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Psicologia ·
Psicologia Social
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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA RELATÓRIO DE VISITA Estágio Básico em Processos Educacionais X Estágio Específico Psicossocial EducacionalEscolar Estagiário 1 RA Estagiário 2 RA Supervisor CRP DADOS DA INSTITUIÇÃO Nome da instituição Endereço Responsável DESCRITIVO DA VISITA Visita 3 Dia 22102024 Horário 1000 1200 Local Chegue à escola por volta das 10h e o professor Antônio não estava presente pois participava de uma formação na Diretoria de Ensino Fiquei aguardando alguns minutos no pátio até que uma professora chamada Kátia se aproximou e perguntou se poderia ajudar Expliquei que estava ali para o estágio com o objetivo de observar a reunião da ATPC Kátia entrou e conversou com a Érica que autorizou a entrada na sala dos professores Ao entrar haviam três professores sentados que me cumprimentou brevemente e voltaram a mexer em seus celulares e notebooks sem dar muita atenção Fiquei aguardando o início da reunião e enquanto isso Kátia voltou sentouse ao meu lado e começamos a conversar 1 OBJETIVO DA VISITAATIVIDADE A compreensão e análise do ambiente institucional escolar são fundamentais para reconhecer a especificidade da atuação psicológica e planejar a intervenção FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA Ela contou que é professora dos alunos com necessidades especiais e que dar aula para esses alunos na escola é um grande desafio Além da falta de recursos há pais que não aceitam o diagnóstico dos filhos e outros que simplesmente não os enviam à escola Ela mencionou que essas aulas acontecem duas vezes por semana mas mesmo assim alguns pais não mandam seus filhos Na sala de recursos há apenas um aluno por vez Ana outra professora que estava presente para a reunião da ATPC não lecionava nessa escola mas em outra Ela comentou que lá os desafios também são diários com alunos diagnosticados com TEA TDAH TOD e até um aluno que é esquizofrênico Ela contou que esse aluno havia agredido a própria mãe e após esse episódio a mãe deixou de enviálo para a escola Ana também comentou que na escola onde leciona há um aluno que frequentemente diz que um dia vai colocar fogo na escola ou trazer uma faca e esfaquear todos Perguntei como é lidar com esse tipo de situação diariamente e ela respondeu que é muito estressante mas que precisa trabalhar Ela também mencionou que o salário não compensa e todas as professoras concordaram com a queixa sobre a baixa remuneração Conversei também com a professora Cristina que era muito simpática Ela contou que leciona em uma escola próxima chamada EMEF Des Francisco Meirelles e que lá as dificuldades também eram grandes A escola possui alunos com necessidades atípicas mas não há estagiários suficientes para acompanhar todos Embora os estagiários deem suporte na sala quando os alunos precisam ir ao banheiro não há quem os acompanhe Cristina disse que a escola é adaptada para acessibilidade inclusive na área de recreação onde é possível entrar com cadeira de rodas mas ainda faltam profissionais para atender esses alunos adequadamente Depois de um tempo de conversa a professora Kátia se retirou para saber por que a reunião não começava e em seguida retornou e nos informou que havia surgido um imprevisto grave e que a Coordenadora Érica havia adiado a reunião para as 13h Kátia me perguntou sobre minha intenção na escola e eu expliquei que estava planejando uma possível intervenção mas ainda não tinha certeza do 2 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA que seria Ela sugeriu que eu viesse em um período da tarde já que esse horário é bem mais caótico Ela comentou que se eu visse a turma da tarde acharia a turma da manhã um verdadeiro grupo de anjinhos em comparação Kátia também mencionou que as reuniões da ATPC ocorrem às terças e quintas e me convidou a participar na próxima semana se eu quisesse Agradeci a conversa e todos se levantaram e retornaram aos seus afazeres IMPRESSÃO PESSOAL A terceira visita foi marcada por contrastes entre expectativa e realidade Desde o início a falta do professor Antônio e a postura indiferente dos professores presentes criaram uma atmosfera de certa desatenção No entanto a professora Kátia desempenhou um papel acolhedor sendo a ponte para um diálogo mais aberto e revelador sobre os desafios diários na educação inclusiva Ficou claro o quanto a falta de recursos profissionais e a resistência de alguns pais tornam o ensino de alunos com necessidades especiais uma tarefa ainda mais árdua A fala de Kátia sobre a rotina na sala de recursos onde atende apenas um aluno por vez evidencia essa carência Além disso as histórias trazidas por Ana e Cristina reforçam como o contexto de vulnerabilidade emocional e psicológica dos alunos torna o ambiente escolar desafiador para os professores Um ponto que também chamou atenção foi a sobrecarga emocional vivida pelos educadores como o relato da Ana sobre o aluno que faz ameaças violentas e como isso impacta o clima na escola É triste perceber o quanto essa carga emocional somada à baixa remuneração torna o trabalho dos professores ainda mais difícil Mesmo diante desse cenário muitos deles continuam perseverando o que demonstra um grande comprometimento com a profissão A sugestão de Kátia para observar a turma da tarde como uma forma de ter uma visão mais completa do ambiente escolar reforça a importância de estar presente e entender as dinâmicas em diferentes horários No geral o encontro foi um retrato realista da complexidade do sistema educacional especialmente no que se refere à inclusão revelando tanto as dificuldades estruturais quanto o esforço diário dos professores em lidar com essas questões 3 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA ANÁLISE REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS VISTOS Estagiário 1 Estagiário 2 Supervisor visto e carimbo 4 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA RELATÓRIO DE VISITA Estágio Básico em Processos Educacionais X Estágio Específico Psicossocial EducacionalEscolar Estagiário 1 RA Estagiário 2 RA Supervisor CRP DADOS DA INSTITUIÇÃO Nome da instituição Endereço Responsável DESCRITIVO DA VISITA Visita 3 Dia 22102024 Horário 1000 1200 Local Cheguei à escola por volta das 