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Cursos Gerais ·
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Claretiano CENTRO UNIVERSITÁRIO APTIDÃO FÍSICA E SAÚDE Meu nome é Thiago Silva Piola Sou graduado em Educação Física obtendo as duas habilitações licenciatura 2009 e bacharelado 2011 pela UFPR Universidade Federal do Paraná e também especialista em Fisiologia do Exercício 2013 e mestre em Educação Física na linha de pesquisa Atividade Física e Saúde 2015 pela mesma Instituição Na UFPR curso ainda o doutorado em Educação Física seguindo a mesma linha de pesquisa do mestrado Atualmente trabalho como professor de Educação Física na Secretaria de Educação do Estado do Paraná sou tutor presencial do curso de Licenciatura em Educação Física do Claretiano Polo Curitiba e também coordenador pedagógico dos cursos de licenciatura e bacharelado em Educação Física da Instituição Email thiagopiolaclaretianoedubr Claretiano Centro Universitário Rua Dom Bosco 466 Bairro Castelo Batatais SP CEP 14300000 ceadclaretianoedubr Fone 16 36601777 Fax 16 36601780 0800 941 0006 claretianoedubrbatatais Prof Me Thiago Silva Piola Batatais Claretiano 2019 Guia do Curso Caderno de Referência de Conteúdo APTIDÃO FÍSICA E SAÚDE Ação Educacional Claretiana 2016 Batatais SP Todos os direitos reservados É proibida a reprodução a transmissão total ou parcial por qualquer forma eou qualquer meio eletrônico ou mecânico incluindo fotocópia gravação e distribuição na web ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação Educacional Claretiana Reitor Prof Dr Pe Sérgio Ibanor Piva ViceReitor Prof Dr Pe Cláudio Roberto Fontana Bastos PróReitor Administrativo Pe Luiz Claudemir Botteon PróReitor de Extensão e Ação Comunitária Prof Dr Pe Cláudio Roberto Fontana Bastos PróReitor Acadêmico Prof Me Luís Cláudio de Almeida Coordenador Geral de EaD Prof Me Evandro Luís Ribeiro CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL Coordenador de Material Didático Mediacional J Alves Preparação Aline de Fátima Guedes Camila Maria Nardi Matos Carolina de Andrade Baviera Cátia Aparecida Ribeiro Elaine Aparecida de Lima Moraes Josiane Marchiori Martins Lidiane Maria Magalini Luciana A Mani Adami Luciana dos Santos Sançana de Melo Patrícia Alves Veronez Montera Raquel Baptista Meneses Frata Simone Rodrigues de Oliveira Revisão Eduardo Henrique Marinheiro Filipi Andrade de Deus Silveira Rafael Antonio Morotti Rodrigo Ferreira Daverni Vanessa Vergani Machado Projeto gráfico diagramação e capa Bruno do Carmo Bulgarelli Joice Cristina Micai Lúcia Maria de Sousa Ferrão Luis Antônio Guimarães Toloi Raphael Fantacini de Oliveira Tamires Botta Murakami Videoaula André Luís Menari Pereira Bruna Giovanaz Marilene Baviera Renan de Omote Cardoso INFORMAÇÕES GERAIS Cursos Extensão Título Aptidão Física e Saúde Versão fev2019 Formato 15x21 cm Páginas 41 páginas SUMÁRIO GUIA DO CURSO 7 Unidade 1 APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA 1 OBJETIVOS 11 2 CONTEÚDOS 11 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE 12 4 INTRODUÇÃO 12 5 APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA 12 6 COnSUMO MÁXiMO de OXiGÊniO VO2max 13 7 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA 15 8 AUTOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 18 9 CONSIDERAÇÕES 18 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19 Unidade 2 COMPOSIÇÃO CORPORAL 1 OBJETIVOS 21 2 CONTEÚDOS 21 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE 22 4 INTRODUÇÃO 22 5 COMPOSIÇÃO CORPORAL 22 6 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL 24 7 MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL 25 8 AUTOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 26 9 CONSIDERAÇÕES 27 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 27 Unidade 3 FORÇA MUSCULAR E RESISTÊNCIA MUSCULAR 1 OBJETIVOS 29 2 CONTEÚDOS 29 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE 30 4 INTRODUÇÃO 30 5 APTIDÃO MUSCULAR 30 6 MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA FORÇA E RESISTÊNCIA MUSCULAR 31 7 AUTOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 33 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 33 Unidade 4 FLEXIBILIDADE 1 OBJETIVOS 35 2 CONTEÚDOS 35 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE 35 4 INTRODUÇÃO 36 5 FLEXIBILIDADE 36 6 AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE 37 7 AUTOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 39 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 39 AVALIAÇÃO DO CURSO 41 1 Guia do Curso Apresentação Caro aluno seja bemvindo Iniciaremos o curso Aptidão Física e Saúde com a apresen tação da aptidão cardiorrespiratória Na sequência discutiremos sobre a composição corporal A Unidade 3 abordará a força e re sistência muscular e por fim discutiremos sobre a flexibilidade Todos os componentes da aptidão física relacionada à saúde Em todas as quatro unidades deste curso teremos a apre sentação da temática sua relação com a saúde os métodos para a avaliação e a classificação Ao final de cada unidade você terá questões autoavaliativas para responder Desejamos êxito na realização de suas pesquisas atividades e interatividades GC Aptidão Física e Saúde 8 Ementa Componentes da aptidão física relacionados à saúde Asso ciação da aptidão física com a saúde de crianças e adolescentes Metodologias de avaliação Objetivo geral Os alunos do curso de Extensão Universitária Aptidão Física e Saúde na modalidade EaD do Claretiano dado o Sistema Ge renciador de Aprendizagem e suas ferramentas serão capazes de ampliar os conhecimentos técnicos sobre a aptidão física Para isso contarão com recursos técnicopedagógicos facilitadores de aprendizagem como Material Didático Mediacional bibliotecas fí sicas e virtuais ambiente virtual acompanhamento do tutor com plementados por debates no Correio Ao final do curso sob a orientação do tutor realizarão uma atividade que demonstre sua aprendizagem sobre os conteúdos estudados levando em consideração as ideias discutidas no Cor reio disponibilizandoa no Portfólio Objetivos específicos Conceituar a aptidão física relacionada à saúde Conhecer cada componente da aptidão física e entender como eles se relacionam com a saúde Aprender sobre metodologias simples para a avaliação da aptidão física Competências domínios cognitivos habilidades e atitudes Ao final deste estudo os participantes do curso de Extensão Universitária Aptidão Física e Saúde contarão com mais uma base teórica e prática para fundamentar criticamente sua profissão Além disso serão capazes de compreender a importância da aptidão físi ca para a saúde e como seus componentes se relacionam com ela Guia do Curso 9 Claretiano Centro Universitário Duração e carga horária A carga horária do curso Aptidão Física e Saúde será de 40 horas com dedicação média de dez horas semanais Este curso terá duração de um mês para o desenvolvimento do conteúdo e para a realização da avaliação final No decorrer deste percurso desenvolveremos atividades e interatividades a distância Observe no quadro demonstrativo a seguir a carga horária e as semanas em que serão desenvolvidas as atividades UNIDADES SEMANAS ATIVIDADES A DISTÂNCIA 1 1ª semana 10h 2 2ª semana 10h 3 3ª semana 10h 4 4ª semana 10h TOTAL 40h Os temas e os conteúdos das quatro unidades bem como a avaliação proposta para o curso estão no Caderno de Referência de Conteúdo CRC anexo a este Guia do Curso Metodologia de estudo do curso Durante um mês estudaremos e debateremos juntos os conteúdos das quatro unidades que estruturam o curso Aptidão Física e Saúde Como você poderá observar no CRC procuramos elaborar um texto em uma linguagem simples dialógica media cional interativa e de fácil compreensão Lembrese de que você poderá utilizar a ferramenta Correio para eliminar eventuais dúvidas realizar comentários ou descre ver suas sugestões Considerações Neste Guia do Curso você encontrou as orientações e as in formações práticas necessárias para o estudo de Aptidão Física e Saúde Aptidão Física e Saúde 10 O curso é interessante por tratarse de um assunto que au xiliará em sua formação A teoria e a prática estarão relacionadas nas propostas Lembrese de que se você ler e pesquisar a bibliografia in dicada certamente ultrapassará os conteúdos aqui apresentados Portanto aproveite esta oportunidade de ampliar seus conhe cimentos pessoais e profissionais sobre a aptidão física e saúde esse tema que se apresenta instigante e atual além de um relevante conhe cimento para quem deseja ampliar seus horizontes nesta área do saber Desejamos êxito em seus estudos e em sua vida profissional Bibliografia básica ACSM AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ACSMs guidelines for exercise testing and prescription Philadelphia Lippincott Williams Wilkins 2013 CAMPOS W BRUM V P C Criança no esporte Curitiba Os Autores 2004 v 1 GARBER C E et al American College of Sports Medicine position stand Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory musculoskeletal and neuromotor fitness in apparently healthy adults guidance for prescribing exercise Medicine Science Sports Exercise v 43 n 7 p 13341359 2011 Bibliografia complementar BLASQUEZ G et al Aptidão cardiorrespiratória em adolescentes de acordo com o estado nutricional concordância entre dois testes de campo Revista da Educação FísicaUEM v 25 n 3 p 459468 2014 CAMPOS W BRUM V P C Criança no esporte Curitiba Os Autores 2004 v 1 CONDE W MONTEIRO C Body mass index cutoff points for evaluation of nutritional status in Brazilian children and adolescents Jornal de Pediatria v 82 p 266272 2006 CONSTANTINOCOLEDAM D H et al Associação entre indicadores socioeconômicos com a atividade física e aptidão física relacionada à saúde em adolescentes Revista de Salud Pública v 15 n 6 p 823836 2013 FARIAS E S et al Efeito da atividade física programada sobre a aptidão física em escolares adolescentes Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum v 12 n 2 p 98105 2010 NOGUEIRA J A D PEREIRA C H Aptidão física relacionada à saúde de adolescentes participantes de programa esportivo Revista Brasileira de Educação Física e Esporte v 28 n 1 p 3140 2014 PELEGRINI A PETROSKI E Excesso de peso em adolescentes prevalência e fatores associados Revista Brasileira de Atividade Física Saúde v 12 n 3 p 4553 2012 1 EAD Aptidão Cardiorrespiratória 1 OBJETIVOS Entender o conceito de aptidão cardiorrespiratória rela cionada à saúde Conhecer as metodologias de avaliação da aptidão car diorrespiratória e aprender a classificar os alunos quanto aos níveis recomendados para a saúde 2 CONTEÚDOS Aptidão cardiorrespiratória Consumo máximo de oxigênio Métodos de avaliação da aptidão cardiorrespiratória Aptidão Física e Saúde 12 12 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE Antes de