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Escolha um tema do Brasil do séc XVIII baseado nesses textos e faça no texto com base em no mínimo três textos Leitura para discussão SCHWARTZ Stuart B Prats açúcar e escravos de como a Império restaurou Portugal in Tempo 2008 vol12 n 24 pp201225 Leitura complementar BOXER Charles A luta global com os holandeses 16001683 in idem O Império Maritimo Português 14151825 580 Paulo trad port Cis das Latras 1969 2002 pp 120 140 Leitura para discussão MACEDO Helder Alexandre Medeiros de A PRODUÇÃO DO TERRITORIO DO SERIDO in Outras familias do Sendó genealogias mestiças no sertão do Rio Grande do Norte séculos Xxx Recife 2013 Leitura para discussão SILVA Kalina Vanderlei Os pobres na opulência do Brasil os homens livres das vilas do açúcar de Pernambuco nos séculos XVII e XVIII in SILVA Kalina Vanderlei Nas solidões Vastas e assustadoras Recife Cep Editora 2010 pp 1577 e A gente de cor e a vdia urbana açucareira cotidiano e instituições em Permambuca e Bahia nos seculos XVI e XVIII in Fragmentos de Históna do Nordeste Recife EDURE 2012 GOMES Flavio Palmares São Paulo Contexto 2012 ROMEIRO Adriana Paulistas e emboabas coração das Minas ideias práticas e imaginário politica no século XVIII Belo Horizonte Editora de UFMG 2008 MELLO Evaldo Cabral de A Fronda dos Mazombos nobres contra mascatesPernambuco 18861715 São Paulo Cia das Letras 1996 Leitura para discussão HOLANDA Sérgio Buarque de Metais e Pedras Preciosas in idem forg História Geral da Civilização Brasileira São Paulo DIFEL 1968 vol 2 pp 259310 Leitura para discusser SOUZA Laura de Mello e Da utilidade dos vadios In Desclassificados do oura a pobreza mineira no século XV São Paulo Graal 1982 Leitura para discussão BOSCHI Calo César Igreja Estado e irmandades em Minas Gerais in idem Os leigos e o poder irmandades leigas e politica colonizadora em Minas Gerais São Paulo Ática 1986 pp 71139 Leitura para discussão GOULART JOSÉ A Tropes e tropeiros na formação do Brasil Rio de Janeiro Ed Conquista 1961 pp 2100 Leitura para discussão RODRIGUES Aldair A Inquisição na Capitania do Ouro in Limpos de sangue familiares do Santo Oficio Inquisição e Sociedade em Minas Colonial São Paulo Alameda 2011 Leitura para discussão LARA Silvia H A multidão de pretos e mulatos In Fragmentos selecentistas escravidão cultura e poder na América portuguesa São Paulo Cia Das Letras 2007 po 126172 Leitura complementar LUNA Francisco Vidal e Klein Herbert A escravidãn e a economia no século XVII in A escravidão no Brasil São Paulo Imprensa Oficial e Edusp 2010 pp4988 Leitura para discussão MARQUESE Rafael de Bivar A DINAMICA DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL Resistência tráfico negreiro e alforrias séculos XVII a XIX in NOVOS ESTUDOS 74 Março 2006 Leitura para discussão MAXWELL Kenneth Disposições in idem A Devassa da Devassa A Inconfidencia mineira Brasil e Portugal 17501808 Rio de Janeiro trad port Pare Terra 1995 pp 2153 Leitura para discussão MELLO Evaldo Cabral de Um imensa Portugal e Antevisões imperiais in idem Um imenso Portugal história e historiografia São Paulo Ed 34 Letras 2002 pp 2434 pp 3545 Leitura para discussão NOVAIS Fernando A Passagens para o Novo Mundo in idem Aproximações estudos de história e historiografia São Paulo CosacNaif 2005 pp 183 194 Leitura complementar NOVAIS Fernando A Estrutura e Dinâmica de Antigo Sistema Colonial in idem Portugal e Brasil na Crise do Antigo Sistema Colonial São Pauls A Dinâmica da Escravidão Economia e Conflito Social no Brasil Colonial no Século XVIII O século XVIII representou um momentochave para a consolidação do projeto colonial português nas Américas especialmente no Brasil Após a Restauração da monarquia portuguesa e a expulsão dos holandeses do Nordeste Portugal passou a depender cada vez mais da produção colonial para manter sua posição na Europa O Brasil com suas plantações de açúcar e as recémdescobertas minas de ouro