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Texto de pré-visualização
Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson Estudo Dirigido NB2 Sistema Digestório 1 Quais as funções do sistema digestório 2 Qual a divisão do sistema digestório Quais estruturas que compõem cada uma das divisões 3 Quais as funções da língua E dos dentes 4 Como o bolo alimentar desce pelo esôfago 5 Qual a localização do estômago Quais suas funções Qual o nome dos seus esfíncteres 6 Como o pâncreas e o fígado participam da digestão 7 Explique qual o trajeto dos alimentos com a maior riqueza de detalhes Sistema Urinário 1 Quais as funções do sistema urinário Quais as estruturas que o compõe 2 Qual a localização dos rins Por que o rim direito fica mais abaixo do que o esquerdo 3 De qual artéria sai a ramificação para a artéria renal E para qual veia que a veia renal se junta 4 O que é o hilo renal 5 Explique qual o trajeto da urina desde a sua formação até a excreção com a maior riqueza de detalhes Sistema Nervoso 1 O que é Sistema Nervoso quais os seus componentes e suas principais funções 2 Quais são as camadas que revestem e protegem o Sistema Nervoso 3 O que são nervos 4 Defina Sistema Nervoso Central SNC e Sistema Nervoso Periférico SNP 5 O que são lobos E onde eles se encontram Cite uma função fisiológica exercida por cada um dos lobos conhecidos no SNC Sistema Endócrino 1 O que é o Sistema Endócrino quais os seus componentes e suas principais funções 2 Qual a diferença entre glândula exócrina e glândula endócrina 3 Cite 3 glândulas endócrinas sua função e o que elas secretam 4 Cite 8 órgãos que possuem células que secretam hormônios e quais são estes hormônios 5 O que é o Hipotálamo O que é a Hipófise Cite 4 hormônios da adenohipófise e suas funções Sistema Reprodutor 1 Quais as funções do sistema reprodutor masculino E do feminino 2 Quais são as estruturas que compõem o s reprodutor masculino E o feminino Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson 3 Qual o caminho que o espermatozoide percorre até o meio externo Explique com riqueza de detalhes 4 Qual a diferença entre vulva e vagina 5 Qual a localização do útero Quais as funções dos ovários 6 Qual o caminho que o óvulo percorre até a fecundação e depois onde ele é depositado ANATOMIA APLICADA A ENFERMAGEM Diego Santos Fagundes A anatomia das estruturas e dos órgãos do trato gastrintestinal O nosso corpo necessita de nutrientes que são utilizados para o fornecimento de energia para o seu funcionamento além de formar e reparar os tecidos É por meio dos alimentos que conseguimos o aporte necessário para essas funções porém necessitamos da ação do sistema digestório para que os alimentos sejam triturados e transformados em moléculas menores passíveis de serem absorvidas pelas células O sistema digestório é dividido em Trato gastrintestinal tubo contínuo de aproximadamente 5 a 7 metros de comprimento que recebe o alimento quando consumido até ele ser digerido absorvido e eliminado É formado por boca faringe esôfago estômago intestino delgado e intestino grosso Órgãos digestórios acessórios fazem a trituração do alimento digestão mecânica secretam ou armazenam secreções que auxiliam na decomposição química dos alimentos São os dentes a língua as glândulas salivares o fígado a vesícula biliar e o pâncreas Para realizar a descrição da anatomia das estruturas e dos órgãos do sistema digestório será utilizado como base o percurso que o alimento faz da boca até o ânus Boca ou cavidade oral é formada por bochechas palatos duro e mole e língua As bochechas compõem as paredes laterais da boca Externamente são recobertas pela pele e internamente por uma túnica mucosa com epitélio escamoso estratificado não queratinizado Os músculos bucinadores e o tecido conjuntivo estão entre a pele e as túnicas mucosas das bochechas As partes anteriores das bochechas terminam nos lábios Esses são pregas que circundam a abertura da boca são externamente recobertos pela pele e internamente por túnica mucosa Cada face interna do lábio está ligada à gengiva por uma prega de túnica mucosa denominada de frênulo do lábio O vestíbulo da boca é o espaço delimitado externamente pelas bochechas e lábios e internamente pelas gengivas e dentes No adulto existem 32 dentes e cada dente tem três regiões principais coroa parte visível acima do nível da gengiva raiz estruturas que fixam o dente e colo junção constrita entre a coroa e a raiz São compostos por esmalte tendo duas dentições a decídua e a permanente Cárdia o esôfago faz contato com a margem medial do estômago na cárdia É a parte súperomedial do estômago com 3 cm desde a junção esofagogástrica A luz esofágica se abre na cárdia pelo óstio cardíaco Fundo gástrico parte do estômago localizada superiormente à junção esofagogástrica Corpo gástrico é a parte entre o fundo gástrico e as curvaturas do estômago É a maior parte do estômago funciona como compartimento para mistura dos alimentos ingeridos e secreções gástricas Piloro é a última porção do estômago Intestino delgado se estende do músculo esfíncter do piloro até o óstio ileal Está dividido em duodeno região mais curta e retroperitoneal tem a forma de um C e estendese por aproximadamente 25 cm jejuno continuação do intestino delgado e tem aproximadamente um metro de comprimento e íleo é a última e mais longa região do intestino delgado mede aproximadamente dois metros e juntase ao intestino grosso em um esfíncter de músculo liso chamado de óstio ileal O intestino delgado preenche a maior parte da cavidade abdominal seus 25 cm proximais são móveis e o restante é retroperitoneal mantendose fixa à parede abdominal posterior O jejuno e o íleo são sustentados por um mesentério amplo e em forma de leque mesentério próprio Vasos sanguíneos artérias e veias jejunais ramos da artéria mesentérica superior e veia mesentérica superior linfáticos e nervos atingem esses segmentos do intestino delgado passando através de tecidos conectivos do mesentério A inervação parassimpática é fornecida pelo nervo vago a inervação simpática envolve fibras pósganglionares do gânglio mesentérico superior Os movimentos do intestino delgado são controlados principalmente por reflexos neurais que envolvem o plexo submucoso e o plexo mioentérico A parede do intestino delgado apresenta túnica mucosa tela submucosa túnica muscular e túnica serosa contém diversos tipos de células as células absortivas que liberam enzimas que digerem o alimento e contém microvilosidades que absorvem os nutrientes no quimo as células caliciformes que secretam muco e as glândulas intestinais que secretam suco intestinal tela submucosa contém glândulas duodenais que secretam um muco alcalino que ajuda a neutralizar o ácido gástrico no quimo túnica muscular e túnica serosa O intestino delgado apresenta as pregas circulares que são pregas da túnica e tela submucosa tem aproximadamente 10 mm de comprimento estão presentes do duodeno ao íleo e aumentam a absorção pelo aumento da área O palato é considerado uma parede ou septo que separa a cavidade oral da nasal formando o céu da boca Permite mastigar e respirar ao mesmo tempo É dividido em palato duro parte anterior do céu da boca formado pelas maxilas e palatinos recoberto por túnica mucosa parte óssea entre cavidade oral e nasal e palato mole parte posterior do céu da boca partição muscular em forma de arco entre a parte oral da faringe e a parte nasal da faringe revestida por túnica mucosa A úvula é uma estrutura muscular em formato de dedo que fica pendurada na margem livre do palato mole e durante a deglutição juntamente com ele é atraída superiormente fechando a parte nasal da faringe e impedindo que o alimento entre na cavidade nasal Faringe tubo afunilado que se estende dos cóanos ao esôfago posteriormente e à laringe anteriormente É composta por uma única mucosa e por músculo esquelético Pode ser dividida em três partes nasal da faringe atua na respi ração oral da faringe e laríngea da faringe ambas têm funções digestórias e respiratórias O alimento é ingerido pela boca passa então para as partes oral e laríngea da faringe sendo que as suas contrações ajudam a impulsionar o alimento para o esôfago e após ao estômago Esôfago é um tubo muscular flexível que comunica a faringe ao estômago Está situado posteriormente à traqueia tem aproximadamente 25 cm de com primento e 2 cm de diâmetro Entra na cavidade abdominal por meio de uma abertura no diafragma chamada de hiato esofágico Contém um esfíncter esofágico superior e um esfíncter esofágico inferior A parede do esôfago apresenta túnica mucosa epitélio escamoso estratificado resistente à abrasão e uma tela submucosa as túnicas mucosas e submucosas formam pregas que permitem a expansão do esôfago durante a passagem do bolo alimentar A submucosa contém glândulas esofágicas que produzem secreção mucosa que lubrifica o bolo alimentar e protege a superfície epitelial e túnica muscular que apresenta uma camada helicoidal de passo curto interna e circular e uma camada helicoidal de passo longo externa e longitudinal No terço superior do esôfago ambas as camadas contêm fibras musculares estriadas esqueléticas no terço médio apresenta mistura de tecidos musculares liso e estriado esquelético no terço inferior apresenta apenas músculo liso Estômago liga o esôfago ao duodeno Apresenta o formato de J expandido está localizado nas regiões do hipocôndrio direito epigástrio e partes das regiões umbilical e lateral esquerda As principais regiões anatômicas são 3 Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto você deve apresentar os seguintes aprendizados Identificar a anatomia das estruturas e dos órgãos que compõem o trato gastrintestinal Caracterizar as funções de cada órgão do trato gastrintestinal Relacionar os aspectos anatômicos com patologias que acometem o trato gastrintestinal Introdução Os pacientes acometidos pelas doenças do sistema digestório ficam muito debilitados em função da restrição e das dificuldades em manter uma nutrição adequada O emagrecimento a fraqueza a diarreia ou constipação a necessidade de jejum prolongado ou ainda a alimentação por sonda enteral ou via parenteral fazem com que haja a necessidade da assistência de enfermagem ao paciente em suas atividades de higiene conforto alimentação e eliminação Neste capítulo você vai identificar a anatomia das estruturas e dos órgãos do trato gastrintestinal bem como as suas funções além de fazer uma relação da anatomia com as patologias que acometem o sistema digestório de superfície Tem glândulas que secretam líquido e muco e as suas paredes com pregas circulares vilosidades e microvilosidades fornecem uma grande área de superfície para digestão e absorção dos alimentos Apresenta também vilosidades projeções digitiformes da túnica mucosa medindo 05 a 1 mm e microvilosidades projeções da membrana apical das células absortivas medindo aproximadamente 1 µm de comprimento que aumentam ainda mais a superfície propiciando a troca de nutrientes Intestino grosso tem o formato de ferradura e se estende do óstio ileal ao ânus sendo dividido em ceco colo ascendente colo transverso colo descendente colo sigmoide reto e canal anal A sua túnica mucosa contém muitas células caliciformes e a túnica muscular consiste em tênias do colo e saculações do colo O intestino grosso realiza movimentos mecânicos que incluem a agita ção das saculações do colo o peristaltismo e o peristaltismo em massa É no intestino grosso que ocorrem as últimas fases da digestão química por meio da ação bacteriana sendo que as substâncias são adicionalmente quebradas e algumas vitaminas são sintetizadas Em relação aos órgãos digestórios acessórios pâncreas e fígado Pâncreas consiste em uma cabeça um corpo e uma cauda tem comunicação com o duodeno por meio dos ductos pancreático e pancreático acessório As ilhotas pancreáticas endócrinas secretam hormônios e os ácinos exócrinos secretam suco pancreático Esse suco contém enzimas que digerem o amido amilase pancreática proteínas tripsina quimotripsina carboxipetidase e elastase triglicerídeos lipase do pâncreas e ácidos nucleicos ribonuclease e desoxirribonuclease Fígado o fígado é uma glândula mista e tem quatro lobos quadrado caudado direito e esquerdo Esses lobos são constituídos por lóbulos que contêm hepa tócitos as células do fígado vasos sinusoides células estreladas do fígado e uma veia central Esses hepatócitos produzem a bile que é transportada por um sistema de ductos até a vesícula biliar para concentração e armazenamento temporário A vesícula biliar é um saco localizado em uma depressão na face posterior do fígado O fígado atua também no metabolismo de carboidratos lipídeos e proteínas no processamento de fármacos e hormônios na excreção de bilirrubina na síntese de sais biliares no armazenamento de vitaminas e minerais na fagocitose e na ativação da vitamina D 5 Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal Na Figura 1 temos os órgãos e as estruturas do sistema digestório trato gastrintestinal e estruturas e órgãos acessórios Figura 1 Estruturas do sistema digestório e dos órgãos acessórios Fonte Tortora e Derrickson 2017 p 478 Boca cavidade oral contém os dentes e a língua Estômago Pâncreas Colo transverso Colo descendente Colo sigmoide Reto Ânus Glândula sublingual glândula salivar Faringe Jejuno Íleo Colo ascendente Ceco Apêndice vermiforme Duodeno Canal anal Glândula parótida glândula salivar Glândula submandibular glândula salivar Esôfago As funções dos órgãos que compõem o trato gastrintestinal Os diversos órgãos que compõem o sistema têm funções importantes desde o momento que o alimento entra na boca é triturado deglutido na mistura na propulsão na digestão e na absorção até o momento que os resíduos são Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal 6 eliminados pelo corpo Descreveremos a seguir as principais funções desses órgãos Cavidade oral a língua manobra os alimentos para ser realizada a mastigação modela o alimento e faz manobras para que seja feita a deglutição e inicia a digestão dos triglicerídeos Na língua temos os sensores do paladar Os dentes cortam dilaceram e pulverizam os alimentos sólidos em partí culas menores para auxiliar na deglutição Os lábios e as bochechas mantêm os alimentos entre os dentes durante a mastigação as glândulas vestibulares e salivares produzem saliva e conseguem amaciar hidratar e dissolver os alimentos e inicia a digestão do amido Além disso limpa a boca e os dentes Faringe recebe um bolo alimentar da cavidade oral e passao ao esôfago Esôfago recebe o bolo alimentar da faringe e passao ao estômago Requer o relaxamento do esfíncter esofágico superior e secreção de muco Estômago ondas de mistura combinam a saliva os alimentos e o suco gástrico o que ativa a pepsina inicia a digestão de proteínas mata microrganismos dos alimentos ajuda a absorver a vitamina B12 contrai o esfíncter esofágico inferior aumenta a motilidade do estômago relaxa o músculo esfíncter do piloro e move o quimo para o intestino delgado Intestino delgado a segmentação mistura o quimo com os sucos digestórios O peristaltismo impulsiona o quimo para o óstio ileal As secreções digestórias do intestino delgado pâncreas e fígado completam a digestão dos carboidra tos das proteínas dos lipídeos e dos ácidos nucleicos as pregas circulares vilosidades e microvilosidades ajudam a absorver aproximadamente 90 dos nutrientes digeridos O suco pancreático tampona o suco gástrico ácido no quimo interrompe a ação da pepsina do estomago cria o pH apropriado para a digestão no intestino delgado e participa na digestão de carboidratos proteínas triglicerídeos e ácidos nucleicos A vesícula biliar armazena e concentra a bile e liberaa para o intestino A bile atua na digestão por meio da emulsificação dos lipídeos dietéticos Intestino grosso a agitação das saculações do colo o peristaltismo e o peris taltismo em massa dirigem o conteúdo do colo para o reto bactérias produzem 7 Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal algumas vitaminas do complexo B e a vitamina K ocorre a absorção de um pouco de água íons e vitaminas e no final ocorre a defecação é uma ação reflexa auxiliada por contrações voluntárias dos músculos diafragma e abdo minais e pelo relaxamento do esfíncter externo do ânus Os aspectos anatômicos e as patologias que acometem o trato gastrintestinal Os diferentes órgãos que compõem o sistema digestório podem apresentar diversas alterações e patologias Procurouse aqui abordar a maioria dos órgãos e das estruturas e algumas patologias que acometem o trato digestório serão contempladas como faringite doença do refluxo gastresofágico esofagite acalasia gastrite úlcera péptica intolerância à lactose apendicite pólipos doença diverticular e câncer de colo Faringite é a inflamação da faringe que pode ser causada por microrganis mos vírus ou bactérias que entram pelas vias aéreas ou como processo de alergias imunidade baixa infecções respiratórias crônicas asma e enfisema pulmonar e exposição à poluição e componentes químicos como a fumaça de cigarro Os sintomas são dor de garganta rouquidão garganta seca e dificul dade para engolir No entanto esses sintomas podem se confundir com outras inflamações da garganta como a amigdalite e a laringite que afetam esses órgãos próximos da faringe O tratamento será com antibioticoterapia quando infecção bacteriana antialérgicos antitérmicos analgésicos entre outros Doença do refluxo gastresofágico DRGE ocorre normalmente em decor rência da incapacidade do esfíncter esofagiano inferior em se fechar após a ingestão de alimentos Dessa forma o conteúdo do estômago pode retornar refluxo para a parte inferior do esôfago O ácido clorídrico do conteúdo estomacal pode irritar a parede esofágica A ingestão de álcool e o tabagismo podem causar relaxamento desse esfíncter piorando a situação Os sintomas da DRGE podem ser minimizados ao se evitar alimentos que estimulam a produção de suco gástrico café chocolate tomate alimentos gordurosos suco de laranja e cebola Para aliviar os sintomas podese ingerir antiácidos pequenas refeições e não deitar antes de 2 horas após alimentação Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal 8 Esofagite inflamação do esôfago pelo contato com o ácido da secreção gástrica O epitélio do esôfago apresenta poucas defesas contra a agressão dos ácidos e enzimas resultando em processo de inflamação erosão epitelial e desconforto intenso Pode ser em decorrência da DRGE Caracterizada por pirose e náuseas Acalasia é quando ocorre uma disfunção do plexo mioentérico em que o esfíncter esofágico não relaxa normalmente conforme o alimento se aproxima dele Dessa forma o alimento se acumula no esôfago causando distensão e dor torácica O tratamento mais efetivo envolve secção da camada muscular circular na região inferior do esôfago ou laceração dessa camada por expansão de um balão posicionado nessa região Gastrite é a inflamação superficial do revestimento túnica mucosa do estômago Pode se desenvolver após a ingestão de drogas álcool ou aspirina após estresse físico ou emocional após infecção bacteriana da parede gástrica ou ainda após a ingestão de substância química de pH muito ácido ou muito alcalino As infecções pela bactéria Helicobacter pylori são um importante fator na formação de úlceras Na evidência de infecção por Helicobacter pylori é necessário o tratamento com antibioticoterapia Se não for tratada essa infecção a bactéria pode penetrar o muco que cobre o estômago ficando protegida da ação do suco gástrico Com o tempo danifica o revestimento epitelial podendo causar erosão da lâmina própria por suco gástrico levando ao desenvolvimento de úlceras Úlcera péptica lesão no revestimento gástrico ou no intestino delgado As localizações podem ser úlcera gástrica estômago ou úlcera duodenal duo deno Estimativas trazem que 50 a 80 das úlceras gástricas e 95 das úlceras duodenais ocorram em indivíduos infectados pela Helicobacter pylori As úlceras podem provocar dores agudas e intensas abdominais A administração de antiácidos pode minimizar essas dores Importante é o tratamento e a eli minação da bactéria Helicobacter pylori observando a reinfecção São efetivas também a limitação de ingestão de bebidas alcóolicas e a eliminação dos alimentos que estimulem a produção de suco gástrico Em casos mais graves a úlcera pode ser mais profunda e produzir sangramento significativo além dos ácidos poderem causar corrosão completa da parede do trato digestório sendo uma úlcera perfurada invadindo a cavidade peritoneal O sangramento significativo é interno e pode não ser percebido ficando ativo durante horas ou dias Esse sangue passará por todo o trato digestório sofrerá a ação de todos 9 Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal os líquidos e enzimas até ser eliminado via retal em forma de fezes muito escuras ou pretas com odor fétido e forte o qual é denominado de melena O paciente precisa passar por exame com introdução de um aparelho até o local da lesão endoscopia digestiva alta para a realização da hemostasia Se houver perfuração é necessária a correção cirúrgica imediata Intolerância à lactose em algumas pessoas as células absortivas do intestino delgado não produzem lactase suficiente Essa enzima é necessária e essencial para a digestão da lactose levando a uma intolerância à lactose A lactose não digerida no quimo faz com que seja retido líquido nas fezes A fermentação bacteriana da lactose não digerida resulta na produção dos gases e além disso a pessoa apresenta diarreia distensão abdominal e cólicas após a ingestão de leite e derivados As pessoas com essa intolerância devem optar por uma dieta que restrinja a lactose e ingerir suplementos alimentares para ajudar na digestão desta Apendicite é a inflamação do apêndice vermiforme sendo precedida pela obstrução do lúmen do apêndice pelo quimo inflamação corpo estranho carcinoma e outros O indivíduo normalmente apresenta febre alta dor na região umbilical do abdômen que depois pode se localizar no quadrante inferior direito seguida de náuseas e vômitos É recomendada a retira do apêndice apendicectomia Pólipos são tumores benignos de desenvolvimento lento Surgem a partir da túnica mucosa do intestino grosso podendo ser assintomático ou em casos mais graves apresentar diarreia sangue nas fezes e eliminação de muco pelo ânus Os pólipos devem ser removidos por colonoscopia ou cirurgia pois alguns deles podem se tornar câncer mais tarde Doença diverticular os divertículos são evaginações em forma de saco na parede do colo em locais em que a túnica muscular enfraqueceu e pode estar inflamada O desenvolvimento desses divertículos é denominado de diver ticulose Das pessoas conhecidas com diverticulose entre 10 a 25 acabam apresentando diverticulite que é a inflamação Nesse caso a pessoa pode apresentar dor constipação intestinal ou aumento da frequência das evacu ações náuseas vômitos e febre baixa O tratamento consiste em aumentar o consumo de fibras ou em casos mais graves as porções afetadas devem ser retiradas por meio da cirurgia Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal 10 Câncer de colo são tumores malignos do colo A maioria dos casos de câncer do cólon surge por meio de pólipos presentes na mucosa do intestino Cerca de 5 dos pólipos adenomatosos transformamse em adenocarcinoma após cerca de 10 anos de existência Em estágios iniciais a quimioterapia é o tratamento indicado em estágios mais avançados é necessário fazer colectomia retirada de parte do colo e colocação de uma colostomia uma abertura artificial no colo Acesse o link a seguir para ver uma página do UNASUS com conteúdo teórico e vídeo sobre caso clínico de um paciente com doença do sistema digestório httpsgooglw7k6RE TORTORA G J DERRICKSON B Corpo humano fundamentos de anatomia e fisiologia 10 ed Porto Alegre Artmed 2017 Leituras recomendadas CURY M Doenças do aparelho digestivo discussão do caso do Sr Fernando Disponível em httpproductionlatecufmsbrnewpmmu1a7html Acesso em 17 out 2018 MARTINI F H TIMMONS M J TALLITSCH R B Anatomia humana 6 ed Porto Alegre Artmed 2009 Referência 11 Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem Na Biblioteca Virtual da Instituição você encontra a obra na íntegra Conteúdo S a G A H SOLUÇÕES EDUCACIONAIS INTEGRADAS ANATOMIA APLICADA A ENFERMAGEM Andreia Orjana Ribeiro Coutinho Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações para prática clínica de enfermagem Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto você deve apresentar os seguintes aprendizados Determinar as funções dos ureteres da bexiga e da uretra Identificar a anatomia macroscópica dos componentes do trato urinário Descrever disfunções do trato urinário na anatomia masculina e na anatomia feminina Introdução O sistema urinário é importante para a formação da urina excreção de substâncias de escórias metabólicas entre outros Esse sistema inclui os dois rins dois ureteres a bexiga urinária e a uretra As inúmeras disfunções apresentadas pelos pacientes relacionadas com as anatomias masculina e feminina como infecções urinárias incontinência e retenção urinária requerem que a enfermagem atue na observação do aspecto do volume e da frequência da urina na realização de sondagem vesical quando necessário bem como na administração de antibióticos Neste capítulo você vai identificar a anatomia dos componentes do trato urinário as funções dos ureteres bexiga e uretra bem como compreender as disfunções do trato urinário nas anatomias masculina e feminina As funções dos ureteres da bexiga e da uretra O sistema urinário é formado por rins ureteres bexiga urinária e uretra Esse sistema desempenha inúmeras funções no nosso organismo e incluem Regulação da composição iônica sódio potássio cálcio fosfato e cloreto do sangue Regulação do pH do sangue excretam íons hidrogênio para a urina e preservam os íons bicarbonato Regulação do volume de sangue ajustam o volume por meio da conservação ou eliminação de água na urina Regulação da pressão arterial por meio do aumento ou da diminuição do volume de sangue por meio da secreção da enzima renina que ativa o sistema reninaangiotensinaaldosterona Manutenção da osmolaridade do sangue regula separadamente a perda de água e perda de solutos na urina Produção de hormônios o calcitriol homeostasia do cálcio e a eritropoietina estimula a produção de eritrócitos Regulação do nível sanguíneo de glicose gliconeogênese libera glicose no sangue Preservação dos nutrientes úteis evitando a excreção Excreção de escórias metabólicas e substâncias estranhas pela formação de urina amônia ureia bilirrubina creatinina e ácido úrico além de fármacos e toxinas Os ureteres a bexiga urinária e a uretra são estruturas do sistema urinário que não participam da formação da urina porém são os responsáveis pelo transporte pelo armazenamento e pela eliminação da urina Veremos agora suas funções com maiores detalhes Ureteres cada um deles transporta a urina da pelve renal de um rim para a bexiga urinária Por meio das contrações peristálticas das paredes musculares dos ureteres a urina é empurrada para a bexiga urinária variam em frequência de 1 a 5 por minuto dependendo da velocidade em que a urina está sendo formada A pressão hidrostática e a gravidade também contribuem Bexiga urinária serve como reservatório e faz o armazenamento da urina É na