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7º Aula Interligação entre o lado real e o lado monetário da economia Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula vocês serão capazes de compreender a Teoria Quantitativa da Moeda entender o conceito de velocidade de circulação da moeda e os fatores que a afetam compreender o papel das políticas fiscal e monetária no nível de atividade econômica conhecer os instrumentos de política fiscal e monetária e como cada um deles é utilizado para atingir os objetivos macroeconômicos básicos compreender os fatores que determinam a eficácia das políticas fiscal e monetária Nesta aula analisaremos a ligação entre o lado real e o monetário da economia Estudaremos também o papel das políticas fiscal e monetária na correção das flutuações do produto em relação ao equilíbrio e na solução dos dois grandes problemas econômicos estudados na aula 06 a inflação e o desemprego Bons estudos 54 Macroeconomia 1 Moeda e nível de atividade econômica 2 Políticas de correção do nível de atividades 3 Eficácia das políticas fiscal e monetária 1 Moeda e nível de atividade econômica Existe uma relação direta entre o volume total de meios de pagamento no sistema econômico papel moeda moedas metálicas e depósitos à vista nos bancos comerciais e o valor total dos bens e serviços comercializados Em outras palavras existe uma relação direta entre a quantidade de moeda em circulação na economia e o nível de atividade econômica Esta relação direta significa que os dois variam no mesmo sentido Por exemplo se houver um aumento na quantidade de moeda em circulação na economia haverá um aumento na demanda e na oferta agregada aumentando o nível de atividade econômica Para entender o mecanismo entre moeda e nível de atividade será apresentada nesta seção a Teoria Quantitativa da Moeda mais especificamente a velocidaderenda da moeda ou velocidade de circulação da moeda 11 Equilíbrio da economia 111 Teoria quantitativa da moeda A Teoria Quantitativa da Moeda mostra a relação entre a quantidade de moeda e o nível de atividade econômica o qual é medido pelo valor total das transações realizadas na economia e claro utilizando moeda A equação da quantidade de moeda é mostrada abaixo MV PY Onde M quantidade de moeda em circulação V velocidaderenda da moeda P nível geral de preços da economia Y produto real da economia Antes de explicar a equação é de extrema importância entender o conceito de velocidade renda da moeda ou velocidade de circulação da moeda V Ela é definida como o número de vezes que o estoque de moeda circula na economia gerando produto e renda em determinado período A expressão para a velocidade de circulação da moeda obtida pela equação acima é V PY M Onde M quantidade de moeda em circulação Seções de estudo PY PIB Produto Interno Bruto quantidade de produto gerado dentro de um país multiplicado pelo nível de preços Suponhamos que em determinado período o PIB Produto Interno Bruto quantidade de produto gerada dentro do país multiplicada pelo nível de preços de uma economia hipotética seja igual a 100 bilhões Suponhamos também que a quantidade de moeda em circulação nesta economia está em 10 bilhões A velocidade de circulação da moeda será 10 o que significa que o estoque de moeda de 10 bilhões circulou 10 vezes durante o período e gerou um produto no valor de 100 bilhões Observe que a equação da Teoria Quantitativa da Moeda é uma igualdade Isso é fato já que a economia estará em equilíbrio quando a quantidade de moeda em circulação multiplica pelo número de vezes que ela circula gerando o produto é igual ao total de produto gerado na economia PIB 112 Fatores que afetam a velocidade de circulação da moeda A velocidade de circulação da moeda é influenciada por fatores como o desenvolvimento do sistema bancário o grau de verticalização da economia a taxa de juros e as expectativas com relação à inflação O primeiro fator que analisaremos é o desenvolvimento do sistema bancário Um sistema bancário desenvolvido possibilidade ao público uma série de facilidades como por exemplo uma grande quantidade de caixas eletrônicos cartões de crédito e débito cheques etc Assim quanto maior o grau de desenvolvimento do sistema bancário melhores serão as condições de acesso à moeda e finalmente maior será velocidade de circulação da moeda Antes de explicar o segundo fator que afeta a velocidade de circulação da moeda é preciso entender o significado de grau de verticalização Verticalização é a estratégia adotada por uma empresa de produzir internamente grande parte dos bens e serviços que precisa para realizar seu processo produtivo seria uma empresa faz tudo que não terceiriza sua produção Uma empresa verticalizada produz os componentes do processo produtivo em vez de comprálos no mercado Pensando agora na economia como um todo é possível afirmar que quanto maior o grau de verticalização da economia menor a necessidade de moeda já que as transações ocorrem dentro das próprias empresas apenas contabilmente Consequentemente quando maior o grau de verticalização da economia menor será a velocidade de circulação da moeda A velocidade de circulação da moeda também é afetada no curto prazo pela taxa de juros Quando as taxas de juros da economia são elevadas as pessoas irão reter menos moeda para transações portanto a quantidade de moeda em circulação diminui Como o produto da economia PIB não 55 se altera no curto prazo então a velocidade de circulação da moeda irá aumentar mantendo a igualdade defendida na equação da Teoria Quantidade da Moeda Finalmente as expectativas com relação à inflação também afetam a velocidade de circulação da moeda Se os agentes econômicos esperam que a inflação aumente eles ficarão com menos moeda em mãos gastando seu dinheiro rapidamente para evitar que seu poder de compra seja corroído pela inflação Assim a velocidade de circulação da moeda aumentará 113 Pressupostos da teoria quantitativa da moeda A teoria se baseia nos seguintes pressupostos causalidade o nível de preços da economia é determinado pela quantidade de moeda em circulação multiplicada pela velocidade de circulação