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Fisioterapia ·

Neuroanatomia

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Trabalho Neuroanatomia 5 grupos 5 1 grupo 4 Valor 30 pts Etapa 1 normas ABNT Revisão bibliográfica sobre características anatômicas e funcionais da área escolhida sorteada Escolher uma doença dessa área e falar sobre Fisiopatologia manifestações clínicas diagnóstico estratégias terapêuticas inovações científicas 2 criação de um folder digital alertando a comunidade informando sobre a temática PARALISIA DE BELL Fisiopatologia A paralisia de Bell uma forma de paralisia facial periférica continua a ser objeto de estudo e pesquisa e os estudos mais recentes têm trazido novas perspectivas sobre sua fisiopatologia Tradicionalmente acreditase que a paralisia de Bell seja causada por uma inflamação do nervo facial VII par craniano resultando em comprometimento da sua função motora No entanto a etiologia exata ainda não é completamente compreendida Pesquisas recentes têm sugerido que fatores virais como infecções por vírus da herpes podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento da paralisia de Bell Estudos indicam que o herpes vírus tipo 1 HSV1 que geralmente causa herpes labial pode estar envolvido na patogênese da paralisia de Bell A teoria é que o vírus ativa uma resposta inflamatória no nervo facial levando à sua disfunção e subsequente paralisia Adicionalmente a reação imunológica do hospedeiro tem sido um foco de estudo Em certos casos acreditase que o sistema imunológico do indivíduo possa ter um papel na paralisia de Bell provocando danos ao nervo facial Condições autoimunes nas quais o sistema imunológico ataca erroneamente os tecidos do corpo têm sido vistas como possíveis fatores que contribuem para o surgimento da paralisia em alguns pacientes Uma área de pesquisa emergente está voltada para a neuroinflamação e o papel das citocinas moléculas que regulam a resposta imunológica na origem da paralisia de Bell Pesquisas têm mostrado altos níveis de citocinas próinflamatórias no líquido cefalorraquidiano de pacientes com paralisia de Bell indicando um papel importante da inflamação no avanço da doença Fatores genéticos e ambientais também estão sendo estudados como possíveis influenciadores da susceptibilidade à doença Manifestações Clínicas A paralisia de Bell é caracterizada pela fraqueza ou paralisia súbita e unilateral dos músculos faciais resultando em uma expressão facial distorcida e dificuldade em controlar os movimentos faciais No entanto pesquisas recentes têm destacado que a apresentação clínica da paralisia de Bell pode ser mais heterogênea do que se pensava anteriormente Além da fraqueza facial os pacientes podem experimentar uma variedade de sintomas adicionais como dor facial diminuição da sensibilidade aumento da sensibilidade à luz e ruídos hiperacusia alterações no paladar e lacrimejamento excessivo ou olhos secos devido à disfunção do nervo facial Além disso a gravidade e a duração dos sintomas podem variar significativamente de pessoa para pessoa Enquanto alguns pacientes se recuperam completamente em poucas semanas a meses outros podem enfrentar sequelas persistentes como assimetria facial contraturas musculares espasmos faciais e dificuldade em fechar completamente o olho afetado Pesquisas indicam que a recuperação da paralisia de Bell não é necessariamente um processo linear Muitos pacientes passam por uma melhora progressiva com o tempo mas podem enfrentar períodos de estagnação ou até mesmo agravamento dos sintomas antes de se recuperarem completamente Este padrão de recuperação oscilante pode ser frustrante para os pacientes e desafiador para os médicos ao tentarem prever a evolução da doença Isso ressalta a necessidade de um acompanhamento contínuo dos pacientes com paralisia mesmo após uma aparente recuperação Complicações tardias como contraturas