·
Fisioterapia ·
Neuroanatomia
Send your question to AI and receive an answer instantly
Recommended for you
Preview text
FACULDADE DE DESENVOLVIMENTO DAS CIÊNCIAS E HUMANIDADES Credenciada pela Portaria nº 424 de 03092019 DOU 04092019 ALUNOS PARALISIA DE BELL Artigo apresentado à Faculdade de Desenvolvimento das Ciências e Humanidades FADECH como requisito parcial para obtenção de notas e aprendizado da disciplina de Recursos Terapêuticos do 5 período de fisioterapia Orientador a Paula Coelho ITABIRA 2023 SUMÁRIO RESUMO 3 1 INTRODUÇÃO 4 2 FISIOPATOLOGIA 4 3 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 5 4 DIAGNÓSTICO 5 5 ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS 11 6 INOVAÇÕES CIENTÍFICAS 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15 RESUMO PALAVRASCHAVES 1 INTRODUÇÃO A paralisia de Bell também denominada paralisia facial aguda é uma neuropatia craniana caracterizada pelo enfraquecimento ou paralisia dos músculos da face sendo causado por alguma lesão que compromete a funcionalidade do nervo facial sétimo par craniano Singh et al 2022 Em geral a paralisia de Bell é unilateral e de rápido início sendo diagnosticada com exames físicos Warner et al 2023 Assim como o nervo facial os nervos cranianos são estruturas do sistema nervoso responsáveis pela inervação sensitiva e motora das estruturas na cabeça e pescoço Sonne et al 2022 Ao todo são 12 pares cranianos que se originam de diferentes locais do encéfalo que emergem de forames e fissuras cranianas e são funcionalmente organizados em diferentes núcleos dentro do tronco encefálico Eles podem ser classificados em nervos aferentes eferentes ou mistos Sonne et al 2022 Todos os pares de nervos cranianos são conectados bilateralmente no encéfalo e cada um tem uma nomenclatura própria que são numerados em algarismos romanos A numeração anatômica dos nervos de I a XII corresponde às suas origens do tronco encefálico do sentido caudal ao ventral Meneses et al 2024 Funcionalmente os nervos cranianos I olfatório II óptico e VIII vestibulococlear são sensitivos os nervos cranianos III oculomotor IV troclear VI abducente XI acessório espinhal e XII hipoglosso são motores e os nervos cranianos V trigêmeo VII facial IX glossofaríngeo e X vago são mistos isto é apresentam funções aferentes e eferentes Meneses et al 2024 O nervo facial relacionado com os músculos faciais e a sensação do paladar tem função sensitiva e motora contendo fibras especiais e gerais Possui quatro núcleos e cinco ramos Martin et al 2014 No geral vários grupos celulares do nervo facial inervam músculos e estruturas específicas da face como o músculo auricular occipital platisma orbicular do olho superiores da mímica facial bucinador bucolabial músculos da expressão facial músculo estilohióideo ventre posterior do digástrico platisma e músculo estapédico da orelha média além da inervação das glândulas lacrimal submandibular e sublingual e gustação dos 23 anteriores da língua Meneses et al 2024 Diante da vasta inervação realizada pelo nervo facial a paralisia de Bell limita ou priva movimentos uma vez que prejudica as funções motoras e sensoriais das estruturas afetadas Souza et al 2022 2 PATOLOGIA A paralisia de Bell também conhecida como Sinal de Bell foi descrita pela primeira vez pelo escocês Charles Bell Tratase de uma paralisia periférica que responde por 75 dos casos de paralisia facial Essa condição afeta o VII par de nervos cranianos comprometendo tanto as funções motoras quanto as sensitivas Suas causas incluem doenças virais infecções do trato respiratório superior baixa imunidade hipertensão diabetes tipo I e fatores genéticos A síndrome de Bell afeta indivíduos de forma indiscriminada sem predileção por nenhum grupo específico O tratamento é personalizado conforme a gravidade de cada caso clínico exigindo a colaboração de uma equipe multidisciplinar A recuperação varia entre os pacientes alguns podem se recuperar completamente em até 3 meses Entretanto em 15 a 20 dos casos podem persistir sequelas BENTO et al 2018 MATOS 2011 ABREU 2020 Comparada a outras paralisias periféricas a síndrome de Bell continua a se destacar com uma incidência de 60 a 70 Em mulheres a síndrome ocorre principalmente em duas situações durante a gravidez com uma taxa de 98 e no período pósparto com uma taxa de 16 BOTELL HIDALGO ÁLVAREZ 2017 Segundo Skuladottir et al 2021 a hereditariedade é um fator significativo Os dados sobre a prevalência da paralisia de Bell na população são difíceis de obter resultando em subnotificação Por isso acreditase que a incidência real possa ser ainda maior BRASIL 2016 3 FISIOPATOLOGIA A paralisia de Bell também conhecida como paralisia facial periférica é uma condição causada por disfunções no nervo facial Quando ocorre uma lesão em alguma parte desse nervo a transmissão de impulsos dos neurônios para a raiz nervosa periférica é interrompida resultando em paralisia parcial ou completa da face BENTO et al 2018 CÁCERES et al 2018 CUNHA 2018 VINUEZA et al 2020 Essa condição é classificada como idiopática primária e é a forma mais comum de paralisia facial BENTO et al 2018 CÁCERES et al 2018 CUNHA 2018 VINUEZA et al 2020 Estudos sugerem que inflamações e edemas no nervo facial são os principais responsáveis por essa paralisia Vírus