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Microbiologia

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BACTÉRIAS As bactérias de interesse médico podem apresentar formas esféricas cocos cilíndricas bacilos e de espiral Cocos Os cocos são redondos mas podem ser ovais alongados ou achatados Podem permanecer unidas após a divisão formando pares cadeias e cachos Bacilos Espiraladas Os bacilos possuem poucos arranjos ou agrupamentos Staphylococcus epidermidis Bacillus cereus Bactérias espiraladas podem ter uma ou mais espirais Quando têm o corpo rígido e são como vírgulas são chamadas de vibriões e espirilos quando tem o formato de sacarolha As mais flexíveis espiroquetas Treponema pallidum Os MO são transparentes uso de corantes para visualizar forma e arranjo Os métodos mais utilizados Gram e de ZiehlNeelsen Gram e Gram Cristal violeta Lugol Álcohol Fucsina Grampositivas Gramnegativas ZiehlNeelsen bactérias que não se coram bem pelo método de Gram álcoolácido resistente Bacilo da lepra e tuberculose Membrana plasmática Parede celular Nucleóide Plasmídeo Ribossomos e grânulos pared celular cápsula DNA nucleoide membrana plasmática citoplasma ribosomos mesossomo flagelo Parede celular é uma estrutura complexa semirrígida responsável pela forma da célula A parede celular circunda a frágil membrana plasmática protegendoa e ao interior da célula das alterações adversas no ambiente externo Clinicamente a parede celular é importante pois contribui para a capacidade de algumas espécies causarem doenças e também por ser o local de ação de alguns antibióticos a Estrutura de peptidoglicana em bactéria grampositiva b Parede celular grampositiva c Parede celular gramnegativa A parede celular bacteriana é composta de uma rede macromolecular denominada peptideoglicana Na maioria das bactérias grampositivas a parede celular consiste em muitas camadas de peptideoglicana formando uma estrutura espessa e rígida Em contraste as paredes celulares de gramnegativas contêm somente uma camada fina de peptideoglicana A membrana externa da célula gramnegativa consiste em lipopolissacarídeos LPS lipoproteínas e fosfolipídeos Exceção micoplasma 1Glicocálice é o termo geral usado para as substâncias que envolvem as célulasSua composição química varia amplamente entre as espécies Se a substância é organizada e está firmemente aderida à parede celular o glicocálice é descrito como uma cápsula Se fracamente aderida à parede celular o glicocálice é descrito como uma camada viscosa Funções 1 as cápsulas são importantes para a contribuição da virulência bacteriana 2 as cápsulas protegem as bactérias patogênicas da fagocitose 3 Fixação II Flagelos Cada flagelo procariótico é uma estrutura helicoidal semirrígida que move a célula pela rotação do corpo basal Movimento pode ter sentido horário ou antihorário em torno de seu eixo longo A proteína flagelar antígeno H é útil para diferenciar entre os sorovares ou variações dentro de uma espécie de bactérias gramnegativas E coli O157H7 estão associados a epidemias de intoxicação alimentar III Fímbrias e pili Muitas bactérias gramnegativas contêm apêndices semelhantes a pelos que são mais curtos retos e finos que os flagelos e que são usados mais para fixação e transferência de DNA que para mobilidade Os pili estão envolvidos na mobilidade celular e na transferência de DNA O nucleoide de uma célula bacteriana normalmente contém uma única molécula longa e contínua de DNA de fita dupla com frequência arranjada de forma circular denominada cromossomo bacteriano Além do cromossomo bacteriano as bactérias frequentemente contêm pequenas moléculas de DNA de fita dupla circulares denominadas plasmídeo associado a prot da MP Estruturas internas Os plasmídeos podem transportar genes para atividades como resistência aos antibióticos tolerância a metais tóxicos produção de toxinas e síntese de enzimas Quando os nutrientes essenciais se esgotam certas bactérias grampositivas como as dos gêneros Clostridium e Bacillus formam células especializadas de repouso denominadas endosporos São células desidratadas altamente duráveis com paredes espessas e camadas