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Microbiologia

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Pele ou via parenteral NÚMEROS DE MICRORGANISMOS INVASORES Se apenas alguns micróbios penetrarem o corpo eles provavelmente serão eliminados pelas defesas do hospedeiro Entretanto se um grande número de micróbios obtiver acesso ao organismo o cenário está pronto para o desenvolvimento de doença Clostridium perfringens Gangrena gasosa 1 a 5 dias A virulência de um microrganismo frequentemente é expressa como DI50 dose infectante para 50 de uma amostra da população A DI50 através da pele antraz cutâneo é de 10 a 50 endosporos a DI50 para a inalação de antraz é de 10000 a 50000 endosporos e a DI50 para o antraz gastrintestinal é a ingestão de 250000 a 1000000 de endosporos Esses dados demonstram que o antraz cutâneo é significativamente mais fácil de ser adquirido do que as formas inalatória ou gastrintestinal Clostridium tetani Tétano 3 a 21 dias A potência de uma toxina muitas vezes é expressa como DL50 dose letal para 50 de uma amostra da população Rickettsia rickettsii Febre maculosa das Montanhas Rochosas 3 a 12 dias ADERÊNCIA Quase todos os patógenos apresentam algum mecanismo para se aderir aos tecidos do hospedeiro em sua porta de entrada Para a maioria dos patógenos esse fenômeno chamado de aderência ou adesão é uma etapa necessária para a patogenicidade Vírus da hepatite B Hepadnavirus Hepatite B 6 semanas a 6 meses Vírus da raiva Lyssavirus Raiva 10 dias a 1 ano Os microrganismos possuem a habilidade de se agrupar em grandes quantidades aderir a superfícies e compartilhar os nutrientes disponíveis Essas comunidades constituídas por grandes quantidades de micróbios e seus produtos extracelulares que se aderem a superfícies vivas ou inanimadas são chamadas de biofilmes Plasmodium spp protozoário Malária 2 semanas COMO OS PATÓGENOS BACTERIANOS ULTRAPASSAM AS DEFESAS DO HOSPEDEIRO A cápsula resiste às defesas do hospedeiro por impedir a fagocitose o processo pelo qual certas células do organismo engolfam e destroem microrganismos a As moléculas na superfície de um patógeno chamadas de adesinas ou ligantes se ligam especificamente a receptores de superfície complementares nas células de certos tipos de tecidos do hospedeiro Acreditase que a virulência de algumas bactérias seja auxiliada pela produção de enzimas extracelulares exoenzimas e substâncias relacionadas Essas substâncias químicas podem digerir o material entre as células e induzir a formação ou a degradação de coágulos sanguíneos entre outras funções Coagulases coágulos de fibrina podem proteger a bactéria da fagocitose b Bactérias E coli amarelo esverdeado em células da bexiga urinária de seres humanos Alguns patógenos podem alterar seus antígenos de superfície por um processo denominado variação antigênica Assim quando o corpo monta uma resposta imune contra o patógeno ele já alterou seus antígenos de forma a não ser mais reconhecido e afetado pelos anticorpos Propriedade Exotoxinas COMO OS PATÓGENOS BACTERIANOS DANIFICAM AS CÉLULAS DO HOSPEDEIRO Dano direto rompimento da célula A produção de toxinas Plasmídeos lisogenia e patogenicidade Fonte bacteriana Principalmente bactérias grampositivas As toxinas são substâncias venenosas produzidas por certos microrganismos Elas frequentemente são o fator primário que contribui para as propriedades patogênicas desses micróbios Relação com o microorganismo Produto metabólico de células em crescimento Propriedade química Proteínas normalmente compostas de duas partes AB PORTAS DE SAÍDA Os micróbios também deixam o organismo por vias específicas denominadas portas de saída em secreções excreções descargas ou tecidos que descamam Geralmente o microrganismo utiliza a mesma porta para entrada e saída As portas de saída mais comuns são os tratos gastrintestinal e respiratório Farmacologia efeito no organismo Específica para uma estrutura ou função celular particular no hospedeiro afeta principalmente