• Home
  • Chat IA
  • Guru IA
  • Tutores
  • Central de ajuda
Home
Chat IA
Guru IA
Tutores

·

Administração ·

Redação

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Recomendado para você

Empreendedorismo na Medicina Veterinária - Análise das Características Comportamentais

21

Empreendedorismo na Medicina Veterinária - Análise das Características Comportamentais

Redação

UNIAVAN

Texto de pré-visualização

Proposta 3 de Redação Português VI PRAZO 0407 ANEXAR NO SIGAA Texto 1 Eram pardos todos nus sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas Nas mãos traziam arcos com suas setas Vinham todos rijos sobre o batel e Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos E eles os pousaram De ponta a ponta é tudo praiapalma muito chã e muito formosa Pelo sertão nos pareceu vista do mar muito grande porque a estender olhos não podíamos ver senão terra com arvoredos que nos parecia muito longa Nela até agora não pudemos saber que haja ouro nem prata nem coisa alguma de metal ou ferro nem lho vimos Porém a terra em si é de muito bons ares Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente A feição deles é serem pardos um tanto avermelhados de bons rostos e bons narizes bem feitos Andam nus sem cobertura alguma Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara Acerca disso são de grande inocência Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro de comprimento de uma mão travessa e da grossura de um fuso de algodão agudo na ponta como um furador Metemnos pela parte de dentro do beiço e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita a modo de roque de xadrez E trazemno ali encaixado de sorte que não os magoa nem lhes põe estorvo no falar nem no comer e beber Os cabelos deles são corredios E andavam tosquiados de tosquia alta antes do que sobre pente de boa grandeza rapados todavia por cima das orelhas E um deles trazia por baixo da solapa de fonte a fonte na parte detrás uma espécie de cabeleira de penas de ave amarela que seria do comprimento de um coto mui basta e mui cerrada que lhe cobria o toutiço e as orelhas E andava pegada aos cabelos pena por pena com uma confeição branda como de maneira tal que a cabeleira era mui redonda e mui basta e mui igual e não fazia míngua mais lavagem para a levantar Ali andavam entre eles três ou quatro moças bem novinhas e gentis com cabelos muito pretos e compridos pelas costas e suas vergonhas tão altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que de as nós muito bem olharmos não se envergonhavam CAMINHA Pero Vaz de A carta Texto 2 Uma feita a Sol cobrira os três manos duma escaminha de suor e Macunaíma se lembrou de tomar banho Porém no rio era impossível por causa das piranhas tão vorazes que de quando em quando na luta pra pegar um naco de irmã espedaçada pulavam aos cachos pra fora dágua metro e mais Então Macunaíma enxergou numa lapa bem no meio do rio uma cova cheia dágua E a cova era quenem a marca dum pégigante Abicaram O herói depois de muitos gritos por causa do frio da água entrou na cova e se lavou inteirinho Mas a água era encantada porque aquele buraco na lapa era marca do pezão do Sumé do tempo em que andava pregando o evangelho de Jesus pra indiada brasileira Quando o herói saiu do banho estava branco louro e de olhos azuizinhos água lavara o pretume dele E ninguém não seria capaz mais de indicar nele um filho da tribo retinta dos Tapanhumas Nem bem Jiguê percebeu o milagre se atirou na marca do pezão do Sumé Porém a água já estava muito suja da negrura do herói e por mais que Jiguê esfregasse feito maluco atirando água pra todos os lados só conseguiu ficar da cor do bronze novo Macunaíma teve dó e consolou Olhe mano Jiguê branco você ficou não porém pretume foise e antes fanhoso que sem nariz Maanape então é que foi se lavar mas Jiguê esborrifava toda a água encantada pra fora da cova Tinha só um bocado lá no fundo e Maanape conseguiu molhar só a palma dos pés e das mãos Por isso ficou negro bem filho da tribo dos Tapanhumas Só que as palmas das mãos e dos pés dele são vermelhas por terem se limpado na água santa Macunaíma teve dó e consolou Não se avexe mano Maanape não se avexe não mais sofreu nosso tio Judas ANDRADE Mário de Macunaíma Texto 3 Texto 4 Uma simples túnica de algodão a que os indígenas chamavam aimará apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates caíalhe dos ombros até o meio da perna e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem Sobre a alvura diáfana do algodão a sua pele cor do cobre brilhava com reflexos dourados os cabelos pretos cortados rentes a tez lisa os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte a pupila negra móbil cintilante a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça da força e da inteligência ALENCAR 1984 O Guarani p 2021 Ver aquela alma selvagem livre como as aves que planavam no ar ou como os rios que corriam na várzea aquela natureza forte e vigorosa que fazia prodígios de força e coragem aquela vontade indomável como a torrente que se precipita do alto da serra prostrarse a seus pés submissa vencida escrava Peri é escravo da senhora ALENCAR 1984 O Guarani p 79 e 80 Texto 5 Além muito além daquela serra que ainda azula no horizonte nasceu Iracema Iracema a virgem dos lábios de mel que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira O favo da jati não era doce como seu sorriso nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado Mais rápida que a corça selvagem a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara O pé grácil e nu mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas Um dia ao pino do Sol ela repousava em um claro da floresta Banhavalhe o corpo a sombra da oiticica mais fresca do que o orvalho da noite Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto ALENCAR José de Iracema Texto 6 A primeira missa no Brasil Vitor Meireles 1861 Texto 7 Iracema José Maria de Medeiros Texto 8 Índios Bororo de Hercules Florêncio Texto 9 Autor Sebastião Salgado Proposta de Redação Baseandose na leitura dos textos motivadores construa um texto no modelo dissertativo argumentativo com a seguinte