adicionais Usamos o termo metabolismo para nos referirmos à soma de todas as reações químicas dentro de um organismo vivo Anabolismo catabolismo FASES METABÓLICAS As moléculas de nutrientes como todas as moléculas têm energia associada com os elétrons que formam as ligações entre seus átomos Várias reações nas vias catabólicas concentram a energia dentro das ligações do ATP que serve como um transportador conveniente de energia Em um certo sentido o ATP é similar a um líquido altamente inflamável como querosene Reações de oxidaçãoredução A glicólise produz ATP e reduz NAD a NADH enquanto oxida glicose em ácido pirúvico Na respiração o ácido pirúvico é convertido no primeiro reagente no ciclo de Krebs O ciclo de Krebs produz ATP e reduz NAD e outro carreador de elétron chamado de FADH2 enquanto libera CO2 NADH e FADH2 de ambos os processos carregam elétrons até a cadeia de transporte de elétrons Na cadeia de transporte de elétrons a energia dos elétrons é utilizada para produzir uma grande quantidade de ATP Grande parte da energia liberada durante reações de oxidaçãoredução é armazenada dentro da célula pela formação de ATP A maioria dos microrganismos oxida carboidratos como sua fonte primária de energia celular Após a glicose ter sido quebrada em ácido pirúvico esse ácido pode ser guiado ao próximo passo da fermentação ou da respiração celular Após a glicose ter sido quebrada em ácido pirúvico esse ácido pode ser completamente quebrado na respiração ou pode ser convertido em um produto orgânico na fermentação Dois dos mais importantes processos a fermentação do ácido lático e a fermentação alcoólica Rendimentos em ATP Método 2 ATP fosforilação em nível de substrato 6 ATP fosforilação oxidativa na cadeia de transporte de elétrons 6 ATP fosforilação oxidativa na cadeia de transporte de elétrons 2 GTP equivalente ao ATP fosforilação em nível de substrato 18 ATP fosforilação oxidativa na cadeia de transporte de elétrons 4 ATP fosforilação oxidativa na cadeia de transporte de elétrons Total 38 ATP Organismo Streptococcus Lactobacillus Bacillus Saccharomyces levedura Propionibacterium Clostridium Escherichia Salmonella Enterobacter Produtos finalis da fermentação Ácido lático Etanol e CO2 Ácido propiónico ácido acético CO2 e H2 Ácido butírico butanol acetona álcool isopropílico e CO2 Etanol ácido lático ácido fórmico butanoidiol acetona CO2 e H2 Etanol ácido lático ácido fórmico butanediol acetona CO2 e H2 Os microrganismos também oxidam lipídeos e proteínas e as oxidações de todos esses nutrientes estão relacionadas O ciclo de Krebs funciona na oxidação do glicerol e dos ácidos graxos Os microrganismos produzem proteases e peptidases extracelulares que quebram as proteínas nos seus componentes aminoácidos os quais podem então atravessar as membranas Ciclo de Krebs Proteínas Carboidratos Lipídeos Açúcares Glicerol Glucose Glicólise Gliceraldeído 3fosfato Ácido pirúvico AcetilCoA Ciclo de Krebs CO2 Todos os organismos Fonte de energia Química Fonte de carbono Composição orgânica Quimioheterotróficos Aceptor final de elétrons Composto orgânico Sem O2 Composto inorgânico Fatores físicos que influenciam Temperatura pH Pressão osmótica A maioria dos microrganismos cresce bem nas temperaturas ideais para os seres humanos A maioria das bactérias cresce melhor em uma faixa estreita de pH perto da neutralidade entre pH 65 e 75 Poucas bactérias crescem em um pH ácido abaixo de 4 chucrute os picles e muitos queijos são protegidos da deterioração Os fungos e as leveduras crescem em uma faixa maior de pH que as bactérias mas o pH ótimo dos fungos e das leveduras geralmente é menor que o bacteriano entre pH 5 e 6 Os MO requerem água para seu crescimento sendo que sua composição é de 80 a 90 de água A adição de sais ou outros solutos em uma solução e o aumento resultante na pressão osmótica pode ser utilizada para preservar alimentos A maioria dos microrganismos contudo deve ser cultivada em meio constituído quase que somente de água agar 15 Fatores químicos que influenciam 1Carbono 2Nitrogênio enxofre e fósforo 3Elementos traços 4Oxigênio Carbono esqueleto estrutural Síntese de