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Portaria Nº 971 de 03 de Maio de 2006 - Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE Cristiane Regina Scher Processos e fundamentos históricos da educação em saúde Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto você deve apresentar os seguintes aprendizados Conceituar a educação em saúde Identificar os processos e fundamentos históricos da educação em saúde Contextualizar a atuação dos profissionais da educação em saúde no Brasil Introdução Muitos são os conceitos de educação em saúde pois possuem variabi lidade temporal de modo que neologismos podem surgir tendo por exemplo a mesma conceituação para os termos educação em saúde e educação popular em saúde Atualmente a educação em saúde tem se mostrado como uma conjunção entre o conhecimento e a prática visando à promoção da saúde e à prevenção de doenças além de ser um recurso pelo qual o conhecimento científico por meio do auxílio de profissionais é capaz de chegar à população em sua vida cotidiana Historicamente a conceituação da educação em saúde teve variabilidades principalmente relacionadas aos processos políticos e econômicos de cada época passando desde uma educação impositiva até chegar ao compartilhamento de saberes entre profissionais e população O enfermeiro principalmente quando vinculado à atenção primária tem papel primordial na educação em saúde por diversos meios devido a ser o principal profissional designado para a atuação do cuidar por meio das práticas de educação em saúde e dos conhecimentos agregados sobre a comunidade em que atua levando em consideração as crenças e os saberes da população que assiste Neste capítulo você aprenderá sobre a educação em saúde identi ficará os seus processos e fundamentos históricos bem como contex tualizará a atuação dos profissionais da educação em saúde no Brasil Educação em saúde Conforme apresentado por Falkenberg et al 2014 ao longo do tempo neolo gismos surgem por isso é possível ver a mesma conceituação para a expressão educação em saúde e educação popular em saúde por exemplo Para o Ministério da Saúde BRASIL 2007a 2007b a educação em saúde deve ser vista como uma prática em que a participação da sociedade é ativa ou seja construída por meio do diálogo de forma participativa e que gere contribuições para a autonomia do usuário transformandoo em sujeito ativo das suas decisões de saúde Além disso preconiza que os profissionais que trabalham com a educação em saúde tenham liberdade e autonomia de modo a reinventar formas de cuidado mais humanizados e integrais aos usuários do sistema Para o desenvolvimento da educação em saúde Falkenberg et al 2014 demonstram que existem três eixos que devem ser observados na busca dessas práticas conforme descritos a seguir Os profissionais de saúde valorização da prevenção de doenças valorização da promoção da saúde Os gestores em saúde apoio às equipes de profissionais que atuam junto à população A população agregar seus conhecimentos prévios aos novos aumentar a autonomia dos cuidados individuais e coletivos Em suas assertivas direcionadas por pesquisas da Organização Mundial da Saúde OMS o da Saúde BRASIL 2007a 2007b apresenta que a educação em saúde deverá promover dois lados um voltado para identidade dignidade e responsabilidades individuais e outro para solidariedade e responsabilidade comunitária Partindo desse pressuposto apresentam a educação em saúde Processos e fundamentos históricos da educação em saúde 2 como uma disciplina de ação que varia entre as expectativas populacionais e as políticas de saúde governamentais Nessa mesma linha de raciocínio Sousa et al 2010 apresentam que a educação em saúde é um dos instrumentos para a promoção da qualidade de vida aliando os conhecimentos técnicos aos populares Além disso os mesmos autores identificam a existência atual de uma nova abordagem da educação em saúde em que há uma valorização da consciência crítica associada à luta por direitos à saúde e à qualidade de vida Desse modo além dos fatores biológicos a educação em saúde apresentase como um modelo que também considera fatores políticos culturais e ambientais SOUSA et al 2010 A educação em saúde foi distinguida em dois eixos apresentados por Schall e Struchiner 1999 em que um trata da aprendizagem sobre as doenças como evitar os efeitos sobre a saúde e as formas de reestabelecimento da saúde e outro caracterizado pela promoção da saúde em que conforme prerrogativas da OMS estão inclusos os fatores sociais que afetam a saúde do indivíduo A partir do exposto temse que a educação em saúde está baseada em um conceito de saúde ampliado definido por um estado de busca de bemestar que deve contemplar diversos aspectos integrativos a esse conceito Aspectos integrativos ao conceito de saúde ampliado SCHALL STRUCHINER 1999 físicos e mentais por meio da ausência de doenças nesses campos ambientais por meio do ajustamento do ambiente de forma a ser também provedor de bemestar saudável pessoais e emocionais por meio de situações que promovam a autorrealização do indivíduo nos campos pessoais e afetivos socioecológicos por meio do comprometimento individual com a igualdade social e a preservação do meio ambiente como forma de prover boa saúde e bons hábitos Corroborando com Sousa et al 2010 o Ministério da Saúde BRASIL 2007a 2007b aponta que a educação em saúde é caracterizada pela ligação entre as expectativas populacionais para uma vida melhor e as estimativas governamentais que buscam o oferecimento de programas de saúde mais eficientes 3 Processos e fundamentos históricos da educação em saúde De acordo com o Ministério da Saúde 2007a 2007b os objetivos gerais da educação em saúde são de encorajamento da população pela busca e a manutenção de padrões de vida sadios de utilização assertiva e cuidadosa dos serviços de saúde que são co locados à disposição da população de capacitação populacional para as tomadas de decisão individuais e coletivas visando à melhoria das próprias condições de saúde e das condições de saúde ambientais Como bem definido por Reis et al 2013 a educação em saúde é cons tituída por um conjunto entre conhecimento e prática que visa à promoção da saúde e à prevenção de doenças sendo um recurso pelo qual o conheci mento científico por meio do auxílio de profissionais é capaz de chegar à população em sua vida cotidiana Ou seja é capaz de realizar a integração entre os saberes populares e científicos para tornar o indivíduo um sujeito ativo e responsável acerca de sua saúde partindo do pressuposto de que a população deverá ter espaço para a reflexão crítica valorizando coletivamente as formas de aprendizado compreensão dos aprendizados e capacitação para explicitar seus conhecimentos de vida tanto em sociedade como em família REIS et al 2013 Em suma temse que a educação em saúde se trata da convergência de saberes