1
Produção Agrícola
ULBRA
2
Produção Agrícola
UNIUBE
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Produção Agrícola
UMG
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Produção Agrícola
UNIARA
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Produção Agrícola
UNIASSELVI
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Produção Agrícola
FAVENI
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Produção Agrícola
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Produção Agrícola
CEULP
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Produção Agrícola
UNIUBE
Texto de pré-visualização
5 MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS EM CULTURAS DE GRÃOS E HORTALIÇAS 2 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 2018 3 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS FERREIRA Lino Roberto MORAES Hugo Marcus Fialho e Guia de estudos Tecnologia de Aplicação de Defensivos Agrícolas Viçosa 2018 108p 4 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Autores LINO ROBERTO FERREIRA Na Universidade Federal de Viçosa fez agronomia 1978 e mestrado em Fitotecnia 1981 Cursou o doutorado em Agronomia Produção Vegetal na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho 1997 Trabalhou na empresa de pesquisa do Estado do Espírito Santo por cinco anos Atualmente é professor associado do Departamento de Fitotecnia da UFV onde atua no ensino graduação e pósgraduação pesquisa e extensão nas áreas de biologia e manejo de plantadas daninhas fitorremediação e comportamento de herbicida no solo tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas plantio direto e integração lavoura pecuária e floresta É autor de vários artigos em periódicos nacionais e internacionais livros e capítulos É orientador de vários estudantes à nível de iniciação científica mestrado e doutorado com mais de 80 orientações concluídas É bolsista de produtividade do CNPq nível 1 C Também tem ação destacada nas atividades de extensão rural onde já recebeu as seguintes honrarias Medalha de Ouro Peter H Rolfs do mérito em Extensão Diploma de Mérito Florestal e Comenda Antônio Secundino de São José HUGO MARCUS FIALHO E MORAES Engenheiro Agrônomo pela UFV 2013 ministra cursos palestras e treinamentos na área de Tecnologia de Aplicação de Defensivos Agrícolas Atualmente é aluno de Mestrado em Fitotecnia pela UFV de MBA em agronegócio pela Esalq e tutor do curso de PósGraduação Lato Sensu Proteção de Plantas na disciplina Tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas Atua também nos seguintes temas Manejo Integrado de Plantas Daninhas e Integração Lavoura Pecuária e Floresta 5 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO6 2 MÉTODOS DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS 8 3 ESPECTRO DE GOTAS DA PULVERIZAÇÃO 11 4 INTERRELAÇÃO ENTRE ALVO PRODUTO EQUIPAMENTO E AMBIENTE 15 5 PULVERIZADORES AGRÍCOLAS E FLORESTAIS 30 51 Pulverizador Costal Manual 30 52 Pulverizador Costal Motorizado 33 53 Pulverizador Costal Pressurizado 34 54 Pulverizador Estacionário Motorizado 35 55 Pulverizador Acoplado ou de Arrasto 36 56 Pulverizador de Barras 37 57 Pulverizador de Barra Protegida 39 58 Pulverizador Tipo Canhão 41 59 Turbopulverizador 42 510 Autopropelidos 43 511 Pulverizador de Barra Assistidos a Ar 44 512 Pulverizador Eletrostático 46 513 Pulverizador Aéreo 47 514 Avião Agrícola 47 515 Helicóptero Agrícola 48 516 VANTs Drones 49 6 COMPONENTES DOS PULVERIZADORES 50 61 Tanque ou depósito do pulverizador 50 62 Registros 51 63 Filtros 51 64 Bomba 52 641 Bomba Centrífuga 52 642 Bomba de Pistão 53 643 Bomba de Diafragma 53 644 Bomba de Roletes 53 65 Válvula Reguladora de Pressão 54 66 Manômetros 55 67 Comandos ou Válvulas direcionais 55 68 Controladores Eletrônicos 56 69 Barras de Pulverização 57 610 Bicos e Pontas de Pulverização 58 A Pontas de Jato Cônico 62 B Pontas de Jato Leque de Impacto ou Defletor 64 C Pontas de Jato Leque 65 D Pontas com PréOrifício 67 E Pontas com Indução de Ar 68 F Pontas de Jato Duplo 69 G Pontas de Jato Triplo 70 H Pontas Descentradas OffCenter 70 I Pontas de Utilização Sem Barras 71 7 PERFIL DE DISTRIBUIÇÃO 72 8 VALOR DAS PONTAS DE PULVERIZAÇÃO 75 9 REGULAGEM E CALIBRAÇÃO DE PULVERIZADORES 78 91 Métodos para calibração de pulverizador costal 78 92 Calibração de pulverizador de barras tratorizado para aplicação em área total 81 93 Calibração do pulverizador tratorizado com mangueiras 83 94 Calibração do turbopulverizador 84 95 Calibração do pulverizador tipo Conceição 86 96 Calibração para aplicação aérea 86 10 RECOMENDAÇÃO DE PONTAS DE PULVERIZAÇÃO 89 11 AVALIAÇÃO DA PULVERIZAÇÃO 93 12 SEGURANÇA NA APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS 95 13 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 97 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 101 6 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 1 Introdução Pragas doenças e plantas daninhas podem promover reduções no potencial produtivo das culturas bem como reduzir sua qualidade por isso o uso de defensivos agrícolas está cada vez mais em discussão na sociedade Com o intuito de reduzir essas perdas é frequente a adoção de medidas químicas de controle Entretanto essas medidas quando usadas sem considerar os níveis de dano econômico as condições adequadas para aplicação e adequação do equipamento podem causar prejuízos bem como impactos negativos ao ambiente e intoxicações de organismos nãoalvo O crescente aumento do custo de mão de obra e de energia e a preocupação cada vez maior em relação à poluição ambiental têm ressaltado a necessidade de tecnologias mais acuradas para aplicação de agrotóxicos Neste contexto é importante usar os defensivos agrícolas agrotóxicos de forma responsável respeitando as indicações técnicas para o bom uso dessa importante tecnologia É fundamental que o produto usado seja registrado para o alvo que a dose seja adequada e que os métodos de aplicação sejam eficientes e seguros de modo a evitar a exposição do aplicador deriva e outros meios de contaminação da população e do ambiente A utilização incorreta de agrotóxicos seja pela falta de treinamento do pessoal envolvido pelo mau uso de equipamento dose e de época de aplicação inadequados e ou condições climáticas adversas são fatores que contribuem para redução da eficiência dos produtos além de aumentar o risco de intoxicação humana e contaminação ambiental Os agrotóxicos para terem ação eficiente necessitam ser distribuídos da maneira mais uniforme possível sobre o alvo a ser atingido Essa distribuição será tanto melhor quanto mais adequados forem os equipamentos e as técnicas empregadas A tecnologia de aplicação consiste no emprego de todos os conhecimentos científicos tais como física ecologia biologia química engenharia e medicina Figura 1 que proporcionem a colocação correta do produto biologicamente ativo no alvo biológico em quantidade necessária de forma econômica e com o mínimo de contaminação ambiental MATHEUS 1979 MATUO et al 2001 Existem vários métodos e técnicas de aplicação de defensivos por isso cada situação requer uma avaliação criteriosa da forma como o produto será aplicado A responsabilidade de escolha da melhor forma de aplicação é do técnico responsável pela receita e a responsabilidade da aplicação correta é do aplicador ROMAN et al 2007 7 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 1 Natureza multidisciplinar da aplicação de produtos fitossanitários Fonte Adaptado de Matheus 1979 Em função da demanda crescente nos últimos anos setores ligados à pesquisa e à indústria têm se empenhado para desenvolver e adaptar tecnologias e equipamentos destinados a operar nas mais diversas situações desde pequenas a grandes propriedades em áreas planas ou com declividade acentuada A busca se dá principalmente por técnicas e equipamentos que tornem menos árduas e mais seguras as aplicações dos produtos fitossanitários Uma vez constatada a necessidade do uso de produtos fitossanitários estes devem ser aplicados de forma correta com a máxima eficácia biológica e mínimo de dano às culturas vizinhas ao meio ambiente e ao homem A eficácia do tratamento é função do equipamento e da técnica empregada na aplicação do defensivo agrícola FERREIRA et al 2008 8 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 2 Métodos de Aplicação de Defensivos Os métodos de aplicação podem ser agrupados em aplicação via sólida líquida e gasosa dependendo do estado físico do material a ser aplicado Dentre essas a via líquida utilizando a água como diluente é o método mais utilizado Nela aplicação é feita na forma de gotas pulverização podendo em alguns casos também ser na forma de filetes líquidos rega ou injeção ou na forma de gotas muito diminutas formando neblina nebulização Embora equipamentos como as matracas tenham sido muito utilizadas para aplicação de granulados estas foram adaptadas para aplicação de líquido via solo e que juntamente com alguns modelos de costais para aplicação em drench esguicho tornaramse ferramentas que podem ser utilizadas para aplicações de defensivos principalmente naqueles relevos mais acidentados Tais máquinas possuem dosadores que são responsáveis por liberar somente a quantidade regulada para cada aplicação e em algumas situações tem apresentado bons resultados Figura 21 Aplicação de defensivos em drench Fonte A Fundecitrus e B Cafepoint 9 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 212 Matraca líquida Fonte Autores No entanto a pulverização é responsável pela aplicação da maior parte dos agrotóxicos utilizados no Brasil bem como no mundo e por isso durante nosso curso as atenções estarão concentradas nos pulverizadores Conforme pode ser visualizado na Figura 22 existe uma diferença muito grande entre pulverização e aplicação Pulverização consiste na formação de gotas pelo equipamento pulverizador e aplicação consiste em colocar a gota pulverizada no alvo desejado Assim devemos usar a pulverização para realizar uma boa aplicação uma vez que o objetivo da aplicação é acertar o alvo com boa cobertura e o mínimo de perdas Figura 22 Diferença entre pulverização e aplicação Fonte Autores 10 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS A água é o principal diluente ou veículo de aplicação para a via líquida por ser de fácil obtenção de baixo custo e por contar com ampla opção de formulações compatíveis Entretanto a água apresenta duas limitações alta tensão superficial e alta pressão de vapor MATUO et al 2001 fazendo com que haja diminuição do volume da gota produzida A alta tensão superficial faz com que uma gota depositada numa superfície permaneça na forma esférica fazendo com que tenha pouca superfície de contato Para corrigir esse problema basta adicionar nela algum agente tensoativo surfactante que lhe diminua a tensão superficial Com isso a gota se espalha facilmente na superfície molhando maior área Alguns adjuvantes integrantes da formulação como os molhantes emulsionantes etc são agentes tensoativos portanto a simples presença deles na formulação pode ser suficiente para diminuir a tensão superficial da água até os níveis desejados Outras vezes no momento da aplicação de alguns defensivos é necessário adicionar surfactante ou óleo mineral para melhorar a cobertura foliar A molhabilidade da folha das plantas também depende da sua cerosidade que varia conforme a espécie e também com as condições ambientais TUFFI SANTOS et al 2004 11 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 3 Espectro de Gotas da Pulverização O equipamento pulverizador vai gerar as gotas por meio da fragmentação do líquido no orifício de saída das pontas de pulverização A variação no tamanho das gotas produzidas pelas pontas de pulverização recebe o nome de espectro de gotas e é mensurada por meio de um conjunto de parâmetros como o diâmetro mediano numérico DMN o diâmetro mediano volumétrico DMV Coeficiente de dispersão r e Amplitude de dispersão Span CUNHA et al l 2004 ANTUNIASSI e BAIO 2008 MOTA 2011 Diâmetro Mediano Volumétrico DMV mediana do volume das gotas É o volume da gota que divide o volume pulverizado em duas metades iguais Figura 31 O valor do DMV está situado mais próximo das classes superiores do diâmetro pois o volume de poucas gotas grandes equivale ao de muitas gotas pequenas Figura 31 Diâmetro Mediano Volumétrico DMV Fonte Silva e Silva 2007 Diâmetro Mediano Numérico DMN mediana do número de gotas É o diâmetro que divide o número de gotas em duas porções iguais Figura 32 12 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 32 Diâmetro Mediano Numérico Fonte Silva e Silva 2007 Coeficiente de dispersão r referese à relação entre DMV e DMN r DMVDMN O coeficiente de dispersão expressa a uniformidade do conjunto de gotas Se o valor de r for igual a 1 indica que todas as gotas têm o mesmo diâmetro e o conjunto é rigorosamente homogêneo Quanto mais o valor de r se afastar de 1 maior a heterogeneidade das gotas Na prática considerase que quando r 14 o conjunto de gotas é homogêneo Amplitude de dispersão Span é uma outra forma de expressar a uniformidade das gotas segundo Matuo et al 2001 é mais empregado nos dias atuais É dado pela fórmula s V90 V10V50 em que V10 diâmetro da gota abaixo do qual os volumes acumulados totalizam 10 do volume V90 diâmetro da gota abaixo do qual os volumes acumulados totalizam 90 do volume e V50 valor do DMV Assim quanto menor o valor da amplitude próximo de zero mais uniforme é o conjunto das gotas na amostra e viceversa Classificação do tamanho de gotas Existem duas classificações de tamanhos de gotas uma realizada pelo Conselho Britânico de Proteção de Culturas British Crop Protection Council BCPC e outra pela Associação dos Engenheiros Agrícolas Americanos ASAE Essa última mais simples e prática tem sido utilizada por vários fabricantes de pontas de pulverização para descrever os diferentes tamanhos de gotas de Meta de do Núm ero 13 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS pulverização e facilitar a escolha certa do tipo de ponta por parte do usuário Algumas empresas fabricantes de agrotóxicos introduziram a classificação da ASAE de recomendação de classe de tamanho de gotas a serem produzidas em seus rótulos No Quadro 31 encontramse as classes de tamanho de gotas proposta pela ASAE e os respectivos códigos de cores Quadro 31 Classes de gotas propostas segundo norma da ASAE Fonte Spraying Systems Co Há algumas diferenças fundamentais entre as classificações BCPC e ASAE Ambas fornecem um código de cores e uma letra para indicar o tamanho das gotas No entanto o foco da norma BCPC desenvolvida por Doble et al 1985 foi baseado na pulverização necessária para maior eficácia dos produtos fitossanitários determinada por onde a maioria do espectro de gota é depositada A norma ASAE tem como foco o potencial de deriva com a eficiência sendo um conceito secundário Essa norma estabelece o limite de uma classe como a curva do diâmetro acumulado da ponta de referência mais o desviopadrão o BCPC não considera o desviopadrão Com isso como resultados gerais as pontas tendem a ser classificadas como gotas mais finas na norma ASAE Uma boa alternativa para verificação da deposição e tamanho de gota formada na pulverização é a utilização de papéis hidrosensíveis que são pequenos cartões sensíveis à umidade e por conseguinte mudam de cor quando as gotas entram em contato com a sua superfície Figura 33 É importante comentar que quando depositados sobre o papel hidrosensível as gotas sofrem pequena alteração em sua conformação bem como no diâmetro real Mas como ferramenta prática é bastante utilizada e serve como comparativo e avaliativo da qualidade da aplicação 14 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 33 Representação de diferentes tamanhos de gotas depositados em papéis hidrosensíveis Fonte Paulo Coutinho SETA Embora seja o veículo mais utilizado nas pulverizações a alta capacidade de evaporação da água limita a utilização de gotas muito pequenas principalmente nos climas tropicais Para boa cobertura do alvo e emprego de pequenos volumes de aplicação abaixo de 50 L ha¹ é necessário controlar a evaporação da água ou então utilizar outro diluente que não seja volátil como por exemplo o óleo mineral agrícola Nas condições noturnas a umidade relativa é elevada e a evaporação é drasticamente reduzida o que permite a utilização de gotas menores Vários produtos podem ser aplicados à noite porém outros não apresentam a mesma eficácia que nas aplicações diurnas 15 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 4 InterRelação entre Alvo Produto Equipamento e Ambiente O sucesso na aplicação de defensivos agrícolas depende da interação entre as características do produto aplicado do equipamento utilizado das condições ambientais do momento da aplicação e do alvo biológico a ser atingido MACHADO et al 2010 Na prática antes de se tomar qualquer decisão devese ter em mente três questões relativas à tecnologia de aplicação o que aplicar qualidade do produto como aplicar qualidade da aplicação e quando aplicar momento da aplicação Para garantir o sucesso numa aplicação de defensivos é importante trabalhar com pessoal devidamente treinado para esse fim conforme regulamentado na NR31 publicada em de 2005 Para se definir o que aplicar antes se tem que fazer uma análise correta do problema a controlar e qual impacto econômico e ambiental que esse problema poderá causar se não for devidamente controlado Uma vez definido que é necessário fazer uma intervenção qual o melhor produto a ser aplicado e onde esse produto deve ser depositado ou seja qual alvo deverá ser atingido O como aplicar vai depender do tamanho área a ser tratada de sua topografia e dos equipamentos disponíveis ao alcance do produtor O quando aplicar vai depender do tipo de problema existente não adianta aplicar o defensivo na hora errada vai causar danos ambientais prejuízos financeiros e o alvo não será devidamente controlado Essa interrelação representada na Figura 41 ocorre em todas as aplicações de defensivos e independe do tamanho da propriedade e de suas condições topográficas Para atender a essas premissas é necessário bom planejamento antes do plantio para que tudo possa ser executado no momento necessário e de forma correta O sucesso de uma aplicação depende da capacidade operacional da fazenda ou seja os equipamentos disponíveis devem permitir aplicar os defensivos de forma correta e no momento necessário 16 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 41 Esquema representativo das interações que ocorrem durante a aplicação de defensivos agrícolas Fonte Autores Considerase alvo aquilo que foi escolhido para ser atingido pelo processo de aplicação tais como insetos fungos e plantas daninhas necessitando para isso aplicação de modo a atingir a planta inteira e ou suas partes folha caule ou o solo Em função das características dos alvos forma tamanho e posição dentre outras o pulverizador deve possuir características específicas para melhor atingilos MATUO 1998 Na aplicação de agrotóxicos as gotas que não são depositadas no alvo são chamadas de deriva de pulverização Essas gotas muitas vezes são muito pequenas com diâmetro menor que 150 μm facilmente movidas para fora do alvo pela ação do vento e de condições climáticas Numa pulverização de tomateiro Figura 42 Chain et al 1999 observaram que apenas 24 a 41 do volume da calda pulverizada é depositado nas folhas do tomateiro Do total aplicado 20 a 30 atinge o solo e 30 a 45 é perdido para atmosfera Meio ambiente Alvo Momento Equipame nto de aplicação e proteção Produto 17 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 42 Avaliação de perdas numa aplicação de defensivos na cultura do tomateiro Fonte Chain et al 1999 Na aplicação de produtos fitossanitários a deriva é o termo usado como o movimento de um produto no ar durante ou depois da aplicação para um local diferente do planejado OZKAN 2001 De acordo com Miller 2004 o produto fitossanitário também pode ser transportado da área alvo na forma de gotas ou vapor Estas gotas em geral são pequenas com diâmetro menor que 100 μm e facilmente movidas para fora do alvo pela ação do vento associada às outras condições climáticas A deriva pode causar a deposição de produtos fitossanitários em áreas não desejadas com sérias consequências como danos nos cultivos sensíveis que ficam em áreas adjacentes contaminação de reservatórios do solo e de cursos de água desperdício de produto e prejuízo financeiro além de riscos à saúde de animais e pessoas Em pequenas propriedades em função das pequenas distâncias entre diferentes cultivos a deriva pode ter seus efeitos ampliados As causas da deriva segundo Matuo 2001 são muitas e estão relacionadas com os equipamentos de aplicação formulações e com as condições meteorológicas Tamanho de gota altura de voo em aplicações aéreas altura da barra e da ponta de pulverização em pulverizações terrestres velocidade de operação velocidade do vento temperatura e umidade do ar volume de aplicação e formulação utilizada encontramse como os principais fatores que influenciam a deriva A seguir um breve comentário sobre cada um dos fatores que afetam qualidade da pulverização e a deriva Tamanho da gota quanto menor a abertura do orifício do bico e maior pressão menores serão as gotas produzidas maior cobertura do alvo porém maior a tendência de perda por deriva e evaporação Gotas menores que 100 μm são facilmente derivadas Em alguns países europeus foi definido um padrão mínimo de gota produzida em termos de DV01 Segundo esse critério os bicos 18 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS de pulverização devem atingir um DV01 maior do que o valor de um bico XR11002 à pressão de 3555 lb pol2 que é de 115 μm Altura da ponta de pulverização à medida que aumenta a distância entre a ponta de pulverização e a áreaalvo maior será a influência da velocidade do vento sobre as gotas e maior a tendência de deriva Velocidade de operação Aumento na velocidade contribui para que as gotas sejam arrastadas e levadas pela corrente de vento ascendente formando um turbilhão sobre o pulverizador arrastando as gotas pequenas e aumentando a deriva Normalmente a velocidade de aplicação dos equipamentos propostos para pequenas propriedades e áreas declivosas é baixa e não chega a ser preocupante em relação às perdas por deriva Velocidade do vento é o fator de maior impacto entre os fatores meteorológicos A deriva aumenta linearmente com a velocidade do vento No entanto não é de interesse a ausência de vento no momento da aplicação O aumento da velocidade do vento aumenta o potencial de deriva portanto as pulverizações devem ser preferencialmente realizadas em horários com menos vento geralmente no início da manhã e final da tarde A condição mais segura para pulverização é com o vento de 32 a 65 kmh que corresponde a uma brisa leve Quadro 41 capaz de movimentar levemente as folhas A direção do vento deve ser considerada mesmo se a velocidade estiver dentro do aceitável de modo a evitar danos causados às culturas vizinhas ao meio ambiente e ao operador 19 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Quadro 41 Condições de vento e recomendações para pulverização Fonte ANDEF 2004 Temperatura e umidade do ar A temperatura e umidade do ar também influenciam a eficiência das pulverizações Tabela 41 O tempo de vida de uma gota depende do seu tamanho e das condições ambientais e pode ser calculado conforme a fórmula T d280 T onde T tempo de vida da gota seg d diâmetro da gota μm T diferença de temperatura oC entre os termômetros de bulbo seco e bulbo úmido de psicrômetro MATUO et al 1990 20 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Tabela 41 Tempo de vida e distância percorrida pela gota de água na queda em duas condições de temperatura e umidade relativa Condição Condição 1 Condição 2 Temperatura oC ToC Umid relativa 20 22 80 30 77 50 Diâmetro inicial μm Tempo até extinção seg Distância da queda m Tempo até extinção seg Distância da queda m 50 14 0127 4 0032 100 57 67 16 18 200 227 817 65 21 Fonte Matthews 1979 A intensidade de evaporação depende de vários fatores dos quais os mais importantes são a evaporação de líquidos nãovoláteis ou proporção de partículas sólidas existente na mistura temperatura umidade do ar e velocidade do vento tamanho da gota e tempo que esta permanece no ar À medida que a água vai evaporando as gotas diminuem de tamanho e peso reduzindo assim a possibilidade de impactar o alvo Gotas de mesmo tamanho podem ter comportamentos distintos em diferentes condições ambientais Portanto a observação das condições ambientais é muito importante para uma aplicação correta Figura 43 Exemplo de evolução da velocidade do vento temperatura e umidade relativa do ar ao longo do dia Fonte Spraying Systems Co 21 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Segundo Johstone e Johstone 1977 as condições limites para aplicações com aeronaves são a Aplicações com volumes de calda de 20 a 50 L ha1 usando gotas de 200 a 500 μm devem ser interrompidas quando a diferença de temperatura entre os termômetro de bulbo seco e de bulbo úmido exceder 8 oC ou quando a temperatura exceder 36 oC b Aplicações com volumes de calda de 10 a 15 L ha1 usando gotas de 150 a 170 μm devem ser interrompidas quando a diferença de temperatura entre os termômetros de bulbo seco e de bulbo úmido exceder 45 oC ou quando a temperatura exceder 32 oC Percebese analisando o Tabela 41 e as Figuras 44 e 45 que o tempo de vida de uma gota e a distância percorrida tanto na vertical quanto na horizontal depende das condições climáticas sobretudo da umidade relativa do ar da velocidade do vento e da temperatura ambiente Figura 44 Efeito da umidade relativa do ar e da temperatura sobre o deslocamento vertical de diferentes tamanhos de gotas Fonte Matuo 22 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 45 Efeito do tamanho de gotas no seu deslocamento no ambiente em função de temperatura umidade relativa e velocidade do vento Fonte Luis César Pio Temperaturas ambientes acima de 25 oC e baixa umidade relativa tornam as gotas pequenas propensas à deriva e à volatilização Por isso em condições de temperatura muito alta devese aumentar o tamanho da gota ou suspender a aplicação para evitar grandes perdas por deriva e ou volatilização Por exemplo Tabela 41 sob condições normais de umidade e temperatura 20 oC e 80 respectivamente uma gota de 100 µm evapora completamente em 50 segundos Em condições mais quentes e secas 30 oC e 50 respectivamente a mesma gota é evaporada em 16 segundos Uma gota de 50 µm sob condições de baixa umidade e alta temperatura 30 oC e 50 respectivamente percorreria apenas 15 cm antes de ser evaporada Existem no mercado alguns aparelhos portáteis e práticos chamados termohigroanemômetro que são capazes de medir a umidade relativa do ar temperatura e velocidade do vento fornecendo assim informações importantes que serão úteis para a escolha correta do tamanho de gota para àquela situação e consequentemente o modelo mais adequado de ponta de pulverização Figura 46 23 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 46 Modelos de termohigroanemômetros Fonte Kestrel Instruments Volume de aplicação quando se usa volume de aplicação muito pequeno geralmente utilizamse gotas pequenas Nessas condições devese ter atenção especial com a deriva Quando se usa baixo volume de aplicação de 50 a 100 L ha1 existe tendência ao uso de gotas pequenas Nessas situações cuidados devem ser preconizados de modo a evitar o processo de deriva Todavia com a tecnologia atual é possível fazer pulverizações com baixo volume de calda 80 a 200 L ha1 com gotas grandes e baixo risco de deriva por exemplo quando se usa pontas defletoras e de ar induzido que associam gotas grandes baixa vazão e grandes ângulos de abertura do jato maior que 110o Formulação utilizada se esta apresentar alta pressão de vapor devemse adotar todas as medidas possíveis para minimizar a volatilização ex aplicar em condições de menor temperatura e maior umidade relativa do ar Cobertura do Alvo Conforme já discutido anteriormente alvo é o local escolhido para ser atingido pelo processo de aplicação tais como insetos fungos e plantas daninhas Em função das características dos alvos forma tamanho e posição dentre outras o pulverizador deve possuir características específicas para melhor atingilos MATUO 1990 Qualquer quantidade de produto ou agente biológico que não atinja o alvo não terá qualquer eficácia e se constituirá como risco de contaminação ambiental A aplicação de um defensivo agrícola requer vários cuidados como a forma correta de aplicação momento e equipamentos adequados visando garantir que o produto atinja o alvo de maneira eficiente com redução das perdas CUNHA et al 2005 Uma aplicação eficiente depende de boa seleção das pontas de adequado ajuste do volume de calda e dos parâmetros operacionais das condições ambientais favoráveis e momento correto da aplicação levando sempre em consideração às recomendações de cada produto ANTUNIASSI e BAIO 2008 Porém é de suma importância o 24 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS conhecimento do comportamento do alvo biológico a ser atingido para que o controle seja eficiente BALAN et al 2012 Eficiência de aplicação referese à quantidade de produto que foi retido pelo alvo em relação à quantidade que foi emitida pelo pulverizador CHRISTOFOLETTI 1997 De acordo com Matuo 2001 eficiência de aplicação é a relação entre a dose teoricamente requerida para o controle e a dose efetivamente empregada geralmente expressa em percentagem A eficiência de um defensivo agrícola dependerá num primeiro momento da quantidade de produto ativo que atinge o alvo biológico Entretanto em muitos casos o local onde o defensivo é depositado não é o local onde o mesmo irá agir portanto após a deposição do produto formulado este deverá entrar em contato com alvo A relação entre o efeito biológico do produto e a quantidade do produto que atingiu o alvo é definida como eficácia de aplicação CHRISTOFOLETTI 1997 A cobertura do alvo pela calda de pulverização pode ser calculada pela fórmula proposta por Courshee 1967 C 15VRK2AD Em que C cobertura da área V volume aplicado L ha¹ R taxa de recuperação do volume aplicado captado pelo alvo K fator de espalhamento de gotas A superfície vegetal existente no hectare e D diâmetro de gotas Em aplicações com alto volume se consegue elevada cobertura mesmo com gotas grandes porém aumenta a probabilidade de perdas por escorrimento além de menor capacidade operacional da máquina em função do maior número de abastecimento O aumento da taxa de recuperação R é obtido utilizando tamanho de gotas mais eficientemente coletadas pelo alvo Gotas carregadas eletricamente induzem na superfície foliar carga elétrica de sinal contrário e são atraídas eletrostaticamente aumentando bastante a taxa de recuperação pelas folhas Todavia correse o risco de concentração de gotas no ápice do dossel não havendo distribuição uniforme ao longo da planta O aumento do fator de espalhamento de gotas K pode ser conseguido com adição de agentes tensoativos que diminuem a tensão superficial da calda permitindo melhor espalhamento da gota O aumento da área foliar implica redução da cobertura se os demais fatores permanecerem constantes Em áreas foliares grandes recomendase aumentar o volume pulverizado para se obter boa cobertura no caso da aplicação de herbicidas de contato MATUO 1990 25 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS O conhecimento do tamanho de gota cobertura do alvo e densidade de gotas é fator preponderante para correta seleção de pontas de pulverização De maneira geral quanto maior o tamanho de gota menor a deriva porém menor será a cobertura do alvo o mesmo acontece de maneira inversa quanto menor o tamanho da gota maior o risco de deriva e maior será a cobertura do alvo Não é necessário alterar a pressão ou o volume de calda para aumentar a cobertura do alvo Trocandose a ponta de pulverização por outra de mesma vazão Figura 47 porém com gotas menores é possível aumentar a cobertura do alvo e manter o volume de calda pulverizado Existem no mercado muitos tipos de pontas de pulverização que devem ser escolhidas corretamente de acordo com cada situação Figura 47 Representação do tamanho de gotas pulverizado por portas de pulverização de mesma vazão e com mesma pressão Ponta de jato leque com indução de ar gotas extremamente grossas A Ponta de jato leque convencional gotas médias B Ponta de jato cônico gotas finas C Fonte Spraying Systems Co Na Figura 48 é possível perceber que um conjunto de gotas com menor diâmetro tem maior capacidade de cobertura do alvo quando comparado a gotas maiores porém são mais propensas à deriva A B C 26 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 48 Efeito do tamanho de gotas na cobertura do alvo Fonte Hardi 1997 adaptado A cobertura decorrente de uma aplicação pode ser quantificada em gotas por centímetro quadrado que recebe o nome de densidade de gotas ou em percentagem da área coberta COSTA 2009 De acordo com Antuniassi 2004 a densidade de gotas geralmente é expressa em gotas cm2 A necessidade para uma eficiência satisfatória de uma maior ou menor densidade de gotas depende da forma de ação do produto fitossanitário ou seja se é produto sistêmico ou de contato etc A cobertura e ou a deposição de calda pode ser avaliada por meio do uso de alvos artificiais papéis hidrossensíveis posicionados no alvo ou por meio de adição de corantes à calda que podem ser extraídos e quantificados nas folhas após a pulverização da planta ZAIDAN et al 2012 De acordo com Cerqueira et al 2012 o corante Azul Brilhante é o mais eficiente para quantificação de depósito Conforme mencionado por Costa 2009 a densidade de gotas ideal para herbicidas aplicados em préemergentes e inseticidas é de 20 a 30 gotas cm2 e para herbicidas pósemergentes e fungicidas sistêmicos de 30 a 40 gotas cm2 Embora exista essa recomendação é importante reconhecer que esse número de gotas é bastante empírico porque muitos fatores devem ser considerados Por exemplo qual o tamanho médio das gotas impactadas no alvo qual o mecanismo de ação do produto aplicado como esse produto se comporta uma vez depositado no alvo Ele é de contato ou sistêmico Se for sistêmico sua translocação é via xilema ou floema Um produto que movimenta via xilema não tem boa distribuição na planta em caso de aplicação em pósemergência Infelizmente ainda não existe uma recomendação segura quanto ao número de gotas por cm2 que deve ser 27 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS depositada no alvo para cada defensivo agrícola utilizado e considerando as condições climáticas no momento da pulverização Assim de uma maneira geral uma recomendação bem prática e que parece atender aos fundamentos já discutidos poder visualizada a seguir no quadro 42 Quadro 42 Classe de gotas com indicativo para utilização Fonte Spraying Systems Co Vale ressaltar que para cada situação existe um tamanho de gota ótimo ou um espectro que dá a cobertura mais eficaz do alvo com mínima contaminação do meio ambiente As gotas grossas são geralmente preferidas para a aplicação de herbicidas o que tende a diminuir o risco de deriva pelo vento Por outro lado essas gotículas caindo com sua velocidade terminal podem respingar inclusive em superfícies das folhas hidrofóbicas o que resultaria em má retenção Sendo assim as gotas menores que são capazes de se deslocarem mais horizontalmente são mais propensas a serem depositadas sobre as folhas verticais das gramíneas HIMEL 1969 MATTHEWS et al 2016 É importante frisar que não somente a produção de gotas pequenas proporciona perdas como também de gotas grossas que escorrem para o solo CUNHA et al 2007 em função de se depositarem na superfície foliar mais externa de plantas de citros café e outras espécies arbóreas e em culturas anuais como a soja feijão etc VELIZ et al 2010 Por fim o ideal é a produção de gotas de tamanho uniforme pois permitem que as pulverizações sejam feitas com volume de calda reduzido WISE et al 2010 Segundo Matthews 1979 existem cinco categorias de volume de aplicação para culturas de campo alto volume maior que 600 L ha¹ pulverização acima da capacidade máxima de retenção das folhas ocorre escorrimento volume médio 200 600 L ha¹ volume baixo 50 200 L ha¹ volume muito baixo 5 50 L ha¹ e volume ultrabaixo 5 L ha¹ No caso da aplicação com alto 28 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS volume a dose é dada por concentração do produto na calda g 100 L¹ Nos demais casos a dose é recomendada em L ou kg ha¹ É comum encontrar produtores que acreditam que pulverizações de grandes volumes de calda são responsáveis pelo sucesso da aplicação e que boa eficiência depende de maior molhamento da superfície foliar das plantas ou o solo Contudo é importante ressaltar que o volume de calda não é o principal responsável pelo controle da praga patógeno ou planta daninha e que o molhamento excessivo no momento da aplicação ocasiona perdas por escorrimento VAN ZYL et al 2014 o importante é proporcionar boa distribuição da calda no alvo desejado o que muitas vezes pode ser conseguido com baixos volumes de aplicação mas com boa tecnologia de aplicação De acordo com a classificação de volume de aplicação volume alto deve exceder o volume máximo de retenção de calda na superfície do alvo resultando em escorrimento do produto para o solo FERREIRA 2014 Por outro lado considerase volume baixo uma quantidade de calda anterior ao ponto de máxima retenção de calda da superfície alvo e desta forma ocorre redução de perdas por escorrimento Já aplicações a ultra baixo volume podem ser caracterizadas como aquelas que aplicam apenas o volume necessário por área para que haja um controle eficiente através do uso de gotas de tamanho reduzido MATTHEWS 1979 Segundo Antuniassi 2004 o volume correto de aplicação depende do tipo de alvo biológico a ser atingido da deposição necessária da forma de ação do produto fitossanitário e da técnica de aplicação dentre outros fatores A escolha correta do volume de aplicação resulta em maior rendimento operacional da aplicação MATUO 1990 visto que quanto maior o volume mais paradas para reabastecimento maior tempo gasto na aplicação e maior o custo operacional Além disso quando se utilizam altos volumes de pulverização parte significativa do produto fitossanitário pode atingir locais nãoalvo resultando em baixa eficiência de controle e alto risco de contaminação ambiental além de onerar a operação CUNHA et al 2012 A tendência atual é a utilização de menor volume de calda devido ao alto custo do transporte de água ao campo e à perda de tempo representada pelas constantes