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EXEMPLO 2 Dada a seção da viga abaixo calcular a armadura As necessária para atender ao momento de cálculo solicitante de 95kNm Dados CAA II Concreto 25MPa Aço CA50 15 35 CONCRETO 1 FNS EM VIGAS DE CA k 95 x 100 152 x 15 x 31² 0433 As 152 x 15 x 31 4345 x 1 1 2 x 0433 1033 cm² Nº 1033 201 5 ø 16 Prof Ronilson F Souz Tabela 61 Classes de agressividade ambiental CAA Classe de agressividade ambiental Agressividade Classificação geral do tipo de ambiente para efeito de projeto Risco de deterioração da estrutura I Fraca Rural Insignificante II Moderada Submersa Urbana a b Pequeno III Forte Marinha a Industrial a b Grande IV Muito forte Industrial a c Respingos de maré Elevado a Podese admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda um nivel acima para ambientes internos secos salas dormitório banheiros cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura b Podese admitir uma classe de agressividade mais branda um nivel acima em obras em regiões de clima seco com umidade média relativa ao menor ou igual a 65 partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos ou regiões onde raramente chove c Ambientes quimicamente agressivos tanques industriais galvanoplastia branqueamento em indústrias de celulose e papel armazéns de fertilizantes industrias químicas tabela 61 NBR 61182023 Tabela 2 Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto Concreto Tipo Classe de agressividade I II III IV Relação águacimento em massa CA 065 060 055 045 CP 060 055 050 045 Classe de concreto ABNT NBR 8953 CA C20 C25 C30 C40 CP C25 C30 C35 C40 Consumo de cimento Portland por metro cúbico de concreto kgm³ CA e CP 260 280 320 360 CA Componentes e elementos estruturais de concreto armado CP Componentes e elementos estruturais de concreto protendido tabela 71 NBR 61182023 Tabela 72 Correspondência entre a classe de agressividade ambiental e o cobrimento nominal para Δc 10 mm Tipo de estrutura Componente ou elemento Classe de agressividade ambiental Tabela 61 I II III IVc Cobrirnento nominal mm Laje b 20 25 35 45 Concreto armado Vigapilar 25 30 40 50 Elementos estruturais em contato com o solo d 30 40 50 Concreto protendido d Laje 25 30 40 50 Vigapilar 30 35 45 55 a Cobrimento nominal da bainha ou dos fios cabos e cordoalhas O cobrimento da armadura passiva deve respeitar os coberturas para concreto armado b Para a fase superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso com revestimentos finos secos tipo carpete e madeira com argamassa de revestimento e acabamento como pisos de elevada desempenho pisos cerâmicos pisos asfálticos e outros as exigências desta Tabela podem ser substituídas pelas de 7475 respeitado um cobrimento nominal 15 mm c Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios estações de tratamento de água e esgoto condutos de esgoto canaletas de escoamento e outras obras em ambientes química e intensamente agressivos a armadura deve ter cobrimento nominal 45 mm d No trecho dos pilares em contato com o solo junto aos elementos de fundação a armadura deve ter cobrimento nominal 45 mm tabela 72 NBR 61182023 Para condições especiais de exposição os concretos devem atender aos requisitos da tabela 2 da NBR 12655 17 18 1 Para as condições de preparo C nos concretos de 15MPa o consumo mínimo de cimento é de 350kgm³ de concreto tabela 6 NBR 126552006 É importante frisar que em situações rotineiras de obras estes controles não são atendidos quando o concreto é realizado na obra com betoneiras Se formos seguir ao pé da letra a normatização somente poderíamos rolar na obra concretos com fck até 25MPa Além deste limite seria necessária a utilização de uma pequena estação de concretagem fato que oneraria muito obras de pequeno porte A recomendação é que para concretos com fck acima de 25MPa sejam sempre utilizados concretos usinados Resistência do concreto em j dias A resistência característica do concreto é definida aos 28 dias porém em diversas situações devemos conhecer a resistência prevista do concreto em uma data menor que 28 dias como por exemplo a necessidade de retiradas de escoramentos e a realização de protensão Neste caso devese calcular a resistência com base na equação fckj fck β1 β1 exp 5 x 1 28t0 Sendo o valor de s variando em função da tabela abaixo 038 CPII e CPIV 025 CPI e CPII 020 CPV ARI Resistência a Tração do concreto fct A resistência à tração do concreto é muito pequena em relação a sua resistência característica de compressão da ordem de 10 vezes menor o valor deve sempre ser verificado por intermédio de ensaios de laboratório ensaios de tração direta ou ensaios de compressão diametral que estima a resistência do concreto através do fendilhamento do corpo de prova Outro ensaio é a resistência a tração na flexão Tração direta fctm Compressão Diametral fctsp Flexão fctf A NBR 61182023 estabelece que a resistência à tração direta fct vale aproximadamente 09 fctm ou 07fctsp contudo na falta destes ensaios a resistência a tração média pode ser calculada em função do fck sendo o valor dado pelas expressões Para concretos de classes até C50 fctm 03 fck²³ Para concreto de classes C50 até C90 fctcm 212 ln 1 011 fck Os valores mínimos e máximos inferior e superior de fct são iguais a fctinf 07 fctcm fctsup 13 fctcm Módulo de Elasticidade Longitudinal E Segundo a NBR 61182023 o módulo de elasticidade do concreto deve ser obtido através de ensaios O comportamento do concreto na compressão não apresenta como no aço uma curva composta de uma fase elástica seguida de um patamar de escoamento estricção e ruptura no concreto a curva é parabólica porém foi simplificada pela NBR em dois trechos um parabólico seguido de um trecho reto após a plastificação do material e foi idealizado na nova NBR com a seguinte expressão 6 7 8 Cálculo da Armadura Longitudinal Tracionada As k Md fc bw d2 kc yd 1 y2d yd α kc α 1 α2 α2 2 α kc 0 α 1 12 4 12 kc 2 12 DUCTILIDADE É A CAPACIDADE QUE O MATERIAL TEM DE SE DEFORMAR ANTES DE ROMPER RUPTURA DÚCTIL 1º CASO A RUPTURA SE DÁ COM GRANDE DEFORMAÇÃO RUPTURA FRÁGIL 2º CASO A RUPTURA SE DÁ COM PEQUENA DEFORMAÇÃO Image 5 is not fully visible and text is not clear for accurate extraction Parâmetros TDE CONCRETO 1 20241 Peso da laje kNm2 Piso kNm2 Sobrecarga SC kNm2 Forro kNm2 Altura da parede m largura da parede em cm 155 1 3 03 25 12 ALUNO TDE 1 CÁLCULO DE ESFORÇOS NAS VIGAS Calcula ra os diagramas de momento fletor e força cortante para as vigas V1 V2 V3 V4 Simplificadamente considerar na viga V7 somente as cargas de alvenaria e peso próprio da viga Utilizar os carregamentos da tabela de parâmetros individual Os parâmetros são passados aos alunos em salas de aula ATENÇÃO O trabalho deve ser realizado pela teoria aplicada em sala de aula trabalhos resolvidos com outras teorias ou por softwares terão nota zero Atividades Propostas 1 Atividade proposta Projeto Estrutural