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Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nLei nº 10.328/2001\n\nPor meio do Projeto de Lei nº 2.758/1997, a Lei nº 10.328/2001 alterou a redação anterior da LDB, apenas fazendo incluir o termo obrigatório no texto original de 1996.\n\nIsso diminuiu a possibilidade de qualquer interpretação de que a Educação Física poderia não ser um componente curricular obrigatório da Educação Básica. Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nLei de diretrizes e bases (LDB): lei nº 9.394/1996\n\nEm que pese a imperatividade da expressão \"é componente curricular obrigatório\", é necessário não deixar margem para diferentes interpretações.\n\nÉ comum ouvirmos que, apesar dessa obrigatoriedade, não fica estabelecido em lei que esse componente deve ser ministrado por um professor de Educação Física. De fato, a lei não explica, em nenhum caso, a formação específica do profissional responsável pela disciplina.\n\nApós muitos debates e esclarecimentos acerca de pontos polêmicos do artigo 26, parágrafo 3º, da Lei nº 9.394/1996, principalmente quanto à hipótese de o profissional de disciplina ou da participação do aluno ser facultativo(a) no ensino noturno, o Congresso Nacional aprovou um novo documento legal para a Educação Física no Brasil. Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nDecreto-Lei nº 10.793/2003\n\nO Decreto-Lei nº 10.793/2003 isenta da prática da Educação Física vários alunos julgados ora como incapazes, ora como privilegiados.\n\nEntre os estudantes dispensados, estão:\n\nOs trabalhadores com jornada superior a seis horas;\nAs mulheres com prole;\nOs maiores de 30 anos;\nOs pertencentes ao serviço militar;\nOs portadores de deficiência;\n\nEsse decreto pressupõe um padrão que exclui justamente a diversidade de trajetórias de vida dos alunos que frequentam a escola. Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nPrática educativa\n\nCompreender a Educação Física e o processo educacional em sua totalidade significa que é preciso construir uma disciplina para todos os alunos.\n\nA viabilidade desse novo olhar exige novas reflexões, novos conhecimentos, criticidade, disponibilidade e dinamismo.\n\nA trilha percorrida para chegar à atual LDB se reflete nas ações do presente. Mas não basta somente conhecer a lei.\n\nÉ necessário propiciar discussões democráticas sobre os entendimentos educacionais que nos e enfrentam os desafios, a atender a todos os segmentos da sociedade e a contribuir com o universo escolar.\n\nTrata-se de um alerta para que nos mobilizemos e realizemos o que, de fato, acreditamos ser a educação. Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nMudança de paradigma\n\nAo longo da história política do Brasil, muitas leis, inúmeros decretos e outros dispositivos legais trataram da Educação Física escolar, mas nenhum deles ainda demonstrou preocupação com a educação integral dos alunos.\n\nA disciplina foi utilizada somente como mero instrumento para atender os interesses dos governantes e das elites de cada época.\n\nPrecisamos discutir sobre uma nova legislação para a matéria, que atenda nosso País multicultural, dando autonomia aos sistemas de ensino, bem como atendendo ao contexto e às características culturais e sociais de cada região.\n\nAlém disso, é fundamental garantir a inclusão. Para isso, é necessário enfatizar a necessidade de diversificação das aulas sem o paradigma da aptidão física, considerando os conteúdos em seus aspectos procedimentais, conceituais e attitudinais. Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nAbordagens pedagógicas\n\nNo início dos anos 1980, em oposição à prática tecnicista, esportiva e biologicista da década anterior, surgiram múltiplas ações e dimensões voltadas para o ser humano por meio de abordagens com várias psicológicas, sociológicas e filosóficas na reflexão para sua área de conhecimento.\n\nA Educação Física passou, então, a realizar importantes mudanças em sua estrutura: reformulação curricular, conteúdos desenvolvidos para a escola, reflexões críticas acerca da falta de ideologia na área etc.\n\nAtualmente, coexiste na área várias abordagens. São algumas delas:\n\n• Psicomotricidade;\n• Construtivista-interacionista;\n• Desenvolvimentista.\n• Vamos entender-as melhor a seguir. Psicomotricidade\nO educador físico, médico e psicólogo francês Jean Le Boulch (1924-2001) preconizava a educação psicomotora por meio de movimentos espontâneos, com o intuito de favorecer a imagem do corpo - considerado o núcleo central da personalidade.