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Engenharia Mecânica ·

Processos de Usinagem

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U N I D A D E 1 U S I N A G E M D E M A T E R I A I S I N T R O D U Ç Ã O A O S P R O C E S S O S D E F A B R I C A Ç Ã O E N R 1 2 Marcelo de Jesus Rodrigues da Nóbrega AUTOR Qual o processo de usinagem mais indicado para a fabricação de uma peça específica Qual ferramenta devo utilizar para obter os melhores resultados na usinagem Quais as melhores condições econômicas de usinagem que permitirão otimizar o processo de fabricação com os menores custos Quais os parâmetros de usinagem mais apropriados para uma determinada operação de usinagem e quais os cálculos envolvidos Ter conhecimento da NR12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Compreender os aspectos introdutórios a respeito dos processos de fabricação Olá aluno a A usinagem se tornou um importante processo presente em diversos setores industriais por conta de seu baixo custo e flexibilidade de produção CCV INDUSTRIAL 2017 No entanto Casarin 2018 explica que trabalhar na área de usinagem exige uma série de conhecimentos que nos permitam responder questionamentos do tipo Portanto a partir da explanação do conteúdo proposto você encontrará conceitos fundamentais dos processos de usinagem tipos de ferramentas e máquinas básicas relacionadas aos processos mecânicos de usinagem aspectos geométricos da ferramenta de corte definição de velocidade de avanço e de corte e profundidade de corte características gerais de cavacos o uso de fluidos de corte condições econômicas de corte e os cálculos de força e potência de usinagem Além disso este material irá apresentar a Norma Regulamentadora NR 12 que tem por objetivo prevenir acidentes e doenças ocupacionais durante o uso de máquinas e equipamentos Bons estudos Objetivos de Aprendizagem Ao final dessa UA você deve apresentar os seguintes aprendizados APRESENTAÇÃO 01 CONHEÇA O CONTEUDISTA Sou Marcelo de Jesus Rodrigues da Nóbrega sou PósDoutor Sênior e Júnior em Engenharia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ 2013 e 2019 Doutor em Engenharia Mecânica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro PUCRio 2010 Mestre em Tecnologia na Área de Processos Tecnológicos pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca CEFETRJ 2004 Engenheiro Mecânico pelo CEFETRJ 2002 Tecnólogo em Mecânica também pelo CEFETRJ 2001 Licenciado em Física pela Universidade Cândido Mendes UCAM 2006 Licenciado em Matemática e Engenheiro Civil ambos pela Sociedade Augusto Motta UNISUAM 2002 Licenciado em Pedagogia UniBF 2022 ESPECIALIZAÇÃO NA ÁREA TECNOLÓGICA Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho FSS 2005 MBA em Negócios Imobiliários UniBF 2020 Especialista em Trânsito UniBF 2020 Especialista em Engenharia e Gerenciamento de Manutenção UniBF 2020 Especialista em Engenharia de Avaliações e Perícias UniBF 2020 Especialista em Higiene Ocupacional CESDA 2020 Especialista em Engenharia Elétrica Ênfase em Instalações Residenciais UCAM 2020 e Especialista em Engenharia Civil Sistemas Construtivos em Edificações FASOUZA 2020 ESPECIALIZAÇÃO NA ÁREA DE MEIO AMBIENTE Especialista em Engenharia de Meio Ambiente UNIG 2010 Especialista em Auditoria e Perícia Ambiental FUNIP 2020 Especialista em Saneamento FAVENI 2020 e Especialista em Gestão Ambiental UCAM 2019 ESPECIALIZAÇÃO NA ÁREA EDUCACIONAL Especialista em Gestão de Sistemas Educacionais UniBF 2022 Especialista em Gestão Escolar Administração Inspeção Orientação e Supervisão FAVENI 2020 Especialista em Docência do Ensino Superior pela Faculdade São Judas Tadeu FSJT 2002 Especialista em Metodologias Ativas e Prática Docente UniBF 2021 Especialista em Educação a Distância UniBF 2020 Especialista em Ciências Sociais UniBF 2021 Especialista em Ciências da Religião UniBF 2020 Marcelo de Jesus Rodrigues da Nóbrega 02 CONHEÇA O CONTEUDISTA EXPERIÊNCIA PROFISSIONALTECNOLÓGICA Possuo experiência de mais de 18 anos nas áreas de Engenharia de Segurança do Trabalho e de Meio Ambiente especialmente nas áreas de Licenciamento Ambiental atividades