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Teoria Literária

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UNIP INTERATIVA\nCódigo da Prova: 18915767952\nCurso: Letras Inglês\nSérie ou Período: DP\nTipo: Disciplina\nAluno: 1744504 - CAMILA TATIANE M. OLIVEIRA\nI - Questões objetivas valendo 10,00 pontos\nGerada em: 15/06/2018 16:12:48\nModo de prova: Substitutiva\n\nQuestões de múltipla escolha\n\nDisciplina: 626260 - Teoria Literária\n\nQuestão 1: Leia o poema abaixo:\n\nEsta igreja não tem\n\nEsta igreja não tem as lâmpadas votivas,\nNão tem candelabros nem ceras amarelas,\nNão necessita a alma de vitriais e ogivas\nPara beijar as hóstias e ajoelhar por elas.\n\nO sermão se insinua como uma semente\nDe carne e luz que vai tremendo ao sulco vivo:\nO Padre-Nosso, rezar e viver simplesmente,\nTem um sabor de pão frutal e primitivo.\n\nO sino toca doce. Perfumar do pão preto\nQue lá na infância branca deu o nome secreto\nA toda alma fragrante pronta para escutar…\n\nO Padre-Nosso em meio da noite se perde,\nCorre esmagando as sombras às heras do verdes\nE estremecido salta e mergulha no mar…\n\n(NERUDA, P. Crepusculário. Tradução de José Eduardo Degrazia. Porto Alegre: L&PM, 2011, p. 19)\n\nÉ correto afirmar que o poema:\n\nA) Representa a espécie épica por conta de seu tema histórico-universal.\nB) Possui simplicidade de estilo e objetividade da linguagem. F\nC) Explora apenas o significado denotativo da palavra igreja.\nD) É exemplo da espécie lírica, porque constrói uma imagem subjetiva da igreja.\nE) Apresenta ausência de ritmo e versos livres. F\n\nQuestão 2: Atente-se ao poema de Paulo Leminski:\n\nleite, leitura,\nletras, literatura,\ntudo que passa,\ntudo o que dura\ntudo que duramente passa\ntudo o que passageiramente dura\ntudo, tudo, tudo,\nnão passa de caricatura\nde você, minha amargura\nde ver que você não tem cura\n\nGabarito:\n1. D\n2. D\n3. A\n4. C\n5. E\n6. D\n7. D\n8. A\n9. C\n10. B\n\nNota: 10 LEMINSKI, P. O ex-estranho. São Paulo: Editora Iluminuras Ltda., 1996, p. 26.\n\nÉ INCORRETO afirmar que:\n\nA) O poema pertence ao gênero poesia e apresenta características como ritmo, rimas (ura e essa) e figuras de    linguagem (aliteração e assonância). v\nB) O poema exemplifica o gênero poesia, porque constrói uma expressão subjetiva, metafórica e contundente sobre    as ações contraditórias do tempo no percurso da vida. v\nC) O poema caracteriza o gênero poesia, porque possui uma visão subjetiva sobre realidade por meio da linguagem    conotativa. v\nD) O poema se caracteriza dentro do gênero poesia, porque expõe conceitos universais e/ou particulares da vida    em versos simples e prosaicos.\nE) O poema é expressão do gênero poesia, uma vez que possui musicalidade da linguagem, composta em versos.\n\nQuestão 3: Analise as alternativas abaixo e indique qual delas possui o conceito de literatura mais adequado para a reflexão sobre literatura e sociedade:\n\n1) “É uma transposição da real para o ilusório por meio de uma estilização formal da linguagem, ou propõe um tipo   arbitrário de ordem para as coisas, os seres, os sentimentos. Nela se combinam um elemento de vinculação à   realidade natural ou social, um elemento de manipulação técnica, indispensável à sua configuração, e implicando   uma atitude de gratuidade.” (CANDIDO, A. A literatura e a formação do homem. Revista Ciência e Cultura. São \n   Paulo: USP, 24(9), 1972, p. 53.\n3) “Uma série é aplicada dos sentidos e do espírito, conciliável com um devaneio diante da aparência, concedida   por identidade as regras dessas cultura, podendo dizer-se que o olho a adquire a domar. Isto porque é necessária   aprender para se poder ser instruído. Ninguém pode adquirir o que não possui na nossa esfera, antes de ser   matéria, e também muito difícil traçar uma linha de separação nítida entre mérito pessoal e aquilo que se chama em   favor das circunstâncias.” (MANN, T. As confissões do impostor Felix Krull. São Paulo: Nova Fronteira, 2000, p. 57).