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Introdução à Economia

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UFLA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS CURSO de PósGraduação Lato Sensu Especialização À Distância GESTÃO DE PROGRAMA DE REFORMA AGRÁRIA E ASSENTAMENTO UFLAFAEPE Introdução à Teoria Econômica Capítulo 8 Capítulo 1 Cartel é uma combinação de firmas cujo objetivo é limitar a atuação de forças competitivas dentro de um mercado Análise dos equilíbrios parcial e geral A análise do equilíbrio parcial e o estudo do comportamento das unidades decisórias individuais e da atividade dos mercados individuais vistos isoladamente O equilíbrio geral por sua vez estuda o comportamento de unidades decisórias individuais e todos os mercados individuais simultaneamente Economia positiva e normativa A economia positiva estuda o que é ou seja como um problema econômico que se apresenta à sociedade é realmente resolvido Economia normativa por outro lado trata do que deve ser ou como estes problemas deveriam ser resolvidos 13 CLASSIFICAÇÃO DOS MERCADOS Os mercados de venda são geralmente classificados em quatro tipos tendo como base a importância das firmas individuais em relação ao mercado inteiro no qual elas operam e se os produtos vendidos num mercado particular são homogêneos Os tipos de mercado são a concorrência perfeita b monopólio puro c oligopólio e d concorrência monopolística Concorrência perfeita É um modelo econômico de um mercado tendo as seguintes características cada agente econômico é tão pequeno em relação ao mercado que não pode exercer influência perceptível no preço O produto é homogêneo e há uma livre mobilidade de todos os recursos incluindo livre e fácil entrada e saída das firmas e todos os agentes econômicos no mercado gozam de completo e perfeito conhecimento Monopólio puro É uma situação de mercado na qual uma só firma vende o produto para o qual não há bons substitutos A firma tem todo o mercado do produto para si Este mercado foi definido do ponto de vista do vendedor se foi concebido como mercado de vende recebe o nome de monopólio que significa um único comprador Oligopólio É aquele em que o número de vendedores é bastante pequeno de modo que as atividades de um deles afete as demais firmas à parte dele Mudanças não vêm do preço Capítulo 2 ORGANIZAÇÃO DE UM SISTEMA ECONÔMICO 21 INTRODUÇÃO O sistema econômico é o ambiente onde se desenvolvem as atividades econômicas de produção consumo e troca Pode ser concebido por um país e como tal tem sua caracterização dada por a recursos naturais que define as vocações de produção consumo e troca b culturalsocial que influi no comportamento e formação do homem definindo seus gostos e costumes e c Knowhow que indica o conhecimento de técnicas que promovem o curso e o progresso da economia do país e bemestar do povo O sistema econômico pode ser classificado em a economia de mercado b economia planejada e c sistemas mistos A economia de mercado é um sistema onde a decisão é do indivíduo produtor e consumidor Neste sistema as pessoas através da demanda elegem ou apontam os produtos mais importantes para a sociedade é o sistema mais comum no mundo capitalista O estado não interfere no mercado economia e seu papel é de legislador e fiscalizador do cumprimento das leis normas do comércio Na economia planejada as decisões são tomadas por um planejamento central do governo que determina o que deve ser produzido e consumido no país Já os sistemas mistos consiste em diversos graus de características das duas economias citadas 22 UM MODELO SIMPLIFICADO O diagrama de fluxo circular Figura 1 proporciona um modelo altamente simplificado de um sistema econômico de livre empresa As unidades econômicas são classificadas em dois grupos a famílias e b empresas UFLAFAEPE Introdução à Teoria Econômica formam o elo de ligação entre os dois fluxos O valor do fluxo de bens e serviços será igual ao valor do fluxo oposto da moeda 2 Renda 1 Custo de Vida Dinheiro Bens e Serviços EMPRESAS FAMÍLIAS Mão de Obra e Capital Dinheiro Aluguéis Salários Juros etc 3 Custo de Produção 4 Renda dos Consumidores FIGURA 1 Modelo simplificado de um sistema econômico de livre empresa A metade inferior da Figura 1 representa o mercado de recursos Os serviços de trabalho e capital em diversas formas fluem dos proprietários de recursos famílias para as empresas O fluxo oposto de moeda para estes pagamentos ocorre sob a forma de salários rendas dividendos juros e assim por diante dependendo dos arranjos sob os quais se encontram Organização de um Sistema Econômico São estes os preços dos recursos avaliando seus serviços e formando o elo de ligação entre os dois fluxos Em termos monetários os dois fluxos são iguais A moeda circula