como o herpes simples herpes zoster rubéola vírus da gripe infecções virais em geral e doenças do trato respiratório superior são frequentemente citados como causadores BOTELL HIDALGO ÁLVAREZ 2017 CÁCERES et al 2018 CUNHA 2018 UBILLUSCARRASCO SÁNCHEZVÉLEZ 2019 VINUEZA et al 2020 SKULADOTTIR et al 2021 Outros fatores que contribuem para o desenvolvimento da paralisia de Bell incluem neuropatia isquêmica exposição crônica ao estresse hipertensão diabetes insuficiência na microcirculação e baixa imunidade BOTELL HIDALGO ÁLVAREZ 2017 CUNHA 2018 BENTO et al 2018 SKULADOTTIR et al 2021 VALE et al 2019 A paralisia facial é mais comum em adultos ocorrendo em 75 dos casos As crianças são menos afetadas devido ao crescimento constante dos neurônios cerca de 3 mm por dia comparado a 1 mm por dia nos adultos Em adultos a incidência tem dois picos entre 15 e 40 anos e entre 60 e 70 anos Homens e mulheres são igualmente afetados e a paralisia pode ocorrer em qualquer lado da face CUNHA 2018 CÁCERES et al 2018 BENTO et al 2018 VINUEZA et al 2020 Mulheres no primeiro trimestre gestacional no final da gestação e no período pósparto têm maior probabilidade de desenvolver a paralisia de Bell devido a alterações no corpo como hipercoagulação eclâmpsia préeclâmpsia e retenção de líquidos que causam compressão no nervo Além disso elas têm maior predisposição ao vírus do herpes BOTELL HIDALGO ÁLVAREZ 2017 CÁCERES et al 2018 A paralisia facial pode ocorrer de forma abrupta ou progressiva afetando as funções motoras dos músculos da face a sensibilidade e a produção de secreções pelas glândulas da face BENTSIANOV BLITZER 2004 CÁCERES et al 2018 CUNHA 2018 ABCMED 2019 A lesão de Bell é de origem neuropraxias compressão do fluxo de axoplasma no axônio distal e axonotmesis rompimento do axônio com a bainha epineural intacta ocorrendo no canal temporal BENTO et al 2018 CÁCERES et al 2018 CUNHA 2018 A paralisia facial pode ocorrer em três locais diferentes lesão central lesão no gânglio geniculado e áreas adjacentes e lesão no forame estilomastoideo e áreas adjacentes A lesão central resulta em perda da função motora inferior do rosto do lado oposto à lesão A lesão no gânglio geniculado e áreas adjacentes ocorrendo no mesmo lado da lesão causa perda da função motora dos músculos da face alterando paladar e função das glândulas salivares e lacrimais Na lesão do forame estilomastoideo e áreas adjacentes há dificuldades nos músculos da mastigação e perda total da função motora dos músculos da face do mesmo lado da lesão geralmente relacionada a infecção viral BENTSIANOV BLITZER 2004 CUNHA 2018 BENTO et al 2018 ABCMED 2019 Característica da paralisia de Bell incluem lagoftalmo irritação ocular produção excessiva de lágrimas dor atrás do globo ocular desaparecimento do sulco labial e ruga da testa dificuldade de franzir a sobrancelha desvio da comissura labial perda gustativa e auditiva A principal característica é observada quando o paciente fecha os olhos com o olho afetado sendo direcionado para cima BOTELL HIDALGO ÁLVAREZ 2017 BENTO et al 2018 CÁCERES et al 2018 CUNHA 2018 GAGYOR et al 2019 Segundo Skuladottir 2021 fatores genéticos têm relevância no desenvolvimento da paralisia de Bell A sequência de metaanálise rs9357446A foi encontrada como associada à síndrome indicando um risco genético embora sejam necessários mais estudos para dados mais robustos ABCMED 2019 SKULADOTTIR et al 2021 Além dos problemas físicos a saúde mental também é afetada especialmente nas mulheres com a modificação estética da face podendo levar a comportamentos solitários depressivos e preconceituosos GARCIA et al 2019 4 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A paralisia de Bell é caracterizada pela fraqueza ou paralisia súbita e unilateral dos músculos faciais resultando em uma expressão facial distorcida e dificuldade em controlar os movimentos faciais No entanto pesquisas recentes têm destacado que a apresentação clínica da paralisia de Bell pode ser mais heterogênea do que se pensava anteriormente referência Além da fraqueza facial os pacientes podem experimentar uma variedade de sintomas adicionais como dor facial diminuição da sensibilidade aumento da sensibilidade à luz e ruídos hiperacusia alterações no paladar e lacrimejamento excessivo ou olhos secos devido à disfunção do nervo facial LIRIANO et al 2004 Além disso a gravidade e a duração dos sintomas podem variar significativamente de pessoa para pessoa Enquanto alguns pacientes se recuperam completamente em poucas semanas a meses outros podem enfrentar sequelas persistentes como assimetria facial contraturas musculares espasmos faciais e dificuldade em fechar completamente o olho afetado referência Pesquisas indicam que a recuperação da paralisia de Bell não é necessariamente um processo linear referência Muitos pacientes passam por uma melhora progressiva com o tempo mas podem enfrentar períodos de estagnação ou até mesmo agravamento dos sintomas antes de se recuperarem completamente referência Este padrão de recuperação oscilante pode ser frustrante para os pacientes e desafiador para os médicos ao tentarem prever a evolução da doença Isso ressalta a necessidade de um acompanhamento contínuo dos pacientes com paralisia mesmo após uma aparente recuperação