Industriais de Geração e Cogeração de Energia Subestações de Energia Elétrica Helipontos e Estações RádioBase e Avaliação e Análise de Riscos Industriais e gestão de Unidades de Conservação Ambiental Possuo mais de 250 trabalhos técnicos nas áreas de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente além de atuar como Perito Judicial nomeado em mais de 200 processos TJRJ TRT1 e JF EXPERIÊNCIA ACADÊMICAGESTÃO Possuo mais de 20 anos de experiência Docente no Ensino Superior e Técnico atuando principalmente nos seguintes temas Ergonomia e Segurança do Trabalho Perícia Judicial em Engenharia Resistência dos Materiais Desenho Técnico Desenho de Engenharia e Arquitetura Técnicas de Construção Civil Tópicos Especiais em Engenharia Civil Tópicos Especiais em Engenharia Mecânica Tópicos Especiais em Engenharia Elétrica Mecânica Aplicada Fabricação de Componentes Mecânicos Métodos Numéricos e Comportamento Mecânico dos Materiais Além disso possuo experiência docente e na coordenação de diferentes cursos na área das Engenharias Engenharia Civil Engenharia Mecânica Engenharia de Produção Engenharia Elétrica Engenharia Ambiental e Sanitária e Engenharia de Petróleo e como TutorOrientador na Universidade Aberta do Brasil 2020 Sou Editor de Revistas Científicas e Avaliador do MEC INEPENADE também atuando como Avaliador de Cursos de Graduação pelo INEPMEC Por fim participo como orientador eou avaliador de mais de 200 Trabalhos de Conclusão de Curso em diferentes níveis Doutorado Mestrado Especialização e Graduação Marcelo de Jesus Rodrigues da Nóbrega 03 USINAGEM DE MATERIAIS A usinagem é reconhecidamente o processo de fabricação mais popular do mundo transformando em cavacos algo em torno de 10 de toda a produção de metais e empregando dezenas de milhões de pessoas TRENT 1985 A figura a seguir mostra uma classificação dos processos de fabricação na qual se destaca a usinagem É um processo complexo em razão das dificuldades em determinar as imprevisíveis condições ideais do corte definindose como ideal aquelas capazes de produzir peças de especificações de formas tamanho e acabamento visando o menor custo possível Figura 01 Classificação dos processos de fabricação Fonte Teoria da usinagem dos materiais página 18 UNIDADE 1 04 Acabamento de superfície de peças fundidas ou conformadas fornecendo melhor aspecto e dimensões com maior grau de exatidão Possibilidade de abertura de furos roscas rebaixos etc Custo mais baixo porque possibilita a produção de grandes quantidades de peças Fabricação de somente uma peça com qualquer formato a partir de um bloco de material metálico ou não metálico Baixa velocidade de produção Alto custo máquinas materiais mãodeobra especializada e ferramentas De um modo geral a usinagem permite Em contrapartida É importante mencionar que existem relações que envolvem a usinagem como mostra a figura a seguir Figura 02 Relações De acordo com Ferraresi 1970 p XXV as operações de usinagem podem ser definidas como Aquelas que ao conferir a forma à peça ou dimensões ou acabamento ou qualquer combinação destes 3 itens produzem cavaco Entendese por cavaco A porção de material da peça retirada pela ferramenta caracterizandose por apresentar forma irregular A figura a seguir ilustra uma operação de usinagem podese observar uma barra de material cilíndrica presa por um dispositivo de rotação e uma ferramenta que se move na direção do raio da barra e do seu comprimento Ao longo do processo de usinagem esta barra é convertida em uma peça cilíndrica com dimensões bem definidas sendo obtida pelo movimento relativo da ferramenta que se move cortando o material dessa peça removendo parte dele em forma de cavaco 05 U S I N A G E M D E M A T E R I A I S Figura 03 Princípio básico da usinagem em uma operação de torneamento Fonte Princípios dos processos de fabricação por usinagem página 21 A peça em estado bruto e a ferramenta devem ser montadas em uma máquina ferramenta que permite a remoção gradual dos excessos resultando na forma final com acabamento e dimensão apropriada Assim a máquina ferramenta pode ser definida como um sistema de dispositivo