tornouse o eixo principal dessa engrenagem colonial A estrutura econômica e social que sustentou esse processo foi profundamente marcada pela escravidão pelas disputas sociais e pelas resistências de diferentes grupos subalternos Stuart B Schwartz em seu estudo Pratas açúcar e escravos 2008 argumenta que a reconstrução do império português após o século XVII exigiu a intensificação da exploração colonial especialmente por meio da tríade prata açúcar e escravidão O açúcar cuja produção se concentrou no Nordeste foi um dos produtos mais lucrativos para a Coroa mas a descoberta de metais preciosos nas regiões centrais do Brasil especialmente nas Minas Gerais deslocou o centro econômico e político da colônia A exploração do ouro não apenas gerou um novo ciclo de riqueza para Portugal mas também reconfigurou as relações sociais e administrativas no interior do Brasil A dinâmica escravista é central para compreender esse processo Rafael de Bivar Marquese em A Dinâmica da Escravidão no Brasil 2006 demonstra que a escravidão era uma instituição extremamente complexa e mutável Mais do que um sistema homogêneo de trabalho forçado a escravidão variava conforme o local o tipo de atividade econômica e as condições sociais específicas No contexto da mineração por exemplo muitos escravizados conseguiam negociar seus tempos livres para realizar serviços paralelos e eventualmente comprar sua liberdade Além disso o autor destaca que havia resistências ativas como fugas insubordinações e até alianças com setores livres da sociedade Nesse ponto Silvia H Lara 2007 em A multidão de pretos e mulatos destaca a importância dos afrodescendentes livres nas sociedades urbanas coloniais Essa multidão compunha um grupo social ambíguo por um lado possuíam certa mobilidade e atuavam em diversos ofícios e instituições como irmandades religiosas e milícias mas por outro estavam sujeitos a um constante processo de racialização e exclusão A presença desses grupos desafiava a lógica binária de uma sociedade composta apenas por senhores e escravos Eram homens e mulheres que disputavam espaços urbanos lutavam por reconhecimento social e muitas vezes entravam em conflito com as elites locais Kalina Vanderlei Silva 2010 ao estudar os homens livres pobres nas vilas do açúcar em Pernambuco enfatiza o caráter opressor e hierarquizante da sociedade colonial Esses indivíduos muitas vezes mestiços viviam sob constante vigilância das autoridades coloniais que temiam sua ociosidade e a possibilidade de desordem A autora revela que essa camada populacional pobre embora livre era marginalizada e acusada de vadios ou preguiçosos sendo frequentemente alvo de medidas repressivas como prisões alistamentos forçados e proibições legais Laura de Mello e Souza 1982 em Da utilidade dos vadios reforça esse argumento ao demonstrar que a pobreza era criminalizada e que o conceito de vadio era uma ferramenta de controle social por parte do Estado e da Igreja A Igreja Católica aliás teve papel fundamental na estruturação dessa sociedade Carlos César Boschi 1986 destaca em Os leigos e o poder o poder político das irmandades leigas em Minas Gerais que funcionavam como verdadeiros núcleos de organização da sociedade colonial As irmandades não apenas garantiam suporte religioso e funerário aos seus membros mas também funcionavam como espaços de solidariedade e articulação política Elas organizavam festas elegiam dirigentes e até mediam conflitos internos muitas vezes reunindo escravos libertos e homens livres pobres em uma mesma estrutura institucional É nesse contexto que se insere também a análise da resistência escrava Flávio Gomes 2012 em Palmares narra a longa história do maior quilombo da América portuguesa como símbolo de resistência coletiva Embora Palmares tenha sido destruído no final do século XVII sua memória e os quilombos que proliferaram ao longo do século XVIII revelam que a escravidão era constantemente desafiada por