paradas para reabastecimento do pulverizador visando diminuir o custo e aumentar a rapidez do tratamento TEIXEIRA et al 2010 ANTUNIASSI e BOLLER 2011 Também o menor volume de calda é importante quando a qualidade da água não é boa em razão da presença de sais minerais especialmente Ca e Mg SILVA et al 2005 Antuniassi 2015 sugere que utilizando água de mesma qualidade e característica quanto menor for o volume empregado para a formação de uma calda de mesma dose de agrotóxicos menor será a interferência desta sobre o princípio ativo ou seja na aplicação de 20L ha1 de um determinado defensivo esperase uma interferência muito menor da qualidade da água na aplicação com baixo 29 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS volume do que numa pulverização tradicional onde muitas vezes ainda se utilizam volumes de calda superiores aos 200L ha1 A obtenção de volume de calda reduzido ocorre através do aumento da velocidade de deslocamento do pulverizador redução da pressão de trabalho e principalmente da utilização de pontas com vazão baixa que produzam gotas menores e com boa cobertura do alvo Porém as condições ambientais devem ser adequadas no momento da aplicação pois gotas menores são mais suscetíveis a perdas por deriva e por evaporação MATUO et al 2001 Quanto maior a velocidade do vento e menores os tamanhos das gotas produzidas maior será a quantidade de gotas que sofrerão deriva e não atingirão o alvo Como já discutido anteriormente a água é o agente de diluição da maioria dos produtos fitossanitários portanto devese ter muita atenção com a evaporação no momento de uma aplicação desta forma é muito importante conhecer as interações entre tamanho da gota umidade relativa e temperatura para haja menos perda possível CHRISTOFOLETTI 1999 Uma outra alternativa para a redução do volume de calda pode ser obtida a partir do aumento do espaçamento entre bicos contudo para uma boa uniformidade de distribuição ao longo da barra devese respeitar a relação de interação entre espaçamento de bicos ângulo de abertura das pontas e altura da barra Se a ponta de pulverização estiver mais espaçada uma da outra a altura da barra em relação ao alvo deverá ser maior o que pode aumentar a deriva no momento pulverização dependendo das condições ambientais MATUO et al 2001 30 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 5 Pulverizadores Agrícolas e Florestais Os equipamentos utilizados na aplicação de defensivos agrícolas são comumente chamados de pulverizadores os quais evoluíram ao longo dos anos atingindo patamares cada vez mais tecnológicos Esses têm utilizado cada vez mais tecnologia seja no material utilizado para seus componentes permitindo maior durabilidade e resistência podendo tornálos mais leves principalmente aqueles para trabalhos manuais Outros já trazem consigo aparatos capazes de realizar aplicações com precisão de centímetros e até mesmo operar sem a presença do homem dentro da cabine Os pulverizadores podem ser classificados de diferentes formas Quanto à forma de transporte dos equipamentos costal estacionário motorizado acoplado ou de arrasto autopropelido e aéreo Quanto ao tipo de energia utilizado no processo de produção de gotas hidráulica pneumática térmica elétrica ou centrífuga Quanto à forma de levar a gota até o alvo jato lançado arrastados assistidos a ar ou eletrostáticos Embora seja válido conhecer as diferentes classificações dos pulverizadores encontrados no mercado iremos abordar os diversos equipamentos de pulverização agrícola e florestal como um todo 51 Pulverizador Costal Manual Utilizado em todo território nacional foi um dos primeiros equipamentos que surgiram no mercado com essa finalidade Embora simples e rústico permite boa qualidade na aplicação se tomadas devidas providências de regulagem e calibração É levado às costas do operador como uma mochila existindo no mercado modelos de 12 15 16 e 20L A pressão necessária para fracionar a calda é obtida por meio de movimentos para cima e para baixo em uma alavanca que está interligada a um pistão Quanto mais o operador movimentar essa alavanca maior pressão será gerada Com isso acessórios como as válvulas reguladora ou limitadora de pressão podem ser interessantes para obter uma aplicação mais regular e de maior qualidade 31 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Em vários pulverizadores costais um agitador ou uma pá é ajustado ao mecanismo de alavanca ou diretamente à câmara de pressão com o intuito de realizar a agitação da calda de pulverização no tanque Já em outros parte do volume que sair da bomba retorna para o tanque promovendo assim a agitação Ainda é muito requisitado em pequenas propriedades regiões montanhosas e amplamente utilizado no setor florestal e em canaviais Além disso adotado para uso doméstico na aplicação de inseticidas em plantas ou animais No entanto um dos fatores negativos apresentados na utilização desse maquinário é a forma de caminhamento do operador que tender a andar na direção onde a pulverização está sendo aplicada e depositada deixandoo mais em contato com o defensivo empregado Os principais componentes do pulverizador costal manual estão descritos a seguir Figura 51 Pulverizador costal manual Fonte Matabi adaptado 1 Regulador de pressão 2 Filtro com vedação 3 Sistema de fixação do gatilho 4 Conexões da mangueira na lança e ao reservatório 5 Sistema de fixação da alavanca e da lança 32 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 6 Bocal grande para enchimento Tampa com válvula antigotejamento 7 Filtro do bocal 8 Tampa guia com arruela de vedação e lubrificação 9 Alavanca com punho 10 Cintas acolchoadas e reguláveis 11 Indicador externo de nível translúcido 12 Câmara de pressão 13 Lança 14 Agitador mecânico 15 Êmbolo sintético 16 Ambidestro 17 Esferas na válvula e na camisa em aço inoxidável 18 Reservatório 19 Base reforçada estrutura antichoque Atualmente o tanque normalmente é moldado a partir de polipropileno ou um plástico alternativo que é bastante resistente à corrosão por parte dos defensivos agrícolas utilizados Pensandose em reduzir os efeitos da luz solar sobre o material um inibidor de luz UV é incorporado ao plástico Além disso hoje em dia as principais características a que as fabricantes desses modelos têm dado importância estão relacionadas à durabilidade do equipamento bem como à ergonometria e segurança do trabalhador Um acessório muito utilizado em pulverizadores costais capaz de permitir uma aplicação mais controlada e redução do risco de deriva é o chapéudenapoleão também chamado de cover Embora menos comum esse asssório pode também ser encontrado em alguns pulverizadores de barras e até autopropelidos em caso de aplicações mais exigentes em segurança Figura 52 Cover ou Chapéudenapoleão Fonte Autores 33 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 52 Pulverizador Costal Motorizado Possui um motor de combustão interna que aciona um ventilador gerando grande volume de ar Em algumas situações pode apresentar peso mais elevado que o costal manual mas por outro lado não é necessário que o operador movimente nenhuma alavanca para que seja gerada a pressão necessária para fracionar a calda Além disso o pulverizador é capaz de manter pressão constante de acordo com a aceleração empregada no maquinário Figura 52 Exemplos de pulverizadores costais motorizados encontrados no mercado Fonte Stihl e Vulcan Por produzir gotas muito finas é chamado por alguns autores de atomizador costal ou turbo pulverizador costal Esse equipamento é muitas vezes requerido por produtores de culturas perenes como citros abacate e café Figura 53 Figura 53 Pulverização com costal motorizado em café Fonte Autores 34 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 53 Pulverizador Costal Pressurizado Muito utilizado em centros de pesquisa e ensino esse equipamento possui um compartimento munido de CO2 ou um compressor externo capaz de gerar pressão no sistema de pulverização Devido à uniformidade na pressurização e seu modelo portátil tem sido importante ferramenta em ensaios acadêmicos e em campos demonstrativos Foto 54 Aplicação com pulverizador costal pressurizado Fonte Autores Um componente essencial a esses pulverizadores é a válvula de segurança que impede a pressurização excessiva acidental prevenindo dessa forma a explosão do reservatório Por isso mangueiras e tanque do maquinário devem estar de acordo com a pressão máxima de segurança De maneira ideal esse tipo de pulverizador deve ser equipado com um manômetro para que o operador saiba qual a pressão do sistema Figura 55 Exemplos de pulverizadores costais pressurizados encontrados no mercado Fonte Herbicat e Coagril 35 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 54 Pulverizador Estacionário Motorizado Formado por um depósito montado sobre um chassi com rodas e transportado manualmente ou por veículo possui motor elétrico ou de combustão interna para acionamento da bomba hidráulica a qual dará a energia utilizada durante a aplicação Embora seja estacionário a utilização de longas mangueiras permite boa eficiência sem ser necessário a remoção ou o deslocamento de todo o aparato É utilizado em cultivos florestais frutíferas tomateiros e em propriedades que ainda utilizam grande volume de calda bem como é facilitador em algumas situações de difícil acesso Figura 56 Pulverizador estacionário manual A pulverizador estacionário a gasolina B Fonte Autores Nesse sistema vários aplicadores poderão trabalhar ao mesmo tempo dependendo do número de mangueiras disponíveis eou adaptadas ao pulverizador Por outro lado um regulador de pressão se faz necessário para cada um dos operadores uma vez que pode haver queda de pressão ao longo das mangueiras principalmente quando estas são mais extensas 36 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 57 Exemplo de pulverizador estacionário encontrado no mercado Fonte SMOequipamentos 55 Pulverizador Acoplado ou de Arrasto São equipamentos normalmente acoplados ao trator seja nos sistemas de engate de três pontos ou arrastados rebocados pelo trator Segundo Matthews et al 2016 cerca de 42 de grandes pulverizadores são montados sobre a articulação de três pontos engate enquanto que 33 são rebocados Em geral os pulverizadores de arrasto possuem maiores reservatórios de calda tanque em relação aos acoplados Geralmente utilizam bomba acionada pela tomada de potência TDP seja de pistão diafragma centrífuga ou de roletes mas também existem no mercado aqueles com bomba elétrica Embora os autopropelidos sejam os modelos terrestres com maiores níveis tecnológicos os pulverizadores montados em trator receberam nos últimos anos controladores de cabines que combinados com GPS puderam realizar aplicações com precisão além de possibilitar o registro das pulverizações 37 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 56 Pulverizador de Barras Possuem acionamento manual e hidráulico para abertura e fechamento das barras de pulverização e possibilidade de variação na altura da mesma O número de seções é variável mas um maior número de secções pode ser útil quando as bordas das lavouras estão sendo tratadas e parte da barra é dispensável na aplicação Além disso quando maior número de seções a barra poderá ser dobrada para transporte e armazenamento Com a evolução dos equipamentos barras mais longas tem sido desenvolvidas com o intuito de otimizar o momento correto da aplicação bem como facilitar a logística das máquinas no campo Por outro lado barras mais compridas tendem a aumentar a variação na deposição da pulverização uma vez que a movimentação nas extremidades das barras tende a ser maior Figura 58 Exemplo de pulverizadores acoplados de barras encontrados no mercado Fonte Industrial KF e Jacto 38 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 59 Aplicação com pulverizador de barras acoplado Fonte Agroads A vazão necessária da bomba direcionada à barra é dada por Vazão da bomba L min1 Faixa m x taxa de aplicação L ha1 x velocidade km h1 600 Porém é importante considerar uma bomba que seja capaz de aplicar um volume 30 maior uma vez que parte do volume do sistema será encaminhado como retorno para o tanque possibilitando boa agitação hidráulica da calda A definição da altura correta da barra dependerá diretamente do ângulo de abertura da ponta de pulverização e do espaçamento entre bicos na barra mas também é necessário levar em consideração a velocidade e estabilidade da pulverização bem como das condições climáticas e características dos produtos utilizados uma vez que eles apresentam diferentes índices de volatilidade Figura 510 Exemplo de pulverizadores rebocados de barras encontrados no mercado Fonte Stara e KO Máquinas 39 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 57 Pulverizador de Barra Protegida Esses pulverizadores são também denominados de Conceição e são muito utilizados em cultivos florestais Atualmente por sua eficiência na redução da deriva vem sendo empregados em pomares e cafezais Estruturalmente é bastante similar a um pulverizador de barras mas além de apresentar tamanhos de barras reduzidos aplicação nas entre linhas possui uma proteção popularmente chamada de manta que lhe confere sua principal função de diminuição do risco de deriva Figura 511 Exemplos de pulverizadores de barra protegida encontrados no mercado Fonte KO Máquinas e FMCopling Uma atenção especial deve ser dada para a escolha das pontas de pulverização que serão utilizadas nessas condições Como a aplicação será em faixas grande parte das pontas de jato leque de beiradas afiladas não permitirão distribuição regular uma vez que as extremidades não receberão sobreposição necessária para tal Existem no mercado algumas pontas com maior abertura do jato permitindo melhor distribuição mas por outro lado essas teriam seus leques sendo chocados contra as paredes das mantas protetoras causando escorrimento e gerando assim distribuição irregular e passível de contaminação ambiental Sob esse aspecto as pontas do tipo even que são utilizadas para aplicações em faixa podem ser levadas em consideração Mas essas na maioria das vezes produzem gotas muito finas que não recomendadas para aplicação de herbicidas mesmo no caso das pulverizações protegidas Ciente disso uma das alternativas que mais vem sendo utilizadas nessas aplicações é o uso de uma ou mais pontas na faixa central da barra com pontas do tipo descentradas offcenter nas 40 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS extremidades das barras permitindo ótima distribuição sem haver escorrimento de produto na lateral da manta Figura 512 Figura 512 Sobreposição sugerida dos jatos das pontas em pulverizador tipo Conceição Fonte Autores Figura 5122 Pulverizador de barra protegida com três seções Fonte autores 41 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 58 Pulverizador Tipo Canhão O atomizador tipo canhão é tanto utilizado em culturas perenes bem como em algumas situações em culturas anuais A depender do fabricante ele é capaz de pulverizar por uma faixa extensa podendo atingir até 40 metros de largura o que lhe permite ter boa capacidade operacional Por outro lado quando empregado para grandes faixas alguns fatores podem ficar prejudicados como exemplo a distribuição da aplicação tende a ser desuniforme e o risco de deriva tende a aumentar principalmente em condições ambientais desfavoráveis Figura 513 Exemplos de pulverizador canhão encontrados no mercado Fonte Cattoni Máquinas e Autores Por ser uma das únicas máquinas viáveis em regiões montanhosas esses pulverizadores têm sido bastante utilizados em culturas de café principalmente no estado de Minas Gerais Ferramentas como o papel sensível podem ajudar na determinação da melhor faixa de aplicação quando as ruas das lavouras permitirem essa regulagem O canhão muitas vezes tornase a única opção viável para algumas culturas de porte mais alto Alguns modelos possuem um prolongamento no pescoço da máquina permitindo que esse alcance alturas mais elevadas Esse tipo de máquinas também é bastante interessante para pulverização em arroz irrigado uma vez que muitas outras não são capazes de entrar na área sem prejudicar o cultivo 42 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 514 Aplicação de defensivos com pulverizador tipo canhão Fonte Kuhn 59 Turbopulverizador Em geral o interesse na utilização de pulverizadores assistidos a ar aumentou desde que Potts 1958 reconheceu a possibilidade de reduzir o volume de calda significativamente por meio de um fluxo de ar para projetar as gotículas em um dossel de cultura MATTEWS et al 2016 Esse tipo de pulverizador possui um sistema de fornecimento de ar que ajudará no transporte das gotas até o alvo No entanto a atenção ao risco de deriva deve ser levada em consideração uma vez que gotas menores tendem a ser formadas nesse processo Algumas formas de ventilação são usadas no sistema porém o mais comum é o ventilador de hélice em conjunto com pontas de energia centrífuga Além disso alguns modelos de pulverizadores possuem pás com angulações ou rotações reguláveis Do mesmo jeito que em outros pulverizadores uma bomba é necessária para levar a calda de pulverização até os bicos onde os jatos serão formados Para correta regulagem do pulverizador a arquitetura e volume de copa das árvores devem ser levados em consideração Assim o direcionamento da pulverização bem como a abertura total ou parcial dos bicos poderão ser melhor analisados o que permitirá uma pulverização de maior qualidade 43 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 515 Exemplo de regulagem do turbo pulverizador Fonte Syngenta Figura 516 Turbopulverizador realizando aplicação em lavoura de mamão Fonte Autores 510 Autopropelidos Dentre os modelos terrestres os autopropelidos são hoje os que possuem maior tecnologia inserida em seus sistemas São bastante variados quanto ao tamanho e posicionamento dos tanques e das barras de pulverização Da mesma forma o número de seção e ramais pode variar Esses 44 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS maquinários possuem seu próprio sistema de propulsão permitindoos assim maior agilidade e maiores velocidades o que associado ao maior comprimento das barras tem gerado maior rendimento operacional quando comparado à outros modelos terrestres Figura 517 Exemplo de autopropelido encontrados no mercado Fonte John Deere Figura 518 Exemplo de autopropelido encontrados no mercado Fonte Valtra 511 Pulverizador de Barra Assistido a Ar São modelos compostos por um sistema capaz de criar uma cortina de ar que é dirigida para baixo com o intuito e aumentar a penetração de gotas no dossel da cultura e diminuir o potencial risco de deriva Esses pulverizadores podem ser acoplados de arraste ou até mesmo automotrizes e possuem um ou dois ventiladores geralmente posicionados próximo ao centro das barras de pulverização O fluxo de ar é então conduzido por um ducto flexível que se infla quando o sistema é acionado 45 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Estudos em túnel de vento com bandejas de plantas confirmaram que quando pulverizações mais finas foram direcionadas para frente com a assistência a ar a deposição total de pulverização sobre os cereais aumentou e a contaminação do solo foi reduzida HISLOP et al 1995 MATTHEWS et al 2016 Por outro lado esse sistema pode causar maior deriva em cultivos de pouca folhagem uma vez que as gotas poderão sofrer deflexão do ar pelo solo TAYLOR et al 1989 Figura 519 Exemplo pulverizador de barra assistidos a ar encontrados no mercado Fonte PLA SA adaptado No entanto passados mais de trinta anos da introdução dessa tecnologia em pulverizadores de barras muitos questionamentos ainda devem ser esclarecidos quanto a interação entre volume velocidade de ar e estágios de desenvolvimento mais adequados a diferentes culturas anulação dos bicos na barra em relação ao ar altura de pulverização e velocidade de deslocamento entre outros fatores visando obter maior cobertura da pulverização e menores perdas RAETANO 2011 46 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 520 Exemplo pulverizador de barra assistidos a ar encontrados no mercado Fonte Via Rural Jacto 512 Pulverizador Eletrostático Esse tipo de tecnologia surgiu com o intuito de se reduzir o risco de contaminação ambiental buscando gerar máxima deposição do alvo mesmo quando em posições desfavoráveis como superfícies abaxiais das folhas Esses pulverizadores possuem um sistema de indução de carga elétrica no líquido antes ou logo após ser pulverizado sendo mais eficientes em gotas de menor tamanho No entanto algumas autoridades de registro exigem que as aplicações sejam realizadas com gotas maiores o que reduziria o risco de deriva Assim embora já existente há tempos no mercado o número de pulverizações agrícolas continua a ser limitado 47 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 521 Exemplo pulverizador de barra eletrostática Fonte Davi Maggioni 513 Pulverizador Aéreo Esses tipos de máquinas surgiram como interessantes alternativas para aplicação em áreas de maior tamanho ou irrigadas bem como em lavouras de porte alto Mesmo com vantagens únicas como pulverização em áreas de difícil acesso operação em qualquer condição de umidade do solo ausência de danos por amassamento e não disseminação de propágulos por não entrar em contato direto com a área tratada sua utilização foi diminuída em alguns países que possuem maior rigor quanto ao risco de deriva uma vez que a pulverização é realizada a uma maior distância do alvo 514 Avião Agrícola De forma geral ao contrário do que a maioria pensa o avião agrícola possui sistema de pulverização mais simples se comparado ao de um pulverizador terrestre Como exemplo uma aeronave Ipanema possui os seguintes componentes tanque bomba válvula de três vias by pass válvula de abastecimento rápido manômetro filtros e barras de aplicação ANTUNIASSI 2011 Em aviões a barra pode se estender por quase todo comprimento da envergadura da asa mas é recomendado que os bicos de pulverização estejam posicionados até 75 da extensão das asas evitando assim problemas com os vórtices movimentos fortes e giratórios gerados 48 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 522 Aplicação aérea na cultura do algodão Fonte Autores 515 Helicóptero Agrícola Esses modelos de pulverizadores são uma alternativa aos aviões podendo trabalhar com velocidades mais baixas possuindo maior capacidade de manobra dentro de campos com relevo ou vegetação irregular e podem atuar em regiões onde pistas de pouso não estão disponíveis A barra de pulverização deve ser instalada abaixo e na frente da cabine de modo a reduzir os riscos que os vórtices possam causar na qualidade da aplicação Figura 523 Aplicação aérea na cultura do café Fonte Gefferson Paixão 49 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 516 VANTs Drones Um dos últimos equipamentos que surgiram no mercado com intuito de realizar a aplicação de defensivos agrícolas e florestais os Veículos Aéreos Não Tripuláveis VANTs tem os Drones como principais modelos já atuando no mercado Estes tipos de aeronaves são controlados a distância por meios eletrônicos e computacionais sob a supervisão de humanos ou mesmo sem a sua intervenção por meio de programações desenvolvidas específicas para cada voo Figura 524 Exemplo de Drone utilizado para pulverização Fonte Skydrone Alguns modelos possuem reservatório de até 20 L e o equipamento é capaz de voar por grandes alturas sendo essa uma característica interessante para aplicações em cultivos florestais No entanto o conceito de se pulverizar mais próximo ao alvo permanece o mesmo Dentre as principais vantagens dessa tecnologia está a diminuição da exposição dos trabalhadores aos produtos químicos e a possibilidade de pulverização em áreas de difícil acesso No entanto são necessárias mais informações técnicas e científicas capazes validar ou não suas diferentes utilidades 50 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 6 Componentes dos Pulverizadores Como vimos anteriormente existe grande variedade de pulverizadores todavia quando se comparam os diferentes tipos verificase que eles possuem aspectos semelhantes Todos eles apresentam em comum três elementos tanque que armazena o líquido a ser pulverizado uma bomba ou um sistema de alimentação por gravidade que irá conduzir o líquido até uma ou mais saídas que são os bicos os quais incluem as pontas de pulverização que irão produzir e distribuir as gotas desejadas Dentre os pulverizadores tratorizados algumas principais partes podem ser citadas depósito agitadores de tanque registros filtros bomba câmara de compensação regulador de pressão manômetro registro ou válvulas direcionais barra bicos e pontas de pulverização Veremos adiante alguns detalhes desses componentes 61 Tanque ou depósito do pulverizador Deve ser feito com material leve e resistente à corrosão não podendo apresentar quinas pois estas tendem a acumular resíduos dos defensivos utilizados nas caldas Não pode ter vazamentos devendo apresentar boa capacidade de agitação da calda mecânico ou hidráulico permitir total esvaziamento da calda e ser de fácil lavagem e descontaminação O volume pode variar de 12 L em costais até 5000 L como em alguns modelos de autopropelidos Independentemente é recomendável que tenha uma abertura grande maior que 300 mm admitindo a inspeção e limpeza interna do tanque e que seja equipado com um filtro tipo cesto permitindo a retenção de impurezas mais grosseiras Atualmente alguns modelos apresentam um sistema de indução de líquidos geralmente localizados na parte mais baixa do tanque possibilitando melhor mistura da calda facilidades ao operador e redução da formação de espuma Além disso esses componentes devem apresentar um indicador de nível visível ao operador e um orifício de drenagem em seu ponto mais baixo 51 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Agitadores de tanque Devem permitir boa agitação para que a calda seja pulverizada em concentração homogênea até o final Os agitadores mecânicos devem receber manutenção constantemente não permitindo vazamentos na entrada do eixo que o sustenta Em alguns casos as pás ficam apenas parcialmente imersas o que deixaria a agitação ineficiente Outra possibilidade é a utilização de agitadores hidráulicos que são bicos grandes com funcionamento tipo venturi proporcionando jatos de líquidos provenientes do próprio retorno do sistema de pulverização Se bem posicionados podem apresentar boa eficiência de agitação 62 Registros Não devem apresentar vazamentos a fim de evitar perdas e contaminação ambiental no momento da limpeza de filtros ou na manutenção de outras partes do sistema quando o tanque estiver carregado Embora seja um componente bastante simples sua função é essencial ainda mais se tratando da preservação da saúde do operador e da segurança ambiental possibilitando o fechamento imediato do fluxo de calda mesmo em situações repentinas e problemáticas que possam acontecer no campo 63 Filtros Devem ser colocados na boca do tanque antes da bomba na linha de pulverização e nos bicos Apresentam funções essenciais como a Garantir maior uniformidade nas aplicações não permitindo que o entupimento das pontas de pulverizações cause a distribuição desuniforme da calda b Permitir maior capacidade operacional dos pulverizadores diminuindo o tempo parado para desentupir as pontas de pulverização tratando assim maior área por dia c Garantir segurança ao trabalhador não o expondo ao trabalho de desentupir os bicos evitandose assim o contato direto com a calda ficando o trabalhador com a função de apenas conduzir o conjunto pulverizador d Possibilitar maior durabilidade às pontas pulverizadoras diminuindo as impurezas e assim a abrasão nos bicos além de evitar o uso de materiais não recomendados arames e gravetos muitas vezes utilizados para desentupir as pontas 52 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS As malhas dos filtros devem ser escolhidas em função das formulações dos defensivos que serão aplicados Pó molhável e seus derivados suspensão devem usar filtros com malha 50 Para as formulações pó solúveis soluçãoaquosa e concentrados emulsionáveis podem ser usadas malhas 80 ou 100 O modelo e tamanho das pontas de pulverização também influenciam a escolha da malha do filtro As pontas de menor vazão exigem filtros mais finos malha 100 e nas de maior vazão as malhas podem ser mais grossas malha 50 É importante seguir as recomendações dos catálogos 64 Bomba A função da bomba é colocar no sistema a energia que será usada para fazer a pulverização Existem vários tipos de bombas no mercado sendo as de pistão diafragma roletes e centrífugas as mais utilizadas nos maquinários agrícolas Dentre elas a mais comercializada no Brasil ainda é de pistão porém atualmente há predominância da bomba centrífuga nos autopropelidos A seleção da bomba apropriada dependerá dos seguintes parâmetros técnicos volume total que será aplicado e desviado para agitação da calda no tanque pressão necessária no sistema e tipo de mistura utilizada escolhendose a de material mais resistente Dessa forma ao regular um pulverizador devese somar a vazão individual dos bicos e observar se a bomba é capaz de deslocar volume suficiente para atender a vazão das pontas Tecnicamente não é recomendado usar mais de 70 do volume real deslocado o restante muitas vezes tem de ser usado para agitação da calda no tanque 641 Bomba Centrífuga Um rotor quando acionado gira em alta velocidade dentro da carcaça da bomba enviando o líquido com pressão para o sistema Como a maioria desses modelos não são autoescorvantes esta deve ser colocada abaixo do nível do tanque e atenção especial é necessária para o não acionamento da bomba a seco o que pode vir a causar danos a diversas partes da bomba Esse tipo de bomba é ideal para aplicação de grandes volumes porém a pressão máxima de trabalho geralmente não ultrapassa 10 BAR Tais características são favoráveis a sua utilização em autopropelidos que tem utilizado barras cada vez maiores requerendo altos volumes L min1 e que aliado às tecnologias inseridas às novas pontas do mercado possibilitam manejar o tamanho adequado da gota mesmo com níveis mais baixos de pressão 53 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 642 Bomba de Pistão Nesse modelo de bomba o líquido é deslocado por um êmbolo que se move para cima e para baixo em um cilindro sendo a vazão proporcional à velocidade de bombeamento São capazes de entregar alta pressão e volumes mais baixos quando comparadas às centrífugas Como apresentam fluxo intermitente o auxílio da câmara de compensação tornase necessário Além dela uma válvula de alívio é interessante para desviar para o retorno a calda que não for pulverizada As bombas de pistão têm sua capacidade de deslocamento diretamente ligada à sua rotação e estão projetadas para trabalhar entre 450 e 540 rpm No Brasil a capacidade nominal de uma bomba pistão é medida a 540 rpm assim uma bomba especificada para 40 L min1 se estiver a 450 rpm desloca apenas 333 L min1 Esse cálculo é feito por regra de três simples Câmara de compensação Também chamada de câmara de amortecimento tem a função de eliminar as pulsações de pressão provocadas nas bombas de pistão Instalada no circuito após a bomba é essencial em máquinas de controlador eletrônico já que as pulsações são captadas pelo sensor e isso impossibilitaria a correta medição do fluxo gerado no sistema de pulverização 643 Bomba de Diafragma A bomba de diafragma possui funcionamento semelhante à de pistão porém com uma proteção diafragma vedando a câmara não permitindo que a extremidade do pistão entre em contato com a calda Existem opções no mercado que já vem com a câmara de compensação incorporada à bomba caso contrário será necessária a instalação da mesma na linha de pulverização 644 Bomba de Roletes Esse modelo possui dentro da carcaça da bomba 5 a 8 cavidades espaçadas de forma simétrica onde há em cada uma um rolete cilindro pequeno que se move para dentro e para fora proporcionando pressão contra a parede e ao líquido que é forçado através do orifício de saída Geralmente apresenta tamanho mais compacto em relação aos demais tipos de bomba Alguns modelos atingem até 20 BAR de pressão e vazões de 140 L min 1 54 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 65 Válvula Reguladora de Pressão A válvula reguladora de pressão VRP é um componente que atua como um divisor de volume no qual uma parte da calda vai para os bicos e a outra retorna ao tanque A VRP consiste em uma válvula que pode ser ajustada a uma determinada pressão Quando esta pressão é excedida a válvula se abre e o excesso de líquido do sistema passa por um desvio retornando para o tanque e evitando assim danos ao sistema Como a saída dos bicos é pequena a pressão nessa parte do circuito se elevará até que os bicos permitam a vazão desejada por isso é denominada de válvula reguladora de pressão Os pulverizadores de maior capacidade como autopropelidos já são equipados com sistemas eletrônicos computadorizados onde o regulador de pressão tem um sistema que ajusta a pressão de acordo com o volume préprogramado e a velocidade de operação com uma válvula de esfera funcionando como estrangulamento ou retorno Válvula Reguladora de Pressão em Costais Um dos acessórios mais importantes na aplicação de agrotóxicos com pulverizadores costais a válvula reguladora de pressão é capaz de impedir a oscilação da pressão mantendo o fluxo de calda constante durante a aplicação permitindo assim uniformidade no tamanho de gotas produzidas de acordo com o tipo de ponta de pulverização utilizada Figura 61 Válvula reguladora de pressão Fonte Jacto e Guarany Existem também as válvulas limitadoras de pressão que possuem a capacidade de restringir a pressão máxima enviada à calda na saída da ponta de pulverização mas não impede que o pulverizador opere com pressão inferior à especificada pela válvula 55 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 66 Manômetros São equipamentos usados para verificar a pressão de trabalho nos pulverizadores Os de melhor precisão são constituídos de glicerina nos mostradores evitando a trepidação dos ponteiros o que ajuda a aumentar a vida útil desse componente Pulverizadores tratorizados e turbo atomizadores possuem um manômetro acoplado ao registro de pressão do sistema Sua utilização garante maior precisão na aplicação pois permite manter o tamanho de gotas e volume de calda podendo melhorar a cobertura do alvo ou controlar a deriva Uma boa alternativa para prolongar ainda mais a vida útil deste equipamento seria o kit manômetro que é instalado no bico no momento da calibração e depois retirado além de aumentar a durabilidade do acessório permite determinar a pressão real na saída da calda Normalmente aqueles manômetros colocados no circuito longe dos bicos podem indicar pressão maior que a real encontrada na saída das pontas de pulverização pois pode haver perdas de pressão aos longo das mangueiras conectores filtros cotovelos etc 67 Comandos ou Válvulas direcionais Depois do regulador de pressão e manômetro são necessárias válvulas para que o operador possa comandar abrir ou fechar a passagem da calda para os bicos O número de registros varia de acordo com o número de seções da barra Ao fechar uma das seções da barra nos comandos mais simples a pressão do sistema elevase aumentando a vazão dos bicos em funcionamento Essa situação pode ser evitada usando um sistema que possua válvulas de três vias sendo uma dessas responsável pela volta da calda ao tanque e permitindo assim ajuste do retorno por cada válvula sem que haja aumento da vazão nas demais Nesse caso depois de regulado o pulverizador devese fechar cada uma das seções individualmente e regular o retorno de cada uma delas sem modificar assim a pressão total das seções que continuam abertas Esses sistemas podem ser dotados de válvulas mecânicasmanuais ou elétricas O uso desta última tem aumentado nos últimos anos em tratores com cabines onde por meio de um painel elétrico o operador realiza todos os comandos sem o risco de exposição ao produto aplicado 56 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 68 Controladores Eletrônicos Esses componentes surgiram com o intuito de gerenciar as pulverizações a campo tornando a aplicação ainda mais precisa com maior qualidade e segurança ambiental Já existem no mercado diversos modelos e funções que cada um é capaz de exercer no entanto o mínimo esperado é que sejam capazes de ajustar automaticamente a vazão com a variação da velocidade do pulverizador e de manter constante o volume de aplicação por unidade de área BAIO e ANTUNIASSI 2008 Dentre outras funções importantes podemos destacar Gerenciamento da altura de barra Velocidade de aplicação Volume de calda que está sendo aplicado Permite aplicações a taxas variadas Em bombas centrífugas acionadas por motor hidráulico permite controlar o fluxo hidráulico e consequentemente a rotação da bomba de acordo com a necessidade da vazão Informação da área tratada com precisão Tempo utilizado nas aplicações Armazenagem de dados Os pulverizadores mais modernos possuem sensores instalados nas rodas que fornecem a velocidade instantânea da máquina Enquanto isso fluxômetros ou pressostatos captam a quantidade de pulsos ou da pressão respectivamente e as transformam em vazão L min1 Ao se juntar essas informações à velocidade o controlador é capaz de calcular o volume que está sendo aplicado Apesar de oferecer acurácia na correção do volume em função de variações de velocidade os controladores fazem este ajuste alterando a pressão pela válvula reguladora de pressão na linha principal Assim para uma determinada calibração o aumento da velocidade do conjunto mecanizado ocasiona um aumento na vazão para manter o volume constante por unidade de área para isso o controlador aumenta pressão de trabalho o que irá diminuir o tamanho das gotas pulverizada BAIO e ANTUNIASSI 2008 Por outro lado ao se reduzir a velocidade haverá redução na pressão para reduzir a vazão para manter constante o volume de calda aplicado na mesma área porém com aumento no tamanho da gota Como todas essas possíveis variações irão ocasionar alteração no tamanho das gotas é necessária atenção às características do produto aplicado sistêmico ou contato e principalmente 57 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS condições climáticas do momento em especial no caso de aumento da pressão Já com a formação de gotas mais grossas a quantidade de gotas total tende a diminuir o que pode ocasionar a redução na eficiência de controle principalmente através do tratamento com produtos de contato Dessa forma a