e mecanismos que visam fixar a peça e a ferramenta realizando movimentos com a direção e a velocidade necessárias para o corte resultando no processo de usinagem As figuras a seguir são exemplos de máquinas ferramenta para usinagem e por torneamento e plainamento Figura 04 Exemplo de máquinaferramenta para usinagem Fonte Princípios dos processos de fabricação por usinagem página 22 06 USINAGEM DE MATERIAIS Figura 05 Plaina limadora e Torno A escolha da máquina ferramenta é de acordo com as especificações técnicas exigidas sendo possível obter formatos variados isto é planos curvas cilindros cones entre outras formas como mostra a figura a seguir Figura 06 Formas Variadas Fonte Processos mecânicos de usinagem 1998 Uma vez que o processo de usinagem consiste em remover o sobremetal de uma peça ou de um bloco de aço para obter um ou vários produtos a peça irá adquirir forma as dimensões e o acabamento que foi especificado no desenho de execução Assim o processo de remoção do sobremetal removido e transformado em cavaco excedente do ferro fundido ocorre em duas fases desbaste e acabamento da peça Figura 07 Representação Fonte Processos mecânicos de usinagem 1998 07 USINAGEM DE MATERIAIS As ferramentas monocortantes conhecidas por bite apresentam barras com extremidades afiadas para o tipo de operação e o material a ser trabalhado O desbaste é a fase inicial da usinagem é o processo que confere forma ao material que ainda não passou pelo acabamento definitivo Os cavacos serão grossos e a superfície da peça apresenta sulcos profundos Figura 08 Desbaste Fonte Processos mecânicos de usinagem 1998 O acabamento e a fase em que se obtém um produto com dimensões finais e rugosidade adequada No acabamento os sulcos produzidos na superfície quase não são percebidos pois os cavacos geralmente são finos A figura a seguir é um exemplo de alargamento cilíndrico de acabamento Figura 09 Acabamento Fonte Processos mecânicos de usinagem 1998 O sobremetal pode ser removido manualmente a partir do uso de uma ferramenta de corte ou mecanicamente por exemplo a furação As ferramentas de corte são divididas em monocortantes e multicortantes 08 USINAGEM DE MATERIAIS As ferramentas multicortantes são uma associação de ferramentas monocortantes Possuem múltiplas facas de corte ao contrário da supracitada que apresenta apenas uma Figura 10 Ferramentas monocortantes Fonte Processos mecânicos de usinagem 1998 Figura 11 Ferramentas Multicortantes Fonte Processos mecânicos de usinagem 1998 Movimento de Corte Esse processo consiste na volta ou curso dado ao longo do material bruto ou na ferramenta para remover o sobremetal localizado neste percurso Esse movimento gera o comprimento do cavaco Figura 12 Movimentos de Corte 09 USINAGEM DE MATERIAIS Movimento de Avanço Esse movimento possibilita a retirada do sobremetal nas voltas ou cursos seguintes dando espessura ao cavaco Figura 13 Movimentos de Avanço Fonte Processos mecânicos de usinagem1998 Movimento de Profundidade Esse movimento possibilita a regulagem do corte dando largura ao cavaco O movimento de profundidade se distingue por ser realizado a cada passe feito O passe é o percurso realizado no movimento de avanço Figura 14 Movimentos de Profundidade Entretanto em alguns processos de usinagem podem ocorrer dois movimentos de avanço um principal map e um movimento secundário mas Figura 15 Torneamento de Superfícies Curvas Fonte Processos mecânicos de usinagem 1998 10 USINAGEM DE MATERIAIS Torneamento cilíndrico externo Torneamento cilíndrico interno Torneamento cônico externo Torneamento cônico interno Faceamento Perfilamento Sangramento Recartilhamento Furação Furação com préfuro Furação de centro Alargamento cilíndrico Alargamento cônico Rebaixamento O objetivo da figura abaixo é apontar as principais operações realizadas no torno A peça gira em torno do seu próprio eixo enquanto a ferramenta de corte realiza os movimentos de avanço longitudinal eou transversal Essas operações são Figura 16 Principais operações executadas no torno As operações realizadas na furadeira serão apresentadas na figura a seguir Aqui a ferramenta