temática A representação da figura do índio nas artes em geral da Colônia à Contemporaneidade respeitando a modalidade culta escrita da língua portuguesa em no mínimo quinze e no máximo trinta linhas Prazo 1006 Proposta 3 de Redação Português VI PRAZO 0407 ANEXAR NO SIGAA Texto 1 Eram pardos todos nus sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas Nas mãos traziam arcos com suas setas Vinham todos rijos sobre o batel e Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos E eles os pousaram De ponta a ponta é tudo praiapalma muito chã e muito formosa Pelo sertão nos pareceu vista do mar muito grande porque a estender olhos não podíamos ver senão terra com arvoredos que nos parecia muito longa Nela até agora não pudemos saber que haja ouro nem prata nem coisa alguma de metal ou ferro nem lho vimos Porém a terra em si é de muito bons ares Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente A feição deles é serem pardos um tanto avermelhados de bons rostos e bons narizes bem feitos Andam nus sem cobertura alguma Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara Acerca disso são de grande inocência Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro de comprimento de uma mão travessa e da grossura de um fuso de algodão agudo na ponta como um furador Metemnos pela parte de dentro do beiço e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita a modo de roque de xadrez E trazemno ali encaixado de sorte que não os magoa nem lhes põe estorvo no falar nem no comer e beber Os cabelos deles são corredios E andavam tosquiados de tosquia alta antes do que sobre pente de boa grandeza rapados todavia por cima das orelhas E um deles trazia por baixo da solapa de fonte a fonte na parte detrás uma espécie de cabeleira de penas de ave amarela que seria do comprimento de um coto mui basta e mui cerrada que lhe cobria o toutiço e as orelhas E andava pegada aos cabelos pena por pena com uma confeição branda como de maneira tal que a cabeleira era mui redonda e mui basta e mui igual e não fazia míngua mais lavagem para a levantar Ali andavam entre eles três ou quatro moças bem novinhas e gentis com cabelos muito pretos e compridos pelas costas e suas vergonhas tão altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que de as nós muito bem olharmos não se envergonhavam CAMINHA Pero Vaz de A carta Texto 2 Uma feita a Sol cobrira os três manos duma escaminha de suor e Macunaíma se lembrou de tomar banho Porém no rio era impossível por causa das piranhas tão vorazes que de quando em quando na luta pra pegar um naco de irmã espedaçada pulavam aos cachos pra fora dágua metro e mais Então Macunaíma enxergou numa lapa bem no meio do rio uma cova cheia dágua E a cova era quenem a marca dum pégigante Abicaram O herói depois de muitos gritos por causa do frio da água entrou na cova e se lavou inteirinho Mas a água era encantada porque aquele buraco na lapa era marca do pezão do Sumé do tempo em que andava pregando o evangelho de Jesus pra indiada brasileira Quando o herói saiu do banho estava branco louro e de olhos azuizinhos água lavara o pretume dele E ninguém não seria capaz mais de indicar nele um filho da tribo retinta dos Tapanhumas Nem bem Jiguê percebeu o milagre se atirou na marca do pezão do Sumé Porém a água já estava muito suja da negrura do herói e por mais que Jiguê esfregasse feito maluco atirando água pra todos os lados só conseguiu ficar da cor do bronze novo Macunaíma teve dó e consolou Olhe mano Jiguê branco você ficou não porém pretume foise e antes fanhoso que sem nariz Maanape então é que foi se lavar mas Jiguê esborrifava toda a água encantada pra fora da cova Tinha só um bocado lá no fundo e Maanape conseguiu molhar só a palma dos pés e das mãos Por isso ficou negro bem filho da tribo dos Tapanhumas Só que as palmas das mãos e dos pés dele são vermelhas por terem se limpado na água santa Macunaíma teve dó e consolou Não se avexe mano Maanape não se avexe não mais sofreu nosso tio Judas ANDRADE Mário de Macunaíma Texto 3 Texto 4 Uma simples túnica de algodão a que os indígenas chamavam aimará apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates caíalhe dos ombros até o meio da perna e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem Sobre a alvura diáfana do algodão a sua pele cor do cobre brilhava com reflexos dourados os cabelos pretos cortados rentes a tez lisa os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte a pupila negra móbil cintilante a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça da força e da inteligência ALENCAR 1984 O Guarani p 2021 Ver aquela alma selvagem livre como as aves que planavam no ar ou como os rios que corriam na várzea aquela natureza forte e vigorosa que fazia prodígios de força e coragem aquela vontade indomável como a torrente que se precipita do alto da serra prostrarse a seus pés submissa vencida escrava Peri é escravo da senhora ALENCAR 1984 O Guarani p 79 e 80 Texto 5 Além muito além daquela serra que ainda azula no horizonte nasceu Iracema Iracema a virgem dos lábios de mel que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira O favo da jati não era doce como seu sorriso nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado Mais rápida que a corça selvagem a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara O pé grácil e nu mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas Um dia ao pino do Sol ela repousava em um claro da floresta Banhava lhe o corpo a sombra da oiticica mais fresca do que o orvalho da noite Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto ALENCAR José de Iracema Texto 6 A primeira missa no Brasil Vitor Meireles 1861 Texto 7 Iracema José Maria de Medeiros Texto 8 Índios Bororo de Hercules Florêncio Texto 9 Autor Sebastião Salgado Proposta de Redação Baseandose na leitura dos textos motivadores construa um texto no modelo dissertativo argumentativo com a seguinte temática A representação da figura do índio nas artes em geral da Colônia à Contemporaneidade respeitando a modalidade culta escrita da língua portuguesa em no mínimo quinze e no máximo trinta linhas Prazo 1006