proteínas nitrogênio e enxofre Síntese de ácidos nucléicos fósforo Elementos traços ferro cobre Efeito do oxigênio no crescimento Somente crescimento aeróbico Crescimento bacteriano em tubo com meio de cultura sólido Crescimento somente em altas concentrações difundidas Explicações para os padrões de crescimento Crescimento somente onde não há oxigênio Na natureza os microrganismos raramente vivem em colônias isoladas de uma única espécie como vemos no laboratório Mais tipicamente eles vivem em comunidades chamadas de biofilmes Os biofilmes residem em uma matriz feita essencialmente de polissacarídeos mas contendo também DNA e proteínas com frequência chamada de limo Os biofilmes geralmente são fixados em superfícies como uma pedra em um lago um dente humano ou uma membrana mucosa Os biofilmes são um importante fator para a saúde humana Por exemplo os microrganismos em um biofilme provavelmente sejam 1000 vezes mais resistentes aos microbicidas A maioria das infecções nosocomiais infecções hospitalares está relacionada à presença de biofilmes nos cateteres médicos Meio quimicamente definido Meio complexo Meios de cultivo seletivo e diferencial Meio redutor Meio de enriquecimento Meio quimicamente definido 1 composição exata é conhecida 2 MO fastidiosos Meio complexo 1 A maioria das bactérias e dos fungos é cultivada rotineiramente em meios complexos feitos de nutrientes como extratos de leveduras de carnes ou de plantas Meio Redutor 2 Esses meios contêm ingredientes como o tioglicolato de sódio que combinamse quimicamente com o oxigênio dissolvido e o eliminam no meio de cultura Classificação Ágar nutritente Simples de fácil preparo e barato é utilizado na análise de água alimentos e leite como meio para cultivo de amostras submetidas a exames bacteriológicos e isolamento de organismos para culturas puras Cor original branco opalescente Positivo crescimento na superfície Meios de cultivo seletivo e diferencial 1 Os meios seletivos são elaborados para impedir o crescimento de bactérias indesejadas e favorecer o crescimento dos microrganismos de interesse 2 Os meios diferenciais facilitam a diferenciação das colônias de um microrganismo desejado em relação a outras colônias crescendo na mesma placa DIAGNÓSTICO Estafilococos Meios de enriquecimento Como as bactérias em pequeno número podem ser perdidas em particular se outras bactérias estiverem presentes em maior número algumas vezes é necessário utilizar uma cultura de enriquecimento ÁGAR SANGUE Fase lag Fase log Fase estacionária Fase de morte celular Quando algumas bactérias são inoculadas em um meio líquido de crescimento e a população é contada em intervalos regulares é possível representar graficamente a curva de crescimento bacteriano que mostra o crescimento das células em função do tempo Há quatro fases básicas de crescimento a fase lag a fase log a fase estacionária e a fase de morte celular MECANISMOS DE PATOGENICIDADE PRINCIPAIS VIAS DE INFECCAO Para causar doença a maioria dos patógenos deve obter acesso ao hospedeiro se aderir aos tecidos penetrar ou evitar as defesas e danificar os tecidos do hospedeiro Alguns microrganismos não causam doença pelo dano direto aos tecidos do hospedeiro Em vez disso a doença ocorre como resultado do acúmulo de excretas microbianas PORTAS DE ENTRADA As portas de entrada para os patógenos incluem as membranas mucosas a pele e a deposição direta sob a pele ou as membranas via parenteral A maioria dos patógenos entra no hospedeiro através das mucosas dos tratos gastrintestinal e respiratório O trato respiratório é a porta de entrada mais fácil e utilizada com mais frequência pelos microrganismos MO são inalados para dentro da cavidade nasal ou boca em gotículas de umidade ou partículas de pó Membranas mucosas A maioria dos micróbios que entra no corpo pela via gastrintestinal é destruída pelo ácido clorídrico HCl e pelas enzimas presentes no estômago ou pela bile e enzimas no intestino delgado O trato geniturinário é a porta de entrada de patógenos que são sexualmente transmitidos Alguns micróbios que causam doenças sexualmente transmissíveis DSTs podem entrar no organismo