iniciar o estudo desta unidade é importante que você leia as orientações a seguir 1 Para melhor compreensão desta unidade pesquise em livros ou na internet os conceitos de sistema cardiorres piratório e sistema cardiovascular 2 Faça uma busca em diferentes bases de dados Scielo PubMed etc sobre artigos que relacionem a aptidão cardiorrespiratória com a saúde 3 No YouTube você pode encontrar exemplos de todos os testes que vamos apresentar nesta unidade Vale a pena pesquisar 4 INTRODUÇÃO A aptidão cardiorrespiratória é um dos mais importantes in dicadores de saúde por servir como um bom prognóstico de do enças cardiovasculares Em parte é determinada pela predisposi ção genética porém também recebe grande influência de fatores ambientais dentre eles o exercício físico ORTEGA et al 2008 A aptidão cardiorrespiratória é o primeiro dos quatro com ponentes da aptidão física que vamos estudar Nesse sentido nes ta unidade veremos o que é a aptidão cardiorrespiratória sua re lação com a saúde e os métodos utilizados para sua mensuração 5 APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA A aptidão cardiorrespiratória está relacionada com a capaci dade de realizar exercícios por um prolongado período de tempo Ela depende do estado fisiológico e funcional dos sistemas respira tório cardiovascular e musculoesquelético ACSM 2013 A aptidão cardiorrespiratória é considerada um componente da aptidão física pelos seguintes motivos Claretiano Centro Universitário 13 U1 Aptidão Cardiorrespiratória baixos níveis de aptidão cardiorrespiratória têm sido as sociados ao aumento do risco de morte prematura por todas as causas especialmente por doenças cardiovascu lares aumento da aptidão cardiorrespiratória está associado à diminuição dos riscos de mortes por todas as causas altos níveis de aptidão cardiorrespiratória estão associa dos a altos níveis de atividade física a qual por sua vez está associada a muitos benefícios ACSM 2013 Agora que compreendemos a aptidão cardiorrespiratória precisamos saber um pouco mais sobre um dos seus principais indicadores o VO2max Posteriormente entenderemos como ela é medida e avaliada 6 CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO VO2max De acordo com Campos e Brum 2004 quando se trata de adaptações cardiorrespiratórias durante o exercício um dos princi pais indicadores é o consumo máximo de oxigênio VO2max devido à sua relação direta com o débito cardíaco e possibilidade de resu mir o que está acontecendo no sistema de transporte de oxigênio O VO2max é a quantidade máxima de oxigênio que uma pes soa consegue consumir em exercício e é considerado segundo Ar mstrong 2006 o maior indicativo de aptidão aeróbia tanto para atletas quanto para não atletas De acordo com Colantonio Barros e Kiss 2008 a capaci dade de se realizar exercícios de média e longa duração por um indivíduo depende principalmente de seu metabolismo aeróbio Mcardle Katch e Katch 2003 ressaltam que o treinamento aeró bio resulta em melhorias na capacidade para o controle respirató rio no músculo esquelético Aptidão Física e Saúde 14 14 Um treinamento aeróbio ainda segundo os autores está as sociado a uma variedade de adaptações das capacidades funcio nais relacionadas ao transporte e à utilização do oxigênio Essas respostas do organismo quando o estímulo do treinamento é o adequado independem de idade e sexo MCARDLE KATCH KA TCH 2003 Os resultados dessas adaptações são aumento do número e do tamanho das mitocôndrias onde ocorrem as reações do sistema de oxigênio aumento na capacidade de gerar adenosina trifosfato ATP composto que serve como fonte de energia para as células aumento da lipólise MCARDLE KATCH KATCH 2003 FOX BOWERS FOSS 1991 Além desses resultados percebese ainda segundo os au tores que o músculo treinado apresenta uma melhoria na capa cidade oxidativa de carboidratos que são transformados em gli cose para uso imediato ou armazenados na forma de glicogênio As fibras musculares maximizam seu potencial aeróbico Também pode ser observado um aumento no tamanho do coração uma redução na pressão sanguínea Assim conforme apontam Campos e Brum 2004 um alto índice de consumo de oxigênio reflete um bom funcionamento do sistema cardiorrespiratório capaz de realizar tarefas submáximas com menor fadiga Paulo et al 2009 comentam que diversas modalidades se utilizam de programas de treinamentos aeróbios para aperfeiçoar seu rendimento em jogos e competições Agora que você já entendeu a aptidão cardiorrespiratória e o consumo máximo de oxigênio chegou a hora de aprender a avaliá los Seguimos para o próximo tópico Claretiano Centro Universitário 15 U1 Aptidão Cardiorrespiratória 7 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA APTIDÃO CARDIOR RESPIRATÓRIA Neste tópico apresentaremos diferentes protocolos para a mensuração do consumo máximo de oxigênio e aptidão cardior respiratória Vamos lá Protocolo de pista Teste de vai e vem shuttle run Proposto por Léger et al 1988 o teste de vai e vem consis te em os indivíduos deslocaremse de um lado para o outro numa distância de 20 metros tendo o ritmo do deslocamento controla do por uma gravação sonora A cada sinal sonoro da gravação o avaliado deve ter percorrido os 20 metros e atravessado uma linha pontilhada demarcada no solo dois metros antes da linha final A frequência do sinal aumenta gradativamente com a velocidade de corrida A velocidade de corrida aumenta 05kmh a cada um mi nuto iniciando em 85kmh O teste é encerrado quando o avalia do não consegue por duas vezes consecutivas atravessar a linha pontilhada antes do sinal sonoro ou se desistir por fadiga Ainda de acordo com Léger et al 1988 Para predizer o VO2máx foi anotado o número de voltas da execu ção do teste pelo indivíduo aplicando na seguinte equação VO2máx mlkgmin 31025 3238 x velocidade máxima atingida no teste 3248 x idade inteira 01536 x velocidade máxima atingida no teste x idade inteira Aptidão Física e Saúde 16 16 Protocolo de esteira Protocolo de Bruce Segundo Bruce 1977 o protocolo de esteira consiste na aplicação de cargas a cada três minutos de forma contínua sendo o VO2máx estimado pelas seguintes equações nas quais T tempo em minutos Para homens VO2máx mlkgmin 833 294 x T Para mulheres VO2máx mlkgmin 805 274 x T A Tabela 1 que apresentamos a seguir foi feita com base nas seguintes fórmulas VO2máx mlkgmin 388 9056 x T e VO2máx mlkgmin 106 9056 x T sendo T o tempo total do teste em segundos Observe Tabela 1 Valores VO2máx para Protocolo de Bruce em esteira rolan te Estágio Velocidade Inclinação Tempo de Teste Homens Mulheres kmh min VO2máx mlkgmin1 1 274 10 1 72 44 2 106 78 3 14 111 2 402 12 4 173 145 5 207 179 6 24 212 3 547 14 7 274 246 8 308 299 9 341 313 4 676 16 10 375 347 11 408 38 12 442 414 Claretiano Centro Universitário 17 U1 Aptidão Cardiorrespiratória Estágio Velocidade Inclinação Tempo de Teste Homens Mulheres kmh min VO2máx mlkgmin1 5 805 18 13 476 447 14 509 481 15 542 514 6 885 20 16 576 548 17 61 582 18 644 615 Fonte Bruce 1977 np Protocolo de Bruce modificado O protocolo de Bruce modificado é composto por estágios de três minutos e incrementos de intensidade conforme a Tabela 2 O VO2máx é estimado pela equação proposta por Diercks et al 2002 VO2máx mlkgmin componente horizontal CH com ponente vertical CV sendo CH velocidade x 01 35 e CV inclinação x velocidade x 18 Tabela 2 Estágios e respectivos incrementos de intensidade Estágios Duração do Estágio min Velocidade Kmh Inclinação 1 3 27 0 2 3 27 5 3 3 27 10 4 3 40 12 5 3 55 14 6 3 68 16 Fonte Diercks 2002 np Aptidão Física e Saúde 18 18 Protocolo de ciclo ergômetro Protocolo de Balke Começa com uma carga de 25 watts na qual segundo Balke e Ware 1959 São empregadas novas cargas de 25 watts a cada dois minutos de modo contínuo até o esforço máximo ou algum sintoma limitante devendo manter a bicicleta entre 60 e 70 RPM Considerase como carga final a última carga que for completada O VO2máx é obtido pela seguinte fórmula VO2máx 200 12 x watts final peso corporal 8 AUTOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Responda às perguntas a seguir procurando verificar a qual nível de conhecimento você pôde chegar com o estudo desta uni dade 1 Qual a importância de se manter uma boa aptidão cardiorrespiratória 2 Qual método de avaliação da aptidão cardiorrespiratória você considera o mais aplicável a uma academia e a uma escola Por quê 9 CONSIDERAÇÕES Nesta primeira unidade apresentamos o conceito de apti dão cardiorrespiratória bem como sua importância e os protoco los utilizados para sua avaliação Na sequência você aprenderá sobre o segundo componente da aptidão física a composição corporal Você entenderá qual a relação da composição corporal com a aptidão cardiorrespiratória e com a saúde Até a próxima Claretiano Centro Universitário 19 U1 Aptidão Cardiorrespiratória 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACSM AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ACSMs guidelines for exercise testing and prescription Philadelphia Lippincott Williams Wilkins 2013 ARMSTRONG N Aerobic fitness of children and adolescents Jornal de Pediatria v 82 n 6 p 406408 2006 BALKE B WARE R W An experimental study of Physical Fitness of air force personnel US Armed Forces Med J v 10 p 675688 1959 BRUCE R A Exercise testing of evaluation of ventricular function N Engl J Med p 296671 1977 CAMPOS W D BRUM V P D C Criança no esporte Curitiba Os Autores 2004 v 1 COLANTONIO E BARROS R V KISS M Pico de consumo de oxigênio em nadadores e escolares do sexo masculino Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano v 10 n 4 p 354359 2008 DIERCKS D B et al Utility of immediate exercise treadmill testing in patients taking betablockers or calcium channel blockers Am J Cardiol n 90 v 8 p 882885 2002 FOX E L BOWERS R W FOSS M L Bases fisiológicas da Educação Física e dos desportos Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 LÉGER L et al The multistage 20 metre shuttle run test for aerobic fitness Journal of Sports Sciences v 6 n 2 p 93101 1988 MCARDLE W KATCH F KATCH V Fisiologia do exercício energia nutrição e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2003 ORTEGA F et al Physical fitness in childhood and adolescence a powerful marker of health International Journal of Obesity v 32 n 1 p 111 2008 PAULO A C et al Efeito do treinamento concorrente no desenvolvimento da força motora e da resistência aeróbia Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte v 4 n 4 2009 Claretiano Centro Universitário EAD Composição Corporal 2 1 OBJETIVOS Entender o conceito de composição corporal relacionada à saúde Conhecer uma metodologia de avaliação da composição corporal simples e aprender a classificar os alunos de acordo com as recomendações disponíveis na literatura 2 CONTEÚDOS Composição corporal