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Jorge Duarte · Antonio Barros\nOrganizadores\nMétodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação\nANA LUCIA ROMERO NOVELLI\nANTONIO BARROS\nANTÔNIO MARIA GOMES DE CASTRO\nCICILIA MARIA KROHLING PERUZZO\nEDUARDO MANHÃES\nELOI JUNJI YAMAKA\nFERNAND BASTOS\nFLOR MARLENE E. LOPES\nHENRIQUE CODATO\nIDA REGINA C. STUMPE\nILUSKA COUTINHO\nISAAC EPSTEIN\nISABEL TRAVACAS\nJOÃO JOSÉ AZEVEDO CURVELLO\nJORGE DUARTE\nJOSÉ MARQUES DE MELO\nLUÍS CARLOS ASSIS LASEDBEK\nMARCIA YUKIKO MATSUUCHI DUARTE\nMARGARIDA MARIA KROHLING KUNSCH\nMARIA CRISTINA GOBEI\nMARIA DAS GRAÇAS TARGINO\nMARIA EUGÊNIA BELCZAK COSTA\nMURILO CLARA SOARES\nROBERTO PENTEDO\nROGERIO DIMAS JUNQUEIRA\nSAMANTHA CASTELO BRANCO\nSÉRGIO DAYREL PORTO\nSONIA VIRGINIA MOREIRA\nSUZANA MARIA VALLE LIMA\nWILSON CORRÊA DA FONSCA JÚNIOR\nWILSON DA COSTA BUENO\n2ª Edição \"Entrevista em profundidade\"\nJorge Duarte\n\"Entrevista é uma das mais comuns e poderosas maneiras que utilizamos para tentar compreender nossa condição humana\", dizem Fontana & Frey (1994, p. 361). Ela tornou-se técnica clássica de obtenção de informações nas ciências sociais, com larga adoção em áreas como sociologia, comunicação, antropologia, administração, educação e psicologia. Embora antes utilizada em jornalismo, etnografia, psicologia e pesquisas de mercado e de opinião, seu surgimento como tema metodológico pode ser identificado na década de 1930 no âmbito das publicações de assistência social americana, recebendo grande contribuição na década de 1940 nos estudos de Carl Rogers sobre psicoterapia orientada para o paciente (SCHEUCH, 1973, p. 171-172). A partir da Segunda Guerra Mundial, as entrevistas passaram a possuir orientações metodológicas próprias.\n\nEste texto, limitado pelo espaço disponível e objetivo, trata da entrevista em profundidade, técnica qualitativa que explora um assunto a partir da busca de informações, percepções e experiências de informantes para análises e as apresenta-las de forma estruturada. Entre as principais qualidades dessa abordagem está a flexibilidade de permitir ao informante definir os termos da resposta e ao entrevistador ajustar livremente as perguntas. Este tipo de entrevista procura intensidade nas respostas, não-quantificável ou representação estatística.\n\nA entrevista em profundidade é um recurso metodológico que busca, com base em teorias e pressupostos definidos pelo investigador, recolher respostas a partir da experiência subjetiva de uma fonte, selecionada por deter informações que se deseja conhecer. Desta maneira, como na análise de Demo (2001, p. 10) que se deseja conhecer. Desta maneira, como na análise de Demo (2001, p. 10) resultado de interpretação e reconstrução pelo pesquisador, em diálogo inteligente e crítico com a realidade. Nesse percurso de descobertas, as perguntas permitem explorar um assunto ou aprofundá-lo, descrever processos e fluxos, compreender o passado, analisar, discutir e fazer prospectivas. Possibilitam ainda identificar problemas, microinterações, padrões e detalhes, outros juízos de valor e interpretações, caracterizar a riqueza de um tema e explicar fenômenos de abrangência limitada.\n\nO uso de entrevistas permite identificar as diferentes maneiras de perceber e descobrir os fenômenos. A entrevista está presente em pesquisas de comunicação interna (CURVELLO, 2000), comportamento organizacional (SCHIRATTO, 2000), levantamentos históricos e biográficos (MARQUES DE MELO e DUARTE, 2001), processos jornalísticos (PEREIRA JR., 2000) e em vários outros tipos de estudo, usada como base ou conjugada com diferentes técnicas, como observação, discussão em grupo e análise documental. O estudo de recepção entre trabalhadores, de Carlos Eduardo Lins da Silva (1985), é clássico na articulação de técnicas, além de ser didático na descrição dos procedimentos metodológicos empregados. Outro exemplo do potencial do uso de entrevistas como suporte para vigorosas análises é dado por Kova e Rosentiel (2003), publicação recente, mas já fundamental para discutir o jornalismo.