\nC) Literatura pode ser usada em vários sentidos, como, por exemplo, como sendo qualquer coisa escrita em verso   ou prosa (DAZINGER, M. K.; JOHNSON, W. S. Introdução ao estudo crítico da literatura. Tradução de Alvaro \n   Cabral. São Paulo: Cultrix, 1974).\nD) Literatura tem a função de imitar ou recriar o mundo objetivo e a vida, de modo a satisfazer as necessidades   materiais à feitura do ser humano; (CANDIDO, A. A literatura e a formação do homem. Revista Ciência e Cultura. \n   São Paulo: USP, 24(9), 1972, p. 53.\nE) Literatura pode ser aplicável a partir do seu sentido etimológico, que advém do latim littera - “letra” -, referindo-se   apenas a obras impressas; (DANZIGER, M.; JOHNSON, W. S. Introdução ao estudo crítico da literatura. Tradução de \n   Álvaro Cabral.\n\nQuestão 4: (Adaptada - ENEM 2009) Observe a imagem e leia o texto a seguir:\n\nECKHOUT, A. Índio Tapuia (1610-1666). Disponível em: <http://www.diaadia.pr.gov.br>. Acesso em: 09 jul. 2009.\n\n“A feição deles é serem pardos, maneira d’avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, \nsem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir, nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso \ncom tanta inocência como têm em mostrar o rosto”. CAMINHA, P. V. A Carta. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 12 ago. 2009.\n\nAo se estabelecer uma relação entre a obra de Eckhout e o trecho do texto de Caminha, conclui-se que:\n\nA) Ambos se identificam pelas características estéticas marcantes, como tristeza e melancolia, do movimento   romântico das artes plásticas.\nB) O artista, na pintura, foi fiel ao objeto, representando-o de maneira realista, ao passo que o texto é apenas   fantasioso.\nC) A pintura e o texto têm uma característica em comum, que é representar o habitante das terras que sofriam no   processo colonizador.\nD) O texto e a pintura são baseados no contraste entre a cultura europeia e a cultura indígena.\nE) Há forte direcionamento religioso no texto e na pintura, uma vez que o índio representado é objeto da   catequização jesuítica.\n\nQuestão 5: Indique a alternativa FALSA:\n\nA) Na Teoria Literária, os nomes classificatórios dos gêneros literários nem sempre são convergentes e imutáveis.\nB) Conto, teatro e romance são algumas formas do gênero prosa.\nC) Epopeia, poema e poema são formas da espécie épica do gênero poesia.\nD) Prosa pertence à ficção é conhecido por agrupar formas literárias, como, por exemplo, o romance, a novela e o \n   conto.\nE) Os gêneros literários podem ser divididos em espécies e formas, sendo que o termo “espécies” designa uma   categoria de “formas”.\n\nQuestão 6: Leia atentamente o texto e responda a questão:\n\nO cavalo e o burro\n\nO cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo contente da vida, folgando com uma carga de quatro   arrobas apenas, e o burro - coitado! gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o burro parou e disse:\n- Não posso mais! Essa carga excede as minhas forças e o remédio é repartirmos o peso igualmente, senão   arrombas para cada um.\nO cavalo deu um pinote e rilhando com gargalhada.\n- Ingênuo! Quer entrar eu arcar com seis arrobas quando posso tão bem continuar com as quatro? Tenho   compaixão de você, mas seguir eu devo meu desejo isento de qualquer peça.\nO burro gemeu.\n- Torna-te se a acompanhar eu, perceber de quem verá de sertão seu exército com um carga de quatro arrobas \n   a mais minha.\nO cavalo pinheiro de novo se a coisa ficou por isso logo.\nLogo adiante, porém, o burro tropeça, vem ao chão e arrebenta.\nChegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora atruaram com as oito arrobas do burro sobre as quatro   do cavalo esgotado. E como o cavalo refugia, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem piedade.\n- É mesmo, foi! exclamou o papagaio. Quem mandou ser mais burro que o pobre burro e não compreender que o \n   verdadeiro egoísmo era aliviá-lo da carga em excesso? Tome! Gemem dobrado agora...