através de membranas mucosas íntegras Outros requerem a presença de cortes ou abrasões de algum tipo A pele íntegra é impenetrável para a maioria dos microrganismos Alguns micróbios podem ter acesso ao corpo através de aberturas na pele como folículos pilosos e ductos sudoríparos A conjuntiva é uma membrana mucosa delicada que reveste as pálpebras e cobre a parte branca dos globos oculares Embora seja uma barreira relativamente eficiente contra infecções certas doenças como a conjuntivite o tracoma e a oftalmia neonatal podem ser adquiridas pela conjuntiva Pele Perfurações injeções mordidas cortes ferimentos cirurgias e rompimento da pele ou das membranas mucosas por inchaços podem estabelecer vias parenterais O HIV os vírus que causam hepatites e as bactérias que causam tétano e gangrenas podem ser transmitidos parenteralmente Via parenteral Mesmo depois que os microrganismos entram no corpo eles não necessariamente causam doença A ocorrência de doença depende de vários fatores Muitos patógenos possuem uma porta de entrada preferencial se entra por outra não causa doença Tabela 151 Portas de entrada para os patógenos e algumas doenças comuns Trato gastrointestinal Pele ou via parenteral NÚMEROS DE MICRORGANISMOS INVASORES Se apenas alguns micróbios penetrarem o corpo eles provavelmente serão eliminados pelas defesas do hospedeiro Entretanto se um grande número de micróbios obtiver acesso ao organismo o cenário está pronto para o desenvolvimento de doença A virulência de um microrganismo frequentemente é expressa como DI50 dose infectante para 50 de uma amostra da população A DI50 através da pele antraz cutâneo é de 10 a 50 endosporos a DI50 para a inalação de antraz é de 10000 a 50000 endosporos e a DI50 para o antraz gastrintestinal é a ingestão de 250000 a 1000000 de endosporos Esses dados demonstram que o antraz cutâneo é significativamente mais fácil de ser adquirido do que as formas inalatória ou gastrintestinal A potência de uma toxina muitas vezes é expressa como DL50 dose letal para 50 de uma amostra da população ADERÊNCIA Quase todos os patógenos apresentam algum mecanismo para se aderir aos tecidos do hospedeiro em sua porta de entrada Para a maioria dos patógenos esse fenômeno chamado de aderência ou adesão é uma etapa necessária para a patogenicidade a As moléculas na superfície de um patógeno chamadas de adesinas ou ligantes se ligam especificamente a receptores de superfície complementares nas células de certos tipos de tecidos do hospedeiro b Bactérias E coli amarelo esverdeado em células da bexiga urinária de seres humanos Os microrganismos possuem a habilidade de se agrupar em grandes quantidades aderir a superfícies e compartilhar os nutrientes disponíveis Essas comunidades constituídas por grandes quantidades de micróbios e seus produtos extracelulares que se aderem a superfícies vivas ou inanimadas são chamadas de biofilmes COMO OS PATÓGENOS BACTERIANOS ULTRAPASSAM AS DEFESAS DO HOSPEDEIRO A cápsula resiste às defesas do hospedeiro por impedir a fagocitose o processo pelo qual certas células do organismo engolfam e destroem microrganismos Acreditase que a virulência de algumas bactérias seja auxiliada pela produção de enzimas extracelulares exoenzimas e substâncias relacionadas Essas substâncias químicas podem digerir o material entre as células e induzir a formação ou a degradação de coágulos sanguíneos entre outras funções Coagulases coágulos de fibrina podem proteger a bactéria da fagocitose Alguns patógenos podem alterar seus antígenos de superfície por um processo denominado variação antigênica Assim quando o corpo monta uma resposta imune contra o patógeno ele já alterou seus antígenos de forma a não ser mais reconhecido e afetado pelos anticorpos COMO OS PATÓGENOS BACTERIANOS DANIFICAM AS CÉLULAS DO HOSPEDEIRO Dano direto rompimento da célula A produção de toxinas Plasmídeos lisogenia e patogenicidade As toxinas são substâncias venenosas produzidas por certos microrganismos Elas frequentemente são o fator primário que contribui para as propriedades patogênicas desses micróbios Fonte bacteriana Principalmente bactérias grampositivas