Complicações tardias como contraturas musculares sincinesias movimentos involuntários simultâneos e problemas psicossociais decorrentes da assimetria facial podem se manifestar meses ou até anos após o início da doença LIRIANO et al 2004 5 DIAGNÓSTICO A paralisia de Bell é geralmente diagnosticada com base na apresentação clínica característica de fraqueza ou paralisia súbita e unilateral dos músculos faciais sem evidência de outras causas subjacentes como trauma ou tumor referência No entanto reconhecer e diferenciar a paralisia de Bell de outras condições que podem causar sintomas semelhantes como acidente vascular cerebral AVC neuropatia do nervo facial periférico e infecções virais como herpes zoster continua sendo um desafio diagnóstico importante Rubin et al 2022 Nesse contexto os estudos recentes têm explorado o papel de ferramentas de diagnóstico auxiliares para ajudar na avaliação da paralisia de Bell A eletromiografia EMG e a estimulação nervosa repetitiva ENR têm sido cada vez mais utilizadas para avaliar a função do nervo facial identificar a gravidade da lesão e diferenciar entre paralisia de Bell e outras condições que afetam o nervo facial Souza et al 2022 Além disso a ressonância magnética RM e a tomografia computadorizada TC têm sido empregadas para descartar outras causas de fraqueza facial como tumores lesões compressivas e processos inflamatórios Imagens de ressonância magnética podem revelar sinais de inflamação ou edema do nervo facial embora essas alterações nem sempre estejam presentes especialmente nos estágios iniciais da doença Rubin et al 2022 O desenvolvimento de biomarcadores sanguíneos e salivares que podem auxiliar no diagnóstico precoce e na estratificação de pacientes estão sendo investigados o papel de marcadores inflamatórios como citocinas e proteínas específicas na patogênese da doença e sua utilidade como ferramentas de diagnóstico referência Ademais abordagens de inteligência artificial e análise de padrões clínicos estão sendo exploradas para desenvolver algoritmos de diagnóstico mais precisos e eficientes para a paralisia de Bell Essas técnicas podem ajudar os médicos a identificar padrões distintivos de sintomas e sinais que possam diferenciar a paralisia de Bell de outras condições com maior rapidez e precisão Souza et al 2022 6 ESTRATEGIAS TERAPÉUTICAS As estratégias para a Paralisia de Bell traz consigo uma gama diversificada de intervenções nas quais são adaptadas às necessidades individuais de cada paciente Entre as opções disponíveis a intervenção terapêutica assume um papel central como biofeedback terapia do espelho terapia a laser eletroterapia massagem e terapia térmica podem ser usadas para acelerar a recuperação melhorar a função facial e minimizar sequelas TEIXEIRA et al 2012 Os exercícios que podem variar de simples movimentos de contração muscular a métodos mais avançados de reeducação neuromuscular visam promover a recuperação funcional ao longo do tempo MUGHALLI et al 2021 Além das intervenções existem outras estratégias terapêuticas podem ser empregadas incluindo terapia ocupacional para auxiliar os pacientes a adaptaremse às limitações funcionais temporárias como a terapia de fala para abordar dificuldades na articulação e comunicação e intervenções médicas como corticosteróides para reduzir a inflamação nervosa SOUZA et al2022 Em casos refratários ou mais procedimentos cirúrgicos podem ser considerados como a descompressão do nervo facial referência É importante enfatizar que o resultado do tratamento na Paralisia de Bell muitas vezes depende do diagnóstico e do início precoce da intervenção terapêutica Tornandose uma abordagem multidisciplinar envolvendo médicos fisioterapeutas fonoaudiólogos e outros profissionais especializados Indispensável para otimizar os resultados e proporcionar aos pacientes afetados o melhor curso de recuperação possível Em última análise a intervenção terapêutica não apenas visa restaurar a função facial mas também mitigar o impacto psicossocial dessa condição promovendo a reintegração plena do paciente em suas atividades diárias e sociais referência 7 INOVAÇÕES CIENTÍFICAS A REFERÊNCIA NÃO PODE ESTÁ TODAS EM UM MESMO LUGAR Estudos relatam uma variedade de tratamentos para a paralisia de Bell que vão desde do cuidado propriamente dito com o globo ocular a medicamentos e acompanhamentos de profissionais como o fisioterapeuta porém alguns ainda necessitam de um aprofundamento para garantir sua eficácia Os tratamentos medicamentosos parte dos antiinflamatórios e imunossupressores no intuito de combater a inflamação antivirais no intuito de combater o vírus inibindo sua proliferação a cuidados com o globo ocular inclui a proteção ocular e o uso de lubrificantes que auxiliam no seu ressecamento visto que alguns dos pacientes apresentam dificuldade em fechar os olhos GAGYOR et al 2019 BURELOPEREGRINO et al 2020 SILVIA et al 2022 No que tange a atuação do fisioterapeutas o tratamento obedece a individualidade e necessidade de cada paciente e vão desde técnicas como a crioterapia onde se aplica o gelo a musculatura com intuído de estimulação neuromuscular temos também a aplicação de feixes de luz na intenção de induzir estimular e otimizar as funções celulares processo chamado de laser de fotobiomodulação