continuamente das famílias para as empresas e dessas para as famílias A venda de bens e serviços coloca o dinheiro à disposição das empresas para comprar os serviços e os fatores e continuar a produção A venda ou aluguel dos serviços e dos fatores coloca o dinheiro à disposição de seus proprietários para a compra de bens e serviços O fluxo monetário assume quatro aspectos correntes ao completar o circuito É o custo de vida dos consumidores no ponto 1 É a receita auferida pelas empresas no ponto 2 Custo de vida agregado e receita agregada dos negócios são a mesma coisa vista de dois ângulos diferentes No ponto 3 o fluxo monetário tornase o custo de produção enquanto no ponto 4 é a renda dos consumidores Custo de produção agregado e renda agregada dos consumidores são a mesma coisa vista de dois ângulos diferentes Se a economia é estacionária não se expande nem se contrai o fluxo monetário da metade superior da Figura 1 será igual ao fluxo da metade inferior O valor agregado dos bens e serviços desejados será ao valor agregado dos serviços e fatores Os consumidores gastam toda sua renda não há poupança Igualmente as empresas gastam todo o dinheiro recebido com os proprietários de recursos e não há poupança Na produção de bens e serviços e equipamentos se UFLAFAEPE Introdução à Teoria Econômica quanto menor for o preço ceteris paribus isto é mantidas as demais condições constantes As quantidades que os consumidores desejam adquirir são afetadas por numerosas circunstâncias como a o preço do bem b os gostos e preferências dos consumidores c o número de consumidores considerados d a renda dos consumidores e os preços dos bens relacionados àquele sob consideração f a variedade de bens disponíveis e g as expectativas dos consumidores sobre os futuros preços dos produtos Estes itens afetam a quantidade procurada mas pressupõese que somente o preço do bem variará e as demais circunstâncias serão mantidas constantes com o propósito de definir a procura ou seja o preço influenciando a quantidade procurada A curva de procura inclinase para a direita e para baixo como mostra a Figura 2 Notese que o eixo horizontal chamase qt quantidade por unidade de tempo e o eixo da quantidade enquanto o eixo vertical é o preço A curva de procura é o lugar geométrico dos pontos que representam as quantidades máximas procuradas a todos os possíveis preços alternativos ceteris paribus isto é a curva de procura é apenas uma linha limite Abaixo da curva todas as posições são possíveis e acima FIGURA 2 Curva de procura Na forma de função podemos representar a relação de procura como X F px g n i pr v ex 1 na qual x é a quantidade procurada do bem X px é o preço de X g representa os gostos e preferências dos consumidores n é o número de consumidores em consideração i representa o total da renda dos consumidores pr representa os preços de bens relacionados ao bem X há uma indicação de complementaridade a exemplo de pão e manteiga A curva de procura do mercado para uma dada mercadoria nada mais é que o resultado da soma das curvas de procura de cada um dos consumidores que compõem este mercado Portanto a cada preço a quantidade procurada no mercado é a soma de todas as quantidades procuradas individualmente aquele preço A MUDANÇA NA PROCURA B MUDANÇA DA PROCURA P P D P D P1 D1 D2 P2 D2 D1 D2 q1 q2 qt q2 q1 qt FIGURA 3 Mudanças nos Determinantes da Procura 33 O LADO DA OFERTA A curva de oferta de um bem mostra as diversas quantidades do bem que um ou mais vendedores colocaram no mercado durante dado período de tempo a todos os possíveis preços alternativos ceteris paribus A curva de oferta é o lugar geométrico dos pontos que indicam as quantidades máximas ofertadas no mercado É uma linha limite acima do qual todas as posições são possíveis e abaixo do qual nenhuma posição é possível Supõese que a curva seja positivamente inclinada Figura A A qualquer preço dado os vendedores poderão desejar oferecer uma quantidade menor que a correspondente na curva de oferta mas nenhum deles poderá ser levado a oferecer uma quantidade superior àquela Do ponto de vista das quantidades ofertadas a curva mostra os preços mínimos necessários para induzir os ofertadores a colocar várias quantidades do produto no mercado Eles aceitarão um preço mais alto por dada quantidade mas não oferecerão quantidade por um preço mais baixo que o indicado na curva de oferta UFLAFAEPE Introdução à Teoria Econômica recursos de produção características da natureza como o clima por exemplo influenciam a oferta e devem ser considerados constantes P S S qt FIGURA 4 Curva de oferta A equação de oferta pode ser expressa como x g px 4 ou alternativamente como px z x 5 onde x é a quantidade ofertada da mercadoria X e px é o preço de X As demais condições que influenciam