\n\nEsta foi a primeira corrente pedagógica que surgiu em oposição aos modelos anteriores. Inicialmente, a psicomotricidade foi divulgada em programas de escolas especiais para alunos portadores de deficiência física e mental.\n\nNessa vertente, o envolvimento da Educação Física é com:\n• O desenvolvimento da criança;\n• O ato de aprender;\n• Os processos cognitivos, afetivos e psicomotores;\n• A formação integral do aluno. Psicomotricidade\nCaracterísticas\n• Formação de base indispensável a toda criança;\n• Garantia de desenvolvimento funcional – possibilidades de progresso de afetividade, de expansão e de equilíbrio da criança por meio do intercâmbio com o ambiente humano;\n• Valorização do processo de aprendizagem – e não mais execução de um gesto técnico isolado;\n• Professor – responsabilidades escolares e pedagógicas; Psicomotricidade\nCaracterísticas\n• Desenvolvimento de noções como:\n • Corpo;\n • Tonicidade;\n • Equilíbrio;\n • Estrutura espaço-temporal;\n • Lateralidade;\n • Coordenação motora global;\n • Coordenação fina.\n• Conjunto de meios para a reabilitação, readaptação e integração. Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nAbordagens pedagógicas\n\nPsicomotricidade\n\nEsta abordagem defende uma ação educativa que deve ocorrer a partir dos movimentos espontâneos da criança e das atitudes corporais.\n\nAtualmente, ainda é muito utilizada em uma proposta integrada da Educação Física com a educação infantil. Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nAbordagens pedagógicas\n\nConstrutivista-interacionista\n\nO professor João Batista Freire pode ser considerado o responsável pela introdução desta abordagem na Educação Física escolar.\n\nSeu livro Educação de corpo inteiro (FREIRE, 1991) é uma obra de referência no contexto construtivista. Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nAbordagens pedagógicas\n\nConstrutivista-interacionista\n\nFreire (1991) enfatiza como fundamental que todas as situações de ensino sejam interessantes para a criança. Afinal:\n\n“[...] corpo e mente devem ser entendidos como componentes que integram um único organismo. Ambos devem ter assento na escola, não um (a mente) para aprender e outro (o corpo) para transportar, mas ambos para se emancipar”.\n\nO autor afirma, também, que a criança é uma especialista no jogo, no brincar e no brincar. Além disso, ela possui um conhecimento prévio que deve ser respeitado.\n\nPara o educador, o erro é um processo de aprendizagem. Constructivista-interacionista\nCaracterísticas\n- Influências da área da Psicologia (com Jean Piaget, Le Boulch e Vygotsky) bem como da psicomotricidade – valorização de aspectos psicológicos, afetivos e cognitivos no desenvolvimento do movimento humano;\n\n- Construção do conhecimento a partir da interação do sujeito com o mundo;\n\nAquisição do conhecimento:\n- Processo construído pelo indivíduo durante toda a sua vida;\n- Ação envolvida com esquemas de assimilação e acomodação para a constante reorganização. Constructivista-interacionista\nCaracterísticas\n- Possibilidades educativas de atividade lúdica como construção do conhecimento;\n- Participação dos professores na solução dos problemas dos alunos;\n- logo – privilégio como um instrumento pedagógico (principal modo/meio de ensino);\n- Respeito às experiências vivenciadas pelos alunos e às diferenças individuais;\n- Resgate da cultura de brincadeiras propostas pelos alunos.\n\nEnquanto brinca, a criança aprende. Esse momento deve ocorrer em um ambiente lúdico e prazeroso. Desenvolvimentista\nCaracterísticas\n- Desenvolvimento das habilidades motoras básicas (locomotoras, manipulativas e estabilizadoras) – pela interação entre o aumento da diversificação e a complexidade dos movimentos;\n- Progressão normal do crescimento físico, do desenvolvimento motor e da aprendizagem motora em relação à faixa etária – crianças de 4 até 14 anos;\n- Privilégio à aprendizagem do movimento (principal meio e fim da Educação Física);\n- Experiências de movimento – adequadas ao estágio de crescimento e desenvolvimento da criança; Desenvolvimentista\n\nCaracterísticas\n\nResponsabilidade do professor – observação do aluno para:\n• Determinação da fase de aprendizagem;\n• Identificação dos erros – fundamental para aquisição de habilidades;\n• Oferecimento de informações relevantes – com vistas à superação dessas falhas.