a acupuntura com a finalidade de restaurar a circulação sanguínea ao tratamento de eletroestimulação que consiste na aplicação de corrente elétrica agindo no processo de atrofia muscular no intuito de inibir sequelas e fortalecer a musculatura MATOS 2011 CUNHA 2018 BURELOPEREGRINO et al 2020 CAPPELI et al 2020 TANGANELI et al 2020 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS Singh A Deshmukh P Paralisia de Bell Uma revisão Curativo 11 de outubro de 2022 1410e30186 DOI 107759cureus30186 PMID 36397921 PMCID PMC9648613 Sonne J LopezOjeda W Neuroanatomia Nervo craniano Atualizado em 9 dez 2022 In StatPearls Internet Ilha do Tesouro FL StatPearls Publishing 2024 Jan Disponível em httpswwwncbinlmnihgovbooksNBK470353 Meneses Murilo S Neuroanatomia Aplicada Disponível em Minha Biblioteca 4th edição Grupo GEN 2024 Martin John H Neuroanatomia Disponível em Minha Biblioteca 4th edição Grupo A 2014 Warner MJ Hutchison J Varacallo M Bell Paralisia Atualizado em 17 ago 2023 In StatPearls Internet Ilha do Tesouro FL StatPearls Publishing 2024 Jan Disponível em httpswwwncbinlmnihgovbooksNBK482290 Neuroanatomia Nervo Craniano StatPearls NCBI Bookshelf nihgov httpswwwnucleodoconhecimentocombrsaudesindromedebellgooglevignette httpswwwscielobrjfpa44HFnG4xnPhVz43bdGG3WCp httpspubmedncbinlmnihgov22522431 httpswwwcochranelibrarycomcdsrdoi10100214651858CD006283pub3full httpswwwmsdmanualscomptbrprofissionaldistC3BArbiosneurolC3B3gico sdoenC3A7asneuroftalmolC3B3gicasedeparescranianosneuralgiaglossof arC3ADngeaEtiologiav43765641pt httpswwwnucleodoconhecimentocombrsaudesindromedebell httpswwwscielobrjcodasaKsDMmC57JssPfffwbRkq96qlangpt CAPPELI A J et al Principais fatores prognósticos e modalidades fisioterapêuticas associadas à recuperação funcional em pacientes com paralisia facial periférica Fisioterapia e Pesquisa online v 27 n 2 p 180187 Disponível em httpswwwscielobrjfpa44HFnG4xnPhVz43bdGG3WCp Acesso em 13 mar 2022 BURELOPEREGRINO E G et al Efficacy of electrotherapy in Bells palsy treatment a systematic review Journal of back and musculoskeletal rehabilitation v 33 n 5 p 865874 2020 Disponível em httpspubmedncbinlmnihgov32144972 Acesso em 5 mai 2022 GAGYOR I et al Antiviral treatment for Bells palsy idiopathic facial paralysis Cochrane Database of Systematic Reviews v9 n 9 2019 Disponível em httpswwwcochranelibrarycomcdsrdoi10100214651858CD001869pub9full Acesso em 20 mar 2022 MATOS C Peripheral facial paralysis the role of physical medicine and rehabilitation Acta Médica Portuguesa v 24 p 90714 2011 Disponível em httpswwwactamedicaportuguesacomrevistaindexphpamparticleview15781162 Acesso em 28 mai 2022 SILVA Y S Eficácia da cirurgia conservadora na diminuição da recidiva do queratocisto odontogênico e do ameloblastoma sólido convencionalmulticístico Tese Doutorado em Ciências Odontológicas Universidade de São Paulo São Paulo SP 2019 TANGANELI J P C et al Recuperação Completa e Rápida da Paralisia Facial Idiopática Utilizando LaserFotobiomodulação Relatos de Caso em Odontologia 2020 Disponível em httpspubmedncbinlmnihgov32231809 Acesso em 30 mai 2022 Neuroanatomia Nervo Craniano StatPearls NCBI Bookshelf nihgov Warner MJ Hutchison J Varacallo M Bell Paralisia Atualizado em 17 ago 2023 In StatPearls Internet Ilha do Tesouro FL StatPearls Publishing 2024 Jan Disponível a partir de httpswwwncbinlmnihgovbooksNBK482290 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho buscou discutir as descobertas e avanços no entendimento da Paralisia de Bell e também destacar as estratégias terapêuticas e inovações científicas importantes Ao longo do trabalho foi abordada a fisiopatologia da paralisia de Bell evidenciando a complexidade das causas subjacentes que vão desde inflamações virais até fatores genéticos e a manifestação clínica heterogênea da condição foi ressaltada destacando a importância do diagnóstico diferencial e da necessidade de ferramentas de diagnóstico auxiliares como a eletromiografia e a ressonância magnética No que diz respeito às estratégias terapêuticas foi enfatizada a abordagem multidisciplinar como fundamental para otimizar os resultados do tratamento A intervenção terapêutica que inclui desde exercícios de reabilitação até terapias ocupacionais e médicas desempenha um papel crucial na recuperação funcional e na mitigação do impacto psicossocial da paralisia de Bell Algumas das inovações científicas em relação aos tratamentos medicamentosos observadas foi o cuidados com o globo ocular e atuação do fisioterapeuta evidenciando a diversidade de abordagens terapêuticas disponíveis e a necessidade de aprofundamento para garantir sua eficácia No contexto acadêmico este trabalho contribui para ampliar o entendimento sobre a paralisia de Bell fornecendo uma visão abrangente das suas implicações fisiopatológicas manifestações clínicas diagnóstico e estratégias terapêuticas Notouse a necessidade de pesquisas futuras para aprimorar o diagnóstico precoce desenvolver biomarcadores e investigar novas abordagens terapêuticas que possam melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes afetados A paralisia de Bell continua sendo um campo de estudo relevante e em constante evolução demandando esforços contínuos para aprimorar o entendimento da condição e desenvolver abordagens terapêuticas inovadoras
