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Administração ·
Contabilidade de Custos
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Texto de pré-visualização
CONTABILIDADE DE CUSTOS Professora Me Juliana Moraes da Silva GRADUAÇÃO Unicesumar C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação a Distância SILVA Juliana Moraes da Contabilidade de Custos Juliana Moraes da Silva MaringáPr UniCesumar 2017 Reimpresso em 2021 224 p Graduação EaD 1 Contabilidade 2 Custos EaD I Título ISBN 9788545908234 CDD 22 ed 655 CIP NBR 12899 AACR2 Reitor Wilson de Matos Silva ViceReitor Wilson de Matos Silva Filho PróReitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva PróReitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD Núcleo de Educação a Distância Diretoria Executiva Chrystiano Mincof James Prestes Tiago Stachon Diretoria de Graduação e Pósgraduação Kátia Coelho Diretoria de Permanência Leonardo Spaine Diretoria de Design Educacional Débora Leite Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Head de Curadoria e Inovação Jorge Luiz Vargas Prudencio de Barros Pires Gerência de Produção de Conteúdo Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Gerência de Processos Acadêmicos Taessa Penha Shiraishi Vieira Gerência de Curadoria Giovana Costa Alfredo Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila Toledo Supervisão Operacional de Ensino Luiz Arthur Sanglard Coordenador de Conteúdo José Manoel da Costa Designer Educacional Yasminn Talyta Tavares Zagonel Agnaldo Ventura Iconografia Isabela Soares Silva Projeto Gráfico Jaime de Marchi Junior José Jhonny Coelho Arte Capa Arthur Cantareli Silva Editoração Robson Yuiti Saito Qualidade Textual Hellyery Agda Felipe Veiga da Fonseca Ilustração Daphine Ramella Marcon Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário João Vivaldo de Souza CRB8 6828 Impresso por Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos A busca por tecnologia informação conhecimento de qualidade novas habilidades para liderança e so lução de problemas com eficiência tornouse uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho Cada um de nós tem uma grande responsabilida de as escolhas que fizermos por nós e pelos nos sos farão grande diferença no futuro Com essa visão o Centro Universitário Cesumar assume o compromisso de democratizar o conhe cimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos brasileiros No cumprimento de sua missão promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária o Centro Universi tário Cesumar busca a integração do ensinopes quisaextensão com as demandas institucionais e sociais a realização de uma prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consci ência social e política e por fim a democratização do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade Diante disso o Centro Universitário Cesumar al meja ser reconhecido como uma instituição uni versitária de referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente aquisição de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa con solidação da extensão universitária qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância bemestar e satisfação da comunidade interna qualidade da gestão acadêmica e administrati va compromisso social de inclusão processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho como também pelo compromisso e relaciona mento permanente com os egressos incentivan do a educação continuada Seja bemvindoa caroa acadêmicoa Você está iniciando um processo de transformação pois quando investimos em nossa formação seja ela pessoal ou profissional nos transformamos e consequentemente transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos De que forma o fazemos Criando oportu nidades eou estabelecendo mudanças capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no mundo contemporâneo O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância oa acompanhará durante todo este processo pois conforme Freire 1996 Os homens se educam juntos na transformação do mundo Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontramse integrados à proposta pedagógica con tribuindo no processo educacional complementando sua formação profissional desenvolvendo competên cias e habilidades e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade de maneira a inserilo no mercado de trabalho Ou seja estes materiais têm como principal objetivo provocar uma aproximação entre você e o conteúdo desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessá rios para a sua formação pessoal e profissional Portanto nossa distância nesse processo de cresci mento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica Utilize os diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita Ou seja acesse regularmente o AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem interaja nos fóruns e enquetes assista às aulas ao vivo e participe das discussões Além dis so lembrese que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliáloa em seu processo de aprendiza gem possibilitandolhe trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória acadêmica AUTORA Professora Me Juliana Moraes da Silva Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de Maringá UEM2016 Especialista em Auditoria e Controladoria pelo Centro Universitário Cesumar UniCesumar2011 e graduada em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual de Maringá UEM2001 e Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de Maringá UEM2006 Atualmente é coordenadora e professora do Curso de Ciências Contábeis na modalidade presencial da UNICESUMAR Centro Universitário Cesumar e professora na modalidade EAD Para informações mais detalhadas sobre sua atuação profissional pesquisas e publicações acesse seu currículo disponível no endereço a seguir http lattescnpqbr0551257296562180 SEJA BEMVINDOA Há uma frase bastante popular do autor Lewis Carroll que diz o seguinte Se você não sabe onde quer ir qualquer caminho serve É mais o menos assim que muitas pessoas vivem não sabem o que querem seguem por qualquer caminho e por isso nunca con seguem nada nem chegam a lugar nenhum Mas você é diferente você escolheu o caminho da academia Caroa acadêmicoa para seguir este caminho é preciso traçar uma meta e para buscála é necessário planeja mento organização perseverança conhecer as possibilidades aproveitar as oportuni dades e executar Tenha calma você vai chegar lá mas deve ser um passo de cada vez No ensino a distância é a sua disciplina de cada dia mês e ano que lhe mostrará que você está chegando lá É com grande satisfação que escrevemos este material de Contabilidade de Custos es pecialmente elaborado para auxiliar nos passos da sua caminhada O material possui conceitos explicações exemplos imagens quadros cujo objetivo é velar a você o co nhecimento dos custos empresariais O presente material de Contabilidade de Custos está estruturado em cinco unidades nas quais apresentamos uma explanação teórica acerca dos temas abordados exem plos dicas e sugestões de leituras complementares exercícios resolvidos finalizando com uma lista de atividades O surgimento da contabilidade de custos as terminologias contábeis os conceitos ini ciais fundamentais para um aprendizado eficaz da Contabilidade de Custos estão apre sentados na Unidade I Na Unidade II abordaremos materiais e mão de obra diretos dois dos elementos que compõem os custos dos produtos mercadorias e serviços indispen sáveis para o controle da empresa e para a formação do preço de venda Os custos indiretos de produção e o processo de departamentalização divisão do setor fabril em departamentos estão explanados na Unidade III Já na Unidade IV destacamos o processo de contabilização dos custos Aqui vamos aprender a contabilizar os custos direto de um produto mercadoria e serviço de acordo com as Normas Contábeis e acei tos pela Legislação Fiscais Por fim na Unidade V finalizamos o conteúdo com o processo de contabilização mais complexa dos custos indiretos e do custo total do produto bem como sua movimenta ção desde o estoque de matériaprima até a venda do produto acabado Não perca mais tempo o seu futuro só depende de você mesmo Vamos dar o próximo passo APRESENTAÇÃO CONTABILIDADE DE CUSTOS SUMÁRIO 09 UNIDADE I INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS 15 Introdução 16 Origem da Contabilidade de Custos 22 Terminologias Aplicadas à Contabilidade de Custos 29 Classificação dos Custos 39 Considerações Finais 46 Referências 47 Gabarito UNIDADE II CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA 51 Introdução 52 Material Direto 55 Custo do Material Direto 74 Custo da Mão de Obra Direta 82 Considerações Finais 89 Referências 90 Gabarito SUMÁRIO 10 UNIDADE III CUSTOS INDIRETOS 99 Introdução 100 Custos Indiretos de Produção 108 Apuração do Custo do Produto 117 Departamentalização 124 Considerações Finais 132 Referências 133 Gabarito UNIDADE IV CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS 141 Introdução 142 Plano de Contas 150 Demonstrações Financeiras 161 Contabilização dos Custos 169 Considerações Finais 174 Referências 176 Gabarito SUMÁRIO 11 UNIDADE V CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS 183 Introdução 184 Apuração do Custo Total Com Departamentalização 194 Contabilização Completa Com Departamentalização 205 Custeio por Absorção 213 Considerações Finais 219 Referências 220 Gabarito 222 CONCLUSÃO UNIDADE I Professora Me Juliana Moraes da Silva INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Objetivos de Aprendizagem Conhecer a origem da contabilidade de custos Compreender os termos aplicados a contabilidade de custos Diferenciar os custos diretos indiretos fixos e variáveis Plano de Estudo A seguir apresentamse os tópicos que você estudará nesta unidade Origem da Contabilidade de Custos Terminologias Aplicadas à Contabilidade de Custos Classificação dos Custos INTRODUÇÃO Cada vez mais as empresas estão buscando novas ferramentas gerenciais e de controle para melhorar o funcionamento de suas atividades e a qualidade de seus produtos e serviços prestados A contabilidade enquanto ferramenta de gestão tem por finalidade prover informação aos credores investidores poten ciais e demais usuários A contabilidade de custos é uma ramificação da contabilidade e a exemplo das demais ciências e áreas do conhecimento surgiu em razão da necessidade do homem em controlar avaliar estoque e apurar resultados As organizações buscam maiores níveis de excelência para seus acionistas dessa forma as infor mações geradas pela contabilidade de custo podem ser adaptadas e estruturadas para atender as necessidades específicas da organização Nesta primeira unidade do livro abordamos o surgimento da contabilidade de custos como um ramo da contabilidade financeira como uma ferramenta para auxílio ao controle à avaliação de estoque e ajuda na tomada de decisão Ressalvando que o sucesso do gerenciamento dos controles depende da cons cientização das áreas envolvidas no processo e dos profissionais relacionados com a geração dessas informações Objetivando evitar confusões nos conceitos inerentes à área contábil e con tribuir para uma melhor compreensão da contabilidade de custo nesta unidade destacamos as terminologias contábeis correspondentes aos conceitos que fun damentam a aprendizagem das operações e demonstrações que evidenciam as informações geradas pela contabilidade para os diversos usuários Apresentamos as diferentes formas de classificar os custos Para possibilitar a apuração dos custos realizados no processo produtivo definimos e exemplificamos as classificações dos custos com relação à forma de apropriação ao produto ou serviço classificação dos custos em Direto e Indireto bem como em relação ao volume de produção classificação dos cus tos em Variável Fixo Semifixo e Semivariável Estamos apenas iniciando o estudo da contabilidade de custos esperamos que você consiga extrair a essência da contabilidade de custos e que o conteúdo aprendido possa ser aplicado na organização na qual você trabalha Introdução Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 15 INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 16 ORIGEM DA CONTABILIDADE DE CUSTOS A história da contabilidade segundo historiadores é tão antiga quanto à pró pria história das civilizações A contabilidade teve origem na necessidade de que as pessoas tinham de inventariar suas armas de pesca e caça contar o rebanho controlar a quantidade de mantimentos registrar as informações quanto às tro cas efetuadas por elas de modo a garantir o controle das coisas que possuíam ou deviam IUDÍCIBUS 2015 O desenvolvimento da contabilidade foi lento A descoberta do papiro e do cálamo facilitaram o registro das informações sobre os negócios provenientes das trocas de bens e serviços que os homens efetuavam SILVA NIYAMA 2013 O aparecimento da moeda propiciou um salto na história da contabilidade pois até então as mercadorias eram inventariadas pelas quantidades físicas e com o advento da moeda essas mercadorias passaram a adquirir valor monetário A partir desse momento a contabilidade passou a ser um elemento indispensável para controle organização dos negócios e aumento do patrimônio Desde muitos anos atrás as pessoas já se utilizam da contabilidade para con trolar os bens que produziam e as dívidas para com terceiros Naquela época as informações não exigiam muito da contabilidade uma vez que o controle necessário Origem da Contabilidade de Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 17 referiase apenas a quantidade de valores de bens e mercadorias negociadas No entanto com a intensificação do comércio aumento gradativo das trocas dos bens e das dívidas a contabilidade precisou se adaptar às novas exigências e passou a se desenvolver de acordo com as necessidades SILVA NIYAMA 2013 A publicação da Summa de Arithmetica em 1494 de autoria do então frei e professor de álgebra Luca Pacioli 1445 1517 foi um dos marcos históricos mais extraordinários da contabilidade A referida obra abordava a sistematização da contabilidade por meio do método das partidas dobradas até hoje aplicado enfatizando o fato de que a teoria contábil do débito e do crédito corresponde a teoria dos números positivos e negativos Desde então a humanidade vem passando por sucessivas transformações no modo de guardar e registrar os bens As pessoas passaram a se reunir em dois ou mais indivíduos e constituírem sociedades em que cada membro participava com uma determinada quantidade de ações O objetivo dessa constituição era oferecer merca dorias assim houve o acúmulo crescente de bens e obrigações a serem controlados Neste ambiente de negócios surge a contabilidade financeira Ligada aos processos comerciais e seguindo determinadas regras e normas de escritura ção com a finalidade de fornecer informações aos acionistas da sociedade e as demais pessoas interessadas Anteriormente a Revolução Industrial praticamente não exis tia a contabilidade de custo pois os negócios desenvolvidos na época eram basicamente relacionados à comercialização de mercadorias e não a produtos industrializados MARTINS 2010 Ainda de acordo com este autor existia a contabilidade financeira que atendia os usuários externos Havia outra contabilidade denominada de contabilidade de custo direcionada à questões inter nas relacionadas ao controle de INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 18 mercadorias que eram registradas nos estoques avaliados pelo custo da aquisição Assim o custo das mercadorias era o valor constante do documento de compra do bem acrescidos dos gastos necessários para colocálas em condição de uso Relacionada aos processos comerciais focada nos relatórios e demonstrati vos dirigido ao público externo da empresa a contabilidade financeira abrange a apuração do resultado de cada período e o levantamento do balanço final tomando por base os valores constantes dos seus estoques físicos apurados por diferença conforme apresentado Quadro 1 Apuração do custo das mercadorias vendidas Estoques Iniciais Compras Estoques Finais Custo das Mercadorias Vendidas Fonte a autora O resultado econômico obtido antes dos valores apurados a título de imposto de renda era resultante da diferença entre as receitas líquidas provenientes das vendas das mercadorias e o custo das mercadorias vendidas deduzido ainda des pesas despendidas para obtenção da receita do mesmo período Dessa forma a Demonstração de Resultado da Empresa era assim estruturada Quadro 2 Apuração do resultado do período Vendas Líquidas Custo das Mercadorias Vendidas Estoques Iniciais Compras Estoques Finais Lucro Bruto Despesas Comerciais vendas Administrativas Financeiras Resultado Antes do Imposto de Renda Fonte a autora Origem da Contabilidade de Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 19 A partir da Revolução Industrial no século XVIII a contabilidade teve o marco do crescimento desenvolvimento e desdobramento pois as empresas até então comerciais passaram a adquirir matériaprima agregar trabalho e outros fato res chamados de custo de produção ou fabricação de modo a transformálos em novo produto destinado à venda MARTINS 2010 Nesse novo contexto o balanço final e apuração do resultado não pode riam mais ser mensurados pelo simples valor de aquisição do bem pois o novo produto era eivado de materiais e outros fatores despendidos na sua produção Dessa forma houve uma maior valorização e exigência dos profissionais da área contábil para apuração das demonstrações devido à complexidade de atribuir valor aos estoques necessitando promover algumas adaptações dos critérios de avaliação de estoques utilizados nas empresas comerciais para as industriais A complexidade da atividade industrial fez surgir a contabilidade de custo desdobrada da contabilidade financeira com a finalidade de controlar e apro priar custos calcular o valor do bem a ser inventariado auxiliar na formação do preço de venda além de fornecer subsídios para a gestão eficiente da empresa INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 20 A CONTABILIDADE DE CUSTOS NO CONTEXTO ATUAL A contabilidade de custos é uma técnica desenvolvida a partir da necessidade de aprimorar o método de avaliação dos estoques das empresas comerciais para as industriais Com o advento de novas tecnologias e novos processos produti vos o gerenciamento e as análises dos custos foram se tornando cada vez mais exigíveis e indispensáveis Figura 1 Comparação do comércio com a indústria Fonte a autora Nas primeiras indústrias pósRevolução a contabilidade de custos surgiu com o objetivo de apurar o custo dos produtos A função de geradora de informações para a tomada de decisão não era exigida da contabilidade de custos tendo em vista a pouca concorrência o mercado da época absorvia os preços elevados e os problemas de ineficiência das empresas Atualmente a contabilidade de custo é utilizada como uma forma de sobre vivência as empresas necessitam de conhecimentos mais profundos sobre planejamento organização registro análise e relatórios de custos Origem da Contabilidade de Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 21 Outros fatores além dos avanços tecnológicos e a competição dos mercados como a escassez de algumas matériasprimas o surgimento dos blocos econô micos aumento da qualidade e da produtividade também cooperaram para que os sistemas de custos adquirissem maior importância para as indústrias Nesse contexto a contabilidade de custo passou a ser solicitada a prestar informações referentes aos aspectos administrativos econômicos e financeiros bem como controlar as operações e determinar o lucro Das sucessivas mudanças e adaptações observase também uma altera ção quanto aos custos ocorridos no âmbito das empresas nas últimas décadas O perfil do custo fabril tem se deslocado Estudos evidenciam o fato de que no início das primeiras indústrias o custo com mão de obra direta era extrema mente elevado no entanto com o avanço tecnológico substituindo o trabalho braçal o aperfeiçoamento cada vez maior em especializarse em determinada área têm forçado uma redução no custo da mão de obra em relação ao custo total do produto Por outro lado os custos como investimentos tecnológicos em máquinas e equipamentos projetos de melhoria de produção de quali dade são fatores que têm encarecido os custos de produção Ante o exposto a contabilidade de custo não pode ser utilizada ape nas para controlar estoques mas atentarse às novas necessidades da sociedade e expectativas do mercado consumidor que estão cada vez mais exigentes com relação a qualidade dos produtos prazos de entregas preços e oferecimento de um traba lho diferenciado INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 22 TERMINOLOGIAS APLICADAS À CONTABILIDADE DE CUSTOS Os termos técnicos utilizados na contabilidade de custos não podem ser con fundidos com as palavras de profissionais de outras áreas de conhecimento por exemplo a economia a matemática e a administração Com a finalidade de possibilitar a apuração e a compreensão das informações das demonstrações contábeis apresentamos alguns conceitos relevantes para o bom entendimento dos termos utilizados pela contabilidade GASTOS Os gastos correspondem aos compromissos financeiros assumidos por aquisi ções necessárias para a obtenção de seus produtos e serviços RIBEIRO 2011 Como exemplos de gastos podemos citar Aquisição compra de medicamentos Aquisição de recursos para a realização de serviços Aquisição de matériaprima para industrialização Aquisições de máquinas equipamentos móveis etc Aquisições de recursos para serem consumidos na administração De acordo com o reconhecimento desses gastos para a empresa eles poderão ser classificados contabilmente como investimentos custos ou despesas DESEMBOLSOS Os desembolsos consistem nos pagamentos entrega de numerários da empresa MARTINS 2010 Os pagamentos são originados da aquisição de bens ou ser viços de terceiros independentemente do período em que serão consumidos Terminologias Aplicadas à Contabilidade de Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 23 Ao analisarmos o termo desembolso podemos diferenciar os conceitos de Regime de Competência e Regime de Caixa Enquanto o Regime de Competência está associado ao período de ocorrên cia dos fatos o Regime de Caixa relacionase aos pagamentos ou recebimentos independe do período de ocorrência dos fatos Um exemplo a contratação de um vigia noturno que prestará seus servi ços no mês de janeiro mas só irá receber no mês subsequente fevereiro Para apuração do resultado de uma operação e seus reflexos patrimoniais esse gasto é de competência do mês de janeiro período em que os serviços foram presta dos mas em termos de Fluxo de Caixa o desembolso será uma ocorrência da movimentação do mês de fevereiro data da saída de dinheiro para pagamento Os pagamentos de medicamentos matériaprima seguros salários energia elétrica máquinas equipamentos são exemplos de desembolsos Os desembol sos podem ocorrer em três momentos Pagamento antecipado anterior a aquisição Pagamento à vista no momento da aquisição Pagamento a prazo após a aquisição Entendese por pagamento antecipado o desembolso efetu ado pela empresa em forma de adiantamento antes mesmo das aquisições por exemplo a compra de medicamentos à vista em um determinado mês para ser entregue em períodos seguintes Os pagamentos à vista como o próprio termo sugere correspondem ao desembolso efetuado no momento na aquisição do bem ou serviço como pagamento pela aquisição de uma peça para manutenção de uma máquina Por fim o pagamento a prazo representa o desembolso após o gasto como a compra de matériaprima para ser consumida imediatamente e paga em períodos subsequentes INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 24 Do exposto os desembolsos correspondem às saídas de numerários do caixa ou do banco da empresa para honrar obrigações assumidas anteriormente no momento ou ainda após a aquisição e utilização de bens ou serviços O desembolso pode ser entendido como sendo o pagamento por algo adqui rido Os gastos normalmente são confundidos com desembolsos no entanto são conceitos distintos enquanto os gastos representam a aquisição de bens ou serviços adquiridos o desembolso é considerado como o pagamento desses bens ou serviços INVESTIMENTOS Os investimentos representam os gastos ativados em função de sua vida útil os investimentos trarão benefícios presentes e futuros MARTINS 2010 Assim os gastos com investimentos permanecem por determinado período de tempo no ativo e posteriormente quando consumidos ou utilizados passam a ser clas sificados como custos despesas ou perdas A aquisição de uma máquina pela empresa no momento da compra é conside rada um gasto Com o registro no imobilizado a máquina passa a ser considerada um investimento Futuramente com o desgaste gerado pelo uso a máquina será transformada em custos ou despesas Portanto todo investimento efetuado pela empresa objetiva a geração de benefícios futuros podem ser resultantes da venda do investimento ou da uti lização no processo produtivo Dessa forma a mercadoria quando adquirida é registrada no ativo com o objetivo de ser vendida no futuro e gerar receita para a empresa Por outro lado a matériaprima é também um investimento pois pode primeiramente ser registrada no ativo para posteriormente ser alocada ao produto como custo PERDAS Consideramse perdas anormais os bens ou serviços consumidos de forma anor mal não programada inesperada ou involuntária VICECONTI NEVES 2013 Terminologias Aplicadas à Contabilidade de Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 25 Um gasto não intencional decorrente de fatores externos são perdas consi deradas inesperadas difíceis de serem previstas alheias ao processo produtivo da empresa Como exemplo de perdas anormais podemos citar as enchentes incêndios desmoronamentos e acidentes Para a redução de riscos dessas perdas a empresa pode utilizar alguns meios como a prevenção de falhas mecânicas conferências periódicas da rede elétrica e hidráulica melhorias em relação a segurança manter bem conservadas as ins talações entre outros Normalmente as perdas anormais reduzem o resultado operacional como é o caso de greves de empregados perda de veículos e de car gas em desastres Existem também as perdas que estão relacionadas com a atividade produtiva da empresa que são consideradas como perdas normais pois normalmente são previsíveis e estimadas durante o processo produtivo Alguns dos exemplos dessas perdas são provenientes de dimensões de matériaprima e corte de máquinas diferenciadas reações químicas evapo ração e outros semelhantes O valor das perdas normais é absorvido pelos custos das operações DESPESAS As despesas da entidade correspondem aos gastos de bens ou serviços consumi dos de maneira direta ou indireta para administrar a empresa e realizar as vendas ou seja são sacrifícios necessários para obtenção da receita MARTINS 2010 As