Edificação Desenvolvimento da atividade Calcular Os Esforços nas Vigas Atividade vinculada ao conteúdo da ementa Unidade 1 2 Atividade proposta Projeto Estrutural Edificação Desenvolvimento da atividade Calcular a Armadura longitudinal das Vigas e detalhar as armaduras longitudinais Atividade vinculada ao conteúdo da ementa Unidade 2 3 Atividade proposta Projeto Estrutural Edificação Desenvolvimento da atividade Calcular a armadura Transversal e verificar os estados limites de fissuração Atividade vinculada ao conteúdo da ementa Unidade 4 4 Atividade proposta Projeto Estrutural Edificação Desenvolvimento da atividade Calcular A deformação na Viga V5 Atividade vinculada ao conteúdo da ementa Unidade 5 5 Atividade proposta Projeto Estrutural Edifício Desenvolvimento da atividade Calcular a Armadura das lajes Atividade vinculada ao conteúdo da ementa Unidade 6 Onde fyk é a resistência característica ao escoamento fyd é a resistência de cálculo ao escoamento dada por fykγs γs é igual a 115 Como em todo aço carbono a resistência ao escoamento na tração é igual à resistência ao escoamento na compressão bem como a resistência última na ruptura Segue abaixo uma tabela de características de barras de aço para CA Classe de agressividade e patologias As patologias no concreto podem ser de origens físicas ou químicas Físicas Erosão por abrasão Desgaste da superfície do concreto em contato com o meio ambiente muito comum em pisos e revestimentos de concreto Erosão por cavitação Desgaste ocorrido em canais de água ou outro tipo de líquido em alta velocidade as bolhas de ar produzidas pela turbulência do escoamento liberam bastante energia e afetam as camadas superficiais do concreto destes elementos estruturais Deformações Excessivas Podem ser produzidas por recalques diferenciais de fundações ou mesmo por excesso de carga nas estruturas A deformação lenta do concreto ao longo do tempo provocada pela retração e fluência será visto mais a diante produzem patologias nas peças estruturais e principalmente nas alvenarias Químicas Solubilização dos elementos do concreto por águas ácidas Ocorre pela transformação do composto de cálcio existente no concreto por sais solúveis em água A agressão só é possível se houver percolação de água pelos poros do concreto Ação de águas Sulfatadas Caracterizase pelo ataque ao componente Aluminato tricálcico C3A existente na pasta do cimento Uma solução é a diminuição do C3A com a adição de óxido férrico são os chamados cimentos resistentes a sulfatos Cimento Portland CP RS Reação álcalíagregado Ocorre devido a reação dos componentes alcalinos do cimento com componentes de certos agregados produzindo uma reação expansiva A reação expansiva mais importante é a álcalísílica que somente ocorrerá quando houver sílica reativa álcalis e água suficiente para que possa ocorrer a expansão A pozolana microsílica é um componente capaz de acelerar a reação dos álcalis com sílica ainda na fase de concreto fresco consumindo os álcalis do cimento evitandose assim que a reação ocorra após o endurecimento do concreto Esta é a base do chamado Cimento Pozolânico CPIV Corrosão da armadura A corrosão de armaduras de concreto se dá por um processo eletroquímico em que a diferença de potencial elétrico entre as barras ou em pontos diferentes da mesma barra contribui para a movimentação de íons de um ponto para o outro causando oxidação do metal ferroso aço das barras O fenômeno transforma o aço em óxido de ferro e é um fenômeno expansivo daí o fato das camadas de cobrimento da armadura se romperem quando há oxidação avançada da armadura As armaduras de aço dentro da massa de concreto são protegidas contra corrosão pelo fenômeno da passivação do aço Devido a O valor de Ecs é ai Eci que é aproximadamente a diferença entre as inclinações das duas retas No dimensionameno a flexão este é o valor do módulo de elasticidade longitudinal que será utilizado O valor de ai é dado pela expressão 08 02 fck80 10 Tabela 81 Valores estimados de módulo de elasticidade em função da resistência característica à compressão do concreto considerando o uso de granito como agregado graudo Propriedades do aço para concreto armado Os aços para concreto são ligas ferrocarbono com teor de carbono de até 2 contendo apenas os elementos residuais resultantes do processo de fabricação Mn Si P e S Os aços podem ser do tipo doce meio duros e duros sendo que os aços do tipo doce possuem cerca de 025 de carbono e são utilizados na fabricação do aço CA 25 Os aços meio duros possuem teor de carbono entre 025 e 050 e são utilizados na fabricação do aço CA 50 Por fim os aços chamados duros com teor de carbono acima de 050 são utilizados na fabricação de cordoalhas para protensão Em relação ao processo de fabricação dos aços são laminados a quente onde sua forma final é obtida por laminação a alta temperatura 800 C Possui alta resistência mecânica grande ductilidade e podem ser facilmente soldados Podem também serem trefilados a frio ou encruados sua forma é obtida por trabalho mecânico trefilação em aços de menor resistência sua resistência mecânica é obtida das tensões introduzidas no trabalho a frio Estes aços possuem baixa ductilidade e não devem ser soldados Nos projetos de estruturas de concreto armado deve ser utilizado aço classificado pela NBR 74801996 nas categorias CA25 CA50 e CA60 em que CA significa concreto armado e o número representa o valor característico da resistência de escoamento do aço em kNcm² Os diâmetros e seções transversais nominais devem ser os estabelecidos na NBR 74801996 A superfície das barras de aço pode ser lisa ou com mossas para conferir à barra alta aderência ao concreto Para cada categoria de aço o coeficiente de conformação superficial mínimo n1 deve atender ao indicado na NBR 74801996 Para a NBR 6118 2023 a conformação de aderência n1 como estabelecido na tabela abaixo A massa específica do aço de armaduras passivas pode ser adotada com o valor de 7850kgm³ O Coeficiente de dilatação térmica no intervalo de 20 C e 150 C pode ser tomado como o valor de 105C e o módulo de elasticidade Es na falta de ensaios é igual a 210 GPa 21000kNcm² O diagrama de tensão e deformação do aço pode ser simplificado pelo diagrama abaixo cuja fase elástica se dá até o momento de deformação máxima ε₂ 002 COMBINAÇÃO DE AÇÕES PROJETO DE ESTRUTURA DE CONCRETO Tabela 111 Coeficiente γ1 γ11γ13 Combinacões de ações Ações Permanentes Variáveis Protensão Recalques de apoio e retração Normais Especiais ou de construção Excepcionais onde D é desfavorável F é favorável G representa as cargas variáveis em geral e T é a temperatura Para as cargas permanentes de pequena variabilidade como o peso próprio das estruturas especialmente as prémoldadas esse coeficiente pode ser reduzido para 13 Clube da Estrutura O CEB comitê europeu de concreto recomenda para ao tempo de cura dos elementos estruturais uma