gira e realiza o movimento de avanço que pode ser manual ou automático Normalmente a qualidade de trabalho produzido pela operação de furação é inferior a IT11 Caso seja exigida uma qualidade superior o alargamento deve ser executado 11 USINAGEM DE MATERIAIS Trepanação Ferramenta para furação profunda com broca canhão Fresamento tangencial concordante ou discordante Fresamento tangencial de canais ou de perfis Fresamento de topo Fresamento frontal Fresamento com fresa de topo esférica Figura 17 Principais operações executadas na furadeira Fonte Teoria da usinagem dos materiais página 22 A operação de fresamento que será representada na próxima figura é reconhecida pela versatilidade na produção de geometrias diversas além de garantir elevadas taxas de remoção de material visto que a ferramenta fresa possui múltiplas arestas de corte Nesse grupo de operações a ferramenta gira enquanto presa à mesa é responsável pelos movimentos de avanço longitudinal e transversal Figura 07 Em situações especiais a peça pode ficar estática enquanto a ferramenta realiza todos os movimentos 12 USINAGEM DE MATERIAIS Fresamento de cavidades Fresamento de engrenagens de dentes retos com fresa de perfil Fresamento de engrenagens pelo processo Fellows Fresamento de engrenagens cônicas helicoidais Fresamento de engrenagens com par de fresas Fresamento de engrenagens com fresa caracol Figura 18 Principais operações executadas na fresadora Fonte Teoria da usinagem dos materiais página 23 Além disso o fresamento é o principal responsável pela fabricação de engrenagens A Figura 08 ilustra os seguintes exemplos 13 USINAGEM DE MATERIAIS Figura 19 Exemplos de fresamento de engrenagens Fonte Teoria de usinagem dos materiais página 24 O mandrilhamento é realizado em um equipamento específico mandriladora similar a uma fresadora de grande porte Nessa operação utilizada principalmente no acabamento interno de furos cilíndricos e com perfis especiais a ferramenta é dotada dos movimentos de corte e avanço enquanto a peça permanece estática Figura 20 É particularmente interessante para a usinagem de peças de grandes dimensões e assimétricas Figura 20 Mandrilhamento Fonte Teoria da usinagem dos materiais página 25 14 USINAGEM DE MATERIAIS Roscamento externo com ferramenta de ponta única Roscamento interno com ferramenta de ponta única Roscamento interno com macho de corte Roscamento externo com ferramenta multiarestas Roscamento interno com ferramenta multiarestas O brochamento é comumente empregado quando se deseja produzir furos com formas diferentes da cilíndrica A ferramenta brocha é tracionada e a passagem de dentes sucessivos provoca a mudança de forma de um furo inicial para o perfil desejado Elevada qualidade dimensional e geométrica pode ser conseguida em componentes produzidos em massa Formas externas também podem ser produzidas por meio dessa operação A Figura 21 ilustra as operações de brochamento interno e externo bem como dá exemplos de peças produzidas por meio dessa operação Figura 21 Brochamento e aplicações Fonte Teoria de usinagem dos materiais página 26 A abertura de roscas é uma operação bastante diversificada e que pode ser realizada com o uso de dispositivos manuais ou por meio de máquinas ferramentas tornos fresadoras rosqueadeiras etc dependendo principalmente da taxa de produção esperada mas também das dimensões da rosca Roscas externas podem ser produzidas por cossinetes conhecidas como tarraxas ou por ferramentas de perfil único ou múltiplo Figura 22 Já as roscas internas podem ser produzidas utilizando machos ou ferramentas de perfil único ou múltiplo A Figura 22 ilustra os seguintes exemplos 15 USINAGEM DE MATERIAIS Roscamento externo com cossinete Figura 22 Rosqueamentos interno e externo Em 8 de junho de 1978 o Ministério do Trabalho e Emprego MTE criou a Norma Regulamentadora número 12 NR 12 que tem como objetivo garantir que máquinas e equipamentos sejam seguros para o uso do trabalhador Nesse sentido esta norma exige informações completas sobre todo o ciclo de vida de máquinas e equipamentos incluindo transporte instalação utilização manutenção e até