10h e o professor Antônio não estava presente pois participava de uma formação na Diretoria de Ensino Fiquei aguardando alguns minutos no pátio até que uma professora chamada Kátia se aproximou e perguntou se poderia ajudar Expliquei que estava ali para o estágio com o objetivo de observar a reunião da ATPC Kátia entrou e conversou com a Érica que autorizou a entrada na sala dos professores Ao entrar havia três professores sentados que me cumprimentaram brevemente e voltaram a mexer em seus celulares e notebooks sem dar muita atenção Fiquei aguardando o início da reunião e enquanto isso Kátia voltou sentouse ao meu lado e começamos a conversar 1 OBJETIVO DA VISITAATIVIDADE A compreensão e análise do ambiente institucional escolar são fundamentais para reconhecer a especificidade da atuação psicológica e planejar a intervenção FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA Ela contou que é professora dos alunos com necessidades especiais e que dar aula para esses alunos na escola é um grande desafio Além da falta de recursos há pais que não aceitam o diagnóstico dos filhos e outros que simplesmente não os enviam à escola Ela mencionou que essas aulas acontecem duas vezes por semana mas mesmo assim alguns pais não mandam seus filhos Na sala de recursos há apenas um aluno por vez Ana outra professora que estava presente para a reunião da ATPC não leciona nessa escola mas em outra Ela comentou que lá os desafios também são diários com alunos diagnosticados com TEA TDAH TOD e até um aluno que é esquizofrênico Ela contou que esse aluno havia agredido a própria mãe e após esse episódio a mãe deixou de enviálo para a escola Ana também comentou que na escola onde leciona há um aluno que frequentemente diz que um dia vai colocar fogo na escola ou trazer uma faca e esfaquear todos Perguntei como é lidar com esse tipo de situação diariamente e ela respondeu que é muito estressante mas que precisa trabalhar Ela também mencionou que o salário não compensa e todas as professoras concordaram com a queixa sobre a baixa remuneração Conversei também com a professora Cristina que era muito simpática Ela contou que leciona em uma escola próxima chamada EMEF Des Francisco Meirelles e que lá as dificuldades também eram grandes A escola possui alunos com necessidades atípicas mas não há estagiários suficientes para acompanhar todos Embora os estagiários deem suporte na sala quando os alunos precisam ir ao banheiro não há quem os acompanhe Cristina disse que a escola é adaptada para acessibilidade inclusive na área de recreação onde é possível entrar com cadeira de rodas mas ainda faltam profissionais para atender esses alunos adequadamente Depois de um tempo de conversa a professora Kátia se retirou para saber por que a reunião não começava e em seguida retornou e nos informou que havia surgido um imprevisto grave e que a Coordenadora Érica havia adiado a reunião para às 13h Kátia me perguntou sobre minha intenção na escola e eu expliquei que estava planejando uma possível intervenção mas ainda não tinha certeza do 2 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA que seria Ela sugeriu que eu viesse em um período da tarde já que esse horário é bem mais caótico Ela comentou que se eu visse a turma da tarde acharia a turma da manhã um verdadeiro grupo de anjinhos em comparação Kátia também mencionou que as reuniões da ATPC ocorrem às terças e quintas e me convidou a participar na próxima semana se eu quisesse Agradeci a conversa e todos se levantaram e retornaram aos seus afazeres IMPRESSÃO PESSOAL A terceira visita foi marcada por contrastes entre expectativa e realidade Desde o início a falta do professor Antônio e a postura indiferente dos professores presentes criaram uma atmosfera de certa desatenção No entanto a professora Kátia desempenhou um papel acolhedor sendo a ponte para um diálogo mais aberto e revelador sobre os desafios diários na educação inclusiva Ficou claro o quanto a falta de recursos profissionais e a resistência de alguns pais tornam o ensino de alunos com necessidades especiais uma tarefa ainda mais árdua A fala de Kátia sobre a rotina na sala de recursos onde atende apenas um aluno por vez evidencia essa carência Além disso as histórias trazidas por Ana e Cristina reforçam como o contexto de vulnerabilidade emocional e psicológica dos alunos torna o ambiente escolar desafiador para os professores Um ponto que também chamou atenção foi a sobrecarga emocional vivida pelos educadores como o relato da Ana sobre o aluno que faz ameaças violentas e como isso impacta o clima na escola É triste perceber o quanto essa carga emocional somada à baixa remuneração torna o trabalho dos professores ainda mais difícil Mesmo diante desse cenário muitos deles continuam perseverando o que demonstra um grande comprometimento com a profissão A sugestão de Kátia para observar a turma da tarde como uma forma de ter uma visão mais completa do ambiente escolar reforça a importância de estar presente e entender as dinâmicas em diferentes horários No geral o encontro foi um retrato realista da complexidade do sistema educacional especialmente no que se refere à inclusão revelando tanto as dificuldades estruturais quanto o esforço diário dos professores em lidar com essas questões 3 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA ANÁLISE A terceira visita proporcionou iniciar o entendimento sobre as conjecturas escolares estruturais que refletem o sistema educacional brasileiro que vão desde uma visão mais ampla até as singularidades que se presentificam em cada contexto escolar Como vem sendo observado desde a primeira visita o educador é crucial para uma atuação efetiva do psicólogo escolar e sua experiência e conhecimentos devem ser levados em consideração ao delinear estratégias de intervenção Essa preocupação a do trabalho junto ao corpo docente é endossado por Schilling e Angelucci 2016 p 17 apud Souza et al 2023 p 92 em que o trabalho da equipe profissional deve caracterizarse como apoio ao trabalho docente respeitando o protagonismo da comunidade escolar e promovendo a ação coletiva de educadoresas estudantes familiares e outrosas agentes sociais que habitam o território É nesse sentido ainda e diante da desvalorização que é necessário considerarmos a questão dialética e o posicionamento da sociedade em que o lugar