relação entre a classe de agressividade o clima na região da concretagem a sensibilidade do concreto relação água cimento O gráfico abaixo pode ser utilizado com segurança para as estruturas usuais Tempos recomendados pelo CEB 183 1989 Clima durante a Cura secoquentevento úmido nenhuma sensível Agressividade ambiental durante a vida útil sensibilidade do concreto ac Tempo de cura Aresta 1 1 a 3 dias Aresta 2 5 a 7 dias Aresta 3 10 a 14 dias Capítulo 2 Análise estrutural Segurança e Desempenho As ações em edifícios de concreto armado podem ser de origem permanente g ou variável q As cargas permanentes são advindas do peso próprio das estruturas e dos objetos eou equipamentos que compõem a estrutura estas cargas não variam ao longo da vida útil do edifício ou pelo menos não poderiam variar Já as cargas de origem variáveis como próprio nome diz são acidentais e ocorrem em ciclos alternados durante a vida da estrutura As cargas acidentais são as sobrecargas de móveis pessoas ações de vento sismos e outras que por ventura possam ocorrer na estrutura O gráfico abaixo mostra o comportamento das ações variáveis sobrecarga e vento e permanentes em uma estrutura EXEMPLO Dada a seção da viga abaixo calcular a armadura As necessária para atender ao momento de cálculo solicitante de 475kNm Dados CAA II Concreto 25MPa Aço CA50 M d k f c b w d ² Prof Ronilson F S PROJETO DE ESTRUTURA DE CONCRETO Tabela 112 Valores do coeficiente γ12 Ações γ12 γ12 ψ1 a ψ2 Cargas acidentais de edifícios Locais em que não há predominância de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo nem de elevadas concentrações de pessoas b Locais em que há predominância de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo ou de elevada concentração de pessoas c Biblioteca arquivos oficinas e garagens Vento Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral Temperatura Variações uniformes de temperatura em relação à média anual local Para os valores de ψ1 relativos às pontes e principalmente para os problemas de fadiga ver Seção 23 Edifícios residenciais Edifícios comerciais de escritórios estações e edifícios públicos Sd Rd Onde Sd é a somatória das ações com seus respectivos coeficientes de ponderação e Rd é a resistência da peça minorada com seus respectivos coeficientes de minoração Os coeficientes de minoração e majoração das ações são dados pela tabela abaixo Tabela 111 Coeficiente γmaγm1γm3 Combinações de ações Ações Permanentes Variáveis Protensão Recalques de apoio e retração g q p D F G T D F D F Normais 14a 10 14 12 12 09 12 0 Especiais ou de construção 13 10 12 10 12 09 12 0 Excepcionais 12 10 10 0 12 09 12 0 onde D é desfavorável F é favorável G representa as cargas variáveis em geral e T é a temperatura a Para as cargas permanentes de pequena variabilidade como o peso próprio das estruturas especialmente as prémoldadas esse coeficiente pode ser reduzido para 13 tabela 111 NBR 61182023 Tabela 112 Valores do coeficiente γm2 Ações γm2 γm2 γm2 γ0 γ1 γ2 Cargas acidentais de edifícios Locais em que não há predominância de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo nem de elevadas concentrações de pessoas 05 04 03 Locais em que há predominância de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo ou de elevada concentração de pessoas 07 06 04 Biblioteca arquivos oficinas e garagens 08 07 06 Vento Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 06 03 Temperatura Variações uniformes de temperatura em relação à média anual local 06 05 03 tabela 112 NBR 61182023 O coeficiente γm2 é utilizado para majorar a ação principal e o coeficiente γm2 para minorar a ação secundária quando se tem nas combinações de cálculo mais de uma ação variável 25 36 No cálculo das combinações de e ações deve ser utilizado a NBR 612080 carga para cálculo de estruturas de edificações esta norma possui uma relação de valores característicos de ações permanentes e variáveis Estes valores devem ser majorados ou minorados nas combinações de cálculo no ELU A equação para o cálculo da combinação de ações em ELU é dada pela NBR 8681 Onde Fdk são valores característicos de ações permanentes Fd1k são valores característicos de ações variáveis principais Fdjk são valores de característicos de outras ações variáveis γ é o coeficiente de ponderação tabelados ψ é o fator de combinação tabelados Ação da água O nível dágua adotado para cálculo de reservatórios tanques decantadores e outros deve ser igual ao máximo possível compatível com o sistema de extravasão considerando apenas o coeficiente γm1 12 conforme NBR 8681 Nas estruturas em que a água de chuva possa ficar retida deve ser considerada a presença de uma lâmina de água correspondente ao nível da drenagem efetivamente garantida pela construção item 11413 NBR 61182023 Estados limites de Serviço ELS O estado limite último como visto anteriormente será sempre utilizado para o cálculo da resistência da estrutura na situação mais extrema que a peça poderá ser solicitada em toda sua vida útil Será visto mais tarde que para dimensionar a armadura da seção utilizaremos sempre o ELU No entanto as estruturas em geral e em particular as de concreto também devem ser verificadas em situação de serviço chamado aqui de Estado Limite de Serviço ou simplesmente ELS As combinações de cálculo no ELS serão compostas sempre dos valores característicos das ações e da sobrecarga minorada em um determinado fator denominado Ψ1 ou Ψ2 que são dadas pela tabela 112 da NBR 6118 Já as combinações de cálculo variam conforme a característica das cargas e são dadas pela tabela 114 da NBR 6118 26 Tabela 3 Requisitos para o concreto em condições especiais de exposição Máxima relação águacimento em massa para concreto com agregado normal Mínimo valor de fck para concreto com agregado normal ou leve MPa Condições de exposição Condições em que é necessário um concreto de baixa permeabilidade à água por exemplo em caixas dágua 050 35 Exposição a processos de congelamento e descongelamento em condições de umidade ou a agentes químicos de degelo 045 40 Exposição a cloretos provenientes de agentes químicos de degelo sais água salgada água do mar ou respingos ou borrifação desses agentes 045 40 tabela 2 NBR 126552015 Em casos especiais que possam ser feitos ensaios ou mesmo que se tenha os dados técnicos suficientes para a análise do ambiente aquoso agressivo que será submetido o concreto a NBR 126552015 fornece tabelas que facilitam a análise da classe de agressividade que deverá ser utilizada no projeto Tabela A1 Características recomendadas para concreto exposto a soluções aquosas agressivas Condições de exposição em função da agressividade pH b CO2 agressivo mgL Íon magnésio mgL Íon Amônia mgL Resíduo sólido mgL Ver Bibliografia 10 Máxima relação água cimento Minimo fck MPa Fraca 7 a 6 30 100 100 150 Conforme Tabela 2 Conforme Tabela 2 Moderada 6 a 55 30 a 45 100 a 200 100 a 150 150 a 50 