\n\nA própria metodologia não permite testar hipóteses, dar tratamento estatístico às informações, definir a amplitude ou quantidade de um fenômeno. Desta forma, como nos estudos qualitativos em geral, o objetivo muitas vezes está mais relacionado à aprendizagem por meio da identificação da riqueza e diversidade, pela integração das informações e síntese das descobertas do que o estabelecimento de conclusões precisas e definitivas. Para isso, a noção de hipótese, típica da pesquisa experimental e tradicional, tende a ser substituída pelo uso de pressupostos, um conjunto de conjecturas antecipadas que orienta o trabalho de campo. Estabelecidas limitações e condições de realização, a entrevista pode ser ferramenta bastante útil para lidar com problemas complexos ao permitir uma construção baseada em relatos da interpretação e experiências, assumindo-se que não será obtida uma visão objetiva do tema de pesquisa.\n\nPor meio da entrevista em profundidade, é possível, por exemplo, entender como produtos de comunicação estão sendo percebidos por funcionários, explicar para a produção de notícia em um veículo de comunicação, identificar motivações para uso de determinado serviço, conhecer as condições para uma assessoria de imprensa ser considerada eficiente, identificar as principais fontes de informação de jornalistas que cobrem economia. Permitiria saber os motivos pelos quais determinadas fontes jornalísticas são as mais (ou menos) utilizadas, como são acessadas, dificuldades, problemas, vantagens, desvantagens. Saber como e por que as coisas acontecem é, muitas vezes, mais útil do que obter precisão sobre o que está ocorrendo.\n\nA entrevista em profundidade é uma técnica dinâmica e flexível, útil para a apresentação de uma realidade tanto para tratar de questões relacionadas ao íntimo do entrevistado, como para descrição de processos complexos nos quais está o este envolvido. É uma pseudoconversa realizada a partir de um quadro conceitual previamente caracterizado, que guarda similaridade, mas também diferenças, com a entrevista jornalística. São próximas no objetivo de buscar informações pessoais e diretas por meio de uma conversa orientada, por Medina, 1995 e Talese, 2004 e na noção de que há, explicitamente, um participante interessado em compreender o outro e o que outro tem para oferecer sobre o assunto. A entre- vista é um tipo de pesquisa, entre, exige elaboração e explicação de procedimentos metodológicos específicos: o marco conceitual no qual se origina, os critérios de seleção das fontes, os aspectos de realização e o uso adequado das informações são essências para validade e estabelecer as limitações que os resultados positivos. 1 Tipos de entrevista\n\nA partir da divisão proposta por Selltiz et al. (1987), a entrevista em profundidade é extremamente útil para estudos do tipo exploratório, que tratam de conceitos, percepções ou visões para ampliar conceitos sobre a situação analisada. Pode ser empregada para o tipo descritivo, em que o pesquisador busca mapear uma situação ou campo de análise, descreve e foca determinado contexto. Não é adequada, entretanto, para os estudos do tipo causal, que buscam estabelecer correlações de causa e efeito.\n\nAs entrevistas em profundidade são geralmente individuais, embora seja possível, por exemplo, entrevistar duas fontes em conjunto. As entrevistas são classificadas com grande variedade de tipologias, geralmente caracterizadas como abertas, semi-abertas e fechadas, originiárias, respectivamente, de questões não estruturadas, semi-estruturadas e estruturadas (veja proposta de tipologia no quadro). As abertas e semi-abertas são do tipo em profundidade, que se caracterizam pela flexibilidade e por explorar ao máximo determinado tema, exigindo da fonte subordinação dinâmica ao entrevistador. A diferença entre abertas e semi-abertas é que as primeiras são realizadas a partir de um tema central, uma entrevista aberta é uma questão central em profundidade.