aqueles que dela escapavam As autoridades coloniais viam esses espaços como uma ameaça à ordem social pois ofereciam modelos alternativos de organização e autonomia Na mesma linha Silvia Lara ressalta que a repressão às resistências negras foi acompanhada por estratégias de integração e controle Os africanos e seus descendentes eram incentivados a participar das irmandades religiosas negras sob o patrocínio das elites brancas como forma de domesticar sua religiosidade e evitar o surgimento de formas autônomas de culto como o candomblé Essa tensão entre repressão e acomodação era típica de uma sociedade que buscava preservar sua hierarquia racial mas que dependia ao mesmo tempo da presença e da ação desses sujeitos Finalmente Kenneth Maxwell 1995 ao tratar da Inconfidência Mineira revela como até mesmo entre as elites coloniais havia tensões e insatisfações com a política da metrópole A cobrança de tributos sobre o ouro o controle do comércio e a exclusão dos nascidos no Brasil dos cargos de maior prestígio político geraram um clima de revolta Ainda que a Inconfidência tenha sido um movimento elitista e restrito ela demonstra que os conflitos sociais do século XVIII atravessavam toda a sociedade colonial dos escravizados aos grandes mineradores Conclusão O Brasil do século XVIII foi marcado por intensas transformações econômicas e sociais que se desenrolaram dentro da lógica do Antigo Sistema Colonial A escravidão longe de ser um sistema monolítico era multifacetada e permeada por resistências negociações e formas de sobrevivência A economia baseada no açúcar e posteriormente no ouro moldou um tecido social desigual mas profundamente dinâmico onde homens e mulheres livres pobres escravizados ou libertos buscaram afirmar sua presença As tensões entre ordem e resistência riqueza e pobreza liberdade e escravidão definiram esse século como um período de intensa ebulição social e política fundamental para a compreensão das raízes do Brasil moderno
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Escolha um tema do Brasil do séc XVIII baseado nesses textos e faça no texto com base em no mínimo três textos Leitura para discussão SCHWARTZ Stuart B Prats açúcar e escravos de como a Império restaurou Portugal in Tempo 2008 vol12 n 24 pp201225 Leitura complementar BOXER Charles A luta global com os holandeses 16001683 in idem O Império Maritimo Português 14151825 580 Paulo trad port Cis das Latras 1969 2002 pp 120 140 Leitura para discussão MACEDO Helder Alexandre Medeiros de A PRODUÇÃO DO TERRITORIO DO SERIDO in Outras familias do Sendó genealogias mestiças no sertão do Rio Grande do Norte séculos Xxx Recife 2013 Leitura para discussão SILVA Kalina Vanderlei Os pobres na opulência do Brasil os homens livres das vilas do açúcar de Pernambuco nos séculos XVII e XVIII in SILVA Kalina Vanderlei Nas solidões Vastas e assustadoras Recife Cep Editora 2010 pp 1577 e A gente de cor e a vdia urbana açucareira cotidiano e instituições em Permambuca e Bahia nos seculos XVI e XVIII in Fragmentos de Históna do Nordeste Recife EDURE 2012 GOMES Flavio Palmares São Paulo Contexto 2012 ROMEIRO Adriana Paulistas e emboabas coração das Minas ideias práticas e imaginário politica no século XVIII Belo Horizonte Editora de UFMG 2008 MELLO Evaldo Cabral de A Fronda dos Mazombos nobres contra mascatesPernambuco 18861715 São Paulo Cia das Letras 1996 Leitura para discussão HOLANDA Sérgio Buarque de Metais e Pedras Preciosas in idem forg História Geral da Civilização Brasileira São Paulo DIFEL 1968 vol 2 pp 259310 Leitura para discusser SOUZA Laura de Mello e Da utilidade dos vadios In Desclassificados do oura a pobreza mineira no século XV São Paulo Graal 1982 Leitura para discussão BOSCHI Calo César Igreja Estado e irmandades em Minas Gerais in idem Os leigos e o poder irmandades leigas e politica colonizadora em Minas Gerais São Paulo Ática 1986 pp 71139 Leitura para discussão GOULART JOSÉ A Tropes e