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Arquitetura e Urbanismo ·

Instalações Hidráulicas e Prediais

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ESGOTO DIMENSIONAMENTO Prof Luis Cláudio Brito Pina Carvalho luiscarvalhoproucsalbr INSTALAÇÃO E EQUIPAMENTOS II DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 10 ORIENTAÇÕES GERAIS De acordo com a NBR816083 as instalações prediais de esgoto devem ser projetadas para Permitir escoamento do esgotos sanitários com facilidade Vedar a passagem de gases e animais das tubulações parar o interior das edificações Não permitir vazamentos liberação de gases e formação de depósitos no interior das tubulações Impedir a contaminação de água potável 20 DIRETRIZES NECESSÁRIAS AO PROJETO Para o desenvolvimento de um bom projeto de instalações prediais de esgoto o projetista deverá COMPATIBILIZAR 1 O PROJETO DE ARQUITETURA 2 O PROJETO ESTRUTURAL E FUNDAÇÕES 3 O POSICIONAMENTO DA EDIFICAÇÃO EM RELAÇÃO AO COLETOR PÚBLICO 4 OUTROS PROJETOS DE INSTALAÇÕES PREDIAIS QUE POSSAM INTERFERIR A localização correta dos aparelhos sanitários no ambiente é de suma importância para a racionalidade e geometria do projeto de instalações sanitárias e deve prever Base planta de arquitetura Funcionalidade estética e economia Agrupamento das instalações Ralo c caixa sifonada posição central em relação às outras peças Chuveiro em box próprio e não sobre a banheira DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 30 O PROJETO O projeto se divide em três etapas O planejamento analisar todas as possíveis interferências físicas ao desenvolvimento das linhas de escoamento de esgoto e estas na concepção arquitetônica do prédio O dimensionamento cálculo da bitola dos tubos em função da demanda de uso de suas instalações Os desenhos e memoriais descritivos O projeto completo deverá conter Memorial descritivo e justificativo Memorial de cálculo Normas adotadas Relação de materiais e equipamentos Desenho das tubulações detalhes construtivos etc DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 40 TUBULAÇÕES O lançamento das tubulações deve seguir as seguintes orientações Desenvolvimento retilíneo Inspeção para limpeza e desentupimento O menor comprimento possível Atendimento às declividades mínimas Atender aos critérios de ventilação do sistema Os materiais empregados devem ser especificados conforme o tipo de efluente a ser conduzido bem como sua temperatura efeitos químicos e físicos DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 40 TUBULAÇÕES Nomenclatura Diâmetros mais comuns 40mm 50mm 75mm 100mm 150mm DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 50 RAMAL DE DESCARGA Os ramais de descarga devem seguir as seguintes orientações O ramal de descarga de pias de cozinha ou copa esgoto secundário devese ligar DIRETAMENTE às caixas de gordura e nos prédios DIRETAMENTE aos tubos de queda específicos para tal com distâncias horizontais as mais curtas possíveis O ramal de descarga de pias de cozinha ou copa JAMAIS devem ser conectados a ralos ou caixas sifonadas A descarga das bacias sanitárias e das caixas sifonadas esgoto primário seguem a mesma orientação dos itens anteriores A diferença é que nestes casos usase caixas de inspeção ao invés da de gordura Os ramas de descarga de pias de despejo de hospitais lavatórios de consultórios médicos etc devem ser considerados ESGOTOS PRIMÁRIOS não podendo se conectar a caixas sifonadas Os ramais de descarga de lavatórios banheiras ralos e tanques esgoto secundário devem ser ligados DIRETAMENTE ou por meio de caixa de passagem à caixa sifonada EXCETO Conjunto de lavatórios ou mictórios quando instalados em série em sanitários coletivos Pias de cozinha DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 50 RAMAL DE DESCARGA No caso de edificações de mais de um pavimento o ramal de descarga do térreo somente pode se conectado às linhas de esgoto proveniente de tubos de queda que possuam declividade maior do que 1 O correto é conectar os ramais de descarga do térreo diretamente às caixas de inspeção de forma independente DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 50 RAMAL DE DESCARGA Os ramais de descarga de vasos sanitários em série esgoto primário quando ligados a um mesmo ramal de esgoto devem ter as ligações em junção de 45 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 60 CAIXA SIFONADA As caixas sifonadas devem seguir as seguintes orientações Deve ter localização estratégica preferencialmente de forma centralizada em relação às peças sanitárias Em casos em que isso não ocorra devese procurar uma posição que atenda a estética e a hidráulica As tampas devem ser facilmente removíveis para facilitar a manutenção inclusive a tampa dos ralos cegos Os chuveiros e as água de lavagem de pisos podem ser coletados em ralos simples