mesmo sua eliminação ao final da vida útil LIMA 2019 A NR 12 é considerada uma das mais importantes e extensas das 36 normas regulamentadoras da Consolidação de Leis Trabalhistas que passou por diversas atualizações ao longo dos anos conforme a indústria nacional se desenvolvia Segundo Lima 2019 a última alteração ocorreu por meio da Portaria Nº 916 do Ministério da Economia de 30 de julho de 2019 De modo geral a NR 12 considera as seguintes medidas de proteção coletiva administrativas ou de organização do trabalho e individual São mais propensas a causar acidentes máquinas que fazem movimentos giratórios alternados e retilíneos LIMA 2019 Lima 2019 explica que muitas vezes os acidentes em canteiros de obras são causados porque os trabalhadores não se comunicam Ou seja alguém liga uma máquina sem saber que há um companheiro com a mão no motor por exemplo Mais adiante veremos nesta Unidade de Aprendizagem alguns aspectos presentes na NR 12 que são fundamentais para prevenção de acidentes com máquinas e equipamentos 16 USINAGEM DE MATERIAIS Medidas de proteção coletiva envolvem a implantação de proteções físicas fixas nas áreas de risco onde cada tipo de máquina ou sistema de operação possui um tipo de proteção coletiva A implantação depende de uma análise prévia Medidas administrativas para que os sistemas de segurança e medidas de proteção funcionem os funcionários devem estar treinados A empresa deve ainda adotar uma política de manutenção preventiva de seus equipamentos diminuindo a probabilidade de falhas técnicas Medidas de proteção individual envolvem a utilização de Equipamentos de Proteção Individual EPIs prevendo o tempo de exposição a fatores de riscos Os itens são definidos pelo Programa Prevenção a Riscos Ambientais PPRA previsto pela NR 9 e pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PCMSO determinado pela NR 7 Antes que o trabalhador assuma sua função Sem ônus para o trabalhador Com carga horária mínima que garanta aos trabalhadores executarem suas atividades com segurança Ter conteúdo programático conforme o estabelecido no Anexo II da Norma NR 12 Ser ministrada por trabalhadores ou profissionais qualificados para este fim com supervisão de profissional legalmente habilitado Exigências da NR 12 para assegurar a segurança dos trabalhadores Na prática para se adequar às exigências da NR 12 é preciso obter e manter sempre atualizados os seguintes documentos inventário de máquinas planta baixa análise de risco diagnóstico plano de ação e manual de operação e manutenção LIMA 2019 Com relação aos procedimentos de capacitação previstos na NR 12 os trabalhadores envolvidos com máquinas e equipamentos manutenção inspeção ou operação devem ser capacitados pelo empregador para a prevenção de acidentes e doenças e deve ocorrer nas seguintes condições Lima 2019 ressalta ainda que sempre que houver mudanças significativas nas instalações na operação das máquinas e equipamentos processos e realizações de trabalhos deve ser realizada uma capacitação de reciclagem Para o autor são questões de extrema importância e que devem ser observadas com atenção 17 USINAGEM DE MATERIAIS A Anotação de Responsabilidade Técnica ART é um instrumento indispensável para identificar a responsabilidade técnica pelas obras ou serviços prestados por profissionais ou empresas A NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção prevê ambientes de trabalho e circulação adequados e seguros Com isso a operação de máquinas e equipamentos conforme a NR 12 se torna mais segura O desenvolvimento dos documentos orienta a adequação às exigências da NR 12 além de facilitar a comprovação de atendimento às regras no caso de uma eventual fiscalização Para cada atividade desenvolvida em um canteiro de obras a NR 12 estabelece procedimentos específicos padronizados com descrição detalhada de cada tarefa passo a passo Todos esses passos são determinados a partir da análise de risco É preciso ainda observar as orientações da NR 4 sobre saúde e segurança do trabalho Os profissionais envolvidos na operação manutenção inspeção e demais intervenções em máquinas e equipamentos