da moeda Observe a equação MV PY Este pressuposto afirma que se aumentarmos a quantidade de moeda em circulação M ou a velocidade de circulação da moeda V mantendo o nível de produto constante Y constante não varia o nível de preços P irá aumentar velocidade de circulação estável ou permanente segundo os economistas clássicos a velocidade de circulação da moeda é constante no curto prazo Isso ocorre porque segundo eles os fatores que podem influenciar a velocidade de circulação da moeda desenvolvimento do sistema bancário e grau de verticalização da economia produzirão resultados apenas no longo prazo Estudaremos mais adiante os fatores que influenciam a velocidade de circulação da moeda por hora tenha em mente que segundo os clássicos ela é constante no curto prazo neutralidade da moeda este pressuposto afirma que a quantidade de moeda em circulação não afeta o nível de produção da economia no longo prazo o que confirma o primeiro pressuposto apresentado exogeneidade da moeda a quantidade de moeda em circulação na economia é controlada pela Autoridade Monetária Banco Central É importante ter fixado bem esta seção antes de continuar Se tiverem dúvidas nos encontramos no FÓRUM 2 Políticas de correção do nível de atividades Já foi estudado na Aula 01 que os principais objetivos da Política Macroeconômica são crescimento econômico alto nível de emprego estabilidade dos preços e equilíbrio das transações externas Vimos também que para atingir tais objetivos a Política Macroeconômica dispõe de alguns instrumentos ou políticas política fiscal política monetária política cambial e política de rendas Cada uma dessas políticas já foi explicada também na Aula 01 Nesta seção focaremos nossa atenção à atuação das políticas fiscal e monetária na luta da economia em direção ao seu objetivo e mais ainda na correção das flutuações da atividade econômica 21 O papel das políticas fiscal e monetária no nível de atividades 211 Política fiscal Segundo Keynes a economia tende a ser instável alterando períodos de recessão e desemprego com períodos de inflação Porém ele mesmo acreditava que o mundo não está fadado a arcar com os custos sociais do desemprego e da inflação A mensagem que ele deixou é que o governo tem a capacidade e a responsabilidade de combater as causas desses problemas Como vimos o desemprego é resultado de uma demanda agregada insuficiente enquanto a inflação é resultante de uma demanda agregada exagerada que se confronta com a oferta de bens e serviços insuficiente levando ao aumento dos preços Em caso de recessão ou depressão o governo poderia tomar certas medidas que proporcionem o aumento da demanda agregada fazendo com que a quantidade de produto nacional aumente e que as pessoas retornem ao trabalho Por outro lado nos períodos de inflação o governo pode adotar medidas que restrinjam a demanda agregada e assim reduzir a taxa de crescimento dos preços Para obter os resultados esperados segundo Keynes o governo deve fazer uso de políticas fiscais de controle da demanda agregada para assegurar que o país atinja a prosperidade sem inflação A política fiscal utiliza instrumentos como variação nos gastos do governo eou variação nas taxas e impostos para atingir os objetivos macroeconômicos PINHO VASCONCELLOS 2004 p 334 A política fiscal pode ser expansionista ou restritiva dependendo do objetivo da Política Macroeconômica Agora é a hora de estudarmos em detalhes os efeitos da política fiscal sobre o nível de atividade da economia como prometido já na Aula 01 212 Política fiscal expansionista Se o objetivo da política macroeconômica for um alto crescimento do produto e do emprego a política fiscal deve ser expansionista Vejamos então os efeitos da política fiscal expansionista por duas óticas aumento dos gastos do governo e redução dos impostos 56 Macroeconomia Ótica do aumento dos gastos públicos A variação nos gastos do governo é um instrumento fiscal muito importante para o aumento da demanda agregada já que os gastos do governo são um importante componente da demanda agregada como já estudamos na aula 03 e é mostrado novamente na equação abaixo DA C I G X M O governo pode aumentar seus gastos com investimento no país e desencadear um ciclo de prosperidade O governo pode contratar trabalhadores para a construção de estradas para o ensino nas escolas e universidades para manutenção de ruas e praças etc Quando os trabalhadores recebem seus pagamentos mais gastos acontecem na economia Os trabalhadores destinam a maior parte do seu salário em consumo estimulando a produção nas empresas consequentemente mais trabalhadores são contratados por elas e estes gastam seus salários em consumo E o ciclo continua Ótica da redução nos tributos A variação nos tributos afeta indiretamente via consumo a demanda agregada O consumo é também um componente da demanda agregada veja novamente a equação DA C I G X M Quando ocorre uma queda nos tributos cobrados ao consumidor a renda disponível aumenta Renda disponível é o montante da renda total que sobra para os consumidores depois que eles pagam seus impostos Se este montante é maior devido à queda nos impostos então sobrará mais renda que poderá ser destinada ao consumo das famílias O aumento do consumo e consequente aumento na demanda agregada estimula o crescimento do produto e do emprego Um corte nos impostos também é uma política fiscal expansionista A desvantagem de um aumento os gastos do governo e ou da redução da arrecadação de tributos do governo é que estas medidas podem levar o orçamento governamental em direção ao déficit ou seja a arrecadação do governo pode ser menor que seus gastos e o governo ficará devendo 213 Política fiscal restritiva Podem acontecer períodos em que a demanda agregada é muito elevada e o produto agregado não é suficiente para atender toda a demanda Se isso ocorre haverá um aumento dos preços e pressões inflacionárias Nesse caso o governo poderia entrar com uma política fiscal restritiva controlando seus próprios gastos ou aumento tributos e trazendo a demanda agregada de volta ao nível de produto o que contribui para eliminar as pressões inflacionárias Da