calibração deve ser realizada considerando pequenas variações de velocidade enquanto o operador deve estar ciente da importância da padronização da sua atividade 69 Barras de Pulverização O comprimento da barra varia conforme o modelo do pulverizador Quanto mais extensa maior a capacidade operacional embora também aumente a probabilidade de oscilação e heterogeneidade da aplicação Tanto as oscilações verticais quanto as horizontais influenciam a uniformidade de deposição da calda pulverizada O sistema de barra autoestável tem a barra independente da estrutura do trator com molas e amortecedores para absorver os impactos provenientes das irregularidades do terreno e possibilita a construção de barras bastante maiores 40 m sem grandes problemas de oscilações com sistema de nivelamento individualizado para cada barra Essas barras também tem um sensor de altura o que ajuda manter a altura correta em relação ao alvo Outro aspecto importante que deve ser levado em consideração na aplicação de defensivos é a altura da barra em relação ao alvo Na altura ideal Figura 62 A o defensivo é distribuído uniformemente ao longo da faixa de aplicação Quando a barra estiver abaixo da altura recomendada Figura 62 B a pulverização não será uniforme podendo ser observadas falhas no controle de plantas daninhas alternando com toxidez nas culturas no caso de aplicação de herbicidas Figura 62 Faixa de deposição do volume pulverizado oriunda de barra na altura correta A e abaixo da altura recomendada B Fonte Silva e Silva 2007 A B 58 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS As barras atualmente possuem maior número de seções o que facilita tanto no transporte quanto para manobras e armazenamento da máquina Além disso o seccionamento da barra aliado aos controladores eletrônicos permitiu maior segurança ambiental uma vez que as seções podem ser desligadasdesativadas quando não necessárias na aplicação Existem no mercado barras com espaçamentos de 35 cm entre bicos permitindo assim menor altura de barra com boa distribuição No entanto espaçamentos de 50 cm entre bicos são mais comuns Além da altura da barra e espaçamento entre bicos o ângulo de abertura dos jatos produzidos pelas pontas de pulverização interfere diretamente na uniformidade de distribuição do volume pulverizado Ademais a própria tecnologia e qualidade das pontas de pulverização também são capazes de interferir na homogeneidade das faixas Pontas com ângulos maiores permitem menor altura da barra 610 Bicos e Pontas de Pulverização Bico e ponta de pulverização embora sejam dois elementos distintos frequentemente são usados como sinônimos O bico é todo o conjunto e suas estruturas de fixação na barra corpo capa anel de vedação filtro ou peneira e ponta O corpo de bico ou porta bico pode ser de saída simples ou de múltiplas saídas 2 a 5 Estes últimos são os mais utilizados em pulverizadores maiores e mais tecnificados uma vez que facilita a troca das pontas em uso e permite maior agilidade Alguns portabicos possuem o sistema de anti gotejo impedindo que a calda continue saindo pelas pontas após o fechamento das seções Essa tecnologia permitiu reduções da fitotoxicidade por overdose onde havia gotejamento de desperdício de produtos e da contaminação ambiental 59 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 63 Componentes de um bico de pulverização Fonte Hypro Pentair As capas podem ser de roscas ou de engate rápido Figura 64 Quando de roscas as pontas precisam ser adequadamente posicionadas para que os jatos formados não se choquem Quando de engate rápido a posição já é estabelecida corretamente pelo próprio encaixe ao porta bico Existem também algums fabricantes que utilizam capas já aderidas às pontas de pulverização Figura 65 Figura 64 Capas de engate rápido Fonte Spraying Sistems Co 60 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 65 Modelos de pontas e capas em peça única Fonte Hypro Pentair e Agrotop Para a escolha da peneira filtro da ponta é necessário conhecer os defensivos que serão utilizados na calda bem como o tamanho vazão da ponta evitando assim retenção excessiva dos produtos nos filtros ou entupimento das pontas As pontas de pulverização são os dispositivos terminais do circuito hidráulico e tidas como a peça mais importante numa pulverização Essas determinam a vazão e são responsáveis pela formação das gotas e sua distribuição nos alvos Por isso o conhecimento de algumas características para a correta seleção da ponta de pulverização se faz necessário Segundo Matthews 2016 as pontas podem ser classificadas de acordo com as formas de energia utilizada na formação das gotas gasosa centrífuga cinética térmica elétrica hidráulica ou combinada Dentre esses diferentes tipos de pontas de pulverização as de energia hidráulica ainda são as mais utilizadas e por isso apenas estas serão discutidas a seguir Diferentes pontas produzem diferentes tamanhos de gotas com perfis ângulos de jato e vazões distintas Algumas dessas características são indicadas pelo número da ponta Em relação ao ângulo do jato formado pela ponta de pulverização a ele pode aumentar ou diminuir Figura 66 em função do aumento ou da diminuição da pressão respectivamente 61 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 66 Ângulo formado pela ponta de pulverização em função da pressão de trabalho Fonte Spraying Systems Co As pontas de pulverização de energia hidráulica conforme já mencionado possuem três funções principais Por sua vez cada função é dependente de alguns fatores os quais veremos a seguir a Determina a vazão função tamanho do orifício de saída pressão e característica do líquido b Distribuição função modelo da ponta pressão e característica do líquido c FormaçãoTamanho da gota função modelo da ponta pressão e característica do líquido É importante observar que todas as funções da ponta de pulverização dependem da pressão que é a fonte de energia para a formação da gota A unidade internacionalmente usada é o bar porém a mais comum é libras lb pol2 Veja a seguir outras unidades e as relações entre elas 1 bar 1422 lb pol2 100 kPa 102 kg cm2 A vazão de uma ponta de pulverização depende do tamanho do orifício de saída da pressão de trabalho e da densidade e viscosidade do líquido Para cada um desses fatores é possível utilizar fórmulas e tabelas de correção a fim de determinar a vazão correta da ponta Entretanto as variáveis mais importantes são a pressão e a densidade V1 V2 P1 P2 Sendo V1 vazão da ponta 1 correspondente à P1 V2 vazão da ponta 2 correspondente à P2 62 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS P1 pressão 1 P2 pressão 2 Assim fica fácil compreender que para dobrar a vazão de uma ponta é necessário quadruplicar a pressão de trabalho A variação da vazão devido à densidade do líquido pode ser corrigida utilizandose os fatores de conversão do Quadro 61 Como as tabelas são calculadas para o uso da água densidade 1 deve se fazer a conversão quando a densidade da calda for diferente de 1 Quadro 61 Fatores de conversão de vazão para líquidos com densidade diferente da água Densidade kg L1 084 096 100 108 120 128 132 144 168 Fator de conversão 092 098 100 104 110 113 115 120 130 Fonte Mattuo et al 2001 Quanto à forma do jato as pontas hidráulicas são divididas em dois grupos sendo as do tipo leque e de jato cônico Por sua vez as de jato cônico se subdividem em cone cheio e cone vazio A Pontas de Jato Cônico São de uso comum entre os bicos hidráulicos sendo as de cone vazio as predominantes A deposição de gotas no cone vazio se concentra somente na periferia do jato enquanto que no centro praticamente não há gotas Já nos de cone cheio a distribuição das gotas atinge também o centro da pulverização Figura 67 De forma geral as pontas de cone cheio tendem a produzir gotas mais grossas enquanto jatos cônicos vazios tendem a produzir gotas finas a muito finas 63 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 67 Padrão de deposição das pontas cone cheio e cone vazio Fonte ANDEF 2004 Algumas pontas do tipo cônico são formadas por duas partes ponta ou copo a qual possui o orifício de saída e difusor conhecido também como caracol espiral núcleo e core e serve para proporcionar o movimento helicoidal ao jato líquido que por ele passa Após tomar esse movimento o líquido passa através do orifício circular formando um cone A combinação de difusores e chapa orifício é que determina se o cone é cheio ou vazio No cone cheio o difusor tem apenas um furo no centro e no vazio o difusor só tem furos nas laterais As pontas de jato cônico apresentam indicativo da vazão em galões por horas ao contrário do que é visto para as pontas leque que apresentam vazão em galões por minuto Figura 68 Jato cônico cheio e vazio Fonte Hypro Pentair Devido à elevada porcentagem de gotas finas produzidas e suscetíveis à deriva bem como seu padrão de deposição típico a utilização de pontas de jatos cônicos vazios em barras de 64 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS pulverização pode ocasionar elevados valores de perdas por deriva e um coeficiente de variação da distribuição da vazão ao longo da barra acima do desejado superior a 30 em pontas novas ANTUNIASSI e BOLLER 2011 Essa situação ocorre pela estrutura do jato formado que a 50 cm do alvo e com espaçamento entre bicos a 50 cm tende a acumular o volume pulverizado nas extremidades dos jatos adjacentes No entanto para atingir volumes baixos recorrentes hoje em dia as pontas cone vazio por produzirem gotas finas a muito finas aparecem como opções viáveis Além disso em condições de clima favorável esse tipo de ponta pode ser utilizado para se obter maior cobertura principalmente quando maior penetração no dossel é exigida Também tem sido amplamente utilizadas em turbo pulverizadores principalmente para aplicações em cultivos arbóreos Por outro lado as pontas de cone cheio permitem boa distribuição quando utilizadas em barras Porém por produzirem gotas grossas a extremamente grossas acabam deixando a desejar quando maior cobertura do alvo é necessária Essas têm sido utilizadas para aplicação de herbicidas incorporados ao solo ou em aplicações com costal B Pontas de Jato Leque de Impacto ou Defletor Nas pontas de impacto após o orifício de saída o líquido é forçado contra uma superfície e se abre na forma de leque O padrão de deposição dos bicos de impactos convencionais é irregular mas quando trabalhado em barras com a sobreposição de pontas adjacentes apresenta boa uniformidade de distribuição Podem trabalhar em baixa pressão e ainda atingir ângulos grandes até 160o o que permite aplicar herbicidas sob as saias de árvores e arbustos e a torna bastante usual em pulverizações com costais Embora seja uma ponta de jato leque sua nomenclatura e codificação possuem algumas peculiaridades de acordo com o fabricante sendo então necessário o catálogo do mesmo para correta verificação da vazão e recomendação Figura 69 Formação do jato e perfil de distribuição de pontas defletoras Fonte ANDEF 2004 65 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS A B Figura 610 Pontas de jato leque de impacto turbo Floodjet TF A e turbo Teejet TT B Fonte Spraying Systems Co C Pontas de Jato Leque Produzem jato em um só plano e seu uso é mais indicado para alvos planos como solo culturas soja trigo milho etc e paredes As pontas do tipo leque podem ser de deposição contínua ou descontínua As pontas com deposição continua bico Even possuem distribuição uniforme sendo indicadas para pulverização em faixas sem sobreposição com os bicos vizinhos As pontas de deposição descontínua produzem padrão de deposição desuniforme decrescendo do centro para as extremidades e por isso chamadas de beiradas afiladas São recomendadas para trabalhar em barras havendo 3050 de sobreposição com cada bico vizinho Devese observar não somente o padrão de deposição de uma ponta isolada mas a somatória da aplicação O coeficiente de variação da somatória da aplicação não deve exceder 10 Figura 611 Padrão de distribuição das pontas de jato plano Even e Normal Fonte ANDEF 2004 As pontas do tipo leque são comercializadas com diferentes tipos de ângulos sendo os mais comuns os de 80o e 110 o Essas pontas são padronizadas pela cor a cor laranja indica vazão de 010 galão por minuto as verdes 015 galão por minuto as amarelas 020 galão por minuto as azuis 030 66 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS galão por minuto e as vermelhas 04 galão por minuto isto se estiverem trabalhando a 40 lb pol2 Cada galão equivale 3785 litros Os tamanhos de gotas produzidas pelas pontas de pulverização são variáveis e dependentes da tecnologia inserida nas pontas do tamanho do orifício da pressão de trabalho e da característica do líquido Como já foi discutido o tamanho da gota tem relação direta com a deriva evaporação e cobertura do alvo Portanto escolher uma ponta que produza uma gota de tamanho adequado ao produto a ser utilizado e ao alvo a ser atingido é de fundamental importância Vazão e Nomenclatura Identificação A vazão das pontas de pulverização é dada na maioria das vezes por uma classificação por cores Quadro 62 com o intuito de facilitar a calibração e checagem da qualidade das pontas Quadro 62 Classificação das pontas de pulverização de acordo com a vazão norma ISO 10625 Cor Vazão galões min1 a 3 BAR Vazão L min1 a 3 BAR Laranja 01 040 Verde 015 060 Amarela 02 075 Azul 03 115 Vermelha 04 150 Marrom 05 190 Cinza 06 230 Branco 08 305 Para pontas que seguem o código de cores conforme a norma ISO 10625 ISO 1998 Essa classificação é padronizada sendo utilizada a pressão de 3 BAR Portanto para fins de checagem das pontas em um pulverizador com mesma pressão todas as pontas devem possuir a mesma vazão sendo admitido desvio de no máximo 10 67 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Alguns fabricantes utilizam ordem diferente para identificar as suas pontas porém todas devem conter o nome ângulo de abertura do jato a 40 lb pol2 e a vazão gal min1 Algumas ainda informam o material de fabricação da ponta e sua respectiva marca Figura 612 Nomenclatura de pontas de pulverização do tipo leque Fonte Spraying Systems Co Felizmente com o advento da tecnologia e evolução da engenharia algumas modificações foram surgindo e novos modelos de pontas encontramse disponíveis no mercado D Pontas com PréOrifício Nas pontas com préorifício o líquido a ser pulverizado passa através de um orifício pequeno Figura 613 e alcança uma précâmara seguindo para uma passagem que leva ao exterior O pré orifício ocasiona redução da velocidade do líquido criando condições para a formação de gotas maiores e reduzindo a produção de gotas menores de 200 µm entre 50 80 quando comparadas as pontas de jato plano convencional de mesma vazão e operadas à mesma pressão ANTUNIASSI e BOLLER 2011 Figura 613 Tecnologia de préorifício Fonte Hypro Pentair adaptado 68 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Alguns desses modelos permitem a retirada do préorifício fato importante uma vez que esses tendem a entupir mais facilmente que pontas convencionais de mesma vazão Por esse mesmo motivo a escolha adequada dos filtros tornase ainda mais importante E Pontas com Indução de Ar Essas pontas são fabricadas com uma tecnologia tipo venturi em seu interior Com a passagem do líquido em alta velocidade o ar é succionado para dentro da ponta de pulverização através de pequenas aberturas muitas vezes localizadas em suas paredes laterais Dessa forma o líquido se mistura com o ar formando gotas com ar dentro ocas e de maior diâmetro quando comparadas aos modelos convencionais de mesma vazão Figura 614 Modelo de ponta com tecnologia de Indução de Ar Fonte Spraying Systems Co Para o funcionamento correto da tecnologia a maioria desses modelos precisam estar operando à pressões acima de 2 BAR Essas são indicadas para aplicações de herbicidas ou em condições ambientais bastante adversas reduzindo assim o potencial risco de deriva e menor contaminação ambiental Como a maioria dessas pontas apresentam comprimento maior atenção especial deve ser dada à estabilidade da barra e às características do relevo para que elas não venham a se chocar com nenhuma superfície o que poderia causa danos até mesmo para os bicos Mas alguns lançamentos mais recentes já possuem tamanhos reduzidos 69 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS F Pontas de Jato Duplo As pontas de jato duplo também chamadas de duplo leque possuem dois orifícios de saída do líquido de forma a gerar dois jatos Esses modelos também seguem o padrão ISO 10625 ou seja embora produza dois leques a cor da ponta é determinada pela vazão total da mesma Possuem padrão de pulverização inclinado em relação a vertical geralmente 30 40o e têm apresentado bons resultados de cobertura principalmente em situações onde maior penetração do dossel é requerida Figura 614 Modelo de ponta Duplo Leque Fonte Hypro Pentair adaptado Existem no mercado algumas capas e conectores especiais que permitem a transformação de uma saída para duas tornandose assim um bico duplo leque Figura 615 o que lhe confere as mesmas vantagens de uma ponta de leque duplo Figura 615 Modelo de capadupla e conector Fonte Hypro Pentair e Spraying Systems Co 70 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS G Pontas de Jato Triplo As pontas desse modelo também chamadas de triplo leque possuem três orifícios de saída do líquido de forma a gerar três jatos Nessas pontas os leques formados estão espaçados 30 a 40o um do outro Da mesma forma que o duplo leque também segue o padrão ISO 10625 ou seja embora produzam três leques a cor da ponta é determinada pela vazão total da mesma Figura 616 Modelo de ponta de leque triplo Fonte Magnojet H Pontas Descentradas OffCenter As pontas descentradas foram desenvolvidas com o intuito de se pulverizar onde a definição dos limites de uma faixa de aplicação fosse necessária Esse modelo tem sido bastante usado em cultivos florestais nos pulverizadores do tipo Conceição evitando assim escorrimento de produtos na parede lateral da manta protetora 71 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 617 Modelo de ponta descentrada Fonte Hypro Pentair adaptado I Pontas de Utilização Sem Barras Para aplicação de defensivos onde a utilização de barras não é possível seja pelo relevo ou superfície extremamente irregular ou pela disposição e arquitetura de cultivos como os arbóreos Essas pontas são capazes de pulverizar por ampla faixa em alguns casos podendo atingir até 8m e têm sido bastante utilizadas em áreas de eucalipto Figura 618 Pulverização sem barra Fonte Hypro Pentair adaptado Embora não apresentem a mesma uniformidade na distribuição quando comparadas à uma barra com pontas de jato plano se bem recomendadas são capazes de entregar bom perfil de distribuição Atualmente várias fabricantes produzem esse modelo de ponta 72 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 7 Perfil de Distribuição O perfil de distribuição de uma ponta de pulverização permite avaliar como a calda é distribuída transversalmente ou seja como é a distribuição do produto fitossanitário no alvo Pontas de jato plano e cônico podem apresentar perfil de distribuição não uniforme ou distribuição uniforme Pontas com perfil de distribuição não uniforme apresentam maior acúmulo de líquido na região central com decréscimo de líquido gradual para as extremidades por isso são também chamadas de pontas distribuição normal Figura 7 A Pontas com esse perfil são indicadas para aplicação em área total com a sobreposição de jatos Pontas com perfil de distribuição uniforme apresentam acúmulo de líquido uniforme com quedas abruptas apenas nas extremidades Figura 7 B são indicadas para aplicação dirigida sem a sobreposição de outros jatos Figura 7 Perfil de distribuição não uniforme A e perfil de distribuição uniforme B submetidas às pressões de 200 300 e 400 kPa Fonte Adaptado de Viana et al 2007 Aplicações em área total Figura 72 A são usadas para aplicações de herbicidas em pré emergência ou em pósemergência das plantas daninhas e também para aplicações de inseticidas e fungicidas sobre o dossel de plantas Aplicações dirigidas Figura 72 B são utilizadas para o controle de pragas doenças e plantas daninhas localizadas na linha ou na entrelinha da cultura como aplicação dirigida de herbicidas na linha da cultura do eucalipto e do café aplicações de inseticidas sobre o cartucho do milho no controle de Spodoptera frugiperda bem como catação de plantas daninhas entre outros 0 3 6 9 12 do volume aplicado 5 30 55 80 105 130 155 180 200 kPa 300 kPa 400 kPa Faixa de deposição cm 0 3 6 9 12 do volume aplicado 5 30 55 80 105 130 155 180 200 kPa 300 kPa 400 kPa Faixa de deposição cm A B 73 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 72 Aplicação em área total A e aplicação em faixa B Fonte Spraying Systems Co Quanto menor o orifício da ponta de pulverização e maior a pressão de trabalho para um mesmo modelo de ponta menores serão as gotas produzidas e portanto maior a tendência de perda por deriva e por consequência menor eficiência na aplicação Panisson et al 2004 observaram menor deposição de calda em anteras de trigo quando utilizaram pontas de pulverização com menor tamanho de gota isso em razão das condições climáticas que favoreceram a ocorrência de deriva e reduziu a deposição de gotas no alvo Em aplicação de fungicidas para controle da ferrugem da soja Cunha et al 2008 avaliaram o efeito de pontas de pulverização sobre a deposição de gotas no dossel da cultura Quadro 7 De acordo com esses autores gotas menores possuem capacidade de alcançar posição inferior no dossel da cultura favorecendo o controle da doença Quadro 7 Densidade de gotas depositadas gotas cm2 na parte superior e inferior do dossel da cultura da soja após a aplicação de fungicida com diferentes pontas de pulverização em dois volumes de aplicação Ponta Posição superior Posição Inferior Volume de aplicação L ha1 Volume de aplicação L ha1 200 150 Média 200 150 Média Densidade de gotas TTJ60 11002 1600 1428 1515 a 386 204 286 b DFTJ60 11002 1609 1511 1560 a 453 206 331 b TVI 80015 439 625 532 b 110 136 123 b JA2 2320 2274 2297 a 984 741 862 a Média 1460 A 1492 A 479 A 322 A Médias seguidas por letras distintas maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas para cada aplicação diferem significativamente entre si a 5 de probabilidade pelo teste F e a 5 pelo teste de Tukey respectivamente Fonte Adaptado de Cunha et al 2008 Espaçamento entre pontas Altura da barra A B 74 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Altura da ponta de pulverização À medida que aumenta a distância entre a ponta de pulverização e a áreaalvo maior será a influência das condições climáticas sobre o jato e maior a tendência de perda de gotas produzidas seja por deriva e ou evaporação A altura de barra espaçamento entre pontas e ângulo do jato devem ser considerados no momento da montagem do equipamento A altura da ponta pulverização em relação ao alvo interfere na faixa de aplicação e consequentemente no espaçamento entre pontas Quanto menor a altura menor a faixa de aplicação O mesmo princípio se aplica à pressão de trabalho e ao ângulo do jato Variação da pressão de trabalho implica alteração do ângulo do jato vazão e tamanho de gotas Conforme visualizado no quadro 72 aumento na pressão implica aumento no ângulo do jato possibilitando maior sobreposição e melhor distribuição É importante ressaltar que para dobrar a vazão é necessário quadriplicar a pressão de trabalho o que proporciona grandes alterações no padrão de distribuição das pontas Neste sentido grandes alterações no volume de calda devem ser feitas com a troca das pontas e não com alteração na pressão de trabalho A uniformidade de distribuição da calda ao longo da barra de pulverização é avaliada por meio do Coeficiente de Variação CV do volume acumulado de líquido coletado em bancadas de teste Em laboratório para que a distribuição seja considerada uniforme o CV não deve ultrapassar 7 Aplicações com distribuição fora do padrão podem resultar em falhas no controle intoxicação de culturas impactos negativos ao ambiente menor eficiência econômica e favorecem a pressão de seleção com tendência ao aumento de indivíduos resistentes Quadro 72 Esquema do perfil de distribuição de uma barra simulada com pontas TT11002 Fonte Freitas et al 2005 75 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 8 Valor das Pontas de Pulverização Para expressar seu valor veremos a seguir exemplos de cálculos mostrando a quantidade de defensivos que passa por cada ponta de pulverização durante uma safra Nesse exemplo utilizaremos a cultura do mamão na qual segundo Projeto Campo Futuro 2014 em Itamaraju Bahia o custo médio de defensivos agrícolas foi de R 1997 83ha Quadro 8 Quadro 8 Discriminação dos custos com defensivos em cultivo de mamão safra 20132014 Fonte Projeto Campo Futuro 2014 Para o cálculo consideraremos um turboatomizador com 22 pontas de pulverização e uma propriedade de 15 ha atendendo situações reais encontradas no Brasil Custo dos defensivos R 199783ha Fazenda de 15 ha Custo total de defensivos R 2996745 22 pontas possui o pulverizador Quantidade em R de defensivos que passa por cada ponta de pulverização R 299674522 R 136350ponta Se considerarmos que uma ponta de qualidade no mercado custa aproximadamente R 1500 veremos que o custo da ponta em relação ao custo dos defensivos que por ela passa será muito próximo a 1 ou seja quase irrisório Além disso uma ponta de qualidade e em bom estado permitirá a realização de aplicações corretas e seguras ambientalmente Outra análise importante a se fazer é sobre o desgaste das pontas de pulverização Nesse estado o orifício de saída do jato pulverizado encontrase maior que o original alterando a quantidade aplicada bem como o padrão e a uniformidade na distribuição Figura 8 Na literatura alguns pesquisadores utilizam 10 como limite máximo de volume excedente aceitável para trocas das pontas de pulverização enquanto outros indicam 5 como sendo o limite 76 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 8 Alteração na característica do jato formado em pontas com orifício de saída desgastado Fonte KGF Aproveitando cálculos anteriores veremos o valor R que pode ser desperdiçado ao se utilizar pontas desgastadas Quantidade em R de defensivos que passa por cada ponta de pulverização R 299674522 R 136350ponta Ponta desgastada excedendo 5 do volume aplicado 005 x R 136350 R 6817 Para esse exemplo evidenciamos que uma ponta é capaz de desperdiçar um valor pelo menos quatro vezes maior que o custo de uma ponta nova Além disso uma ponta de pulverização nova permitiria maior eficiência no controle de pragas o que possibilitaria maior produtividade à cultura mais retorno econômico ao produtor e segurança ambiental Como o Brasil possui diversos cultivos e o mercado pode variar de região para região para saber o custo de defensivos que passa por cada ponta e seu custo relativo bem como o valor que pode ser desperdiçado numa aplicação basta seguir os passos dos cálculos apresentados É importante comentar que em alguns pulverizadores principalmente os que possuem controladores mais tecnificados o volume total aplicado por todas as pontas não será excedente mesmo na presença de alguma que já esteja desgastada No entanto para corrigir o excesso que sairá em uma ponta dessas o volume pulverizado por outra deverá ser menor Isso altera e prejudica consideravelmente em ambas o padrão de gotas e a distribuição do jato Renovação das Pontas de Pulverização Embora seja muito menosprezada na pulverização nacional a renovação das pontas é de enorme importância para a manutenção de altos padrões na qualidade de aplicação A determinação do momento exato para troca delas requer atenção ao volume que cada uma está pulverizando 77 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Segundo a FAO 2001 vazão até 10 acima daquela informada pelo fabricante é considerada aceitável No entanto para não comprometer a uniformidade da distribuição da calda no alvo a vazão de cada ponta não deve variar mais ou menos que 5 da média Se duas ou mais pontas de uma barra forem consideradas ruins recomendase substituir todas as pontas por outras novas Outro indicador de desgaste das pontas é o coeficiente de variação da distribuição da calda ao longo da barra e pode ser medido utilizandose mesas de distribuição formadas por um conjunto de canaletas justapostas acopladas a provetas que fornecem essa informação O coeficiente de variação não deve ser superior a 10 para pontas usadas e o ideal é de 6 a 8 para pontas novas ANTUNIASSI e BOLLER 2011 Vale comentar que a durabilidade das pontas é variável sendo influenciada pelos seguintes fatores Material de fabricação Figura 81 Limpeza e manutenção empregadas Pressão de trabalho geralmente utilizadas Produtos aplicados na calda potencial abrasivo e corrosivo Qualidade da água Figura 81 Porcentagem de aumento da vazão de pontas em relação ao material de fabricação Fonte Hypro Pentair 2016 No mercado atual as pontas mais utilizadas são de polímero cerâmica e inox No entanto cada fabricante possui engenharia e tecnologia peculiar empregadas em seus produtos sendo esse um ponto importante na hora da escolha da ponta de pulverização 78 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 9 Regulagem e Calibração de Pulverizadores A regulagem e a calibração dos pulverizadores são de extrema importância pois permitem utilizar a quantidade de produto fitossanitário correta de maneira uniforme na área sem perdas econômicas e com menor impacto ambiental Regulagem consiste em preparar o equipamento para atendimento da demanda desejada ou seja produzir as gotas de determinada classe de tamanho e aplicar determinada taxa de aplicação da calda do defensivo Antes de iniciar o processo de calibração do pulverizador é necessário fazer uma boa regulagem dos equipamentos a serem utilizados Ao término desta etapa todos os componentes do conjunto pulverizador devem estar em perfeito funcionamento A calibração consiste em verificar o desempenho do pulverizador em função da regulagem e realizar os ajustes finos de pressão para deixar o equipamento apto para a aplicação Na calibração também é realizado o diagnóstico das condições das pontas de pulverização Na calibração determinase o volume de calda gasto por unidade de área o que deve ser realizado toda vez que se iniciar qualquer tipo de pulverização independente do pulverizador a ser utilizado Nesta etapa é fundamental que se escolha corretamente as pontas de pulverização a pressão de trabalho o espaçamento entre pontas a altura da barra e a velocidade caminhamento 91 Métodos para calibração de pulverizador costal A Método do copo calibrador para superfícies planas com aplicação em área total Pulverizador de 20 litros com barra de dois bicos espaçados de 05m Colocar água no depósito do pulverizador Figura 9 A Marcar uma distância de 50 m no local a ser pulverizado Figura 9 B Iniciar a pulverização no local demarcado Figura 9 C com velocidade constante Cronometrar o tempo que o aplicador gastou para pulverizar os 50 m Com o operador parado recolher o volume gasto de uma das pontas de pulverização em um copo graduado Figura 9 D no mesmo tempo em que foi necessário para aplicação nos 50 m No caso do exemplo 40 segundos 79 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Fazer a leitura do volume de calda em L ha1 observandose a coluna referente ao espaçamento entre pontas no caso do exemplo 05 m a vazão é de 110 L ha1 Figura 9 Calibração pelo método do copo calibrador Fonte Autores a Qual o volume de calda será necessário para aplicar em 1 ha No copo a leitura do volume de calda é direta 110 L ha1 b Considerando uma dose de herbicida de 40 L ha1 quanto deve ser colocado de produto fitossanitário em um pulverizador de 20 L 110 L ha1 40 L de herbicida A B C D 80 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 20 L X X 072 L pulverizador1 c Quantos abastecimentos serão realizados em 1 ha 1 pulverizador 20 L X 110 L X 55 abastecimentos B Método do volume conhecido para superfície plana aplicação em área total Pulverizador de 20 litros barra com dois bicos espaçados de 05 m Marcar uma área de 100 m2 no local a ser pulverizado 25 m de comprimento e 4 m de largura Colocar um volume de água conhecido no pulverizador Fazer a pulverização seguindo o correto balizamento não há necessidade de se cronometrar o tempo mas é fundamental manter a velocidade constante Para uma largura de 4 m serão necessárias quatro passadas para cobrir a área considerando que a barra pulveriza um metro por passada Após a pulverização recolher a água do depósito mangueira e lança de pulverização Proceder aos cálculos como no exemplo a seguir Exemplo Foi colocado 10 L de água no pulverizador e após aplicação na área teste de 100 m2 foi coletado o volume de 8 L de água a Qual o volume de calda 2 L 10 8 gastos na área teste 100 m2 2 L 10000 m2 X X 200 L ha1 Demais cálculos são semelhantes ao exemplo 1 81 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS C Método do volume conhecido para superfície irregular Conte o número de plantas em uma fileira por exemplo 50 plantas baseado no espaçamento entre as plantas calcule a área ocupada por elas Abasteça o pulverizador completamente com água Pulverize as plantas de modo a fazer a cobertura necessária para uma boa performance do produto a ser aplicado Complete o tanque e meça o volume gasto em litros Calcular o volume gasto para o número de plantas em 1 ha e realizar os procedimentos de cálculo de produto fitossanitário em 1 ha 92 Calibração de pulverizador de barras tratorizado para aplicação em área total Marcar uma área de 50 m Figura 92 A Escolher uma marcha do trator compatível com a velocidade escolhida Ligar a tomada de força e acelerar o motor até a rotação de 540 rpm Iniciar o movimento do trator 5 m antes do início da área teste Figura 92 B Anote o tempo gasto para percorrer os 50m Figura 92 C Com o trator parado na mesma rotação coletar o volume de líquido no tempo que foi gasto para aplicação dos 50m na área teste de uma das pontas de pulverização Figura 92 D Realizar os cálculos conforme o exemplo a seguir A 82 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 9 Calibração de pulverizador de barras Fotos Autores Exemplo Pulverizador com 24 pontas de pulverização espaçadas em 05 m aplicou 075 L por ponta na área teste de 50 m a Qual o volume de calda gasto em 1 ha Nessa situação devese primeiramente verificar qual a área aplicada por uma ponta nos 50 m A faixa de aplicação de cada ponta é de 05 m pois as mesmas estão espaçadas a 05 m na barra Na barra a calda é distribuída em uma faixa de 12m de largura uma vez que 24 pontas x 05 m cada 12 m faixa 50 m x 05 m 25 m2 área pulverizada por uma ponta na área teste Volume aplicado por cada ponta 075 L 50 m x 12 600 m2 área pulverizada pela barra na área teste Volume aplicado pela barra 18 L 24 x 075 18L Cálculo do volume de calda gasto B C D 83 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Calculando o volume de calda considerando a área por ponta Calculando o volume de calda considerando a área total da barra 25 m2 075 L 600 m2 18 L 10000 m2 X 10000 X X 300 L ha1 X 300 L ha1 b Quanto de fungicida colocar em um pulverizador de 400 L considerando a dose de 30 L ha1 300 L 30 400 L X X 40 L de fungicida 93 Calibração do pulverizador tratorizado com mangueiras Meça a faixa de pulverização que será normalmente igual ao espaçamento de plantio dividido pelo número de vezes que o aplicador entra em uma mesma rua exemplo 4 m entre ruas 2 vezes por rua 2 m de faixa Em canteiros a faixa de aplicação será igual à largura do canteiro multiplicada pelo número de canteiros pulverizados simultaneamente Abasteça o pulverizador somente com água Calcule quantos metros precisam ser pulverizados para cobrir 100 m2 através da divisão de 100 pela faixa de pulverização medida Determine o tempo em segundos necessário para pulverizar sobre a distância calculada a uma velocidade confortável e que seja sustentável nas condições normais da área que será pulverizada subida descida evitando obstáculos etc no período de trabalho normal Colete o volume pulverizado dentro de um recipiente qualquer durante o tempo determinado anteriormente Meça o volume pulverizado em uma caneca graduada Repita essa operação por mais duas vezes e calcule a média do gasto de água Para determinar o volume de aplicação em 1 hectare multiplique por 100 o volume aplicado em 100 m2 Calcule a quantidade de produto que deverá ser colocada no tanque do pulverizador ou de acordo com a dose recomendada 84 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 93 Calibração do pulverizador tratorizado com mangueiras Fonte ANDEF Exemplo Quanto de inseticida colocar em um pulverizador de 400 L considerando a dose de 20 L ha1 sendo o volume de aplicação calculado de 250 L ha1 250 L 20 400 L X X 32 L de inseticida OBS Cálculo semelhante por ser utilizado para aplicação de herbicidas em cultivos florestais 94 Calibração do turbopulverizador A Quando a quantidade de calda é expressa em litrosplanta Abasteça o pulverizador com água e volume conhecido Selecione 20 a 100 árvores a depender do tamanho em um mesmo talhão e faça a pulverização considerando rotação de 540 rpm na TDP Tomada de Potência e velocidade compatível a que será utilizada na aplicação real O ar produzido pelo ventilador do pulverizador deve ser ajustado e suficiente para proporcionar ótima cobertura do alvo principalmente nas regiões mais complicadas como a parte central da planta sem ocasionar deriva É necessária atenção especial ao ajustar os defletores visto que um incorreto posicionamento pode fazer com que os mesmos interceptem a calda resultando em 85 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS escorrimentos Da mesma forma é preciso ajustar o posicionamento dos bicos para que propiciem uma correta distribuição da calda dentro da copa Bicos que estejam pulverizando sobre o topo do alvo devem ser fechados Pulverize nas plantas marcadas Inicie o movimento do trator no mínimo 5 metros antes do ponto marcado Meça a quantidade de água necessária para reabastecer o tanque do pulverizador até a marca feita anteriormente Para medidas precisas o pulverizador deve estar na mesma posição antes e depois da operação Para obter o volume pulverizado sobre uma planta divida o volume pulverizado pelo número de plantas B Quando a quantidade de calda é expressa em litrosha Meça a faixa de pulverização que será normalmente igual ao espaçamento de plantio dividido pelo número de vezes que o aplicador entra em uma mesma rua exemplo 4 m entre ruas 2 vezes por rua 2 m de faixa Abasteça