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Questão 5 Um corte em solo tem sua geometria representada na figura a seguir. Sondagens indicaram a existência de dois horizontes de características geotécnicas bem diferentes, suscitando dúvidas quanto à estabilidade da escavação. Ensaios de laboratório determinaram que os parâmetros de resistência ao cisalhamento na interface solo X e solo Y são: coesão de 5 kPa e ângulo de atrito interno (φ) tal que tg φ=0,5. (Considere: cos30° = 0,9 e sen30° = 0,5) NT (nível do terreno) Solo X Υ = 20 kN/m 3 m Solo Y Nessas condições, o coeficiente de segurança quanto ao deslizamento para a cunha de solo X sobre o solo Y é A. 1,00 B. 1,50 C. 1,65 D. 1,73 E. 2,00 1. Introdução teórica Mecânica dos solos. Estabilidade de maciços terrosos. Estado de tensões no subsolo. O coeficiente de segurança quanto ao deslizamento de um maciço de terra é definido pela relação entre a sua resistência ao cisalhamento e a tensão de cisalhamento atuante num determinado plano, conforme indicado a seguir. Questão 36 — Enade 2008. Coeficiente de Segurança = Resistência ao cisalhamento Tensão de cisalhamento atuante A resistência ao cisalhamento de um solo é a sua capacidade de suportar cargas sem se romper. A correta determinação do valor dessa resistência é um dos mais complexos problemas de engenharia (HAEFELI, apud CAPUTO, 1996). A maior parte dos materiais de construção, tais como o concreto, o aço, o vidro e o alumínio, apresenta comportamentos e resistência bastante conhecidos e calculáveis. Já os solos, por serem materiais heterogêneos, constituídos de partículas sólidas, líquidas e gases, em quantidades e proporções que variam continuamente, sobretudo em função das chuvas e das secas, a rigor, apenas apresentam tendências de comportamento e boas estimativas de resistência (figura 1). Fase gasosa Fase líquida Menisco de água (ligação eletretlica) Figura 1. A ligação entre as partículas sólidas rege o comportamento dos solos. As partículas líquidas e gasosas, geralmente água do lençol freático e ar, ocupam os espaços vazios existentes entre as partículas sólidas. Por isso, é importante lembrar que os resultados obtidos com ensaios, modelos e cálculos matemáticos são exatos apenas para aquelas condições de uma amostra ou de um ensaio de determinado solo. Do ponto de vista prático, porém, para a Engenharia de Solos é muito mais importante prever o comportamento do maciço terroso, em face das mudanças do estado de tensões provocadas por uma construção, do que os próprios resultados numéricos obtidos. Considerar corretamente o que pode ocorrer com uma camada de solo coesivo após uma escavação, por exemplo, é mais importante do que conhecer o valor exato da sua coesão, determinado em laboratório, com o ensaio de uma amostra em condições aproximadamente similares às de campo. A resistência de um solo ao cisalhamento depende basicamente da coesão e do atrito entre as suas partículas sólidas. A coesão do solo é, basicamente, a intensidade da ligação entre as suas partículas sólidas. De uma maneira simples, os solos coesivos são aqueles cujas partículas sólidas grudam mais fortemente umas nas outras. É o caso das argilas, cujas partículas são as de menor tamanho e com formato achatado (figura 2). Figura 2. A intensidade da ligação entre as partículas determina o comportamento do maciço terroso. Os solos arenosos, cujas partículas são maiores e com formato granular, têm baixíssima coesão. É necessário molhar muito a areia para que as suas partículas se prendam um pouco umas às outras. No caso das esculturas de praia, por exemplo, à medida que o calor do sol vai retirando a sua umidade, as partículas se desprendem e a escultura se desfaz. O atrito interno é a força do atrito entre as superfícies das partículas sólidas. As areias têm bastante atrito interno e quase nenhuma coesão. Já os siltes, que são constituídos de partículas intermediárias, têm um pouco de