tropeiros na formação do Brasil Rio de Janeiro Ed Conquista 1961 pp 2100 Leitura para discussão RODRIGUES Aldair A Inquisição na Capitania do Ouro in Limpos de sangue familiares do Santo Oficio Inquisição e Sociedade em Minas Colonial São Paulo Alameda 2011 Leitura para discussão LARA Silvia H A multidão de pretos e mulatos In Fragmentos selecentistas escravidão cultura e poder na América portuguesa São Paulo Cia Das Letras 2007 po 126172 Leitura complementar LUNA Francisco Vidal e Klein Herbert A escravidãn e a economia no século XVII in A escravidão no Brasil São Paulo Imprensa Oficial e Edusp 2010 pp4988 Leitura para discussão MARQUESE Rafael de Bivar A DINAMICA DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL Resistência tráfico negreiro e alforrias séculos XVII a XIX in NOVOS ESTUDOS 74 Março 2006 Leitura para discussão MAXWELL Kenneth Disposições in idem A Devassa da Devassa A Inconfidencia mineira Brasil e Portugal 17501808 Rio de Janeiro trad port Pare Terra 1995 pp 2153 Leitura para discussão MELLO Evaldo Cabral de Um imensa Portugal e Antevisões imperiais in idem Um imenso Portugal história e historiografia São Paulo Ed 34 Letras 2002 pp 2434 pp 3545 Leitura para discussão NOVAIS Fernando A Passagens para o Novo Mundo in idem Aproximações estudos de história e historiografia São Paulo CosacNaif 2005 pp 183 194 Leitura complementar NOVAIS Fernando A Estrutura e Dinâmica de Antigo Sistema Colonial in idem Portugal e Brasil na Crise do Antigo Sistema Colonial São Pauls A Dinâmica da Escravidão Economia e Conflito Social no Brasil Colonial no Século XVIII O século XVIII representou um momentochave para a consolidação do projeto colonial português nas Américas especialmente no Brasil Após a Restauração da monarquia portuguesa e a expulsão dos holandeses do Nordeste Portugal passou a depender cada vez mais da produção colonial para manter sua posição na Europa O Brasil com suas plantações de açúcar e as recémdescobertas minas de ouro tornouse o eixo principal dessa engrenagem colonial A estrutura econômica e social que sustentou esse processo foi profundamente marcada pela escravidão pelas disputas sociais e pelas resistências de diferentes grupos subalternos Stuart B Schwartz em seu estudo Pratas açúcar e escravos 2008 argumenta que a reconstrução do império português após o século XVII exigiu a intensificação da exploração colonial especialmente por meio da tríade prata açúcar e escravidão O açúcar cuja produção se concentrou no Nordeste foi um dos produtos mais lucrativos para a Coroa mas a descoberta de metais preciosos nas regiões centrais do Brasil especialmente nas Minas Gerais deslocou o centro econômico e político da colônia A exploração do ouro não apenas gerou um novo ciclo de riqueza para Portugal mas também reconfigurou as relações sociais e administrativas no interior do Brasil A dinâmica escravista é central para compreender esse processo Rafael de Bivar Marquese em A Dinâmica da Escravidão no Brasil 2006 demonstra que a escravidão era uma instituição extremamente complexa e mutável Mais do que um sistema homogêneo de trabalho forçado a escravidão variava conforme o local o tipo de atividade econômica e as condições sociais específicas No contexto da mineração por exemplo muitos escravizados conseguiam negociar seus tempos livres para realizar serviços paralelos e eventualmente comprar sua liberdade Além disso o autor destaca que havia resistências ativas como fugas insubordinações e até alianças com setores livres da sociedade Nesse ponto Silvia H Lara 2007 em A multidão de pretos e mulatos destaca a importância dos afrodescendentes livres nas sociedades urbanas coloniais Essa multidão compunha um grupo social ambíguo por um lado possuíam certa mobilidade e atuavam em diversos ofícios e instituições como irmandades religiosas e milícias mas por outro estavam sujeitos a um constante processo de racialização e exclusão A presença desses grupos desafiava