a oferta são mantidas constantes 24 A forma geral de uma equação linear de oferta será px c dx Como na procura se uma ou mais das citadas condições da oferta variam dizse que ocorreu um deslocamento da curva de oferta houve uma variação na quantidade ofertada 34 O EQUILÍBRIO E A INTERAÇÃO DA OFERTA E PROCURA A Figura 5 ilustra os dois lados do mercado o da oferta e o da procura Observase que as curvas de oferta e procura interceptamse a um preço igual a p1 e a quantidade igual a q1 que são chamados preço de equilíbrio e quantidade de equilíbrio respectivamente Suponhamos que o preço tenha aumentado para p2 Em p2 a quantidade oferecida é maior que a quantidade procurada e ocorre um excesso de oferta no mercado Assim os vendedores desejarão baixar o preço e interagirão até que o preço caia até P1 o preço de equilíbrio Por outro lado se o preço tivesse caído até p3 a quantidade procurada aumentaria e a quantidade ofertada Ocorreria uma escassez no mercado 25 35 ELASTICIDADE Quando ocorre um movimento ao longo de uma curva de oferta ou de procura precisase ter algum método de comparar variações de preços e seus efeitos sobre a quantidade ofertada ou procurada Tal método está contido no conceito de elasticidade Em geral o coeficiente de elasticidade é definido como a variação percentual na variável dependente dividida pela variação percentual na variável independente Portanto o coeficiente de elasticidadepreço da procura é a variação percentual na quantidade procurada dividida pela variação percentual no preço a quantidade procurada sendo a variável dependente ou2 e Δqq Δg Δpp Δg Δp pq Se e 1 a procura é dita elástica uma dada variação percentual no preço resultará numa variação percentual maior na quantidade procurada quando e 1 a procura tem elasticidade unitária a variação percentual no preço e na quantidade procurada é a mesma e se e 1 a procura é inelástica uma dada variação percentual no preço não resultará numa variação percentual menor na quantidade procurada 27 UFLAFAEPE Introdução à Teoria Econômica UFLAFAEPE Introdução à Teoria Econômica UFLAFAEPE Introdução à Teoria Econômica O TEOREMA DA TEIA DE ARANHA3 O Teorema da Teia de Aranha consiste num processo de ajustamento de preçoquantidade em que estão envolvidas defasagens no tempo O nome é derivado da apresentação gráfica do teorema Dependendo das inclinações relativas das curvas de oferta e da procura existem três padrões de ajustamento Tendência a voltar ao equilíbrio Neste caso se o preço aumenta em determinado período provocará no mercado um desequilíbrio que após certo prazo deverá novamente voltar ao equilíbrio Tal ajustamento leva a um equilíbrio estável ou convergente Neste mercado em geral a oferta é mais inclinada que a procura A Figura 10 ilustra esse procedimento de ajuste quando há um aumento de preço no período 1 e a tendência é voltar ao equilíbrio Tendência a se afastar do equilíbrio Nesta situação uma elevação de preço acima do equilíbrio provocará um desequilíbrio que forçará um afastamento constante da situação de equilíbrio É o caso do equilíbrio instável ou divergente e em geral ocorre quando a oferta é menos inclinada que a procura Para um mercado deste tipo é necessário que haja um controle governamental no sentido de forçar a estabilidade A Figura 11 mostra esse comportamento instável presumindo uma elevação de preço no período 1 Tendência a se estabilizar Neste caso o mercado girará em torno do equilíbrio em ciclos iguais que se repetem de período para período Esta situação é conhecida como equilíbrio metaestável ou indiferente Aqui as inclinações das curvas de oferta e procura são iguais Figura 12 Capítulo 4 ANÁLISE DE PREÇOS AGRÍCOLAS 41 CONSIDERAÇÕES INICIAIS A análise de preços é importante como um dos instrumentos de avaliação de projetos agrícolas servindo como fator decisivo na escolha das atividades ou empreendimentos da empresa rural É também útil no estudo de comercialização agrícola pois as informações de mercado principalmente as de longo prazo são tratadas através de índices de preços Citase também sua importância na definição de política de preços preço mínimo medição do crescimento da empresa entre outras 42 VARIAÇÕES NOS PREÇOS Os preços sofrem comuns variações que podem ser diárias semanais mensais ou seculares Os comportamentos dos produtos agrícolas contrastam nitidamente com o comportamento dos preços UFLAFAEPE Introdução à Teoria Econômica dos bens industriais sendo que os primeiros apresentam uma maior variabilidade Isto se deve principalmente à estacionalidade da produção agrícola Além disto grande parte dos bens industriais é vendida em regime de oligopólio e tem seus preços planejados e prefixados pelos produtores enquanto que os produtores de bens agropecuários são de