coesão e, também, atrito interno. Na natureza, os solos são encontrados quase sempre nas mais variadas combinações dessas três partículas básicas. Encontram-se no campo, por exemplo, siltes arenosos, argilas siltosas pouco arenosas, solos arenosos pouco argilosos e assim por diante. O nome principal, solo arenoso, solo argiloso ou solo siltoso, é atribuído em função do tipo de partículas predominantes. Os solos naturais, portanto, têm alguma coesão e algum atrito interno, cuja combinação gera a sua resistência ao cisalhamento. A resistência ao cisalhamento é definida como a tensão de cisalhamento atuante sobre o plano de ruptura, no instante da ruptura (CAPUTO, 1996). A tensão resistente ou a resistência ao cisalhamento de um solo é a máxima tensão a que o solo pode ser submetido sem se romper. O coeficiente de segurança é, então, definido pelo seguinte quociente: Coeficiente de Segurança = Tensão resistente Tensão atuante As tensões atuantes ou resistentes na interface dos solos X e Y são decorrência do peso da cunha de solo X. Para o cálculo da resistência ao cisalhamento T, de dado solo, estabelece-se a relação T, = C + S tgφ, na qual C é a coesão, S é a tensão normal atuante no plano de ruptura e φ é o ângulo de atrito interno do solo. A tensão atuante num plano genérico no interior de um maciço terroso pode ser decomposta, para efeito de análise, em dois componentes, um normal e outro paralelo ao plano considerado (PINTO, 2002), como representado na figura 3. Figura 3. Componentes das tensões em um plano genérico. O componente paralelo ao plano será o responsável pelo esforço cisalhante, enquanto que o componente perpendicular ao plano provocará o esforço resistente por atrito entre as superfícies dos solos X e Y. 22 Engenharia Civil – VOLUME ÚNICO – CQA/UNIP 2. Indicações bibliográficas • CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. • PINTO, C. S. Curso Básico de Mecânica dos Solos. Carlos de Sousa Pinto. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. 3. Análise da questão É necessário, em primeiro lugar, observar com bastante atenção o texto e a figura da questão. Quando se pensa em estabilidade de um talude, ou mais precisamente, em cálculo do coeficiente de segurança quanto ao deslizamento de um maciço terroso, frequentemente, a primeira coisa que vem à cabeça é o Método Sueco, ou de Fellenius, com a superfície de ruptura curva, mostrada na figura 4, por ser o método que conduz aos resultados mais confiáveis e, também, o mais consagrado. Figura 4. Representação da superfície de ruptura curva do maciço. Contudo, a questão não está pedindo o coeficiente de segurança quanto ao deslizamento do talude por ruptura na superfície curva. O texto cita a constatação, por meio de sondagens, de uma descontinuidade na constituição do maciço. O coeficiente de segurança pedido no problema é o da interface dos dois solos, geotecnicamente bastante distintos, cuja superfície é plana e definida, e não do talude do maciço, tratado como um todo homogêneo. Dessa forma, para analisar a estabilidade quanto ao deslizamento na referida interface, pode-se tomar uma faixa, ou lamela, do maciço em questão, com 1 m de largura, para analisar os esforços atuantes e resistentes, como ilustrado na figura 5. 23 Figura 5. Representação da superfície de contato entre os diferentes solos do maciço. A dimensão L indicada na figura 4 é calculada por 3 3 L = —— = —— = 6,00 m sen30° 0,5 A área da superfície de contato é As = 1 x L = 1 x 6 = 6,00 m². Na figura 6, está representado o corte lateral do maciço terroso. Figura 6. Corte lateral do maciço terroso. A área do triângulo da figura 5 que representa a lamela de solo X é b.h (5,4 - 3) 3 As = —— = —————— = 3,60 m² 2 2 O valor do peso P dessa lamela é dado pelo seu volume V multiplicado pelo peso específico γ do solo X: P = γ x V. Logo, P = γ x As x 1,00 (As é a área da seção da lamela de solo X). P = 20 x 3,6 x 1 = 72 kN. O esforço