050 35 Severa c 55 45 200 150 50 045 40 Esta Tabela não é exaustiva e para casos especiais e outras questões complementares como o tipo e consumo de cimento bem como da espessura mínima de cobrimento devese consultar um especialista ou fazer uso de procedimentos e normas internacionais aplicáveis e aceitos pela comunidade teconcientífica como as constantes da bibliografia desta Norma que foi utilizada para a elaboração deste Anexo Propriedade adimensional tabela A1 NBR 126552015 19 Tabela 4 Requisitos para concreto exposto a soluções contendo sulfatos Sulfato solúvel em água SO4 presente no solo Sulfato solúvel SO4 presente na água Máxima relação água cimento em massa para concreto com agregado normal a Minimo fck para concreto com agregado normal ou leve MPa Condições de exposição em função da agressividade em massa ppm Conforme Tabela 2 Conforme Tabela 2 Fraca 00 a 010 0 a 150 050 35 Moderada b 010 a 020 150 a 1 500 050 35 Severa c Acima de 020 Acima de 1 500 045 40 a Baixa relação águacimento ou elevada resistência podem ser necessárias para a obtenção de baixa permeabilidade do concreto ou proteção contra a corrosão da armadura ou proteção a processos de congelamento e degelo b A água do mar é considerada para efeito do ataque de sulfatos como condição de agressividade moderada embora o seu conteúdo de SO4 seja acima de 1500 ppm devido ao fato de que a astringência é solubilizada na presença de cloretos Para condições severas de agressividade devem ser obrigatoriamente usados cimentos resistentes a sulfatos tabela 4 NBR 126552015 A NBR 126552015 estabelece que concretos estruturais não podem ser aditivados com materiais que possuem cloretos em sua composição considerando a contribuição de todos os componentes no concreto devese atentar para os limites teor máximo de íons cloreto constantes na tabela 5 Tabela 5 Teor máximo de íons cloreto para proteção das armaduras do concreto Classe de aggressividade 522 Condições de serviço da estrutura Teor máximo de íons cloreto Cl no concreto sobre a massa de cimento Todas Concreto protendido 005 III e IV Concreto armado exposto a cloretos nas condições de serviço da estrutura 015 II Concreto armado não exposto a cloretos nas condições de serviço da estrutura 030 I Concreto armado em brandas condições de exposição seco ou protegido da umidade nas condições de serviço da estrutura 040 tabela 4 NBR 126552015 Outras medidas devem ser tomadas para garantir a longevidade da estrutura detalhes arquitetônicos como pingadeiras execução de mísulas nos encontros de paredes estruturais de concreto juntas de dilatação protegidas com elementos impermeabilizantes entre outros Contudo a NBR 149312003 Execução de estruturas de concreto Procedimento define critérios para a execução das estruturas que visam garantir a 20 longevidade e a segurança das peças de concreto armado Segue abaixo alguns dos principais itens que devem ser atendidos em relação a estes requisitos de qualidade Concretagem em temperatura muito fria A temperatura da massa de concreto no momento do lançamento não deve ser inferior a 5C A concretagem deve ser suspensa sempre que estiver prevista queda na temperatura ambiente para abaixo de 0C nas 48 h seguintes Concretagem em temperatura muito quente Quando a concretagem for efetuada em temperatura ambiente muito quente 35C e em especial quando a umidade relativa do ar for baixa 50 e a velocidade do vento alta 30 ms devem ser adotadas as medidas necessárias para evitar a perda de consistência e reduzir a temperatura da massa de concreto Imediatamente após as operações de lançamento e adensamento devem ser tomadas providências para reduzir a perda de água do concreto A concretagem deve ser suspensa se as condições ambientais forem adversas com temperatura ambiente superior a 40C ou vento acima de 60 ms Juntas de concretagem O concreto deve ser perfeitamente adensado até a superfície da junta usandose fórm as temporárias quando necessário para garantir apropriadas condições de adensamento Antes da aplicação do concreto deve ser feita a remoção cuidadosa de detritos Antes de reiniciar o lançamento do concreto deve ser removida a nata da pasta de cimento e feita a limpeza da superfície da junta com a retirada do material solto Pode ser necessário para se obter a aderência desejada o jateamento de abrasivos ou o apicoamento da superfície da junta com posterior lavagem de modo a deixar aparente o agregado graúdo Nesses casos o concreto já endurecido deve ter resistência suficiente para não sofrer perda indesejável de material gerando a formação de vazios na região da junta de concretagem Podem ser utilizados produtos para melhorar a aderência entre as camadas de concreto em uma junta de concretagem desde que não causem danos ao concreto e seja possível comprovar desempenho ao menos igual ao dos métodos tradicionalmente utilizados As juntas de concretagem sempre que possível devem ser previstas no projeto estrutural e estar localizadas onde forem menores os esforços de cisalhamento preferencialmente em posição normal aos esforços de compressão No caso de vigas ou lajes apoiadas em pilares ou paredes o lançamento do concreto deve ser interrompido no plano horizontal JUNTA HORIZONTAL NORMALIZADA JUNTA VERTICAL UTILIZADA NA PRÁTICA Tempo de permanência de escoramentos e fôrmas Escoramentos e fôrmas não devem ser removidos em nenhum caso até que o concreto tenha adquirido resistência suficiente para a Suportar a carga imposta ao elemento estrutural nesse estágio b Evitar deformações que excedam as tolerâncias especificadas c Resistir a danos para a superfície durante a remoção d Se a fôrma for parte integrante do sistema de cura como no caso de pilares e laterais de vigas o tempo de remoção deve considerar os requisitos de cura Cura do Concreto Cura é o conjunto de operações ou procedimentos adotados para proteger a superfície dos elementos estruturais contra temperaturas muito altas ou muito baixas impactos desgastes prematuros dessecação prematura e principalmente evitar que a água usada no amassamento e destinada à hidratação do cimento evapore precocemente ao ambiente pelas regiões superficiais do concreto Figueiredo 2008 A cura é sempre necessária para evitar que a água usada no amassamento e destinada à hidratação do cimento evapore precocemente ao ambiente pelas regiões superficiais do concreto A água é parte integrante do processo de pega e endurecimento consequentemente não poderá ser perdida sob pena de deixar vazios e criar esforços de retração hidráulica Desta forma quando uma mistura corretamente dosada é seguida de cura úmida durante os primeiros estágios de endurecimento será conferido ao concreto as melhores condições para se tornar um material de baixa permeabilidade de baixa absorção de água de alta resistência à carbonatação e à difusão de íons e com resistência mecânica e durabilidade adequada Fernandes 2008 22