devem ser devidamente capacitados e habilitados às funções para as quais foram designados A NR 12 estabelece quais são os certificados necessários e até mesmo a carga horário de treinamento necessária para cada tipo de máquina ou equipamento Para advertir os trabalhadores e demais pessoas sobre os riscos a que estão expostos as instruções de operação e manutenção e outras informações necessárias para garantir a integridade física e a saúde dos trabalhadores Trabalhos em altura por exemplo precisam ser indicados conforme prevê a NR 35 De acordo com a NR 12 a sinalização de segurança deve a ficar destacada na máquina ou equipamento b ficar em localização claramente visível e c ser de fácil compreensão a movidos ou impulsionados por força humana ou animal Além disso a NR 12 determina que algumas máquinas e equipamentos não precisam seguir as suas exigências É o caso daqueles 18 USINAGEM DE MATERIAIS b expostos em museus feiras e eventos para fins históricos ou que sejam considerados antiguidades e não sejam mais empregados com fins produtivos c classificados como eletrodomésticos e d máquinas e equipamentos destinados à exportação Seleção da matériaprima e do método de usinagem Seleção dos processos de usinagem para cada superfície da peça Determinação da sequência de operações Determinação da fixação da peça para cada operação Seleção do equipamento e ferramentas para as operações de usinagem Determinação das dimensões e tolerâncias operacionais para as operações de usinagem Seleção das condições de usinagem e determinação dos tempos padrões para cada operação De acordo com Coelho e Silva 2018 o Planejamento de um Processo de Usinagem pode ser definido como a atividade de selecionar e definir os processos que devem ser executados para transformar a matériaprima em produto acabado e pode ser enumerado da seguinte maneira 1 2 3 4 5 6 7 Planejar consiste na escolha de alguns recursos dentre os disponíveis como máquinasferramentas ferramentas de corte dispositivos de fixação definição de sequência de operações definição de condições de corte e definição de operações auxiliares de forma a sistematizar essas tarefas para a obtenção do produto dentro das especificações de projeto COELHO E SILVA 2018 Dispositivos de partida acionamento e parada A tabela a seguir indica a relação de como devem ser projetados os dispositivos de partida acionamento e parada de máquinas Tabela 01 Projeto de dispositivos de partida acionamento e parada 19 USINAGEM DE MATERIAIS Forma da superfície se rotacional ou prismática Dimensões da superfície em relação à capacidade das máquinas existentes Tolerância dimensional e de forma assim como o acabamento superficial Peso da peça em relação à capacidade das máquinas Material da peça e tratamento térmico aplicado Volume de produção e frequência dos lotes Todas as máquinas devem ser compostas por um ou mais dispositivos de parada de emergência podendo evitar situações de perigos latentes Vale ressaltar que esse mecanismo não pode ser utilizado para partida ou acionamento Desta maneira essa função não pode prejudicar os sistemas de segurança ou gerar riscos aos funcionários Ademais todas as máquinas devem contar com manual na língua portuguesa Brasil com caracteres legíveis devem possuir ilustrações explicativas estar escrito de forma clara e de fácil compreensão e estar disponível a todos Além dos fatores já descritos a seleção de uma operação ou processo de usinagem para uma dada superfície deve considerar também os seguintes fatores principais O Fluxograma a seguir apresenta as atividades típicas de uma sequência de planejamento de processos para usinagem 20 USINAGEM DE MATERIAIS Fonte Coelho e Silva 2018 A Norma Internacional DIN 8580 classifica os processos de fabricação em grupos com base nos critérios de criação a partir de uma forma inicial e utiliza a criação a partir da substância sem forma a alteração na forma e a alteração nas propriedades do material Por definição a DIN 8580 é aplicada a todos os processos de fabricação onde ocorre a remoção de material sob a forma de cavaco Conforme mencionado anteriormente a usinagem