do educador tem sido cada vez mais marginalizado e desvalorizado tendo um impacto direto em sua prática diária Pensar a atuação do psicólogo escolar é pensar também em um trabalho que considere a realidade do corpo docente e as possibilidades de práticas escolares que se fazem possíveis em cada contexto É fundamental nesse processo tomar o saber docente a partir de sua valorização e reconhecimento algo que a sociedade tem falhado em oferecer Essa valorização deve caminhar para um fortalecimento dos professores bem como de uma potencialização de sua criatividade singular na busca de estratégias e metodologias que favoreçam a apropriação de conhecimento por todos os alunos Lima Martins Nunes 2023 p 132 Esse movimento vai de encontro também ao entendimento do profissional docente como sujeitos históricos que atuam em constante interação com o mundo os sujeitos que o compõem e uma dada realidade concreta Cf Barroco Souza 2012 Vigotski 19332001 É reiterado por Nunes Silva Melo 2023 p 386 e acolhido como direcionamento para possíveis intervenções futuras a construção de espaços possíveis para uma reflexão discussão e compreensão dos fenômenos educacionais e do que é experienciado diariamente por esses professores Esses espaços devem abranger considerando as queixas apresentadas pelo corpo docente durante a última visita reflexões críticas acerca da inclusão escolar e do manejo frente ao que é demandado e direcionado aos profissionais pelos alunos 4 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA Sabese quanto ao que é demandado e direcionado pelo aluno ao professor que as questões que chegam extrapolam o contexto educacional e adentram questões pessoais e familiares As mudanças sociais econômicas culturais e tecnológicas da atualidade que são propulsionadas pela fixação da internet das redes sociais e de uma realidade globalizada e informatizada enfraquecem as delimitações dos períodos de idade resultando em um alongamento da adolescência Perdese nesse sentido parte da infância conforme aponta Birman 2005 refletindo no contexto escolar por sujeitos cada vez mais confusos em relação ao lugar que ocupam no mundo e os papeis que são demandados de serem realizados Esse ponto pode ser evidenciado por exemplo pela fragilidade emocional descrita pelas professoras em relação aos alunos A participação da escola nessas transformações é essencial sendo ela para muitos uma rede de apoio e o local no qual serão aprendidos valores que servirão de fundamento para a formação da subjetividade dessas crianças e adolescentes tendo portanto um impacto que não deve ser ignorado tornandose mais evidente a necessidade de uma formação e postura crítica do corpo docente a fim de promover um acolhimento e ajuda que compreenda as realidades desses alunos Considerando ainda uma postura crítica na atuação enquanto psicólogo no contexto escolar é necessário que não ocupemos o lugar de legitimação da desvalorização e culpabilização dos demais profissionais aqui em questão o corpo docente frente às adversidades e problemas vividos no âmbito na Educação brasileira no contemporâneo já que são o resultado de uma complexa construção histórica atravessada por questões sociais culturais políticas e econômicas Nunes Silva Melo 2023 p 388 A postura de diversos docentes parecem refletir tanto a desvalorização e culpabilização do educador quanto da realidade dada por problemáticas estruturais do modo de organização escolar Trabalhar a identidade docente a formação crítica continuada e os modos possíveis de atuação frente a realidade de se impõe é um direcionamento ético possível para intervir no contexto escolar apresentado REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Birman J 2005 Tatuando o desamparo Disponível em httpswwwufrgsbrpsicoeducchasquewebedu01011birmantatuandoodesamparopdf Lima L R Martins E B Nunes L G A 2023 Psicologia escolar e serviço social na educação básica trilhando caminhos e parcerias In Lima L et al org 2023 Práticas Críticas 5 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA em Psicologia Escolar e Educacional experiências vividas no chão da escola e suas complexidades pp 123154 São Paulo Pimenta Cultural 2023 Souza B P et al 2023 Equipes de psicólogas escolares e sua atuação em distintas configurações e territórios In Lima L et al org 2023 Práticas Críticas em Psicologia Escolar e Educacional experiências vividas no chão da escola e suas complexidades pp 6995 São Paulo Pimenta Cultural 2023 Nunes L G Silva S M C Melo M H S 2023 Diálogos com professoras sobre Educação inclusiva psicologia escolar na educação básica In Lima L et al org 2023 Práticas Críticas em Psicologia Escolar e Educacional experiências vividas no chão da escola e suas complexidades pp 365395 São Paulo Pimenta Cultural 2023 VISTOS Estagiário 1 Estagiário 2 Supervisor visto e carimbo 6 RELATÓRIO DE VISITA Estágio Básico em Processos Educacionais X Estágio Específico Psicossocial EducacionalEscolar Estagiário 1 RA Estagiário 2 RA Supervisor CRP DADOS DA INSTITUIÇÃO Nome da instituição Endereço Responsável DESCRITIVO DA VISITA Visita 3 Dia 22102024 Horário 1000 1200 Local Cheguei à escola por volta das 10h e o professor Antônio não estava presente pois participava de uma formação na Diretoria de Ensino Fiquei aguardando alguns minutos no pátio até que uma professora chamada Kátia se aproximou e perguntou se poderia ajudar Expliquei que estava ali para o estágio com o objetivo de observar a reunião da ATPC Kátia entrou e conversou com a Érica que autorizou a entrada na sala dos professores Ao entrar havia três professores sentados que me cumprimentaram brevemente e voltaram a mexer em seus celulares e notebooks sem dar muita atenção Fiquei aguardando o início da reunião e enquanto isso Kátia voltou sentouse ao meu lado e começamos a conversar Ela contou que é professora dos alunos com necessidades especiais e que dar aula para esses alunos na escola é um grande desafio Além da falta de recursos há pais que não aceitam o diagnóstico dos filhos e outros que simplesmente não os enviam à escola Ela mencionou que essas aulas acontecem duas vezes por semana mas mesmo assim alguns pais não mandam seus filhos Na sala de recursos há apenas um aluno por vez 1 OBJETIVO DA VISITAATIVIDADE A compreensão e análise do ambiente institucional escolar são fundamentais para