mesma forma que fizemos acima analisaremos os efeitos da política fiscal restritiva por duas óticas redução dos gastos do governo e aumento dos impostos Ótica da redução dos gastos públicos A redução dos gastos públicos causará uma redução na demanda agregada pois como vimos os gastos públicos são um componente da demanda agregada Porém quando o objetivo é controlar a inflação por meio dos gastos públicos o ideal seria que houvesse redução nos gastos públicos improdutivos como redução de gastos com folha de pagamento do setor público por exemplo em vez de redução dos gastos com investimento os quais são potenciais geradores de emprego Ótica do aumento dos tributos Quando ocorre um aumento nos impostos a renda disponível do consumidor diminui e o consumo também diminui Consequentemente a demanda agregada será menor O desestímulo à demanda agregada irá portanto reduzir as pressões inflacionárias 214 Variação nos gastos ou variação nos impostos Como o governo escolhe qual dos instrumentos de política fiscal que irá utilizar para atingir os objetivos da Política Macroeconômica é uma decisão que envolve uma série de fatores As necessidades primordiais da sociedade a aceitação do governo frente aos seus eleitores e até mesmo o ano eleitoral são fatores cruciais na tomada de decisões Sem dúvida uma variação nos gastos governamentais tem efeito mais poderoso sobre a demanda agregada do que variações nos impostos Os economistas recomendam na maioria das vezes como melhor política fiscal a ser adotada mexer nos gastos do governo Porém desde a década de 1960 variação nos tributos tem sido o recurso adotado pelos governantes para controlar a demanda agregada Existem três razões para que seja adotada uma variação dos impostos como instrumento de política fiscal são elas um corte nos impostos para estimular a demanda agregada e a expansão da economia é mais bem aceito do que um aumento nos gastos do governo Isto porque existe certa incerteza em relação à habilidade e honestidade do governo em gastar inteligentemente o dinheiro e também porque existe certo temor em se aumentar cada vez mais a participação do governo na economia já que vivemos a era do neoliberalismo um corte ou aumento nos impostos pode ser implementado mais rapidamente do que uma mudança nos gastos do governo Por exemplo a construção de uma rodovia requer tempo e planejamento para poder ser colocada em prática o corte de impostos faz com que a renda do consumidor seja maior aumentando seu consumo e a utilidade e fazendo com que a aceitação do governo seja melhor o corte de impostos permite que as empresas 57 vendam produtos com valores mais baratos isentos de impostos atraindo compradores Compradores e empresas ficarão satisfeitos com o governo com certeza Políticas expansionistas são necessárias em períodos de demanda insuficiente e recessão e políticas restritivas são necessárias em períodos de demanda excessiva e inflação Assim a política fiscal precisa ser ajustada de tempos em tempos e o lado dos impostos é o mais conveniente 22 Política monetária Política Monetária e oferta de moeda estão intimamente ligadas A oferta de moeda é realizada pelas autoridades monetárias Banco Central através da emissão de notas e moedas metálicas e é também realizada pelos bancos comerciais que não emitem moeda mas podem criar ou destruíla PINHO VASCONCELLOS 2004 p 350 A Política Monetária pode ser expansionista ou restritiva e se refere à necessidade de se aumentar ou reduzir a oferta de moeda e é executada pela Autoridade Monetária do país ou seja o Banco Central O objetivo é que a oferta de moeda seja suficiente para garantir o desenvolvimento da economia sem excessos nem falta ou seja o objetivo é que haja crescimento econômico e alto nível de emprego mas sem inflação Para atingir seu objetivo a política monetária trabalha com alguns instrumentos como controle da taxa de juros e do crédito operações de mercado aberto compra e venda de títulos públicos política de redesconto depósitos compulsórios Cada um deles será estudado a seguir quando analisaremos os efeitos de uma política monetária sobre o nível de atividade econômica 221 Política monetária expansionista Em caso de recessão baixo nível de demanda agregada e de produto e alto nível de desemprego o Banco Central pode utilizar uma política monetária expansionista para estimular a economia Cabe ao Banco Central expandir a quantidade de moeda para elevar a demanda agregada e assim atingir os objetivos da Política Macroeconômica Os instrumentos que utilizam para atingir tais objetivos podem ser reservas compulsórias O Banco Central pode reduzir o percentual dos depósitos compulsórios ou seja o percentual dos depósitos à vista que os bancos comerciais são obrigados a deixar guardados no Banco Central assim haverá mais dinheiro disponível para os bancos poderem fazer empréstimos ao público Desse modo com mais empréstimos o público em geral terá mais acesso à moeda pois a quantidade de moeda em circulação aumenta Finalmente o consumo e a demanda agregada serão estimulados estimulando também a produção geração de emprego e renda na economia compra de títulos públicos Se o Banco Central comprar títulos públicos que estão em poder dos cidadãos estará injetando dinheiro na economia e a quantidade de moeda em circulação aumenta Assim o público em geral terá mais acesso à moeda o consumo e a demanda agregada serão estimulados e o mesmo ocorre com a produção geração de emprego e renda na economia política de redesconto À medida que o Banco Central adota uma política liberal de fornecimento de empréstimos e cobra uma taxa de redesconto baixa os bancos comerciais também adotam uma política liberal de empréstimos ao público já que se ficarem com dificuldades de caixa e tiverem que recorrer ao Banco Central não pagarão uma taxa de redesconto elevada Isso faz com que a oferta de moeda na economia seja maior o que estimula a economia como um todo redução na taxa de juros Uma baixa taxa de juros oferecida ao público em geral estimula a demanda por empréstimos ao mesmo tempo em que estimula a demanda agregada e toda a economia facilidades