contempla diversas operações tais como torneamento aplainamento furação mandrilamento fresamento serramento brochamento roscamento retificamento brunimento lapidação polimento afiação limagem rasqueteamento Compreender tais operações é fundamental do ponto de vista da estrutura do material uma vez que a usinagem é um processo de cisalhamento do metal BRITO 2014 21 USINAGEM DE MATERIAIS Solidificação Processamento de partículas Metalurgia do pó Deformação Remoção de material Tratamento térmico Limpeza e tratamento superficial Recobrimento e processos de deposição Soldagem Brasagem Colagem Fixadores roscados Fixadores permanentes Classificação dos Processos de Fabricação Groover 2007 apud Barra 2013 Processamento de mudança de forma Processamento de mudança de propriedades Processamento de tratamentos superficiais Classificação dos Processos de Fabricação Groover 2007 apud Barra 2013 Montagem Permanente Fixação mecânica 22 USINAGEM DE MATERIAIS Quando usadas em um torno uma fresadora ou uma furadeira o corte dos materiais é sempre executado pelo que chamamos de princípio fundamental que utiliza a cunha que tem como principal característica seu ângulo de cunhagume c Quanto menor for o ângulo de cunha maior será sua facilidade de corte Brito 2014 p 7 explica que uma cunha mais aguda facilita a penetração da aresta cortante no material e produz cavacos pequenos o que é bom para o acabamento da superfície 23 USINAGEM DE MATERIAIS Possibilidades da usinagem Relações que envolvem a usinagem ferramenta parâmetros de corte componente processo de usinagem meio ambiente produtividade máquina ferramenta Norma Regulamentadora NR 12 que tem o objetivo de garantir que máquinas e equipamentos sejam seguros para o uso do trabalhador Atividades típicas de uma sequência de planejamento de processos para usinagem e Classificação dos Processos de Fabricação Os processos de fabricação são uma parte importante no desenvolvimento de produtos Portanto é fundamental conhecer determinados conceitos e normas que envolvem máquinas e equipamentos Nesta unidade você viu CONCLUINDO A UNIDADE 24 Como leitura complementar referente ao tema desta unidade e para auxiliar na realização dos exercícios de fixação recomendase a leitura das literaturas presentes no item Referências Bibliográficas DICA DO PROFESSOR 25 1A usinagem é uma enorme família de operações tais como A Cromagem aplainamento furação mandrilhamento fresamento serramento brochamento roscamento retificação brunimento lapidação polimento afiação limagem rasqueteamento B Torneamento aplainamento furação mandrilhamento fresamento serramento brochamento roscamento retificação brunimento lapidação polimento afiação niquelagem rasqueteamento C Torneamento aplainamento furação mandrilhamento fresamento serramento brochamento roscamento retificação brunimento lapidação polimento afiação limagem rasqueteamento D Torneamento aplainamento furação mandrilhamento fresamento serramento brochamento roscamento retificação brunimento lapidação polimento afiação limagem cobreamento E Torneamento aplainamento furação mandrilhamento fresamento serramento brochamento roscamento retificação brunimento revenimento lapidação polimento afiação limagem EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 26 2 Em relação à Norma Regulamentadora NR 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos no item que aborda Arranjo Físico e Instalações considere as seguintes afirmações I Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos as áreas de circulação devem ser devidamente demarcadas em conformidade com as normas técnicas oficiais II As áreas de circulação devem ser mantidas desobstruídas III A demarcação das áreas de circulação utilizandose marcos balizas ou outros meios físicos será feita apenas em casos excepcionais a critério do empregador Quais estão corretas segundo a NR 12 A Apenas I B Apenas II C Apenas III D Apenas I e II E I II e III EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 27 3 As disposições da Norma Regulamentadora NR 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos referemse a máquinas e equipamentos