o pulverizador somente com água Calcule quantos metros precisam ser pulverizados para cobrir 100 m2 através da divisão de 100 pela faixa de pulverização medida Pulverize a área demarcada considerando rotação de 540 rpm na TDP Tomada de Potência e velocidade compatível a que será utilizada na aplicação real O ar produzido pelo ventilador do pulverizador deve ser ajustado e suficiente para proporcionar ótima cobertura do alvo principalmente nas regiões mais complicadas como a parte central da planta sem ocasionar deriva É necessária atenção especial ao ajustar os defletores visto que um incorreto posicionamento pode fazer com que os mesmos interceptem a calda resultando em escorrimentos Da mesma forma é preciso ajustar o posicionamento dos bicos para que propiciem uma correta distribuição da calda dentro da copa Bicos que estejam pulverizando sobre o topo do alvo devem ser fechados Meça a quantidade de água necessária para reabastecer o tanque do pulverizador até a marca feita anteriormente Para medidas precisas o pulverizador deve estar na mesma posição antes e depois da operação Para determinar o volume de aplicação em 1 hectare multiplique por 100 o volume aplicado em 100 m2 86 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Calcule a quantidade de produto que deverá ser colocada no tanque do pulverizador de acordo com a dose recomendada 95 Calibração do pulverizador tipo Conceição Para aplicação com Conceição meça a largura da barra e verifique o espaçamento entre bicos o qual deve se apresentar constante e veja também a quantidade de pontas de pulverização Faça o cálculo da velocidade do pulverizador demarcando uma área de 50 m e divida pelo tempo gasto para percorrêla Para obter a velocidade em Kmh multiplique o resultado obtido por 36 Já ciente do volume de aplicação que irá utilizar na área e da velocidade verificada faça o cálculo para a vazão necessária em cada ponta de pulverização Lmin Lha kmh x E 600 Onde Lmin vazão individual das pontas da barra Lha taxa de aplicação ou volume de calda kmh velocidade de aplicação E espaçamento entre bicos em metros Escolha a ponta de acordo com a pressão e tamanho de gota adequado considerando o tipo de produto e as condições climáticas no horário da aplicação Nos pulverizadores Conceição é recomendável que se utilize pontas do tipo descentrado offcenter nas extremidades da barra para que não ocorra escorrimento nas paredes laterais da manta de proteção 96 Calibração para aplicação aérea A faixa de deposição efetiva é uma característica específica para cada tipo ou modelo do avião e representa um fator de grande influência nos resultados da aplicação Faixas muito grandes reduzem a eficácia da aplicação em função da menor uniformidade causada pela inadequada sobreposição entre as passadas 87 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS A Altura normal de trabalho vai de 3 a 4 metros Voos em alturas reduzidas podem prejudicar a uniformidade da deposição da calda e alturas maiores somente devem ser recomendadas em condições excepcionais desde que as condições climáticas sejam favoráveis caso contrário o risco de deriva é extremamente elevado Na determinação da faixa de deposição os coletores devem ser dispostos espaçados de 10 m e alinhados na direção predominante do vento A aeronave deve passar pelo centro e transversalmente ao alinhamento dos coletores voando na altura programada com no mínimo três repetições Os dados coletados devem ser processados em planilha eletrônica visando obter simulações de sobreposição para determinar a faixa de trabalho com o menor coeficiente de variação CV dos dados Para uma aeronave de porte médio é comum a utilização de larguras de faixa entre 10 e 20 m para a aplicação de líquidos dependendo da configuração das barras da altura de voo e da velocidade de aplicação ANDEF Para verificação da vazão necessária nas pontas de pulverização necessitase primeiramente calcular a área aplicada na unidade de tempo ha min1 dada em função da faixa m e a velocidade em milhas por horas ha min1 V x Lf x 0 00268 V velocidade milhas por hora Lf largura de faixa metros Agora então o cálculo da vazão se dá por q ha min1 x Vol L ha1 n q vazão de cada ponta L min1 ha min1 área aplicada na unidade de tempo Vol volume de aplicação n número de bicos na barra 88 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Com o auxílio de uma tabela de vazão fornecida pelo fabricante de pontas ajustase a pressão do sistema até que a vazão atinja o valor adequado Caso seja necessário alterar o modelo da ponta verifique a que produza tamanho de gota adequado para a situação 89 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 10 Recomendação de Pontas de Pulverização Antigamente existiam no mercado de pulverização poucos modelos de pontas de pulverização sendo necessárias grandes alterações na pressão para se produzir o tamanho de gota mais próximo do desejado Felizmente com a chegada de mais fabricantes e a engenharia e tecnologia inseridas nas pontas atuais podemos trabalhar com tamanhos de gotas ideais mesmo em pressões mais reduzidas sendo necessário apenas a escolha correta da ponta para a situação de momento Veremos adiante alguns exemplos de recomendação de pontas de pulverização Em todas situações será necessário recorrer ao catálogo de pontas do fabricante para verificar o tamanho de gota produzido pelo modelo de acordo com a pressão de trabalho Existem várias marcas no mercado e todas elas possuem pontas de diversos modelos e de diferentes materiais apresentando valores bastante variados Além disso cada região pode ter maior ou menor disponibilidade de certos modelos e seus preços podem ser diferentes Por isso o entendimento e a correta escolha da ponta de pulverização passará também pelo melhor custobenefício OBS Usaremos as tabelas a seguir apenas para exemplificar nossos exercícios É importante comentar que existem outros modelos inclusive de outras fabricantes que poderiam atender perfeitamente aos requisitos e ser opção para as situações que serão abordadas Exemplo 1 Precisase fazer o controle de plantas daninhas em lavoura de eucalipto com glyphosate herbicida sistêmico capaz de se translocar na planta no sentido ascendente e descendente atentandose ao menor risco de deriva Será utilizado volume de calda de 150 L ha1 com pulverizador com bicos espaçados 50 cm entre si e velocidade de trabalho de 6 km h1 Pedese vazão necessária na ponta bem como indicação das mais adequadas de acordo com a tabela do fabricante Tamanho de gota recomendado Grossa a Extremamente grossa Cálculo da vazão necessária na ponta de pulverização q L min1 Veloc km h1 x V de calda L há1 x E cm 60000 q 6 x 180 x 50 60000 q 09 L min1 90 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Fonte Spraying Systemns Co adaptado Caso o pulverizador utilizado seja do tipo Conceição recomendase trabalhar com pontas descentradas de mesma vazão e que produza tamanhos de gotas similares nas extremidades da barra Exemplo 2 Em lavoura de milho ainda em fase vegetativa recomendase fazer aplicação de inseticida de contato Nessa região as condições climáticas são críticas sendo a temperatura elevada com umidade relativa do ar baixa Para um pulverizador trabalhando à velocidade de 12 km h1 bicos espaçados 50 cm entre si e volume de calda de 80 L ha1 de acordo com a tabela a seguir qual a recomendação de ponta mais adequada para essa situação Tamanho de gota recomendado média Cálculo da vazão necessária na ponta de pulverização q L min1 Veloc km h1 x V de calda L ha1 x E cm 60000 q 12 x 80 x 50 60000 q 08 L min1 X Pressão muito próxima do limite máximo podendo ser atingida com provável alteração da velocidade X Pressão muito próxima do limite mínimo podendo ser atingida com provável alteração da velocidade X Tamanho de ponta não atende a vazão necessária na situação do exemplo Pressão e tamanho de gota adequado com margem para possível alteração na velocidade trabalho 91 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Fonte Hypro Pentair Exemplo 3 Considerando uma região com condições climáticas favoráveis temperatura amena e umidade relativa do ar de 60 aproximadamente desejase aplicar fungicida em lavoura de soja em estádio reprodutivo com pulverizador trabalhando a 27 km h1 bicos espaçado 50 cm entre si e volume de calda de 40 L ha1 Dentre as pontas da tabela a seguir qual seria a mais recomendada para a pulverização Tamanho de gota recomendado fina a muito fina Cálculo da vazão necessária na ponta de pulverização q L min1 Veloc km h1 x V de calda L ha1 x E cm 60000 q 27 x 40 x 50 60000 q 09 L min1 Pressão e tamanho de gota adequado permitindo boa cobertura para produto de contato e com margem para possível e pequena alteração na velocidade trabalho X Pressão muito próxima do limite mínimo podendo ser atingida com provável alteração da velocidade o que poderia gerar gota grossa e inviabilizar uma boa cobertura do alvo X Pressão e tamanho de gota fora do recomendável para a aplicação do exemplo X Pressão e tamanho de gota fora do recomendável para a aplicação do exemplo 92 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Fonte Magnojet X Não atinge a vazão necessária na aplicação X Não atinge a vazão necessária na aplicação X Atinge a vazão necessária mas para isso precisa trabalhar em pressões mais elevadas Vazão tamanho de gota e pressão adequada para aplicação X Pode atingir a vazão necessária mas para isso precisa trabalhar em pressões muito reduzidas 93 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 11 Avaliação da Pulverização Para obter uma pulverização de qualidade capaz de ser eficiente e ambientalmente correta é necessário que a maior porcentagem do produto aplicado atinja o alvo Por sua vez o ingrediente ativo deve ser absorvido e translocado para sua região de atuação mesmo para alguns produtos considerados de contato que possuem sua função atuante apenas às camadas mais superficiais do alvo biológico O indicativo básico da eficácia de uma pulverização é o próprio desempenho do controle fitossanitário No entanto existem alguns métodos que podem ser utilizados para realizar as avaliações da qualidade das aplicações Dentre elas a mais frequente no campo por ser bastante prática e acessível é a avaliação da deposição de gotas nos papéis hidrosensíveis À grosso modo e com certa experiência a visualização visual já permite uma boa análise principalmente comparativa do tamanho da gota porcentagem de área coberta e da densidade de gotas quantidade depositada cm 2 Mas para uma avaliação mais técnica a utilização de softwares específicos para realizar a leitura das gotas é necessário Atualmente existem no mercado alguns modelos de scanner portáteis que devem ser conectados a um computador notebook netbook etc e podem ser levados até mesmo para o campo Figura 11 Figura 11 Scanner portateis utilizados para leitura de papéis hidrosensíveis Fonte Autores 94 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Esses aparelhos produzem um relatório detalhado com várias informações sobre a aplicação como deposição tamanho de gotas DMV DMN porcentagem de área coberta dentre outras Figura 112 Figura 112 Exemplo de relatório gerado por um software de análise de gotas Fonte Autores Conforme já mencionado anteriormente as gotas pulverizadas quando depositadas sobre o papel hidrosensível sofrem pequena alteração em sua conformação bem como no diâmetro real Mas como ferramenta prática a utilização desses cartões juntamente com o scanner portátil é bastante frequente e serve como comparativo e avaliativo da qualidade da aplicação 95 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 12 Segurança na Aplicação de Defensivos Todo produto fitossanitário deve ser manuseado como produto tóxico seguindo a legislação em vigor Durante o uso desses produtos é necessária a utilização dos equipamentos de proteção individual EPI que visam proteger a saúde do aplicador operador da máquina e ajudantes que venham a trabalhar diretamente ou próximos a aplicação reduzindo o risco de intoxicação decorrente da exposição Toda embalagem vazia deve ser encaminhada à unidade de recebimento A devolução das embalagens de defensivo agrícola agrotóxicos pelo produtor rural passou a ser obrigatória desde o dia 1o de junho de 2002 quando entrou em vigor a Lei Federal no 9974 uma versão aprimorada da Lei de Agrotóxicos de 1989 que regulamenta o uso a produção e a fiscalização desses produtos químicos A legislação trabalhista prevê que a É obrigação do empregador Fornecer os EPI adequados ao trabalho Instruir e treinar quanto ao uso dos EPI Fiscalizar e exigir o uso dos EPI Repor os EPI danificados b É obrigação do trabalhador Utilizar da maneira correta e conservar os EPI A depender do grau de exposição e nível de contato com os defensivos os principais componentes presentes no EPI são Luvas devem ser impermeáveis ao produto químico Produtos que contém solventes orgânicos devem ser manipulados com luvas de borracha Nitrílica ou Neoprene Respiradores geralmente chamados de máscaras podem ser do tipo descartável ou mais durável este último possui filtros especiais para reposição Quando necessária sua utilização o usuário deve estar barbeado evitando assim possíveis falhas na selagem Viseira facial Deve estar sempre transparente e não pode retorcer as imagens Seu suporte deve permitir que a viseira não entre em contato com o rosto do trabalhador e nem embace Fonte ANDEF 96 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Jaleco e calça hidrorepelentes estes podem resistir até 30 lavagens se manuseados e lavados de forma correta Boné árabe também chamado de touca árabe é confeccionado em material tratado para se tornar hidrorepelente Avental Produzido com material resistente a solventes orgânicos É essencial na preparação da calda e em aplicações com costais Botas Devem ser impermeáveis preferencialmente de cano alto e resistentes aos solventes orgânicos Para a correta utilização dos EPI seguese uma ordem tanto para vestir quanto para retirar os EPI Ao vestir calça e jaleco botas avental respirador viseira facial boné árabe e luvas Para retirar recomendase que o aplicador lave as luvas vestidas e então comece pelo boné árabe e continue com viseira facial avental jaleco botas calça luvas e respirador Durante a pulverização é importante que o aplicador esteja usando roupa leve sob o EPI Logo após o trabalhador deve se higienizar com bastante água fria e sabonete Após utilização o EPI deve ser lavado com sabão neutro sem deixálo de molho Deve então ser colocado para secar à sombra e guardado separado das roupas da família Fonte ANDEF 97 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 13 Exercícios Propostos 1 Na cultura do milho para aplicação em faixa de 05 m na linha recomendaramse os seguintes herbicidas Gesaprim 500 50 do ingrediente ativo ia atrazine e Sanson 40 SC 4 do ia nicosulfuron nas doses de 20 kg ha1 de atrazine e 40 g ha1 de nicosulfuron Considerando o espaçamento entre fileira de 1 m barra com seis bicos tipo leque 110 03E espaçados entre si de 10 m velocidade de aplicação de 0833 m seg1 e vazão por bico de 08 L min1 calcular a Quantidade do produto comercial a ser colocada no depósito do pulverizador de 400 L Resposta 5 L de Gesaprim e 125 L de Sanson b Quantidade de cada herbicida a ser comprada para uma área de 50 alqueires 1 alqueire 24 ha considerando a aplicação em faixa de 05 m na linha de plantio Resposta 240 L de Gesaprim e 60 L de Sanson 2 Para a cultura do algodão recomendouse aplicação em préemergência de 20 kg ha1 de diuron O pulverizador estava equipado com uma barra de 20 bicos tipo leque 110 03 cobrindo uma faixa de 10 m com vazão de 08 L min1 bico1 Calcular a velocidade do trator para que sejam colocados 25 kg ha1 de diuron no tanque de 400 litros Resposta 50 m min1 ou 3 km h1 3 Um produtor de tomate tem uma lavoura no espaçamento de 10 m entre linhas Para realizar o manejo das plantas daninhas foi recomendado 048 kg ha1 ¹ de metribuzin O produtor possui um pulverizador costal de 20 litros munido com uma barra de dois bicos 80 03 vs espaçados de 05m A sua velocidade de caminhamento no momento da aplicação será de 10 m seg1 Calcular a vazão individual dos bicos para que possam ser colocados 384 g metribuzin por tanque de 20 litros do pulverizador Resposta 075 L min1 4 Em uma lavoura de café com 80000 plantas no espaçamento de 2 x 4 m desejase realizar aplicação em pósemergência de Roundup 360 g L1 de glyphosate na dose de 720 g equivalente ácido ea ha1 Sabendose que o diâmetro médio das plantas é de 16 m e que o consumo de água na calibração foi de 10 litros na áreateste fora do cafezal de 400 m2 calcular a Quantidade do produto comercial a ser colocada no depósito de 20 litros do pulverizador costal Resposta 160 mL de Roundup20 L b Tempo gasto na aplicação total sabendose que cada carga e aplicação 20 L leva 30 minutos Resposta 300 horas 98 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS c A quantidade de Roundup a ser comprada Resposta 96 L 5 Na cultura do milho com espaçamento de 1 m desejase realizar uma aplicação em faixa de 04 m na linha com o herbicida Primóleo atrazina óleo na dose de 60 L do produto comercial pc ha 1 Sabendose que o depósito do pulverizador é de 480 L e está equipado com uma barra de 5 bicos 1 para cada linha 8003E trabalhando na pressão de 40 lb pol2 e que o trator gasta 1 min para percorrer 50 m considerar 1 galão 3785 L calcule a Consumo de calda em L ha¹ Resposta 570 L ha¹ se aplicação for em faixa de 40 cm b Quantidade do produto comercial a ser colocada no depósito do pulverizador Resposta 505 L de Primóleo em 480 L c Quantidade a ser comprada para uma área de 30 alqueires se a aplicação fosse realizada em faixa de 40 cm Resposta 1728 L de Primóleo 6 Na cultura da canadeaçúcar com espaçamento de 14 m recomendouse a aplicação do herbicida Sinerge SE ametryne 300 g L1 clomazone 200 g L1 na dose de 4 L do pc ha1 O pulverizador disponível estava equipado com uma barra de 8 bicos 8004 e operando a 40 lb pol2 com velocidade de 48 km h1e largura da faixa de aplicação de 4 m Calcular Quantidade produto comercial a ser colocada no depósito de 600 L do pulverizador Resposta 636 L de Sinerge 7 Na cultura do café com espaçamento de 4 x 2 m e com diâmetro médio da copa de 16 m deseja se aplicar o herbicida Goal 240 g L1 de oxyfluorfen em pósemergência na entre linha Considerar dose do herbicida 480 oxyfluorfen ha1 e consumo de água 10 L na área teste de 400 m2 dentro do cafezal Calcular a Quantidade do produto comercial a ser colocada no depósito de 20 L do pulverizador costal Resposta 120 mL de Goal b Quantidade de Goal necessária para o cafezal de 10000 plantas sabendose que o diâmetro médio da saia do cafeeiro é de 16 m Resposta 12 L c Tempo necessário para pulverizar o cafezal sabendose que se gasta 30 min para abastecer e pulverizar um tanque Resposta 50 horas 8 Na cultura do algodão recomendase aplicar 12 L ha1 de trifluralin Considerando que será aplicado um produto comercial contendo 50 do ingrediente ativo trifluralin nas seguintes condições 99 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS barra com 20 bicos cobrindo uma faixa de 10 m velocidade de operação 6 km h1 bicos 8002 e pressão de trabalho 40 lb pol2 calcular a quantidade de produto comercial a ser colocada no depósito de 250 L do pulverizador Resposta 395 L 9 Analise a situação um agricultor está aplicando 24D em canadeaçúcar próxima a uma área de algodão com equipamentos nas seguintes condições barra de 10 metros de largura com 20 bicos 11001E a uma altura do alvo de 80 cm A pressão de trabalho registrada no manômetro é de 80 lb pol 2 a velocidade do trator de 8 km h1 a do vento de 9 km h1 e a temperatura de 35 ºC Dê sua opinião técnica sobre essa aplicação 10 Quantos quilogramas do herbicida marca comercial H contendo 50 do princípio ativo devem ser aplicados em uma represa com 350000000 litros de água para se obter uma concentração de 10 ppm do referido herbicida Resposta 3500 kg do princípio ativo ou 7000 kg do produto comercial 11 Desejase aplicar 15 kg ha¹ do herbicida H numa cultura de café novo recémimplantado O espaçamento é de 36 x 10 m A faixa de 12 m em cima da linha de plantio do café será controlada mecanicamente pois o café não tolera o herbicida na folha No restante da área 24 m de largura as plantas daninhas serão controladas com o herbicida Roundup que será aplicado com o bico espuma faixa de 12 m se trabalhar a uma altura de 50 cm para evitar deriva Calcular a Qual deverá ser a vazão do bico em litros por minuto para que possam ser colocados no tanque do pulverizador costal de 20 litros 300 mL do herbicida H sabendose que a velocidade de caminhamento do aplicador é de 417 m min1 Resposta 05 L min1 b Quantos litros do herbicida H serão necessários para pulverizar 5 hectares da lavoura de café nas condições mencionadas no item anterior Resposta 5 L 12 Desejase aplicar 15 L ha¹ do herbicida H numa cultura de café novo recém implantado O espaçamento é de 36 x 10 m A faixa de aplicação será de 12 m em cima da linha de plantio do café No restante da área as plantas daninhas não serão controladas para evitar erosão O bico Turbo Floodjet cobre uma faixa de 12 m se trabalhado a uma altura de 50 cm Calcular 100 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS a Qual deverá ser a velocidade de caminhamento do aplicador para que possam ser colocados no tanque do pulverizador costal de 20 litros 300 mL do herbicida H sabendose que a vazão do bico Turbo Floodjet é de 05 L min1 Resposta 417 m min1 b Quantos litros do herbicida H serão necessários para pulverizar 5 hectares de café nas condições mencionadas no item anterior Resposta 25 L 13 Desejase aplicar um herbicida na cultura do feijão cuja dose recomendada é de 15 L ha¹ O pulverizador tem um tanque de 400 litros com uma barra de 18 bicos 110 03 espaçados de 50 cm A velocidade de caminhamento do trator será de 1 m s1 e a vazão média dos bicos de 05 L min1 Calcular Qual deverá ser a quantidade do herbicida a ser colocada por tanque de 400 litros Resposta 36 L por tanque 101 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Referências Bibliográficas AL HEIDARY M DOUZALS J P SINFORT C VALLET A Influence of spray characteristics on potential spray drift of field crop sprayers A literature review Crop Protection Amsterdam v 63 p 120130 set 2014 ALBERT L H B VICTORIA FILHO R Micromorfologia foliar de espécies de Sida spp guanxumas Planta Daninha v 20 n 3 p 337342 2002 ANDEF Associação Nacional de Defesa Vegetal Manual de tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários Campinas Linea Criativa 2004 52p ANTUNIASSI U R BAIO F H R Tecnologia de aplicação de defensivos InVARGAS L ROMAN E S Manual de manejo e controle de plantas daninhas Passo Fundo Embrapa trigo 2008 p 174175 ANTUNIASSI U R BOLLER W Tecnologia de aplicação de fungicidas In ANTUNIASSI UR BOLLER W Tecnologia de aplicação para culturas anuais Passo Fundo Aldeia Norte Botucatu FEPAF 2011 p 221229 ANTUNIASSI U R CAMARGO T V BONELLI M A P O ROMAGNOLE E W C Avaliação da cobertura de folhas de soja em aplicações terrestres com diferentes tipos de pontas In Simpósio internacional de tecnologia de aplicação de agrotóxicos 3 2004 Botucatu Anais 3 2004 Botucatu Fepaf 2004 p 4851 BAIO FHR e ANTUNIASSI UR Sistemas de controle eletrônico e navegação para pulverizadores In Antuniassi e Boller Tecnologia de Aplicação para Culturas Anuais Passo Fundo Aldeia Norte Botucatu FEPAP 2011 p 105122 BALAN M G ABISAAB O J G SILVA C G D RIO A D Deposição da calda pulverizada por três pontas de pulverização sob diferentes condições meteorológicas Semina Ciências Agrárias Londrina v 29 n 2 p 293298 2008 BAUER F C RAETANO C G Distribuição volumétrica de calda produzida pelas pontas de pulverização XR TP e TJ sob diferentes condições operacionais Planta Daninha v22 n2 p275 84 2004 BAYER T COSTA I F D LENZ G ZEMOLIN C MARQUES L N STEFANELO M S Equipamentos de pulverização aérea e taxas de aplicação de fungicida na cultura do arroz irrigado Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental Campina Grande v 15 n 2 p 192198 2011 CARVALHO F K ANTUNIASSI U R CHECHETTO R G MOTA A A B KRUGER G R Blade angle effect on droplet size spectrum of rotary atomizers used in brazil Engenharia Agrícola Jaboticabal v 36 n 6 p11181125 2016 CHECHETTO R G ANTUNIASSI U R MOTA A A B CARVALHO F K SILVA A C A e VILELA C M Influência de pontas de pulverização e adjuvantes no potencial de redução de deriva em túnel de vento Semina Ciências Agrárias Londrina v 34 n 1 p 3746 2013 102 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS CHRISTOFOLETTI J C Pulverização ou Aplicação In Boletim Técnico BT0199 São Paulo Teejet South América 1999a p25 CHRISTOVAM R S RAETANO C G AGUIAR JUNIOR H O DALPOGETTO M H F A PRADO E P GIMENES M J KUNZ V L Assistência de ar em barra de pulverização no controle da ferrugem asiática da soja Bragantia Campinas v 69 n 1 p 231238 2010 COSTA J J MARGHERITS A E MARISCO D J Introducción a la terapeutica vegetal Hemisfério Sur Buenos Aires 1974 533 p COSTA M F Tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas Universidade Federal de Mato Grosso 2009118 p COURSHEE R J Application and use of foliar fungicides TORGESON DC ed Fungicide An advance treatise Academic Press New York 1967 p 239286 CUNHA J P A R da MOURA E A C SILVA JÚNIOR J L da ZAGO F A JULIATTI F C Efeito de pontas de pulverização no controle químico da ferrugem da soja Engenharia Agrícola Jaboticabal v 28 n 2 p 283291 2008 CUNHA J P A R da RUAS R A A Uniformidade de distribuição volumétrica de pontas de pulverização de jato plano duplo com indução de ar Pesquisa Agropecuária Tropical Goiânia v 36 n 1 p 6166 2006 CUNHA J P A R ALVES G S REIS E F Efeito da temperatura nas características físico químicas de soluções aquosas com adjuvantes de uso agrícola Planta Daninha Viçosa MG v 28 n 3 p665672 2010 CUNHA J P A R BUENO M R FERREIRA M C Espectro de gotas de pontas de pulverização com adjuvantes de uso agrícola Planta Daninha Viçosa v 32 p 11531158 2010 Número Especial CUNHA J P A R CHUECA P GARCERÁ C MOLTÓ E Risk assessment of pesticide spray drift from citrus applications with airblast sprayers in Spain Crop Protection v 42 p 116 123 2012 CUNHA J P A R FARNESE A C OLIVET J J VILLALBA J Deposição de calda pulverizada na cultura da soja promovida pela aplicação aérea e terrestre Engenharia Agrícola Jaboticabal v 31 n 2 p 343351 2011 CUNHA J P A R TEIXEIRA M M FERNANDES H C Avaliação do espectro de gotas de pontas de pulverização hidráulica utilizando a técnica da difração do raio laser Engenharia Agrícola Jaboticabal v 27 p 1015 2007 CUNHA J P A R TEIXEIRA M M VIERIA R F Avaliação de pontas de pulverização hidráulicas na aplicação de fungicida em feijoeiro Ciência Rural Santa Maria v35 n5 p 1069 1074 2005 CUNHA JPAR TEIXEIRA MM VIEIRA RF FERNANDES HC COURY JR Espectro de gotas de bicos de pulverização hidráulica de jato plano e jato cônico vazio Pesq Agrop Bras v 39 n 19 p 977985 2004 103 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS CUNHA M CARVALHO C MARÇAL A R S Assessing the ability of image processing software to analyse spray quality on watersensitive papers used as artificial targets Biosystems Engineering v 111 n 1 p 1123 2012 DE CERQUEIRA D T R RAETANO C G DAL POGETTO M H F A PRADO E P CHRISTOVAM R S ALMEIDA COSTA S I Agricultural spray deposit quantification methods Applied Engineering in Agriculture St Joseph v 28 n 6 p 825831 2012 DI OLIVEIRA J R G FERREIRA M C ROMÁN R A A Diferentes diâmetros de gotas e equipamentos para aplicação de inseticida no controle de Pseudoplusia includens Engenharia Agrícola Jaboticabal v 30 n 1 p9299 2010 ETHERIDGE R E WOMAC A R MUELLER T C Characterization of the spray droplet spectra and patterns of four venturitype drift reduction nozzles Weed Technology Lawrence v 13 n 4 p 76570 1999 FERGUSON J C CHECHETTO R G HEWITT A J CHAUHAN B S ADKINS S W KRUGER G R ODONNELL C C Assessing the deposition and canopy penetration of nozzles with different spray qualities in an oat Avena sativa L canopy Crop Protection v 81 p 1419 2016 FERREIRA E A DEMUNER A J SILVA A A SANTOS J B VENTRELLA M C MARQUES A E PROCÓPIO S O Composição química da cera epicuticular e caracterização da superfície foliar em genótipos de canadeaçúcar Planta Daninha v 23 n 4 p 611619 2005 FERREIRA LR VIANA RG TEIXEIRA MM TUFFI SANTOS LD MACHADO AFL Tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários em pequenas propriedades e regiões montanhosas In ZAMBOLIN L PICANÇO MC SILVA AA FERREIRA LR FERREIRA FA JUNIOR VCJ Produtos fitossanitários Fungicidas Inseticidas Acaricidas e Herbicidas Viçosa MG UFVDFP 2008 625p FERREIRA M C Aplicação de produtos fitossanitários e calibração de pulverizadores para a cultura dos citros In ANDRADE D J MARTINELLI N M FERREIRA M C Ed Aspectos da fitossanidade em citros Jaboticabal Cultura Acadêmica 2014 cap 9 p 245 265 FERREIRA M C COSTA G M SILVA A R TAGLIARI S R A Fatores qualitativos para a ponta hidráulica de jato plano ADGA 110015 na pulverização agrícola Engenharia Agrícola Jaboticabal SP v 27 n 2 2007 FREITAS F C L TEIXEIRA M M FERREIRA L R FERREIRA F A MACHADO A F L VIANA R G Distribuição volumétrica de pontas de pulverização turbo Teejet 11002 em diferentes condições operacionais Planta Daninha v 23 n 1 p 161167 2005 GANDOLFO M A CARVALHO F K CHECHETTO R G GANDOLFO U D MORAES E D de Effect of working pressure at different spray nozzles on drift quantification in wind tunnel Engenharia Agrícola Jaboticabal v 34 n 1 p6673 2014 GIL Y Influence of micrometeorological factors on pesticide loss to the air during vine spraying data analysis with statistical and fuzzy inference models Biosystems Engineering Columbus v 100 n 2 p 184197 2008 104 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS HARDI Spray Technique Catálogo GB 892 28p 1997 HIMEL C M Analytical methodology in ULV In SYMPOSIUM ON PESTICIDE APPLICATION BY ULV METHODS Cranfield 1974 Proccedings p 112119 BCPC Monograph 111 HISLOP EC WESTERN NM AND BUTLER R 1995 Experimental airassisted spraying of a maturing cereal crop under controlled conditions Crop Protection 14 1926 ISO International Organization for Standardization Equipment for crop protection Sprayer nozzles Colour coding for identification Technical Corrigendum l Geneva ISO 1998 ISO 10625 JOHNSTONE D R JOHNSTONE K A Aerial spraying of cotton in Swaziland PANS v 23 n 1 p1326 1977 KGF Tecnologia e Fabricação Catálogo Geral de Produtos MACHADO AFLFERREIRA LR TUFFI SANTOS LD VIANA RG Tecnologia de aplicação de herbicidas na cultura do eucalipto In FERREIRA L R MACHADO A F L TUFFI SANTOS L D FERREIRA F A Manejo integrado de plantas daninhas na cultura do eucalipto Viçosa UFV 2010 140p MACIEL C F S TEIXEIRA M M FERNANDES H C VITÓRIA E L da CECON P R Distribuição volumétrica e espectro de gotas das pontas hidráulicas LD 11002 E MAG2 Revista Engenharia na Agricultura v25 n03 p183199 2017 MACIEL C F S TEIXEIRA M M FERNANDES H C ZOLNIER S CECON P R Droplet spectrum at different vapour pressure deficits1 Revista Ciência Agronômica v 47 p 41 46 2016 MADUREIRA R P RAETANO C G CAVALIERI J D Interação pontasadjuvantes na estimativa do risco potencial de deriva de pulverizações Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental Campina Grande v19 n2 p180185 2015 MAGNOJET Catálogo de produtos Edição 2018 130p 2018 MATTHEWS G A 1979 Pesticide Application Methods Longman Group Limited 1979 Longman Inc New York ISBN 0582460549 MATTHEWS G A WALLER J M LENNÉ J M WALLER S J The application of chemicals for plant disease control Plant pathologists pocketbook London CAB 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Fepaf 2004 p 110124 MONQUERO P A CHRISTOFFOLETI P J MATAS J A HEREDIA A Caracterização da superfície foliar e das ceras epicuticulares em Commelina benghalensis Ipomoea grandifolia e Amaranthus hybridus Planta Daninha v 22 n 2 p 203210 2004 MONQUERO P A CURY J C CHRISTOFFOLETI P J Controle pelo glyphosate e caracterização geral da superfície foliar de Commelina benghalensis Ipomoea hederifolia Richardia brasiliensis e Galinsoga parviflora Planta Daninha v 23 n 1 p 123132 2005 MOTA A A B Quantificação do ar incluído e espectro de gotas de pontas de pulverização em aplicações com adjuvantes 74 f Dissertação Mestrado UNESP Campus Botucatu 2011 OLIVEIRA R B ANTUNIASSI U R GANDOLFO M A Spray adjuvant characteristics affecting agricultural spraying drift Engenharia Agrícola Jaboticabal v 35 n 1 p109116 2015 OZKAN HE Reduzindo a deriva nas pulverizações Disponível em httpwwwcomamcombr Acesso em 17 jul 2001 PALLADINI L A Metodologia para avaliação da deposição em pulverizações 2000 111 p Tese Doutorado em Proteção de Plantas Faculdade de Ciências Agronômicas Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho Botucatu 2000 PANISSON E BOLLER W REIS EM Avaliação da deposição de calda em anteras de trigo para o estudo do controle químico de giberela Gibberella zeae Eng Agríc v24 n1 p111120 2004 PENTAIR Hypro Shurflo Bombas Bicos e Acessórios Catálogo de Produto 284p 2016 PERECIN D PERESSIN V A MATUO T BRAZ B A PIO L C Padrões de distribuição obtidos com bicos TF4 TJ6011006 e TQ15006 em mesa de prova Pesquisa Agropecuária Brasileira Brasília v33 p17582 1998 PROJETO CAMPO FUTURO Custo De Produção Do Mamão Em ItamarajuBa 2014 PROKOP M VEVERKA K Influence of droplet spectra on the efficiency of contact fungicides and mixtures of contact and systemic fungicides Plant Protection Science Prague v 42 n 1 p 26 33 2006 106 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS RAETANO C G Assistência de ar e outros métodos de aplicação a baixo volume em culturas de baixo fuste a soja como modelo Summa Phytopathologica Botucatu v 33 supl p 105106 2007 RAETANO CG Assistência de ar em pulverizadores de barras interferências e potencial de uso no sistema de plantio direto In Antuniassi e Boller Tecnologia de Aplicação para Culturas Anuais Passo Fundo Aldeia Norte Botucatu FEPAP 2011 p 105122 RAETANO CG Introdução ao estudo da tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários In ANTUNIASSI UR BOLLER W Org Tecnologia de aplicação para culturas anuais 1ed Passo Fundo Aldeia NorteFEPAF 2011 p1526 RAETANO CG BAUER FC Efeito da velocidade do ar em barra de pulverização na deposição de produtos fitossanitários em feijoeiro Bragantia v62 n2 p329334 2003 RAMOS HH YANAI K CORRÊA IM BASSANEZI RB GARCIA LC Características da pulverização em citrus em função do volume de calda aplicado com turbopulverizador Eng Agríc Jaboticabal v27 nesp p5665 2007 RODRIGUES G J TEIXEIRA M M ALVARENGA C B de Desempenho operacional de pontas hidráulicas na determinação de parâmetros da pulverização hidropneumática Bioscience Journal Uberlândia v 28 n 1 p 815 2012 RODRIGUES G J TEIXEIRA M M FERNANDES H C FERREIRA L R Análise da distribuição volumétrica de bicos de pulverização tipo leque de distribuição uniforme Engenharia na Agricultura Viçosa v12 n1 p716 2004 RODRIGUES GJ Critérios rastreáveis na aplicação de inseticida no controle do bicho mineiro do cafeeiro 2005 108 f Tese Doutorado em Mecanização agrícola Universidade Federal de Viçosa Viçosa 2005 SPRAYING SYSTEMS CO Produtos de pulverização para agricultura Catálogo 46MBRP 1999 SPRAYING SYSTEMS Co Catálogo 51APT Teejet Technologies Spraying Systems Co 164p 2014 TAYLOR WA ANDERSEN PG AND COOPER S 1989 The use of air assistance in a field crop sprayer to reduce drift and modify drop trajectories In Proceedings of the Brighton Crop Protection Conference Weeds p631 BCPC Farnham TEIXEIRA E S OSIPE J P GANDOLFO U D OLIVEIRA J F GANDOLFO M A OSIPE ROBINSON Uso de baixo volume oleoso e assistência de ar no controle de plantas daninhas Semina Ciências Agrárias Londrina v31 supl 1 p 12291234 2010 TUFFI SANTOS L D MEIRA R M S A SANTOS I C FERREIRA F A Efeito do glyphosate sobre a morfoanatomia das folhas e do caule de Commelina diffusa e C benghalensis Planta Daninha v 22 n 1 p 101108 2004 VAN ZYL J G SIEVERDING E G VILJOEN D J FOURIE P H Evaluation of two organosilicone adjuvants at reduced foliar spray volumes in South African citrus orchards of different canopy densities Crop Protection v64 p198206 2014 107 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS VELIZ R C GADANHA JUNIOR C D VÁSQUEZCASTRO J A Effectiveness of two systems for the spraying of pesticides in citrus trees Revista Colombiana de Entomología v36 n2 p217 222 2010 VIANA RG Avaliação de pontas de pulverização sob diferentes condições operacionais 2006 44 f Dissertação Mestrado em Fitotecnia Universidade Federal de Viçosa Viçosa 2006 VIANA RG FERREIRA LR TEIXEIRA MM CECON PR FREITAS FCL QUIRINO ALS SANTOS MV Características técnicas de pontas de pulverização LA1JC e SR1 Planta Daninha v 25 n1 p 211218 2007 VILLALBA J F DAGOBERTO M COSTA N V DOMINGOS V D Deposição da calda de pulverização em cultivares de soja no estádio R1 Ciência Rural Santa Maria v 39 n 6 p 1738 1744 2009 WEBER N C SANTOS E M dos RUSSINI A SILVA F F da Deposição de calda ao longo do dossel na cultura da soja utilizando pulverizador equipado com controlador de fluxo Revista Engenharia na Agricultura Viçosa v 25 n 05 p 459468 2017 WISE J C JENKINS P E SCHILDER A M C VANDERVOORT C ISAACS R Sprayer type and water volume influence pesticide deposition and control of insect pests and diseases in juice grapes Crop Protection v29 p378385 2010 XU L ZHU H OZKAN H E BAGLEY W E DERKSEN R C KRAUSE C R Adjuvant effects on evaporation time and wetted area of droplets on waxy leaves Transactions of the ASABE v 53 n1 p 1320 2010 YORINORI J T PAIVA W M FREDERICK R D COSTAMILAN L M BERTAGNOLLI P F HARTMAN G L GODOY C V NUNESJUNIOR J Epidemics of Soybean rust Phakopsora pachyrhizi in Brazil and Paraguay from 2001 to 2003 Plant Disease v 89 p 675 677 2005 ZAIDAN S E GADANHA JR C D GANDOLFO M A PONTELLI C O MOSQUINI W W Performance of spray nozzles in land applications with high speed Engenharia Agrícola Jaboticabal v 32 n 6 p 11261132 2012 httpwwwmatabicombrevolution acesso 020518 httpwwwstihlcombrProdutosSTIHLPulverizadoresPulverizadoresparauso agropecuC3A1rio215881585PulverizadorSR450aspx acesso 030518 httpwwwguaranyindcombrcategoriaequipamentosagriculturafiltro5B5D1filtro5B 5D18filtro5B5D3 acesso 030518 httpswwwherbicatcombrprodutopulverizadorpesquisahtml acesso 030518 httpwwwcoagrilcombrsiteconteudoaspid92conteudo2297 acesso 030518 httpwwwsmoequipamentoscombrindexphprouteproductproductpath6295productid 327 acesso 030518 httpwwwindustrialkfcombrprodutosver39PULVERIZADORESHARPIA acesso 030518 108 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS httpswwwjactocombrbrasilproductsbarraacopladocondorito400 acesso 030518 httpswwwagroadscombrpulverizadoresmontanatlp55208html acesso 030518 httpwwwpanterindbrmenuprodutosc79pagina1 acesso 030518 httpwwwkomaquinascombrprodutophpid61 acesso 030518 httpwwwfmcoplingcombrphpconceicao600php acesso 030518 httpswwwbizmaqcombrpulverizadorco2000e acesso 030518 httpswwwcattonimaquinascombrquartosc1nthRoomsListItem2i7f153jz52QuadJet CanhC3A3oCereais600S acesso 030518 httpwwwkuhndobrasilcombrinternetwebbrnsf0093A717FD66604D6C12580B8004425CA OpenDocumentp43423 acesso 030518 httpswwwjactocombrbrasilproductsturboacopladoarbus270 acesso 030518 httpwwwvaltracombrprodutospulverizadorespulverizadorbs3120h hitechlnkModeloTopo225 acesso 030518 httpswwwdeerecombrassetsimagesregion3productsnutrient applicationpulverizadoreslarge0aee8abf0773531fe3956f68d4c2a1af70e1745ejpg acesso 030518 httpwwwplacombrtaurus300airphp acesso 030518 httpbrviaruralcomagriculturapulverizacaoacessoriosjactoautomotrizesautomotrizuniport 3000vortex02jpg acesso 030518 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1
