e abrangentes O uso da mídia como ferramenta de educação e mobilização social é uma estratégia poderosa para combater a dengue A criação de campanhas que não apenas informem mas que também mobilizem a população a adotar práticas preventivas é essencial Essas campanhas devem ser contínuas e adaptadas às realidades locais utilizando a comunicação de massa para alcançar diferentes públicos de maneira eficiente Exemplos de sucesso podem ser observados em programas de saúde pública em países como Cuba onde a educação e a mobilização social desempenham papéis centrais na prevenção de epidemias Dados estatísticos recentes demonstram a gravidade da situação no Brasil Em 2023 foram registrados mais de 15 milhão de casos prováveis de dengue com um aumento significativo em relação ao ano anterior Esses números revelam a necessidade urgente de ações coordenadas e sustentáveis para reduzir a incidência da doença A vacinação contra a dengue disponível em algumas regiões do país é uma medida que deve ser amplamente promovida e acessível a toda a população como parte de uma estratégia integrada de controle da doença Além das medidas imediatas de prevenção é crucial que o governo invista em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para o combate ao mosquito A biotecnologia por exemplo oferece soluções promissoras como a liberação de mosquitos geneticamente modificados para reduzir a população de Aedes aegypti Esses avanços científicos se devidamente aplicados e monitorados podem representar um marco na luta contra a dengue Por outro lado a melhoria do saneamento básico é uma medida estruturante que pode contribuir significativamente para a redução dos focos de proliferação do mosquito Investimentos em infraestrutura como a ampliação da rede de esgoto e o tratamento adequado da água são essenciais para criar um ambiente menos propício ao desenvolvimento do Aedes aegypti Essas ações além de prevenir a dengue trarão benefícios amplos para a saúde pública e a qualidade de vida da população A educação também desempenha um papel vital nesse combate A inserção de conteúdos sobre prevenção de doenças transmissíveis no currículo escolar pode formar gerações mais conscientes e engajadas na luta contra a dengue A escola como espaço de formação cidadã tem a capacidade de influenciar comportamentos e promover uma cultura de prevenção que se estenda para além dos muros escolares Por fim a colaboração internacional é outro caminho a ser explorado A dengue é uma doença que transcende fronteiras e portanto requer uma abordagem global Parcerias com organizações internacionais como a Organização Mundial da Saúde OMS e a troca de conhecimentos e tecnologias entre países podem fortalecer as estratégias de combate à dengue no Brasil A cooperação internacional pode acelerar a implementação de soluções inovadoras e eficazes para enfrentar essa ameaça à saúde pública Em última análise o combate à dengue no Brasil ganha direito à cidanania no debate sobre saúde pública quando exige uma abordagem integrada que envolva Estado sociedade civil e comunidade internacional A superação desse desafio passa pela adoção de medidas preventivas investimentos em infraestrutura e tecnologia campanhas de conscientização e uma mobilização social efetiva Somente com a união de esforços será possível reduzir a incidência da dengue e construir um futuro mais saudável para todos os brasileiros