musculares sincinesias movimentos involuntários simultâneos e problemas psicossociais decorrentes da assimetria facial podem se manifestar meses ou até anos após o início da doença Diagnóstico A paralisia de Bell é geralmente diagnosticada com base na apresentação clínica característica de fraqueza ou paralisia súbita e unilateral dos músculos faciais sem evidência de outras causas subjacentes como trauma ou tumor No entanto reconhecer e diferenciar a paralisia de Bell de outras condições que podem causar sintomas semelhantes como acidente vascular cerebral AVC neuropatia do nervo facial periférico e infecções virais como herpes zoster continua sendo um desafio diagnóstico importante Nesse contexto os estudos recentes têm explorado o papel de ferramentas de diagnóstico auxiliares para ajudar na avaliação da paralisia de Bell A eletromiografia EMG e a estimulação nervosa repetitiva ENR têm sido cada vez mais utilizadas para avaliar a função do nervo facial identificar a gravidade da lesão e diferenciar entre paralisia de Bell e outras condições que afetam o nervo facial Além disso a ressonância magnética RM e a tomografia computadorizada TC têm sido empregadas para descartar outras causas de fraqueza facial como tumores lesões compressivas e processos inflamatórios Imagens de ressonância magnética podem revelar sinais de inflamação ou edema do nervo facial embora essas alterações nem sempre estejam presentes especialmente nos estágios iniciais da doença O desenvolvimento de biomarcadores sanguíneos ou salivares que podem auxiliar no diagnóstico precoce e na estratificação de pacientes estão sendo investigados o papel de marcadores inflamatórios como citocinas e proteínas específicas na patogênese da doença e sua utilidade como ferramentas de diagnóstico Ademais abordagens de inteligência artificial e análise de padrões clínicos estão sendo exploradas para desenvolver algoritmos de diagnóstico mais precisos e eficientes para a paralisia de Bell Essas técnicas podem ajudar os médicos a identificar padrões distintivos de sintomas e sinais que possam diferenciar a paralisia de Bell de outras condições com maior rapidez e precisão Estratégias terapêuticas e inovações científicas Algumas das abordagens terapêuticas mais recentes e inovações científicas incluem Terapia de Reabilitação Facial A terapia de reabilitação facial desempenha um papel fundamental no tratamento da paralisia de Bell visando manter a mobilidade e a função dos músculos faciais afetados Técnicas de reabilitação incluem exercícios de fortalecimento muscular estimulação elétrica biofeedback e treinamento de expressão facial Abordagens personalizadas são desenvolvidas com base na gravidade da paralisia e nas necessidades individuais do paciente Eletroestimulação A eletroestimulação tem sido cada vez mais utilizada como uma terapia adjuvante no tratamento da paralisia de Bell Técnicas como a estimulação elétrica funcional FES e a eletroestimulação neuromuscular NMES são usadas para estimular os músculos faciais afetados promovendo a contração muscular e melhorando a força e a função Toxina Botulínica A injeção de toxina botulínica Botox em músculos hiperfuncionais ou espásticos tem sido estudada como uma estratégia para reduzir assimetria facial e melhorar a função facial em pacientes com paralisia de Bell A toxina botulínica pode ajudar a reduzir espasmos musculares contraturas e sincinesias melhorando a aparência e a função facial Terapia com célulastronco A terapia com célulastronco é uma área de pesquisa promissora no tratamento da paralisia de Bell Estudos préclínicos e clínicos têm investigado o potencial das célulastronco para regenerar e reparar o nervo facial danificado melhorando a recuperação funcional e reduzindo as sequelas associadas à condição Abordagens farmacológicas Novas abordagens farmacológicas estão sendo exploradas para o tratamento da paralisia