reconhecer a especificidade da atuação psicológica e planejar a intervenção Ana outra professora que estava presente para a reunião da ATPC não leciona nessa escola mas em outra Ela comentou que lá os desafios também são diários com alunos diagnosticados com TEA TDAH TOD e até um aluno que é esquizofrênico Ela contou que esse aluno havia agredido a própria mãe e após esse episódio a mãe deixou de enviálo para a escola Ana também comentou que na escola onde leciona há um aluno que frequentemente diz que um dia vai colocar fogo na escola ou trazer uma faca e esfaquear todos Perguntei como é lidar com esse tipo de situação diariamente e ela respondeu que é muito estressante mas que precisa trabalhar Ela também mencionou que o salário não compensa e todas as professoras concordaram com a queixa sobre a baixa remuneração Conversei também com a professora Cristina que era muito simpática Ela contou que leciona em uma escola próxima chamada EMEF Des Francisco Meirelles e que lá as dificuldades também eram grandes A escola possui alunos com necessidades atípicas mas não há estagiários suficientes para acompanhar todos Embora os estagiários deem suporte na sala quando os alunos precisam ir ao banheiro não há quem os acompanhe Cristina disse que a escola é adaptada para acessibilidade inclusive na área de recreação onde é possível entrar com cadeira de rodas mas ainda faltam profissionais para atender esses alunos adequadamente Depois de um tempo de conversa a professora Kátia se retirou para saber por que a reunião não começava e em seguida retornou e nos informou que havia surgido um imprevisto grave e que a Coordenadora Érica havia adiado a reunião para às 13h Kátia me perguntou sobre minha intenção na escola e eu expliquei que estava planejando uma possível intervenção mas ainda não tinha certeza do que seria Ela sugeriu que eu viesse em um período da tarde já que esse horário é bem mais caótico Ela comentou que se eu visse a turma da tarde acharia a turma da manhã um verdadeiro grupo de anjinhos em comparação Kátia também mencionou que as reuniões da ATPC ocorrem às terças e quintas e me convidou a participar na próxima semana se eu quisesse Agradeci a conversa e todos se levantaram e retornaram aos seus afazeres IMPRESSÃO PESSOAL A terceira visita foi marcada por contrastes entre expectativa e realidade Desde o início a falta do professor Antônio e a postura indiferente dos professores presentes criaram uma atmosfera de certa 2 desatenção No entanto a professora Kátia desempenhou um papel acolhedor sendo a ponte para um diálogo mais aberto e revelador sobre os desafios diários na educação inclusiva Ficou claro o quanto a falta de recursos profissionais e a resistência de alguns pais tornam o ensino de alunos com necessidades especiais uma tarefa ainda mais árdua A fala de Kátia sobre a rotina na sala de recursos onde atende apenas um aluno por vez evidencia essa carência Além disso as histórias trazidas por Ana e Cristina reforçam como o contexto de vulnerabilidade emocional e psicológica dos alunos torna o ambiente escolar desafiador para os professores Um ponto que também chamou atenção foi a sobrecarga emocional vivida pelos educadores como o relato da Ana sobre o aluno que faz ameaças violentas e como isso impacta o clima na escola É triste perceber o quanto essa carga emocional somada à baixa remuneração torna o trabalho dos professores ainda mais difícil Mesmo diante desse cenário muitos deles continuam perseverando o que demonstra um grande comprometimento com a profissão A sugestão de Kátia para observar a turma da tarde como uma forma de ter uma visão mais completa do ambiente escolar reforça a importância de estar presente e entender as dinâmicas em diferentes horários No geral o encontro foi um retrato realista da complexidade do sistema educacional especialmente no que se refere à inclusão revelando tanto as dificuldades 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concreta Cf Barroco Souza 2012 Vigotski 19332001 É reiterado por Nunes Silva Melo 2023 p 386 e acolhido como direcionamento para possíveis intervenções futuras a construção de espaços possíveis para uma reflexão discussão e compreensão dos fenômenos educacionais e do que é experienciado diariamente por esses professores Esses espaços devem abranger considerando as queixas apresentadas pelo corpo docente durante a última visita reflexões críticas acerca da inclusão escolar e do manejo frente ao que é demandado e direcionado aos profissionais pelos alunos Sabese quanto ao que é demandado e direcionado pelo aluno ao professor que as questões que chegam extrapolam o contexto educacional e adentram questões pessoais e familiares As mudanças sociais econômicas culturais e tecnológicas da atualidade que são propulsionadas pela fixação da internet das redes sociais e de uma realidade globalizada e informatizada enfraquecem as delimitações dos períodos de idade resultando em um alongamento da 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própria mãe e após esse episódio a mãe deixou de enviálo para a escola Ana também comentou que na escola onde leciona há um aluno que frequentemente diz que um dia vai colocar fogo na escola ou trazer uma faca e esfaquear todos Perguntei como é lidar com esse tipo de situação diariamente e ela respondeu que é muito estressante mas que precisa trabalhar Ela também mencionou que o salário não compensa e todas as professoras concordaram com a queixa sobre a baixa remuneração Conversei também com a professora Cristina que era muito simpática Ela contou que leciona em uma escola próxima chamada EMEF Des Francisco Meirelles e que lá as dificuldades também eram grandes A escola possui alunos com necessidades atípicas mas não há estagiários suficientes para acompanhar todos Embora os estagiários deem suporte na sala quando os alunos precisam ir ao banheiro não há quem os acompanhe Cristina disse que a escola é adaptada para acessibilidade inclusive na área de recreação onde é possível entrar com cadeira de rodas mas ainda faltam profissionais para atender esses alunos adequadamente Depois de um tempo de conversa a professora Kátia se retirou para saber por que a reunião não começava e em seguida retornou e nos informou que havia surgido um imprevisto grave e que a Coordenadora Érica havia adiado a reunião para as 13h