Produção Agrícola
ULBRA
2
Produção Agrícola
UNIUBE
1
Produção Agrícola
UMG
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Produção Agrícola
UNIARA
23
Produção Agrícola
UNIASSELVI
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Produção Agrícola
FAVENI
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Produção Agrícola
IFFAR
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Produção Agrícola
UNIASSELVI
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Produção Agrícola
CEULP
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Produção Agrícola
UNIUBE
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5 MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS EM CULTURAS DE GRÃOS E HORTALIÇAS 2 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 2018 3 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS FERREIRA Lino Roberto MORAES Hugo Marcus Fialho e Guia de estudos Tecnologia de Aplicação de Defensivos Agrícolas Viçosa 2018 108p 4 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Autores LINO ROBERTO FERREIRA Na Universidade Federal de Viçosa fez agronomia 1978 e mestrado em Fitotecnia 1981 Cursou o doutorado em Agronomia Produção Vegetal na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho 1997 Trabalhou na empresa de pesquisa do Estado do Espírito Santo por cinco anos Atualmente é professor associado do Departamento de Fitotecnia da UFV onde atua no ensino graduação e pósgraduação pesquisa e extensão nas áreas de biologia e manejo de plantadas daninhas fitorremediação e comportamento de herbicida no solo tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas plantio direto e integração lavoura pecuária e floresta É autor de vários artigos em periódicos nacionais e internacionais livros e capítulos É orientador de vários estudantes à nível de iniciação científica mestrado e doutorado com mais de 80 orientações concluídas É bolsista de produtividade do CNPq nível 1 C Também tem ação destacada nas atividades de extensão rural onde já recebeu as seguintes honrarias Medalha de Ouro Peter H Rolfs do mérito em Extensão Diploma de Mérito Florestal e Comenda Antônio Secundino de São José HUGO MARCUS FIALHO E MORAES Engenheiro Agrônomo pela UFV 2013 ministra cursos palestras e treinamentos na área de Tecnologia de Aplicação de Defensivos Agrícolas Atualmente é aluno de Mestrado em Fitotecnia pela UFV de MBA em agronegócio pela Esalq e tutor do curso de PósGraduação Lato Sensu Proteção de Plantas na disciplina Tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas Atua também nos seguintes temas Manejo Integrado de Plantas Daninhas e Integração Lavoura Pecuária e Floresta 5 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO6 2 MÉTODOS DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS 8 3 ESPECTRO DE GOTAS DA PULVERIZAÇÃO 11 4 INTERRELAÇÃO ENTRE ALVO PRODUTO EQUIPAMENTO E AMBIENTE 15 5 PULVERIZADORES AGRÍCOLAS E FLORESTAIS 30 51 Pulverizador Costal Manual 30 52 Pulverizador Costal Motorizado 33 53 Pulverizador Costal Pressurizado 34 54 Pulverizador Estacionário Motorizado 35 55 Pulverizador Acoplado ou de Arrasto 36 56 Pulverizador de Barras 37 57 Pulverizador de Barra Protegida 39 58 Pulverizador Tipo Canhão 41 59 Turbopulverizador 42 510 Autopropelidos 43 511 Pulverizador de Barra Assistidos a Ar 44 512 Pulverizador Eletrostático 46 513 Pulverizador Aéreo 47 514 Avião Agrícola 47 515 Helicóptero Agrícola 48 516 VANTs Drones 49 6 COMPONENTES DOS PULVERIZADORES 50 61 Tanque ou depósito do pulverizador 50 62 Registros 51 63 Filtros 51 64 Bomba 52 641 Bomba Centrífuga 52 642 Bomba de Pistão 53 643 Bomba de Diafragma 53 644 Bomba de Roletes 53 65 Válvula Reguladora de Pressão 54 66 Manômetros 55 67 Comandos ou Válvulas direcionais 55 68 Controladores Eletrônicos 56 69 Barras de Pulverização 57 610 Bicos e Pontas de Pulverização 58 A Pontas de Jato Cônico 62 B Pontas de Jato Leque de Impacto ou Defletor 64 C Pontas de Jato Leque 65 D Pontas com PréOrifício 67 E Pontas com Indução de Ar 68 F Pontas de Jato Duplo 69 G Pontas de Jato Triplo 70 H Pontas Descentradas OffCenter 70 I Pontas de Utilização Sem Barras 71 7 PERFIL DE DISTRIBUIÇÃO 72 8 VALOR DAS PONTAS DE PULVERIZAÇÃO 75 9 REGULAGEM E CALIBRAÇÃO DE PULVERIZADORES 78 91 Métodos para calibração de pulverizador costal 78 92 Calibração de pulverizador de barras tratorizado para aplicação em área total 81 93 Calibração do pulverizador tratorizado com mangueiras 83 94 Calibração do turbopulverizador 84 95 Calibração do pulverizador tipo Conceição 86 96 Calibração para aplicação aérea 86 10 RECOMENDAÇÃO DE PONTAS DE PULVERIZAÇÃO 89 11 AVALIAÇÃO DA PULVERIZAÇÃO 93 12 SEGURANÇA NA APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS 95 13 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 97 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 101 6 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 1 Introdução Pragas doenças e plantas daninhas podem promover reduções no potencial produtivo das culturas bem como reduzir sua qualidade por isso o uso de defensivos agrícolas está cada vez mais em discussão na sociedade Com o intuito de reduzir essas perdas é frequente a adoção de medidas químicas de controle Entretanto essas medidas quando usadas sem considerar os níveis de dano econômico as condições adequadas para aplicação e adequação do equipamento podem causar prejuízos bem como impactos negativos ao ambiente e intoxicações de organismos nãoalvo O crescente aumento do custo de mão de obra e de energia e a preocupação cada vez maior em relação à poluição ambiental têm ressaltado a necessidade de tecnologias mais acuradas para aplicação de agrotóxicos Neste contexto é importante usar os defensivos agrícolas agrotóxicos de forma responsável respeitando as indicações técnicas para o bom uso dessa importante tecnologia É fundamental que o produto usado seja registrado para o alvo que a dose seja adequada e que os métodos de aplicação sejam eficientes e seguros de modo a evitar a exposição do aplicador deriva e outros meios de contaminação da população e do ambiente A utilização incorreta de agrotóxicos seja pela falta de treinamento do pessoal envolvido pelo mau uso de equipamento dose e de época de aplicação inadequados e ou condições climáticas adversas são fatores que contribuem para redução da eficiência dos produtos além de aumentar o risco de intoxicação humana e contaminação ambiental Os agrotóxicos para terem ação eficiente necessitam ser distribuídos da maneira mais uniforme possível sobre o alvo a ser atingido Essa distribuição será tanto melhor quanto mais adequados forem os equipamentos e as técnicas empregadas A tecnologia de aplicação consiste no emprego de todos os conhecimentos científicos tais como física ecologia biologia química engenharia e medicina Figura 1 que proporcionem a colocação correta do produto biologicamente ativo no alvo biológico em quantidade necessária de forma econômica e com o mínimo de contaminação ambiental MATHEUS 1979 MATUO et al 2001 Existem vários métodos e técnicas de aplicação de defensivos por isso cada situação requer uma avaliação criteriosa da forma como o produto será aplicado A responsabilidade de escolha da melhor forma de aplicação é do técnico responsável pela receita e a responsabilidade da aplicação correta é do aplicador ROMAN et al 2007 7 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 1 Natureza multidisciplinar da aplicação de produtos fitossanitários Fonte Adaptado de Matheus 1979 Em função da demanda crescente nos últimos anos setores ligados à pesquisa e à indústria têm se empenhado para desenvolver e adaptar tecnologias e equipamentos destinados a operar nas mais diversas situações desde pequenas a grandes propriedades em áreas planas ou com declividade acentuada A busca se dá principalmente por técnicas e equipamentos que tornem menos árduas e mais seguras as aplicações dos produtos fitossanitários Uma vez constatada a necessidade do uso de produtos fitossanitários estes devem ser aplicados de forma correta com a máxima eficácia biológica e mínimo de dano às culturas vizinhas ao meio ambiente e ao homem A eficácia do tratamento é função do equipamento e da técnica empregada na aplicação do defensivo agrícola FERREIRA et al 2008 8 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 2 Métodos de Aplicação de Defensivos Os métodos de aplicação podem ser agrupados em aplicação via sólida líquida e gasosa dependendo do estado físico do material a ser aplicado Dentre essas a via líquida utilizando a água como diluente é o método mais utilizado Nela aplicação é feita na forma de gotas pulverização podendo em alguns casos também ser na forma de filetes líquidos rega ou injeção ou na forma de gotas muito diminutas formando neblina nebulização Embora equipamentos como as matracas tenham sido muito utilizadas para aplicação de granulados estas foram adaptadas para aplicação de líquido via solo e que juntamente com alguns modelos de costais para aplicação em drench esguicho tornaramse ferramentas que podem ser utilizadas para aplicações de defensivos principalmente naqueles relevos mais acidentados Tais máquinas possuem dosadores que são responsáveis por liberar somente a quantidade regulada para cada aplicação e em algumas situações tem apresentado bons resultados Figura 21 Aplicação de defensivos em drench Fonte A Fundecitrus e B Cafepoint 9 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 212 Matraca líquida Fonte Autores No entanto a pulverização é responsável pela aplicação da maior parte dos agrotóxicos utilizados no Brasil bem como no mundo e por isso durante nosso curso as atenções estarão concentradas nos pulverizadores Conforme pode ser visualizado na Figura 22 existe uma diferença muito grande entre pulverização e aplicação Pulverização consiste na formação de gotas pelo equipamento pulverizador e aplicação consiste em colocar a gota pulverizada no alvo desejado Assim devemos usar a pulverização para realizar uma boa aplicação uma vez que o objetivo da aplicação é acertar o alvo com boa cobertura e o mínimo de perdas Figura 22 Diferença entre pulverização e aplicação Fonte Autores 10 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS A água é o principal diluente ou veículo de aplicação para a via líquida por ser de fácil obtenção de baixo custo e por contar com ampla opção de formulações compatíveis Entretanto a água apresenta duas limitações alta tensão superficial e alta pressão de vapor MATUO et al 2001 fazendo com que haja diminuição do volume da gota produzida A alta tensão superficial faz com que uma gota depositada numa superfície permaneça na forma esférica fazendo com que tenha pouca superfície de contato Para corrigir esse problema basta adicionar nela algum agente tensoativo surfactante que lhe diminua a tensão superficial Com isso a gota se espalha facilmente na superfície molhando maior área Alguns adjuvantes integrantes da formulação como os molhantes emulsionantes etc são agentes tensoativos portanto a simples presença deles na formulação pode ser suficiente para diminuir a tensão superficial da água até os níveis desejados Outras vezes no momento da aplicação de alguns defensivos é necessário adicionar surfactante ou óleo mineral para melhorar a cobertura foliar A molhabilidade da folha das plantas também depende da sua cerosidade que varia conforme a espécie e também com as condições ambientais TUFFI SANTOS et al 2004 11 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 3 Espectro de Gotas da Pulverização O equipamento pulverizador vai gerar as gotas por meio da fragmentação do líquido no orifício de saída das pontas de pulverização A variação no tamanho das gotas produzidas pelas pontas de pulverização recebe o nome de espectro de gotas e é mensurada por meio de um conjunto de parâmetros como o diâmetro mediano numérico DMN o diâmetro mediano volumétrico DMV Coeficiente de dispersão r e Amplitude de dispersão Span CUNHA et al l 2004 ANTUNIASSI e BAIO 2008 MOTA 2011 Diâmetro Mediano Volumétrico DMV mediana do volume das gotas É o volume da gota que divide o volume pulverizado em duas metades iguais Figura 31 O valor do DMV está situado mais próximo das classes superiores do diâmetro pois o volume de poucas gotas grandes equivale ao de muitas gotas pequenas Figura 31 Diâmetro Mediano Volumétrico DMV Fonte Silva e Silva 2007 Diâmetro Mediano Numérico DMN mediana do número de gotas É o diâmetro que divide o número de gotas em duas porções iguais Figura 32 12 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 32 Diâmetro Mediano Numérico Fonte Silva e Silva 2007 Coeficiente de dispersão r referese à relação entre DMV e DMN r DMVDMN O coeficiente de dispersão expressa a uniformidade do conjunto de gotas Se o valor de r for igual a 1 indica que todas as gotas têm o mesmo diâmetro e o conjunto é rigorosamente homogêneo Quanto mais o valor de r se afastar de 1 maior a heterogeneidade das gotas Na prática considerase que quando r 14 o conjunto de gotas é homogêneo Amplitude de dispersão Span é uma outra forma de expressar a uniformidade das gotas segundo Matuo et al 2001 é mais empregado nos dias atuais É dado pela fórmula s V90 V10V50 em que V10 diâmetro da gota abaixo do qual os volumes acumulados totalizam 10 do volume V90 diâmetro da gota abaixo do qual os volumes acumulados totalizam 90 do volume e V50 valor do DMV Assim quanto menor o valor da amplitude próximo de zero mais uniforme é o conjunto das gotas na amostra e viceversa Classificação do tamanho de gotas Existem duas classificações de tamanhos de gotas uma realizada pelo Conselho Britânico de Proteção de Culturas British Crop Protection Council BCPC e outra pela Associação dos Engenheiros Agrícolas Americanos ASAE Essa última mais simples e prática tem sido utilizada por vários fabricantes de pontas de pulverização para descrever os diferentes tamanhos de gotas de Meta de do Núm ero 13 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS pulverização e facilitar a escolha certa do tipo de ponta por parte do usuário Algumas empresas fabricantes de agrotóxicos introduziram a classificação da ASAE de recomendação de classe de tamanho de gotas a serem produzidas em seus rótulos No Quadro 31 encontramse as classes de tamanho de gotas proposta pela ASAE e os respectivos códigos de cores Quadro 31 Classes de gotas propostas segundo norma da ASAE Fonte Spraying Systems Co Há algumas diferenças fundamentais entre as classificações BCPC e ASAE Ambas fornecem um código de cores e uma letra para indicar o tamanho das gotas No entanto o foco da norma BCPC desenvolvida por Doble et al 1985 foi baseado na pulverização necessária para maior eficácia dos produtos fitossanitários determinada por onde a maioria do espectro de gota é depositada A norma ASAE tem como foco o potencial de deriva com a eficiência sendo um conceito secundário Essa norma estabelece o limite de uma classe como a curva do diâmetro acumulado da ponta de referência mais o desviopadrão o BCPC não considera o desviopadrão Com isso como resultados gerais as pontas tendem a ser classificadas como gotas mais finas na norma ASAE Uma boa alternativa para verificação da deposição e tamanho de gota formada na pulverização é a utilização de papéis hidrosensíveis que são pequenos cartões sensíveis à umidade e por conseguinte mudam de cor quando as gotas entram em contato com a sua superfície Figura 33 É importante comentar que quando depositados sobre o papel hidrosensível as gotas sofrem pequena alteração em sua conformação bem como no diâmetro real Mas como ferramenta prática é bastante utilizada e serve como comparativo e avaliativo da qualidade da aplicação 14 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 33 Representação de diferentes tamanhos de gotas depositados em papéis hidrosensíveis Fonte Paulo Coutinho SETA Embora seja o veículo mais utilizado nas pulverizações a alta capacidade de evaporação da água limita a utilização de gotas muito pequenas principalmente nos climas tropicais Para boa cobertura do alvo e emprego de pequenos volumes de aplicação abaixo de 50 L ha¹ é necessário controlar a evaporação da água ou então utilizar outro diluente que não seja volátil como por exemplo o óleo mineral agrícola Nas condições noturnas a umidade relativa é elevada e a evaporação é drasticamente reduzida o que permite a utilização de gotas menores Vários produtos podem ser aplicados à noite porém outros não apresentam a mesma eficácia que nas aplicações diurnas 15 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 4 InterRelação entre Alvo Produto Equipamento e Ambiente O sucesso na aplicação de defensivos agrícolas depende da interação entre as características do produto aplicado do equipamento utilizado das condições ambientais do momento da aplicação e do alvo biológico a ser atingido MACHADO et al 2010 Na prática antes de se tomar qualquer decisão devese ter em mente três questões relativas à tecnologia de aplicação o que aplicar qualidade do produto como aplicar qualidade da aplicação e quando aplicar momento da aplicação Para garantir o sucesso numa aplicação de defensivos é importante trabalhar com pessoal devidamente treinado para esse fim conforme regulamentado na NR31 publicada em de 2005 Para se definir o que aplicar antes se tem que fazer uma análise correta do problema a controlar e qual impacto econômico e ambiental que esse problema poderá causar se não for devidamente controlado Uma vez definido que é necessário fazer uma intervenção qual o melhor produto a ser aplicado e onde esse produto deve ser depositado ou seja qual alvo deverá ser atingido O como aplicar vai depender do tamanho área a ser tratada de sua topografia e dos equipamentos disponíveis ao alcance do produtor O quando aplicar vai depender do tipo de problema existente não adianta aplicar o defensivo na hora errada vai causar danos ambientais prejuízos financeiros e o alvo não será devidamente controlado Essa interrelação representada na Figura 41 ocorre em todas as aplicações de defensivos e independe do tamanho da propriedade e de suas condições topográficas Para atender a essas premissas é necessário bom planejamento antes do plantio para que tudo possa ser executado no momento necessário e de forma correta O sucesso de uma aplicação depende da capacidade operacional da fazenda ou seja os equipamentos disponíveis devem permitir aplicar os defensivos de forma correta e no momento necessário 16 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 41 Esquema representativo das interações que ocorrem durante a aplicação de defensivos agrícolas Fonte Autores Considerase alvo aquilo que foi escolhido para ser atingido pelo processo de aplicação tais como insetos fungos e plantas daninhas necessitando para isso aplicação de modo a atingir a planta inteira e ou suas partes folha caule ou o solo Em função das características dos alvos forma tamanho e posição dentre outras o pulverizador deve possuir características específicas para melhor atingilos MATUO 1998 Na aplicação de agrotóxicos as gotas que não são depositadas no alvo são chamadas de deriva de pulverização Essas gotas muitas vezes são muito pequenas com diâmetro menor que 150 μm facilmente movidas para fora do alvo pela ação do vento e de condições climáticas Numa pulverização de tomateiro Figura 42 Chain et al 1999 observaram que apenas 24 a 41 do volume da calda pulverizada é depositado nas folhas do tomateiro Do total aplicado 20 a 30 atinge o solo e 30 a 45 é perdido para atmosfera Meio ambiente Alvo Momento Equipame nto de aplicação e proteção Produto 17 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 42 Avaliação de perdas numa aplicação de defensivos na cultura do tomateiro Fonte Chain et al 1999 Na aplicação de produtos fitossanitários a deriva é o termo usado como o movimento de um produto no ar durante ou depois da aplicação para um local diferente do planejado OZKAN 2001 De acordo com Miller 2004 o produto fitossanitário também pode ser transportado da área alvo na forma de gotas ou vapor Estas gotas em geral são pequenas com diâmetro menor que 100 μm e facilmente movidas para fora do alvo pela ação do vento associada às outras condições climáticas A deriva pode causar a deposição de produtos fitossanitários em áreas não desejadas com sérias consequências como danos nos cultivos sensíveis que ficam em áreas adjacentes contaminação de reservatórios do solo e de cursos de água desperdício de produto e prejuízo financeiro além de riscos à saúde de animais e pessoas Em pequenas propriedades em função das pequenas distâncias entre diferentes cultivos a deriva pode ter seus efeitos ampliados As causas da deriva segundo Matuo 2001 são muitas e estão relacionadas com os equipamentos de aplicação formulações e com as condições meteorológicas Tamanho de gota altura de voo em aplicações aéreas altura da barra e da ponta de pulverização em pulverizações terrestres velocidade de operação velocidade do vento temperatura e umidade do ar volume de aplicação e formulação utilizada encontramse como os principais fatores que influenciam a deriva A seguir um breve comentário sobre cada um dos fatores que afetam qualidade da pulverização e a deriva Tamanho da gota quanto menor a abertura do orifício do bico e maior pressão menores serão as gotas produzidas maior cobertura do alvo porém maior a tendência de perda por deriva e evaporação Gotas menores que 100 μm são facilmente derivadas Em alguns países europeus foi definido um padrão mínimo de gota produzida em termos de DV01 Segundo esse critério os bicos 18 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS de pulverização devem atingir um DV01 maior do que o valor de um bico XR11002 à pressão de 3555 lb pol2 que é de 115 μm Altura da ponta de pulverização à medida que aumenta a distância entre a ponta de pulverização e a áreaalvo maior será a influência da velocidade do vento sobre as gotas e maior a tendência de deriva Velocidade de operação Aumento na velocidade contribui para que as gotas sejam arrastadas e levadas pela corrente de vento ascendente formando um turbilhão sobre o pulverizador arrastando as gotas pequenas e aumentando a deriva Normalmente a velocidade de aplicação dos equipamentos propostos para pequenas propriedades e áreas declivosas é baixa e não chega a ser preocupante em relação às perdas por deriva Velocidade do vento é o fator de maior impacto entre os fatores meteorológicos A deriva aumenta linearmente com a velocidade do vento No entanto não é de interesse a ausência de vento no momento da aplicação O aumento da velocidade do vento aumenta o potencial de deriva portanto as pulverizações devem ser preferencialmente realizadas em horários com menos vento geralmente no início da manhã e final da tarde A condição mais segura para pulverização é com o vento de 32 a 65 kmh que corresponde a uma brisa leve Quadro 41 capaz de movimentar levemente as folhas A direção do vento deve ser considerada mesmo se a velocidade estiver dentro do aceitável de modo a evitar danos causados às culturas vizinhas ao meio ambiente e ao operador 19 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Quadro 41 Condições de vento e recomendações para pulverização Fonte ANDEF 2004 Temperatura e umidade do ar A temperatura e umidade do ar também influenciam a eficiência das pulverizações Tabela 41 O tempo de vida de uma gota depende do seu tamanho e das condições ambientais e pode ser calculado conforme a fórmula T d280 T onde T tempo de vida da gota seg d diâmetro da gota μm T diferença de temperatura oC entre os termômetros de bulbo seco e bulbo úmido de psicrômetro MATUO et al 1990 20 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Tabela 41 Tempo de vida e distância percorrida pela gota de água na queda em duas condições de temperatura e umidade relativa Condição Condição 1 Condição 2 Temperatura oC ToC Umid relativa 20 22 80 30 77 50 Diâmetro inicial μm Tempo até extinção seg Distância da queda m Tempo até extinção seg Distância da queda m 50 14 0127 4 0032 100 57 67 16 18 200 227 817 65 21 Fonte Matthews 1979 A intensidade de evaporação depende de vários fatores dos quais os mais importantes são a evaporação de líquidos nãovoláteis ou proporção de partículas sólidas existente na mistura temperatura umidade do ar e velocidade do vento tamanho da gota e tempo que esta permanece no ar À medida que a água vai evaporando as gotas diminuem de tamanho e peso reduzindo assim a possibilidade de impactar o alvo Gotas de mesmo tamanho podem ter comportamentos distintos em diferentes condições ambientais Portanto a observação das condições ambientais é muito importante para uma aplicação correta Figura 43 Exemplo de evolução da velocidade do vento temperatura e umidade relativa do ar ao longo do dia Fonte Spraying Systems Co 21 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Segundo Johstone e Johstone 1977 as condições limites para aplicações com aeronaves são a Aplicações com volumes de calda de 20 a 50 L ha1 usando gotas de 200 a 500 μm devem ser interrompidas quando a diferença de temperatura entre os termômetro de bulbo seco e de bulbo úmido exceder 8 oC ou quando a temperatura exceder 36 oC b Aplicações com volumes de calda de 10 a 15 L ha1 usando gotas de 150 a 170 μm devem ser interrompidas quando a diferença de temperatura entre os termômetros de bulbo seco e de bulbo úmido exceder 45 oC ou quando a temperatura exceder 32 oC Percebese analisando o Tabela 41 e as Figuras 44 e 45 que o tempo de vida de uma gota e a distância percorrida tanto na vertical quanto na horizontal depende das condições climáticas sobretudo da umidade relativa do ar da velocidade do vento e da temperatura ambiente Figura 44 Efeito da umidade relativa do ar e da temperatura sobre o deslocamento vertical de diferentes tamanhos de gotas Fonte Matuo 22 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 45 Efeito do tamanho de gotas no seu deslocamento no ambiente em função de temperatura umidade relativa e velocidade do vento Fonte Luis César Pio Temperaturas ambientes acima de 25 oC e baixa umidade relativa tornam as gotas pequenas propensas à deriva e à volatilização Por isso em condições de temperatura muito alta devese aumentar o tamanho da gota ou suspender a aplicação para evitar grandes perdas por deriva e ou volatilização Por exemplo Tabela 41 sob condições normais de umidade e temperatura 20 oC e 80 respectivamente uma gota de 100 µm evapora completamente em 50 segundos Em condições mais quentes e secas 30 oC e 50 respectivamente a mesma gota é evaporada em 16 segundos Uma gota de 50 µm sob condições de baixa umidade e alta temperatura 30 oC e 50 respectivamente percorreria apenas 15 cm antes de ser evaporada Existem no mercado alguns aparelhos portáteis e práticos chamados termohigroanemômetro que são capazes de medir a umidade relativa do ar temperatura e velocidade do vento fornecendo assim informações importantes que serão úteis para a escolha correta do tamanho de gota para àquela situação e consequentemente o modelo mais adequado de ponta de pulverização Figura 46 23 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 46 Modelos de termohigroanemômetros Fonte Kestrel Instruments Volume de aplicação quando se usa volume de aplicação muito pequeno geralmente utilizamse gotas pequenas Nessas condições devese ter atenção especial com a deriva Quando se usa baixo volume de aplicação de 50 a 100 L ha1 existe tendência ao uso de gotas pequenas Nessas situações cuidados devem ser preconizados de modo a evitar o processo de deriva Todavia com a tecnologia atual é possível fazer pulverizações com baixo volume de calda 80 a 200 L ha1 com gotas grandes e baixo risco de deriva por exemplo quando se usa pontas defletoras e de ar induzido que associam gotas grandes baixa vazão e grandes ângulos de abertura do jato maior que 110o Formulação utilizada se esta apresentar alta pressão de vapor devemse adotar todas as medidas possíveis para minimizar a volatilização ex aplicar em condições de menor temperatura e maior umidade relativa do ar Cobertura do Alvo Conforme já discutido anteriormente alvo é o local escolhido para ser atingido pelo processo de aplicação tais como insetos fungos e plantas daninhas Em função das características dos alvos forma tamanho e posição dentre outras o pulverizador deve possuir características específicas para melhor atingilos MATUO 1990 Qualquer quantidade de produto ou agente biológico que não atinja o alvo não terá qualquer eficácia e se constituirá como risco de contaminação ambiental A aplicação de um defensivo agrícola requer vários cuidados como a forma correta de aplicação momento e equipamentos adequados visando garantir que o produto atinja o alvo de maneira eficiente com redução das perdas CUNHA et al 2005 Uma aplicação eficiente depende de boa seleção das pontas de adequado ajuste do volume de calda e dos parâmetros operacionais das condições ambientais favoráveis e momento correto da aplicação levando sempre em consideração às recomendações de cada produto ANTUNIASSI e BAIO 2008 Porém é de suma importância o 24 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS conhecimento do comportamento do alvo biológico a ser atingido para que o controle seja eficiente BALAN et al 2012 Eficiência de aplicação referese à quantidade de produto que foi retido pelo alvo em relação à quantidade que foi emitida pelo pulverizador CHRISTOFOLETTI 1997 De acordo com Matuo 2001 eficiência de aplicação é a relação entre a dose teoricamente requerida para o controle e a dose efetivamente empregada geralmente expressa em percentagem A eficiência de um defensivo agrícola dependerá num primeiro momento da quantidade de produto ativo que atinge o alvo biológico Entretanto em muitos casos o local onde o defensivo é depositado não é o local onde o mesmo irá agir portanto após a deposição do produto formulado este deverá entrar em contato com alvo A relação entre o efeito biológico do produto e a quantidade do produto que atingiu o alvo é definida como eficácia de aplicação CHRISTOFOLETTI 1997 A cobertura do alvo pela calda de pulverização pode ser calculada pela fórmula proposta por Courshee 1967 C 15VRK2AD Em que C cobertura da área V volume aplicado L ha¹ R taxa de recuperação do volume aplicado captado pelo alvo K fator de espalhamento de gotas A superfície vegetal existente no hectare e D diâmetro de gotas Em aplicações com alto volume se consegue elevada cobertura mesmo com gotas grandes porém aumenta a probabilidade de perdas por escorrimento além de menor capacidade operacional da máquina em função do maior número de abastecimento O aumento da taxa de recuperação R é obtido utilizando tamanho de gotas mais eficientemente coletadas pelo alvo Gotas carregadas eletricamente induzem na superfície foliar carga elétrica de sinal contrário e são atraídas eletrostaticamente aumentando bastante a taxa de recuperação pelas folhas Todavia correse o risco de concentração de gotas no ápice do dossel não havendo distribuição uniforme ao longo da planta O aumento do fator de espalhamento de gotas K pode ser conseguido com adição de agentes tensoativos que diminuem a tensão superficial da calda permitindo melhor espalhamento da gota O aumento da área foliar implica redução da cobertura se os demais fatores permanecerem constantes Em áreas foliares grandes recomendase aumentar o volume pulverizado para se obter boa cobertura no caso da aplicação de herbicidas de contato MATUO 1990 25 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS O conhecimento do tamanho de gota cobertura do alvo e densidade de gotas é fator preponderante para correta seleção de pontas de pulverização De maneira geral quanto maior o tamanho de gota menor a deriva porém menor será a cobertura do alvo o mesmo acontece de maneira inversa quanto menor o tamanho da gota maior o risco de deriva e maior será a cobertura do alvo Não é necessário alterar a pressão ou o volume de calda para aumentar a cobertura do alvo Trocandose a ponta de pulverização por outra de mesma vazão Figura 47 porém com gotas menores é possível aumentar a cobertura do alvo e manter o volume de calda pulverizado Existem no mercado muitos tipos de pontas de pulverização que devem ser escolhidas corretamente de acordo com cada situação Figura 47 Representação do tamanho de gotas pulverizado por portas de pulverização de mesma vazão e com mesma pressão Ponta de jato leque com indução de ar gotas extremamente grossas A Ponta de jato leque convencional gotas médias B Ponta de jato cônico gotas finas C Fonte Spraying Systems Co Na Figura 48 é possível perceber que um conjunto de gotas com menor diâmetro tem maior capacidade de cobertura do alvo quando comparado a gotas maiores porém são mais propensas à deriva A B C 26 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 48 Efeito do tamanho de gotas na cobertura do alvo Fonte Hardi 1997 adaptado A cobertura decorrente de uma aplicação pode ser quantificada em gotas por centímetro quadrado que recebe o nome de densidade de gotas ou em percentagem da área coberta COSTA 2009 De acordo com Antuniassi 2004 a densidade de gotas geralmente é expressa em gotas cm2 A necessidade para uma eficiência satisfatória de uma maior ou menor densidade de gotas depende da forma de ação do produto fitossanitário ou seja se é produto sistêmico ou de contato etc A cobertura e ou a deposição de calda pode ser avaliada por meio do uso de alvos artificiais papéis hidrossensíveis posicionados no alvo ou por meio de adição de corantes à calda que podem ser extraídos e quantificados nas folhas após a pulverização da planta ZAIDAN et al 2012 De acordo com Cerqueira et al 2012 o corante Azul Brilhante é o mais eficiente para quantificação de depósito Conforme mencionado por Costa 2009 a densidade de gotas ideal para herbicidas aplicados em préemergentes e inseticidas é de 20 a 30 gotas cm2 e para herbicidas pósemergentes e fungicidas sistêmicos de 30 a 40 gotas cm2 Embora exista essa recomendação é importante reconhecer que esse número de gotas é bastante empírico porque muitos fatores devem ser considerados Por exemplo qual o tamanho médio das gotas impactadas no alvo qual o mecanismo de ação do produto aplicado como esse produto se comporta uma vez depositado no alvo Ele é de contato ou sistêmico Se for sistêmico sua translocação é via xilema ou floema Um produto que movimenta via xilema não tem boa distribuição na planta em caso de aplicação em pósemergência Infelizmente ainda não existe uma recomendação segura quanto ao número de gotas por cm2 que deve ser 27 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS depositada no alvo para cada defensivo agrícola utilizado e considerando as condições climáticas no momento da pulverização Assim de uma maneira geral uma recomendação bem prática e que parece atender aos fundamentos já discutidos poder visualizada a seguir no quadro 42 Quadro 42 Classe de gotas com indicativo para utilização Fonte Spraying Systems Co Vale ressaltar que para cada situação existe um tamanho de gota ótimo ou um espectro que dá a cobertura mais eficaz do alvo com mínima contaminação do meio ambiente As gotas grossas são geralmente preferidas para a aplicação de herbicidas o que tende a diminuir o risco de deriva pelo vento Por outro lado essas gotículas caindo com sua velocidade terminal podem respingar inclusive em superfícies das folhas hidrofóbicas o que resultaria em má retenção Sendo assim as gotas menores que são capazes de se deslocarem mais horizontalmente são mais propensas a serem depositadas sobre as folhas verticais das gramíneas HIMEL 1969 MATTHEWS et al 2016 É importante frisar que não somente a produção de gotas pequenas proporciona perdas como também de gotas grossas que escorrem para o solo CUNHA et al 2007 em função de se depositarem na superfície foliar mais externa de plantas de citros café e outras espécies arbóreas e em culturas anuais como a soja feijão etc VELIZ et al 2010 Por fim o ideal é a produção de gotas de tamanho uniforme pois permitem que as pulverizações sejam feitas com volume de calda reduzido WISE et al 2010 Segundo Matthews 1979 existem cinco categorias de volume de aplicação para culturas de campo alto volume maior que 600 L ha¹ pulverização acima da capacidade máxima de retenção das folhas ocorre escorrimento volume médio 200 600 L ha¹ volume baixo 50 200 L ha¹ volume muito baixo 5 50 L ha¹ e volume ultrabaixo 5 L ha¹ No caso da aplicação com alto 28 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS volume a dose é dada por concentração do produto na calda g 100 L¹ Nos demais casos a dose é recomendada em L ou kg ha¹ É comum encontrar produtores que acreditam que pulverizações de grandes volumes de calda são responsáveis pelo sucesso da aplicação e que boa eficiência depende de maior molhamento da superfície foliar das plantas ou o solo Contudo é importante ressaltar que o volume de calda não é o principal responsável pelo controle da praga patógeno ou planta daninha e que o molhamento excessivo no momento da aplicação ocasiona perdas por escorrimento VAN ZYL et al 2014 o importante é proporcionar boa distribuição da calda no alvo desejado o que muitas vezes pode ser conseguido com baixos volumes de aplicação mas com boa tecnologia de aplicação De acordo com a classificação de volume de aplicação volume alto deve exceder o volume máximo de retenção de calda na superfície do alvo resultando em escorrimento do produto para o solo FERREIRA 2014 Por outro lado considerase volume baixo uma quantidade de calda anterior ao ponto de máxima retenção de calda da superfície alvo e desta forma ocorre redução de perdas por escorrimento Já aplicações a ultra baixo volume podem ser caracterizadas como aquelas que aplicam apenas o volume