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Engenharia Civil ·

Instalações Elétricas

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS NBR 5410 2004 Luz Calor Choque Elétrico Corrente Elétrica Tensão Elétrica Potência Elétrica Tensão e Corrente Elétrica Nos condutores existem partículas invisíveis chamadas elétrons livres que estão em constante movimento de forma desordenada Para que estes elétrons livres passem a se movimentar de forma ordenada nos condutores é necessário ter uma força que os empurre A esta força é dado o nome de tensão elétrica U Esse movimento ordenado dos elétrons livres nos condutores provocado pela ação da tensão forma uma corrente de elétrons Essa corrente de elétrons livres é chamada de corrente elétrica I Tensão É a força que impulsiona os elétrons livres nos condutores Sua unidade de medida é o volt V Corrente Elétrica É o movimento ordenado dos elétrons livres nos condutores Sua unidade de medida é o ampère A Potência Elétrica Agora para entender potência elétrica observe novamente o desenho A tensão elétrica faz movimentar os elétrons de forma ordenada dando origem à corrente elétrica Tendo a corrente elétrica a lâmpada se acende e se aquece com uma certa intensidade Essa intensidade de luz e calor percebida por nós efeitos nada mais é do que a potência elétrica que foi trasformada em potência luminosa luz e potência térmica calor É importante gravar Para haver potência elétrica é necessário haver Tensão Elétrica Corrente Elétrica Agora qual é a unidade de medida da potência elétrica Muito simples a intensidade da tensão é medida em volts V a intensidade da corrente é medida em ampère A Então como a potência é o produto da ação da tensão e da corrente a sua unidade de medida é o voltampère VA A essa potência dáse o nome de potência aparente A potência aparente é composta por duas parcelas POTÊNCIA ATIVA POTÊNCIA REATIVA POTÊNCIA ATIVA A potência ativa é a parcela efetivamente transformada em Potência Mecânica Potência Térmica Potência Luminosa A unidade de medida da potência ativa é o watt W POTÊNCIA REATIVA A potência reativa é a parcela transformada em campo magnético necessário ao funcionamento de Motores Transformadores Reatores A unidade de medida da potência reativa é o voltampère reativo Var Em projetos de instalação elétrica residencial os cálculos efetuados são baseados na potência aparente e potência ativa Portanto é importante conhecer a relação entre elas para que se entenda o que é fator de potência Sabemos que para executarmos qualquer movimento ou produzir calor luz radiação etc precisamos despender energia A energia aplicada por segundo em qualquer uma dessas atividades chamamos de potência Em eletricidade a potência é o produto da tensão pela corrente ou seja P V I ou também P R I2 Existem três tipos de potência em circuitos de corrente alternada potência ativa P V I cos Φ W potência que executa trabalho potência reativa Q V I sen Φ Var potência devida às reatâncias indutivas QL ou capacitivas QC potência aparente N ou S V x I 𝑃2 𝑄2 VA No diagrama da Figura 210 vemos que as três potências existentes num circuito de corrente alternada se compõem vetorialmente em um triângulo chamado triângulo ou diagrama de potências Q var QL Q QL QC QC S VA φ P W P Figura 210 Diagrama de potências Exemplo Uma carga monofásica alimentada por uma tensão de 220 V consome 25 amperes com um fator de potencia de 80 Calcule a potencia aparente ativa e reativa Fator de Potência Sendo a potência ativa uma parcela da potência aparente podese dizer que ela representa uma porcentagem da potência aparente que é transformada em potência mecânica térmica ou luminosa A esta porcentagem dáse o nome de fator de potência Nos projetos elétricos residenciais desejandose saber o quanto da potência aparente foi transformada em potência ativa aplicase os seguintes valores de fator de potência 10 para iluminação 08 para tomadas de uso geral potência de iluminação aparente 660VA fator de potência a ser aplicado 1 potência ativa de iluminação W 1x660VA 660W Exemplo potência de tomada de uso geral 7300VA fator de potência a ser aplicado 08 potência ativa de tomada de uso geral 08x7300VA5840W Quando o fator de potência é igual a 1 significa que toda potência aparente é transformada em potência ativa Isto acontece nos equipamentos que só possuem resistência tais como chuveiro elétrico torneira elétrica lâmpadas incandescentes fogão elétrico etc DORMITÓRIO 1 325 310 SALA 325 COZINHA 375 DORMITÓRIO 2 310 BANHEIRO 180 Á SERVIÇO 175 180 310 160 340 300 Recomendações da NBR 54102004 para o levantamento da carga de iluminação 1 Condições para se estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz Prever pelo menos um ponto de luz no teto comandado por um interruptor de parede Arandelas no banheiro devem estar distantes no mínimo 60cm do limite do boxe 2 Condições para se estabelecer a potência mínima de iluminação A carga de iluminação é feita em função da área do cômodo da residência para área igual ou inferior a 6m2 atribuir um mínimo de 100VA para área superior a 6m2 atribuir um mínimo de 100 VA para os primeiros 6m2 acrescido de 60VA para cada aumento de 4m2 inteiros NOTA a NBR 54102004 não estabelece critérios para iluminação de áreas externas em residências ficando a decisão por conta do projetista e do cliente O levantamento das potências é feito mediante uma previsão das potências cargas mínimas de iluminação e tomadas a serem instaladas possibilitando assim determinar a potência total prevista para a instalação elétrica residencial A previsão de carga deve obedecer às prescrições da NBR 54102004 item 952 A planta a seguir servirá de exemplo para o levantamento das potências Prevendo a carga de iluminação da planta residencial utilizada para o exemplo temos Dependência Dimensões área m² Potência de iluminação VA sala A 325 x 305 991 991m² 6m² 100VA 100 VA copa A 310 x 305 945 945m² 6m² 100VA 100VA cozinha A 375 x 305 1143 1143m² 6m² 4m² 100VA 60VA 160VA dormitório 1 A 325 x 340 1105 1105m² 6m² 4m² 100VA 60VA 160VA Dependência Dimensões área m² Potência de iluminação VA dormitório 1 A 325 x 340 1105 1105m² 6m² 4m² 100VA 60VA 160VA dormitório 2 A 315 x 340 1071 1071m² 6m² 4m² 100VA 60VA 160VA banho A 180 x 230 414 414m² 100VA 100VA área de serviço A 175 x 340 595 595m² 100VA 100VA hall A 180 x 100 180 180m² 100VA 100VA área externa 100VA Recomendações da NBR 54102004 para o levantamento da carga de tomadas 1 Condições para se estabelecer a quantidade mínima de pontos de tomadas Ponto de tomada é o ponto onde a conexão do equipamento à instalação elétrica é feita através de tomada corrente Um ponto de tomada pode ter uma ou mais tomadas de corrente cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m² no mínimo um ponto de tomada salas e varandas dormitórios independente da área e cômodos ou dependências com mais de 6m² no mínimo um ponto de tomada para cada 5m ou fração de perímetro espaçadas tão uniformemente quanto possível varandas pelo menos um ponto de tomada cozinhas copas copascozinhas áreas de serviço lavanderias e locais semelhantes um ponto de tomada para cada 35m ou fração de perímetro independente da área Acima da bancada da pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas de corrente no mesmo ponto ou em pontos separados banheiros no mínimo um ponto de tomada junto ao lavatório com uma distância mínima de 60cm do limite do boxe NOTA em diversas aplicações é recomendável prever uma quantidade de pontos de tomadas maior do que o mínimo calculado evitandose assim o emprego de extensões e benjamins tês que além de desperdiçarem energia podem comprometer a segurança da instalação Pontos de Tomadas de Uso Geral PTUGs Não se destinam à ligação de equipamentos específicos e nelas são sempre ligados Aparelhos Móveis ou Aparelhos Portáteis 2 Condições para se estabelecer a potência mínima de pontos de tomadas de uso geral PTUGs banheiros cozinhas copas copascozinhas áreas de serviço lavanderias e locais semelhantes atribuir no mínimo 600VA por ponto de tomada até 3 tomadas atribuir 100 VA para os excedentes demais cômodos ou dependências atribuir no mínimo 100VA por ponto de tomada 3 Condições para se estabelecer a quantidade de pontos de tomadas de uso específico PTUEs A quantidade de PTUEs é estabelecida de acordo com o número de aparelhos de utilização que sabidamente vão estar fixos em uma dada posição no ambiente Pontos de Tomadas de Uso Específico PTUEs São destinadas à ligação de equipamentos fixos e estacionários como é o caso de 4 Condições para se estabelecer a potência de pontos de tomadas de uso específico PTUEs Atribuir a potência nominal do equipamento a ser alimentado Conforme o que foi visto Para se prever a carga de pontos de tomadas é necessário primeiramente prever a sua quantidade Essa quantidade segundo os critérios é estabelecida a partir do cômodo em estudo fazendose necessário ter ou o valor da área ou o valor do perímetro ou o valor da área e do perímetro Os valores das áreas dos cômodos da planta do exemplo já estão calculados faltando o cálculo do perímetro onde este se fizer necessário para se prever a quantidade mínima de pontos de tomadas Estabelecendo a quantidade mínima de pontos de tomadas de uso geral e específico Dependência Dimensões Quantidade mínima Área m² Perímetro m PTUGs PTUEs sala 991 325x2 305x2 126 5 5 26 1 1 1 3 copa 945 310x2 305x2 123 35 35 35 18 1 1 1 1 4 cozinha 1143 375x2 305x2 136 35 35 35 31 1 1 1 1 4 1 torneira elétr 1 geladeira dormitório 1 1105 325x2 340x2 133 5 5 33 1 1 1 3 dormitório 2 1071 315x2 340x2 131 5 5 31 1 1 1 3 banho 414 OBSERVAÇÃO Área inferior a 6m² não interessa o perímetro 1 1 chuveiro elétr área de serviço 595 2 1 máquina lavar roupa