de Bell incluindo o uso de agentes anti inflamatórios neuroprotetores e moduladores imunológicos Medicamentos como corticosteróides antivirais e agentes neuroprotetores têm sido estudados por seu potencial em reduzir a inflamação proteger o nervo facial e promover a recuperação funcional Estimulação cerebral não invasiva Técnicas de estimulação cerebral não invasiva como a estimulação transcraniana por corrente contínua tDCS e a estimulação magnética transcraniana TMS estão sendo investigadas como opções terapêuticas para a paralisia de Bell Essas técnicas visam modular a atividade cerebral e promover a plasticidade neural facilitando a recuperação funcional do nervo facial Referências bibliográficas AKERMAN A Tratamento da paralisia facial de Bell pela cortisona Arquivos de NeuroPsiquiatria scielo v 12 p 440 440 12 1954 ISSN 0004282X Disponível em http wwwscielobrscieloOrgphparticleXMLphplangenpidS0004 282X1954000400007 ANTUNES M L U FUKUDA Y U Tratamento clínico da paralisia de Bell 1999 Dissertação Mestrado Universidade Federal de São Paulo UNIFESP Disponível em httprepositoriounifespbrhandle1160016240 BARBERI J A F U Ressonância magnética na evolução da paralisia facial periférica idiopática 1998 Dissertação Mestrado Universidade Federal de São Paulo UNIFESP Disponível em httprepositoriounifespbrhandle1160015672 FALAVIGNA A et al Paralisia de Bell fisiopatologia e tratamento Porto Alegre 2008 KASSE C A et al Valor prognóstico de dados clínicos em paralisia de Bell Revista Brasileira de Otorrinolaringologia scielo v 71 p 454 458 08 2005 ISSN 00347299 Disponível em httpwwwscielobrscieloOrgphparticleXMLphplangenpid S0034 72992005000400009 KASSE C A U FUKUDA Y U Emissão otoacústica por produtos de distorção na paralisia de Bell 2000 Dissertação Mestrado Universidade Federal de São Paulo UNIFESP Disponível em httprepositoriounifespbrhandle1160017156 LAZARINI P R et al Pesquisa do vírus herpes simples na saliva de pacientes com paralisia facial periférica de Bell Revista Brasileira de Otorrinolaringologia scielo v 72 p 7 11 02 2006 ISSN 00347299 Disponível em httpwwwscielobrscieloOrgphparticleXML phplangenpidS0034 72992006000100002 LIRIANO R Y G et al Relação da presença de hiperacusia em pacientes com paralisia facial periférica de Bell Revista Brasileira de Otorrinolaringologia scielo v 70 p 776 779 12 2004 ISSN 00347299 Disponível em httpwwwscielobrscieloOrgphparticleXMLphp langenpidS0034 72992004000600012 SANTOS R M M U GUEDES Z C F U Estudo da qualidade de vida em indivíduos com paralisia facial periférica adquirida crônica 2010 Dissertação Mestrado Universidade Federal de São Paulo UNIFESP Disponível em httprepositoriounifespbrhandle116009530 SILVA I H B et al PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA DE BELL ATUALIZAÇÃO DO TRATAMENTO juldez 2012 Disponível em fileCUsersUserDownloads 89Texto20do 20artigo151911020170214201pdf Acesso em 06122019 TEIXEIRA L J U PRADO G F do U A efetividade da fisioterapia para o tratamento da paralisia facial periférica idiopática 2008 Dissertação Mestrado Universidade Federal de São Paulo UNIFESP Disponível em httprepositoriounifespbrhandle1160024295 VALENÇA M M VALENÇA L P A de A LIMA M C M Paralisia Facial Periférica Idiopática de Bell Ribeirão Preto Arquivo Neuropsiquiatria 2001a Disponível em httpwwwscielobrpdfanpv59n3B5964pdf VALENÇA M M VALENÇA L P A de A LIMA M C M Paralisia facial periférica idiopática de Bell a propósito de 180 pacientes Arquivos de NeuroPsiquiatria scielo v 59 p 733 739 09 2001b ISSN 0004282X Disponível em http wwwscielobrscieloOrgphparticleXMLphplangenpidS0004 282X2001000500016 YAMASHITA H K U LEDERMAN H M U Avaliação da paralisia facial periférica idiopática paralisia de Bell pela ressonância magnética com protocolo de exame resumido 1997 Tese Doutorado Universidade Federal de São Paulo UNIFESP Disponível em httprepositoriounifespbrhandle1160015276