Kátia me perguntou sobre minha intenção na escola e eu expliquei que estava planejando uma possível intervenção mas ainda não tinha certeza do 2 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA que seria Ela sugeriu que eu viesse em um período da tarde já que esse horário é bem mais caótico Ela comentou que se eu visse a turma da tarde acharia a turma da manhã um verdadeiro grupo de anjinhos em comparação Kátia também mencionou que as reuniões da ATPC ocorrem às terças e quintas e me convidou a participar na próxima semana se eu quisesse Agradeci a conversa e todos se levantaram e retornaram aos seus afazeres IMPRESSÃO PESSOAL A terceira visita foi marcada por contrastes entre expectativa e realidade Desde o início a falta do professor Antônio e a postura indiferente dos professores presentes criaram uma atmosfera de certa desatenção No entanto a professora Kátia desempenhou um papel acolhedor sendo a ponte para um diálogo mais aberto e revelador sobre os desafios diários na educação inclusiva Ficou claro o quanto a falta de recursos profissionais e a resistência de alguns pais tornam o ensino de alunos com necessidades especiais uma tarefa ainda mais árdua A fala de Kátia sobre a rotina na sala de recursos onde atende apenas um aluno por vez evidencia essa carência Além disso as histórias trazidas por Ana e Cristina reforçam como o contexto de vulnerabilidade emocional e psicológica dos alunos torna o ambiente escolar desafiador para os professores Um ponto que também chamou atenção foi a sobrecarga emocional vivida pelos educadores como o relato da Ana sobre o aluno que faz ameaças violentas e como isso impacta o clima na escola É triste perceber o quanto essa carga emocional somada à baixa remuneração torna o trabalho dos professores ainda mais difícil Mesmo diante desse cenário muitos deles continuam perseverando o que demonstra um grande comprometimento com a profissão A sugestão de Kátia para observar a turma da tarde como uma forma de ter uma visão mais completa do ambiente escolar reforça a importância de estar presente e entender as dinâmicas em diferentes horários No geral o encontro foi um retrato realista da complexidade do sistema educacional especialmente no que se refere à inclusão revelando tanto as dificuldades estruturais quanto o esforço diário dos professores em lidar com essas questões 3 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA ANÁLISE REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS VISTOS Estagiário 1 Estagiário 2 Supervisor visto e carimbo 4 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA RELATÓRIO DE VISITA Estágio Básico em Processos Educacionais X Estágio Específico Psicossocial EducacionalEscolar Estagiário 1 RA Estagiário 2 RA Supervisor CRP DADOS DA INSTITUIÇÃO Nome da instituição Endereço Responsável DESCRITIVO DA VISITA Visita 3 Dia 22102024 Horário 1000 1200 Local Cheguei à escola por volta das 10h e o professor Antônio não estava presente pois participava de uma formação na Diretoria de Ensino Fiquei aguardando alguns minutos no pátio até que uma professora chamada Kátia se aproximou e perguntou se poderia ajudar Expliquei que estava ali para o estágio com o objetivo de observar a reunião da ATPC Kátia entrou e conversou com a Érica que autorizou a entrada na sala dos professores Ao entrar havia três professores sentados que me cumprimentaram brevemente e voltaram a mexer em seus celulares e notebooks sem dar muita atenção Fiquei aguardando o início da reunião e enquanto isso Kátia voltou sentouse ao meu lado e começamos a conversar 1 OBJETIVO DA VISITAATIVIDADE A compreensão e análise do ambiente institucional escolar são fundamentais para reconhecer a especificidade da atuação psicológica e planejar a intervenção FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA Ela contou que é professora dos alunos com necessidades especiais e que dar aula para esses alunos na escola é um grande desafio Além da falta de recursos há pais que não aceitam o diagnóstico dos filhos e outros que simplesmente não os enviam à escola Ela mencionou que essas aulas acontecem duas vezes por semana mas mesmo assim alguns pais não mandam seus filhos Na sala de recursos há apenas um aluno por vez Ana outra professora que estava presente para a reunião da ATPC não leciona nessa escola mas em outra Ela comentou que lá os desafios também são diários com alunos diagnosticados com TEA TDAH TOD e até um aluno que é esquizofrênico Ela contou que esse aluno havia agredido a própria mãe e após esse episódio a mãe deixou de enviálo para a escola Ana também comentou que na escola onde leciona há um aluno que frequentemente diz que um dia vai colocar fogo na escola ou trazer uma faca e esfaquear todos Perguntei como é lidar com esse tipo de situação diariamente e ela respondeu que é muito estressante mas que precisa trabalhar Ela também mencionou que o salário não compensa e todas as professoras concordaram com a queixa sobre a baixa remuneração Conversei também com a professora Cristina que era muito simpática Ela contou que leciona em uma escola próxima chamada EMEF Des Francisco Meirelles e que lá as dificuldades também eram grandes A escola possui alunos com necessidades atípicas mas não há estagiários suficientes para acompanhar todos Embora os estagiários deem suporte na sala quando os alunos precisam ir ao banheiro não há quem os acompanhe Cristina disse que a escola é adaptada para acessibilidade inclusive na área de recreação onde é possível entrar com cadeira de rodas mas ainda faltam profissionais para atender esses alunos adequadamente Depois de um tempo de conversa a professora Kátia se retirou para saber por que a reunião não começava e em seguida retornou e nos informou que havia surgido um imprevisto grave e que a Coordenadora Érica havia adiado a reunião para às 13h Kátia me perguntou sobre minha intenção na escola e eu expliquei que estava planejando uma possível intervenção mas ainda não tinha certeza do 2 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA que seria Ela sugeriu que eu viesse em um período da tarde já que esse horário é bem mais caótico Ela comentou que se eu visse a turma da tarde acharia a turma da manhã um verdadeiro grupo de anjinhos em comparação Kátia também mencionou que as reuniões da ATPC ocorrem às terças e quintas e me convidou a participar