na obtenção de crédito Desde o início do Plano Real o público em geral obteve um maior acesso ao crédito ou seja maiores facilidades de parcelar suas compras automóveis viagens etc Assim a maioria das pessoas tem acesso a grande maioria dos bens e serviços oferecidos no mercado Isso estimulou a demanda e também estimulou muito a produção em todos os setores gerando mais emprego renda e demanda Estamos estudando um tema muito interessante e constantemente noticiado Procure em jornais revistas e na televisão sobre o assunto será muito bom confirmar que o assunto faz parte de seu cotidiano 222 Política monetária restritiva Apesar de toda a expansão maravilhosa que uma política monetária ou fiscal expansionista pode causar em uma economia se o setor produtivo não acompanhar o aumento da demanda agregada a economia irá se deparar com um excesso de demanda em relação à oferta agregada Consequentemente haverá pressões para alta da inflação na economia Em períodos de inflação o Banco Central precisa adotar uma política monetária restritiva Ele utilizará seus instrumentos para reduzir a quantidade de moeda em circulação e desestimular a demanda agregada pelo menos até que o setor produtivo possa se desenvolver e se ajustar às exigências de um elevado nível de demanda Os instrumentos de política monetária restritiva podem ser reser vas compulsórias Aumentando o percentual dos depósitos compulsórios os bancos comerciais terão menos dinheiro disponível para empréstimos Desestimulando com isso a oferta de empréstimos ao público os quais respondem reduzindo consumo e a demanda agregada será desestimulada venda de títulos públicos Se o Banco Central vende títulos públicos aos cidadãos estará enxugando ou retirando dinheiro da economia e a quantidade de moeda em circulação 58 Macroeconomia diminui diminuindo também o consumo e a demanda agregada política de redesconto Uma alta taxa de redesconto faz com que os bancos comerciais adotem uma política restritiva de empréstimos ao público já que se ficarem com dificuldades de caixa e tiverem que recorrer ao Banco Central pagarão uma taxa de redesconto elevada Isso faz com que a oferta de moeda na economia seja menor desestimula a demanda agregada elevação na taxa de juros Uma alta taxa de juros oferecida ao público em geral desestimula a demanda por empréstimos ao mesmo tempo em que desestimula a demanda agregada restrições à obtenção de crédito Um menor prazo dos empréstimos e financiamentos fixação de um limite para rolagem de dívidas de cartão de crédito adoção de encargos maiores para operações de leasing são medidas de contenção do crédito com o objetivo de conter o consumo 3 Eficácia das políticas fiscal e monetária A eficácia das políticas fiscal e monetária é um tema bastante discutido entre os defensores de cada uma delas É correto afirmar que ambas as políticas são de extrema importância e muito eficazes mas vale a pena estudar os fatores que determinam a escolha da melhor política a ser utilizada 31 Política fiscal ou política monetária 311 Fatores determinantes da escolha da melhor política Os economistas avaliam qual política é mais eficaz e qual será a escolhida dependendo da situação em que a economia se encontra Antes da tomada de decisão eles avaliam a velocidade de implementação de cada uma delas o grau de intervencionismo na economia o efeito das variações taxas de juros no nível de investimento e do efeito do multiplicador dos gastos VASCONCELLOS 2008 p 188 Com relação ao primeiro fator a política monetária é implementada mais rapidamente do que a política fiscal O Banco Central pode aplicar seus instrumentos de política monetária de imediato enquanto a decisão do governo de iniciar um novo investimento ou aumentar determinado imposto envolve muito burocracia e tempo A política fiscal é mais intervencionista que a política monetária Além disso a política monetária discrimina menos os setores as regiões e o público do que a política fiscal Isso pode ser explicado se comparar os efeitos de um aumento na taxa de juros política monetária com um aumento nos gastos do governo política fiscal Quanto ao papel das taxas de juros na economia sabemos que se o Banco Central precisa fazer uma política monetária expansionista ele pode reduzir a taxa de juros da economia Se os investidores ao perceberem a redução dos juros aumentarem seus investimentos então a política monetária terá sido eficaz Por outro lado se a maior parte da moeda for parar nas mãos de especuladores não haverá investimentos pois os especuladores irão esperar os juros subirem para aplicar seu dinheiro em ativos Neste caso a política monetária terá sido ineficaz Finalmente quanto maior o efeito do multiplicador keynesiano maior impacto um aumento dos gastos ou queda nos impostos irá causar na economia Consequentemente quanto maior o efeito do multiplicador keynesiano maior a eficácia da política fiscal Retomando a aula Novamente vamos relembrar o que foi estudado nesta aula 1 Moeda e nível de atividade econômica Nós nos dedicamos ao estudo da Teoria Quantitativa da Moeda 2 Políticas de correção do nível de atividades Estudamos as políticas fiscal e monetária seus objetivos e os instrumentos que utilizam para alcançálos 3 Eficácia das políticas fiscal e monetária Falamos um pouco sobre a eficácia das políticas fiscal e monetária Abaixo sugiro algumas leituras complementares e sites interessantes VASCONCELLOS M A S de LOPES L M Manual de Macroeconomia básico e intermediário 2ª edição São Paulo Editora Atlas 2000 PINHO Diva Benevides VASCONCELLOS Marco A Sandoval de Manual de Economia 5ª edição São Paulo Saraiva 2004 ROSSETTI José Paschoal Introdução à Economia 19ª edição São Paulo Editora Atlas 2002 Vale a pena ler 59 httpptshvoongcombooks1727411 horizont aliza C3 A7 C3 A3 o verticalizaC3A7C3A3owwwbcbgovbr h t t p w w w i e c e c o n n e t a r q u i vo s publicacoes39313587953pdf httpwwwfclarunespbrposecoPolitica FiscalDesenvolvimentopdf httpwwwfgvbrprofessorfholandaArquivo Polimonepdf httpeconomiaecapitalismoblogspotcom Vale a pena acessar httpwwwyoutubecomwatchvdB V3TEULJA Vale a pena assistir Minhas anotações
