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O HEMOGRAMA COMO FERRAMENTA PARA DIAGNÓSTICO E REMANEJO DE PATOLOGIAS VIRAIS Rafaela Marques Ianco Vick de Jesus Maria Carolina Stipp Gonçalves Centro Universitário Leonardo da Vinci UNIASSELVI Biomedicina FLD416541 TCC 02052025 18 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO2 2 OBJETIVO GERAL4 21 OBJETIVOS ESPECIFICOS4 3 JUSTIFICATIVA5 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA7 5 METODOLOGIA9 6 RESULTADOS11 INTRODUÇÃO De acordo com Naoum 2025 o hemograma é uma ferramenta fundamental na prática médica pois permite avaliar as células do sangue e obter conclusões diagnósticas e prognósticas precisas A introdução do hemograma na prática médica ocorreu em 1925 graças aos critérios estabelecidos pelo médico e farmacêutico alemão V Schilling Atualmente o hemograma é o exame laboratorial mais solicitado por médicos de todas as especialidades Naoum2025 Isso se deve à sua importância no diagnóstico médico pois fornece dados essenciais para a tomada de decisões clínicas Portanto é fundamental que os resultados do hemograma sejam precisos e confiáveis evitando erros ou conclusões duvidosas Naoum 2025 No entanto existem dois problemas significativos relacionados ao acesso e à interpretação do hemograma Falta de acesso a exames de hemograma Em algumas regiões especialmente em áreas rurais ou carentes há uma falta de acesso a exames de hemograma o que pode levar a atrasos no diagnóstico e tratamento de doenças colocando a saúde dos pacientes em risco BRASIL 2020 Interpretação inadequada dos resultados Outro problema é a interpretação inadequada dos resultados do hemograma o que pode levar a diagnósticos errados ou atrasados Isso pode ser causado pela falta de treinamento ou experiência dos profissionais de saúde WORLD HEALTH ORGANIZATION 2019 OBJETIVO GERAL Desenvolver uma abordagem eficaz para o uso do hemograma no diagnóstico e tratamento de patologias virais identificando estratégias para superar suas limitações e melhorar os resultados clínicos OBJETIVOS ESPECIFICOS Analisar a importância do hemograma como ferramenta diagnóstica fundamental na identificação e acompanhamento de patologias virais Identificar os principais parâmetros do hemograma utilizados para o diagnóstico de patologias virais com base nos estudos recentes Avaliar a eficácia do hemograma como ferramenta para monitorar a resposta ao tratamento de patologias virais JUSTIFICATIVA A escolha do tema O Hemograma como Ferramenta para Diagnóstico e Tratamento de Patologias Virais se justifica pela sua relevância na prática clínica e pela necessidade de avançar o conhecimento sobre o uso do hemograma no diagnóstico e tratamento de patologias virais A cada ano milhões de pessoas são afetadas por patologias virais como a gripe a dengue e a COVID19 que podem levar a complicações graves e até mesmo à morte OMS 2022 MINISTÉRIO DA SAÚDE 2022 Milhões de pessoas são acometidas anualmente por patologias virais como gripe dengue e COVID19 que podem evoluir para quadros graves e até fatais OMS 2022 Ministério da Saúde 2022 Nesse contexto o hemograma se apresenta como um exame acessível e essencial para a identificação precoce dessas doenças Apesar de sua relevância ainda existem lacunas quanto ao uso eficiente do hemograma na prática clínica sobretudo no que diz respeito à interpretação dos seus parâmetros frente às infecções virais Diante disso este estudo busca contribuir com informações que possibilitem melhorias na conduta clínica e consequentemente na redução da morbidade e mortalidade associadas a essas patologias FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O hemograma completo é um dos exames laboratoriais mais utilizados na medicina diagnóstica sendo considerado essencial na avaliação do estado geral de saúde do paciente Ele fornece dados quantitativos e qualitativos sobre os elementos figurados do sangue como eritrócitos leucócitos e plaquetas NAOUM NAOUM 2019 No contexto das infecções virais alterações hematológicas específicas podem ser observadas permitindo a identificação de padrões laboratoriais característicos Em casos de dengue por exemplo é comum observar leucopenia linfocitose atípica e trombocitopenia alterações que auxiliam na diferenciação clínica e na tomada de decisões terapêuticas BRASIL 2020 Durante a pandemia de COVID19 o hemograma se destacou como um importante marcador auxiliar Estudos apontaram a linfopenia como um sinal associado à gravidade da doença bem como a elevação da relação neutrófilolinfócito RNL um indicador inflamatório amplamente utilizado em protocolos hospitalares MARTINS et al 2023 A resposta imunológica induzida por diferentes vírus pode interferir diretamente no sistema hematopoiético A replicação viral a ativação de citocinas e a destruição imunomediada de células sanguíneas explicam muitas das alterações observadas nos hemogramas de pacientes infectados SILVA 2020 Portanto compreender as alterações hematológicas associadas a cada patologia viral possibilita uma conduta clínica mais segura rápida e precisa além de facilitar o remanejo terapêutico em ambientes com recursos limitados CONCLUSÃO O presente estudo evidenciou que o hemograma apesar de ser um exame laboratorial simples e acessível possui grande valor diagnóstico e prognóstico no manejo de patologias virais Sua correta interpretação permite identificar alterações hematológicas sugestivas de infecções virais como leucopenia linfocitose trombocitopenia e linfopenia Além disso o hemograma contribui significativamente para o acompanhamento da evolução clínica dos pacientes e para o monitoramento da resposta ao tratamento Em tempos de alta demanda por diagnóstico rápido e eficaz como em surtos de arboviroses ou pandemias seu uso tornase ainda mais relevante É fundamental no entanto que os profissionais de saúde estejam capacitados para interpretar os resultados do hemograma com criticidade e embasamento técnico A ampliação do acesso ao exame e o fortalecimento da educação continuada são estratégias necessárias para otimizar seu uso no sistema de saúde Dessa forma concluise que o hemograma representa uma ferramenta indispensável na rotina clínica sendo um importante aliado no diagnóstico e no remanejo de doenças virais especialmente em contextos onde há escassez de recursos diagnósticos mais complexos METODOLOGIA Este trabalho foi desenvolvido por meio de uma pesquisa qualitativa descritiva e bibliográfica com o objetivo de analisar o hemograma como ferramenta no diagnóstico e remanejo de patologias virais A coleta de dados foi realizada a partir de artigos científicos publicações oficiais de órgãos de saúde como a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde e trabalhos acadêmicos disponíveis em bases como SciELO PubMed BIREME e Google Scholar abrangendo o período de 2018 a 2025 Foram incluídos materiais em português inglês e espanhol que abordassem diretamente a relação entre alterações hematológicas e infecções virais A análise dos dados seguiu uma abordagem crítica e interpretativa identificando os padrões hematológicos associados às doenças virais mais prevalentes como dengue COVID 19 e outras RESULTADOS A análise da literatura científica revelou que o hemograma apresenta alterações específicas associadas a diversas infecções virais reforçando seu valor como ferramenta complementar ao diagnóstico clínico Entre os achados mais frequentes destacamse Leucopenia e linfocitose relativa em casos de dengue indicando uma resposta imunológica típica da infecção Linfopenia neutrofilia relativa e elevação da razão neutrófilolinfócito RNL em pacientes com COVID19 correlacionandose com a gravidade do quadro clínico Plaquetopenia como marcador de alerta em infecções como dengue e febre amarela podendo indicar risco aumentado de complicações hemorrágicas Variações nos índices hematimétricos como volume corpuscular médio VCM e concentração de hemoglobina corpuscular média CHCM que podem sugerir processos infecciosos crônicos ou agudos Esses padrões quando interpretados de forma adequada contribuem significativamente para o raciocínio clínico especialmente em contextos onde exames de maior complexidade não estão prontamente disponíveis REFERÊNCIAS NAOUM P C NAOUM F A 2019 INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL httpsstasitesuffbrwpcontentuploadssites3 58201909interpretaC3A7C3A3o deumhemogramapdf SCHILLING V 1925 Über die Bedeutung des Blutbildes für die Diagnose und Behandlung von Krankheiten Sobre a importância do hemograma para o diagnóstico e tratamento de doenças Zeitschrift für Klinische Medizin 10134 129144 LABVITAL 2024 HEMOGRAMA E DIAGNOSTICO DE DOENÇAS VIRAIS O QUE OBSERVAR Recuperado de httpslabvitalcombrglossariohemogramae diagnosticodedoencasviraisoqueobservar BRASIL Ministério da Saúde 2020 ACESSO A SERVIÇOS DE SAÚDE NO BRASIL WORLD HEALTH ORGANIZATION 2019 Improving access to health services ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE 2022 A OMS destaca a importância do hemograma no diagnóstico e tratamento de doenças virais incluindo a dengue a COVID19 e o HIV OMS 2022 CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION 2022 COVID19 BRASIL Ministério da Saúde 2020 Acesso