maneira geral passivos à formação dos preços sujeitandose ao preço que se estabelece no mercado As variações temporais nos preços dos produtos agrícolas podem ser classificadas em Variáveis a curto prazo São aquelas que se repetem em período menor que um mês derivadas de hábitos e costumes de compradores e vendedores no mercado Variáveis estacionais Os preços dos produtos agropecuários exibem uma variação cíclica com o decorrer das estações do ano Na época de safra ou de maior produção o preço é relativamente baixo aumentando depois até a época em que o suprimento do produto é mínimo Outras variações cíclicas Além das variações a curto prazo e das variações sazonais os preços dos produtos agrícolas podem apresentar outras variações cíclicas Há as variações decorrentes de ciclos econômicos gerais Há ainda os ciclos causados pelo defasamento entre o estímulo de preço e a produção agrícola Considerase o caso de uma cultura anual Se em um ano a safra é pequena o preço será alto O alto preço encoraja os produtores a preparar um aumento de produção que todavia só amadurece no ano seguinte Quando essa produção chega ao mercado causa a baixa dos preços Em consequência muitos produtores deixam de produzir ou diminuem a produção e dessa maneira no ano seguinte a quantidade oferecida será novamente pequena e os preços serão elevados e assim o ciclo se repete Esta sequência ano de preços altos seguido de ano de preços baixos pode evidentemente sofrer influências de variações climáticas ocasionais incidência de pragas e doenças e variações na procura no mercado interno ou externo Variáveis seculares tendência Estas variações mostram a tendência do preço através do tempo se é de crescimento de redução ou estabilização Comparando períodos anteriores a tendência traz importante informação para a decisão do empresário e para a definição de políticas governamentais UFLAFAEPE Introdução à Teoria Econômica 43 NÚMEROS ÍNDICE 431 Valores Reais ou Deflacionados Devido à constante desvalorização da moeda tornase necessário deflacionar os preços em relação a um dado período isto é determinar os preços reais ou em moeda de valor constante a fim de se analisar as variações ocorridas com os preços dos diversos produtos Esta é uma das principais aplicações dos númerosíndice O preço real ou deflacionado pode ser obtido do seguinte modo Pr Pc 100 11 onde Pr é o preço real Pc é o preço corrente de mercado e I é o índice de preços Este índice é um fator ponderado de variação dos preços de uma série temporal com base em certo período chamado de período base 432 Índices de Preços O índice adequado é a média ponderada das variações de preços tendo como pesos as quantidades do produto no mercado Os índices mais usados são Índice de Laspeyres Este método adota uma base fixa de ponderação Temse IL Σ Pn qo Σ Po qo 100 12 sendo que IL representa o Índice de Laspeyres Pn indica os preços dos produtos num período ou ano n qualquer para o qual se está calculando índice Po representa os preços dos diferentes produtos no ano ou período base e qo referese as quantidades desses produtos no ano ou período base UFLAFAEPE Introdução à Teoria Econômica Índice de Paasche Neste caso adotase uma base de ponderação móvel Sendo qn as quantidades dos produtos num período ou ano n para o qual estamos calculando o índice o índice de Paasche Ip é Ip Σ Pn qn Σ Po qn 100 13 Índice ideal de Fisher É uma média geométrica que reúne os índices de Laspeyres e Paasche IF IL Ip 14 sendo IF o índice de Fisher No caso do Brasil usase geralmente como deflator o índice geral de preços IGP ou índice 2 calculado pela Fundação Getúlio Vargas FGV Este índice é uma média ponderada do índice nacional de preços da construção peso 01 índice nacional de preços por atacado peso 06 e índice de preços ao consumidor peso 03 O IGP é publicado mensalmente pela FGV na revista Conjuntura Econômica 52 RELAÇÃO FATORPRODUTO 521 A Função de Produção A produção depende de uma série de fatores ou insumos e de suas quantidades sendo que existem relações tecnológicas que restringem as opções do empresário e são sintetizadas na função de produção A função de produção é uma relação que mostra a quantidade máxima de produto que pode ser obtido a partir de um determinado conjunto de insumos para uma dada tecnologia disponível por unidade de tempo Pode ser expressa matematicamente por y f x1 x2 xn 523 Lei dos Rendimentos Decrescentes Pelo que se observa na Figura 13 à medida que se aumenta a quantidade empregada de um fator variável mantendose os demais constantes o produto físico total aumenta a princípio mais do que proporcionalmente à quantidade empregada depois menos do que proporcionalmente atinge um máximo e finalmente decresce Uma vez que o produto físico marginal é a taxa de