Índice de massa corporal Método de avaliação da composição corporal Classificação Aptidão Física e Saúde 22 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE Antes de iniciar o estudo desta unidade é importante que você leia as orientações a seguir 1 Você já deve estar familiarizado com alguns conceitos de Anatomia como por exemplo plano de Frankfurt po sição anatômica ponto vértex região plantar etc Esses conceitos serão fundamentais para você saber exata mente qual a posição que o avaliado deverá estar duran te sua avaliação 2 Embora o cálculo que apresentaremos nesta unidade seja simples uma calculadora será bastante útil e au mentará sua precisão 4 INTRODUÇÃO Na Unidade 1 vimos o que é aptidão cardiorrespiratória e pudemos compreender qual a sua relação com a saúde bem como os métodos que são utilizados para sua mensuração Agora nesta unidade veremos o que é a composição corpo ral e procuraremos compreender também qual a sua relação com a saúde e como podemos avaliála Bom estudo 5 COMPOSIÇÃO CORPORAL A composição corporal um dos cinco componentes da saú de relacionados à aptidão física pode ser determinada por meio de medidas lineares de massa diâmetros perímetros e dobras cutâneas bem como por meio de bioimpedância ou densidade ós sea Entretanto o método antropométrico é muito utilizado por pesquisadores de todo o mundo por requisitar baixos custos finan ceiros e apresentar alto índice de fidedignidade GLANER 2005 WARNER et al 2004 Claretiano Centro Universitário 23 U2 Composição Corporal De acordo com Warner et al 2004 a composição corporal apresenta estreita relação com a aptidão física principalmente no que diz respeito aos valores de gordura e massa muscular o que faz dessa metodologia um importante artifício quando relacionada com a saúde e com o desempenho esportivo A importância do peso e da massa corporal bem como ou tras mensurações para predição de adiposidade no prognóstico de doenças cardiovasculares vem sendo discutida há muitos anos HUBERT et al 1983 Segundo Santos et al 2005 e Ciolac e Guimarães 2004 recentes estudos apontam que um baixo gasto energético asso ciado a maus hábitos alimentares são fatores desencadeantes da obesidade Há evidências que apontam o baixo gasto energético resultado da inatividade física como o principal fator desencade ante de tal doença Sinaiko 2007 relata que a obesidade quando manifestada em crianças gera índices significativamente mais altos de pressão arterial triglicerídeos e glicemia em jejum além de uma diminui ção nos níveis de HDL Ciolac e Guimarães 2004 ressaltam que tal combinação de fatores pode ser denominada como síndrome me tabólica Esses acontecimentos associados a um elevado índice de LDL podem levar futuramente ao desenvolvimento da ateroscle rose XAVIER et al 2013 Com isso as crianças estão se tornando cada dia mais propí cias aos problemas recorrentes de um excesso de peso como por exemplo resistência à insulina diabetes do tipo II e até mesmo uma aterosclerose precoce RIBEIRO et al 2006 Com um alto índice de diagnósticos de tais patologias em todo o mundo estratégias vêm sendo desenvolvidas para o com bate dessa epidemia Essas estratégias são focadas principalmen te em sua prevenção durante a infância e a adolescência FER NANDES OLIVEIRA FREITAS JÚNIOR 2006 Aptidão Física e Saúde 24 Diante desse contexto podemos perceber o quão importan te se torna uma avaliação da composição corporal por sua capa cidade em determinar de forma quantitativa os componentes do corpo humano A partir desses componentes é possível identificar o nível de desenvolvimento e crescimento de crianças e adolescen tes bem como prescrever os melhores exercícios para esse grupo Nesse sentido no próximo tópico abordaremos o índice de massa corporal sua relação com a composição corporal e como ele pode ser usado para detectar possíveis alterações de saúde 6 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL Devido ao seu baixo custo e simplicidade na obtenção do re sultado o Índice de Massa Corporal IMC é um bom método para se avaliar o excesso de peso e obesidade bem como verificar pos síveis alterações no peso corporal PANEL 1998 GLANER 2005 O IMC é uma importante variável a ser analisada pois apre senta uma alta correlação com indicadores de composição corpo ral Além disso demonstra eficiência em prognosticar riscos pato lógicos podendo inclusive identificar riscos metabólicos ANJOS VEIGA CASTRO 1998 TAYLOR et al 1998 Segundo Kuczmarski et al 2002 quando utilizado com crianças o IMC também apresenta boa eficácia pois é possível identificar indivíduos com riscos de adquirirem sobrepeso Porém conforme ressaltam Anjos Veiga e Castro 1998 é importante estar atento pois os critérios para a avaliação nutri cional de adolescentes são mais complexos do que em crianças de até 10 anos Assim a adoção de um sistema classificatório que se baseie no risco de mortalidade ou doenças se referendando nos intervalos do IMC pode proporcionar soluções práticas e debates sobre seus resultados CONDE MONTEIRO 2006 Claretiano Centro Universitário 25 U2 Composição Corporal Outro fator importante que devemos atentar é que o IMC não leva em consideração o fato de alguns indivíduos possuí rem um alto índice de IMC em decorrência de uma maior massa muscular GUYTON HALL 2011 Portanto o IMC é um excelente instrumento para populações em geral mas apresenta algumas limitações quando se trata de populações específicas como por exemplo atletas 7 MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO COR PORAL A seguir apresentaremos o detalhamento de um simples procedimento utilizado para determinação da composição corpo ral o IMC Cálculo do IMC O IMC é calculado a partir da relação entre a massa corporal e a estatura ao quadrado kgm² Para mensurar a massa corporal os avaliados devem estar na posição anatômica descalços vestin do somente roupas leves e de costas para a escala da balança A estatura deve ser aferida do ponto vértex à região plantar com os avaliados posicionados em pé descalços na posição anatômica com os calcanhares encostados na parede e em apneia inspirató ria com a cabeça no plano de Frankfurt O IMC é obtido através da divisão da massa corporal em quilogramas kg pelo quadrado da estatura em metros m representado pela seguinte equação IMC massa corporalestatura2 Classificação do IMC Essa variável pode ser classificada para crianças e adoles centes de acordo com o critério brasileiro proposto por Conde e Monteiro 2006 o qual permite categorizar o IMC por sexo e ida de de acordo com os pontos de corte correspondentes Aptidão Física e Saúde 26 baixo peso 175kgm2 peso normal 25kgm² sobrepeso entre 250 e 299kgm2 obesidade 30kgm² ver Anexo 1 Para adultos o IMC é classificado pelos pontos de corte pro postos pela Organização Mundial da Saúde WHO 2000 confor me descritos na Tabela 1 Tabela 1 Classificação do IMC para adultos Fonte WHO 2000 p 240 8 AUTOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Responda às perguntas a seguir procurando verificar a qual nível de conhecimento você pôde chegar com o estudo desta uni dade 1 Qual a importância da composição corporal para a saúde 2 O Índice de Massa Corporal IMC é aplicável a todos Por quê Claretiano Centro Universitário 27 U2 Composição Corporal 9 CONSIDERAÇÕES Nesta segunda unidade apresentamos a composição cor poral sua relação com a saúde e uma maneira simples rápida e barata para sua mensuração que é realizada por meio do cálculo do IMC Na próxima unidade veremos a força muscular e a resistên cia muscular e sua relação direta com a saúde bem como os pro cedimentos para sua avaliação 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANJOS L A VEIGA G V CASTRO I R R Distribuição dos valores do Índice de Massa Corporal da população brasileira até 25 anos Revista Panamericana de Salud Publica v 3 p 3 1998 CIOLAC E G GUIMARÃES G V Exercício físico e síndrome metabólica Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 10 n 4 p 319324 2004 CONDE W L MONTEIRO C A Valores críticos do Índice de Massa Corporal para classificação do estado nutricional de crianças e adolescentes brasileiros Jornal de Pediatria Rio de Janeiro v 82 p 266272 2006 FERNANDES R A OLIVEIRA A R D FREITAS JÚNIOR I F Correlação entre diferentes indicadores de adiposidade corporal e atividade física habitual em jovens do sexo masculino Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano v 8 n 4 p 328 2006 GLANER M F Índice de Massa Corporal como indicativo da gordura corporal comparado às dobras cutâneas Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 11 n 4 p 2436 2005 GUYTON A C HALL J E Textbook of medical physiology London Saunders 2011 HUBERT H B et al Obesity as an independent risk factor for cardiovascular disease a 26year followup of participants in the Framingham Heart Study Circulation v 67 n 5 p 968977 1983 KUCZMARSKI R J et al 2000 CDC Growth Charts for the United States methods and development Vital Health Stat Series n 246 p 1190 2002 PANEL N O E I E Clinical guidelines on the identification evaluation and treatment of overweight and obesity in adults USA US Department of Health and Human Services 1998 RIBEIRO R Q et al Additional cardiovascular risk factors associated with excess weigth in children and adolescents the Belo Horizonte heart study Arquivos Brasileiros de Cardiologia v 86 n 6 p 408418 2006 SANTOS R et al Obesidade síndrome metabólica e atividade física estudo exploratório Aptidão Física e Saúde 28 realizado com adultos de ambos os sexos Revista Brasileira de Educação Física e Esporte v 19 n 4 p 317328 2005 SINAIKO A Obesidade resistência à insulina e síndrome metabólica Jornal de Pediatria v 83 n 1 p 35 2007 TAYLOR R W et al Body mass index waist girth and waisttohip ratio as indexes of total and regional adiposity in women evaluation using receiver operating characteristic curves American Journal of Clinical Nutrition v 67 n 1 p 4449 1998 WARNER E R et al A skinfold model to predict fatfree mass in female athletes Journal of Athletic Training v 39 n 3 p 259 2004 WHO Obesity preventing and managing the global epidemic Geneva World Health Organization 2000 XAVIER H T et al V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose Arquivos Brasileiros de Cardiologia Revista da Sociedade Brasileira de Cardiologia Rio de Janeiro v 101 n 4 outubro 2013 EAD Força Muscular e Resistência Muscular 3 1 OBJETIVOS Entender o conceito de força muscular e resistência mus cular relacionadas à saúde Conhecer as metodologias de avaliação da força muscular e resistência muscular e aprender a classificar os alunos quanto aos níveis recomendados para a saúde 2 CONTEÚDOS Força muscular e resistência muscular Método de avaliação da força muscular e da resistência muscular Classificação Aptidão Física e Saúde 30 