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EXEMPLO 2 Dada a seção da viga abaixo calcular a armadura As necessária para atender ao momento de cálculo solicitante de 95kNm Dados CAA II Concreto 25MPa Aço CA50 15 35 CONCRETO 1 FNS EM VIGAS DE CA k 95 x 100 152 x 15 x 31² 0433 As 152 x 15 x 31 4345 x 1 1 2 x 0433 1033 cm² Nº 1033 201 5 ø 16 Prof Ronilson F Souz Tabela 61 Classes de agressividade ambiental CAA Classe de agressividade ambiental Agressividade Classificação geral do tipo de ambiente para efeito de projeto Risco de deterioração da estrutura I Fraca Rural Insignificante II Moderada Submersa Urbana a b Pequeno III Forte Marinha a Industrial a b Grande IV Muito forte Industrial a c Respingos de maré Elevado a Podese admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda um nivel acima para ambientes internos secos salas dormitório banheiros cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura b Podese admitir uma classe de agressividade mais branda um nivel acima em obras em regiões de clima seco com umidade média relativa ao menor ou igual a 65 partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos ou regiões onde raramente chove c Ambientes quimicamente agressivos tanques industriais galvanoplastia branqueamento em indústrias de celulose e papel armazéns de fertilizantes industrias químicas tabela 61 NBR 61182023 Tabela 2 Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto Concreto Tipo Classe de agressividade I II III IV Relação águacimento em massa CA 065 060 055 045 CP 060 055 050 045 Classe de concreto ABNT NBR 8953 CA C20 C25 C30 C40 CP C25 C30 C35 C40 Consumo de cimento Portland por metro cúbico de concreto kgm³ CA e CP 260 280 320 360 CA Componentes e elementos estruturais de concreto armado CP Componentes e elementos estruturais de concreto protendido tabela 71 NBR 61182023 Tabela 72 Correspondência entre a classe de agressividade ambiental e o cobrimento nominal para Δc 10 mm Tipo de estrutura Componente ou elemento Classe de agressividade ambiental Tabela 61 I II III IVc Cobrirnento nominal mm Laje b 20 25 35 45 Concreto armado Vigapilar 25 30 40 50 Elementos estruturais em contato com o solo d 30 40 50 Concreto protendido d Laje 25 30 40 50 Vigapilar 30 35 45 55 a Cobrimento nominal da bainha ou dos fios cabos e cordoalhas O cobrimento da armadura passiva deve respeitar os coberturas para concreto armado b Para a fase superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso com revestimentos finos secos tipo carpete e madeira com argamassa de revestimento e acabamento como pisos de elevada desempenho pisos cerâmicos pisos asfálticos e outros as exigências desta Tabela podem ser substituídas pelas de 7475 respeitado um cobrimento nominal 15 mm c Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios estações de tratamento de água e esgoto condutos de esgoto canaletas de escoamento e outras obras em ambientes química e intensamente agressivos a armadura deve ter cobrimento nominal 45 mm d No trecho dos pilares em contato com o solo junto aos elementos de fundação a armadura deve ter cobrimento nominal 45 mm tabela 72 NBR 61182023 Para condições especiais de exposição os concretos devem atender aos requisitos da tabela 2 da NBR 12655 17 18 1 Para as condições de preparo C nos concretos de 15MPa o consumo mínimo de cimento é de 350kgm³ de concreto tabela 6 NBR 126552006 É importante frisar que em situações rotineiras de obras estes controles não são atendidos quando o concreto é realizado na obra com betoneiras Se formos seguir ao pé da letra a normatização somente poderíamos rolar na obra concretos com fck até 25MPa Além deste limite seria necessária a utilização de uma pequena estação de concretagem fato que oneraria muito obras de pequeno porte A recomendação é que para concretos com fck acima de 25MPa sejam sempre utilizados concretos usinados Resistência do concreto em j dias A resistência característica do concreto é definida aos 28 dias porém em diversas situações devemos conhecer a resistência prevista do concreto em uma data menor que 28 dias como por exemplo a necessidade de retiradas de escoramentos e a realização de protensão Neste caso devese calcular a resistência com base na equação fckj fck β1 β1 exp 5 x 1 28t0 Sendo o valor de s variando em função da tabela abaixo 038 CPII e CPIV 025 CPI e CPII 020 CPV ARI Resistência a Tração do concreto fct A resistência à tração do concreto é muito pequena em relação a sua resistência característica de compressão da ordem de 10 vezes menor o valor deve sempre ser verificado por intermédio de ensaios de laboratório ensaios de tração direta ou ensaios de compressão diametral que estima a resistência do concreto através do fendilhamento do corpo de prova Outro ensaio é a resistência a tração na flexão Tração direta fctm Compressão Diametral fctsp Flexão fctf A NBR 61182023 estabelece que a resistência à tração direta fct vale aproximadamente 09 fctm ou 07fctsp contudo na falta destes ensaios a resistência a tração média pode ser calculada em função do fck sendo o valor dado pelas expressões Para concretos de classes até C50 fctm 03 fck²³ Para concreto de classes C50 até C90 fctcm 212 ln 1 011 fck Os valores mínimos e máximos inferior e superior de fct são iguais a fctinf 07 fctcm fctsup 13 fctcm Módulo de Elasticidade Longitudinal E Segundo a NBR 61182023 o módulo de elasticidade do concreto deve ser obtido através de ensaios O comportamento do concreto na compressão não apresenta como no aço uma curva composta de uma fase elástica seguida de um patamar de escoamento estricção e ruptura no concreto a curva é parabólica porém foi simplificada pela NBR em dois trechos um parabólico seguido de um trecho reto após a plastificação do material e foi idealizado na nova NBR com a seguinte expressão 6 7 8 Cálculo da Armadura Longitudinal Tracionada As k Md fc bw d2 kc yd 1 y2d yd α kc α 1 α2 α2 2 α kc 0 α 1 12 4 12 kc 2 12 DUCTILIDADE É A CAPACIDADE QUE O MATERIAL TEM DE SE DEFORMAR ANTES DE ROMPER RUPTURA DÚCTIL 1º CASO A RUPTURA SE DÁ COM GRANDE DEFORMAÇÃO RUPTURA FRÁGIL 2º CASO A RUPTURA SE DÁ COM PEQUENA DEFORMAÇÃO Image 5 is not fully visible and text is not clear for accurate extraction Parâmetros TDE CONCRETO 1 20241 Peso da laje kNm2 Piso kNm2 Sobrecarga SC kNm2 Forro kNm2 Altura da parede m largura da parede em cm 155 1 3 03 25 12 ALUNO TDE 1 CÁLCULO DE ESFORÇOS NAS VIGAS Calcula ra os diagramas de momento fletor e força cortante para as vigas V1 V2 V3 V4 Simplificadamente considerar na viga V7 somente as cargas de alvenaria e peso próprio da viga Utilizar os carregamentos da tabela de parâmetros individual Os parâmetros são passados aos alunos em salas de aula ATENÇÃO O trabalho deve ser realizado pela teoria aplicada em sala de aula trabalhos resolvidos com outras teorias ou por softwares terão nota zero Atividades Propostas 1 Atividade proposta Projeto Estrutural