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Engenharia Civil ·

Drenagem Urbana

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JARDIM DE CHUVA Unidade de Aprendizagem 6 Diego Padilha de Lima DRENAGEM URBANA Seja bemvindo Uma abordagem sustentável da drenagem urbana em ambientes construídos precisa integrar todo o sistema de águas urbanas Uma das formas de se conseguir isso é melhorando a infiltração no próprio lote com a utilização de jardins de chuva técnica do tipo controle na fonte baseada no conceito de biorretenção e compensação das áreas impermeáveis Bons estudos 1 APRESENTAÇÃO Diego Padilha de Lima Possuo graduação em engenharia civil pela Faculdade do Futuro 2016 Pósgraduação como especialista em projetos execução e desempenho de estruturas e fundações pelo Instituto de Pós Graduação IPOG Vitória 2019 e Pósgraduação em desenvolvimento e gerenciamento em projetos em BIM 2019 Mestre em Gestão do Trabalho vinculado à implementação do BIM no Brasil Atualmente é projetista estrutural e sócio da empresa ISO Engenharia Atua como professor na Faculdade Novo Milênio ministrando as disciplinas de Estruturas Mecânica dos Solos e Infraestrutura urbana Tem experiência na área de reologia do concreto e suas propriedades e na elaboração de compatibilização de projetos em softwares BIM com a plataforma IFC 2 CONHEÇA O CONTEUDISTA 3 Entender sobre jardins de chuva Relacionar uma abordagem sustentável com a drenagem urbana Aprender o conceito de biorretenção e compensação de áreas permeáveis OBJETIVO DA UNIDADE Ao final dessa Unidade de Aprendizagem você deverá apresentar os seguintes aprendizados UNIDADE DE APRENDIZAGEM 6 Introdução O jardim de chuva como uma estrutura hidrológica funcional na paisagem de baixo investimento e manutenção simplificada no qual através do sistema solo plantaatmosfera e processos de infiltração retenção e adsorção purifica e absorve as águas pluviais de pequenas áreas reduzindo o volume escoado e protegendo as águas subterrâneas Projetada para captar reter retardar e minimizar ou evitar os impactos advindos do escoamento superficial Nessa etapa as águas são conservadas sobre sua superfície e depois se infiltram ou evaporam Concomitantemente ao processo de infiltração ocorre a filtração nos jardins de chuva A função de filtração é bastante abordada devido a sua capacidade na remoção de poluentes carreados pelo escoamento superficial Pesquisas constataram que os principais poluentes removidos são os sólidos suspensos totais nitratos fósforo total zinco e metais pesados Em um jardim de chuva duas questões são importantes em relação a seu desempenho hidráulicohidrológico o controle da quantidade de água escoada através de suas depressões e cotas mais baixas o que facilita a captação e a retenção da água e a melhoria da qualidade das águas retidas através da remoção de poluentes e da associação de nutrientes advindos do escoamento superficial Os processos que ocorrem na natureza como fitorremediação decomposição desnitrificação evapotranspiração e adsorção são os mesmos que existem no jardim de chuva em menor escala O desenho a estrutura do jardim de chuva e as condições ambientais locais interferem nesses processos A cobertura vegetal utilizada tem relevância no desempenho do sistema por participar da função de evapotranspiração do tratamento de determinados poluentes e principalmente por atuar hidraulicamente no prolongamento da capacidade de infiltração do sistema 4 DRENAGEM URBANA Função Percentuais das remoções de materiais pela função de filtração dos jardins de chuva 5 DRENAGEM URBANA Estrutura básica proposta para um jardim de chuva 6 DRENAGEM URBANA Etapas de cálculo adotadas no dimensionamento da estrutura do jardim de chuva Cálculo do volume de entrada As vazões são determinadas por meio do Método Racional Equação 2 O cálculo do volume de entrada VE III é fornecido pelo produto da vazão pelo tempo Equação 3 Sendo Q vazão máxima L³T m³s C