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE Antes de iniciar o estudo desta unidade é importante que você leia as orientações a seguir 1 Antes de iniciar a leitura desta unidade é importante que você saiba o que significa estar em decúbito dor sal que é uma posição corporal aprendida nos estudos de Anatomia Conhecendo conceitos como esse você saberá exatamente a posição do avaliado na hora da avaliação 2 Fique atento Força muscular e resistência muscular não se remetem à mesma coisa 4 INTRODUÇÃO Na Unidade 2 vimos o que é composição corporal estuda mos sua relação com a saúde e aprendemos uma maneira simples para sua mensuração que é realizada por meio do cálculo do Índi ce de Massa Corporal IMC Nesta unidade estudaremos os conceitos de força muscular e resistência muscular relacionados à saúde bem como conhece remos uma simples metodologia para sua avaliação Bom estudo 5 APTIDÃO MUSCULAR Os termos força muscular resistência muscular e po tência muscular têm sido unidos em uma única categoria chama da de aptidão muscular incluída na aptidão relacionada à saúde ACSM 2013 A força muscular referese à habilidade de exercer força já a resistência muscular se refere à habilidade de continuar exercen do força por repetidas vezes A potência muscular por sua vez é a contração do músculo no menor tempo possível ACSM 2013 Claretiano Centro Universitário 31 U3 Força Muscular e Resistência Muscular De acordo com a ACSM 2013 a aptidão muscular de ma neira geral pode melhorar ou auxiliar na manutenção de 1 Massa óssea a qual se relaciona à osteoporose 2 Tolerância a glicose pertinente no estado diabético e prédiabético 3 Integridade dos tendões relacionada a lesões e dores nas costas 4 Atividades da vida diária facilitandoas bem como me lhorando a percepção da qualidade de vida 5 Taxas metabólicas relacionadas ao controle do peso cor poral e do metabolismo Quando o assunto são as crianças uma boa aptidão mus cular pode ajudar a desenvolver uma postura correta reduzir o risco de lesões melhorar a composição corporal as habilidades motoras e a performance motora entre outros benefícios Já para idosos uma boa aptidão muscular pode ajudar na redução de limi tações e dores decorrentes de sarcopenia ACSM 2013 De acordo com Haskell et al 2007 para a promoção e ma nutenção da saúde e da independência física crianças adultos e idosos deveriam realizar exercícios de força e resistência muscular ao menos duas vezes por semana o que ajudaria a promover a saúde óssea melhorar as atividades metabólicas e manter o peso corporal Agora que entendemos a aptidão muscular o próximo passo é saber como realizar sua avaliação Vamos em frente 6 MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA FORÇA E RESISTÊN CIA MUSCULAR A seguir você verá a descrição de um simples teste para a mensuração da força e resistência muscular Aptidão Física e Saúde 32 Teste de forçaresistência abdominal situp O aluno deve se posicionar em decúbito dorsal com os joe lhos flexionados a 90 graus com seus braços cruzados sobre o tó rax O avaliador fixa os pés do avaliado ao solo Ao sinal do avalia dor o avaliado inicia os movimentos de flexão do tronco até tocar as coxas com os cotovelos não sendo necessário tocar o colchone te com a cabeça a cada execução O avaliador realiza a contagem em voz alta É anotado o número de repetições completas realiza das em um minuto ACSM 2013 Classificação Segue na Tabela 1 a classificação do teste de abdominal Tabela 1 Classificação do teste de abdominal Fonte Pollock Wilmore e Fox 1993 np Claretiano Centro Universitário 33 U3 Força Muscular e Resistência Muscular 7 AUTOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Responda às perguntas a seguir procurando verificar a qual nível de conhecimento você pôde chegar com o estudo desta uni dade 1 Qual a importância da força e da resistência muscular para as atividades do dia a dia 2 Você conhece outros métodos para a avaliação da força e resistência 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACSM AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ACSMs guidelines for exercise testing and prescription Philadelphia Lippincott Williams Wilkins 2013 HASKELL W L et al Physical activity and public health updated recommendation for adults from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association Med Sci Sports Exerc v 39 n 8 p 142334 2007 POLLOCK M L WILMORE J H FOX S Exercícios na saúde e na doença Rio de Janeiro Manole 1993 p 231605 Claretiano Centro Universitário EAD Flexibilidade 4 1 OBJETIVOS Entender o conceito de flexibilidade relacionada à saúde Conhecer a metodologia de avaliação da flexibilidade e compreender sua classificação 2 CONTEÚDOS Flexibilidade Método de avaliação da flexibilidade Classificação 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE Antes de iniciar o estudo desta unidade é importante que você leia as orientações a seguir Aptidão Física e Saúde 36 1 Para melhor compreensão desta unidade é importante que você pesquise e compreenda a diferença entre fle xibilidade e alongamento 2 Pesquise também sobre diferentes maneiras de se tra balhar a flexibilidade pois isso certamente complentará seu estudo 3 Pesquise ainda como são realizados exercícios balísti cos e outros tipos de exercícios para desenvolver a fle xibilidade 4 INTRODUÇÃO Na Unidade 3 estudamos os conceitos de força muscular e resistência muscular relacionados à saúde bem como conhece mos uma metodologia simples para sua avaliação o teste de força resistência abdominal situp Nesta quarta e última unidade estudaremos sobre flexibili dade Assim como fizemos nas unidades anteriores apresentare mos o seu conceito e uma metologia para sua avaliação Boa leitura 5 FLEXIBILIDADE Segundo a ACSM 2013 a flexibilidade pode ser definida como a capacidade de os músculos se esticarem sem causar danos ou lesões A flexibilidade depende de um número específico de variáveis incluindo a capacidade que a cápsula articular tem de se distender o adequado aquecimento e a viscosidade muscular Segundo Arruda et al 2006 O aumento da flexibilidade está intimamente relacionado com a maior facilidade para a exe cução de ações cotidianas representadas na qualidade de vida e saúde E embora diminua com o passar dos anos pode ser tra balhada e melhorada em todas as faixas etárias GARBER et al 2011 Claretiano Centro Universitário 37 U4 Flexibilidade Ainda segundo Garber et al 2011 diversos exercícios po dem melhorar a amplitude dos movimentos tais como Exercícios balísticos Alongamentos Trabalhos proprioceptivos Assim o objetivo dos programas de exercícios para a flexi bilidade é melhorar a amplitude dos movimentos o que pode ser feito em todas as idades e essa melhoria é percebida instantanea mente após o exercício Além disso podem melhorar a estabilida de postural e o equilíbrio principalmente quando combinado com exercícios resistidos Entretanto conforme ressaltam Garber et al 2011 não há ligações consistentes entre exercícios de flexibilida de e a diminuição de lesões e prevenção de dores De acordo com a ACSM 2013 são recomendados exercícios de flexibilidade de duas a três vezes por semana com duração de 10 a 30 segundos em cada posição 30 a 60 segundos para idosos em uma rotina de mais ou menos 10 minutos Lembrese de trabalhar com os grandes grupos musculares e sempre após o trabalho de aquecimento 6 AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE A seguir veremos as instruções para uma simples avaliação da flexibilidade Confira Teste de flexibilidade sentar e alcançar Para a realização deste teste de flexibilidade devemos uti lizar um banco Banco de Wells com as seguintes características 1 um cubo construído com peças de 30x30cm 2 uma peça tipo régua de 53cm de comprimento por 15cm de largura Aptidão Física e Saúde 38 3 escrever na régua uma graduação ou colar sobre ela uma trena métrica de 0 a 53cm 4 colocar a régua no topo do cubo na região central fa zendo que a marca de 23cm fique exatamente em linha com a face do cubo na qual os alunos apoiarão os pés Vamos aos procedimentos para realização do teste Teste de Flexibilidade Banco de Wells O avaliado tem de estar descalço Ele deverá sentarse de frente para a base da caixa com as pernas estendidas e unidas colocar uma das mãos sobre a outra e elevar os braços em vertical Posteriormente deverá inclinar o corpo para frente e alcançar com as pontas dos dedos das mãos tão longe quanto possível sobre a régua graduada sem flexionar os joelhos e sem utilizar movimentos de balanço insistências O avaliado realizará duas tentativas Observe a Figura 1 Figura 1 Teste de flexibilidade O avaliador permanece ao lado do aluno mantendo os joelhos deste em ex tensão O resultado é medido a partir da posição mais longínqua que o aluno pode alcançar na escala com as pontas dos dedos Por fim registrase o melhor resultado entre as duas execuções com anotação em uma casa decimal Por exemplo 245 centímetros ACSM 2013 Classificação Vejamos agora na Tabela 1 a classificação da flexibilidade para homens e mulheres Claretiano Centro Universitário 39 U4 Flexibilidade Tabela 1 Classificação do teste de flexibilidade Fonte Pollock Wilmore e Fox 1993 np 7 AUTOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Responda às perguntas a seguir procurando verificar a qual nível de conhecimento você pôde chegar com o estudo desta uni dade 1 Qual a importância da flexibilidade para as atividades do dia a dia 2 Você conhece outros métodos para a avaliação da flexibilidade 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACSM AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ACSMs guidelines for exercise testing and prescription Philadelphia Lippincott Williams Wilkins 2013 ARRUDA F et al The influence of the stretching exercise in the strength training performance Treinamento Desportivo v 7 p 15 2006 GARBER C E et al American College of Sports Medicine position stand Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory musculoskeletal and neuromotor fitness in apparently healthy adults guidance for prescribing exercise Medicine Science Sports Exercise v 43 n 7 p 133459 2011 POLLOCK M L WILMORE J H FOX S Exercícios na saúde e na doença Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1993 p 231605 Claretiano Centro Universitário EAD Avaliação do Curso AC De acordo com todo o conteúdo que abordamos no decorrer do curso Aptidão Física e Saúde acesse o Portfólio e responda às questões a seguir 1 Quais componentes da aptidão física estão relacionados com a saúde 2 Como cada componente se relaciona com a saúde 3 Cite e explique ao menos um novo método para a ava liação de cada componente 4 Cite atividades da vida diária e sua relação direta com cada componente da aptidão física relacionada à saúde 5 Qual a importância desses conhecimentos para o profis sional de Educação Física