crescimento do PFT as fases acima também podem ser descrita da seguinte maneira O PFMa cresce atinge um máximo passa a diminuí anulase e tornase negativo A observação mostrou que o aumento da quantidade aplicada de um fator variável mantidos constantes os demais sempre determina produtos físicos marginais decrescentes depois de certo tempo Esta propriedade é chamada lei dos rendimentos decrescentes ou lei da produtividade física marginal decrescente 526 Determinação da Quantidade Ótima do Fator Variável Podese então considerar duas condições para que a eficiência máxima seja conseguida Condições necessárias As condições necessárias para maior eficiência econômica é que a produção esteja no 2º estágio e com o mais alto grau de tecnologia Condições suficientes Para que se estabeleçam as condições suficientes para uma produção ótima precisase de um indicador de escolha O objetivo é saber VPT 19 ESTÁGIO 2º ESTÁGIO 39º ESTÁGIO VPT VPMe e VPMa x1x2 xn x1 x1x2 xn VPMe VPMa P x P y Δ y Δ x P x P y PFMa 19 Efetuandose a expressão 19 temse P x Δ x P y Δ y 20 onde P x Δ x representa o valor da mudança na quantidade do fator e P y Δ y indica o valor da mudança na quantidade do produto CUSTO DE PRODUÇÃO CONCEITOS E CLASSIFICAÇÃO Para efeitos de estimação de custo de produção considerase o processo de produção como todas as atividades envolvidas na produção de certo bem dentro de certo prazo UFLAFAEP Introdução à Teoria Econômica c são alteráveis a curto prazo e estas alterações provocam variações na quantidade e qualidade do produto dentro do ciclo Estas variações se verificam em certos níveis permitidos pelo conjunto dos recursos fixos e pela técnica de produção Em geral custos variáveis são recursos que exigem gastos monetários diretos e a curto prazo São exemplos deles os gastos com insumos de modo geral sementes defensivos fertilizantes alimentos e medicamentos serviços em geral prestados por mãodeobra braçal técnica e administrativa família eou contratada e serviços de máquinas e equipamentos executados Por se tratar de desembolsos efetuados dentro do ciclo produtivo estes tipos de custos são os mais considerados pelo produtor agrícola na tomada de decisão Portanto o custo total CT é a soma do custo fixo total CFT e custo variável total CVT ou seja CT CFT CVT 22 O custo total médio CTMe é o custo total por unidade de produto obtido pela divisão do custo total pela quantidade produzida q CTMe CT q 23 ou pela soma do custo fixo médio CFMe e custo variável médio CVMe CTMe CFMe CVMe 24 60 UFLAFAEP Introdução à Teoria Econômica Pela Figura 15 observase que a curva de CT é simplesmente a curva de CVT deslocada para cima no montante constante do CFT As propriedades das curvas de custos médios e marginal ilustradas na Figura 16 indicam que o CFMe decrese continuamente o CVMe primeiro descrese atinge um mínimo e em seguida se eleva continuamente e o CTMe também primeiro descrese atinge um mínimo e elevase em seguida O CMa primeiro descrese atinge um mínimo e em seguida elevase Percebese pela Figura 16 que o CMa igualase a ambos CVMe e CTMe quando estes atingem seus pontos de mínimo CUSTO CTMe CTMe CVMe CFMe q FIGURA 16 Curvas de Custo Médio e Custo Marginal UFLAFAEP Introdução à Teoria Econômica A análise de rentabilidade consiste em geral na comparação da receita com o custo de produção Neste caso o conceito mais usado é a receita média ou preço por unidade do produto principal O lucro é a diferença entre as receitas e os custos podendo ser total para toda a produção ou médio por unidade de produto Visando à análise econômica aqui proposta dois conceitos de lucro devem ser considerados Lucro normal Ocorre quando a receita for igual ao custo ou seja quando o preço recebido pelo produto se igualar ao seu custo total médio quando neste se incluem os custos alternativos Corresponde ao rendimento normal dos recursos empregados no processo produtivo Lucro supernormal ou econômico Este lucro existe toda vez que certa atividade cobre seus custos inclusive lucros normais custo alternativo e ainda proporciona um adicional p CTMe Quando estiver acontecendo o lucro a atividade em questão estará proporcionando o melhor lucro possível em comparação a outras alternativas de emprego de recursos também 632 Análise de Rentabilidade da Atividade Neste enfoque os custos servem para verificar se e como os recursos empregados em um processo de produção estão sendo remunerados Permite também verificar como está a rentabilidade da atividade em questão comparada a outras alternativas de emprego dos recursos produtivos Para isso pode ser usado um modelo simplificado de análise que consta se a firma está obtendo lucros econômicos lucros normais ou se o preço não cobre os custos médios Para proceder a análise econômica da