cisalhante é o componente da força peso paralelo à superfície de contato. O seu valor é P.sen30° = 72.0,5 = 36 kN. 24 Engenharia Civil – VOLUME ÚNICO – CQA/UNIP A tensão resistente ao cisalhamento é τr = c + σ tg(φ), sendo que σ é a tensão normal no plano de cisalhamento, ou seja, o componente normal da força peso dividido pela área da superfície de contato (As) entre os solos X e Y. Vejamos: P.cos 30 72.0.9 σ = = -------- = 10,8kN/m² As 6 Assim sendo, τr = c + σ tg(φ) = 5 + 10,8 x 0,5 = 10,4 kN/m². Dessa forma, o coeficiente de segurança fica Coeficiente de Segurança = Tensão resistente 10,4 = ----------------- = 1,73 Tensão atuante 6,0 Alternativa correta: D. Questão 6 Questão 6. O muro de contenção mostrado na figura deve garantir a estabilidade de um talude de solo não coesivo, cuja envoltória de resistência ao cisalhamento é definida pelo ângulo de atrito Φ. [Drawing of retaining wall with labels Q, C, H, B] A partir da análise da figura e das informações fornecidas, conclui-se que A. quanto maior for o ângulo de atrito Φ, maior será o empuxo do solo no muro. B. quanto maior for o ângulo α, menor será a tensão de compressão máxima na base do muro. C. aumentando-se a largura B, diminui-se o fator de segurança quanto ao deslizamento. D. no caso de α = 0, a direção da resultante do empuxo do solo é horizontal e dista H/3 da base do muro. E. para que o muro seja estável quanto ao tombamento, é necessário que a direção da resultante do empuxo passe pelo centro de gravidade da seção transversal do muro. 1. Introdução teórica Mecânica dos solos. Obras de terra. Contenção de maciços terrosos. A questão é extremamente conceitual. Trata da contenção de maciços de terra, um assunto de grande importância que frequentemente é negligenciado em obras de pequeno e de médio porte. *Questão 33 - Enade 2005. Engenharia Civil – VOLUME ÚNICO – CQA/UNIP O muro de arrimo por gravidade apresentado na questão é uma dentre as diversas formas de contenção de maciços terrosos. A sua estabilidade ocorre por feito da força de gravidade, ou seja, pelo equilíbrio entre os esforços solicitantes, devido ao empuxo do maciço de terra e ao peso próprio do muro, e os esforços resistentes do terreno (figura 1). A análise da estabilidade pode ser assim dividida: 1. análise quanto ao afundamento do muro; equilíbrio das forças verticais. 2. análise quanto ao escorregamento horizontal; equilíbrio das forças horizontais. 3. análise quanto ao tombamento do muro; equilíbrio de momentos em relação à linha formada pelo encontro da base do muro com a sua face livre, isto é, a face oposta à que fica em contato com o maciço terroso a ser contido, neste caso, à direita. [Diagram: Peso do muro, Empuxo de terra, Momento, Força, de atrito, Reação de apoio] Figura 1. Diagramas de esforços que atuam no muro. As forças verticais são o peso próprio do muro de arrimo, o componente vertical do empuxo ativo do maciço terroso e a reação de apoio do solo subjacente, que será no máximo igual à sua resistência à compressão. As forças horizontais são o componente horizontal do empuxo ativo e a força de atrito entre a base do muro e o solo. O momento resultante é soma vetorial dos momentos devidos aos componentes do empuxo do maciço, do momento devido ao peso próprio do muro e do momento devido à excentricidade da reação de apoio (figura 2). Figura 2. Composição dos esforços que atuam no muro. O empuxo ativo cresce linearmente com a altura do talude, seu componente horizontal age no sentido de provocar deslizamento no muro e deve ser equilibrado pela força de atrito entre o muro e solo. A força de atrito é originada pelo componente vertical do empuxo, acrescido do peso próprio do muro. O momento em relação à base do muro, devido ao componente horizontal do empuxo, deve ser equilibrado pelo binário formado pela força peso do muro e pela reação de apoio oferecida pelo solo. Finalmente, a capacidade de suporte do solo, σadmissível, deve ser maior ou igual ao peso do muro. 2. Indicações bibliográficas  ALONSO, U. R. Exercícios de fundações. 9. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1995.  CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996.  HACHICH, W. Fundações - teoria e prática. São Paulo: Pini, 2003.  VELLOSO, D.; LOPES, F. R. Fundações. v. 1 e 2. Rio de Janeiro: Oficina Texto, 2004. 28 Engenharia Civil – VOLUME ÚNICO – CQA/UNIP 3. Análise das alternativas A - Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O coeficiente de empuxo em repouso, que pode ser obtido pela expressão k₀ = 1 - senϕ, diminui com o aumento do ângulo de atrito ϕ. Assim, quanto maior for o ângulo de atrito, menor será o empuxo do maciço terroso sobre o muro. B - Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A tensão de compressão máxima, ou tensão admissível, é uma característica do solo e, por isso, independe do ângulo do talude. C - Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O fator de segurança é definido como a seguinte relação: Fator de segurança = Tensão resistente / Tensão atuante Aumentando a largura B, teremos maior volume de concreto e, portanto, peso maior. O peso é uma força normal à superfície de escorregamento e, por isso, o seu aumento provoca elevação na correspondente de força de atrito. Dessa forma, na direção horizontal estaremos aumentando esforço resistente sem aumentar o esforço atuante e, por isso, não estaremos diminuindo o fator de segurança quanto ao deslizamento, mas sim o aumentando. D - Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. O empuxo em repouso pode ser calculado pela expressão σ₀x=K₀.Y.Z. A distribuição das tensões em função da profundidade é representada por um diagrama triangular cuja área é numericamente igual ao valor da força resultante, sendo que o ponto de aplicação é o baricentro do triângulo. E - Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Para que o muro seja estável quanto ao tombamento, é necessário que o momento resultante das forças atuantes e das forças resistentes, em relação à aresta extrema da base, oposta ao talude, seja igual a zero. 29 Questão 7 Questão 7.7 Na representação dos diagramas dos fluxos de caixa dos casos I e II, a seguir representados, as setas para baixo representam os valores, em reais, desembolsados para empréstimo, e as setas para cima, as receitas ou economias realizadas. 12.000 Tempo (anos) 0 1 CASO I Tempo (anos) 0 1 CASO II As taxas anuais dos juros dos empréstimos nos casos I e II foram, respectivamente, A. 0,2% e 0,15%. B. 2% e 1,5%. C. 2% e 4,5%. D. 20% e 15%. E. 20% e 45%. 1. Introdução teórica Administração e Matemática Financeira. Juro significa, basicamente, a remuneração pelo dinheiro emprestado, ou seja, um valor pago pelo tomador do empréstimo, pelo benefício de poder utilizar um recurso do qual não dispõe. O valor total dos juros é proporcional ao valor emprestado e ao prazo de duração do empréstimo. Essa proporcionalidade é chamada de taxa de juros e é expressa por uma porcentagem e um período de tempo. Juros de 2% ao mês, por exemplo, significam que, a cada mês de duração do empréstimo, o tomador deve pagar ao emprestador 2% do valor emprestado, que também é chamado de valor principal ou apenas principal. 7Questão 28 – Enade 2008. 30 Engenharia Civil - VOLUME ÚNICO - CQA/UNIP Quando se faz uma poupança ou qualquer outra aplicação financeira, o mecanismo é exatamente o mesmo, apenas trocando-se os papéis. Quando uma pessoa ou empresa vai ao banco pedir um financiamento, essa pessoa é a tomadora do empréstimo e o banco é o emprestador. Quando essa mesma pessoa, ou empresa, faz qualquer aplicação financeira, ela passa a ser o emprestador, enquanto o banco se torna o tomador. Naturalmente, o banco toma um empréstimo para, por sua vez, emprestar esse capital tomado a outro tomador, que lhe pagará com uma taxa de juros maior. O lucro das instituições financeiras provém da diferença entre as