secos e este devem ser ligados às caixas sifonadas As caixas sifonadas do térreo podem ser conectadas diretamente à caixa de inspeção externa Evitar ao máximo a instalação de caixa sifonada que está interligada a esgotos próximos em áreas externas com o intuito de drenar água da chuva DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 70 TUBO DE QUEDA Os tubos de queda devem seguir as seguintes orientações Ter diâmetro constante ao longo de seu comprimento Prumada constante na descida evitando longos desvios Quando houver a necessidade de desvios adotar curvas longas e peças de inspeção próximas Deverá ser colocado o mais próximo possível da bacia sanitária reduzindo os custo com tubulações DN100mm Os tubos de queda devem prolongarse até acima da cobertura para ventilação mantendo o mesmo diâmetro DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL SIMBOLOGIA 80 VENTILAÇÃO Os tubos de ventilação devem seguir as seguintes orientações Ter diâmetro constante ao longo de seu comprimento Em caso de penetração de líquido nela este deverá ser escoado rapidamente por gravidade A extremidade inferior deverá ser ligada a um subcoletor ou a um tubo de queda mais próximo Os desvios na coluna de ventilação deverão ser feitos PREFERENCIALMENTE a 45 A extremidade superior deverá ficar acima da cobertura ou no caso de impossibilidade ser posicionada a 150mm 15cm acima do nível de transbordamento do mais elevado aparelho sanitário por ele servido Todo desconector deve ser ventilado e a distância de um desconector à conexão com o tubo ventilador ao qual estiver ligado deve atender ao disposto na tabela ao lado Diâmetro nominal do Ramal de Esgoto DNmm Distância Máxima m 40 10 50 12 75 18 100 24 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL SIMBOLOGIA 80 VENTILAÇÃO DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 90 CAIXA DE INSPEÇÃO As caixas de inspeção devem seguir as seguintes orientações São utilizadas para mudanças de direção diâmetro de tubulação declividade dos subcoletores ou do coletor predial e da interligação entre os subcoletroes As tampas de acesso devem estar completamente desobstruídas de modo a serem prontamente retiradas se necessário As tampas devem ser visíveis no nível do terreno de material resistente e vedação perfeita impedindo a saída de gases Em locais de tráfego de veículos tentar posicionálas entre a faixa central de rolamento Em prédios com mais de 5 pavimentos as caixas deverão se localizar a mais de 2 metros de distância dos tubos de queda a elas ligados tendo em vista as interferências estruturais DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 90 CAIXA DE INSPEÇÃO A distância entre a última caixa de inspeção e o coletor público e entre caixas de inspeção do subcoletor não deve ser superior a 15m em virtude do alcance dos equipamentos de desobstrução varas hastes mecânicas etc Dimensão mínima de 60x60cm quadrada e Ø mínimo de 60cm Para a última caixa de inspeção que se conecta ao coletor público recomendase dimensões mínimas de 80x80cm ou 10x10m DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 100 CAIXA RETENTORA DE GORDURA Instalação em local de fácil acesso dentro do terreno ventilado e o mais próximo possível dos tubos de queda ou das pias do térreo Devem possuir tampa que deixe a caixa hermeticamente fechada Devese evitar ao máximo o posicionamento das caixas de gordura dentro da edificação Em prédios Tubos de queda especial para pias de cozinha e máquinas de lavar louças com ventilação primária caixa de gordura coletiva DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 110 UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO UHC O sistema de esgoto trabalha por gravidade O dimensionamento é feito diretamente por tabelas em função do material e por declividade mínima fixada Não há necessidade de verificação de pressão As tubulações de DN igual ou menor que 75 devem ter declividade mínima de 2 As tubulações de 100 declividade mínima de 1 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 110 UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO UHC A Ramal de descarga Aplicação direta da tabela anterior Chuveiro DN40 UHC 2 Lavatório de residência DN 40 UHC 1 Vaso Sanitário DN100 UHC 6 B Ramal de esgoto O diâmetro deste trecho é determinado em função do somatório das UHC provenientes do ramal de descarga conforme a tabela abaixo Contudo os fabricantes já projetam a saída do ramal de esgoto da CS a partir de DN50mm Este banheiro possui um UHC total 9 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 110 UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO UHC C Tubo de queda O dimensionamento também é em função do somatório das UHC dos ramais de esgoto que se conectam ao tubo de queda por pavimento O diâmetro mínimo do TQ é de 100mm 12 12 12 12 Nenhum vaso sanitário