atividade basta comparar os custos médios com o preço do produto podendose encontrar as seguintes situações Situação de lucro supernormal econômico Sugere que a atividade está atraindo recursos e em condições de se expandir Situação de lucro normal Indica que a atividade proporciona rentabilidade igual à de outra alternativa o que se encontra estabelecido Situação em que o preço paga os custos variáveis e parte dos custos fixos Significa que a firma é capaz de permanecer produzindo mas como não consegue repor parte do capital fixo é possível que a longo prazo venha a optar por outra alternativa A Figura 18 mostra essas cinco situações descritas 64 ESTIMATIVA DO CUSTO DE PRODUÇÃO Os conceitos e as análises discutidas neste capítulo serão mais facilmente entendidos e assimilados através de um exemplo Com este caso procurase ilustrar a metodologia para se estimar o custo de produção de uma atividade e o procedimento de análise da situação econômica da linha de produção Chamase atenção para o fato que o objetivo principal desse exemplo é simplesmente metodológico não se preocupando muito com a época de estudo Os dados foram extraídos dos registros contábeis de uma empresa agrícola cafeira do Município de LavrasMG para lavouras em produção relativas ao período de setembro85 a agosto86 ano agrícola este de entrelaçar em função da bianualidade de produção característica da atividade cafeira O Quadro 1 apresenta a distribuição das lavouras na propriedade Alguns recursos de produção geralmente os fixos são utilizados em mais de uma atividade A esses recursos são atribuídos custos indiretos proporcionalmente a sua utilização pelas atividades a que se prestam isto é sãorataedos e distribuídos entre as atividades proporcionalmente ao tempo de utilização ou à área ocupada pela atividade dentro da exploração QUADRO 02 Relação das benfeitorias na propriedade usada como ilustração do cálculo do custo de produção rateadas para as lavouras em produção Área m² Valor Talha e amarrado de café 160 120000 Galpões de máquinas implementos e garagem 196 75000 Armazém de fertilizantes 70 30000 Casa de colono 49 30000 Terreno de café 80 60000 Instalação elétrica 25 HP 1800 45000 Represa 40000 Sistema de comunicação 15000 10000 Total 425000 O Quadro 3 apresenta a relação das máquinas equipamentos e veículos necessários com seus valores proporcionais à utilização pelas lavouras produtivas Máquinas equipamentos e veículos os gastos com óleo diesel para os tratores e caminhões gasolina graxas e óleos lubrificantes serviços mecânicos e peças somaram 9745324 no período considerado Para aplicação do modelo utilizase de um quadro onde os recursos fixos são relacionados através de seus valores e vidas úteis prováveis determinamse as depreciações que somadas aos respectivos custos alternativos dão os custos fixos de cada parcela Quadro 4 Custo Total CT O custo total é obtido pela soma do custo fixo total e custo variável total Então temse CT CFT CVT 54545230 62435157 116980387 300000 259956 138745 450 q Sc beneficiadas FIGURA 19 Análise de rentabilidade da atividade 65 CORREÇÃO DE VALORES CORRENTES Em razão da constante desvalorização tornase necessário deflacionar os preços em relação a determinado período isto é determinar os preços reais ou em moeda de valor constante Um exemplo pode esclarecer esta questão um pecuarista compra mensalmente sal para seu rebanho O gasto mensal é o resultado da multiplicação da quantidade comprada pelo preço do respectivo mês Ao final do ano ele deseja saber quanto gastou na compra de sal Com inflação elevada haverá grande diferença entre o preço do sal de janeiro e o de dezembro razão por que a análise deve ser feita com preços correntes e não com um indicador do gasto anual Há necessidade de ajustar os preços correntes mensais Capítulo 7 O EQUILÍBRIO DA FIRMA 71 CONSIDERAÇÕES INICIAIS No capítulo anterior discutese os princípios da teoria do custo de produção no processo de tomada de decisão do administrador rural Além de útil na análise econômica da atividade os custos de produção são importantes na determinação da curva de oferta da firma para tanto é necessário discutir um pouco mais a teoria do equilíbrio da firma O modelo a ser discutido explica como a produção é organizada através de preços e lucros numa economia de concorrência perfeita As maneiras pelas quais os elementos do mercado imperfeito ex monopólio modificam o sistema não serão considerados neste módulo UFLAFAEP Introdução à Teoria Econômica O Equilíbrio da Firma 72 MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO E CURVAS UNITÁRIAS ANÁLISE DE CURTO PRAZO O ponto inicial da análise da firma foi discutido no Capítulo 6 Ficou definido que a receita total RT é a multiplicação do preço pela quantidade produzida RT