na próxima semana se eu quisesse Agradeci a conversa e todos se levantaram e retornaram aos seus afazeres IMPRESSÃO PESSOAL A terceira visita foi marcada por contrastes entre expectativa e realidade Desde o início a falta do professor Antônio e a postura indiferente dos professores presentes criaram uma atmosfera de certa desatenção No entanto a professora Kátia desempenhou um papel acolhedor sendo a ponte para um diálogo mais aberto e revelador sobre os desafios diários na educação inclusiva Ficou claro o quanto a falta de recursos profissionais e a resistência de alguns pais tornam o ensino de alunos com necessidades especiais uma tarefa ainda mais árdua A fala de Kátia sobre a rotina na sala de recursos onde atende apenas um aluno por vez evidencia essa carência Além disso as histórias trazidas por Ana e Cristina reforçam como o contexto de vulnerabilidade emocional e psicológica dos alunos torna o ambiente escolar desafiador para os professores Um ponto que também chamou atenção foi a sobrecarga emocional vivida pelos educadores como o relato da Ana sobre o aluno que faz ameaças violentas e como isso impacta o clima na escola É triste perceber o quanto essa carga emocional somada à baixa remuneração torna o trabalho dos professores ainda mais difícil Mesmo diante desse cenário muitos deles continuam perseverando o que demonstra um grande comprometimento com a profissão A sugestão de Kátia para observar a turma da tarde como uma forma de ter uma visão mais completa do ambiente escolar reforça a importância de estar presente e entender as dinâmicas em diferentes horários No geral o encontro foi um retrato realista da complexidade do sistema educacional especialmente no que se refere à inclusão revelando tanto as dificuldades estruturais quanto o esforço diário dos professores em lidar com essas questões 3 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA ANÁLISE A terceira visita proporcionou iniciar o entendimento sobre as conjecturas escolares estruturais que refletem o sistema educacional brasileiro que vão desde uma visão mais ampla até as singularidades que se presentificam em cada contexto escolar Como vem sendo observado desde a primeira visita o educador é crucial para uma atuação efetiva do psicólogo escolar e sua experiência e conhecimentos devem ser levados em consideração ao delinear estratégias de intervenção Essa preocupação a do trabalho junto ao corpo docente é endossado por Schilling e Angelucci 2016 p 17 apud Souza et al 2023 p 92 em que o trabalho da equipe profissional deve caracterizarse como apoio ao trabalho docente respeitando o protagonismo da comunidade escolar e promovendo a ação coletiva de educadoresas estudantes familiares e outrosas agentes sociais que habitam o território É nesse sentido ainda e diante da desvalorização que é necessário considerarmos a questão dialética e o posicionamento da sociedade em que o lugar do educador tem sido cada vez mais marginalizado e desvalorizado tendo um impacto direto em sua prática diária Pensar a atuação do psicólogo escolar é pensar também em um trabalho que considere a realidade do corpo docente e as possibilidades de práticas escolares que se fazem possíveis em cada contexto É fundamental nesse processo tomar o saber docente a partir de sua valorização e reconhecimento algo que a sociedade tem falhado em oferecer Essa valorização deve caminhar para um fortalecimento dos professores bem como de uma potencialização de sua criatividade singular na busca de estratégias e metodologias que favoreçam a apropriação de conhecimento por todos os alunos Lima Martins Nunes 2023 p 132 Esse movimento vai de encontro também ao entendimento do profissional docente como sujeitos históricos que atuam em constante interação com o mundo os sujeitos que o compõem e uma dada realidade concreta Cf Barroco Souza 2012 Vigotski 19332001 É reiterado por Nunes Silva Melo 2023 p 386 e acolhido como direcionamento para possíveis intervenções futuras a construção de espaços possíveis para uma reflexão discussão e compreensão dos fenômenos educacionais e do que é experienciado diariamente por esses professores Esses espaços devem abranger considerando as queixas apresentadas pelo corpo docente durante a última visita reflexões críticas acerca da inclusão escolar e do manejo frente ao que é demandado e direcionado aos profissionais pelos alunos 4 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA Sabese quanto ao que é demandado e direcionado pelo aluno ao professor que as questões que chegam extrapolam o contexto educacional e adentram questões pessoais e familiares As mudanças sociais econômicas culturais e tecnológicas da atualidade que são propulsionadas pela fixação da internet das redes sociais e de uma realidade globalizada e informatizada enfraquecem as delimitações dos períodos de idade resultando em um alongamento da adolescência Perdese nesse sentido parte da infância conforme aponta Birman 2005 refletindo no contexto escolar por sujeitos cada vez mais confusos em relação ao lugar que ocupam no mundo e os papeis que são demandados de serem realizados Esse ponto pode ser evidenciado por exemplo pela fragilidade emocional descrita pelas professoras em relação aos alunos A participação da escola nessas transformações é essencial sendo ela para muitos uma rede de apoio e o local no qual serão aprendidos valores que servirão de fundamento para a formação da subjetividade dessas crianças e adolescentes tendo portanto um impacto que não deve ser ignorado tornandose mais evidente a necessidade de uma formação e postura crítica do corpo docente a fim de promover um acolhimento e ajuda que compreenda as realidades desses alunos Considerando ainda uma postura crítica na atuação enquanto psicólogo no contexto escolar é necessário que não ocupemos o lugar de legitimação da desvalorização e culpabilização dos demais profissionais aqui em questão o corpo docente frente às adversidades e problemas vividos no âmbito na Educação brasileira no contemporâneo já que são o resultado de uma complexa construção histórica atravessada por questões sociais culturais políticas e econômicas Nunes Silva Melo 2023 p 388 A postura de diversos docentes parecem refletir tanto a desvalorização e culpabilização do educador quanto da realidade dada por problemáticas estruturais do modo de