taxas de juros cobradas dos tomadores e as pagas aos aplicadores. Os juros podem ser simples ou compostos. São simples quando computados e pagos ao final de cada período. São compostos quando, ao final de cada período, o seu valor é acrescentado ao valor emprestado, aumentando o total do empréstimo. Suponhamos, por exemplo, um empréstimo com duração de seis meses e taxa de juros de 1% ao mês. No caso de juros simples, o tomador deve pagar ao emprestador uma importância equivalente a 1/100 do principal ao final de cada mês de duração do empréstimo. No total, será pago 6/100 do principal referente aos juros. Por outro lado, se em vez de pagos, os juros de cada período forem acrescentados ao montante principal para serem pagos apenas no final, junto com a devolução do valor emprestado, eles passam a ser compostos, sendo computados da maneira que segue abaixo. • Ao final do 1º mês: principal + juros = 100 + 1 = 101 • Ao final do 2º mês: principal + juros = 101 + 1,01 = 102,01 • Ao final do 3º mês: principal + juros = 102,01 + 1,0201 = 103,0301 • Ao final do 4º mês: principal + juros = 103,0301 + 1,0303 = 104,0604 • Ao final do 5º mês: principal + juros = 104,0604 + 1,0406 = 105,1010 • Ao final do 6º mês: principal + juros = 105,1010 + 1,0410 = 106,1420 Nesse caso, o total referente aos juros será 6,1420/100 do principal. Fluxo de caixa de uma operação financeira significa o movimento de entradas e saídas de caixa ao longo do tempo. As saídas são os desembolsos efetuados para empréstimos. As entradas são os valores recebidos tanto a título de juros como pela devolução dos valores emprestados. Um fluxo de caixa pode ser representado de forma analítica, uma tabela com datas e especificações de entradas e saídas de caixa, ou de forma gráfica, por meio de um diagrama de fluxo de caixa, constituído por um eixo de tempo e setas "para cima", representando as entradas de caixa, e setas "para baixo", representando as saídas, como segue abaixo: 0 1 2 3 4 7 8 9 10 tempo 􀁸 <----------------|----|----|----|----|------------|----|----|----| 1000 1000 1000 1000 1070 60 60 3060 Os valores emprestados são saídas de caixa, indicadas com setas para baixo, no início do empréstimo. Os valores pagos pelo tomador, tanto para a devolução do principal como a título de juros, são entradas de caixa. No instante inicial, nesse exemplo, há um empréstimo de 1.000, com juros de 1% ao mês, pagos ao final de cada mês, com duração de 6 meses. No início do quinto mês, há um empréstimo de 3.000 por 6 meses, com juros de 2% ao mês, também pagos ao final de cada mês. Ao final do sexto mês, por exemplo, a entrada de caixa (1.070) se deve a juros de 1% do primeiro empréstimo (10), à devolução do principal (1.000) e mais os juros de 2% sobre o segundo empréstimo (60). Nessa questão, cada um dos dois casos em estudo (I e II) está representado por um diagrama e ambos têm apenas um período, que é igual à duração do empréstimo (um ano). Como o valor pago ao final do empréstimo é o total, isto é, o principal mais os juros, temos juros simples. A taxa de juros i em cada caso (I e II) pode ser obtida conforme segue. Caso I 𝑖 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑎𝑔𝑜 – 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 = 12.000 – 10.000 4.500 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 10.000 10.000 30.000 = 0,2 ou 20% Caso II 𝑖 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑎𝑔𝑜 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 = 34.500 − 30.000 4.500 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 30.000 30.000 30.000 = 0,15 ou 15% Engenharia Civil – VOLUME ÚNICO – CQA/UNIP Portanto, a alternativa correta é a D. 2. Indicações bibliográficas • HOJI, M. C. Administração financeira: uma abordagem prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. • LEITE, H. P. Introdução à administração financeira. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1994. 