\n 1.1 Entrevista aberta\n\nÉ essencialmente exploratória e flexível, não havendo sequência predeterminada de questões ou parâmetros de respostas. Tem como ponto de partida um tema ou questão ampla e flui livremente, sendo aprofundada em determinado rumo de acordo com aspectos significativos identificados pelo entrevistador em quanto o entrevistado define a resposta segundo seus próprios termos, utilizando como referência seu conhecimento, percepção, linguagem, realidade, experiência. Desta maneira, a resposta a uma questão origina a pergunta seguinte e uma entrevista ajuda a direcionar a subsequente. A capacidade de aprofundar as questões a partir das respostas torna este tipo de entrevista muito rico em descobertas. Uma das dificuldades é que o pesquisador deve ter afiada capacidade de manter o foco de garantir a influência e a naturalidade. Flexível e permissiva, exige habilidade para não perder-se no irrelevante ou torná-la uma conversa agradável, mas improdutiva. Muitas vezes, é realizada como sondagem para a elaboração de roteiros semi-estruturados ou questionários estruturados.\n\n1.2 Entrevista semi-aberta\n\nModelo de entrevista que tem origem em uma matriz, um roteiro de questionamentos básicos, apoiados em teorias e hipóteses que interessam a pesquisa, e que, em seguida, oferecem campo de interrogativas, fruto de questões, que, aos poucos, geram amplo campo de respostas do informante (TRIVINOS, 1990, p. 146).\n\nA lista de questões desses modelo tem origem no problema de pesquisa e busca tratar da amplitude do tema, apresentando cada pergunta da forma mais aberta possível. Ela conjuga a flexibilidade da questão não estruturada com um roteiro de controle. 67 Entrevista em profundidade\nUma vantagem desse modelo é permitir criar uma estrutura para comparação de respostas e articulação de resultados, auxiliando na sistematização das informações fornecidas por diferentes informantes. O roteiro de questões-chave serve, então, como base para a descrição e análise em categorias, como se verá adiante.\n\nAlternativa útil é fazer, durante a preparação do roteiro-guia, uma relação com tópicos relevantes relacionados a cada questão. Depois – e apenas depois – de explorar cada pergunta original ao máximo junto ao entrevistado, o pesquisador confere a relação para saber se todos os tópicos possíveis foram abordados. Tal estratégia mantém a naturalidade e as vantagens da entrevista semi-estruturada e evita que alguma questão relevante não seja abordada. Pode ser particularmente útil para que diferentes pesquisadores retornem com a mesma estrutura de respostas.\n\n1.3 Entrevista fechada\nÉ realizada a partir de questionários estruturados, com perguntas iguais para todos os entrevistados, de modo que seja possível estabelecer uniformidade e comparação entre respostas. As pesquisas de opinião são exemplo típico. Exige distanciamento do entrevistador, que cumpre a função de obter respostas para as questões propostas, sem discussão sobre elas. O questionário estruturado é prático para grande número de respondentes e pode ser auto-aplicável. Com ele, é possível fazer análises rapidamente, refletindo, porém, pela facilidade, limitar as respostas e opiniões dos entrevistados, uma vez que não se pode elaborar questões espontâneas. Embora sugira simplicidade, sua elaboração exige profundo conhecimento prévio do assunto.\n\nO questionário estruturado, muitas vezes, é utilizado para dar subsídio inicial para aprofundar resultados obtidos em entrevistas em profundidade. Pode ser empregado como item complementar de uma entrevista semi-estruturada, por exemplo, buscando traçar o perfil dos respondentes. Veja mais sobre o assunto no Capítulo 10.