coeficiente de escoamento adimensional i intensidade da precipitação LT mmh A área do telhado L² m² VE volume de entrada L³ m³ t tempo T segundos O volume de saída é representado pelo produto da lâmina infiltrada acumulado no tempo t pela área de infiltração do experimento Equação 4 7 DRENAGEM URBANA Volume de saída Altura da camada de armazenamento 8 DRENAGEM URBANA Sendo Dimensões adotadas no jardim de chuva Planta baixa a Em perfil b Vista tridimensional da estrutura c 9 DRENAGEM URBANA Espessura da camada de armazenamento do jardim de chuva piloto para tempos de retorno 2 5 10 e 25 anos e para durações de até 2 h área de base de 4 m² Diferenças percentuais entre as espessuras da camada de armazenamento obtidas comparação do tempo de retorno de 5 e 2 anos do tempo de retorno de 10 e 5 anos e do tempo de retorno de 25 e 10 anos 10 Mesmo para grandes volumes de precipitação o jardim de chuva é eficiente no processo de detenção temporária das águas e posterior infiltração Isso foi possível devido à elevada taxa de infiltração na superfície do jardim de chuva com valor médio de 312 mmh Esse valor é característico de solos com classificação hidrológica do tipo A estando em conformidade com a granulometria do substrato Em relação ao armazenamento a camada de brita utilizada como estrutura para o armazenamento das águas pluviais infiltradas no sistema comportase de maneira adequada garantindo a retenção temporária dos volumes infiltrados como observado nos níveis piezométricos Com isso podemos entender como funciona na prática um jardim de chuva e suas vantagens Concluindo a Unidade DICA DO PROFESSOR 11 Jardim de chuva pode ajudar a lidar com enchentes nas cidades Assista o vídeo abaixo para entender melhor sobre LinkhttpswwwyoutubecomwatchvG10bzEqbo Questão 1 Jardim de chuva é estrutura hidrológica funcional na paisagem de baixo investimento e manutenção simplificada que ajuda em enchentes em cidades que possuem problemas de drenagem urbana podemos descrever suas funcionalidades como a Captar reter retardar e minimizar ou evitar os impactos advindos do escoamento superficial b Diminuir a precipitação das cidades c Melhorar o paisagismo com os jardins d Melhor a qualidade da água das chuvas Gabarito D Justificativa do gabarito Os jardins de chuva ajudam na permeabilidade do solo urbano melhorando assim o escoamento superficial no local que é aplicado 12 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Vídeo Jardim de Chuva projeto piloto Segue o link httpswwwyoutubecomwatchvUyAk57qJCPc Vídeo Jardins de chuva viram redutos Segue o link httpswwwyoutubecomwatchvEucvijc5H9w 13 SAIBA MAIS BAPTISTA M B NASCIMENTO N O BARRAUD S Técnicas compensatórias em drenagem urbana Porto Alegre ABRH 2005 BRASIL Saneamento básico Lei Federal N 11445 de 05 de janeiro de 2007 Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico Brasília DOU2007 BRASIL Código Florestal Brasileiro Lei N 12651 de 25 de maio de 2012 Institui o novo código florestal brasileiro COFFMAN L et al 1998 LowImpact Development Hydrologic Analysis and Design In LOUCKS Eric D Comp Water Resources and the Urban Environment Illinois Asce p 135 CORREA C B GONZÁLEZ J F N O uso de coberturas ecológicas na restauração de coberturas planas NUTAU 2002 DRUMOND Pde P Estudo da influência da reservação de águas pluviais em lotes no município de Belo Horizonte MG Avaliação hidráulica e hidrológica 2012 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA Sinopse do Censo Demográfico 2010 Disponível em Acessoem 15 jan 2011 JENKINS J K G WADZUK B M WELKER A L Fines Accumulation and Distribution in a StormWater Rain Garden Nine Years Post Construction Journal of irrigation and Drainage Engineering v 136 n 12 p 862869 2010 LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA DE PERNAMBUCO INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO Climatologia Disponível em Acesso em 13 dez 2010 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS