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Engenharia Econômica

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ANÁLISE DE INVESTIMENTO E FONTES DE FINANCIAMENTO Fabiane Padilha Custo médio ponderado de capital Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto você deve apresentar os seguintes aprendizados Descrever o conceito de custo médio de capital Reconhecer a aplicabilidade do uso do custo médio de capital Demonstrar o cálculo do custo médio de capital Introdução Todas as empresas querem apresentar crescimento que gera conse quentemente a maximização dos lucros dos acionistas Os resultados de um empreendimento de sucesso estão atrelados aos investimentos bemsucedidos feitos ao longo da jornada da empresa Com resultados positivos as empresas precisam de mais recursos para aumentar suas operações Dessa forma investigar quais são as fontes que apresentam melhores condições para que a instituição financie esse crescimento é uma tarefa que deve estar nas mãos dos analistas finan ceiros os quais são os protagonistas no papel de subsidiar os tomadores de decisão com informações Neste texto você vai estudar o custo médio ponderado de capital CMPC Serão apresentados o conceito de CMPC a aplicabilidade e a demonstração do cálculo do custo médio de capital O que é o custo médio ponderado de capital Para que a empresa tenha um crescimento sustentável é necessário que ela conheça as diferentes formas de buscar recursos Atualmente existem diversas alternativas para a captação de recursos no mercado Portanto é necessário que haja uma criteriosa seleção que deverá estar alinhada aos objetivos es tratégicos da empresa Quando se fala em custo de capital a ideia é a mesma dos orçamentos de capital ou seja estamos falando de longo prazo O custo de capital é consi derado nas palavras de Lemes Júnior Rigo e Cherobim 2010 p 200 uma taxa de retorno exigida em seus projetos de investimento tanto para remunerar o custo de oportunidade quanto para premiar um risco percebido Com isso ao avaliar um projeto de investimento devese levar em consideração o quanto esse projeto custará visto que essa informação possibilitará de forma mais transparente a tomada de decisão já que uma decisão inadequada à estrutura e aos objetivos da empresa pode acarretar problemas futuros O custo de capital de uma empresa é formado com base no custo das diversas fontes de financiamento de longo prazo as quais podem ser autofinancia mento novos recursos próprios por meio dos acionistas atuais ou de capital decorrente de novas subscrições financiamentos bancários ou por meio da emissão e venda de debentures LEMES JÚNIOR RIGO CHEROBIM 2010 As debêntures são títulos de sociedades anônimas de capital aberto que são as empresas que possuem o seu capital social dividido em ações negociadas na Bolsa de Valores no Brasil é a BOVESPA ou fechado Porém somente as de capital aberto com registro na Comissão de Valores Mobiliários poderão realizar emissões públicas As debêntures correspondem a títulos de dívida ou títulos de crédito Quem as compra tornase credor pois é remunerado com uma taxa de juros pelo período que foi acordado Da composição percentual de cada fonte de financiamento e de seus custos surge o CPMC Megliorini 2012 afirma que o CMPC representa em última instância o custo de financiamentos de longo prazo da empresa ou seja o custo de capital O CMPC também é chamado de weighted average cost of capital WACC Gitman 2010 p 444 aponta que o custo médio ponderado de capital reflete o custo futuro médio esperado dos fundos no longo prazo Esse custo é obtido por meio da ponderação do custo de cada tipo específico de capital por sua participação na estrutura de capital da empresa Custo médio ponderado de capital 2 Lemes Júnior Rigo e Cherobim 2010 p 199 compartilham o mesmo raciocínio já que para eles o custo médio ponderado de capital é a remuneração recomendada pra servir como taxa de desconto nas avaliações de projetos A estrutura de capital de uma empresa é apresentada de forma simples no balanço patrimonial no qual bens direitos e obrigações são mostrados com seus respectivos valores formando o que chamamos de ativo bens e direitos e passivo obrigações As obrigações que compõem o passivo por sua vez podem ser divididas em obri gações com terceiros de curto e de longo prazo e obrigações de capital próprio com os proprietários da empresa Como a estrutura de capital de uma empresa corresponde aos fundos de longo prazo estamos falando do passivo não circulante e do patrimônio líquido A estrutura de capital foi objeto de estudo de Franco Modigliani e Merton Miller Prêmio Nobel em 1958 pela criação da tese MM para quem qualquer benefício advindo de um maior endividamento seria rapidamente conhecido e faria com que os acionistas elevassem as suas exigências de retorno fazendo com que o custo de capital se mantivesse inalterado o que pode significar que a empresa ganha vantagem competitiva quando possui estratégias efetivas na captação de capital de terceiros Aplicabilidade do custo médio ponderado de capital O custo das fontes de capital é um dos parâmetros mais usados na busca por opções de financiamentos e empréstimos E a comparação entre os custos do capital de terceiros em contrapartida aos custos de capital próprio deve ser objeto central de análise de projetos de investimentos Dessa forma o cálculo do CMPC passa a ter sua aplicabilidade justificada quando há projetos sendo analisados nos quais há mais de uma fonte usada para captação de recursos seja essa fonte originada de terceiros ou de capital próprio Sabese que todas as empresas buscam projetos de investimento que maximizem os resultados dos acionistas assim o CMPC é uma das diversas alternativas que se tem à disposição para a aceitação ou rejeição de projetos pois todos os investi mentos que tiverem retornos maiores que os custos apresentados deverão ser aceitos E se os custos apresentados forem maiores que o retorno o projeto não deverá ser aceito 3 Custo médio ponderado de capital O capital de terceiros ou dívida é constituído basicamente de obrigações contraídas por meio de financiamentos ou empréstimos que podem ser de curto prazo ou de longo prazo com intuito de financiar as operações ou expansões da organização Gitman 2010 ressalta que o capital de terceiros de longo prazo abrange todo o endividamento incorrido inclusive debêntures Megliorini 2012 esclarece que os juros contraídos das debêntures e dos financiamentos devem ser pagos periodicamente além do valor do principal da dívida Entretanto esses juros são dedutíveis da base de cálculo do imposto de renda o que acaba reduzindo o custo de captação referente a essas fontes de financiamento quando confrontadas aos custos do capital próprio Vale ressaltar que o capital de terceiros tem preferência sobre os resultados da organização se comparado ao capital próprio O direito dos acionistas sobre os ativos é secundário aos direitos dos credores Se a empresa for à falência seus ativos serão vendidos e os recursos prove nientes serão distribuídos na seguinte ordem empregados e clientes governo credores e por fim titulares do capital Próprio GITMAN 2010 p 287 Segundo Gitman 2010 p 286 O capital próprio ou patrimônio líquido consiste dos fundos de longo prazo fornecidos pelos proprietários da empresa os acionistas Vale acrescentar que os donos do capital próprio possuem direitos sobre os resultados da organização Porém seu direito não pode ser exercido antes da quitação das obrigações com os credores Um dos fatores que mais tem impacto sobre o capital próprio é o custo de capital que repre senta a rentabilidade mínima exigida pelos detentores do capital próprio ou seja acionistas ou sócios da organização Gitman 2010 afirma que o capital próprio é uma forma de financiamento permanente não havendo legalmente obrigatoriedade de restituição dele Para obtenção de capital próprio Gitman 2010 elucida que uma orga nização poderá obter capital próprio internamente por meio da retenção de lucros ou externamente lançando ações sobre o mercado financeiro podendo ser estas ordinárias ou preferenciais O capital de terceiros elenca diversas vantagens sobre o capital próprio das quais se destacam a dedução dos juros na base de cálculo do Imposto de Renda prazo de compromisso limitado já que possuem prazo final para quitação da dívida não influência ou vínculo da instituição financeira com Custo médio ponderado de capital 4 a organização e suas decisões Gitman 2010 afirma que o custo com o fi nanciamento por meio do capital próprio é mais oneroso para a organização uma vez que os detentores dele assumem maior parcela de risco haja vista que seus direitos aos resultados são subsidiários Dessa forma fazse necessário calcular separadamente cada um dos custos tanto de terceiros quanto do capital próprio o que pode ser realizado por meio do cálculo do CMPC Cálculo do custo médio ponderado de capital Primeiro serão calculados os custos do capital de terceiros e posteriormente os custos de capital próprio Só então será abordado o cálculo do CMPC visto que somente a partir dos dois anteriores será possível se ter uma noção mais clara dos custos integrantes do CMPC Cálculo do custo do capital de terceiros Para calcular o custo de capital de terceiros é preciso que tenhamos o valor da estrutura de capital dessa empresa ou seja quanto ela possui de dívidas com terceiros lembrando que é necessário retirar o Imposto de Renda desse montante haja vista que esse é um dos benefícios de captar recursos de tercei ros O custo de capital de terceiros é facilmente identificado nos contratos ou mesmo por meio do fluxo de entradas e saídas de Caixa Para que possamos calculálo usamos a fórmula Kt J Ct 1 IR Sendo Kt custo de capital de terceiros de longo prazo J juros da operação Ct capital de terceiros de longo prazo IR alíquota de Imposto de Renda 5 Custo médio ponderado de capital No exemplo do Quadro 1 temse um demonstrativo resumido de uma empresa que possui uma estrutura de capital composta de empréstimos de R 20000000 com juros contratuais anuais de 20 Lucro operacional 50000000 Despesas com juros 4000000 Lucro antes do Imposto de Renda IR 46000000 Imposto de Renda 15 6900000 Lucro líquido 39100000 Quadro 1 Exemplo de demonstrativo resumido de uma empresa Se as despesas com juros totalizaram R 4000000 as despesas líquidas foram Despesas com juros líquidas despesas com juros 1 alíquota do IR Ou seja Despesas com juros líquidas 40000 1 015 Despesas com juros líquidas 40000 085 Despesas com juros líquidas 3400000 O que em termos percentuais representa o custo do empréstimo Ke Ke i 1 IR Ke 20 1 015 Ke 20 085 Ke 17 Assim 200000 17 3400000 Custo médio ponderado de capital 6 Kt J Ct 1 IR Kt 34000 200000 1 015 Kt 34000 200000 085 Kt 34000 170000 020 100 20 Se a empresa tiver em seu capital de terceiros debêntures os encargos desse tipo de operação são o underwriting segundo Assaf Neto 2015 tratase da subscrição pública de títulos por meio de uma instituição financeira intermediária e outras taxas administrativas Suponha que uma determinada empresa tenha emitido debêntures nas seguintes condições como apresentado no Quadro 2 Prazo para resgate 4 anos Taxa de juros 20 aa Alíquota de IR 15 aa Quadro 2 Dados da operação de debêntures Valor nominal das debêntures 10000000 Deságio 200000 Encargos da operação 400000 Valor líquido recebido 9400000 Fonte Adaptado de Megliorini 2012 De acordo com essas informações podemos montar o seguinte fluxo de caixa da operação como mostrado no Quadro 3 Fonte Adaptado de Megliorini 2012 Debêntures Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Pagamento de juros R 2000000 R 2000000 R 2000000 R 2000000 Benefício do IR 15 R 300000 R 300000 R 300000 R 300000 Despesas de juros líquidas R 1700000 R 1700000 R 1700000 R 1700000 Pagamento do resgate R10000000 Total desembolsado R 1700000 R 1700000 R 1700000 R 11700000 Valor líquido recebido R 9400000 Quadro 3 Fluxo de caixa das debêntures Custo médio ponderado de capital 8 O retorno de um investimento pode ser calculado por meio da Taxa Interna de Retorno TIR Podemos analisar a relação da TIR e o custo de capital da seguinte forma segundo Assaf Neto 2015 p 276 A taxa de retorno requerida pelos acionistas ao investirem seus recursos no investimento é considerada como o custo de capital próprio de uma empresa Ao levantar recursos no mercado acionário ou mesmo ao reter parte de seus lucros a empresa deve aplicálos em projetos ativos que demonstrem viabilidade econômica de modo que o retorno produzido possa remunerar os acionistas em nível equivalente às suas expectativas Dessa forma a remuneração mínima exigida pelos acionistas constituise em última análise no custo do capital próprio de uma empresa Para cálculo da taxa interna de retorno TIR basta que se use o seguinte caminho na calculadora HP12C 94000 CHS G CF0 17000 G CFJ 3 G NJ 117000 G CFJ F IRR 1929 essa é a TIR E para se encerrar essa parte relativa ao capital de terceiros quando a empresa capta recursos de financiamentos e empréstimos devese seguir a mesma lógica das debêntures elaborandose um fluxo de caixa para melhor visualização Considere os seguintes dados de um empréstimo conforme é apresentado no Quadro 4 Quadro 4 Dados da operação de empréstimos Valor nominal do empréstimo 20000000 Taxas e comissões bancárias 1500000 Valor líquido recebido 18500000 Fonte Adaptado de Megliorini 2012 A negociação desse empréstimo foi realizada nas seguintes condições Prazo do empréstimo 4 anos Taxa de juros 20 aa Alíquota de IR 15 aa De acordo com essas informações podese visualizar por meio do fluxo de caixa a operação de acordo com o Quadro 5 Quadro 5 Fluxo de caixa de uma operação de empréstimo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Pagamento de juros banco R 4000000 R 4000000 R 4000000 R 4000000 Benefício do IR 15 R 600000 R 600000 R 600000 R 600000 Despesas de juros líquidas R 3400000 R 3400000 R 3400000 R 3400000 Devolução do principal R 20000000 Total desembolsado R 3400000 R 3400000 R 3400000 R 23400000 Valor líquido recebido R 18500000 Fonte Adaptado de Megliorini 2012 Para cálculo da TIR basta que se use o seguinte caminho na calculadora HP12C 185000 CHS G CFO 34000 G CFJ 3 G NJ 234000 G CFJ F IRR 1989 essa é a TIR Cálculo do custo do capital próprio No caso de a empresa captar recursos por meios próprios temse de considerar o custo de oportunidade que se refere ao custo que o investidor sacrifica para manter o investimento na própria empresa ou seja ele é o custo mínimo que o investidor aceita ao fazer essa escolha O capital de uma empresa denominada Sociedade Anônima SA dividese em ações Assim as ações segundo Assaf Neto 2015 p 220 são títulos representativos da menor fração de capital social de uma empresa Elas se classificam em ordinárias e preferenciais As ações ordinárias são aquelas que dão direito a voto nas assembleias e as ações preferenciais oferecem prioridade no recebimento de dividendos Existem três formas de se avaliar o capital próprio A primeira é quando as ações já existem a segunda é quando elas serão emitidas gerando novos recursos e a terceira é quando há lucros retidos Vejamos cada uma delas Quando a empresa já possui as ações usamos a seguinte equação para definição de seu preço corrente P0 D1 K g Sendo P0 preço corrente da ação D1 dividendos esperados por ação no fim do ano 1 K taxa de desconto compatível ao risco assumido pelos fornecedores de capital próprio podendo ser Kap para as ações preferenciais e Kao para as ações ordinárias g taxa anual esperada de crescimento dos dividendos das ações Saiba mais Os dividendos são o que chamamos de lucro do acionista Nas palavras de Assaf Neto 2015 p 224 os dividendos representam distribuição de lucros auferidos pela empresa aos seus acionistas sendo normalmente pagos em dinheiro Dessa forma como o que interessa nesse caso é a taxa de desconto que será compatível ao custo assumido podese reorganizar algebricamente a fórmula para encontrálo conforme exemplo a seguir K D1 P0 g Exemplificando se uma ação ordinária é R 2000 e o dividendo estimado para o próximo ano é de R 400 por ação sendo que nos últimos anos houve um crescimento dos dividendos das ações de 3 aplicandose a fórmula anterior para se encontrar a taxa de desconto das ações temse Kao D1 P0 g Kao 020 003 Kao 023 100 23 Kao 400 2000 003 No caso das ações preferenciais o cálculo é o mesmo Entretanto em razão de legislação as ações devem receber dividendos fixos ou seja não haverá acréscimo relativo aos dividendos uma vez que este é zero Veja no exemplo a seguir considerandose os mesmos dados apresentados no exemplo anterior Custo médio ponderado de capital 12 Exemplo Se uma ação preferencial é R 2000 e o dividendo estimado para o próximo ano é de R 300 por ação aplicandose a fórmula apresentado para cálculo da taxa de desconto das ações temse Kap D1 P 0 g Kap 300 2000 00 Kap 015 Kap 015 100 1500 Quando a empresa lança novas ações deve computar o valor gasto na emissão taxas comissões corretagens Assim considerandose essas variáveis temse a seguinte equação K D1 VL g Sendo K custo das novas ações Knao custo das novas ações ordinárias Knap custo de novas ações preferenciais D1 dividendos esperados por ação no fim do ano 1 VL valor líquido recebido pela venda da nova ação g taxa anual esperada de crescimento dos dividendos Exemplo Uma ação será emitida para a venda pelo valor de R 1500 e haverá um deságio de R 090 por ação estimase que os gastos dessa emissão totalizem R 065 por ação o dividendo previsto de R 300 por ação e uma projeção de crescimento de R 35 O valor líquido