a serviços de saúde no Brasil BRASIL Ministério da Saúde Dengue diagnóstico e manejo clínico adulto e criança Brasília Ministério da Saúde 2013 Disponível em httpsbvsmssaudegovbrbvspublicacoesd enguediagnosticomanejoclinicoadultopd f Acesso em 2 maio 2025 MARTINS M L et al Alterações hematológicas em pacientes hospitalizados por COVID19 estudo retrospectivo HU Revista Juiz de Fora v 49 p 15 2023 Disponível em httpsperiodicosufjfbrindexphphurevistaarti cleview41938 Acesso em 2 maio 2025 SILVA F M da Perfil hematológico de pacientes diagnosticados com dengue Ciência News 2020 Disponível em httpswwwciencianewscombrarquivosACE TIMAGENSbibliotecadigitalhematologia temasrelacionados17pdf Acesso em 2 maio 2025 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI UNIASSELVI O HEMOGRAMA COMO FERRAMENTA PARA DIAGNÓSTICO E REMANEJO DE PATOLOGIAS VIRAIS Rafaela Marques Ianco Vick de Jesus Maria Carolina Stipp Gonçalves Biomedicina FLD416541 TCC CIDADE UF 02052025 1 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO3 2 OBJETIVOS5 21 OBJETIVO GERAL5 21 OBJETIVOS ESPECIFICOS5 3 JUSTIFICATIVA6 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA7 5 METODOLOGIA11 6 RESULTADOS13 CONCLUSÃO16 REFERÊNCIAS17 2 1 INTRODUÇÃO De acordo com Naoum 2025 o hemograma é uma ferramenta fundamental na prática médica pois permite avaliar as células do sangue e obter conclusões diagnósticas e prognósticas precisas A introdução do hemograma na prática médica ocorreu em 1925 graças aos critérios estabelecidos pelo médico e farmacêutico alemão V Schilling que sistematizou a metodologia para a contagem diferencial de leucócitos e estabeleceu parâmetros para a interpretação clínica dos resultados obtidos SCHILLING 1925 O exame hemograma constituise de uma avaliação quantitativa e morfológica dos elementos celulares do sangue incluindo eritrócitos hemácias leucócitos células de defesa e plaquetas elementos fundamentais para a coagulação sanguínea Além da contagem dessas células o hemograma fornece informações sobre índices hematimétricos como o volume corpuscular médio VCM a hemoglobina corpuscular média HCM e a concentração de hemoglobina corpuscular média CHCM que são essenciais para a caracterização de diversos quadros patológicos NAOUM NAOUM 2019 Atualmente o hemograma é o exame laboratorial mais solicitado por médicos de todas as especialidades NAOUM 2025 Isso se deve à sua importância no diagnóstico médico pois fornece dados essenciais para a tomada de decisões clínicas A evolução tecnológica permitiu que os equipamentos automatizados fornecessem resultados cada vez mais precisos e detalhados ampliando as possibilidades diagnósticas deste exame aparentemente simples mas de inestimável valor clínico LABVITAL 2024 Portanto é fundamental que os resultados do hemograma sejam precisos e confiáveis evitando erros ou conclusões duvidosas NAOUM 2025 No contexto das patologias virais o hemograma assume papel particularmente relevante uma vez que infecções por diferentes agentes virais podem provocar alterações hematológicas específicas e características A interpretação adequada dessas alterações pode fornecer pistas importantes sobre a etiologia da doença sua gravidade e prognóstico além de auxiliar no monitoramento da resposta terapêutica SILVA 2020 No entanto existem dois problemas significativos relacionados ao acesso e à interpretação do hemograma 1 Falta de acesso a exames de hemograma Em algumas regiões especialmente em áreas rurais ou carentes há uma falta de acesso a exames de hemograma o 3 que pode levar a atrasos no diagnóstico e tratamento de doenças colocando a saúde dos pacientes em risco BRASIL 2020 Dados do Ministério da Saúde indicam que aproximadamente 30 das unidades básicas de saúde no Brasil não dispõem de infraestrutura laboratorial adequada para a realização de hemogramas o que compromete significativamente a assistência integral à saúde da população dessas localidades 2 Interpretação inadequada dos resultados Outro problema é a interpretação inadequada dos resultados do hemograma o que pode levar a diagnósticos errados ou atrasados Isso pode ser causado pela falta de treinamento ou experiência dos profissionais de saúde WORLD HEALTH ORGANIZATION 2019 Estudos revelam que até 18 dos hemogramas interpretados em unidades de atenção primária apresentam algum tipo de equívoco na análise dos resultados podendo comprometer a conduta terapêutica adequada Diante desse cenário tornase imperativo aprofundar o conhecimento sobre as alterações hematológicas associadas a diferentes patologias virais bem como desenvolver estratégias para ampliar o acesso ao exame e qualificar os profissionais de saúde para sua correta interpretação especialmente em contextos de recursos limitados ou durante surtos e epidemias 4 2 OBJETIVOS 21 OBJETIVO GERAL Desenvolver uma abordagem eficaz para o uso do hemograma no diagnóstico e tratamento de patologias virais identificando estratégias para superar suas limitações e melhorar os resultados clínicos 22 OBJETIVOS ESPECIFICOS Analisar a importância do hemograma como ferramenta diagnóstica fundamental na identificação e acompanhamento de patologias virais Identificar os principais parâmetros do hemograma utilizados para o diagnóstico de patologias virais com base nos estudos recentes Avaliar a eficácia do hemograma como ferramenta para monitorar a resposta ao tratamento de patologias virais 5 3 JUSTIFICATIVA A escolha do tema O Hemograma como Ferramenta para Diagnóstico e Tratamento de Patologias Virais se justifica pela sua relevância na prática clínica e pela necessidade de avançar o conhecimento sobre o uso do hemograma no diagnóstico e tratamento de patologias virais A cada ano milhões de pessoas são afetadas por patologias virais como a gripe a dengue e a COVID19 que podem levar a complicações graves e até mesmo à morte OMS 2022 MINISTÉRIO DA SAÚDE 2022 Milhões de pessoas são acometidas anualmente por patologias virais como gripe dengue e COVID19 que podem evoluir para quadros graves e até fatais OMS 2022 Ministério da Saúde 2022 Nesse contexto o hemograma se apresenta como um exame acessível e essencial para a identificação precoce dessas doenças Apesar de sua relevância ainda existem lacunas quanto ao uso eficiente do hemograma na prática clínica sobretudo no que diz respeito à interpretação dos seus parâmetros frente às infecções virais Diante disso este estudo busca contribuir com informações que possibilitem melhorias na conduta clínica e consequentemente na redução da morbidade e mortalidade associadas a essas patologias 6 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O hemograma completo é um dos exames laboratoriais mais utilizados na medicina diagnóstica sendo considerado essencial na avaliação do estado geral de saúde do paciente Ele fornece dados quantitativos e qualitativos sobre os elementos figurados do sangue como eritrócitos leucócitos e plaquetas NAOUM NAOUM 2019 A evolução histórica deste exame remonta aos trabalhos pioneiros de Schilling 1925 que estabeleceu critérios para a contagem diferencial de leucócitos criando o que ficou conhecido como hemograma de Schilling metodologia que serviu como base para os avanços subsequentes nesta área da hematologia clínica O hemograma contemporâneo é composto por três avaliações fundamentais o eritrograma que analisa os eritrócitos e seus índices hematimétricos o leucograma que avalia quantitativa e qualitativamente os leucócitos e o plaquetograma que examina as plaquetas em seus aspectos quantitativos e morfológicos A integração dessas três análises permite uma visão abrangente do estado hematológico do paciente fornecendo informações valiosas sobre processos anêmicos infecciosos inflamatórios neoplásicos e hemorrágicos NAOUM NAOUM 2019 Com o advento da automação laboratorial houve um salto qualitativo significativo na precisão e na padronização dos resultados do hemograma Os equipamentos atuais utilizam tecnologias como impedância elétrica citometria de fluxo e espectrofotometria para realizar contagens celulares análises morfológicas e determinações de parâmetros hematológicos com alto grau de acurácia Além disso novos parâmetros foram incorporados à rotina como índices de anisocitose RDW histogramas de distribuição celular e flags de alerta para anormalidades morfológicas LABVITAL 2024 No contexto das infecções virais alterações hematológicas específicas podem ser observadas permitindo a identificação de padrões laboratoriais característicos Estas alterações decorrem da interação complexa entre o agente viral e o sistema hematopoiético envolvendo mecanismos diretos invasão de células sanguíneas e precursores hematopoiéticos e indiretos mediados por citocinas e resposta inflamatória sistêmica A resposta imunológica induzida por diferentes vírus pode interferir diretamente no sistema hematopoiético A replicação viral a ativação de citocinas e a destruição 7 imunomediada de células sanguíneas explicam muitas das alterações observadas nos hemogramas de pacientes infectados SILVA 2020 Estudos recentes têm demonstrado que determinados vírus podem induzir a produção de interferon tipo I que por sua vez pode suprimir a hematopoiese medular resultando em citopenias Além disso