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7º Aula Interligação entre o lado real e o lado monetário da economia Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula vocês serão capazes de compreender a Teoria Quantitativa da Moeda entender o conceito de velocidade de circulação da moeda e os fatores que a afetam compreender o papel das políticas fiscal e monetária no nível de atividade econômica conhecer os instrumentos de política fiscal e monetária e como cada um deles é utilizado para atingir os objetivos macroeconômicos básicos compreender os fatores que determinam a eficácia das políticas fiscal e monetária Nesta aula analisaremos a ligação entre o lado real e o monetário da economia Estudaremos também o papel das políticas fiscal e monetária na correção das flutuações do produto em relação ao equilíbrio e na solução dos dois grandes problemas econômicos estudados na aula 06 a inflação e o desemprego Bons estudos 54 Macroeconomia 1 Moeda e nível de atividade econômica 2 Políticas de correção do nível de atividades 3 Eficácia das políticas fiscal e monetária 1 Moeda e nível de atividade econômica Existe uma relação direta entre o volume total de meios de pagamento no sistema econômico papel moeda moedas metálicas e depósitos à vista nos bancos comerciais e o valor total dos bens e serviços comercializados Em outras palavras existe uma relação direta entre a quantidade de moeda em circulação na economia e o nível de atividade econômica Esta relação direta significa que os dois variam no mesmo sentido Por exemplo se houver um aumento na quantidade de moeda em circulação na economia haverá um aumento na demanda e na oferta agregada aumentando o nível de atividade econômica Para entender o mecanismo entre moeda e nível de atividade será apresentada nesta seção a Teoria Quantitativa da Moeda mais especificamente a velocidaderenda da moeda ou velocidade de circulação da moeda 11 Equilíbrio da economia 111 Teoria quantitativa da moeda A Teoria Quantitativa da Moeda mostra a relação entre a quantidade de moeda e o nível de atividade econômica o qual é medido pelo valor total das transações realizadas na economia e claro utilizando moeda A equação da quantidade de moeda é mostrada abaixo MV PY Onde M quantidade de moeda em circulação V velocidaderenda da moeda P nível geral de preços da economia Y produto real da economia Antes de explicar a equação é de extrema importância entender o conceito de velocidade renda da moeda ou velocidade de circulação da moeda V Ela é definida como o número de vezes que o estoque de moeda circula na economia gerando produto e renda em determinado período A expressão para a velocidade de circulação da moeda obtida pela equação acima é V PY M Onde M quantidade de moeda em circulação Seções de estudo PY PIB Produto Interno Bruto quantidade de produto gerado dentro de um país multiplicado pelo nível de preços Suponhamos que em determinado período o PIB Produto Interno Bruto quantidade de produto gerada dentro do país multiplicada pelo nível de preços de uma economia hipotética seja igual a 100 bilhões Suponhamos também que a quantidade de moeda em circulação nesta economia está em 10 bilhões A velocidade de circulação da moeda será 10 o que significa que o estoque de moeda de 10 bilhões circulou 10 vezes durante o período e gerou um produto no valor de 100 bilhões Observe que a equação da Teoria Quantitativa da Moeda é uma igualdade Isso é fato já que a economia estará em equilíbrio quando a quantidade de moeda em circulação multiplica pelo número de vezes que ela circula gerando o produto é igual ao total de produto gerado na economia PIB 112 Fatores que afetam a velocidade de circulação da moeda A velocidade de circulação da moeda é influenciada por fatores como o desenvolvimento do sistema bancário o grau de verticalização da economia a taxa de juros e as expectativas com relação à inflação O primeiro fator que analisaremos é o desenvolvimento do sistema bancário Um sistema bancário desenvolvido possibilidade ao público uma série de facilidades como por exemplo uma grande quantidade de caixas eletrônicos cartões de crédito e débito cheques etc Assim quanto maior o grau de desenvolvimento do sistema bancário melhores serão as condições de acesso à moeda e finalmente maior será velocidade de circulação da moeda Antes de explicar o segundo fator que afeta a velocidade de circulação da moeda é preciso entender o significado de grau de verticalização Verticalização é a estratégia adotada por uma empresa de produzir internamente grande parte dos bens e serviços que precisa para realizar seu processo produtivo seria uma empresa faz tudo que não terceiriza sua produção Uma empresa verticalizada produz os componentes do processo produtivo em vez de comprálos no mercado Pensando agora na economia como um todo é possível afirmar que quanto maior o grau de verticalização da economia menor a necessidade de moeda já que as transações ocorrem dentro das próprias empresas apenas contabilmente Consequentemente quando maior o grau de verticalização da economia menor será a velocidade de circulação da moeda A velocidade de circulação da moeda também é afetada no curto prazo pela taxa de juros Quando as taxas de juros da economia são elevadas as pessoas irão reter menos moeda para transações portanto a quantidade de moeda em circulação diminui Como o produto da economia PIB não 55 se altera no curto prazo então a velocidade de circulação da moeda irá aumentar mantendo a igualdade defendida na equação da Teoria Quantidade da Moeda Finalmente as expectativas com relação à inflação também afetam a velocidade de circulação da moeda Se os agentes econômicos esperam que a inflação aumente eles ficarão com menos moeda em mãos gastando seu dinheiro rapidamente para evitar que seu poder de compra seja corroído pela inflação Assim a velocidade de circulação da moeda aumentará 113 Pressupostos da teoria quantitativa da moeda A teoria se baseia nos seguintes pressupostos causalidade o nível de preços da economia é determinado pela quantidade de moeda em circulação multiplicada pela velocidade de circulação