técnicos e populares que se unem com o objetivo comum de melho rias tanto da qualidade de vida quando se tratando da população assistida quanto da qualidade de trabalho quando se tratando dos profissionais O enfermeiro ou o profissional da saúde responsável pelo ensino em saúde em determinado momento passa a ser um aliado nessa construção de co nhecimento agregado podendo ser considerado como o principal norteador para a conjunção desses saberes Processos e fundamentos históricos da educação em saúde Conforme dito anteriormente a educação em saúde é um conceito modifi cado ao longo do tempo baseado em conhecimentos populacionais e governamentais portanto para entender a educação em saúde fazse necessário compreender a história da implementação desses conceitos ao logo do tempo Processos e fundamentos históricos da educação em saúde 4 O objetivo de rever as transformações da sociedade ao longo do tempo se caracteriza pela demonstração de como a evolução social ocorreu em tempo e espaço de forma a possibilitar a previsão de possíveis acontecimentos SOUSA et al 2010 No entanto quando se trata da relação entre educação saúde e suas práticas nem sempre a sucessão de modelos significa evolução de paradigmas mas sim uma descrição das ocorrências associadas aos perí odos históricos SILVA et al 2010 Para que ocorra a contextualização da educação em saúde fazse necessário entender também as contextualizações de educação REIS et al 2013 Sendo assim temse que inicialmente a civilização particularmente a ocidental desenvolveu uma forma de pensar e agir a racionalidade técnica Nesse modelo a ação educativa se baseia na neutralidade gerando o modelo tradicional de educação Nesse modelo dito tradicional as informações são passadas aos indivíduos de forma unilateral em que o detentor do conheci mento repassa o que sabe e que considera verdadeiro aos educandos REIS et al 2013 Esse modelo de educação foi utilizado na segunda metade do século XIX na Europa nas epidemias ocorridas em que a população era disciplinada a seguir as regras de higiene e de conduta moral determinadas pelos governantes REIS et al 2013 Nesse mesmo período no Brasil as práticas estavam em europeizar costumes e hábitos das famílias de elite cuja intenção maior era a de legi timação de classes sociais por atributos físicos psíquicos e sexuais o que fomentou de forma indireta ideologias racistas e preconceituosas SILVA et al 2010 Nos Estados Unidos foi proposto a Health Education ou Educação Sanitária que preconizava a difusão de noções de higiene a partir de medidas preventivas porém com direcionamento de comportamento associado REIS et al 2013 Já no Brasil no contexto da saúde pública por volta de 1860 a exportação do café gerou um início conturbado para a educação em saúde pois se fazia necessário um controle de saneamento dos espações destinados à exportação das mercadorias SOUSA et al 2010 Além disso as epidemias de varíola peste febre amarela e tuberculose que acometeram a população dos centros urbanos entre o século XIX e parte do século XX tiveram ações higienistas em que as normas de prevenção às doenças e intervenções eram normatizadoras e impostas por meio de regras REIS et al 2013 Nesse período as instruções das instituições de saúde fundamentavamse no modelo campanhista que tinha como base modelos estruturais de operações militares Com a influência da polícia médica desenvolvida na Alemanha o pressuposto era de que o Estado deveria assegurar o bemestar do povo mesmo 5 Processos e fundamentos históricos da educação em saúde que contrariasse os interesses individuais de forma a justificar a coerção das ações aplicadas SILVA et al 2010 No início do século XX o médico Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro a partir do momento em que assumiu a Diretoria Geral de Saúde Pública enfrentou as epidemias por meio do uso de brigadas médicas que eram compostas por SILVA et al 2010 matamosquitos operários de limpeza pública Ambos acompanhados por soldados de polícia quem faziam a visitação de casas e prédios desinfetando locais exigindo reformas interditando prédios e removendo das casas tudo que fosse julgado por eles como prejudicial à saúde da população As visitas obviamente eram preferencialmente ocorridas nas áreas mais pobres da cidade e de maior concentração demográfica SILVA et al 2010 A educação sanitarista aparece no Brasil em meados da década de 20 quando o Estado se viu em necessidade de maior atuação em decorrência do aumento das populações urbanas Nesse modelo as ações direcionadas por Osvaldo Cruz no início do século que buscava controlar a proliferação de doenças por meio de vigilância sobre as atitudes populacionais principalmente das populações pobres e da vacinação compulsória fez se mantarem as ações da polícia sanitária REIS et al 2013 Com a imposição das ações sem que a população entendesse os porquês surgiram movimentos de resistência como a Revolta da Vacina em que as pessoas negadas ao direito de informação sendo apenas obrigadas à realizar a vacinação se negaram à aplicação das vacinas Em consequência houve uma redefinição do papel da educação em saúde SOUSA et al 2010 Nesse momento no Brasil não há ensino mas imposição de saberes sobre a sociedade em que a intervenção curativa fundamentada na biologia do processo saúdedoença eram trazidas à população de forma impositiva unilateral e verticalizada de modo que os receptores da informação a popu lação tinham pouca ou nenhuma interação ou participação na formação dos conhecimentos REIS et al 2013 O envolvimento dos indivíduos no processo educativo começou a ser desenvolvido e discutido a partir da década de 40 quando da criação da Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública SESP em convênio entre os governos brasileiro e norteamericano Nesse momento iniciaramse os desenvolvimentos para a participação comunitária e em grupos por meio de Processos e fundamentos históricos da educação em saúde 6 ações de medicina preventiva e gerenciamento institucional trazidos pelos norteamericanos além de novas técnicas educacionais na área da saúde No entanto a doença ainda era percebida de maneira individualizada e não pertente a um contexto que englobe o cotidiano do indivíduo e o ambiente em que se insere sendo a população considerada como passiva e incapaz de iniciativas próprias REIS et al 2013 SILVA et al 2010 Seguindo nessa linha por volta da década de 50 com a maior migração de pessoas do campo para a cidade e a modificação das exportações de agro negócios para as indústrias de base percebese a necessidade de relacionar o conceito de saúde ao homem produtivo de forma a garantir a produção das indústrias Sendo assim a educação em saúde passou a ser voltada para o interesse das elites em que as pessoas eram objetos de intervenção do Estado e a saúde era considerada um dever pois sua finalidade era de