despesas são gastos não associados na produção dos bens ou serviços pois se referem a um determinado período de tempo e não a um determinado produto De acordo com o CPC 00R1 2011 p 12 online1 INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 26 despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o perío do contábil sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e que não estejam relacionados com distribuições aos detento res dos instrumentos patrimoniais Como exemplo de despesa podemos citar o consumo de energia elétrica pela parte administrativa da empresa os honorários advocatícios o material de escri tório consumido depreciação dos computadores do departamento financeiro etc As despesas são classificadas como Contas de Resultado correspondem aos gastos administrativos financeiros comerciais provenientes de natureza não fabril indispensáveis para a colocação dos produtos ou serviços no mercado Pelo fato das despesas estarem relacionadas a um determinado período e não aos produtos elas são evidenciadas na Demonstração do Resultado do Exercício CUSTOS Os custos correspondem aos bens e serviços consumidos no processo produtivo de outros bens e serviços MARTINS 2010 Assim os custos estão associados diretamente à produção de produtos ou serviços A depreciação de uma máquina industrial é considerada um custo pois o uso da máquina redução de vida útil foi efetuado na produção do bem a ser vendido ou no serviço prestado O consumo da energia elétrica do setor industrial também recebe a classi ficação de custo pois representa um gasto consumido pelo produto durante o processo produtivo Os produtos industrializados concluídos com os custos de fabricação a eles atribuídos são primeiramente ativados pela entidade no estoque de Produto Acabado permanecendo no aguardo da venda Uma particularidade dos cus tos é que enquanto o produto não for efetivamente vendido custo realizado aparecem no Ativo do Balanço Patrimonial da empresa em forma de estoque de produtos acabados custo a realizar Os custos reduzem o resultado operacional no momento da realização ou seja na venda Terminologias Aplicadas à Contabilidade de Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 27 Figura 2 Terminologias da contabilidade de custos Fonte a autora Depreendese da figura 2 que os gastos podem ser classificados em Investimentos Custos ou Despesas Os investimentos são gastos registrados no Ativo do Balanço Patrimonial As Despesas são gastos relacionados a um período de tempo independentemente da ocorrência ou ausência de produção dos produtos são evidenciadas na DRE Demonstração do Resultado do Exercício Os custos estão associados a elaboração de produtos só há custos se ocorrer produção Os custos não realizados produtos não vendidos ficam registra dos no Estoque do Balanço Patrimonial No momento da Venda os estoques tornamse Custo dos Produtos Vendidos custos realizados evidenciados na Demonstração do Resultado do Exercício RECEITAS Receita é um dos termos mais fundamentais para a Contabilidade de modo geral corresponde ao ingresso de recursos no ativo da empresa sob forma de dinheiro ou direitos a receber geralmente relacionados à venda de bens ou serviços INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 28 Segundo Franco 1996 p 77 A receita dáse portanto quando da recupe ração do custo venda dos produtos no caso das indústrias independentemente do recebimento antecipado ou futuro do dinheiro As receitas aumentam o patri mônio aparecem refletidas no Balanço Patrimonial quando à vista no Caixa e se a venda for a prazo em Duplicatas a Receber De acordo com o CPC 00 R1 2011 p 12 online1 receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos que resultam em aumentos do patrimônio líquido e que não estejam relacionados com a contribuição dos deten tores dos instrumentos patrimoniais Normalmente as receitas são provenientes de vendas de bens serviços ou mer cadorias advindas da atividade principal da empresa No entanto muitas vezes as empresas podem obter receitas de atividades acessórias como venda de um veículo do ativo imobilizado e nesse caso a receita normalmente é classificada como outras receitas operacionais uma vez que a sua ocorrência não está dire tamente relacionada com a venda de produtos correspondentes a atividade principal da empresa RECEBIMENTOS Os recebimentos correspondem a entradas de recursos no caixa da empresa ou nas contas bancárias como o recebimento de duplicatas o recebimento pela venda de veículos usados depósitos à vista efetuados por clientes MARTINS 2010 É importante notar que o recebimento não está relacionado com a realiza ção da receita pois as vendas podem ser efetuadas com promessa de pagamento futuro Venda a prazo não corresponde a entrada efetiva de recursos financeiros na empresa no ato mas um direito a crédito pactuado Classificação dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 29 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS A depender do interesse e da metodologia empregada diferentes são as possibi lidade de classificações empregadas na contabilidade de custos BRUNI FAMÁ 2004 apud SIVEIRO GUITIERREZ 2008 p 37 online2 Os sistemas de contabilidade de custos aplicados no controle de custos podem ser classificados tradicionalmente quanto a forma de apropriação aos produtos e em relação ao volume de produção CUSTOS QUANTO À APROPRIAÇÃO AOS PRODUTOS Consideramse custos de produção todos os gastos relacionados diretamente ou indiretamente a um determinado produto acabado Os custos correspondem aos materiais mão de obra seguro da fábrica e outros elementos de custos que são consumidos no processo de transformação de materiais em produtos acabados Os custos de produção para Atkinson et al 2000 p 126 são todos aqueles gastos em transformar matériaprima em produto acabado por exemplo custos diretos materiais direto e mão de obra direta e custos indiretos apoio à produção Desse modo uma vez conhecidos os gastos consumidos no processo produ tivo podemos classificar os custos em relação à forma de associação aos produtos fabricados como custos diretos e custos indiretos a Custos diretos Os custos diretos são objetivos estão diretamente apropriados aos produ tos podem ser identificados como pertencentes a cada unidade produzida MARTINS 2010 Os custos diretos apropriados aos produtos podem ser medi dos em quilos em horas em quantidade ou em qualquer outra unidade de medida Dessa forma classificamse como custos diretos aqueles gastos apropriados aos produtos facilmente alocados diretamente no cálculo do custo total do pro duto passíveis de serem mensurados quantificados não geram dúvida alguma quanto ao fato de fazerem referência a esta ou àquela unidade INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 30 O melhor exemplo de custo direto corresponde a matériaprima consumida no processo produtivo no entanto há outros custos que podem ser alocados diretamente como Material secundário Material de embalagem Mão de obra direta Energia elétrica direta Assim percebese que para serem considerados custos diretos de produção devem ser perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva não oferecendo dúvida quanto ao fato de realmente pertencerem a determinada unidade de produto No entanto a classificação de custos diretos pode variar de uma empresa para outra por exemplo em uma atividade empresarial do ramo de lâminas de alumínio a energia elétrica é classificada como custo direto pelo fato do seu con sumo ser intensivo por outro lado em uma indústria de parafusos a energia elétrica é considerada custos indiretos pela difícil mensuração de energia des pendida em cada unidade produzida b Custos indiretos Os custos indiretos não são objetivos são incorridos dentro de um processo produtivo mas não têm relação direta com os produtos acabados não pode ser identificada como pertencentes a esta ou àquela unidade MARTINS 2010 Alguns exemplos de custos indiretos são os gastos com Mão de obra da supervisão Aluguel da fábrica Energia elétrica da fábrica Seguro do setor produtivo Classificação dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 31 Consideramse custos indiretos de produção aqueles gastos que não são passí veis de serem identificados diretamente com cada uma das unidades produzidas precisam ser apropriados aos produtos acabados por algum critério de rateio ou estimativa artifícios utilizados para distribuir os custos aos itens a que se referem A apropriação dos custos indiretos aos produtos é muito subjetiva a mão de obra indireta por exemplo pode ser rateada em razão do número de empre gados do número de horas do consumo de materiais diretos etc CUSTOS EM RELAÇÃO AO VOLUME DE PRODUÇÃO Além da classificação dos custos em diretos e indiretos há outras formas de classificálos Os proprietários ou administradores do negócio estão sempre interessados em informações quanto ao comportamento dos custos quando da ocorrência de alguma alteração no volume de produção Para atender as neces sidades desses usuários a contabilidade passou a classificar os custos quanto ao volume de produção em custos fixos e variáveis INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 32 a Custos fixos Consideramse custos fixos aqueles gastos que não mudam em função da quan tidade produzida independentemente do volume de produção dentro do limite de uma capacidade instalada VICECONTI NEVES 2013 Mesmo que não haja produção em determinado período de tempo por falta de materiais falta de energia elétrica greves ou outras ocorrências de praxe os custos fixos sem pre ocorrerão Alguns exemplos de custos fixos podem ser Salários dos supervisores dos setores produtivos Seguro da fábrica Aluguel da instalação Aluguel das máquinas industriais Como conseqüência do acima exposto temse que os custos fixos não estão rela cionados ao volume produzido no período Na hipótese da produção de milhares de itens a cada unidade produzida alocará parte dos custos fixos por outro lado na ocorrência da produção de uma única unidade os custos fixos se manterão os mesmos e deverão ser totalmente alocados a essa unidade solitária Assim podese constatar que uma mudança de volume de unidades produ zidas em um determinado período de tempo dentro de um limite de capacidade instalada não altera o valor dos custos fixos para mais ou para menos Segue um exemplo de custos fixos totais recebidos por unidades produzidas Tabela 1 Custos fixos totais do período e unitários Período Custos fixos do período Volume de produção Custos fixos por unidade 01 300000 30000 unidades 1000 02 300000 60000 unidades 500 03 300000 80000 unidades 375 Fonte a autora Do exemplo da tabela já exposta verificamos que os custos fixos normalmente mantêm seu valor total fixo em determinado período independentemente do Classificação dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 33 volume de produção Os custos fixos são alocados aos produtos por estimativa ou pela escolha de um critério de rateio Ainda quanto maior a produção menor serão os custos fixos suportados por unidade produzida uma vez que o custo fixo permanente é diluído para um número maior de unidades produzidas Figura 3 Comportamentos dos custos fixos em relação ao volume de produção Fonte a autora De acordo com a figura 3 os custos fixos permanecem constantes mesmo aumen tando determinada quantia de produtos b Custos variáveis Custos variáveis são os gastos que oscilam em relação a proporção da quanti dade de unidades produzidas na empresa MARTINS 2010 Alguns exemplos de custos variáveis são Matériaprima Material de embalagem Desse modo a quantidade de matériaprima a ser consumida é proporcional ao volume de produção isto é quanto maior for a quantidade de unidades pro duzidas maiores deverão ser as aquisições de matériaprima da mesma forma quanto menor for a quantidade de unidades produzidas menores deverão ser as aquisições de matériaprima INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 34 Para o exemplo da matériaprima o custo se altera em valor monetário na mesma proporção em que ocorrem as alterações na quantidade física de produto indus trializado O custo variável de cada unidade não é influenciado pelo número de unidades produzidas Assim percebemos que os custos variáveis alteram para mais ou para menos na proporção em que as quantidades produzidas se elevam ou se retraem salvo exceções como o de obtenção de descontos comerciais de valores consideráveis na aquisição dos custos considerados como variáveis Tabela 2 Consumo de materiais diretos por unidade Período Produção do período Consumo de matériaprima por unidade Consumo total de matériaprima 01 10000 unidades 1 metro 10000 metros 02 15000 unidades 1 metro 15000 metros 03 20000 unidades 1 metro 20000 metros Fonte a autora Classificação dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 35 Ante o exposto verificamos que os custos variáveis normalmente mantêm seu valor constante em cada unidade produzida independente do volume de pro dução bem como a sua alocação aos produtos podem ser feitas de forma direta dispensando qualquer forma de rateio ou estimativa Figura 4 Comportamentos dos custos variáveis em relação ao volume de produção Fonte a autora De acordo com a figura 4 os custos variáveis aumentam proporcionalmente com a quantidade das unidades produzidas quanto maior o quantidade produzida maior será o custo Neste caso caso não ocorra produção não há consumo de custo variável Além da classificação em custos fixos e custos variáveis os custos também podem ser classificados como semifixos e semivariáveis c Custos semifixos Os custos semifixos correspondem aos custos que são fixos até um determinado limite de produção mas que se alteram em razão da mudança da capacidade instalada Como exemplo suponhamos que uma empresa aumente muito o volume de produção necessitando alugar outro imóvel O custo do aluguel é fixo no entanto com o aumento da produção há também um aumento no custo fixo do aluguel INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 36 Figura 5 Comportamentos dos custos semifixos em relação ao volume de produção Fonte a autora De acordo com a figura acima os custos fixos permanecem constantes mesmo aumentando determinada quantia de produtos no limite da capacidade instalada Aumentando a capacidade instalada há um aumento nos custos fixos perma necendo constante mesmo aumentando o volume de produtos dentro do limite desta nova capacidade instalada d Custos semivariáveis Os custos semivariáveis correspondem aos custos variáveis que não acompa nham proporcionalmente a variação do volume de produção São gastos que se mantêm fixos até um determinado limite de produção mas que passam a ser variáveis a partir de uma alteração no volume de produção Como exemplo podemos citar a água Ela pode ser classificada como um custo fixo até o limite do consumo mínimo da fatura mas que com o aumento no volume de produção também há um aumento no consumo Assim a medida que o consumo da água cresce em razão do aumento da produção o custo tam bém aumenta Classificação dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 37 Figura 6 Comportamentos dos custos semivariáveis em relação ao volume de produção Fonte a autora De acordo com a figura 6 os custos fixos permanecem constantes até um deter minado volume de produção e que com o aumento da produção dos custos passam a se comportar como custo variável Ao ser publicada no Diário Oficial da União DOU a NBC TSP EC revogou a Resolução nº 7501993 que dispõe sobre os Princípios de Contabilidade Revogar a Resolução nº 7501993 porém não significa que os Princípios de Contabilidade estejam extintos A revogação visa à unicidade conceitual indispensável para evitar divergências na concepção doutrinária e teórica Agora a norma conceitual a ser seguida pelos profissionais contábeis cor responde a NBC TG Estrutura Conceitual Estrutura Conceitual para Elabo ração e Divulgação de Relatório ContábilFinanceiro publicada em 2011 Essa norma divide as características qualitativas da informação contábilfi nanceira em características qualitativas fundamentais e de melhoria Fonte a autora INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 38 Prezadoa acadêmicoa essa unidade foi o início de caminhada para compreen der a contabilidade de custos Como você percebeu a terminologia os conceitos e as classificações constituem a base para construção do conhecimento contá bil Na próxima unidade você aprenderá a apurar o custo direto dos produtos Revogação da Resolução nº 7501993 será o fim dos princípios de contabi lidade A NBC TSP Estrutura Conceitual revogou a Resolução nº 75093 que trata dos Princípios de Contabilidade Ocorre que os princípios já estavam descri tos na Estrutura Conceitual Básica o CPC 00 R1 não como princípio mas como característica qualitativa da informação Fonte a autora Considerações Finais Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 39 CONSIDERAÇÕES FINAIS Não apenas a contabilidade financeira como também a contabilidade de custos surgiram em virtude da necessidade da sociedade e foram evoluindo e se adap tando aos novos anseios por meio da aplicação e do uso Na era Mercantilista a contabilidade de custo era extremamente simples uti lizada para apuração do custo e do lucro no entanto com o advento das empresas industriais a contabilidade de custo passou a ser mais exigida sendo utilizada como forma de controle formação do preço de venda e principalmente como auxílio na tomada de decisão dos gestores do negócio Para uma perfeita compreensão dos usuários acerca dos termos contábeis constantes dos demonstrativos a contabilidade de custo utiliza uma termino logia própria uniformizando os conceitos de gastos investimentos custos despesas receita e outros O procedimento de apuração do custo de produtos é mais complexo que a apuração do custo das mercadorias O custo da mercadoria corresponde ao custo de aquisição acrescida dos gastos necessários para colocála em condição de venda enquanto que o custo dos produtos corresponde aos custos dos mate riais adquiridos acrescidos de outros gastos de transformação como por exemplo a mão de obra energia elétrica e depreciação dos equipamentos de produção Os custos dos produtos podem ser classificados em custos diretos e indire tos enquanto que no primeiro a apropriação ao produto se faz por estimativas já no segundo os custos são apropriados diretamente por meio de uma medida de consumo Os custos também podem ser classificados em relação ao volume de produção custos fixos e variáveis Dentro de um limite de capacidade instalada de produção os custos fixos permanecem constantes por outro lado os custos variáveis variam proporcio nalmente ao volume de produção Esta unidade possibilitou compreender os conceitos dos principais termos utilizados no decorrer deste livro sem os quais o aprendizado do conteúdo pode ria ser totalmente comprometido 40 1 De acordo com as Terminologias Contábeis assinale V se for Verdadeiro ou F se for Falso nas sentenças abaixo Os investimentos podem ser posteriormente classificados como custos O desembolso com material de escritório é a terminologia dada ao paga mento A aquisição à vista de matériaprima é considerada diretamente como custo dos produtos industrializados A perda de matériaprima pode ser considerada como consumo normal no período As despesas são gastos administrativos e financeiros no período necessá rios à colocação do produto no mercado Os custos estão associados à elaboração de produtos eou serviços As despesas não estão associadas ao consumo do período 2 Correlacione os termos contábeis com as respectivas definições 1 Custos 2 Despesas 3 Investimentos 4 Receitas 5 Desembolsos Gastos ativados objetivando benefícios futuros Entradas de elementos financeiros relacionados às vendas Bens consumidos para obtenção de receita Gastos destinados ao processo produtivo Pagamentos de bens adquiridos 3 Classifique as sentenças de acordo com a terminologia contábil em C Custos D Despesas R Receita P Perda O Desembolso e I Investimento Os fatos contábeis abaixo ocorreram em um determinado período em uma in dústria de produtos alimentícios Aquisição de veículos Pagamento antecipado de fornecedores Matériaprima danificada Consumo de energia elétrica do setor administrativo Depreciação da máquina industrial em sacrifício do uso do período 41 Venda a prazo de produtos Desfalque do estoque proveniente de roubo Depreciação dos computadores do setor financeiro da empresa Pagamento de matériaprima a ser consumida no futuro Manutenção das máquinas industriais Aquisição de ações de outras companhias Consumo de energia elétrica pelo setor industrial Consumo de água no setor de vendas 4 Abelardo é o novo empregado do Hospital Vida de Bem Um equipamento de Ressonância foi adquirido para pagamento em 120 parcelas mensais Abelar do não sabe se o registro contábil do documento corresponde a um gasto ou desembolso Objetivando auxiliar o empregado diferencie os termos gasto e desembolso 5 Um único gasto pode ter diferentes classificações variado de acordo com o fluxo que esse gasto faz na empresa Objetivando compreender os conceitos indique a terminologia apropriada em cada uma das situações a A compra de matériaprima representa uma despesa b Quando a matériaprima é consumida na produção há um desembolso 6 Os gastos podem ser classificados como investimentos custos e despesas Assi nale a alternativa correta I A comissão de vendedores é um gasto considerado custo de produção II A conta Salários a Pagar é uma conta de resultado III Os gastos com salários dos supervisores são considerados custos IV O ordenado dos operários da fábrica é considerado despesa a I está correta b II e III estão corretas c IV está correta d III e IV estão corretas e Nenhuma das alternativas 42 7 Correlacione os termos contábeis com as respectivas definições 1 Custos 2 Despesas 3 Investimentos 4 Receitas 5 Desembolsos Débito Fornecedores Créditos Banco Conta Movimento Débito Duplicatas a Receber Crédito Vendas de Produtos a Prazo Débito Matériaprima estoque Crédito Fornecedores Débito Mão de obra Direta Produto A Crédito Salários a Pagar Débito Aluguel da Administração Crédito Aluguel a Pagar 8 De acordo com as Terminologias Contábeis assinale V se for Verdadeiro ou F se for Falso nas sentenças abaixo A classificação dos custos em diretos e indiretos é realizada em relação ao volume de produção A classificação dos custos em fixos e variáveis é realizada em relação ao volume de produção Os custos semifixos têm como características uma parte dos custos fixos e outra parte variável Os custos diretos são alocados aos produtos passíveis de serem mensura dos monetariamente Os custos fixos correspondem aos custos com aluguéis uma vez que o valor do aluguel é o mesmo durante determinado período de tempo Os custos indiretos são alocados aos produtos fabricados por critério de rateio 43 9 A compreensão da terminologia contribui para a construção do conhecimento acerca do custo total do produto Tomando por base a terminologia de custos leia as afirmações e assinale a alternativa correta I A classificação dos custos em fixos e variáveis está relaciona da com a variação do volume de produção II Todo o salário e os encargos dos empregados da produção são sempre classificados como custos diretos III Os custos indiretos correspondem aos gastos que não se al teram em razão da variação do volume de produção até o limite de uma capacidade instalada IV Os custos semivariáveis correspondem aos custos semifixos Assinale a alternativa correta a I está correta b I e II estão corretas c I e III estão corretas d Todas estão corretas e Nenhuma está correta 44 A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE NO BRASIL O conhecimento da história permite entender o presente e melhorar o futuro Na histó ria da contabilidade não é diferente o estudo da história contábil permite entender a profissão sua evolução no tempo influências recebidas razões de procedimentos ado tados hoje e quiçá identificar contribuições para o futuro A história contábil no Brasil ainda carece de estudos aprofundados e comprovações cientÍficas sobretudo em rela ção a possíveis eventos anteriores ao período colonial Necessário se faz que historiadores universidades e até conselhos se interessem pelo tema e dediquemse a um estudo mais aprofundado visto ser a contabilidade uma ci ência vital no controle do patrimônio capaz de proporcionar aos interessados análises estáticas e dinâmicas O mundo globalizado em consequência do capitalismo é uma realidade cada vez mais presente na vida de todos os seres humanos Nesta era do co nhecimento o conhecimento está cada vez mais que nos permite errar por opção Nova mente se conhecendo a história pode se visualizar o que deu certo e o que deu errado permitindo se fazer o planejamento que é uma característica fundamental na vida das sociedades O mundo evolui sempre e penaliza quem não acompanha essa evolução A contabilidade nesse contexto vem se adequando aos períodos desta evolução sob pena de se tornar obsoleta e cair em desuso Fatos como a expansão comercial inven ção da imprensa e revolução industrial foram exemplos em que exigiram adequações contábeis como técnicas de controle informações para o âmbito gerencial apuração de custos e auditoria A contabilidade data dos primórdios das civilizações estando assim atrelada ao próprio desenvolvimento da humanidade avançando em determinadas épocas e estagnado em outras portanto bastante ligada às necessidades humanas fato este que impede a ciência de equalizar fórmulas e sim desenvolver adaptações em que se enquadrem oportunamente as situações Buscase com este trabalho apresentar um estudo resumido da evolução contábil no Brasil tendo como ponto de partida o próprio descobrimento até aos dias atuais destacando principais ocorrências e contextualizan do a evolução no tempo cronológico Fonte Silva Assis 2015 p 36 online3 Material Complementar MATERIAL COMPLEMENTAR Custos análise e gestão 2006 Evandir Megliorini Editora Pearson Sinopse esta obra de Custos mantém a linguagem acessível e a didática única repleta de exemplos e exercícios que fizeram da obra uma referência Além disso traz dois novos capítulos um sobre ética na apuração dos custos e outro sobre custos que ocorrem fora do ambiente de produção mantendo o livro atualizado com as discussões mais recentes da área Indicado para estudantes de ciências contábeis administração e economia Custos é também indispensável na biblioteca de gestores que para tomarem decisão precisam lidar com tópicos como apuração de resultados e avaliação de estoques Muito embora o objetivo desta obra não seja a origem da contabilidade do Brasil o conhecimento acerca das origens e evolução da contabilidade pode auxiliar você alunoa a compreender a contabilidade como é atualmente Acesse httpwww portaldecontabilidadecombrtematicashistoriahtm REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS ATKINSON Anthony A