bexiga que ocorre o reflexo de micção que corresponde ao esvaziamento da bexiga urinária Uretra ela é a parte terminal do sistema urinário e a via de passagem para a descarga da urina do corpo Nos homens a uretra também libera o sêmen líquido que contém espermatozoides O processo de micção corresponde ao esvaziamento da bexiga urinária e é coordenado pelo reflexo de micção Quando o volume de urina na bexiga ultrapassa os 200 a 400 mL a pressão intravesical aumenta consideravel mente e distende as paredes da bexiga Receptores desse estiramento são ativados e fibras sensitivas dos nervos pélvicos conduzem impulsos gerados aos segmentos sacrais da medula espinhal Seus níveis de atividade aumen tados ativam neurônios motores parassimpáticos do segmento sacral da medula espinhal estimulam a contração da bexiga urinária e estimulam os interneurônios que transmitem sensações ao córtex cerebral Dessa forma adquirese consciência da pressão dos líquidos na bexiga urinária A micção voluntária envolve o relaxamento do músculo esfíncter externo da uretra e a facilitação subconsciente do reflexo de micção Quando o músculo esfíncter externo está relaxado o sistema nervoso autônomo promove o relaxamento do esfíncter interno da uretra por retroalimentação A tensão dos músculos abdominais e expiratórios aumenta a pressão abdominal e contribui para a compressão da bexiga Ao término de uma micção típica a bexiga urinária contém menos de 10 mL de urina Na ausência de relaxamento voluntário do músculo esfíncter externo da uretra o relaxamento reflexo de ambos os esfíncteres poderá finalmente ocorrer conforme a bexiga se aproxima de sua capacidade Na Figura 1 temos os órgãos e as estruturas do sistema urinário e as suas principais funções 3 Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações Figura 1 Estruturas do sistema urinário e suas funções Fonte Adaptado de Martini Timmons e Tallitsch 2009 p 695 A anatomia macroscópica dos componentes do trato urinário Os diversos órgãos que compõem o sistema urinário têm anatomia e estruturas diversas que descreveremos a seguir Os rins são um par de órgãos avermelhados em forma de feijão localizados logo acima da cintura entre o peritônio e a parede posterior do abdômen Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações 4 retroperitoneais O rim direito está discretamente mais baixo que o esquerdo por causa do fígado Um rim adulto normalmente tem de 10 a 12 cm de com primento 5 a 7 cm de largura e 3 cm de espessura Tem massa de 135 a 150 g A margem côncava de cada rim está voltada para a coluna vertebral Perto do centro da margem côncava está um recorte chamado hilo renal por meio do qual o ureter emerge do rim juntamente com os vasos sanguíneos vasos linfáticos e nervos Três camadas de tecido circundam cada rim cápsula fibrosa camada mais profunda que serve como uma barreira contra traumatismos e ajuda a manter a forma do rim cápsula adiposa camada intermediária que protege também o rim e ancorao firmemente na sua posição na cavidade abdominal e fáscia renal camada superficial que ancora o rim às estruturas vizinhas e à parede abdominal Um corte frontal através do rim mostra duas regiões distintas Córtex renal região vermelha clara superficial de aspecto granuloso É a camada mais externa do rim A produção da urina é iniciada em estruturas tubulares microscópicas chamadas de néfrons localizados no córtex renal Cada rim tem cerca de 1250000 néfrons com um comprimento combinado e sequencial de aproximadamente 145 km Medula renal região interna mais escura castanhaavermelhada Con siste em 6 a 18 estruturas triangulares ou cônicas diferenciadas chamadas pirâmides renais A base de cada pirâmide voltase ao córtex e o ápice ou a papila renal projetase no interior Cada pirâmide tem uma série de sulcos que convergem para a papila As partes do córtex renal que se estendem entre as pirâmides renais são chamadas de colunas renais Um lobo renal contém uma pirâmide renal a área do córtex renal que a envolve e tecidos adjacentes das colunas renais A produção de urina acontece nos lobos renais Ductos no interior de cada papila renal eliminam urina no interior de um dreno em forma de cálice denominado de cálice renal menor Cerca de quatro ou cinco cálices pequenos convergem para formar um cálice renal maior e estes combinamse entre si e formam a pelve renal que se continua com o ureter no hilo renal 5 Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações Na Figura 2 temos a anatomia do rim Figura 2 Anatomia do rim Fonte Adaptado de Martini Timmons e Tallitsch 2009 p 697 Ureteres são dois tubos retroperitoneais estreitos de paredes espessas variam de 1 e 10 mm têm de 25 a 30 cm de comprimento ao longo do seu trajeto entre a pelve renal e a bexiga O trajeto dos ureteres ao se aproximarem da parede da bexiga urinária difere entre homens e mulheres por causa de variações de natureza dimensões e posições dos órgãos genitais Na base da bexiga os ureteres se curvam medialmente e atravessam obliquamente a parede da face posterior da bexiga urinária Têm uma válvula fisiológica que à medida que a Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações 6 bexiga se enche com urina a pressão em seu interior comprime as aberturas oblíquas para os ureteres e impede o refluxo de urina Quando essa válvula não está funcionando corretamente microrganismos que estão na bexiga podem passar para os ureteres e acabar infectando os rins Três camadas de tecido formam a parede dos ureteres a túnica mucosa é a camada mais profunda e tem epitélio de transição e uma lâmina própria Ao longo da maior parte do comprimento dos ureteres o revestimento intermediário temos a túnica muscular que é constituída por camadas longitudinais internas e circulares externas de fibras musculares lisas O revestimento superficial dos ureteres é a túnica adventícia formada por uma camada de tecido conjuntivo areolar que contém vasos sanguíneos e linfáticos e nervos Bexiga urinária é um órgão muscular oco e distensível fica na cavidade pélvica posteriormente à sínfise púbica Nos homens é localizada entre o reto e a sínfise púbica já nas mulheres é anterior à vagina e inferior ao útero As pregas do peritônio mantêm a bexiga em sua posição É esférica quando está ligeiramente distendida por causa da urina tornase piriforme e ascende para a cavidade abdominal se com muito volume sendo achatada quando está vazia Tem a capacidade média de 700 a 800 mL sendo de tamanho menor nas mulheres por causa do útero No assoalho da bexiga há uma área triangular chamada de trígono da bexiga os dois cantos posteriores do trígono contêm os dois óstios dos ureteres no canto anterior tem o óstio interno da uretra Esse trígono atua como um funil que direciona a urina para o interior da uretra quando a bexiga urinária se contrai A parede da bexiga é formada por três camadas A primeira é a túnica mucosa a mais profunda composta por epitélio de transição e uma lâmina própria Depois há a túnica muscular ou músculo detrusor da bexiga formada por três camadas de fibras de músculo liso A contração desse músculo comprime a bexiga e expele o seu conteúdo para o interior da uretra Em torno da abertura da uretra as fibras circulares formam o músculo esfíncter interno da uretra Abaixo dele está o músculo esfíncter externo da uretra Por último sobre a face superior da bexiga está a túnica serosa camada de peritônio visceral Na Figura 3 temos a anatomia da bexiga 7 Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações Figura 3 Anatomia da bexiga Fonte Tortora e Derrickson 2016 p 541 Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações 8 Uretra é um pequeno tubo que vai do óstio interno da uretra no assoalho da bexiga urinária até o exterior do corpo Ela apresenta estrutura diferente entre homens e mulheres Apresentaremos a seguir a uretra masculina e feminina Uretra masculina se estende do óstio interno da uretra até o exterior mas o seu comprimento e a via de passagem através do corpo são con sideravelmente diferentes do que nas mulheres A uretra masculina pri meiro atravessa a próstata em seguida o músculo transverso do períneo e depois o pênis percorrendo uma distância de aproximadamente 20 cm Consiste um uma túnica mucosa profunda e uma túnica muscular superficial sendo dividida em três regiões anatômicas parte prostática que passa pela próstata parte membranácea porção curta que atravessa o músculo transverso profundo do períneo e parte esponjosa mais longa que atravessa o pênis Várias glândulas e outras estruturas associadas à reprodução liberam seus conteúdos na uretra masculina A parte prostática da uretra contém as aberturas dos ductos que transportam secreções da próstata das glândulas seminais e do ducto deferente Estes liberam os espermatozoides para a uretra e fornecem secreções que neutralizam a acidez do sistema genital feminino e contribuem para a mobilidade e a viabilidade dos espermatozoides Uretra feminina encontrase diretamente posterior à sínfise pública e tem 4 cm de comprimento A abertura da uretra para o exterior chamado de óstio externo da uretra está localizada entre o clitóris e a abertura vaginal A parede da uretra feminina é constituída por uma túnica mucosa profunda composta por epitélio e lâmina própria e uma túnica muscular superficial com fibras musculares lisas dispostas circularmente e é contínua com a da bexiga Na Figura 4 temos as pelves feminina e masculina 9 Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações Figura 4 Pelves feminina e masculina Fonte Adaptada de Martini Timmons e Tallitsch 2009 p 706 Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações 10 Disfunções do trato urinário nas anatomias masculina e feminina Os diferentes órgãos que compõem o trato urinário podem apresentar diversas alterações e patologias Essas disfunções podem estar relacionadas com as anatomias masculina e feminina que apresenta diferenças importantes Serão abordadas aqui a incontinência urinária a retenção urinária a infecção do trato urinário a uretrite a cistite a estenose de uretra e a obstrução urinária Incontinência urinária é a falta de controle voluntário sobre a micção Existem quatro tipos de incontinência urinária Incontinência urinária por estresse é o tipo mais comum de incontinência em mulheres jovens e de meiaidade Resulta da fraqueza dos músculos profundos do assoalho pélvico e apresenta perda de urina quando a pessoa realiza algum esforço que aumente a pressão abdominal como tosse espirro risada exercícios levantar objetos pesados e gestação Incontinência urinária de urgência é a mais comum em pessoas idosas em que ocorre o desejo súbito e intenso de urinar seguido por perda involuntária de urina Entre as causas estão a irritação da parede da bexiga urinária por infecção ou cálculo renal acidente vascular cerebral AVC esclerose múltipla lesão raquimedular e ansiedade Incontinência por transbordamento quando ocorre perda involuntária de pequenos volumes de urina causada por algum tipo de bloqueio no homem com próstata aumentada de tamanho ou cálculos renais ou contrações fracas da musculatura da bexiga urinária ela fica sobrecarregada e a pressão no seu interior aumenta até que pequenos volumes de urina gotejem para fora Incontinência funcional é a perda de urina decorrente da incapacidade de chegar até ao banheiro a tempo como resultado de condições como AVC artrite grave e doença de Alzheimer Os tratamentos da incontinência urinária dependerão do diagnóstico do tipo de incontinência e podem ser por meio de exercícios de fortalecimento muscular treinamento da bexiga medicação cirurgia e em casos de incontinência de transbordamento pode ser necessária a passagem de sonda vesical pelo enfermeiro para drenagem do excesso de urina que está retida na bexiga Retenção urinária é uma falha em expelir completa ou normalmente a urina Pode ser em decorrência de obstrução da uretra ou do colo da bexiga por cálculo ou tumor contração nervosa da uretra ou falta de vontade de urinar Salientase que nos homens a próstata aumentada hiperplasia benigna de próstata HBP ou câncer de próstata pode comprimir a uretra e causar a retenção urinária Em relação ao tratamento este dependerá da causa pode ser medicamentoso cirúrgico para retirada da próstata de cálculo ou tumor ou ainda se for retenção prolongada também é indicada a sondagem vesical para drenagem da urina retida Infecção do trato urinário resultam da formação de colônias de bactérias ou fungos no trato urinário sendo a Escherichia coli a mais comum Essa bactéria está presente no trato digestório e as mulheres são mais suscetíveis às infecções do trato urinário pela proximidade do óstio externo da uretra e do ânus A própria relação sexual pode levar essa bactéria para a uretra e atingir a bexiga urinária pelo fato de a uretra da mulher ser curta Outra condição bem comum que leva bactéria do ânus para a uretra é a forma de a mulher se limpar após evacuação pois deve sempre ser da frente para trás e nunca ao contrário Quando ocorre inflamação da parede da uretra chamamos de uretrite se for inflamação da bexiga urinária chamamos de cistite Podem ser acometidas as duas estruturas Essa condição pode ser assintomática ou causar dor ao urinar disúria ardência e urgência miccional e levar à urina com sangue O tratamento é com antibioticoterapia Devese orientar ao paciente ingerir bastante água fazer higiene perineal da frente para trás e evitar ficar muitas horas sem urinar Casos reincidentes graves ou não tratados podem levar os germes ao ureter à pelve renal pielite e até ao córtex e à medula renal pielonefrite Estenose uretral pode acometer ambos os sexos porém é mais prevalente no sexo masculino As principais causas são as infecções urinárias e os traumas da uretra por batidas manipulação ou sondagem vesical O indivíduo apresenta normalmente jato da urina espraiado gotejamento da urina após a micção aumento da frequência miccional nictúria acordar à noite com frequência para urinar ardência ao urinar e incontinência urinária O tratamento pode ser clínico por procedimento de dilatação de uretra e cirurgia Obstrução uretral ocorre mais nos homens particularmente aqueles com mais de 60 anos Estes são provavelmente os mais afetados porque à medida que os homens envelhecem a glândula da próstata tem a tendência a aumentar Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações 12 de tamanho como na hiperplasia prostática benigna ou no câncer de próstata acabando em bloquear o fluxo de urina O deslocamento de um cálculo renal pode também causar a obstrução uretral Independentemente da causa a principal consequência dessa disfunção é a retenção urinária necessitando de tratamento cirúrgico ou sondagem vesical Acesse o link a seguir para visitar uma página com orien tações de cuidados que as mulheres devem ter para evitar a infecção urinária SAMAD 2014 httpsgooglXpcX9c MARTINI F H TIMMONS M J TALLITSCH R B Anatomia humana 6 ed Porto Alegre Artmed 2009 SAMAD A Atenção mulheres infecção urinária não tratada pode apresentar riscos Portal do Holanda S l 24 jul 2014 Disponível em httpsgooglXpcX9c Acesso em 17 out 2018 TORTORA G J DERRICKSON B Corpo humano fundamentos de anatomia e fisiologia 10 ed Porto Alegre Artmed 2016 Leitura recomendada COSTA A L J EUGENIO S C F Cuidados de enfermagem Porto Alegre Artmed 2014 13 Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem Na Biblioteca Virtual da Instituição você encontra a obra na íntegra Conteúdo ANATOMIA APLICADA À ENFERMAGEM Márcio Haubert Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto você deve apresentar os seguintes aprendizados Identificar os componentes anatômicos e as funções do sistema nervoso central e periférico Definir os componentes anatômicos e as funções do sistema nervoso autônomo Relacionar os aspectos morfofuncionais do sistema central periférico e autônomo com aspectos clínicos Introdução O sistema nervoso é considerado o mais complexo sistema do corpo humano Ele merecidamente recebe esse título pelo fato de ter a capacidade e a versatilidade de transmitir um rápido fluxo de informações em alta velocidade de processamento Todas essas atividades são chamadas de sinapses nervosas e ocorrem por meio de atividades elétricas que perpassam os neurônios células funcionais desse sistema O sistema nervoso é composto pelo sistema nervoso central SNC e pelo sistema nervoso periférico SNP O SNP recebe outras subdivisões que serão apresentadas ao decorrer do conteúdo Neste capítulo você conhecerá as estruturas anatômicas e fisiológicas do sistema nervoso central e periférico identificando as mesmas características do sistema nervoso autônomo e relacionando o conteúdo anatômico estudado com os aspectos clínicos relevantes para a prática da enfermagem Sistema nervoso O sistema nervoso é o mais complexo e importante sistema orgânico que existe nos seres humanos Sua função é receber informações sobre variações internas e externas e com isso produzir respostas a essas variações o que garante ao corpo humano a homeostase proporcionando e favorecendo o bom funciona mento sistêmico Também tem como função o ajustamento do organismo ao ambiente por meio da identificação das condições ambientais externas bem como das condições existentes dentro do próprio corpo elaborando respostas que o adaptem a essas condições Fica incumbido ao sistema nervoso além das funções de mobilidade e sensibilidade as funções superiores do organismo como processamento e armazenamento da memória capacidade de aprendizado funções intelectuais processos de pensamento e características de personalidade Toda a atividade do sistema nervoso depende das células nervosas conhe cidas como neurônios O neurônio é a menor unidade funcional do sistema nervoso A transmissão dos impulsos nervosos possibilita a troca de informa ções e ocorre por meio das sinapses As sinapses correspondem às ligações que um neurônio tem com outro transmitindo assim os impulsos nervosos Figura 1 As sinapses podem ocorrer entre os neurônios sinapses neuronais entre neurônios e músculos junções neuromusculares e entre neurônios e glândulas sinapses neuroglandulares como mostra a Figura 2 Os axônios de maior diâmetro possuem uma bainha que envolve os tratos nervosos do sistema nervoso central e periférico Conhecida com bainha de mielina ela tem por função proteger o axônio e promover a aceleração da velocidade de condução do estímulo elétrico Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso 2 Figura 1 Anatomia de um neurônio Fonte Martini Timmons e Tallitsch 2009 p 349 3 Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Figura 2 Tipos de sinapses Fonte Martini Timmons e Tallitsch 2009 p 349 A organização do sistema nervoso ocorre da seguinte maneira Sistema nervoso central SNC Sistema nervoso periférico SNP Encéfalo Medula espinal Cérebro Cerebelo Tronco encefálico Mesencéfalo Ponte Bulbo Simpático Parassimpático Nervos cranianos 12 pares Nerbos espinais 31 pares Autônomo Somático Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso 4 Sistema nervoso central Os órgãos do SNC estão localizados dentro do esqueleto axial e são protegidos pela caixa craniana e pelo canal vertebral O SNC é composto pelos seguintes órgãos e estruturas Encéfalo Em adultos tem peso aproximado de 14 kg dividido em três partes cérebro cerebelo e tronco encefálico Figura 3 A seguir conheça cada uma dessas estruturas Cérebro constitui 90 da massa encefálica apresentando uma superfície bastante pregueada que possibilita um aumento considerável da superfície cerebral As principais funções do cérebro são controle das sensações execução de atos conscientes e voluntários movimentos pensamentos memória inteligência aprendizagem recebimento e interpretação dos sentidos e manutenção do equilíbrio Apresenta um córtex camada externa que abriga a substância cinzenta contendo os corpos neuronais Em sua região interna abriga a substância branca que contém dendritos e axônios de neurônios O cérebro é dividido em dois hemisférios cerebrais o direito e o esquerdo Eles estão conectados por um feixe de filamento nervoso conhecido como corpo caloso que permite a comunicação entre os dois hemisférios transmitindo diferentes informações como por exemplo a memória e o aprendizado O cérebro humano é dividido ainda em lobo frontal lobo temporal lobo parietal lobo occipital e lobo da ínsula conforme veremos a seguir Lobo frontal controla o sentimento de afeto a personalidade o raciocínio e a inibição de impulsos comportamentais Ele também responde pela função motora e pela associação da fala por meio da área de Broca Estendese do polo anterior do cérebro até o sulco central É composto por três superfícies Superfície superolateral apresenta três sulcos sulco précentral frontal superior frontal inferior que delimitam os giros précentral frontal superior frontal médio e frontal inferior Superfície medial estendese até o sulco cingulado e posteriormente por uma linha imaginária que o liga ao topo do sulco central Na parte inferior é contínuo com a parte orbital do lobo frontal que tem essa designação por estar localizada sobre a órbita A zona demarcada pelo sulco do cíngulo superiormente à circunvolução cingulada é com exceção da extremidade posterior parte do lobo frontal Superfície inferior contendo a parte inferior orbital e abrigando o giro orbital o bulbo olfativo e o giro reto Lobo parietal lobo puramente sensitivo que realiza a interpretação das sensações Atua também na consciência corporal no espaço e na recepção sensorial principalmente em sensações de dor tato gustação temperatura e pressão Possui uma superfície superolateral dividida pelos sulcos póscentral e intraparietal contendo três prin cipais áreas giro póscentral lobo parietal superior e lobo parietal inferior Apresenta uma superfície medial delimitada pelos sulcos subparietal e calcarino e pelo sulco parietoccipital Lobo temporal abriga os sentidos do paladar olfato e audição além de armazenar as memórias de curto prazo Esse lobo apre senta uma superfície superolateral que abriga o sulco temporal superior e o sulco temporal inferior Contém em sua superfície o giro temporal superior o giro temporal médio e o giro temporal inferior Lobo occipital responsável pela visão e pela interpretação das sen sações visuais O lobo occipital é rodeado anteriormente pelo lobo parietal e pelo lobo temporal em ambas as superfícies lateral e medial do hemisfério Localizase posteriormente a uma linha imaginária que une a incisura préoccipital ao sulco parietoccipital repousando sobre a tenda do cerebelo Lobo da ínsula lobo profundo que fica ao fundo do sulco lateral no encéfalo Apresenta forma triangular com vértice inferoanterior estando separado dos lobos vizinhos por sulcos préinsulares É portador de cinco giros curtos e longos Faz parte do sistema límbico e coordena quaisquer emoções além de ser responsável pelo paladar Na região inferior do cérebro existem duas importantes estruturas o tálamo e o hipotálamo No tálamo ocorre a reorganização dos estímulos nervosos e a percepção sensorial que denota a consciência O hipotálamo atua no controle do sistema autônomo na regulação dos processos de sede e fome no processo Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso 6 de contração muscular liso e cardíaco nos processos relacionados ao desejo sexual na regulação dos estados de consciência e ritmos circadianos e na regulação de secreção de diversas glândulas que produzem hormônios além de agir no controle de vários hormônios da hipófise Cerebelo localizado na fossa posterior do encéfalo é o responsável pelo equilíbrio do corpo pelo tônus e vigor muscular pela orientação espacial e pela coordenação dos movimentos O cerebelo é dividido em três porções 1 Arqueocerebelo Corresponde ao lobo flóculo nodular É o centro de equilíbrio e recebe informações dos núcleos vestibulares feixe vestibulocerebral 2 Paleocerebelo Corresponde ao lobo anterior É o centro de tratamento de informação proprioceptiva Regula o tônus muscular e a postura As vias aferentes são as da sensibilidade proprioceptiva feixes espinhocerebelares posterior e anterior 3 Neocerebelo Lobo posterior responsável pela coordenação de movimentos finos Apresentase em relação com o córtex cerebral através da via corticopontocerebelosa aferente e do feixe dentatorubrotalâmicocortical eferente O cerebelo é constituído também pelas seguintes estruturas os vérmis do superior ao inferior língua lóbulo central cúlm en declive folium túber pirâmide úvula e nódulo e as fissuras fissuras após o vérmis língua précentral préculminar prima pósclival horizontal prépiramidal póspiramidal e posterolateral O cerebelo apresenta os seguintes lobos Lobo flóculonodular ou vestibulocerebelo envolvido com a manutenção do equilíbrio importante para a manutenção do equilíbrio e postura Lobo anterior esse lobo está mais relacionado com a postura o tônus muscular e o controle da coordenação dos membros inferiores principalmente da marcha Lobo posterior ou neocerebelo envolvido com a coordenação dos movimentos finos iniciados pelo córtex cerebral Tronco encefálico localizado entre a medula e o diencéfalo situandose ventralmente ao cerebelo conecta a medula espinal com as estruturas encefálicas localizadas superiormente A substância branca do tronco encefálico possui estruturas que recebem e enviam informações motoras e sensitivas para o cérebro e também as provenientes dele Dentro da substância branca do tronco encefálico encontramse massas de substância cinzenta denominadas núcleos que exercem efeitos sobre a pressão sanguínea e a respiração No tronco encefálico entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas formando feixes denominados tratos fascículos ou lemniscos Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou imitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos Dos 12 pares de nervos cranianos 10 fazem conexão com o tronco encefálico Essa região é responsável pelo controle da respiração dos batimentos cardíacos e pela vasoconstrição dos vasos sanguíneos O tronco encefálico dividese em mesencéfalo ponte e bulbo e a seguir estão descritas algumas de suas funções Mesencéfalo responsável pela recepção e coordenação do grau de contração dos músculos e pela postura corporal Ponte responsável pela manutenção da postura corporal pelo equilíbrio do corpo e pelo tônus muscular Bulbo responsável pelo controle dos batimentos cardíacos dos movimentos respiratórios e da deglutição Medula espinal cilindro esguio formado por tecido nervoso que vai do tronco cerebral até a primeira vértebra lombar Figura 4 de onde partem 31 pares de nervos espinais Tem como função transmitir informações sensoriais da periferia ao cérebro retransmitindo reações motoras do cérebro aos nervos Também é responsável por atos reflexos como o reflexo medular em que ocorrem respostas rápidas em situações de emergência sem a interferência do encéfalo Figura 3 Encéfalo divisões e estruturas Fonte Martini Timmons e Tallitsch 2009 p 399 Giro póscentral LOBO PARIETAL LOBO OCCIPITAL Cerebelo Bulbo Ponte LOBO TEMPORAL Ramos da artéria cerebral média emergido do sulco lateral Sulco lateral LOBO FRONTAL do hemisfério cerebral esquerdo Sulco central Giro précentral Córtex motor primário giro précentral Área de associação motora somática córtex prémotor Afastador LOBO FRONTAL afastadorpara expor o lobo insular