da moeda Observe a equação MV PY Este pressuposto afirma que se aumentarmos a quantidade de moeda em circulação M ou a velocidade de circulação da moeda V mantendo o nível de produto constante Y constante não varia o nível de preços P irá aumentar velocidade de circulação estável ou permanente segundo os economistas clássicos a velocidade de circulação da moeda é constante no curto prazo Isso ocorre porque segundo eles os fatores que podem influenciar a velocidade de circulação da moeda desenvolvimento do sistema bancário e grau de verticalização da economia produzirão resultados apenas no longo prazo Estudaremos mais adiante os fatores que influenciam a velocidade de circulação da moeda por hora tenha em mente que segundo os clássicos ela é constante no curto prazo neutralidade da moeda este pressuposto afirma que a quantidade de moeda em circulação não afeta o nível de produção da economia no longo prazo o que confirma o primeiro pressuposto apresentado exogeneidade da moeda a quantidade de moeda em circulação na economia é controlada pela Autoridade Monetária Banco Central É importante ter fixado bem esta seção antes de continuar Se tiverem dúvidas nos encontramos no FÓRUM 2 Políticas de correção do nível de atividades Já foi estudado na Aula 01 que os principais objetivos da Política Macroeconômica são crescimento econômico alto nível de emprego estabilidade dos preços e equilíbrio das transações externas Vimos também que para atingir tais objetivos a Política Macroeconômica dispõe de alguns instrumentos ou políticas política fiscal política monetária política cambial e política de rendas Cada uma dessas políticas já foi explicada também na Aula 01 Nesta seção focaremos nossa atenção à atuação das políticas fiscal e monetária na luta da economia em direção ao seu objetivo e mais ainda na correção das flutuações da atividade econômica 21 O papel das políticas fiscal e monetária no nível de atividades 211 Política fiscal Segundo Keynes a economia tende a ser instável alterando períodos de recessão e desemprego com períodos de inflação Porém ele mesmo acreditava que o mundo não está fadado a arcar com os custos sociais do desemprego e da inflação A mensagem que ele deixou é que o governo tem a capacidade e a responsabilidade de combater as causas desses problemas Como vimos o desemprego é resultado de uma demanda agregada insuficiente enquanto a inflação é resultante de uma demanda agregada exagerada que se confronta com a oferta de bens e serviços insuficiente levando ao aumento dos preços Em caso de recessão ou depressão o governo poderia tomar certas medidas que proporcionem o aumento da demanda agregada fazendo com que a quantidade de produto nacional aumente e que as pessoas retornem ao trabalho Por outro lado nos períodos de inflação o governo pode adotar medidas que restrinjam a demanda agregada e assim reduzir a taxa de crescimento dos preços Para obter os resultados esperados segundo Keynes o governo deve fazer uso de políticas fiscais de controle da demanda agregada para assegurar que o país atinja a prosperidade sem inflação A política fiscal utiliza instrumentos como variação nos gastos do governo eou variação nas taxas e impostos para atingir os objetivos macroeconômicos PINHO VASCONCELLOS 2004 p 334 A política fiscal pode ser expansionista ou restritiva dependendo do objetivo da Política Macroeconômica Agora é a hora de estudarmos em detalhes os efeitos da política fiscal sobre o nível de atividade da economia como prometido já na Aula 01 212 Política fiscal expansionista Se o objetivo da política macroeconômica for um alto crescimento do produto e do emprego a política fiscal deve ser expansionista Vejamos então os efeitos da política fiscal expansionista por duas óticas aumento dos gastos do governo e redução dos impostos 56 Macroeconomia Ótica do aumento dos gastos públicos A variação nos gastos do governo é um instrumento fiscal muito importante para o aumento da demanda agregada já que os gastos do governo são um importante componente da demanda agregada como já estudamos na aula 03 e é mostrado novamente na equação abaixo DA C I G X M O governo pode aumentar seus gastos com investimento no país e desencadear um ciclo de prosperidade O governo pode contratar trabalhadores para a construção de estradas para o ensino nas escolas e universidades para manutenção de ruas e praças etc Quando os trabalhadores recebem seus pagamentos mais gastos acontecem na economia Os trabalhadores destinam a maior parte do seu salário em consumo estimulando a produção nas empresas consequentemente mais trabalhadores são contratados por elas e estes gastam seus salários em consumo E o ciclo continua Ótica da redução nos tributos A variação nos tributos afeta indiretamente via consumo a demanda agregada O consumo é também um componente da demanda agregada veja novamente a equação DA C I G X M Quando ocorre uma queda nos tributos cobrados ao consumidor a renda disponível aumenta Renda disponível é o montante da renda total que sobra para os consumidores depois que eles pagam seus impostos Se este montante é maior devido à queda nos impostos então sobrará mais renda que poderá ser destinada ao consumo das famílias O aumento do consumo e consequente aumento na demanda agregada estimula o crescimento do produto e do emprego Um corte nos impostos também é uma política fiscal expansionista A desvantagem de um aumento os gastos do governo e ou da redução da arrecadação de tributos do governo é que estas medidas podem levar o orçamento governamental em direção ao déficit ou seja a arrecadação do governo pode ser menor que seus gastos e o governo ficará devendo 213 Política fiscal restritiva Podem acontecer períodos em que a demanda agregada é muito elevada e o produto agregado não é suficiente para atender toda a demanda Se isso ocorre haverá um aumento dos preços e pressões inflacionárias Nesse caso o governo poderia entrar com uma política fiscal restritiva controlando seus próprios gastos ou aumento tributos e trazendo a demanda agregada de volta ao nível de produto o que contribui para eliminar as pressões inflacionárias