deve descarregar em um tubo de queda de DN inferior a 100mm Nenhum TQ pode ter DN inferior ao da maior tubulação ligada a ele Nenhum TQ que receba descarga de pias de copa de cozinha ou pias de despejo deve ter DN inferior a 75 exceto TQ que receba até 6UHC em prédios de até 2 pavimentos que ai pode ser DN50 48UHC DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 110 UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO UHC D Ramal de Ventilação e Coluna de Ventilação No caso do sanitário do exemplo anterior sabemos que o total de UHC é de 9 De acordo com a tabela de dimensionamento abaixo o Ramal de Ventilação mínimo será de DN50mm DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 110 UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO UHC Para o dimensionamento da Coluna de Ventilação no caso do mesmo sanitário para um edifício de 14 pavimentos o total de UHC será de 14x9 126UHC Na tabela de dimensionamento ao lado entrase com DN100 do TQ e de 140 para UHC adotase o primeiro valor mais próximo A altura do edifício é de no mínimo de 3x1442m logo adotase a coluna DN75 para o DN mínimo da coluna de ventilação a qual tem comprimento máximo permitido de 61m DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 110 UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO UHC E Subcoletor e Coletor Predial O dimensionamento também é em função do somatório das UHC dos ramais de esgoto do térreo mais os tubos de queda bem como as declividades mínimas O diâmetro mínimo exigido é de 100mm DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 110 UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO UHC C SUBCOLETOR E COLETOR PREDIAL No exemplo abaixo vemos um edifício com 5 tubos de queda e as respectivas caixas de inspeção subcoletores e coletor predial A tabela demonstra o processo de cálculo visualizando as contribuições em cada caixa o número total de UHC e o respectivo DN de cada trecho de subcoletor e coletro predial DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL FOSSA SÉPTICA PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO Definição Fossa séptica é um recipiente geralmente de planta retangular ou circular onde o esgoto ao chegar sofre o fenômeno da decantação removendo os sólidos grosseiros que ao se separarem imergem e formam o lodo que se liquefaz com o tempo Normas Técnicas a NBR 722993 rege o projeto construção e instalação de fossas sépticas e disposição dos efluentes finais FOSSA SÉPTICA CONSIDERAÇÕES GERAIS Com o processo de decantação o efluente da fossa Tem removida parcialmente sua carga orgânica que se jogada em um lençol freático causaria poluição Fica mais fácil de ser infiltrado ou filtrado no solo graças à retirada dos resíduos sólidos É infiltrado no terreno usandose as chamadas linhas valas de infiltração para ser filtrado É o mesmo processo do sumidouro mas escavase a uma profundidade muito menor porém exigese grande área de terreno A partir do processo dito acima o líquido já parcialmente filtrado pode ser captado e disposto para o rio É o processo das linhas valas de filtração A sua saída pode ser conectada a um filtro anaeróbico um tanque de formato circular no qual é colocado uma série de camadas de pedras O líquido percolase por entre as pedras e a matéria orgânica residual é parcialmente removida Segundo a NBR 722993 o conjunto fossa filtro pode remover de 75 a 95 da matéria orgânica do esgoto bruto FOSSA SÉPTICA CONSIDERAÇÕES GERAIS RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA PROJETOS A localização das fossas sépticas e dos elementos destinados à disposição dos efluentes deverá atender às seguintes condições 1 Possibilidades de fácil ligação do coletor predial ao futuro coletor público deixando uma caixa de inspeção antes da fossa para que se faça a derivação 2 A fossa séptica deve se posicionar na parte frontal do imóvel próxima à futura ligação com a rede pública para permitir o acesso de caminhão limpa fossa 3 Com o tempo o sumidouro se colmata saturase em razão da gordura e dos sólidos que impregnam nas paredes Neste caso é necessário se construir um novo sumidouro e o antigo funcionará como apoio à fossa séptica 4 No caso anterior o projetista deverá prever esses futuros espaços de ampliação do sumidouro para que não haja conflito com outras construções 5 Recomendase que o poço freático poço raso deva se situar em posição acima do ponto do sumidouro para evitar contaminação 6 Ao se construir uma fossa séptica deverá estar registrado em lugar visível e protegido data de instalação volume total volume útil capacidade normal período de limpeza e referência e nome do fabricante 7 O nível do sumidouro deverá ficar no mínimo 100m acima do nível do lençol freático posição a ser verificada na obra RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA PROJETOS