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Filosofia ·

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05062018 1 BANALIDADE DO MAL EM HANNAH ARENDT Professor Gerson Leite de Moraes O trabalho liberta entrada do campo de concentração de Auchwitz ADOLF EICHMANN 19061962 Adolf Eichmann Wikimedia 05062018 2 BANALIDADE DO MAL EM HANNAH ARENDT Hannah Arendt Wikimedia Foi como se naqueles últimos minutos estivesse resumindo a lição que este longo curso de maldade humana nos ensinou a lição da temível banalidade do mal que desafia as palavras e os pensamentos ARENDT 1999 p 274 Quando Hannah Arendt 19061975 no final de seu livro Eichmann em Jerusalém relata os últimos instantes de vida daquele oficial da SS nazista chamado Adolf Eichmann que estava reforçando suas atitudes patéticas diante da morte ela pôde concluir dizendo que aquela cena resumia o longo curso da maldade humana uma lição que deveria ser aprendida sobre a temível banalidade do mal pois esta desafiava as palavras e os pensamentos Esta foi a única vez em todo o livro que a expressão banalidade do mal apareceu e assim como naquela época a expressão continua ainda hoje desafiando as palavras e os pensamentos BANALIDADE DO MAL EM HANNAH ARENDT 05062018 3 MAL RADICAL BANALIDADE DO MAL BANALIDADE DO MAL EM HANNAH ARENDT INGLATERRA MODERNA E O ABSOLUTISMO ARENDT 2004 p 160 O maior mal não é o radical não possui raízes e por não ter raízes não tem limitações pode chegar a extremos impensáveis e dominar o mundo todo 05062018 4 PERDÃO DIFÍCIL NIETZSCHE 2009 p 6364 Fechar momentaneamente portas e janelas da consciência permanecer insensível ao barulho e à luta próprios do trabalho de colaboração e de oposição do mundo subterrâneo de órgãos que se constituem em nossos servidores um pouco de silêncio um pouco de tábula rasa de nossa consciência e de fato praça limpa para algo novo essa é a utilidade dessa tendência ao esquecimento ativo como já disse espécie de porteiro vigilante encarregado de manter a ordem psíquica a tranquilidade a etiqueta Isso indica de uma só vez a que ponto não poderia haver felicidade alegria de espírito esperança sem a tendência ao esquecimento A alternativa do perdão mas de modo algum seu oposto é a punição e ambos têm em comum o fato de que tentam pôr fim a algo que sem interferência alguma poderia prosseguir indefinidamente É portanto bastante significativo um elemento estrutural no domínio dos assuntos humanos que os homens não sejam capazes de perdoar aquilo que não podem punir nem de punir o que se revelou imperdoável PERDÃO DIFÍCIL 05062018 5 ARENDT H Eichmann em Jerusalém um relato sobre a banalidade do mal São Paulo Companhia das Letras 1999 Algumas questões de filosofia moral In Responsabilidade e julgamento São Paulo Companhia das Letras 2004 NIETZSCHE F A genealogia da moral São Paulo Escala 2009 Imagens Slides 2 à esquerda 3 Wikimedia Slides 2 à direita 5 iStockphoto REFERÊNCIAS