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Filosofia

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Detalhes da tarefa Filosofia Turma 3º A Engenharia de Software Manhã 2023 Vencimento 25 de abr de 2023 2359 Tipos de envio Entrada de texto ou Carregamento de arquivo Envio e rubrica Descrição Atividade somativa Vida boa e vida bem sucedida RA1 20 A partir do texto Atividade Luc Ferry Vida bem sucedida 31docx Formule 5 questões e responda Atividade pode ser realizada em dupla mas todos realizam a entrega nessa tarefa Data de vencimento 2504 Enviar tarefa Previous Painel Calendário Lista de Tare Notificações Caixa de ent Vida bemsucedida e boa vida Luc Ferry Em seu livro Ferry inicia com um balanço da chamada condição moderna para a qual ele entende que é inevitável pensar no êxito pessoal o cuidado narcísico e ilimitado do poder do dinheiro e do reconhecimento alheio O êxito social caminha com o culto à performance que rompe a antiga lógica do sentido da vida em benefício de uma lógica da competição O que antes era conhecido como boa vida que se refletia na busca da felicidade nos modernos cedeu lugar ao que conhecemos por vida bemsucedida E pensar em vida bemsucedida é trazer à tona a possibilidade de fracasso a contrapartida do êxito social num mundo que se move pelos imperativos do consumo da fetichização da forma mercadoria Num mundo em que a transcendência perdeu lugar dissimulase o tédio a inveja a infelicidade o êxito dos Outros é a prova de que Eu perdi o percurso da vida e sinal de que sou fracassado porque perdi o jogo da competição sou um paria na lógica do consumo num espaço como um shopping center Num mundo em que a busca pela boa vida perdeu sentido infelicidade e fracasso são palavras correlatas Por isso Rousseau que torcia o nariz para o mundo moderno já apontava para os devaneios da infelicidade da condição do homem moderno quando sustentava que nele os indivíduos são sozinhos quando estão com outras pessoas e estão sempre acompanhados delas na solidão isolados no primeiro caso pois têm nos outros um concorrente inequívoco próximos no segundo pois recordam que superar os outros é um imperativo para que não se vejam no espelho como fracassados Feito o balanço da condição do homem moderno Ferry apresenta as questões que lhe parecem prementes as interrogações sobre o sentido de uma boa vida tornaramse irremediavelmente antiquadas num mundo em que tudo concorre para fazer da imanência o fator mais radical da existência humana A antiga questão da boa vida teria desaparecido como outra vítima do mundo da técnica A resposta dada por Ferry pode surpreender num primeiro momento ele mostra que a questão da boa vida não é um corpo estranho às inquirições contemporâneas ela apenas deve ser expressa de modo diverso daquela que os antigos entendiam O percurso desenvolvido por ele portanto será o de mostrar como a questão da boa vida se apresenta para os contemporâneos e ao mesmo tempo como o que hoje entendemos por boa vida se diferencia daquilo que antes era uma boa vida Para isso ele dá os seguintes passos examina a idéia de vida mais intensa para Nietzsche a sabedoria dos antigos através da idéia de uma vida em harmonia com a ordem cósmica quando toma por modelo o estoicismo a questão das doutrinas da salvação tanto para o platonismo de Santo Agostinho quanto para o aristotelismo de Santo Tomas e o renascimento da filosofia laica que deriva na humanização da boa vida e finalmente a boa vida em harmonia com a condição humana quando defende que a boa vida deve ser pensada a partir da modernização do religioso e da divinização do humano Nietzsche os estóicos o cristianismo e o mundo laic O que chama a atenção de imediato no percurso de Ferry é que ele tem como ponto de partida Nietzsche o pensador que talvez mais se afine com a moral moderna de que devemos superar os valores tradicionais de transcendência e harmonia e vivermos intensamente o momento criando e destruindo valores De fato Nietzsche é o filósofo que preconiza a morte de Deus é aquele para o qual fazer filosofia deve ser algo como brandir um martelo na direção de todas as convenções Ocorre que como mostra Ferry a assimilação de Nietzsche pelo mundo moderno não deve ser feita sem uma melhor apreciação de suas teses fundamentais pois ele não abandona a idéia de uma boa vida em proveito de uma vida bemsucedida Nietzsche também é aquele que se recusa a jogar com