Córtex préfrontal Córtex gustativo Lobo insular Sulco lateral Córtex olfatório LOBO TEMPORAL afastado para mostrar o córtex olfatório Córtex auditivo Área de associação auditiva Córtex visual LOBO OCCIPITAL Área de associação visual Área de associação sensitiva somática LOBO PARIETAL Córtex sensitivo primário giro póscentral Sulco central 9 Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Figura 4 O cérebro a medula espinal e os principais nervos espinais Fonte Adaptada de VectorMineShutterstockcom Plexo braquial Nervo musculocutâneo Nervo radial Nervo subcostal Nervo mediano Nervo íliohipogástrico Nervo ulnar Nervo fbular comum Nervo fbular profundo Nervo fbular superfcial Cérebro Cerebelo Medula espinal Nervo intercostal Plexo lombar Plexo sacral Nervo femural Nervo pudendo Nervo ciático Nervo safeno Nervo tibial Meninges são três membranas de tecido conjuntivo que envolvem o sistema nervoso central Recebem os nomes de duramáter aracnoide máter e piamáter Elas têm a função de fornecer proteção ao SNC Figura 5 Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso 10 Figura 5 Vista lateral do encéfalo mostrando a organização das meninges Fonte Martini Timmons e Tallitsch 2009 p 392 11 Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Sistema nervoso periférico O SNP é formado por nervos gânglios nervosos e terminações nervosas Essas terminações são responsáveis por captar informações sensoriais como dor tato frio pressão calor e paladar Nervos São cordões esbranquiçados formados por feixes de fibras nervosas oriundas de vários axônios de neurônios reforçados por tecido conjuntivo que unem o SNC aos órgãos periféricos Eles transmitem mensagens de várias partes do corpo para o SNC ou deste para as regiões corporais São classificados da seguinte maneira Quanto ao tipo de neurônio sensitivos ou aferentes que contêm apenas neurônios sensitivos motores ou eferentes que contêm apenas neurônios motores mistos que contêm neurônios sensitivos e motores Quanto à posição anatômica nervos cranianos são doze pares conectados ao encéfalo nervos espinais são trinta e um pares conectados à medula espinal Gânglios nervosos São aglomerados de corpos celulares de neurônios encontrados fora do SNC Estão localizados junto aos nervos próximos da coluna vertebral Possuem a função de estações de interligação entre neurônios e demais estruturas corporais Terminações nervosas Essas estruturas localizadas ao final dos nervos realizam a captação de estímulos sensitivos e motores do meio interno ou externo conduzindoos para o SNC O SNP é dividido da seguinte maneira Sistema nervoso voluntário ou somático realiza ações conscientes como andar falar pensar e movimentar membros Ele é formado por nervos motores que conduzem impulsos do sistema nervoso central para a musculatura estriada esquelética Sistema nervoso autônomo realiza ações inconscientes e involuntárias como a digestão e os batimentos cardíacos É formado por nervos motores que conduzem os impulsos do sistema nervoso central para a musculatura lisa dos órgãos viscerais músculos cardíacos e glândulas Ele está dividido em dois sistemas sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes estão presentes em pares e são aqueles que realizam conexões diretas com o encéfalo Veja no quadro a seguir cada um dos seus pares e suas principais funções Nervo Função I Olfatório Sensitiva Percepção do olfato II Óptico Sensitiva Percepção visual III Oculomotor Motora Controle do movimento ocular do esfíncter da íris e do músculo ciliar IV Troclear Motora Controle dos movimentos do olhos V Trigêmeo Mista Controle dos músculos faciais mímica facial ramo motor percepções sensoriais da face dos seios da face e dos dentes ramo sensitivo VI Abducente Motora Controle dos movimentos dos olhos VII Facial Sensitiva Controle dos músculos faciais mímica facial ramo motor percepção gustativa do terço anterior da língua ramo sensitivo VIII Vestibulococlear Mista Percepção postural originária do labirinto ramo vestibular percepção auditiva ramo coclear IX Glossofaríngeo Mista Percepção gustativa do terço posterior da língua percepções sensoriais da faringe laringe e glote X Vago Mista Percepções sensoriais das orelhas faringe laringe tórax vísceras inervações das vísceras torácicas e abdominais XI Acessório Motora Controle motor da faringe da laringe do palato dos músculos esternocleidomastóideos e hióideos XII Hipoglosso Motora Controle dos músculos da língua 13 Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Sistema nervoso autônomo É conhecido também como vegetativo ou visceral formado por nervos motores que conduzem os impulsos do sistema nervoso central para a musculatura lisa dos órgãos viscerais músculos cardíacos e glândulas Esse sistema controla a digestão o sistema cardiovascular além dos sistemas excretor e endócrino O sistema nervoso autônomo é dividido em outros dois sistemas sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático De uma maneira ampliada podemos dizer que esses dois sistemas realizam funções contrárias ou antagônicas em que um atua corrigindo o excesso do outro buscando um sistema de compensação e equilíbrio Por exemplo o sistema simpático acelera os batimentos cardíacos para além do normal e o sistema parassimpático entra em ação diminuindo o ritmo cardíaco O SNP autônomo simpático estimula ações que exigem energia possibilitando ao organismo responder a situações estressantes e de vigília Assim o sistema simpático realiza a aceleração dos batimentos cardíacos o aumento da pressão arterial o aumento glicêmico sanguíneo e a ativação do metabolismo geral do corpo Em contrapartida o SNP autônomo parassimpático tem a responsabilidade de estimular as atividades de relaxamento como a diminuição do ritmo cardíaco e da pressão arterial entre outras Uma das principais diferenças entre os nervos simpáticos e parassimpáticos é que as fibras pósganglionares dos dois sistemas geralmente secretam diferentes hormônios O hormônio secretado pelos neurônios pósganglionares do sistema nervoso parassimpático é a acetilcolina razão pela qual esses neurônios são chamados de colinérgicos Os neurônios pósganglionares do sistema nervoso simpático secretam principalmente noradrenalina e por conta disso a maioria deles é chamada de neurônios adrenérgicos As fibras adrenérgicas ligam o sistema nervoso central à glândula suprarrenal promovendo aumento da secreção de adrenalina hormônio que produz a resposta de luta ou fuga em situações de estresse Os hormônios acetilcolina e noradrenalina são capazes de estimular alguns órgãos e inibir outros de maneira antagônica Com isso quando são estimulados os centros simpáticos cerebrais excitam ao mesmo tempo a maioria dos nervos simpáticos preparando o corpo para lutar ou fugir Fora as excitações citadas algumas condições fisiológicas podem estimular partes localizadas desse sistema Como exemplo temos Reflexos calóricos o calor que age sobre a pele provoca um reflexo que percorre a medula espinal e retorna a ela causando dilatação dos vasos sanguíneos cutâneos A vasodilatação superficial da pele também pode ocorrer graças ao sangue aquecido que passa através do centro de controle térmico do hipotálamo Exercícios o exercício físico estimula o metabolismo dos músculos causando um efeito local de dilatação dos vasos sanguíneos musculares Contudo ao mesmo tempo o sistema simpático tem efeito vasoconstritor para a maioria das outras regiões do corpo A vasodilatação muscular permite que o sangue flua facilmente pelos músculos garantindo sua nutrição e oxigenação enquanto a vasoconstrição diminui o fluxo sanguíneo em todas as regiões do corpo exceto no coração e no cérebro garantindo maior suporte sanguíneo aos músculos que estão em atividade Isso ocorre porque nas junções neuromusculares bem como nos gânglios do SNPA simpático e parassimpático acontecem sinapses químicas entre os neurônios préganglionares e pósganglionares Nesses dois casos exemplificados o neurotransmissor é a acetilcolina A acetilcolina atua nas dobras da membrana aumentando a sua permeabilidade aos íons sódio que passam para o interior da fibra despolarizando essa área da membrana do músculo e promovendo a contração muscular Quase imediatamente após a acetilcolina ter estimulado a fibra muscular ela é destruída o que permite a despolarização da membrana e com isso o relaxamento muscular que não permite uma contração prolongada Saiba mais Diferenças entre os sistemas nervosos simpático e parassimpático Sistema nervoso autônomo Simpático Parassimpático Fibra préganglionar Curta Longa Fibra pósganglionar Longa Curta Origem dos nervos Região torácica e lombar da medula somente nervos espinais Região cervical nervos cranianos e região sacral da medula nervos espinais Mediador químico Fibras préganglionares acetilcolina Fibras pósganglionares adrenalina Fibras préganglionares acetilcolina Fibras pósganglionares acetilcolina Modificações fisiológicas no sistema nervoso O sistema nervoso principalmente o SNC é o sistema corporal mais comprometido com o envelhecimento Sua degeneração morfofisiológica causa modificações nas sensações nos movimentos na memória nas relações humanas além de afetar as funções fisiológicas autônomas A degeneração do sistema nervoso é um processo normal que começa a acontecer a partir dos 30 anos de idade causando diminuição do volume encefálico Com isso ocorrem alterações como redução do número de neurônios redução da velocidade de condução nervosa redução da intensidade dos reflexos restrição das respostas motoras do poder de reações e da capacidade de coordenações Sabese que existe uma perda de 10 a 20 de massa no córtex cerebral entre os 30 e 90 anos de vida Outras partes do cérebro no mesmo período podem ter um prejuízo de até 50 Com isso o processo de envelhecimento cerebral vai gradativamente diminuindo a atividade bioquímica afetando diretamente a ação dos neurotransmissores Além disso ocorre decréscimo no número de neurônios causando variados prejuízos pois em algumas regiões pode haver uma mínima perda celular e em outras maiores perdas neuronais FECHINE TROMPIERI 2012 Além de diminuir seu peso tamanho e volume o cérebro apresenta alargamentos dos sulcos atrofia mais acentuada nos lobos frontal e parietais além do aparecimento de placas senis Com isso seu envelhecimento causa falhas na memória e diminuição de velocidade no processamento de informações Essas perdas podem ser compensadas com reservas intelectuais com experiências acumuladas e com a manutenção das capacidades por meio de exercícios de raciocínio linguagem e espaço corporal Atividades que instigam a memória a coordenação motora bem como os exercícios físicos também são fundamentais para auxiliar o processo de envelhecimento cerebral É preciso destacar que a perda da memória não se dá apenas por lesões estruturais mas pode ocorrer graças a disfunções fisiológicas e não por perda neuronal Atualmente a ciência já sabe que apesar de não ser capaz de recuperar os neurônios perdidos existem elementos que podem diminuir o impacto das alterações do envelhecimento como por exemplo processo de redundância há uma substituição de neurônios deteriorados por outros que não eram usados mecanismos compensadores geralmente ocorre em casos de lesões cerebrais em que o cérebro utiliza outro local cerebral para reaprender a realizar a atividade perdida processo de plasticidade ocorre devido ao poder que os neurônios maduros com sua rede de dendritos têm de desenvolver e formar novas sinapses possibilitando a formação de novos circuitos sinápticos Com o passar dos anos a idade avança e com isso é normal que ocorra o encurtamento do tempo de sono acarretando certa mudança de humor e também uma queda das atividades motoras e intelectuais No quesito memória acontece um enfraquecimento para fatos recentes mas isso tudo pode variar em cada indivíduo além de estar relacionado com o estilo de vida Alterações como tremores tiques afasia tontura e astenia podem ocorrer fisiologicamente em idosos mas é importante uma adequada investigação clínica para descartar qualquer patologia associada MORAES MORAES LIMA 2010 Entre as principais patologias sinais e sintomas que podem confundirse com o envelhecimento fisiológico podemos citar crise convulsiva eou epilepsia distúrbios da gustação e do olfato acidente vascular encefálico demências doença de Alzheimer doença de Parkinson hematoma intracraniano ou subdural após traumas encefalites bacterianas virais ou fúngicas tumores cerebrais raros na terceira idade mas podem ocorrer como metástase de câncer de outro órgão neuropatias ou neurites do sistema nervoso periférico comum em pacientes diabéticos ou alcoólicos neurite herpética importante neuropatia causada pelo vírus herpes zoster polirradiculite que causa a inflamação de vários nervos ao mesmo tempo tumores de coluna ou hérnias de disco que podem comprimir inervações raquidianas dor ciática síndrome do túnel do carpo devido à compressão de nervos do punho nevralgias com destaque para a nevralgia do trigêmeo Por fim o envelhecimento é um processo fisiológico que acomete todos aqueles que experimentam a terceira idade Cabe aos profissionais de saúde a compreensão desse processo a fim de oferecer a devida avaliação identificando o que realmente é normal e o que pode estar indicando algum sinal ou sintoma de alteração clínica do sistema nervoso Para saber mais sobre o sistema nervoso acesse o link ou código a seguir httpsgoogl7YMbKS A seguir conheça algumas informações verdadeiras e outras falsas sobre a memória O ato de ler é uma fonte de saúde mental e de estímulo cerebral VERDADE Todos os casos de perda de memória e esquecimento são patológicos FALSO Ter hábitos que envolvam os relacionamentos sociais é uma fonte de felicidade prazer e boa saúde cerebral VERDADE Não há nada que se possa fazer para melhorar e preservar a memória FALSO Atividades físicas são excelentes para a melhora das funções cerebral e motora VERDADE Idosos sempre apresentarão memória curta e ruim FALSO FECHINE B R A TROMPIERI N O processo de envelhecimento as principais alterações que acontecem com o idoso com o passar dos anos InterSciencePlace v 1 n 20 p 108194 2012 MARTINI F H TIMMONS M J TALLITSCH R B Anatomia humana 6 ed Porto Alegre Artmed 2009 Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso 18 MORAES E N MORAES F L LIMA S P P Características biológicas e psicológicas do envelhecimento Revista Médica de Minas Gerais v 20 n 1 p 6773 janmar 2010 Leituras recomendadas HANKIN M H MORSE D E BENNETTCLARKE C A Anatomia clínica uma abordagem por estudos de casos Porto Alegre AMGH 2015 JUBILUT P Sistema nervoso 2017 Disponível em httpswwwyoutubecomwatchv prsDDgcJM Acesso em 17 out 2018 MALAGHINI M Fisiologia online Disponível em httpwwwoocitiesorgmalaghini fisiohtml Acesso em 17 out 2018 MIRANDAVILELA A L Anatomia e fisiologia humanas c2018 Disponível em https afhbiobr Acesso em 17 out 2018 MONTANARI T Histologia texto atlas e roteiro de aulas práticas 3 ed Porto Alegre Ed do Autor 2016 Disponível em httpwwwufrgsbrlivrodehistopdfslivrodehisto pdf Acesso em 17 out 2018 TORTORA G J DERRICKSON B Corpo humano fundamentos de anatomia e fisiologia 10 ed Porto Alegre Artmed 2017 VANPUTTE C REGAN J RUSSO A Anatomia e fisiologia de Seeley 10 ed Porto Alegre AMGH 2016 19 Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem Na Biblioteca Virtual da Instituição você encontra a obra na íntegra Conteúdo SAGAH SOLUÇÕES EDUCACIONAIS INTEGRADAS FISIOLOGIA APLICADA A FISIOTERAPIA Isadora Rebolho Sisto Sinapses e sistema sensorial Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto você deve apresentar os seguintes aprendizados Identificar as estruturas relacionadas às sinapses neurais e ao sistema sensorial Reconhecer os eventos relacionados à sinapse com estímulos inibitórios e excitatórios Discutir o funcionamento do sistema sensorial e a sua relação diante de estímulos do meio ambiente Introdução O sistema nervoso SN humano tem várias funções para que haja o perfeito funcionamento do organismo Além de executar tarefas específicas ele atua em conjunto com outros órgãos do corpo humano auxiliandoos em seu funcionamento A unidade básica do SN é o neurônio o qual tem células neurais que conduzem e transmitem mensagens em um único sentido de uma região a outra A comunicação entre eles é feita pela sinapse que é a articulação de um neurônio com o outro o que possibilita a passagem do impulso de uma célula a outra Estímulos e diversos tipos de informações são captados por receptores sensitivos também conhecidos como neurônios receptores ou aferentes do nosso corpo Um ferimento na pele uma inflamação o aumento e a diminuição de temperatura externa e até mesmo um simples arranhão são captados por esses receptores Os neurônios sensitivos levam quase que instantaneamente essas informações e esses estímulos para o encéfalo eou medula espinal Dessa forma o SN recebe o estímulo e analisa e processa a informação enviandoa ao cérebro logo em seguida ele executa uma ação em prol do organismo O interessante é que todo esse processo ocorre em milésimos de segundo Um exemplo da rapidez desse processo é quando tocamos em uma panela quente sentimos a dor e tiramos a mão dela imediatamente Neste capítulo você irá relacionar como nosso organismo capta as diversas informações vindas dos ambientes externo e interno envia e processa as informações no SN e como age a partir disso Estruturas relacionadas às sinapses neurais e ao sistema sensorial O impulso nervoso que percorre a célula nervosa se dá por modificações quími cas e elétricas que ocorrem em seu meio interno A célula nervosa em repouso é eletricamente polarizada sendo o interior negativo e o exterior positivo Quando um estímulo é aplicado a uma célula a membrana é despolarizada no local da estimulação Essa região se repolariza e a região seguinte despolariza Ao ocorrer uma onda de despolarização e repolarização da membrana celular essa atividade elétrica é transmitida a outras células por meio de sinapses fenômeno conhecido como potencial de ação BARRETT et al 2014 A sinapse é a região localizada entre neurônios na qual agem os neuro transmissores ou seja é por intermédio dela que a informação é transmi tida de uma célula a outra Os neurônios têm diferentes tamanhos e formas A maioria dos neurônios apresenta as mesmas partes conforme ilustrado na Figura 1 com o neurônio motor típico VANPUTTE REGAN RUSSO 2017 Figura 1 Estrutura do neurônio Fonte Barret et al 2014 Corpo celular soma Segmento inicial do axônio Nodo de Ranvier Célula de Schwann Botões terminais Dendritos Núcleo Cone axonal O neurônio motor típico é composto por corpo celular soma com um núcleo várias terminações denominadas dendritos e um axônio longo e fibroso que tem origem no cone axonal A primeira porção do axônio é chamada Sinapses e sistema sensorial 2 de segmento inicial A partir das células de Schwann formase uma bainha de mielina que circunda o axônio exceto em suas terminações e nos nodos de Ranvier Os botões terminais estão localizados nas terminações axonais BARRETT et al 2014 O corpo celular ou soma contém o núcleo e é o centro metabólico do neurônio Os neurônios apresentam várias terminações dendritos que se estendem para fora a partir do corpo celular e se ramificam extensamente O neurônio também apresenta um axônio fibroso longo que se origina em uma região um tanto espessa no corpo celular um cone axonal O axônio se divide nos terminais présinápticos e cada um destes termina em diversos botões sinápticos ou botões terminais A bainha de mielina é uma capa de tecido adiposo que protege suas células nervosas envolvendo o axônio Vários processos emanam do corpo do axônio por isso eles são classificados em unipolares bipolares ou multipolares COSTANZO 2011 LANDOWNE 2011 Figura 2 Figura 2 Tipos básicos de neurônio Fonte Shilverthorn et al 2017 p 230 Categorias funcionais Neurônios sensoriais Interneurônios do SNC Neurônios eferentes Sentidos somáticos Dendritos Neurônios da olfação ou da visão Células de Schwann Axônio Axônio Dendritos Axônio Axônio Dendritos Colaterais Terminal axonal Categorias estruturais Pseudounipolar Bipolar Anaxônico Multipolar a Os neurônios pseudounipolares têm um único processo chamado de axônio Durante o desenvolvimento o dendrito fundiuse com axônio b Os neurônios bipolares têm duas fbras relativamente iguais se estendendo a partir do corpo celular central c Os interneurônios anaxônicos do SNC não têm nenhum axônio aparente d Os interneurônios multipolares do SNC são muito ramifcados mas não têm extensões longas e Um neurônio eferente multipolar típico tem de 5 a 7 dendritos cada um se ramifcando de 4 a 6 vezes Um único axônio longo pode ramifcarse diversas vezes e terminar nos terminais axonais alargados 3 Sinapses e sistema sensorial Em geral os neurônios apresentam quatro zonas principais o receptor ou zona dendrítica na qual são integradas as múltiplas mudanças no potencial local geradas pelas conexões sinápticas um sítio em que os potenciais de ação propagados são gerados o segmento inicial nos neurônios motores espinais o nodo de Ranvier inicial nos neurônios sensitivos cutâneos um processo axonal que transmite que os impulsos sejam propagados às terminações ner vosas as terminações nervosas nas quais os potenciais de ação produzem a liberação dos transmissores sinápticos VANPUTTE REGAN RUSSO 2017 LANDOWNE 2011 PRESTON WILSON 2014 Alguns axônios dos neurônios são mielinizados ou seja eles têm uma bainha de mielina que envolve o axônio porém alguns são amielínicos ou seja são apenas circundados pelas células de Schwann Figura 3 No sistema nervoso central dos mamíferos os neurônios em sua maioria são mielinizados no entanto as células que produzem a mielina são os oligodendrócitos e não as células de Schwann Em algumas doenças há a destruição da bainha de mielina que é o caso da Esclerose Múltipla Essa perda da mielina está associada ao retardo ou bloqueio na condução da transmissão do impulso nervoso nos axônios desmielinizados BARRETT et al 2014 Segundo Costanzo 2011 a informação pode ser transmitida eletricamente sinapse elétrica ou por meio de um transmissor químico sinapse química As sinapses elétricas possibilitam o fluxo de corrente de uma célula excitável a outra pelas vias de baixa resistência entre as células as quais são chamadas de junções comunicantes A membrana dos neurônios pré e póssinápticos entra em contato e as junções comunicantes se formam entre as células Essas junções são observadas no músculo cardíaco e em alguns tipos de músculos lisos sendo responsáveis pela condução extremamente rápida verificada nesses tecidos A rápida condução célula a célula que ocorre no músculo cardíaco ventricular no útero e na bexiga por exemplo permite que as células desses tecidos sejam ativadas de forma simultânea o que garante que a contração seja feita de modo coordenado Sinapses e sistema sensorial 4 Figura 3 Tipos básicos de neurônio Fonte Shilverthorn et al 2017 p 311 a Os receptores simples são neurônios com terminações nervosas livres Eles podem possuir axônios mielinizados ou não mielinizados b Os receptores neurais complexos têm terminações nervosas envoltas por cápsulas de tecido conectivo Esta ilustração mostra um corpúsculo de Pacini envolvido com o sentido do tato c A maioria dos receptores dos sentidos expeciais são células que liberam neurotransmissores em neurônios sensoriais iniciando um potencial de ação A célula ilustrada é uma célula ciliada pilosa encontrada na orelha interna Estímulo Estímulo Estímulo Célula receptora especializada célula pilosaciliada Vesículas sinápticas Sinapse Axônio mielinizado Axônio mielinizado Corpo celular do neurônio sensorial Corpo celular Camadas de tecida conectivo Terminação nervosa Terminações nervosas livres Axônio não mielinizado Corpo celular Nas sinapses químicas existe espaço entre a membrana da célula prési náptica e a membrana da célula póssináptica conhecida como fenda sináptica A informação é transmitida pela fenda sináptica por meio de neurotransmissor substância liberada do terminal présináptico que se liga aos receptores loca lizados no terminal póssináptico Nas sinapses químicas ocorre a seguinte sequência de eventos o potencial de ação na célula présináptica faz com que os canais de Ca se abram um influxo de Ca no terminal présináptico faz com que o neurotransmissor armazenado nas vesículas sinápticas seja liberado por exocitose o neurotransmissor se difunde pela fenda sináptica ligandose a receptores na membrana póssináptica e alterando o potencial da membrana BARRETT et al 2014 CURI ARAÚJO FILHO 2009 A alteração do potencial de membrana na célula póssináptica pode ser exci tatória ou inibitória isso vai depender do neurotransmissor liberado no terminal nervoso présináptico que depende do estímulo interno ou externo que desen cadeou o potencial de ação O sistema sensorial é o responsável pela recepção transdução e transmissão e também pelo processamento dessas informações BARRETT et al 2014 SILVERTHORN 2017 CURI ARAÚJO FILHO 2009 5 Sinapses e sistema sensorial Há muitos receptores sensoriais que transmitem informações sobre os ambientes interno e externo para o SNC o que pode ocorrer pela via aferente periferia até SNC ou seja a informação é ascendente BEAR CONNORS PARADISO 2002 Os receptores sensoriais podem ser concebidos como transdutores que convertem várias formas de energia ao ambiente em potenciais de ação nos neurônios sensoriais Os receptores cutâneos para tato e pressão são os me canorreceptores Os proprioceptores estão localizados nos músculos nos tendões e nas articulações e transmitem informações sobre o comprimento da tensão muscular Os termorreceptores detectam as sensações de calor e frio Estímulos potencialmente nocivos como dor calor e frio extremos são mediados pelos nociceptores O termo quimiorreceptor se refere a receptores estimulados por uma alteração na composição química do ambiente o que inclui receptores para olfato e receptores viscerais detectam mudanças do nível plasmático de O2 pH e osmolaridade Por fim os fotorreceptores são os bastonetes e os cones da retina que respondem à luz BARRETT et al 2014 PRESTON WILSON 2014 Mecanorreceptores Os receptores sensoriais podem ser terminações dendríticas especializadas de fibras nervosas aferentes sendo frequentemente associados às células não neurais que os envolvem formando um órgão sensorial O tato e a pressão são detectados por quatro tipos de mecanorreceptores corpúsculos de Meissner dendritos encapsulados por tecido conectivo que respondem às mudanças na textura e às vibrações lentas células de Merkel terminações dendríticas expandidas que respondem à pressão sustentada e ao toque corpúsculos de Ruffini grandes terminações dendríticas com cápsulas alongadas as quais respondem à pressão sustentada e corpúsculos de Pacini terminações dendríticas amielínica de uma fibra nervosa sensorial que respondem à pressão profunda e à vibração rápida Figura 3 Os nervos sensoriais desses mecanorreceptores são grandes fibras mielinizadas Aα e Aβ CURI ARAÚJO FILHO 2009 Sinapses e sistema sensorial 6 Nociceptores Entre os receptores sensoriais cutâneos alguns podem ser terminações livres localizadas na pele As sensações de dor e temperatura se originam de den tritos não amielinizados localizados por toda pele