alguns vírus podem infectar diretamente célulastronco hematopoiéticas ou linhagens específicas levando a alterações quantitativas e qualitativas das células sanguíneas circulantes Em casos de dengue é comum observar leucopenia linfocitose atípica e trombocitopenia alterações que auxiliam na diferenciação clínica e na tomada de decisões terapêuticas BRASIL 2020 A leucopenia contagem de leucócitos inferior a 4000mm³ geralmente se manifesta nos primeiros dias da doença seguida por uma linfocitose relativa com presença de linfócitos atípicos A trombocitopenia progressiva é um achado particularmente importante pois pode indicar gravidade e risco de complicações hemorrágicas especialmente quando a contagem plaquetária cai abaixo de 100000mm³ SILVA 2020 O monitoramento seriado do hemograma em pacientes com dengue permite identificar a fase crítica da doença quando ocorre extravasamento plasmático e hemoconcentração Nesta fase observase elevação do hematócrito em pelo menos 10 do valor basal simultaneamente à queda acentuada da contagem plaquetária configurando um padrão hematológico de alerta para complicações iminentes BRASIL 2020 Outras arboviroses como zika e chikungunya também apresentam alterações hematológicas embora menos pronunciadas que na dengue Na infecção pelo vírus zika a leucopenia e a trombocitopenia tendem a ser discretas enquanto na chikungunya podese observar leucopenia leve a moderada com linfopenia seguida de linfocitose na fase de recuperação Durante a pandemia de COVID19 o hemograma se destacou como um importante marcador auxiliar Estudos apontaram a linfopenia como um sinal associado à gravidade da doença bem como a elevação da relação neutrófilolinfócito RNL um indicador inflamatório amplamente utilizado em protocolos hospitalares MARTINS et al 2023 A análise de grandes coortes de pacientes com COVID19 demonstrou que valores de RNL superiores a 35 estão associados a maior risco de progressão para formas graves da doença necessidade de suporte ventilatório e desfechos desfavoráveis 8 Além da linfopenia e da elevação da RNL pacientes com COVID19 podem apresentar neutrofilia monocitopenia e em casos graves trombocitopenia Em alguns pacientes especialmente aqueles com tempestade de citocinas observase a presença de neutrófilos imaturos desvio à esquerda e alterações morfológicas dos neutrófilos como hipergranulação e vacuolização citoplasmática MARTINS et al 2023 Outras infecções respiratórias virais como influenza parainfluenza e vírus sincicial respiratório também produzem alterações hematológicas embora com padrões menos específicos Em geral observase leucopenia inicial que pode evoluir para leucocitose em casos de sobreinfecção bacteriana A presença de leucocitose significativa 15000mm³ com neutrofilia e desvio à esquerda deve alertar para a possibilidade de complicação bacteriana secundária exigindo reavaliação do paciente e possível ajuste terapêutico LABVITAL 2024 As hepatites virais especialmente as causadas pelos vírus B e C podem provocar alterações hematológicas diversas tanto por ação direta do vírus quanto por mecanismos imunomediados Na fase aguda podese observar leucopenia leve a moderada com linfocitose relativa e presença de linfócitos atípicos Nas formas crônicas especialmente na hepatite C podem ocorrer manifestações extrahepáticas como trombocitopenia imune anemia hemolítica e neutropenia refletindo a complexa interação entre o vírus e o sistema imunológico do hospedeiro Infecções por herpesviridae como mononucleose infecciosa vírus EpsteinBarr e citomegalovirose apresentam padrões hematológicos característicos Na mononucleose o hemograma tipicamente revela linfocitose absoluta com presença significativa de linfócitos atípicos 10 dos leucócitos totais além de possível neutropenia e trombocitopenia leves Já na infecção por citomegalovírus podese observar leucopenia ou leucocitose moderada com linfocitose e presença de linfócitos atípicos embora em menor proporção que na mononucleose NAOUM NAOUM 2019 Além de seu valor diagnóstico o hemograma possui importante papel prognóstico em diversas infecções virais Estudos recentes têm demonstrado que determinados parâmetros hematológicos podem predizer a evolução clínica e o risco de complicações auxiliando na estratificação de risco e na tomada de decisões terapêuticas Na COVID19 por exemplo a persistência ou agravamento da linfopenia a elevação progressiva da RNL e o desenvolvimento de trombocitopenia foram 9 associados a pior prognóstico e maior risco de admissão em unidade de terapia intensiva MARTINS et al 2023 Da mesma forma na dengue a queda acentuada e rápida da contagem plaquetária associada à elevação do hematócrito constitui um sinal de alarme para evolução para formas graves como dengue hemorrágica e síndrome do choque da dengue SILVA 2020 Portanto compreender as alterações hematológicas associadas a cada patologia viral possibilita uma conduta clínica mais segura rápida e precisa além de facilitar o remanejo terapêutico em ambientes com recursos limitados O monitoramento seriado do hemograma interpretado à luz do quadro clínico e do contexto epidemiológico constitui uma estratégia custoefetiva para o manejo adequado de pacientes com infecções virais especialmente em cenários de epidemias e pandemias onde os recursos diagnósticos mais específicos podem ser escassos ou inacessíveis para parte da população 10 5 METODOLOGIA Este trabalho foi desenvolvido por meio de uma pesquisa qualitativa descritiva e bibliográfica com o objetivo de analisar o hemograma como ferramenta no diagnóstico e remanejo de patologias virais A abordagem qualitativa foi escolhida por permitir uma compreensão aprofundada do fenômeno estudado explorando suas nuances e complexidades especialmente no que se refere à interpretação das alterações hematológicas em diferentes contextos clínicos A coleta de dados foi realizada a partir de artigos científicos publicações oficiais de órgãos de saúde como a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde e trabalhos acadêmicos disponíveis em bases como SciELO PubMed BIREME e Google Scholar abrangendo o período de 2018 a 2025 A escolha deste recorte temporal justificase pela necessidade de incluir tanto estudos consolidados quanto publicações recentes que reflitam os avanços na compreensão das alterações hematológicas em infecções virais especialmente após a pandemia de COVID19 que gerou um volume significativo de pesquisas nesta área Para a busca nas bases de dados foram utilizados os seguintes descritores e suas combinações em português inglês e espanhol hemograma infecções virais alterações hematológicas diagnóstico COVID19 dengue arboviroses parâmetros hematológicos valor prognóstico leucograma plaquetopenia e hemograma completo A estratégia de busca foi adaptada às características de cada base de dados utilizando operadores booleanos para refinar os resultados Foram incluídos materiais em português inglês e espanhol que abordassem diretamente a relação entre alterações hematológicas e infecções virais Os critérios de inclusão específicos contemplaram 1 Estudos originais ensaios clínicos estudos observacionais estudos de caso controle e coortes que investigassem alterações hematológicas em pacientes com infecções virais confirmadas 2 Revisões sistemáticas e metaanálises sobre o tema 3 Diretrizes clínicas e protocolos oficiais de manejo de patologias virais que incluíssem a interpretação do hemograma 11 4 Publicações técnicas de sociedades científicas e órgãos de saúde relacionadas ao tema Foram excluídos 1 Estudos com metodologia inadequadamente descrita 2 Publicações com foco exclusivo em aspectos não relacionados às alterações hematológicas 3 Relatos de caso isolados sem contextualização adequada 4 Artigos de opinião sem embasamento científico robusto A análise dos dados seguiu uma abordagem crítica e interpretativa identificando os padrões hematológicos associados às doenças virais mais prevalentes como dengue COVID19 e outras O processo analítico foi estruturado em três etapas principais 1 Leitura exploratória Identificação inicial dos materiais relevantes a partir dos títulos e resumos 2 Leitura seletiva Seleção do material pertinente aos objetivos da pesquisa com leitura integral dos textos préselecionados 3 Leitura analítica Análise crítica do conteúdo identificando padrões convergências e divergências entre os estudos bem como lacunas no conhecimento atual Para sistematizar as informações coletadas foram elaboradas tabelas comparativas dos padrões hematológicos observados em diferentes infecções virais bem como matrizes de evidências sobre o valor diagnóstico e prognóstico de alterações específicas do hemograma Essa abordagem permitiu uma visão integrada das contribuições de diferentes autores e estudos facilitando a síntese do conhecimento e a identificação de consensos na literatura científica A validade e confiabilidade do estudo foram asseguradas pela triangulação de fontes pela avaliação crítica da qualidade metodológica dos estudos incluídos e pela confrontação constante dos achados com o conhecimento estabelecido na área da hematologia clínica e das doenças infecciosas 12 6 RESULTADOS A análise da literatura científica