manter a produtividade econômica FALKENBERG et al 2014 A década de 60 foi marcada por situações contraditórias em relação à educação em saúde pois no início da década temse o surgimento da Medicina Comunitária que apresentava um discurso de busca por maior participação da população nas soluções de problemas porém ainda per manecia um discurso de culpabilidade pela existência desses problemas indicando que tais culpas iniciam a partir dos indivíduos e se seguiam às questões coletivas REIS et al 2013 Percebese também essa contradição no período da Ditadura Militar Bra sileira a partir do golpe de 1964 em que grandes avanços ou modificações não eram percebidos porém ocorria uma discreta modificação do padrão impositivo de normas e condutas com o surgimento da educação em saúde pública que também era conhecida pelos nomes de educação em saúde eou educação para a saúde REIS et al 2013 Com a maior abertura política nas décadas de 70 e 80 e por meio da influência das concepções de educação promovidas por Paulo Freire iniciou se um maior diálogo sobre a educação em saúde por meio da participação popular Em 1986 a Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde em Ottawa Canadá desenvolveu as ideias de promoção da saúde em todo o mundo a partir do desenvolvimento da Carta de Ottawa Tais concepções serviram para a organização dos princípios do Sistema Único de Saúde que foi criado a partir da Constituição Federal de 1988 e regu lamentado pela Lei Orgânica da Saúde Lei nº 8080 de 1990 REIS et al 2013 SOUSA et al 2010 Nesse mesmo período no início da década de 70 houve destaque para o movimento da Educação Popular em Saúde que buscava o rompimento da 7 Processos e fundamentos históricos da educação em saúde autoritariedade do conhecimento partindo para ações educativas e partici pativas com interação de saberes técnicos e populares por meio do diálogo REIS et al 2013 A Carta de Ottawa 1986 é a Carta de Intenções criada na Primeira Conferência Inter nacional sobre Promoção da Saúde que visava a contribuir com estratégias para que se atingisse a saúde de todos no ano 2000 e nos anos subsequentes A partir dessa perspectiva as pessoas a serem educadas passaram a ter papel de interação pois não se valia mais do sistema de aprendizado impositivo e unidirecional em que os ensinamentos eram impostos e sim de uma parti cipação ativa em que quem está aprendendo passa a ter papel fundamental pois com o auxílio de quem o ensina transforma seus conhecimentos prévios por meio do raciocínio respeitando os saberes populares REIS et al 2013 Foi a partir da década de 80 que os referenciais de Paulo Freire em relação à educação passaram também a fazer parte da educação em saúde trazendo à tona a relevância necessária para a reflexão crítica e o desenvolvimento de uma consciência também crítica que fosse capaz de promover a melhoria das condições de saúde a partir da participação comunitária As concepções trazidas por Paulo Freire para a educação em saúde dizem respeito princi palmente à ação de relação entre educador e educando não sendo apenas restringida à transmissão de informações unilateralmente RENOVATO BAGNATO 2012 A partir da implementação do SUS na década de 90 surge também o Programa de Saúde da Família marco importante para a educação em saúde pois surge como uma ferramenta para a reorientação de práticas diretamente dentro das comunidades assistidas pelas unidades de saúde reassentando uma mudança significativa na atenção em saúde uma vez que integrava o enfermeiro o paciente a família e a comunidade em que este se inseria SOUSA et al 2010 Apesar desses esforços Reis et al 2013 destacam que a transformação da prática profissional por meio de diálogo com a população não parece estar sendo instituída por ações efetivas tanto pelo fato de os sistemas educacionais não estarem nesse mesmo ritmo e permanecerem com o aprendizado instru Processos e fundamentos históricos da educação em saúde 8 cional quanto pelo temor do profissional de perda de poder do conhecimento deixando assim de realizar o desenvolvimento de um pensamento crítico dando preferência ao acúmulo de saberes técnicos Corroborando com esse pensamento Silva et al 2010 apresentam que a educação tradicional em que o conhecimento ainda se centra no profissional tem permanecido Todavia a educação popular em saúde busca empoderar a comunidade de forma a encorajar e apoiar pessoas e grupos sociais para que assumam uma postura ativa sobre sua saúde e suas vidas As proposições do Ministério da Saúde estão voltadas para a educação permanente buscando que seja uma estratégia de transformação das práticas no setor da saúde REIS et al 2013 de atenção de formação de gestão de formulação de políticas públicas de participação popular de controle social Conforme dito por Reis et al 2013 temos que a participação da população nas ações de políticas de educação permanente em saúde são importantes pois contribuem com uma atenção à saúde de qualidade estimulam a autonomia em relação à própria saúde exercem a participação popular consciente realizam o controle social das políticas públicas Com isso em 2003 por meio da Portaria nº 2761 o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Educação Popular em Saúde PNEPSSUS momento no qual a educação em saúde passa a ser uma política pública voltada ao SUS que designa a partir do diálogo a valorização dos saberes populares como forma de produção de conhecimentos e a inserção destes no SUS BRASIL 2013 2017 Essa política é orientada pelos princípios do diálogo com a troca respeitosa de conhecimentos de forma a contribuir com os processos de transforma ção e humanização da amorosidade pelo uso da sensibilidade e de trocas 9 Processos e fundamentos históricos da educação em saúde emocionais da problematização propondo construções de práticas baseadas em análise crítica da realidade da emancipação em que os grupos superam formas de ações que produzem a desumanização e o adoecimento social e do compromisso com a construção do projeto democrático e popular reafirmando os preceitos de uma sociedade justa construída por meio das lutas sociais e da garantia universal do direito à saúde BRASIL 2013 2017 A atuação dos profissionais da educação em saúde no Brasil As formas de ver a educação em saúde acompanhadas por todos os momentos históricos governamentais e econômicos que tiveram grande infl uência nesse processo têm sua evolução com a chegada das políticas públicas que visam a agir conforme muito foi discutido ao longo do tempo por meio da utilização do diálogo com trocas de saberes e experiências que visem ao enriquecimento dos conhecimentos de forma a garantir a permanente luta por direitos e cuidados com a saúde individual e comunitária O estabelecimento do diálogo para a interação entre os conhecimentos técnicos e populares objetiva por ser um ponto motivador para as mudanças de