pq Do conceito de receita total podem ser definidos os conceitos de receita média e marginal de grande importância na análise de equilíbrio da firma A receita média RMe é a receita total por unidade de produção ou seja RMe RTq e é sempre igual ao preço A receita marginal RMa é o arcabouço a receita total em função da venda de uma unidade a mais do produto RMa DRTAq Na concorrência perfeita a receita marginal é igual ao preço do produto CMa é maior que RMa e mudanças para maiores quantidades de produto aumentariam o custo total mais do que a receita total levando os lucros a diminuírem Portanto q é a produção de lucros máximos O lucro total da firma aparece na Figura 20 como a área do retângulo pcNM A igualdade entre preço p RMa e CMa garante que o lucro é máximo ou que o prejuízo é mínimo Se é obtido lucro ou uma perda irrecuperável tal pode ser somente determinado comparandose o preço e os custos médios correspondentes ao nível de produção de equilíbrio Se o preço excede o custo unitário o empresário terá um lucro no curto prazo nesta situação a firma estaria obtendo lucro supernormal ou econômico situação 1 Figura 21 Se o preço se igualar ao custo total médio temse a condição de lucro normal indicada no ponto 2 da Figura 21 Por outro lado se o preço é inferior ao custo total médio mas superior ao custo variável médio resulta num prejuízo que é menor que o custo fixo médio CTMe CVMe CFMe A macroeconomia é a economia dos agregados em contraste com a microeconomia que é a economia dos agentes econômicos individuais A macroeconomia trata do comportamento da economia como um todo com períodos de rápida prosperidade e recessão a produção total de bens e serviços da economia e o crescimento do produto as taxas de inflação e desemprego a balança de pagamentos e a taxa de câmbio A fim de estudar o desempenho geral da economia a macroeconomia foca as políticas econômicas e as variáveis de política que afetam aquele desempenho nas políticas monetária e fiscal o estoque de moeda e a taxa de juros a dívida pública e o orçamento do governo federal Este capítulo apresenta uma visão geral dos conceitos macroeconômicos básicos O Produto Nacional Bruto PNB é o valor de todos os bens e serviços finais produzidos na economia num dado período de tempo Existem certos aspectos no cálculo do PNB que devem ser levados em consideração Em primeiro lugar falase de bens e serviços finais Essa insistência da palavra final é uma forma de ter a certeza de não incorrer em dupla contagem Por exemplo o trigo com que se faz o pão é um bem intermediário e não faz parte do PNB o valor do trigo vendido ao dono do moinho e da farinha perdida ao padeiro mas somente o preço do pão A equação 26 constitui evidentemente uma tautologia uma vez que em uma economia deste tipo o produto pode ter apenas dois destinos consumo e investimento já que a parcela do produto que eventualmente não é vendida é considerada como um investimento em estoque Dizendo de outra maneira a formação de estoques é contabilizada como investimento Sob o ponto de vista da renda verificase que toda renda gerada em uma economia simples como a apresentada somente poderá ter duas destinações o consumo ou a poupança G T S I 35 que pode ser assim interpretada o excesso de despesa sobre a receita dos impostos do governo isto é o déficit do orçamento do governo é contavelmente idêntico ao excesso da poupança sobre o investimento privado Este resultado é importante porque mostra que em uma economia fechada qualquer desequilíbrio no orçamento do governo irá repercutir sobre o setor privado da economia limitações de produtividade despesas crescentes ou o aumento da demanda agregada automaticamente o produto e o emprego com pouco efeito sobre preços Porém se a economia estiver próxima do pleno emprego uma demanda agregada maior vai se refletir primordialmente em preços mais elevados ou seja inflação O lado da oferta agregada da economia terá então que ser considerado A curva de oferta agregada especifica a relação entre as quantidades totais produzidas pelas firmas e o nível de preços O lado da oferta entra no quadro não somente para dizer se a expansão da demanda para elevação do produto e do emprego será ou não bem sucedida ele tem também um papel próprio Perturbações de oferta ou choques de oferta podem reduzir a produção e elevar os preços como aconteceu quando o aumento do preço do petróleo reduziu a capacidade de produção da economia Inversamente políticas que aumentem a produtividade e portanto os níveis de oferta agregada a dado nível de preços podem ajudar a reduzir pressões inflacionárias 85 INFLAÇÃO 851 Conceito Inflação é um crescimento persistente e generalizado no nível de preços Persistente porque numa situação que crescem os preços dado um nível de