Edificação Desenvolvimento da atividade Calcular Os Esforços nas Vigas Atividade vinculada ao conteúdo da ementa Unidade 1 2 Atividade proposta Projeto Estrutural Edificação Desenvolvimento da atividade Calcular a Armadura longitudinal das Vigas e detalhar as armaduras longitudinais Atividade vinculada ao conteúdo da ementa Unidade 2 3 Atividade proposta Projeto Estrutural Edificação Desenvolvimento da atividade Calcular a armadura Transversal e verificar os estados limites de fissuração Atividade vinculada ao conteúdo da ementa Unidade 4 4 Atividade proposta Projeto Estrutural Edificação Desenvolvimento da atividade Calcular A deformação na Viga V5 Atividade vinculada ao conteúdo da ementa Unidade 5 5 Atividade proposta Projeto Estrutural Edifício Desenvolvimento da atividade Calcular a Armadura das lajes Atividade vinculada ao conteúdo da ementa Unidade 6 Onde fyk é a resistência característica ao escoamento fyd é a resistência de cálculo ao escoamento dada por fykγs γs é igual a 115 Como em todo aço carbono a resistência ao escoamento na tração é igual à resistência ao escoamento na compressão bem como a resistência última na ruptura Segue abaixo uma tabela de características de barras de aço para CA Classe de agressividade e patologias As patologias no concreto podem ser de origens físicas ou químicas Físicas Erosão por abrasão Desgaste da superfície do concreto em contato com o meio ambiente muito comum em pisos e revestimentos de concreto Erosão por cavitação Desgaste ocorrido em canais de água ou outro tipo de líquido em alta velocidade as bolhas de ar produzidas pela turbulência do escoamento liberam bastante energia e afetam as camadas superficiais do concreto destes elementos estruturais Deformações Excessivas Podem ser produzidas por recalques diferenciais de fundações ou mesmo por excesso de carga nas estruturas A deformação lenta do concreto ao longo do tempo provocada pela retração e fluência será visto mais a diante produzem patologias nas peças estruturais e principalmente nas alvenarias Químicas Solubilização dos elementos do concreto por águas ácidas Ocorre pela transformação do composto de cálcio existente no concreto por sais solúveis em água A agressão só é possível se houver percolação de água pelos poros do concreto Ação de águas Sulfatadas Caracterizase pelo ataque ao componente Aluminato tricálcico C3A existente na pasta do cimento Uma solução é a diminuição do C3A com a adição de óxido férrico são os chamados cimentos resistentes a sulfatos Cimento Portland CP RS Reação álcalíagregado Ocorre devido a reação dos componentes alcalinos do cimento com componentes de certos agregados produzindo uma reação expansiva A reação expansiva mais importante é a álcalísílica que somente ocorrerá quando houver sílica reativa álcalis e água suficiente para que possa ocorrer a expansão A pozolana microsílica é um componente capaz de acelerar a reação dos álcalis com sílica ainda na fase de concreto fresco consumindo os álcalis do cimento evitandose assim que a reação ocorra após o endurecimento do concreto Esta é a base do chamado Cimento Pozolânico CPIV Corrosão da armadura A corrosão de armaduras de concreto se dá por um processo eletroquímico em que a diferença de potencial elétrico entre as barras ou em pontos diferentes da mesma barra contribui para a movimentação de íons de um ponto para o outro causando oxidação do metal ferroso aço das barras O fenômeno transforma o aço em óxido de ferro e é um fenômeno expansivo daí o fato das camadas de cobrimento da armadura se romperem quando há oxidação avançada da armadura As armaduras de aço dentro da massa de concreto são protegidas contra corrosão pelo fenômeno da passivação do aço Devido a O valor de Ecs é ai Eci que é aproximadamente a diferença entre as inclinações das duas retas No dimensionameno a flexão este é o valor do módulo de elasticidade longitudinal que será utilizado O valor de ai é dado pela expressão 08 02 fck80 10 Tabela 81 Valores estimados de módulo de elasticidade em função da resistência característica à compressão do concreto considerando o uso de granito como agregado graudo Propriedades do aço para concreto armado Os aços para concreto são ligas ferrocarbono com teor de carbono de até 2 contendo apenas os elementos residuais resultantes do processo de fabricação Mn Si P e S Os aços podem ser do tipo doce meio duros e duros sendo que os aços do tipo doce possuem cerca de 025 de carbono e são utilizados na fabricação do aço CA 25 Os aços meio duros possuem teor de carbono entre 025 e 050 e são utilizados na fabricação do aço CA 50 Por fim os aços chamados duros com teor de carbono acima de 050 são utilizados na fabricação de cordoalhas para protensão Em relação ao processo de fabricação dos aços são laminados a quente onde sua forma final é obtida por laminação a alta temperatura 800 C Possui alta resistência mecânica grande ductilidade e podem ser facilmente soldados Podem também serem trefilados a frio ou encruados sua forma é obtida por trabalho mecânico trefilação em aços de menor resistência sua resistência mecânica é obtida das tensões introduzidas no trabalho a frio Estes aços possuem baixa ductilidade e não devem ser soldados Nos projetos de estruturas de concreto armado deve ser utilizado aço classificado pela NBR 74801996 nas categorias CA25 CA50 e CA60 em que CA significa concreto armado e o número representa o valor característico da resistência de escoamento do aço em kNcm² Os diâmetros e seções transversais nominais devem ser os estabelecidos na NBR 74801996 A superfície das barras de aço pode ser lisa ou com mossas para conferir à barra alta aderência ao concreto Para cada categoria de aço o coeficiente de conformação superficial mínimo n1 deve atender ao indicado na NBR 74801996 Para a NBR 6118 2023 a conformação de aderência n1 como estabelecido na tabela abaixo A massa específica do aço de armaduras passivas pode ser adotada com o valor de 7850kgm³ O Coeficiente de dilatação térmica no intervalo de 20 C e 150 C pode ser tomado como o valor de 105C e o módulo de elasticidade Es na falta de ensaios é igual a 210 GPa 21000kNcm² O diagrama de tensão e deformação do aço pode ser simplificado pelo diagrama abaixo cuja fase elástica se dá até o momento de deformação máxima ε₂ 002 COMBINAÇÃO DE AÇÕES PROJETO DE ESTRUTURA DE CONCRETO Tabela 111 Coeficiente γ1 γ11γ13 Combinacões de ações Ações Permanentes Variáveis Protensão Recalques de apoio e retração Normais Especiais ou de construção Excepcionais onde D é desfavorável F é favorável G representa as cargas variáveis em geral e T é a temperatura Para as cargas permanentes de pequena variabilidade como o peso próprio das estruturas especialmente as prémoldadas esse coeficiente pode ser reduzido para 13 Clube da Estrutura O CEB comitê europeu de concreto recomenda para ao tempo de cura dos elementos estruturais uma