Bactérias gramnegativas Relação com o microorganismo Produto metabólico de células em crescimento Presentes em LPS da membrana externa da parede celular e liberadas com a destruição da célula ou durante a divisão celular Propriedade química Proteínas normalmente compostas de duas partes AB Porção lipídica lipídeo A do LPS da membrana externa lipopolissacarídeo Farmacologia efeito no organismo Específica para uma estrutura ou função celular particular no hospedeiro afeta principalmente funções celulares neurônios e trato gastrointestinal Geral causando febre fraqueza dores e choque todas produzem os mesmos efeitos Estabilidade ao calor Instável normalmente podem ser destruídas em 60 a 80ºC exceto a enterotoxina estafilocócica Estável podem suportar autoclave 121ºC por uma hora Toxicidade habilidade de causar doença Alta Baixa Geração de febre Não Sim Imunologia em relação aos anticorpos Podem ser convertidas em toxoides para imunização contra a toxina neutralizadas por antitoxinas Não são facilmente neutralizadas por antitoxinas toxoides não podem ser produzidos para imunizar contra as toxinas Dose letal Pequena Consideravelmente maior Doenças representativas Gangrena gasosa tétano botulismo difteria febre escarlatina Febre tifóide infecções do trato urinário e meningite meningocócica PORTAS DE SAÍDA Os micróbios também deixam o organismo por vias específicas denominadas portas de saída em secreções excreções descargas ou tecidos que descamam Geralmente o microrganismo utiliza a mesma porta para entrada e saída As portas de saída mais comuns são os tratos gastrintestinal e respiratório Portas de entrada Membranas mucosas Trato respiratório Trato gastrointestinal Trato geniturinário Conjuntiva Pele Via parenteral Aderência Número de microorganismos invasores Penetração ou evasão das defesas do hospedeiro Cápsulas Componentes da parede celular Enzimas Variação antigênica Invasinas Crescimento intracelular Danos às células do hospedeiro Sideróforos Dano direto Toxinas Endotoxinas Exotoxinas Conversão lisogênica Efeitos citopáticos Portas de saída Geralmente as mesmas utilizadas como portas de entrada para um determinado micróbio BACTÉRIAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA O gênero Staphylococcus pertence à família Micrococcaceae e possui células esféricas gram positivas que podem ser encontradas isoladas aos pares e em grupamentos irregulares cacho de uva 1 Imóveis e não esporuladas Anaeróbias facultativas Estão associadas à pele e às membranas mucosas microbiota normal Produzem toxinas extracelulares Crescem em muitos tipos de meio de cultura e mostramse metabolicamente ativos fermentando carboidratos e produzindo pigmentos branco a amarelo A temperatura ótima de crescimento é de 30 a 37C Entre as 35 espécies e subespécies oito são de grande importância clínica A espécie de maior importância é o Staphylococcus aureus conhecido como coagulase positiva e a segundo em importância é o Staphylococcus epidermidis conhecido como coagulasenegativa Capacidade de coagular o plasma Staphylococcus aureus CULTURA E ISOLAMENTO Meios aeróbicos e microaerófilos Os estafilococos crescem em meio sólido como ágarsangue e líquido como o tioglicolato Não é possível distinguir entre as diferentes espécies necessária a aplicação de testes para identificação em nível de espécie como por exemplo a produção de coagulase Ágar Manitol O estafilococo coagulasenegativa é o maior componente de microflora humana normal especialmente a pele O S epidermidis pode produzir biofilme polissacarídeo que facilita a aderência à superfície de cateteres e próteses Antibiograma Novobiocina Os estafilococos produzem catalase o que os diferencia dos estreptococos Fermentam carboidratos produzem ácido lático mas não gás Causam doença através de sua capacidade de multiplicação e disseminação nos tecidos bem como através de produção de muitas substâncias extracelulares Catalase Coagulase Exotoxinas causam necrose na pele lise de hemácias Toxina de choque séptico pacientes com cepas de Saureus com choque séptico EPIDEMIOLOGIA As infecções estafilocócicas podem ser adquiridas na comunidade ou no