organização escolar Trabalhar a identidade docente a formação crítica continuada e os modos possíveis de atuação frente a realidade de se impõe é um direcionamento ético possível para intervir no contexto escolar apresentado REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Birman J 2005 Tatuando o desamparo Disponível em httpswwwufrgsbrpsicoeducchasquewebedu01011birmantatuandoodesamparopdf Lima L R Martins E B Nunes L G A 2023 Psicologia escolar e serviço social na educação básica trilhando caminhos e parcerias In Lima L et al org 2023 Práticas Críticas 5 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU FACULDADE DE PSICOLOGIA CLÍNICAESCOLA em Psicologia Escolar e Educacional experiências vividas no chão da escola e suas complexidades pp 123154 São Paulo Pimenta Cultural 2023 Souza B P et al 2023 Equipes de psicólogas escolares e sua atuação em distintas configurações e territórios In Lima L et al org 2023 Práticas Críticas em Psicologia Escolar e Educacional experiências vividas no chão da escola e suas complexidades pp 6995 São Paulo Pimenta Cultural 2023 Nunes L G Silva S M C Melo M H S 2023 Diálogos com professoras sobre Educação inclusiva psicologia escolar na educação básica In Lima L et al org 2023 Práticas Críticas em Psicologia Escolar e Educacional experiências vividas no chão da escola e suas complexidades pp 365395 São Paulo Pimenta Cultural 2023 VISTOS Estagiário 1 Estagiário 2 Supervisor visto e carimbo 6 RELATÓRIO DE VISITA Estágio Básico em Processos Educacionais X Estágio Específico Psicossocial EducacionalEscolar Estagiário 1 RA Estagiário 2 RA Supervisor CRP DADOS DA INSTITUIÇÃO Nome da instituição Endereço Responsável DESCRITIVO DA VISITA Visita 3 Dia 22102024 Horário 1000 1200 Local Cheguei à escola por volta das 10h e o professor Antônio não estava presente pois participava de uma formação na Diretoria de Ensino Fiquei aguardando alguns minutos no pátio até que uma professora chamada Kátia se aproximou e perguntou se poderia ajudar Expliquei que estava ali para o estágio com o objetivo de observar a reunião da ATPC Kátia entrou e conversou com a Érica que autorizou a entrada na sala dos professores Ao entrar havia três professores sentados que me cumprimentaram brevemente e voltaram a mexer em seus celulares e notebooks sem dar muita atenção Fiquei aguardando o início da reunião e enquanto isso Kátia voltou sentouse ao meu lado e começamos a conversar Ela contou que é professora dos alunos com necessidades especiais e que dar aula para esses alunos na escola é um grande desafio Além da falta de recursos há pais que não aceitam o diagnóstico dos filhos e outros que simplesmente não os enviam à escola Ela mencionou que essas aulas acontecem duas vezes por semana mas mesmo assim alguns pais não mandam seus filhos Na sala de recursos há apenas um aluno por vez 1 OBJETIVO DA VISITAATIVIDADE A compreensão e análise do ambiente institucional escolar são fundamentais para reconhecer a especificidade da atuação psicológica e planejar a intervenção Ana outra professora que estava presente para a reunião da ATPC não leciona nessa escola mas em outra Ela comentou que lá os desafios também são diários com alunos diagnosticados com TEA TDAH TOD e até um aluno que é esquizofrênico Ela contou que esse aluno havia agredido a própria mãe e após esse episódio a mãe deixou de enviálo para a escola Ana também comentou que na escola onde leciona há um aluno que frequentemente diz que um dia vai colocar fogo na escola ou trazer uma faca e esfaquear todos Perguntei como é lidar com esse tipo de situação diariamente e ela respondeu que é muito estressante mas que precisa trabalhar Ela também mencionou que o salário não compensa e todas as professoras concordaram com a queixa sobre a baixa remuneração Conversei também com a professora Cristina que era muito simpática Ela contou que leciona em uma escola próxima chamada EMEF Des Francisco Meirelles e que lá as dificuldades também eram grandes A escola possui alunos com necessidades atípicas mas não há estagiários suficientes para acompanhar todos Embora os estagiários deem suporte na sala quando os alunos precisam ir ao banheiro não há quem os acompanhe Cristina disse que a escola é adaptada para acessibilidade inclusive na área de recreação onde é possível entrar com cadeira de rodas mas ainda faltam profissionais para atender esses alunos adequadamente Depois de um tempo de conversa a professora Kátia se retirou para saber por que a reunião não começava e em seguida retornou e nos informou que havia surgido um imprevisto grave e que a Coordenadora Érica havia adiado a reunião para às 13h Kátia me perguntou sobre minha intenção na escola e eu expliquei que estava planejando uma possível intervenção mas ainda não tinha certeza do que seria Ela sugeriu que eu viesse em um período da tarde já que esse horário é bem mais caótico Ela comentou que se eu visse a turma da tarde acharia a turma da manhã um verdadeiro grupo de anjinhos em comparação Kátia também mencionou que as reuniões da ATPC ocorrem às terças e quintas e me convidou a participar na próxima semana se eu quisesse Agradeci a conversa e todos se levantaram e retornaram aos seus afazeres IMPRESSÃO PESSOAL A terceira visita foi marcada por contrastes entre expectativa e realidade Desde o início a falta do professor Antônio e a postura indiferente dos professores presentes criaram uma atmosfera de certa 2 desatenção No entanto a professora Kátia desempenhou um papel acolhedor sendo a ponte para um diálogo mais aberto e revelador sobre os desafios diários na educação inclusiva Ficou claro o quanto a falta de recursos profissionais e a resistência de alguns pais tornam o ensino de alunos com necessidades especiais uma tarefa ainda mais árdua A fala de Kátia sobre a rotina na sala de recursos onde atende apenas um aluno por vez evidencia essa carência Além disso as histórias trazidas por Ana e Cristina reforçam como o contexto de vulnerabilidade emocional e psicológica dos alunos torna o ambiente escolar desafiador para os professores Um ponto que também chamou atenção foi a sobrecarga emocional vivida pelos educadores como o relato da Ana sobre o aluno que faz ameaças violentas e como isso impacta o clima na escola É triste perceber o quanto essa carga emocional somada à baixa remuneração torna o trabalho dos