Os nociceptores podem ser separados em vários tipos nociceptores mecânicos respondem à pressão forte nociceptores térmicos ativados por temperaturas da pele acima de 42ºC ou por frio intenso nociceptores quimicamente sensíveis respondem a substâncias químicas e nociceptores polimodais respondem à combinação desses estímulos Os impulsos desses nociceptores são transmitidos por dois tipos de fibras fibras Aδ pouco mielinizadas e fibras C mielínicas BARRETT et al 2014 CURI ARAÚJO FILHO 2009 TORTORA DERRICKSON 2016 Termorreceptores Os receptores do frio estão localizados nas terminações dendríticas de fibras Aδ e fibras C enquanto os receptores de calor inócuo estão nas fibras C O limiar para a ativação dos receptores de calor é de 30ºC sendo que eles aumentam a sua taxa de disparo à medida que a temperatura da pele atinge 46ºC Os receptores de frio são inativos em temperaturas de 40ºC mas aumentam a sua taxa de disparo quando a temperatura da pele cai para cerca de 24ºC À medida que a temperatura da pele diminui a taxa de disparo dos receptores de frio reduz até que a temperatura atinja 10ºC Abaixo dos 10ºC eles são inativados e o frio se torna um anestésico local A Figura 4 ilustrada os re ceptores sensoriais da pele BARRETT et al 2014 SILVERTHORN 2017 Quimiorreceptores O termo quimiorreceptor se refere a receptores estimulados por uma alteração na composição química do ambiente em que estão localizados Os quimiorre ceptores incluem receptores para o paladar e o olfato bem como receptores viscerais como aqueles sensíveis às mudanças em nível plasmático de 02 pH e osmolaridade CURI ARAÚJO FILHO 2009 7 Sinapses e sistema sensorial Figura 4 Receptores sensoriais da pele Fonte Shilverthorn et al 2017 p 321 Terminações nervosas livres Corpúsculos de Meissner Corpúsculos de Pacini Corpúsculos de Rufni Receptores de Merkel Temperatura estímulo nocivo movimento do pelo Vibração baixa frequência toque leve Vibração alta frequência Estiramento da pele Pressão contínua textura Ao redor da raiz dos pelos e sob a superfície da pele Camadas superfciais da pele Camadas profundas da pele Camadas profundas da pele Camadas superfciais da pele Terminações nervosas não mielinizadas Encapsulados em tecido conectivo Encapsulados em tecido conectivo Terminações nervosas alargadas Célula epidérmica em contato sináptico com terminal nervoso alargado Rápida Variável Rápida Lenta Lenta Os receptores de Merkel detectam pressão sustentada e textura Pelo O corpúsculo de Meissner responde a movimentos de vibração baixa frequência e toque leve Terminação nervosa livre A terminação nervosa livre dos nociceptores responde a estímulos nocivos Os nervos sensoriais transmitem os sinais para a medula espinal O corpúsculo de Rufni responde ao estiramento da pele O corpúsculo de Pacini detecta vibração Raiz do pelo As terminações nervosas libres da raiz dos pelos detectam o movimento deles Receptor Estímulo Localização Estrutura Adaptação A divisão sensorial ou aferente ou ascendente leva a informação para o SN geralmente a partir de eventos ocorridos nos receptores sensoriais da periferia Essa informação resulta na contração da musculatura esquelética lisa e cardíaca ou na secreção de glândulas endócrinas ou exócrinas Sinapses e sistema sensorial 8 Eventos relacionados à sinapse com estímulos inibitórios e excitatórios A alteração do potencial de membrana na célula póssináptica pode ser exci tatória ou inibitória dependendo da natureza do neurotransmissor liberado no terminal nervoso présináptico Quando o neurotransmissor é excitatório despolarizase a célula póssináptica no entanto quando o neurotransmissor é inibitório há a hiperpolarização da célula póssináptica Diferentemente das sinapses elétricas a neurotransmissão por meio das sinapses químicas é unidirecional da célula présináptica para a célula póssináptica O retardo sináptico é o tempo requerido para ocorrências de diversos passos da neuro transmissão química COSTANZO 2011 PRESTON WILSON 2014 Potenciais póssinápticos excitatórios Os potenciais póssinápticos excitatórios PPSEs são impulsos sinápticos que despolarizam a célula póssináptica aproximando o potencial de membrana do limiar e do disparo de um potencial de ação Os PPSEs são produzidos pela abertura de canais de Na e K como o receptor nicotínico de acetilcolina O potencial de membrana é levado ao valor aproximadamente intermediário entre os potenciais de equilíbrio desses dois íons ou 0mV que corresponde ao estado despolarizado Entre os neurotransmissores excitatórios incluem se a acetilcolina a norepinefrina a epinefrina a dopamina o glutamato e a serotonina CURI ARAÚJO FILHO 2009 Potenciais póssinápticos inibitórios Os potenciais póssinápticos inibitórios PPSIs são impulsos sinápticos que hiperpolarizam a célula póssináptica afastando o potencial de membrana do limiar e do disparo do potencial de ação Os PPSIs são produzidos pela abertura de canais de Cl O potencial de membrana é levado ao potencial de equilíbrio desse ânion aproximadamente 90mV que corresponde ao estado hiperpolarizado Os neurotransmissores inibitórios são o ácido yAminobutírico GABA e a glicina CURI ARAÚJO FILHO 2009 9 Sinapses e sistema sensorial Saiba mais Os principais neurotransmissores excitatórios são a acetilcolina a norepinefrina a epinefrina a dopamina o glutamato e a serotonina Os principais neurotransmissores inibitórios são GABA e a glicina Funcionamento do sistema sensorial e sua relação diante de estímulos do meio ambiente A ocupação dos diversos nichos ecológicos pelas espécies animais compreendeu a formação de um SN muito desenvolvido o que permite que os indivíduos de cada espécie mantenham trocas contínuas de informações com o meio ambiente Dessa maneira por intermédio dos mecanismos neurais as informações que revelam as características do meio à sua volta são obtidas CURI ARAÚJO FILHO 2009 De um modo geral os sistemas sensoriais recebem informações do ambiente pelos receptores especializados presentes na periferia e as transmitem por meio de uma série de neurônios e relés sinápticos até o SNC Sendo assim os mecanismos neurais que permitem a interação do indivíduo com o meio ambiente são divididos em processos sensoriais sensitivosreceptivos pela via aferente e motores via eferente RAFF LEVITZKY 2011 Complementarmente ao sistema sensorial o SN recebe informações provenientes do nosso próprio organismo meio interno como parâmetros físicoquímicos que são essenciais para a manutenção dos órgãos saudáveis pex variações de pressão arterial e concentração de O2 Enfatizamos aqui que o sistema sensorial pode ser classificado de diversas maneiras mas apresentaremos as duas maneiras mais simples de entender o seu funcionamento e a sua divisão Na Tabela 1 essa classificação é demonstrada BARRETT et al 2014 COSTANZO 2011 CURI ARAÚJO FILHO 2009 Fonte Adaptado de Curi e Araújo filho 2009 Sistema sensorial Classificação Receptores localização Olfação Quimiorreceptivo Células olfativas epitélio olfativo Visão Fotorreceptivo Cones e bastonetes retina Equilíbrio Mecanorreceptivo Células ciliadas máculas do sáculo e utrículo cristas ampolares dos canais semicirculares Audição Mecanorreceptivo Células ciliadas internas e externas órgão espiral de Corti da cóclea Gustação Quimiorreceptivo Células gustativas bulbos olfativos Somestasia Mecanorreceptivo Células de Merkel corpúsculos de Meissner Krause Paccini e Ruffini terminações associadas aos pelos lanceoladas piloRuffini terminações nervosas livres pele Somestasia Quimiorreceptivo Terminações nervosas livres pele Somestasia Termorreceptivo Terminações nervosas livres para frio ou calor pele Somestasia Nocirreceptivo Terminações nervosas livres pele Somestasia Mecanorreceptivo Corpúsculos de Golgi e Ruffini articulações Somestasia Mecanorreceptivo Órgão Tendinoso de Golgi tendões Somestasia Mecanorreceptivo Terminações primárias e secundárias dos fusos musculares músculos esqueléticos Quadro 1 Divisão biofísica do sistema sensorial humano de acordo com o tipo de trans dução sensorial 11 Sinapses e sistema sensorial De acordo com Curi e Araújo Filho 2009 os receptores sensoriais são portanto os locais nos quais os estímulos do meio ambiente ou interno atuam sobre o SN Nesses receptores ocorre a transformação da energia do estímulo em variações do potencial da membrana plasmática e então se inicia o processo de codificação da informação sobre o que está ocorrendo naqueles meios Essa informação que foi levada até o SN será usada na elaboração de uma resposta apropriada de acordo com a necessidade do organismo Saiba mais sobre os neurotransmissores nos links a seguir httpsgooglWTgDwZ httpsgooglgyg984 Como vimos anteriormente as sinapses são regiões de comunicação transmissão dos impulsos nervosos entre os neurônios e liberação de neurotransmissores Já os neurô nios são plásticos isto é por meio dessas conexões sinápticas essas células são capazes de se adaptar a diferentes situações Múltiplos sistemas neurotransmissores são afetados em um padrão que se relaciona com patologias celulares A Doença de Alzheimer por exemplo está associada a um complexo arranjo do déficit de neurotransmissores A primeira alteração nos neurotransmissores a ser definida foi um notável declínio na atividade de colina acetil transferase e acetilcolinesterase indicando disfunção e perda dos neurônios colinérgicos do prosencéfalo basal e suas projeções corticais O mais interessante desses mecanismos de plasticidade é que eles são afetados na Doença de Alzheimer Nos momentos anteriores à morte neuronal característica das patologias neurodegenerativas os neurônios perdem essa plasticidade ficando mais rígidos além de não ser possível modificar as suas conexões Sinapses e sistema sensorial 12 BARRETT K E et al Fisiologia médica de Ganong 24 ed Porto Alegre AMGH 2014 Lange BEAR M F CONNORS B W PARADISO M A Neurociências desvendando o sistema nervoso 4 ed Porto Alegre Artmed 2002 COSTANZO L S Fisiologia 4 ed Rio de Janeiro Elsevier 2011 CURI R ARAÚJO FILHO J P Fisiologia básica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2009 LANDOWNE D Fisiologia celular Porto Alegre AMGH 2011 Lange Série Psicologia PRESTON R R WILSON T E Fisiologia ilustrada Porto Alegre Artmed 2014 RAFF H LEVITZKY M G Fisiologia médica uma abordagem integrada Porto Alegre AMGH 2011 LangeSILVERTHORN D U Fisiologia humana uma abordagem integrada 7 ed Porto Alegre Artmed 2017 SILVERTHORN D U Fisiologia humana uma abordagem integrada 7 ed Porto Alegre Artmed 2017 TORTORA G J DERRICKSON B Corpo humano fundamentos de anatomia e fisiologia 10 ed Porto Alegre Artmed 2016 VANPUTTE C REGAN J RUSSO A Anatomia e fisiologia de Seeley 10 ed Porto Alegre AMGH 2017 Leituras recomendadas APPLEGATE E Anatomia e fisiologia 4 ed Rio de Janeiro Elsevier 2012 CARR J SHEPHERD R Reabilitação neurológica otimizando o desempenho motor Barueri SP Manole 2008 GUYTON A C HALL J E Tratado de fisiologia médica 13 ed Rio de Janeiro Elsevier Brasil 2017 LIBORIO NETO A O Histologia do sistema nervoso diversidade celular e suas loca lizações Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento ano 2 v 5 n 8 p 7493 nov 2017 MACHADO A HAERTEL L M Neuroanatomia funcional 3 ed São Paulo Atheneu 2013 MORAES A P Q de O livro do cérebro São Paulo Duetto 2009 v 1 MOURA E W SILVA P A C Fisioterapia aspectos clínicos e práticos da reabilitação 2 ed Porto Alegre Artes Médicas 2010 13 Sinapses e sistema sensorial OSULLIVAN S B SCHMITZ T J FULK G D Fisioterapia avaliação e tratamento 5 ed Barueri SP Manole 2010 PEREIRA J G et al Neuroanatomia clínica e funcional anatomia fisiologia e patologia Rio de Janeiro Elsevier 2017 Sinapses e sistema sensorial 14 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem Na Biblioteca Virtual da Instituição você encontra a obra na íntegra Conteúdo S A Ga H SOLUÇÕES EDUCACIONAIS INTEGRADAS Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson Estudo Dirigido NB2 Sistema Digestório 1 Quais as funções do sistema digestório R As funções do sistema digestório são realizar a ingestão de alimentos secreção de substâncias para manutenção da homeostase e quebra de moléculas através da ação do suco gástrico bile e insulina mistura e propulsão dos alimentos através dos movimentos peristálticos digestão através da redução dos compostos macro em compostos micro absorção das micromoléculas resultantes do processo de digestão e eliminação dos resíduos provintes desse conjuntos de ações a defecação 2 Qual a divisão do sistema digestório Quais estruturas que compõem cada uma das divisões R O sistema digestório é dividido em em duas partes a primeira chamada de trato gastrointestinal o qual é composto por todo canal alimentar iniciando pela cavidade oral faringe esôfago estômago intestino delgado intestino grosso e finalizando através do reto e ânus a segunda parte é chamada de orgão anexos ao sistema digestório atuam como auxiliares de todo esse processo composto por os dentes língua glândulas salivares fígado a vesícula biliar e o pâncreas 3 Quais as funções da língua E dos dentes R A principal função da língua é realizar a motilidade do alimento na cavidade oral também sendo importante no momento de impulso do alimento durante a deglutição e a participação na fala vale lembrar que há canaliculos gustativos que desencadeiam o processo de salivação No que diz respeito aos dentes sua função é reduzir o alimento pra a forma de bolo alimentar mastigando e triturando os compostos para serem engolidos 4 Como o bolo alimentar desce pelo esôfago R Através de movimentos de impulsão realizados pela lingua a qual impulsiona o bolo alimentar para a faringe e em seguida esse bolo segue para o esôfago onde através de movimentos peristálticos contrações da musculatura lisa comandadas pelo sistema nervoso autônomo o bolo alimentar é empurrado durante todo seguimento do esôfago desembocando no estômago 5 Qual a localização do estômago Quais suas funções Qual o nome dos seus esfíncteres Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson R O estômago se localiza mais a esquerda a partir do plano mediano logo abaixo do diafragma tem como função principal a mistura mecânica dos alimentos do bolo alimentar e secreção de suco gástrico para redução dos compostos formando o quimo em sua totalidade o estômago possui dois esfíncteres o superior ou de entrada do bolo chamado de Cárdia evita o refluxo alimentar e o inferior ou de saída do bolo alimentar é chamado de Piloro elimina quimo em porções para o intestino delgado 6 Como o pâncreas e o fígado participam da digestão R O pancrêas e o fígado participam da disgestão como auxiliares desse processo onde o pâncreas elimina secreções que auxiliam na quebra de carboidratos proteínas e lipídeos facilitando assim a absorção dos nutritentes na proxima fase da digestão além disto auxilia na homeostase de moléculas de glicose no organismo por outro lado o fígado participa através da secreção da bile substância produzida pelo fígado e armazenada na vesicula biliar a qual faz a emulsão das gorduras e atua principalmente no metabolismo de carboidratos proteínas lipídeos e processamento de fármacos 7 Explique qual o trajeto dos alimentos com a maior riqueza de detalhes R O alimento adentra a boca sendo esta a porta de entrada para os alimentos ao adentrar a cavidade oral através de estímulos desencadeados pelas canalículas gustativas da língua as glândulas salivares iniciam o processo de produção e secreção da saliva umidificando dessa forma os alimentos nesta cavidade também ocorre a mastigação através das ações mecânicas dos dentes e a motilidade do alimento seguida pela deglutição através da língua Após o impulso de deglutição realizado pela língua o bolo alimentar segue para faringe que se comunica com o esôfago que por sua vez encaminha o bolo alimentar por meio de contrações musculares da musculatura lisa realizadas pelo sistema nervoso autônomo para o estômago No estômago o bolo alimentar passa pela primeira válvula chamada Cárdia adentrando ao orgão onde através da ação mecânica e do suco gástrico há a quebra das moléculas grandes resultando no quimo após isso o quimo segue para a segunda válvula Piloro e passa para o intestino delgado em sua porção inicial é secretado pelo pâncreas e fígado secreções que vão Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson auxiliar na quebra e absorção dos nutrientes durante o trânsito do intestino delgado o qual tem como função principal a absorção dos nutrientes seguindo para o intestino grosso onde o mesmo absorve nutrientes restantes e a água por fim o que resta do bolo é eliminado através do reto que termina no ânus Sistema Urinário 1 Quais as funções do sistema urinário Quais as estruturas que o compõe R O sistema urinário tem como principal função a eliminação de metabólitos do corpo por meio aquoso sejam eles resíduos como uréia bilirrubina ácido úrico creatinina e substâncias estranhas ao corpo como fármacos e toxinas ambientais realizam a homeostase por meio de reliminação de íons do corpo regularizando o pH e produção de hormônios pelas glândulas adrenais Esse sistema é composto por rins ureteres bexiga urinária e uretra anexo ao sistema possuímos as glândulas adrenais 2 Qual a localização dos rins Por que o rim direito fica mais abaixo do que o esquerdo R Os rins se localizam na porção dorsal do corpo posterior a cavidade abdominal retroperitonial protegido parcialmente pelas últimas costelas 11º e 12º par posicionados de cada lado da coluna vertebral entre T12 e L3 O rim direito fica mais abaixo do que o esquerdo devido a localização do lobo direito do fígado que empurra esse orgão ligeiramente para baixo 3 De qual artéria sai a ramificação para a artéria renal E para qual veia que a veia renal se junta R A artéria renal é uma ramificação da artéria aorta abdominal a árteria renal se une aos rins pelo hilo renal Por outro lado a veia renal se junta a veia cava inferior após o processo de filtração 4 O que é o hilo renal R O hilo renal é uma espécie de fenda localizada no bordo interno de cada rim por onde entram as artérias e os nervos renais e por onde saem a veia renal e os ureteres 5 Explique qual o trajeto da urina desde a sua formação até a excreção com a maior riqueza de detalhes R A urina é formada pelo processo de filtração do sangue sangue este que adentra a esse órgao através das artérias renais Nos rins a filtração do sangue é realizada na porção interna da medula Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson especificamente nos néfrons Conforme o sangue vai passando pela cápsula glomerular que é uma estrutura do néfron o sangue vai sendo filtrado e os metabólitos do corpo vão sendo somados junto ao excesso de água do corpo formando a urina que sofre outras secreções e absorções ao longo dos canais do néfron Após sua passagem pelos néfrons a urina é liberada nos ureteres que são canais que irão ligar os rins até a bexiga Na bexiga a urina fica armazenada até que haja o estímulo da micção quando então a urina vai da bexiga até o ambiente externo através da uretra tanto no organismo feminino quanto no masculino Sistema Nervoso 1 O que é Sistema Nervoso quais os seus componentes e suas principais funções R O sistema nervoso é a principal rede de comunicação entre sistemas no organismo humano é composto pelo sistema nervoso central através do encéfalo que possui em sua subdivisão o telencéfalo diencéfalo tronco encefálico e cerebelo e medula espinhal e o sistema nervoso periférico composto pelos nervos e gânglios nervosos De forma geral tem a função de captar processar e transmitir informações advindas de estímulos internos e externos ao organismo além de comandar a execução de ações voluntárias e involuntárias 2 Quais são as camadas que revestem e protegem o Sistema Nervoso R O sistema nervoso é revestido por 3 camadas membranosas as meninges De externa para interna as meninges são compostas pela duramáter mais externa e resistente das meninges possuindo seu próprio sistema de vasos e nervos Aracnóide é a membrana média não possui vasos nem nervos Recebe este nome por ter um aspecto similar a uma teia de aranha e Piamáter mais interna das membranas intimamente aderida ao SNC É ricamente vascularizada conduzindo a perfusão necessária às estruturas do SNC 3 O que são nervos R São feixes compostos por centenas de milhares de axônios associados a seu tecido conjuntivo e seus vasos sanguíneos os quais se localizam fora do encéfalo ou da medula espinhal mas tem intercomunicação para resposta aos estímulos 4 Defina Sistema Nervoso Central SNC e Sistema Nervoso Periférico Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson SNP R O sistema nervoso central é composto pelo encéfalo e medula espinhal os quais são responsáveis pela recepção interpretação e comando advindos do sistema nervoso períférico já o sistema nervoso periferico é composto pelos nervos espinhais e cranianos ganglios e receptores sensitivos o qual adquire estímulos do meio externo e os passam através da sua rede de canais para o sistema nervoso central 5 O que são lobos E onde eles se encontram Cite uma função fisiológica exercida por cada um dos lobos conhecidos no SNC R Os lobos são divisões do córtex cerebral através dos principais giros e sulcos do telencéfalo dividido em lobo frontal área motora e responsável pelos pensamentos parietal onde se localiza o córtex sensitivo occipital informação visual temporal informação auditiva e apresenta ainda o lobo da ínsula responsável pelo sistema límbico Sistema Endócrino 1 O que é o Sistema Endócrino quais os seus componentes e suas principais funções R O sistema endócrino é o sistema que regulariza processos envolvidos na homeostase através da secreção hormonal produzida pelos orgãos desse sistema é composto por glândulas e orgão produtores de hormônios 2 Qual a diferença entre glândula exócrina e glândula endócrina R As glândulas endócrinas são aquelas que liberam os hormônios produzidos diretamente na corrente sanguínea já as glândulas exócrinas liberam hormônios ou outras substâncias para dentro de um duto em um orgão alvo específico 3 Cite 3 glândulas endócrinas sua função e o que elas secretam R Glândula adrenal tem a função de regulação das funções do sistema nervoso autônomo secreta principalmente a adrenalina e a noradrenalina Glândula tireoide tem a função de regulação da função metabólica do corpo secetra principalmente a triiodotironina T3 e tiroxina T4 Glândula pineal tem a função de regulação dos ciclos vitais do organismo como o sono e a sexualidade secreta principalmente melatonina e serotonina 4 Cite 8 órgãos que possuem células que secretam hormônios e quais são estes hormônios Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson R Rins secreta renina pâncreas secreta insulina hipotálamo secreta hormônio liberador de corticotropina CRH hipófise secreta ocitocinas ovários secretam progesterona e estrogênio testículos secretam testosterona estômago secreta grelina e timo secreta a timosina 5 O que é o Hipotálamo O que é a Hipófise Cite 4 hormônios da adenohipófise e suas funções R O hipotálamo é uma região do diencéfalo constituida por núcleos de neurônios agindo como um centro integrador da homeostase por outro lado a hipófise é uma glândula ovóide funcionalmente ligada ao hipotálamo Os 4 hormônios secretados são o hormônio do crescimento somatotrofina responsável por estimular o crescimento e a multiplicação celular em humanos prolactina responsável por estimular a produção de leite pelas glândulas mamárias em mulheres hormônio folículo estimulante LH responsável por estimular a produção de estrôgenio o que estimula e matura os folículos ovarianos hormônio estimulador da tireóide TSH responsável por estimular a tireóide a produzir T3 e T4 que regulam o metabolismo humano e o hormônio adrenocorticotrófico ACTH responsável por estimular a produção de hormônios esteróides Sistema Reprodutor 1 Quais as funções do sistema reprodutor masculino E do feminino R As funções do sistema reprodutor masculino são produção e maturação dos espermatozóides produção do hormônio testosterona e cópula através do pênis Já as funções do sistema reprodutor feminino são produção e amadurecimento dos óvulos produção dos hormônios progesterona e estrogênio cópula através do canal vaginal e desenvolvimento fetal através do útero 2 Quais são as estruturas que compõem o s reprodutor masculino E o feminino R O sistema reprodutor masculino é composto por duas porções a interna ducto deferente parte do ducto vesículas seminais ductos ejaculatórios glândulas bulbouretrais e a próstata já a externa pelo escroto testículos epidídimo ducto deferente parte do ducto e o pênis O sistema reprodutor feminino também é composto por duas porções a interna composta pela vagina útero pelas tubas uterinas e os ovários já a externa pelos grandes e pequenos lábios prepúcio clitóris óstio Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson externo da uretra e óstio vaginal 3 Qual o caminho que o espermatozoide percorre até o meio externo Explique com riqueza de detalhes R O espermatozóide é produzido nos testículos seguindo para o epidídimo onde são armazenados e maturados após estímulos os espermatozóides passam por parte do canal deferente que transporta os espermatozoides até a vesícula seminal onde eles são banhados por um liquido viscoso que os nutrem e protegem indo em seguida para a próstata glândula que produz secreção que auxilia na proteção e motilidade Por fim passam pela uretra quando são eliminados na cópula 4 Qual a diferença entre vulva e vagina R A vulva é toda região externa na região perineal realiza a função de detecção de estímulos externos e proteção Já a vagina é a porção interna da região reprodutora feminina em forma de canal que possui a função de receber a cópula conectada diretamente ao útero através do colo uterino 5 Qual a localização do útero Quais as funções dos ovários R O útero se localiza anteriormente na cavidade pélvica pouco acima da vagina entre a bexiga e o reto As funções dos ovários são o amazenamento e maturação dos óvulos e também a produção dos hormonios que os maturam de acordo com o ciclo ovariano sendo estes a progesterona e estrogênio 6 Qual o caminho que o óvulo percorre até a fecundação e depois onde ele é depositado R O óvulo é liberado pelo ovário sendo passado para a tuba uterina através das fímbrias presentes no inicio da tuba uterina logo em seguida percorre parte do caminho através ainda da tuba uterina até encontrar o espermatózoide e ocorrer a fecundação Seguido à fecundação o ovócito finaliza o percurso da tuba uterina até o útero onde irá se fixar na parede do mesmo sendo nutrido pela camada interna do útero onde irá ocorrer os eventos pertinentes à embriologia desenvolvendo o embrião durante o período da gestação Referência bibliográfica DANGELO J G FATTINI C A Anatomia humana básica dos sistema orgânicos São Paulo Atheneu 2001 RECADO Olá espero que o trabalho tenho ficado do seu agrado Na sua solicitação o documento foi enviado via WORD facilitando as futuras edições caso precise utilizo como referência um único livro e o sinalizei abaixo das questões além do material de apoio enviado para conhecer o perfil do que seu professor cobraria Qualquer dúvida pode me contatar pelo suporte Atenciosamente seu GURU
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Texto de pré-visualização
Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson Estudo Dirigido NB2 Sistema Digestório 1 Quais as funções do sistema digestório 2 Qual a divisão do sistema digestório Quais estruturas que compõem cada uma das divisões 3 Quais as funções da língua E dos dentes 4 Como o bolo alimentar desce pelo esôfago 5 Qual a localização do estômago Quais suas funções Qual o nome dos seus esfíncteres 6 Como o pâncreas e o fígado participam da digestão 7 Explique qual o trajeto dos alimentos com a maior riqueza de detalhes Sistema Urinário 1 Quais as funções do sistema urinário Quais as estruturas que o compõe 2 Qual a localização dos rins Por que o rim direito fica mais abaixo do que o esquerdo 3 De qual artéria sai a ramificação para a artéria renal E para qual veia que a veia renal se junta 4 O que é o hilo renal 5 Explique qual o trajeto da urina desde a sua formação até a excreção com a maior riqueza de detalhes Sistema Nervoso 1 O que é Sistema Nervoso quais os seus componentes e suas principais funções 2 Quais são as camadas que revestem e protegem o Sistema Nervoso 3 O que são nervos 4 Defina Sistema Nervoso Central SNC e Sistema Nervoso Periférico SNP 5 O que são lobos E onde eles se encontram Cite uma função fisiológica exercida por cada um dos lobos conhecidos no SNC Sistema Endócrino 1 O que é o Sistema Endócrino quais os seus componentes e suas principais funções 2 Qual a diferença entre glândula exócrina e glândula endócrina 3 Cite 3 glândulas endócrinas sua função e o que elas secretam 4 Cite 8 órgãos que possuem células que secretam hormônios e quais são estes hormônios 5 O que é o Hipotálamo O que é a Hipófise Cite 4 hormônios da adenohipófise e suas funções Sistema Reprodutor 1 Quais as funções do sistema reprodutor masculino E do feminino 2 Quais são as estruturas que compõem o s reprodutor masculino E o feminino Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson 3 Qual o caminho que o espermatozoide percorre até o meio externo Explique com riqueza de detalhes 4 Qual a diferença entre vulva e vagina 5 Qual a localização do útero Quais as funções dos ovários 6 Qual o caminho que o óvulo percorre até a fecundação e depois onde ele é depositado ANATOMIA APLICADA A ENFERMAGEM Diego Santos Fagundes A anatomia das estruturas e dos órgãos do trato gastrintestinal O nosso corpo necessita de nutrientes que são utilizados para o fornecimento de energia para o seu funcionamento além de formar e reparar os tecidos É por meio dos alimentos que conseguimos o aporte necessário para essas funções porém necessitamos da ação do sistema digestório para que os alimentos sejam triturados e transformados em moléculas menores passíveis de serem absorvidas pelas células O sistema digestório é dividido em Trato gastrintestinal tubo contínuo de aproximadamente 5 a 7 metros de comprimento que recebe o alimento quando consumido até ele ser digerido absorvido e eliminado É formado por boca faringe esôfago estômago intestino delgado e intestino grosso Órgãos digestórios acessórios fazem a trituração do alimento digestão mecânica secretam ou armazenam secreções que auxiliam na decomposição química dos alimentos São os dentes a língua as glândulas salivares o fígado a vesícula biliar e o pâncreas Para realizar a descrição da anatomia das estruturas e dos órgãos do sistema digestório será utilizado como base o percurso que o alimento faz da boca até o ânus Boca ou cavidade oral é formada por bochechas palatos duro e mole e língua As bochechas compõem as paredes laterais da boca Externamente são recobertas pela pele e internamente por uma túnica mucosa com epitélio escamoso estratificado não queratinizado Os músculos bucinadores e o tecido conjuntivo estão entre a pele e as túnicas mucosas das bochechas As partes anteriores das bochechas terminam nos lábios Esses são pregas que circundam a abertura da boca são externamente recobertos pela pele e internamente por túnica mucosa Cada face interna do lábio está ligada à gengiva por uma prega de túnica mucosa denominada de frênulo do lábio O vestíbulo da boca é o espaço delimitado externamente pelas bochechas e lábios e internamente pelas gengivas e dentes No adulto existem 32 dentes e cada dente tem três regiões principais coroa parte visível acima do nível da gengiva raiz estruturas que fixam o dente e colo junção constrita entre a coroa e a raiz São compostos por esmalte tendo duas dentições a decídua e a permanente Cárdia o esôfago faz contato com a margem medial do estômago na cárdia É a parte súperomedial do estômago com 3 cm desde a junção esofagogástrica A luz esofágica se abre na cárdia pelo óstio cardíaco Fundo gástrico parte do estômago localizada superiormente à junção esofagogástrica Corpo gástrico é a parte entre o fundo gástrico e as curvaturas do estômago É a maior parte do estômago funciona como compartimento para mistura dos alimentos ingeridos e secreções gástricas Piloro é a última porção do estômago Intestino delgado se estende do músculo esfíncter do piloro até o óstio ileal Está dividido em duodeno região mais curta e retroperitoneal tem a forma de um C e estendese por aproximadamente 25 cm jejuno continuação do intestino delgado e tem aproximadamente um metro de comprimento e íleo é a última e mais longa região do intestino delgado mede aproximadamente dois metros e juntase ao intestino grosso em um esfíncter de músculo liso chamado de óstio ileal O intestino delgado preenche a maior parte da cavidade abdominal seus 25 cm proximais são móveis e o restante é retroperitoneal mantendose fixa à parede abdominal posterior O jejuno e o íleo são sustentados por um mesentério amplo e em forma de leque mesentério próprio Vasos sanguíneos artérias e veias jejunais ramos da artéria mesentérica superior e veia mesentérica superior linfáticos e nervos atingem esses segmentos do intestino delgado passando através de tecidos conectivos do mesentério A inervação parassimpática é fornecida pelo nervo vago a inervação simpática envolve fibras pósganglionares do gânglio mesentérico superior Os movimentos do intestino delgado são controlados principalmente por reflexos neurais que envolvem o plexo submucoso e o plexo mioentérico A parede do intestino delgado apresenta túnica mucosa tela submucosa túnica muscular e túnica serosa contém diversos tipos de células as células absortivas que liberam enzimas que digerem o alimento e contém microvilosidades que absorvem os nutrientes no quimo as células caliciformes que secretam muco e as glândulas intestinais que secretam suco intestinal tela submucosa contém glândulas duodenais que secretam um muco alcalino que ajuda a neutralizar o ácido gástrico no quimo túnica muscular e túnica serosa O intestino delgado apresenta as pregas circulares que são pregas da túnica e tela submucosa tem aproximadamente 10 mm de comprimento estão presentes do duodeno ao íleo e aumentam a absorção pelo aumento da área O palato é considerado uma parede ou septo que separa a cavidade oral da nasal formando o céu da boca Permite mastigar e respirar ao mesmo tempo É dividido em palato duro parte anterior do céu da boca formado pelas maxilas e palatinos recoberto por túnica mucosa parte óssea entre cavidade oral e nasal e palato mole parte posterior do céu da boca partição muscular em forma de arco entre a parte oral da faringe e a parte nasal da faringe revestida por túnica mucosa A úvula é uma estrutura muscular em formato de dedo que fica pendurada na margem livre do palato mole e durante a deglutição juntamente com ele é atraída superiormente fechando a parte nasal da faringe e impedindo que o alimento entre na cavidade nasal Faringe tubo afunilado que se estende dos cóanos ao esôfago posteriormente e à laringe anteriormente É composta por uma única mucosa e por músculo esquelético Pode ser dividida em três partes nasal da faringe atua na respi ração oral da faringe e laríngea da faringe ambas têm funções digestórias e respiratórias O alimento é ingerido pela boca passa então para as partes oral e laríngea da faringe sendo que as suas contrações ajudam a impulsionar o alimento para o esôfago e após ao estômago Esôfago é um tubo muscular flexível que comunica a faringe ao estômago Está situado posteriormente à traqueia tem aproximadamente 25 cm de com primento e 2 cm de diâmetro Entra na cavidade abdominal por meio de uma abertura no diafragma chamada de hiato esofágico Contém um esfíncter esofágico superior e um esfíncter esofágico inferior A parede do esôfago apresenta túnica mucosa epitélio escamoso estratificado resistente à abrasão e uma tela submucosa as túnicas mucosas e submucosas formam pregas que permitem a expansão do esôfago durante a passagem do bolo alimentar A submucosa contém glândulas esofágicas que produzem secreção mucosa que lubrifica o bolo alimentar e protege a superfície epitelial e túnica muscular que apresenta uma camada helicoidal de passo curto interna e circular e uma camada helicoidal de passo longo externa e longitudinal No terço superior do esôfago ambas as camadas contêm fibras musculares estriadas esqueléticas no terço médio apresenta mistura de tecidos musculares liso e estriado esquelético no terço inferior apresenta apenas músculo liso Estômago liga o esôfago ao duodeno Apresenta o formato de J expandido está localizado nas regiões do hipocôndrio direito epigástrio e partes das regiões umbilical e lateral esquerda As principais regiões anatômicas são 3 Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto você deve apresentar os seguintes aprendizados Identificar a anatomia das estruturas e dos órgãos que compõem o trato gastrintestinal Caracterizar as funções de cada órgão do trato gastrintestinal Relacionar os aspectos anatômicos com patologias que acometem o trato gastrintestinal Introdução Os pacientes acometidos pelas doenças do sistema digestório ficam muito debilitados em função da restrição e das dificuldades em manter uma nutrição adequada O emagrecimento a fraqueza a diarreia ou constipação a necessidade de jejum prolongado ou ainda a alimentação por sonda enteral ou via parenteral fazem com que haja a necessidade da assistência de enfermagem ao paciente em suas atividades de higiene conforto alimentação e eliminação Neste capítulo você vai identificar a anatomia das estruturas e dos órgãos do trato gastrintestinal bem como as suas funções além de fazer uma relação da anatomia com as patologias que acometem o sistema digestório de superfície Tem glândulas que secretam líquido e muco e as suas paredes com pregas circulares vilosidades e microvilosidades fornecem uma grande área de superfície para digestão e absorção dos alimentos Apresenta também vilosidades projeções digitiformes da túnica mucosa medindo 05 a 1 mm e microvilosidades projeções da membrana apical das células absortivas medindo aproximadamente 1 µm de comprimento que aumentam ainda mais a superfície propiciando a troca de nutrientes Intestino grosso tem o formato de ferradura e se estende do óstio ileal ao ânus sendo dividido em ceco colo ascendente colo transverso colo descendente colo sigmoide reto e canal anal A sua túnica mucosa contém muitas células caliciformes e a túnica muscular consiste em tênias do colo e saculações do colo O intestino grosso realiza movimentos mecânicos que incluem a agita ção das saculações do colo o peristaltismo e o peristaltismo em massa É no intestino grosso que ocorrem as últimas fases da digestão química por meio da ação bacteriana sendo que as substâncias são adicionalmente quebradas e algumas vitaminas são sintetizadas Em relação aos órgãos digestórios acessórios pâncreas e fígado Pâncreas consiste em uma cabeça um corpo e uma cauda tem comunicação com o duodeno por meio dos ductos pancreático e pancreático acessório As ilhotas pancreáticas endócrinas secretam hormônios e os ácinos exócrinos secretam suco pancreático Esse suco contém enzimas que digerem o amido amilase pancreática proteínas tripsina quimotripsina carboxipetidase e elastase triglicerídeos lipase do pâncreas e ácidos nucleicos ribonuclease e desoxirribonuclease Fígado o fígado é uma glândula mista e tem quatro lobos quadrado caudado direito e esquerdo Esses lobos são constituídos por lóbulos que contêm hepa tócitos as células do fígado vasos sinusoides células estreladas do fígado e uma veia central Esses hepatócitos produzem a bile que é transportada por um sistema de ductos até a vesícula biliar para concentração e armazenamento temporário A vesícula biliar é um saco localizado em uma depressão na face posterior do fígado O fígado atua também no metabolismo de carboidratos lipídeos e proteínas no processamento de fármacos e hormônios na excreção de bilirrubina na síntese de sais biliares no armazenamento de vitaminas e minerais na fagocitose e na ativação da vitamina D 5 Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal Na Figura 1 temos os órgãos e as estruturas do sistema digestório trato gastrintestinal e estruturas e órgãos acessórios Figura 1 Estruturas do sistema digestório e dos órgãos acessórios Fonte Tortora e Derrickson 2017 p 478 Boca cavidade oral contém os dentes e a língua Estômago Pâncreas Colo transverso Colo descendente Colo sigmoide Reto Ânus Glândula sublingual glândula salivar Faringe Jejuno Íleo Colo ascendente Ceco Apêndice vermiforme Duodeno Canal anal Glândula parótida glândula salivar Glândula submandibular glândula salivar Esôfago As funções dos órgãos que compõem o trato gastrintestinal Os diversos órgãos que compõem o sistema têm funções importantes desde o momento que o alimento entra na boca é triturado deglutido na mistura na propulsão na digestão e na absorção até o momento que os resíduos são Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal 6 eliminados pelo corpo Descreveremos a seguir as principais funções desses órgãos Cavidade oral a língua manobra os alimentos para ser realizada a mastigação modela o alimento e faz manobras para que seja feita a deglutição e inicia a digestão dos triglicerídeos Na língua temos os sensores do paladar Os dentes cortam dilaceram e pulverizam os alimentos sólidos em partí culas menores para auxiliar na deglutição Os lábios e as bochechas mantêm os alimentos entre os dentes durante a mastigação as glândulas vestibulares e salivares produzem saliva e conseguem amaciar hidratar e dissolver os alimentos e inicia a digestão do amido Além disso limpa a boca e os dentes Faringe recebe um bolo alimentar da cavidade oral e passao ao esôfago Esôfago recebe o bolo alimentar da faringe e passao ao estômago Requer o relaxamento do esfíncter esofágico superior e secreção de muco Estômago ondas de mistura combinam a saliva os alimentos e o suco gástrico o que ativa a pepsina inicia a digestão de proteínas mata microrganismos dos alimentos ajuda a absorver a vitamina B12 contrai o esfíncter esofágico inferior aumenta a motilidade do estômago relaxa o músculo esfíncter do piloro e move o quimo para o intestino delgado Intestino delgado a segmentação mistura o quimo com os sucos digestórios O peristaltismo impulsiona o quimo para o óstio ileal As secreções digestórias do intestino delgado pâncreas e fígado completam a digestão dos carboidra tos das proteínas dos lipídeos e dos ácidos nucleicos as pregas circulares vilosidades e microvilosidades ajudam a absorver aproximadamente 90 dos nutrientes digeridos O suco pancreático tampona o suco gástrico ácido no quimo interrompe a ação da pepsina do estomago cria o pH apropriado para a digestão no intestino delgado e participa na digestão de carboidratos proteínas triglicerídeos e ácidos nucleicos A vesícula biliar armazena e concentra a bile e liberaa para o intestino A bile atua na digestão por meio da emulsificação dos lipídeos dietéticos Intestino grosso a agitação das saculações do colo o peristaltismo e o peris taltismo em massa dirigem o conteúdo do colo para o reto bactérias produzem 7 Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal algumas vitaminas do complexo B e a vitamina K ocorre a absorção de um pouco de água íons e vitaminas e no final ocorre a defecação é uma ação reflexa auxiliada por contrações voluntárias dos músculos diafragma e abdo minais e pelo relaxamento do esfíncter externo do ânus Os aspectos anatômicos e as patologias que acometem o trato gastrintestinal Os diferentes órgãos que compõem o sistema digestório podem apresentar diversas alterações e patologias Procurouse aqui abordar a maioria dos órgãos e das estruturas e algumas patologias que acometem o trato digestório serão contempladas como faringite doença do refluxo gastresofágico esofagite acalasia gastrite úlcera péptica intolerância à lactose apendicite pólipos doença diverticular e câncer de colo Faringite é a inflamação da faringe que pode ser causada por microrganis mos vírus ou bactérias que entram pelas vias aéreas ou como processo de alergias imunidade baixa infecções respiratórias crônicas asma e enfisema pulmonar e exposição à poluição e componentes químicos como a fumaça de cigarro Os sintomas são dor de garganta rouquidão garganta seca e dificul dade para engolir No entanto esses sintomas podem se confundir com outras inflamações da garganta como a amigdalite e a laringite que afetam esses órgãos próximos da faringe O tratamento será com antibioticoterapia quando infecção bacteriana antialérgicos antitérmicos analgésicos entre outros Doença do refluxo gastresofágico DRGE ocorre normalmente em decor rência da incapacidade do esfíncter esofagiano inferior em se fechar após a ingestão de alimentos Dessa forma o conteúdo do estômago pode retornar refluxo para a parte inferior do esôfago O ácido clorídrico do conteúdo estomacal pode irritar a parede esofágica A ingestão de álcool e o tabagismo podem causar relaxamento desse esfíncter piorando a situação Os sintomas da DRGE podem ser minimizados ao se evitar alimentos que estimulam a produção de suco gástrico café chocolate tomate alimentos gordurosos suco de laranja e cebola Para aliviar os sintomas podese ingerir antiácidos pequenas refeições e não deitar antes de 2 horas após alimentação Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal 8 Esofagite inflamação do esôfago pelo contato com o ácido da secreção gástrica O epitélio do esôfago apresenta poucas defesas contra a agressão dos ácidos e enzimas resultando em processo de inflamação erosão epitelial e desconforto intenso Pode ser em decorrência da DRGE Caracterizada por pirose e náuseas Acalasia é quando ocorre uma disfunção do plexo mioentérico em que o esfíncter esofágico não relaxa normalmente conforme o alimento se aproxima dele Dessa forma o alimento se acumula no esôfago causando distensão e dor torácica O tratamento mais efetivo envolve secção da camada muscular circular na região inferior do esôfago ou laceração dessa camada por expansão de um balão posicionado nessa região Gastrite é a inflamação superficial do revestimento túnica mucosa do estômago Pode se desenvolver após a ingestão de drogas álcool ou aspirina após estresse físico ou emocional após infecção bacteriana da parede gástrica ou ainda após a ingestão de substância química de pH muito ácido ou muito alcalino As infecções pela bactéria Helicobacter pylori são um importante fator na formação de úlceras Na evidência de infecção por Helicobacter pylori é necessário o tratamento com antibioticoterapia Se não for tratada essa infecção a bactéria pode penetrar o muco que cobre o estômago ficando protegida da ação do suco gástrico Com o tempo danifica o revestimento epitelial podendo causar erosão da lâmina própria por suco gástrico levando ao desenvolvimento de úlceras Úlcera péptica lesão no revestimento gástrico ou no intestino delgado As localizações podem ser úlcera gástrica estômago ou úlcera duodenal duo deno Estimativas trazem que 50 a 80 das úlceras gástricas e 95 das úlceras duodenais ocorram em indivíduos infectados pela Helicobacter pylori As úlceras podem provocar dores agudas e intensas abdominais A administração de antiácidos pode minimizar essas dores Importante é o tratamento e a eli minação da bactéria Helicobacter pylori observando a reinfecção São efetivas também a limitação de ingestão de bebidas alcóolicas e a eliminação dos alimentos que estimulem a produção de suco gástrico Em casos mais graves a úlcera pode ser mais profunda e produzir sangramento significativo além dos ácidos poderem causar corrosão completa da parede do trato digestório sendo uma úlcera perfurada invadindo a cavidade peritoneal O sangramento significativo é interno e pode não ser percebido ficando ativo durante horas ou dias Esse sangue passará por todo o trato digestório sofrerá a ação de todos 9 Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal os líquidos e enzimas até ser eliminado via retal em forma de fezes muito escuras ou pretas com odor fétido e forte o qual é denominado de melena O paciente precisa passar por exame com introdução de um aparelho até o local da lesão endoscopia digestiva alta para a realização da hemostasia Se houver perfuração é necessária a correção cirúrgica imediata Intolerância à lactose em algumas pessoas as células absortivas do intestino delgado não produzem lactase suficiente Essa enzima é necessária e essencial para a digestão da lactose levando a uma intolerância à lactose A lactose não digerida no quimo faz com que seja retido líquido nas fezes A fermentação bacteriana da lactose não digerida resulta na produção dos gases e além disso a pessoa apresenta diarreia distensão abdominal e cólicas após a ingestão de leite e derivados As pessoas com essa intolerância devem optar por uma dieta que restrinja a lactose e ingerir suplementos alimentares para ajudar na digestão desta Apendicite é a inflamação do apêndice vermiforme sendo precedida pela obstrução do lúmen do apêndice pelo quimo inflamação corpo estranho carcinoma e outros O indivíduo normalmente apresenta febre alta dor na região umbilical do abdômen que depois pode se localizar no quadrante inferior direito seguida de náuseas e vômitos É recomendada a retira do apêndice apendicectomia Pólipos são tumores benignos de desenvolvimento lento Surgem a partir da túnica mucosa do intestino grosso podendo ser assintomático ou em casos mais graves apresentar diarreia sangue nas fezes e eliminação de muco pelo ânus Os pólipos devem ser removidos por colonoscopia ou cirurgia pois alguns deles podem se tornar câncer mais tarde Doença diverticular os divertículos são evaginações em forma de saco na parede do colo em locais em que a túnica muscular enfraqueceu e pode estar inflamada O desenvolvimento desses divertículos é denominado de diver ticulose Das pessoas conhecidas com diverticulose entre 10 a 25 acabam apresentando diverticulite que é a inflamação Nesse caso a pessoa pode apresentar dor constipação intestinal ou aumento da frequência das evacu ações náuseas vômitos e febre baixa O tratamento consiste em aumentar o consumo de fibras ou em casos mais graves as porções afetadas devem ser retiradas por meio da cirurgia Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal 10 Câncer de colo são tumores malignos do colo A maioria dos casos de câncer do cólon surge por meio de pólipos presentes na mucosa do intestino Cerca de 5 dos pólipos adenomatosos transformamse em adenocarcinoma após cerca de 10 anos de existência Em estágios iniciais a quimioterapia é o tratamento indicado em estágios mais avançados é necessário fazer colectomia retirada de parte do colo e colocação de uma colostomia uma abertura artificial no colo Acesse o link a seguir para ver uma página do UNASUS com conteúdo teórico e vídeo sobre caso clínico de um paciente com doença do sistema digestório httpsgooglw7k6RE TORTORA G J DERRICKSON B Corpo humano fundamentos de anatomia e fisiologia 10 ed Porto Alegre Artmed 2017 Leituras recomendadas CURY M Doenças do aparelho digestivo discussão do caso do Sr Fernando Disponível em httpproductionlatecufmsbrnewpmmu1a7html Acesso em 17 out 2018 MARTINI F H TIMMONS M J TALLITSCH R B Anatomia humana 6 ed Porto Alegre Artmed 2009 Referência 11 Sistema digestório órgãos e funções do trato gastrintestinal Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem Na Biblioteca Virtual da Instituição você encontra a obra na íntegra Conteúdo S a G A H SOLUÇÕES EDUCACIONAIS INTEGRADAS ANATOMIA APLICADA A ENFERMAGEM Andreia Orjana Ribeiro Coutinho Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações para prática clínica de enfermagem Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto você deve apresentar os seguintes aprendizados Determinar as funções dos ureteres da bexiga e da uretra Identificar a anatomia macroscópica dos componentes do trato urinário Descrever disfunções do trato urinário na anatomia masculina e na anatomia feminina Introdução O sistema urinário é importante para a formação da urina excreção de substâncias de escórias metabólicas entre outros Esse sistema inclui os dois rins dois ureteres a bexiga urinária e a uretra As inúmeras disfunções apresentadas pelos pacientes relacionadas com as anatomias masculina e feminina como infecções urinárias incontinência e retenção urinária requerem que a enfermagem atue na observação do aspecto do volume e da frequência da urina na realização de sondagem vesical quando necessário bem como na administração de antibióticos Neste capítulo você vai identificar a anatomia dos componentes do trato urinário as funções dos ureteres bexiga e uretra bem como compreender as disfunções do trato urinário nas anatomias masculina e feminina As funções dos ureteres da bexiga e da uretra O sistema urinário é formado por rins ureteres bexiga urinária e uretra Esse sistema desempenha inúmeras funções no nosso organismo e incluem Regulação da composição iônica sódio potássio cálcio fosfato e cloreto do sangue Regulação do pH do sangue excretam íons hidrogênio para a urina e preservam os íons bicarbonato Regulação do volume de sangue ajustam o volume por meio da conservação ou eliminação de água na urina Regulação da pressão arterial por meio do aumento ou da diminuição do volume de sangue por meio da secreção da enzima renina que ativa o sistema reninaangiotensinaaldosterona Manutenção da osmolaridade do sangue regula separadamente a perda de água e perda de solutos na urina Produção de hormônios o calcitriol homeostasia do cálcio e a eritropoietina estimula a produção de eritrócitos Regulação do nível sanguíneo de glicose gliconeogênese libera glicose no sangue Preservação dos nutrientes úteis evitando a excreção Excreção de escórias metabólicas e substâncias estranhas pela formação de urina amônia ureia bilirrubina creatinina e ácido úrico além de fármacos e toxinas Os ureteres a bexiga urinária e a uretra são estruturas do sistema urinário que não participam da formação da urina porém são os responsáveis pelo transporte pelo armazenamento e pela eliminação da urina Veremos agora suas funções com maiores detalhes Ureteres cada um deles transporta a urina da pelve renal de um rim para a bexiga urinária Por meio das contrações peristálticas das paredes musculares dos ureteres a urina é empurrada para a bexiga urinária variam em frequência de 1 a 5 por minuto dependendo da velocidade em que a urina está sendo formada A pressão hidrostática e a gravidade também contribuem Bexiga urinária serve como reservatório e faz o armazenamento da urina É na bexiga