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Neuroanatomia

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Neuroanatomia Funcional\nANGEL MACHADO\nLUCIA MACHADO HAERTEL\nMEDICINA - UNIME\n2018.1\nJulia Pimenta de Oliveira Carneiro - Medicina - UNIME Sumário\n1. Alguns Aspectos da Filogenese do Sistema Nervoso ............................................................... 2\n2. Embriologia, Divisões e Organização Geral do Sistema Nervoso ......................................... 7\n3. Tecido Nervoso ........................................................................................................................ 16\n4. Anatomia Macroscópica da Medula Espinhal e seus Envoltórios .............................. 22\n5. Anatomia Macroscópica do Tronco Encefálico ................................................................ 29\n6. Anatomia Macroscópica do Cerebelo .................................................................................. 42\n7. Anatomia Macroscópica do Diencéfalo ........................................................................... 47\n8. Anatomia Macroscópica do Telencéfalo ........................................................................ 54\n9. Meninges - Liquor .................................................................................................................... 70\n10. Vascularização do Sistema Nervoso Central e Barreiras Encefálicas ........................ 79\nJulia Pimenta de Oliveira Carneiro - Medicina - UNIME Neuroanatomia Funcional\nANGEL MACHADO\nLUCIA MACHADO HAERTEL\nAlguns Aspectos da Filogenese do Sistema Nervoso\n1. ORIGEM DE ALGUNS REFLEXOS:\nFilogenese refere-se aos aspectos evolutivos estudados através da paleontologia e anatomia comparada. Os primeiros seres vivos relacionados há bilhões de anos atrás, eram seres unicelulares e procariotos, que para sua sobrevivência tornaram-se suas múlti... [text truncated] ...características deste sistema nervoso, diferenciou-se um sistema nervoso especializado que se apresenta nos Platelmintos e Anelídeos. O sistema nervoso Difuso foi substituído nos Platelmintos e Anelídeos por um Sistema Nervoso Central - centralização do sistema nervoso.\nJulia Pimenta de Oliveira Carneiro - Medicina - UNIME As células nervosas se ligam diretamente aos músculos efetores de movimento, essa conexão agora existente entre um \"Neurônio Sensorial\" é um executor de movimentos, torna-se possível a formação básica de um\n\"Arco Reflexo Simples\".\nO que representa um grande passo evolutivo.\n\nTemos assim o Arco Reflexo Simples.\nEnvolve:\n- Uma sinapse\n- Neurônios:\n - Sensitivo\n - Motor\n\nOs neurônios situados na superfície são especializados em receber os estímulos e conduzir os impulsos ao centro – são denominados:\n\nNEURÔNIOS SENSITIVOS OU AFERENTES\nOs neurônios situados no gânglio e especializados em conduzir o impulso do centro até o efetor (no caso o músculo) – são denominados:\n\nNEURÔNIOS MOTORES OU EFERENTES\n\nNeurônios:\n- AFERENTES: neurônios, fibras ou feixes de fibras que trazem impulsos a uma determinada área do sistema nervoso.\n- EFERENTES: são aqueles que renham o sistema nervoso.\n\nO sistema aplicado em um segmento é originado em um impulso que é conduzido pelo neurônio sensitivo ao centro. \nO axônio deste neurônio faz sinapse com o neurônio de associação, cujo axônio estabelece sinapse com o neurônio motor do segmento vizinho.\n\nToda a circuitaria neuronal torna-se mais sofisticada e complexa, permitindo o surgimento do:\n\nArco Reflexo Intersegmentar\n\nTemos o Arco Reflexo Intersegmentar.\nEnvolve:\n- Duas sinapses\n- Neurônios:\n - Sensitivo\n - De associação\n - Motor\n\nDurante milhões de anos a seleção natural foi mantendo vivos os animais que tinham algo a mais em relação aos outros e junto com esses animais foi-se criando e preservando um tipo de sistema nervoso que foi aprimorando cada dia mais.