ambiente hospitalar S aureus pode colonizar as células da mucosa nasal aderir à pele lesada e a corpos estranhos Nos casos de pacientes hospitalizados a transmissão se dá pelas mãos dos profissionais da saúde O estafilococo acumulase rapidamente na roupa de cama no mobiliário e nos equipamentos ao redor do paciente infectado e ao contrário de outras bactérias resiste ao ambiente é capaz de sobreviver por muito tempo no mobiliário hospitalar PATOGÊNESE O S aureus é o agente mais comum de infecções piogênicas Foliculite furunculose Casos mais graves osteomielite bacteremia endocardite pneumonia Os estreptococos cocos gram positivos da família Streptococcaceae cuja patogenicidade foi reconhecida há mais de 100 anos estão entre os agentes mais comuns de doenças humanas que acometem pessoas de todas as idades A maioria cresce em meio sólido na forma de colônia discóide As cepas que produzem material capsular dão origem a colônia mucóide Meio enriquecido com sangue ou líquidos teciduais A maioria dos estreptococos hemolíticos cresce melhor a 37º enterococos crescem entre 15 e 45º EPIDEMIOLOGIA São destruídos pela pasteurização por hipoclorito de sódio a 5 e por desinfetantes iodados quando expostos ao fenol a 5 durante cinco minutos e em água fervente Diversas espécies da família Streptococcaceae fazem parte da microbiota flora endógena de seres humanos com localização e frequência variadas PATOGÊNESE As infecções mais causadas pelo S pyogenes localizamse na faringe e amígdalas e pele erisipela Os S agalactiae são relacionados à meningite septicemias e pneumonias em neonatos O S pneumoniae está relacionado a pneumonia meningite septicemia e otite Os enterococos constituem grupo de MO considerados oportunistas DIAGNÓSTICO Vários tipos de propriedades possibilitam a caracterização dos estreptococos morfologia bacteriana indução de hemólise em culturas em ágarsangue composição antigênica e capacidade ou não de promover determinadas reações químicas em presença de vários substratos TABELA 471 Tipos de hemólise que podem ser observadas nas culturas de estreptococos e enterococos em ágarsangue Identificação e Classificação Ágar Sangue S aureus colônias βhemolíticas Alphahemólise Streptococcus pneumoniae Betahemólise Streptococcus pyogenes Gamahemólise Enterococcus faecalis Streptococcus e Enterococcus Erisipela Sepse Faringite Endocardite Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BYNCND Os três gêneros de bactérias de importância médica na família Neisseriaceae são Neisseria Eikenella e Kingella O gênero Neisseria consiste de 10 espécies encontradas em humanos sendo duas delas Neisseria gonorrhoeae e Neisseria meningitidis patógenos estritos de humanos Outras em pacientes imunocomprometidos Diplococo Gram negativo fastidioso Cresce melhor a 35C37C Oxidase e catalase positivas EPIDEMIOLOGIA Humanos são os únicos hospedeiros naturais Portadores podem ser assintomáticos particularmente mulheres Transmissão é basicamente por contato sexual A doença meningocócica endêmica ocorre em todo o mundo e epidemias são comuns em países em desenvolvimento É transmitida por aerossóis respiratórios PATOGÊNESE Gonorreia caracterizada por corrimento purulento na região acometida p ex uretra cervix epidídimo próstata ânus após 2 a 5 dias do período de incubação Neisseria meningitidis meningite pneumonia DIAGNÓSTICO Coloração de Gram de espécimes uretrais é adequada somente para homens sintomáticos A cultura é sensível e específica mas tem sido substituída por ensaios de amplificação de ácidos nucleicos na maioria dos laboratórios A coloração de Gram do líquido cefalorraquidiano é sensível e específica mas de valor limitado para espécimes sanguíneos poucos organismos estão presentes exceto em sepse fulminante A família Enterobacteriaceae é a maior e mais heterogênea coleção de bacilos Gram negativos de importância médica Habitat natural é o trato gastrointestinal de humanos e animais Family Enterobacteriaceae Source Karen C Carroll Stephen A Morse Timothy Mietzner Steve Miller Jawetz Melnick Adelbergs Medical Microbiology 27th Edition Eles compartilham um antígeno comum são móveis com