Da mesma forma que fizemos acima analisaremos os efeitos da política fiscal restritiva por duas óticas redução dos gastos do governo e aumento dos impostos Ótica da redução dos gastos públicos A redução dos gastos públicos causará uma redução na demanda agregada pois como vimos os gastos públicos são um componente da demanda agregada Porém quando o objetivo é controlar a inflação por meio dos gastos públicos o ideal seria que houvesse redução nos gastos públicos improdutivos como redução de gastos com folha de pagamento do setor público por exemplo em vez de redução dos gastos com investimento os quais são potenciais geradores de emprego Ótica do aumento dos tributos Quando ocorre um aumento nos impostos a renda disponível do consumidor diminui e o consumo também diminui Consequentemente a demanda agregada será menor O desestímulo à demanda agregada irá portanto reduzir as pressões inflacionárias 214 Variação nos gastos ou variação nos impostos Como o governo escolhe qual dos instrumentos de política fiscal que irá utilizar para atingir os objetivos da Política Macroeconômica é uma decisão que envolve uma série de fatores As necessidades primordiais da sociedade a aceitação do governo frente aos seus eleitores e até mesmo o ano eleitoral são fatores cruciais na tomada de decisões Sem dúvida uma variação nos gastos governamentais tem efeito mais poderoso sobre a demanda agregada do que variações nos impostos Os economistas recomendam na maioria das vezes como melhor política fiscal a ser adotada mexer nos gastos do governo Porém desde a década de 1960 variação nos tributos tem sido o recurso adotado pelos governantes para controlar a demanda agregada Existem três razões para que seja adotada uma variação dos impostos como instrumento de política fiscal são elas um corte nos impostos para estimular a demanda agregada e a expansão da economia é mais bem aceito do que um aumento nos gastos do governo Isto porque existe certa incerteza em relação à habilidade e honestidade do governo em gastar inteligentemente o dinheiro e também porque existe certo temor em se aumentar cada vez mais a participação do governo na economia já que vivemos a era do neoliberalismo um corte ou aumento nos impostos pode ser implementado mais rapidamente do que uma mudança nos gastos do governo Por exemplo a construção de uma rodovia requer tempo e planejamento para poder ser colocada em prática o corte de impostos faz com que a renda do consumidor seja maior aumentando seu consumo e a utilidade e fazendo com que a aceitação do governo seja melhor o corte de impostos permite que as empresas 57 vendam produtos com valores mais baratos isentos de impostos atraindo compradores Compradores e empresas ficarão satisfeitos com o governo com certeza Políticas expansionistas são necessárias em períodos de demanda insuficiente e recessão e políticas restritivas são necessárias em períodos de demanda excessiva e inflação Assim a política fiscal precisa ser ajustada de tempos em tempos e o lado dos impostos é o mais conveniente 22 Política monetária Política Monetária e oferta de moeda estão intimamente ligadas A oferta de moeda é realizada pelas autoridades monetárias Banco Central através da emissão de notas e moedas metálicas e é também realizada pelos bancos comerciais que não emitem moeda mas podem criar ou destruíla PINHO VASCONCELLOS 2004 p 350 A Política Monetária pode ser expansionista ou restritiva e se refere à necessidade de se aumentar ou reduzir a oferta de moeda e é executada pela Autoridade Monetária do país ou seja o Banco Central O objetivo é que a oferta de moeda seja suficiente para garantir o desenvolvimento da economia sem excessos nem falta ou seja o objetivo é que haja crescimento econômico e alto nível de emprego mas sem inflação Para atingir seu objetivo a política monetária trabalha com alguns instrumentos como controle da taxa de juros e do crédito operações de mercado aberto compra e venda de títulos públicos política de redesconto depósitos compulsórios Cada um deles será estudado a seguir quando analisaremos os efeitos de uma política monetária sobre o nível de atividade econômica 221 Política monetária expansionista Em caso de recessão baixo nível de demanda agregada e de produto e alto nível de desemprego o Banco Central pode utilizar uma política monetária expansionista para estimular a economia Cabe ao Banco Central expandir a quantidade de moeda para elevar a demanda agregada e assim atingir os objetivos da Política Macroeconômica Os instrumentos que utilizam para atingir tais objetivos podem ser reservas compulsórias O Banco Central pode reduzir o percentual dos depósitos compulsórios ou seja o percentual dos depósitos à vista que os bancos comerciais são obrigados a deixar guardados no Banco Central assim haverá mais dinheiro disponível para os bancos poderem fazer empréstimos ao público Desse modo com mais empréstimos o público em geral terá mais acesso à moeda pois a quantidade de moeda em circulação aumenta Finalmente o consumo e a demanda agregada serão estimulados estimulando também a produção geração de emprego e renda na economia compra de títulos públicos Se o Banco Central comprar títulos públicos que estão em poder dos cidadãos estará injetando dinheiro na economia e a quantidade de moeda em circulação aumenta Assim o público em geral terá mais acesso à moeda o consumo e a demanda agregada serão estimulados e o mesmo ocorre com a produção geração de emprego e renda na economia política de redesconto À medida que o Banco Central adota uma política liberal de fornecimento de empréstimos e cobra uma taxa de redesconto baixa os bancos comerciais também adotam uma política liberal de empréstimos ao público já que se ficarem com dificuldades de caixa e tiverem que recorrer ao Banco Central não pagarão uma taxa de redesconto elevada Isso faz com que a oferta de moeda na economia seja maior o que estimula a economia como um todo redução na taxa de juros Uma baixa taxa de juros oferecida ao público em geral estimula a demanda por empréstimos ao mesmo tempo em que estimula a demanda agregada e toda a economia facilidades