relação entre a classe de agressividade o clima na região da concretagem a sensibilidade do concreto relação água cimento O gráfico abaixo pode ser utilizado com segurança para as estruturas usuais Tempos recomendados pelo CEB 183 1989 Clima durante a Cura secoquentevento úmido nenhuma sensível Agressividade ambiental durante a vida útil sensibilidade do concreto ac Tempo de cura Aresta 1 1 a 3 dias Aresta 2 5 a 7 dias Aresta 3 10 a 14 dias Capítulo 2 Análise estrutural Segurança e Desempenho As ações em edifícios de concreto armado podem ser de origem permanente g ou variável q As cargas permanentes são advindas do peso próprio das estruturas e dos objetos eou equipamentos que compõem a estrutura estas cargas não variam ao longo da vida útil do edifício ou pelo menos não poderiam variar Já as cargas de origem variáveis como próprio nome diz são acidentais e ocorrem em ciclos alternados durante a vida da estrutura As cargas acidentais são as sobrecargas de móveis pessoas ações de vento sismos e outras que por ventura possam ocorrer na estrutura O gráfico abaixo mostra o comportamento das ações variáveis sobrecarga e vento e permanentes em uma estrutura EXEMPLO Dada a seção da viga abaixo calcular a armadura As necessária para atender ao momento de cálculo solicitante de 475kNm Dados CAA II Concreto 25MPa Aço CA50 M d k f c b w d ² Prof Ronilson F S PROJETO DE ESTRUTURA DE CONCRETO Tabela 112 Valores do coeficiente γ12 Ações γ12 γ12 ψ1 a ψ2 Cargas acidentais de edifícios Locais em que não há predominância de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo nem de elevadas concentrações de pessoas b Locais em que há predominância de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo ou de elevada concentração de pessoas c Biblioteca arquivos oficinas e garagens Vento Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral Temperatura Variações uniformes de temperatura em relação à média anual local Para os valores de ψ1 relativos às pontes e principalmente para os problemas de fadiga ver Seção 23 Edifícios residenciais Edifícios comerciais de escritórios estações e edifícios públicos Sd Rd Onde Sd é a somatória das ações com seus respectivos coeficientes de ponderação e Rd é a resistência da peça minorada com seus respectivos coeficientes de minoração Os coeficientes de minoração e majoração das ações são dados pela tabela abaixo Tabela 111 Coeficiente γmaγm1γm3 Combinações de ações Ações Permanentes Variáveis Protensão Recalques de apoio e retração g q p D F G T D F D F Normais 14a 10 14 12 12 09 12 0 Especiais ou de construção 13 10 12 10 12 09 12 0 Excepcionais 12 10 10 0 12 09 12 0 onde D é desfavorável F é favorável G representa as cargas variáveis em geral e T é a temperatura a Para as cargas permanentes de pequena variabilidade como o peso próprio das estruturas especialmente as prémoldadas esse coeficiente pode ser reduzido para 13 tabela 111 NBR 61182023 Tabela 112 Valores do coeficiente γm2 Ações γm2 γm2 γm2 γ0 γ1 γ2 Cargas acidentais de edifícios Locais em que não há predominância de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo nem de elevadas concentrações de pessoas 05 04 03 Locais em que há predominância de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo ou de elevada concentração de pessoas 07 06 04 Biblioteca arquivos oficinas e garagens 08 07 06 Vento Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 06 03 Temperatura Variações uniformes de temperatura em relação à média anual local 06 05 03 tabela 112 NBR 61182023 O coeficiente γm2 é utilizado para majorar a ação principal e o coeficiente γm2 para minorar a ação secundária quando se tem nas combinações de cálculo mais de uma ação variável 25 36 No cálculo das combinações de e ações deve ser utilizado a NBR 612080 carga para cálculo de estruturas de edificações esta norma possui uma relação de valores característicos de ações permanentes e variáveis Estes valores devem ser majorados ou minorados nas combinações de cálculo no ELU A equação para o cálculo da combinação de ações em ELU é dada pela NBR 8681 Onde Fdk são valores característicos de ações permanentes Fd1k são valores característicos de ações variáveis principais Fdjk são valores de característicos de outras ações variáveis γ é o coeficiente de ponderação tabelados ψ é o fator de combinação tabelados Ação da água O nível dágua adotado para cálculo de reservatórios tanques decantadores e outros deve ser igual ao máximo possível compatível com o sistema de extravasão considerando apenas o coeficiente γm1 12 conforme NBR 8681 Nas estruturas em que a água de chuva possa ficar retida deve ser considerada a presença de uma lâmina de água correspondente ao nível da drenagem efetivamente garantida pela construção item 11413 NBR 61182023 Estados limites de Serviço ELS O estado limite último como visto anteriormente será sempre utilizado para o cálculo da resistência da estrutura na situação mais extrema que a peça poderá ser solicitada em toda sua vida útil Será visto mais tarde que para dimensionar a armadura da seção utilizaremos sempre o ELU No entanto as estruturas em geral e em particular as de concreto também devem ser verificadas em situação de serviço chamado aqui de Estado Limite de Serviço ou simplesmente ELS As combinações de cálculo no ELS serão compostas sempre dos valores característicos das ações e da sobrecarga minorada em um determinado fator denominado Ψ1 ou Ψ2 que são dadas pela tabela 112 da NBR 6118 Já as combinações de cálculo variam conforme a característica das cargas e são dadas pela tabela 114 da NBR 6118 26 Tabela 3 Requisitos para o concreto em condições especiais de exposição Máxima relação águacimento em massa para concreto com agregado normal Mínimo valor de fck para concreto com agregado normal ou leve MPa Condições de exposição Condições em que é necessário um concreto de baixa permeabilidade à água por exemplo em caixas dágua 050 35 Exposição a processos de congelamento e descongelamento em condições de umidade ou a agentes químicos de degelo 045 40 Exposição a cloretos provenientes de agentes químicos de degelo sais água salgada água do mar ou respingos ou borrifação desses agentes 045 40 tabela 2 NBR 126552015 Em casos especiais que possam ser feitos ensaios ou mesmo que se tenha os dados técnicos suficientes para a análise do ambiente aquoso agressivo que será submetido o concreto a NBR 126552015 fornece tabelas que facilitam a análise da classe de agressividade que deverá ser utilizada no projeto Tabela A1 Características recomendadas para concreto exposto a soluções aquosas agressivas Condições de exposição em função da agressividade pH b CO2 agressivo mgL Íon magnésio mgL Íon Amônia mgL Resíduo sólido mgL Ver Bibliografia 10 Máxima relação água cimento Minimo fck MPa Fraca 7 a 6 30 100 100 150 Conforme Tabela 2 Conforme Tabela 2 Moderada 6 a 55 30 a 45 100 a 200 100 a 150 150 a 50 