A Novos e usados exceto itens com menção específica de aplicabilidade B Movidos ou impulsionados por força humana ou animal C Expostos em museus feiras e eventos D Classificados como eletrodomésticos E Comprovadamente destinados à exportação EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 28 4 A NR 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos estabelece determinadas proibições com relação a máquinas e equipamentos com EXCEÇÃO de A Utilização de chaves tipo faca nos circuitos elétricos B Utilizarse de chave geral como dispositivo de partida e parada C Existência de partes energizadas expostas de circuitos que utilizam energia elétrica D Possuir dispositivo protetor contra sobre tensão quando a elevação da tensão puder ocasionar risco de acidentes EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 29 5 De acordo com as obrigações que cabem aos trabalhadores previstas na atualização da Norma Regulamentadora nº 12 segurança no trabalho em máquinas e equipamentos a que está em desacordo com a NR12 é A Cumprir todas as orientações relativas aos procedimentos seguros de operação alimentação abastecimento limpeza manutenção inspeção transporte desativação desmonte e descarte das máquinas e equipamentos B Realizar alterações nas proteções mecânicas ou dispositivos de segurança de máquinas e equipamentos C Comunicar a seu superior imediato se uma proteção ou dispositivo de segurança foi removido danificado ou se perdeu sua função D Participar dos treinamentos fornecidos pelo empregador para atender às exigências eou requisitos descritos na NR 12 E Colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas na NR12 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 30 SAIBA MAIS Introdução para as operações básicas da usinagem Curso de Tecnologia Mecânica Usinagem Essencial Vídeos Link httpswwwyoutubecomwatchvJfLbVoXK18 Link httpswwwyoutubecomwatchvVmzPAa8zdD0 32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRITO T G Introdução a Usinagem 2014 Varginha MG Disponível em httpsdocplayercombr66132358Introducaoausinagemcampusviiivarginhamghtml Acesso em 13 jul 2022 COELHO R T SILVA E J Introdução ao Planejamento de Processos de Usinagem 2018 Apostila de aula Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São Carlos Departamento de Engenharia de Produção Disponível em httpsedisciplinasuspbrpluginfilephp5709835modresourcecontent13 Planejamento20de20Processos20de20UsinagemV1pdf Acesso em 13 jul 2022 LIMA T O que é a NR 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos SIENGE Plataforma Disponível em httpswwwsiengecombrblogoqueenr12 Acesso em 13 jul 2022 NR12 Disponível em httpswwwgovbrtrabalhoeprevidenciaptbrcomposicaoorgaos especificossecretariadetrabalhoinspecaosegurancaesaudenotrabalhonormas regulamentadorasnr12pdf Acesso em 13 jul 2022 STOETERAU R L Fundamentos dos Processos de Usinagem 2018 Disponível em httpsitespoliuspbrdpmr2202arquivosaulasPMR2202AULA20RS1pdf Acesso em 13 jul 2022 33 GABARITO 1 Gabarito C Justificativa do gabarito Somente a alternativa C apresenta de forma completa todas as operações que correspondem à usinagem 2 Gabarito D Justificativa do gabarito Apenas I e II De acordo com a NR 12 as áreas de circulação devem ser obrigatoriamente demarcadas por algum meio físico portanto a afirmativa III não pode ser considerada verdadeira 3 Gabarito A Justificativa do gabarito O item 1212 da NR 12 define que esta normativa se refere apenas a máquinas e equipamentos novos e usados exceto nos itens em que houver menção específica quanto à sua aplicabilidade Enquanto no item 1214 define que essa norma não se aplica às demais alternativas presentes na nessa questão 4 Gabarito D Justificativa do gabarito O item 1238 da NR 12 define que as características presentes nas alternativas A B e C são proibidas em máquinas e equipamentos 5 Gabarito B Justificativa do gabarito O item 12110 da NR 12 define que os trabalhadores podem de maneira alguma alterar as proteções mecânicas ou os dispositivos de segurança de máquinas e equipamentos de maneira que possa colocar em risco a sua saúde e integridade física ou de terceiros 34