hall 180 1 área externa Prevendo as cargas de pontos de tomadas de uso geral e específico Dependência Dimensões Quantidade Previsão de Carga Área m² Perímetro m PTUGs PTUEs PTUGs PTUEs sala 991 126 4 4x100VA copa 945 123 4 3x600VA 1x100VA cozinha 1143 136 4 2 3x600VA 1x100VA 1x5000W torneira 1x500w geladeira dormitório 1 1105 133 4 4x100VA dormitório 2 1071 131 4 4x100VA banho 414 1 1 1x600VA 1x5600W chuveiro área de serviço 595 2 1 2x600VA 1x1000W máq lavar hall 180 1 1x100VA área externa Obs nesses cômodos optouse por instalar uma quantidade de PTUGs maior do que a quantidade mínima calculada anteriormente Reunidos todos os dados obtidos temse o seguinte quadro Dependência Dimensões Potência de PTUGs PTUEs Área m² Perímetro m iluminação VA Quanti Potência Discrimi Potência dade VA nação W sala 991 126 100 4 400 copa 945 123 100 4 1900 cozinha 1143 136 160 4 1900 torneira 5000 geladeira 500 dormitório 1 1105 133 160 4 400 dormitório 2 1071 131 160 4 400 Dependência Dimensões Potência de PTUGs PTUEs Área m² Perímetro m iluminação VA Quanti Potência Discrimi Potência dade VA nação W banho 414 100 1 600 chuveiro 5600 área de serviço 595 100 2 1200 máq lavar 1000 hall 180 100 1 100 área externa 100 TOTAL 1080VA 6900VA 12100W potência aparente potência ativa Levantamento da Potência Total Cálculo da potência ativa de iluminação e pontos de tomadas de uso geral PTUGs Potência de iluminação 1080VA Fator de potência a ser adotado 10 1080 x 10 1080W Potência de pontos de tomadas de uso geral PTUGs 6900VA Fator de potência a ser adotado 08 6900VA x 08 5520W Cálculo da potência ativa total potência ativa de iluminação 1080W potência ativa de PTUGs 5520W potência ativa de PTUEs 12100 W 18700 W Em função da potência ativa total prevista para a residência é que se determina o tipo de fornecimento a tensão de alimentação e o padrão de entrada CATEGORIA U ATÉ 9000 W CATEGORIA D ATÉ 15000 W CATEGORIA T ATÉ 75000 W 75000 W trifásico Uma vez determinado o tipo de fornecimento podese determinar também o padrão de entrada Voltando ao exemplo Potência ativa total 18700 watts Tipo de fornecimento trifásico Conseqüentemente O padrão de entrada deverá atender ao fornecimento trifásico E o que vem a ser padrão de entrada Padrão de entrada nada mais é do que o poste com isolador de roldana bengala caixa de medição e haste de terra que devem estar instalados atendendo às especificações da norma técnica da concessionária para o tipo de fornecimento Uma vez pronto o padrão de entrada segundo as especificações da norma técnica compete à concessionária fazer a sua inspeção Estando tudo certo a concessionária instala e liga o medidor e o ramal de serviço A norma técnica referente à instalação do padrão de entrada bem como outras informações a esse respeito deverão ser obtidas junto à agência local da companhia de eletricidade Uma vez pronto o padrão de entrada e estando ligados o medidor e o ramal de serviço a energia elétrica entregue pela concessionária estará disponível para ser utilizada Rede Pública de Baixa Tensão Através do circuito de distribuição essa energia é levada do medidor até o quadro de distribuição também conhecido como quadro de luz O que vem a ser quadro de distribuição Quadro de distribuição é o centro de distribuição de toda a instalação elétrica de uma residência Ele é o centro de distribuição pois RECEBE OS CONDUTORES QUE VÊM DO MEDIDOR Segundo o item 65410 da NBR 54102004 os quadros devem ser entregues com a advertência indicada na figura a qual pode vir de fábrica ou ser afixada no local da obra Não é especificado em que material a advertência deve ser feita mas exigese que ela não deve ser facilmente removível Nele é que se encontram os dispositivos de proteção Dele é que partem os circuitos terminais que vão alimentar diretamente as lâmpadas pontos de tomadas e aparelhos elétricos Circuito 1 Iluminação social Circuito 2 Iluminação de serviço Circuito 3 PTUCs Pontos de Tomadas de Uso Geral Circuito 4 PTUCs Pontos de Tomadas de Uso Geral Circuito 5 PTUEs Pontos de Tomadas de Uso Específico ex torneira elétrica Circuito 6 PTUEs Pontos de Tomadas de Uso Específico ex chuveiro elétrico ADVERTÊNCIA 1 Quando um disjuntor ou fusível atua desligando algum circuito ou a instalação inteira a causa pode ser uma sobrecarga ou um curtocircuito Desligamentos frequentes são sinal de sobrecarga Por isso NUNCA troque seus disjuntores ou fusíveis por outros de maior corrente maior amperagem simplesmente Como regra a troca de um disjuntor ou fusível por outro de maior corrente requer antes a troca dos fios e cabos elétricos por outros de maior seção bitola 2 Da mesma forma NUNCA desative ou remova a chave automática de proteção contra choques elétricos dispositivo DR mesmo em caso de desligamentos sem causa aparente Se os desligamentos forem frequentes e principalmente se as tentativas de religar a chave não tiverem êxito isso significa muito provavelmente que a instalação elétrica apresenta anomalias internas que só podem ser identificadas e corrigidas por profissionais qualificados A DESATIVAÇÃO OU REMOÇÃO DA CHAVE SIGNIFICA A ELIMINAÇÃO DE MEDIDA PROTETORA CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS E RISCO DE VIDA PARA OS USUÁRIOS DA INSTALAÇÃO O quadro de distribuição deve estar localizado Em lugar de fácil acesso E o mais próximo possível do medidor Isto é feito para se evitar gastos desnecessários com os condutores do circuito de distribuição que são os mais grossos de toda a instalação e portanto os de maior valor Através dos desenhos a seguir você poderá enxergar os componentes e as ligações feitas no quadro de distribuição Este é um exemplo de quadro de distribuição para fornecimento bifásico Proteção Fase Neutro Disjuntor diferencial residual geral Barramento de proteção Deve ser ligado eletricamente à caixa do QD Disjuntores dos circuitos terminais bifásicos Recebem a fase do disjuntor geral e distribuem para os circuitos terminais Barramento de interligação das fases Disjuntores dos circuitos terminais monofásicos Barramento de neutro Faz a ligação dos condutores neutros dos circuitos terminais com o neutro do circuito de distribuição devendo ser isolado eletricamente da caixa do QD Um dos dispositivos de proteção que se encontra no quadro de distribuição é o disjuntor termomagnético Vamos falar um pouco a seu respeito Disjuntores termomagnéticos são dispositivos que oferecem proteção aos condutores do circuito Desligandoo automaticamente quando da ocorrência de uma sobrecorrer provocada por um curtocircuito ou sobrecarga permitem manobra manual Operandoo como um interruptor secciona somente o circuito necessário numa eventual manutenção Os disjuntores termomagnéticos têm a mesma função que as chaves fusíveis Entretanto O fusível se queima necessitando ser trocado O disjuntor desligase necessitando religálo No quadro de distribuição encontrase também o disjuntor diferencial residual ou então o interruptor diferencial residual Disjuntor Diferencial Residual É um dispositivo constituído de um disjuntor termomagnético acoplado a um outro dispositivo o diferencial residual Sendo assim ele conjuga as duas funções Podese dizer então que Disjuntor diferencial residual é um dispositivo que protege os condutores do circuito contra sobrecarga e curtocircuito e as pessoas contra choques elétricos a do disjuntor termomagnético a do dispositivo diferencial residual protege os condutores do circuito contra sobrecarga e curtocircuito protege as pessoas contra choques elétricos provocados por contatos diretos e indiretos Interruptor Diferencial Residual É um dispositivo composto de um interruptor acoplado a um outro dispositivo o diferencial residual Sendo assim ele conjuga duas funções Podese dizer então que Interruptor diferencial residual é um dispositivo que liga e desliga manualmente o circuito e protege as pessoas contra choques elétricos A DO INTERRUPTOR que liga e desliga manualmente o circuito A DO DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL INTERNO que protege as pessoas contra choques elétricos provocados por contatos diretos e indiretos Os dispositivos vistos anteriormente têm em comum o dispositivo diferencial residual DR Sua função é Proteger as pessoas contra choques elétricos provocados por contato direto e indireto CONTATO DIRETO É o contato acidental seja por falha de isolamento por ruptura ou remoção indevida de partes isolantes ou então por atitude imprudente de uma pessoa com uma parte elétrica normalmente energizada parte viva É o contato entre uma pessoa e uma parte metálica de uma instalação ou componente normalmente sem tensão mas que pode ficar energizada por falha de isolamento ou por uma falha interna CONTATO INDIRETO A seguir serão apresentados tipos de disjuntores termomagnéticos tipos de disjuntores DR de alta sensibilidade tipo de interruptor DR de alta sensibilidade Tipos de Disjuntores Termomagnéticos Os tipos de disjuntores termomagnéticos existentes no mercado são monopolares bipolares e tripolares Monopolar Bipolar Tripolar NOTA os disjuntores termomagnéticos somente devem ser ligados aos condutores fase dos circuitos Tipos de Disjuntores Diferenciais Residuais Os tipos mais usuais de disjuntores residuais de alta sensibilidade no máximo 30 mA existentes no mercado são Bipolar Tetrapolar Tipo de Interruptor Diferencial Residual Um tipo de interruptor diferencial residual de alta sensibilidade no máximo 30 mA existente no mercado é o tetrapolar figura ao lado existindo ainda o bipolar NOTA os disjuntores DR devem ser ligados aos condutores fase e neutro dos circuitos sendo que o neutro não pode ser aterrado após o DR NOTA interruptores DR devem ser utilizados nos circuitos em conjunto com dispositivos a sobrecorrente disjuntor ou fusível colocados antes do interruptor DR Os dispositivos vistos são empregados na proteção dos circuitos elétricos Mas o que vem a ser circuito elétrico Circuito Elétrico É o conjunto de equipamentos e condutores ligados ao mesmo dispositivo de proteção Em uma instalação elétrica residencial encontramos dois tipos de circuito o de distribuição e os circuitos terminais Circuito de Distribuição Liga o quadro do medidor ao quadro de distribuição Rede pública de baixa tensão Ponto de derivação Ramal de ligação 2F N Caixa de medição Origem da instalação Medidor Circuito de distribuição 2F N PE Vai para o quadro de distribuição Ramal de entrada Dispositivo geral de comando e proteção Ponto de entrega Terminal de aterramento principal Condutor de Aterramento Eletrodo de Aterramento Circuitos Terminais Partem do quadro de distribuição e alimentam diretamente lâmpadas pontos de tomadas de uso geral e pontos de tomadas de uso específico NOTA em todos os exemplos a seguir será admitido que a tensão entre FASE e NEUTRO é 127V e entre FASES é 220V Consulte as tensões oferecidas em sua região Disjuntor diferencial residual geral 2F N PE Fases Neutro Proteção PE Quadro de distribuição F N PE F N PE 2F PE F N PE F N PE 2F PE Exemplo de circuitos terminais protegidos por disjuntores termomagnéticos Circuito de Iluminação FN Disjuntor DR Barramento de proteção Neutro Fase Barramento de neutro Retorno Disjuntor monopolar se possível ligar o condutor de proteção terra à carcaça da luminária Exemplos de circuitos terminais protegidos por disjuntores DR Circuito de Iluminação Externa FN Proteção Barramento de proteção Fase Neutro Disjuntor diferencial residual bipolar Retorno Circuito de Pontos de Tomadas de Uso Geral FN Fase Neutro Proteção Barramento de proteção Disjuntor diferencial residual bipolar Exemplos de circuitos terminais protegidos por disjuntores DR Circuito de Ponto de Tomada de Uso Específico FN Fase Neutro Proteção Barramento de proteção Disjuntor diferencial residual bipolar Circuito de Ponto de Tomada de Uso Específico FF Fase Fase Proteção Barramento de proteção Disjuntor diferencial residual bipolar Exemplos de circuitos protegidos por interruptores DR Circuito de Ponto de Tomada de Uso Específico FF Fase Neutro Proteção Barramento de proteção Disjuntor termomagnético Interruptor DR Circuito de Ponto de Tomada de Uso Específico FF Barramento de proteção Interruptor DR Fase Fase Proteção Disjuntor termomagnético Exemplo de circuito de distribuição bifásico ou trifásico protegido por disjuntor termomagnético Ligação bifásica ou trifásica Fases Neutro Proteção Disjuntor ou interruptor DR tetrapolar Quadro de distribuição A instalação elétrica de uma residência deve ser dividida em circuitos terminais Isso facilita a manutenção e reduz a interferência Fases Neutro Proteção PE Quadro de distribuição FNPE FNPE 2FPE FNPE FNPE 2FPE A divisão da instalação elétrica em circuitos terminais segue critérios estabelecidos pela NBR 54102004 apresentados em seguida Critérios estabelecidos pela NBR 54102004 prever circuitos de iluminação separados dos circuitos de pontos de tomadas de uso geral PTUGs prever circuitos independentes exclusivos para cada equipamento com corrente nominal superior a 10 A Por exemplo equipamentos ligados em 127V com potências acima de 1270 VA 127V x 10 A devem ter um circuito exclusivo para si os pontos de tomadas de cozinhas copas copascozinhas áreas de serviços lavanderias e locais semelhantes devem ser alimentados por circuitos destinados unicamente a estes locais Se os circuitos ficarem muito carregados os condutores adequados para suas ligações irão resultar numa seção nominal bitola muito grande dificultando a instalação dos condutores nos eletrodutos as ligações terminais interruptores e tomadas Para que isto não ocorra uma boa recomendação é nos circuitos de iluminação e pontos de tomadas de uso geral limitar a corrente a 10 A ou seja 1270 VA em 127V ou 2200 VA em 220V Além desses critérios o projetista considera também as dificuldades referentes à execução da instalação Aplicando os critérios no exemplo em questão tabela da pág23 deverá haver no mínimo quatro circuitos terminais um para iluminação um para pontos de tomadas de uso geral dois para pontos de tomadas de uso específico chuveiro e torneira elétrica Mas tendo em vista as questões de ordem prática optouse no exemplo em dividir os circuitos de iluminação em 2 Social sala dormitório 1 dormitório 2 banheiro hall Serviço copa cozinha área de serviço área externa Os circuitos de pontos de tomadas de uso geral em 4 Social sala dormitório 1 dormitório 2 banheiro hall Serviço cozinha Serviço copa Serviço área de serviço Com relação aos circuitos de pontos de tomadas de uso específico permanecem os 2 circuitos independentes Chuveiro Elétrico Torneira Elétrica Essa divisão dos circuitos bem como suas respectivas cargas estão indicados na tabela a seguir circuito nº Tipo Tensão V Local Potência Quantidade e total Corrente nº de Seção dos Proteção Tipo pólos condutores circuitos agrupados A mm² nominal 1 Ilum social 127 Sala Dorm 1 Dorm 2 Banheiro Hall 1 x 100 1 x 160 1 x 160 1 x 100 1 x 100 620 2 Ilum serviço 127 Copa Cozinha A serviço A externa 1 x 100 1 x 160 1 x 100 1 x 100 450 3 PTUGs 127 Sala Dorm 1 Hall 4 x 100 4 x 100 1 x 100 900 4 PTUGs 127 Banheiro Dorm 2 1 x 600 4 x 100 1000 5 PTUGs 127 Copa 2 x 600 1200 6 PTUGs 127 Copa 1 x 100 1 x 600 700 7 PTUGs 127 Cozinha 2 x 600 1200 8 PTUGs PTUGs 127 Cozinha 1 x 100 1 x 600 1 x 500 1200 9 PTUGs 127 A serviço 2 x 600 1200 10 PTUGs 127 A serviço 1 x 1000 1000 11 PTUGs 220 Chuveiro 1 x 5600 5600 12 PTUGs 220 Torneira 1 x 5000 5000 Distribuição 380 Quadro de distribuição Quadro de medidor estes campos serão preenchidos no momento oportuno Como o tipo de fornecimento determinado para o exemplo é trifásico temse três fases e um neutro alimentando o quadro de distribuição Legenda ponto de luz no teto ponto de luz na parede interruptor simples interruptor paralelo ponto de tomada baixa monofásica com terra ponto de tomada média monofásica com terra cx de saida média bifásica com terra cx de saida alta bifásica com terra campainha botão de campainha NBR 5444 Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais 1989 Símbolo 100 potência de iluminação 2 número do circuito a comando Ponto de luz no teto Ponto de luz incandescente no teto Indicar o nº de lâmpadas e a potência em watts Símbolos Ponto de tomada média monofásica com terra Ponto de tomada média bifásica com terra Símbolos Caixa de saída alta monofásica com terra Caixa de saída alta bifásica com terra Símbolos Ponto de tomada baixa monofásica com terra Ponto de tomada baixa bifásica com terra Tomada de luz na parede baixo 300 mm do piso acabado Tomada de luz a meio a altura 1300 mm do piso acabado Tomada de luz alta 2000 mm do piso acabado Condutores Elétricos Classe 1 são aqueles condutores sólidos fios os quais apresentam baixo grau de flexibilidade durante o seu manuseio Classes 2 4 5 e 6 são aqueles condutores formados por vários fios cabos sendo que quanto mais alta a classe maior a flexibilidade do cabo durante o manuseio Estudos indicam que a cada 5C de temperatura no condutor em operação acima do limite máximo admitido para o cabo o mesmo tem sua vida reduzida pela metade TEMPERATURA VIDA ÚTIL Condutor de Proteção PE Condutor Terra Os Aparelhos e as Tomadas Visando uma maior segurança das instalações elétricas e melhor padronização das tomadas de uso doméstico o mercado brasileiro em breve estará padronizando a aplicação de dois modelos de tomadas conforme figuras abaixo Um para tomada até 10A e outro para tomada até 20A Conforme NBR 14136 Plugues e tomadas para plugues e tomadas para uso doméstico e análego até 20A250V em corrente alternada Fique atento às mudanças Esta característica de tomada vem de encontro ao que já era exigido o uso do condutor terra para todos os pontos de tomadas Recomendações e Exigências da NBR 54102004 A NBR 54102004 exige A utilização de proteção diferencial residual disjuntor ou interruptor de alta sensibilidade em circuitos terminais que sirvam a pontos de tomadas de corrente de uso geral e específico e pontos de iluminação em cozinhas copascozinhas lavanderias áreas de serviço garagens e no geral a todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a lavagens pontos de tomadas de corrente em áreas externas pontos de tomadas de corrente que embora instaladas em áreas internas possam alimentar equipamentos de uso em áreas externas pontos situados em locais contendo banheira ou chuveiro Aplicandose as recomendações e exigências da NBR 54102004 ao projeto utilizado como exemplo onde já se tem a divisão dos circuitos o tipo de proteção a ser empregado é apresentado no quadro abaixo Desenho Esquemático do Quadro de Distribuição DR na Proteção Geral No caso de instalação de interruptor DR na proteção geral a proteção de todos os circuitos terminais pode ser feita com disjuntor termomagnético A sua instalação é necessariamente no quadro de distribuição e deve ser precedida de proteção geral contra sobrecorrente e curto circuito Esta solução pode em alguns casos apresentar o inconveniente de o IDR disparar com mais frequência uma vez que ele sente todas as correntes de fuga naturais da instalação A NBR 54102004 também prevê a possibilidade de optar pela instalação de disjuntor DR ou interruptor DR na proteção geral A seguir serão apresentadas as regras e a devida aplicação no exemplo em questão Uma vez determinado o número de circuitos elétricos em que a instalação elétrica foi dividida e já definido o tipo de proteção de cada um chega o momento de se efetuar a sua ligação Entretanto para o planejamento do caminho que o eletroduto irá percorrer fazemse necessárias algumas orientações básicas Image of a house floor plan showing electrical symbols for various rooms including DORMITÓRIO 1 BANHEIRO DORMITÓRIO 2 A SERVIÇO SALA COPA COZINHA Determinar o local do quadro de distribuição Uma vez determinado o local para o quadro de distribuição iniciase o caminhamento partindo dele com um eletroduto em direção ao ponto de luz no teto da sala e daí para os interruptores e pontos de tomadas desta dependência Neste momento representase também o eletroduto que conterá o circuito de distribuição DORMITÓRIO 1 BANHEIRO DORMITÓRIO 2 A SERVIÇO SALA COPA COZINHA Uma vez representados os eletrodutos e sendo através deles que os condutores dos circuitos irão passar podese fazer o mesmo com a fiação representandoa graficamente através de uma simbologia própria quais cabos estão passando dentro de cada eletroduto representado Fase Neutro Proteção Retorno Entretanto para empregála primeiramente precisase identificar Proteção Fase Neutro Retorno Esta identificação é feita com facilidade desde que se saiba como são ligadas as lâmpadas interruptores e pontos de tomadas Serão apresentados a seguir os esquemas de ligação mais utilizados em uma residência 1 Ligação de uma lâmpada comandada por interruptor simples Ponto de luz Disco central Luminária metálica Base Rosqueada Retorno Interruptor simples 2 Ligação de mais de uma lâmpada com interruptores simples Fase Neutro Retorno Interruptor Simples LIGAR SEMPRE a fase ao interruptor o retorno ao contato do disco central da lâmpada o neutro diretamente ao contato da base rosqueada da lâmpada o condutor terra à luminária metálica Além disso devese escolher o tipo de linhas elétricas serão utilizadas bem como o método de instalação conforme tabela 33 da NBR 5410 Outro dado importante é o tipo de isolação dos fioscabo elétricos PVC EPR e XLPE No nosso caso usaremos o método de instalação número 7 Condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto de seção circular embutido em alvenaria Método de referencia B1 Antes de usar as tabelas devemos aplicar os fatores de correção de temperatura FCT e agrupamento FCA 6253 Temperatura ambiente 62531 O valor da temperatura ambiente a utilizar é o da temperatura do meio circundante quando o condutor considerado não estiver carregado 62532 Os valores de capacidade de condução de corrente fornecidos pelas tabelas 36 a 39 são referidos a uma temperatura ambiente de 30C para todas as maneiras de instalar exceto as linhas enterradas cujas capacidades são referidas a uma temperatura no solo de 20C 62533 Se os condutores forem instalados em ambiente cuja temperatura difira dos valores indicados em 62532 sua capacidade de condução de corrente deve ser determinada usandose as tabelas 36 a 39 com a aplicação dos fatores de correção dados na tabela 40 NOTA Os fatores de correção da tabela 40 não consideram o aumento de temperatura devido à radiação solar ou a outras radiações infravermelhas Quando os condutores forem submetidos a tais radiações as capacidades de condução de corrente devem ser calculadas pelos métodos especificados na ABNT NBR 11301 6255 Agrupamento de circuitos 62551 Os valores de capacidade de condução de corrente fornecidos pelas tabelas 36 a 39 são válidos para o número de condutores carregados que se encontra indicado em cada uma de suas colunas Para linhas elétricas contendo um total de condutores superior às quantidades indicadas nas tabelas 36 a 39 a capacidade de condução de corrente dos condutores de cada circuito deve ser determinada usandose as tabelas 36 a 39 com a aplicação dos fatores de correção pertinentes dados nas tabelas 42 a 45 fatores de agrupamento Exemplo Usaremos para uma corrente de projeto de 25 A em um ambiente com 40C em 3 circuitos agrupados usando condutores com isolação de PVC 𝐼𝐶 𝐼𝑃 𝐹𝐶𝑇 𝐹𝐶𝐴 25 087 07 41 𝐴 Conforme a tabela 33 escolheremos fio com seção de 10 mm2 e disjuntor de 50 A Voltando ao nosso projeto e ao circuito 3 IP 71 A e o agrupamento é de 3 circuitos então usaremos FCA 07 Mas a temperatura ambiente não é diferente de 30C assim FCT 1 𝐼𝐶 𝐼𝑃 𝐹𝐶𝑇 𝐹𝐶𝐴 71 1 07 101 𝐴 Usaríamos um fio de seção 075 mm2 a norma obriga a usar pelo menos 25 mm2 em circuitos de força No entanto o disjuntor permanece de 10 A No circuito 12 a corrente de projeto é 227 A e o agrupamento também é de 3 circuitos 𝐼𝐶 𝐼𝑃 𝐹𝐶𝑇 𝐹𝐶𝐴 221 1 07 316 𝐴 Aqui a tabela indica 6 mm2 e mesma forma usaremos disjuntor de 28 A Tabela 1 Circuito 3 Força Circuito 3 Força EDP PADRÃO TÉCNICO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA EM TENSÃO SECUNDÁRIA EDIFICAÇÕES INDIVIDUAIS EDP ESPÍRITO SANTO Disponível em httpswwwedpcombrmediarnodtleyptdtpdn00052v8pdf Acesso em 29082024 No caso de 3 ou mais condutores por exemplo Nesse trecho temos 8 condutores com bitola máxima de 25 considerando os circuito 2 8 e 9 O retorno faz parte do circuito 2 e tem bitola de 15 mm2 O neutro dos circuitos segue a tabela 48 que segue portanto o maior neutro tem 25 mm2 Da mesma forma conforme a tabela 58 a seguir o fio de proteção terá 25 mm2 Então escolheremos um eletroduto com diâmetro esterno de 20 mm Queda de tensão Circuito monofásico Circuito trifásico Sc Seção em mm2 ΔV queda máxima em Vfn Tensão do circuito entre fase e neutro l Comprimento do circuito em metros IB Corrente de projeto ρ Resistividade do condutor Cobre 0017 Ωmm2m Sc Seção em mm2 ΔVC queda máxima em Vff Tensão do circuito entre fase e neutro l Comprimento do circuito em metros IB Corrente de projeto ρ Resistividade do condutor Cobre 0017 Ωmm2m Exemplo Considerar o circuito 9 ΔV 5 pela norma l 12 m IB 94 A Vfn 127 V 𝑆𝐶 200 0017 12 94 5 127 06 𝑚𝑚2 O fio escolhido pelo critério da corrente tem 25 mm2 portanto o critério da queda de tensão está atendido Repetindo esse calculo para todos os circuito é possível verificar que todos os circuitos atendem ao critério da queda de tensão SISTEMAS DE ATERRAMENTO FUNÇÕES BÁSICAS E CONCEITOS IMPORTANTES 1 O que é um aterramento elétrico O termo aterramento se refere à terra propriamente dita ou a uma grande massa que se utiliza em seu lugar Quando falamos que algo está aterrado queremos dizer então que pelo menos um de seus elementos está propositalmente ligado à terra Em geral os sistemas elétricos não precisam estar ligados à terra para funcionarem e de fato nem todos os sistemas elétricos são aterrados Mas nos sistemas elétricos quando designamos as tensões geralmente elas são referidas à terra Dessa forma a terra representa um ponto de referência ou um ponto de potencial zero ao qual todas as outras tensões são referidas A terra portanto é uma boa escolha como ponto de referência zero uma vez que ela nos circunda em todos os lugares Quando alguém está de pé em contato com a terra seu corpo está aproximadamente no potencial da terra Se a estrutura metálica de uma edificação está aterrada então todos os seus componentes metálicos estão aproximadamente no potencial de terra Os objetivos do aterramento do sistema Aterrar o sistema ou seja ligar intencionalmente um condutor fase ou o que é mais comum o neutro à terra tem por objetivo controlar a tensão em relação à terra dentro de limites previsíveis Esse aterramento também fornece um caminho para a circulação de corrente que irá permitir a detecção de uma ligação indesejada entre os condutores vivos e a terra Isso provocará a operação de dispositivos automáticos que removerão a tensão nesses condutores O controle dessas tensões em relação à terra limita o esforço de tensão na isolação dos condutores diminui as interferências eletromagnéticas e permite a redução dos perigos de choque para as pessoas que poderiam entrar em contato com os condutores vivos Tudo isso resulta na proteção das pessoas e o patrimônio contra uma falta curtocircuito na instalação Em termos simples se uma das três fases de um sistema não aterrado entrar em contato com a terra intencionalmente ou não nada acontece Teoricamente nenhum disjuntor desliga o circuito nenhum equipamento pára de funcionar Os sistemas não aterrados foram muito populares nas instalações industriais na primeira metade do século 20 precisamente porque as cargas acionadas por motores que eram muito comuns na época não parariam simplesmente por causa de um curtocircuito faseterra Mas nesse tipo de sistema é que é possível energizar a carcaça metálica de um equipamento com um potencial mais elevado do que o da terra colocando as pessoas que tocarem o equipamento e um componente aterrado da estrutura simultaneamente em condições de choque Sem esquecer que o sistema de aterramento é oferece um caminho seguro controlado e de baixa impedância em direção à terra para as correntes induzidas por descargas atmosféricas Segurança pessoal Desligamento automático Controle de tensões O aterramento permite um controle das tensões desenvolvidas no solo passo toque e transferida quando um curtocircuito faseterra retoma pela terra para a fonte próxima ou quando da ocorrência de uma descarga atmosférica no local Transitórios O sistema de aterramento estabiliza a tensão durante transitórios no sistema elétrico provocados por faltas para a terra chaveamentos etc de tal forma que não apareçam sobretensões perigosas durante esses períodos que possam provocar a ruptura da isolação dos equipamentos elétricos Cargas estáticas O aterramento deve escoar cargas estáticas acumuladas em estruturas suportes e carcaças dos equipamentos em geral Equipamentos eletrônicos Especificamente para os sistemas eletrônicos o aterramento deve fornecer um plano de referência quieto sem perturbações de tal modo que eles possam operar satisfatoriamente tanto em altas quanto em baixas frequências Alguns conceitos importantes sobre aterramento 51 Tensão de contato É a tensão que pode aparecer acidentalmente quando da falha de isolação entre duas partes simultaneamente acessíveis 52 Tensão de toque Se uma pessoa toca um equipamento sujeito a uma tensão de contato pode ser estabelecida uma tensão entre mãos é pés chamada de tensão de toque Em consequência poderemos ter a passagem de uma corrente elétrica pelo braço tronco e pernas cuja duração e intensidade poderão provocar fibrilação cardíaca queimaduras ou outras lesões graves ao organismo 53 Tensão de passo Quando uma corrente elétrica é descarregada para o solo ocorre uma elevação do potencial em tomo do eletrodo de aterramento formandose um gradiente distribuição de queda de tensão cujo ponto máximo está junto ao eletrodo e o ponto mínimo muito afastado dele Se uma pessoa estiver em pé em qualquer ponto dentro da região onde há essa distribuição de potencial entre seus pés haverá uma diferença de potencial chamada de tensão de passo a qual é geralmente definida para uma distância entre pés de 1 metro Consequentemente poderá haver a circulação de uma corrente através das duas pernas geralmente de menor valor do que aquele no caso da tensão de toque porém ainda assim desagradável e que deve ser evitada Ruído de modo comum Quando todos os condutores de um sistema de sinal ou de força possuem uma diferença de potencial idêntica em relação a uma referência essa tensão é chamada de tensão ou sinal de modo comum Se essa tensão não é desejada é geralmente chamada de ruído Essa referência normalmente é a terra ou a carcaça do equipamento que podem também estar no mesmo potencial Os equipamentos eletrônicos frequentemente apresentam uma sensibilidade aguçada em relação aos ruídos de modo comum entre os condutores de alimentação força e a terra que podem afetar tanto os sinais analógicos como os digitais O ruído de modo comum ocorre quando existe uma diferença de potencial entre o terra ao qual a fonte de energia se refere e o terra ao qual o equipamento se refere Há sempre um acoplamento resistivo ou capacitivo entre os circuitos internos do equipamento e sua carcaça A diferença de potencial pode ser criada quando circula uma corrente pelo condutor de proteção ou pela terra entre a carcaça do equipamento e o aterramento da fonte de alimentação Pela terra circulam muitas correntes parasitas causando pequenas diferenças de potencial entre pontos Essas correntes podem ser de frequências diferentes da industrial 60 Hz ou mesmo se forem de frequência industrial podem conter harmônicas ou transitórios devidos a chaveamentos manobras e outros fenômenos Portanto se a carcaça do equipamento estiver ligada à terra qualquer potencial que se estabeleça entre essa ligação e o ponto de aterramento do sistema pode ser acoplado no interior do circuito eletrônico A carcaça do equipamento pode ser mantida no mesmo potencial do terra do sistema se o condutor de proteção do equipamento for de baixa impedância e não estiver ligado à terra em nenhum ponto exceto no ponto de aterramento da alimentação assim chamado de aterramento de ponto único A diferença de potencial entre os pontos de aterramento da fonte e do equipamento não deve ser suficiente para causar choques nas pessoas e não deve possibilitar o acoplamento resistivo ou capacitivo em uma intensidade tal que possa criar um ruído indesejado A ligação do aterramento do equipamento a um eletrodo que seja física e eletricamente separado dos eletrodos de aterramento do sistema elétrico e da estrutura da edificação provocará inevitavelmente um ruído de modo comum A intensidade desse ruído pode ser destrutiva para o equipamento e perigosa para as pessoas uma vez que uma falta no sistema elétrico pode elevar o potencial do sistema ou da estrutura centenas ou milhares de volts acima da referência de terra Potencial transferido O termo potencial de terra transferido referese à tensão em relação à terra que surgirá nos condutores em consequência do eletrodo de aterramento do sistema de alimentação estar acima do potencial de terra normal As maiores tensões transferidas ocorrem geralmente pelas correntes de falta à retomando à fonte via terra Os potenciais de transferência podem ser diminuídos se a resistência ou impedância de terra for reduzida ao menor valor possível A isolação dos equipamentos de baixa tensão em locais onde há potenciais diferentes em relação à terra pode ser obtida pelo emprego de dispositivos que rejeitam tensões de modo comum como transformadores de separação ou links em fibras ópticas Ligação à terra O sistema elétrico de uma aeronave em voo possui um terminal de aterramento condutores de aterramento etc sem no entanto haver terra no local Para uma pessoa trabalhando no décimo andar de um edifício que possua a sua estrutura metálica aterrada qual é o valor do potencial da terra no nível do solo não tem o menor significado Se ela for transportada para o térreo onde o piso tem contato direto com o solo então a terra se toma a sua referência mais apropriada para a qual uma tensão de toque ou de passo deve ser referenciada Dessa forma o terra de referência a ser utilizado para expressar as intensidades da tensão pode ser às vezes a terra mas em outros casos pode ser um condutor metálico de aterramento Em certas ocasiões o potencial de terra pode ser muito diferente daquele do condutor de aterramento Sendo assim é muito importante que as tensões de toque e passo sejam expressas em relação ao terra de referência mais apropriado A terra em si é um condutor elétrico muito ruim cuja resistividade é da ordem de um bilhão de vezes maior do que a de um condutor de cobre A resistência de aterramento pode ser imaginada como sendo a soma de várias resistências em série cada uma relativa a uma camada cilíndrica de terra Na prática metade da resistência total de aterramento concentrase na vizinhança imediata 15cm do eletrodo de aterramento Imagine uma resistência de aterramento de 25Ω e uma corrente de 1000A fluindo por ela Temos então entre o ponto de injeção da corrente no solo e 15cm dela uma diferença de potencial de 12500V 25Ω 2 x 1000A Uma pessoa em pé nessa região estará submetida a essa tensão de passo figura 9A A colocação de uma malha metálica aterrada nessa região à qual estejam ligadas todas as carcaças metálicas assegurará uma equipotencialidade e afastará a possibilidade da ocorrência de uma tensão de passo ou de toque perigosa figura 9B O objetivo mais amplo de um sistema de aterramento é o de se obter o mais próximo possível uma condição de diferença de potencial zero chamada de equipotencialidade entre os condutores de proteção dos equipamentos as carcaças dos equipamentos os condutos metálicos e todas as demais massas condutoras da edificação incluindo as suas ferragens estruturais e tubulações metálicas Para qualquer pessoa dentro da edificação mesmo se houver um aumento do potencial dos elementos mencionados em relação ao potencial de terra não haverá o risco de choque elétrico uma vez que todos os elementos estarão referidos ao mesmo potencial Os condutores de aterramento devem ser instalados próximos aos condutores vivos dos circuitos e não devem ser percorridos por correntes de carga normais da instalação Com isso eles irão manter a diferença de potencial zero desejada entre os diversos equipamentos Apenas quando da ocorrência de uma falta é que irá circular uma corrente pelos condutores de aterramento ocasião em que serão observadas diferenças de potencial no sistema Eletrodos de aterramento Tipos de eletrodos Basicamente os eletrodos de aterramento podem ser divididos em alguns tipos a saber a Eletrodos existentes naturais Prédios com estruturas metálicas são normalmente fixados por meio de longos parafusos a seus pés nas fundações de concreto Esses parafusos engastados no concreto servem como eletrodos enquanto que a estrutura metálica funciona como condutor de aterramento Na utilização desse sistema devese assegurar que haja uma perfeita continuidade entre todas as partes metálicas verificase a resistência de aterramento Também deve ser realizada a ligação equipotencial entre as partes metálicas que eventualmente possam estar desconectadas da estrutura principal b Eletrodos fabricados Normalmente são hastes de aterramento Quando o solo permite geralmente é mais satisfatório o uso de poucas hastes profundas do que muitas hastes curtas c Eletrodos encapsulados em concreto O concreto em contato com o solo é um meio semicondutor com resistividade da ordem de 3000Ωcm a 20 C muito melhor do que o solo propriamente dito Dessa forma a utilização dos próprios ferros da armadura da edificação colocados no interior do concreto das fundações representa uma solução pronta e de ótimos resultados Qualquer que seja o tipo de fundação devese assegurar a interligação entre os ferros das diversas sapatas formando assim um anel Esse interligação pode ser feita com o próprio ferro da estrutura embutido em concreto ou por meio do uso de cabo cobre A resistência de aterramento total obtida com o uso da ferragem da estrutura ligada em anel é muito baixa geralmente menor do que 1Ω e frequentemente ao redor de 025Ω Observese que apenas os ferros da periferia da edificação são efetivos sendo muito pequena a contribuição da estrutura interna d Outros eletrodos Quando o terreno é muito rochoso ou arenoso o solo tende a ser muito seco e de alta resistividade Caso não seja viável o uso das fundações como eletrodo de aterramento fitas metálicas ou cabos enterrados são soluções adequadas técnica e economicamente A profundidade de instalação desses eletrodos assim como as suas dimensões influenciam muito pouco na resistência de aterramento final Conexões aos eletrodos As conexões dos condutores de aterramento aos eletrodos são realizadas genericamente por três sistemas a Dispositivos mecânicos São facilmente encontrados simples de instalar e podem ser desconectados para efeitos de medição de resistência de aterramento Apresentam um desempenho histórico satisfatório Apesar de apresentarem às vezes problemas de corrosão se devidamente protegidas essas conexões podem desempenhar um bom papel Recomendase que tais conexões estejam sempre acessíveis para inspeção e manutenção b Solda exotérmica Esse método realiza uma conexão permanente e praticamente elimina a resistência de contato e os problemas de corrosão sendo ideal para as ligações diretamente no solo Requer o emprego de mãodeobra especializada e não pode ser utilizada em locais onde haja a presença de misturas explosivas c Conexões por compressão É fácil de instalar apresenta uma baixa resistência de contato porém não podem ser desconectados para as medições de resistência de aterramento O aterramento e os diversos sistemas de proteção Conforme mencionado o aterramento está presente em diversos sistemas de proteção dentro de uma instalação elétrica proteção contra choques contra descargas atmosféricas contra sobretensões proteção de linhas de sinais e de equipamentos eletrônicos e proteções contra descargas eletrostáticos Normalmente estudase cada proteção mencionada separadamente o que leva em alguns casos a imaginar que tratamse de sistemas completamente separados de proteção Isso não é verdade Para efeito de compreensão é conveniente separar os casos porém na execução dos sistemas o que existe é um único aterramento Dessa forma veremos a seguir os principais aspectos de cada item e no final iremos reunilos em um só aterramento Proteção contra choques elétricos Quando se fala em proteger as pessoas contra choques elétricos devese lembrar que o perigo está presente quando o corpo da pessoa está sendo percorrido por uma corrente elétrica superior a um dado valor por um tempo maior do que o suportável Essa dependência correntetempo pode ser observada no gráfico 1 obtido a partir de estudos realizados pela lEC Como a questão é limitar ou eliminar a corrente que atravessa o corpo ou permitir que ela circule apenas durante um tempo determinado temos que agir sobre essas duas variáveis para enfrentar o problema do choque Para tanto há algumas maneiras possíveis de prover essa proteção Se a pessoa estiver isolada da fonte não haverá como circular corrente pelo seu corpo Ela poderá estar calçando botas e luvas isolantes porém essa não é uma situação habitual possível de ser garantida durante muitas horas do dia Por outro lado se a pessoa mesmo descalça e sem luvas estiver posicionada sobre um piso e junto a paredes isolantes não haverá caminho de circulação da corrente e ela estará protegida figura 13 A NBR 541097 considera pisos e paredes isolantes quando sua resistência for superior a 50KΩ De fato conforme a figura 14 uma pessoa de resistência mãopé da ordem de 1KΩ em série com um piso de 50KΩ submetida a uma tensão faseterra de 127 V será percorrida por uma corrente elétrica de aproximadamente 127V 51 kΩ 25 mA Conforme o gráfico 1 esse valor é insuficiente para causar problemas para a pessoa Infelizmente a enorme maioria dos pisos e paredes que nos cerca não é isolante R 50KΩ o que limita esse tipo de proteção apenas a lugares especialmente construídos para tal finalidade Os mesmos estudos realizados pela IEC concluíram que as pessoas estão livres de choques perigosos se estiverem submetidas a tensões elétricas inferiores a 50V alternados ou 120V contínuos na situação 1 e 25V alternados ou 60V contínuos na situação 2 A situação 1 corresponde a locais normais como quartos salas cozinhas lojas escritórios e na maior parte dos locais industriais A situação 2 abrange áreas externas locais molhados banheiros campings etc Assim sendo se alimentarmos uma instalação ou um setor da instalação com tensões inferiores às mencionadas garantimos a proteção das pessoas contra choques perigosos Infelizmente na prática poucos aparelhos podem ser alimentados nessas condições uma vez que o usual é dispormos de tensões de 127 220 380 e 440 V A alimentação em tensões inferiores a 50 V e 25 V limitase geralmente a aparelhos de iluminação subaquáticos e alguns comandos Uma vez que os dois conceitos de proteção anteriores têm restrições práticas de aplicação o caso mais comum é aquele em que se admite que pode haver a circulação de correntes perigosas e que elas devem ser desviada do corpo humano e desligadas o mais rapidamente possível Assim sendo nessas circunstâncias o conceito básico da proteção das pessoas contra choques elétricos é o de que as massas da instalação devem ser aterradas e que deve haver um dispositivo de seccionamento automático da alimentação quando da presença de correntes tensões perigosas para os usuários Dependendo da maneira como o sistema é aterrado e qual é o dispositivo de proteção utilizado os esquemas de aterramento em baixa tensão são classificados pela NBR 541097 em três tipos Esquema TT Esquema TN Esquema IT Esquema TT O neutro da fonte é ligado diretamente à terra estando as massas da instalação ligadas a um eletrodo de aterramento independente do eletrodo da fonte figura 15 Nesse caso o percurso de uma corrente fasemassa inclui a terra o que limita em muito o valor da corrente devido ao elevado valor da resistência de terra Essa corrente é insuficiente para acionar disjuntores ou fusíveis mas suficiente para colocar em perigo uma pessoa Portanto ela deve ser detectada e eliminada por dispositivos mais sensíveis geralmente chamados de interruptores diferenciais residuais DRs Esquema TN O neutro da fonte é ligado diretamente à terra estando as massas da instalação ligadas a esses ponto por meio de condutores metálicos condutor de proteção conforme figura 16 Nesse caso o percurso de uma corrente fasemassa é de baixíssima impedância cobre e a corrente pode atingir valores elevados suficientes para serem detectados e interrompidos por disjunores ou fusíveis O esquema pode ser do tipo TNS quando as funções de neutro e proteção forem realizadas por condutores separados N neutro e PE proteção ou TNC quando essas funções forem realizadas pelo mesmo condutor PIN Há ainda o esquema misto chamado de TNSC No Brasil o esquema TN é o mais comum quando se tratam de instalações alimentadas diretamente pela rede pública de baixa tensão da concessionária de energia elétrica Nesse caso quase sempre a instalação é do tipo TNC até a entrada Aí o neutro é aterrado por razões funcionais e segue para o interior da instalação separado do condutor de proteção TN S É fácil observar que caso haja a perda do neutro antes da entrada consumidora por exemplo com o rompimento do neutro devido a um acidente com caminhão ou ônibus o sistema irá se transformar em TT Isso nos leva a conclusão de que mesmo em sistemas TN é conveniente utilizar dispositivos DR para garantir a proteção das pessoas contra choques elétricos Esquema IT É um esquema parecido com o TT porém o aterramento da fonte é realizado através da inserção de uma impedância de valor elevado resistência ou indutância conforme figura 17 Com isso limitase a corrente de falta a um valor desejado de forma a não permitir que uma primeira falta desligue o sistema Geralmente essa corrente não é perigosa para as pessoas mas como a instalação estará operando em condição de falta devem ser utilizados dispositivos que monitorem a isolação dos condutores evitando a excessiva degradação dos componentes da instalação O uso dos sistemas IT é restrito aos casos onde uma primeira falha não pode desligar imediatamente a alimentação interrompendo processos importantes como em salas cirúrgicas certos processos metalúrgicos etc O aterramento na proteção contra descargas atmosféricas A norma brasileira NBR 541993 aborda esse assunto de maneira completa Sob o ponto de vista do aterramento objeto de nossa publicação ele é o meio responsável pelo escoamento das correntes dos raios no solo sem provocar tensões de passo perigosas e mantendo baixa a queda de tensão na resistência de terra 2 As correntes dos raios penetram na instalação pelos captores e são conduzidas até o aterramento por meio das descidas que são ligadas aos eletrodos de aterramento Os eletrodos de aterramento podem ser em cobre aço galvanizado a quente ou aço inoxidável não sendo permitido o uso de alumínio É possível também utilizar o aço revestido de cobre copperweld com uma camada mínima de 254 mm O eletrodo de terra pode ter a forma de cabo barra chata ou redonda ou tubo com seções mínimas de 50mm2 para o cobre 80mm2 para o aço galvanizado e 100mm2 para aço inoxidável Apesar da popularidade dos eletrodos anteriores é importante destacar que desde fevereiro de 1998 a NBR 541097 declara como eletrodo de aterramento preferencial das instalações aquele que utiliza a ferragem da fundação do concreto armado Essa solução resulta em uma baixíssima resistência de aterramento geralmente menor do que 1Ω e principalmente proporciona uma equalização completa dos potenciais das diversas massas e da estrutura da edificação graças à interligação com a ferragem das lajes Nesse sistema de eletrodo recomendam as normas que seja executado um anel envolvendo as fundações da periferia da edificação conforme a figura 18 Esse anel pode ser realizado com a própria ferragem envolvido em concreto ou o que é mais prático com a utilização de um cabo de cobre nu de seção mínima 25mm2 enterrado e Nesse sistema de eletrodo recomendam as normas que seja executado um anel envolvendo as fundações da periferia da edificação conforme a figura 18 Esse anel pode ser realizado com a própria ferragem envolvido em concreto ou o que é mais prático com a utilização de um cabo de cobre nu de seção mínima 25mm2 enterrado e interligado por conector apropriado ou solda exotérmica à ferragem da fundação Em um ponto desse cabo de cobre derivase outro cabo que será ligado ao TAPTerminal de Aterramento Principal da instalação Fig 18 Proteção de equipamentos eletrônicos Características e evolução dos sistemas de aterramento para equipamentos eletrônicos sensíveis Podemos estabelecer a seguinte sequência histórica em relação à aplicação dos sistemas de aterramento para equipamentos eletrônicos sensíveis a Utilização do próprio sistema de aterramento de força para os equipamentos sensíveis b Utilização de um sistema de aterramento independente isolado do sistema de aterramento de força c Utilização de sistema de aterramento radial de ponto único d Utilização da Malha de Terra de Referência MTR também designada Signa Referente Grid SRG Utilização do sistema de aterramento de força O sistema de aterramento para os equipamentos de força já é bem conhecido com longo tempo de utilização e desenvolvimento funcionando com ótimos resultados quando bem projetado Então por que não utilizálo também para os equipamentos eletrônicos Este raciocínio natural foi posto em prática quando se começou a utilização dos equipamentos eletrônicos em larga escala início dos anos 70 e foi um redundante fracasso As malhas de terra para os equipamentos de força são completamente inadequadas para equipamentos sensíveis já que em regime normal costumam ser percorridas por correntes de várias origens denominadas espúrias provocadas por correntes anódicacatódicas correntes de circulação de neutro induções eletromagnéticas diversas etc Em regime transitório curtoscircuitos para a terra descargas atmosféricas etc estas correntes podem ser extremamente elevadas Daí verificamos que a malha de potencial fixo inalterável necessária aos equipamentos eletrônicos sensíveis não é a malha projetada para os sistemas de força Utilização de sistema de aterramento isolado Descoberta a inadequabilidade das malhas de força para os equipamentos eletrônicos o passo seguinte foi estabelecer uma malha de terra isolada independente para os equipamentos em questão Esta malha embora tenha tido algum sucesso pois efetivamente controla alguns aspectos negativos da malha de força principalmente reduz as correntes espúrias que percorrem as mesmas apresenta alguns incovenientes a saber o aterramento da carcaça ou invólucro metálico do painel suporte dos equipamentos não é equalizado com o aterramento dos equipamentos eletrônicos projetar uma malha de terra isolada da malha de força é uma tarefa altamente inglória e discutível pois o solo ainda que seja de elevada resistividade é condutor Assim existe um acoplamento resistivo para baixas frequências e capacitivo para altas frequências entre os dois sistemas considerados isolados não tendo sofrido alteração na sua geometria a malha apresenta ainda deficiências construtivas como condutores longos incapazes de equalizar altas frequências e principalmente loops malhas fechadas características das malhas industriais Aterramento de ponto único Esse método representa o passo seguinte na evolução dos sistemas de aterramento dos equipamentos sensíveis pois elimina do sistema isolado a sua principal desvantagem que é a falta de segurança pessoal originada da diferença de potencial que pode aparecer entre as duas malhas As características principais desse método são os equipamentos eletrônicos continuam isolados do painel de sustentação Suas barras de terra também isoladas são ligadas através de condutores isolados radiais a uma barra de terra geral comumente situada no quadro de distribuição de força dos equipamentos Esta barra também é isolada do quadro de distribuição mas conectada através de um cabo isolado a um único ponto do sistema de aterramento de força Portanto equalizamse as duas malhas através desta conexão as carcaças dos painéis de sustentação são ligadas ao sistema de aterramento de força de forma convencional isto é de modo a permitir o retomo das correntes de curtoscircuitos originadas pela falha na isolação de alimentação de força dos equipamentos eletrônicos Quando existe um quadro de distribuição de força único para os referidos equipamentos a melhor forma é aterrar suas carcaças através de cabos isolados ligados radialmente na barra do quadro de distribuição Este quadro pode possuir portanto três barras de aterramento barra de neutro ligada à carcaça do quadro barra de terra que recebe os cabos radiais de aterramento das carcaças dos quadros de sustentação dos equipamentos eletrônicos também ligada à carcaça do quadro barra de terra isolada da carcaça própria para aterramento dos equipamentos eletrônicos Esta última barra como já descrito está ligada através de cabos isolados radiais nas barras de terra barra de referência dos equipamentos eletrônicos e a um único ponto do sistema de força Quando o sistema de aterramento de força é de alta resistência digamos maior do que 10Ω conforme a N BR 5419 podese utilizar um sistema local de eletrodos auxiliares para os equipamentos eletrônicos com a finalidade de diminuir a resistência total de aterramento para um valor próximo a 10 Ω A barra de terra dos equipamentos eletrônicos situada no quadro de distribuição deve ser ligada a esses eletrodos através de cabo condutor isolado O esboço da malha de aterramento de ponto único está apresentado na figura 21 A filosofia de ponto único deve sempre manter uma ligação única entre os sistemas de aterramento de força e o sistema de aterramento de referência dos equipamentos eletrônicos sensíveis A conexão acima descrita é um reconhecido avanço na metodologia de aterramento dos equipamentos sensíveis mas ainda possui alguns inconvenientes O maior deles é a incapacidade dos condutores de aterramento longos de equalizar as barras de terra nos casos em que são percorridos por correntes de frequência elevada Outro inconveniente é o acoplamento capacitivo entre o terra do equipamento eletrônico e a carcaça do painel de sustentação já que são localmente isolados Este acoplamento pode formar loops para altas frequências resultando em correntes circulantes que produzem ruídos alterando o potencial da barra de referência Estes inconvenientes são reduzidos quando os cabos de aterramento são curtos como por exemplo no caso de se aterrar um ou poucos equipamentos situados próximos do quadro de distribuição Malha de Terra de Referência MTR No estágio atual a mais recente técnica de aterramento de equipamentos sensíveis consiste em se utilizar a Malha de Terra de Referência MTR Seu objetivo básico é o de cancelar o grave inconveniente de todos os tipos de malhas anteriores no que concerne à incapacidade das mesmas de equalizar as barras de terra dos diversos equipamentos eletrônicos para altas frequências permitindo então a entrada de ruídos indesejáveis nestes mesmos equipamentos Como já foi abordado as fontes de ruídos são bastante diversificadas incluindose radiofrequências RF e frequências mais elevadas na faixa de MHz provocadas por exemplo pelo próprio computador ou seus periféricos atualmente existem computadores operando com 300MHz mas estão prontos Chips para operação em 1GHz A construção das MTR é baseada nas pesquisas de condução de sinais de alta frequência em cabos condutores linhas de transmissão pesquisas estas que estabeleceram que se o comprimento do condutor não for maior do que 110 a 120 do comprimento de onda do sinal transmitido então a diferença de potencial estabelecida entre as extremidades do condutor é praticamente desprezível Para um sinal de 60 MHz um vigésimo do seu comprimento de onda equivale a cerca de 30cm Portanto se for construída uma malha de condutores espaçados entre si com esta distância e interconectados nos seus cruzamentos será criado um grande número de circuitos paralelos de baixa impedância os quais funcionarão praticamente como curtocircuito para o espectro de frequências desde 60 Hz frequência industrial até 60 MHz Podese perceber por extensão que uma chapa equalizaria qualquer frequência por mais elevada que fosse uma vez que seria nulo o espaçamento entre condutores O condutor ideal para altas frequências é a fita Logo a MTR deva em principio ser executada com estes condutores Entretanto a execução física da MTR com fitas é mais trabalhosa e requer equipamentos de execução de solda mais difíceis de serem encontrados e operados A construção com cabos de seção circular mantido o espaçamento anteriormente citado é completamente satisfatória com a vantagem de ser adquirida no mercado préfabricada em diversas bitolas dos condutores Deve ser observado que a função básica desta malha é a equalização de potenciais e não a condução de correntes de curtoscircuitos Isto significa que os condutores de proteção para retomo de curtoscircuitos faseterra devem continuar existindo dimensionados segundo a norma de instalação NBR 541097 A MTR dever ser obrigatoriamente conectada ao sistema de aterramento de força para eliminar diferença de potencial já comentada embora sob o ponto de vista teórico ela funcione até mesmo suspensa no ar Podem existir um ou mais pontos de conexão pois estes não interferem no funcionamento da MTR Todas as carcaças e barras de terra de referência dos quadros de equipamentos eletrônicos sensíveis assim como partes metálicas e demais equipamentos integrantes do ambiente como eletrodutos colunas metálicas quadros de distribuição etc devem ser ligados à MTR através de cordoalhas ou fitas de cobre Podese também utilizar os suportes metálicos do piso falso como parte integrante da própria MTR A figura 22 mostra o sistema de aterramento utilizando uma MTR O princípio de funcionamento da MTR Conforme