et al Contabilidade gerencial São Paulo Atlas 2000 COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS CPC CPC 26 R1 Apresentação das Demonstrações Contábeis 2011 Disponível em wwwcpcorgbr FRANCO Hilário Contabilidade industrial 9 ed São Paulo Atlas 1996 IUDÍCIBUS Sergio de Teoria da contabilidade 11 ed São Paulo Atlas 2015 MARTINS Eliseu Contabilidade de custos 10 ed São Paulo Atlas 2010 RIBEIRO Osni Moura Contabilidade de custos São Paulo Saraiva 2011 SILVA César Augusto Tibúrcio NIYAMA Jorge Katsumi Teoria da contabilidade 3 ed São Paulo Atlas 2013 VICECONTI Paulo NEVES Silvério das Contabilidade de custos um enfoque dire to e objetivo 11 Ed São Paulo Saraiva 2013 REFERÊNCIAS ONLINE 1 Em httpwwwcpcorgbrCPCDocumentosEmitidosPronunciamentosPro nunciamentoId2 Acesso em 26 abr 2017 2 Em httprevistaunivemedubrREGRADarticleview244248 Acesso em 26 abr 2017 3 Em httprevistafaculdadeprojecaoedubrindexphpProjecao1articleview File579544 Acesso em 26 abr 2017 46 REFERÊNCIAS 47 GABARITO 1 V V F V V V F 2 3 4 2 1 5 3 I O P D C R P D O C I C D 4 Os gastos correspondem às aquisições enquanto o desembolso ao pagamento 5 Investimentos são os gastos ativados como exemplo contabilização da aqui sição de matéria prima Custos são bens consumidos durante o processo pro dutivo na produção de outros bens como exemplo madeira consumida na produção de móveis Despesas são gastos necessários para obtenção de receita exemplo o frete sobre a venda 6 Nenhuma das alternativas e somente III está correta 7 5 4 3 1 2 8 F V F V V V 9 A UNIDADE II Professora Me Juliana Moraes da Silva CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Objetivos de Aprendizagem Compreender a composição do custo direto do produto Apurar o custo dos materiais diretos por produto Calcular o custo mão de obra direta por hora e por produto Plano de Estudo A seguir apresentamse os tópicos que você estudará nesta unidade Material direto Custo do material direto Custo da mão de obra direta INTRODUÇÃO Uma forma simples de representar o resultado de qualquer empresa corresponde às receitas auferidas deduzidas dos custos e despesas ocorridas Para obtenção de resultados satisfatórios as empresas se empenham na produção de bens e servi ços para serem comercializados Em uma empresa industrial os custos dos produtos fabricados são mais com plexos que nas comerciais ou prestadoras de serviços Enquanto na primeira os custos são representados basicamente pelos custos de aquisição das mercado rias acrescidos dos gastos necessários para colocálas em condição de venda na segunda os custos são compreendidos pelo dispêndio com materiais mão de obra e outros custos de transformação Muitos elementos são consumidos no processo produtivo das empresas industriais materiais secundários materiais de embalagens mão de obra encar gos sociais benefícios energia elétrica depreciações etc Nesta unidade abordaremos os dois grandes grupos de elementos que incor poram os custos dos produtos fabricados materiais diretos e mão de obra direta Primeiramente será apresentado as formas de inventariar os materiais e os cri térios de avaliação de estoque posteriormente identificamos os valores que irão compor o custo dos materiais Será que o custo com materiais corresponde ao valor da aquisição constante da nota fiscal Para efeito de apuração de custos a mão de obra pode ser classificada como sendo direta e indireta Mas afinal como apurar o custo com mão de obra direta Seria apenas o valor contratado E os encargos Os benefícios trabalhistas tam bém compõem o custo do produto Ao final desta unidade você saberá quantificar o tempo que o empregado fica à disposição do empregador o custo anual desse empregado bem como o custo unitário da hora de mão de obra a ser alocada aos produtos Não vamos mais perder tempo É hora de começar a apurar o custo dos produ tos Iniciaremos pelos custos diretos dos produtos material e mão de obra direta Introdução Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 51 CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 52 MATERIAL DIRETO Dentre os elementos que incorporam o custo industrial dos produtos fabricados o material direto é o que normalmente constitui a maior proporção nos produ tos acabados Considerase como material direto a matériaprima o material secundário e às vezes o material de embalagem A eficiência do controle desses materiais possibilita uma melhor apuração de resultado devido a sua grande influência no custo dos produtos fabricados Os materiais diretos correspondem aos materiais apropriados aos produtos passíveis de serem diretamente identificados com esta ou com aquela unidade produzida Caso haja impossibilidade de quantificação monetária alocada diretamente em cada unidade produzida não poderá receber a classificação de material direto MARTINS 2010 A matériaprima é o principal material direto apropriado aos produtos O material secundário é um material direto apropriado ao produto em menor quan tidade A embalagem é o material utilizado para embalar os produtos acabados Como exemplo vamos considerar a produção de um guarda roupa Para produzir um guarda roupa muitos elementos são consumidos madeira para fuso puxadores papelão etc Dentre os materiais citados podemos dizer que a madeira é o material direto mais utilizado na fabricação de móveis conside rada por isso de matériaprima Por outro lado o parafuso e puxadores também são materiais diretos mas pela menor proporção incorporada ao produto são considerados como materiais Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 53 secundários diretos Por fim temse a caixa de papelão utilizada para emba lar o produto considerada como material direto classificada como material de embalagem Outros materiais são consumidos na produção como a lixa estopa pincel etc No entanto são classificados como materiais indiretos por isso não abordaremos neste momento SISTEMAS DE INVENTÁRIOS Os sistemas de inventários correspondem às formas como a empresa controla o consumo dos materiais Existem duas formas de controlar os estoques inventá rio periódico e inventário permanente RIBEIRO 2011 INVENTÁRIO PERIÓDICO Como o próprio nome sugere é um inventário realizado de período em período consiste em levantar o consumo dos materiais venda ou uso somente no final de um período Muitas empresas fazem esse levantamento apenas no fechamento do Balanço Patrimonial coincidindo com o final do exercício social A apuração do consumo do período é realizada de forma bem simples levan tase o valor do estoque no início do período somase todas as aquisições e por fim subtraise o estoque final apurado na contagem Consumo de material direto Estoque Inicial Compras Estoque Final Como exemplo vamos considerar a empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda As compras de materiais diretos realizadas no ano 20XX cor responderam a 300000 o estoque no início do período era de 10000 e o estoque no final do período apurado pela contagem foi de 60000 Qual foi então o custo de materiais diretos do período de 20XX CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 54 Custo de material direto EI C EF Custo de material direto 10000 300000 60000 250000 Dessa forma o custo com materiais diretos dos produtos vendidos no período corresponde a 250000 INVENTÁRIO PERMANENTE Nesse tipo de inventário os materiais são controlados na ficha de controle de estoque de forma contínua Todas as compras vendas ou requisições são contro ladas individualmente O objetivo do inventário permanente é identificar os custo dos produtos vendidos e o custo dos produtos estocados ainda não vendidos Figura 1 Modelo de ficha de controle de estoque Fonte a autora Pela ficha de controle de estoque o valor do estoque pode ser levantado a qual quer momento independente da época do fechamento do Balanço Patrimonial Dessa forma no inventário permanente não é preciso realizar a contagem física dos materiais exceto no caso de necessidade de conferência Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 55 CUSTO DO MATERIAL DIRETO Normalmente os materiais diretos não são totalmente consumidos ou transfor mados em produtos no momento da aquisição são primeiramente registrados no ativo mais especificamente nos estoques permanecendo no aguardo de requi sições para consumo De acordo a Lei 6404 de 1976 os ativos serão avaliados pelo valor justo o preço pelo qual possam ser repostos ou pelo valor de aquisição Mas qual é o valor de aquisição Para atender o fisco a contabilidade de custo é escriturada de acordo com a legislação e com os princípios contábeis assim para compor o custo do estoque contabilmente registramos o bem com o valor da aquisição acrescido do seguro frete armazenagem e outros gastos indispensáveis para colocálos em condi ção de venda ou utilização Além disso devem ser deduzidos todos os tributos que são compensáveis pela empresa no momento da venda IPI PIS COFINS e ICMS pois esses tributos recuperáveis não constituem custos para a empresa A regra é bem simples compõe o custo do bem o valor de compra acrescido dos gastos necessários para colocálo em condição de uso ou venda deduzidos os tributos recuperáveis O valor justo corresponde ao valor do mercado assim o estoque deve estar avaliado pelo valor de aquisição ou o valor justo dos dois o menor Caso o valor do mercado seja inferior ao valor registrado a empresa deve ajustar o valor do estoque Débito Despesas com Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado despesa Crédito Provisão para Ajuste ao Valor do Mercado redutora do Ativo CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 56 Vejamos os exemplos EXEMPLO 1 A empresa de ralos Rolls Comércio Ltda é contribuinte de ICMS paga ICMS na compra e também vende com ICMS mas não recolhe IPI veja mos como fica o custo do material adquirido valor pago ao fornecedor valor total da nota de compra com IPI ICMS embutido no valor da nota fiscal de compra seguro frete pago pelo comprador FOB ICMS do frete custo do material valor que estará registrado no estoque EXEMPLO 2 A indústria de janelas Win Ltda é contribuinte de ICMS e o IPI é recuperável Vejamos como fica o custo do material adquirido valor pago ao fornecedor valor total da nota de compra com IPI IPI ICMS embutido no valor da nota fiscal de compra seguro frete pago pelo comprador FOB ICMS sobre o frete custo do material valor que estará registrado no estoque Nesse exemplo vemos que o IPI e o ICMS não compõe o custo do material No enunciado do exemplo consta a informação de que a empresa é contribuinte do ICMS assim a empresa compra material com ICMS e vende produto com ICMS portanto o ICMS da compra pode ser compensado com o ICMS da venda Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 57 Figura 2 Representação da compensação do ICMS Fonte a autora Por fim alguns gastos como juros incorridos pelo atraso de pagamentos não podem ser incorporados ao custo do produto deverão ser registrados como despesas do período MÉTODO DE AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES Avaliar os estoques é uma das tarefas essenciais da contabilidade O custo inter fere diretamente no resultado do exercício dessa forma um péssimo controle dos estoques dos materiais pode distorcer todo o cálculo do custo do produto e consequentemente influenciar negativamente o resultado do período A avaliação do estoque seria extremamente simples se todas as aquisições fossem realizadas nas mesmas condições no entanto as aquisições podem ocor rer em condições variadas de preços fornecedores formas de pagamento etc Provavelmente constam dos estoques unidades de um mesmo item com custos distintos de aquisição Face às condições variáveis de aquisição avaliar o estoque nada mais é do que controlar o custo dos bens consumidos ou vendidos e os bens em estoque Existem vários critérios de avaliação dos estoques mas abordaremos ape nas os quatro principais Preço específico PEPS primeiro a entrar primeiro a sair do termo inglês FIFO first in first out CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 58 UEPS último a entrar primeiro a sair do termo inglês LIFO last in first out Custo médio ponderado a Preço específico Esse critério de avaliação de estoque é utilizado somente quando é possível iden tificar e controlar o preço individualizado de cada uma das unidades estocadas e suas respectivas baixas por venda ou consumo pelo mesmo valor de entrada O controle individualizado de cada um dos elementos é a principal carac terística desse método de avaliação dos estoques Ainda é realizado de acordo com as normas contábeis e aceito pelo fisco O referido método é aplicado principalmente pelas empresas que indus trializam ou comercializam poucas unidades nos estoques ou quando os bens movimentados são de elevado valor unitário por exemplo as empresas do ramo automobilístico aeronáutica marinha construção civil e outras Visando obter um melhor entendimento acerca desse método segue um exemplo ilustrativo EXEMPLO 3 A empresa Gutamoc Comércio de Móveis Ltda teve no mês de janeiro do ano de 20XX as seguintes movimentações 0501XX Compra de dois guardaroupas de luxo sendo um do modelo A número de série 2587 no valor de 5000 mais frete de 100 e o outro do modelo B número de série 2589 no valor de 6000 mais frete de 150 0701XX Compra de um guardaroupa do modelo B número de série 2658 no valor de 7000 mais frete de 200 1001XX Venda de um guardaroupa modelo B número de série 2658 pelo valor de 10000 1301XX Compra de um guardaroupa modelo A número de série 2678 no valor de 5600 mais frete de 100 e impostos recuperáveis de 500 incluso na nota fiscal Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 59 2501XX Compra de um guardaroupa modelo B número de série 2754 no valor de 8000 com frete incluso na nota fiscal ainda há imposto recuperável no valor de 1000 também incluso na nota fiscal 2801XX Venda de dois guardaroupas modelo A número de série 2587 e 2678 pelos valores de R 9000 e 11000 respectivamente Assim as fichas de controle de estoque dos guardaroupas modelos A e B segundo o método de avaliação de estoque pelo preço específico são as seguintes Tabela 1 Ficha de controle de estoque do guardaroupa modelo A custo específico Mercadoria Guardaroupa Modelo A Método Custo Específico Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 01 5100 5100 01 5100 5100 1301XX Compra 01 5200 5200 01 01 5100 5200 5100 5200 2801XX Venda 01 01 5100 5200 5100 5200 Fonte a autora Tabela 2 Ficha de controle de estoque do guardaroupa modelo B custo específico Mercadoria Guardaroupa Modelo B Método Custo Específico Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 1 6150 6150 1 6150 6150 0701XX Compra 1 7200 7200 1 1 6150 7200 6150 7200 1001XX Venda 1 7200 7200 1 6150 6150 2501XX Compra 1 7000 7000 1 1 6150 7000 6150 7000 Fonte a autora CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 60 Tomando por base o critério Preço Específico vamos apurar o resultado do período Tabela 3 Resultado do controle pelo preço específico DESCRIÇÃO CÁLCULO VALOR EM Receita Bruta 10000 9000 11000 30000 Custo das Mercadorias Vendidas 5100 5200 7200 17500 Resultado do Período lucro 30000 17500 12500 Fonte a autora No entanto devido ao volume elevado de produção a variância de materiais datas e preços de aquisições diferenciados é praticamente impossível contro lar individualmente os bens adquiridos na maioria das empresas Assim outros métodos de avaliação de estoques são utilizados b PEPS Primeiro a entrar primeiro a sair Para este critério de avaliação de estoques os materiais utilizados são baixados dos estoques pelo valor das primeiras entradas nos estoques ou seja pelo valor dos materiais adquiridos há mais tempo Com base nesse critério para Martins et al 2013 p 106 À medida que ocorrem as vendas ou o consumo vaise dando baixa a partir das primeiras com pras o que equivale ao seguinte raciocínio vendemse ou consomemse antes as primeiras mercadorias compradas Segue um exemplo ilustrativo EXEMPLO 4 A empresa Gutamoc Comércio de Móveis Ltda teve no mês de janeiro do ano de 20XX as seguintes movimentações 0501XX Compra de dois guardaroupas de luxo sendo um dos mode los A número de série 2587 no valor de 5000 mais frete de 100 e o outro do modelo B número de série 2589 no valor de 6000 mais frete de 150 0701XX Compra de um guardaroupa do modelo B número de série 2658 no valor de 7000 mais frete de 200 Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 61 1001XX Venda de um guardaroupa modelo B número de série 2658 pelo valor de 10000 1301XX Compra de um guardaroupa modelo A número de série 2678 no valor de 5600 mais frete de 100 e impostos recuperáveis de 500 incluso na nota fiscal 2501XX Compra de um guardaroupa modelo B número de série 2754 no valor de 8000 com frete incluso na nota fiscal ainda há imposto recuperável no valor de 1000 também incluso na nota fiscal 2801XX Venda de dois guardaroupas modelo A número de série 2587 e 2678 pelos valores de 9000 e 11000 respectivamente Assim as fichas de controle de estoque dos guardaroupas modelos A e B segundo esse método PEPS são as seguintes Tabela 4 Ficha de controle de estoque do guardaroupa modelo A PEPS Mercadoria Guardaroupa Modelo A Método PEPS Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 01 5100 5100 01 5100 5100 1301XX Compra 01 5200 5200 01 01 5100 5200 5100 5200 2801XX Venda 01 01 5100 5200 5100 5200 Fonte a autora Tabela 5 Ficha de controle de estoque do guardaroupa modelo B PEPS Mercadoria Guardaroupa Modelo B Método PEPS Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 01 6150 6150 01 6150 6150 0701XX Compra 01 7200 7200 01 01 6150 7200 6150 7200 1001XX Venda 01 6150 6150 01 7200 7200 2501XX Compra 01 7000 7000 01 01 7200 7000 7200 7000 Fonte a autora CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 62 Tomando por base o critério PEPS vamos apurar o resultado do período Tabela 6 Resultado pelo critério PEPS DESCRIÇÃO CÁLCULO VALOR EM Receita Bruta 10000 9000 11000 30000 Custo das Mercadorias Vendidas 5100 5200 6150 16450 Resultado do Período lucro 30000 16450 13550 Fonte a autora Utilizando o PEPS os custos tendem a ficar avaliados por um valor menor uma vez que o valor de saída leva em consideração o estoque mais antigo Esse cri tério é realizado de acordo com os princípios contábeis e é aceito pela Receita Federal na apuração do Imposto de Renda uma vez que considerando um custo menor o lucro contábil base de cálculo de tributos sobre lucro tornase maior c UEPS Último a entrar primeiro a sair Nesse método os materiais utilizados são baixados dos estoques pelo valor das últimas entradas nos estoques ou seja pelo valor mais recente dos materiais adquiridos Segue exemplo elucidativo EXEMPLO 5 A empresa Gutamoc Comércio de Móveis Ltda teve no mês de janeiro do ano de 20XX as seguintes movimentações 0501XX Compra de dois guardaroupas de luxo sendo um do modelo A número de série 2587 no valor de 5000 mais frete de 100 e o outro do modelo B número de série 2589 no valor de 6000 mais frete de 150 0701XX Compra de um guardaroupa do modelo B número de série 2658 no valor de 7000 mais frete de 200 1001XX Venda de um guardaroupa modelo B número de série 2658 pelo valor de 10000 Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 63 1301XX Compra de um guardaroupa modelo A número de série 2678 no valor de 5600 mais frete de 100 e impostos recuperáveis de 500 incluso na nota fiscal 2501XX Compra de um guardaroupa modelo B número de série 2754 no valor de 8000 com frete incluso na nota fiscal ainda há imposto recuperável no valor de 1000 também incluso na nota fiscal 2801XX Venda de dois guardaroupas modelo A número de série 2587 e 2678 pelos valores de 9000 e 11000 respectivamente Assim as fichas de controle de estoques dos guardaroupas modelos A e B segundo esse método UEPS são as seguintes Tabela 7 Ficha de controle de estoque do guardaroupa modelo A UEPS Mercadoria Guardaroupa Modelo A Método UEPS Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 01 5100 5100 01 5100 5100 1301XX Compra 01 5200 5200 01 01 5100 5200 5100 5200 2801XX Venda 01 01 5200 5100 5200 5100 Fonte a autora Tabela 8 Ficha de controle de estoque do guardaroupa modelo B UEPS Mercadoria Guardaroupa Modelo B Método UEPS Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 01 6150 6150 01 6150 6150 0701XX Compra 01 7200 7200 01 01 6150 7200 6150 7200 1001XX Venda 01 7200 7200 01 6150 6150 2501XX Compra 01 7000 7000 01 01 6150 7000 6150 7000 Fonte a autora CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 64 Tomando por base o critério UEPS vamos apurar o resultado do período Tabela 9 Resultado pelo critério UEPS DESCRIÇÃO CÁLCULO VALOR EM Receita Bruta 10000 9000 11000 30000 Custo das Mercadorias Vendidas 5200 5100 7200 17500 Resultado do Período lucro 30000 17500 12500 Fonte a autora De todo o exposto acerca dos métodos percebese que as quantidades físicas restantes no estoque ao final da movimentação do período acima são idênticas no entanto os valores monetários dos estoques são diferentes Tal fato se justi fica em razão da forma de atribuição dos custos utilizados A legislação fiscal brasileira não permite a utilização do UEPS para avaliação dos estoques para fins fiscais pois esse critério considera como custo dos produtos vendido os valores das últimas entradas assim o custo contábil tende a ser maior logo proporcionando um lucro menor utilizado como base dos valores tributários d Custo médio ponderado É o método de avaliação de estoque mais utilizado De acordo com esse método os custos dos estoques são provenientes da média dos valores das aquisições No entanto para utilização desse método as empresas precisam manter um con trole contínuo nos seus estoques O custo médio ponderado é calculado pela divisão do saldo total financeiro pela quantidade total das unidades estocadas Ainda a cada nova aquisição por um preço diferente da média unitária o valor do custo médio é alterado A maior dificuldade de utilização desse método é o dispêndio de tempo pois como mencionado anteriormente esse critério exige controle constante uma vez que a cada aquisição de valor diferente do preço médio registrado altera o valor do custo médio Por outro lado este método oferece algumas vantagens como evitar o con trole dos custos por lotes de unidades adquiridas isto é esquivarse o valor de aquisição para considerar uma média de preço das unidades compradas Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 65 No entanto a média não expressa o valor de mercado nem tampouco o valor efetivamente pago ou ainda o efetivo dos estoques Assim não há um cri tério mais eficiente que outro a empresa deve utilizar o critério ou os critérios que melhor se adaptam às necessidades Para um melhor entendimento segue um exemplo ilustrativo EXEMPLO 6 A empresa Gutamoc Comércio de Móveis Ltda teve no mês de janeiro do ano de 20XX as seguintes movimentações 0501XX Compra de dois guardaroupas de luxo sendo um do modelo A número de série 2587 no valor de 5000 mais frete de 100 e o outro do modelo B número de série 2589 no valor de 6000 mais frete de 150 0701XX Compra de um guardaroupa do modelo B número de série 2658 no valor de 7000 mais frete de 200 1001XX Venda de um guardaroupa modelo B número de série 2658 pelo valor de 10000 1301XX Compra de um guardaroupa modelo A número de série 2678 no valor de 5600 mais frete de 100 e impostos recuperáveis de 500 incluso na nota fiscal 2501XX Compra de um guardaroupa modelo B número de série 2754 no valor de 8000 com frete incluso na nota fiscal ainda há imposto recuperável no valor de 1000 também incluso na nota fiscal 2801XX Venda de dois guardaroupas modelo A número de série 2587 e 2678 pelos valores de 9000 e 11000 respectivamente Assim as fichas de controle de estoque dos guardaroupas modelos A e B segundo esse método do custo médio ponderado são as seguintes Tabela 10 Ficha de controle de estoque do guardaroupa modelo A custo médio Mercadoria Guardaroupa Modelo A Método Custo médio Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 01 5100 5100 01 5100 5100 1301XX Compra 01 5200 5200 02 5150 10300 2801XX Venda 002 5100 10300 Fonte a autora CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 66 Tabela 11 Ficha de controle de estoque do guardaroupa modelo B custo médio Mercadoria Guardaroupa Modelo B Método Custo médio Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 01 6150 6150 01 6150 6150 0701XX Compra 01 7200 7200 02 6675 13350 1001XX Venda 01 6675 6 675 01 6675 6675 2501XX Compra 01 7000 7000 02 683750 13675 Fonte a autora Tomando por base o critério do Custo Médio vamos apurar o resultado do período Tabela 12 Resultado pelo critério custo médio DESCRIÇÃO CÁLCULO VALOR EM Receita Bruta 10000 9000 11000 30000 Custo das Mercadorias Vendidas 10300 6675 16975 Resultado do Período lucro 30000 16975 13025 Fonte a autora O critério do custo médio ponderado é o mais utilizado Perda de materiais subprodutos e sucatas As sobras de materiais obtidas no decorrer do processo produtivo pode ter vários destinos classificandoos em perdas subprodutos ou sucatas a Perda de materiais Como explanado na Unidade I as perdas podem ser normais ou anormais sendo que cada uma delas tem um tratamento contábil diferente As perdas anormais são involuntárias normalmente causadas pela natureza como incêndio enchente obsolescência e outros fatores Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 67 Observase que tais perdas não são provenientes do processo produtivo dessa forma elas não podem ser consideradas como custos contabilmente devem ser tratados como despesa do período EXEMPLO 7 Uma empresa inventariou estoques em 31 de dezembro e encontrou 1000 em almoxarifado correspondente a itens obsoletos e que não terão mais uso dentro das atividades normais D Perdas com Estoques Obsoletos Conta de Resultado C Provisão para Perdas em Estoques Conta Redutora Estoques Ativo Circulante Valor de 1000 Quanto às perdas normais estas são oriundas do processo produtivo causada normalmente por uma reação química mudança de estado físico pequenos pro blemas de regulagem de máquinas etc As perdas normais são consideradas sacrifícios suportados pelo produto aca bado sendo assim elas são incorporadas ao custo do produto Vamos exemplificar uma perda normal analisando a produção de um guar daroupa No processo de corte das portas há perdas de serragens no entanto estas perdas são normais oriundas do processo de produção portanto a serra gem descartada também é incorporada ao custo do guardaroupa CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 68 O tratamento contábil é diferenciado para perdas normais e anormais enquanto estas são tratadas como despesas do período em que ocorreram aque las são consideradas como custos dos produtos mas para ambas fazse necessário estudo e administração no intuito de se não evitálas pelo menos reduzir seus riscos de ocorrências b Subprodutos e sucatas Alguns materiais que não são totalmente consumidos pela empresa podem ser aproveitados