dados o jogo a competição só faz sentido para um escravo Os critérios para uma boa vida devem ser encontrados na arte condição de conhecimento mais elevado a eternidade está no instante que deve ser vivido intensamente e aquele que vive intensamente o instante é o único responsável pelo seu destino Nietzsche como sabemos rompe com a tradição da filosofia que vem desde Sócrates E por conta disso Ferry mostra como o ideal de saber em Nietzsche se opõe ao dos antigos no que se refere ao sentido da vida à boa vida à felicidade para os antigos uma boa vida consistia em viver em harmonia com a ordem cósmica Daí que questões como as da morte da imortalidade da alma e da salvação tenham ocupado o centro das atenções de Platão neoplatônicos e estóicos O caso dos antigos que mais desperta interesse em Ferry para fazer contraponto a Nietzsche é o dos estóicos cujo pensamento pode ser assim resumido toda atividade filosófica deve permitir que cada indivíduo viva e morra como um Deus Com isso os estóicos sustentavam que a sabedoria deve levar os homens a perceberem seu vínculo com todos os outros em meio à harmonia cósmica e com isso alcançar a serenidade e a consciência de que embora mortal num certo sentido a mortalidade do corpo o homem não morre totalmente Todos os estóicos concordam num ponto o homem não deve desviarse da natureza e sim se conformar com sua lei nisso reside a verdadeira sabedoria Mas isso não implica numa resignação que coloque em xeque a liberdade humana O ponto fundamental para os estóicos quando se considera a boa vida é na ordem cósmica há coisas que dependem e outras que não dependem de nós Nossa infelicidade resulta das paixões para adquirir o que não depende de nós como bens materiais prazer dor beleza glória etc mas há uma coisa que depende de nós e que nada pode nos arrancar a vontade de fazer o bem e agir de acordo com a razão Toda a nossa infelicidade portanto provém do fato de que não distinguimos direito entre o que depende e o que não depende de nós somos constantemente assolados pelas paixões e permanecemos prisioneiros do passado e na ilusão de um futuro cheio de esperanças Para os estóicos para alcançarmos a felicidade uma boa vida em suma devemos escapar a uma vida que se volte para a projeção de um futuro qualquer As dificuldades da vida e a tragédia da condição humana não são modificadas pela esperança de uma vida melhor na fórmula feliz de Sêneca enquanto esperamos viver a vida passa A base do pensamento nietzscheano também está em forte oposição à filosofia cristã que se desenvolve do neoplatonismo em Santo Agostinho e do aristotelismo em Santo Tomas de Aquino Como vimos para os estóicos a infelicidade humana é decorrência de um desajuste com a ordem cósmica não distinguimos entre o que depende e o que não depende de nós não agimos de acordo com a razão Ora a razão o logos é o ponto de partida para compreendermos o ideal de boa vida estóico será também o ponto de partida da filosofia cristã como expresso nos versos iniciais do Evangelho de João Mas entre estóicos e cristãos operase uma mudança fundamental Com o termo logos não mais se designará a estrutura harmoniosa e racional do mundo a divina organização do cosmo em seu conjunto mas um humano Jesus Cristo No cristianismo o logos tornouse pessoal e com isso instaura se uma nova visão do mundo do destino da salvação e da felicidade portanto de uma boa vida No coração da doutrina cristã da salvação está o amor cristão ágape tirado do verbo grego agapan significa simplesmente querer bem e que se pode traduzir por caridade E a caridade culmina no amor pelo próximo um amor sem apego Para o cristianismo é na vida voltada à caridade que se atinge a boa vida e não no apego aos bens do mundo Depois de mostrar como Nietzsche se opõe a estóicos e cristãos no que se refere à boa vida Ferry passa a comparar o pensamento nietzscheano ao que se desenvolve no início do renascimento com as revoluções científicas o chamado pensamento laico Ferry mostrar que tanto a sabedoria antiga quanto o cristianismo sofreram um abalo profundo com a passagem do mundo fechado cíclico ou teleológico para o universo infinito Com a ciência moderna o mundo se desencanta pois o que antes era concebido como um todo finito e bem ordenado foi substituído por um universo indefinido que não comporta nenhuma hierarquia natural O que legitimava a confiança estóica no destino era como vimos a convicção