050 35 Severa c 55 45 200 150 50 045 40 Esta Tabela não é exaustiva e para casos especiais e outras questões complementares como o tipo e consumo de cimento bem como da espessura mínima de cobrimento devese consultar um especialista ou fazer uso de procedimentos e normas internacionais aplicáveis e aceitos pela comunidade teconcientífica como as constantes da bibliografia desta Norma que foi utilizada para a elaboração deste Anexo Propriedade adimensional tabela A1 NBR 126552015 19 Tabela 4 Requisitos para concreto exposto a soluções contendo sulfatos Sulfato solúvel em água SO4 presente no solo Sulfato solúvel SO4 presente na água Máxima relação água cimento em massa para concreto com agregado normal a Minimo fck para concreto com agregado normal ou leve MPa Condições de exposição em função da agressividade em massa ppm Conforme Tabela 2 Conforme Tabela 2 Fraca 00 a 010 0 a 150 050 35 Moderada b 010 a 020 150 a 1 500 050 35 Severa c Acima de 020 Acima de 1 500 045 40 a Baixa relação águacimento ou elevada resistência podem ser necessárias para a obtenção de baixa permeabilidade do concreto ou proteção contra a corrosão da armadura ou proteção a processos de congelamento e degelo b A água do mar é considerada para efeito do ataque de sulfatos como condição de agressividade moderada embora o seu conteúdo de SO4 seja acima de 1500 ppm devido ao fato de que a astringência é solubilizada na presença de cloretos Para condições severas de agressividade devem ser obrigatoriamente usados cimentos resistentes a sulfatos tabela 4 NBR 126552015 A NBR 126552015 estabelece que concretos estruturais não podem ser aditivados com materiais que possuem cloretos em sua composição considerando a contribuição de todos os componentes no concreto devese atentar para os limites teor máximo de íons cloreto constantes na tabela 5 Tabela 5 Teor máximo de íons cloreto para proteção das armaduras do concreto Classe de aggressividade 522 Condições de serviço da estrutura Teor máximo de íons cloreto Cl no concreto sobre a massa de cimento Todas Concreto protendido 005 III e IV Concreto armado exposto a cloretos nas condições de serviço da estrutura 015 II Concreto armado não exposto a cloretos nas condições de serviço da estrutura 030 I Concreto armado em brandas condições de exposição seco ou protegido da umidade nas condições de serviço da estrutura 040 tabela 4 NBR 126552015 Outras medidas devem ser tomadas para garantir a longevidade da estrutura detalhes arquitetônicos como pingadeiras execução de mísulas nos encontros de paredes estruturais de concreto juntas de dilatação protegidas com elementos impermeabilizantes entre outros Contudo a NBR 149312003 Execução de estruturas de concreto Procedimento define critérios para a execução das estruturas que visam garantir a 20 longevidade e a segurança das peças de concreto armado Segue abaixo alguns dos principais itens que devem ser atendidos em relação a estes requisitos de qualidade Concretagem em temperatura muito fria A temperatura da massa de concreto no momento do lançamento não deve ser inferior a 5C A concretagem deve ser suspensa sempre que estiver prevista queda na temperatura ambiente para abaixo de 0C nas 48 h seguintes Concretagem em temperatura muito quente Quando a concretagem for efetuada em temperatura ambiente muito quente 35C e em especial quando a umidade relativa do ar for baixa 50 e a velocidade do vento alta 30 ms devem ser adotadas as medidas necessárias para evitar a perda de consistência e reduzir a temperatura da massa de concreto Imediatamente após as operações de lançamento e adensamento devem ser tomadas providências para reduzir a perda de água do concreto A concretagem deve ser suspensa se as condições ambientais forem adversas com temperatura ambiente superior a 40C ou vento acima de 60 ms Juntas de concretagem O concreto deve ser perfeitamente adensado até a superfície da junta usandose fórm as temporárias quando necessário para garantir apropriadas condições de adensamento Antes da aplicação do concreto deve ser feita a remoção cuidadosa de detritos Antes de reiniciar o lançamento do concreto deve ser removida a nata da pasta de cimento e feita a limpeza da superfície da junta com a retirada do material solto Pode ser necessário para se obter a aderência desejada o jateamento de abrasivos ou o apicoamento da superfície da junta com posterior lavagem de modo a deixar aparente o agregado graúdo Nesses casos o concreto já endurecido deve ter resistência suficiente para não sofrer perda indesejável de material gerando a formação de vazios na região da junta de concretagem Podem ser utilizados produtos para melhorar a aderência entre as camadas de concreto em uma junta de concretagem desde que não causem danos ao concreto e seja possível comprovar desempenho ao menos igual ao dos métodos tradicionalmente utilizados As juntas de concretagem sempre que possível devem ser previstas no projeto estrutural e estar localizadas onde forem menores os esforços de cisalhamento preferencialmente em posição normal aos esforços de compressão No caso de vigas ou lajes apoiadas em pilares ou paredes o lançamento do concreto deve ser interrompido no plano horizontal JUNTA HORIZONTAL NORMALIZADA JUNTA VERTICAL UTILIZADA NA PRÁTICA Tempo de permanência de escoramentos e fôrmas Escoramentos e fôrmas não devem ser removidos em nenhum caso até que o concreto tenha adquirido resistência suficiente para a Suportar a carga imposta ao elemento estrutural nesse estágio b Evitar deformações que excedam as tolerâncias especificadas c Resistir a danos para a superfície durante a remoção d Se a fôrma for parte integrante do sistema de cura como no caso de pilares e laterais de vigas o tempo de remoção deve considerar os requisitos de cura Cura do Concreto Cura é o conjunto de operações ou procedimentos adotados para proteger a superfície dos elementos estruturais contra temperaturas muito altas ou muito baixas impactos desgastes prematuros dessecação prematura e principalmente evitar que a água usada no amassamento e destinada à hidratação do cimento evapore precocemente ao ambiente pelas regiões superficiais do concreto Figueiredo 2008 A cura é sempre necessária para evitar que a água usada no amassamento e destinada à hidratação do cimento evapore precocemente ao ambiente pelas regiões superficiais do concreto A água é parte integrante do processo de pega e endurecimento consequentemente não poderá ser perdida sob pena de deixar vazios e criar esforços de retração hidráulica Desta forma quando uma mistura corretamente dosada é seguida de cura úmida durante os primeiros estágios de endurecimento será conferido ao concreto as melhores condições para se tornar um material de baixa permeabilidade de baixa absorção de água de alta resistência à carbonatação e à difusão de íons e com resistência mecânica e durabilidade adequada Fernandes 2008 22