como subprodutos ou sucatas Os subprodutos são sobras resultante de desperdícios de materiais mas que têm preço instável e mercado consumi dor certo Destarte estas sobras não são consideradas como produtos recebem o nome de subproduto pelo fato das receitas por eles geradas serem pequenas em proporção com as dos produtos principais No que se refere ao tratamento contábil considerase o valor de venda do subproduto como dedução dos custos de produção dos produtos principais No entanto caso ocorra gastos na venda desses subprodutos como comissões de vendas o coerente é deduzir do valor das suas vendas as comissões e apenas o valor líquido abater dos custos de produção As sucatas também são sobras resultantes dos desperdícios de materiais mas por não terem um mercado estável de preço e pelo fato da venda ocorrer de maneira esporádica não são consideradas como subprodutos Pelo fato da sua receita de venda ser praticamente irrelevante quando com parado com o produto principal no seu registro contábil ela não é considerada como redução dos custos dos produtos e tão pouco é considerada como receita operacional A receita resultante da venda de sucatas é considerada como Outras Receitas Operacionais A contabilização seria da seguinte forma D Caixa Banco C Venda de sucata Outras Receitas Operacionais Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 69 Ainda não podemos confundir produtos defeituosos e danificados originá rios de um problema de produção de uma imperfeição das máquinas de erro humano ou qualquer outro evento com os subprodutos Mesmo que defeituo sos ou danificados os produtos jamais poderão ser considerados subprodutos tendo em vista que a sua receita é considerada operacional relacionada à ativi dade principal da empresa eles apenas serão ofertados no mercado por um valor menor em virtude de suas imperfeições EXERCÍCIO RESOLVIDO 1 A Confeitaria Gutamoc Ltda produz bolos para casamento No mês de janeiro20XX a empresa consumiu muitos ovos conforme registros Dia 02 compra de 50 dúzias pelo valor total de 15000 Dia 15 consumo de 40 dúzias Dia 18 compra de 20 dúzias a 320 a dúzia Dia 18 compra de 30 dúzias por 9660 Dia 24 consumo de 55 dúzias A empresa mantém inventário permanente nos estoques Além dos ovos outros ingredientes foram consumidos perfazendo 1478 Caso o estoque fosse contro lado pelo critério UEPS a empresa lucraria 141888 na venda de seus produtos Pedese para elaborar a ficha de controle de estoque e calcular o lucro bruto para cada um dos critérios de avaliação de estoque a UEPS b PEPS c Médio Ponderado CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 70 Resolução Tabela 13 a Ficha de estoque pelo critério UEPS Material Dúzia de Ovos Método UEPS Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 50 300 15000 50 300 15000 1501XX Requisição 1 40 300 12000 10 300 3000 1801XX Compra 20 320 6400 10 20 300 320 3000 6400 1801XX Compra 30 322 9660 10 20 30 300 320 322 3000 6400 9660 2401XX Requisição 2 30 20 5 322 320 300 9660 6400 1500 5 300 1500 Fonte a autora O lucro bruto pelo critério UEPS é 141888 Tabela 13 b Ficha de estoque pelo critério PEPS Material Dúzia de Ovos Método PEPS Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 50 300 15000 50 300 15000 1501XX Requisição 1 40 300 12000 10 300 3000 1801XX Compra 20 320 6400 10 20 300 320 3000 6400 1801XX Compra 30 322 9660 10 20 30 300 320 322 3000 6400 9660 2401XX Requisição 2 10 20 25 300 320 322 3000 6400 8050 5 322 1610 Fonte a autora Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 71 Como o lucro bruto é a diferença entre receita e custo então uma vez que é infor mado o lucro e o custo podemos calcular a receita facilmente Pelo UEPS o Custo dos Produtos Vendidos CPV corresponde a 177360 29560 de ovos e 1478 dos demais ingredientes Receita 319248 Custo dos produtos vendidos 177360 Lucro bruto 141888 Assim a receita do período foi de 319248 Portanto o lucro bruto pelo critério PEPS foi de 141998 conforme segue Receita 319248 Custo dos produtos vendidos 177250 Lucro bruto 141998 Tabela 13 c Ficha de controle de estoque pelo critério custo médio Material Dúzia de Ovos Método Custo Médio Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 50 300 15000 50 300 15000 1501XX Requisição 1 40 300 12000 10 300 3000 1801XX Compra 20 320 6400 30 31333 9400 1801XX Compra 30 322 9660 60 31766 19060 2401XX Requisição 2 55 31766 17472 5 31766 1589 Fonte a autora Receita 319248 Custo dos produtos vendidos 177272 Lucro bruto 141976 CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 72 CUSTO DA MÃO DE OBRA DIRETA A mão de obra desenvolvida particularmente nas atividades industriais pode ser classificada como mão de obra direta e mão de obra indireta Primeiramente abordarseá neste tópico apenas a mão de obra direta e posteriormente seguirá uma explanação da mão de obra indireta A mão de obra pode ser considerada como sendo os serviços prestados pelas pessoas físicas às pessoas jurídicas por meio do seu desempenho em atividades produtivas administrativas especialista analista assistência técnica e outras semelhantes relacionadas à produção Todas estas atividades são desenvolvidas de modo a propiciar que as empresas alcancem da melhor maneira possível o objetivo de sua existência obtenção de lucros por vendas de mercadorias pro dutos ou serviços MARTINS 2010 Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 73 No entanto para ser considerada mão de obra direta não basta apenas referirse a um serviço prestado na transformação de matériaprima em produtos acabados fazse necessário que a pessoa física atue diretamente na produção sendo possível ainda quantificar o tempo trabalhado por cada empregado nos produtos fabrica dos Como exemplo de mão de obra direta podemos citar o marceneiro encanador eletricista pintor soldador torneiro cortador montador costureiro etc Do conceito acima podemos constatar que em uma atividade industrial somente poderá ser considerada como mão de obra direta quando os serviços prestados estiverem intimamente relacionados com o processo produtivo ainda passíveis de identificação de quem executou a tarefa de mensuração do tempo despendido no desempenho da atividade na área produtiva em cada uma das unidades produzidas e também a atribuição de um valor monetário para todo o período de elaboração do produto sendo desnecessária qualquer forma de rateio ou estimativa para sua alocação Composição da mão de obra direta A legislação brasileira é bastante onerosa nas relações empregatícias assim a empresa não pode considerar apenas os salários como custo com mão de obra Os encargos trabalhistas e sociais também devem compor o custo da mão de obra direta dos produtos Alguns dos encargos incidentes sobre a folha de paga mento correspondem ao FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço INSS Instituto Nacional da Seguridade Social Além dos salários e encargos alguns benefícios concedidos aos empregados que compõem a base de cálculo dos encargos devem compor o custo da mão de obra direta das empresas A grande parte dos benefícios que devem incorpo rar os custos dos produtos estão previstos na CLT Convenção Legislativa do Trabalho como o adicional noturno férias terço constitucional de férias 13º salário adicional de insalubridade e horas extras outros são acordados nas CCT Convenções Coletivas do Trabalho como o anuênio e o adicional de produ tividade Existem alguns benefícios que são concedidos espontaneamente pela empresa como alimentação e material escolar esses também integram o custo da mão de obra direta CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 74 Do exposto até o momento podese constatar que o custo da mão de obra direta corresponde ao valor monetário do tempo empreendido na execução de atividade diretamente relacionada ao produto por uma determinada pes soa composto pelo salário pago proporcionalmente ao tempo na produção do produto acrescido de todos os benefícios concedidos obrigatoriamente ou espontaneamente pelo empregador e dos encargos trabalhistas existentes sobre a remuneração auferida pelo empregado CUSTO DA MÃO DE OBRA DIRETA Uma vez compreendido que a mão de obra direta corresponde ao trabalho efetu ado diretamente sobre as unidades produzidas ainda identificados os elementos que compõem o seu custo vamos apurar o valor do custo com mão de obra Os benefícios ofertados aos empregados normalmente variam dentre os vastos ramos de atividades existentes como adicional de insalubridade peri culosidade noturno Alguns adicionais e encargos no entanto são obrigatórios para toda e qualquer empresa por exemplo férias terço constitucional de férias décimo terceiro salário e FGTS Face ao grande percentual dos encargos sociais incidentes sobre a folha de pagamento dos empregados como os encargos previdenciários das indús trias que gira em torno de 268 a 288 da remuneração paga a sua inclusão nos custos da mão de obra direta é de fundamental importância para compor a base de cálculo do valor da hora unitária de produção Ressaltamos que o ele vado percentual de encargos obrigatórios onera o custo da folha de pagamento assim quanto maior for o valor da remuneração do empregado proporcional mente maiores serão também os encargos Um empregado pode ser remunerado por hora dia semana quinzenal ou mensal mas pelo regime de competência os custos devem ser considerados no período do efetivo trabalho Independente da forma da remuneração adotada pela Custo da Mão de Obra Direta Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 75 empresa a lei fixa uma jornada máxima mensal de trabalho de 44 horas sema nais correspondente a 220 horas mensais as excedentes a esse tempo devem ser consideradas como horas extras Para mensurar o custo da mão de obra direta de determinado produto primeiramente fazse necessário medir o tempo des tinado à atividade daquele produto EXEMPLO 8 Suponha que uma indústria tenha contratado um empre gado para desempenhar sua função no setor produtivo com remuneração de 100 por hora e jornada de 73333 horas por dia 220 horas mensais 30 dias 733333 horas pagamento mensal Tabela 14 Horas a disposição do empregador no ano 20XX DESCRIÇÃO CÁLCULO HORAS Horas do ano civil 365 dias x 73333h 26766545 Descanso semanal remunerado 48 dias x 73333h 3519984 Férias integrais 30 dias x 73333h 219999 Feriados 12 dias x 73333h 879996 Horas efetivamente laboradas 20166575 horas Fonte a autora Da tabela 14 constatase que das 26766545 horas remuneradas ao empregado o empregado efetivamente trabalhou na produção de bens apenas 7534246 correspondendo a 20166575 horas Agora resta apurar o custo destas horas que devem ser pagas ao empregado Tabela 15 Remuneração do empregado VERBAS TRABALHISTAS CÁLCULO CUSTO DA MOD Salários mensais 20166575 h x 10000hora 20166575 Descanso semanal remune rado 3519984 x 10000hora 3519984 Férias 219999 x 10000hora 2199990 Terço constitucional de férias 219999 x 10000hora 3 733333 Feriados 879996 x 10000hora 879960 13º Salário 219999 x 10000 2199990 Total da remuneração 29699832 Fonte a autora CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 76 Além do salário e dos benefícios auferidos pelo empregado os encargos sociais obrigatórios que devem ser recolhidos também acrescem os custos da mão de obra Os encargos incidem sobre o total da folha de pagamento oriunda dos salá rios e benefícios Considerando que o código de FPAS seja 507 as alíquotas dos encargos sociais são as seguintes Figura 3 Percentuais das contribuições de uma indústria CONTRIBUIÇÕES ALÍQUOTA Previdência social 200 Risco ambiental de trabalho 30 Salário educação 25 INCRA 02 SENAI 10 SESI 15 SEBRAE 06 Total dos encargos sociais 288 Fundo de garantia por tempo de serviço 80 Total dos encargos 368 Fonte a autora Portanto esse único empregado de uma indústria contratado custa para a empresa 29699832 de remuneração paga mais 10929538 de encargos sociais obri gatórios logo esse empregado custou para a empresa 40629370 Como o empregado trabalhou 20166575 horas o valor correto do custo por hora é de aproximadamente 20147 40629370 20166575 horas e não o valor de 10000 por hora como contratado inicialmente Se por exemplo há apenas um empregado trabalhando em uma única máquina para produzir um único produto todo o salário e encargos provenien tes do trabalho desse empregado são considerados custo de mão de obra direta Por outro lado se houver um único empregado e uma única máquina produ zindo diversos produtos para mensurar a mão de obra e considerála direta é preciso medir quanto tempo de serviço foi gasto em cada um dos produtos Por fim na hipótese da não mensuração desse tempo por unidade a mão de obra deve ser considerada como indireta Custo da Mão de Obra Direta Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 77 MÃO DE OBRA INDIRETA E OCIOSIDADE O tempo utilizado pelos empregados que trabalham diretamente na produção do produto transformação da matériaprima em produto acabado é considerado cus tos de mão de obra direta No dia a dia da empresa um empregado contratado para trabalhar 44 horas semanais dificilmente desenvolve atividades efetivamente pro dutivas durante todas essas horas Falta de matériaprima limpeza e manutenção das máquinas paradas para cafés e desligamentos de energia elétrica são alguns dos exemplos de tempo não utilizados efetivamente na produção Essas horas ociosas podem ser consideradas como mão de obra direta ou mão de obra indi reta a ser alocada ao produto por meio de alguma forma de rateio ou estimativa Suponha que em um determinado mês uma indústria de móveis tenha contratado um empregado para desenvolver atividade na linha de produção com remuneração de 1000 mensais mais encargos sociais de 373 para uma jornada de 168 horas mensais 8 horas x 21 dias portanto o custo da hora tra balhada é de aproximadamente 817 1373 168 horas Decorrido o mês o departamento de contabilidade recebeu um formulário no qual constata que este funcionário trabalhou 100 horas fabricando guardaroupa e 50 horas fabricando cama Assim o custo da mão de obra desse empregado associado à produção dos bens é a seguinte Tabela 16 O custo da mão de obra dos produtos DESCRIÇÃO HORAS VALOR Mão de obra Direta guarda roupa 100 817 26 Mão de obra Direta cama 50 40863 Mão de obra Direta total do empregado 150 122589 Ociosidade 18 14711 Total da mão de obra salário mais encargos 168 137300 Fonte a autora CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 78 Do exposto na tabela acima verificase que dos 137300 que representa o custo total com mão de obra pago a um empregado do setor produtivo apenas 122589 pode ser considerado como mão de obra direta alocado diretamente ao custo do produto e o restante no valor de 14711 deve ser considerado como mão de obra indireta e a sua apropriação ao produto é feita por rateio ou estimativa Para alguns autores quando há necessidade de um tempo considerado indispensável para a produção de determinado produto por exemplo o setup da máquina o custo desse tempo pode ser alocado como custo de mão de obra direta mesmo que ainda não esteja ocorrendo a efetiva produção do bem Assim os custos com salários encargos e benefícios da produção são consi derados custos com mão de obra direta quando corresponder aos funcionários que trabalham diretamente com a fabricação de produtos Ainda os custos dos funcionários que trabalham na produção mas não diretamente com a fabricação são considerados custos de mão de obra indireta como o pessoal do almoxari fado do controle chefe de produção supervisor de produção A mão de obra dos setores administrativos vendas financeiros será considerada como despesa do período demonstrada diretamente no resultado do exercício Em uma indústria todo valor passível de identificação ao produto é deno minado custo direto Em empresas comerciais industriais ou prestadora de serviços não é diferente Além dos custos diretos com matériaprima na pres tação de serviços podem existir materiais imprescindíveis para que o serviço seja realizado Por não sofrerem nenhuma modificação no decorrer do pro cesso são conhecidos na literatura como materiais acessórios ou secundários Para os custos de difícil identificação é dado o nome de indiretos Na pres tação de serviços de pinturas automotivas por exemplo esses valores são o ponto focal da pesquisa pois é a partir desse tipo de custo que é feita a análise e a sugestão do método de rateio Fonte Eckert 2014 online1 Custo da Mão de Obra Direta Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 79 EXERCÍCIO RESOLVIDO 2 A empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda possui um empregado horista que trabalha em regime de semana não inglesa isto é trabalhando seis dias por semana Considere os seguintes dados relativos a esse funcionário Salário 12 por hora Jornada semanal 42 horas Média de 4 faltas justificadas por ano 13 feriados no ano não coincidentes com férias nem repousos semanais Suponha que sobre a remuneração total a empresa contribui com 20 para o INSS 8 para o FGTS 5 para entidades como INCRA SESI SENAI etc 3 para risco de acidente de trabalho Pedese calcular a o número médio de horas que o empregado fica à disposição da empresa por ano b o custo total do empregado para a empresa por ano c o custo médio de cada hora que o empregado fica à disposição da empresa Resolução a Número médio de horas anual à disposição do empregador Apurar a jornada diária de trabalho 42 horas semanais 6 dias 7 horas por dia Ou 42 horas por semana x 5 semanas 30 dias 7 horas por dia Apurar o tempo anual disponível de cada empregado na execução de atividades CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 80 Tabela 17 Apuração do tempo disponível ao empregador DESCRIÇÃO CÁLCULO HORAS Horas do ano civil 365 dias x 7 h 2555 48 Domingos 48 dias x 7 h 336 30 Dias de férias 30 dias x 7 h 210 13 Feriados 13 dias x 7 h 91 4 Faltas 4 dias x 7 h 28 Horas efetivamente laboradas 1890 horas Fonte a autora Assim o empregado fica disponível 1876 horas por ano b Custo anual do empregado Tabela 18 Custo anual com mão de obra VERBAS TRABALHISTAS CÁLCULO MOD Salários mensais 1890 h x 12hora 22680 Domingos 336 h x 12hora 4032 Férias 210 h x 12hora 2520 Terço constitucional de férias 210 x 12hora 3 840 Feriados 91 x 12hora 1092 Falta 28 h x 12hora 336 13º Salário 210 x 12hora 2520 Total da remuneração 34020 Fonte a autora Custo da Mão de Obra Direta Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 81 Tabela 19 Custo médio de cada hora Remuneração anual 34020 Encargos sociais 36 x 34020 1224720 Custo anual 4626720 Custo por hora 5734848 1890 horas 2448 Fonte a autora O custo de mão de obra de uma hora corresponde a 2448 Caro alunoa nesta unidade você percebeu a relevância dos custos diretos na composição do custo dos produtos e serviços Os custos diretos de mate riais são transformados em produtos com a aplicação de mão de obra Muito embora você tenha apurado os custos diretos é preciso alocar os custos indi retos A partir da próxima unidade você poderá agregar aos produtos os custos indiretos de produção Enquanto os custos de transformações são os custos incorridos para trans formar a matériaprima mão de obra e custos indiretos em produto o custo primário corresponde apenas aos custos com matériaprima e mão de obra direta Cada termo tem um conceito específico em contabilidade desco nhecer os conceitos implica em não compreender as informações geradas pela contabilidade de custos Fonte a autora CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 82 CONSIDERAÇÕES FINAIS A contabilidade de custos tem se tornado relevante em todas as empresas nos dias atuais por envolver aspectos relacionados aos crescentes gastos aos problemas de financiamento desses gastos e a má aplicação de métodos de apuração de custos Conhecer o custo de cada serviço o valor de cada atividades que compõe os produtos tornase um diferencial competitivo da empresa em seu mercado O conhecimento real dos custos ocorridos pode trazer aos administradores infor mações operacionais valiosas para a administração dos serviços prestados O conhecimento dos elementos de custos possibilita apurar com mais precisão os custos de seus serviços determinar a eficiência e a eficácia das atividades executadas Muito embora a terminologia seja a mesma a composição dos custos comer ciais diverge dos custos industriais e das prestadoras de serviços O custo de uma empresa que comercializa medicamentos corresponde ao valor de aquisi ção da mercadoria acrescido dos gastos necessários para colocálo em condição de venda deduzindo os tributos recuperáveis Por outro lado o custo desse mesmo medicamento é bem diferente para a empresa que fabrica o produto A indústria compra materiais contrata empre gados e ainda tem gastos de produção energia elétrica seguro depreciação de máquinas etc Assim o custo do produto medicamento para um empresa que industrializa móveis medicamento louças correspondem ao custo líquido dos materiais mais os gastos de transformação Os custos diretos abordados nesta unidade materiais e mão de obra são gastos quantificáveis passíveis de serem alocados diretamente aos produtos de acordo com a sua medida de consumo Resumidamente a contabilidade de custo é uma importante área de análise para as empresas tendo em vista que o conhecimento e controle dos elementos diretos que compõem o custo do produto material e mão de obra direta auxi liam os gestores no processo decisório quanto a compras consumo e resultado 83 1 A fábrica de chocolate Leite Quente Ltda controla os estoques pelo Inventário Periódico Os dados obtidos no período foram 52000 Compra de mercadorias 98000 Venda de mercadorias 18000 Estoques iniciais 22000 Custos das mercadorias vendidas 10000 Devoluções de compras 5000 Fretes sobre compras Pedese a Diferencie o inventário periódico do inventário permanente b Qual é o estoque final 2 A empresa Gutamoc Indústria e Comércio Ltda produz guardaroupas No mês de fevereiro a empresa consumiu madeira na produção conforme movimenta ção registrada abaixo Dia 02 Compra de 80 metros de madeira pelo valor de 5000 o metro Dia 18 Compra de 20 metros de madeira pelo valor de 5500 o metro Dia 18 Consumo de 60 metros de madeira Dia 24 Compra de 30 metros de madeira pelo valor de 6000 o metro Dia 26 Consumo de 40 metros de madeira A empresa mantém inventário permanente nos estoques Além da madeira houve custos com mão de obra energia depreciações tintas etc perfazendo 3500 Caso o estoque fosse controlado pelo critério PEPS a empresa lucraria 4000 na venda de seus produtos no período Pedese para elaborar a ficha de controle de estoque e calcular o lucro bruto para cada um dos critérios de avaliação de estoque a PEPS b UEPS c Médio Ponderado d Faça um quadro comparativo dos custos apurados nas letras a b e c acima 84 3 A empresa Jobim Gal Ltda mantém um controle de estoque pelo inventário permanente Independente do critério de estoque que está empresa esteja utili zando qual o valor que não se altera Preço de venda Custo do produto vendido Custo do estoque final Preço de compra Preço de sucata 4 Em determinado período a empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda produziu camas e guardaroupas para tanto adquiriu 300 metros de ma deira por 16500 nesse valor está incluso 18 de ICMS recuperável e 10 litros de tinta por 120 o litro Esses materiais foram totalmente requisitados para a produção no período consumidos Sabendo que Durante o corte da madeira há uma perda normal de 2 As sobras de serra gem têm preço e mercado certos sendo vendidas por 100 Durante a pintura há uma perda normal 5 de tinta Pedese Calcular o valor total do custo de materiais considerado nos pro dutos MÃO DE OBRA DIRETA 5 A empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda possui um empre gado mensalista jornada de 220 horas mensais que optou pelo abono pecuniá rio de férias vendeu 13 das férias Salário mensal 2500 Suponha que sobre a remuneração total a empresa contribui com 20 para o INSS 8 para o FGTS 2 para entidades como SESI SENAI etc 3 para RAT Risco de Acidente de Trabalho Pedese calcular O custo total anual do empregado 85 6 A empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda possui um empre gado contratado por 25 a hora para uma jornada de trabalho de 30 horas se manais segunda a sexta Suponha que sobre a remuneração total a empresa contribui com 20 para o INSS 8 para o FGTS 58 para entidades como SESI SENAI etc 1 para RAT Risco de Acidente de Trabalho Pedese calcular O custo total anual do empregado 7 Analisando as contas do livro razão da empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis na data do dia 31 de fevereiro de 20XX obtemos os seguintes dados Materiais Diretos Produto A 80000 Produto B 50000 Produto C 10000 Mão de obra Direta Salários e Ordenados 80000 Encargos Sociais 12000 Pedese a O mapa de apontamento de mão de obra sabendo que do tempo de pro dução 20 foram com o Produto C 30 com o Produto B e o restante com o Produto A Qual o custo de mão de obra direta de cada produto b Qual o custo direto de cada produto 86 Como calcular o custo da mão de obra direta Respondido por Ana Paula Paulino da Costa especialista em finanças O primeiro passo é identificar a mão de obra direta com a unidade do serviço ou do produto a ser vendido e não deve ser confundida com aqueles que trabalham em ativi dades de venda e administrativas No Brasil em função da legislação trabalhista não há possibilidade de se contratar por hora ou por produção Assim mesmo o pessoal que pode ser diretamente identificado com cada unidade do produto não representa um custo variável mas sim fixo que exis tirá produzindo ou não O custo compreende não somente os salários mas todos os encargos como INSS FGTS e férias Além de benefícios legais como assistência médica vale transporte e os adicio nais como previdência complementar seguro de vida especial Apesar desta restrição de contratação podese usar esse custo para obter maior contro le da produtividade e da ociosidade Para isso dividese o custo total da mão de obra direta pelas horas disponíveis para o trabalho dentro de um período descontando ho ras de descanso e férias Essa fração representa o quanto custa cada hora Se em uma hora você produz 20 uni dades a soma do custohora de todos os funcionários que trabalharam na produção representa o custo de pessoal de 20 unidades Dividindo por 20 temse o custo unitário relativo ao pessoal Isso ajudará nas seguintes atividades 1 Controle da ociosidade Para isso é preciso realizar o apontamento das horas trabalhadas Multiplicandose aquele custohora pelas horas trabalhadas no mês você terá o quanto da sua folha com mão de obra direta foi apropriada na produção 87 A diferença entre esse custo total calculado e a folha efetivamente paga para essas pes soas é o quanto se gasta com a falta de produção ou seja com a ociosidade Por que é importante saber isso Se a ociosidade é fruto de uma folga prevista para crescimento ou para atender picos de demanda