íntima de que a providência era boa de que o cosmo era justo o que legitimava a confiança cristã no destino era a fé de que pela caridade podiase salvar da danação eterna É esse tipo de raciocínio que a revolução científica progressivamente colocará fim nada pode permitir pensar que acontecimentos naturais são fruto de alguma providência Com isso uma das convicções que nos chega desde as transformações da revolução científica é que a civilização a paz e a democracia não são naturais pois se trata de conquistas que se impõem sob a forma do dever e do imperativo Os valores não são mais domínios do ser não residem mais na natureza mas dependem de um deverser de um ideal que está por vir e não de uma realidade harmoniosa e boa sempre dada Disso resulta outra perspectiva sobre o papel da religião na vida das pessoas longe de ser a verdade suprema da vida humana a fé seria o acúmulo de ilusões Por isso a boa vida passa a ser pensada mais nos termos de uma vida bemsucedida feliz é aquele que acumula riquezas Não obstante não é que o religioso tenha desaparecido do mundo laico é que a crença ficou restrita à esfera da opinião do indivíduo Isso não significa contudo eis a tese fundamental de Luc Ferry que se opõe a Nietzsche que os princípios transcendentais foram totalmente varridos do mundo moderno As interrogações sobre o sentido da vida do que é uma boa vida permanecem Ferry sustenta que é necessário pensar nas interrogações sobre a boa vida à margem das religiões tradicionais e fora dos limites do materialismo Para restituirmos a questão sobre a boa vida devese pensar nos termos de uma transcendência na imanência o mundo humano a humanidade é o horizonte A boa vida consiste em perceber as singularidades humanas e nesse ponto Ferry não se afasta de Nietzsche que faz coincidir em si mesma a maior diversidade possível de experiências que engrandecem nosso ponto de vista sobre a humanidade e também fica em débito com Montaigne porque era ele porque era eu e não absolutamente porque ele era belo forte inteligente corajoso É na singularidade o aqui e agora que nos permite fazer escolas e nas escolhas singulares reside o ideal de felicidade de boa vida A singularidade para Ferry não deve ser entendida como uma particularidade que se detém no particular mas com uma reconciliação com o universal e é a grande obra de arte que nos oferece o modelo acabado desse universal não inventamos a beleza de uma suíte de Bach nem a de uma paisagem de Wateau contentamonos em descobrilas naquilo justamente que escapa à nossa subjetividade Ferry segue um caminho para mostrar que os modernos perderam o sentido de uma boa vida e a substituíram pela vida bemsucedida para mostrar também que ainda faz sentido retomar a velha questão da boa vida se entendermos as singularidades que cercam nossa existência No título que dá ao livro então há algo de inevitavelmente provocativo à interrogação o autor procura recompor para nosso mundo globalizado o quanto se perdeu com as exigências de êxito pessoal e de performance Dito isso o que resta então é uma discussão sobre o rumo tomado por ele a boa vida como harmonia com a condição humana A esse respeito nos limites de uma resenha não cabe uma posição Que especialistas pensemna introduzamna em suas agendas em colóquios e simpósios De qualquer forma o grande mérito de O que é uma vida bemsucedida está em lembrar o quanto se perde quando se coloca para baixo do tapete questões sobre a boa vida Referência Revista de filosofia Tabulae ISS 255245 Atividade Produza do texto 5 questões e responda Individual 1 De acordo com Luc Ferry qual é a diferença entre a boa vida e a vida bemsucedida Como essa mudança de perspectiva afeta a felicidade individual 2 Em sua análise da condição moderna Ferry menciona a imanência como um fator importante na vida contemporânea O que ele quer dizer com esse termo e como ele se relaciona à busca pela boa vida 3 Como Luc Ferry relaciona as ideias de Nietzsche sobre a vida intensa à busca contemporânea pela boa vida Qual é a importância da arte para Nietzsche 4 Por que Rousseau e outros filósofos se preocupavam com a solidão e a inveja na sociedade moderna Como esses sentimentos estão relacionados à competição 5 Como as doutrinas religiosas como o platonismo e o aristotelismo influenciaram a ideia de boa vida ao longo da história da filosofia Qual é o papel da filosofia laica na humanização desse conceito