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Recomendado para você

Empreendedorismo na Medicina Veterinária - Análise das Características Comportamentais

21

Empreendedorismo na Medicina Veterinária - Análise das Características Comportamentais

Redação

UNIAVAN

Texto de pré-visualização

Proposta 3 de Redação Português VI PRAZO 0407 ANEXAR NO SIGAA Texto 1 Eram pardos todos nus sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas Nas mãos traziam arcos com suas setas Vinham todos rijos sobre o batel e Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos E eles os pousaram De ponta a ponta é tudo praiapalma muito chã e muito formosa Pelo sertão nos pareceu vista do mar muito grande porque a estender olhos não podíamos ver senão terra com arvoredos que nos parecia muito longa Nela até agora não pudemos saber que haja ouro nem prata nem coisa alguma de metal ou ferro nem lho vimos Porém a terra em si é de muito bons ares Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente A feição deles é serem pardos um tanto avermelhados de bons rostos e bons narizes bem feitos Andam nus sem cobertura alguma Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara Acerca disso são de grande inocência Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro de comprimento de uma mão travessa e da grossura de um fuso de algodão agudo na ponta como um furador Metemnos pela parte de dentro do beiço e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita a modo de roque de xadrez E trazemno ali encaixado de sorte que não os magoa nem lhes põe estorvo no falar nem no comer e beber Os cabelos deles são corredios E andavam tosquiados de tosquia alta antes do que sobre pente de boa grandeza rapados todavia por cima das orelhas E um deles trazia por baixo da solapa de fonte a fonte na parte detrás uma espécie de cabeleira de penas de ave amarela que seria do comprimento de um coto mui basta e mui cerrada que lhe cobria o toutiço e as orelhas E andava pegada aos cabelos pena por pena com uma confeição branda como de maneira tal que a cabeleira era mui redonda e mui basta e mui igual e não fazia míngua mais lavagem para a levantar Ali andavam entre eles três ou quatro moças bem novinhas e gentis com cabelos muito pretos e compridos pelas costas e suas vergonhas tão altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que de as nós muito bem olharmos não se envergonhavam CAMINHA Pero Vaz de A carta Texto 2 Uma feita a Sol cobrira os três manos duma escaminha de suor e Macunaíma se lembrou de tomar banho Porém no rio era impossível por causa das piranhas tão vorazes que de quando em quando na luta pra pegar um naco de irmã espedaçada pulavam aos cachos pra fora dágua metro e mais Então Macunaíma enxergou numa lapa bem no meio do rio uma cova cheia dágua E a cova era quenem a marca dum pégigante Abicaram O herói depois de muitos gritos por causa do frio da água entrou na cova e se lavou inteirinho Mas a água era encantada porque aquele buraco na lapa era marca do pezão do Sumé do tempo em que andava pregando o evangelho de Jesus pra indiada brasileira Quando o herói saiu do banho estava branco louro e de olhos azuizinhos água lavara o pretume dele E ninguém não seria capaz mais de indicar nele um filho da tribo retinta dos Tapanhumas Nem bem Jiguê percebeu o milagre se atirou na marca do pezão do Sumé Porém a água já estava muito suja da negrura do herói e por mais que Jiguê esfregasse feito maluco atirando água pra todos os lados só conseguiu ficar da cor do bronze novo Macunaíma teve dó e consolou Olhe mano Jiguê branco você ficou não porém pretume foise e antes fanhoso que sem nariz Maanape então é que foi se lavar mas Jiguê esborrifava toda a água encantada pra fora da cova Tinha só um bocado lá no fundo e Maanape conseguiu molhar só a palma dos pés e das mãos Por isso ficou negro bem filho da tribo dos Tapanhumas Só que as palmas das mãos e dos pés dele são vermelhas por terem se limpado na água santa Macunaíma teve dó e consolou Não se avexe mano Maanape não se avexe não mais sofreu nosso tio Judas ANDRADE Mário de Macunaíma Texto 3 Texto 