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Como exemplo dessa nova forma de comunicação audiovisual, atrelada ao neotelevisão, existe um programa chamado Big Brother, produzido pela Endemol em diversas partes do mundo. No Brasil, ele foi exibido pela Rede Globo de Televisão que, ao lançar o programa, chamou atenção para a interatividade, uma das principais "ofertas" deste formato de comunicação: Através de uma transmissão online disponível no portal globo. com, o internauta pode assistir ao vivo, durante vinte e quatro horas por dia, tudo o que acontece na casa, e interagir durante a transmissão. A interatividade, evidenciada fortemente pelas novas mídias (internet e seus produtos audiovisuais), tem sido estudada também como característica assimilada pela neotelevisão, tendo em vista o potencial de feedback dessa forma de emissão. Se, nas mídias tradicionais (televisão analógica convencional), um dos maiores entraves a interação do espectador com o programa era a ação de ligar/desligar o aparelho, ou seja, um feedback mais bruto e simples, nas novas mídias o espectador tem a possibilidade de realizar ações consideradas mais "ativas", como: postar opiniões, participar de enquetes, interagir com os apresentadores dos programas e fornecer informações imediatas (feedback) sobre aquilo que está assistindo. Trata-se do uso de um conceito que, nas palavras de Santaella apud Finquelievich (1999, p. 80): denomina o feedback como o diálogo do emissor com o receptor. Na neotelevisão, essa abertura de feedback consiste numa redefinição do conceito de audiência ativa, uma vez que o espectador não é mais um receptor passivo, mas participa mais ativamente do processo de comunicação. São exemplos de feedback, entre outros: o telefone 0300, que oferecia ao espectador a oportunidade de interagir com o programa através de ligações pagas, e os chats online – um espaço eletrônico situado nos portais de transmissão, e que permite a comunicação entre internautas concomitantemente ao programa transmitido. Essa nova realidade de comunicação é estudada sob a perspectiva de uma nova abordagem da Semiologia, mais precisamente, uma abordagem denominada Análise do Discurso da Mídia (ADM).
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