Send your question to AI and receive an answer instantly
Recommended for you
Preview text
FACULDADE DE DESENVOLVIMENTO DAS CIÊNCIAS E HUMANIDADES Credenciada pela Portaria nº 424 de 03092019 DOU 04092019 ALUNOS PARALISIA DE BELL Artigo apresentado à Faculdade de Desenvolvimento das Ciências e Humanidades FADECH como requisito parcial para obtenção de notas e aprendizado da disciplina de Recursos Terapêuticos do 5 período de fisioterapia Orientador a Paula Coelho ITABIRA 2023 SUMÁRIO RESUMO 3 1 INTRODUÇÃO 4 2 FISIOPATOLOGIA 4 3 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 5 4 DIAGNÓSTICO 5 5 ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS 11 6 INOVAÇÕES CIENTÍFICAS 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15 RESUMO PALAVRASCHAVES 1 INTRODUÇÃO A paralisia de Bell também denominada paralisia facial aguda é uma neuropatia craniana caracterizada pelo enfraquecimento ou paralisia dos músculos da face sendo causado por alguma lesão que compromete a funcionalidade do nervo facial sétimo par craniano Singh et al 2022 Em geral a paralisia de Bell é unilateral e de rápido início sendo diagnosticada com exames físicos Warner et al 2023 Assim como o nervo facial os nervos cranianos são estruturas do sistema nervoso responsáveis pela inervação sensitiva e motora das estruturas na cabeça e pescoço Sonne et al 2022 Ao todo são 12 pares cranianos que se originam de diferentes locais do encéfalo que emergem de forames e fissuras cranianas e são funcionalmente organizados em diferentes núcleos dentro do tronco encefálico Eles podem ser classificados em nervos aferentes eferentes ou mistos Sonne et al 2022 Todos os pares de nervos cranianos são conectados bilateralmente no encéfalo e cada um tem uma nomenclatura própria que são numerados em algarismos romanos A numeração anatômica dos nervos de I a XII corresponde às suas origens do tronco encefálico do sentido caudal ao ventral Meneses et al 2024 Funcionalmente os nervos cranianos I olfatório II óptico e VIII vestibulococlear são sensitivos os nervos cranianos III oculomotor IV troclear VI abducente XI acessório espinhal e XII hipoglosso são motores e os nervos cranianos V trigêmeo VII facial IX glossofaríngeo e X vago são mistos isto é apresentam funções aferentes e eferentes Meneses et al 2024 O nervo facial relacionado com os músculos faciais e a sensação do paladar tem função sensitiva e motora contendo fibras especiais e gerais Possui quatro núcleos e cinco ramos Martin et al 2014 No geral vários grupos celulares do nervo facial inervam músculos e estruturas específicas da face como o músculo auricular occipital platisma orbicular do olho superiores da mímica facial bucinador bucolabial músculos da expressão facial músculo estilohióideo ventre posterior do digástrico platisma e músculo estapédico da orelha média além da inervação das glândulas lacrimal submandibular e sublingual e gustação dos 23 anteriores da língua Meneses et al 2024 Diante da vasta inervação realizada pelo nervo facial a paralisia de Bell limita ou priva movimentos uma vez que prejudica as funções motoras e sensoriais das estruturas afetadas Souza et al 2022 2 PATOLOGIA A paralisia de Bell também conhecida como Sinal de Bell foi descrita pela primeira vez pelo escocês Charles Bell Tratase de uma paralisia periférica que responde por 75 dos casos de paralisia facial Essa condição afeta o VII par de nervos cranianos comprometendo tanto as funções motoras quanto as sensitivas Suas causas incluem doenças virais infecções do trato respiratório superior baixa imunidade hipertensão diabetes tipo I e fatores genéticos A síndrome de Bell afeta indivíduos de forma indiscriminada sem predileção por nenhum grupo específico O tratamento é personalizado conforme a gravidade de cada caso clínico exigindo a colaboração de uma equipe multidisciplinar A recuperação varia entre os pacientes alguns podem se recuperar completamente em até 3 meses Entretanto em 15 a 20 dos casos podem persistir sequelas BENTO et al 2018 MATOS 2011 ABREU 2020 Comparada a outras paralisias periféricas a síndrome de Bell continua a se destacar com uma incidência de 60 a 70 Em mulheres a síndrome ocorre principalmente em duas situações durante a gravidez com uma taxa de 98 e no período pósparto com uma taxa de 16 BOTELL HIDALGO ÁLVAREZ 2017 Segundo Skuladottir et al 2021 a hereditariedade é um fator significativo Os dados sobre a prevalência da paralisia de Bell na população são difíceis de obter resultando em subnotificação Por isso acreditase que a incidência real possa ser ainda maior BRASIL 2016 3 FISIOPATOLOGIA A paralisia de Bell também conhecida como paralisia facial periférica é uma condição causada por disfunções no nervo facial Quando ocorre uma lesão em alguma parte desse nervo a transmissão de impulsos dos neurônios para a raiz nervosa periférica é interrompida resultando em paralisia parcial ou completa da face BENTO et al 2018 CÁCERES et al 2018 CUNHA 2018 VINUEZA et al 2020 Essa condição é classificada como idiopática primária e é a forma mais comum de paralisia facial BENTO et al 2018 CÁCERES et al 2018 CUNHA 2018 VINUEZA et al 2020 Estudos sugerem que inflamações e edemas no nervo facial são os principais responsáveis por essa paralisia Vírus como o herpes