que ocorre o reflexo de micção que corresponde ao esvaziamento da bexiga urinária Uretra ela é a parte terminal do sistema urinário e a via de passagem para a descarga da urina do corpo Nos homens a uretra também libera o sêmen líquido que contém espermatozoides O processo de micção corresponde ao esvaziamento da bexiga urinária e é coordenado pelo reflexo de micção Quando o volume de urina na bexiga ultrapassa os 200 a 400 mL a pressão intravesical aumenta consideravel mente e distende as paredes da bexiga Receptores desse estiramento são ativados e fibras sensitivas dos nervos pélvicos conduzem impulsos gerados aos segmentos sacrais da medula espinhal Seus níveis de atividade aumen tados ativam neurônios motores parassimpáticos do segmento sacral da medula espinhal estimulam a contração da bexiga urinária e estimulam os interneurônios que transmitem sensações ao córtex cerebral Dessa forma adquirese consciência da pressão dos líquidos na bexiga urinária A micção voluntária envolve o relaxamento do músculo esfíncter externo da uretra e a facilitação subconsciente do reflexo de micção Quando o músculo esfíncter externo está relaxado o sistema nervoso autônomo promove o relaxamento do esfíncter interno da uretra por retroalimentação A tensão dos músculos abdominais e expiratórios aumenta a pressão abdominal e contribui para a compressão da bexiga Ao término de uma micção típica a bexiga urinária contém menos de 10 mL de urina Na ausência de relaxamento voluntário do músculo esfíncter externo da uretra o relaxamento reflexo de ambos os esfíncteres poderá finalmente ocorrer conforme a bexiga se aproxima de sua capacidade Na Figura 1 temos os órgãos e as estruturas do sistema urinário e as suas principais funções 3 Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações Figura 1 Estruturas do sistema urinário e suas funções Fonte Adaptado de Martini Timmons e Tallitsch 2009 p 695 A anatomia macroscópica dos componentes do trato urinário Os diversos órgãos que compõem o sistema urinário têm anatomia e estruturas diversas que descreveremos a seguir Os rins são um par de órgãos avermelhados em forma de feijão localizados logo acima da cintura entre o peritônio e a parede posterior do abdômen Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações 4 retroperitoneais O rim direito está discretamente mais baixo que o esquerdo por causa do fígado Um rim adulto normalmente tem de 10 a 12 cm de com primento 5 a 7 cm de largura e 3 cm de espessura Tem massa de 135 a 150 g A margem côncava de cada rim está voltada para a coluna vertebral Perto do centro da margem côncava está um recorte chamado hilo renal por meio do qual o ureter emerge do rim juntamente com os vasos sanguíneos vasos linfáticos e nervos Três camadas de tecido circundam cada rim cápsula fibrosa camada mais profunda que serve como uma barreira contra traumatismos e ajuda a manter a forma do rim cápsula adiposa camada intermediária que protege também o rim e ancorao firmemente na sua posição na cavidade abdominal e fáscia renal camada superficial que ancora o rim às estruturas vizinhas e à parede abdominal Um corte frontal através do rim mostra duas regiões distintas Córtex renal região vermelha clara superficial de aspecto granuloso É a camada mais externa do rim A produção da urina é iniciada em estruturas tubulares microscópicas chamadas de néfrons localizados no córtex renal Cada rim tem cerca de 1250000 néfrons com um comprimento combinado e sequencial de aproximadamente 145 km Medula renal região interna mais escura castanhaavermelhada Con siste em 6 a 18 estruturas triangulares ou cônicas diferenciadas chamadas pirâmides renais A base de cada pirâmide voltase ao córtex e o ápice ou a papila renal projetase no interior Cada pirâmide tem uma série de sulcos que convergem para a papila As partes do córtex renal que se estendem entre as pirâmides renais são chamadas de colunas renais Um lobo renal contém uma pirâmide renal a área do córtex renal que a envolve e tecidos adjacentes das colunas renais A produção de urina acontece nos lobos renais Ductos no interior de cada papila renal eliminam urina no interior de um dreno em forma de cálice denominado de cálice renal menor Cerca de quatro ou cinco cálices pequenos convergem para formar um cálice renal maior e estes combinamse entre si e formam a pelve renal que se continua com o ureter no hilo renal 5 Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações Na Figura 2 temos a anatomia do rim Figura 2 Anatomia do rim Fonte Adaptado de Martini Timmons e Tallitsch 2009 p 697 Ureteres são dois tubos retroperitoneais estreitos de paredes espessas variam de 1 e 10 mm têm de 25 a 30 cm de comprimento ao longo do seu trajeto entre a pelve renal e a bexiga O trajeto dos ureteres ao se aproximarem da parede da bexiga urinária difere entre homens e mulheres por causa de variações de natureza dimensões e posições dos órgãos genitais Na base da bexiga os ureteres se curvam medialmente e atravessam obliquamente a parede da face posterior da bexiga urinária Têm uma válvula fisiológica que à medida que a Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações 6 bexiga se enche com urina a pressão em seu interior comprime as aberturas oblíquas para os ureteres e impede o refluxo de urina Quando essa válvula não está funcionando corretamente microrganismos que estão na bexiga podem passar para os ureteres e acabar infectando os rins Três camadas de tecido formam a parede dos ureteres a túnica mucosa é a camada mais profunda e tem epitélio de transição e uma lâmina própria Ao longo da maior parte do comprimento dos ureteres o revestimento intermediário temos a túnica muscular que é constituída por camadas longitudinais internas e circulares externas de fibras musculares lisas O revestimento superficial dos ureteres é a túnica adventícia formada por uma camada de tecido conjuntivo areolar que contém vasos sanguíneos e linfáticos e nervos Bexiga urinária é um órgão muscular oco e distensível fica na cavidade pélvica posteriormente à sínfise púbica Nos homens é localizada entre o reto e a sínfise púbica já nas mulheres é anterior à vagina e inferior ao útero As pregas do peritônio mantêm a bexiga em sua posição É esférica quando está ligeiramente distendida por causa da urina tornase piriforme e ascende para a cavidade abdominal se com muito volume sendo achatada quando está vazia Tem a capacidade média de 700 a 800 mL sendo de tamanho menor nas mulheres por causa do útero No assoalho da bexiga há uma área triangular chamada de trígono da bexiga os dois cantos posteriores do trígono contêm os dois óstios dos ureteres no canto anterior tem o óstio interno da uretra Esse trígono atua como um funil que direciona a urina para o interior da uretra quando a bexiga urinária se contrai A parede da bexiga é formada por três camadas A primeira é a túnica mucosa a mais profunda composta por epitélio de transição e uma lâmina própria Depois há a túnica muscular ou músculo detrusor da bexiga formada por três camadas de fibras de músculo liso A contração desse músculo comprime a bexiga e expele o seu conteúdo para o interior da uretra Em torno da abertura da uretra as fibras circulares formam o músculo esfíncter interno da uretra Abaixo dele está o músculo esfíncter externo da uretra Por último sobre a face superior da bexiga está a túnica serosa camada de peritônio visceral Na Figura 3 temos a anatomia da bexiga 7 Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações Figura 3 Anatomia da bexiga Fonte Tortora e Derrickson 2016 p 541 Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações 8 Uretra é um pequeno tubo que vai do óstio interno da uretra no assoalho da bexiga urinária até o exterior do corpo Ela apresenta estrutura diferente entre homens e mulheres Apresentaremos a seguir a uretra masculina e feminina Uretra masculina se estende do óstio interno da uretra até o exterior mas o seu comprimento e a via de passagem através do corpo são con sideravelmente diferentes do que nas mulheres A uretra masculina pri meiro atravessa a próstata em seguida o músculo transverso do períneo e depois o pênis percorrendo uma distância de aproximadamente 20 cm Consiste um uma túnica mucosa profunda e uma túnica muscular superficial sendo dividida em três regiões anatômicas parte prostática que passa pela próstata parte membranácea porção curta que atravessa o músculo transverso profundo do períneo e parte esponjosa mais longa que atravessa o pênis Várias glândulas e outras estruturas associadas à reprodução liberam seus conteúdos na uretra masculina A parte prostática da uretra contém as aberturas dos ductos que transportam secreções da próstata das glândulas seminais e do ducto deferente Estes liberam os espermatozoides para a uretra e fornecem secreções que neutralizam a acidez do sistema genital feminino e contribuem para a mobilidade e a viabilidade dos espermatozoides Uretra feminina encontrase diretamente posterior à sínfise pública e tem 4 cm de comprimento A abertura da uretra para o exterior chamado de óstio externo da uretra está localizada entre o clitóris e a abertura vaginal A parede da uretra feminina é constituída por uma túnica mucosa profunda composta por epitélio e lâmina própria e uma túnica muscular superficial com fibras musculares lisas dispostas circularmente e é contínua com a da bexiga Na Figura 4 temos as pelves feminina e masculina 9 Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações Figura 4 Pelves feminina e masculina Fonte Adaptada de Martini Timmons e Tallitsch 2009 p 706 Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações 10 Disfunções do trato urinário nas anatomias masculina e feminina Os diferentes órgãos que compõem o trato urinário podem apresentar diversas alterações e patologias Essas disfunções podem estar relacionadas com as anatomias masculina e feminina que apresenta diferenças importantes Serão abordadas aqui a incontinência urinária a retenção urinária a infecção do trato urinário a uretrite a cistite a estenose de uretra e a obstrução urinária Incontinência urinária é a falta de controle voluntário sobre a micção Existem quatro tipos de incontinência urinária Incontinência urinária por estresse é o tipo mais comum de incontinência em mulheres jovens e de meiaidade Resulta da fraqueza dos músculos profundos do assoalho pélvico e apresenta perda de urina quando a pessoa realiza algum esforço que aumente a pressão abdominal como tosse espirro risada exercícios levantar objetos pesados e gestação Incontinência urinária de urgência é a mais comum em pessoas idosas em que ocorre o desejo súbito e intenso de urinar seguido por perda involuntária de urina Entre as causas estão a irritação da parede da bexiga urinária por infecção ou cálculo renal acidente vascular cerebral AVC esclerose múltipla lesão raquimedular e ansiedade Incontinência por transbordamento quando ocorre perda involuntária de pequenos volumes de urina causada por algum tipo de bloqueio no homem com próstata aumentada de tamanho ou cálculos renais ou contrações fracas da musculatura da bexiga urinária ela fica sobrecarregada e a pressão no seu interior aumenta até que pequenos volumes de urina gotejem para fora Incontinência funcional é a perda de urina decorrente da incapacidade de chegar até ao banheiro a tempo como resultado de condições como AVC artrite grave e doença de Alzheimer Os tratamentos da incontinência urinária dependerão do diagnóstico do tipo de incontinência e podem ser por meio de exercícios de fortalecimento muscular treinamento da bexiga medicação cirurgia e em casos de incontinência de transbordamento pode ser necessária a passagem de sonda vesical pelo enfermeiro para drenagem do excesso de urina que está retida na bexiga Retenção urinária é uma falha em expelir completa ou normalmente a urina Pode ser em decorrência de obstrução da uretra ou do colo da bexiga por cálculo ou tumor contração nervosa da uretra ou falta de vontade de urinar Salientase que nos homens a próstata aumentada hiperplasia benigna de próstata HBP ou câncer de próstata pode comprimir a uretra e causar a retenção urinária Em relação ao tratamento este dependerá da causa pode ser medicamentoso cirúrgico para retirada da próstata de cálculo ou tumor ou ainda se for retenção prolongada também é indicada a sondagem vesical para drenagem da urina retida Infecção do trato urinário resultam da formação de colônias de bactérias ou fungos no trato urinário sendo a Escherichia coli a mais comum Essa bactéria está presente no trato digestório e as mulheres são mais suscetíveis às infecções do trato urinário pela proximidade do óstio externo da uretra e do ânus A própria relação sexual pode levar essa bactéria para a uretra e atingir a bexiga urinária pelo fato de a uretra da mulher ser curta Outra condição bem comum que leva bactéria do ânus para a uretra é a forma de a mulher se limpar após evacuação pois deve sempre ser da frente para trás e nunca ao contrário Quando ocorre inflamação da parede da uretra chamamos de uretrite se for inflamação da bexiga urinária chamamos de cistite Podem ser acometidas as duas estruturas Essa condição pode ser assintomática ou causar dor ao urinar disúria ardência e urgência miccional e levar à urina com sangue O tratamento é com antibioticoterapia Devese orientar ao paciente ingerir bastante água fazer higiene perineal da frente para trás e evitar ficar muitas horas sem urinar Casos reincidentes graves ou não tratados podem levar os germes ao ureter à pelve renal pielite e até ao córtex e à medula renal pielonefrite Estenose uretral pode acometer ambos os sexos porém é mais prevalente no sexo masculino As principais causas são as infecções urinárias e os traumas da uretra por batidas manipulação ou sondagem vesical O indivíduo apresenta normalmente jato da urina espraiado gotejamento da urina após a micção aumento da frequência miccional nictúria acordar à noite com frequência para urinar ardência ao urinar e incontinência urinária O tratamento pode ser clínico por procedimento de dilatação de uretra e cirurgia Obstrução uretral ocorre mais nos homens particularmente aqueles com mais de 60 anos Estes são provavelmente os mais afetados porque à medida que os homens envelhecem a glândula da próstata tem a tendência a aumentar Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações 12 de tamanho como na hiperplasia prostática benigna ou no câncer de próstata acabando em bloquear o fluxo de urina O deslocamento de um cálculo renal pode também causar a obstrução uretral Independentemente da causa a principal consequência dessa disfunção é a retenção urinária necessitando de tratamento cirúrgico ou sondagem vesical Acesse o link a seguir para visitar uma página com orien tações de cuidados que as mulheres devem ter para evitar a infecção urinária SAMAD 2014 httpsgooglXpcX9c MARTINI F H TIMMONS M J TALLITSCH R B Anatomia humana 6 ed Porto Alegre Artmed 2009 SAMAD A Atenção mulheres infecção urinária não tratada pode apresentar riscos Portal do Holanda S l 24 jul 2014 Disponível em httpsgooglXpcX9c Acesso em 17 out 2018 TORTORA G J DERRICKSON B Corpo humano fundamentos de anatomia e fisiologia 10 ed Porto Alegre Artmed 2016 Leitura recomendada COSTA A L J EUGENIO S C F Cuidados de enfermagem Porto Alegre Artmed 2014 13 Sistema urinário anatomia dos rins e do sistema urinário considerações Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem Na Biblioteca Virtual da Instituição você encontra a obra na íntegra Conteúdo ANATOMIA APLICADA À ENFERMAGEM Márcio Haubert Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto você deve apresentar os seguintes aprendizados Identificar os componentes anatômicos e as funções do sistema nervoso central e periférico Definir os componentes anatômicos e as funções do sistema nervoso autônomo Relacionar os aspectos morfofuncionais do sistema central periférico e autônomo com aspectos clínicos Introdução O sistema nervoso é considerado o mais complexo sistema do corpo humano Ele merecidamente recebe esse título pelo fato de ter a capacidade e a versatilidade de transmitir um rápido fluxo de informações em alta velocidade de processamento Todas essas atividades são chamadas de sinapses nervosas e ocorrem por meio de atividades elétricas que perpassam os neurônios células funcionais desse sistema O sistema nervoso é composto pelo sistema nervoso central SNC e pelo sistema nervoso periférico SNP O SNP recebe outras subdivisões que serão apresentadas ao decorrer do conteúdo Neste capítulo você conhecerá as estruturas anatômicas e fisiológicas do sistema nervoso central e periférico identificando as mesmas características do sistema nervoso autônomo e relacionando o conteúdo anatômico estudado com os aspectos clínicos relevantes para a prática da enfermagem Sistema nervoso O sistema nervoso é o mais complexo e importante sistema orgânico que existe nos seres humanos Sua função é receber informações sobre variações internas e externas e com isso produzir respostas a essas variações o que garante ao corpo humano a homeostase proporcionando e favorecendo o bom funciona mento sistêmico Também tem como função o ajustamento do organismo ao ambiente por meio da identificação das condições ambientais externas bem como das condições existentes dentro do próprio corpo elaborando respostas que o adaptem a essas condições Fica incumbido ao sistema nervoso além das funções de mobilidade e sensibilidade as funções superiores do organismo como processamento e armazenamento da memória capacidade de aprendizado funções intelectuais processos de pensamento e características de personalidade Toda a atividade do sistema nervoso depende das células nervosas conhe cidas como neurônios O neurônio é a menor unidade funcional do sistema nervoso A transmissão dos impulsos nervosos possibilita a troca de informa ções e ocorre por meio das sinapses As sinapses correspondem às ligações que um neurônio tem com outro transmitindo assim os impulsos nervosos Figura 1 As sinapses podem ocorrer entre os neurônios sinapses neuronais entre neurônios e músculos junções neuromusculares e entre neurônios e glândulas sinapses neuroglandulares como mostra a Figura 2 Os axônios de maior diâmetro possuem uma bainha que envolve os tratos nervosos do sistema nervoso central e periférico Conhecida com bainha de mielina ela tem por função proteger o axônio e promover a aceleração da velocidade de condução do estímulo elétrico Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso 2 Figura 1 Anatomia de um neurônio Fonte Martini Timmons e Tallitsch 2009 p 349 3 Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Figura 2 Tipos de sinapses Fonte Martini Timmons e Tallitsch 2009 p 349 A organização do sistema nervoso ocorre da seguinte maneira Sistema nervoso central SNC Sistema nervoso periférico SNP Encéfalo Medula espinal Cérebro Cerebelo Tronco encefálico Mesencéfalo Ponte Bulbo Simpático Parassimpático Nervos cranianos 12 pares Nerbos espinais 31 pares Autônomo Somático Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso 4 Sistema nervoso central Os órgãos do SNC estão localizados dentro do esqueleto axial e são protegidos pela caixa craniana e pelo canal vertebral O SNC é composto pelos seguintes órgãos e estruturas Encéfalo Em adultos tem peso aproximado de 14 kg dividido em três partes cérebro cerebelo e tronco encefálico Figura 3 A seguir conheça cada uma dessas estruturas Cérebro constitui 90 da massa encefálica apresentando uma superfície bastante pregueada que possibilita um aumento considerável da superfície cerebral As principais funções do cérebro são controle das sensações execução de atos conscientes e voluntários movimentos pensamentos memória inteligência aprendizagem recebimento e interpretação dos sentidos e manutenção do equilíbrio Apresenta um córtex camada externa que abriga a substância cinzenta contendo os corpos neuronais Em sua região interna abriga a substância branca que contém dendritos e axônios de neurônios O cérebro é dividido em dois hemisférios cerebrais o direito e o esquerdo Eles estão conectados por um feixe de filamento nervoso conhecido como corpo caloso que permite a comunicação entre os dois hemisférios transmitindo diferentes informações como por exemplo a memória e o aprendizado O cérebro humano é dividido ainda em lobo frontal lobo temporal lobo parietal lobo occipital e lobo da ínsula conforme veremos a seguir Lobo frontal controla o sentimento de afeto a personalidade o raciocínio e a inibição de impulsos comportamentais Ele também responde pela função motora e pela associação da fala por meio da área de Broca Estendese do polo anterior do cérebro até o sulco central É composto por três superfícies Superfície superolateral apresenta três sulcos sulco précentral frontal superior frontal inferior que delimitam os giros précentral frontal superior frontal médio e frontal inferior Superfície medial estendese até o sulco cingulado e posteriormente por uma linha imaginária que o liga ao topo do sulco central Na parte inferior é contínuo com a parte orbital do lobo frontal que tem essa designação por estar localizada sobre a órbita A zona demarcada pelo sulco do cíngulo superiormente à circunvolução cingulada é com exceção da extremidade posterior parte do lobo frontal Superfície inferior contendo a parte inferior orbital e abrigando o giro orbital o bulbo olfativo e o giro reto Lobo parietal lobo puramente sensitivo que realiza a interpretação das sensações Atua também na consciência corporal no espaço e na recepção sensorial principalmente em sensações de dor tato gustação temperatura e pressão Possui uma superfície superolateral dividida pelos sulcos póscentral e intraparietal contendo três prin cipais áreas giro póscentral lobo parietal superior e lobo parietal inferior Apresenta uma superfície medial delimitada pelos sulcos subparietal e calcarino e pelo sulco parietoccipital Lobo temporal abriga os sentidos do paladar olfato e audição além de armazenar as memórias de curto prazo Esse lobo apre senta uma superfície superolateral que abriga o sulco temporal superior e o sulco temporal inferior Contém em sua superfície o giro temporal superior o giro temporal médio e o giro temporal inferior Lobo occipital responsável pela visão e pela interpretação das sen sações visuais O lobo occipital é rodeado anteriormente pelo lobo parietal e pelo lobo temporal em ambas as superfícies lateral e medial do hemisfério Localizase posteriormente a uma linha imaginária que une a incisura préoccipital ao sulco parietoccipital repousando sobre a tenda do cerebelo Lobo da ínsula lobo profundo que fica ao fundo do sulco lateral no encéfalo Apresenta forma triangular com vértice inferoanterior estando separado dos lobos vizinhos por sulcos préinsulares É portador de cinco giros curtos e longos Faz parte do sistema límbico e coordena quaisquer emoções além de ser responsável pelo paladar Na região inferior do cérebro existem duas importantes estruturas o tálamo e o hipotálamo No tálamo ocorre a reorganização dos estímulos nervosos e a percepção sensorial que denota a consciência O hipotálamo atua no controle do sistema autônomo na regulação dos processos de sede e fome no processo Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso 6 de contração muscular liso e cardíaco nos processos relacionados ao desejo sexual na regulação dos estados de consciência e ritmos circadianos e na regulação de secreção de diversas glândulas que produzem hormônios além de agir no controle de vários hormônios da hipófise Cerebelo localizado na fossa posterior do encéfalo é o responsável pelo equilíbrio do corpo pelo tônus e vigor muscular pela orientação espacial e pela coordenação dos movimentos O cerebelo é dividido em três porções 1 Arqueocerebelo Corresponde ao lobo flóculo nodular É o centro de equilíbrio e recebe informações dos núcleos vestibulares feixe vestibulocerebral 2 Paleocerebelo Corresponde ao lobo anterior É o centro de tratamento de informação proprioceptiva Regula o tônus muscular e a postura As vias aferentes são as da sensibilidade proprioceptiva feixes espinhocerebelares posterior e anterior 3 Neocerebelo Lobo posterior responsável pela coordenação de movimentos finos Apresentase em relação com o córtex cerebral através da via corticopontocerebelosa aferente e do feixe dentatorubrotalâmicocortical eferente O cerebelo é constituído também pelas seguintes estruturas os vérmis do superior ao inferior língua lóbulo central cúlm en declive folium túber pirâmide úvula e nódulo e as fissuras fissuras após o vérmis língua précentral préculminar prima pósclival horizontal prépiramidal póspiramidal e posterolateral O cerebelo apresenta os seguintes lobos Lobo flóculonodular ou vestibulocerebelo envolvido com a manutenção do equilíbrio importante para a manutenção do equilíbrio e postura Lobo anterior esse lobo está mais relacionado com a postura o tônus muscular e o controle da coordenação dos membros inferiores principalmente da marcha Lobo posterior ou neocerebelo envolvido com a coordenação dos movimentos finos iniciados pelo córtex cerebral Tronco encefálico localizado entre a medula e o diencéfalo situandose ventralmente ao cerebelo conecta a medula espinal com as estruturas encefálicas localizadas superiormente A substância branca do tronco encefálico possui estruturas que recebem e enviam informações motoras e sensitivas para o cérebro e também as provenientes dele Dentro da substância branca do tronco encefálico encontramse massas de substância cinzenta denominadas núcleos que exercem efeitos sobre a pressão sanguínea e a respiração No tronco encefálico entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas formando feixes denominados tratos fascículos ou lemniscos Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou imitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos Dos 12 pares de nervos cranianos 10 fazem conexão com o tronco encefálico Essa região é responsável pelo controle da respiração dos batimentos cardíacos e pela vasoconstrição dos vasos sanguíneos O tronco encefálico dividese em mesencéfalo ponte e bulbo e a seguir estão descritas algumas de suas funções Mesencéfalo responsável pela recepção e coordenação do grau de contração dos músculos e pela postura corporal Ponte responsável pela manutenção da postura corporal pelo equilíbrio do corpo e pelo tônus muscular Bulbo responsável pelo controle dos batimentos cardíacos dos movimentos respiratórios e da deglutição Medula espinal cilindro esguio formado por tecido nervoso que vai do tronco cerebral até a primeira vértebra lombar Figura 4 de onde partem 31 pares de nervos espinais Tem como função transmitir informações sensoriais da periferia ao cérebro retransmitindo reações motoras do cérebro aos nervos Também é responsável por atos reflexos como o reflexo medular em que ocorrem respostas rápidas em situações de emergência sem a interferência do encéfalo Figura 3 Encéfalo divisões e estruturas Fonte Martini Timmons e Tallitsch 2009 p 399 Giro póscentral LOBO PARIETAL LOBO OCCIPITAL Cerebelo Bulbo Ponte LOBO TEMPORAL Ramos da artéria cerebral média emergido do sulco lateral Sulco lateral LOBO FRONTAL do hemisfério cerebral esquerdo Sulco central Giro précentral Córtex motor primário giro précentral Área de associação motora somática córtex