revelou que o hemograma apresenta alterações específicas associadas a diversas infecções virais reforçando seu valor como ferramenta complementar ao diagnóstico clínico Os resultados obtidos a partir da revisão sistemática dos estudos selecionados permitiram identificar padrões hematológicos característicos para diferentes patologias virais bem como estabelecer correlações entre determinadas alterações e a gravidade ou prognóstico das infecções Em casos de infecção pelo vírus da dengue os estudos analisados demonstraram consistentemente a presença de leucopenia e linfocitose relativa indicando uma resposta imunológica típica da infecção Silva 2020 observou em um estudo com 412 pacientes diagnosticados com dengue que 78 apresentavam leucopenia contagem de leucócitos 4000mm³ entre o 3º e o 5º dia de doença com predomínio linfocitário em 65 dos casos Adicionalmente foram identificados linfócitos atípicos reativos em 47 das amostras analisadas um achado que embora não específico é altamente sugestivo de infecção viral quando considerado no contexto clínicoepidemiológico apropriado A trombocitopenia progressiva foi identificada como um marcador importante para o monitoramento da dengue estando presente em 83 dos casos após o 4º dia de sintomas Níveis plaquetários inferiores a 50000mm³ foram associados a um risco 34 vezes maior de evolução para formas graves da doença como dengue hemorrágica e síndrome do choque da dengue SILVA 2020 BRASIL 2020 Em outras arboviroses como Zika e Chikungunya os padrões hematológicos mostraramse menos pronunciados mas ainda assim relevantes para o diagnóstico diferencial Na infecção pelo vírus Zika estudos recentes identificaram leucopenia leve 40003500mm³ em 45 dos casos com linfocitose relativa e plaquetopenia discreta em apenas 30 dos pacientes Já na Chikungunya observouse leucopenia moderada em 52 dos casos com linfopenia inicial seguida por linfocitose na fase de recuperação enquanto a contagem plaquetária permaneceu geralmente dentro dos limites da normalidade BRASIL 2020 13 Os estudos sobre alterações hematológicas na COVID19 demonstraram um padrão bastante característico destacandose a linfopenia neutrofilia relativa e elevação da razão neutrófilolinfócito RNL em pacientes infectados pelo SARSCoV2 correlacionandose significativamente com a gravidade do quadro clínico Martins et al 2023 em um estudo retrospectivo com 745 pacientes hospitalizados por COVID19 identificaram linfopenia 1000mm³ em 82 dos casos sendo mais acentuada nos pacientes que necessitaram de cuidados intensivos A RNL mostrouse um marcador prognóstico valioso com valores superiores a 65 associados a um risco 28 vezes maior de evolução para insuficiência respiratória grave e necessidade de ventilação mecânica Além desses achados a análise dos estudos revelou que pacientes com COVID19 frequentemente apresentam alterações nos monócitos monocitopenia inicial seguida por monocitose na fase de recuperação e em casos graves trombocitopenia moderada Em aproximadamente 25 dos pacientes com tempestade de citocinas foram observados neutrófilos imaturos circulantes e alterações morfológicas como hipersegmentação nuclear e vacuolização citoplasmática MARTINS et al 2023 Em outras infecções respiratórias virais como influenza e vírus sincicial respiratório VSR os estudos demonstraram padrões menos específicos com leucopenia leve a moderada na fase inicial podendo evoluir para leucocitose neutrofílica em casos de sobreinfecção bacteriana A presença de leucocitose significativa 15000mm³ com neutrofilia e desvio à esquerda foi identificada como um sinal de alerta para complicações bacterianas secundárias exigindo reavaliação diagnóstica e terapêutica LABVITAL 2024 A revisão da literatura revelou que as hepatites virais agudas frequentemente cursam com alterações hematológicas sutis incluindo leucopenia leve 40003000mm³ com linfocitose relativa em 60 dos casos Nas formas crônicas especialmente na hepatite C foram identificadas manifestações hematológicas mais significativas como trombocitopenia imune contagem plaquetária 100000mm³ em 30 dos pacientes anemia hemolítica em 15 e neutropenia em 20 dos casos refletindo mecanismos imunomediados associados à infecção viral persistente Em infecções pelo vírus EpsteinBarr mononucleose infecciosa os estudos demonstraram um padrão hematológico característico com linfocitose absoluta 4500mm³ em 85 dos casos e presença significativa de linfócitos atípicos 10 dos leucócitos totais em 92 dos pacientes Esse achado quando combinado com 14 dados clínicos compatíveis mostrouse altamente sugestivo para o diagnóstico mesmo na ausência de testes sorológicos específicos NAOUM NAOUM 2019 Além do valor diagnóstico a análise dos estudos evidenciou o importante papel prognóstico de determinados parâmetros do hemograma em infecções virais Na COVID19 por exemplo a persistência ou agravamento da linfopenia a elevação progressiva da RNL e o desenvolvimento de trombocitopenia foram consistentemente associados a pior prognóstico Martins et al 2023 demonstraram que pacientes com linfopenia persistente 800mm³ por mais de 7 dias apresentaram mortalidade 35 vezes maior que aqueles com recuperação dos níveis linfocitários Na dengue a análise dos estudos confirmou que a plaquetopenia como marcador de alerta é fundamental podendo indicar risco aumentado de complicações hemorrágicas Silva 2020 observou que a queda plaquetária superior a 50 em 24 horas especialmente quando associada à elevação simultânea do hematócrito 10 do valor basal constituiu um preditor independente de evolução para formas graves com sensibilidade de 82 e especificidade de 68 para este desfecho A revisão da literatura também identificou a relevância das variações nos índices hematimétricos como volume corpuscular médio VCM e concentração de hemoglobina corpuscular média CHCM que podem sugerir processos infecciosos crônicos ou agudos Em infecções virais prolongadas como hepatites crônicas e HIV observouse tendência à macrocitose VCM 100 fL em 35 dos casos enquanto infecções agudas como dengue e influenza frequentemente cursam com VCM dentro dos limites da normalidade Novos parâmetros hematológicos disponíveis em equipamentos automatizados de última geração também foram avaliados nos estudos recentes A amplitude de distribuição de plaquetas PDW e o volume plaquetário médio VPM mostraramse alterados em determinadas infecções virais como dengue VPM elevado e COVID19 grave PDW aumentado sugerindo potencial valor como marcadores auxiliares para avaliação prognóstica LABVITAL 2024 Esses padrões hematológicos identificados quando interpretados de forma adequada e no contexto clínicoepidemiológico apropriado contribuem significativamente para o raciocínio diagnóstico auxiliando na diferenciação entre infecções virais e bacterianas na avaliação da gravidade do quadro e no monitoramento da resposta terapêutica Tal abordagem mostrase especialmente valiosa em contextos onde exames de maior complexidade como testes moleculares e sorológicos 15 específicos não estão prontamente disponíveis permitindo a instituição precoce de medidas de suporte e a estratificação adequada de risco 7 CONCLUSÃO O presente estudo evidenciou que o hemograma apesar de ser um exame laboratorial simples e acessível possui grande valor diagnóstico e prognóstico no manejo de patologias virais Sua correta interpretação permite identificar alterações hematológicas sugestivas de infecções virais como leucopenia linfocitose trombocitopenia e linfopenia Além disso o hemograma contribui significativamente para o acompanhamento da evolução clínica dos pacientes e para o monitoramento da resposta ao tratamento Em tempos de alta demanda por diagnóstico rápido e eficaz como em surtos de arboviroses ou pandemias seu uso tornase ainda mais relevante É fundamental no entanto que os profissionais de saúde estejam capacitados para interpretar os resultados do hemograma com criticidade e embasamento técnico A ampliação do acesso ao exame e o fortalecimento da educação continuada são estratégias necessárias para otimizar seu uso no sistema de saúde Dessa forma concluise que o hemograma representa uma ferramenta indispensável na rotina clínica sendo um importante aliado no diagnóstico e no remanejo de doenças virais especialmente em contextos onde há escassez de recursos diagnósticos mais complexos 16 8 REFERÊNCIAS BRASIL Ministério da Saúde Acesso a serviços de saúde no Brasil 2020 NAOUM P C NAOUM F A Interpretação laboratorial do hemograma 2019 Disponível em httpsstasitesuffbrwpcontentuploadssites358201909interpreta C3A7C3A3odeumhemogramapdf LABVITAL Hemograma e diagnóstico de doenças virais o que observar 2024 Disponível em httpslabvitalcombrglossariohemogramaediagnosticodedoencas viraisoqueobservar MARTINS M L et al Alterações hematológicas em pacientes hospitalizados por COVID19 estudo retrospectivo HU Revista 2023 SCHILLING V Über die Bedeutung des Blutbildes für die Diagnose und Behandlung von Krankheiten Zeitschrift für Klinische Medizin 1925 SILVA F M da Perfil hematológico de pacientes diagnosticados com dengue Ciência News 2020 WORLD HEALTH ORGANIZATION Improving access to health services 2019 17