flagelos peritríqueos uniformemente distribuídos pela célula ou não são móveis e nem formam esporos Anaeróbios facultativos Agar MacConkey e agar sangue Fermentam glicose reduzem o nitrato são catalase positiva e oxidase negativa Ágar SalmonellaShigella Isolamento específico de bacilos além da observação de colônias fermentadoras de lactose Usado com a finalidade de isolar espécies de Salmonella e Shigella Devido a alguns de seus componentes sais de bile verde brilhante e citrato de sódio tem poder de inibição maior contra o crescimento de Enterococcus e Staphylococcus Tiossulfato de sódio e o citrato ferrico permitem evidenciar a coloração negra das colônias de Salmonella spp Enterobacteriaceae Positive Lactose fermentation Motile Non motile motile Non motile H2S negative E coli Enterobacter Citrobacter Serratia Klebsiella Urease positive Proteus H2S positive Salmonella Shigella EPIDEMIOLOGIA São microrganismos ubiquitários encontrados em todo o mundo no solo na água e na vegetação Infecções causadas por Enterobacteriaceae podem se originar de um reservatório animal p ex a maioria das espécies de Salmonella espécies de Yersinia de um carreador humano espécies de Shigella e Salmonella sorotipo Typhi ou por meio de transmissão endógena de microrganismos em pacientes suscetíveis p ex Ecoli PATOGÊNESE Pode causar infecções intestinais e extra intestinais O gênero Mycobacterium consiste em bacilos aeróbios imóveis não formadores de esporos A parede celular é rica em lipídios o que torna a superfície hidrofóbica e a micobactéria resistente a vários desinfetantes e colorações comuns de laboratório Uma vez corados os bacilos não podem ser descorados com soluções ácidas por isso são chamados de bactérias acidorresistentes São fastidiosos e de crescimento lento Apesar da abundância de espécies de micobactérias apenas as seguintes espécies e grupos causam a maioria das infecções humanas M tuberculosis M leprae complexo M avium M kansasii M fortuitum M chelonae e Mabscessus EPIDEMIOLOGIA Disseminados mundialmente um terço da população mundial é infectada por este microrganismo A população sob maior risco de contrair a doença são os pacientes imunocomprometidos principalmente os com infecção por HIV indivíduos que fazem uso abusivo de álcool ou drogas desabrigados e indivíduos expostos a pacientes doentes Os seres humanos são o único reservatório natural PATOGÊNESE Mycobacterium tuberculosis tuberculose Mycobacterium bovis tuberculose em gado bovinos e humanos DIAGNÓSTICO Exame microscópico de esfregaço corado por Ziehl Neelsen e por cultura Meios especiais LowensteinJensen Descontaminado com hidróxido de sódio Escarro Teste de Mantoux Ágar Löwenstein Jensen Isolamento de Mycobacterium spp o crescimento dessas colônias é lento Alta concentração de lipídios utilização de ovos na produção do meio como fonte dessas moléculas Cultivo Mycobacterium tuberculosis em Löwenstein Jensen Colônias com aspecto de fungos Tuberculin Skin Test Ruler 1 Inspect 2 Palpate 3 Mark 4 Measure A presença de esporos é raramente demonstrada em algumas espécies C perfringens C ramosum algumas são aerotolerantes e podem crescer em agar exposto ao ar p ex C tertium C histolyticum e outras espécies se coram como Gram negativos p ex C ramosum C clostridioforme EPIDEMIOLOGIA Esses organismos são ubíquos no solo água e esgotos e fazem parte da microbiota gastrintestinal residente em seres humanos e outros animais A maioria é saprófita e inofensiva mas alguns são patógenos humanos bem reconhecidos e com histórico claramente documentado por causar doenças como o tétano botulismo PATOGÊNESE A notável capacidade de Clostridium ssp em causar doenças é atribuída a 1 habilidade de sobreviver em condições ambientais adversas graças à formação de esporos 2 um rápido crescimento em ambiente nutricionalmente rico e privado de oxigênio 3 produção de inúmeras toxinas histolíticas enterotoxinas e neurotoxinas DIAGNÓSTICO Adequadamente observado na coloração de Gram em amostras de tecidos bacilos Gram positivos grandes Crescem em meio de cultura em ambiente hermeticamente fechado Pesquisa da toxina produzida pela bactéria