professores ainda mais difícil Mesmo diante desse cenário muitos deles continuam perseverando o que demonstra um grande comprometimento com a profissão A sugestão de Kátia para observar a turma da tarde como uma forma de ter uma visão mais completa do ambiente escolar reforça a importância de estar presente e entender as dinâmicas em diferentes horários No geral o encontro foi um retrato realista da complexidade do sistema educacional especialmente no que se refere à inclusão revelando tanto as dificuldades estruturais quanto o esforço diário dos professores em lidar com essas questões ANÁLISE A terceira visita proporcionou iniciar o entendimento sobre as conjecturas escolares estruturais que refletem o sistema educacional brasileiro que vão desde uma visão mais ampla até as singularidades que se presentificam em cada contexto escolar Como vem sendo observado desde a primeira visita o educador é crucial para uma atuação efetiva do psicólogo escolar e sua experiência e conhecimentos devem ser levados em consideração ao delinear estratégias de intervenção Essa preocupação a do trabalho junto ao corpo docente é endossado por Schilling e Angelucci 2016 p 17 apud Souza et al 2023 p 92 em que o trabalho da equipe profissional deve caracterizarse como apoio ao trabalho docente respeitando o protagonismo da comunidade escolar e promovendo a ação coletiva de educadoresas estudantes familiares e outrosas agentes sociais que habitam o território 3 É nesse sentido ainda e diante da desvalorização que é necessário considerarmos a questão dialética e o posicionamento da sociedade em que o lugar do educador tem sido cada vez mais marginalizado e desvalorizado tendo um impacto direto em sua prática diária Pensar a atuação do psicólogo escolar é pensar também em um trabalho que considere a realidade do corpo docente e as possibilidades de práticas escolares que se fazem possíveis em cada contexto É fundamental nesse processo tomar o saber docente a partir de sua valorização e reconhecimento algo que a sociedade tem falhado em oferecer Essa valorização deve caminhar para um fortalecimento dos professores bem como de uma potencialização de sua criatividade singular na busca de estratégias e metodologias que favoreçam a apropriação de conhecimento por todos os alunos Lima Martins Nunes 2023 p 132 Esse movimento vai de encontro também ao entendimento do profissional docente como sujeitos históricos que atuam em constante interação com o mundo os sujeitos que o compõem e uma dada realidade concreta Cf Barroco Souza 2012 Vigotski 19332001 É reiterado por Nunes Silva Melo 2023 p 386 e acolhido como direcionamento para possíveis intervenções futuras a construção de espaços possíveis para uma reflexão discussão e compreensão dos fenômenos educacionais e do que é experienciado diariamente por esses professores Esses espaços devem abranger considerando as queixas apresentadas pelo corpo docente durante a última visita reflexões críticas acerca da inclusão escolar e do manejo frente ao que é demandado e direcionado aos profissionais pelos alunos Sabese quanto ao que é demandado e direcionado pelo aluno ao professor que as questões que chegam extrapolam o contexto educacional e adentram questões pessoais e familiares As mudanças sociais econômicas culturais e tecnológicas da atualidade que são propulsionadas pela fixação da internet das redes sociais e de uma realidade globalizada e informatizada enfraquecem as delimitações dos períodos de idade resultando em um alongamento da adolescência Perdese nesse sentido parte da infância conforme aponta Birman 2005 refletindo no contexto escolar por sujeitos cada vez mais confusos em relação ao lugar que ocupam no mundo e os papeis que são demandados de serem realizados Esse ponto pode ser evidenciado por exemplo pela fragilidade emocional descrita pelas professoras em relação aos alunos A participação da escola nessas transformações é essencial sendo ela para muitos uma rede de apoio e o local no qual serão aprendidos valores que servirão de fundamento para a formação da subjetividade dessas crianças e adolescentes tendo portanto um impacto que não deve ser ignorado 4 tornandose mais evidente a necessidade de uma formação e postura crítica do corpo docente a fim de promover um acolhimento e ajuda que compreenda as realidades desses alunos Considerando ainda uma postura crítica na atuação enquanto psicólogo no contexto escolar é necessário que não ocupemos o lugar de legitimação da desvalorização e culpabilização dos demais profissionais aqui em questão o corpo docente frente às adversidades e problemas vividos no âmbito na Educação brasileira no contemporâneo já que são o resultado de uma complexa construção histórica atravessada por questões sociais culturais políticas e econômicas Nunes Silva Melo 2023 p 388 A postura de diversos docentes parecem refletir tanto a desvalorização e culpabilização do educador quanto da realidade dada por problemáticas estruturais do modo de organização escolar Trabalhar a identidade docente a formação crítica continuada e os modos possíveis de atuação frente a realidade de se impõe é um direcionamento ético possível para intervir no contexto escolar apresentado REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Birman J 2005 Tatuando o desamparo Disponível em httpswwwufrgsbrpsicoeducchasquewebedu01011birmantatuandoodesamparopdf Lima L R Martins E B Nunes L G A 2023 Psicologia escolar e serviço social na educação básica trilhando caminhos e parcerias In Lima L et al org 2023 Práticas Críticas em Psicologia Escolar e Educacional experiências vividas no chão da escola e suas complexidades pp 123154 São Paulo Pimenta Cultural 2023 Souza B P et al 2023 Equipes de psicólogas escolares e sua atuação em distintas configurações e territórios In Lima L et al org 2023 Práticas Críticas em Psicologia Escolar e Educacional experiências vividas no chão da escola e suas complexidades pp 6995 São Paulo Pimenta Cultural 2023 Nunes L G Silva S M C Melo M H S 2023 Diálogos com professoras sobre Educação inclusiva psicologia escolar na educação básica In Lima L et al org 2023 Práticas Críticas em Psicologia Escolar e Educacional experiências vividas no chão da escola e suas complexidades pp 365395 São Paulo Pimenta Cultural 2023 5 VISTOS Estagiário 1 Estagiário 2 Supervisor visto e carimbo 6