\n• Avaliação – realizada por meio do desempenho motor;\n• Pouca importância à influência do contexto sócio-cultural sobre a aquisição de habilidades motoras;\n• Mais biologicista – conceito de saúde indireto. Estácio\n\nABORDAGENS E MÉTODOS DE ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA\nTendências pedagógicas da educação física escolar Estácio\n\nAbordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nAbordagens críticas\n\nAs abordagens críticas – também denominadas progressivas – exigem do professor de Educação Física uma visão mais política da realidade.\n\nEssas abordagens combatem a alienação dos alunos e defendem uma postura de superação das injustiças sociais, econômicas e políticas.\n\nDe acordo com Darido (2001), são elas:\n• Abordagem crítico-superadora;\n• Abordagem crítico-emancipatória. Abordagem crítico-superadora\n\nAvaliação:\n• Crítica ao estímulo à discriminação dos interesses da classe trabalhadora;\n• Atendimento apenas às normas legais;\n• Seleção de alunos para apresentações e competições.\n• Falta de propostas práticas;\n\nObjetivos da Educação física:\n• Níveis abstratos;\n• Atividade motora em terceiro plano.\n\nInterpretação do ser humano - não em sua individualidade e subjetividade, e sim por classes (classe dominante X classe trabalhadora);\nDiscurso superado. Abordagem crítico-emancipatória\n\n• Ensino em direção à emancipação possibilitada pelo uso da linguagem; importante papel na ação comunicativa;\n• Proposta: aumento dos graus de liberdade do raciocínio crítico e autônomo dos alunos;\n• Ensino dos esportes para a Educação Física escolar;\n\n• Ampla reflexão sobre as seguintes possibilidades:\n• Ensino dos esportes por sua transformação didático-pedagógica;\n• Transformação do ensino escolar em uma educação de crianças e de jovens para a competência crítica e emancipada. Abordagem crítico-emancipatória\n\n• Emancipação = processo contínuo de libertação do aluno das condições limitantes de suas capacidades racionais críticas e, até mesmo, de sua ação no contexto sociocultural e esportivo;\n\n• Conceito crítico:\n• Capacidade de questionamento e de análise fundamentada das condições e da complexidade de diferentes realidades;\n• Constante autoavaliação do envolvimento objetivo e subjetivo no plano individual e situacional.\n\nProfessor:\n• Confronto do aluno com a realidade de ensino;\n• Processo de questionamento e libertação de condições coercitivas impostas pelo sistema social. Abordagem crítico-emancipatória\n• Contextualização dos temas compreendidos pela cultura corporal:\n • Jogo;\n • Esporte;\n • Ginástica;\n • Dança;\n • Capoeira.\nDe acordo com Kunz (1996), é necessária:\n\"Uma educação mais emancipadora, voltada para a formação da cidadania do jovem, do que [uma] mera instrumentalização técnica para o trabalho.\" Conclusão\nAs abordagens críticas estão atreladas às transformações sociais, econômicas e políticas, tendo em vista a superação das desigualdades sociais.\nEssas abordagens buscam possibilitar a compreensão, por parte do aluno, de que a produção cultural da humanidade expressa determinada fase e mudanças ao longo do tempo. Construtivismo\n• Aprendizagem e desenvolvimento emocional.\n• É uma das linhas pedagógicas mais difundidas no Brasil.\n• Desenvolvido pelo psicólogo e epistemólogo suíço Jean Piaget: início da década de 1920. Construtivismo\n\n- Contexto: há uma construção do conhecimento e que, para que isso aconteça, a educação deve criar métodos que estimulem essa construção.\n\n- O processo de aprendizagem: refuta a ideia do professor mediador e dos alunos como aprendizes.\n\n- O construtivismo dá importância a todos os indivíduos com informações e conhecimentos que precisam ser levados em consideração no contexto escolar. Construtivismo\n\n- Princípios do Construtivismo:\n\n- Aluno: o centro e o protagonista do processo de aprendizagem;\n\n- Respeito ao nível de amadurecimento de cada estudante;\n\n- o ensino é visto como processo dinâmico, em que o aluno interage, e não estático, como acontece com frequência em métodos pedagógicos tradicionais;\n\n- o aprendido é construído gradualmente, e cada novo conhecimento é aprendido a partir de conceitos anteriores. Construtivismo\n\n- É importante que o construtivismo seja aplicado por todos os professores da unidade escolar.\n\n- Formação continuada: garantia que essa maneira de trabalhar a construção do conhecimento seja praticada em todas as turmas.