dessa ação será 1500 090 065 R 1345 Aplicandose a fórmula mencionada temse K D1 VL g K 300 1345 0035 K 02230 0035 K 02580 100 258 Quando a empresa possui lucros retidos a instituição possui uma parcela dos lucros que aparece no Patrimônio Líquido que não foi distribuída aos acionistas denominada lucros retidos Dessa forma esses lucros retidos devem ser remunerados visto que são uma entrada de recursos só que já estão na empresa A formula é a mesma da ação ordinária o que mudará é a nomenclatura na equação Klr D1 P0 g Sendo Klr custo dos lucros retidos Cálculo do custo médio ponderado de capital O cálculo do CPMC deriva de uma composição de diferentes fontes de financiamento Assim ao optar por mais de uma fonte poderá ser feito o cálculo do custo desse capital mesmo que ele tenha diversas origens MEGLIORINI 2012 CMPC Wd Kd We Ke Wao Kao Wap Kap Wlr Kao Sendo Wd proporção de debêntures na estrutura de capital Kd custo de debêntures We proporção de empréstimos na estrutura de capital Ke custo de empréstimos Wao proporção de ações ordinárias na estrutura de capital Kao custo de ações ordinárias Wap proporção de ações preferenciais na estrutura de capital Kap custo de ações preferenciais Wlr proporção de lucros retidos na estrutura de capital Kao custo de lucros retidos A título de exemplo no Quadro 6 serão utilizados os mesmos dados dos cálculos dos custos tratados anteriormente Fonte Adaptado de Megliorini 2012 Dados do balanço patrimonial Valor contábil Proporção de cada fonte Custo K Passivo não circulante Debêntures R 10000000 1333 1929 Empréstimos R 20000000 2667 1989 Patrimônio líquido Ações ordinárias 25000 ações a R 1200 cada R 30000000 4000 2300 Ações preferenciais 15000 ações a R 1000 cada R 15000000 2000 2000 Total R 75000000 100 Quadro 6 Estrutura de capital baseada em custos 15 Custo médio ponderado de capital Aplicandose a equação temse CMPC Wd Kd We Ke Wao Kao Wap Kap Wlr Kao CMPC 1333 01929 2667 01989 4000 023 2000 020 CMPC 2572 5304 920 4 CMPC 21076 2108 O CMPC é a medida ponderada dos custos das diversas fontes de recursos que financiam os ativos da empresa empréstimos e financiamento emissão de ações ordinárias e preferenciais emissão de debentures retenção de lucros etc Portanto para uma empresa que pretende captar recursos mostraramse aqui as diferentes formas de mensuração dos custos desses recursos inclusive quando as fontes se mostram diversificadas a partir do cálculo do CMPC Podemos também calcular diretamente pela calculadora HP12C Assim estaremos encontrando a média ponderada do segundo valor lançado que é o valor dos percentuais proporcionais de cada fonte Caminho para encontrar o CMPC por meio da HP12C 1929 enter 1333 Σ 1989 enter 2667 Σ 23 enter 40 Σ 20 enter 20 Σ g x w Ao digitar essa sequência de teclas o valor final deverá ser 2108 ou seja o mesmo que se encontra ao fazer a conta supracitada Custo médio ponderado de capital 16 ASSAF NETO A Mercado financeiro 13 ed São Paulo Atlas 2015 GITMAN L J Princípios de administração financeira 12 ed São Paulo Pearson Prentice Hall 2010 LEMES JUNIOR A B RIGO C M CHEROBIM A P M Administração financeira princípios fundamentos e práticas 3 ed Rio de Janeiro Elsevier 2010 MEGLIORINI E Administração financeira São Paulo Pearson Prentice Hall 2012 Leituras recomendadas BARROS M E MATOS R M COLAUTO R D Capitais de terceiros despesas finan ceiras e custo médio ponderado de capital em empresas listadas na BMFBOVESPA In CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS 22 2015 Foz do Iguaçu Anais eletrônicos São Leopoldo Associação Brasileira de Custos 2015 p 114 Disponível em https anaiscbcemnuvenscombranaisarticleview3882 Acesso em 10 jul 2018 CARVALHAES M V ALBUQUERQUE A A de SILVA D M da Comparação de duas metodologias de apuração do custo de capital das distribuidoras de energia elétrica brasileiras Revista de Contabilidade de Controladoria Curitiba v 6 n 2 p 106127 maio ago 2014 Disponível em httpsrevistasufprbrrccarticleviewFile3515423561 Acesso em 10 jul 2018 ORO I M BEUREN I M HEIN N Estrutura e custo médio ponderado de capital em empresas familiares brasileiras Revista Perspectivas Contemporâneas Campo Mou rão v 8 n 2 p 121 juldez 2013 Disponível em httprevistagrupointegrado brrevistaindexphpperspectivascontemporaneasarticleview692557 Acesso em 10 jul 2018 17 Custo médio ponderado de capital Conteúdo S a G a H SOLUÇÕES EDUCACIONAIS INTEGRADAS