\n\n2 Validade e confiabilidade\nNão se busca generalizar ou provar algo com entrevistas em profundidade, mas seu caráter subjetivo exige adequada formulação dos procedimentos metodológicos e confiança nos resultados obtidos. A questão é relevante, pois não basta ouvir fontes e fazer um relato para considerar realizada uma pesquisa válida e confiável.\n\nAs condições de validade dizem respeito à capacidade de os instrumentos e sua utilização adequada fornecerem os resultados que o pesquisador se propôs. 68 Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação\nobter. O julgamento da validade de uma investigação científica pode ser obtido pela construção metodológica do trabalho, ao relacionar formulação teórica, questão de pesquisa, perguntas, critérios de seleção dos entrevistados – ou seja, é identificada já no exame do projeto. A triangulação de dados como o acesso de fontes diversificadas de evidências, como documentos, observação e literatura e seu encadeamento consistente na etapa de análise, ajuda a garantir a validação dos resultados suportados por entrevistas em profundidade.\n\nA confiabilidade diz respeito ao rigor metodológico que garante que, repetidos os procedimentos, os resultados serão os mesmos. Isto exige tanto a confirmação dos dados obtidos na pesquisa de campo, quanto a articulação adequação destas informações na descrição, a coerência da análise com o quadro de reflexão proposto e conclusões consistentes com os passos anteriores. A obtenção de confiabilidade é baseada na descrição pormenorizada dos procedimentos de operacionalização das entrevistas e uso fundamentado e consistente das respostas obtidas. Validade e confiabilidade no uso da técnica de entrevistas propõem dizem respeito, particularmente, a três questões:\n\n1. seleção de informantes capazes de responder à questão de pesquisa;\n2. uso de procedimentos que garantam a obtenção de respostas confiáveis;\n3. seleção dos resultados que articulem consistentemente as informações obtidas com o conhecimento teórico disponível.\n\n3 Seleção dos informantes\nUma boa pesquisa exige fontes que sejam capazes de ajudar a responder sobre o problema proposto. Elas deverão ter envolvimento com o assunto, disposição em falar.\n\nNos estudos qualitativos, são preferíveis poucas fontes, mas de qualidade, a muitas, sem relevo. Desse modo, e não limite, uma única entrevista pode ser mais adequada para esclarecer determinada questão do que um censo nacional. Por isso, é importante considerar que uma pessoa somente deve ser entrevistada se realmente pode contribuir para ajudar a responder à questão de pesquisa.\n\nA amostra, em entrevistas em profundidade, não tem seu significado mais usual, o de representatividade estatística de determinado universo. Está ligada à significação e à capacidade que as fontes têm de dar informações confiáveis e relevantes sobre o tema de pesquisa. Boa parte da validade da pesquisa está associada à seleção. É possível, entrevistando pequeno número de pessoas, adequadamente selecionadas, fazer um relato bastante consistente sobre um tema. 69 Entrevista em profundidade\nbem definido. Relevante, neste caso, é que as fontes sejam consideradas não apenas válidas, mas também suficientes para responder a questão de pesquisa, o que torna normais, durante a pesquisa de campo, novas indicações de pessoas que possam contribuir com o trabalho e, portanto, ser acrescentadas à lista de entrevistados.\n\nÉ importante obter informações que possuam dar visões e relatos diversificados dos sobre os mesmos fatos. Pessoas em papéis sociais diferentes, recém-chegadas ou que tenham deixado a função recentemente, podem dar perspectivas e informações bastante úteis. A relevância da fonte está relacionada com a contribuição que pode dar para atingir os objetivos de pesquisa. Por exemplo: nem sempre o cargo determina a qualidade da fonte. Não é incomum um pesquisador se entusiasmar com a possibilidade de entrevistar uma autoridade do dirigente e obter como resultado lugares-comuns e afirmações irrelevantes. Dependendo do objetivo do trabalho, pode-se obter melhor resultado entrevistando um