não há com que se preocupar Se a ociosidade for fruto de desperdício de tempo entre uma atividade e outra de para das para manutenção não previstas ausência de trabalhadores falta de matériaprima ou até falta de venda então isso pode te ajudar a monitorar esses problemas e resolvê los Essa ociosidade não prevista leva seu lucro embora 2 Cálculo do preço de venda O preço unitário deve pagar no mínimo o custo unitário de matériaprima embalagens e da mão de obra direta sob condições de eficiência Se o preço de mercado estiver abaixo deste custo pode haver por exemplo desperdícios de insumos por falta de trei namento da mão de obra ou por má qualidade das matériasprimas havendo ou não ociosidade Cuidado O preço não deve embutir nem sua ineficiência nem sua ociosidade não pla nejada sob o risco de perder a venda para o concorrente Finalmente horas extras decorrem de um planejamento de produção Uma determina da ordem de serviço ou produção não deve ser onerada porque foi realizada justamente na hora extra O mercado pode não aceitar pagar mais por isso Se não há espaços para preços maio res horas extras e todos os demais custos indiretos de produção de vendas e do admi nistrativo podem ser pagos por um volume maior vendido Fonte Lam 2015 httpexameabrilcombrpmecomocalcularocustodamaodeobradireta MATERIAL COMPLEMENTAR Contabilidade de Custos para não Contadores 2000 Luis Martins de Oliveira e José Hernandez Perez Junior Editora Atlas Sinopse a contabilidade de custos é responsável pelo controle e gerenciamento das atividades produtivas dos bens e serviços bem como pela geração de informações para subsidiar as tomadas de decisões gerenciais e estratégicas Para administrar com eficiência e eficácia uma empresa uma divisão de negócios ou um departamento conhecer contabilidade é tão importante quanto o domínio ou outras áreas como tecnologia de informações finanças marketing produção recursos humanos Esse livro foi elaborado levando em consideração as necessidades específicas dos usuários de contabilidade não contadores Nesse sentido evita termos e conceitos excessivamente técnicos da Ciência da Contabilidade e procura simplificar algumas idéias e metodologias para apuração controle análise e gestão dos custos Compreender o custo de produção é uma importante ferramenta de decisão O vídeo sugerido exemplifica o custo de produção em uma história divertida da Fábrica de Queijos Acesse e confira httpwwwyoutubecomwatchv8FqgdSFPZcw REFERÊNCIAS BRASIL Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Lei n 6404 de 15 de dezembro de 1976 Dispõe sobre as sociedades por ações Dis ponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03leisL6404consolhtm Acesso em 26 abr 2017 MARTINS et al Manual de contabilidade societária São Paulo Atlas 2013 MARTINS Eliseu Contabilidade de custos 10 ed São Paulo Atlas 2010 RIBEIRO Osni Moura Contabilidade de custos São Paulo Saraiva 2011 REFERÊNCIAS ONLINE 1 Em httpwwwrevistaufpebrricontabeisindexphpcontabeisarticleviewFi le445359 Acesso em 27 abr 2017 89 GABARITO Material direto 1 a Inventário periódico é um inventário realizado de período em período con siste em levantar o consumo dos materiais venda ou uso somente no final de um período No inventário periódico os materiais são controlados na ficha de controle de estoque de forma contínua Todas as compras vendas ou requisi ções são controladas individualmente b 18000 Estoque inicial 52000 compra de mercadorias 5000 Frete sobre compras 10000 Devolução de compras 43000 Estoque final 22000 Custo das mercadorias vendidas 2 a Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 2 Compra 80 50 4000 80 50 4000 18 Compra 20 55 1100 80 50 4000 20 55 1100 18 Consumo 60 50 3000 20 50 1000 20 55 1100 24 Compra 30 60 1800 20 50 1000 20 55 1100 30 60 1800 26 Consumo 20 50 1000 30 60 1800 20 55 1100 GABARITO 91 b Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 2 Compra 80 50 4000 80 50 4000 18 Compra 20 55 1100 80 50 4000 20 55 1100 18 Consumo 20 55 1100 40 50 2000 40 50 2000 24 Compra 30 60 1800 40 50 2000 30 60 1800 26 Consumo 30 60 1800 30 50 1500 10 50 500 c Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 2 Compra 80 50 4000 80 50 4000 18 Compra 20 55 1100 100 51 5100 18 Consumo 60 51 3060 40 51 2040 24 Compra 30 60 1800 70 54857 3840 26 Consumo 40 54857 21943 30 54857 16457 d PEPS UEPS MÉDIA Custo 300000 310000 306000 Custo 210000 230000 219429 Custo direto 510000 540000 525429 Custo Lnd 350000 350000 350000 Lucro 400000 370000 384571 Venda 1260000 1260000 1260000 GABARITO 3 Preço de venda 4 Madeira 1650000 ICMS 297000 Tinta 1200 Serragem 10000 Como subproduto Tinta Perda de produção considerada custo Custo Material 1344200 Mão de obra direta 5 Horas a disposição do empregador no ano Descrição Cálculo Horas Horas do ano civil 365 dias x 73333h 26766545 Descanso semanal remunerado 48 dias x 73333h 3519984 Férias integrais 30 dias x 73333h 219999 Feriados 0 dias x 73333h Horas efetivamente laboradas 210465 horas Obs Por não constar do enunciado e também para facilitar a compreensão não foram considerados feriados Remuneração diária 2500 220 113636 por hora Verbas trabalhistas Cálculo MOD Salários mensais 21046571 h x 113636 2391648 Domingos 3519984 h x 113636 399997 Férias 219999 h x 113636 249998 Terço constitucional de férias 219999 x 113636 3 83333 Feriados x 113636 13º Salário 219999 x 113636 249998 Total da remuneração 3374974 GABARITO 93 Encargos de 33 portanto custo anual sobe para 4488715 Abono pecuniário de férias de 111110 10 dias de férias terço constitucional de 111110 Portanto custo anual de 4599825 6 30 horas x 5 semanas 30 dias 5horas Descrição Cálculo Horas Horas do ano civil 365 dias x 6h 1825 Descanso semanal remunerado 48 dias x 5h 240 Férias integrais 30 dias x 5h 150 Horas efetivamente laboradas 1435 horas Obs Por não constar do enunciado e também para facilitar a compreensão não foram considerados feriados Domingos 5h x 48 dias 240h Férias 5h x 30 dias 150h 13 férias 150h 3 50h 13º salário 5h x 30 dias 150h Verbas trabalhistas Cálculo MOD Salários mensais 1435 h x 25 35875 Domingos 240h x 25 6000 Férias 150h x 25 3750 Terço constitucional de férias 50h x 25 1250 13º Salário 150h x 25 3750 Total da remuneração 50625 Encargos 50625 x 348 1761750 Custo total anual 6824250 Custo anual por hora 6824250 1435 horas 4756 UNIDADE III Professora Me Juliana Moraes da Silva CUSTOS INDIRETOS Objetivos de Aprendizagem Alocar custos indiretos aos produtos Compor o custo dos produtos acabados Distribuir os custos indiretos aos departamentos do setor fabril Plano de Estudo A seguir apresentamse os tópicos que você estudará nesta unidade Custos indiretos de produção Apuração do custo do produto Departamentalização INTRODUÇÃO A tarefa de apurar um custo não é um problema de fácil resolução pois exige a apuração de todos os recursos consumidos pela empresa e sua distribuição pelos produtos fabricados Ao considerar a complexidade dos recursos aplica dos pela empresa a existência de consumos indiretos para suporte à produção entre outros percebese que essa ação não é simples Na unidade anterior vimos os custos diretos com material e mão de obra cuja característica é a possibilidade de mensuração da quantidade aplicada desse elemento de custo em cada uma das unidades produzidas Ocorre que nem todos os custos podem ser facilmente quantificados ou mensurados em cada uma das unidades produzidas Na unidade I conhecemos os custos que não podem ser quantificados diretamente em cada produto os custos indiretos Nesta unidade III vamos avançar no conhecimento e compreender como os custos indiretos de produção são apurados e como podem ser alocados aos produtos Com a evolução da tecnologia e das práticas de inovação dos produ tos e processos os custos indiretos têm se tornado cada vez mais predominantes e os custos diretos menos significativos São custos indiretos todos aqueles que não estão diretamente relacionados com o produto ou serviço São alocados aos procedimentos por meio de estimativas rateios ou rastreamentos A alocação dos custos indiretos aos produtos se dá por métodos de custeio Os exemplos mais comuns são água energia elétrica seguros aluguéis depreciações impostos mão de obra indireta etc Com a evolução da tec nologia e das práticas de inovação dos produtos e processos os custos indiretos tem se tornado cada vez mais predominantes e os custos diretos menos significativos Conhecer a composição dos custos indiretos e as formas com que esses cus tos podem ser alocados aos produtos possibilita a apuração do custo total do produto Ainda a compreensão do custo total viabiliza a apuração do resultado do produto lucro ou prejuízo Com o objetivo de controlar os custos indiretos a contabilidade de custos utiliza o processo de departamentalização como método para acompanhar e con trolar essa alocação de custos indiretos aos produtos Nesta unidade vamos apurar os custos indiretos e como eles podem ser alocados indiretamente ao produto Introdução Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 99 CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 100 CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO Os custos indiretos correspondem a um dos itens de maior importância para apu ração dos custos de muitas organizações na atualidade Os avanços tecnológicos das máquinas industriais têm contribu ído significativamente para a redução dos custos com mão de obra a competitivi dade acirrada entre empresas favorece uma estagnação dos custos com matérias primas assim os custos indiretos têm se tornado o elemento de maior controle e planejamento Como exemplos de cus tos indiretos temse as linha lixa cola Todos os gastos identificados no pro cesso produtivo indispensáveis para a produção dos bens ou serviços prestados impossibilitados de serem alocados dire tamente aos produtos recebem o nome de custos indiretos MARTINS 2010 Custos Indiretos de Produção Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 101 Assim os custos indiretos de produção são aqueles gastos que estão vincula dos a um processo produtivo mas que não podem ser identificados diretamente em cada uma das unidades produzidas sendo necessário alocálos aos produ tos por meio de algum critério de rateio ou estimativa VICECONTI NEVES 2013 COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO O conjunto de todos os custos indiretos é chamado de CIP Custos Indiretos de Produção correspondem aos custos alocados aos produtos por rateio ou estimativa Alguns exemplos de custos indiretos são mão de obra indireta materiais indiretos depreciação das máquinas seguro do setor fabril energia elétrica da fábrica aluguel da fábrica manutenção das máquinas industriais e outros custos relacionados aos departamentos produtivos e serviços auxi liares da produção O custo da mão de obra indireta corresponde ao custo do trabalho de uma pessoa física realizado nos departamentos de serviço e produção mas nos quais a pessoa não tem nenhum contato com o produto ou seja não trabalha diretamente na fabricação dos produtos Podemos citar as pessoas responsáveis pela manu tenção das máquinas e supervisão de produção O custo da mão de obra indireta é composto dos salários pagos benefícios espontâneos e obrigatórios bem como os encargos sociais incidentes sobre a folha de pagamento MARTINS 2010 Os materiais indiretos correspondem àqueles materiais consumidos no pro cesso de fabricação do produto mas que por terem uma participação menor nos custos ou por ser inviável a quantificação direta consumida em cada uma das unidades produzidas do produto são considerados como materiais indiretos RIBEIRO 2011 Por exemplo o verniz para a fabricação de móveis e a linha para a empresa de confecções Os cálculos dos custos dos materiais indiretos devem ser apurados da mesma forma que os materiais diretos ou seja os impos tos recuperáveis devem ser excluídos do custo do produto CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 102 Alocação de custos indiretos de produção aos produtos A alocação dos custos indiretos é um problema nas organizações A grande difi culdade consiste em identificar uma forma apropriada para transferir os custos ocorridos durante o processo produtivo aos produtos processados Os custos indiretos são alocados aos produtos por meio de estimativa ou de um método de alocação de custos denominado de rateio ATKINSON ET AL 2000 Ocorre que raramente essa alocação segue critérios totalmente certos ou erra dos principalmente pelo fato de que quase sempre há uma influência subjetiva para tais alocações Os custos devem ser apropriados para satisfazer diferentes objetivos como fornecer informações para as decisões econômicas justificar os custos dos produtos ou serviços mensurar lucros e para atender a esses obje tivos podese estabelecer critérios diversificados no entanto a empresa deve primar pela utilização de dados reais ocorridos durante o processo produtivo Suponha que uma indústria de móveis produza guardaroupas camas e cômodas Segue uma forma de alocação dos custos indiretos Tabela 1 Dados fornecidos pela empresa DESCRIÇÃO GUARDAROUPAS CAMAS CÔMODAS TOTAL Material direto 9500 10500 12000 32000 Mão de obra direta 800 900 1300 3000 Energia elétrica direta 100 110 200 410 Custos diretos 10400 11510 13500 35410 Unidades produzidas 250 750 4000 5000 Horasmáquinas 125 370 740 1235 Fonte a autora Além dos dados acima a empresa também fornece as descrições e os valores de alguns custos indiretos incorridos no período conforme segue Custos Indiretos de Produção Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 103 Tabela 2 Custos indiretos do período DESCRIÇÃO VALOR Materiais indiretos 2000 Mãodeobra indireta 14000 Energia elétrica indireta 100 Aluguel industrial 3000 Depreciação das máquinas 5000 Total 24100 Fonte a autora Os custos indiretos podem ser alocados aos produtos por meio de rateio Assim para proceder a apropriação primeiramente se apura as proporções de cada um dos dados fornecidos pela empresa Essas proporções podem ser apuradas facil mente pela regra de três simples Tabela 3 Proporções dos dados fornecidos pela empresa PROPORÇÕES GUARDAROUPAS CAMAS CÔMODA TOTAL Material direto 297 328 375 100 Mão de obra direta 267 30 433 100 Energia elétrica direta 244 268 488 100 Custos diretos 294 325 381 100 Unidades produzidas 5 15 80 100 Horasmáquinas 10 30 60 100 Fonte a autora Uma vez levantados os dados da empresa e identificado todas as proporções devese escolher um critério de rateio para os custos indiretos Considerando que o administrador da produção solicite um relatório acerca dos custos dos produtos talvez o melhor critério para alocação pudesse levar em considera ção a mão de obra direta CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 104 Desta forma os custos indiretos podem ser apropriados aos produtos utili zando diversos parâmetros considerese nesse caso a utilização nas proporções da mão de obra direta ou seja os guardaroupas as camas e as cômodas recebe rão 267 30 e 433 dos custos indiretos respectivamente Para alocação com base na mão de obra direta os custos unitários dos produtos seriam os seguintes Tabela 4 Alocação dos custos indiretos com base na mãodeobra direta DESCRIÇÃO GUARDAROUPAS CAMAS CÔMODA TOTAL Material direto 9500 10500 12000 32000 Mãodeobra direta 800 900 1300 3000 Energia elétrica direta 100 110 200 410 Custos diretos 10400 11510 13500 35410 MOD Rateio 267 30 433 100 Custos indiretos 643470 7230 1043530 24100 Custo total 1683470 18740 2393530 59510 Unidades produzidas 250 750 4000 5000 Custo unitário 673388 2498667 5983825 Fonte a autora Por outro lado se o critério de alocação tomar por base no número de unidades pro duzidas os valores unitários dos produtos vão ser divergentes dos acima encontrados Tabela 5 Alocação dos custos indiretos com base no número de unidades produzidas DESCRIÇÃO GUARDAROUPAS CAMAS CÔMODA TOTAL Material direto 9500 10500 12000 32000 Mãodeobra direta 800 900 1300 3000 Energia elétrica direta 100 110 20000 41000 Custos diretos 10400 11510 13500 35410 Unid produzidas Rateio 5 15 80 100 Custos indiretos 1205 3615 19280 24100 Custo total 11605 15125 32780 59510 Unidades produzidas 250 750 4000 5000 Custo unitário 4642 2016667 8195 Fonte a autora Custos Indiretos de Produção Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 105 Percebese que há variação nos custos unitários obtidos em consequência de diferentes métodos de alocação dos custos Por este motivo recomendase uma criteriosa análise dos critérios de alocação em função dos objetivos pre tendidos pela empresa Os custos indiretos não possuem nenhum relacionamento direto com os produtos industrializados mas sim com o processo produtivo assim como anteriormente abordado em qualquer critério de rateio ou estimativa aplicada sempre haverá uma margem de dúvidas acerca dos resultados obtidos No entanto a escolha do melhor método e a utilização de dados reais ocorridos durante o processo produtivo contribuem para apuração de um resultado mais favorável ao destino da informação que o usuário pretende utilizar EXERCÍCIO RESOLVIDO 1 A empresa Rols produz ralos de dois tama nhos O volume de produção e de vendas é de cerca de 10000 unidades do Ralo Grande e 6000 unidades do Ralo Pequeno por período e os Custos Indiretos de Produção CIP totalizam 200000 Os custos diretos do período foram apura dos por requisições e mapas de apontamentos conforme segue Tabela 6 Custos diretos unitários Descrição R Grande R Pequeno Material direto 8 4 Mão de obra direta 4 3 Fonte a autora Pedese a Calcular o valor dos Custos Indiretos de Produção CIP de cada produto utilizando o custo de mão de obra direta como base de rateio b Calcular o valor dos Custos Indiretos de Produção CIP de cada produto utilizando o custo de material direto como base de rateio Resolução a Custos indiretos de produção utilizando a mão de obra direta como base de rateio CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 106 O custo indireto total do período foi de 200000 portanto o rateio deve ser realizado com base no custo total de mão de obra direta e não com base na mão de obra de uma unidade de cada produto Tabela 7 Rateio do custo indireto pela MOD Descrição MOD total CIP R Grande 40000 6897 137940 R Pequeno 18000 3103 62060 Total 58000 100 200000 Fonte a autora 58000 X 40000 x 100 58000 X 18000 x 100 X 4000000 58000 X 1800000 58000 X 06897 X 03103 X 6897 X 3103 O custo indireto do R Grande é de 137940 20000 x 6897 O custo indireto do R Pequeno é de 62060 200000 x 3103 Tabela 8 b Custos indiretos de produção utilizando o material direto como base de rateio Descrição MD Unitário Volume de produção MD total R Grande 8 10000 unid 80000 R Pequeno 4 6000 unid 24000 Total 16000 unid 104000 Fonte a autora Tabela 9 Rateio dos custos indiretos pelo material direto Descrição MD total CIP R Grande 80000 7692 153840 R Pequeno 24000 2308 46160 Total 104000 100 200000 Fonte a autora O custo indireto do R Grande é de 153840 20000 x 7692 O custo indireto do R Pequeno é de 46160 200000 x 2308 Custos Indiretos de Produção Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 107 EXERCÍCIO RESOLVIDO 2 A Confeitaria Gutamoc produz bolos para casamento No mês de janeiro20XX a empresa fez 70 bolos de chocolate e 60 bolos de morango Os dados relativos a sua produção do período são os seguintes Os equipamentos de fabricação utilizados na produção custaram 2160 e sua vida útil são estimadas em 10 anos A fatura de energia elétrica da produção custou 300 Para assar os bolos de chocolate e morango foram consumidas 11 h e 1 h de forno elétrico respectivamente para cada unidade Pedese Calcular o valor dos custos indiretos de produção CIP para cada um dos bolos fabricados rateando com base no tempo de forno Resolução Primeiramente fazse necessário apurar o custo indireto com depreciação depre ciação linear 2160 10 anos 216 de depreciação por ano 216 por ano 12 meses 18 de depreciação por mês Assim os custos indiretos do período foram de 318 Podemos ratear os custos indiretos por uma regra de três simples Tabela 10 Tempo total de produção Bolo de chocolate 11 h x 70 unid 77 horas Bolo de morango 10 h x 60 unid 60 horas Total 137 horas Fonte a autora 137 horas 318 137 horas 318 77 horas X 60 horas X 137 X 77 x 318 137 X 60 x 318 X 24486 137 X 19080 137 X 178729927 X 139270073 CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 108 O custo indireto total dos bolos de chocolate foi 1787299927 como foram pro duzidos 70 unidades então temos que o custo indireto unitário é de 2553284 17872992 70 O custo indireto total dos bolos de morango foi 139270073 como foram pro duzidos 60 unidades então temos que o custo indireto unitário é de 2321167883 139270073 60 APURAÇÃO DO CUSTO DO PRODUTO Neste livro nós apresentamos várias formas de apurar os cus tos dos produtos A primeira delas corresponderá a alocação dos materiais diretos mão de obra direta e custos indiretos aos pro dutos fabricados Esta forma de apuração de custo é chamada de Custeio por Absorção O custo total dos produtos será apurado após o cumprimento das seguintes etapas 1ª Etapa Levantamento das despesas 2ª Etapa Levantamento e separação dos custos diretos e indiretos 3ª Etapa Alocação dos custos diretos 4ª Etapa Alocação dos custos indiretos 5ª Etapa Levantamento do custo total Apuração do Custo do Produto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 109 Vamos exemplificar utilizando a empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda No período de janeiro de 20XX ocorreram os seguintes gastos Comissão de Vendedores 2000 Depreciação de Máquinas Industriais 350 Depreciação de Veículos 250 Despesas Bancárias 100 Energia Elétrica da Administração 500 Energia Elétrica da Fábrica iluminação da fábrica 1500 Energia Elétrica da Fábrica medidor por máquina 4000 Fatura de Telefone 600 Frete de Entrega 1000 Honorários da Diretoria 2200 Madeira Consumida 50000 Manutenção das Máquinas Industriais 320 Material de Limpeza da Administração 150 Outros Materiais Consumidos 700 Puxadores Consumidos 612 Salários e Encargos da Administração 6000 Salários e Encargos dos Operários 15000 Salários e Encargos dos Supervisores de Produção 5000 Tarifa de Água 300 Verniz Consumido 200 a 1ª Etapa Levantamento das despesas As despesas não fazem parte do custo do produto correspondem aos gastos realizados no período classificadas como Contas de Resultado As despesas reduzem o patrimônio portanto são lançadas em contrapartida com a conta Resultado do Exercício CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 110 As despesas são evidenciadas na DRE Demonstração do Resultado do Exercício Despesas de Vendas Comissão de Vendedores 2000 Depreciação de Veículos 250 Frete de Entrega 1000 Despesas Financeiras Despesas Bancárias 100 Despesas Administrativas Energia Elétrica da Administração 500 Fatura de Telefone 600 Honorários da Diretoria 2200 Material de Limpeza da Administração 150 Salários e Encargos da Administração 6000 Tarifa de Água 300 b 2ª Etapa Levantamento e separação dos custos diretos e indiretos Os custos correspondem aos gastos consumidos no processo produtivo são incorporados nos produtos Nessa etapa precisamos identificar os gastos que correspondem aos custos e separálos em custos de materiais diretos mão de obra direta e custos indiretos Custos Diretos Materiais Diretos Madeira Consumida 50000 Puxadores Consumidos 612 Apuração do Custo do Produto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 111 Mão de obra Direta Salários e Encargos dos Operários 15000 Outros Custos Diretos Energia Elétrica da Fábrica medidor por máquina 4000 Custos Indiretos Depreciação de Máquinas Industriais 350 Energia Elétrica da Fábrica iluminação da fábrica 1500 Manutenção das Máquinas Industriais 320 Outros Materiais Consumidos 700 Salários e Encargos dos Supervisores de Produção 5000 Verniz Consumido 200 Total 8070 c 3ª Etapa Alocação dos custos diretos Os gastos com materiais diretos mão de obra direta e outros custos diretos con sumidos nos produtos devem ser alocados às unidades produzidas Os custos diretos são os custos passíveis de serem quantificadas mensurados em cada uma das unidades produzidas Tomando por base o exemplo da empresa Gutamoc vamos fazer as alocações A empresa produziu no período guardaroupas de 2 4 e 6 portas Alocação dos materiais diretos A empresa mantém um controle interno para o consumo de matériaprima madeira por meio de requisições feitas pela produção ao almoxarifado dos esto ques Nas requisições constam as quantidades de madeiras utilizadas em cada uma das unidades produzidas Através da multiplicação da quantidade de madeira utilizada em cada produto pelo custo unitário constante da ficha de controle de estoque temos o custo da madeira consumida conforme apresentado CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 112 Tabela 11 Custo da matéria prima Produto Madeira Guardaroupa de 2 portas 8000 Guardaroupa de 4 portas 17000 Guardaroupa de 6 portas 25000 Total 50000 Fonte a autora Embora consumidos em menor quantidade os puxadores são facilmente aloca dos a cada uma das unidades produzidas Se considerarmos que foram fabricados 10 unidades de guardaroupas de cada modelo podemos mensurar exatamente o custo com puxadores alocados diretamente ao produto Tabela 12 Custo dos puxadores Produto Puxadores Guardaroupa de 2 portas 102 Guardaroupa de 4 portas 204 Guardaroupa de 6 portas 306 Total 612 Fonte a autora Alocação da mão de obra direta A empresa mantém um controle interno da mão de obra direta O custo com mão de obra só pode ser considerado direto quando é possí vel quantificar o valor da mão de obra em cada uma das unidades trabalhadas A empresa mantém um mapa de apontamento com as informações de quanto tempo cada pessoa física gastou na produção de cada produto Assim como a empresa possui o custo com mão de obra direta salários encargos benefícios e o tempo despendido em cada unidade podemos alocar diretamente o custo dos operários aos produtos conforme segue Apuração do Custo do Produto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 113 Tabela 13 Custo da mão de obra direta Produto Mão de obra Guardaroupa de 2 portas 2500 Guardaroupa de 4 portas 5000 Guardaroupa de 6 portas 7500 Total 15000 Fonte a autora Alocação da energia elétrica direta A empresa mantém um controle interno da energia elétrica direta O custo com energia elétrica só pode ser considerado direto quando é possí vel mensurar o valor em cada uma das unidades trabalhadas A empresa possui registros nas máquinas que quantificam o consumo de energia elétrica em cada uma das unidades produzidas Assim a empresa aloca a energia das máquinas somente das máquinas diretamente a cada produto conforme segue Tabela 14 Custo da energia elétrica direta Produto Energia Elétrica Guardaroupa de 2 portas 1000 Guardaroupa de 4 portas 1300 Guardaroupa de 6 portas 1700 Total 4000 Fonte a autora d 4ª Etapa Alocação dos custos indiretos Os custos consumidos no