·

Medicina ·

Ortopedia

Send your question to AI and receive an answer instantly

Ask Question

Preview text

Fratura Exposta\nDefinição\n• São fraturas nos quais se forma uma abertura na pele, permitindo a contaminação do osso e dos tecidos\n• Lesão em que a fratura e seu hematoma se comunicam com o ambiente externo através de um defeito traumático nos tecidos moles circunjacentes e pele suprajacente\n• Indícios de fratura óssea: gotejos de gordura\nClassificação\n• Para que serve\n • Saber o que é mais grave\n • Facilita a comunicação\n • Facilita pesquisa\n • Preditor de resultado\n • Guia de tratamento\n• O que avalia\n • Grau de contaminação\n • Energia do trauma\n • Tamanho da exposição\n • Cobertura de tecidos nobres\n • Lesão vascular\n\n• Grau I\n • Tamanho: < 1 cm\n • Nível de contaminação: limpa\n • Lesão de tecidos moles: mínima\n • Lesão óssea: simples, mínima comunicação\n\n• Grau II\n • Tamanho: > 1 cm\n • Nível de contaminação: moderada\n • Lesão de tecidos moles: moderada, pode haver lesão muscular\n • Lesão óssea: moderada comunicação\n\n• Grau III A\n • Tamanho: > 10 cm\n • Nível de contaminação: alta\n • Lesão de tecidos moles: grave com esmagamento\n • Lesão óssea: normalmente comunicada, possível cobertura do osso com partes moles\n\n• Grau III B\n • Tamanho: > 10 cm\n • Nível de contaminação: alta\n\nCarolina Sales – 6º Semestre • Lesão de tecidos moles: perda muito grave da cobertura\n• Lesão óssea: pobre cobertura óssea, normalmente requer cirurgia reconstructiva de partes moles\n\n• Grau III C\n • Tamanho: > 10 cm\n • Nível de contaminação: alta\n • Lesão de tecidos moles: perda muito grave da cobertura e lesão vascular que exige reprogramação\n • Lesão óssea: pobre cobertura óssea, normalmente requer cirurgia reconstructiva de partes moles\n\nComplicações\n• Infecção\n • Óssea: osteomielite\n • Partes moles\n• Retardo de consolidação\n• Pseudoartrose\n• Perda funcional\n\nObjetivos na emergência\n• Garantir estabilidade\n• Limpar o ferimento e alinhar a fratura\n• Transformar uma fratura exposta em uma fratura fechada, minimizando as chances de infecção e osteomielite\n\nCondutas na sala de emergência\n• ATLS: exame físico completo do paciente\n• 30% tem alguma lesão associada\n• Localizar fratura no “C” caso seja fonte de choque hipovolêmico por hemorrágio ou no “E” ao avaliar e expor o paciente\n• Antibioticoterapia terapêutica\n • Profilaxia anti-tetânica\n • Antibióticos: cefalosporinas de 1ª geração: se alergia, clindamicina, gentamicina\n • Analgesia\n • Documentação com fotografias\n • Retirada de sujeira grossa, não passar soro\n • Se o sangramento não parar, fazer torniquete\n\nCarolina Sales – 6º Semestre • Radiografias\n• Curativo: abrir novamente apenas no centro cirúrgico\n• Alinhamento\n• Imobilização provisória\n• Indicar cirurgia de urgência preferencialmente em um período inferior a 6 horas;\n• Limpeza cirúrgica e desbridamento de lesões\n• Fixação da fratura\n• Alinhar a fratura para sangrar menos e estabilizar para manter alinhamento\n\nAcidente de moto\n• Comunicação com o pré-hospitalar\n • Mecanismo do trauma no local\n • Procedimentos realizados: acessos, medicações, reposição da volemia\n • Sinais vitais\n • Glasgow\n• Sala de emergência\n • Material de intubação: principalmente cânula de Guedel\n • Drenos\n\n• Carrinho de PCR\n • Cristóide aquecido a 38ºC: Ringer Lactato\n • Sondas: vesical, gástrica, aspiração\n • Acessos: jelco 14, 16 e 18\n • Oxigênio\n • Sala aquecida\n • Equipe: EPI (aventais, luvas, óculos de proteção, touca, máscara, face shield)\n\n• Atendimento\n • Apresentar-se ao paciente\n • A: avaliação da via aérea\n • B: avaliação da respiração e ventilação\n • C: avaliação da circulação\n • D: avaliação neurológica\n • E: exposição do paciente e controle do ambiente\n • A: avaliação da via aérea\n • Fazer pergunta ao paciente e ver se houve resposta positiva (fala clara, sem ruídos, congruente) ou negativa (não responsivo)\n • Trauma de face, orofaringe, pescoço\n • Sangramento (obstruindo)\n\nCarolina Sales – 6º Semestre Trauma - Página 51\n\n o Queimaduras\n o Fulgem na orofaringe\n o Avaliar se há lesão de coluna cervical → colar cervical\n o Frequência respiratória\n o Saturação de oxigênio\n o Ofertar oxigênio com máscara de oxigênio não reinante com reservatório\n o Retirar e/ou aspirar objetos e fluidos que estão obstruindo a via aérea\n B: avaliação da respiração e ventilação\n o Inspeção: expandibilidade (simétrica ou assimétrica), lesões no tórax\n o Percussão: som claro pulmonar, hipertimpanismo (pneumotórax), submaciço/macigo (hemotórax)\n o Palpação: crepitações (sugestivo de fratura), enfisema de subcutâneo (pode indicar lesão de via aérea)\n o Ausculta: murmúrios vesiculares presentes sem ruídos adventícios, abolido, diminuído\n o Paciente instável hemodinamicamente: turgência de jugular, desvio de mediastino, hipotensão, taquicardia, hipertonismo\n C: avaliação da circulação\n o Controle de hemorragia\n o Acesso venoso: jelco 14, 16 e 18 para periférico em membros superiores; caso não consiga, punção intra óssea; se não der, acesso central (jugular ou subclávia/flebótonia)\n o Reposição volêmica com cristaloide (Ringer Lactato) → para choque grau 1 e 2, começar com 500 mL e avaliar a resposta; para choque grau 3 e 4, dar 1L + hemocomponentes\n o Exame físico: sinais de tamponamento cardíaco\n D: avaliação neurológica\n o Escala de coma de Glasgow\n Carolina Sales - 6º Semestre Trauma - Página 52\n\n o Avaliar reflexos, função motora e sensitiva\n o Reação pupilar\n Carolina Sales - 6º Semestre