funções celulares neurônios e trato gastrointestinal Estabilidade ao calor Instável normalmente podem ser destruídas em 60 a 80C exceto a enterotoxina estafilocócica Portas de entrada Membranas mucosas Trato respiratório Trato gastrointestinal Trato geniturinário Conjuntiva Pele Via parenteral Número de microorganismos invasores Penetração ou evasão das defesas do hospedeiro Cápulas Componentes da parede celular Enzimas Variação antigênica Invasinas Crescimento intracelular Danos às células do hospedeiro Sideróforos Dano direto Toxinas Endotoxinas Exotoxinas Conversão lisogênica Efeitos citopáticos Portas de saída Geralmente as mesmas utilizadas como portas de entrada para um determinado micróbio Toxicidade habilidade de causar doença Alta BACTÉRIAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA O gênero Staphylococcus pertence à família Micrococcaceae e possui células esféricas gram positivas que podem ser encontradas isoladas aos pares e em grupamentos irregulares cacho de uva 1 Geração de febre Não Imóveis e não esporuladas Anaeróbias facultativas Estão associadas à pele e às membranas mucosas microbiota normal Produzem toxinas extracelulares Imunologia em relação aos anticorpos Podem ser convertidas em toxoides para imunização contra a toxina neutralizadas por antitoxinas Crescem em muitos tipos de meio de cultura e mostramse metabolicamente ativos fermentando carboidratos e produzindo pigmentos branco a amarelo A temperatura ótima de crescimento é de 30 a 37C Dose letal Pequena Entre as 35 espécies e subespécies oito são de grande importância clínica A espécie de maior importância é o Staphylococcus aureus conhecido como coagulase positiva e a segundo em importância é o Staphylococcus epidermidis conhecido como coagulasenegativa Capacidade de coagular o plasma Doenças representativas Gangrena gasosa tétano botulismo difteria febre escarlatina Propriedade Endotoxinas Coagulase Staphylococcus aureus CNS Staphylococcus epidermidis Staphylococcus haemolyticus Staphylococcus saprophyticus Negative Positive Slide method Tube method CULTURA E ISOLAMENTO Meios aeróbicos e microaerófilos Os estafilococos crescem em meio sólido como ágarsangue e líquido como o tioglicolato Não é possível distinguir entre as diferentes espécies necessária a aplicação de testes para identificação em nível de espécie como por exemplo a produção de coagulase Fonte bacteriana Bactérias gramnegativas O estafilococo coagulasenegativa é o maior componente de microflora humana normal especialmente a pele O S epidermidis pode produzir biofilme polissacarídeo que facilita a aderência à superfície de cateteres e próteses Relação com o microorganismo Presentes em LPS da membrana externa da parede celular e liberadas com a destruição da célula ou durante a divisão celular Os estafilococos produzem catalase o que os diferencia dos estreptococos Fermentam carboidratos produzem ácido lático mas não gás Propriedade química Porção lipídica lipídeo A do LPS da membrana externa lipopolissacarídeo Farmacologia efeito no organismo Geral causando febre fraqueza dores e choque todas produzem os mesmos efeitos Meios de cultura específicos Estabilidade ao calor Estável podem suportar autoclave 121C por uma hora Antibiograma Novobiocina Causam doença através de sua capacidade de multiplicação e disseminação nos tecidos bem como através de produção de muitas substâncias extracelulares Catalase Coagulase Exotoxinas causam necrose na pele lise de hemácias Toxina de choque séptico pacientes com cepas de Saureus com choque séptico Toxicidade habilidade de causar doença Baixa EPIDEMIOLOGIA As infecções estafilocócicas podem ser adquiridas na comunidade ou no ambiente hospitalar S aureus pode colonizar as células da mucosa nasal aderir à pele lesada e a corpos estranhos Nos casos de pacientes hospitalizados a transmissão se dá pelas mãos dos profissionais da saúde Geração de febre Sim O estafilococo acumulase rapidamente na roupa de cama no mobiliário e nos