comportamento ou adaptações às novas situações de vida de um indivíduo além de também visar à melhoria das condições de saúde da população REIS et al 2013 Sendo assim a educação em saúde visa a potencializar a democratização do conhecimento por meio da participação da população nas definições de estratégias a serem implementadas com base na identificação dos problemas do ambiente REIS et al 2013 Já a partir dos anos 80 sob a influência de Paulo Freire na educação as práticas tomaram concepções diferenciadas para que a transmissão das informações não fosse a única forma de construção de saberes mas sim que o diálogo pudesse estreitar as relações entre educadores e educandos RENOVATO BAGNATO 2012 O grande fomentador dessa prática de educação em saúde voltada para o diálogo e a percepção das necessidades individuais e populacionais de determinada área é o enfermeiro SOUSA et al 2010 Conforme apresentado por Jesus e Ribeiro 2013 a educação em saúde trata da combinação entre experiências de aprendizados de forma a faci litar as ações do indivíduo sobre a saúde Além disso cabe ao profissional enfermeiro estar atento às necessidades de se manter atualizado por meio da Processos e fundamentos históricos da educação em saúde 10 educação permanente em saúde visto que a educação dos profissionais de saúde é importante devido à consonância entre conceitos e práticas JESUS RIBEIRO 2013 Havendo a realização de ações de educação em saúde haverá um maior alcance da população aos conhecimentos de forma a aproveitar melhor os serviços de saúde ofertados Por meio do diálogo esses conhecimentos se multiplicam e se estabelecem entre as pessoas objetivando à mobilização de forças para que haja a mudança nos comportamentos de vida havendo também a contribuição para a melhoria da qualidade de saúde da população REIS et al 2013 O conhecimento é gerado a partir da interação entre pessoas ou seja o conhecimento conforme apresentado por Reis et al 2013 referese ao en tendimento das conceituações que os sujeitos estabelecem sobre algum tema Sendo assim a ação do enfermeiro na educação em saúde tanto na prática da educação como na promoção à saúde deve ser reforçar o encorajamento para que as pessoas que atendem consigam chegar ao melhor nível de bem estar por meio de uma vida saudável e da prevenção de doenças e agravos JESUS RIBEIRO 2013 São formas de ação da educação em saúde pelo enfermeiro JESUS RI BEIRO 2013 atendimento em consulta individual de rotina ou direcionada visitas domiciliares grupos de discussão direcionados à melhoria das condições de saúde de uma doença específica ou de prevenção São objetivos das ações de educação em saúde prevenção de doenças promoção de hábitos saudáveis ações de melhoria da qualidade de vida troca de informações técnicas e conhecimentos populares sobre doença eou prevenção Na atenção primária o enfermeiro tem um papel importante junto aos demais profissionais para que tais ações de implementação e desenvolvi mento de estratégias educativas possam ser feitas utilizandose dos recursos e dos saberes comunitários Além disso Sousa et al 2010 apresentam que um cuidado eficaz e o desenvolvimento do diálogo afetivo que pode 11 Processos e fundamentos históricos da educação em saúde ser desenvolvido pelo enfermeiro nas ações de educação em saúde foram ao longo do tempo também proporcionados pelo respeito e a consideração do profissional às crenças e aos valores individuais e comunitários de sua área de atuação Para que o trabalho de educação em saúde seja efetivo por parte do enfer meiro é importante compreender que suas ações não são praticadas de forma individual e sim por meio de movimentos interdisciplinares que envolvem todos os profissionais atuantes tanto dentro das unidades com consultas especializadas e atendimento de enfermagem de nível técnico e superior quanto com a ação dos agentes comunitários Os agentes comunitários têm grande importância no incentivo à população para o envolvimento em ações de educação em saúde pois esses profissionais além de realizarem constantes visitas domiciliares também são pertencentes à comunidade em que atuam sendo grandes sinalizadores para as necessidades locais JESUS RIBEIRO 2013 SOUSA et al 2010 Esse papel das ações interdisciplinares foi considerado de suma impor tância uma vez que os problemas de saúde são muito complexos e envolvem diversos fatores além das causas biológicas Assim essa prática permite ao enfermeiro a realização e uma relação horizontal entre educando e educador criando a convergência de saberes para a prática da educação em saúde JESUS RIBEIRO 2013 SOUSA et al 2010 Além de estar atento ao que ocorre no local onde o enfermeiro está inserido para a realização das atividades é importante que ele mesmo profissionalmente se mantenha atualizado Para tanto a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde se apresenta como uma estratégia que visa à transformação e à qualificação da atenção à saúde dos processos formativos e das práticas tanto de saúde quanto pedagógicas Com isso buscase incentivar a organização das ações e dos serviços pois a imple mentação dessa política gera a necessidade também de articulação do trabalho realizado entre o sistema de saúde e as instituições de ensino JESUS RIBEIRO 2013 Jesus e Ribeiro 2013 apresentam em resumo que a promoção da saúde se trata de um processo ativo no qual o indivíduo é o principal responsável por mudanças de hábitos que promoverão melhores níveis de bemestar Além disso trazem que o processo pedagógico de enfermagem é reconhecido por ser uma estratégia promissora para o enfrentamento dos problemas de saúde que afetam as populações e as comunidades em que se inserem e o enfermeiro tem destaque nesse processo por ser o principal profissional designado para a atuação do cuidar por meio de práticas de educação em saúde Processos e fundamentos históricos da educação em saúde 12 BRASIL Ministério da Saúde Caderno de educação popular e saúde Brasília MS 2007a Série B Textos Básicos de Saúde Disponível em httpbvsmssaudegovbrbvs publicacoescadernoeducacaopopularsaudep1pdf Acesso em 27 jun 2019 BRASIL Ministério da Saúde Educação em saúde histórico conceitos e propostas Bra sília Ministério da Saúde 2007b Disponível em httpwwwreprolatinainstitucional wssiterespositoriomateriaisapoiotextosdeapoioEducacaoemsaudepdf Acesso em 27 jun 2019 BRASIL Ministério da Saúde Educação popular em saúde Brasília Ministério da Saúde 2017 Disponível em 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fundamentos históricos da educação em saúde nível em httpswwwscielosporgarticlecsc2010v15n525392550 Acesso em 27 jun 2019 SOUSA L B et al Práticas de educação em saúde no Brasil a atuação da enfer magem Revista Enfermagem UERJ Rio de Janeiro v 18 n 1 p 5560 janmar 2010 Disponível em httpwwwfacenfuerjbrv18n1v18n1a10pdf Acesso em 27 jun 2019 Leituras recomendadas