processo produtivos não identificados diretamente a esta ou àquela unidade produzida são considerados custos indiretos CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 114 Os custos indiretos devem ser alocados aos produtos compõem o custo total dos produtos mas como não podem ser mensurados a cada uma das uni dades produzidas devem ser alocados aos produtos por algum critério de rateio ou estimativa Ratear consiste em dividir os custos indiretos proporcionalmente aos produ tos utilizando para tanto a grandeza que representa melhor relação com o custo Para a empresa Gutamoc podemos ratear os 8070 de custos indiretos pelo volume de produção conforme segue Tabela 15 Rateio dos custos indiretos pelo volume de produção Produtos Volume de produção Custos Indiretos Guardaroupa 2 ptas 10 unid 33333 2690 Guardaroupa 4 ptas 10 unid 33333 2690 Guardaroupa 6 ptas 10 unid 33333 2690 Total 30 unid 100 8070 Fonte a autora Analisando o quadro acima verificamos que embora os produtos tenham tama nhos distintos todos receberam o mesmo valor de custos indiretos devido ao fato de o volume de produção ser igual para todos os produtos No exemplo da empresa a utilização do critério de rateio pelo volume de pro dução pode inviabilizar a produção pois está encarecendo muito o guardaroupa de 2 portas portanto o volume não apresenta muita relação com os custos indiretos Suponhamos que a empresa faça a alocação dos custos indiretos aos produ tos tomando por base o consumo de madeira conforme segue Tabela 16 Rateio dos custos indiretos pelo consumo de madeira Produtos Consumo de madeira Custos Indiretos Guardaroupa 2 ptas 8000 16 129120 Guardaroupa 4 ptas 17000 34 274380 Guardaroupa 6 ptas 25000 50 403500 Total 50000 100 807000 Fonte a autora Apuração do Custo do Produto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 115 Outro critério que podemos utilizar consiste em alocar os custos indiretos tomando por base a mão de obra direta conforme segue Tabela 17 Rateio dos custos indiretos pela mão de obra direta Produtos Mão de obra direta Custos Indiretos Guardaroupa 2 ptas 2500 166666 1345 Guardaroupa 4 ptas 5000 333333 2690 Guardaroupa 6 ptas 7500 50 4035 Total 15000 100 8070 Fonte a autora Do exposto verificamos que a escolha do critério de alocação é subjetiva Os rateios realizados por critérios diferentes levam a informações distintas possi bilitando a realização de análises equivocadas Em muitas empresas os custos indiretos são alocados aos produtos um a um Os materiais indiretos podem ser rateados com base na matériaprima a energia elétrica com base na mão de obra direta a depreciação das máquinas com base no consumo de energia etc e 5ª Etapa Levantamento do custo total Com a alocação direta dos custos diretos aos produtos e o rateio dos custos indiretos podemos apurar o custo total dos produtos Utilizando o rateio dos custos indiretos pelo volume de produção o custo total de cada produto ficaria da seguinte forma Tabela 18 Composição do custo total Produtos Custos diretos Custos Indiretos CUSTO TOTAL Materiais Mão de obra Energia Elétrica Total Guardaroupa 2 ptas 8102 2500 1000 11602 2690 14292 Guardaroupa 4 ptas 17204 5000 1300 23504 2690 26194 Guardaroupa 6 ptas 25306 7500 1700 34506 2690 37196 Total 50612 15000 4000 69612 8070 77682 Fonte a autora CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 116 Por outro caso a empresa utilizasse o rateio dos custos indiretos pelo consumo de madeira o custo total de cada produto ficaria da seguinte forma Tabela 19 Custo total Produtos Custos diretos Custos Indiretos CUSTO TOTAL Guardaroupa 2 ptas 11602 129120 1289320 Guardaroupa 4 ptas 23504 274380 2624780 Guardaroupa 6 ptas 34506 403500 3854100 Total 69612 807000 7768200 Fonte a autora Por fim caso a empresa utilizasse o rateio dos custos indiretos pelo custo da mão de obra direta o custo total de cada produto ficaria da seguinte forma Tabela 20 Custo total Produtos Custos diretos Custos Indiretos CUSTO TOTAL Guardaroupa 2 ptas 11602 1345 12947 Guardaroupa 4 ptas 23504 2690 26194 Guardaroupa 6 ptas 34506 4035 38541 Total 69612 8070 77682 Fonte a autora Analisando os custos totais apurados verificamos que a escolha do critério de rateio altera o resultado Assim sempre que possível o rateio deve utilizar como parâmetro as medidas que têm maior relação com os custos A apuração do custo total dos produtos fabricados pode ser apresentada no esquema abaixo Figura 1 Representação dos custos do produto Fonte a autora Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 117 Os custos diretos são apropriados aos produtos por uma unidade de medida Não há como quantificar os custos indiretos consumidos em cada unidade pro duzida portanto os custos indiretos são apropriados aos produtos por meio de rateio ou estimativa DEPARTAMENTALIZAÇÃO O procedimento de departamentalização consiste em dividir a área de produção em departamentos O departamento é uma unidade menor que executa alguma atividade que consome tempo e recurso financeiro ATKINSON ET AL 2000 Os departamentos podem corresponder a atividade executada exclusivamente por uma máquina atividade realizada por uma pessoa física ou por atividade que necessita de máquina e pessoa Os custos diretos não são distribu ídos aos departamentos mas alocados diretamente ao produto na propor ção do consumo Por outro lado os custos indiretos pela impossibili dade de quantificação ou mensuração alocada em cada uma das unidades produzidas necessitam de algum meca nismo de rateio para serem alocados MARTINS 2010 A apuração do custo dos produtos fabricados com departa mentalização pode ser apresentada no esquema abaixo CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 118 Figura 2 Representação do custo do produto pela departamentalização Fonte a autora Dividir a empresa em departamentos é uma tarefa a ser desenvolvida normal mente pela administração da empresa e para tanto devese levar em conta as várias atividades desenvolvidas no âmbito das organizações cada qual com suas funções operações e especialidades Caso a empresa tenha interesse também é possível dividila em Centros de Custos sendo as menores divisões da empresa A figura 3 demonstra a divisão de uma indústria em departamentos de acordo com as respectivas funções de acordo com a natureza representadas nos retângulos e setas Figura 3 Tipos de departamentos Fonte a autora A prática de departamentalizar consiste em alocar custos aos departamentos uti lizados no processo produtivo objetivando gerenciar os custos na apuração dos lucros e alcançar maior eficiência operacional Segue alguns exemplos de depar tamentos relacionados ao ramo da empresa Confecção corte costura e acabamento Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 119 Indústria corte pintura e montagem Comércio compras marketing e vendas A departamentalização contribui para maior controle dos custos determinantes do lucro uma vez que são passíveis de constatação dos valores alocados em cada um dos departamentos bem como ser utilizado como controle operacional fornecendo informações quanto a eficiência das operações VANDERBECK E NAGY 2001 Cabe ressaltar que embora alguns departamentos possam ser comuns a diversos ramos empresariais como o departamento financeiro ou o departa mento de pessoal cada empresa deve ser departamentalizada de acordo com as suas atividades funções e especialidades desenvolvidas VANTAGENS DA DEPARTAMENTALIZAÇÃO A departamentalização oferece algumas vantagens para as empresas dentre as quais podemos citar Melhora no controle e análise Redução dos rateios dos custos indiretos Para a primeira vantagem destacase que uma vez que os departamentos são considerados como uma unidade operacional em cada uma dessas unidades deve existir um responsável pelas atividades desenvolvidas MARTINS 2010 Dessa forma o responsável pelo setor terá maiores condições de analisar os cus tos do departamento a qualidade das atividades desenvolvidas favorecendo assim a tomada de decisão frente a sua cooperação na melhoria dos resultados que podem ser obtidos pela empresa A segunda vantagem consiste em alocar os custos indiretos primeiramente aos departamentos e posteriormente aos produtos Tal fato se justifica considerando que muitas vezes um determinado produto não passa por todos os departamentos da empresa mas se os custos indiretos forem rateados aos produtos suportarão gastos consumidos nos departamentos fora da sua linha de produção Assim os valores atribuídos aos produtos podem não representar os gastos por eles auferidos CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 120 Figura 4 Departamentalização de custos Fonte Bruni e Famá 2011 Do exposto na figura acima percebese que antes dos departamentos todos os custos indiretos eram alocados a todos os produtos industrializados por outro lado após a divisão em departamentos os custos indiretos foram alocados ape nas aos departamentos nos quais efetivamente foram consumidos dessa forma os produtos absorveram apenas os custos dos departamentos nos quais faziam parte da sua linha de produção e não de todos os departamentos da empresa Segue um exemplo ilustrativo para verificar a vantagem da departamenta lização em uma empresa de confecções EXEMPLO 1 A empresa Moraes Moraes confecciona e vende roupas Em um determinado mês essa empresa produziu e vendeu 300 peças de calça por 17 cada e 200 peças de camisas por 19 cada peça A empresa informou os gas tos mensais e departamentos da empresa divididos em tintura corte e costura Tabela 21 Gastos financeiros fornecidos pela empresa Descrição Calça Camisa Custos Indiretos Total Materiais 1800 1600 1200 4600 Mão de obra 600 400 800 1800 Depreciação Industrial 2000 2000 Soma 2400 2000 4000 8400 Fonte a autora Alocando os dados financeiros fornecidos pela empresa utilizando como base de rateio as unidades produzidas depreendese os Custos Indiretos de Fabricação nos seguintes termos Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 121 Tabela 22 Custos indiretos de fabricação rateados pelas peças produzidas DESCRIÇÃO CALÇA CAMISA TOTAL Materiais 1800 1600 3400 Mão de obra 600 400 1000 CIPs 2400 1600 4000 Rateio 60 40 100 Peças produzidas 300 200 500 Soma 4800 3600 8400 Custo unitário 16 18 Fonte adaptada de Bruni e Famá 2011 Considerando o valor dos custos unitários das peças produzidas como sendo de 16 para as calças e 18 para as camisas observase que alocando os custos as unidades pelo critério de rateio em relação às peças produzidas a empresa esta ria comercializando as calças com lucro de 1 e as camisas com lucro de 1 Por outro lado procedendo a uma análise mais detalhada dos custos incor ridos na empresa constatase que apenas as calças passam pelo departamento de tintura Dessa forma as camisas não devem absorver os custos do departa mento de tintura Procedendo a departamentalização nessa empresa os custos indiretos dos departamentos seriam os seguintes Tabela 23 Custos indiretos dos departamentos DESCRIÇÃO TINTURA CORTE COSTURA TOTAL Materiais 200 400 600 1200 Mão de obra 200 200 400 800 Depreciação Indus trial 1000 400 600 2000 Soma 1400 1000 1600 4000 Unidades processa das 300 500 500 Custo unitário 467 200 320 Fonte adaptada de Bruni e Famá 2011 Do quadro acima temse que os custos unitários das peças produzidas nos depar tamentos de tintura corte e costura são respectivamente de 467 200 e 320 CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 122 Para apuração do custo unitário das peças produzidas fazse necessário ainda identificar os materiais diretos e a mão de obra direta de cada uma das unidades pro duzidas Assim os custos totais unitários de cada uma das peças produzidas segue Tabela 24 Custo unitário após departamentalização DESCRIÇÃO CALÇA CAMISA Materiais 600 800 Mão de obra 200 200 Tintura 467 Corte 200 200 Costura 320 320 Soma 1787 1520 Fonte adaptada de Bruni e Famá 2011 Os custos totais unitários apurados após a departamentalização para as calças e camisas são de 1787 e 1520 respectivamente Desse modo o resultado apu rado quando o rateio é realizado com base nas unidades produzidas divergem entre si pois enquanto para a departamentalização a calça produz um prejuízo de 087 por unidade e a camisa um lucro de 380 pelo rateio com relação às unida des produzidas as calças produzem lucro e 100 e as camisas prejuízo de 100 Do exposto nesse exemplo percebese a importância da departamentaliza ção uma vez que possibilitou uma melhor alocação dos custos indiretos às peças produzidas se não eliminando mas reduzindo as distorções causadas pela alo cação utilizada pelo critério de rateio em relação às unidades produzidas DEPARTAMENTOS PRODUTIVOS E DE SERVIÇOS Não apenas as empresas industriais como também as comerciais e prestadoras de serviços podem ser divididas em departamentos Ocorre que nem todos os departamentos do setor fabril atuam especificamente com a produção de bens ou serviços há departamentos da fábrica que atuam nas áreas de almoxarifado gerenciamento controle manutenção etc Os departamentos normalmente são divididos em Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 123 Departamento de serviços Departamento de produção De qualquer forma o que caracteriza um departamento de serviço é o fato de não executar nenhuma atividade ou função relacionada diretamente com o serviço prestado ou produto elaborado ainda os custos dos departamentos de serviços devem ser distribuídos para os demais departamentos que deles se beneficiaram durante o ciclo produtivo São exemplos de departamentos de serviços Na indústria manutenção almoxarifado suprimentos e controle de qualidade Na prestadora de serviços escritório de contabilidade cobranças e refeitório São exemplos de departamentos produtivos Na indústria estamparia pintura montagem corte e usinagem Na prestadora de serviço escritório de contabilidade departamentos fiscal pessoal e contábil Os departamentos produtivos recebem os custos de produção pois são neles que os produtos são industrializados em que os materiais são modificados e trans formados em produtos acabados ainda os departamentos produtivos também recebem os custos dos departamentos de serviços dos quais se beneficiaram durante o ciclo produtivo É comum as empresas de serviços fazerem o acompanhamento dos custos por meio de ordem de serviço na qual são anotados os custos alocados di retamente e apontados os que serão alocados indiretamente Fonte a autora CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 124 CONSIDERAÇÕES FINAIS Na indústria o custo dos produtos acabados é composto por materiais diretos mão de obra direta e custos indiretos de produção Os custos diretos são alocados diretamente aos produtos em razão da possibilidade de identificação e quantifica ção em cada uma das unidades produzidas Por outro lado os custos indiretos de produção necessitam de um critério de rateio para serem alocados aos produtos Os custos indiretos correspondem aos gastos obtidos com outros elementos que concorreram indiretamente na fabricação do produto como aluguel IPTU depre ciação gás e energia elétrica os chamados custos indiretos de fabricação ou CIF A departamentalização é um procedimento muito utilizado na contabili dade de custos para alocação dos custos indiretos aos produtos uma vez que o rateio dos custos indiretos é primeiramente realizado aos departamentos e pos teriormente dos departamentos aos produtos A departamentalização possibilita maior controle dos custos Como será que a departamentalização dos custos indiretos de produção pos sibilita maior controle dos custos indiretos consumidos O detalhamento dos custos indiretos por departamentos permite acompanhar e controlar cada um dos gastos realizados em cada etapa do processamento do produto Fonte a autora 125 CUSTOS INDIRETOS 1 A fábrica Vasos de Jardim Ltda produz quinze modelos diferentes de vasos Leia as afirmações e assinale a alternativa correta Para fins fiscais o gasto com o aluguel do barracão da fábrica deve ser a Contabilizado como despesa do período b Alocado diretamente aos produtos c Contabilizado como despesa ou custo dependendo do procedimento que a empresa queira adotar d Alocado aos produtos por meio de um critério de rateio ou estimativa e Rateio por direcionador 2 A empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda produz guardarou pas de dois modelos de 4 portas e de 6 portas A produção ocorre em um único departamento os custos indiretos em um de terminado período totalizaram 50000 seus custos diretos e o tempo de produ ção de cada tipo de produto foram os seguintes Descrição Guardaroupa 4 portas Guardaroupa de 6 portas Total Matériaprima 5600 8400 14000 Mão de obra direta 15300 6500 21800 Tempo total de produção horas 7500 5500 13000 Pedese preencher os mapas de rateio indicar o valor do Custo Indireto de Pro dução e o Custo Total da cada tipo de produto a Pelo critério de proporcionalidade ao custo de matériaprima b Pelo critério da proporcionalidade ao custo de mão de obra direta c Pelo critério do tempo total de produção 126 3 A empresa Del Vale produz o Suco A e o Suco B cujo volume de produção e de vendas é de cerca de 12000 e 4000 unidades respectivamente por período e os Custos Indiretos de Produção totalizam 15000 Em determinado período foram negociados os seguintes custos diretos por uni dade Custos Suco A Suco B Material direto 1 110 Mão de obra direta 08 09 Pedese calcular o valor dos Custos Indiretos de Produção CIP de cada produto utilizando os custos diretos como base de rateio MATERIAL DIRETO MÃO DE OBRA DIRETA E CUSTOS INDIRETOS 4 Analisando as contas do livro razão da empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis na data do dia 31 de março de 20XX obtemos os seguintes dados Materiais Diretos Produto A 180000 Produto B 150000 Produto C 60000 Mão de obra Direta Salários e Ordenados 100000 Encargos Sociais 30000 Mão de obra Indireta Salários e Ordenados 30000 Encargos Sociais 8000 Custos Indiretos de Produção Aluguel 2000 Depreciação 1000 Energia Elétrica 800 Fatura de Água 500 127 Pedese a Considerando que os tempos de produção mão de obra direta nos produtos são iguais qual o custo direto de cada produto b Qual o custo indireto de cada produto utilizando o rateio com base no custo da mão de obra direta c Qual o custo total de cada produto 5 A empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis produz Camas e Guarda roupas Em fevereiro20XX a empresa fabricou 300 camas e 200 guardaroupas a Os materiais diretos necessários para a produção consumidos foram iguais a 3400 m2 de Madeira 1200 puxadores e 350 litros de verniz O custo da madeira é estimado em 35 m2 com ICMS já incluso de 630 o custo dos puxadores é de 9000 o milheiro com ICMS já incluso de 1600 e o custo do verniz é 100 cada lata de 5 litros O consumo unitário de material direto Descrição Madeira em m2 Puxador unid Verniz litro Cama 4 04 Guardaroupa 11 6 115 b Os custos com mão de obra direta alcançam 8 por hora mais encargos so ciais e obrigações legais Considere 40 horassemana de segundafeira à sex tafeira INSS patronal de 268 sobre o salário FGTS de 8 férias integrais e 14 dias não trabalhados por ano em decorrência de feriados e faltas abo nadas considerando que o ano tem 52 sábados e 52 domingos A empresa é isenta dos demais impostos e encargos Em determinado mês a mão de obra direta empregada na fabricação de ca mas e guardaroupas foi igual a 120 horas e 180 horas respectivamente c Outros dados relativos Energia elétrica consumida na produção 1500 Supervisão geral da produção 2000 Aluguel da fábrica 800 Seguro predial do fábrica 900 Consumo de lubrificantes nos equipamentos de produção 500 Depreciação de equipamentos de produção 600 128 Seguro dos equipamentos de fábrica 700 Despesas comerciais e administrativas da empresa no período 4350 Despesas financeiras no período 250 Vendas de produtos acabados I Sobre o valor das vendas haverá incidência de ICMS de 10 Produtos Preço de venda Volume de vendas Cama 2000 280 Guardaroupa 5000 200 II O tempo de produção requerido por unidade de produto é o seguinte Produtos Tempo de máquina Tempo MOD Cama 080 h máq 040 h homem Guardaroupa 180 h máq 090 h homem III O custo de supervisão apresenta correlação com o de MOD IV Os demais custos indiretos são correlacionados ao tempo de uso de máqui nas V O imposto de renda IR é de 15 sobre o lucro Pedese a O custo mão de obra direta de cada produto levando em consideração o cus to da hora b O custo de material direto de cada produto fabricado no mês em questão c O custo indireto de cada produto fabricado no período elaborar o mapa de rateio d O custo total de cada produto e As fichas de controle de estoque dos produtos f O custo dos produtos vendidos no período g O valor do estoque final de produtos acabados 129 Distribuição de Custos Um estudo no Porto de ValênciaEspanha Há situações em que os custos indiretos não podem ser identificados ou alocados de maneira direta aos objetos de custo Ex produtos serviços clientes áreas zonas de partamentos etc Na maioria dos casos somente podem ser atribuídos aos diversos cen tros para o qual devese recorrer a departamentalização Essa distribuição ou alocação pode ocorrer de forma primária e secundária Distribuição primária A distribuição primária envolve a alocação ou localização dos cus tos indiretos com base em determinados critérios aos centros de custos da organiza ção Segundo GinerFillol et al 2013 a atribuição pode ser efetuada de duas formas a Quando os custos podem ser identificados diretamente atribuição direta aos distintos centros A atribuição direta desses custos aos centros pode ser realizada sem dificuldades no momento em que é acumulado em seu registro inicial Por exemplo o salário do gerente do centro de manutenção é um custo direto desse centro b Quando os custos são distribuídos entre os centros que se beneficiam com sua atuação A atribuição de tais custos aos centros principais e auxiliares é conhecida como rateio Isto ocorre quando pelo menos um elemento de custo pode afetar a vários centros como por exemplo o centro de manutenção que pode prestar seus serviços à vários centros Essa distribuição pode ser realizada por meio da escolha do fator de distribuição ou se japor meio deste buscase atribuir a cada centro a parte que corresponde do custo O fator de distribuição ou rateio é um meio mecanismo ou forma que se utiliza para distribuir os valores de custos entre os diferentes centros A organização deve ter uma informação mínima tanto técnica como contábil com a finalidade de estabelecer os fatores de distribuição entre elas destacase os seguintes Empregados e sua distribuição pelos centros No de empregados do centro de ma nutenção etc Dimensões de terreno e edifícios Ex metros hectares etc Ocupação de cada departamento no prédio Ex M2 andar etc Localização do equipamento e máquinas nos centros Ex Centro de manutenção limpeza e conservação etc Potência instalada das máquinas Watt etc 130 Os fatores de atribuição estão relacionados com áreas de superfície pessoal volume potência instalada investimento em máquinas número de empregados etc Em qualquer caso devese escolher aquele fator que melhor representa o consumo do recurso Distribuição secundária Após realizada a distribuição dos custos indiretos aos centros de custos da organização agora com a finalidade de imputar tais custos aos objetos podese redistribuir os valores acumulados nos centros auxiliares para os centros prin cipais GINERFILLOL ET AL 2013 O processo de redistribuição dos custos dos centros auxiliares aos centros principais é denominado distribuição secundária Este consiste em uma redistribuição dos valores apurados em cada centro auxiliar aos centros principais Há procedimentos ou métodos que podem ser utilizados para distri buição dos custos dos centros auxiliares aos principais Fonte Lunkes 2015 Material Complementar MATERIAL COMPLEMENTAR Contabilidade de Custos 1997 Charles Tomas Horngren Editora Prentice Hall Sinopse estudar contabilidade de custos é um dos melhores investimentos que qualquer aluno pode fazer porque o sucesso de uma organização da menor loja à maior corporação multinacional depende do uso de conceitos e práticas dessa disciplina Tendo em vista esse enfoque Contabilidade de Custos vol 2 escrito por três grandes nomes em matéria de contabilidade Horngren Foster e Datar tem como ponto central mostrar de que maneira a contabilidade de custos ajuda os administradores a tomar decisões mais acertadas para sua organização Comentário Um dos melhores livros de Contabilidade de Custos Saber o preço de venda é importante mas descobrir o custo de produção é o primeiro passo para montar um negócio principalmente se o negócio for funcionar em casa Para mais informações acesse httpg1globocomdistritofederalvideosv descobrirocustodeproducaoeoprimeiropassoparamontarumnegocioem casa4948363 REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS ATKINSON Anthony A et al Contabilidade gerencial São Paulo Atlas 2000 BRUNI Adriano Leal FAMÁ Rubens Gestão de custos e formação de preços com aplicações na calculadora HP 12 C e excel 5 ed São Paulo Atlas 2011 LUNKES Rogério João ABCustos Associação Brasileira de Custos Vol X n2 01 19 maiago 2015 MARTINS Eliseu Contabilidade de custos 10 ed São Paulo Atlas 2010 RIBEIRO Osni Moura Contabilidade de custos São Paulo Saraiva 2011 VANDERBECK Edward J NAGY Charles F Contabilidade de custos 11 ed São Pau lo Pioneira Thomson Learding 2001 VICECONTI Paulo NEVES Silvério das Contabilidade de custos um enfoque direto e objetivo 11 Ed São Paulo Saraiva 2013 132 REFERÊNCIAS 133 GABARITO 1 D 2 a Descrição Guardaroupa 4 portas Guardaroupa de 6 portas Total Matériaprima 5600 8400 14000 Mão de obra direta 15300 6500 21800 Custos Indiretos 20000 30000 50000 Custo Total 40900 44900 85800 b Descrição Guardaroupa 4 portas Guardaroupa de 6 portas Total Matériaprima 5600 8400 14000 Mão de obra direta 15300 6500 21800 Custos Indiretos 35092 14908 50000 Custo Total 55992 29808 85800 c Descrição Guardaroupa 4 portas Guardaroupa de 6 portas Total Matériaprima 5600 8400 14000 Mão de obra direta 15300 6500 21800 Custos Indiretos 28846 21154 50000 Custo Total 49746 36054 85800 GABARITO 3 Suco A Suco B Material direto 1 110 Mão de obra direta 08 09 Custo Direto 180 200 Volume 12000 4000 Custo Direto Total 21600 8000 Custos indiretos 10946 4054 Material direto mão de obra direta e custos indiretos 4 Produto A Produto B Produto C Material 180000 150000 60000 Mão de obra 4333333 4333333 4333333 Custo Direto 22333333 19333333 10333333 Custos Indiretos 14100 14100 14100 Custo Total 23743333 20743333 11743333 Custos indiretos total CIP MOI 4300 38000 42300 3 produtos 14100 cada produto 5 a 40 horas x 5 semanas 30 dias 666666 horasdia Descrição Cálculo Horas Horas do ano civil 365 dias x 66666h 243333 Descanso semanal remunerado 48 x 6666 h 320 Férias integrais 30 x 66666h 200 Feriados 14 x 66666h 9333 Horas efetivamente laboradas 1820 horas GABARITO 135 Verbas trabalhistas Cálculo