\n\n2. ALGUNS REFLEXOS DA MEDULA ESPINAL DOS VERTEBRADOS:\nA medula espinal é composta pela interação anatômica dos níveis segmentares e dos neurônios de associação intersegmentar. Na parte mais alta desta medula desenvolveram-se centros nervosos que controlavam o funcionamento do corpo, bem como as suas reações com o meio extremo. Esses centros nervosos constituídos de grupos nervosos reais passaram a constituir os fortes tronco encefálico e hipotalâmico, que em conjunto com a medula compuseram o Sistema Nervoso Central na sua forma mais básica e comum para todas as espécies. O reflexo da medula espinal, nada mais é do que impulsos nervosos gerados por\n\nJulia Pimenta de Oliveira Carneiro - Medicina - UNIME um estímulo, que segue pelo neurônio sensitivo. Podemos usar como exemplo o reflexo patelar onde o médico estimula o joelho, gerando um impulso nervoso, que esse segue para o neurônio sensitivo. O prolongamento desses neurônios penetra na medula e faz sinapses com o neurônio motor que ali está situado, o impulso gerado sai pelo axônio deste neurônio e volta para o membro, fazendo com que o músculo do quadríceps (neste caso) seja estimulado e a perna se erga rapidamente. \nOs vertebrados têm uma segmentação e a evidência já evidenciada pelos nervos espinhais. Existem reflexos na medula dos vertebrados em que a parte referente dos neurônios se liga com as partes reflexas no mesmo segmento ou em\n\num diferentes níveis dentro do sistema nervoso.\nEm um arco. Reflexo intersegmentar é possível observar os seguintes elementos: neurônios sensitivos, neurônios de associação e neurônios motores.\n\nREFLEXO PATELAR QUO DE ESTIRAMENTO\nAo estimular o joelho de um paciente, com a batida de um martelo, estimula-se receptores no músculo quadríceps, dando\n\nimpulsos nervosos que seguem pelo Neurônio Sensitivo.\nO prolongamento deste neurônio penetra na medula e termina fazendo sinapse com Neurônios Motores.\n\nO impulso sai pelo axônio do neurônio motor e volta ao membro inferior estimulando as fibras do músculo – a perna projeta-se para a frente.\n\nREFLEXOS MEDULARES\nArco reflexo simples estuda o estado – estimula receptores do músculo do quadríceps – impulsos nervosos; que seguem pelo neurônio sensitivo – o prolongamento central desse neurônio penetra na medula e faz sinapse com neurônios motores estatuídos – impulso sai pelo axônio do neurônio motor e volta ao membro inferior – estimula fibras do músculo.\n\nExiste uma segmentação dentro da medula espinal. Dependendo do reflexo a parte eferente podem estar situadas no mesmo segmento medular. Reflexo intra segmentar patelar.\nReflexo intersegmentar: segmentos diferentes da medula - existem neurônios de associação nesses casos (fora os sensitivos e motores).\n\n3. EVOLUÇÃO DOS TRÊS NEURÔNIOS FUNDAMENTAIS DO SISTEMA NERVOSO:\nOs três neurônios conhecidos são os: aferentes ou sensitivos, neurônios eferentes ou motores e neurônios de associação inter neuronais. Falaremos então um pouco deles:\n\n• Neurônios Aferentes (Sensitivos): No sistema Nervoso Central os neurônios sensitivos são os que trazem os impulsos para determinada região, e no Sistema Nervoso Periférico os neurônios aferentes levam os impulsos nervosos para o Sistema Nervoso Central. No sistema nervoso periférico esse neurônio possui em sua extremidade distal, receptores para estímulos físicos e químicos. Sua função nos processos evolutivos era de levar ao sistema nervoso central informações sobre as modificaçõescorridas no meio extremo com relação à superfície do animal.\n\nJulia Pimenta de Oliveira Carneiro - Medicina - UNIME Durante a filogênese houve uma tendência à centralização do corpo do neurônio sensitivo.