mencionado anteriormente sabese da teoria de comunicação de ondas conduzidas que se o comprimento físico do condutor é da ordem de grandeza do comprimento de onda da própria onda então existirão diferenças de potencial ao longo do condutor Por outro lado se o comprimento físico é muito menor 10 a 20 vezes menor que o comprimento de onda então as diferenças de potencial ao longo do condutor são mínimas este aliás é o critério utilizado em estudos de transitórios quando se modela uma linha através de parâmetros distribuídos ou concentrados Portanto se construirmos uma malha de aterramento cuja malha Mesh seja muito menor que o comprimento de onda da maior frequência interferente não existirão diferenças de potencial apreciáveis entre dois pontos quaisquer da malha Na figura 23 estão resumidos os critérios e fórmulas de determinação da distância entre condutores O critério atual é adotar uma frequência no espectro de radiofrequência 30 MHz que atende à maioria das interferências presentes nos meios industriais e comerciais incluindose as descargas atmosféricas Casos especiais devem ser analisados à parte Portanto a malha de terra de referência projetada segundo este critério será um plano de referência sem perturbações tanto para frequências baixas 60Hz como para radiofrequências da ordem de 3060MHz Outros aspectos importantes relacionados com o aterramento de equipamentos eletrônicos sensíveis A malha de terra de referência é a solução ideal para o aterramento confiável de um conjunto de equipamentos sensíveis agrupados em um mesmo ambiente sendo esta a solução natural para CPDs salas de controle com PLCs centrais telefônicas estações de rádio equipamentos gerais de informática e comunicação de dados etc Quando for difícil sua aplicação principalmente para um número pequeno de equipamentos ou equipamentos muito espalhados podese utilizar o método de aterramento de ponto único ou então utilizar uma placa metálica que simule a malha de terra de referência Transient Supressor Plate De qualquer forma a malha de terra de referência ou qualquer outro sistema de aterramento não garantem sozinhos o bom desempenho dos equipamentos sensíveis É obrigatório que sejam realizados ainda os seguinte complementos executar uma blindagem externa do edifício ou blindagem interna na sala que abrigue a malha contra descargas atmosféricas diretas e indiretas utilizando necessariamente a Gaiola de Faraday com Mesh adequado Nivel I NBR 5419 A intenção é reduzir o campo eletromagnético no volume interno onde estão situados os equipamentos eletrônicos sensíveis e portanto reduzir também as interferências irradiadas via ar A Proteção Franklin pararaios não é adequada neste caso aplicar protetores de surtos no início e fim de cada interface longa não óptica dos cabos de comunicação de sinais As interfaces longas a considerar são aquelas entre edifícios ou dentro de um mesmo edifício escolher criteriosamente o sistema de alimentação elétrica dos equipamentos sensíveis de forma que estes sejam protegidos contra surtos de tensão transitórios harmônicos e outros fenômenos Devese ainda proceder a uma avaliação na qualidade de energia local e estudar a necessidade de se implantar energia ininterrupta Em geral nos sistemas com equipamentos sensíveis de grande importância a alimentação elétrica deve ser executada através de sistema de alimentação não interruptivel No Breaks Deve ser observado que os estabilizadores de tensão largamente utilizados no Brasil geralmente não possuem resposta para fenômenos transitórios rápidos corrigindo apenas variações lentas de tensão escolher criteriosamente a rota e forma de instalação de cabos de comunicação de sinais sensiveis em bandejas elelrodutos redes de dutos piperacks etc Em geral os cabos de comunicação de sinais sensíveis devem ser instalados em eletrodutos ou calhas fechadas metálicos contínuos e multiaterrados Em bandejas os cabos sensíveis devem se situar em distâncias progressivas em relação ao nível de tensão mais alto atendendo às normas de compatibilidade eletromagnética escolher uma forma adequada de aterrar as blindagens dos cabos levandose em conta a frequência de comunicação e o sistema de aterramento utilizado Como recomendação geral em baixas frequências dezenas de KHz a blindagem pode ser aterrada somente em uma extremidade Já em altas frequências centenas de KHz ou faixa de MHz é recomendável o aterramento nas duas extremidades Neste último caso a blindagem deve ser protegida por um condutor externo ao cabo bitola mínima 16 mm2 critério mecânico a fim de evitar que a mesma seja danificada por correntes transitórias O cabo em questão deve ser aterrado também nas duas extremidades Fator de potência e sua correção O fator de potência é a relação entre potência ativa ou seja aquela que realmente converte a energia elétrica em outras fontes como mecânica por exemplo medida em quilowatt kW e potência reativa que mantém campos magnéticos e é medida em quiloVoltAmpere Reativo kVAr Existem 3 principais tipos de potência relacionados ao cálculo do fator de potência e suas aplicações Elas variam conforme suas utilizações e capacidade energética Potência Aparente O primeiro tipo de potência é a Potência Aparente é a potência total de um circuito elétrico instalação ou fonte de energia oferecida Essa modalidade representa a soma das outras potências que são chamadas de reativas e ativas Por isso a sua unidade de medida é quilovoltampère mais conhecida como kVA No Triângulo das Potências a aparente representa o valor da hipotenusa geralmente representada pela letra S nas figuras e exercícios de cálculos Potência Ativa A potência ativa representa a energia que realmente foi utilizada para se transformar em uma nova Isso significa que ela aproveita a carga de energia disponibilizada para realizar um trabalho de conversão em energia mecânica ou térmica por exemplo dependendo da necessidade Assim o ideal manter o circuito elétrico o mais perto possível do valor 1 respeitando também a regulamentação nacional A Resolução Normativa Nº 414201 da Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL responsável por padronizar todo o consumo de energia elétrica define que o Fator de Potência deve ter no mínimo 092 Caso o valor seja inferior a esse você estará sujeito a multas pela concessionária de energia elétrica da sua região Exemplo Calcule o fator de potencia do circuito do exemplo anterior Correção do fator de potência Uma carga indutiva é representada por um modelo em que há uma associação em série entre um indutor e um resistor como mostra a Figura abaixo que chamaremos de circuito 1 Para essa carga indutiva o fator de potência de uma carga é aumentado ao se instalar um capacitor em paralelo com a carga conforme mostrado a seguir circuito 2 O efeito do acréscimo do capacitor pode ser visualizado com um diagrama de fasores das correntes Como podemos ver abaixo supondo que o circuito 1 indutivo original tenha um fator de potência igual a cos θ1 e o circuito 2 com a capacitância paralela tenha um fator de potência igual a cos θ2 acrescentar o capacitor fez com que o ângulo fase entre a tensão e a corrente fosse reduzido de θ1 para θ2 aumentando o fator de potência Observando o tamanho dos vetores também é possível concluir que sob a mesma tensão o circuito da original drena uma corrente IL maior que a corrente I absorvida pelo circuito 2 com o capacitor paralelo Altas correntes resultam em maiores perdas de potência isso porque ela é um fator ao quadrado já que P I2 LR Então é mais interessante tanto para companhias elétricas quanto para os consumidores minimizar o nível da corrente ou manter o fator de potência o mais próximo possível da unidade Por outra perspectiva podemos ver a correção do fator de potência considerando o triângulo de potência a seguir Se a carga indutiva original tiver potência aparente S1 Para aumentar o fator de potência de cos θ1 para cos θ2 sem alterar a potência ou seja com P S2cos θ2 então a nova potência reativa será A redução na potência reativa é provocada pelo capacitor shunt então O valor da capacitância shunt C necessária é determinada através de Observe que a potência real P dissipada pela carga não é afetada pela correção do fator de potência Apesar da situação mais comum na prática ser o aparecimento de uma carga indutiva também é possível que a carga seja capacitiva Isso significa que a carga está operando com um fator de potência adiantado Nessa situação um indutor deverá ser ligado na carga para correção do fator de potência Assim a indutância shunt L necessária será Exemplo Quando conectada a uma rede elétrica de 120 V RMS 60 Hz uma carga absorve 4 kW com um fator de potência atrasado de 08 Determine o valor da capacitância necessária para elevar o FP para 095 CREDER Hélio Instalações Elétricas Rio de Janeiro Grupo GEN 2021 Ebook ISBN 9788521637936 Disponível em httpsintegradaminhabibliotecacombrbooks9788521637936 Acesso em 08 ago 2024 PRYSMIAN Guia de Instalações Elétricas Residenciais 1 Ed Sorocaba 2016 Disponível em httpsbrprysmiancomptmateriaisdeapoiotécnico Acesso em 08 ago 2024 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 5444 Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais Rio de Janeiro 1989 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 5410 Instalações elétricas de baixa tensão Rio de Janeiro 2008 EDP PADRÃO TÉCNICO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA EM TENSÃO SECUNDÁRIA EDIFICAÇÕES INDIVIDUAIS EDP ESPÍRITO SANTO Disponível em httpswwwedpcombrmediarnodtleyptdtpdn00052v8pdf Acesso em 29082024 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO COBRE Manual de Aterramento Disponível em httpsabcobreorgbrmanualdeaterramentoeletrico Acesso em 05092024