GONÇALVES G G SOARES M A atuação do enfermeiro em educação em saúde uma perspectiva para a atenção básica 2010 Trabalho de Conclusão de Curso Especialização em Enfermagem Curso de Enfermagem Centro Universitário Católico Salesiano Lins 2010 Disponível em httpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias51937 pdf Acesso em 27 jun 2019 PEREIRA I B RAMOS M N Educação profissional em saúde Rio de Janeiro Fiocruz 2006 Coleção Temas em Saúde Disponível em httpbooksscieloorgidzb2gf pdfpereira9788575413180pdf Acesso em 27 jun 2019 SCHERER M D A PIRES D E P JEAN R A construção da interdisciplinaridade no trabalho da Equipe de Saúde da Família Ciência Saúde Coletiva Rio de Janeiro v 18 n 11 p 32033212 jan 2013 Disponível em httpswwwscielosporgpdfcsc2013 v18n1132033212pt Acesso em 27 jun 2019 Processos e fundamentos históricos da educação em saúde 14 Encerrra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem Na Biblioteca Virtual da Instituição você encontra a obra na íntegra Conteúdo SA GAH SOLUÇÕES EDUCACIONAIS INTEGRADAS
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processos políticos e econômicos de cada época passando desde uma educação impositiva até chegar ao compartilhamento de saberes entre profissionais e população O enfermeiro principalmente quando vinculado à atenção primária tem papel primordial na educação em saúde por diversos meios devido a ser o principal profissional designado para a atuação do cuidar por meio das práticas de educação em saúde e dos conhecimentos agregados sobre a comunidade em que atua levando em consideração as crenças e os saberes da população que assiste Neste capítulo você aprenderá sobre a educação em saúde identi ficará os seus processos e fundamentos históricos bem como contex tualizará a atuação dos profissionais da educação em saúde no Brasil Educação em saúde Conforme apresentado por Falkenberg et al 2014 ao longo do tempo neolo gismos surgem por isso é possível ver a mesma conceituação para a expressão educação em saúde e educação popular em saúde por exemplo Para o Ministério da Saúde BRASIL 2007a 2007b a educação em saúde deve ser vista como uma prática em que a participação da sociedade é ativa ou seja construída por meio do diálogo de forma participativa e que gere contribuições para a autonomia do usuário transformandoo em sujeito ativo das suas decisões de saúde Além disso preconiza que os profissionais que trabalham com a educação em saúde tenham liberdade e autonomia de modo a reinventar formas de cuidado mais humanizados e integrais aos usuários do sistema Para o desenvolvimento da educação em saúde Falkenberg et al 2014 demonstram que existem três eixos que devem ser observados na busca dessas práticas conforme descritos a seguir Os profissionais de saúde valorização da prevenção de doenças valorização da promoção da saúde Os gestores em saúde apoio às equipes de profissionais que atuam junto à população A população agregar seus conhecimentos prévios aos novos aumentar a autonomia dos cuidados individuais e coletivos Em suas assertivas direcionadas por pesquisas da Organização Mundial da Saúde OMS o da Saúde BRASIL 2007a 2007b apresenta que a educação em saúde deverá promover dois lados um voltado para identidade dignidade e responsabilidades individuais e outro para solidariedade e responsabilidade comunitária Partindo desse pressuposto apresentam a educação em saúde Processos e fundamentos históricos da educação em saúde 2 como uma disciplina de ação que varia entre as expectativas populacionais e as políticas de saúde governamentais Nessa mesma linha de raciocínio Sousa et al 2010 apresentam que a educação em saúde é um dos instrumentos para a promoção da qualidade de vida aliando os conhecimentos técnicos aos populares Além disso os mesmos autores identificam a existência atual de uma nova abordagem da educação em saúde em que há uma valorização da consciência crítica associada à luta por direitos à saúde e à qualidade de vida Desse modo além dos fatores biológicos a educação em saúde apresentase como um modelo que também considera fatores políticos culturais e ambientais SOUSA et al 2010 A educação em saúde foi distinguida em dois eixos apresentados por Schall e Struchiner 1999 em que um trata da aprendizagem sobre as doenças como evitar os efeitos sobre a saúde e as formas de reestabelecimento da saúde e outro caracterizado pela promoção da saúde em que conforme prerrogativas da OMS estão inclusos os fatores sociais que afetam a saúde do indivíduo A partir do exposto temse que a educação em saúde está baseada em um conceito de saúde ampliado definido por um estado de busca de bemestar que deve contemplar diversos aspectos integrativos a esse conceito Aspectos integrativos ao conceito de saúde ampliado SCHALL STRUCHINER 1999 físicos e mentais por meio da ausência de doenças nesses campos ambientais por meio do ajustamento do ambiente de forma a ser também provedor de bemestar saudável pessoais e emocionais por meio de situações que promovam a autorrealização do indivíduo nos campos pessoais e afetivos socioecológicos por meio do comprometimento individual com a igualdade social e a preservação do meio ambiente como forma de prover boa saúde e bons hábitos Corroborando com Sousa et al 2010 o Ministério da Saúde BRASIL 2007a 2007b aponta que a educação em saúde é caracterizada pela ligação entre as expectativas populacionais para uma vida melhor e as estimativas governamentais que buscam o oferecimento de programas de saúde mais eficientes 3 Processos e fundamentos históricos da educação em saúde De acordo com o Ministério da Saúde 2007a 2007b os objetivos gerais da educação em saúde são de encorajamento da população pela busca e a manutenção de padrões de vida sadios de utilização assertiva e cuidadosa dos serviços de saúde que são co locados à disposição da população de capacitação populacional para as tomadas de decisão individuais e coletivas visando à melhoria das próprias condições de saúde e das condições de saúde ambientais Como bem definido por Reis et al 2013 a educação em saúde é cons tituída por um conjunto entre conhecimento e prática que visa à promoção da saúde e à prevenção de doenças sendo um recurso pelo qual o conheci mento científico por meio do auxílio de profissionais é capaz de chegar à população em sua vida cotidiana Ou seja é capaz de realizar a integração entre os saberes populares e científicos para tornar o indivíduo um sujeito ativo e responsável acerca de sua saúde partindo do pressuposto de que a população deverá ter espaço para a reflexão crítica valorizando coletivamente as formas de aprendizado compreensão dos aprendizados e capacitação para explicitar seus conhecimentos de vida tanto em sociedade como em família REIS et al 2013 Em suma temse que a educação em saúde se trata da convergência de saberes técnicos e populares que se unem com