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Claretiano CENTRO UNIVERSITÁRIO APTIDÃO FÍSICA E SAÚDE Meu nome é Thiago Silva Piola Sou graduado em Educação Física obtendo as duas habilitações licenciatura 2009 e bacharelado 2011 pela UFPR Universidade Federal do Paraná e também especialista em Fisiologia do Exercício 2013 e mestre em Educação Física na linha de pesquisa Atividade Física e Saúde 2015 pela mesma Instituição Na UFPR curso ainda o doutorado em Educação Física seguindo a mesma linha de pesquisa do mestrado Atualmente trabalho como professor de Educação Física na Secretaria de Educação do Estado do Paraná sou tutor presencial do curso de Licenciatura em Educação Física do Claretiano Polo Curitiba e também coordenador pedagógico dos cursos de licenciatura e bacharelado em Educação Física da Instituição Email thiagopiolaclaretianoedubr Claretiano Centro Universitário Rua Dom Bosco 466 Bairro Castelo Batatais SP CEP 14300000 ceadclaretianoedubr Fone 16 36601777 Fax 16 36601780 0800 941 0006 claretianoedubrbatatais Prof Me Thiago Silva Piola Batatais Claretiano 2019 Guia do Curso Caderno de Referência de Conteúdo APTIDÃO FÍSICA E SAÚDE Ação Educacional Claretiana 2016 Batatais SP Todos os direitos reservados É proibida a reprodução a transmissão total ou parcial por qualquer forma eou qualquer meio eletrônico ou mecânico incluindo fotocópia gravação e distribuição na web ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação Educacional Claretiana Reitor Prof Dr Pe Sérgio Ibanor Piva ViceReitor Prof Dr Pe Cláudio Roberto Fontana Bastos PróReitor Administrativo Pe Luiz Claudemir Botteon PróReitor de Extensão e Ação Comunitária Prof Dr Pe Cláudio Roberto Fontana Bastos PróReitor Acadêmico Prof Me Luís Cláudio de Almeida Coordenador Geral de EaD Prof Me Evandro Luís Ribeiro CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL Coordenador de Material Didático Mediacional J Alves Preparação Aline de Fátima Guedes Camila Maria Nardi Matos Carolina de Andrade Baviera Cátia Aparecida Ribeiro Elaine Aparecida de Lima Moraes Josiane Marchiori Martins Lidiane Maria Magalini Luciana A Mani Adami Luciana dos Santos Sançana de Melo Patrícia Alves Veronez Montera Raquel Baptista Meneses Frata Simone Rodrigues de Oliveira Revisão Eduardo Henrique Marinheiro Filipi Andrade de Deus Silveira Rafael Antonio Morotti Rodrigo Ferreira Daverni Vanessa Vergani Machado Projeto gráfico diagramação e capa Bruno do Carmo Bulgarelli Joice Cristina Micai Lúcia Maria de Sousa Ferrão Luis Antônio Guimarães Toloi Raphael Fantacini de Oliveira Tamires Botta Murakami Videoaula André Luís Menari Pereira Bruna Giovanaz Marilene Baviera Renan de Omote Cardoso INFORMAÇÕES GERAIS Cursos Extensão Título Aptidão Física e Saúde Versão fev2019 Formato 15x21 cm Páginas 41 páginas SUMÁRIO GUIA DO CURSO 7 Unidade 1 APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA 1 OBJETIVOS 11 2 CONTEÚDOS 11 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE 12 4 INTRODUÇÃO 12 5 APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA 12 6 COnSUMO MÁXiMO de OXiGÊniO VO2max 13 7 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA 15 8 AUTOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 18 9 CONSIDERAÇÕES 18 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19 Unidade 2 COMPOSIÇÃO CORPORAL 1 OBJETIVOS 21 2 CONTEÚDOS 21 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE 22 4 INTRODUÇÃO 22 5 COMPOSIÇÃO CORPORAL 22 6 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL 24 7 MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL 25 8 AUTOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 26 9 CONSIDERAÇÕES 27 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 27 Unidade 3 FORÇA MUSCULAR E RESISTÊNCIA MUSCULAR 1 OBJETIVOS 29 2 CONTEÚDOS 29 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE 30 4 INTRODUÇÃO 30 5 APTIDÃO MUSCULAR 30 6 MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA FORÇA E RESISTÊNCIA MUSCULAR 31 7 AUTOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 33 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 33 Unidade 4 FLEXIBILIDADE 1 OBJETIVOS 35 2 CONTEÚDOS 35 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE 35 4 INTRODUÇÃO 36 5 FLEXIBILIDADE 36 6 AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE 37 7 AUTOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 39 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 39 AVALIAÇÃO DO CURSO 41 1 Guia do Curso Apresentação Caro aluno seja bemvindo Iniciaremos o curso Aptidão Física e Saúde com a apresen tação da aptidão cardiorrespiratória Na sequência discutiremos sobre a composição corporal A Unidade 3 abordará a força e re sistência muscular e por fim discutiremos sobre a flexibilidade Todos os componentes da aptidão física relacionada à saúde Em todas as quatro unidades deste curso teremos a apre sentação da temática sua relação com a saúde os métodos para a avaliação e a classificação Ao final de cada unidade você terá questões autoavaliativas para responder Desejamos êxito na realização de suas pesquisas atividades e interatividades GC Aptidão Física e Saúde 8 Ementa Componentes da aptidão física relacionados à saúde Asso ciação da aptidão física com a saúde de crianças e adolescentes Metodologias de avaliação Objetivo geral Os alunos do curso de Extensão Universitária Aptidão Física e Saúde na modalidade EaD do Claretiano dado o Sistema Ge renciador de Aprendizagem e suas ferramentas serão capazes de ampliar os conhecimentos técnicos sobre a aptidão física Para isso contarão com recursos técnicopedagógicos facilitadores de aprendizagem como Material Didático Mediacional bibliotecas fí sicas e virtuais ambiente virtual acompanhamento do tutor com plementados por debates no Correio Ao final do curso sob a orientação do tutor realizarão uma atividade que demonstre sua aprendizagem sobre os conteúdos estudados levando em consideração as ideias discutidas no Cor reio disponibilizandoa no Portfólio Objetivos específicos Conceituar a aptidão física relacionada à saúde Conhecer cada componente da aptidão física e entender como eles se relacionam com a saúde Aprender sobre metodologias simples para a avaliação da aptidão física Competências domínios cognitivos habilidades e atitudes Ao final deste estudo os participantes do curso de Extensão Universitária Aptidão Física e Saúde contarão com mais uma base teórica e prática para fundamentar criticamente sua profissão Além disso serão capazes de compreender a importância da aptidão físi ca para a saúde e como seus componentes se relacionam com ela Guia do Curso 9 Claretiano Centro Universitário Duração e carga horária A carga horária do curso Aptidão Física e Saúde será de 40 horas com dedicação média de dez horas semanais Este curso terá duração de um mês para o desenvolvimento do conteúdo e para a realização da avaliação final No decorrer deste percurso desenvolveremos atividades e interatividades a distância Observe no quadro demonstrativo a seguir a carga horária e as semanas em que serão desenvolvidas as atividades UNIDADES SEMANAS ATIVIDADES A DISTÂNCIA 1 1ª semana 10h 2 2ª semana 10h 3 3ª semana 10h 4 4ª semana 10h TOTAL 40h Os temas e os conteúdos das quatro unidades bem como a avaliação proposta para o curso estão no Caderno de Referência de Conteúdo CRC anexo a este Guia do Curso Metodologia de estudo do curso Durante um mês estudaremos e debateremos juntos os conteúdos das quatro unidades que estruturam o curso Aptidão Física e Saúde Como você poderá observar no CRC procuramos elaborar um texto em uma linguagem simples dialógica media cional interativa e de fácil compreensão Lembrese de que você poderá utilizar a ferramenta Correio para eliminar eventuais dúvidas realizar comentários ou descre ver suas sugestões Considerações Neste Guia do Curso você encontrou as orientações e as in formações práticas necessárias para o estudo de Aptidão Física e Saúde Aptidão Física e Saúde 10 O curso é interessante por tratarse de um assunto que au xiliará em sua formação A teoria e a prática estarão relacionadas nas propostas Lembrese de que se você ler e pesquisar a bibliografia in dicada certamente ultrapassará os conteúdos aqui apresentados Portanto aproveite esta oportunidade de ampliar seus conhe cimentos pessoais e profissionais sobre a aptidão física e saúde esse tema que se apresenta instigante e atual além de um relevante conhe cimento para quem deseja ampliar seus horizontes nesta área do saber Desejamos êxito em seus estudos e em sua vida profissional Bibliografia básica ACSM AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ACSMs guidelines for exercise testing and prescription Philadelphia Lippincott Williams Wilkins 2013 CAMPOS W BRUM V P C Criança no esporte Curitiba Os Autores 2004 v 1 GARBER C E et al American College of Sports Medicine position stand Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory musculoskeletal and neuromotor fitness in apparently healthy adults guidance for prescribing exercise Medicine Science Sports Exercise v 43 n 7 p 13341359 2011 Bibliografia complementar BLASQUEZ G et al Aptidão cardiorrespiratória em adolescentes de acordo com o estado nutricional concordância entre dois testes de campo Revista da Educação FísicaUEM v 25 n 3 p 459468 2014 CAMPOS W BRUM V P C Criança no esporte Curitiba Os Autores 2004 v 1 CONDE W MONTEIRO C Body mass index cutoff points for evaluation of nutritional status in Brazilian children and adolescents Jornal de Pediatria v 82 p 266272 2006 CONSTANTINOCOLEDAM D H et al Associação entre indicadores socioeconômicos com a atividade física e aptidão física relacionada à saúde em adolescentes Revista de Salud Pública v 15 n 6 p 823836 2013 FARIAS E S et al Efeito da atividade física programada sobre a aptidão física em escolares adolescentes Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum v 12 n 2 p 98105 2010 NOGUEIRA J A D PEREIRA C H Aptidão física relacionada à saúde de adolescentes participantes de programa esportivo Revista Brasileira de Educação Física e Esporte v 28 n 1 p 3140 2014 PELEGRINI A PETROSKI E Excesso de peso em adolescentes prevalência e fatores associados Revista Brasileira de Atividade Física Saúde v 12 n 3 p 4553 2012 1 EAD Aptidão Cardiorrespiratória 1 OBJETIVOS Entender o conceito de aptidão cardiorrespiratória rela cionada à saúde Conhecer as metodologias de avaliação da aptidão car diorrespiratória e aprender a classificar os alunos quanto aos níveis recomendados para a saúde 2 CONTEÚDOS Aptidão cardiorrespiratória Consumo máximo de oxigênio Métodos de avaliação da aptidão cardiorrespiratória Aptidão Física e Saúde 12 12 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE Antes de iniciar o estudo desta unidade é importante