equipamentos ao redor do paciente infectado e ao contrário de outras bactérias resiste ao ambiente é capaz de sobreviver por muito tempo no mobiliário hospitalar Imunologia em relação aos anticorpos Não são facilmente neutralizadas por antitoxinas toxoides não podem ser produzidos para imunizar contra as toxinas PATOGÊNESE O S aureus é o agente mais comum de infecções piogênicas Foliculite furunculose Casos mais graves osteomielite bacteremia endocardite pneumonia Dose letal Consideravelmente maior Os estreptococos cocos gram positivos da família Streptococcaceae cuja patogenicidade foi reconhecida há mais de 100 anos estão entre os agentes mais comuns de doenças humanas que acometem pessoas de todas as idades Doenças representativas Febre tifoide infecções do trato urinário e meningite meningocócica A maioria cresce em meio sólido na forma de colônia discóide As cepas que produzem material capsular dão origem a colônia mucóide Meio enriquecido com sangue ou líquidos teciduais A maioria dos estreptococos hemolíticos cresce melhor a 37º enterococos crescem entre 15 e 45º EPIDEMIOLOGIA São destruídos pela pasteurização por hipoclorito de sódio a 5 e por desinfetantes iodados quando expostos ao fenol a 5 durante cinco minutos e em água fervente Diversas espécies da família Streptococcaceae fazem parte da microbiota flora endógena de seres humanos com localização e frequência variadas PATOGÊNESE As infecções mais causadas pelo S pyogenes localizamse na faringe e amígdalas e pele erisipela Os S agalactiae são relacionados à meningite septicemias e pneumonias em neonatos O S pneumoniae está relacionado a pneumonia meningite septicemia e otite Os enterococos constituem grupo de MO considerados oportunistas DIAGNÓSTICO Vários tipos de propriedades possibilitam a caracterização dos estreptococos morfologia bacteriana indução de hemólise em culturas em ágarsangue composição antigênica e capacidade ou não de promover determinadas reações químicas em presença de vários substratos TABELA 471 Tipos de hemólise que podem ser observadas nas culturas de estreptococos e enterococos em ágarsangue Identificação e Classificação Ágar Sangue S aureus colônias βhemolíticas Alphahemólise Streptococcus pneumoniae Betahemólise Streptococcus pyogenes Gamahemólise Enterococcus faecalis Streptococcus e Enterococcus Tipos de Hemólise α lise parcial cor esverdeada β lise completa cor clara no entorno γ não ocorre lise as células não são alteradas Erisipela Sepse Faringite Endocardite Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BYNCND Os três gêneros de bactérias de importância médica na família Neisseriaceae são Neisseria Eikenella e Kingella O gênero Neisseria consiste de 10 espécies encontradas em humanos sendo duas delas Neisseria gonorrhoeae e Neisseria meningitidis patógenos estritos de humanos Outras em pacientes imunocomprometidos Diplococo Gram negativo fastidioso Cresce melhor a 35C37C Oxidase e catalase positivas EPIDEMIOLOGIA Humanos são os únicos hospedeiros naturais Portadores podem ser assintomáticos particularmente mulheres Transmissão é basicamente por contato sexual A doença meningocócica endêmica ocorre em todo o mundo e epidemias são comuns em países em desenvolvimento É transmitida por aerossóis respiratórios PATOGÊNESE Gonorreia caracterizada por corrimento purulento na região acometida p ex uretra cervix epidídimo próstata ânus após 2 a 5 dias do período de incubação Neisseria meningitidis meningite pneumonia DIAGNÓSTICO Coloração de Gram de espécimes uretrais é adequada somente para homens sintomáticos A cultura é sensível e específica mas tem sido substituída por ensaios de amplificação de ácidos nucleicos na maioria dos laboratórios A coloração de Gram do líquido cefalorraquidiano é sensível e específica mas de valor limitado para espécimes sanguíneos poucos organismos estão presentes exceto em sepse fulminante A família Enterobacteriaceae é a maior e mais heterogênea coleção de bacilos Gram negativos de importância