o objetivo comum de melho rias tanto da qualidade de vida quando se tratando da população assistida quanto da qualidade de trabalho quando se tratando dos profissionais O enfermeiro ou o profissional da saúde responsável pelo ensino em saúde em determinado momento passa a ser um aliado nessa construção de co nhecimento agregado podendo ser considerado como o principal norteador para a conjunção desses saberes Processos e fundamentos históricos da educação em saúde Conforme dito anteriormente a educação em saúde é um conceito modifi cado ao longo do tempo baseado em conhecimentos populacionais e governamentais portanto para entender a educação em saúde fazse necessário compreender a história da implementação desses conceitos ao logo do tempo Processos e fundamentos históricos da educação em saúde 4 O objetivo de rever as transformações da sociedade ao longo do tempo se caracteriza pela demonstração de como a evolução social ocorreu em tempo e espaço de forma a possibilitar a previsão de possíveis acontecimentos SOUSA et al 2010 No entanto quando se trata da relação entre educação saúde e suas práticas nem sempre a sucessão de modelos significa evolução de paradigmas mas sim uma descrição das ocorrências associadas aos perí odos históricos SILVA et al 2010 Para que ocorra a contextualização da educação em saúde fazse necessário entender também as contextualizações de educação REIS et al 2013 Sendo assim temse que inicialmente a civilização particularmente a ocidental desenvolveu uma forma de pensar e agir a racionalidade técnica Nesse modelo a ação educativa se baseia na neutralidade gerando o modelo tradicional de educação Nesse modelo dito tradicional as informações são passadas aos indivíduos de forma unilateral em que o detentor do conheci mento repassa o que sabe e que considera verdadeiro aos educandos REIS et al 2013 Esse modelo de educação foi utilizado na segunda metade do século XIX na Europa nas epidemias ocorridas em que a população era disciplinada a seguir as regras de higiene e de conduta moral determinadas pelos governantes REIS et al 2013 Nesse mesmo período no Brasil as práticas estavam em europeizar costumes e hábitos das famílias de elite cuja intenção maior era a de legi timação de classes sociais por atributos físicos psíquicos e sexuais o que fomentou de forma indireta ideologias racistas e preconceituosas SILVA et al 2010 Nos Estados Unidos foi proposto a Health Education ou Educação Sanitária que preconizava a difusão de noções de higiene a partir de medidas preventivas porém com direcionamento de comportamento associado REIS et al 2013 Já no Brasil no contexto da saúde pública por volta de 1860 a exportação do café gerou um início conturbado para a educação em saúde pois se fazia necessário um controle de saneamento dos espações destinados à exportação das mercadorias SOUSA et al 2010 Além disso as epidemias de varíola peste febre amarela e tuberculose que acometeram a população dos centros urbanos entre o século XIX e parte do século XX tiveram ações higienistas em que as normas de prevenção às doenças e intervenções eram normatizadoras e impostas por meio de regras REIS et al 2013 Nesse período as instruções das instituições de saúde fundamentavamse no modelo campanhista que tinha como base modelos estruturais de operações militares Com a influência da polícia médica desenvolvida na Alemanha o pressuposto era de que o Estado deveria assegurar o bemestar do povo mesmo 5 Processos e fundamentos históricos da educação em saúde que contrariasse os interesses individuais de forma a justificar a coerção das ações aplicadas SILVA et al 2010 No início do século XX o médico Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro a partir do momento em que assumiu a Diretoria Geral de Saúde Pública enfrentou as epidemias por meio do uso de brigadas médicas que eram compostas por SILVA et al 2010 matamosquitos operários de limpeza pública Ambos acompanhados por soldados de polícia quem faziam a visitação de casas e prédios desinfetando locais exigindo reformas interditando prédios e removendo das casas tudo que fosse julgado por eles como prejudicial à saúde da população As visitas obviamente eram preferencialmente ocorridas nas áreas mais pobres da cidade e de maior concentração demográfica SILVA et al 2010 A educação sanitarista aparece no Brasil em meados da década de 20 quando o Estado se viu em necessidade de maior atuação em decorrência do aumento das populações urbanas Nesse modelo as ações direcionadas por Osvaldo Cruz no início do século que buscava controlar a proliferação de doenças por meio de vigilância sobre as atitudes populacionais principalmente das populações pobres e da vacinação compulsória fez se mantarem as ações da polícia sanitária REIS et al 2013 Com a imposição das ações sem que a população entendesse os porquês surgiram movimentos de resistência como a Revolta da Vacina em que as pessoas negadas ao direito de informação sendo apenas obrigadas à realizar a vacinação se negaram à aplicação das vacinas Em consequência houve uma redefinição do papel da educação em saúde SOUSA et al 2010 Nesse momento no Brasil não há ensino mas imposição de saberes sobre a sociedade em que a intervenção curativa fundamentada na biologia do processo saúdedoença eram trazidas à população de forma impositiva unilateral e verticalizada de modo que os receptores da informação a popu lação tinham pouca ou nenhuma interação ou participação na formação dos conhecimentos REIS et al 2013 O envolvimento dos indivíduos no processo educativo começou a ser desenvolvido e discutido a partir da década de 40 quando da criação da Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública SESP em convênio entre os governos brasileiro e norteamericano Nesse momento iniciaramse os desenvolvimentos para a participação comunitária e em grupos por meio de Processos e fundamentos históricos da educação em saúde 6 ações de medicina preventiva e gerenciamento institucional trazidos pelos norteamericanos além de novas técnicas educacionais na área da saúde No entanto a doença ainda era percebida de maneira individualizada e não pertente a um contexto que englobe o cotidiano do indivíduo e o ambiente em que se insere sendo a população considerada como passiva e incapaz de iniciativas próprias REIS et al 2013 SILVA et al 2010 Seguindo nessa linha por volta da década de 50 com a maior migração de pessoas do campo para a cidade e a modificação das exportações de agro negócios para as indústrias de base percebese a necessidade de relacionar o conceito de saúde ao homem produtivo de forma a garantir a produção das indústrias Sendo assim a educação em saúde passou a ser voltada para o interesse das elites em que as pessoas eram objetos de intervenção do Estado e a saúde era considerada um dever pois sua finalidade era de manter a produtividade econômica FALKENBERG