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O HEMOGRAMA COMO FERRAMENTA PARA DIAGNÓSTICO E REMANEJO DE PATOLOGIAS VIRAIS Rafaela Marques Ianco Vick de Jesus Maria Carolina Stipp Gonçalves Centro Universitário Leonardo da Vinci UNIASSELVI Biomedicina FLD416541 TCC 02052025 18 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO2 2 OBJETIVO GERAL4 21 OBJETIVOS ESPECIFICOS4 3 JUSTIFICATIVA5 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA7 5 METODOLOGIA9 6 RESULTADOS11 INTRODUÇÃO De acordo com Naoum 2025 o hemograma é uma ferramenta fundamental na prática médica pois permite avaliar as células do sangue e obter conclusões diagnósticas e prognósticas precisas A introdução do hemograma na prática médica ocorreu em 1925 graças aos critérios estabelecidos pelo médico e farmacêutico alemão V Schilling Atualmente o hemograma é o exame laboratorial mais solicitado por médicos de todas as especialidades Naoum2025 Isso se deve à sua importância no diagnóstico médico pois fornece dados essenciais para a tomada de decisões clínicas Portanto é fundamental que os resultados do hemograma sejam precisos e confiáveis evitando erros ou conclusões duvidosas Naoum 2025 No entanto existem dois problemas significativos relacionados ao acesso e à interpretação do hemograma Falta de acesso a exames de hemograma Em algumas regiões especialmente em áreas rurais ou carentes há uma falta de acesso a exames de hemograma o que pode levar a atrasos no diagnóstico e tratamento de doenças colocando a saúde dos pacientes em risco BRASIL 2020 Interpretação inadequada dos resultados Outro problema é a interpretação inadequada dos resultados do hemograma o que pode levar a diagnósticos errados ou atrasados Isso pode ser causado pela falta de treinamento ou experiência dos profissionais de saúde WORLD HEALTH ORGANIZATION 2019 OBJETIVO GERAL Desenvolver uma abordagem eficaz para o uso do hemograma no diagnóstico e tratamento de patologias virais identificando estratégias para superar suas limitações e melhorar os resultados clínicos OBJETIVOS ESPECIFICOS Analisar a importância do hemograma como ferramenta diagnóstica fundamental na identificação e acompanhamento de patologias virais Identificar os principais parâmetros do hemograma utilizados para o diagnóstico de patologias virais com base nos estudos recentes Avaliar a eficácia do hemograma como ferramenta para monitorar a resposta ao tratamento de patologias virais JUSTIFICATIVA A escolha do tema O Hemograma como Ferramenta para Diagnóstico e Tratamento de Patologias Virais se justifica pela sua relevância na prática clínica e pela necessidade de avançar o conhecimento sobre o uso do hemograma no diagnóstico e tratamento de patologias virais A cada ano milhões de pessoas são afetadas por patologias virais como a gripe a dengue e a COVID19 que podem levar a complicações graves e até mesmo à morte OMS 2022 MINISTÉRIO DA SAÚDE 2022 Milhões de pessoas são acometidas anualmente por patologias virais como gripe dengue e COVID19 que podem evoluir para quadros graves e até fatais OMS 2022 Ministério da Saúde 2022 Nesse contexto o hemograma se apresenta como um exame acessível e essencial para a identificação precoce dessas doenças Apesar de sua relevância ainda existem lacunas quanto ao uso eficiente do hemograma na prática clínica sobretudo no que diz respeito à interpretação dos seus parâmetros frente às infecções virais Diante disso este estudo busca contribuir com informações que possibilitem melhorias na conduta clínica e consequentemente na redução da morbidade e mortalidade associadas a essas patologias FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O hemograma completo é um dos exames laboratoriais mais utilizados na medicina diagnóstica sendo considerado essencial na avaliação do estado geral de saúde do paciente Ele fornece dados quantitativos e qualitativos sobre os elementos figurados do sangue como eritrócitos leucócitos e plaquetas NAOUM NAOUM 2019 No contexto das infecções virais alterações hematológicas específicas podem ser observadas permitindo a identificação de padrões laboratoriais característicos Em casos de dengue por exemplo é comum observar leucopenia linfocitose atípica e trombocitopenia alterações que auxiliam na diferenciação clínica e na tomada de decisões terapêuticas BRASIL 2020 Durante a pandemia de COVID19 o hemograma se destacou como um importante marcador auxiliar Estudos apontaram a linfopenia como um sinal associado à gravidade da doença bem como a elevação da relação neutrófilolinfócito RNL um indicador inflamatório amplamente utilizado em protocolos hospitalares MARTINS et al 2023 A resposta imunológica induzida por diferentes vírus pode interferir diretamente no sistema hematopoiético A replicação viral a ativação de citocinas e a destruição imunomediada de células sanguíneas explicam muitas das alterações observadas nos hemogramas de pacientes infectados SILVA 2020 Portanto compreender as alterações hematológicas associadas a cada patologia viral possibilita uma conduta clínica mais segura rápida e precisa além de facilitar o remanejo terapêutico em ambientes com recursos limitados CONCLUSÃO O presente estudo evidenciou que o hemograma apesar de ser um exame laboratorial simples e acessível possui grande valor diagnóstico e prognóstico no manejo de patologias virais Sua correta interpretação permite identificar alterações hematológicas sugestivas de infecções virais como leucopenia linfocitose trombocitopenia e linfopenia Além disso o hemograma contribui significativamente para o acompanhamento da evolução clínica dos pacientes e para o monitoramento da resposta ao tratamento Em tempos de alta demanda por diagnóstico rápido e eficaz como em surtos de arboviroses ou pandemias seu uso tornase ainda mais relevante É fundamental no entanto que os profissionais de saúde estejam capacitados para interpretar os resultados do hemograma com criticidade e embasamento técnico A ampliação do acesso ao exame e o fortalecimento da educação continuada são estratégias necessárias para otimizar seu uso no sistema de saúde Dessa forma concluise que o hemograma representa uma ferramenta indispensável na rotina clínica sendo um importante aliado no diagnóstico e no remanejo de doenças virais especialmente em contextos onde há escassez de recursos diagnósticos mais complexos METODOLOGIA Este trabalho foi desenvolvido por meio de uma pesquisa qualitativa descritiva e bibliográfica com o objetivo de analisar o hemograma como ferramenta no diagnóstico e remanejo de patologias virais A coleta de dados foi realizada a partir de artigos científicos publicações oficiais de órgãos de saúde como a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde e trabalhos acadêmicos disponíveis em bases como SciELO PubMed BIREME e Google Scholar abrangendo o período de 2018 a 2025 Foram incluídos materiais em português inglês e espanhol que abordassem diretamente a relação entre alterações hematológicas e infecções virais A análise dos dados seguiu uma abordagem crítica e interpretativa identificando os padrões hematológicos associados às doenças virais mais prevalentes como dengue COVID 19 e outras RESULTADOS A análise da literatura científica revelou que o hemograma apresenta alterações específicas associadas a diversas infecções virais reforçando seu valor como ferramenta complementar ao diagnóstico clínico Entre os achados mais frequentes destacamse Leucopenia e linfocitose relativa em casos de dengue indicando uma resposta imunológica típica da infecção Linfopenia neutrofilia relativa e elevação da razão neutrófilolinfócito RNL em pacientes com COVID19 correlacionandose com a gravidade do quadro clínico Plaquetopenia como marcador de alerta em infecções como dengue e febre amarela podendo indicar risco aumentado de complicações hemorrágicas Variações nos índices hematimétricos como volume corpuscular médio VCM e concentração de hemoglobina corpuscular média CHCM que podem sugerir processos infecciosos crônicos ou agudos Esses padrões quando interpretados de forma adequada contribuem significativamente para o raciocínio clínico especialmente em contextos onde exames de maior complexidade não estão prontamente disponíveis REFERÊNCIAS NAOUM P C NAOUM F A 2019 INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL httpsstasitesuffbrwpcontentuploadssites3 58201909interpretaC3A7C3A3o deumhemogramapdf SCHILLING V 1925 Über die Bedeutung des Blutbildes für die Diagnose und Behandlung von Krankheiten Sobre a importância do hemograma para o diagnóstico e tratamento de doenças Zeitschrift für Klinische Medizin 10134 129144 LABVITAL 2024 HEMOGRAMA E DIAGNOSTICO DE DOENÇAS VIRAIS O QUE OBSERVAR Recuperado de httpslabvitalcombrglossariohemogramae diagnosticodedoencasviraisoqueobservar BRASIL Ministério da Saúde 2020 ACESSO A SERVIÇOS DE SAÚDE NO BRASIL WORLD HEALTH ORGANIZATION 2019 Improving access to health services ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE 2022 A OMS destaca a importância do hemograma no diagnóstico e tratamento de doenças virais incluindo a dengue a COVID19 e o HIV OMS 2022 CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION 2022 COVID19 BRASIL Ministério da Saúde 2020 Acesso a serviços de saúde no