que você leia as orientações a seguir 1 Para melhor compreensão desta unidade pesquise em livros ou na internet os conceitos de sistema cardiorres piratório e sistema cardiovascular 2 Faça uma busca em diferentes bases de dados Scielo PubMed etc sobre artigos que relacionem a aptidão cardiorrespiratória com a saúde 3 No YouTube você pode encontrar exemplos de todos os testes que vamos apresentar nesta unidade Vale a pena pesquisar 4 INTRODUÇÃO A aptidão cardiorrespiratória é um dos mais importantes in dicadores de saúde por servir como um bom prognóstico de do enças cardiovasculares Em parte é determinada pela predisposi ção genética porém também recebe grande influência de fatores ambientais dentre eles o exercício físico ORTEGA et al 2008 A aptidão cardiorrespiratória é o primeiro dos quatro com ponentes da aptidão física que vamos estudar Nesse sentido nes ta unidade veremos o que é a aptidão cardiorrespiratória sua re lação com a saúde e os métodos utilizados para sua mensuração 5 APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA A aptidão cardiorrespiratória está relacionada com a capaci dade de realizar exercícios por um prolongado período de tempo Ela depende do estado fisiológico e funcional dos sistemas respira tório cardiovascular e musculoesquelético ACSM 2013 A aptidão cardiorrespiratória é considerada um componente da aptidão física pelos seguintes motivos Claretiano Centro Universitário 13 U1 Aptidão Cardiorrespiratória baixos níveis de aptidão cardiorrespiratória têm sido as sociados ao aumento do risco de morte prematura por todas as causas especialmente por doenças cardiovascu lares aumento da aptidão cardiorrespiratória está associado à diminuição dos riscos de mortes por todas as causas altos níveis de aptidão cardiorrespiratória estão associa dos a altos níveis de atividade física a qual por sua vez está associada a muitos benefícios ACSM 2013 Agora que compreendemos a aptidão cardiorrespiratória precisamos saber um pouco mais sobre um dos seus principais indicadores o VO2max Posteriormente entenderemos como ela é medida e avaliada 6 CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO VO2max De acordo com Campos e Brum 2004 quando se trata de adaptações cardiorrespiratórias durante o exercício um dos princi pais indicadores é o consumo máximo de oxigênio VO2max devido à sua relação direta com o débito cardíaco e possibilidade de resu mir o que está acontecendo no sistema de transporte de oxigênio O VO2max é a quantidade máxima de oxigênio que uma pes soa consegue consumir em exercício e é considerado segundo Ar mstrong 2006 o maior indicativo de aptidão aeróbia tanto para atletas quanto para não atletas De acordo com Colantonio Barros e Kiss 2008 a capaci dade de se realizar exercícios de média e longa duração por um indivíduo depende principalmente de seu metabolismo aeróbio Mcardle Katch e Katch 2003 ressaltam que o treinamento aeró bio resulta em melhorias na capacidade para o controle respirató rio no músculo esquelético Aptidão Física e Saúde 14 14 Um treinamento aeróbio ainda segundo os autores está as sociado a uma variedade de adaptações das capacidades funcio nais relacionadas ao transporte e à utilização do oxigênio Essas respostas do organismo quando o estímulo do treinamento é o adequado independem de idade e sexo MCARDLE KATCH KA TCH 2003 Os resultados dessas adaptações são aumento do número e do tamanho das mitocôndrias onde ocorrem as reações do sistema de oxigênio aumento na capacidade de gerar adenosina trifosfato ATP composto que serve como fonte de energia para as células aumento da lipólise MCARDLE KATCH KATCH 2003 FOX BOWERS FOSS 1991 Além desses resultados percebese ainda segundo os au tores que o músculo treinado apresenta uma melhoria na capa cidade oxidativa de carboidratos que são transformados em gli cose para uso imediato ou armazenados na forma de glicogênio As fibras musculares maximizam seu potencial aeróbico Também pode ser observado um aumento no tamanho do coração uma redução na pressão sanguínea Assim conforme apontam Campos e Brum 2004 um alto índice de consumo de oxigênio reflete um bom funcionamento do sistema cardiorrespiratório capaz de realizar tarefas submáximas com menor fadiga Paulo et al 2009 comentam que diversas modalidades se utilizam de programas de treinamentos aeróbios para aperfeiçoar seu rendimento em jogos e competições Agora que você já entendeu a aptidão cardiorrespiratória e o consumo máximo de oxigênio chegou a hora de aprender a avaliá los Seguimos para o próximo tópico Claretiano Centro Universitário 15 U1 Aptidão Cardiorrespiratória 7 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA APTIDÃO CARDIOR RESPIRATÓRIA Neste tópico apresentaremos diferentes protocolos para a mensuração do consumo máximo de oxigênio e aptidão cardior respiratória Vamos lá Protocolo de pista Teste de vai e vem shuttle run Proposto por Léger et al 1988 o teste de vai e vem consis te em os indivíduos deslocaremse de um lado para o outro numa distância de 20 metros tendo o ritmo do deslocamento controla do por uma gravação sonora A cada sinal sonoro da gravação o avaliado deve ter percorrido os 20 metros e atravessado uma linha pontilhada demarcada no solo dois metros antes da linha final A frequência do sinal aumenta gradativamente com a velocidade de corrida A velocidade de corrida aumenta 05kmh a cada um mi nuto iniciando em 85kmh O teste é encerrado quando o avalia do não consegue por duas vezes consecutivas atravessar a linha pontilhada antes do sinal sonoro ou se desistir por fadiga Ainda de acordo com Léger et al 1988 Para predizer o VO2máx foi anotado o número de voltas da execu ção do teste pelo indivíduo aplicando na seguinte equação VO2máx mlkgmin 31025 3238 x velocidade máxima atingida no teste 3248 x idade inteira 01536 x velocidade máxima atingida no teste x idade inteira Aptidão Física e Saúde 16 16 Protocolo de esteira Protocolo de Bruce Segundo Bruce 1977 o protocolo de esteira consiste na aplicação de cargas a cada três minutos de forma contínua sendo o VO2máx estimado pelas seguintes equações nas quais T tempo em minutos Para homens VO2máx mlkgmin 833 294 x T Para mulheres VO2máx mlkgmin 805 274 x T A Tabela 1 que apresentamos a seguir foi feita com base nas seguintes fórmulas VO2máx mlkgmin 388 9056 x T e VO2máx mlkgmin 106 9056 x T sendo T o tempo total do teste em segundos Observe Tabela 1 Valores VO2máx para Protocolo de Bruce em esteira rolan te Estágio Velocidade Inclinação Tempo de Teste Homens Mulheres kmh min VO2máx mlkgmin1 1 274 10 1 72 44 2 106 78 3 14 111 2 402 12 4 173 145 5 207 179 6 24 212 3 547 14 7 274 246 8 308 299 9 341 313 4 676 16 10 375 347 11 408 38 12 442 414 Claretiano Centro Universitário 17 U1 Aptidão Cardiorrespiratória Estágio Velocidade Inclinação Tempo de Teste Homens Mulheres kmh min VO2máx mlkgmin1 5 805 18 13 476 447 14 509 481 15 542 514 6 885 20 16 576 548 17 61 582 18 644 615 Fonte Bruce 1977 np Protocolo de Bruce modificado O protocolo de Bruce modificado é composto por estágios de três minutos e incrementos de intensidade conforme a Tabela 2 O VO2máx é estimado pela equação proposta por Diercks et al 2002 VO2máx mlkgmin componente horizontal CH com ponente vertical CV sendo CH velocidade x 01 35 e CV inclinação x velocidade x 18 Tabela 2 Estágios e respectivos incrementos de intensidade Estágios Duração do Estágio min Velocidade Kmh Inclinação 1 3 27 0 2 3 27 5 3 3 27 10 4 3 40 12 5 3 55 14 6 3 68 16 Fonte Diercks 2002 np Aptidão Física e Saúde 18 18 Protocolo de ciclo ergômetro Protocolo de Balke Começa com uma carga de 25 watts na qual segundo Balke e Ware 1959 São empregadas novas cargas de 25 watts a cada dois minutos de modo contínuo até o esforço máximo ou algum sintoma limitante devendo manter a bicicleta entre 60 e 70 RPM Considerase como carga final a última carga que for completada O VO2máx é obtido pela seguinte fórmula VO2máx 200 12 x watts final peso corporal 8 AUTOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Responda às perguntas a seguir procurando verificar a qual nível de conhecimento você pôde chegar com o estudo desta uni dade 1 Qual a importância de se manter uma boa aptidão cardiorrespiratória 2 Qual método de avaliação da aptidão cardiorrespiratória você considera o mais aplicável a uma academia e a uma escola Por quê 9 CONSIDERAÇÕES Nesta primeira unidade apresentamos o conceito de apti dão cardiorrespiratória bem como sua importância e os protoco los utilizados para sua avaliação Na sequência você aprenderá sobre o segundo componente da aptidão física a composição corporal Você entenderá qual a relação da composição corporal com a aptidão cardiorrespiratória e com a saúde Até a próxima Claretiano Centro Universitário 19 U1 Aptidão Cardiorrespiratória 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACSM AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ACSMs guidelines for exercise testing and prescription Philadelphia Lippincott Williams Wilkins 2013 ARMSTRONG N Aerobic fitness of children and adolescents Jornal de Pediatria v 82 n 6 p 406408 2006 BALKE B WARE R W An experimental study of Physical Fitness of air force personnel US Armed Forces Med J v 10 p 675688 1959 BRUCE R A Exercise testing of evaluation of ventricular function N Engl J Med p 296671 1977 CAMPOS W D BRUM V P D C Criança no esporte Curitiba Os Autores 2004 v 1 COLANTONIO E BARROS R V KISS M Pico de consumo de oxigênio em nadadores e escolares do sexo masculino Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano v 10 n 4 p 354359 2008 DIERCKS D B et al Utility of immediate exercise treadmill testing in patients taking betablockers or calcium channel blockers Am J Cardiol n 90 v 8 p 882885 2002 FOX E L BOWERS R W FOSS M L Bases fisiológicas da Educação Física e dos desportos Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1991 LÉGER L et al The multistage 20 metre shuttle run test for aerobic fitness Journal of Sports Sciences v 6 n 2 p 93101 1988 MCARDLE W KATCH F KATCH V Fisiologia do exercício energia nutrição e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2003 ORTEGA F et al Physical fitness in childhood and adolescence a powerful marker of health International Journal of Obesity v 32 n 1 p 111 2008 PAULO A C et al Efeito do treinamento concorrente no desenvolvimento da força motora e da resistência aeróbia Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte v 4 n 4 2009 Claretiano Centro Universitário EAD Composição Corporal 2 1 OBJETIVOS Entender o conceito de composição corporal relacionada à saúde Conhecer uma metodologia de avaliação da composição corporal simples e aprender a classificar os alunos de acordo com as recomendações disponíveis na literatura 2 CONTEÚDOS Composição corporal Índice de massa corporal Método