et al 2014 A década de 60 foi marcada por situações contraditórias em relação à educação em saúde pois no início da década temse o surgimento da Medicina Comunitária que apresentava um discurso de busca por maior participação da população nas soluções de problemas porém ainda per manecia um discurso de culpabilidade pela existência desses problemas indicando que tais culpas iniciam a partir dos indivíduos e se seguiam às questões coletivas REIS et al 2013 Percebese também essa contradição no período da Ditadura Militar Bra sileira a partir do golpe de 1964 em que grandes avanços ou modificações não eram percebidos porém ocorria uma discreta modificação do padrão impositivo de normas e condutas com o surgimento da educação em saúde pública que também era conhecida pelos nomes de educação em saúde eou educação para a saúde REIS et al 2013 Com a maior abertura política nas décadas de 70 e 80 e por meio da influência das concepções de educação promovidas por Paulo Freire iniciou se um maior diálogo sobre a educação em saúde por meio da participação popular Em 1986 a Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde em Ottawa Canadá desenvolveu as ideias de promoção da saúde em todo o mundo a partir do desenvolvimento da Carta de Ottawa Tais concepções serviram para a organização dos princípios do Sistema Único de Saúde que foi criado a partir da Constituição Federal de 1988 e regu lamentado pela Lei Orgânica da Saúde Lei nº 8080 de 1990 REIS et al 2013 SOUSA et al 2010 Nesse mesmo período no início da década de 70 houve destaque para o movimento da Educação Popular em Saúde que buscava o rompimento da 7 Processos e fundamentos históricos da educação em saúde autoritariedade do conhecimento partindo para ações educativas e partici pativas com interação de saberes técnicos e populares por meio do diálogo REIS et al 2013 A Carta de Ottawa 1986 é a Carta de Intenções criada na Primeira Conferência Inter nacional sobre Promoção da Saúde que visava a contribuir com estratégias para que se atingisse a saúde de todos no ano 2000 e nos anos subsequentes A partir dessa perspectiva as pessoas a serem educadas passaram a ter papel de interação pois não se valia mais do sistema de aprendizado impositivo e unidirecional em que os ensinamentos eram impostos e sim de uma parti cipação ativa em que quem está aprendendo passa a ter papel fundamental pois com o auxílio de quem o ensina transforma seus conhecimentos prévios por meio do raciocínio respeitando os saberes populares REIS et al 2013 Foi a partir da década de 80 que os referenciais de Paulo Freire em relação à educação passaram também a fazer parte da educação em saúde trazendo à tona a relevância necessária para a reflexão crítica e o desenvolvimento de uma consciência também crítica que fosse capaz de promover a melhoria das condições de saúde a partir da participação comunitária As concepções trazidas por Paulo Freire para a educação em saúde dizem respeito princi palmente à ação de relação entre educador e educando não sendo apenas restringida à transmissão de informações unilateralmente RENOVATO BAGNATO 2012 A partir da implementação do SUS na década de 90 surge também o Programa de Saúde da Família marco importante para a educação em saúde pois surge como uma ferramenta para a reorientação de práticas diretamente dentro das comunidades assistidas pelas unidades de saúde reassentando uma mudança significativa na atenção em saúde uma vez que integrava o enfermeiro o paciente a família e a comunidade em que este se inseria SOUSA et al 2010 Apesar desses esforços Reis et al 2013 destacam que a transformação da prática profissional por meio de diálogo com a população não parece estar sendo instituída por ações efetivas tanto pelo fato de os sistemas educacionais não estarem nesse mesmo ritmo e permanecerem com o aprendizado instru Processos e fundamentos históricos da educação em saúde 8 cional quanto pelo temor do profissional de perda de poder do conhecimento deixando assim de realizar o desenvolvimento de um pensamento crítico dando preferência ao acúmulo de saberes técnicos Corroborando com esse pensamento Silva et al 2010 apresentam que a educação tradicional em que o conhecimento ainda se centra no profissional tem permanecido Todavia a educação popular em saúde busca empoderar a comunidade de forma a encorajar e apoiar pessoas e grupos sociais para que assumam uma postura ativa sobre sua saúde e suas vidas As proposições do Ministério da Saúde estão voltadas para a educação permanente buscando que seja uma estratégia de transformação das práticas no setor da saúde REIS et al 2013 de atenção de formação de gestão de formulação de políticas públicas de participação popular de controle social Conforme dito por Reis et al 2013 temos que a participação da população nas ações de políticas de educação permanente em saúde são importantes pois contribuem com uma atenção à saúde de qualidade estimulam a autonomia em relação à própria saúde exercem a participação popular consciente realizam o controle social das políticas públicas Com isso em 2003 por meio da Portaria nº 2761 o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Educação Popular em Saúde PNEPSSUS momento no qual a educação em saúde passa a ser uma política pública voltada ao SUS que designa a partir do diálogo a valorização dos saberes populares como forma de produção de conhecimentos e a inserção destes no SUS BRASIL 2013 2017 Essa política é orientada pelos princípios do diálogo com a troca respeitosa de conhecimentos de forma a contribuir com os processos de transforma ção e humanização da amorosidade pelo uso da sensibilidade e de trocas 9 Processos e fundamentos históricos da educação em saúde emocionais da problematização propondo construções de práticas baseadas em análise crítica da realidade da emancipação em que os grupos superam formas de ações que produzem a desumanização e o adoecimento social e do compromisso com a construção do projeto democrático e popular reafirmando os preceitos de uma sociedade justa construída por meio das lutas sociais e da garantia universal do direito à saúde BRASIL 2013 2017 A atuação dos profissionais da educação em saúde no Brasil As formas de ver a educação em saúde acompanhadas por todos os momentos históricos governamentais e econômicos que tiveram grande infl uência nesse processo têm sua evolução com a chegada das políticas públicas que visam a agir conforme muito foi discutido ao longo do tempo por meio da utilização do diálogo com trocas de saberes e experiências que visem ao enriquecimento dos conhecimentos de forma a garantir a permanente luta por direitos e cuidados com a saúde individual e comunitária O estabelecimento do diálogo para a interação entre os conhecimentos técnicos e populares objetiva por ser um ponto motivador para as mudanças de comportamento ou adaptações às novas