prémotor Afastador LOBO FRONTAL afastadorpara expor o lobo insular Córtex préfrontal Córtex gustativo Lobo insular Sulco lateral Córtex olfatório LOBO TEMPORAL afastado para mostrar o córtex olfatório Córtex auditivo Área de associação auditiva Córtex visual LOBO OCCIPITAL Área de associação visual Área de associação sensitiva somática LOBO PARIETAL Córtex sensitivo primário giro póscentral Sulco central 9 Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Figura 4 O cérebro a medula espinal e os principais nervos espinais Fonte Adaptada de VectorMineShutterstockcom Plexo braquial Nervo musculocutâneo Nervo radial Nervo subcostal Nervo mediano Nervo íliohipogástrico Nervo ulnar Nervo fbular comum Nervo fbular profundo Nervo fbular superfcial Cérebro Cerebelo Medula espinal Nervo intercostal Plexo lombar Plexo sacral Nervo femural Nervo pudendo Nervo ciático Nervo safeno Nervo tibial Meninges são três membranas de tecido conjuntivo que envolvem o sistema nervoso central Recebem os nomes de duramáter aracnoide máter e piamáter Elas têm a função de fornecer proteção ao SNC Figura 5 Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso 10 Figura 5 Vista lateral do encéfalo mostrando a organização das meninges Fonte Martini Timmons e Tallitsch 2009 p 392 11 Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Sistema nervoso periférico O SNP é formado por nervos gânglios nervosos e terminações nervosas Essas terminações são responsáveis por captar informações sensoriais como dor tato frio pressão calor e paladar Nervos São cordões esbranquiçados formados por feixes de fibras nervosas oriundas de vários axônios de neurônios reforçados por tecido conjuntivo que unem o SNC aos órgãos periféricos Eles transmitem mensagens de várias partes do corpo para o SNC ou deste para as regiões corporais São classificados da seguinte maneira Quanto ao tipo de neurônio sensitivos ou aferentes que contêm apenas neurônios sensitivos motores ou eferentes que contêm apenas neurônios motores mistos que contêm neurônios sensitivos e motores Quanto à posição anatômica nervos cranianos são doze pares conectados ao encéfalo nervos espinais são trinta e um pares conectados à medula espinal Gânglios nervosos São aglomerados de corpos celulares de neurônios encontrados fora do SNC Estão localizados junto aos nervos próximos da coluna vertebral Possuem a função de estações de interligação entre neurônios e demais estruturas corporais Terminações nervosas Essas estruturas localizadas ao final dos nervos realizam a captação de estímulos sensitivos e motores do meio interno ou externo conduzindoos para o SNC O SNP é dividido da seguinte maneira Sistema nervoso voluntário ou somático realiza ações conscientes como andar falar pensar e movimentar membros Ele é formado por nervos motores que conduzem impulsos do sistema nervoso central para a musculatura estriada esquelética Sistema nervoso autônomo realiza ações inconscientes e involuntárias como a digestão e os batimentos cardíacos É formado por nervos motores que conduzem os impulsos do sistema nervoso central para a musculatura lisa dos órgãos viscerais músculos cardíacos e glândulas Ele está dividido em dois sistemas sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes estão presentes em pares e são aqueles que realizam conexões diretas com o encéfalo Veja no quadro a seguir cada um dos seus pares e suas principais funções Nervo Função I Olfatório Sensitiva Percepção do olfato II Óptico Sensitiva Percepção visual III Oculomotor Motora Controle do movimento ocular do esfíncter da íris e do músculo ciliar IV Troclear Motora Controle dos movimentos do olhos V Trigêmeo Mista Controle dos músculos faciais mímica facial ramo motor percepções sensoriais da face dos seios da face e dos dentes ramo sensitivo VI Abducente Motora Controle dos movimentos dos olhos VII Facial Sensitiva Controle dos músculos faciais mímica facial ramo motor percepção gustativa do terço anterior da língua ramo sensitivo VIII Vestibulococlear Mista Percepção postural originária do labirinto ramo vestibular percepção auditiva ramo coclear IX Glossofaríngeo Mista Percepção gustativa do terço posterior da língua percepções sensoriais da faringe laringe e glote X Vago Mista Percepções sensoriais das orelhas faringe laringe tórax vísceras inervações das vísceras torácicas e abdominais XI Acessório Motora Controle motor da faringe da laringe do palato dos músculos esternocleidomastóideos e hióideos XII Hipoglosso Motora Controle dos músculos da língua 13 Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Sistema nervoso autônomo É conhecido também como vegetativo ou visceral formado por nervos motores que conduzem os impulsos do sistema nervoso central para a musculatura lisa dos órgãos viscerais músculos cardíacos e glândulas Esse sistema controla a digestão o sistema cardiovascular além dos sistemas excretor e endócrino O sistema nervoso autônomo é dividido em outros dois sistemas sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático De uma maneira ampliada podemos dizer que esses dois sistemas realizam funções contrárias ou antagônicas em que um atua corrigindo o excesso do outro buscando um sistema de compensação e equilíbrio Por exemplo o sistema simpático acelera os batimentos cardíacos para além do normal e o sistema parassimpático entra em ação diminuindo o ritmo cardíaco O SNP autônomo simpático estimula ações que exigem energia possibilitando ao organismo responder a situações estressantes e de vigília Assim o sistema simpático realiza a aceleração dos batimentos cardíacos o aumento da pressão arterial o aumento glicêmico sanguíneo e a ativação do metabolismo geral do corpo Em contrapartida o SNP autônomo parassimpático tem a responsabilidade de estimular as atividades de relaxamento como a diminuição do ritmo cardíaco e da pressão arterial entre outras Uma das principais diferenças entre os nervos simpáticos e parassimpáticos é que as fibras pósganglionares dos dois sistemas geralmente secretam diferentes hormônios O hormônio secretado pelos neurônios pósganglionares do sistema nervoso parassimpático é a acetilcolina razão pela qual esses neurônios são chamados de colinérgicos Os neurônios pósganglionares do sistema nervoso simpático secretam principalmente noradrenalina e por conta disso a maioria deles é chamada de neurônios adrenérgicos As fibras adrenérgicas ligam o sistema nervoso central à glândula suprarrenal promovendo aumento da secreção de adrenalina hormônio que produz a resposta de luta ou fuga em situações de estresse Os hormônios acetilcolina e noradrenalina são capazes de estimular alguns órgãos e inibir outros de maneira antagônica Com isso quando são estimulados os centros simpáticos cerebrais excitam ao mesmo tempo a maioria dos nervos simpáticos preparando o corpo para lutar ou fugir Fora as excitações citadas algumas condições fisiológicas podem estimular partes localizadas desse sistema Como exemplo temos Reflexos calóricos o calor que age sobre a pele provoca um reflexo que percorre a medula espinal e retorna a ela causando dilatação dos vasos sanguíneos cutâneos A vasodilatação superficial da pele também pode ocorrer graças ao sangue aquecido que passa através do centro de controle térmico do hipotálamo Exercícios o exercício físico estimula o metabolismo dos músculos causando um efeito local de dilatação dos vasos sanguíneos musculares Contudo ao mesmo tempo o sistema simpático tem efeito vasoconstritor para a maioria das outras regiões do corpo A vasodilatação muscular permite que o sangue flua facilmente pelos músculos garantindo sua nutrição e oxigenação enquanto a vasoconstrição diminui o fluxo sanguíneo em todas as regiões do corpo exceto no coração e no cérebro garantindo maior suporte sanguíneo aos músculos que estão em atividade Isso ocorre porque nas junções neuromusculares bem como nos gânglios do SNPA simpático e parassimpático acontecem sinapses químicas entre os neurônios préganglionares e pósganglionares Nesses dois casos exemplificados o neurotransmissor é a acetilcolina A acetilcolina atua nas dobras da membrana aumentando a sua permeabilidade aos íons sódio que passam para o interior da fibra despolarizando essa área da membrana do músculo e promovendo a contração muscular Quase imediatamente após a acetilcolina ter estimulado a fibra muscular ela é destruída o que permite a despolarização da membrana e com isso o relaxamento muscular que não permite uma contração prolongada Saiba mais Diferenças entre os sistemas nervosos simpático e parassimpático Sistema nervoso autônomo Simpático Parassimpático Fibra préganglionar Curta Longa Fibra pósganglionar Longa Curta Origem dos nervos Região torácica e lombar da medula somente nervos espinais Região cervical nervos cranianos e região sacral da medula nervos espinais Mediador químico Fibras préganglionares acetilcolina Fibras pósganglionares adrenalina Fibras préganglionares acetilcolina Fibras pósganglionares acetilcolina Modificações fisiológicas no sistema nervoso O sistema nervoso principalmente o SNC é o sistema corporal mais comprometido com o envelhecimento Sua degeneração morfofisiológica causa modificações nas sensações nos movimentos na memória nas relações humanas além de afetar as funções fisiológicas autônomas A degeneração do sistema nervoso é um processo normal que começa a acontecer a partir dos 30 anos de idade causando diminuição do volume encefálico Com isso ocorrem alterações como redução do número de neurônios redução da velocidade de condução nervosa redução da intensidade dos reflexos restrição das respostas motoras do poder de reações e da capacidade de coordenações Sabese que existe uma perda de 10 a 20 de massa no córtex cerebral entre os 30 e 90 anos de vida Outras partes do cérebro no mesmo período podem ter um prejuízo de até 50 Com isso o processo de envelhecimento cerebral vai gradativamente diminuindo a atividade bioquímica afetando diretamente a ação dos neurotransmissores Além disso ocorre decréscimo no número de neurônios causando variados prejuízos pois em algumas regiões pode haver uma mínima perda celular e em outras maiores perdas neuronais FECHINE TROMPIERI 2012 Além de diminuir seu peso tamanho e volume o cérebro apresenta alargamentos dos sulcos atrofia mais acentuada nos lobos frontal e parietais além do aparecimento de placas senis Com isso seu envelhecimento causa falhas na memória e diminuição de velocidade no processamento de informações Essas perdas podem ser compensadas com reservas intelectuais com experiências acumuladas e com a manutenção das capacidades por meio de exercícios de raciocínio linguagem e espaço corporal Atividades que instigam a memória a coordenação motora bem como os exercícios físicos também são fundamentais para auxiliar o processo de envelhecimento cerebral É preciso destacar que a perda da memória não se dá apenas por lesões estruturais mas pode ocorrer graças a disfunções fisiológicas e não por perda neuronal Atualmente a ciência já sabe que apesar de não ser capaz de recuperar os neurônios perdidos existem elementos que podem diminuir o impacto das alterações do envelhecimento como por exemplo processo de redundância há uma substituição de neurônios deteriorados por outros que não eram usados mecanismos compensadores geralmente ocorre em casos de lesões cerebrais em que o cérebro utiliza outro local cerebral para reaprender a realizar a atividade perdida processo de plasticidade ocorre devido ao poder que os neurônios maduros com sua rede de dendritos têm de desenvolver e formar novas sinapses possibilitando a formação de novos circuitos sinápticos Com o passar dos anos a idade avança e com isso é normal que ocorra o encurtamento do tempo de sono acarretando certa mudança de humor e também uma queda das atividades motoras e intelectuais No quesito memória acontece um enfraquecimento para fatos recentes mas isso tudo pode variar em cada indivíduo além de estar relacionado com o estilo de vida Alterações como tremores tiques afasia tontura e astenia podem ocorrer fisiologicamente em idosos mas é importante uma adequada investigação clínica para descartar qualquer patologia associada MORAES MORAES LIMA 2010 Entre as principais patologias sinais e sintomas que podem confundirse com o envelhecimento fisiológico podemos citar crise convulsiva eou epilepsia distúrbios da gustação e do olfato acidente vascular encefálico demências doença de Alzheimer doença de Parkinson hematoma intracraniano ou subdural após traumas encefalites bacterianas virais ou fúngicas tumores cerebrais raros na terceira idade mas podem ocorrer como metástase de câncer de outro órgão neuropatias ou neurites do sistema nervoso periférico comum em pacientes diabéticos ou alcoólicos neurite herpética importante neuropatia causada pelo vírus herpes zoster polirradiculite que causa a inflamação de vários nervos ao mesmo tempo tumores de coluna ou hérnias de disco que podem comprimir inervações raquidianas dor ciática síndrome do túnel do carpo devido à compressão de nervos do punho nevralgias com destaque para a nevralgia do trigêmeo Por fim o envelhecimento é um processo fisiológico que acomete todos aqueles que experimentam a terceira idade Cabe aos profissionais de saúde a compreensão desse processo a fim de oferecer a devida avaliação identificando o que realmente é normal e o que pode estar indicando algum sinal ou sintoma de alteração clínica do sistema nervoso Para saber mais sobre o sistema nervoso acesse o link ou código a seguir httpsgoogl7YMbKS A seguir conheça algumas informações verdadeiras e outras falsas sobre a memória O ato de ler é uma fonte de saúde mental e de estímulo cerebral VERDADE Todos os casos de perda de memória e esquecimento são patológicos FALSO Ter hábitos que envolvam os relacionamentos sociais é uma fonte de felicidade prazer e boa saúde cerebral VERDADE Não há nada que se possa fazer para melhorar e preservar a memória FALSO Atividades físicas são excelentes para a melhora das funções cerebral e motora VERDADE Idosos sempre apresentarão memória curta e ruim FALSO FECHINE B R A TROMPIERI N O processo de envelhecimento as principais alterações que acontecem com o idoso com o passar dos anos InterSciencePlace v 1 n 20 p 108194 2012 MARTINI F H TIMMONS M J TALLITSCH R B Anatomia humana 6 ed Porto Alegre Artmed 2009 Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso 18 MORAES E N MORAES F L LIMA S P P Características biológicas e psicológicas do envelhecimento Revista Médica de Minas Gerais v 20 n 1 p 6773 janmar 2010 Leituras recomendadas HANKIN M H MORSE D E BENNETTCLARKE C A Anatomia clínica uma abordagem por estudos de casos Porto Alegre AMGH 2015 JUBILUT P Sistema nervoso 2017 Disponível em httpswwwyoutubecomwatchv prsDDgcJM Acesso em 17 out 2018 MALAGHINI M Fisiologia online Disponível em httpwwwoocitiesorgmalaghini fisiohtml Acesso em 17 out 2018 MIRANDAVILELA A L Anatomia e fisiologia humanas c2018 Disponível em https afhbiobr Acesso em 17 out 2018 MONTANARI T Histologia texto atlas e roteiro de aulas práticas 3 ed Porto Alegre Ed do Autor 2016 Disponível em httpwwwufrgsbrlivrodehistopdfslivrodehisto pdf Acesso em 17 out 2018 TORTORA G J DERRICKSON B Corpo humano fundamentos de anatomia e fisiologia 10 ed Porto Alegre Artmed 2017 VANPUTTE C REGAN J RUSSO A Anatomia e fisiologia de Seeley 10 ed Porto Alegre AMGH 2016 19 Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem Na Biblioteca Virtual da Instituição você encontra a obra na íntegra Conteúdo SAGAH SOLUÇÕES EDUCACIONAIS INTEGRADAS FISIOLOGIA APLICADA A FISIOTERAPIA Isadora Rebolho Sisto Sinapses e sistema sensorial Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto você deve apresentar os seguintes aprendizados Identificar as estruturas relacionadas às sinapses neurais e ao sistema sensorial Reconhecer os eventos relacionados à sinapse com estímulos inibitórios e excitatórios Discutir o funcionamento do sistema sensorial e a sua relação diante de estímulos do meio ambiente Introdução O sistema nervoso SN humano tem várias funções para que haja o perfeito funcionamento do organismo Além de executar tarefas específicas ele atua em conjunto com outros órgãos do corpo humano auxiliandoos em seu funcionamento A unidade básica do SN é o neurônio o qual tem células neurais que conduzem e transmitem mensagens em um único sentido de uma região a outra A comunicação entre eles é feita pela sinapse que é a articulação de um neurônio com o outro o que possibilita a passagem do impulso de uma célula a outra Estímulos e diversos tipos de informações são captados por receptores sensitivos também conhecidos como neurônios receptores ou aferentes do nosso corpo Um ferimento na pele uma inflamação o aumento e a diminuição de temperatura externa e até mesmo um simples arranhão são captados por esses receptores Os neurônios sensitivos levam quase que instantaneamente essas informações e esses estímulos para o encéfalo eou medula espinal Dessa forma o SN recebe o estímulo e analisa e processa a informação enviandoa ao cérebro logo em seguida ele executa uma ação em prol do organismo O interessante é que todo esse processo ocorre em milésimos de segundo Um exemplo da rapidez desse processo é quando tocamos em uma panela quente sentimos a dor e tiramos a mão dela imediatamente Neste capítulo você irá relacionar como nosso organismo capta as diversas informações vindas dos ambientes externo e interno envia e processa as informações no SN e como age a partir disso Estruturas relacionadas às sinapses neurais e ao sistema sensorial O impulso nervoso que percorre a célula nervosa se dá por modificações quími cas e elétricas que ocorrem em seu meio interno A célula nervosa em repouso é eletricamente polarizada sendo o interior negativo e o exterior positivo Quando um estímulo é aplicado a uma célula a membrana é despolarizada no local da estimulação Essa região se repolariza e a região seguinte despolariza Ao ocorrer uma onda de despolarização e repolarização da membrana celular essa atividade elétrica é transmitida a outras células por meio de sinapses fenômeno conhecido como potencial de ação BARRETT et al 2014 A sinapse é a região localizada entre neurônios na qual agem os neuro transmissores ou seja é por intermédio dela que a informação é transmi tida de uma célula a outra Os neurônios têm diferentes tamanhos e formas A maioria dos neurônios apresenta as mesmas partes conforme ilustrado na Figura 1 com o neurônio motor típico VANPUTTE REGAN RUSSO 2017 Figura 1 Estrutura do neurônio Fonte Barret et al 2014 Corpo celular soma Segmento inicial do axônio Nodo de Ranvier Célula de Schwann Botões terminais Dendritos Núcleo Cone axonal O neurônio motor típico é composto por corpo celular soma com um núcleo várias terminações denominadas dendritos e um axônio longo e fibroso que tem origem no cone axonal A primeira porção do axônio é chamada Sinapses e sistema sensorial 2 de segmento inicial A partir das células de Schwann formase uma bainha de mielina que circunda o axônio exceto em suas terminações e nos nodos de Ranvier Os botões terminais estão localizados nas terminações axonais BARRETT et al 2014 O corpo celular ou soma contém o núcleo e é o centro metabólico do neurônio Os neurônios apresentam várias terminações dendritos que se estendem para fora a partir do corpo celular e se ramificam extensamente O neurônio também apresenta um axônio fibroso longo que se origina em uma região um tanto espessa no corpo celular um cone axonal O axônio se divide nos terminais présinápticos e cada um destes termina em diversos botões sinápticos ou botões terminais A bainha de mielina é uma capa de tecido adiposo que protege suas células nervosas envolvendo o axônio Vários processos emanam do corpo do axônio por isso eles são classificados em unipolares bipolares ou multipolares COSTANZO 2011 LANDOWNE 2011 Figura 2 Figura 2 Tipos básicos de neurônio Fonte Shilverthorn et al 2017 p 230 Categorias funcionais Neurônios sensoriais Interneurônios do SNC Neurônios eferentes Sentidos somáticos Dendritos Neurônios da olfação ou da visão Células de Schwann Axônio Axônio Dendritos Axônio Axônio Dendritos Colaterais Terminal axonal Categorias estruturais Pseudounipolar Bipolar Anaxônico Multipolar a Os neurônios pseudounipolares têm um único processo chamado de axônio Durante o desenvolvimento o dendrito fundiuse com axônio b Os neurônios bipolares têm duas fbras relativamente iguais se estendendo a partir do corpo celular central c Os interneurônios anaxônicos do SNC não têm nenhum axônio aparente d Os interneurônios multipolares do SNC são muito ramifcados mas não têm extensões longas e Um neurônio eferente multipolar típico tem de 5 a 7 dendritos cada um se ramifcando de 4 a 6 vezes Um único axônio longo pode ramifcarse diversas vezes e terminar nos terminais axonais alargados 3 Sinapses e sistema sensorial Em geral os neurônios apresentam quatro zonas principais o receptor ou zona dendrítica na qual são integradas as múltiplas mudanças no potencial local geradas pelas conexões sinápticas um sítio em que os potenciais de ação propagados são gerados o segmento inicial nos neurônios motores espinais o nodo de Ranvier inicial nos neurônios sensitivos cutâneos um processo axonal que transmite que os impulsos sejam propagados às terminações ner vosas as terminações nervosas nas quais os potenciais de ação produzem a liberação dos transmissores sinápticos VANPUTTE REGAN RUSSO 2017 LANDOWNE 2011 PRESTON WILSON 2014 Alguns axônios dos neurônios são mielinizados ou seja eles têm uma bainha de mielina que envolve o axônio porém alguns são amielínicos ou seja são apenas circundados pelas células de Schwann Figura 3 No sistema nervoso central dos mamíferos os neurônios em sua maioria são mielinizados no entanto as células que produzem a mielina são os oligodendrócitos e não as células de Schwann Em algumas doenças há a destruição da bainha de mielina que é o caso da Esclerose Múltipla Essa perda da mielina está associada ao retardo ou bloqueio na condução da transmissão do impulso nervoso nos axônios desmielinizados BARRETT et al 2014 Segundo Costanzo 2011 a informação pode ser transmitida eletricamente sinapse elétrica ou por meio de um transmissor químico sinapse química As sinapses elétricas possibilitam o fluxo de corrente de uma célula excitável a outra pelas vias de baixa resistência entre as células as quais são chamadas de junções comunicantes A membrana dos neurônios pré e póssinápticos entra em contato e as junções comunicantes se formam entre as células Essas junções são observadas no músculo cardíaco e em alguns tipos de músculos lisos sendo responsáveis pela condução extremamente rápida verificada nesses tecidos A rápida condução célula a célula que ocorre no músculo cardíaco ventricular no útero e na bexiga por exemplo permite que as células desses tecidos sejam ativadas de forma simultânea o que garante que a contração seja feita de modo coordenado Sinapses e sistema sensorial 4 Figura 3 Tipos básicos de neurônio Fonte Shilverthorn et al 2017 p 311 a Os receptores simples são neurônios com terminações nervosas livres Eles podem possuir axônios mielinizados ou não mielinizados b Os receptores neurais complexos têm terminações nervosas envoltas por cápsulas de tecido conectivo Esta ilustração mostra um corpúsculo de Pacini envolvido com o sentido do tato c A maioria dos receptores dos sentidos expeciais são células que liberam neurotransmissores em neurônios sensoriais iniciando um potencial de ação A célula ilustrada é uma célula ciliada pilosa encontrada na orelha interna Estímulo Estímulo Estímulo Célula receptora especializada célula pilosaciliada Vesículas sinápticas Sinapse Axônio mielinizado Axônio mielinizado Corpo celular do neurônio sensorial Corpo celular Camadas de tecida conectivo Terminação nervosa Terminações nervosas livres Axônio não mielinizado Corpo celular Nas sinapses químicas existe espaço entre a membrana da célula prési náptica e a membrana da célula póssináptica conhecida como fenda sináptica A informação é transmitida pela fenda sináptica por meio de neurotransmissor substância liberada do terminal présináptico que se liga aos receptores loca lizados no terminal póssináptico Nas sinapses químicas ocorre a seguinte sequência de eventos o potencial de ação na célula présináptica faz com que os canais de Ca se abram um influxo de Ca no terminal présináptico faz com que o neurotransmissor armazenado nas vesículas sinápticas seja liberado por exocitose o neurotransmissor se difunde pela fenda sináptica ligandose a receptores na membrana póssináptica e alterando o potencial da membrana BARRETT et al 2014 CURI ARAÚJO FILHO 2009 A alteração do potencial de membrana na célula póssináptica pode ser exci tatória ou inibitória isso vai depender do neurotransmissor liberado no terminal nervoso présináptico que depende do estímulo interno ou externo que desen cadeou o potencial de ação O sistema sensorial é o responsável pela recepção transdução e transmissão e também pelo processamento dessas informações BARRETT et al 2014 SILVERTHORN 2017 CURI ARAÚJO FILHO 2009 5 Sinapses e sistema sensorial Há muitos receptores sensoriais que transmitem informações sobre os ambientes interno e externo para o SNC o que pode ocorrer pela via aferente periferia até SNC ou seja a informação é ascendente BEAR CONNORS PARADISO 2002 Os receptores sensoriais podem ser concebidos como transdutores que convertem várias formas de energia ao ambiente em potenciais de ação nos neurônios sensoriais Os receptores cutâneos para tato e pressão são os me canorreceptores Os proprioceptores estão localizados nos músculos nos tendões e nas articulações e transmitem informações sobre o comprimento da tensão muscular Os termorreceptores detectam as sensações de calor e frio Estímulos potencialmente nocivos como dor calor e frio extremos são mediados pelos nociceptores O termo quimiorreceptor se refere a receptores estimulados por uma alteração na composição química do ambiente o que inclui receptores para olfato e receptores viscerais detectam mudanças do nível plasmático de O2 pH e osmolaridade Por fim os fotorreceptores são os bastonetes e os cones da retina que respondem à luz BARRETT et al 2014 PRESTON WILSON 2014 Mecanorreceptores Os receptores sensoriais podem ser terminações dendríticas especializadas de fibras nervosas aferentes sendo frequentemente associados às células não neurais que os envolvem formando um órgão sensorial O tato e a pressão são detectados por quatro tipos de mecanorreceptores corpúsculos de Meissner dendritos encapsulados por tecido conectivo que respondem às mudanças na textura e às vibrações lentas células de Merkel terminações dendríticas expandidas que respondem à pressão sustentada e ao toque corpúsculos de Ruffini grandes terminações dendríticas com cápsulas alongadas as quais respondem à pressão sustentada e corpúsculos de Pacini terminações dendríticas amielínica de uma fibra nervosa sensorial que respondem à pressão profunda e à vibração rápida Figura 3 Os nervos sensoriais desses mecanorreceptores são grandes fibras mielinizadas Aα e Aβ CURI ARAÚJO FILHO 2009 Sinapses e sistema sensorial 6 Nociceptores Entre os receptores sensoriais cutâneos alguns podem ser terminações livres localizadas na pele As sensações de dor e temperatura se