simples herpes zoster rubéola vírus da gripe infecções virais em geral e doenças do trato respiratório superior são frequentemente citados como causadores BOTELL HIDALGO ÁLVAREZ 2017 CÁCERES et al 2018 CUNHA 2018 UBILLUSCARRASCO SÁNCHEZVÉLEZ 2019 VINUEZA et al 2020 SKULADOTTIR et al 2021 Outros fatores que contribuem para o desenvolvimento da paralisia de Bell incluem neuropatia isquêmica exposição crônica ao estresse hipertensão diabetes insuficiência na microcirculação e baixa imunidade BOTELL HIDALGO ÁLVAREZ 2017 CUNHA 2018 BENTO et al 2018 SKULADOTTIR et al 2021 VALE et al 2019 A paralisia facial é mais comum em adultos ocorrendo em 75 dos casos As crianças são menos afetadas devido ao crescimento constante dos neurônios cerca de 3 mm por dia comparado a 1 mm por dia nos adultos Em adultos a incidência tem dois picos entre 15 e 40 anos e entre 60 e 70 anos Homens e mulheres são igualmente afetados e a paralisia pode ocorrer em qualquer lado da face CUNHA 2018 CÁCERES et al 2018 BENTO et al 2018 VINUEZA et al 2020 Mulheres no primeiro trimestre gestacional no final da gestação e no período pósparto têm maior probabilidade de desenvolver a paralisia de Bell devido a alterações no corpo como hipercoagulação eclâmpsia préeclâmpsia e retenção de líquidos que causam compressão no nervo Além disso elas têm maior predisposição ao vírus do herpes BOTELL HIDALGO ÁLVAREZ 2017 CÁCERES et al 2018 A paralisia facial pode ocorrer de forma abrupta ou progressiva afetando as funções motoras dos músculos da face a sensibilidade e a produção de secreções pelas glândulas da face BENTSIANOV BLITZER 2004 CÁCERES et al 2018 CUNHA 2018 ABCMED 2019 A lesão de Bell é de origem neuropraxias compressão do fluxo de axoplasma no axônio distal e axonotmesis rompimento do axônio com a bainha epineural intacta ocorrendo no canal temporal BENTO et al 2018 CÁCERES et al 2018 CUNHA 2018 A paralisia facial pode ocorrer em três locais diferentes lesão central lesão no gânglio geniculado e áreas adjacentes e lesão no forame estilomastoideo e áreas adjacentes A lesão central resulta em perda da função motora inferior do rosto do lado oposto à lesão A lesão no gânglio geniculado e áreas adjacentes ocorrendo no mesmo lado da lesão causa perda da função motora dos músculos da face alterando paladar e função das glândulas salivares e lacrimais Na lesão do forame estilomastoideo e áreas adjacentes há dificuldades nos músculos da mastigação e perda total da função motora dos músculos da face do mesmo lado da lesão geralmente relacionada a infecção viral BENTSIANOV BLITZER 2004 CUNHA 2018 BENTO et al 2018 ABCMED 2019 Característica da paralisia de Bell incluem lagoftalmo irritação ocular produção excessiva de lágrimas dor atrás do globo ocular desaparecimento do sulco labial e ruga da testa dificuldade de franzir a sobrancelha desvio da comissura labial perda gustativa e auditiva A principal característica é observada quando o paciente fecha os olhos com o olho afetado sendo direcionado para cima BOTELL HIDALGO ÁLVAREZ 2017 BENTO et al 2018 CÁCERES et al 2018 CUNHA 2018 GAGYOR et al 2019 Segundo Skuladottir 2021 fatores genéticos têm relevância no desenvolvimento da paralisia de Bell A sequência de metaanálise rs9357446A foi encontrada como associada à síndrome indicando um risco genético embora sejam necessários mais estudos para dados mais robustos ABCMED 2019 SKULADOTTIR et al 2021 Além dos problemas físicos a saúde mental também é afetada especialmente nas mulheres com a modificação estética da face podendo levar a comportamentos solitários depressivos e preconceituosos GARCIA et al 2019 4 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A paralisia de Bell é caracterizada pela fraqueza ou paralisia súbita e unilateral dos músculos faciais resultando em uma expressão facial distorcida e dificuldade em controlar os movimentos faciais No entanto pesquisas recentes têm destacado que a apresentação clínica da paralisia de Bell pode ser mais heterogênea do que se pensava anteriormente referência Além da fraqueza facial os pacientes podem experimentar uma variedade de sintomas adicionais como dor facial diminuição da sensibilidade aumento da sensibilidade à luz e ruídos hiperacusia alterações no paladar e lacrimejamento excessivo ou olhos secos devido à disfunção do nervo facial LIRIANO et al 2004 Além disso a gravidade e a duração dos sintomas podem variar significativamente de pessoa para pessoa Enquanto alguns pacientes se recuperam completamente em poucas semanas a meses outros podem enfrentar sequelas persistentes como assimetria facial contraturas musculares espasmos faciais e dificuldade em fechar completamente o olho afetado referência Pesquisas indicam que a recuperação da paralisia de Bell não é necessariamente um processo linear referência Muitos pacientes passam por uma melhora progressiva com o tempo mas podem enfrentar períodos de estagnação ou até mesmo agravamento dos sintomas antes de se recuperarem completamente referência Este padrão de recuperação oscilante pode ser frustrante para os pacientes e desafiador para os médicos ao tentarem prever a evolução da doença Isso ressalta a necessidade de um acompanhamento contínuo dos pacientes com paralisia mesmo após uma aparente recuperação Complicações tardias