MOD Salários mensais 1820 x 800 1456000 Domingos 320 x 800 256000 Férias 200 x 800 160000 Terço constitucional de férias 200 x 800 3 53333 Feriados 9333 x 800 74664 13º Salário 200 x 800 160000 Total anual 2159997 INSS 2159997 x 268 578879 FGTS 2159997 x 8 172800 CUSTO ANUAL 2911676 CUSTO POR HORA 2911676 1820 horas 1600 CAMA 120 horas x 1600 192000 GUARDAROUPA 180 horas x 1600 288000 MOD TOTAL 192000 288000 480000 b Madeira 3500m² ICMS 630 2870m² Puxadores 900000 ICMS 160000 740000 1000 740unidade Verniz 10000 5 litros 2000 litro GABARITO CAMA Madeira 4m² x 2870 11480 Verniz 04 litros x 2000 800 Custo un MD 12280 QTDE produzida 300 TOTAL 3684000 GUARDAROUPA Madeira 11 m² x 2870 31570 Puxador 6 x 740 440 Verniz 115 x 2000 2300 Custo un MD 38310 QTDE produzida 200 TOTAL 7662000 c CUSTOS INDIRETOS Energia elétrica 1500 Aluguel 800 Seguro predial 900 Consumo de lubrificantes 500 Depreciação 600 Seguro dos equipamentos 700 TOTAL 5000 Rateio da Supervisão 2000 4800 Cama 1920 80000 300un 2666 GR 2880 120000 200 600 GABARITO 137 Rateio dos demais custos 5000 26h Cama 08h 153846 300 513 GR 18h 346154 200 1731 CAMA 2666 513 780 x 300 un 234000 GUARDAROUPA 600 1731 2331 x 200 um 466200 d CUSTO TOTAL MOD MD CI CAMA 1920 36840 2340 4110000 GUARDAROUPA 2880 76620 4662 8416200 CUSTO UNITÁRIO 41100 300un 13700 cama 84162 200un 42081 guardaroupa e CAMA ENTRADA SAÍDA SALDO QTDE VLR UN TOTAL QTDE VLR UN TOTAL QTDE VLR UN TOTAL Produção 300 13700 4110000 300 13700 4110000 Venda 280 13700 38360 20 13700 274000 GUARDAROUPA ENTRADA SAÍDA SALDO QTDE VLR UN TOTAL QTDE VLR UN TOTAL QTDE VLR UN TOTAL Produção 200 42081 8416200 200 42081 8416200 Venda 200 42081 8416200 0 0 GABARITO f Cama 3836000 Guardaroupa 8416200 CPV 12252200 g Cama 274000 Guardaroupa 000 UNIDADE IV Professora Me Juliana Moraes da Silva CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Objetivos de Aprendizagem Conhecer as contas de custos e as identificar no plano de contas Identificar a evidenciação dos custos nas demonstrações financeiras Contabilizar os custos diretos Plano de Estudo A seguir apresentamse os tópicos que você estudará nesta unidade Plano de Contas Demonstrações Financeiras Contabilização de Custos INTRODUÇÃO A Contabilidade de Custos como uma ferramenta de auxílio ao sistema de informação disponibiliza os dados e informações úteis e necessários para que se efetue a apuração dos custos de produção das despesas do período e do resul tado do exercício Tal fato ocorre em razão da sua ligação direta com as funções de orçamento e controle A eficiência da apuração e contabilização dos custos iniciase com a estru tura do plano de contas Nesta unidade são evidenciados os grupos e subgrupos das contas patrimoniais e de resultado contas transitórias Quanto mais deta lhado for o plano maior será a possibilidade de controle e acompanhamento da acumulação dos custos Na contabilidade de custos a preocupação não é apenas com a mensuração do custo dos produtos mas também a escrituração dos fatos bem como a evi denciação dos valores apurados Para o profissional contábil é importante conhecer as formas de registros e optar pelo que considerar mais adequado para a empresa em que está atuando A avaliação dos estoques e a apuração do resultado econômico realizada por meio do controle de custos e contabilização das transações financeiras criam condições para acompanhar o desempenho da empresa Nesta unidade será apresentado a contabilização dos custos diretos e a utili zação do critério simples para a contabilização dos demais elementos de custos Pelo critério simples os custos são contabilizados de forma sintética por totais deixando de mostrar a origem dos custos nos estoques dos produtos No entanto podese recorrer a anotações auxiliares para dirimir eventuais dúvidas de sua composição Após conhecer os elementos que compõem o custo dos produtos o obje tivo desta unidade é contabilizar os custos diretos bem como compreender o fluxo contábil do processo produtivo nos razonetes e demonstrativos financeiros Introdução Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 141 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 142 PLANO DE CONTAS O plano de contas é um conjunto de contas dispostas de acordo com as normas contá beis que uniformiza os registros servindo como parâmetro na elaboração das demons trações contábeis A estrutura do plano de contas é defi nida pelas normas contábeis mas as contas devem ser cadastradas de acordo com a rea lidade de cada empresa visando atender as necessidades de informações dos usuários internos e adaptandose às exigências dos usuários externos Tendo em vista que o presente material tem por objetivo principal apurar os custos vamos complementar o plano de contas abordado na disciplina de Contabilidade Introdutória incluindo as contas de custos Tabela 1 I Contas patrimoniais 1 ATIVO 11 ATIVO CIRCULANTE 111 DISPONIBILIDADES 11101 Caixa Geral 1110101 Caixa 11102 Bancos Conta Movimento 1110201 Banco A 112 CLIENTES 11201 Duplicatas a Receber de Terceiros 1120101 Cliente A 11203 Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvido sa 1120301 Perdas Estimadas em Créditos de Liq Duvidosa Plano de Contas Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 143 113 OUTROS CREDITOS 11301 Títulos a Receber 1130101 Títulos a Receber 114 TRIBUTOS A RECUPERAR 11401 Impostos a Recuperar 1140101 IPI a Recuperar 115 ESTOQUES 11501 Produtos Acabados 1150101 Produto A 11502 Mercadorias para Revenda 1150201 Mercadorias A 11503 Produtos em Processo 1150301 Produto A 11504 Matériasprimas 1150401 Matériaprima A 11505 Material Secundário 1150501 Material Secundário Direto 11506 Perdas Estimadas em Estoques 116 DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE 11601 Despesas Pagas Antecipadamente 1160101 Juros a Apropriar 12 ATIVO NÃO CIRCULANTE 121 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 122 INVESTIMENTOS 123 IMOBILIZADO 12301 Operacional Corpóreo Material 1230101 Computadores e Periféricos 12302 Depreciações Acumuladas 1230201 Depreciação Acum Computadores e Periféri cos CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 144 124 INTANGÍVEL 12401 Operacional Incorpóreo Imaterial 1240101 Marcas e Patentes 12402 Amortizações Acumuladas 1240201 Amortização Acumulada de Marcas e Patentes 2 PASSIVO 21 PASSIVO CIRCULANTE 211 OBRIGAÇÕES OPERACIONAIS 21101 Obrigações com Fornecedores 2110101 Fornecedor A 21102 Empréstimos e Financiamentos 2110201 Empréstimos 21103 Obrigações Tributárias 2110301 ICMS a Recolher 22 PASSIVO NAO CIRCULANTE 221 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 22101 Obrigações Operacionais 2210101 Fornecedor A 2210102 Empréstimo Banco A 23 PATRIMONIO LIQUIDO 231 CAPITAL SOCIAL 23101 Capital Social 2310101 Capital Social Subscrito 2310102 Capital Social a Integralizar 232 RESERVAS DE CAPITAL 23201 Reservas de Capital 2320101 Reservas de Capital 233 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL 23301 Ajustes de Avaliação Patrimonial 2330101 Ajuste de Avaliação Patrimonial Plano de Contas Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 145 234 RESERVAS DE LUCROS 23401 Reservas de Lucros 2340101 Reserva Legal 2340102 Reserva Estatutárias 2340103 Reserva para Contingências 2340104 Reserva de Lucros para Expansão 235 AÇÕES EM TESOURARIA 23501 Ações em Tesouraria 2350101 Ações em Tesouraria 236 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 23601 Prejuízos Acumulados 2360102 Prejuízos Acumulados 23602 Resultado do Período 2360201 Lucro do Período 2360202 Prejuízo do Período Fonte a autora Tabela 2 II Contas de resultado 3 CONTAS DE RESULTADO 31 DESPESAS OPERACIONAIS 311 DESPESAS COM VENDAS 31101 Despesas com Pessoal 3110101 Comissões 312 DESPESAS FINANCEIRAS 31201 Despesas Tributárias 3120101 Impostos sobre Operações Financeiras 313 DESPESAS ADMINISTRATIVA 31301 Despesa com Pessoal 3130101 Salários e Ordenado 31302 Despesas Gerais 3130201 Material de Consumo 314 OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 146 4 CONTAS DE RESULTADO 41 CUSTOS 411 CUSTOS DE VENDAS 41101 Custos dos Produtos Vendidos 4110101 CPV Produto A 41102 Custos dos Subprodutos Vendidos 4110201 CSV Subproduto A 41103 Custo das Mercadorias Vendidas 4110301 CMV Mercadoria A 41104 Custo dos Serviços Prestados 4110401 CSP Serviço A 412 CUSTOS DE PRODUÇÃO 41201 Produtos em Processo 4120101 Produto A 41202 Custos por Departamento 4120201 Departamento A 4120202 Departamento B 41203 Material Direto Consumo 4120301 Matériasprimas Realizadas 4120302 Material Secundário Direto Realizado 4120303 Materiais Diretos Aplicados 41204 Mão de Obra Direta 4120401 Salários 4120402 13º Salário 4120403 MOD Aplicada 41205 Custos Indiretos de Produção CIPs 4120501 Materiais Indiretos 4110502 Materiais de Manutenção 4110503 Mão de obra Indireta 4110504 Salários e Ordenados Plano de Contas Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 147 4110505 Encargos Sociais 4110506 INSS 4110507 FGTS 4110508 Gastos Gerais de Produção Indiretos 4110509 Água e Esgoto 4110510 Aluguéis e Arrendamentos 4110511 Combustíveis e Lubrificantes 4110512 Telefone 4110513 Conservação Predial 4110514 Depreciação 4110515 Energia Elétrica 4110516 CIP Aplicado 41106 Variação dos Custos 4110601 Variação MDC 4110602 Variação MOD 4110603 Variação CIP 5 CONTAS DE RESULTADO 51 RECEITAS OPERACIONAIS 511 FATURAMENTO BRUTO 51101 Vendas de Produtos 5110101 Vendas à Vista 5110102 Vendas a Prazo 5110103 IPI sobre Vendas 51102 Vendas de Mercadorias 5110201 Mercadoria A 51103 Prestacao de Servicos 5110301 Serviço A 512 DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL 51201 Vendas Devolvidas 5120101 Devolução de Venda CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 148 51202 Abatimentos e Descontos Comerciais 5120201 Abatimentos sobre Vendas 5120202 Descontos Incondicionais Concedidos 51203 Impostos Incidentes 5120301 ICMS sobre Vendas 5120302 PIS sobre Vendas 5120303 COFINS sobre Vendas 5120304 ISSQN sobre Serviços 513 OUTRAS RECEITAS 51301 Outras Receitas 5130101 Receitas Diversas 5130102 Recuperação de Despesas 5130103 Recuperação ImpostosEstaduaisMunicipais 5130104 Indenizações de Seguros Recebidas 5130105 Alienações do Imobilizado 5130106 Vendas de Bens do Imobilizado 5130107 Indenizações de Seguros e Sinistros 5130108 Vendas de Sucatas 514 APURAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCíCIO 51401 Apuração do Resultado do ExercÍcio 5140101 Transf de Resultado para Patrimônio Líquido 5140102 Encerramento do Exercício Fonte a autora Analisando o plano de contas verificase que as contas de grupos 1 e 2 corres pondem as conta do Balanço Patrimonial ativo passivo e patrimônio líquido No grupo 3 e 5 estão as contas que constituem a Demonstração do Resultados do Exercício As contas de custos contas transitórias estão evidenciadas no grupo 4 Como as contas de resultado tem seu saldo zerados no final de cada período são chamadas de contas transitórias iniciam o período com saldo zero recebem lançamentos durante o período e são zeradas novamente no final do período Plano de Contas Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 149 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS NO PLANO DE CONTAS Nas empresas industriais os custos correspondem a matériaprima consumida mão de obra direta e custos indiretos de produção A soma desses custos ocorridos durante o processo produtivo formam o custo total do produto No momento da venda os custos do produto tornam se o Custo do Produto Vendido CPV Para Crepaldi 2010 o Custo dos Produtos Vendidos corresponde a soma dos custos incorridos na fabricação dos produtos que foram vendidos em deter minado período De uma forma simplista o CPV é apurado pela soma dos Materiais Diretos Mão de Obra Direta e os Custos Indiretos de produção conforme segue Estoque inicial de matériaprima Compras de matériaprima Devolução de compras Matériaprima disponível Estoque final de matériaprima Matériaprima consumida Mão de obra direta Custos indiretos de produção Custo de Produção do Período Estoque inicial de produtos em elaboração Estoque final de produtos em elaboração Custo dos produtos acabados Estoque inicial de produtos acabados Estoque disponível para venda Estoque final de produtos acabados Custo dos Produtos Vendidos CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 150 Para apurar o CPV devese observar as seguintes etapas a Separar custos de despesas b Separar os custos diretos dos custos indiretos c Apropriar os custos diretos d Ratear os custos indiretos DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS O objetivo básico das demonstrações financeiras é fornecer informações para a cor reta gestão dos negócios e avaliação dos resultados operacionais As demonstrações apresentam portanto elementos que possibilitam aos empresários e administradores o planejamento e o controle do patrimônio da entidade e de suas atividades sociais Além disso as informações emanadas dos demonstrativos contábeis inte ressam também as pessoas que por qualquer motivo mantêm relações com a empresa credores investidores em potencial o Fisco e a sociedade Ao estruturar as demonstrações o conta dor elabora um resumo para ser apresentado aos usuários uma vez que elas indicam de forma resumida os principais aspectos refe rentes à situação da empresa Desse modo o usuário pode ter uma ideia da entidade sem precisar saber de todos os eventos que ocor reram na empresa Portanto as demonstrações contábeis têm a função de comunicar a situação de uma entidade mas para que isso aconteça é pre ciso que o usuário tenha um conhecimento mínimo da nomenclatura utilizada na área Demonstrações Financeiras Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 151 As demonstrações contábeis consistem de um conjunto de demonstra tivos previstos em lei geralmente elaborados ao final do exercício social A Lei 64041976 art 176 estabelece que ao fim de cada exercício a diretoria da empresa deve elaborar e publicar com base na escrituração mercantil das enti dades as seguintes demonstrações financeiras BP Balanço Patrimonial DRE Demonstração do Resultado do Exercício DLPA Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados Com a Lei 1163807 deixa de ser exigida a DOAR e passa a ser obrigatório as seguintes demonstrações DFC Demonstração de Fluxos de Caixa DVA Demonstração de Valor Adicionado para companhia de capi tal aberto Salientase ainda que a apresentação da DLPA é facultativo para organizações que evidenciam os dados da DLPA na DMPL demonstração das mutações do patrimônio líquido desde que a DLPA esteja contida dentro da DMPL de forma transparente Ainda a lei 640476 prevê que as demonstrações de cada exercício sejam publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior e que as contas com pequenos saldos poderão ser agrupadas desde que elas não ultrapassem 10 do valor do respectivo grupo de contas Além disso para tais agrupamentos é vedada a utilização de designações genéricas A lei 640476 prevê que as demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações necessárias para se esclarecer a situação patrimonial e os resultados do exercício Salientase que a Lei 1194109 passa a detalhar os elementos que são evidenciados pelas notas explicativas dentre estes se destacam Apresentar informações sobre a base de preparação das demonstra ções financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 152 Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras Fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias de monstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apre sentação adequada Indicar a os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais b os investimentos em outras sociedades quando relevantes c o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas ava liações d os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou con tingentes e a taxa de juros as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo f o número espécies e classes das ações do capital social g as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício h os ajustes de exercícios anteriores art 186 1o e i os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham ou possam vir a ter efeito relevante sobre a situação finan ceira e os resultados futuros da companhia BRASIL 2009 Salientase ainda que a Lei 1163807 prevê que as companhias fechadas com patrimônio líquido na data do balanço inferior a 200000000 dois milhões de reais não serão obrigadas a elaboração e publicação da demonstração de fluxo de caixa Uma vez abordados aspectos gerais quanto às demonstrações financeiras obrigatórias passase a atingir elementos vinculados ao processo de elaboração das seguintes demonstrações obrigatórias BP Balanço Patrimonial e DRE Demonstração do Resultado do Exercício Demonstrações Financeiras Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 153 BALANÇO PATRIMONIAL O Balanço Patrimonial apresenta de forma ordenada a descrição do conjunto de bens direitos obrigações e o patrimônio líquido da entidade e seus respec tivos saldos em determinada data O Comitê de Pronunciamentos Contábeis no Pronunciamento Conceitual Básico item 16 apresenta as seguintes considerações sobre as informações contábeis A posição patrimonial e financeira da entidade é afetada pelos recur sos econômicos que ela controla sua estrutura financeira liquidez e solvência e sua capacidade de adaptação às mudanças no ambiente em que opera As informações sobre os recursos econômicos controlados pela entidade e a sua capacidade no passado de modificar esses recur sos são úteis para prever a capacidade que a entidade tem de gerar caixa e equivalentes de caixa no futuro CPC 00 R1 2011 online1 O Pronunciamento Conceitual Básico item 47 complementa que as Demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das transações e outros eventos agrupandoos em classes de acordo com as suas características econômicas Essas classes são chamadas de elemen tos das demonstrações contábeis Os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimonial e financeira no balanço são os ativos os passivos e o patrimônio líquido CPC 00 R1 2011 online1 O Balanço Patrimonial evidencia resumidamente a situação patrimonial da empresa em um dado momento no tempo usualmente a cada 12 meses Essa demonstração é estática e segundo a Lei 640476 as contas que compõem essa demonstração são classificadas conforme os elementos do patrimônio ativo passivo e patrimônio líquido e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia A lei ainda prevê que no Ativo as contas serão dispostas em ordem decres cente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados Sendo que os grupos foram alterados pela Lei 1194109 ficando a Ativo Circulante b Ativo Não Circulante é composto por Realizável a longo prazo inves timento imobilizado e intangível CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 154 No Passivo as contas serão classificadas de acordo com seu prazo de exigibili dade nos seguintes grupos a Passivo Circulante b Passivo Não Circulante c Patrimônio Líquido dividido em capital social reservas de capital ajustes de avaliação patrimonial reservas de lucros lucros ou prejuízos acumu lados e ações em tesouraria DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO O termo Resultado de forma genérica conduz à ideia de desempenho O CPC no Pronunciamento Conceitual Básico item 17 apresenta as seguintes conside rações sobre o desempenho da empresa As informações referentes ao desempenho da entidade especialmente sua rentabilidade são requeridas com a finalidade de avaliar possíveis mudanças necessárias na composição dos recursos econômicos que provavelmente serão controlados pela entidade As informações sobre as variações nos resultados são importantes nesse sentido Os dados sobre os resultados são úteis para prever a capacidade que a entidade tem de gerar fluxos de caixa a partir dos recursos atualmente controlados por ela Também é útil para a avaliação da eficácia com que a entidade poderia usar recursos adicionais CPC 26 R1 2011 online2 Na contabilidade o termo Resultado também assume a conotação de medida de desempenho e corresponde à mensuração aumento ou diminuição do patri mônio líquido caracterizandose pela confrontação das receitas obtidas pela empresa no desempenho de sua atividade com as despesas em que incorrem para obtêlas assim temse seguinte relação Resultado Receitas Despesas Demonstrações Financeiras Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 155 No caso de o total de receitas de um período ser superior ao total de despesas necessárias para obtêlas temse resultado positivo o qual é denominado lucro superávit Já quando as despesas são superiores às receitas temse resultado negativo Esse resultado recebe a denominação Prejuízo déficit A partir do exposto podese observar que para a determinação do resul tado é necessário identificar as receitas acréscimo de Patrimônio Líquido e as despesas diminuição do Patrimônio Líquido que a empresa incorreu de deter minado período Isto feito podese avaliar o efeito que tais operações causaram ao Patrimônio Líquido da empresa a Estrutura da demonstração de resultado O relatório denominado Demonstração do Resultado corresponde à apresen tação de forma detalhada e ordenada de todas as contas de receitas e despesas que compõem a Conta Apuração de Resultado O Pronunciamento Técnico CPC 26 item 82 define o detalhamento mínimo das rubricas a serem apresentadas na demonstração do resultado receitas custo dos produtos das mercadorias ou dos serviços vendidos lucro bruto despesas com vendas gerais administrativas e outras despesas e recei tas operacionais despesas e receitas financeiras resultado antes dos tributos sobre o lucro despesa com tributos sobre o lucro resultado líquido do período CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 156 DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS Evidencia claramente o lucro do período sua distribuição e movimentação ocorrida no saldo da conta patrimonial denominada de lucros ou prejuízos acumulados O Art 186 da Lei 640476 em seus incisos I II III determina a seguinte discriminação na Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados I o saldo do início do período os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial II as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício III as transferências para reservas os dividendos a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo do período BRASIL 1976 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Evidencia a mutação do Patrimônio Líquido de forma global novas integraliza ções de capital resultado do exercício ajustes de exercícios anteriores dividendos reavaliações e também as mutações internas incorporações de reservas de capi tal transferências de lucros acumulados para reservas e viceversa A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido DMPL é obrigató ria para empresas de capital aberto conforme exigência da CVM Comissão de Valores Mobiliários em sua instrução nº 59 de 22 de dezembro de 1986 A DMPL fornece informações referentes às diversas movimentações ocor ridas nas contas do Patrimônio Líquido durante o exercício social Dessa forma todo acréscimo ou diminuição no Patrimônio Líquido é evidenciado por meio dessa demonstração As empresas que elaboram a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido são dispensadas de elaborar a Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados uma vez que aquela DMPL inclui esta DLPA A DMPL é um instrumento importante para as empresas que tenham seu Patrimônio Líquido formado por diversas contas e mantenham com elas cons tantes transações Demonstrações Financeiras Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 157 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA No Brasil a DFC passou a ser obrigatória para as sociedades anônimas e empre sas de grande porte a partir de 2008 Substituiu a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos As companhias fechadas com PL inferior a R 200000000 dois milhões de reais data do balanço não serão obrigatórias a elaboração e publicação da DFC A DFC é feita pelo regime de caixa então a DFC deve indicar no mínimo as alterações ocorridas durante o exercício no saldo de caixa e equivalentes de caixa segregandose essas alterações em no mínimo três fluxos de atividade Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades diferentes das de investimento e de financiamento Atividades de investimento referentes a aquisição e venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalen tes de caixa Atividades de financiamento resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no endividamento da entidade não são classificadas como atividade operacional Essa demonstração será obtida de forma direta a partir da movimentação do caixa e equivalentes a caixa ou de forma indireta com base no lucroprejuízo do exercício A DFC apresentada pelo Método Direto facilita a visualização e a compreensão do fluxo financeiro demonstrando recebimentos e pagamentos decorrentes das atividades operacionais da empresa possibilitando a avaliação do comportamento do seu nível de solvência Neste método são apresentados os componentes dos fluxos por seus valores brutos ao menos para os itens mais significativos dos recebimentos e pagamentos A DFC apresentada pelo Método Indireto se assemelha a DOAR pois a demonstração de recursos gerados pela empresa é feita por meio da conciliação do resultado líquido do exercício com a efetiva variação do caixa exigindo do analista um conhecimento de contabilidade CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 158 DEMONSTRAÇÃO DE VALOR ADICIONADO A DVA passou a ser obrigatória para as sociedades anônimas de capital aberto a partir do exercício de 2008 A DVA deve evidenciar o valor da riqueza gerada pela companhia a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza tais como empregados financiadores acionistas governo e outros bem como a parcela da riqueza distribuída Em outras palavras a DVA evidencia o quanto de riqueza uma empresa pro duziu ou seja o quanto ela adicionou de valor aos seus fatores de produção e o quanto dessa riqueza foi distribuída entre empregados governo acionistas financiadores de capital ou retida e de que forma A sua utilidade é notória do ponto de vista macroeconômica pois conceitualmente o somatório dos valores adicionados de um país representa seu Produto Interno Bruto PIB Em suma a DVA demonstra ao usuário o quanto cada companhia criou de riqueza e como distribuiu aos agentes econômicos que ajudaram a criar essa riqueza O objetivo maior da DVA é o de demonstrar o quanto a empresa gerou de riqueza recursos e como distribuíu esses recursos aos agentes que contri buíram para tal formação DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE CPC 26 institui a obrigatoriedade da publicação da DRA Essa demonstração evi dencia as modificações do Patrimônio Líquido PL decorrentes de receitas