necessário por área para que haja um controle eficiente através do uso de gotas de tamanho reduzido MATTHEWS 1979 Segundo Antuniassi 2004 o volume correto de aplicação depende do tipo de alvo biológico a ser atingido da deposição necessária da forma de ação do produto fitossanitário e da técnica de aplicação dentre outros fatores A escolha correta do volume de aplicação resulta em maior rendimento operacional da aplicação MATUO 1990 visto que quanto maior o volume mais paradas para reabastecimento maior tempo gasto na aplicação e maior o custo operacional Além disso quando se utilizam altos volumes de pulverização parte significativa do produto fitossanitário pode atingir locais nãoalvo resultando em baixa eficiência de controle e alto risco de contaminação ambiental além de onerar a operação CUNHA et al 2012 A tendência atual é a utilização de menor volume de calda devido ao alto custo do transporte de água ao campo e à perda de tempo representada pelas constantes paradas para reabastecimento do pulverizador visando diminuir o custo e aumentar a rapidez do tratamento TEIXEIRA et al 2010 ANTUNIASSI e BOLLER 2011 Também o menor volume de calda é importante quando a qualidade da água não é boa em razão da presença de sais minerais especialmente Ca e Mg SILVA et al 2005 Antuniassi 2015 sugere que utilizando água de mesma qualidade e característica quanto menor for o volume empregado para a formação de uma calda de mesma dose de agrotóxicos menor será a interferência desta sobre o princípio ativo ou seja na aplicação de 20L ha1 de um determinado defensivo esperase uma interferência muito menor da qualidade da água na aplicação com baixo 29 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS volume do que numa pulverização tradicional onde muitas vezes ainda se utilizam volumes de calda superiores aos 200L ha1 A obtenção de volume de calda reduzido ocorre através do aumento da velocidade de deslocamento do pulverizador redução da pressão de trabalho e principalmente da utilização de pontas com vazão baixa que produzam gotas menores e com boa cobertura do alvo Porém as condições ambientais devem ser adequadas no momento da aplicação pois gotas menores são mais suscetíveis a perdas por deriva e por evaporação MATUO et al 2001 Quanto maior a velocidade do vento e menores os tamanhos das gotas produzidas maior será a quantidade de gotas que sofrerão deriva e não atingirão o alvo Como já discutido anteriormente a água é o agente de diluição da maioria dos produtos fitossanitários portanto devese ter muita atenção com a evaporação no momento de uma aplicação desta forma é muito importante conhecer as interações entre tamanho da gota umidade relativa e temperatura para haja menos perda possível CHRISTOFOLETTI 1999 Uma outra alternativa para a redução do volume de calda pode ser obtida a partir do aumento do espaçamento entre bicos contudo para uma boa uniformidade de distribuição ao longo da barra devese respeitar a relação de interação entre espaçamento de bicos ângulo de abertura das pontas e altura da barra Se a ponta de pulverização estiver mais espaçada uma da outra a altura da barra em relação ao alvo deverá ser maior o que pode aumentar a deriva no momento pulverização dependendo das condições ambientais MATUO et al 2001 30 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 5 Pulverizadores Agrícolas e Florestais Os equipamentos utilizados na aplicação de defensivos agrícolas são comumente chamados de pulverizadores os quais evoluíram ao longo dos anos atingindo patamares cada vez mais tecnológicos Esses têm utilizado cada vez mais tecnologia seja no material utilizado para seus componentes permitindo maior durabilidade e resistência podendo tornálos mais leves principalmente aqueles para trabalhos manuais Outros já trazem consigo aparatos capazes de realizar aplicações com precisão de centímetros e até mesmo operar sem a presença do homem dentro da cabine Os pulverizadores podem ser classificados de diferentes formas Quanto à forma de transporte dos equipamentos costal estacionário motorizado acoplado ou de arrasto autopropelido e aéreo Quanto ao tipo de energia utilizado no processo de produção de gotas hidráulica pneumática térmica elétrica ou centrífuga Quanto à forma de levar a gota até o alvo jato lançado arrastados assistidos a ar ou eletrostáticos Embora seja válido conhecer as diferentes classificações dos pulverizadores encontrados no mercado iremos abordar os diversos equipamentos de pulverização agrícola e florestal como um todo 51 Pulverizador Costal Manual Utilizado em todo território nacional foi um dos primeiros equipamentos que surgiram no mercado com essa finalidade Embora simples e rústico permite boa qualidade na aplicação se tomadas devidas providências de regulagem e calibração É levado às costas do operador como uma mochila existindo no mercado modelos de 12 15 16 e 20L A pressão necessária para fracionar a calda é obtida por meio de movimentos para cima e para baixo em uma alavanca que está interligada a um pistão Quanto mais o operador movimentar essa alavanca maior pressão será gerada Com isso acessórios como as válvulas reguladora ou limitadora de pressão podem ser interessantes para obter uma aplicação mais regular e de maior qualidade 31 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Em vários pulverizadores costais um agitador ou uma pá é ajustado ao mecanismo de alavanca ou diretamente à câmara de pressão com o intuito de realizar a agitação da calda de pulverização no tanque Já em outros parte do volume que sair da bomba retorna para o tanque promovendo assim a agitação Ainda é muito requisitado em pequenas propriedades regiões montanhosas e amplamente utilizado no setor florestal e em canaviais Além disso adotado para uso doméstico na aplicação de inseticidas em plantas ou animais No entanto um dos fatores negativos apresentados na utilização desse maquinário é a forma de caminhamento do operador que tender a andar na direção onde a pulverização está sendo aplicada e depositada deixandoo mais em contato com o defensivo empregado Os principais componentes do pulverizador costal manual estão descritos a seguir Figura 51 Pulverizador costal manual Fonte Matabi adaptado 1 Regulador de pressão 2 Filtro com vedação 3 Sistema de fixação do gatilho 4 Conexões da mangueira na lança e ao reservatório 5 Sistema de fixação da alavanca e da lança 32 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 6 Bocal grande para enchimento Tampa com válvula antigotejamento 7 Filtro do bocal 8 Tampa guia com arruela de vedação e lubrificação 9 Alavanca com punho 10 Cintas acolchoadas e reguláveis 11 Indicador externo de nível translúcido 12 Câmara de pressão 13 Lança 14 Agitador mecânico 15 Êmbolo sintético 16 Ambidestro 17 Esferas na válvula e na camisa em aço inoxidável 18 Reservatório 19 Base reforçada estrutura antichoque Atualmente o tanque normalmente é moldado a partir de polipropileno ou um plástico alternativo que é bastante resistente à corrosão por parte dos defensivos agrícolas utilizados Pensandose em reduzir os efeitos da luz solar sobre o material um inibidor de luz UV é incorporado ao plástico Além disso hoje em dia as principais características a que as fabricantes desses modelos têm dado importância estão relacionadas à durabilidade do equipamento bem como à ergonometria e segurança do trabalhador Um acessório muito utilizado em pulverizadores costais capaz de permitir uma aplicação mais controlada e redução do risco de deriva é o chapéudenapoleão também chamado de cover Embora menos comum esse asssório pode também ser encontrado em alguns pulverizadores de barras e até autopropelidos em caso de aplicações mais exigentes em segurança Figura 52 Cover ou Chapéudenapoleão Fonte Autores 33 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 52 Pulverizador Costal Motorizado Possui um motor de combustão interna que aciona um ventilador gerando grande volume de ar Em algumas situações pode apresentar peso mais elevado que o costal manual mas por outro lado não é necessário que o operador movimente nenhuma alavanca para que seja gerada a pressão necessária para fracionar a calda Além disso o pulverizador é capaz de manter pressão constante de acordo com a aceleração empregada no maquinário Figura 52 Exemplos de pulverizadores costais motorizados encontrados no mercado Fonte Stihl e Vulcan Por produzir gotas muito finas é chamado por alguns autores de atomizador costal ou turbo pulverizador costal Esse equipamento é muitas vezes requerido por produtores de culturas perenes como citros abacate e café Figura 53 Figura 53 Pulverização com costal motorizado em café Fonte Autores 34 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 53 Pulverizador Costal Pressurizado Muito utilizado em centros de pesquisa e ensino esse equipamento possui um compartimento munido de CO2 ou um compressor externo capaz de gerar pressão no sistema de pulverização Devido à uniformidade na pressurização e seu modelo portátil tem sido importante ferramenta em ensaios acadêmicos e em campos demonstrativos Foto 54 Aplicação com pulverizador costal pressurizado Fonte Autores Um componente essencial a esses pulverizadores é a válvula de segurança que impede a pressurização excessiva acidental prevenindo dessa forma a explosão do reservatório Por isso mangueiras e tanque do maquinário devem estar de acordo com a pressão máxima de segurança De maneira ideal esse tipo de pulverizador deve ser equipado com um manômetro para que o operador saiba qual a pressão do sistema Figura 55 Exemplos de pulverizadores costais pressurizados encontrados no mercado Fonte Herbicat e Coagril 35 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 54 Pulverizador Estacionário Motorizado Formado por um depósito montado sobre um chassi com rodas e transportado manualmente ou por veículo possui motor elétrico ou de combustão interna para acionamento da bomba hidráulica a qual dará a energia utilizada durante a aplicação Embora seja estacionário a utilização de longas mangueiras permite boa eficiência sem ser necessário a remoção ou o deslocamento de todo o aparato É utilizado em cultivos florestais frutíferas tomateiros e em propriedades que ainda utilizam grande volume de calda bem como é facilitador em algumas situações de difícil acesso Figura 56 Pulverizador estacionário manual A pulverizador estacionário a gasolina B Fonte Autores Nesse sistema vários aplicadores poderão trabalhar ao mesmo tempo dependendo do número de mangueiras disponíveis eou adaptadas ao pulverizador Por outro lado um regulador de pressão se faz necessário para cada um dos operadores uma vez que pode haver queda de pressão ao longo das mangueiras principalmente quando estas são mais extensas 36 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 57 Exemplo de pulverizador estacionário encontrado no mercado Fonte SMOequipamentos 55 Pulverizador Acoplado ou de Arrasto São equipamentos normalmente acoplados ao trator seja nos sistemas de engate de três pontos ou arrastados rebocados pelo trator Segundo Matthews et al 2016 cerca de 42 de grandes pulverizadores são montados sobre a articulação de três pontos engate enquanto que 33 são rebocados Em geral os pulverizadores de arrasto possuem maiores reservatórios de calda tanque em relação aos acoplados Geralmente utilizam bomba acionada pela tomada de potência TDP seja de pistão diafragma centrífuga ou de roletes mas também existem no mercado aqueles com bomba elétrica Embora os autopropelidos sejam os modelos terrestres com maiores níveis tecnológicos os pulverizadores montados em trator receberam nos últimos anos controladores de cabines que combinados com GPS puderam realizar aplicações com precisão além de possibilitar o registro das pulverizações 37 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 56 Pulverizador de Barras Possuem acionamento manual e hidráulico para abertura e fechamento das barras de pulverização e possibilidade de variação na altura da mesma O número de seções é variável mas um maior número de secções pode ser útil quando as bordas das lavouras estão sendo tratadas e parte da barra é dispensável na aplicação Além disso quando maior número de seções a barra poderá ser dobrada para transporte e armazenamento Com a evolução dos equipamentos barras mais longas tem sido desenvolvidas com o intuito de otimizar o momento correto da aplicação bem como facilitar a logística das máquinas no campo Por outro lado barras mais compridas tendem a aumentar a variação na deposição da pulverização uma vez que a movimentação nas extremidades das barras tende a ser maior Figura 58 Exemplo de pulverizadores acoplados de barras encontrados no mercado Fonte Industrial KF e Jacto 38 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 59 Aplicação com pulverizador de barras acoplado Fonte Agroads A vazão necessária da bomba direcionada à barra é dada por Vazão da bomba L min1 Faixa m x taxa de aplicação L ha1 x velocidade km h1 600 Porém é importante considerar uma bomba que seja capaz de aplicar um volume 30 maior uma vez que parte do volume do sistema será encaminhado como retorno para o tanque possibilitando boa agitação hidráulica da calda A definição da altura correta da barra dependerá diretamente do ângulo de abertura da ponta de pulverização e do espaçamento entre bicos na barra mas também é necessário levar em consideração a velocidade e estabilidade da pulverização bem como das condições climáticas e características dos produtos utilizados uma vez que eles apresentam diferentes índices de volatilidade Figura 510 Exemplo de pulverizadores rebocados de barras encontrados no mercado Fonte Stara e KO Máquinas 39 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 57 Pulverizador de Barra Protegida Esses pulverizadores são também denominados de Conceição e são muito utilizados em cultivos florestais Atualmente por sua eficiência na redução da deriva vem sendo empregados em pomares e cafezais Estruturalmente é bastante similar a um pulverizador de barras mas além de apresentar tamanhos de barras reduzidos aplicação nas entre linhas possui uma proteção popularmente chamada de manta que lhe confere sua principal função de diminuição do risco de deriva Figura 511 Exemplos de pulverizadores de barra protegida encontrados no mercado Fonte KO Máquinas e FMCopling Uma atenção especial deve ser dada para a escolha das pontas de pulverização que serão utilizadas nessas condições Como a aplicação será em faixas grande parte das pontas de jato leque de beiradas afiladas não permitirão distribuição regular uma vez que as extremidades não receberão sobreposição necessária para tal Existem no mercado algumas pontas com maior abertura do jato permitindo melhor distribuição mas por outro lado essas teriam seus leques sendo chocados contra as paredes das mantas protetoras causando escorrimento e gerando assim distribuição irregular e passível de contaminação ambiental Sob esse aspecto as pontas do tipo even que são utilizadas para aplicações em faixa podem ser levadas em consideração Mas essas na maioria das vezes produzem gotas muito finas que não recomendadas para aplicação de herbicidas mesmo no caso das pulverizações protegidas Ciente disso uma das alternativas que mais vem sendo utilizadas nessas aplicações é o uso de uma ou mais pontas na faixa central da barra com pontas do tipo descentradas offcenter nas 40 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS extremidades das barras permitindo ótima distribuição sem haver escorrimento de produto na lateral da manta Figura 512 Figura 512 Sobreposição sugerida dos jatos das pontas em pulverizador tipo Conceição Fonte Autores Figura 5122 Pulverizador de barra protegida com três seções Fonte autores 41 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 58 Pulverizador Tipo Canhão O atomizador tipo canhão é tanto utilizado em culturas perenes bem como em algumas situações em culturas anuais A depender do fabricante ele é capaz de pulverizar por uma faixa extensa podendo atingir até 40 metros de largura o que lhe permite ter boa capacidade operacional Por outro lado quando empregado para grandes faixas alguns fatores podem ficar prejudicados como exemplo a distribuição da aplicação tende a ser desuniforme e o risco de deriva tende a aumentar principalmente em condições ambientais desfavoráveis Figura 513 Exemplos de pulverizador canhão encontrados no mercado Fonte Cattoni Máquinas e Autores Por ser uma das únicas máquinas viáveis em regiões montanhosas esses pulverizadores têm sido bastante utilizados em culturas de café principalmente no estado de Minas Gerais Ferramentas como o papel sensível podem ajudar na determinação da melhor faixa de aplicação quando as ruas das lavouras permitirem essa regulagem O canhão muitas vezes tornase a única opção viável para algumas culturas de porte mais alto Alguns modelos possuem um prolongamento no pescoço da máquina permitindo que esse alcance alturas mais elevadas Esse tipo de máquinas também é bastante interessante para pulverização em arroz irrigado uma vez que muitas outras não são capazes de entrar na área sem prejudicar o cultivo 42 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 514 Aplicação de defensivos com pulverizador tipo canhão Fonte Kuhn 59 Turbopulverizador Em geral o interesse na utilização de pulverizadores assistidos a ar aumentou desde que Potts 1958 reconheceu a possibilidade de reduzir o volume de calda significativamente por meio de um fluxo de ar para projetar as gotículas em um dossel de cultura MATTEWS et al 2016 Esse tipo de pulverizador possui um sistema de fornecimento de ar que ajudará no transporte das gotas até o alvo No entanto a atenção ao risco de deriva deve ser levada em consideração uma vez que gotas menores tendem a ser formadas nesse processo Algumas formas de ventilação são usadas no sistema porém o mais comum é o ventilador de hélice em conjunto com pontas de energia centrífuga Além disso alguns modelos de pulverizadores possuem pás com angulações ou rotações reguláveis Do mesmo jeito que em outros pulverizadores uma bomba é necessária para levar a calda de pulverização até os bicos onde os jatos serão formados Para correta regulagem do pulverizador a arquitetura e volume de copa das árvores devem ser levados em consideração Assim o direcionamento da pulverização bem como a abertura total ou parcial dos bicos poderão ser melhor analisados o que permitirá uma pulverização de maior qualidade 43 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 515 Exemplo de regulagem do turbo pulverizador Fonte Syngenta Figura 516 Turbopulverizador realizando aplicação em lavoura de mamão Fonte Autores 510 Autopropelidos Dentre os modelos terrestres os autopropelidos são hoje os que possuem maior tecnologia inserida em seus sistemas São bastante variados quanto ao tamanho e posicionamento dos tanques e das barras de pulverização Da mesma forma o número de seção e ramais pode variar Esses 44 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS maquinários possuem seu próprio sistema de propulsão permitindoos assim maior agilidade e maiores velocidades o que associado ao maior comprimento das barras tem gerado maior rendimento operacional quando comparado à outros modelos terrestres Figura 517 Exemplo de autopropelido encontrados no mercado Fonte John Deere Figura 518 Exemplo de autopropelido encontrados no mercado Fonte Valtra 511 Pulverizador de Barra Assistido a Ar São modelos compostos por um sistema capaz de criar uma cortina de ar que é dirigida para baixo com o intuito e aumentar a penetração de gotas no dossel da cultura e diminuir o potencial risco de deriva Esses pulverizadores podem ser acoplados de arraste ou até mesmo automotrizes e possuem um ou dois ventiladores geralmente posicionados próximo ao centro das barras de pulverização O fluxo de ar é então conduzido por um ducto flexível que se infla quando o sistema é acionado 45 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Estudos em túnel de vento com bandejas de plantas confirmaram que quando pulverizações mais finas foram direcionadas para frente com a assistência a ar a deposição total de pulverização sobre os cereais aumentou e a contaminação do solo foi reduzida HISLOP et al 1995 MATTHEWS et al 2016 Por outro lado esse sistema pode causar maior deriva em cultivos de pouca folhagem uma vez que as gotas poderão sofrer deflexão do ar pelo solo TAYLOR et al 1989 Figura 519 Exemplo pulverizador de barra assistidos a ar encontrados no mercado Fonte PLA SA adaptado No entanto passados mais de trinta anos da introdução dessa tecnologia em pulverizadores de barras muitos questionamentos ainda devem ser esclarecidos quanto a interação entre volume velocidade de ar e estágios de desenvolvimento mais adequados a diferentes culturas anulação dos bicos na barra em relação ao ar altura de pulverização e velocidade de deslocamento entre outros fatores visando obter maior cobertura da pulverização e menores perdas RAETANO 2011 46 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 520 Exemplo pulverizador de barra assistidos a ar encontrados no mercado Fonte Via Rural Jacto 512 Pulverizador Eletrostático Esse tipo de tecnologia surgiu com o intuito de se reduzir o risco de contaminação ambiental buscando gerar máxima deposição do alvo mesmo quando em posições desfavoráveis como superfícies abaxiais das folhas Esses pulverizadores possuem um sistema de indução de carga elétrica no líquido antes ou logo após ser pulverizado sendo mais eficientes em gotas de menor tamanho No entanto algumas autoridades de registro exigem que as aplicações sejam realizadas com gotas maiores o que reduziria o risco de deriva Assim embora já existente há tempos no mercado o número de pulverizações agrícolas continua a ser limitado 47 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 521 Exemplo pulverizador de barra eletrostática Fonte Davi Maggioni 513 Pulverizador Aéreo Esses tipos de máquinas surgiram como interessantes alternativas para aplicação em áreas de maior tamanho ou irrigadas bem como em lavouras de porte alto Mesmo com vantagens únicas como pulverização em áreas de difícil acesso operação em qualquer condição de umidade do solo ausência de danos por amassamento e não disseminação de propágulos por não entrar em contato direto com a área tratada sua utilização foi diminuída em alguns países que possuem maior rigor quanto ao risco de deriva uma vez que a pulverização é realizada a uma maior distância do alvo 514 Avião Agrícola De forma geral ao contrário do que a maioria pensa o avião agrícola possui sistema de pulverização mais simples se comparado ao de um pulverizador terrestre Como exemplo uma aeronave Ipanema possui os seguintes componentes tanque bomba válvula de três vias by pass válvula de abastecimento rápido manômetro filtros e barras de aplicação ANTUNIASSI 2011 Em aviões a barra pode se estender por quase todo comprimento da envergadura da asa mas é recomendado que os bicos de pulverização estejam posicionados até 75 da extensão das asas evitando assim problemas com os vórtices movimentos fortes e giratórios gerados 48 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 522 Aplicação aérea na cultura do algodão Fonte Autores 515 Helicóptero Agrícola Esses modelos de pulverizadores são uma alternativa aos aviões podendo trabalhar com velocidades mais baixas possuindo maior capacidade de manobra dentro de campos com relevo ou vegetação irregular e podem atuar em regiões onde pistas de pouso não estão disponíveis A barra de pulverização deve ser instalada abaixo e na frente da cabine de modo a reduzir os riscos que os vórtices possam causar na qualidade da aplicação Figura 523 Aplicação aérea na cultura do café Fonte Gefferson Paixão 49 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 516 VANTs Drones Um dos últimos equipamentos que surgiram no mercado com intuito de realizar a aplicação de defensivos agrícolas e florestais os Veículos Aéreos Não Tripuláveis VANTs tem os Drones como principais modelos já atuando no mercado Estes tipos de aeronaves são controlados a distância por meios eletrônicos e computacionais sob a supervisão de humanos ou mesmo sem a sua intervenção por meio de programações desenvolvidas específicas para cada voo Figura 524 Exemplo de Drone utilizado para pulverização Fonte Skydrone Alguns modelos possuem reservatório de até 20 L e o equipamento é capaz de voar por grandes alturas sendo essa uma característica interessante para aplicações em cultivos florestais No entanto o conceito de se pulverizar mais próximo ao alvo permanece o mesmo Dentre as principais vantagens dessa tecnologia está a diminuição da exposição dos trabalhadores aos produtos químicos e a possibilidade de pulverização em áreas de difícil acesso No entanto são necessárias mais informações técnicas e científicas capazes validar ou não suas diferentes utilidades 50 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 6 Componentes dos Pulverizadores Como vimos anteriormente existe grande variedade de pulverizadores todavia quando se comparam os diferentes tipos verificase que eles possuem aspectos semelhantes Todos eles apresentam em comum três elementos tanque que armazena o líquido a ser pulverizado uma bomba ou um sistema de alimentação por gravidade que irá conduzir o líquido até uma ou mais saídas que são os bicos os quais incluem as pontas de pulverização que irão produzir e distribuir as gotas desejadas Dentre os pulverizadores tratorizados algumas principais partes podem ser citadas depósito agitadores de tanque registros filtros bomba câmara de compensação regulador de pressão manômetro registro ou válvulas direcionais barra bicos e pontas de pulverização Veremos adiante alguns detalhes desses componentes 61 Tanque ou depósito do pulverizador Deve ser feito com material leve e resistente à corrosão não podendo apresentar quinas pois estas tendem a acumular resíduos dos defensivos utilizados nas caldas Não pode ter vazamentos devendo apresentar boa capacidade de agitação da calda mecânico ou hidráulico permitir total esvaziamento da calda e ser de fácil lavagem e descontaminação O volume pode variar de 12 L em costais até 5000 L como em alguns modelos de autopropelidos Independentemente é recomendável que tenha uma abertura grande maior que 300 mm admitindo a inspeção e limpeza interna do tanque e que seja equipado com um filtro tipo cesto permitindo a retenção de impurezas mais grosseiras Atualmente alguns modelos apresentam um sistema de indução de líquidos geralmente localizados na parte mais baixa do tanque possibilitando melhor mistura da calda facilidades ao operador e redução da formação de espuma Além disso esses componentes devem apresentar um indicador de nível visível ao operador e um orifício de drenagem em seu ponto mais baixo 51 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Agitadores de tanque Devem permitir boa agitação para que a calda seja pulverizada em concentração homogênea até o final Os agitadores mecânicos devem receber manutenção constantemente não permitindo vazamentos na entrada do eixo que o sustenta Em alguns casos as pás ficam apenas parcialmente imersas o que deixaria a agitação ineficiente Outra possibilidade é a utilização de agitadores hidráulicos que são bicos grandes com funcionamento tipo venturi proporcionando jatos de líquidos provenientes do próprio retorno do sistema de pulverização Se bem posicionados podem apresentar boa eficiência de agitação 62 Registros Não devem apresentar vazamentos a fim de evitar perdas e contaminação ambiental no momento da limpeza de filtros ou na manutenção de outras partes do sistema quando o tanque estiver carregado Embora seja um componente bastante simples sua função é essencial ainda mais se tratando da preservação da saúde do operador e da segurança ambiental possibilitando o fechamento imediato do fluxo de calda mesmo em situações repentinas e problemáticas que possam acontecer no campo 63 Filtros Devem ser colocados na boca do tanque antes da bomba na linha de pulverização e nos bicos Apresentam funções essenciais como a Garantir maior uniformidade nas aplicações não permitindo que o entupimento das pontas de pulverizações cause a distribuição desuniforme da calda b Permitir maior capacidade operacional dos pulverizadores diminuindo o tempo parado para desentupir as pontas de pulverização tratando assim maior área por dia c Garantir segurança ao trabalhador não o expondo ao trabalho de desentupir os bicos evitandose assim o contato direto com a calda ficando o trabalhador com a função de apenas conduzir o conjunto pulverizador d Possibilitar maior durabilidade às pontas pulverizadoras diminuindo as impurezas e assim a abrasão nos bicos além de evitar o uso de materiais não recomendados arames e gravetos muitas vezes utilizados para desentupir as pontas 52 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS As malhas dos filtros devem ser escolhidas em função das formulações dos defensivos que serão aplicados Pó molhável e seus derivados suspensão devem usar filtros com malha 50 Para as formulações pó solúveis soluçãoaquosa e concentrados emulsionáveis podem ser usadas malhas 80 ou 100 O modelo e tamanho das pontas de pulverização também influenciam a escolha da malha do filtro As pontas de menor vazão exigem filtros mais finos malha 100 e nas de maior vazão as malhas podem ser mais grossas malha 50 É importante seguir as recomendações dos catálogos 64 Bomba A função da bomba é colocar no sistema a energia que será usada para fazer a pulverização Existem vários tipos de bombas no mercado sendo as de pistão diafragma roletes e centrífugas as mais utilizadas nos maquinários agrícolas Dentre elas a mais comercializada no Brasil ainda é de pistão porém atualmente há predominância da bomba centrífuga nos autopropelidos A seleção da bomba apropriada dependerá dos seguintes parâmetros técnicos volume total que será aplicado e desviado para agitação da calda no tanque pressão necessária no sistema e tipo de mistura utilizada escolhendose a de material mais resistente Dessa forma ao regular um pulverizador devese somar a vazão individual dos bicos e observar se a bomba é capaz de deslocar volume suficiente para atender a vazão das pontas Tecnicamente não é recomendado usar mais de 70 do volume real deslocado o restante muitas vezes tem de ser usado para agitação da calda no tanque 641 Bomba Centrífuga Um rotor quando acionado gira em alta velocidade dentro da carcaça da bomba enviando o líquido com pressão para o sistema Como a maioria desses modelos não são autoescorvantes esta deve ser colocada abaixo do nível do tanque e atenção especial é necessária para o não acionamento da bomba a seco o que pode vir a causar danos a diversas partes da bomba Esse tipo de bomba é ideal para aplicação de grandes volumes porém a pressão máxima de trabalho geralmente não ultrapassa 10 BAR Tais características são favoráveis a sua utilização em autopropelidos que tem utilizado barras cada vez maiores requerendo altos volumes L min1 e que aliado às tecnologias inseridas às novas pontas do mercado possibilitam manejar o tamanho adequado da gota mesmo com níveis mais baixos de pressão 53 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 642 Bomba de Pistão Nesse modelo de bomba o líquido é deslocado por um êmbolo que se move para cima e para baixo em um cilindro sendo a vazão proporcional à velocidade de bombeamento São capazes de entregar alta pressão e volumes mais baixos quando comparadas às centrífugas Como apresentam fluxo intermitente o auxílio da câmara de compensação tornase necessário Além dela uma válvula de alívio é interessante para desviar para o retorno a calda que não for pulverizada As bombas de pistão têm sua capacidade de deslocamento diretamente ligada à sua rotação e estão projetadas para trabalhar entre 450 e 540 rpm No Brasil a capacidade nominal de uma bomba pistão é medida a 540 rpm assim uma bomba especificada para 40 L min1 se estiver a 450 rpm desloca apenas 333 L min1 Esse cálculo é feito por regra de três simples Câmara de compensação Também chamada de câmara de amortecimento tem a função de eliminar as pulsações de pressão provocadas nas bombas de pistão Instalada no circuito após a bomba é essencial em máquinas de controlador eletrônico já que as pulsações são captadas pelo sensor e isso impossibilitaria a correta medição do fluxo gerado no sistema de pulverização 643 Bomba de Diafragma A bomba de diafragma possui funcionamento semelhante à de pistão porém com uma proteção diafragma vedando a câmara não permitindo que a extremidade do pistão entre em contato com a calda Existem opções no mercado que já vem com a câmara de compensação incorporada à bomba caso contrário será necessária a instalação da mesma na linha de pulverização 644 Bomba de Roletes Esse modelo possui dentro da carcaça da bomba 5 a 8 cavidades espaçadas de forma simétrica onde há em cada uma um rolete cilindro pequeno que se move para dentro e para fora proporcionando pressão contra a parede e ao líquido que é forçado através do orifício de saída Geralmente apresenta tamanho mais compacto em relação aos demais tipos de bomba Alguns modelos atingem até 20 BAR de pressão e vazões de 140 L min 1 54 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 65 Válvula Reguladora de Pressão A válvula reguladora de pressão VRP é um componente que atua como um divisor de volume no qual uma parte da calda vai para os bicos e a outra retorna ao tanque A VRP consiste em uma válvula que pode ser ajustada a uma determinada pressão Quando esta pressão é excedida a válvula se abre e o excesso de líquido do sistema passa por um desvio retornando para o tanque e evitando assim danos ao sistema Como a saída dos bicos é pequena a pressão nessa parte do circuito se elevará até que os bicos permitam a vazão desejada por isso é denominada de válvula reguladora de pressão Os pulverizadores de maior capacidade como autopropelidos já são equipados com sistemas eletrônicos computadorizados onde o regulador de pressão tem um sistema que ajusta a pressão de acordo com o volume préprogramado e a velocidade de operação com uma válvula de esfera funcionando como estrangulamento ou retorno Válvula Reguladora de Pressão em Costais Um dos acessórios mais importantes na aplicação de agrotóxicos com pulverizadores costais a válvula reguladora de pressão é capaz de impedir a oscilação da pressão mantendo o fluxo de calda constante durante a aplicação permitindo assim uniformidade no tamanho de gotas produzidas de acordo com o tipo de ponta de pulverização utilizada Figura 61 Válvula reguladora de pressão Fonte Jacto e Guarany Existem também as válvulas limitadoras de pressão que possuem a capacidade de restringir a pressão máxima enviada à calda na saída da ponta de pulverização mas não impede que o pulverizador opere com pressão inferior à especificada pela válvula 55 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 66 Manômetros São equipamentos usados para verificar a pressão de trabalho nos pulverizadores Os de melhor precisão são constituídos de glicerina nos mostradores evitando a trepidação dos ponteiros o que ajuda a aumentar a vida útil desse componente Pulverizadores tratorizados e turbo atomizadores possuem um manômetro acoplado ao registro de pressão do sistema Sua utilização garante maior precisão na aplicação pois permite manter o tamanho de gotas e volume de calda podendo melhorar a cobertura do alvo ou controlar a deriva Uma boa alternativa para prolongar ainda mais a vida útil deste equipamento seria o kit manômetro que é instalado no bico no momento da calibração e depois retirado além de aumentar a durabilidade do acessório permite determinar a pressão real na saída da calda Normalmente aqueles manômetros colocados no circuito longe dos bicos podem indicar pressão maior que a real encontrada na saída das pontas de pulverização pois pode haver perdas de pressão aos longo das mangueiras conectores filtros cotovelos etc 67 Comandos ou Válvulas direcionais Depois do regulador de pressão e manômetro são necessárias válvulas para que o operador possa comandar abrir ou fechar a passagem da calda para os bicos O número de registros varia de acordo com o número de seções da barra Ao fechar uma das seções da barra nos comandos mais simples a pressão do sistema elevase aumentando a vazão dos bicos em funcionamento Essa situação pode ser evitada usando um sistema que possua válvulas de três vias sendo uma dessas responsável pela volta da calda ao tanque e permitindo assim ajuste do retorno por cada válvula sem que haja aumento da vazão nas demais Nesse caso depois de regulado o pulverizador devese fechar cada uma das seções individualmente e regular o retorno de cada uma delas sem modificar assim a pressão total das seções que continuam abertas Esses sistemas podem ser dotados de válvulas mecânicasmanuais ou elétricas O uso desta última tem aumentado nos últimos anos em tratores com cabines onde por meio de um painel elétrico o operador realiza todos os comandos sem o risco de exposição ao produto aplicado 56 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 68 Controladores Eletrônicos Esses componentes surgiram com o intuito de gerenciar as pulverizações a campo tornando a aplicação ainda mais precisa com maior qualidade e segurança ambiental Já existem no mercado diversos modelos e funções que cada um é capaz de exercer no entanto o mínimo esperado é que sejam capazes de ajustar automaticamente a vazão com a variação da velocidade do pulverizador e de manter constante o volume de aplicação por unidade de área BAIO e ANTUNIASSI 2008 Dentre outras funções importantes podemos destacar Gerenciamento da altura de barra Velocidade de aplicação Volume de calda que está sendo aplicado Permite aplicações a taxas variadas Em bombas centrífugas acionadas por motor hidráulico permite controlar o fluxo hidráulico e consequentemente a rotação da bomba de acordo com a necessidade da vazão Informação da área tratada com precisão Tempo utilizado nas aplicações Armazenagem de dados Os pulverizadores mais modernos possuem sensores instalados nas rodas que fornecem a velocidade instantânea da máquina Enquanto isso fluxômetros ou pressostatos captam a quantidade de pulsos ou da pressão respectivamente e as transformam em vazão L min1 Ao se juntar essas informações à velocidade o controlador é capaz de calcular o volume que está sendo aplicado Apesar de oferecer acurácia na correção do volume em função de variações de velocidade os controladores fazem este ajuste alterando a pressão pela válvula reguladora de pressão na linha principal Assim para uma determinada