\n\n- A escola que optar por essa linha pedagógica precisa sistematizar o aprendizado de maneira que o aluno realmente entre em uma jornada intelectual de construção do conhecimento.\n\n- Na prática: para que a instituição adote o construtivismo, o estudante precisa ter um tutor que deve ser o professor. Esse profissional precisa conhecer a proposta, bem como, conhecer e respeitar os limites do progresso individual de cada aluno. Construtivismo\n\nFunção do Professor pela visão construtivista:\n\n- No construtivismo, o professor não é apenas um transmissor unilateral de conhecimento.\n- Função: facilitador, um mediador e um orientador durante a aprendizagem, que é construída pelo aluno.\n- O professor estimula, de acordo com a especificidade de cada aluno, para que ele seja o protagonista do seu conhecimento, aprendendo a aprender.\n- Contextualizar o aluno em diferentes circunstâncias que promovem o conhecimento, que podem ser teóricas ou práticas.\n- Quando está diante dessas situações, o estudante precisa encontrar soluções para construir o conhecimento. Construtivismo\n\n- Na abordagem construtivista, o professor também é responsável por incentivar os alunos a buscarem novos conceitos, novas maneiras de conhecer e de compreender o mundo ao seu redor e o que é apresentado em sala de aula.\n\n- Construtivismo na educação: forma de colocar o foco principal do ensino para uma aprendizagem interativa, que relaciona a interação do indivíduo com o meio.\n\n- Os estudantes sentem-se estimulados a aprender porque conseguem perceber conexões entre os conteúdos abordados em sala de aula e a vivência do dia a dia. EDUCAÇÃO\n\nA Educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo\n\nNelson Mandela Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nLei de diretrizes e bases (LDB): lei nº 9.394/1996\n\nA legitimitação da Educação Física na escola depende diretamente de sua relação com a comunidade escolar, bem como da preocupação de professores e técnicos educacionais com suas particularidades.\n\nAlém disso, seus enfrentamentos nas respectivas comunidades deveria ser levado em consideração.\n\nNa redação antiga do artigo 26 da lei nº 9.394/1996, constava:\n\n\"§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos.\"
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Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nLei nº 10.328/2001\n\nPor meio do Projeto de Lei nº 2.758/1997, a Lei nº 10.328/2001 alterou a redação anterior da LDB, apenas fazendo incluir o termo obrigatório no texto original de 1996.\n\nIsso diminuiu a possibilidade de qualquer interpretação de que a Educação Física poderia não ser um componente curricular obrigatório da Educação Básica. Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nLei de diretrizes e bases (LDB): lei nº 9.394/1996\n\nEm que pese a imperatividade da expressão \"é componente curricular obrigatório\", é necessário não deixar margem para diferentes interpretações.\n\nÉ comum ouvirmos que, apesar dessa obrigatoriedade, não fica estabelecido em lei que esse componente deve ser ministrado por um professor de Educação Física. De fato, a lei não explica, em nenhum caso, a formação específica do profissional responsável pela disciplina.\n\nApós muitos debates e esclarecimentos acerca de pontos polêmicos do artigo 26, parágrafo 3º, da Lei nº 9.394/1996, principalmente quanto à hipótese de o profissional de disciplina ou da participação do aluno ser facultativo(a) no ensino noturno, o Congresso Nacional aprovou um novo documento legal para a Educação Física no Brasil. Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nDecreto-Lei nº 10.793/2003\n\nO Decreto-Lei nº 10.793/2003 isenta da prática da Educação Física vários alunos julgados ora como incapazes, ora como privilegiados.\n\nEntre os estudantes dispensados, estão:\n\nOs trabalhadores com jornada superior a seis horas;\nAs mulheres com prole;\nOs maiores de 30 anos;\nOs pertencentes ao serviço militar;\nOs portadores de deficiência;\n\nEsse decreto pressupõe um padrão que exclui justamente a diversidade de trajetórias de vida dos alunos que frequentam a escola. Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nPrática educativa\n\nCompreender a Educação Física e o processo educacional em sua totalidade significa que é preciso construir uma disciplina para todos os alunos.\n\nA viabilidade desse novo olhar exige novas reflexões, novos conhecimentos, criticidade, disponibilidade e dinamismo.