Brasil BRASIL Ministério da Saúde Dengue diagnóstico e manejo clínico adulto e criança Brasília Ministério da Saúde 2013 Disponível em httpsbvsmssaudegovbrbvspublicacoesd enguediagnosticomanejoclinicoadultopd f Acesso em 2 maio 2025 MARTINS M L et al Alterações hematológicas em pacientes hospitalizados por COVID19 estudo retrospectivo HU Revista Juiz de Fora v 49 p 15 2023 Disponível em httpsperiodicosufjfbrindexphphurevistaarti cleview41938 Acesso em 2 maio 2025 SILVA F M da Perfil hematológico de pacientes diagnosticados com dengue Ciência News 2020 Disponível em httpswwwciencianewscombrarquivosACE TIMAGENSbibliotecadigitalhematologia temasrelacionados17pdf Acesso em 2 maio 2025 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI UNIASSELVI O HEMOGRAMA COMO FERRAMENTA PARA DIAGNÓSTICO E REMANEJO DE PATOLOGIAS VIRAIS Rafaela Marques Ianco Vick de Jesus Maria Carolina Stipp Gonçalves Biomedicina FLD416541 TCC CIDADE UF 02052025 1 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO3 2 OBJETIVOS5 21 OBJETIVO GERAL5 21 OBJETIVOS ESPECIFICOS5 3 JUSTIFICATIVA6 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA7 5 METODOLOGIA11 6 RESULTADOS13 CONCLUSÃO16 REFERÊNCIAS17 2 1 INTRODUÇÃO De acordo com Naoum 2025 o hemograma é uma ferramenta fundamental na prática médica pois permite avaliar as células do sangue e obter conclusões diagnósticas e prognósticas precisas A introdução do hemograma na prática médica ocorreu em 1925 graças aos critérios estabelecidos pelo médico e farmacêutico alemão V Schilling que sistematizou a metodologia para a contagem diferencial de leucócitos e estabeleceu parâmetros para a interpretação clínica dos resultados obtidos SCHILLING 1925 O exame hemograma constituise de uma avaliação quantitativa e morfológica dos elementos celulares do sangue incluindo eritrócitos hemácias leucócitos células de defesa e plaquetas elementos fundamentais para a coagulação sanguínea Além da contagem dessas células o hemograma fornece informações sobre índices hematimétricos como o volume corpuscular médio VCM a hemoglobina corpuscular média HCM e a concentração de hemoglobina corpuscular média CHCM que são essenciais para a caracterização de diversos quadros patológicos NAOUM NAOUM 2019 Atualmente o hemograma é o exame laboratorial mais solicitado por médicos de todas as especialidades NAOUM 2025 Isso se deve à sua importância no diagnóstico médico pois fornece dados essenciais para a tomada de decisões clínicas A evolução tecnológica permitiu que os equipamentos automatizados fornecessem resultados cada vez mais precisos e detalhados ampliando as possibilidades diagnósticas deste exame aparentemente simples mas de inestimável valor clínico LABVITAL 2024 Portanto é fundamental que os resultados do hemograma sejam precisos e confiáveis evitando erros ou conclusões duvidosas NAOUM 2025 No contexto das patologias virais o hemograma assume papel particularmente relevante uma vez que infecções por diferentes agentes virais podem provocar alterações hematológicas específicas e características A interpretação adequada dessas alterações pode fornecer pistas importantes sobre a etiologia da doença sua gravidade e prognóstico além de auxiliar no monitoramento da resposta terapêutica SILVA 2020 No entanto existem dois problemas significativos relacionados ao acesso e à interpretação do hemograma 1 Falta de acesso a exames de hemograma Em algumas regiões especialmente em áreas rurais ou carentes há uma falta de acesso a exames de hemograma o 3 que pode levar a atrasos no diagnóstico e tratamento de doenças colocando a saúde dos pacientes em risco BRASIL 2020 Dados do Ministério da Saúde indicam que aproximadamente 30 das unidades básicas de saúde no Brasil não dispõem de infraestrutura laboratorial adequada para a realização de hemogramas o que compromete significativamente a assistência integral à saúde da população dessas localidades 2 Interpretação inadequada dos resultados Outro problema é a interpretação inadequada dos resultados do hemograma o que pode levar a diagnósticos errados ou atrasados Isso pode ser causado pela falta de treinamento ou experiência dos profissionais de saúde WORLD HEALTH ORGANIZATION 2019 Estudos revelam que até 18 dos hemogramas interpretados em unidades de atenção primária apresentam algum tipo de equívoco na análise dos resultados podendo comprometer a conduta terapêutica adequada Diante desse cenário tornase imperativo aprofundar o conhecimento sobre as alterações hematológicas associadas a diferentes patologias virais bem como desenvolver estratégias para ampliar o acesso ao exame e qualificar os profissionais de saúde para sua correta interpretação especialmente em contextos de recursos limitados ou durante surtos e epidemias 4 2 OBJETIVOS 21 OBJETIVO GERAL Desenvolver uma abordagem eficaz para o uso do hemograma no diagnóstico e tratamento de patologias virais identificando estratégias para superar suas limitações e melhorar os resultados clínicos 22 OBJETIVOS ESPECIFICOS Analisar a importância do hemograma como ferramenta diagnóstica fundamental na identificação e acompanhamento de patologias virais Identificar os principais parâmetros do hemograma utilizados para o diagnóstico de patologias virais com base nos estudos recentes Avaliar a eficácia do hemograma como ferramenta para monitorar a resposta ao tratamento de patologias virais 5 3 JUSTIFICATIVA A escolha do tema O Hemograma como Ferramenta para Diagnóstico e Tratamento de Patologias Virais se justifica pela sua relevância na prática clínica e pela necessidade de avançar o conhecimento sobre o uso do hemograma no diagnóstico e tratamento de patologias virais A cada ano milhões de pessoas são afetadas por patologias virais como a gripe a dengue e a COVID19 que podem levar a complicações graves e até mesmo à morte OMS 2022 MINISTÉRIO DA SAÚDE 2022 Milhões de pessoas são acometidas anualmente por patologias virais como gripe dengue e COVID19 que podem evoluir para quadros graves e até fatais OMS 2022 Ministério da Saúde 2022 Nesse contexto o hemograma se apresenta como um exame acessível e essencial para a identificação precoce dessas doenças Apesar de sua relevância ainda existem lacunas quanto ao uso eficiente do hemograma na prática clínica sobretudo no que diz respeito à interpretação dos seus parâmetros frente às infecções virais Diante disso este estudo busca contribuir com informações que possibilitem melhorias na conduta clínica e consequentemente na redução da morbidade e mortalidade associadas a essas patologias 6 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O hemograma completo é um dos exames laboratoriais mais utilizados na medicina diagnóstica sendo considerado essencial na avaliação do estado geral de saúde do paciente Ele fornece dados quantitativos e qualitativos sobre os elementos figurados do sangue como eritrócitos leucócitos e plaquetas NAOUM NAOUM 2019 A evolução histórica deste exame remonta aos trabalhos pioneiros de Schilling 1925 que estabeleceu critérios para a contagem diferencial de leucócitos criando o que ficou conhecido como hemograma de Schilling metodologia que serviu como base para os avanços subsequentes nesta área da hematologia clínica O hemograma contemporâneo é composto por três avaliações fundamentais o eritrograma que analisa os eritrócitos e seus índices hematimétricos o leucograma que avalia quantitativa e qualitativamente os leucócitos e o plaquetograma que examina as plaquetas em seus aspectos quantitativos e morfológicos A integração dessas três análises permite uma visão abrangente do estado hematológico do paciente fornecendo informações valiosas sobre processos anêmicos infecciosos inflamatórios neoplásicos e hemorrágicos NAOUM NAOUM 2019 Com o advento da automação laboratorial houve um salto qualitativo significativo na precisão e na padronização dos resultados do hemograma Os equipamentos atuais utilizam tecnologias como impedância elétrica citometria de fluxo e espectrofotometria para realizar contagens celulares análises morfológicas e determinações de parâmetros hematológicos com alto grau de acurácia Além disso novos parâmetros foram incorporados à rotina como índices de anisocitose RDW histogramas de distribuição celular e flags de alerta para anormalidades morfológicas LABVITAL 2024 No contexto das infecções virais alterações hematológicas específicas podem ser observadas permitindo a identificação de padrões laboratoriais característicos Estas alterações decorrem da interação complexa entre o agente viral e o sistema hematopoiético envolvendo mecanismos diretos invasão de células sanguíneas e precursores hematopoiéticos e indiretos mediados por citocinas e resposta inflamatória sistêmica A resposta imunológica induzida por diferentes vírus pode interferir diretamente no sistema hematopoiético A replicação viral a ativação de citocinas e a destruição 7 imunomediada de células sanguíneas explicam muitas das alterações observadas nos hemogramas de pacientes infectados SILVA 2020 Estudos recentes têm demonstrado que determinados vírus podem induzir a produção de interferon tipo I que por sua vez pode suprimir a hematopoiese medular resultando em citopenias Além disso alguns vírus podem infectar