de avaliação da composição corporal Classificação Aptidão Física e Saúde 22 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE Antes de iniciar o estudo desta unidade é importante que você leia as orientações a seguir 1 Você já deve estar familiarizado com alguns conceitos de Anatomia como por exemplo plano de Frankfurt po sição anatômica ponto vértex região plantar etc Esses conceitos serão fundamentais para você saber exata mente qual a posição que o avaliado deverá estar duran te sua avaliação 2 Embora o cálculo que apresentaremos nesta unidade seja simples uma calculadora será bastante útil e au mentará sua precisão 4 INTRODUÇÃO Na Unidade 1 vimos o que é aptidão cardiorrespiratória e pudemos compreender qual a sua relação com a saúde bem como os métodos que são utilizados para sua mensuração Agora nesta unidade veremos o que é a composição corpo ral e procuraremos compreender também qual a sua relação com a saúde e como podemos avaliála Bom estudo 5 COMPOSIÇÃO CORPORAL A composição corporal um dos cinco componentes da saú de relacionados à aptidão física pode ser determinada por meio de medidas lineares de massa diâmetros perímetros e dobras cutâneas bem como por meio de bioimpedância ou densidade ós sea Entretanto o método antropométrico é muito utilizado por pesquisadores de todo o mundo por requisitar baixos custos finan ceiros e apresentar alto índice de fidedignidade GLANER 2005 WARNER et al 2004 Claretiano Centro Universitário 23 U2 Composição Corporal De acordo com Warner et al 2004 a composição corporal apresenta estreita relação com a aptidão física principalmente no que diz respeito aos valores de gordura e massa muscular o que faz dessa metodologia um importante artifício quando relacionada com a saúde e com o desempenho esportivo A importância do peso e da massa corporal bem como ou tras mensurações para predição de adiposidade no prognóstico de doenças cardiovasculares vem sendo discutida há muitos anos HUBERT et al 1983 Segundo Santos et al 2005 e Ciolac e Guimarães 2004 recentes estudos apontam que um baixo gasto energético asso ciado a maus hábitos alimentares são fatores desencadeantes da obesidade Há evidências que apontam o baixo gasto energético resultado da inatividade física como o principal fator desencade ante de tal doença Sinaiko 2007 relata que a obesidade quando manifestada em crianças gera índices significativamente mais altos de pressão arterial triglicerídeos e glicemia em jejum além de uma diminui ção nos níveis de HDL Ciolac e Guimarães 2004 ressaltam que tal combinação de fatores pode ser denominada como síndrome me tabólica Esses acontecimentos associados a um elevado índice de LDL podem levar futuramente ao desenvolvimento da ateroscle rose XAVIER et al 2013 Com isso as crianças estão se tornando cada dia mais propí cias aos problemas recorrentes de um excesso de peso como por exemplo resistência à insulina diabetes do tipo II e até mesmo uma aterosclerose precoce RIBEIRO et al 2006 Com um alto índice de diagnósticos de tais patologias em todo o mundo estratégias vêm sendo desenvolvidas para o com bate dessa epidemia Essas estratégias são focadas principalmen te em sua prevenção durante a infância e a adolescência FER NANDES OLIVEIRA FREITAS JÚNIOR 2006 Aptidão Física e Saúde 24 Diante desse contexto podemos perceber o quão importan te se torna uma avaliação da composição corporal por sua capa cidade em determinar de forma quantitativa os componentes do corpo humano A partir desses componentes é possível identificar o nível de desenvolvimento e crescimento de crianças e adolescen tes bem como prescrever os melhores exercícios para esse grupo Nesse sentido no próximo tópico abordaremos o índice de massa corporal sua relação com a composição corporal e como ele pode ser usado para detectar possíveis alterações de saúde 6 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL Devido ao seu baixo custo e simplicidade na obtenção do re sultado o Índice de Massa Corporal IMC é um bom método para se avaliar o excesso de peso e obesidade bem como verificar pos síveis alterações no peso corporal PANEL 1998 GLANER 2005 O IMC é uma importante variável a ser analisada pois apre senta uma alta correlação com indicadores de composição corpo ral Além disso demonstra eficiência em prognosticar riscos pato lógicos podendo inclusive identificar riscos metabólicos ANJOS VEIGA CASTRO 1998 TAYLOR et al 1998 Segundo Kuczmarski et al 2002 quando utilizado com crianças o IMC também apresenta boa eficácia pois é possível identificar indivíduos com riscos de adquirirem sobrepeso Porém conforme ressaltam Anjos Veiga e Castro 1998 é importante estar atento pois os critérios para a avaliação nutri cional de adolescentes são mais complexos do que em crianças de até 10 anos Assim a adoção de um sistema classificatório que se baseie no risco de mortalidade ou doenças se referendando nos intervalos do IMC pode proporcionar soluções práticas e debates sobre seus resultados CONDE MONTEIRO 2006 Claretiano Centro Universitário 25 U2 Composição Corporal Outro fator importante que devemos atentar é que o IMC não leva em consideração o fato de alguns indivíduos possuí rem um alto índice de IMC em decorrência de uma maior massa muscular GUYTON HALL 2011 Portanto o IMC é um excelente instrumento para populações em geral mas apresenta algumas limitações quando se trata de populações específicas como por exemplo atletas 7 MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO COR PORAL A seguir apresentaremos o detalhamento de um simples procedimento utilizado para determinação da composição corpo ral o IMC Cálculo do IMC O IMC é calculado a partir da relação entre a massa corporal e a estatura ao quadrado kgm² Para mensurar a massa corporal os avaliados devem estar na posição anatômica descalços vestin do somente roupas leves e de costas para a escala da balança A estatura deve ser aferida do ponto vértex à região plantar com os avaliados posicionados em pé descalços na posição anatômica com os calcanhares encostados na parede e em apneia inspirató ria com a cabeça no plano de Frankfurt O IMC é obtido através da divisão da massa corporal em quilogramas kg pelo quadrado da estatura em metros m representado pela seguinte equação IMC massa corporalestatura2 Classificação do IMC Essa variável pode ser classificada para crianças e adoles centes de acordo com o critério brasileiro proposto por Conde e Monteiro 2006 o qual permite categorizar o IMC por sexo e ida de de acordo com os pontos de corte correspondentes Aptidão Física e Saúde 26 baixo peso 175kgm2 peso normal 25kgm² sobrepeso entre 250 e 299kgm2 obesidade 30kgm² ver Anexo 1 Para adultos o IMC é classificado pelos pontos de corte pro postos pela Organização Mundial da Saúde WHO 2000 confor me descritos na Tabela 1 Tabela 1 Classificação do IMC para adultos Fonte WHO 2000 p 240 8 AUTOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Responda às perguntas a seguir procurando verificar a qual nível de conhecimento você pôde chegar com o estudo desta uni dade 1 Qual a importância da composição corporal para a saúde 2 O Índice de Massa Corporal IMC é aplicável a todos Por quê Claretiano Centro Universitário 27 U2 Composição Corporal 9 CONSIDERAÇÕES Nesta segunda unidade apresentamos a composição cor poral sua relação com a saúde e uma maneira simples rápida e barata para sua mensuração que é realizada por meio do cálculo do IMC Na próxima unidade veremos a força muscular e a resistên cia muscular e sua relação direta com a saúde bem como os pro cedimentos para sua avaliação 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANJOS L A VEIGA G V CASTRO I R R Distribuição dos valores do Índice de Massa Corporal da população brasileira até 25 anos Revista Panamericana de Salud Publica v 3 p 3 1998 CIOLAC E G GUIMARÃES G V Exercício físico e síndrome metabólica Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 10 n 4 p 319324 2004 CONDE W L MONTEIRO C A Valores críticos do Índice de Massa Corporal para classificação do estado nutricional de crianças e adolescentes brasileiros Jornal de Pediatria Rio de Janeiro v 82 p 266272 2006 FERNANDES R A OLIVEIRA A R D FREITAS JÚNIOR I F Correlação entre diferentes indicadores de adiposidade corporal e atividade física habitual em jovens do sexo masculino Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano v 8 n 4 p 328 2006 GLANER M F Índice de Massa Corporal como indicativo da gordura corporal comparado às dobras cutâneas Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 11 n 4 p 2436 2005 GUYTON A C HALL J E Textbook of medical physiology London Saunders 2011 HUBERT H B et al Obesity as an independent risk factor for cardiovascular disease a 26year followup of participants in the Framingham Heart Study Circulation v 67 n 5 p 968977 1983 KUCZMARSKI R J et al 2000 CDC Growth Charts for the United States methods and development Vital Health Stat Series n 246 p 1190 2002 PANEL N O E I E Clinical guidelines on the identification evaluation and treatment of overweight and obesity in adults USA US Department of Health and Human Services 1998 RIBEIRO R Q et al Additional cardiovascular risk factors associated with excess weigth in children and adolescents the Belo Horizonte heart study Arquivos Brasileiros de Cardiologia v 86 n 6 p 408418 2006 SANTOS R et al Obesidade síndrome metabólica e atividade física estudo exploratório Aptidão Física e Saúde 28 realizado com adultos de ambos os sexos Revista Brasileira de Educação Física e Esporte v 19 n 4 p 317328 2005 SINAIKO A Obesidade resistência à insulina e síndrome metabólica Jornal de Pediatria v 83 n 1 p 35 2007 TAYLOR R W et al Body mass index waist girth and waisttohip ratio as indexes of total and regional adiposity in women evaluation using receiver operating characteristic curves American Journal of Clinical Nutrition v 67 n 1 p 4449 1998 WARNER E R et al A skinfold model to predict fatfree mass in female athletes Journal of Athletic Training v 39 n 3 p 259 2004 WHO Obesity preventing and managing the global epidemic Geneva World Health Organization 2000 XAVIER H T et al V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose Arquivos Brasileiros de Cardiologia Revista da Sociedade Brasileira de Cardiologia Rio de Janeiro v 101 n 4 outubro 2013 EAD Força Muscular e Resistência Muscular 3 1 OBJETIVOS Entender o conceito de força muscular e resistência mus cular relacionadas à saúde Conhecer as metodologias de avaliação da força muscular e resistência muscular e aprender a classificar os alunos quanto aos níveis recomendados para a saúde 2 CONTEÚDOS Força muscular e resistência muscular Método de avaliação da força muscular e da resistência muscular Classificação Aptidão Física e Saúde 30 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE Antes de iniciar o estudo desta unidade é importante que você leia as orientações a seguir 1 Antes de iniciar a leitura desta unidade é importante que você saiba o que significa estar em decúbito dor sal que é uma posição corporal aprendida nos estudos de Anatomia Conhecendo conceitos como esse você saberá exatamente a posição do avaliado na hora da avaliação 2 Fique atento Força muscular e resistência muscular não se remetem à mesma coisa 4 INTRODUÇÃO Na Unidade 2 vimos o que é composição corporal estuda mos sua relação com a saúde e aprendemos uma maneira simples para sua mensuração que é realizada por meio do cálculo do Índi ce de Massa Corporal IMC Nesta unidade estudaremos os conceitos de força muscular e resistência muscular relacionados à saúde bem como conhece remos uma simples metodologia para sua avaliação Bom estudo 5 APTIDÃO MUSCULAR Os termos força muscular resistência muscular e po tência muscular têm sido unidos em uma única categoria chama da de aptidão muscular incluída na aptidão relacionada à saúde ACSM 2013 A força muscular referese à habilidade de exercer força já a resistência muscular se refere à habilidade de continuar exercen do força por repetidas vezes A potência muscular por sua vez é a contração do músculo no menor tempo possível ACSM 2013 Claretiano Centro Universitário 31 U3 Força Muscular e Resistência Muscular De acordo com a ACSM 2013 a aptidão muscular de ma neira geral pode melhorar ou auxiliar na manutenção de 1 Massa óssea a qual se relaciona à osteoporose 2 Tolerância a glicose pertinente no estado diabético e prédiabético 3 Integridade dos tendões relacionada a lesões e dores nas costas 4 Atividades da vida diária facilitandoas bem como me lhorando a percepção da qualidade de vida 5 Taxas metabólicas relacionadas ao controle do peso cor poral e do metabolismo Quando o assunto são as crianças uma boa aptidão mus cular pode ajudar a desenvolver uma postura correta reduzir o risco de lesões melhorar a composição corporal as habilidades motoras e a performance motora entre outros benefícios Já para idosos uma boa aptidão muscular pode ajudar na redução de limi tações e dores decorrentes de sarcopenia ACSM 2013 De acordo com Haskell et al 2007 para a promoção e ma nutenção da saúde e da independência física crianças adultos e idosos deveriam realizar exercícios de força e resistência muscular ao menos duas vezes por semana o que ajudaria a promover a saúde óssea melhorar as atividades metabólicas e manter o peso corporal Agora que entendemos a aptidão muscular o próximo passo é saber como realizar sua avaliação Vamos em frente 6 MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA FORÇA E RESISTÊN CIA MUSCULAR A seguir você verá a descrição de um simples teste para a mensuração da força e resistência muscular Aptidão Física e Saúde 32 Teste de forçaresistência abdominal situp O aluno deve se posicionar em decúbito dorsal com os joe lhos flexionados a 90 graus com seus braços cruzados sobre o tó rax O avaliador fixa os pés do avaliado ao solo Ao sinal do avalia dor o avaliado inicia os movimentos de flexão do tronco até tocar as coxas com os cotovelos não sendo necessário tocar o colchone te com a cabeça a cada execução O avaliador realiza a contagem em voz alta É anotado o número de repetições completas realiza das em um minuto ACSM 2013 Classificação Segue na Tabela 1 a classificação do teste de abdominal Tabela 1 Classificação do teste de abdominal Fonte Pollock Wilmore e Fox 1993 np Claretiano Centro Universitário 33 U3 Força Muscular e Resistência Muscular 7 AUTOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Responda às perguntas a seguir procurando verificar a qual nível de conhecimento você pôde chegar com o estudo desta uni dade 1 Qual a importância da força e da resistência muscular para as atividades do dia a dia 2 Você conhece outros métodos para a avaliação da força e resistência 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACSM AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ACSMs guidelines for exercise testing and prescription Philadelphia Lippincott Williams Wilkins 2013 HASKELL W L et al Physical activity and public health updated recommendation for adults from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association Med Sci Sports Exerc v 39 n 8 p 142334 2007 POLLOCK M L WILMORE J H FOX S Exercícios na saúde e na doença Rio de Janeiro Manole 1993 p 231605 Claretiano Centro Universitário EAD Flexibilidade 4 1 OBJETIVOS Entender o conceito de flexibilidade relacionada à saúde Conhecer a metodologia de avaliação da flexibilidade e compreender sua classificação 2 CONTEÚDOS Flexibilidade Método de avaliação da flexibilidade Classificação 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE Antes de iniciar o estudo desta unidade é importante que você leia as orientações a seguir Aptidão Física e Saúde 36 1 Para melhor compreensão desta unidade é importante que você pesquise e compreenda a diferença entre fle xibilidade e alongamento 2 Pesquise também sobre diferentes maneiras de se tra balhar a flexibilidade pois isso certamente complentará seu estudo 3 Pesquise ainda como são realizados exercícios balísti cos e outros tipos de exercícios para desenvolver a fle xibilidade 4 INTRODUÇÃO Na Unidade 3 estudamos os conceitos de força muscular e resistência muscular relacionados à saúde bem como conhece mos uma metodologia simples para sua avaliação o teste de força resistência abdominal situp Nesta quarta e última unidade estudaremos sobre flexibili dade Assim como fizemos nas unidades anteriores apresentare mos o seu conceito e uma metologia para sua avaliação Boa leitura 5 FLEXIBILIDADE Segundo a ACSM 2013 a flexibilidade pode ser definida como a capacidade de os músculos se esticarem sem causar danos ou lesões A flexibilidade depende de um número específico de variáveis incluindo a capacidade que a cápsula articular tem de se distender o adequado aquecimento e a viscosidade muscular Segundo Arruda et al 2006 O aumento da flexibilidade está intimamente relacionado com a maior facilidade para a exe cução de ações cotidianas representadas na qualidade de vida e saúde E embora diminua com o passar dos anos pode ser tra balhada e melhorada em todas as faixas etárias GARBER et al 2011 Claretiano Centro Universitário 37 U4 Flexibilidade Ainda segundo Garber et al 2011 diversos exercícios po dem melhorar a amplitude dos movimentos tais como Exercícios balísticos Alongamentos Trabalhos proprioceptivos Assim o objetivo dos programas de exercícios para a flexi bilidade é melhorar a amplitude dos movimentos o que pode ser feito em todas as idades e essa melhoria é percebida instantanea mente após o exercício Além disso podem melhorar a estabilida de postural e o equilíbrio principalmente quando combinado com exercícios resistidos Entretanto conforme ressaltam Garber et al 2011 não há ligações consistentes entre exercícios de flexibilida de e a diminuição de lesões e prevenção de dores De acordo com a ACSM 2013 são recomendados exercícios de flexibilidade de duas a três vezes por semana com duração de 10 a 30 segundos em cada posição 30 a 60 segundos para idosos em uma rotina de mais ou menos 10 minutos Lembrese de trabalhar com os grandes grupos musculares e sempre após o trabalho de aquecimento 6 AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE A seguir veremos as instruções para uma simples avaliação da flexibilidade Confira Teste de flexibilidade sentar e alcançar Para a realização deste teste de flexibilidade devemos uti lizar um banco Banco de Wells com as seguintes características 1 um cubo construído com peças de 30x30cm 2 uma peça tipo régua de 53cm de comprimento por 15cm de largura Aptidão Física e Saúde 38 3 escrever na régua uma graduação ou colar sobre ela uma trena métrica de 0 a 53cm 4 colocar a régua no topo do cubo na região central fa zendo que a marca de 23cm fique exatamente em linha com a face do cubo na qual os alunos apoiarão os pés Vamos aos procedimentos para realização do teste Teste de Flexibilidade Banco de Wells O avaliado tem de estar descalço Ele deverá sentarse de frente para a base da caixa com as pernas estendidas e unidas colocar uma das mãos sobre a outra e elevar os braços em vertical Posteriormente deverá inclinar o corpo para frente e alcançar com as pontas dos dedos das mãos tão longe quanto possível sobre a régua graduada sem flexionar os joelhos e sem utilizar movimentos de balanço insistências O avaliado realizará duas tentativas Observe a Figura 1 Figura 1 Teste de flexibilidade O avaliador permanece ao lado do aluno mantendo os joelhos deste em ex tensão O resultado é medido a partir da posição mais longínqua que o aluno pode alcançar na escala com as pontas dos dedos Por fim registrase o melhor resultado entre as duas execuções com anotação em uma casa decimal Por exemplo 245 centímetros ACSM 2013 Classificação Vejamos agora na Tabela 1 a classificação da flexibilidade para homens e mulheres Claretiano Centro Universitário 39 U4 Flexibilidade Tabela 1 Classificação do teste de flexibilidade Fonte Pollock Wilmore e Fox 1993 np 7 AUTOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Responda às perguntas a seguir procurando verificar a qual nível de conhecimento você pôde chegar com o estudo desta uni dade 1 Qual a importância da flexibilidade para as atividades do dia a dia 2 Você conhece outros métodos para a avaliação da flexibilidade 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACSM AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ACSMs guidelines for exercise testing and prescription Philadelphia Lippincott Williams Wilkins 2013 ARRUDA F et al The influence of the stretching exercise in the strength training performance Treinamento Desportivo v 7 p 15 2006 GARBER C E et al American College of Sports Medicine position stand Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory musculoskeletal and neuromotor fitness in apparently healthy adults guidance for prescribing exercise Medicine Science Sports Exercise v 43 n 7 p 133459 2011 POLLOCK M L WILMORE J H FOX S Exercícios na saúde e na doença Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1993 p 231605 Claretiano Centro Universitário EAD Avaliação do Curso AC De acordo com todo o conteúdo que abordamos no decorrer do curso Aptidão Física e Saúde acesse o Portfólio e responda às questões a seguir 1 Quais componentes da aptidão física estão relacionados com a saúde 2 Como cada componente se relaciona com a saúde 3 Cite e explique ao menos um novo método para a ava liação de cada componente 4 Cite atividades da vida diária e sua relação direta com cada componente da aptidão física relacionada à saúde 5 Qual a importância desses conhecimentos para o profis sional de Educação Física