3. Análise das alternativas A – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Erro na expressão em porcentagem. B – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Erro na divisão. C – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Erro na montagem da expressão II. D – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. Cálculos mostrados na introdução teórica. E – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Erro na montagem da expressão II. Questão 8 Questão 8.8 Um projeto de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) será realizado em 5 meses. Serão executadas quatro atividades com custos que apresentam os seguintes percentuais em relação ao total: A1=20%; A2=30%; A3=40% e A4=10%. Cada atividade está distribuída, linearmente, nos seguintes meses: ATIVIDADES MESES A1 1, 2, 3 e 4 A2 2, 3 e 4 A3 2, 3, 4 e 5 A4 4 e 5 Num cronograma financeiro montado com base nesses dados, qual é o faturamento percentual no mês 2 e, no mês 4, quais são os valores, em reais, das atividades A2 e A4, respectivamente? A. 15% – 150.000,00 e 100.000,00 B. 15% – 100.000,00 e 50.000,00 C. 25% – 150.000,00 e 50.000,00 D. 25% – 100.000,00 e 50.000,00 E. 30% – 100.000,00 e 100.000,00 1. Introdução teórica Planejamento físico financeiro operacional de empreendimentos. Um dos pontos fundamentais do planejamento operacional financeiro para a realização de um projeto é a elaboração do seu cronograma físico-financeiro. Embora haja muitos softwares para elaborar esse cronograma, quase todos se baseiam no diagrama de Gantt, muito simples de preparar e fácil de visualizar. Monta-se uma tabela, ou planilha, colocando as atividades nas linhas e o tempo nas colunas, como ilustrado a seguir. 8Questão 24 – Enade 2005. Engenharia Civil – VOLUME ÚNICO – CPA/UNIP Meses 1 2 3 4 5 Atividades A1 ▭ | A2 A3 A4 Em seguida, para representar a execução de cada atividade dentro do projeto, insere-se uma barra horizontal na respectiva linha da tabela, com a extensão da sua duração, como segue abaixo. Meses 1 2 3 4 5 Atividades A1 ▭ ▭ ▭ ▭ A2 ▭ ▭ ▭ A3 ▭ ▭ ▭ ▭ | A4 ▭ | O próximo passo é calcular o custo mensal de cada atividade para distribuí-lo nas respectivas colunas. - O custo da atividade A1 é 20% do total: 0,20x1.000.000,00 = R$ 200.000,00. - A duração da atividade A1 é de 4 meses: 200.000,00/4= R$ 50.000,00 por mês. Fazendo os mesmos tipos de cálculos para as demais atividades (A2, A3 e A4), temos: A2: 300.000,00/3 = R$ 100.000,00 por mês A3: 400.000,00/4 = R$ 100.000,00 por mês A4: 100.000,00/2 = R$ 50.000,00 por mês Lançando esses valores nos respectivos meses, a tabela fica da maneira apresentada a seguir. Meses 1 2 3 4 5 Atividades A1 50.000 50.000 50.000 50.000 A2 100.000 100.000 100.000 A3 100.000 100.000 100.000 100.000 A4 50.000 50.000 A questão pede o faturamento percentual no mês 2. Somando-se os valores da coluna 2, temos que esse faturamento é de R$ 250.000,00, o que representa 25% do faturamento total. Quanto aos valores, em reais, das atividades A2 e A4 no mês 4, basta fazer a leitura direta da tabela, ou seja, eles são, respectivamente, R$ 100.000,00 e R$ 50.000,00. 2. Indicação bibliográfica HOJI, M. C. Administração financeira: uma abordagem prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 3. Análise das alternativas A – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Erro tanto no valor da porcentagem de faturamento no mês 2 como nos valores das parcelas das atividades A2 e A4 no mês 4. B – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Erro no valor da porcentagem de faturamento no mês 2. C – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Erro no valor da parcela da atividade A2 no mês 4. D – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. Conforme mostrado na introdução teórica. E – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Erro tanto no valor da porcentagem de faturamento no mês 2 como no valor da parcela da atividades A4 no mês 4. god is a woman