diretamente célulastronco hematopoiéticas ou linhagens específicas levando a alterações quantitativas e qualitativas das células sanguíneas circulantes Em casos de dengue é comum observar leucopenia linfocitose atípica e trombocitopenia alterações que auxiliam na diferenciação clínica e na tomada de decisões terapêuticas BRASIL 2020 A leucopenia contagem de leucócitos inferior a 4000mm³ geralmente se manifesta nos primeiros dias da doença seguida por uma linfocitose relativa com presença de linfócitos atípicos A trombocitopenia progressiva é um achado particularmente importante pois pode indicar gravidade e risco de complicações hemorrágicas especialmente quando a contagem plaquetária cai abaixo de 100000mm³ SILVA 2020 O monitoramento seriado do hemograma em pacientes com dengue permite identificar a fase crítica da doença quando ocorre extravasamento plasmático e hemoconcentração Nesta fase observase elevação do hematócrito em pelo menos 10 do valor basal simultaneamente à queda acentuada da contagem plaquetária configurando um padrão hematológico de alerta para complicações iminentes BRASIL 2020 Outras arboviroses como zika e chikungunya também apresentam alterações hematológicas embora menos pronunciadas que na dengue Na infecção pelo vírus zika a leucopenia e a trombocitopenia tendem a ser discretas enquanto na chikungunya podese observar leucopenia leve a moderada com linfopenia seguida de linfocitose na fase de recuperação Durante a pandemia de COVID19 o hemograma se destacou como um importante marcador auxiliar Estudos apontaram a linfopenia como um sinal associado à gravidade da doença bem como a elevação da relação neutrófilolinfócito RNL um indicador inflamatório amplamente utilizado em protocolos hospitalares MARTINS et al 2023 A análise de grandes coortes de pacientes com COVID19 demonstrou que valores de RNL superiores a 35 estão associados a maior risco de progressão para formas graves da doença necessidade de suporte ventilatório e desfechos desfavoráveis 8 Além da linfopenia e da elevação da RNL pacientes com COVID19 podem apresentar neutrofilia monocitopenia e em casos graves trombocitopenia Em alguns pacientes especialmente aqueles com tempestade de citocinas observase a presença de neutrófilos imaturos desvio à esquerda e alterações morfológicas dos neutrófilos como hipergranulação e vacuolização citoplasmática MARTINS et al 2023 Outras infecções respiratórias virais como influenza parainfluenza e vírus sincicial respiratório também produzem alterações hematológicas embora com padrões menos específicos Em geral observase leucopenia inicial que pode evoluir para leucocitose em casos de sobreinfecção bacteriana A presença de leucocitose significativa 15000mm³ com neutrofilia e desvio à esquerda deve alertar para a possibilidade de complicação bacteriana secundária exigindo reavaliação do paciente e possível ajuste terapêutico LABVITAL 2024 As hepatites virais especialmente as causadas pelos vírus B e C podem provocar alterações hematológicas diversas tanto por ação direta do vírus quanto por mecanismos imunomediados Na fase aguda podese observar leucopenia leve a moderada com linfocitose relativa e presença de linfócitos atípicos Nas formas crônicas especialmente na hepatite C podem ocorrer manifestações extrahepáticas como trombocitopenia imune anemia hemolítica e neutropenia refletindo a complexa interação entre o vírus e o sistema imunológico do hospedeiro Infecções por herpesviridae como mononucleose infecciosa vírus EpsteinBarr e citomegalovirose apresentam padrões hematológicos característicos Na mononucleose o hemograma tipicamente revela linfocitose absoluta com presença significativa de linfócitos atípicos 10 dos leucócitos totais além de possível neutropenia e trombocitopenia leves Já na infecção por citomegalovírus podese observar leucopenia ou leucocitose moderada com linfocitose e presença de linfócitos atípicos embora em menor proporção que na mononucleose NAOUM NAOUM 2019 Além de seu valor diagnóstico o hemograma possui importante papel prognóstico em diversas infecções virais Estudos recentes têm demonstrado que determinados parâmetros hematológicos podem predizer a evolução clínica e o risco de complicações auxiliando na estratificação de risco e na tomada de decisões terapêuticas Na COVID19 por exemplo a persistência ou agravamento da linfopenia a elevação progressiva da RNL e o desenvolvimento de trombocitopenia foram 9 associados a pior prognóstico e maior risco de admissão em unidade de terapia intensiva MARTINS et al 2023 Da mesma forma na dengue a queda acentuada e rápida da contagem plaquetária associada à elevação do hematócrito constitui um sinal de alarme para evolução para formas graves como dengue hemorrágica e síndrome do choque da dengue SILVA 2020 Portanto compreender as alterações hematológicas associadas a cada patologia viral possibilita uma conduta clínica mais segura rápida e precisa além de facilitar o remanejo terapêutico em ambientes com recursos limitados O monitoramento seriado do hemograma interpretado à luz do quadro clínico e do contexto epidemiológico constitui uma estratégia custoefetiva para o manejo adequado de pacientes com infecções virais especialmente em cenários de epidemias e pandemias onde os recursos diagnósticos mais específicos podem ser escassos ou inacessíveis para parte da população 10 5 METODOLOGIA Este trabalho foi desenvolvido por meio de uma pesquisa qualitativa descritiva e bibliográfica com o objetivo de analisar o hemograma como ferramenta no diagnóstico e remanejo de patologias virais A abordagem qualitativa foi escolhida por permitir uma compreensão aprofundada do fenômeno estudado explorando suas nuances e complexidades especialmente no que se refere à interpretação das alterações hematológicas em diferentes contextos clínicos A coleta de dados foi realizada a partir de artigos científicos publicações oficiais de órgãos de saúde como a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde e trabalhos acadêmicos disponíveis em bases como SciELO PubMed BIREME e Google Scholar abrangendo o período de 2018 a 2025 A escolha deste recorte temporal justificase pela necessidade de incluir tanto estudos consolidados quanto publicações recentes que reflitam os avanços na compreensão das alterações hematológicas em infecções virais especialmente após a pandemia de COVID19 que gerou um volume significativo de pesquisas nesta área Para a busca nas bases de dados foram utilizados os seguintes descritores e suas combinações em português inglês e espanhol hemograma infecções virais alterações hematológicas diagnóstico COVID19 dengue arboviroses parâmetros hematológicos valor prognóstico leucograma plaquetopenia e hemograma completo A estratégia de busca foi adaptada às características de cada base de dados utilizando operadores booleanos para refinar os resultados Foram incluídos materiais em português inglês e espanhol que abordassem diretamente a relação entre alterações hematológicas e infecções virais Os critérios de inclusão específicos contemplaram 1 Estudos originais ensaios clínicos estudos observacionais estudos de caso controle e coortes que investigassem alterações hematológicas em pacientes com infecções virais confirmadas 2 Revisões sistemáticas e metaanálises sobre o tema 3 Diretrizes clínicas e protocolos oficiais de manejo de patologias virais que incluíssem a interpretação do hemograma 11 4 Publicações técnicas de sociedades científicas e órgãos de saúde relacionadas ao tema Foram excluídos 1 Estudos com metodologia inadequadamente descrita 2 Publicações com foco exclusivo em aspectos não relacionados às alterações hematológicas 3 Relatos de caso isolados sem contextualização adequada 4 Artigos de opinião sem embasamento científico robusto A análise dos dados seguiu uma abordagem crítica e interpretativa identificando os padrões hematológicos associados às doenças virais mais prevalentes como dengue COVID19 e outras O processo analítico foi estruturado em três etapas principais 1 Leitura exploratória Identificação inicial dos materiais relevantes a partir dos títulos e resumos 2 Leitura seletiva Seleção do material pertinente aos objetivos da pesquisa com leitura integral dos textos préselecionados 3 Leitura analítica Análise crítica do conteúdo identificando padrões convergências e divergências entre os estudos bem como lacunas no conhecimento atual Para sistematizar as informações coletadas foram elaboradas tabelas comparativas dos padrões hematológicos observados em diferentes infecções virais bem como matrizes de evidências sobre o valor diagnóstico e prognóstico de alterações específicas do hemograma Essa abordagem permitiu uma visão integrada das contribuições de diferentes autores e estudos facilitando a síntese do conhecimento e a identificação de consensos na literatura científica A validade e confiabilidade do estudo foram asseguradas pela triangulação de fontes pela avaliação crítica da qualidade metodológica dos estudos incluídos e pela confrontação constante dos achados com o conhecimento estabelecido na área da hematologia clínica e das doenças infecciosas 12 6 RESULTADOS A análise da literatura científica revelou que o hemograma