\n\nA trilha percorrida para chegar à atual LDB se reflete nas ações do presente. Mas não basta somente conhecer a lei.\n\nÉ necessário propiciar discussões democráticas sobre os entendimentos educacionais que nos e enfrentam os desafios, a atender a todos os segmentos da sociedade e a contribuir com o universo escolar.\n\nTrata-se de um alerta para que nos mobilizemos e realizemos o que, de fato, acreditamos ser a educação. Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nMudança de paradigma\n\nAo longo da história política do Brasil, muitas leis, inúmeros decretos e outros dispositivos legais trataram da Educação Física escolar, mas nenhum deles ainda demonstrou preocupação com a educação integral dos alunos.\n\nA disciplina foi utilizada somente como mero instrumento para atender os interesses dos governantes e das elites de cada época.\n\nPrecisamos discutir sobre uma nova legislação para a matéria, que atenda nosso País multicultural, dando autonomia aos sistemas de ensino, bem como atendendo ao contexto e às características culturais e sociais de cada região.\n\nAlém disso, é fundamental garantir a inclusão. Para isso, é necessário enfatizar a necessidade de diversificação das aulas sem o paradigma da aptidão física, considerando os conteúdos em seus aspectos procedimentais, conceituais e attitudinais. Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nAbordagens pedagógicas\n\nNo início dos anos 1980, em oposição à prática tecnicista, esportiva e biologicista da década anterior, surgiram múltiplas ações e dimensões voltadas para o ser humano por meio de abordagens com várias psicológicas, sociológicas e filosóficas na reflexão para sua área de conhecimento.\n\nA Educação Física passou, então, a realizar importantes mudanças em sua estrutura: reformulação curricular, conteúdos desenvolvidos para a escola, reflexões críticas acerca da falta de ideologia na área etc.\n\nAtualmente, coexiste na área várias abordagens. São algumas delas:\n\n• Psicomotricidade;\n• Construtivista-interacionista;\n• Desenvolvimentista.\n• Vamos entender-as melhor a seguir. Psicomotricidade\nO educador físico, médico e psicólogo francês Jean Le Boulch (1924-2001) preconizava a educação psicomotora por meio de movimentos espontâneos, com o intuito de favorecer a imagem do corpo - considerado o núcleo central da personalidade.\n\nEsta foi a primeira corrente pedagógica que surgiu em oposição aos modelos anteriores. Inicialmente, a psicomotricidade foi divulgada em programas de escolas especiais para alunos portadores de deficiência física e mental.\n\nNessa vertente, o envolvimento da Educação Física é com:\n• O desenvolvimento da criança;\n• O ato de aprender;\n• Os processos cognitivos, afetivos e psicomotores;\n• A formação integral do aluno. Psicomotricidade\nCaracterísticas\n• Formação de base indispensável a toda criança;\n• Garantia de desenvolvimento funcional – possibilidades de progresso de afetividade, de expansão e de equilíbrio da criança por meio do intercâmbio com o ambiente humano;\n• Valorização do processo de aprendizagem – e não mais execução de um gesto técnico isolado;\n• Professor – responsabilidades escolares e pedagógicas; Psicomotricidade\nCaracterísticas\n• Desenvolvimento de noções como:\n • Corpo;\n • Tonicidade;\n • Equilíbrio;\n • Estrutura espaço-temporal;\n • Lateralidade;\n • Coordenação motora global;\n • Coordenação fina.\n• Conjunto de meios para a reabilitação, readaptação e integração. Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nAbordagens pedagógicas\n\nPsicomotricidade\n\nEsta abordagem defende uma ação educativa que deve ocorrer a partir dos movimentos espontâneos da criança e das atitudes corporais.\n\nAtualmente, ainda é muito utilizada em uma proposta integrada da Educação Física com a educação infantil. Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nAbordagens pedagógicas\n\nConstrutivista-interacionista\n\nO professor João Batista Freire pode ser considerado o responsável pela introdução desta abordagem na Educação Física escolar.\n\nSeu livro Educação de corpo inteiro (FREIRE, 1991) é uma obra de referência no contexto construtivista. Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nAbordagens pedagógicas\n\nConstrutivista-interacionista\n\nFreire (1991) enfatiza como fundamental que todas as situações de ensino sejam interessantes para a criança. Afinal:\n\n“[...] corpo e mente devem ser entendidos como componentes que integram um único organismo. Ambos devem ter assento na escola, não um (a mente) para aprender e outro (o corpo) para transportar, mas ambos para se emancipar”.