\n\nExemplo da atuação dos neurônios:\n\n- Fotoreceptores – são células especializadas que detectam e transmutam sinal luminoso.\n- Nociceptores – Os nociceptores transduzem e codificam estímulos mecânicos.\n- Estimulaçãoresponder = Respondem a estímulos mecânicos.\n\n• Neurônios Eferentes (Motores): Esses neurônios levam os impulsos do Sistema Nervoso Central ao órgão estimulado, geralmente a um músculo ou\n\ngânglio, determinando assim uma contração ou uma execução. Tem a função de motricidade. Esses neurônios pertencem ao Sistema Nervoso Autônomo e são conhecidos com o nome de neurônios pós-ganglionares.\n\n- O impulso determina:\n - Uma contração – No caso do Músculo\n - Uma secreção – No caso da Glândula\n\nO corpo do neurônio eferente surgiu dentro do Sistema Nervoso Central e a maioria deles permanece nesta posição durando toda a evolução.\n\nOs neurônios eferentes que inervam músculos lisos, músculos cardíacos ou glândulas, tem seus corpos fora do SNC, sendo os neurônios referentes que inervam músculos esqueléticos entre o corpo do neurônio barra anterior da medula.\n\n• Neurônios de Associação (Interneurônios): O surgimento dos neurônios de associação aumentou consideravelmente o número de sinapses dentro do Sistema Nervoso mais complexo e permitindo variabilidade e complexidade frente a algumas\n\nmodificações evolutivas. \nOs neurônios de associação permanecem sempre dentro do SNC e seu número aumentam muito durante a evolução.\n\nJulia Pimenta de Oliveira Carneiro - Medicina - UNIME Julia Pimenta de Oliveira Carneiro - Medicina - UNIME A. EMBRIOLOGIA\n\nOrigem: ECTODERMA\nAção indutora da Notocorda - formação da Placa Neural - subsequente formação do tubo neural.\nA Placa neural cresce - torna-se mais espessa - adquire um sulco longitudinal denominado Sulco Neural que forma o tubo.\n\nGoteira Neural.\nOs lábios da goteira neural se fundem para formar o Tubo Neural - isolado do meio externo.\nTubo neural origina estruturas do Sistema Nervoso Periférico, além de elementos não pertencentes ao Sistema Nervoso Central.\nCrista Neural - origina estruturas do Sistema Nervoso Periférico.\n\n1. DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO\n\nDurante a evolução, os primeiros neurônios que surgiram na superfície externa dos animais, tendo a função de \"interação\" animal-ambiente, sendo assim, fazem parte do folheto embrionário conhecido como ectoderma, e é de onde o sistema nervoso tem sua origem.\n\nO embrião é um \"disco\" formado por três folhetos embrionários: Endoderma (interna) - dá origem à esfera viscera;\nMesoderma (intermediária) - origina protruberâncias denominadas somitos, estes originados às 33 vértebras da coluna vertebral e os ossos dos membros; e Ectoderma (externa) - dá origem ao Sistema Nervoso Central.\n\nNa 3ª semana do desenvolvimento do processo embrionário, na gastrulação ocorre uma proliferação celular na superfície epitelial, nessa etapa também se forma a linha primitiva, que resulta na formação de um divisor do disco em duas partes, sendo ele somatopleura e esplacnopleura convergindo para a linha primitiva. Na medida em que o embrião vai crescendo, a linha primitiva vai recuando, e ao final são perdidos os dois extremos, restando a roseta e a crista neural para originar estruturas do Sistema Nervoso Periférico que não pertencem ao Sistema Nervoso Central.\nFases do desenvolvimento embriológico:\n- Neurulação - formação do tubo neural e da crista neural - 3-4 semanas de gestação;\n- Segmentação - formação do Prosencéfalo - 2-3 meses de gestação;\n- Proliferação Neuronal - 3-4 meses de gestação;\n- Migração Neuronal - 3-5 meses de gestação;\n- Organização - 5 meses - anos após o nascimento;\n- Mielinização - nascimento e anos depois. PROCESSO DE ORIGEM DO SISTEMA NERVOSO\n\n1º Espessamento do Ectoderme, formando a PLACA NEURAL.