\n\nLOBATO, M. apud SANTOS, T. M. Quarto Livro de Leitura: de acordo com os novos programas do ensino primário. \nRio de Janeiro: Agir, 1949.\n\nDe acordo com as classificações do gênero prosa, podemos dizer que Monteiro Lobato escreveu:\n\nA) Um conto, caracterizado pela brevidade e lição de moral.\nB) Um apólogo, concentrando-se na elaboração da complexidade das personagens do reino animal.\nC) Um apólogo, apresentando a tradicional lição de moral aos homens, a partir das atitudes de personagens do reiRe \n   animal.\nD) Uma fábula, caracterizada por apresentar personagens do reino animal que vivenciam alguma situação com o   finalidade de transmitir alguma lição de moral aos leitores.\nE) Uma fábula, concentrando-se na vida dos animais e seres inanimados que transmitem aos leitores uma lição de \n   moral.\n\nQuestão 7: Para responder à questão, considere o seguinte trecho do conto A cartomante, de Machado de \n \nAssis:\n\n“Daí a pouco estaria removido o obstáculo. Camilo fechava os olhos, pensava em outras cousas: mas a voz do   marido sussurrava-lhe às orelhas as palavras da carta: ‘Vem, já, já...!’ E ele via as contorções do drama e tremia. A   casa doaria-lhe ouvore. As pernas queriam descer e entrar... Camilo achou-se diante de um longo vão opaco... pensou   rapidamente no inexplicável de tantas cousas. A voz da madrugada repetia-lhe uma porção de casos extraordinários, e a \n   mesma frase do príncipe da Dinamarca reboava-lhe dentro: ‘Há mais cousas no céu e na terra do que sonha a   naturalidade de nossa filosofia’.” filosofia... 'Que perdia ele, se...?'\n(ASSIS, M. de apud ASSIS, W. A cartomante: o roteiro. São Paulo: Imprensa Oficial, 2005, p. 52)\n\nQuanto aos aspectos estruturais dessa narrativa, é correto afirmar que possui um narrador:\n\nA) Onisciente, de visão com - saber a partir duma personagem.\nB) Testemunha, de visão por trás que domina todo o saber sobre a vida da personagem e sobre seu destino.\nC) Togatonsia, de visão de fora - limita-se a descrever os acontecimentos; falando do exterior sem que possamos saber os pensamentos das personagens.\nD) Onisciente, de visão por trás que domina todo o saber sobre a vida da personagem e sobre seu destino.\nE) Protagonista, de visão por trás que domina todo o saber sobre a vida da personagem e sobre seu destino.\n\nQuestão 8: Observe o fragmento:\n\nHá meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedida ocasionalmente apanharam pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas resenhada; havia alguém da casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento de propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda não, que um e o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade.\n(ASSIS, M. Pai contra mãe. Disponível em: <http://www.bibvirtt.futuro.usp.br>. Acesso em: 19 nov. 2011)\n\nDe acordo com as classificações de tempo narrativo, qual das alternativas a seguir define exatamente o tempo da narração acima:\n\nA) Tempo histórico.\nB) Tempo psicológico.\nC) Tempo linguístico.\nD) Tempo mítico.\nE) Tempo psíquico.\n\nQuestão 9: Leia o trecho do poema Canção do Exílio Facilitada, de José Paulo Paes, a seguir:\n\nCanção do exílio facilitada\n\nah!\nsabiá...\npapá...\nmamã...\nsinhá...\ncá?\nBah!\n(BOSI, V. et al. O poema: leitores e leituras. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001, p. 128)\n\n\"Neste poema, o título, as escolhas lexicais e o ritmo do poema estabelecem uma relação de\ncom o texto _________________.\"\n\nAssinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da afirmação anterior:\n\nA) Aliteração/do famoso Carlos Drummond de Andrade.\nB) Intertextualidade/do nosso Hino Nacional.\nC) Intertextualidade/do poeta Gonçalves Dias.\nD) Paráfrase/do poeta Gonçalves Dias.\nE) Paródia/do nosso Hino Nacional.\n\nQuestão 10: Leia o poema abaixo:\n\nEsta igreja não tem\n\nEsta igreja não tem as lâmpadas votivas,\nNão tem candelabros nem ceras amarelas,\nNão necessita a alma de vitrais e ogivas\nPara beijar as hóstias e ajoelhar por elas.