calibração o aumento da velocidade do conjunto mecanizado ocasiona um aumento na vazão para manter o volume constante por unidade de área para isso o controlador aumenta pressão de trabalho o que irá diminuir o tamanho das gotas pulverizada BAIO e ANTUNIASSI 2008 Por outro lado ao se reduzir a velocidade haverá redução na pressão para reduzir a vazão para manter constante o volume de calda aplicado na mesma área porém com aumento no tamanho da gota Como todas essas possíveis variações irão ocasionar alteração no tamanho das gotas é necessária atenção às características do produto aplicado sistêmico ou contato e principalmente 57 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS condições climáticas do momento em especial no caso de aumento da pressão Já com a formação de gotas mais grossas a quantidade de gotas total tende a diminuir o que pode ocasionar a redução na eficiência de controle principalmente através do tratamento com produtos de contato Dessa forma a calibração deve ser realizada considerando pequenas variações de velocidade enquanto o operador deve estar ciente da importância da padronização da sua atividade 69 Barras de Pulverização O comprimento da barra varia conforme o modelo do pulverizador Quanto mais extensa maior a capacidade operacional embora também aumente a probabilidade de oscilação e heterogeneidade da aplicação Tanto as oscilações verticais quanto as horizontais influenciam a uniformidade de deposição da calda pulverizada O sistema de barra autoestável tem a barra independente da estrutura do trator com molas e amortecedores para absorver os impactos provenientes das irregularidades do terreno e possibilita a construção de barras bastante maiores 40 m sem grandes problemas de oscilações com sistema de nivelamento individualizado para cada barra Essas barras também tem um sensor de altura o que ajuda manter a altura correta em relação ao alvo Outro aspecto importante que deve ser levado em consideração na aplicação de defensivos é a altura da barra em relação ao alvo Na altura ideal Figura 62 A o defensivo é distribuído uniformemente ao longo da faixa de aplicação Quando a barra estiver abaixo da altura recomendada Figura 62 B a pulverização não será uniforme podendo ser observadas falhas no controle de plantas daninhas alternando com toxidez nas culturas no caso de aplicação de herbicidas Figura 62 Faixa de deposição do volume pulverizado oriunda de barra na altura correta A e abaixo da altura recomendada B Fonte Silva e Silva 2007 A B 58 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS As barras atualmente possuem maior número de seções o que facilita tanto no transporte quanto para manobras e armazenamento da máquina Além disso o seccionamento da barra aliado aos controladores eletrônicos permitiu maior segurança ambiental uma vez que as seções podem ser desligadasdesativadas quando não necessárias na aplicação Existem no mercado barras com espaçamentos de 35 cm entre bicos permitindo assim menor altura de barra com boa distribuição No entanto espaçamentos de 50 cm entre bicos são mais comuns Além da altura da barra e espaçamento entre bicos o ângulo de abertura dos jatos produzidos pelas pontas de pulverização interfere diretamente na uniformidade de distribuição do volume pulverizado Ademais a própria tecnologia e qualidade das pontas de pulverização também são capazes de interferir na homogeneidade das faixas Pontas com ângulos maiores permitem menor altura da barra 610 Bicos e Pontas de Pulverização Bico e ponta de pulverização embora sejam dois elementos distintos frequentemente são usados como sinônimos O bico é todo o conjunto e suas estruturas de fixação na barra corpo capa anel de vedação filtro ou peneira e ponta O corpo de bico ou porta bico pode ser de saída simples ou de múltiplas saídas 2 a 5 Estes últimos são os mais utilizados em pulverizadores maiores e mais tecnificados uma vez que facilita a troca das pontas em uso e permite maior agilidade Alguns portabicos possuem o sistema de anti gotejo impedindo que a calda continue saindo pelas pontas após o fechamento das seções Essa tecnologia permitiu reduções da fitotoxicidade por overdose onde havia gotejamento de desperdício de produtos e da contaminação ambiental 59 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 63 Componentes de um bico de pulverização Fonte Hypro Pentair As capas podem ser de roscas ou de engate rápido Figura 64 Quando de roscas as pontas precisam ser adequadamente posicionadas para que os jatos formados não se choquem Quando de engate rápido a posição já é estabelecida corretamente pelo próprio encaixe ao porta bico Existem também algums fabricantes que utilizam capas já aderidas às pontas de pulverização Figura 65 Figura 64 Capas de engate rápido Fonte Spraying Sistems Co 60 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 65 Modelos de pontas e capas em peça única Fonte Hypro Pentair e Agrotop Para a escolha da peneira filtro da ponta é necessário conhecer os defensivos que serão utilizados na calda bem como o tamanho vazão da ponta evitando assim retenção excessiva dos produtos nos filtros ou entupimento das pontas As pontas de pulverização são os dispositivos terminais do circuito hidráulico e tidas como a peça mais importante numa pulverização Essas determinam a vazão e são responsáveis pela formação das gotas e sua distribuição nos alvos Por isso o conhecimento de algumas características para a correta seleção da ponta de pulverização se faz necessário Segundo Matthews 2016 as pontas podem ser classificadas de acordo com as formas de energia utilizada na formação das gotas gasosa centrífuga cinética térmica elétrica hidráulica ou combinada Dentre esses diferentes tipos de pontas de pulverização as de energia hidráulica ainda são as mais utilizadas e por isso apenas estas serão discutidas a seguir Diferentes pontas produzem diferentes tamanhos de gotas com perfis ângulos de jato e vazões distintas Algumas dessas características são indicadas pelo número da ponta Em relação ao ângulo do jato formado pela ponta de pulverização a ele pode aumentar ou diminuir Figura 66 em função do aumento ou da diminuição da pressão respectivamente 61 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 66 Ângulo formado pela ponta de pulverização em função da pressão de trabalho Fonte Spraying Systems Co As pontas de pulverização de energia hidráulica conforme já mencionado possuem três funções principais Por sua vez cada função é dependente de alguns fatores os quais veremos a seguir a Determina a vazão função tamanho do orifício de saída pressão e característica do líquido b Distribuição função modelo da ponta pressão e característica do líquido c FormaçãoTamanho da gota função modelo da ponta pressão e característica do líquido É importante observar que todas as funções da ponta de pulverização dependem da pressão que é a fonte de energia para a formação da gota A unidade internacionalmente usada é o bar porém a mais comum é libras lb pol2 Veja a seguir outras unidades e as relações entre elas 1 bar 1422 lb pol2 100 kPa 102 kg cm2 A vazão de uma ponta de pulverização depende do tamanho do orifício de saída da pressão de trabalho e da densidade e viscosidade do líquido Para cada um desses fatores é possível utilizar fórmulas e tabelas de correção a fim de determinar a vazão correta da ponta Entretanto as variáveis mais importantes são a pressão e a densidade V1 V2 P1 P2 Sendo V1 vazão da ponta 1 correspondente à P1 V2 vazão da ponta 2 correspondente à P2 62 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS P1 pressão 1 P2 pressão 2 Assim fica fácil compreender que para dobrar a vazão de uma ponta é necessário quadruplicar a pressão de trabalho A variação da vazão devido à densidade do líquido pode ser corrigida utilizandose os fatores de conversão do Quadro 61 Como as tabelas são calculadas para o uso da água densidade 1 deve se fazer a conversão quando a densidade da calda for diferente de 1 Quadro 61 Fatores de conversão de vazão para líquidos com densidade diferente da água Densidade kg L1 084 096 100 108 120 128 132 144 168 Fator de conversão 092 098 100 104 110 113 115 120 130 Fonte Mattuo et al 2001 Quanto à forma do jato as pontas hidráulicas são divididas em dois grupos sendo as do tipo leque e de jato cônico Por sua vez as de jato cônico se subdividem em cone cheio e cone vazio A Pontas de Jato Cônico São de uso comum entre os bicos hidráulicos sendo as de cone vazio as predominantes A deposição de gotas no cone vazio se concentra somente na periferia do jato enquanto que no centro praticamente não há gotas Já nos de cone cheio a distribuição das gotas atinge também o centro da pulverização Figura 67 De forma geral as pontas de cone cheio tendem a produzir gotas mais grossas enquanto jatos cônicos vazios tendem a produzir gotas finas a muito finas 63 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 67 Padrão de deposição das pontas cone cheio e cone vazio Fonte ANDEF 2004 Algumas pontas do tipo cônico são formadas por duas partes ponta ou copo a qual possui o orifício de saída e difusor conhecido também como caracol espiral núcleo e core e serve para proporcionar o movimento helicoidal ao jato líquido que por ele passa Após tomar esse movimento o líquido passa através do orifício circular formando um cone A combinação de difusores e chapa orifício é que determina se o cone é cheio ou vazio No cone cheio o difusor tem apenas um furo no centro e no vazio o difusor só tem furos nas laterais As pontas de jato cônico apresentam indicativo da vazão em galões por horas ao contrário do que é visto para as pontas leque que apresentam vazão em galões por minuto Figura 68 Jato cônico cheio e vazio Fonte Hypro Pentair Devido à elevada porcentagem de gotas finas produzidas e suscetíveis à deriva bem como seu padrão de deposição típico a utilização de pontas de jatos cônicos vazios em barras de 64 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS pulverização pode ocasionar elevados valores de perdas por deriva e um coeficiente de variação da distribuição da vazão ao longo da barra acima do desejado superior a 30 em pontas novas ANTUNIASSI e BOLLER 2011 Essa situação ocorre pela estrutura do jato formado que a 50 cm do alvo e com espaçamento entre bicos a 50 cm tende a acumular o volume pulverizado nas extremidades dos jatos adjacentes No entanto para atingir volumes baixos recorrentes hoje em dia as pontas cone vazio por produzirem gotas finas a muito finas aparecem como opções viáveis Além disso em condições de clima favorável esse tipo de ponta pode ser utilizado para se obter maior cobertura principalmente quando maior penetração no dossel é exigida Também tem sido amplamente utilizadas em turbo pulverizadores principalmente para aplicações em cultivos arbóreos Por outro lado as pontas de cone cheio permitem boa distribuição quando utilizadas em barras Porém por produzirem gotas grossas a extremamente grossas acabam deixando a desejar quando maior cobertura do alvo é necessária Essas têm sido utilizadas para aplicação de herbicidas incorporados ao solo ou em aplicações com costal B Pontas de Jato Leque de Impacto ou Defletor Nas pontas de impacto após o orifício de saída o líquido é forçado contra uma superfície e se abre na forma de leque O padrão de deposição dos bicos de impactos convencionais é irregular mas quando trabalhado em barras com a sobreposição de pontas adjacentes apresenta boa uniformidade de distribuição Podem trabalhar em baixa pressão e ainda atingir ângulos grandes até 160o o que permite aplicar herbicidas sob as saias de árvores e arbustos e a torna bastante usual em pulverizações com costais Embora seja uma ponta de jato leque sua nomenclatura e codificação possuem algumas peculiaridades de acordo com o fabricante sendo então necessário o catálogo do mesmo para correta verificação da vazão e recomendação Figura 69 Formação do jato e perfil de distribuição de pontas defletoras Fonte ANDEF 2004 65 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS A B Figura 610 Pontas de jato leque de impacto turbo Floodjet TF A e turbo Teejet TT B Fonte Spraying Systems Co C Pontas de Jato Leque Produzem jato em um só plano e seu uso é mais indicado para alvos planos como solo culturas soja trigo milho etc e paredes As pontas do tipo leque podem ser de deposição contínua ou descontínua As pontas com deposição continua bico Even possuem distribuição uniforme sendo indicadas para pulverização em faixas sem sobreposição com os bicos vizinhos As pontas de deposição descontínua produzem padrão de deposição desuniforme decrescendo do centro para as extremidades e por isso chamadas de beiradas afiladas São recomendadas para trabalhar em barras havendo 3050 de sobreposição com cada bico vizinho Devese observar não somente o padrão de deposição de uma ponta isolada mas a somatória da aplicação O coeficiente de variação da somatória da aplicação não deve exceder 10 Figura 611 Padrão de distribuição das pontas de jato plano Even e Normal Fonte ANDEF 2004 As pontas do tipo leque são comercializadas com diferentes tipos de ângulos sendo os mais comuns os de 80o e 110 o Essas pontas são padronizadas pela cor a cor laranja indica vazão de 010 galão por minuto as verdes 015 galão por minuto as amarelas 020 galão por minuto as azuis 030 66 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS galão por minuto e as vermelhas 04 galão por minuto isto se estiverem trabalhando a 40 lb pol2 Cada galão equivale 3785 litros Os tamanhos de gotas produzidas pelas pontas de pulverização são variáveis e dependentes da tecnologia inserida nas pontas do tamanho do orifício da pressão de trabalho e da característica do líquido Como já foi discutido o tamanho da gota tem relação direta com a deriva evaporação e cobertura do alvo Portanto escolher uma ponta que produza uma gota de tamanho adequado ao produto a ser utilizado e ao alvo a ser atingido é de fundamental importância Vazão e Nomenclatura Identificação A vazão das pontas de pulverização é dada na maioria das vezes por uma classificação por cores Quadro 62 com o intuito de facilitar a calibração e checagem da qualidade das pontas Quadro 62 Classificação das pontas de pulverização de acordo com a vazão norma ISO 10625 Cor Vazão galões min1 a 3 BAR Vazão L min1 a 3 BAR Laranja 01 040 Verde 015 060 Amarela 02 075 Azul 03 115 Vermelha 04 150 Marrom 05 190 Cinza 06 230 Branco 08 305 Para pontas que seguem o código de cores conforme a norma ISO 10625 ISO 1998 Essa classificação é padronizada sendo utilizada a pressão de 3 BAR Portanto para fins de checagem das pontas em um pulverizador com mesma pressão todas as pontas devem possuir a mesma vazão sendo admitido desvio de no máximo 10 67 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Alguns fabricantes utilizam ordem diferente para identificar as suas pontas porém todas devem conter o nome ângulo de abertura do jato a 40 lb pol2 e a vazão gal min1 Algumas ainda informam o material de fabricação da ponta e sua respectiva marca Figura 612 Nomenclatura de pontas de pulverização do tipo leque Fonte Spraying Systems Co Felizmente com o advento da tecnologia e evolução da engenharia algumas modificações foram surgindo e novos modelos de pontas encontramse disponíveis no mercado D Pontas com PréOrifício Nas pontas com préorifício o líquido a ser pulverizado passa através de um orifício pequeno Figura 613 e alcança uma précâmara seguindo para uma passagem que leva ao exterior O pré orifício ocasiona redução da velocidade do líquido criando condições para a formação de gotas maiores e reduzindo a produção de gotas menores de 200 µm entre 50 80 quando comparadas as pontas de jato plano convencional de mesma vazão e operadas à mesma pressão ANTUNIASSI e BOLLER 2011 Figura 613 Tecnologia de préorifício Fonte Hypro Pentair adaptado 68 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Alguns desses modelos permitem a retirada do préorifício fato importante uma vez que esses tendem a entupir mais facilmente que pontas convencionais de mesma vazão Por esse mesmo motivo a escolha adequada dos filtros tornase ainda mais importante E Pontas com Indução de Ar Essas pontas são fabricadas com uma tecnologia tipo venturi em seu interior Com a passagem do líquido em alta velocidade o ar é succionado para dentro da ponta de pulverização através de pequenas aberturas muitas vezes localizadas em suas paredes laterais Dessa forma o líquido se mistura com o ar formando gotas com ar dentro ocas e de maior diâmetro quando comparadas aos modelos convencionais de mesma vazão Figura 614 Modelo de ponta com tecnologia de Indução de Ar Fonte Spraying Systems Co Para o funcionamento correto da tecnologia a maioria desses modelos precisam estar operando à pressões acima de 2 BAR Essas são indicadas para aplicações de herbicidas ou em condições ambientais bastante adversas reduzindo assim o potencial risco de deriva e menor contaminação ambiental Como a maioria dessas pontas apresentam comprimento maior atenção especial deve ser dada à estabilidade da barra e às características do relevo para que elas não venham a se chocar com nenhuma superfície o que poderia causa danos até mesmo para os bicos Mas alguns lançamentos mais recentes já possuem tamanhos reduzidos 69 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS F Pontas de Jato Duplo As pontas de jato duplo também chamadas de duplo leque possuem dois orifícios de saída do líquido de forma a gerar dois jatos Esses modelos também seguem o padrão ISO 10625 ou seja embora produza dois leques a cor da ponta é determinada pela vazão total da mesma Possuem padrão de pulverização inclinado em relação a vertical geralmente 30 40o e têm apresentado bons resultados de cobertura principalmente em situações onde maior penetração do dossel é requerida Figura 614 Modelo de ponta Duplo Leque Fonte Hypro Pentair adaptado Existem no mercado algumas capas e conectores especiais que permitem a transformação de uma saída para duas tornandose assim um bico duplo leque Figura 615 o que lhe confere as mesmas vantagens de uma ponta de leque duplo Figura 615 Modelo de capadupla e conector Fonte Hypro Pentair e Spraying Systems Co 70 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS G Pontas de Jato Triplo As pontas desse modelo também chamadas de triplo leque possuem três orifícios de saída do líquido de forma a gerar três jatos Nessas pontas os leques formados estão espaçados 30 a 40o um do outro Da mesma forma que o duplo leque também segue o padrão ISO 10625 ou seja embora produzam três leques a cor da ponta é determinada pela vazão total da mesma Figura 616 Modelo de ponta de leque triplo Fonte Magnojet H Pontas Descentradas OffCenter As pontas descentradas foram desenvolvidas com o intuito de se pulverizar onde a definição dos limites de uma faixa de aplicação fosse necessária Esse modelo tem sido bastante usado em cultivos florestais nos pulverizadores do tipo Conceição evitando assim escorrimento de produtos na parede lateral da manta protetora 71 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 617 Modelo de ponta descentrada Fonte Hypro Pentair adaptado I Pontas de Utilização Sem Barras Para aplicação de defensivos onde a utilização de barras não é possível seja pelo relevo ou superfície extremamente irregular ou pela disposição e arquitetura de cultivos como os arbóreos Essas pontas são capazes de pulverizar por ampla faixa em alguns casos podendo atingir até 8m e têm sido bastante utilizadas em áreas de eucalipto Figura 618 Pulverização sem barra Fonte Hypro Pentair adaptado Embora não apresentem a mesma uniformidade na distribuição quando comparadas à uma barra com pontas de jato plano se bem recomendadas são capazes de entregar bom perfil de distribuição Atualmente várias fabricantes produzem esse modelo de ponta 72 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 7 Perfil de Distribuição O perfil de distribuição de uma ponta de pulverização permite avaliar como a calda é distribuída transversalmente ou seja como é a distribuição do produto fitossanitário no alvo Pontas de jato plano e cônico podem apresentar perfil de distribuição não uniforme ou distribuição uniforme Pontas com perfil de distribuição não uniforme apresentam maior acúmulo de líquido na região central com decréscimo de líquido gradual para as extremidades por isso são também chamadas de pontas distribuição normal Figura 7 A Pontas com esse perfil são indicadas para aplicação em área total com a sobreposição de jatos Pontas com perfil de distribuição uniforme apresentam acúmulo de líquido uniforme com quedas abruptas apenas nas extremidades Figura 7 B são indicadas para aplicação dirigida sem a sobreposição de outros jatos Figura 7 Perfil de distribuição não uniforme A e perfil de distribuição uniforme B submetidas às pressões de 200 300 e 400 kPa Fonte Adaptado de Viana et al 2007 Aplicações em área total Figura 72 A são usadas para aplicações de herbicidas em pré emergência ou em pósemergência das plantas daninhas e também para aplicações de inseticidas e fungicidas sobre o dossel de plantas Aplicações dirigidas Figura 72 B são utilizadas para o controle de pragas doenças e plantas daninhas localizadas na linha ou na entrelinha da cultura como aplicação dirigida de herbicidas na linha da cultura do eucalipto e do café aplicações de inseticidas sobre o cartucho do milho no controle de Spodoptera frugiperda bem como catação de plantas daninhas entre outros 0 3 6 9 12 do volume aplicado 5 30 55 80 105 130 155 180 200 kPa 300 kPa 400 kPa Faixa de deposição cm 0 3 6 9 12 do volume aplicado 5 30 55 80 105 130 155 180 200 kPa 300 kPa 400 kPa Faixa de deposição cm A B 73 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 72 Aplicação em área total A e aplicação em faixa B Fonte Spraying Systems Co Quanto menor o orifício da ponta de pulverização e maior a pressão de trabalho para um mesmo modelo de ponta menores serão as gotas produzidas e portanto maior a tendência de perda por deriva e por consequência menor eficiência na aplicação Panisson et al 2004 observaram menor deposição de calda em anteras de trigo quando utilizaram pontas de pulverização com menor tamanho de gota isso em razão das condições climáticas que favoreceram a ocorrência de deriva e reduziu a deposição de gotas no alvo Em aplicação de fungicidas para controle da ferrugem da soja Cunha et al 2008 avaliaram o efeito de pontas de pulverização sobre a deposição de gotas no dossel da cultura Quadro 7 De acordo com esses autores gotas menores possuem capacidade de alcançar posição inferior no dossel da cultura favorecendo o controle da doença Quadro 7 Densidade de gotas depositadas gotas cm2 na parte superior e inferior do dossel da cultura da soja após a aplicação de fungicida com diferentes pontas de pulverização em dois volumes de aplicação Ponta Posição superior Posição Inferior Volume de aplicação L ha1 Volume de aplicação L ha1 200 150 Média 200 150 Média Densidade de gotas TTJ60 11002 1600 1428 1515 a 386 204 286 b DFTJ60 11002 1609 1511 1560 a 453 206 331 b TVI 80015 439 625 532 b 110 136 123 b JA2 2320 2274 2297 a 984 741 862 a Média 1460 A 1492 A 479 A 322 A Médias seguidas por letras distintas maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas para cada aplicação diferem significativamente entre si a 5 de probabilidade pelo teste F e a 5 pelo teste de Tukey respectivamente Fonte Adaptado de Cunha et al 2008 Espaçamento entre pontas Altura da barra A B 74 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Altura da ponta de pulverização À medida que aumenta a distância entre a ponta de pulverização e a áreaalvo maior será a influência das condições climáticas sobre o jato e maior a tendência de perda de gotas produzidas seja por deriva e ou evaporação A altura de barra espaçamento entre pontas e ângulo do jato devem ser considerados no momento da montagem do equipamento A altura da ponta pulverização em relação ao alvo interfere na faixa de aplicação e consequentemente no espaçamento entre pontas Quanto menor a altura menor a faixa de aplicação O mesmo princípio se aplica à pressão de trabalho e ao ângulo do jato Variação da pressão de trabalho implica alteração do ângulo do jato vazão e tamanho de gotas Conforme visualizado no quadro 72 aumento na pressão implica aumento no ângulo do jato possibilitando maior sobreposição e melhor distribuição É importante ressaltar que para dobrar a vazão é necessário quadriplicar a pressão de trabalho o que proporciona grandes alterações no padrão de distribuição das pontas Neste sentido grandes alterações no volume de calda devem ser feitas com a troca das pontas e não com alteração na pressão de trabalho A uniformidade de distribuição da calda ao longo da barra de pulverização é avaliada por meio do Coeficiente de Variação CV do volume acumulado de líquido coletado em bancadas de teste Em laboratório para que a distribuição seja considerada uniforme o CV não deve ultrapassar 7 Aplicações com distribuição fora do padrão podem resultar em falhas no controle intoxicação de culturas impactos negativos ao ambiente menor eficiência econômica e favorecem a pressão de seleção com tendência ao aumento de indivíduos resistentes Quadro 72 Esquema do perfil de distribuição de uma barra simulada com pontas TT11002 Fonte Freitas et al 2005 75 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 8 Valor das Pontas de Pulverização Para expressar seu valor veremos a seguir exemplos de cálculos mostrando a quantidade de defensivos que passa por cada ponta de pulverização durante uma safra Nesse exemplo utilizaremos a cultura do mamão na qual segundo Projeto Campo Futuro 2014 em Itamaraju Bahia o custo médio de defensivos agrícolas foi de R 1997 83ha Quadro 8 Quadro 8 Discriminação dos custos com defensivos em cultivo de mamão safra 20132014 Fonte Projeto Campo Futuro 2014 Para o cálculo consideraremos um turboatomizador com 22 pontas de pulverização e uma propriedade de 15 ha atendendo situações reais encontradas no Brasil Custo dos defensivos R 199783ha Fazenda de 15 ha Custo total de defensivos R 2996745 22 pontas possui o pulverizador Quantidade em R de defensivos que passa por cada ponta de pulverização R 299674522 R 136350ponta Se considerarmos que uma ponta de qualidade no mercado custa aproximadamente R 1500 veremos que o custo da ponta em relação ao custo dos defensivos que por ela passa será muito próximo a 1 ou seja quase irrisório Além disso uma ponta de qualidade e em bom estado permitirá a realização de aplicações corretas e seguras ambientalmente Outra análise importante a se fazer é sobre o desgaste das pontas de pulverização Nesse estado o orifício de saída do jato pulverizado encontrase maior que o original alterando a quantidade aplicada bem como o padrão e a uniformidade na distribuição Figura 8 Na literatura alguns pesquisadores utilizam 10 como limite máximo de volume excedente aceitável para trocas das pontas de pulverização enquanto outros indicam 5 como sendo o limite 76 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 8 Alteração na característica do jato formado em pontas com orifício de saída desgastado Fonte KGF Aproveitando cálculos anteriores veremos o valor R que pode ser desperdiçado ao se utilizar pontas desgastadas Quantidade em R de defensivos que passa por cada ponta de pulverização R 299674522 R 136350ponta Ponta desgastada excedendo 5 do volume aplicado 005 x R 136350 R 6817 Para esse exemplo evidenciamos que uma ponta é capaz de desperdiçar um valor pelo menos quatro vezes maior que o custo de uma ponta nova Além disso uma ponta de pulverização nova permitiria maior eficiência no controle de pragas o que possibilitaria maior produtividade à cultura mais retorno econômico ao produtor e segurança ambiental Como o Brasil possui diversos cultivos e o mercado pode variar de região para região para saber o custo de defensivos que passa por cada ponta e seu custo relativo bem como o valor que pode ser desperdiçado numa aplicação basta seguir os passos dos cálculos apresentados É importante comentar que em alguns pulverizadores principalmente os que possuem controladores mais tecnificados o volume total aplicado por todas as pontas não será excedente mesmo na presença de alguma que já esteja desgastada No entanto para corrigir o excesso que sairá em uma ponta dessas o volume pulverizado por outra deverá ser menor Isso altera e prejudica consideravelmente em ambas o padrão de gotas e a distribuição do jato Renovação das Pontas de Pulverização Embora seja muito menosprezada na pulverização nacional a renovação das pontas é de enorme importância para a manutenção de altos padrões na qualidade de aplicação A determinação do momento exato para troca delas requer atenção ao volume que cada uma está pulverizando 77 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Segundo a FAO 2001 vazão até 10 acima daquela informada pelo fabricante é considerada aceitável No entanto para não comprometer a uniformidade da distribuição da calda no alvo a vazão de cada ponta não deve variar mais ou menos que 5 da média Se duas ou mais pontas de uma barra forem consideradas ruins recomendase substituir todas as pontas por outras novas Outro indicador de desgaste das pontas é o coeficiente de variação da distribuição da calda ao longo da barra e pode ser medido utilizandose mesas de distribuição formadas por um conjunto de canaletas justapostas acopladas a provetas que fornecem essa informação O coeficiente de variação não deve ser superior a 10 para pontas usadas e o ideal é de 6 a 8 para pontas novas ANTUNIASSI e BOLLER 2011 Vale comentar que a durabilidade das pontas é variável sendo influenciada pelos seguintes fatores Material de fabricação Figura 81 Limpeza e manutenção empregadas Pressão de trabalho geralmente utilizadas Produtos aplicados na calda potencial abrasivo e corrosivo Qualidade da água Figura 81 Porcentagem de aumento da vazão de pontas em relação ao material de fabricação Fonte Hypro Pentair 2016 No mercado atual as pontas mais utilizadas são de polímero cerâmica e inox No entanto cada fabricante possui engenharia e tecnologia peculiar empregadas em seus produtos sendo esse um ponto importante na hora da escolha da ponta de pulverização 78 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 9 Regulagem e Calibração de Pulverizadores A regulagem e a calibração dos pulverizadores são de extrema importância pois permitem utilizar a quantidade de produto fitossanitário correta de maneira uniforme na área sem perdas econômicas e com menor impacto ambiental Regulagem consiste em preparar o equipamento para atendimento da demanda desejada ou seja produzir as gotas de determinada classe de tamanho e aplicar determinada taxa de aplicação da calda do defensivo Antes de iniciar o processo de calibração do pulverizador é necessário fazer uma boa regulagem dos equipamentos a serem utilizados Ao término desta etapa todos os componentes do conjunto pulverizador devem estar em perfeito funcionamento A calibração consiste em verificar o desempenho do pulverizador em função da regulagem e realizar os ajustes finos de pressão para deixar o equipamento apto para a aplicação Na calibração também é realizado o diagnóstico das condições das pontas de pulverização Na calibração determinase o volume de calda gasto por unidade de área o que deve ser realizado toda vez que se iniciar qualquer tipo de pulverização independente do pulverizador a ser utilizado Nesta etapa é fundamental que se escolha corretamente as pontas de pulverização a pressão de trabalho o espaçamento entre pontas a altura da barra e a velocidade caminhamento 91 Métodos para calibração de pulverizador costal A Método do copo calibrador para superfícies planas com aplicação em área total Pulverizador de 20 litros com barra de dois bicos espaçados de 05m Colocar água no depósito do pulverizador Figura 9 A Marcar uma distância de 50 m no local a ser pulverizado Figura 9 B Iniciar a pulverização no local demarcado Figura 9 C com velocidade constante Cronometrar o tempo que o aplicador gastou para pulverizar os 50 m Com o operador parado recolher o volume gasto de uma das pontas de pulverização em um copo graduado Figura 9 D no mesmo tempo em que foi necessário para aplicação nos 50 m No caso do exemplo 40 segundos 79 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Fazer a leitura do volume de calda em L ha1 observandose a coluna referente ao espaçamento entre pontas no caso do exemplo 05 m a vazão é de 110 L ha1 Figura 9 Calibração pelo método do copo calibrador Fonte Autores a Qual o volume de calda será necessário para aplicar em 1 ha No copo a leitura do volume de calda é direta 110 L ha1 b Considerando uma dose de herbicida de 40 L ha1 quanto deve ser colocado de produto fitossanitário em um pulverizador de 20 L 110 L ha1 40 L de herbicida A B C D 80 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 20 L X X 072 L pulverizador1 c Quantos abastecimentos serão realizados em 1 ha 1 pulverizador 20 L X 110 L X 55 abastecimentos B Método do volume conhecido para superfície plana aplicação em área total Pulverizador de 20 litros barra com dois bicos espaçados de 05 m Marcar uma área de 100 m2 no local a ser pulverizado 25 m de comprimento e 4 m de largura Colocar um volume de água conhecido no pulverizador Fazer a pulverização seguindo o correto balizamento não há necessidade de se cronometrar o tempo mas é fundamental manter a velocidade constante Para uma largura de 4 m serão necessárias quatro passadas para cobrir a área considerando que a barra pulveriza um metro por passada Após a pulverização recolher a água do depósito mangueira e lança de pulverização Proceder aos cálculos como no exemplo a seguir Exemplo Foi colocado 10 L de água no pulverizador e após aplicação na área teste de 100 m2 foi coletado o volume de 8 L de água a Qual o volume de calda 2 L 10 8 gastos na área teste 100 m2 2 L 10000 m2 X X 200 L ha1 Demais cálculos são semelhantes ao exemplo 1 81 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS C Método do volume conhecido para superfície irregular Conte o número de plantas em uma fileira por exemplo 50 plantas baseado no espaçamento entre as plantas calcule a área ocupada por elas Abasteça o pulverizador completamente com água Pulverize as plantas de modo a fazer a cobertura necessária para uma boa performance do produto a ser aplicado Complete o tanque e meça o volume gasto em litros Calcular o volume gasto para o número de plantas em 1 ha e realizar os procedimentos de cálculo de produto fitossanitário em 1 ha 92 Calibração de pulverizador de barras tratorizado para aplicação em área total Marcar uma área de 50 m Figura 92 A Escolher uma marcha do trator compatível com a velocidade escolhida Ligar a tomada de força e acelerar o motor até a rotação de 540 rpm Iniciar o movimento do trator 5 m antes do início da área teste Figura 92 B Anote o tempo gasto para percorrer os 50m Figura 92 C Com o trator parado na mesma rotação coletar o volume de líquido no tempo que foi gasto para aplicação dos 50m na área teste de uma das pontas de pulverização Figura 92 D Realizar os cálculos conforme o exemplo a seguir A 82 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 9 Calibração de pulverizador de barras Fotos Autores Exemplo Pulverizador com 24 pontas de pulverização espaçadas em 05 m aplicou 075 L por ponta na área teste de 50 m a Qual o volume de calda gasto em 1 ha Nessa situação devese primeiramente verificar qual a área aplicada por uma ponta nos 50 m A faixa de aplicação de cada ponta é de 05 m pois as mesmas estão espaçadas a 05 m na barra Na barra a calda é distribuída em uma faixa de 12m de largura uma vez que 24 pontas x 05 m cada 12 m faixa 50 m x 05 m 25 m2 área pulverizada por uma ponta na área teste Volume aplicado por cada ponta 075 L 50 m x 12 600 m2 área pulverizada pela barra na área teste Volume aplicado pela barra 18 L 24 x 075 18L Cálculo do volume de calda gasto B C D 83 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Calculando o volume de calda considerando a área por ponta Calculando o volume de calda considerando a área total da barra 25 m2 075 L 600 m2 18 L 10000 m2 X 10000 X X 300 L ha1 X 300 L ha1 b Quanto de fungicida colocar em um pulverizador de 400 L considerando a dose de 30 L ha1 300 L 30 400 L X X 40 L de fungicida 93 Calibração do pulverizador tratorizado com mangueiras Meça a faixa de pulverização que será normalmente igual ao espaçamento de plantio dividido pelo número de vezes que o aplicador entra em uma mesma rua exemplo 4 m entre ruas 2 vezes por rua 2 m de faixa Em canteiros a faixa de aplicação será igual à largura do canteiro multiplicada pelo número de canteiros pulverizados simultaneamente Abasteça o pulverizador somente com água Calcule quantos metros precisam ser pulverizados para cobrir 100 m2 através da divisão de 100 pela faixa de pulverização medida Determine o tempo em segundos necessário para pulverizar sobre a distância calculada a uma velocidade confortável e que seja sustentável nas condições normais da área que será pulverizada subida descida evitando obstáculos etc no período de trabalho normal Colete o volume pulverizado dentro de um recipiente qualquer durante o tempo determinado anteriormente Meça o volume pulverizado em uma caneca graduada Repita essa operação por mais duas vezes e calcule a média do gasto de água Para determinar o volume de aplicação em 1 hectare multiplique por 100 o volume aplicado em 100 m2 Calcule a quantidade de produto que deverá ser colocada no tanque do pulverizador ou de acordo com a dose recomendada 84 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Figura 93 Calibração do pulverizador tratorizado com mangueiras Fonte ANDEF Exemplo Quanto de inseticida colocar em um pulverizador de 400 L considerando a dose de 20 L ha1 sendo o volume de aplicação calculado de 250 L ha1 250 L 20 400 L X X 32 L de inseticida OBS Cálculo semelhante por ser utilizado para aplicação de herbicidas em cultivos florestais 94 Calibração do turbopulverizador A Quando a quantidade de calda é expressa em litrosplanta Abasteça o pulverizador com água e volume conhecido Selecione 20 a 100 árvores a depender do tamanho em um mesmo talhão e faça a pulverização considerando rotação de 540 rpm na TDP Tomada de Potência e velocidade compatível a que será utilizada na aplicação real O ar produzido pelo ventilador do pulverizador deve ser ajustado e suficiente para proporcionar ótima cobertura do alvo principalmente nas regiões mais complicadas como a parte central da planta sem ocasionar deriva É necessária atenção especial ao ajustar os defletores visto que um incorreto posicionamento pode fazer com