\n\nO autor afirma, também, que a criança é uma especialista no jogo, no brincar e no brincar. Além disso, ela possui um conhecimento prévio que deve ser respeitado.\n\nPara o educador, o erro é um processo de aprendizagem. Constructivista-interacionista\nCaracterísticas\n- Influências da área da Psicologia (com Jean Piaget, Le Boulch e Vygotsky) bem como da psicomotricidade – valorização de aspectos psicológicos, afetivos e cognitivos no desenvolvimento do movimento humano;\n\n- Construção do conhecimento a partir da interação do sujeito com o mundo;\n\nAquisição do conhecimento:\n- Processo construído pelo indivíduo durante toda a sua vida;\n- Ação envolvida com esquemas de assimilação e acomodação para a constante reorganização. Constructivista-interacionista\nCaracterísticas\n- Possibilidades educativas de atividade lúdica como construção do conhecimento;\n- Participação dos professores na solução dos problemas dos alunos;\n- logo – privilégio como um instrumento pedagógico (principal modo/meio de ensino);\n- Respeito às experiências vivenciadas pelos alunos e às diferenças individuais;\n- Resgate da cultura de brincadeiras propostas pelos alunos.\n\nEnquanto brinca, a criança aprende. Esse momento deve ocorrer em um ambiente lúdico e prazeroso. Desenvolvimentista\nCaracterísticas\n- Desenvolvimento das habilidades motoras básicas (locomotoras, manipulativas e estabilizadoras) – pela interação entre o aumento da diversificação e a complexidade dos movimentos;\n- Progressão normal do crescimento físico, do desenvolvimento motor e da aprendizagem motora em relação à faixa etária – crianças de 4 até 14 anos;\n- Privilégio à aprendizagem do movimento (principal meio e fim da Educação Física);\n- Experiências de movimento – adequadas ao estágio de crescimento e desenvolvimento da criança; Desenvolvimentista\n\nCaracterísticas\n\nResponsabilidade do professor – observação do aluno para:\n• Determinação da fase de aprendizagem;\n• Identificação dos erros – fundamental para aquisição de habilidades;\n• Oferecimento de informações relevantes – com vistas à superação dessas falhas.\n• Avaliação – realizada por meio do desempenho motor;\n• Pouca importância à influência do contexto sócio-cultural sobre a aquisição de habilidades motoras;\n• Mais biologicista – conceito de saúde indireto. Estácio\n\nABORDAGENS E MÉTODOS DE ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA\nTendências pedagógicas da educação física escolar Estácio\n\nAbordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nAbordagens críticas\n\nAs abordagens críticas – também denominadas progressivas – exigem do professor de Educação Física uma visão mais política da realidade.\n\nEssas abordagens combatem a alienação dos alunos e defendem uma postura de superação das injustiças sociais, econômicas e políticas.\n\nDe acordo com Darido (2001), são elas:\n• Abordagem crítico-superadora;\n• Abordagem crítico-emancipatória. Abordagem crítico-superadora\n\nAvaliação:\n• Crítica ao estímulo à discriminação dos interesses da classe trabalhadora;\n• Atendimento apenas às normas legais;\n• Seleção de alunos para apresentações e competições.\n• Falta de propostas práticas;\n\nObjetivos da Educação física:\n• Níveis abstratos;\n• Atividade motora em terceiro plano.\n\nInterpretação do ser humano - não em sua individualidade e subjetividade, e sim por classes (classe dominante X classe trabalhadora);\nDiscurso superado. Abordagem crítico-emancipatória\n\n• Ensino em direção à emancipação possibilitada pelo uso da linguagem; importante papel na ação comunicativa;\n• Proposta: aumento dos graus de liberdade do raciocínio crítico e autônomo dos alunos;\n• Ensino dos esportes para a Educação Física escolar;\n\n• Ampla reflexão sobre as seguintes possibilidades:\n• Ensino dos esportes por sua transformação didático-pedagógica;\n• Transformação do ensino escolar em uma educação de crianças e de jovens para a competência crítica e emancipada. Abordagem crítico-emancipatória\n\n• Emancipação = processo contínuo de libertação do aluno das condições limitantes de suas capacidades racionais críticas e, até mesmo, de sua ação no contexto sociocultural e esportivo;\n\n• Conceito crítico:\n• Capacidade de questionamento e de análise fundamentada das condições e da complexidade de diferentes realidades;\n• Constante autoavaliação do envolvimento objetivo e subjetivo no plano individual e situacional.