situações de vida de um indivíduo além de também visar à melhoria das condições de saúde da população REIS et al 2013 Sendo assim a educação em saúde visa a potencializar a democratização do conhecimento por meio da participação da população nas definições de estratégias a serem implementadas com base na identificação dos problemas do ambiente REIS et al 2013 Já a partir dos anos 80 sob a influência de Paulo Freire na educação as práticas tomaram concepções diferenciadas para que a transmissão das informações não fosse a única forma de construção de saberes mas sim que o diálogo pudesse estreitar as relações entre educadores e educandos RENOVATO BAGNATO 2012 O grande fomentador dessa prática de educação em saúde voltada para o diálogo e a percepção das necessidades individuais e populacionais de determinada área é o enfermeiro SOUSA et al 2010 Conforme apresentado por Jesus e Ribeiro 2013 a educação em saúde trata da combinação entre experiências de aprendizados de forma a faci litar as ações do indivíduo sobre a saúde Além disso cabe ao profissional enfermeiro estar atento às necessidades de se manter atualizado por meio da Processos e fundamentos históricos da educação em saúde 10 educação permanente em saúde visto que a educação dos profissionais de saúde é importante devido à consonância entre conceitos e práticas JESUS RIBEIRO 2013 Havendo a realização de ações de educação em saúde haverá um maior alcance da população aos conhecimentos de forma a aproveitar melhor os serviços de saúde ofertados Por meio do diálogo esses conhecimentos se multiplicam e se estabelecem entre as pessoas objetivando à mobilização de forças para que haja a mudança nos comportamentos de vida havendo também a contribuição para a melhoria da qualidade de saúde da população REIS et al 2013 O conhecimento é gerado a partir da interação entre pessoas ou seja o conhecimento conforme apresentado por Reis et al 2013 referese ao en tendimento das conceituações que os sujeitos estabelecem sobre algum tema Sendo assim a ação do enfermeiro na educação em saúde tanto na prática da educação como na promoção à saúde deve ser reforçar o encorajamento para que as pessoas que atendem consigam chegar ao melhor nível de bem estar por meio de uma vida saudável e da prevenção de doenças e agravos JESUS RIBEIRO 2013 São formas de ação da educação em saúde pelo enfermeiro JESUS RI BEIRO 2013 atendimento em consulta individual de rotina ou direcionada visitas domiciliares grupos de discussão direcionados à melhoria das condições de saúde de uma doença específica ou de prevenção São objetivos das ações de educação em saúde prevenção de doenças promoção de hábitos saudáveis ações de melhoria da qualidade de vida troca de informações técnicas e conhecimentos populares sobre doença eou prevenção Na atenção primária o enfermeiro tem um papel importante junto aos demais profissionais para que tais ações de implementação e desenvolvi mento de estratégias educativas possam ser feitas utilizandose dos recursos e dos saberes comunitários Além disso Sousa et al 2010 apresentam que um cuidado eficaz e o desenvolvimento do diálogo afetivo que pode 11 Processos e fundamentos históricos da educação em saúde ser desenvolvido pelo enfermeiro nas ações de educação em saúde foram ao longo do tempo também proporcionados pelo respeito e a consideração do profissional às crenças e aos valores individuais e comunitários de sua área de atuação Para que o trabalho de educação em saúde seja efetivo por parte do enfer meiro é importante compreender que suas ações não são praticadas de forma individual e sim por meio de movimentos interdisciplinares que envolvem todos os profissionais atuantes tanto dentro das unidades com consultas especializadas e atendimento de enfermagem de nível técnico e superior quanto com a ação dos agentes comunitários Os agentes comunitários têm grande importância no incentivo à população para o envolvimento em ações de educação em saúde pois esses profissionais além de realizarem constantes visitas domiciliares também são pertencentes à comunidade em que atuam sendo grandes sinalizadores para as necessidades locais JESUS RIBEIRO 2013 SOUSA et al 2010 Esse papel das ações interdisciplinares foi considerado de suma impor tância uma vez que os problemas de saúde são muito complexos e envolvem diversos fatores além das causas biológicas Assim essa prática permite ao enfermeiro a realização e uma relação horizontal entre educando e educador criando a convergência de saberes para a prática da educação em saúde JESUS RIBEIRO 2013 SOUSA et al 2010 Além de estar atento ao que ocorre no local onde o enfermeiro está inserido para a realização das atividades é importante que ele mesmo profissionalmente se mantenha atualizado Para tanto a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde se apresenta como uma estratégia que visa à transformação e à qualificação da atenção à saúde dos processos formativos e das práticas tanto de saúde quanto pedagógicas Com isso buscase incentivar a organização das ações e dos serviços pois a imple mentação dessa política gera a necessidade também de articulação do trabalho realizado entre o sistema de saúde e as instituições de ensino JESUS RIBEIRO 2013 Jesus e Ribeiro 2013 apresentam em resumo que a promoção da saúde se trata de um processo ativo no qual o indivíduo é o principal responsável por mudanças de hábitos que promoverão melhores níveis de bemestar Além disso trazem que o processo pedagógico de enfermagem é reconhecido por ser uma estratégia promissora para o enfrentamento dos problemas de saúde que afetam as populações e as comunidades em que se inserem e o enfermeiro tem destaque nesse processo por ser o principal profissional designado para a atuação do cuidar por meio de práticas de educação em saúde Processos e fundamentos históricos da educação em saúde 12 BRASIL Ministério da Saúde Caderno de educação popular e saúde Brasília MS 2007a Série B Textos Básicos de Saúde Disponível em httpbvsmssaudegovbrbvs publicacoescadernoeducacaopopularsaudep1pdf Acesso em 27 jun 2019 BRASIL Ministério da Saúde Educação em saúde histórico conceitos e propostas Bra sília Ministério da Saúde 2007b Disponível em httpwwwreprolatinainstitucional wssiterespositoriomateriaisapoiotextosdeapoioEducacaoemsaudepdf Acesso em 27 jun 2019 BRASIL Ministério da Saúde Educação popular em saúde Brasília Ministério da Saúde 2017 Disponível em 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Família Ciência Saúde Coletiva Rio de Janeiro v 18 n 11 p 32033212 jan 2013 Disponível em httpswwwscielosporgpdfcsc2013 v18n1132033212pt Acesso em 27 jun 2019 Processos e fundamentos históricos da educação em saúde 14 Encerrra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem Na Biblioteca Virtual da Instituição você encontra a obra na íntegra Conteúdo SA GAH SOLUÇÕES EDUCACIONAIS INTEGRADAS