a lógica binária de uma sociedade composta apenas por senhores e escravos Eram homens e mulheres que disputavam espaços urbanos lutavam por reconhecimento social e muitas vezes entravam em conflito com as elites locais Kalina Vanderlei Silva 2010 ao estudar os homens livres pobres nas vilas do açúcar em Pernambuco enfatiza o caráter opressor e hierarquizante da sociedade colonial Esses indivíduos muitas vezes mestiços viviam sob constante vigilância das autoridades coloniais que temiam sua ociosidade e a possibilidade de desordem A autora revela que essa camada populacional pobre embora livre era marginalizada e acusada de vadios ou preguiçosos sendo frequentemente alvo de medidas repressivas como prisões alistamentos forçados e proibições legais Laura de Mello e Souza 1982 em Da utilidade dos vadios reforça esse argumento ao demonstrar que a pobreza era criminalizada e que o conceito de vadio era uma ferramenta de controle social por parte do Estado e da Igreja A Igreja Católica aliás teve papel fundamental na estruturação dessa sociedade Carlos César Boschi 1986 destaca em Os leigos e o poder o poder político das irmandades leigas em Minas Gerais que funcionavam como verdadeiros núcleos de organização da sociedade colonial As irmandades não apenas garantiam suporte religioso e funerário aos seus membros mas também funcionavam como espaços de solidariedade e articulação política Elas organizavam festas elegiam dirigentes e até mediam conflitos internos muitas vezes reunindo escravos libertos e homens livres pobres em uma mesma estrutura institucional É nesse contexto que se insere também a análise da resistência escrava Flávio Gomes 2012 em Palmares narra a longa história do maior quilombo da América portuguesa como símbolo de resistência coletiva Embora Palmares tenha sido destruído no final do século XVII sua memória e os quilombos que proliferaram ao longo do século XVIII revelam que a escravidão era constantemente desafiada por aqueles que dela escapavam As autoridades coloniais viam esses espaços como uma ameaça à ordem social pois ofereciam modelos alternativos de organização e autonomia Na mesma linha Silvia Lara ressalta que a repressão às resistências negras foi acompanhada por estratégias de integração e controle Os africanos e seus descendentes eram incentivados a participar das irmandades religiosas negras sob o patrocínio das elites brancas como forma de domesticar sua religiosidade e evitar o surgimento de formas autônomas de culto como o candomblé Essa tensão entre repressão e acomodação era típica de uma sociedade que buscava preservar sua hierarquia racial mas que dependia ao mesmo tempo da presença e da ação desses sujeitos Finalmente Kenneth Maxwell 1995 ao tratar da Inconfidência Mineira revela como até mesmo entre as elites coloniais havia tensões e insatisfações com a política da metrópole A cobrança de tributos sobre o ouro o controle do comércio e a exclusão dos nascidos no Brasil dos cargos de maior prestígio político geraram um clima de revolta Ainda que a Inconfidência tenha sido um movimento elitista e restrito ela demonstra que os conflitos sociais do século XVIII atravessavam toda a sociedade colonial dos escravizados aos grandes mineradores Conclusão O Brasil do século XVIII foi marcado por intensas transformações econômicas e sociais que se desenrolaram dentro da lógica do Antigo Sistema Colonial A escravidão longe de ser um sistema monolítico era multifacetada e permeada por resistências negociações e formas de sobrevivência A economia baseada no açúcar e posteriormente no ouro moldou um tecido social desigual mas profundamente dinâmico onde homens e mulheres livres pobres escravizados ou libertos buscaram afirmar sua presença As tensões entre ordem e resistência riqueza e pobreza liberdade e escravidão definiram esse século como um período de intensa ebulição social e política fundamental para a compreensão das raízes do Brasil moderno