que os mesmos interceptem a calda resultando em 85 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS escorrimentos Da mesma forma é preciso ajustar o posicionamento dos bicos para que propiciem uma correta distribuição da calda dentro da copa Bicos que estejam pulverizando sobre o topo do alvo devem ser fechados Pulverize nas plantas marcadas Inicie o movimento do trator no mínimo 5 metros antes do ponto marcado Meça a quantidade de água necessária para reabastecer o tanque do pulverizador até a marca feita anteriormente Para medidas precisas o pulverizador deve estar na mesma posição antes e depois da operação Para obter o volume pulverizado sobre uma planta divida o volume pulverizado pelo número de plantas B Quando a quantidade de calda é expressa em litrosha Meça a faixa de pulverização que será normalmente igual ao espaçamento de plantio dividido pelo número de vezes que o aplicador entra em uma mesma rua exemplo 4 m entre ruas 2 vezes por rua 2 m de faixa Abasteça o pulverizador somente com água Calcule quantos metros precisam ser pulverizados para cobrir 100 m2 através da divisão de 100 pela faixa de pulverização medida Pulverize a área demarcada considerando rotação de 540 rpm na TDP Tomada de Potência e velocidade compatível a que será utilizada na aplicação real O ar produzido pelo ventilador do pulverizador deve ser ajustado e suficiente para proporcionar ótima cobertura do alvo principalmente nas regiões mais complicadas como a parte central da planta sem ocasionar deriva É necessária atenção especial ao ajustar os defletores visto que um incorreto posicionamento pode fazer com que os mesmos interceptem a calda resultando em escorrimentos Da mesma forma é preciso ajustar o posicionamento dos bicos para que propiciem uma correta distribuição da calda dentro da copa Bicos que estejam pulverizando sobre o topo do alvo devem ser fechados Meça a quantidade de água necessária para reabastecer o tanque do pulverizador até a marca feita anteriormente Para medidas precisas o pulverizador deve estar na mesma posição antes e depois da operação Para determinar o volume de aplicação em 1 hectare multiplique por 100 o volume aplicado em 100 m2 86 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Calcule a quantidade de produto que deverá ser colocada no tanque do pulverizador de acordo com a dose recomendada 95 Calibração do pulverizador tipo Conceição Para aplicação com Conceição meça a largura da barra e verifique o espaçamento entre bicos o qual deve se apresentar constante e veja também a quantidade de pontas de pulverização Faça o cálculo da velocidade do pulverizador demarcando uma área de 50 m e divida pelo tempo gasto para percorrêla Para obter a velocidade em Kmh multiplique o resultado obtido por 36 Já ciente do volume de aplicação que irá utilizar na área e da velocidade verificada faça o cálculo para a vazão necessária em cada ponta de pulverização Lmin Lha kmh x E 600 Onde Lmin vazão individual das pontas da barra Lha taxa de aplicação ou volume de calda kmh velocidade de aplicação E espaçamento entre bicos em metros Escolha a ponta de acordo com a pressão e tamanho de gota adequado considerando o tipo de produto e as condições climáticas no horário da aplicação Nos pulverizadores Conceição é recomendável que se utilize pontas do tipo descentrado offcenter nas extremidades da barra para que não ocorra escorrimento nas paredes laterais da manta de proteção 96 Calibração para aplicação aérea A faixa de deposição efetiva é uma característica específica para cada tipo ou modelo do avião e representa um fator de grande influência nos resultados da aplicação Faixas muito grandes reduzem a eficácia da aplicação em função da menor uniformidade causada pela inadequada sobreposição entre as passadas 87 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS A Altura normal de trabalho vai de 3 a 4 metros Voos em alturas reduzidas podem prejudicar a uniformidade da deposição da calda e alturas maiores somente devem ser recomendadas em condições excepcionais desde que as condições climáticas sejam favoráveis caso contrário o risco de deriva é extremamente elevado Na determinação da faixa de deposição os coletores devem ser dispostos espaçados de 10 m e alinhados na direção predominante do vento A aeronave deve passar pelo centro e transversalmente ao alinhamento dos coletores voando na altura programada com no mínimo três repetições Os dados coletados devem ser processados em planilha eletrônica visando obter simulações de sobreposição para determinar a faixa de trabalho com o menor coeficiente de variação CV dos dados Para uma aeronave de porte médio é comum a utilização de larguras de faixa entre 10 e 20 m para a aplicação de líquidos dependendo da configuração das barras da altura de voo e da velocidade de aplicação ANDEF Para verificação da vazão necessária nas pontas de pulverização necessitase primeiramente calcular a área aplicada na unidade de tempo ha min1 dada em função da faixa m e a velocidade em milhas por horas ha min1 V x Lf x 0 00268 V velocidade milhas por hora Lf largura de faixa metros Agora então o cálculo da vazão se dá por q ha min1 x Vol L ha1 n q vazão de cada ponta L min1 ha min1 área aplicada na unidade de tempo Vol volume de aplicação n número de bicos na barra 88 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Com o auxílio de uma tabela de vazão fornecida pelo fabricante de pontas ajustase a pressão do sistema até que a vazão atinja o valor adequado Caso seja necessário alterar o modelo da ponta verifique a que produza tamanho de gota adequado para a situação 89 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 10 Recomendação de Pontas de Pulverização Antigamente existiam no mercado de pulverização poucos modelos de pontas de pulverização sendo necessárias grandes alterações na pressão para se produzir o tamanho de gota mais próximo do desejado Felizmente com a chegada de mais fabricantes e a engenharia e tecnologia inseridas nas pontas atuais podemos trabalhar com tamanhos de gotas ideais mesmo em pressões mais reduzidas sendo necessário apenas a escolha correta da ponta para a situação de momento Veremos adiante alguns exemplos de recomendação de pontas de pulverização Em todas situações será necessário recorrer ao catálogo de pontas do fabricante para verificar o tamanho de gota produzido pelo modelo de acordo com a pressão de trabalho Existem várias marcas no mercado e todas elas possuem pontas de diversos modelos e de diferentes materiais apresentando valores bastante variados Além disso cada região pode ter maior ou menor disponibilidade de certos modelos e seus preços podem ser diferentes Por isso o entendimento e a correta escolha da ponta de pulverização passará também pelo melhor custobenefício OBS Usaremos as tabelas a seguir apenas para exemplificar nossos exercícios É importante comentar que existem outros modelos inclusive de outras fabricantes que poderiam atender perfeitamente aos requisitos e ser opção para as situações que serão abordadas Exemplo 1 Precisase fazer o controle de plantas daninhas em lavoura de eucalipto com glyphosate herbicida sistêmico capaz de se translocar na planta no sentido ascendente e descendente atentandose ao menor risco de deriva Será utilizado volume de calda de 150 L ha1 com pulverizador com bicos espaçados 50 cm entre si e velocidade de trabalho de 6 km h1 Pedese vazão necessária na ponta bem como indicação das mais adequadas de acordo com a tabela do fabricante Tamanho de gota recomendado Grossa a Extremamente grossa Cálculo da vazão necessária na ponta de pulverização q L min1 Veloc km h1 x V de calda L há1 x E cm 60000 q 6 x 180 x 50 60000 q 09 L min1 90 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Fonte Spraying Systemns Co adaptado Caso o pulverizador utilizado seja do tipo Conceição recomendase trabalhar com pontas descentradas de mesma vazão e que produza tamanhos de gotas similares nas extremidades da barra Exemplo 2 Em lavoura de milho ainda em fase vegetativa recomendase fazer aplicação de inseticida de contato Nessa região as condições climáticas são críticas sendo a temperatura elevada com umidade relativa do ar baixa Para um pulverizador trabalhando à velocidade de 12 km h1 bicos espaçados 50 cm entre si e volume de calda de 80 L ha1 de acordo com a tabela a seguir qual a recomendação de ponta mais adequada para essa situação Tamanho de gota recomendado média Cálculo da vazão necessária na ponta de pulverização q L min1 Veloc km h1 x V de calda L ha1 x E cm 60000 q 12 x 80 x 50 60000 q 08 L min1 X Pressão muito próxima do limite máximo podendo ser atingida com provável alteração da velocidade X Pressão muito próxima do limite mínimo podendo ser atingida com provável alteração da velocidade X Tamanho de ponta não atende a vazão necessária na situação do exemplo Pressão e tamanho de gota adequado com margem para possível alteração na velocidade trabalho 91 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Fonte Hypro Pentair Exemplo 3 Considerando uma região com condições climáticas favoráveis temperatura amena e umidade relativa do ar de 60 aproximadamente desejase aplicar fungicida em lavoura de soja em estádio reprodutivo com pulverizador trabalhando a 27 km h1 bicos espaçado 50 cm entre si e volume de calda de 40 L ha1 Dentre as pontas da tabela a seguir qual seria a mais recomendada para a pulverização Tamanho de gota recomendado fina a muito fina Cálculo da vazão necessária na ponta de pulverização q L min1 Veloc km h1 x V de calda L ha1 x E cm 60000 q 27 x 40 x 50 60000 q 09 L min1 Pressão e tamanho de gota adequado permitindo boa cobertura para produto de contato e com margem para possível e pequena alteração na velocidade trabalho X Pressão muito próxima do limite mínimo podendo ser atingida com provável alteração da velocidade o que poderia gerar gota grossa e inviabilizar uma boa cobertura do alvo X Pressão e tamanho de gota fora do recomendável para a aplicação do exemplo X Pressão e tamanho de gota fora do recomendável para a aplicação do exemplo 92 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Fonte Magnojet X Não atinge a vazão necessária na aplicação X Não atinge a vazão necessária na aplicação X Atinge a vazão necessária mas para isso precisa trabalhar em pressões mais elevadas Vazão tamanho de gota e pressão adequada para aplicação X Pode atingir a vazão necessária mas para isso precisa trabalhar em pressões muito reduzidas 93 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 11 Avaliação da Pulverização Para obter uma pulverização de qualidade capaz de ser eficiente e ambientalmente correta é necessário que a maior porcentagem do produto aplicado atinja o alvo Por sua vez o ingrediente ativo deve ser absorvido e translocado para sua região de atuação mesmo para alguns produtos considerados de contato que possuem sua função atuante apenas às camadas mais superficiais do alvo biológico O indicativo básico da eficácia de uma pulverização é o próprio desempenho do controle fitossanitário No entanto existem alguns métodos que podem ser utilizados para realizar as avaliações da qualidade das aplicações Dentre elas a mais frequente no campo por ser bastante prática e acessível é a avaliação da deposição de gotas nos papéis hidrosensíveis À grosso modo e com certa experiência a visualização visual já permite uma boa análise principalmente comparativa do tamanho da gota porcentagem de área coberta e da densidade de gotas quantidade depositada cm 2 Mas para uma avaliação mais técnica a utilização de softwares específicos para realizar a leitura das gotas é necessário Atualmente existem no mercado alguns modelos de scanner portáteis que devem ser conectados a um computador notebook netbook etc e podem ser levados até mesmo para o campo Figura 11 Figura 11 Scanner portateis utilizados para leitura de papéis hidrosensíveis Fonte Autores 94 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Esses aparelhos produzem um relatório detalhado com várias informações sobre a aplicação como deposição tamanho de gotas DMV DMN porcentagem de área coberta dentre outras Figura 112 Figura 112 Exemplo de relatório gerado por um software de análise de gotas Fonte Autores Conforme já mencionado anteriormente as gotas pulverizadas quando depositadas sobre o papel hidrosensível sofrem pequena alteração em sua conformação bem como no diâmetro real Mas como ferramenta prática a utilização desses cartões juntamente com o scanner portátil é bastante frequente e serve como comparativo e avaliativo da qualidade da aplicação 95 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 12 Segurança na Aplicação de Defensivos Todo produto fitossanitário deve ser manuseado como produto tóxico seguindo a legislação em vigor Durante o uso desses produtos é necessária a utilização dos equipamentos de proteção individual EPI que visam proteger a saúde do aplicador operador da máquina e ajudantes que venham a trabalhar diretamente ou próximos a aplicação reduzindo o risco de intoxicação decorrente da exposição Toda embalagem vazia deve ser encaminhada à unidade de recebimento A devolução das embalagens de defensivo agrícola agrotóxicos pelo produtor rural passou a ser obrigatória desde o dia 1o de junho de 2002 quando entrou em vigor a Lei Federal no 9974 uma versão aprimorada da Lei de Agrotóxicos de 1989 que regulamenta o uso a produção e a fiscalização desses produtos químicos A legislação trabalhista prevê que a É obrigação do empregador Fornecer os EPI adequados ao trabalho Instruir e treinar quanto ao uso dos EPI Fiscalizar e exigir o uso dos EPI Repor os EPI danificados b É obrigação do trabalhador Utilizar da maneira correta e conservar os EPI A depender do grau de exposição e nível de contato com os defensivos os principais componentes presentes no EPI são Luvas devem ser impermeáveis ao produto químico Produtos que contém solventes orgânicos devem ser manipulados com luvas de borracha Nitrílica ou Neoprene Respiradores geralmente chamados de máscaras podem ser do tipo descartável ou mais durável este último possui filtros especiais para reposição Quando necessária sua utilização o usuário deve estar barbeado evitando assim possíveis falhas na selagem Viseira facial Deve estar sempre transparente e não pode retorcer as imagens Seu suporte deve permitir que a viseira não entre em contato com o rosto do trabalhador e nem embace Fonte ANDEF 96 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Jaleco e calça hidrorepelentes estes podem resistir até 30 lavagens se manuseados e lavados de forma correta Boné árabe também chamado de touca árabe é confeccionado em material tratado para se tornar hidrorepelente Avental Produzido com material resistente a solventes orgânicos É essencial na preparação da calda e em aplicações com costais Botas Devem ser impermeáveis preferencialmente de cano alto e resistentes aos solventes orgânicos Para a correta utilização dos EPI seguese uma ordem tanto para vestir quanto para retirar os EPI Ao vestir calça e jaleco botas avental respirador viseira facial boné árabe e luvas Para retirar recomendase que o aplicador lave as luvas vestidas e então comece pelo boné árabe e continue com viseira facial avental jaleco botas calça luvas e respirador Durante a pulverização é importante que o aplicador esteja usando roupa leve sob o EPI Logo após o trabalhador deve se higienizar com bastante água fria e sabonete Após utilização o EPI deve ser lavado com sabão neutro sem deixálo de molho Deve então ser colocado para secar à sombra e guardado separado das roupas da família Fonte ANDEF 97 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS 13 Exercícios Propostos 1 Na cultura do milho para aplicação em faixa de 05 m na linha recomendaramse os seguintes herbicidas Gesaprim 500 50 do ingrediente ativo ia atrazine e Sanson 40 SC 4 do ia nicosulfuron nas doses de 20 kg ha1 de atrazine e 40 g ha1 de nicosulfuron Considerando o espaçamento entre fileira de 1 m barra com seis bicos tipo leque 110 03E espaçados entre si de 10 m velocidade de aplicação de 0833 m seg1 e vazão por bico de 08 L min1 calcular a Quantidade do produto comercial a ser colocada no depósito do pulverizador de 400 L Resposta 5 L de Gesaprim e 125 L de Sanson b Quantidade de cada herbicida a ser comprada para uma área de 50 alqueires 1 alqueire 24 ha considerando a aplicação em faixa de 05 m na linha de plantio Resposta 240 L de Gesaprim e 60 L de Sanson 2 Para a cultura do algodão recomendouse aplicação em préemergência de 20 kg ha1 de diuron O pulverizador estava equipado com uma barra de 20 bicos tipo leque 110 03 cobrindo uma faixa de 10 m com vazão de 08 L min1 bico1 Calcular a velocidade do trator para que sejam colocados 25 kg ha1 de diuron no tanque de 400 litros Resposta 50 m min1 ou 3 km h1 3 Um produtor de tomate tem uma lavoura no espaçamento de 10 m entre linhas Para realizar o manejo das plantas daninhas foi recomendado 048 kg ha1 ¹ de metribuzin O produtor possui um pulverizador costal de 20 litros munido com uma barra de dois bicos 80 03 vs espaçados de 05m A sua velocidade de caminhamento no momento da aplicação será de 10 m seg1 Calcular a vazão individual dos bicos para que possam ser colocados 384 g metribuzin por tanque de 20 litros do pulverizador Resposta 075 L min1 4 Em uma lavoura de café com 80000 plantas no espaçamento de 2 x 4 m desejase realizar aplicação em pósemergência de Roundup 360 g L1 de glyphosate na dose de 720 g equivalente ácido ea ha1 Sabendose que o diâmetro médio das plantas é de 16 m e que o consumo de água na calibração foi de 10 litros na áreateste fora do cafezal de 400 m2 calcular a Quantidade do produto comercial a ser colocada no depósito de 20 litros do pulverizador costal Resposta 160 mL de Roundup20 L b Tempo gasto na aplicação total sabendose que cada carga e aplicação 20 L leva 30 minutos Resposta 300 horas 98 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS c A quantidade de Roundup a ser comprada Resposta 96 L 5 Na cultura do milho com espaçamento de 1 m desejase realizar uma aplicação em faixa de 04 m na linha com o herbicida Primóleo atrazina óleo na dose de 60 L do produto comercial pc ha 1 Sabendose que o depósito do pulverizador é de 480 L e está equipado com uma barra de 5 bicos 1 para cada linha 8003E trabalhando na pressão de 40 lb pol2 e que o trator gasta 1 min para percorrer 50 m considerar 1 galão 3785 L calcule a Consumo de calda em L ha¹ Resposta 570 L ha¹ se aplicação for em faixa de 40 cm b Quantidade do produto comercial a ser colocada no depósito do pulverizador Resposta 505 L de Primóleo em 480 L c Quantidade a ser comprada para uma área de 30 alqueires se a aplicação fosse realizada em faixa de 40 cm Resposta 1728 L de Primóleo 6 Na cultura da canadeaçúcar com espaçamento de 14 m recomendouse a aplicação do herbicida Sinerge SE ametryne 300 g L1 clomazone 200 g L1 na dose de 4 L do pc ha1 O pulverizador disponível estava equipado com uma barra de 8 bicos 8004 e operando a 40 lb pol2 com velocidade de 48 km h1e largura da faixa de aplicação de 4 m Calcular Quantidade produto comercial a ser colocada no depósito de 600 L do pulverizador Resposta 636 L de Sinerge 7 Na cultura do café com espaçamento de 4 x 2 m e com diâmetro médio da copa de 16 m deseja se aplicar o herbicida Goal 240 g L1 de oxyfluorfen em pósemergência na entre linha Considerar dose do herbicida 480 oxyfluorfen ha1 e consumo de água 10 L na área teste de 400 m2 dentro do cafezal Calcular a Quantidade do produto comercial a ser colocada no depósito de 20 L do pulverizador costal Resposta 120 mL de Goal b Quantidade de Goal necessária para o cafezal de 10000 plantas sabendose que o diâmetro médio da saia do cafeeiro é de 16 m Resposta 12 L c Tempo necessário para pulverizar o cafezal sabendose que se gasta 30 min para abastecer e pulverizar um tanque Resposta 50 horas 8 Na cultura do algodão recomendase aplicar 12 L ha1 de trifluralin Considerando que será aplicado um produto comercial contendo 50 do ingrediente ativo trifluralin nas seguintes condições 99 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS barra com 20 bicos cobrindo uma faixa de 10 m velocidade de operação 6 km h1 bicos 8002 e pressão de trabalho 40 lb pol2 calcular a quantidade de produto comercial a ser colocada no depósito de 250 L do pulverizador Resposta 395 L 9 Analise a situação um agricultor está aplicando 24D em canadeaçúcar próxima a uma área de algodão com equipamentos nas seguintes condições barra de 10 metros de largura com 20 bicos 11001E a uma altura do alvo de 80 cm A pressão de trabalho registrada no manômetro é de 80 lb pol 2 a velocidade do trator de 8 km h1 a do vento de 9 km h1 e a temperatura de 35 ºC Dê sua opinião técnica sobre essa aplicação 10 Quantos quilogramas do herbicida marca comercial H contendo 50 do princípio ativo devem ser aplicados em uma represa com 350000000 litros de água para se obter uma concentração de 10 ppm do referido herbicida Resposta 3500 kg do princípio ativo ou 7000 kg do produto comercial 11 Desejase aplicar 15 kg ha¹ do herbicida H numa cultura de café novo recémimplantado O espaçamento é de 36 x 10 m A faixa de 12 m em cima da linha de plantio do café será controlada mecanicamente pois o café não tolera o herbicida na folha No restante da área 24 m de largura as plantas daninhas serão controladas com o herbicida Roundup que será aplicado com o bico espuma faixa de 12 m se trabalhar a uma altura de 50 cm para evitar deriva Calcular a Qual deverá ser a vazão do bico em litros por minuto para que possam ser colocados no tanque do pulverizador costal de 20 litros 300 mL do herbicida H sabendose que a velocidade de caminhamento do aplicador é de 417 m min1 Resposta 05 L min1 b Quantos litros do herbicida H serão necessários para pulverizar 5 hectares da lavoura de café nas condições mencionadas no item anterior Resposta 5 L 12 Desejase aplicar 15 L ha¹ do herbicida H numa cultura de café novo recém implantado O espaçamento é de 36 x 10 m A faixa de aplicação será de 12 m em cima da linha de plantio do café No restante da área as plantas daninhas não serão controladas para evitar erosão O bico Turbo Floodjet cobre uma faixa de 12 m se trabalhado a uma altura de 50 cm Calcular 100 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS a Qual deverá ser a velocidade de caminhamento do aplicador para que possam ser colocados no tanque do pulverizador costal de 20 litros 300 mL do herbicida H sabendose que a vazão do bico Turbo Floodjet é de 05 L min1 Resposta 417 m min1 b Quantos litros do herbicida H serão necessários para pulverizar 5 hectares de café nas condições mencionadas no item anterior Resposta 25 L 13 Desejase aplicar um herbicida na cultura do feijão cuja dose recomendada é de 15 L ha¹ O pulverizador tem um tanque de 400 litros com uma barra de 18 bicos 110 03 espaçados de 50 cm A velocidade de caminhamento do trator será de 1 m s1 e a vazão média dos bicos de 05 L min1 Calcular Qual deverá ser a quantidade do herbicida a ser colocada por tanque de 400 litros Resposta 36 L por tanque 101 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Referências Bibliográficas AL HEIDARY M DOUZALS J P SINFORT C VALLET A Influence of spray characteristics on potential spray drift of field crop sprayers A literature review Crop Protection Amsterdam v 63 p 120130 set 2014 ALBERT L H B VICTORIA FILHO R Micromorfologia foliar de espécies de Sida spp guanxumas Planta Daninha v 20 n 3 p 337342 2002 ANDEF Associação Nacional de Defesa Vegetal Manual de tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários Campinas Linea Criativa 2004 52p ANTUNIASSI U R BAIO F H R Tecnologia de aplicação de defensivos InVARGAS L ROMAN E S Manual de manejo e controle de plantas daninhas Passo Fundo Embrapa trigo 2008 p 174175 ANTUNIASSI U R BOLLER W Tecnologia de aplicação de fungicidas In ANTUNIASSI UR BOLLER W Tecnologia de aplicação para culturas anuais Passo Fundo Aldeia Norte Botucatu FEPAF 2011 p 221229 ANTUNIASSI U R CAMARGO T V BONELLI M A P O ROMAGNOLE E W C Avaliação da cobertura de folhas de soja em aplicações terrestres com diferentes tipos de pontas In Simpósio internacional de tecnologia de aplicação de agrotóxicos 3 2004 Botucatu Anais 3 2004 Botucatu Fepaf 2004 p 4851 BAIO FHR e ANTUNIASSI UR Sistemas de controle eletrônico e navegação para pulverizadores In Antuniassi e Boller Tecnologia de Aplicação para Culturas Anuais Passo Fundo Aldeia Norte Botucatu FEPAP 2011 p 105122 BALAN M G ABISAAB O J G SILVA C G D RIO A D Deposição da calda pulverizada por três pontas de pulverização sob diferentes condições meteorológicas Semina Ciências Agrárias Londrina v 29 n 2 p 293298 2008 BAUER F C RAETANO C G Distribuição volumétrica de calda produzida pelas pontas de pulverização XR TP e TJ sob diferentes condições operacionais Planta Daninha v22 n2 p275 84 2004 BAYER T COSTA I F D LENZ G ZEMOLIN C MARQUES L N STEFANELO M S Equipamentos de pulverização aérea e taxas de aplicação de fungicida na cultura do arroz irrigado Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental Campina Grande v 15 n 2 p 192198 2011 CARVALHO F K ANTUNIASSI U R CHECHETTO R G MOTA A A B KRUGER G R Blade angle effect on droplet size spectrum of rotary atomizers used in brazil Engenharia Agrícola Jaboticabal v 36 n 6 p11181125 2016 CHECHETTO R G ANTUNIASSI U R MOTA A A B CARVALHO F K SILVA A C A e VILELA C M Influência de pontas de pulverização e adjuvantes no potencial de redução de deriva em túnel de vento Semina Ciências Agrárias Londrina v 34 n 1 p 3746 2013 102 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS CHRISTOFOLETTI J C Pulverização ou Aplicação In Boletim Técnico BT0199 São Paulo Teejet South América 1999a p25 CHRISTOVAM R S RAETANO C G AGUIAR JUNIOR H O DALPOGETTO M H F A PRADO E P GIMENES M J KUNZ V L Assistência de ar em barra de pulverização no controle da ferrugem asiática da soja Bragantia Campinas v 69 n 1 p 231238 2010 COSTA J J MARGHERITS A E MARISCO D J Introducción a la terapeutica vegetal Hemisfério Sur Buenos Aires 1974 533 p COSTA M F Tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas Universidade Federal de Mato Grosso 2009118 p COURSHEE R J Application and use of foliar fungicides TORGESON DC ed Fungicide An advance treatise Academic Press New York 1967 p 239286 CUNHA J P A R da MOURA E A C SILVA JÚNIOR J L da ZAGO F A JULIATTI F C Efeito de pontas de pulverização no controle químico da ferrugem da soja Engenharia Agrícola Jaboticabal v 28 n 2 p 283291 2008 CUNHA J P A R da RUAS R A A Uniformidade de distribuição volumétrica de pontas de pulverização de jato plano duplo com indução de ar Pesquisa Agropecuária Tropical Goiânia v 36 n 1 p 6166 2006 CUNHA J P A R ALVES G S REIS E F Efeito da temperatura nas características físico químicas de soluções aquosas com adjuvantes de uso agrícola Planta Daninha Viçosa MG v 28 n 3 p665672 2010 CUNHA J P A R BUENO M R FERREIRA M C Espectro de gotas de pontas de pulverização com adjuvantes de uso agrícola Planta Daninha Viçosa v 32 p 11531158 2010 Número Especial CUNHA J P A R CHUECA P GARCERÁ C MOLTÓ E Risk assessment of pesticide spray drift from citrus applications with airblast sprayers in Spain Crop Protection v 42 p 116 123 2012 CUNHA J P A R FARNESE A C OLIVET J J VILLALBA J Deposição de calda pulverizada na cultura da soja promovida pela aplicação aérea e terrestre Engenharia Agrícola Jaboticabal v 31 n 2 p 343351 2011 CUNHA J P A R TEIXEIRA M M FERNANDES H C Avaliação do espectro de gotas de pontas de pulverização hidráulica utilizando a técnica da difração do raio laser Engenharia Agrícola Jaboticabal v 27 p 1015 2007 CUNHA J P A R TEIXEIRA M M VIERIA R F Avaliação de pontas de pulverização hidráulicas na aplicação de fungicida em feijoeiro Ciência Rural Santa Maria v35 n5 p 1069 1074 2005 CUNHA JPAR TEIXEIRA MM VIEIRA RF FERNANDES HC COURY JR Espectro de gotas de bicos de pulverização hidráulica de jato plano e jato cônico vazio Pesq Agrop Bras v 39 n 19 p 977985 2004 103 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS CUNHA M CARVALHO C MARÇAL A R S Assessing the ability of image processing software to analyse spray quality on watersensitive papers used as artificial targets Biosystems Engineering v 111 n 1 p 1123 2012 DE CERQUEIRA D T R RAETANO C G DAL POGETTO M H F A PRADO E P CHRISTOVAM R S ALMEIDA COSTA S I Agricultural spray deposit quantification methods Applied Engineering in Agriculture St Joseph v 28 n 6 p 825831 2012 DI OLIVEIRA J R G FERREIRA M C ROMÁN R A A Diferentes diâmetros de gotas e equipamentos para aplicação de inseticida no controle de Pseudoplusia includens Engenharia Agrícola Jaboticabal v 30 n 1 p9299 2010 ETHERIDGE R E WOMAC A R MUELLER T C Characterization of the spray droplet spectra and patterns of four venturitype drift reduction nozzles Weed Technology Lawrence v 13 n 4 p 76570 1999 FERGUSON J C CHECHETTO R G HEWITT A J CHAUHAN B S ADKINS S W KRUGER G R ODONNELL C C Assessing the deposition and canopy penetration of nozzles with different spray qualities in an oat Avena sativa L canopy Crop Protection v 81 p 1419 2016 FERREIRA E A DEMUNER A J SILVA A A SANTOS J B VENTRELLA M C MARQUES A E PROCÓPIO S O Composição química da cera epicuticular e caracterização da superfície foliar em genótipos de canadeaçúcar Planta Daninha v 23 n 4 p 611619 2005 FERREIRA LR VIANA RG TEIXEIRA MM TUFFI SANTOS LD MACHADO AFL Tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários em pequenas propriedades e regiões montanhosas In ZAMBOLIN L PICANÇO MC SILVA AA FERREIRA LR FERREIRA FA JUNIOR VCJ Produtos fitossanitários Fungicidas Inseticidas Acaricidas e Herbicidas Viçosa MG UFVDFP 2008 625p FERREIRA M C Aplicação de produtos fitossanitários e calibração de pulverizadores para a cultura dos citros In ANDRADE D J MARTINELLI N M FERREIRA M C Ed Aspectos da fitossanidade em citros Jaboticabal Cultura Acadêmica 2014 cap 9 p 245 265 FERREIRA M C COSTA G M SILVA A R TAGLIARI S R A Fatores qualitativos para a ponta hidráulica de jato plano ADGA 110015 na pulverização agrícola Engenharia Agrícola Jaboticabal SP v 27 n 2 2007 FREITAS F C L TEIXEIRA M M FERREIRA L R FERREIRA F A MACHADO A F L VIANA R G Distribuição volumétrica de pontas de pulverização turbo Teejet 11002 em diferentes condições operacionais Planta Daninha v 23 n 1 p 161167 2005 GANDOLFO M A CARVALHO F K CHECHETTO R G GANDOLFO U D MORAES E D de Effect of working pressure at different spray nozzles on drift quantification in wind tunnel Engenharia Agrícola Jaboticabal v 34 n 1 p6673 2014 GIL Y Influence of micrometeorological factors on pesticide loss to the air during vine spraying data analysis with statistical and fuzzy inference models Biosystems Engineering Columbus v 100 n 2 p 184197 2008 104 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS HARDI Spray Technique Catálogo GB 892 28p 1997 HIMEL C M Analytical methodology in ULV In SYMPOSIUM ON PESTICIDE APPLICATION BY ULV METHODS Cranfield 1974 Proccedings p 112119 BCPC Monograph 111 HISLOP EC WESTERN NM AND BUTLER R 1995 Experimental airassisted spraying of a maturing cereal crop under controlled conditions Crop Protection 14 1926 ISO International Organization for Standardization Equipment for crop protection Sprayer nozzles Colour coding for identification Technical Corrigendum l Geneva ISO 1998 ISO 10625 JOHNSTONE D R JOHNSTONE K A Aerial spraying of cotton in Swaziland PANS v 23 n 1 p1326 1977 KGF Tecnologia e Fabricação Catálogo Geral de Produtos MACHADO AFLFERREIRA LR TUFFI SANTOS LD VIANA RG Tecnologia de aplicação de herbicidas na cultura do eucalipto In FERREIRA L R MACHADO A F L 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Fepaf 2004 p 110124 MONQUERO P A CHRISTOFFOLETI P J MATAS J A HEREDIA A Caracterização da superfície foliar e das ceras epicuticulares em Commelina benghalensis Ipomoea grandifolia e Amaranthus hybridus Planta Daninha v 22 n 2 p 203210 2004 MONQUERO P A CURY J C CHRISTOFFOLETI P J Controle pelo glyphosate e caracterização geral da superfície foliar de Commelina benghalensis Ipomoea hederifolia Richardia brasiliensis e Galinsoga parviflora Planta Daninha v 23 n 1 p 123132 2005 MOTA A A B Quantificação do ar incluído e espectro de gotas de pontas de pulverização em aplicações com adjuvantes 74 f Dissertação Mestrado UNESP Campus Botucatu 2011 OLIVEIRA R B ANTUNIASSI U R GANDOLFO M A Spray adjuvant characteristics affecting agricultural spraying drift Engenharia Agrícola Jaboticabal v 35 n 1 p109116 2015 OZKAN HE Reduzindo a deriva nas pulverizações Disponível em httpwwwcomamcombr Acesso em 17 jul 2001 PALLADINI L A Metodologia para avaliação da deposição em pulverizações 2000 111 p Tese Doutorado em Proteção de Plantas Faculdade de Ciências Agronômicas Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho Botucatu 2000 PANISSON E BOLLER W REIS EM Avaliação da deposição de calda em anteras de trigo para o estudo do controle químico de giberela Gibberella zeae Eng Agríc v24 n1 p111120 2004 PENTAIR Hypro Shurflo Bombas Bicos e Acessórios Catálogo de Produto 284p 2016 PERECIN D PERESSIN V A MATUO T BRAZ B A PIO L C Padrões de distribuição obtidos com bicos TF4 TJ6011006 e TQ15006 em mesa de prova Pesquisa Agropecuária Brasileira Brasília v33 p17582 1998 PROJETO CAMPO FUTURO Custo De Produção Do Mamão Em ItamarajuBa 2014 PROKOP M VEVERKA K Influence of droplet spectra on the efficiency of contact fungicides and mixtures of contact and systemic fungicides Plant Protection Science Prague v 42 n 1 p 26 33 2006 106 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS RAETANO C G Assistência de ar e outros métodos de aplicação a baixo volume em culturas de baixo fuste a soja como modelo Summa Phytopathologica Botucatu v 33 supl p 105106 2007 RAETANO CG Assistência de ar em pulverizadores de barras interferências e potencial de uso no sistema de plantio direto In Antuniassi e Boller Tecnologia de Aplicação para Culturas Anuais Passo Fundo Aldeia Norte Botucatu FEPAP 2011 p 105122 RAETANO CG Introdução ao estudo da tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários In ANTUNIASSI UR BOLLER W Org Tecnologia de aplicação para culturas anuais 1ed Passo Fundo Aldeia NorteFEPAF 2011 p1526 RAETANO CG BAUER FC Efeito da velocidade do ar em barra de pulverização na deposição de produtos fitossanitários em feijoeiro Bragantia v62 n2 p329334 2003 RAMOS HH YANAI K CORRÊA IM BASSANEZI RB GARCIA LC Características da pulverização em citrus em função do volume de calda aplicado com turbopulverizador Eng Agríc Jaboticabal v27 nesp p5665 2007 RODRIGUES G J TEIXEIRA M M ALVARENGA C B de Desempenho operacional de pontas hidráulicas na determinação de parâmetros da pulverização hidropneumática Bioscience Journal Uberlândia v 28 n 1 p 815 2012 RODRIGUES G J TEIXEIRA M M FERNANDES H C FERREIRA L R Análise da distribuição volumétrica de bicos de pulverização tipo leque de distribuição uniforme Engenharia na Agricultura Viçosa v12 n1 p716 2004 RODRIGUES GJ Critérios rastreáveis na aplicação de inseticida no controle do bicho mineiro do cafeeiro 2005 108 f Tese Doutorado em Mecanização agrícola Universidade Federal de Viçosa Viçosa 2005 SPRAYING SYSTEMS CO Produtos de pulverização para agricultura Catálogo 46MBRP 1999 SPRAYING SYSTEMS Co Catálogo 51APT Teejet Technologies Spraying Systems Co 164p 2014 TAYLOR WA ANDERSEN PG AND COOPER S 1989 The use of air assistance in a field crop sprayer to reduce drift and modify drop trajectories In Proceedings of the Brighton Crop Protection Conference Weeds p631 BCPC Farnham TEIXEIRA E S OSIPE J P GANDOLFO U D OLIVEIRA J F GANDOLFO M A OSIPE ROBINSON Uso de baixo volume oleoso e assistência de ar no controle de plantas 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de pulverização LA1JC e SR1 Planta Daninha v 25 n1 p 211218 2007 VILLALBA J F DAGOBERTO M COSTA N V DOMINGOS V D Deposição da calda de pulverização em cultivares de soja no estádio R1 Ciência Rural Santa Maria v 39 n 6 p 1738 1744 2009 WEBER N C SANTOS E M dos RUSSINI A SILVA F F da Deposição de calda ao longo do dossel na cultura da soja utilizando pulverizador equipado com controlador de fluxo Revista Engenharia na Agricultura Viçosa v 25 n 05 p 459468 2017 WISE J C JENKINS P E SCHILDER A M C VANDERVOORT C ISAACS R Sprayer type and water volume influence pesticide deposition and control of insect pests and diseases in juice grapes Crop Protection v29 p378385 2010 XU L ZHU H OZKAN H E BAGLEY W E DERKSEN R C KRAUSE C R Adjuvant effects on evaporation time and wetted area of droplets on waxy leaves Transactions of the ASABE v 53 n1 p 1320 2010 YORINORI J T PAIVA W M FREDERICK R D COSTAMILAN L M BERTAGNOLLI P F HARTMAN G L GODOY C V NUNESJUNIOR J Epidemics of Soybean rust Phakopsora pachyrhizi in Brazil and Paraguay from 2001 to 2003 Plant Disease v 89 p 675 677 2005 ZAIDAN S E GADANHA JR C D GANDOLFO M A PONTELLI C O MOSQUINI W W Performance of spray nozzles in land applications with high speed Engenharia Agrícola Jaboticabal v 32 n 6 p 11261132 2012 httpwwwmatabicombrevolution acesso 020518 httpwwwstihlcombrProdutosSTIHLPulverizadoresPulverizadoresparauso agropecuC3A1rio215881585PulverizadorSR450aspx acesso 030518 httpwwwguaranyindcombrcategoriaequipamentosagriculturafiltro5B5D1filtro5B 5D18filtro5B5D3 acesso 030518 httpswwwherbicatcombrprodutopulverizadorpesquisahtml acesso 030518 httpwwwcoagrilcombrsiteconteudoaspid92conteudo2297 acesso 030518 httpwwwsmoequipamentoscombrindexphprouteproductproductpath6295productid 327 acesso 030518 httpwwwindustrialkfcombrprodutosver39PULVERIZADORESHARPIA acesso 030518 108 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS httpswwwjactocombrbrasilproductsbarraacopladocondorito400 acesso 030518 httpswwwagroadscombrpulverizadoresmontanatlp55208html acesso 030518 httpwwwpanterindbrmenuprodutosc79pagina1 acesso 030518 httpwwwkomaquinascombrprodutophpid61 acesso 030518 httpwwwfmcoplingcombrphpconceicao600php acesso 030518 httpswwwbizmaqcombrpulverizadorco2000e acesso 030518 httpswwwcattonimaquinascombrquartosc1nthRoomsListItem2i7f153jz52QuadJet CanhC3A3oCereais600S acesso 030518 httpwwwkuhndobrasilcombrinternetwebbrnsf0093A717FD66604D6C12580B8004425CA OpenDocumentp43423 acesso 030518 httpswwwjactocombrbrasilproductsturboacopladoarbus270 acesso 030518 httpwwwvaltracombrprodutospulverizadorespulverizadorbs3120h hitechlnkModeloTopo225 acesso 030518 httpswwwdeerecombrassetsimagesregion3productsnutrient applicationpulverizadoreslarge0aee8abf0773531fe3956f68d4c2a1af70e1745ejpg acesso 030518 httpwwwplacombrtaurus300airphp acesso 030518 httpbrviaruralcomagriculturapulverizacaoacessoriosjactoautomotrizesautomotrizuniport 3000vortex02jpg acesso 030518 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