preços p1 aumentaçãos para o novo nível p2 permanecendo indefinidamente aumentará assim a inflação E generalizado porque a inflação deve refletir aumentos simultâneos de um grande número de preços Se ocorrer um crescimento apenas nos preços de um setor da economia temse apenas mudanças nos preços relativos fato normal em qualquer economia mas não necessariamente inflação O que geralmente confunde a análise é que a inflação é um processo essencialmente dinâmico onde há uma simultaneidade de eventos Sendo assim é comum assistirse a confusões entre simples aumentos transitórios de preços com inflação Na verdade é bem pouco plausível imaginar sucessões contínuas de aumentos transitórios de preços 852 Custos da Inflação A inflação faz a sociedade incorrer em pesados custos Estes podem ser classificados em três categorias Custos de bemestar A inflação deteriora o poder de compra da moeda o que implica na menor capacidade de adquirir os bens e serviços produzidos Custos distributivos A inflação implica não só em uma redistribuição a favor do governo e dos bancos mas como em uma transferência a favor das rendas nãocontratuais como os lucros em detrimento das rendas contratuais salários por exemplo Custos alocativos Numa inflação variável nem todos os preços aumentam na mesma proporção o que implica em variações nos preços relativos fazendo com que determinados setores se tornem mais atraídos do que outros efeito este que ainda é reforçado pela incerteza Isso faz com que o padrão de investimento se afaste do ótimo em termos sociais São favorecidas as aplicações de curto prazo e os investimentos especulativos em detrimento das aplicações de longo prazo 853 Causas da Inflação monetárias e nãomonetárias Inflação é um fenômeno eminentemente monetário Numa economia onde não existisse moeda seria impossível pensarse em aumentos no nível de preços poderia apenas haver mudanças nos preços relativos No curto prazo entretanto a inflação pode ter causas nãomonetárias como veremos mais adiante Uma forma lógica de analisar a inflação é procurar relacionar o comportamento da oferta nominal de moeda em relação a outras variáveis como a renda nominal por exemplo 86 Balanço de Pagamentos 861 Conceito Balanço de Pagamento é o levantamento sistemático de todas as transações econômicas que ocorrem durante determinado período de tempo entre residentes em determinado país pessoas físicas jurídicas instituições com ou sem fins lucrativos e entidades governamentais e os residentes em outros países 862 Estrutura do Balanço de Pagamentos As estruturas normalmente adotadas são baseadas em proposta do FMI e se constituí no caso do Brasil nas seguintes categorias de transação 1 Balança Comercial exportação importação 2 Serviços viagens internacionais transportes seguros rendas de capitais serviços governamentais serviços diversos 3 Mercadorias e Serviços 1 2 4 Transferências Unilaterais 5 Transações Correntes 3 4 6 Capitais saldos líquidos investimentos estrangeiros investimentos brasileiros reinvestimento empréstimos a médio e longo prazos 872 Mercado Cambial Livre Neste caso sem a intervenção do governo a taxa de câmbio será determinada pelo livre jogo da oferta e da procura de moeda estrangeira conversível A oferta é originada pelas entradas de moeda estrangeira através das diversas maneiras evidenciadas no balanço de pagamentos e a procura pelas saídas O equilíbrio é conseguido pela igualdade da oferta e da procura à relação CrUS C Este nível só será alterado caso haja modificação na estrutura da oferta da procura ou de ambas 873 Taxa de Câmbio Administrada Como não é só a oferta e a procura de moeda que influencia da taxa de câmbio estes ajustes não são tão simples assim Outros fatores como a própria estrutura do país recursos naturais conjuntura econômica nível inflacionário poder de negociação etc levam à necessidade da administração da taxa de câmbio pelo governo taxas fixas procuram manter a relação ou valor CrUS ajustes de desvalorização aumentam o valor e serão adicionados ao nacional e ajustes dependem da avaliação do governo Ajustamento por degraus Fazse um ajustamento e mantém o valor por tempo até a situação se tornar novamente insustentável Mini ajuste As taxas são submetidas a constantes alterações a intervalo de tempo relativamente curtos A magnitude dos ajustes depende das taxas inflacionárias interna e do país da moeda a ajustar Se a inflação interna for maior que a inflação do outro país desvaloriza se a inflação interna for menor que a inflação do outro país valoriza REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BILAS RA Teoria microeconômica uma análise gráfica Rio de Janeiro ForenseUniv 1987 404p BRANSON WH LITVACK JM Macroeconomia 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