como contraturas musculares sincinesias movimentos involuntários simultâneos e problemas psicossociais decorrentes da assimetria facial podem se manifestar meses ou até anos após o início da doença LIRIANO et al 2004 5 DIAGNÓSTICO A paralisia de Bell é geralmente diagnosticada com base na apresentação clínica característica de fraqueza ou paralisia súbita e unilateral dos músculos faciais sem evidência de outras causas subjacentes como trauma ou tumor referência No entanto reconhecer e diferenciar a paralisia de Bell de outras condições que podem causar sintomas semelhantes como acidente vascular cerebral AVC neuropatia do nervo facial periférico e infecções virais como herpes zoster continua sendo um desafio diagnóstico importante Rubin et al 2022 Nesse contexto os estudos recentes têm explorado o papel de ferramentas de diagnóstico auxiliares para ajudar na avaliação da paralisia de Bell A eletromiografia EMG e a estimulação nervosa repetitiva ENR têm sido cada vez mais utilizadas para avaliar a função do nervo facial identificar a gravidade da lesão e diferenciar entre paralisia de Bell e outras condições que afetam o nervo facial Souza et al 2022 Além disso a ressonância magnética RM e a tomografia computadorizada TC têm sido empregadas para descartar outras causas de fraqueza facial como tumores lesões compressivas e processos inflamatórios Imagens de ressonância magnética podem revelar sinais de inflamação ou edema do nervo facial embora essas alterações nem sempre estejam presentes especialmente nos estágios iniciais da doença Rubin et al 2022 O desenvolvimento de biomarcadores sanguíneos e salivares que podem auxiliar no diagnóstico precoce e na estratificação de pacientes estão sendo investigados o papel de marcadores inflamatórios como citocinas e proteínas específicas na patogênese da doença e sua utilidade como ferramentas de diagnóstico referência Ademais abordagens de inteligência artificial e análise de padrões clínicos estão sendo exploradas para desenvolver algoritmos de diagnóstico mais precisos e eficientes para a paralisia de Bell Essas técnicas podem ajudar os médicos a identificar padrões distintivos de sintomas e sinais que possam diferenciar a paralisia de Bell de outras condições com maior rapidez e precisão Souza et al 2022 6 ESTRATEGIAS TERAPÉUTICAS As estratégias para a Paralisia de Bell traz consigo uma gama diversificada de intervenções nas quais são adaptadas às necessidades individuais de cada paciente Entre as opções disponíveis a intervenção terapêutica assume um papel central como biofeedback terapia do espelho terapia a laser eletroterapia massagem e terapia térmica podem ser usadas para acelerar a recuperação melhorar a função facial e minimizar sequelas TEIXEIRA et al 2012 Os exercícios que podem variar de simples movimentos de contração muscular a métodos mais avançados de reeducação neuromuscular visam promover a recuperação funcional ao longo do tempo MUGHALLI et al 2021 Além das intervenções existem outras estratégias terapêuticas podem ser empregadas incluindo terapia ocupacional para auxiliar os pacientes a adaptaremse às limitações funcionais temporárias como a terapia de fala para abordar dificuldades na articulação e comunicação e intervenções médicas como corticosteróides para reduzir a inflamação nervosa SOUZA et al2022 Em casos refratários ou mais procedimentos cirúrgicos podem ser considerados como a descompressão do nervo facial referência É importante enfatizar que o resultado do tratamento na Paralisia de Bell muitas vezes depende do diagnóstico e do início precoce da intervenção terapêutica Tornandose uma abordagem multidisciplinar envolvendo médicos fisioterapeutas fonoaudiólogos e outros profissionais especializados Indispensável para otimizar os resultados e proporcionar aos pacientes afetados o melhor curso de recuperação possível Em última análise a intervenção terapêutica não apenas visa restaurar a função facial mas também mitigar o impacto psicossocial dessa condição promovendo a reintegração plena do paciente em suas atividades diárias e sociais referência 7 INOVAÇÕES CIENTÍFICAS A REFERÊNCIA NÃO PODE ESTÁ TODAS EM UM MESMO LUGAR Estudos relatam uma variedade de tratamentos para a paralisia de Bell que vão desde do cuidado propriamente dito com o globo ocular a medicamentos e acompanhamentos de profissionais como o fisioterapeuta porém alguns ainda necessitam de um aprofundamento para garantir sua eficácia Os tratamentos medicamentosos parte dos antiinflamatórios e imunossupressores no intuito de combater a inflamação antivirais no intuito de combater o vírus inibindo sua proliferação a cuidados com o globo ocular inclui a proteção ocular e o uso de lubrificantes que auxiliam no seu ressecamento visto que alguns dos pacientes apresentam dificuldade em fechar os olhos GAGYOR et al 2019 BURELOPEREGRINO et al 2020 SILVIA et al 2022 No que tange a atuação do fisioterapeutas o tratamento obedece a individualidade e necessidade de cada paciente e vão desde técnicas como a crioterapia onde se aplica o gelo a musculatura com intuído de estimulação neuromuscular temos também a aplicação de feixes de luz na intenção de induzir estimular e otimizar as funções celulares processo chamado de laser de fotobiomodulação a acupuntura