\n\n2º A Placa Neural cresce, torna-se mais espessa e adquire um sulco longitudinal denominado SULCO NEURAL.\n\n3º O Sulco Neural se aprofunda formando a GOTEIRA NEURAL.\n\n4º Os lábios da Goteira Neural se fundem para formar o TUBO NEURAL.\n\nNo ponto em que os lábios se encontram é formada uma lâmina longitudinal: CRISTA NEURAL.\n\nOrigina elementos do SNC.\n\nEctoderma\n- Se espessa pela indução da notocorda.\n\nPlaca Neural\n- Formada a partir do espessamento da notocorda.\n- 2º dia.\n\nSulco Neural\n- Formado a partir do crescimento e espessamento da placa neural.\n\nGoteira Neural\n- Formada a partir do aprofundamento do sulco neural.\n\nTubo Neural\n- Lábios do sulco neural se fundem.\n- No ponto em que os lábios se encontram é formada uma lâmina longitudinal: CRISTA NEURAL.\n- Origina elementos do SNC. CRISTA NEURAL\nDá origem a elementos do SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO\n\n1.1. CRISTA NEURAL\nLogo após a formação as cristas estão dispostas no sentido craniocaudal, entretanto, rapidamente se dividem e dão origem a várias franjas que formarão os gânglios espinhais que estão associados na raiz dos nervos espinhais. Estes são diferenciados em neurônios sensitivos e neurônios motores, cujos prolongamentos centrais se ligam ao tubo neural enquanto os prolongamentos periféricos se ligam aos somitos. Os elementos que derivam da crista neural são: gânglios sensitivos; gânglios do sistema nervoso autônomo; medula da glândula suprarrenal; paraganglios, melanócitos; células da glia; anestésicos; osteoblastos, melanócitos, dentre outros.\nA crista neural dá origem ao SNP, através de projeções originadas na porção posterior ao fecho do tubo neural.\n\nA crista neural:\n- Os gânglios sensitivos (espinha e cranianos);\n- Os gânglios viscerais (SNA, neurônios multipolares);\n- Células de Schwann;\n- Medula da suprarrenal e melanócitos;\n- Defeitos do Fechamento da Crista – Anencefalia, Encefalocele e Mielomeningocele.\n\n1.2. TUBO NEURAL\nA forma do Tubo Neural é um processo lento, e se deriva do fechamento da goteira neural e da junção do ectoderma não diferenciado. Porém nos primeiros dias mais avançados, nas extremidades cranial e caudal, permanecem alguns órfãos respectivos ao Neuroporro Rostral e Neuroporo Caudal. Esses são as duas partes do sistema nervoso a se fecharem.\n- O tubo neural formase em 18º dia;\n- Do lado da placa neural re-formação existes;\n- As extremidades cranial e caudal se fecham;\nExtremidades cranial e caudal do embrião: Neurodopro Rostral, Neurodopro Caudal.\n\nDIVISÃO DO TUBO NEURAL (dilatação, pregueamento e rearranjo);\n- Há a formação das vesículas cerebrais;\n- O prosencéfalo vira Telencéfalo e Diencefalo;\n- O Telencéfalo envolve o Diencefalo;\n- Responsável pelos hemisférios cerebrais;\n- Externamente há os lobos cerebrais (frontal, parietal, occipital e temporal);\n- Mediante os giros do vínculo e para-hipocampo;\n- Mais internamente, o corpo caloso e os ventrículos laterais;\n- Forma também núcleos da base (caudado, lentiforme e corpo estriado);\n- O Diencefalo forma o III ventrículo, as vias ópticas e os tálamos;\n- Há a diferenciação do Mesencéfalo;\n- O mesencéfalo forma parte do tronco cerebral;\n- Há a diferenciação em pedúnculos cerebrais, teto, tegumento, substância negra e base;\n- O Rombencéfalo forma o Metencéfalo e o Mielencéfalo;\n- O Metencéfalo se diferencia em ponte e cerebelo;\n- O Mielencéfalo forma o bulbo;\n\n1.2.1. AS PAREDES DO TUBO NEURAL\nAs paredes do tubo neural não crescem uniformemente e dão origem as seguintes formações:\n- Duas Lâminas Alares;\n- Duas Lâminas Basais;\n- Uma Lâmina do Assoalho.