\n\nProfessor:\n• Confronto do aluno com a realidade de ensino;\n• Processo de questionamento e libertação de condições coercitivas impostas pelo sistema social. Abordagem crítico-emancipatória\n• Contextualização dos temas compreendidos pela cultura corporal:\n • Jogo;\n • Esporte;\n • Ginástica;\n • Dança;\n • Capoeira.\nDe acordo com Kunz (1996), é necessária:\n\"Uma educação mais emancipadora, voltada para a formação da cidadania do jovem, do que [uma] mera instrumentalização técnica para o trabalho.\" Conclusão\nAs abordagens críticas estão atreladas às transformações sociais, econômicas e políticas, tendo em vista a superação das desigualdades sociais.\nEssas abordagens buscam possibilitar a compreensão, por parte do aluno, de que a produção cultural da humanidade expressa determinada fase e mudanças ao longo do tempo. Construtivismo\n• Aprendizagem e desenvolvimento emocional.\n• É uma das linhas pedagógicas mais difundidas no Brasil.\n• Desenvolvido pelo psicólogo e epistemólogo suíço Jean Piaget: início da década de 1920. Construtivismo\n\n- Contexto: há uma construção do conhecimento e que, para que isso aconteça, a educação deve criar métodos que estimulem essa construção.\n\n- O processo de aprendizagem: refuta a ideia do professor mediador e dos alunos como aprendizes.\n\n- O construtivismo dá importância a todos os indivíduos com informações e conhecimentos que precisam ser levados em consideração no contexto escolar. Construtivismo\n\n- Princípios do Construtivismo:\n\n- Aluno: o centro e o protagonista do processo de aprendizagem;\n\n- Respeito ao nível de amadurecimento de cada estudante;\n\n- o ensino é visto como processo dinâmico, em que o aluno interage, e não estático, como acontece com frequência em métodos pedagógicos tradicionais;\n\n- o aprendido é construído gradualmente, e cada novo conhecimento é aprendido a partir de conceitos anteriores. Construtivismo\n\n- É importante que o construtivismo seja aplicado por todos os professores da unidade escolar.\n\n- Formação continuada: garantia que essa maneira de trabalhar a construção do conhecimento seja praticada em todas as turmas.\n\n- A escola que optar por essa linha pedagógica precisa sistematizar o aprendizado de maneira que o aluno realmente entre em uma jornada intelectual de construção do conhecimento.\n\n- Na prática: para que a instituição adote o construtivismo, o estudante precisa ter um tutor que deve ser o professor. Esse profissional precisa conhecer a proposta, bem como, conhecer e respeitar os limites do progresso individual de cada aluno. Construtivismo\n\nFunção do Professor pela visão construtivista:\n\n- No construtivismo, o professor não é apenas um transmissor unilateral de conhecimento.\n- Função: facilitador, um mediador e um orientador durante a aprendizagem, que é construída pelo aluno.\n- O professor estimula, de acordo com a especificidade de cada aluno, para que ele seja o protagonista do seu conhecimento, aprendendo a aprender.\n- Contextualizar o aluno em diferentes circunstâncias que promovem o conhecimento, que podem ser teóricas ou práticas.\n- Quando está diante dessas situações, o estudante precisa encontrar soluções para construir o conhecimento. Construtivismo\n\n- Na abordagem construtivista, o professor também é responsável por incentivar os alunos a buscarem novos conceitos, novas maneiras de conhecer e de compreender o mundo ao seu redor e o que é apresentado em sala de aula.\n\n- Construtivismo na educação: forma de colocar o foco principal do ensino para uma aprendizagem interativa, que relaciona a interação do indivíduo com o meio.\n\n- Os estudantes sentem-se estimulados a aprender porque conseguem perceber conexões entre os conteúdos abordados em sala de aula e a vivência do dia a dia. EDUCAÇÃO\n\nA Educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo\n\nNelson Mandela Abordagens e Métodos de Ensino na Educação Física\nLei de diretrizes e bases (LDB): lei nº 9.394/1996\n\nA legitimitação da Educação Física na escola depende diretamente de sua relação com a comunidade escolar, bem como da preocupação de professores e técnicos educacionais com suas particularidades.\n\nAlém disso, seus enfrentamentos nas respectivas comunidades deveria ser levado em consideração.\n\nNa redação antiga do artigo 26 da lei nº 9.394/1996, constava:\n\n\"§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos.\"