médica Habitat natural é o trato gastrointestinal de humanos e animais Family Enterobacteriaceae Primary Pathogens Organisms capable of causing disease in anyone Opportunistic Pathogens Organisms that can only cause disease under certain conditions or in certain hosts Shigella Salmonella Escherichia coli Klebsiella pneumoniae Yersinia Proteus Providencia Morganella Enterobacter Serratia HKO tipos de antígenos proteínas que o organismo reconhece Eles compartilham um antígeno comum são móveis com flagelos peritríqueos uniformemente distribuídos pela célula ou não são móveis e nem formam esporos Anaeróbios facultativos Agar MacConkey e agar sangue Fermentam glicose reduzem o nitrato são catalase positiva e oxidase negativa Agar Salmonella Shigella Enterobacteriaceae EPIDEMIOLOGIA São microrganismos ubiquitários encontrados em todo o mundo no solo na água e na vegetação Infecções causadas por Enterobacteriaceae podem se originar de um reservatório animal p ex a maioria das espécies de Salmonella espécies de Yersinia de um carreador humano espécies de Shigella e Salmonella sorotipo Typhi ou por meio de transmissão endógena de microrganismos em pacientes suscetíveis p ex Ecoli PATOGÊNESE Pode causar infecções intestinais e extra intestinais O gênero Mycobacterium consiste em bacilos aeróbios imóveis não formadores de esporos A parede celular é rica em lipídios o que torna a superfície hidrofóbica e a micobactéria resistente a vários desinfetantes e colorações comuns de laboratório Uma vez corados os bacilos não podem ser descorados com soluções ácidas por isso são chamados de bactérias acidorresistentes São fastidiosos e de crescimento lento Apesar da abundância de espécies de micobactérias apenas as seguintes espécies e grupos causam a maioria das infecções humanas M tuberculosis M leprae complexo M avium M kansasii M fortuitum M chelonae e Mabscessus EPIDEMIOLOGIA Disseminados mundialmente um terço da população mundial é infectada por este microrganismo A população sob maior risco de contrair a doença são os pacientes imunocomprometidos principalmente os com infecção por HIV indivíduos que fazem uso abusivo de álcool ou drogas desabrigados e indivíduos expostos a pacientes doentes Os seres humanos são o único reservatório natural PATOGÊNESE Mycobacterium tuberculosis tuberculose Mycobacterium bovis tuberculose em gado bovinos e humanos DIAGNÓSTICO Exame microscópico de esfregaço corado por Ziehl Neelsen e por cultura Meios especiais LowensteinJensen Descontaminado com hidróxido de sódio Escarro Teste de Mantoux Ágar Löwenstein Jensen Isolamento de Mycobacterium spp o crescimento dessas colônias é lento Alta concentração de lipídios utilização de ovos na produção do meio como fonte dessas moléculas Ágar Löwenstein Jensen Fonte Biomedicina Brasil Tuberculin Skin Test Ruler 1 Inspect 2 Palpate 3 Mark 4 Measure A presença de esporos é raramente demonstrada em algumas espécies C perfringens C ramosum algumas são aerotolerantes e podem crescer em agar exposto ao ar p ex C tertium C histolyticum e outras espécies se coram como Gram negativos p ex C ramosum C clostridioforme EPIDEMIOLOGIA Esses organismos são ubíquos no solo água e esgotos e fazem parte da microbiota gastrintestinal residente em seres humanos e outros animais A maioria é saprófita e inofensiva mas alguns são patógenos humanos bem reconhecidos e com histórico claramente documentado por causar doenças como o tétano botulismo PATOGÊNESE A notável capacidade de Clostridium ssp em causar doenças é atribuída a 1 habilidade de sobreviver em condições ambientais adversas graças à formação de esporos 2 um rápido crescimento em ambiente nutricionalmente rico e privado de oxigênio 3 produção de inúmeras toxinas histolíticas enterotoxinas e neurotoxinas DIAGNÓSTICO Adequadamente observado na coloração de Gram em amostras de tecidos bacilos Gram positivos grandes Crescem em meio de cultura em ambiente hermeticamente fechado Pesquisa da toxina produzida pela bactéria