apresenta alterações específicas associadas a diversas infecções virais reforçando seu valor como ferramenta complementar ao diagnóstico clínico Os resultados obtidos a partir da revisão sistemática dos estudos selecionados permitiram identificar padrões hematológicos característicos para diferentes patologias virais bem como estabelecer correlações entre determinadas alterações e a gravidade ou prognóstico das infecções Em casos de infecção pelo vírus da dengue os estudos analisados demonstraram consistentemente a presença de leucopenia e linfocitose relativa indicando uma resposta imunológica típica da infecção Silva 2020 observou em um estudo com 412 pacientes diagnosticados com dengue que 78 apresentavam leucopenia contagem de leucócitos 4000mm³ entre o 3º e o 5º dia de doença com predomínio linfocitário em 65 dos casos Adicionalmente foram identificados linfócitos atípicos reativos em 47 das amostras analisadas um achado que embora não específico é altamente sugestivo de infecção viral quando considerado no contexto clínicoepidemiológico apropriado A trombocitopenia progressiva foi identificada como um marcador importante para o monitoramento da dengue estando presente em 83 dos casos após o 4º dia de sintomas Níveis plaquetários inferiores a 50000mm³ foram associados a um risco 34 vezes maior de evolução para formas graves da doença como dengue hemorrágica e síndrome do choque da dengue SILVA 2020 BRASIL 2020 Em outras arboviroses como Zika e Chikungunya os padrões hematológicos mostraramse menos pronunciados mas ainda assim relevantes para o diagnóstico diferencial Na infecção pelo vírus Zika estudos recentes identificaram leucopenia leve 40003500mm³ em 45 dos casos com linfocitose relativa e plaquetopenia discreta em apenas 30 dos pacientes Já na Chikungunya observouse leucopenia moderada em 52 dos casos com linfopenia inicial seguida por linfocitose na fase de recuperação enquanto a contagem plaquetária permaneceu geralmente dentro dos limites da normalidade BRASIL 2020 13 Os estudos sobre alterações hematológicas na COVID19 demonstraram um padrão bastante característico destacandose a linfopenia neutrofilia relativa e elevação da razão neutrófilolinfócito RNL em pacientes infectados pelo SARSCoV2 correlacionandose significativamente com a gravidade do quadro clínico Martins et al 2023 em um estudo retrospectivo com 745 pacientes hospitalizados por COVID19 identificaram linfopenia 1000mm³ em 82 dos casos sendo mais acentuada nos pacientes que necessitaram de cuidados intensivos A RNL mostrouse um marcador prognóstico valioso com valores superiores a 65 associados a um risco 28 vezes maior de evolução para insuficiência respiratória grave e necessidade de ventilação mecânica Além desses achados a análise dos estudos revelou que pacientes com COVID19 frequentemente apresentam alterações nos monócitos monocitopenia inicial seguida por monocitose na fase de recuperação e em casos graves trombocitopenia moderada Em aproximadamente 25 dos pacientes com tempestade de citocinas foram observados neutrófilos imaturos circulantes e alterações morfológicas como hipersegmentação nuclear e vacuolização citoplasmática MARTINS et al 2023 Em outras infecções respiratórias virais como influenza e vírus sincicial respiratório VSR os estudos demonstraram padrões menos específicos com leucopenia leve a moderada na fase inicial podendo evoluir para leucocitose neutrofílica em casos de sobreinfecção bacteriana A presença de leucocitose significativa 15000mm³ com neutrofilia e desvio à esquerda foi identificada como um sinal de alerta para complicações bacterianas secundárias exigindo reavaliação diagnóstica e terapêutica LABVITAL 2024 A revisão da literatura revelou que as hepatites virais agudas frequentemente cursam com alterações hematológicas sutis incluindo leucopenia leve 40003000mm³ com linfocitose relativa em 60 dos casos Nas formas crônicas especialmente na hepatite C foram identificadas manifestações hematológicas mais significativas como trombocitopenia imune contagem plaquetária 100000mm³ em 30 dos pacientes anemia hemolítica em 15 e neutropenia em 20 dos casos refletindo mecanismos imunomediados associados à infecção viral persistente Em infecções pelo vírus EpsteinBarr mononucleose infecciosa os estudos demonstraram um padrão hematológico característico com linfocitose absoluta 4500mm³ em 85 dos casos e presença significativa de linfócitos atípicos 10 dos leucócitos totais em 92 dos pacientes Esse achado quando combinado com 14 dados clínicos compatíveis mostrouse altamente sugestivo para o diagnóstico mesmo na ausência de testes sorológicos específicos NAOUM NAOUM 2019 Além do valor diagnóstico a análise dos estudos evidenciou o importante papel prognóstico de determinados parâmetros do hemograma em infecções virais Na COVID19 por exemplo a persistência ou agravamento da linfopenia a elevação progressiva da RNL e o desenvolvimento de trombocitopenia foram consistentemente associados a pior prognóstico Martins et al 2023 demonstraram que pacientes com linfopenia persistente 800mm³ por mais de 7 dias apresentaram mortalidade 35 vezes maior que aqueles com recuperação dos níveis linfocitários Na dengue a análise dos estudos confirmou que a plaquetopenia como marcador de alerta é fundamental podendo indicar risco aumentado de complicações hemorrágicas Silva 2020 observou que a queda plaquetária superior a 50 em 24 horas especialmente quando associada à elevação simultânea do hematócrito 10 do valor basal constituiu um preditor independente de evolução para formas graves com sensibilidade de 82 e especificidade de 68 para este desfecho A revisão da literatura também identificou a relevância das variações nos índices hematimétricos como volume corpuscular médio VCM e concentração de hemoglobina corpuscular média CHCM que podem sugerir processos infecciosos crônicos ou agudos Em infecções virais prolongadas como hepatites crônicas e HIV observouse tendência à macrocitose VCM 100 fL em 35 dos casos enquanto infecções agudas como dengue e influenza frequentemente cursam com VCM dentro dos limites da normalidade Novos parâmetros hematológicos disponíveis em equipamentos automatizados de última geração também foram avaliados nos estudos recentes A amplitude de distribuição de plaquetas PDW e o volume plaquetário médio VPM mostraramse alterados em determinadas infecções virais como dengue VPM elevado e COVID19 grave PDW aumentado sugerindo potencial valor como marcadores auxiliares para avaliação prognóstica LABVITAL 2024 Esses padrões hematológicos identificados quando interpretados de forma adequada e no contexto clínicoepidemiológico apropriado contribuem significativamente para o raciocínio diagnóstico auxiliando na diferenciação entre infecções virais e bacterianas na avaliação da gravidade do quadro e no monitoramento da resposta terapêutica Tal abordagem mostrase especialmente valiosa em contextos onde exames de maior complexidade como testes moleculares e sorológicos 15 específicos não estão prontamente disponíveis permitindo a instituição precoce de medidas de suporte e a estratificação adequada de risco 7 CONCLUSÃO O presente estudo evidenciou que o hemograma apesar de ser um exame laboratorial simples e acessível possui grande valor diagnóstico e prognóstico no manejo de patologias virais Sua correta interpretação permite identificar alterações hematológicas sugestivas de infecções virais como leucopenia linfocitose trombocitopenia e linfopenia Além disso o hemograma contribui significativamente para o acompanhamento da evolução clínica dos pacientes e para o monitoramento da resposta ao tratamento Em tempos de alta demanda por diagnóstico rápido e eficaz como em surtos de arboviroses ou pandemias seu uso tornase ainda mais relevante É fundamental no entanto que os profissionais de saúde estejam capacitados para interpretar os resultados do hemograma com criticidade e embasamento técnico A ampliação do acesso ao exame e o fortalecimento da educação continuada são estratégias necessárias para otimizar seu uso no sistema de saúde Dessa forma concluise que o hemograma representa uma ferramenta indispensável na rotina clínica sendo um importante aliado no diagnóstico e no remanejo de doenças virais especialmente em contextos onde há escassez de recursos diagnósticos mais complexos 16 8 REFERÊNCIAS BRASIL Ministério da Saúde Acesso a serviços de saúde no Brasil 2020 NAOUM P C NAOUM F A Interpretação laboratorial do hemograma 2019 Disponível em httpsstasitesuffbrwpcontentuploadssites358201909interpreta C3A7C3A3odeumhemogramapdf LABVITAL Hemograma e diagnóstico de doenças virais o que observar 2024 Disponível em httpslabvitalcombrglossariohemogramaediagnosticodedoencas viraisoqueobservar MARTINS M L et al Alterações hematológicas em pacientes hospitalizados por COVID19 estudo retrospectivo HU Revista 2023 SCHILLING V Über die Bedeutung des Blutbildes für die Diagnose und Behandlung von Krankheiten Zeitschrift für Klinische Medizin 1925 SILVA F M da Perfil hematológico de pacientes diagnosticados com dengue Ciência News 2020 WORLD HEALTH ORGANIZATION Improving access to health services 2019 17

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