4 Uma simples túnica de algodão a que os indígenas chamavam aimará apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates caíalhe dos ombros até o meio da perna e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem Sobre a alvura diáfana do algodão a sua pele cor do cobre brilhava com reflexos dourados os cabelos pretos cortados rentes a tez lisa os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte a pupila negra móbil cintilante a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça da força e da inteligência ALENCAR 1984 O Guarani p 2021 Ver aquela alma selvagem livre como as aves que planavam no ar ou como os rios que corriam na várzea aquela natureza forte e vigorosa que fazia prodígios de força e coragem aquela vontade indomável como a torrente que se precipita do alto da serra prostrarse a seus pés submissa vencida escrava Peri é escravo da senhora ALENCAR 1984 O Guarani p 79 e 80 Texto 5 Além muito além daquela serra que ainda azula no horizonte nasceu Iracema Iracema a virgem dos lábios de mel que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira O favo da jati não era doce como seu sorriso nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado Mais rápida que a corça selvagem a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara O pé grácil e nu mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas Um dia ao pino do Sol ela repousava em um claro da floresta Banhavalhe o corpo a sombra da oiticica mais fresca do que o orvalho da noite Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto ALENCAR José de Iracema Texto 6 A primeira missa no Brasil Vitor Meireles 1861 Texto 7 Iracema José Maria de Medeiros Texto 8 Índios Bororo de Hercules Florêncio Texto 9 Autor Sebastião Salgado Proposta de Redação Baseandose na leitura dos textos motivadores construa um texto no modelo dissertativo argumentativo com a seguinte temática A representação da figura do índio nas artes em geral da Colônia à Contemporaneidade respeitando a modalidade culta escrita da língua portuguesa em no mínimo quinze e no máximo trinta linhas Prazo 1006 Proposta 3 de Redação Português VI PRAZO 0407 ANEXAR NO SIGAA Texto 1 Eram pardos todos nus sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas Nas mãos traziam arcos com suas setas Vinham todos rijos sobre o batel e Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos E eles os pousaram De ponta a ponta é tudo praiapalma muito chã e muito formosa Pelo sertão nos pareceu vista do mar muito grande porque a estender olhos não podíamos ver senão terra com arvoredos que nos parecia muito longa Nela até agora não pudemos saber que haja ouro nem prata nem coisa alguma de metal ou ferro nem lho vimos Porém a terra em si é de muito bons ares Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente A feição deles é serem pardos um tanto avermelhados de bons rostos e bons narizes bem feitos Andam nus sem cobertura alguma Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara Acerca disso são de grande inocência Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro de comprimento de uma mão travessa e da grossura de um fuso de algodão agudo na ponta como um furador Metemnos pela parte de dentro do beiço e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita a modo de roque de xadrez E trazemno ali encaixado de sorte que não os magoa nem lhes põe estorvo no falar nem no comer e beber Os cabelos deles são corredios E andavam tosquiados de tosquia alta antes do que sobre pente de boa grandeza rapados todavia por cima das orelhas E um deles trazia por baixo da solapa de fonte a fonte na parte detrás uma espécie de cabeleira de penas de ave amarela que seria do comprimento de um coto mui basta e mui cerrada que lhe cobria o toutiço e as orelhas E andava pegada aos cabelos pena por pena com uma confeição branda como de maneira tal que a cabeleira era mui redonda e mui basta e mui igual e não fazia míngua mais lavagem para a levantar Ali andavam entre eles três ou quatro moças bem novinhas e gentis com cabelos muito pretos e compridos pelas costas e suas vergonhas tão altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que de as nós muito bem olharmos não se envergonhavam CAMINHA Pero Vaz de A carta Texto 2 Uma feita a Sol cobrira os três manos duma escaminha de suor e Macunaíma se lembrou de tomar banho Porém no rio era impossível por causa das piranhas tão vorazes que de quando em quando na luta pra pegar um naco de irmã espedaçada pulavam aos cachos pra fora dágua metro e mais Então Macunaíma enxergou numa lapa bem no meio do rio uma cova cheia dágua E a cova era quenem a marca dum pégigante Abicaram O herói depois de muitos gritos por causa do frio da água entrou na cova e se lavou inteirinho Mas a água era encantada porque aquele buraco na lapa era marca do pezão do Sumé do tempo em que andava pregando o evangelho de Jesus pra indiada brasileira Quando o herói saiu do banho estava branco louro e de olhos azuizinhos água lavara o pretume dele E ninguém não seria capaz mais de indicar nele um filho da tribo retinta dos Tapanhumas Nem bem Jiguê percebeu o milagre se atirou na marca do pezão do Sumé Porém a água já estava muito suja da negrura do herói e por mais que Jiguê esfregasse feito maluco atirando água pra todos os lados só conseguiu ficar da cor do bronze novo Macunaíma teve dó e consolou Olhe mano Jiguê branco você ficou não porém pretume foise e antes fanhoso que sem nariz Maanape então é que foi se lavar mas Jiguê esborrifava toda a água encantada pra fora da cova Tinha só um bocado lá no fundo e Maanape conseguiu molhar só a palma dos pés e das mãos Por isso ficou negro bem filho da tribo dos Tapanhumas Só que as palmas das mãos e dos pés dele são vermelhas por terem se limpado na água santa Macunaíma teve dó e consolou Não se avexe mano Maanape não se avexe não mais sofreu nosso tio Judas ANDRADE Mário de Macunaíma Texto 3 Texto 4 Uma simples túnica de algodão a que os indígenas chamavam aimará apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates caíalhe dos ombros até o meio da perna e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem Sobre a alvura diáfana do algodão a sua pele cor do cobre brilhava com reflexos dourados os cabelos pretos cortados rentes a tez lisa os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte a pupila negra móbil cintilante a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça da força e da inteligência ALENCAR 1984 O Guarani p 2021 Ver aquela alma selvagem livre como as aves que planavam no ar ou como os rios que corriam na várzea aquela natureza forte e vigorosa que fazia prodígios de força e coragem aquela vontade indomável como a torrente que se precipita do alto da serra prostrarse a seus pés submissa vencida escrava Peri é escravo da senhora ALENCAR 1984 O Guarani p 79 e 80 Texto 5 Além muito além daquela serra que ainda azula no horizonte nasceu Iracema Iracema a virgem dos lábios de mel que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira O favo da jati não era doce como seu sorriso nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado Mais rápida que a corça selvagem a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara O pé grácil e nu mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas Um dia ao pino do Sol ela repousava em um claro da floresta Banhava lhe o corpo a sombra da oiticica mais fresca do que o orvalho da noite Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto ALENCAR José de Iracema Texto 6 A primeira missa no Brasil Vitor Meireles 1861 Texto 7 Iracema José Maria de Medeiros Texto 8 Índios Bororo de Hercules Florêncio Texto 9 Autor Sebastião Salgado Proposta de Redação Baseandose na leitura dos textos motivadores construa um texto no modelo dissertativo argumentativo com a seguinte temática A representação da figura do índio nas artes em geral da Colônia à Contemporaneidade respeitando a modalidade culta escrita da língua portuguesa em no mínimo quinze e no máximo trinta linhas Prazo 1006

Sua Nova Sala de Aula

Sua Nova Sala de Aula

Empresa

Central de ajuda Contato Blog

Legal

Termos de uso Política de privacidade Política de cookies Código de honra

Baixe o app

4,8
(35.000 avaliações)
© 2025 Meu Guru®