originam de den tritos não amielinizados localizados por toda pele Os nociceptores podem ser separados em vários tipos nociceptores mecânicos respondem à pressão forte nociceptores térmicos ativados por temperaturas da pele acima de 42ºC ou por frio intenso nociceptores quimicamente sensíveis respondem a substâncias químicas e nociceptores polimodais respondem à combinação desses estímulos Os impulsos desses nociceptores são transmitidos por dois tipos de fibras fibras Aδ pouco mielinizadas e fibras C mielínicas BARRETT et al 2014 CURI ARAÚJO FILHO 2009 TORTORA DERRICKSON 2016 Termorreceptores Os receptores do frio estão localizados nas terminações dendríticas de fibras Aδ e fibras C enquanto os receptores de calor inócuo estão nas fibras C O limiar para a ativação dos receptores de calor é de 30ºC sendo que eles aumentam a sua taxa de disparo à medida que a temperatura da pele atinge 46ºC Os receptores de frio são inativos em temperaturas de 40ºC mas aumentam a sua taxa de disparo quando a temperatura da pele cai para cerca de 24ºC À medida que a temperatura da pele diminui a taxa de disparo dos receptores de frio reduz até que a temperatura atinja 10ºC Abaixo dos 10ºC eles são inativados e o frio se torna um anestésico local A Figura 4 ilustrada os re ceptores sensoriais da pele BARRETT et al 2014 SILVERTHORN 2017 Quimiorreceptores O termo quimiorreceptor se refere a receptores estimulados por uma alteração na composição química do ambiente em que estão localizados Os quimiorre ceptores incluem receptores para o paladar e o olfato bem como receptores viscerais como aqueles sensíveis às mudanças em nível plasmático de 02 pH e osmolaridade CURI ARAÚJO FILHO 2009 7 Sinapses e sistema sensorial Figura 4 Receptores sensoriais da pele Fonte Shilverthorn et al 2017 p 321 Terminações nervosas livres Corpúsculos de Meissner Corpúsculos de Pacini Corpúsculos de Rufni Receptores de Merkel Temperatura estímulo nocivo movimento do pelo Vibração baixa frequência toque leve Vibração alta frequência Estiramento da pele Pressão contínua textura Ao redor da raiz dos pelos e sob a superfície da pele Camadas superfciais da pele Camadas profundas da pele Camadas profundas da pele Camadas superfciais da pele Terminações nervosas não mielinizadas Encapsulados em tecido conectivo Encapsulados em tecido conectivo Terminações nervosas alargadas Célula epidérmica em contato sináptico com terminal nervoso alargado Rápida Variável Rápida Lenta Lenta Os receptores de Merkel detectam pressão sustentada e textura Pelo O corpúsculo de Meissner responde a movimentos de vibração baixa frequência e toque leve Terminação nervosa livre A terminação nervosa livre dos nociceptores responde a estímulos nocivos Os nervos sensoriais transmitem os sinais para a medula espinal O corpúsculo de Rufni responde ao estiramento da pele O corpúsculo de Pacini detecta vibração Raiz do pelo As terminações nervosas libres da raiz dos pelos detectam o movimento deles Receptor Estímulo Localização Estrutura Adaptação A divisão sensorial ou aferente ou ascendente leva a informação para o SN geralmente a partir de eventos ocorridos nos receptores sensoriais da periferia Essa informação resulta na contração da musculatura esquelética lisa e cardíaca ou na secreção de glândulas endócrinas ou exócrinas Sinapses e sistema sensorial 8 Eventos relacionados à sinapse com estímulos inibitórios e excitatórios A alteração do potencial de membrana na célula póssináptica pode ser exci tatória ou inibitória dependendo da natureza do neurotransmissor liberado no terminal nervoso présináptico Quando o neurotransmissor é excitatório despolarizase a célula póssináptica no entanto quando o neurotransmissor é inibitório há a hiperpolarização da célula póssináptica Diferentemente das sinapses elétricas a neurotransmissão por meio das sinapses químicas é unidirecional da célula présináptica para a célula póssináptica O retardo sináptico é o tempo requerido para ocorrências de diversos passos da neuro transmissão química COSTANZO 2011 PRESTON WILSON 2014 Potenciais póssinápticos excitatórios Os potenciais póssinápticos excitatórios PPSEs são impulsos sinápticos que despolarizam a célula póssináptica aproximando o potencial de membrana do limiar e do disparo de um potencial de ação Os PPSEs são produzidos pela abertura de canais de Na e K como o receptor nicotínico de acetilcolina O potencial de membrana é levado ao valor aproximadamente intermediário entre os potenciais de equilíbrio desses dois íons ou 0mV que corresponde ao estado despolarizado Entre os neurotransmissores excitatórios incluem se a acetilcolina a norepinefrina a epinefrina a dopamina o glutamato e a serotonina CURI ARAÚJO FILHO 2009 Potenciais póssinápticos inibitórios Os potenciais póssinápticos inibitórios PPSIs são impulsos sinápticos que hiperpolarizam a célula póssináptica afastando o potencial de membrana do limiar e do disparo do potencial de ação Os PPSIs são produzidos pela abertura de canais de Cl O potencial de membrana é levado ao potencial de equilíbrio desse ânion aproximadamente 90mV que corresponde ao estado hiperpolarizado Os neurotransmissores inibitórios são o ácido yAminobutírico GABA e a glicina CURI ARAÚJO FILHO 2009 9 Sinapses e sistema sensorial Saiba mais Os principais neurotransmissores excitatórios são a acetilcolina a norepinefrina a epinefrina a dopamina o glutamato e a serotonina Os principais neurotransmissores inibitórios são GABA e a glicina Funcionamento do sistema sensorial e sua relação diante de estímulos do meio ambiente A ocupação dos diversos nichos ecológicos pelas espécies animais compreendeu a formação de um SN muito desenvolvido o que permite que os indivíduos de cada espécie mantenham trocas contínuas de informações com o meio ambiente Dessa maneira por intermédio dos mecanismos neurais as informações que revelam as características do meio à sua volta são obtidas CURI ARAÚJO FILHO 2009 De um modo geral os sistemas sensoriais recebem informações do ambiente pelos receptores especializados presentes na periferia e as transmitem por meio de uma série de neurônios e relés sinápticos até o SNC Sendo assim os mecanismos neurais que permitem a interação do indivíduo com o meio ambiente são divididos em processos sensoriais sensitivosreceptivos pela via aferente e motores via eferente RAFF LEVITZKY 2011 Complementarmente ao sistema sensorial o SN recebe informações provenientes do nosso próprio organismo meio interno como parâmetros físicoquímicos que são essenciais para a manutenção dos órgãos saudáveis pex variações de pressão arterial e concentração de O2 Enfatizamos aqui que o sistema sensorial pode ser classificado de diversas maneiras mas apresentaremos as duas maneiras mais simples de entender o seu funcionamento e a sua divisão Na Tabela 1 essa classificação é demonstrada BARRETT et al 2014 COSTANZO 2011 CURI ARAÚJO FILHO 2009 Fonte Adaptado de Curi e Araújo filho 2009 Sistema sensorial Classificação Receptores localização Olfação Quimiorreceptivo Células olfativas epitélio olfativo Visão Fotorreceptivo Cones e bastonetes retina Equilíbrio Mecanorreceptivo Células ciliadas máculas do sáculo e utrículo cristas ampolares dos canais semicirculares Audição Mecanorreceptivo Células ciliadas internas e externas órgão espiral de Corti da cóclea Gustação Quimiorreceptivo Células gustativas bulbos olfativos Somestasia Mecanorreceptivo Células de Merkel corpúsculos de Meissner Krause Paccini e Ruffini terminações associadas aos pelos lanceoladas piloRuffini terminações nervosas livres pele Somestasia Quimiorreceptivo Terminações nervosas livres pele Somestasia Termorreceptivo Terminações nervosas livres para frio ou calor pele Somestasia Nocirreceptivo Terminações nervosas livres pele Somestasia Mecanorreceptivo Corpúsculos de Golgi e Ruffini articulações Somestasia Mecanorreceptivo Órgão Tendinoso de Golgi tendões Somestasia Mecanorreceptivo Terminações primárias e secundárias dos fusos musculares músculos esqueléticos Quadro 1 Divisão biofísica do sistema sensorial humano de acordo com o tipo de trans dução sensorial 11 Sinapses e sistema sensorial De acordo com Curi e Araújo Filho 2009 os receptores sensoriais são portanto os locais nos quais os estímulos do meio ambiente ou interno atuam sobre o SN Nesses receptores ocorre a transformação da energia do estímulo em variações do potencial da membrana plasmática e então se inicia o processo de codificação da informação sobre o que está ocorrendo naqueles meios Essa informação que foi levada até o SN será usada na elaboração de uma resposta apropriada de acordo com a necessidade do organismo Saiba mais sobre os neurotransmissores nos links a seguir httpsgooglWTgDwZ httpsgooglgyg984 Como vimos anteriormente as sinapses são regiões de comunicação transmissão dos impulsos nervosos entre os neurônios e liberação de neurotransmissores Já os neurô nios são plásticos isto é por meio dessas conexões sinápticas essas células são capazes de se adaptar a diferentes situações Múltiplos sistemas neurotransmissores são afetados em um padrão que se relaciona com patologias celulares A Doença de Alzheimer por exemplo está associada a um complexo arranjo do déficit de neurotransmissores A primeira alteração nos neurotransmissores a ser definida foi um notável declínio na atividade de colina acetil transferase e acetilcolinesterase indicando disfunção e perda dos neurônios colinérgicos do prosencéfalo basal e suas projeções corticais O mais interessante desses mecanismos de plasticidade é que eles são afetados na Doença de Alzheimer Nos momentos anteriores à morte neuronal característica das patologias neurodegenerativas os neurônios perdem essa plasticidade ficando mais rígidos além de não ser possível modificar as suas conexões Sinapses e sistema sensorial 12 BARRETT K E et al Fisiologia médica de Ganong 24 ed Porto Alegre AMGH 2014 Lange BEAR M F CONNORS B W PARADISO M A Neurociências desvendando o sistema nervoso 4 ed Porto Alegre Artmed 2002 COSTANZO L S Fisiologia 4 ed Rio de Janeiro Elsevier 2011 CURI R ARAÚJO FILHO J P Fisiologia básica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2009 LANDOWNE D Fisiologia celular Porto Alegre AMGH 2011 Lange Série Psicologia PRESTON R R WILSON T E Fisiologia ilustrada Porto Alegre Artmed 2014 RAFF H LEVITZKY M G Fisiologia médica uma abordagem integrada Porto Alegre AMGH 2011 LangeSILVERTHORN D U Fisiologia humana uma abordagem integrada 7 ed Porto Alegre Artmed 2017 SILVERTHORN D U Fisiologia humana uma abordagem integrada 7 ed Porto Alegre Artmed 2017 TORTORA G J DERRICKSON B Corpo humano fundamentos de anatomia e fisiologia 10 ed Porto Alegre Artmed 2016 VANPUTTE C REGAN J RUSSO A Anatomia e fisiologia de Seeley 10 ed Porto Alegre AMGH 2017 Leituras recomendadas APPLEGATE E Anatomia e fisiologia 4 ed Rio de Janeiro Elsevier 2012 CARR J SHEPHERD R Reabilitação neurológica otimizando o desempenho motor Barueri SP Manole 2008 GUYTON A C HALL J E Tratado de fisiologia médica 13 ed Rio de Janeiro Elsevier Brasil 2017 LIBORIO NETO A O Histologia do sistema nervoso diversidade celular e suas loca lizações Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento ano 2 v 5 n 8 p 7493 nov 2017 MACHADO A HAERTEL L M Neuroanatomia funcional 3 ed São Paulo Atheneu 2013 MORAES A P Q de O livro do cérebro São Paulo Duetto 2009 v 1 MOURA E W SILVA P A C Fisioterapia aspectos clínicos e práticos da reabilitação 2 ed Porto Alegre Artes Médicas 2010 13 Sinapses e sistema sensorial OSULLIVAN S B SCHMITZ T J FULK G D Fisioterapia avaliação e tratamento 5 ed Barueri SP Manole 2010 PEREIRA J G et al Neuroanatomia clínica e funcional anatomia fisiologia e patologia Rio de Janeiro Elsevier 2017 Sinapses e sistema sensorial 14 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem Na Biblioteca Virtual da Instituição você encontra a obra na íntegra Conteúdo S A Ga H SOLUÇÕES EDUCACIONAIS INTEGRADAS Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson Estudo Dirigido NB2 Sistema Digestório 1 Quais as funções do sistema digestório R As funções do sistema digestório são realizar a ingestão de alimentos secreção de substâncias para manutenção da homeostase e quebra de moléculas através da ação do suco gástrico bile e insulina mistura e propulsão dos alimentos através dos movimentos peristálticos digestão através da redução dos compostos macro em compostos micro absorção das micromoléculas resultantes do processo de digestão e eliminação dos resíduos provintes desse conjuntos de ações a defecação 2 Qual a divisão do sistema digestório Quais estruturas que compõem cada uma das divisões R O sistema digestório é dividido em em duas partes a primeira chamada de trato gastrointestinal o qual é composto por todo canal alimentar iniciando pela cavidade oral faringe esôfago estômago intestino delgado intestino grosso e finalizando através do reto e ânus a segunda parte é chamada de orgão anexos ao sistema digestório atuam como auxiliares de todo esse processo composto por os dentes língua glândulas salivares fígado a vesícula biliar e o pâncreas 3 Quais as funções da língua E dos dentes R A principal função da língua é realizar a motilidade do alimento na cavidade oral também sendo importante no momento de impulso do alimento durante a deglutição e a participação na fala vale lembrar que há canaliculos gustativos que desencadeiam o processo de salivação No que diz respeito aos dentes sua função é reduzir o alimento pra a forma de bolo alimentar mastigando e triturando os compostos para serem engolidos 4 Como o bolo alimentar desce pelo esôfago R Através de movimentos de impulsão realizados pela lingua a qual impulsiona o bolo alimentar para a faringe e em seguida esse bolo segue para o esôfago onde através de movimentos peristálticos contrações da musculatura lisa comandadas pelo sistema nervoso autônomo o bolo alimentar é empurrado durante todo seguimento do esôfago desembocando no estômago 5 Qual a localização do estômago Quais suas funções Qual o nome dos seus esfíncteres Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson R O estômago se localiza mais a esquerda a partir do plano mediano logo abaixo do diafragma tem como função principal a mistura mecânica dos alimentos do bolo alimentar e secreção de suco gástrico para redução dos compostos formando o quimo em sua totalidade o estômago possui dois esfíncteres o superior ou de entrada do bolo chamado de Cárdia evita o refluxo alimentar e o inferior ou de saída do bolo alimentar é chamado de Piloro elimina quimo em porções para o intestino delgado 6 Como o pâncreas e o fígado participam da digestão R O pancrêas e o fígado participam da disgestão como auxiliares desse processo onde o pâncreas elimina secreções que auxiliam na quebra de carboidratos proteínas e lipídeos facilitando assim a absorção dos nutritentes na proxima fase da digestão além disto auxilia na homeostase de moléculas de glicose no organismo por outro lado o fígado participa através da secreção da bile substância produzida pelo fígado e armazenada na vesicula biliar a qual faz a emulsão das gorduras e atua principalmente no metabolismo de carboidratos proteínas lipídeos e processamento de fármacos 7 Explique qual o trajeto dos alimentos com a maior riqueza de detalhes R O alimento adentra a boca sendo esta a porta de entrada para os alimentos ao adentrar a cavidade oral através de estímulos desencadeados pelas canalículas gustativas da língua as glândulas salivares iniciam o processo de produção e secreção da saliva umidificando dessa forma os alimentos nesta cavidade também ocorre a mastigação através das ações mecânicas dos dentes e a motilidade do alimento seguida pela deglutição através da língua Após o impulso de deglutição realizado pela língua o bolo alimentar segue para faringe que se comunica com o esôfago que por sua vez encaminha o bolo alimentar por meio de contrações musculares da musculatura lisa realizadas pelo sistema nervoso autônomo para o estômago No estômago o bolo alimentar passa pela primeira válvula chamada Cárdia adentrando ao orgão onde através da ação mecânica e do suco gástrico há a quebra das moléculas grandes resultando no quimo após isso o quimo segue para a segunda válvula Piloro e passa para o intestino delgado em sua porção inicial é secretado pelo pâncreas e fígado secreções que vão Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson auxiliar na quebra e absorção dos nutrientes durante o trânsito do intestino delgado o qual tem como função principal a absorção dos nutrientes seguindo para o intestino grosso onde o mesmo absorve nutrientes restantes e a água por fim o que resta do bolo é eliminado através do reto que termina no ânus Sistema Urinário 1 Quais as funções do sistema urinário Quais as estruturas que o compõe R O sistema urinário tem como principal função a eliminação de metabólitos do corpo por meio aquoso sejam eles resíduos como uréia bilirrubina ácido úrico creatinina e substâncias estranhas ao corpo como fármacos e toxinas ambientais realizam a homeostase por meio de reliminação de íons do corpo regularizando o pH e produção de hormônios pelas glândulas adrenais Esse sistema é composto por rins ureteres bexiga urinária e uretra anexo ao sistema possuímos as glândulas adrenais 2 Qual a localização dos rins Por que o rim direito fica mais abaixo do que o esquerdo R Os rins se localizam na porção dorsal do corpo posterior a cavidade abdominal retroperitonial protegido parcialmente pelas últimas costelas 11º e 12º par posicionados de cada lado da coluna vertebral entre T12 e L3 O rim direito fica mais abaixo do que o esquerdo devido a localização do lobo direito do fígado que empurra esse orgão ligeiramente para baixo 3 De qual artéria sai a ramificação para a artéria renal E para qual veia que a veia renal se junta R A artéria renal é uma ramificação da artéria aorta abdominal a árteria renal se une aos rins pelo hilo renal Por outro lado a veia renal se junta a veia cava inferior após o processo de filtração 4 O que é o hilo renal R O hilo renal é uma espécie de fenda localizada no bordo interno de cada rim por onde entram as artérias e os nervos renais e por onde saem a veia renal e os ureteres 5 Explique qual o trajeto da urina desde a sua formação até a excreção com a maior riqueza de detalhes R A urina é formada pelo processo de filtração do sangue sangue este que adentra a esse órgao através das artérias renais Nos rins a filtração do sangue é realizada na porção interna da medula Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson especificamente nos néfrons Conforme o sangue vai passando pela cápsula glomerular que é uma estrutura do néfron o sangue vai sendo filtrado e os metabólitos do corpo vão sendo somados junto ao excesso de água do corpo formando a urina que sofre outras secreções e absorções ao longo dos canais do néfron Após sua passagem pelos néfrons a urina é liberada nos ureteres que são canais que irão ligar os rins até a bexiga Na bexiga a urina fica armazenada até que haja o estímulo da micção quando então a urina vai da bexiga até o ambiente externo através da uretra tanto no organismo feminino quanto no masculino Sistema Nervoso 1 O que é Sistema Nervoso quais os seus componentes e suas principais funções R O sistema nervoso é a principal rede de comunicação entre sistemas no organismo humano é composto pelo sistema nervoso central através do encéfalo que possui em sua subdivisão o telencéfalo diencéfalo tronco encefálico e cerebelo e medula espinhal e o sistema nervoso periférico composto pelos nervos e gânglios nervosos De forma geral tem a função de captar processar e transmitir informações advindas de estímulos internos e externos ao organismo além de comandar a execução de ações voluntárias e involuntárias 2 Quais são as camadas que revestem e protegem o Sistema Nervoso R O sistema nervoso é revestido por 3 camadas membranosas as meninges De externa para interna as meninges são compostas pela duramáter mais externa e resistente das meninges possuindo seu próprio sistema de vasos e nervos Aracnóide é a membrana média não possui vasos nem nervos Recebe este nome por ter um aspecto similar a uma teia de aranha e Piamáter mais interna das membranas intimamente aderida ao SNC É ricamente vascularizada conduzindo a perfusão necessária às estruturas do SNC 3 O que são nervos R São feixes compostos por centenas de milhares de axônios associados a seu tecido conjuntivo e seus vasos sanguíneos os quais se localizam fora do encéfalo ou da medula espinhal mas tem intercomunicação para resposta aos estímulos 4 Defina Sistema Nervoso Central SNC e Sistema Nervoso Periférico Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson SNP R O sistema nervoso central é composto pelo encéfalo e medula espinhal os quais são responsáveis pela recepção interpretação e comando advindos do sistema nervoso períférico já o sistema nervoso periferico é composto pelos nervos espinhais e cranianos ganglios e receptores sensitivos o qual adquire estímulos do meio externo e os passam através da sua rede de canais para o sistema nervoso central 5 O que são lobos E onde eles se encontram Cite uma função fisiológica exercida por cada um dos lobos conhecidos no SNC R Os lobos são divisões do córtex cerebral através dos principais giros e sulcos do telencéfalo dividido em lobo frontal área motora e responsável pelos pensamentos parietal onde se localiza o córtex sensitivo occipital informação visual temporal informação auditiva e apresenta ainda o lobo da ínsula responsável pelo sistema límbico Sistema Endócrino 1 O que é o Sistema Endócrino quais os seus componentes e suas principais funções R O sistema endócrino é o sistema que regulariza processos envolvidos na homeostase através da secreção hormonal produzida pelos orgãos desse sistema é composto por glândulas e orgão produtores de hormônios 2 Qual a diferença entre glândula exócrina e glândula endócrina R As glândulas endócrinas são aquelas que liberam os hormônios produzidos diretamente na corrente sanguínea já as glândulas exócrinas liberam hormônios ou outras substâncias para dentro de um duto em um orgão alvo específico 3 Cite 3 glândulas endócrinas sua função e o que elas secretam R Glândula adrenal tem a função de regulação das funções do sistema nervoso autônomo secreta principalmente a adrenalina e a noradrenalina Glândula tireoide tem a função de regulação da função metabólica do corpo secetra principalmente a triiodotironina T3 e tiroxina T4 Glândula pineal tem a função de regulação dos ciclos vitais do organismo como o sono e a sexualidade secreta principalmente melatonina e serotonina 4 Cite 8 órgãos que possuem células que secretam hormônios e quais são estes hormônios Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson R Rins secreta renina pâncreas secreta insulina hipotálamo secreta hormônio liberador de corticotropina CRH hipófise secreta ocitocinas ovários secretam progesterona e estrogênio testículos secretam testosterona estômago secreta grelina e timo secreta a timosina 5 O que é o Hipotálamo O que é a Hipófise Cite 4 hormônios da adenohipófise e suas funções R O hipotálamo é uma região do diencéfalo constituida por núcleos de neurônios agindo como um centro integrador da homeostase por outro lado a hipófise é uma glândula ovóide funcionalmente ligada ao hipotálamo Os 4 hormônios secretados são o hormônio do crescimento somatotrofina responsável por estimular o crescimento e a multiplicação celular em humanos prolactina responsável por estimular a produção de leite pelas glândulas mamárias em mulheres hormônio folículo estimulante LH responsável por estimular a produção de estrôgenio o que estimula e matura os folículos ovarianos hormônio estimulador da tireóide TSH responsável por estimular a tireóide a produzir T3 e T4 que regulam o metabolismo humano e o hormônio adrenocorticotrófico ACTH responsável por estimular a produção de hormônios esteróides Sistema Reprodutor 1 Quais as funções do sistema reprodutor masculino E do feminino R As funções do sistema reprodutor masculino são produção e maturação dos espermatozóides produção do hormônio testosterona e cópula através do pênis Já as funções do sistema reprodutor feminino são produção e amadurecimento dos óvulos produção dos hormônios progesterona e estrogênio cópula através do canal vaginal e desenvolvimento fetal através do útero 2 Quais são as estruturas que compõem o s reprodutor masculino E o feminino R O sistema reprodutor masculino é composto por duas porções a interna ducto deferente parte do ducto vesículas seminais ductos ejaculatórios glândulas bulbouretrais e a próstata já a externa pelo escroto testículos epidídimo ducto deferente parte do ducto e o pênis O sistema reprodutor feminino também é composto por duas porções a interna composta pela vagina útero pelas tubas uterinas e os ovários já a externa pelos grandes e pequenos lábios prepúcio clitóris óstio Morfofisiologia dos Sistemas 12022 Prof Me Andrey Hudson externo da uretra e óstio vaginal 3 Qual o caminho que o espermatozoide percorre até o meio externo Explique com riqueza de detalhes R O espermatozóide é produzido nos testículos seguindo para o epidídimo onde são armazenados e maturados após estímulos os espermatozóides passam por parte do canal deferente que transporta os espermatozoides até a vesícula seminal onde eles são banhados por um liquido viscoso que os nutrem e protegem indo em seguida para a próstata glândula que produz secreção que auxilia na proteção e motilidade Por fim passam pela uretra quando são eliminados na cópula 4 Qual a diferença entre vulva e vagina R A vulva é toda região externa na região perineal realiza a função de detecção de estímulos externos e proteção Já a vagina é a porção interna da região reprodutora feminina em forma de canal que possui a função de receber a cópula conectada diretamente ao útero através do colo uterino 5 Qual a localização do útero Quais as funções dos ovários R O útero se localiza anteriormente na cavidade pélvica pouco acima da vagina entre a bexiga e o reto As funções dos ovários são o amazenamento e maturação dos óvulos e também a produção dos hormonios que os maturam de acordo com o ciclo ovariano sendo estes a progesterona e estrogênio 6 Qual o caminho que o óvulo percorre até a fecundação e depois onde ele é depositado R O óvulo é liberado pelo ovário sendo passado para a tuba uterina através das fímbrias presentes no inicio da tuba uterina logo em seguida percorre parte do caminho através ainda da tuba uterina até encontrar o espermatózoide e ocorrer a fecundação Seguido à fecundação o ovócito finaliza o percurso da tuba uterina até o útero onde irá se fixar na parede do mesmo sendo nutrido pela camada interna do útero onde irá ocorrer os eventos pertinentes à embriologia desenvolvendo o embrião durante o período da gestação Referência bibliográfica DANGELO J G FATTINI C A Anatomia humana básica dos sistema orgânicos São Paulo Atheneu 2001 RECADO Olá espero que o trabalho tenho ficado do seu agrado Na sua solicitação o documento foi enviado via WORD facilitando as futuras edições caso precise utilizo como referência um único livro e o sinalizei abaixo das questões além do material de apoio enviado para conhecer o perfil do que seu professor cobraria Qualquer dúvida pode me contatar pelo suporte Atenciosamente seu GURU