com a finalidade de restaurar a circulação sanguínea ao tratamento de eletroestimulação que consiste na aplicação de corrente elétrica agindo no processo de atrofia muscular no intuito de inibir sequelas e fortalecer a musculatura MATOS 2011 CUNHA 2018 BURELOPEREGRINO et al 2020 CAPPELI et al 2020 TANGANELI et al 2020 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS Singh A Deshmukh P Paralisia de Bell Uma revisão Curativo 11 de outubro de 2022 1410e30186 DOI 107759cureus30186 PMID 36397921 PMCID PMC9648613 Sonne J LopezOjeda W Neuroanatomia Nervo craniano Atualizado em 9 dez 2022 In StatPearls Internet Ilha do Tesouro FL StatPearls Publishing 2024 Jan Disponível em httpswwwncbinlmnihgovbooksNBK470353 Meneses Murilo S Neuroanatomia Aplicada Disponível em Minha Biblioteca 4th edição Grupo GEN 2024 Martin John H Neuroanatomia Disponível em Minha Biblioteca 4th edição Grupo A 2014 Warner MJ Hutchison J Varacallo M Bell Paralisia Atualizado em 17 ago 2023 In StatPearls Internet Ilha do Tesouro FL StatPearls Publishing 2024 Jan Disponível em httpswwwncbinlmnihgovbooksNBK482290 Neuroanatomia Nervo Craniano StatPearls NCBI Bookshelf nihgov httpswwwnucleodoconhecimentocombrsaudesindromedebellgooglevignette httpswwwscielobrjfpa44HFnG4xnPhVz43bdGG3WCp httpspubmedncbinlmnihgov22522431 httpswwwcochranelibrarycomcdsrdoi10100214651858CD006283pub3full httpswwwmsdmanualscomptbrprofissionaldistC3BArbiosneurolC3B3gico sdoenC3A7asneuroftalmolC3B3gicasedeparescranianosneuralgiaglossof arC3ADngeaEtiologiav43765641pt httpswwwnucleodoconhecimentocombrsaudesindromedebell httpswwwscielobrjcodasaKsDMmC57JssPfffwbRkq96qlangpt CAPPELI A J et al Principais fatores prognósticos e modalidades fisioterapêuticas associadas à recuperação funcional em pacientes com paralisia facial periférica Fisioterapia e Pesquisa online v 27 n 2 p 180187 Disponível em httpswwwscielobrjfpa44HFnG4xnPhVz43bdGG3WCp Acesso em 13 mar 2022 BURELOPEREGRINO E G et al Efficacy of electrotherapy in Bells palsy treatment a systematic review Journal of back and musculoskeletal rehabilitation v 33 n 5 p 865874 2020 Disponível em httpspubmedncbinlmnihgov32144972 Acesso em 5 mai 2022 GAGYOR I et al Antiviral treatment for Bells palsy idiopathic facial paralysis Cochrane Database of Systematic Reviews v9 n 9 2019 Disponível em httpswwwcochranelibrarycomcdsrdoi10100214651858CD001869pub9full Acesso em 20 mar 2022 MATOS C Peripheral facial paralysis the role of physical medicine and rehabilitation Acta Médica Portuguesa v 24 p 90714 2011 Disponível em httpswwwactamedicaportuguesacomrevistaindexphpamparticleview15781162 Acesso em 28 mai 2022 SILVA Y S Eficácia da cirurgia conservadora na diminuição da recidiva do queratocisto odontogênico e do ameloblastoma sólido convencionalmulticístico Tese Doutorado em Ciências Odontológicas Universidade de São Paulo São Paulo SP 2019 TANGANELI J P C et al Recuperação Completa e Rápida da Paralisia Facial Idiopática Utilizando LaserFotobiomodulação Relatos de Caso em Odontologia 2020 Disponível em httpspubmedncbinlmnihgov32231809 Acesso em 30 mai 2022 Neuroanatomia Nervo Craniano StatPearls NCBI Bookshelf nihgov Warner MJ Hutchison J Varacallo M Bell Paralisia Atualizado em 17 ago 2023 In StatPearls Internet Ilha do Tesouro FL StatPearls Publishing 2024 Jan Disponível a partir de httpswwwncbinlmnihgovbooksNBK482290 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho buscou discutir as descobertas e avanços no entendimento da Paralisia de Bell e também destacar as estratégias terapêuticas e inovações científicas importantes Ao longo do trabalho foi abordada a fisiopatologia da paralisia de Bell evidenciando a complexidade das causas subjacentes que vão desde inflamações virais até fatores genéticos e a manifestação clínica heterogênea da condição foi ressaltada destacando a importância do diagnóstico diferencial e da necessidade de ferramentas de diagnóstico auxiliares como a eletromiografia e a ressonância magnética No que diz respeito às estratégias terapêuticas foi enfatizada a abordagem multidisciplinar como fundamental para otimizar os resultados do tratamento A intervenção terapêutica que inclui desde exercícios de reabilitação até terapias ocupacionais e médicas desempenha um papel crucial na recuperação funcional e na mitigação do impacto psicossocial da paralisia de Bell Algumas das inovações científicas em relação aos tratamentos medicamentosos observadas foi o cuidados com o globo ocular e atuação do fisioterapeuta evidenciando a diversidade de abordagens terapêuticas disponíveis e a necessidade de aprofundamento para garantir sua eficácia No contexto acadêmico este trabalho contribui para ampliar o entendimento sobre a paralisia de Bell fornecendo uma visão abrangente das suas implicações fisiopatológicas manifestações clínicas diagnóstico e estratégias terapêuticas Notouse a necessidade de pesquisas futuras para aprimorar o diagnóstico precoce desenvolver biomarcadores e investigar novas abordagens terapêuticas que possam melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes afetados A paralisia de Bell continua sendo um campo de estudo relevante e em constante evolução demandando esforços contínuos para aprimorar o entendimento da condição e desenvolver abordagens terapêuticas inovadoras