funcionário do que o gerente, o repórter do que o editor-chefe, as pessoas que conhecem um personagem do que o próprio personagem. Ao mesmo tempo, pessoas que tenham participação menor podem contradizer, apresentar perspectiva imprecisa, aumentar a confiança e esclarecer mais detalhadamente aspectos relevantes. Desse modo, a correta seleção das fontes para entrevistas em profundidade e a interpretação ponderada das respostas permitirá limitar a influência das fontes politicamente mais relevantes. Isso ocorre porque descrições e análises consistentes e imparciais são frequentemente obtidas por técnicos e pessoas envolvidas no processo, sem interesses outros que não o de colaborar com o entrevistador. A descrição dos achados é, assim, definida pelas informações obtidas e não pelo poder político da fonte.\n\nA seleção dos entrevistados em estudos qualitativos tende a ser não probabilística, ou seja, sua definição depende do julgamento do pesquisador e não de sorteio a partir do universo, que garante igual chance a todos (característica das amostras probabilísticas). Existem dois tipos básicos de amostras não probabilísticas para uso em entrevistas qualitativas: por conveniência ou intencional.\n\nA seleção por conveniência (também chamada acidental) é baseada na viabilidade. Ocorre quando as fontes são selecionadas por proximidade do disponibilidade. Por exemplo: escolhemos alguns alunos de jornalismo disponíveis no intervalo entre as aulas para saber sobre a percepção daquele grupo (estudantes de jornalismo da instituição) a respeito da qualidade do jornal laboratório.\n\nA seleção é intencional quando o pesquisador faz a seleção por juízo particular, como conhecimento do tema ou representatividade subjetiva. Neste caso, ele pode selecionar conhecedores específicos do assunto, como editor e repórteres do jornal laboratório, por exemplo, para tratar da produção, ou um aluno e uma aluna de cada semestre, leitores do jornal, para fazer uma avaliação do produto final. Quivy e Campenhoudt (1992, p. 69) propõem três categorias bastante abrangentes de interlocutores em entrevistas: (a) docentes, investigadores especializados e peritos; (b) testemunhas privilegiadas e (c) o público a que o estudo diz respeito. Com base nessas classificação e na experiência de campo, estabelecemos cinco tipos de informantes para entrevistas em profundidade. A classificação, em cada caso, será sempre dada pelo pesquisador a partir de critérios subjetivos relacionados com o objetivo da pesquisa.\n\na) especialista: geralmente pesquisador, acadêmico ou pessoa de grande experiência/conhecimento no assunto, mas não diretamente envolvida com o problema de pesquisa;\n\nb) informante-chave: fontes de informação consideradas fundamentais por estarem profunda e diretamente envolvidas com os aspectos centrais da questão, o que faz com que não serem entrevistadas possa significar grande perda. Em uma pesquisa qualitativa sobre comunicação inter-narrativa, na escolha do setor de recursos humanos, o presidente do sindicato, o gerente de comunicação poderiam ser incluídos nesta categoria;\n\nc) informante-padrão: fonte envolvida com o tema de pesquisa, mas que pode ser substituída por outra sem que se espere prejuízo na qualidade das informações obtidas;\n\nd) informante complementares: fontes de oportunidade surgidas no decurso da pesquisa. Muitas vezes, não é citado como fonte no relatório por não se julgar que tenha níveis de aprofundamento metodológicos. Apesar da participação secundária, pode contribuir com informações circunstanciais, dicas ou detalhes para confirmação de aspectos específicos da questão de pesquisa;\n\ne) informante-extremista: aquele cuja percepção contraria as principais fontes por motivos ideológicos, políticos, pessoais ou por possuir visão muito particular do tema. Mesmo que ofereça interpretação tendenciosa, pode fornecer insights, informações e visão crítica bastante importante para composição do quadro de pesquisa.