na obtenção de crédito Desde o início do Plano Real o público em geral obteve um maior acesso ao crédito ou seja maiores facilidades de parcelar suas compras automóveis viagens etc Assim a maioria das pessoas tem acesso a grande maioria dos bens e serviços oferecidos no mercado Isso estimulou a demanda e também estimulou muito a produção em todos os setores gerando mais emprego renda e demanda Estamos estudando um tema muito interessante e constantemente noticiado Procure em jornais revistas e na televisão sobre o assunto será muito bom confirmar que o assunto faz parte de seu cotidiano 222 Política monetária restritiva Apesar de toda a expansão maravilhosa que uma política monetária ou fiscal expansionista pode causar em uma economia se o setor produtivo não acompanhar o aumento da demanda agregada a economia irá se deparar com um excesso de demanda em relação à oferta agregada Consequentemente haverá pressões para alta da inflação na economia Em períodos de inflação o Banco Central precisa adotar uma política monetária restritiva Ele utilizará seus instrumentos para reduzir a quantidade de moeda em circulação e desestimular a demanda agregada pelo menos até que o setor produtivo possa se desenvolver e se ajustar às exigências de um elevado nível de demanda Os instrumentos de política monetária restritiva podem ser reser vas compulsórias Aumentando o percentual dos depósitos compulsórios os bancos comerciais terão menos dinheiro disponível para empréstimos Desestimulando com isso a oferta de empréstimos ao público os quais respondem reduzindo consumo e a demanda agregada será desestimulada venda de títulos públicos Se o Banco Central vende títulos públicos aos cidadãos estará enxugando ou retirando dinheiro da economia e a quantidade de moeda em circulação 58 Macroeconomia diminui diminuindo também o consumo e a demanda agregada política de redesconto Uma alta taxa de redesconto faz com que os bancos comerciais adotem uma política restritiva de empréstimos ao público já que se ficarem com dificuldades de caixa e tiverem que recorrer ao Banco Central pagarão uma taxa de redesconto elevada Isso faz com que a oferta de moeda na economia seja menor desestimula a demanda agregada elevação na taxa de juros Uma alta taxa de juros oferecida ao público em geral desestimula a demanda por empréstimos ao mesmo tempo em que desestimula a demanda agregada restrições à obtenção de crédito Um menor prazo dos empréstimos e financiamentos fixação de um limite para rolagem de dívidas de cartão de crédito adoção de encargos maiores para operações de leasing são medidas de contenção do crédito com o objetivo de conter o consumo 3 Eficácia das políticas fiscal e monetária A eficácia das políticas fiscal e monetária é um tema bastante discutido entre os defensores de cada uma delas É correto afirmar que ambas as políticas são de extrema importância e muito eficazes mas vale a pena estudar os fatores que determinam a escolha da melhor política a ser utilizada 31 Política fiscal ou política monetária 311 Fatores determinantes da escolha da melhor política Os economistas avaliam qual política é mais eficaz e qual será a escolhida dependendo da situação em que a economia se encontra Antes da tomada de decisão eles avaliam a velocidade de implementação de cada uma delas o grau de intervencionismo na economia o efeito das variações taxas de juros no nível de investimento e do efeito do multiplicador dos gastos VASCONCELLOS 2008 p 188 Com relação ao primeiro fator a política monetária é implementada mais rapidamente do que a política fiscal O Banco Central pode aplicar seus instrumentos de política monetária de imediato enquanto a decisão do governo de iniciar um novo investimento ou aumentar determinado imposto envolve muito burocracia e tempo A política fiscal é mais intervencionista que a política monetária Além disso a política monetária discrimina menos os setores as regiões e o público do que a política fiscal Isso pode ser explicado se comparar os efeitos de um aumento na taxa de juros política monetária com um aumento nos gastos do governo política fiscal Quanto ao papel das taxas de juros na economia sabemos que se o Banco Central precisa fazer uma política monetária expansionista ele pode reduzir a taxa de juros da economia Se os investidores ao perceberem a redução dos juros aumentarem seus investimentos então a política monetária terá sido eficaz Por outro lado se a maior parte da moeda for parar nas mãos de especuladores não haverá investimentos pois os especuladores irão esperar os juros subirem para aplicar seu dinheiro em ativos Neste caso a política monetária terá sido ineficaz Finalmente quanto maior o efeito do multiplicador keynesiano maior impacto um aumento dos gastos ou queda nos impostos irá causar na economia Consequentemente quanto maior o efeito do multiplicador keynesiano maior a eficácia da política fiscal Retomando a aula Novamente vamos relembrar o que foi estudado nesta aula 1 Moeda e nível de atividade econômica Nós nos dedicamos ao estudo da Teoria Quantitativa da Moeda 2 Políticas de correção do nível de atividades Estudamos as políticas fiscal e monetária seus objetivos e os instrumentos que utilizam para alcançálos 3 Eficácia das políticas fiscal e monetária Falamos um pouco sobre a eficácia das políticas fiscal e monetária Abaixo sugiro algumas leituras complementares e sites interessantes VASCONCELLOS M A S de LOPES L M Manual de Macroeconomia básico e intermediário 2ª edição São Paulo Editora Atlas 2000 PINHO Diva Benevides VASCONCELLOS Marco A Sandoval de Manual de Economia 5ª edição São Paulo Saraiva 2004 ROSSETTI José Paschoal Introdução à Economia 19ª edição São Paulo Editora Atlas 2002 Vale a pena ler 59 httpptshvoongcombooks1727411 horizont aliza C3 A7 C3 A3 o verticalizaC3A7C3A3owwwbcbgovbr h t t p w w w i e c e c o n n e t a r q u i vo s publicacoes39313587953pdf httpwwwfclarunespbrposecoPolitica FiscalDesenvolvimentopdf httpwwwfgvbrprofessorfholandaArquivo Polimonepdf httpeconomiaecapitalismoblogspotcom Vale a pena acessar httpwwwyoutubecomwatchvdB V3TEULJA Vale a pena assistir Minhas anotações