despesas e outros eventos que porém não são reconhecidos no resultado imediatamente ou seja sua realização ainda contém um grau de incerteza Perdas não realizadas em investimentos financeiros são exemplos de despesas que compõem a DRA 3112X1 3112X0 Lucro líquido ajustes de conversão de controladas no exterior Resultado abrangente do período Atribuível a acionistas Demonstrações Financeiras Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 159 NOTAS EXPLICATIVAS As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis e devem divulgar as informações necessárias a adequada compreensão das respectivas demonstrações Por determinação legal as notas devem conter a os principais critérios de avaliação de elementos patrimoniais b os investimentos em outras sociedades quando relevantes c o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações d os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo as garantias pres tadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes e a taxa de juros as datas de vencimento e as garantias das obrigações em longo prazo f o número espécies e classes das ações do capital social g as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício h ajustes de exercícios anteriores i eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham ou possam vir a ter efeito relevante sobre a situação financeira e os resul tados futuros da companhia RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO O seu objetivo é servir como complemento às demonstrações contábeis de forma a subsidiar o leitor com informações sobre o contexto operacional da compa nhia com fatos relevantes que aconteceram ao longo do exercício e com planos para os exercícios seguintes A CVM por meio do Parecer de Orientação nº 1587 apresenta a relação de itens que deve conter CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 160 a descrição dos negócios produtos e serviços b comentários sobre a conjuntura econômica geral c recursos humanos d investimentos e pesquisa e desenvolvimento f novos produtos e serviços g proteção ao meio ambiente h reformulações administrativas i investimentos em controladas e coligadas j direitos dos acionistas e dados de mercado k perspectivas e planos de exercício em curso e para futuro PARECER DO CONSELHO FISCAL O conselho fiscal é órgão fiscalizador do Conselho de Administração das Sociedades Anônimas conforme os arts 161 a 165 da Lei das Sociedades Anônimas Compete ao conselho Opinar sobre o relatório anual da administração fazendo constar no seu parecer as informações complementares que julgar necessárias ou úteis à deliberação da assembleia geral Analisar ao menos trimestralmente o balancete e demais demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela companhia Examinar as demonstrações financeiras do exercício social e sobre elas opinar Contabilização dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 161 RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES Acompanhando as demonstrações contábeis legais a publicação do parecer dos auditores independentes é obrigatória para diversas empresas O parecer é basica mente um relato das demonstrações contábeis que foram auditadas e a adequada interpretação dos princípios contábeis em vigor dando assim maior represen tatividade ao conteúdo das informações contábeis publicadas Os principais tipos de pareceres de auditoria ou relatório dos auditores são os seguintes Parecer sem ressalva Parecer sem ressalva e com ênfase Parecer com ressalva limitação de escopo Parecer com ressalva Parecer adverso Parecer com abstenção de opinião CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS As demonstrações contábeis são facilmente geradas por sistemas informatizados no entanto para que os demonstrativos atendam as leis e gerem informações úteis de forma simultânea é preciso que os fatos con tábeis sejam corretamente registrados O departamento de contabilidade ou o profissio nal contábil terceirizado normalmente fica distante do setor fabril assim eles não têm dados referentes à produção Por outro lado as requisições de materiais CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 162 os mapas de apontamentos e os demais controles internos podem ser utilizados para a contabilização LANÇAMENTOS CONTÁBEIS Vamos considerar a empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda produtora de guardaroupas A empresa rateou os custos indiretos pelo consumo de madeira Utilizando o quadro do custo total segue a contabilização Tabela 3 Custo total dos produtos Produtos Custos diretos Custos Indiretos CUSTO TOTAL Materiais Mão de obra Energia Elétrica Total Guardaroupa 2 ptas 8102 2500 1000 11602 129120 1289320 Guardaroupa 4 ptas 17204 5000 1300 23504 274380 2624780 Guardaroupa 6 ptas 25306 7500 1700 34506 403500 3854100 Total 50612 15000 4000 69612 807000 7768200 Fonte a autora Contabilização dos materiais diretos De acordo com a contabilidade financeira no momento da aquisição a matériaprima e os demais materiais foram registrados no Ativo Circulante nas contas de Estoque tendo como contrapartida a conta de Caixa Banco ou Fornecedores Durante o processo produtivo os materiais foram consumidos na fabri cação de produtos portanto ocorre a baixa dos materiais do estoque e transferência para os produtos acabados Débito Guardaroupa 2 pontas 8000 Débito Guardaroupa 4 portas 17000 Débito Guardaroupa 6 portas 25000 Crédito Madeira Estoque 50000 Contabilização dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 163 Histórico consumo de madeira no processo de produção de guardaroupas Débito Guardaroupa 2 pontas 102 Débito Guardaroupa 4 portas 204 Débito Guardaroupa 6 portas 306 Crédito Puxadores Estoque 612 Histórico consumo de puxadores na fabricação de guardaroupas Contabilização da mão de obra direta Na contabilidade financeira foram registrados os valores da folha de paga mento debitando mão de obra despesa e creditando Salários a Pagar Caixa ou Banco Durante o processo produtivo o valor da mão de obra é considerado custo direto alocado aos produtos Débito Guardaroupa 2 pontas 2500 Débito Guardaroupa 4 portas 5000 Débito Guardaroupa 6 portas 7500 Crédito Mão de obra despesa 15000 Histórico custo da mão de obra direta alocada aos guardaroupas Contabilização da energia elétrica direta Na contabilidade financeira foram registrados os valores devidos de ener gia elétrica debitando Energia Elétrica Despesa e creditando Energia Elétrica a Pagar Caixa ou Banco Durante o processo produtivo a energia elétrica direta é alocada aos produtos Débito Guardaroupa 2 pontas 1000 Débito Guardaroupa 4 portas 1300 Débito Guardaroupa 6 portas 1700 Crédito Energia Elétrica despesa 4000 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 164 Histórico custo da energia elétrica direta consumida na fábrica alocada aos guardaroupas Contabilização dos custos indiretos Na contabilidade financeira foram registrados os valores dos custos indi retos debitando como despesas a Depreciação de Máquinas Industriais Outros Materiais Consumidos debitando como estoque de Verniz etc e creditando Depreciação Acumulada Fornecedores Contas a Pagar etc Durante o processo produtivo os custos indiretos foram consumidos portanto alocados aos produtos rateados de acordo com a madeira consumida Débito Guardaroupa 2 pontas 129120 Débito Guardaroupa 4 portas 274380 Débito Guardaroupa 6 portas 403500 Crédito Depreciação de Máquinas Industriais 350 Crédito Manutenção das Máquinas Industriais 320 Crédito Energia Elétrica iluminação da fábrica 1500 Crédito Outros Materiais Consumidos 700 Crédito Salários e Encargos dos Supervisores de Produção 5000 Crédito Verniz Consumido 200 Contabilização dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 165 Tabela 4 Razonte das contas contabilizadas Madeira Puxador Energia Elétrica Direta SXXXX 50000 SXXXX 612 SXXXX 4000 Mão de obra Depreciação de Máq Industriais Energia Elétrica Indireta SXXXX 15000 SXXXX 350 SXXXX 1500 Manutenção de Máq Industriais Outros Materiais Consu midos Salários e Enc dos Sup de Produção SXXXX 320 SXXXX 700 SXXXX 5000 Verniz Consumido SXXXX 200 Guardaroupa 2 portas Guardaroupa 4 portas Guardaroupa 6 portas 800000 Madeira 1700000 Madeira 2500000 Madeira 10200 Puxador 20400 Puxador 30600 Puxador 250000 MOD 500000 MOD 750000 MOD 100000 Energia 130000 Energia 170000 Energia 129120 CIP 274380 CIP 403500 CIP 1289320 2624780 3854100 Fonte a autora EXERCÍCIO RESOLVIDO 7 A Confeitaria Gutamoc produz bolos para casa mento No mês de janeiro20XX a empresa fez 70 bolos de chocolate e 60 bolos de morango Os ingredientes utilizados totalizaram 5000 todos classificados como material direto consumidos pelos dois sabores de bolos mediante as ano tações constantes das requisições o consumo do bolo de morango é 46 da quantidade consumida no bolo de chocolate A Mão de Obra Direta é a mesma para cada unidade de produtos e o CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 166 tempo necessário por unidade também é o mesmo O custo da mão de obra utilizada no período foi de 2500 Os equipamentos de fabricação utilizados na produção custaram 2160 e sua vida útil são estimadas em 10 anos A fatura de energia elétrica da produção custou 300 Para assar os bolos de chocolate e morango foram consumidas 11 h e 1 h de forno elétrico respectivamente para cada unidade Pedese a Calcular o valor do custo de material direto para os bolos fabricados b Calcular o valor do custo de mão de obra direta para os bolos fabricados c Calcular o valor dos custos indiretos de produção CIP para os bolos fabricados rateando com base no tempo de forno d Calcular o custo total de cada bolo fabricado Resolução a Bolo de chocolate Bolo de morango X 4X 6 X 4X 6 5000 6 X 4 X 30000 10 X 30000 X 3000 4 x 3000 6 2000 Assim o bolo de chocolate consome 3000 enquanto o bolo de morango con some 2000 b Tabela 5 Custo da mão de obra dos produtos Bolo de chocolate 70 unidades 13461538 Bolo de morango 60 unidades 11538461 Total 130 unidades 2500 Fonte a autora Contabilização dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 167 130 unid 2500 130 unid 2500 70 unid X 60 unid X 130 X 70 x 2500 130 X 60 x 2500 X 175000 130 X 150000 130 X 134615 X 115385 c 2160 10 anos 216 de depreciação por ano 216 por ano 12 meses 18 de depreciação por mês Assim os custos indiretos do período foram de 318 Podemos ratear os custos indiretos por uma regra de três simples Tabela 6 Custos indiretos de produção Bolo de chocolate 11 h x 70 unid 77 horas Bolo de morango 10 h x 60 unid 60 horas Total 137 horas Fonte a autora 137 horas 318 137 horas 318 77 horas X 60 horas X 137 X 77 x 318 137 X 60 x 318 X 24486 137 X 19080 137 X 17873 X 13927 Tabela 7 Custo total dos produtos Bolo de chocolate Bolo de morango Total Material direto 3000 2000 5000 Mão de obra direta 134615 115385 2500 CIP 178 73 13927 318 Total 452488 329312 7818 Fonte a autora CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 168 Caroa alunoa chegamos ao fim de mais uma unidade Agora você tem conhe cimento suficiente para apurar os custos dos produtos e o processo simples de contabilização Contabilidade de custo é isso informações fundamentais com relevância e representação fidedignas das transações financeiras ocorridas desde a aquisição de materiais até a venda do produto acabado No momento da constituição do plano de contas com as contas de custos a empresa deve observar que 1 As contas devem ser organizadas e cadastradas para oferecer o máximo de informação 2 Os nomes das contas devem refletir o propósito das transações ocorri das para facilitar a compreensão dos saldos registrados 3 As contas de custos da produção devem ser claras tendo em vista que são utilizadas pelos administradores para análise de eficiência 4 O nível de detalhamento de cadastros das contas são os limitadores dos níveis de dados evidenciados nos demonstrativos Fonte a autora Para realmente saber se uma informação contábil ajuda ou não uma entidade a alcançar seus objetivos e metas é necessário que sejam respondidas três ti pos de questões Estou agindo bem ou insatisfatoriamente Quais problemas devo examinar Das diversas maneiras de fazer um trabalho qual é a melhor Fonte Constante e Souza 2015 online3 Considerações Finais Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 169 CONSIDERAÇÕES FINAIS A composição dos custos comerciais diverge dos custos industriais O custo do guardaroupa para uma empresa que comercializa móveis corresponde ao valor de aquisição da mercadoria acrescido dos gastos necessários para colocálo em condição de venda deduzindo os tributos recuperáveis Por outro lado o custo desse mesmo guardaroupa é bem diferente para a empresa que fabrica o produto A indústria compra materiais madeira tinta parafuso contrata empregados e ainda tem gastos de produção energia elétrica seguro depreciação de máquinas etc Assim o custo do produto guardaroupa para uma empresa que industrializa móveis correspondem ao custo líquido dos materiais mais os gastos de transformação da madeira em guardaroupa Resumidamente os custos de transformação dos materiais em produtos acabados são compostos por três elementos custos com materiais diretos mão de obra direta e custos indiretos de produção todos evidenciados neste livro A eficiência da evidenciação dos custos obtidos com a contabilização se ini cia com a elaboração de um Plano de Contas de acordo com as necessidades de cada empresa Nesta unidade você identificou no plano as contas utilizadas no processo de transferência dos materiais do estoque contas patrimoniais para as contas de custos e do estoque de produto acabado para a venda Com o cadastro das contas realizado foi possível exemplificar a contabilização dos custos utilizando critério simples sem detalhar todas as etapas de produção ressaltando que as informações detalhadas não contabilizadas estão registradas nos relatórios de produção requisições ordens de produção ficha técnica etc Os lançamentos contábeis de custos consistem em alocar aos produtos os elementos de custos consumidos no processo de produção A contabilização das transações financeiras possibilitou a evidenciação dos dados registrados nas demonstrações contábeis Nesta unidade você visualizou um modelo de plano de contas a contabiliza ção dos custos e a evidenciação das informações nas demonstrações contábeis 170 1 A empresa Gutamoc Ltda compra matériaprima para produzir tapetes As aqui sições são pagas à vista em dinheiro pelo valor de 1500 com IPI de 500 ICMS de 18 PIS de 065 e Cofins de 76 Faça os lançamentos de aquisição dessa matéria prima 2 A matériaprima tecido está registrada no estoque da empresa Gutamoc Ltda pelo valor de 2000 na conta Tecido modelo A Num determinado período foram consumidos 60 da matériaprima disponível no estoque no processo de produção de 400 unidades do produto Tapete Básico Contabilize o consumo de material no produto 3 A empresa industrial Gutamoc Ltda consome Energia Elétrica no processo pro dutivo do produto Tapete Liso e também nos departamentos administrativos da empresa Sabendo que do gasto de 1000 de um determinado período 80 são consumidos no processo produtivo contabilize a apropriação da Fatura da Energia Elétrica e a posterior transferência do custo ao produto 4 A folha de pagamento da empresa Gutamoc Ltda em determinado período foi 3000 sendo 1000 de prolabore dos sócios 200 com empregados dos setores de vendas e administração e o restante do setor de produção Sabendo que no período foram produzidos 300 unidades de Tapete Show contabilize a apro priação da folha de pagamento e a alocação do custo aos produtos 5 A empresa Gutamoc Ltda produz o produto Cortina Lisa de forma contínua Num determinado período ocorreram os seguintes gastos na produção de 10 unidades de cortina 2000 de tecido correspondente a 200 metros de Viscose Branca registada no estoque 500 de energia elétrica sendo que 400 corresponde a custo e 100 de despesa já contabilizado 600 de mão de obra consumida no setor fabril sendo que 100 corresponde a remuneração do supervisor de fábrica Tomando por base as informações acima contabilize o consumo dos elementos de custos e apure o custo de cada unidade de cortina 171 Práticas de gestão de custos um estudo em indústrias alimentícias da Paraíba No contexto de redução de custos e despesas o gerenciamento de custos serve como uma ferramenta útil para que esses objetivos sejam alcançados Essa visão é confirmada quando Souza Schnorr e Ferreira 2011 afirmam que uma das práticas da gestão de custos é identificar alternativas de redução de custos buscando também evitar que os produtos percam qualidade com isso A vantagem competitiva é um aspecto considerado pela gestão de custos As informa ções sobre custos sustentam planejamentos que buscam manter a competitividade das empresas no mercado Isso é confirmado por Souza e Heinen 2012 ao afirmarem que os dados de custos são utilizados para desempenhar outras estratégias a fim de se obter vantagem competitiva Os dados dos custos servem de base para que a contabilidade de custos gere informa ções que por sua vez darão suporte à tomada de decisão Desde a coleta dos dados até o acompanhamento das estratégias implantadas existem vários fatores que devem ser observados no processo de gestão dos custos Essa visão coincide com a de Tichacek 2006 quando este afirma que no processo de gestão de custos estão envolvidos fatores como coleta e análise de dados avaliações atribuições e tomada de decisões Para que os custos sejam geridos de maneira efeti va deve haver disponibilidade de dados que sejam analisados ao passo que devem ser consideradas outras variáveis que de alguma forma interfiram nos custos e que sejam relevantes na tomada de decisão De acordo com Birchal 2004 a indústria alimentícia é não só o berço da industrialização brasileira como também uma grande parte das empresas nacionais de grande porte O autor ainda alega que é um setor complexo devido ao grande número segmentos que possui e também é possui um crescimento notável A complexidade do setor necessita de uma gestão de custos que auxilie a tomada de decisões principalmente nos assuntos relacionados aos custos da empresa Tendo em vista os benefícios que uma gestão de custos pode gerar e a relevância e a complexidade das indústrias alimentícias fazse necessário verificar como a gestão de custos é desempenhada nesse setor Assim surge o questionamento Como as práticas de gestão de custos de indústrias alimentícias de médio e grande porte da Paraíba estão sendo executadas As indústrias alimentícias são representativas na economia brasileira com relação à pro dução e ao emprego por exemplo De acordo com o IBGE 2014 o ramo industrial ali mentício foi o que teve maior participação no Valor da Transformação Industrial do Brasil em 2012 com 149 enquanto que o segundo lugar foi do coque derivados de petró leo e biocombustíveis com 97 No âmbito da Paraíba de acordo com a FIEP 2014 cerca de 3394 das indústrias do estado são do ramo alimentício 172 Com relação ao emprego de acordo com o Cadastro Geral de Empregados CAGED 2016 a indústria alimentícia foi a que mais teve admissões no período de feverei ro2015 até janeiro2016 com 825819 admitidos enquanto que a indústria têxtil foi a segunda que mais admitiu com 344522 admitidos no mesmo período Devido a esse destaque da indústria alimentícia percebese a relevância dessa pesquisa se concentrar nesse ramo Fonte Farias 2016 Material Complementar MATERIAL COMPLEMENTAR O plano de conta corresponde ao conjunto de contas que norteia todo o registro contábil das transações financeiras Sua estrutura deve estar de acordo com a legislação brasileira O site sugerido dispõe sobre a elaboração do plano de contas acesse httpwwwportaldecontabilidadecombrguiaplanodecontashtm Contabilidade de Custos 2013 Osni Moura Ribeiro Editora Saraiva Sinopse as áreas da Contabilidade são inúmeras e entender cada uma delas requer bons livros Esse conhecimento é primordial para o desenvolvimento profissional não só dos estudantes de contabilidade mas também dos profissionais da área que têm no seu dia a dia inúmeras informações a decifrar e precisam de um embasamento teórico forte Uma dessas áreas é a Contabilidade de Custos que necessita de análises mais detalhadas para tomada de decisões Ao contrário do que se possa pensar estudar custos não é uma tarefa difícil ainda mais quando se faz uso de uma abordagem como a empregada neste livro Os capítulos são divididos de maneira progressiva tornando o aprendizado mais tranquilo mesmo para aqueles que nunca estudaram custos antes Isso só é possível em razão da grande facilidade que o autor tem em transmitir o conteúdo são mais de 35 anos de experiência acumulada como professor e profissional da área REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS BRASIL Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Lei nº 6404 de 15 de dezembro de 1976 Dispõe sobre as Sociedades por Ações Dis ponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03leisL6404consolhtm Acesso em 27 abr 2017 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Lei nº 11638 de 28 de dezembro de 2007 Altera e revoga dispositivos da Lei no 6404 de 15 de dezembro de 1976 e da Lei no 6385 de 7 de dezembro de 1976 e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divul gação de demonstrações financeiras Disponível em httpwwwplanaltogovbr ccivil03ato200720102007leil11638htm Acesso em 3 out 2016 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Lei nº 11941 de 27 de maio de 2009 Altera a legislação tributária federal relativa ao parcelamento ordinário de débitos tributários concede remissão nos casos em que especifica institui regime tributário de transição alterando o Decreto no 70235 de 6 de março de 1972 as Leis nos 8212 de 24 de julho de 1991 8213 de 24 de julho de 1991 8218 de 29 de agosto de 1991 9249 de 26 de dezembro de 1995 9430 de 27 de dezembro de 1996 9469 de 10 de julho de 1997 9532 de 10 de dezem bro de 1997 10426 de 24 de abril de 2002 10480 de 2 de julho de 2002 10522 de 19 de julho de 2002 10887 de 18 de junho de 2004 e 6404 de 15 de dezembro de 1976 o DecretoLei no 1598 de 26 de dezembro de 1977 e as Leis nos 8981 de 20 de janeiro de 1995 10925 de 23 de julho de 2004 10637 de 30 de dezembro de 2002 10833 de 29 de dezembro de 2003 11116 de 18 de maio de 2005 11732 de 30 de junho de 2008 10260 de 12 de julho de 2001 9873 de 23 de novembro de 1999 11171 de 2 de setembro de 2005 11345 de 14 de setembro de 2006 prorroga a vigência da Lei no 8989 de 24 de fevereiro de 1995 revoga dispositivos das Leis nos 8383 de 30 de dezembro de 1991 e 8620 de 5 de janeiro de 1993 do DecretoLei no 73 de 21 de novembro de 1966 das Leis nos 10190 de 14 de feve reiro de 2001 9718 de 27 de novembro de 1998 e 6938 de 31 de agosto de 1981 9964 de 10 de abril de 2000 e a partir da instalação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais os Decretos nos 83304 de 28 de março de 1979 e 89892 de 2 de julho de 1984 e o art 112 da Lei no 11196 de 21 de novembro de 2005 e dá ou tras providências Disponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03ato2007 20102009leil11941htm Acesso em 27 abr 2017 174 REFERÊNCIAS 175 CREPALDI S A Curso básico de contabilidade de custos 5 ed São Paulo Atlas 2010 FARIAS A K A ARAÚJO DJ C FERNANDES M S A Práticas de gestão de custos um estudo em indústrias alimentícias da Paraíba XXIII Congresso Brasileiro de Cus tos 2016 REFERÊNCIA ONLINE 1 Em httpwwwcpcorgbrCPCDocumentosEmitidosPronunciamentosPro nunciamentoId80 Acesso em 27 abr 2017 2 Em httpwwwcpcorgbrCPCDocumentosEmitidosPronunciamentosPro nunciamentoId57 Acesso em 27 abr 2017 3 Em httpwwwicepsccombrojsindexphpempreendedorismoarticle view3315 Acesso em 28 abr 2017 GABARITO 1 D Matériaprima 73750 D IPI a Recuperar 50000 D PIS a Recuperar 650 D Cofins a Recuperar 7600 D ICMS a Recuperar 18000 C Caixa 1500 2 D Tapete Básico C Tecido Modelo Básico 1200 3 Apropriação da energia elétrica D Energia Elétrica despesa 200 D Energia Elétrica custo 800 C Energia Elétrica a Pagar 1000 Transferência para custos D Tapete Liso C Energia Elétrica custo 800 GABARITO 177 4 Apropriação da folha de pagamento D Prolabora despesa 1000 D Salários despesas 200 D Salários custos 1800 Alocação do custo ao produto D Tapete Show estoque C Salários custo 1800 5 D Cortina Branca estoque de produto acabado 3000 C Viscose Branca estoque 2000 C Mão de obra direta 500 C Mão de obra indireta 100 C Energia Elétrica custo 400 Apuração do custo unitário 3000 10 unidades 300 por unidade UNIDADE V Professora Me Juliana Moraes da Silva CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Objetivos de Aprendizagem Compreender o processo de contabilização das contas de custos indiretos Apurar a contabilização dos custos indiretos rateados aos departamentos Custear os produtos com elementos diretos e indiretos Plano de Estudo A seguir apresentamse os tópicos que você estudará nesta unidade Apuração do custo total com Departamentalização Contabilização completa com Departamentalização Custeio por Absorção INTRODUÇÃO Estamos chegando ao final da disciplina de Contabilidade de Custos Nesta última unidade vamos unir todo o conteúdo aprendido nas unidades anteriores e traba lhar com a contabilização dos custos de uma maneira mais detalhada utilizando o método da departamentalização no qual os custos indiretos são alocados pri meiramente aos departamentos por algum critério de rateio e posteriormente dos departamentos para os produtos A compreensão e a correta contabilização das contas do plano de contas é indispensável para que os registros efetuados possam ser identificados dentro de um processo lógico de movimentação dos custos uma vez que o objetivo da contabilização é compor os saldos das demonstrações financeiras que deverão ser utilizadas pelos usuários da informação Nesta unidade veremos que os custos diretos por ser possível a mensuração continuam sendo alocados diretamente aos produtos por meio da sua medida de consumo mas os custos indiretos pela impossibilidade de mensuração de consumo dos insumos são apropriados aos departamentos por um critério de rateio definido de forma arbitrária Dentre as várias formas de custear o produto este material apresenta a con tabilização dos custos de acordo com o Sistema de Custeio por Absorção no qual o produto absorve todos os recursos consumidos durante o processo de produ ção absorve custos fixos e variáveis O critério de contabilização abordado nesta unidade consiste na contabi lização detalhada Não perca mais tempo vamos começar essa última unidade do livro compreendendo o processo de contabilização dos custos pelo método da departamentalização No critério complexo de contabilização dos custos é possível ter uma visão mais clara da origem dos custos de produção Os detalhes dos valores lançados podem ser observados nas planilhas mapas apontamentos quadros e tabelas O objetivo desta unidade é mostrar por intermédio de exemplos simples o processo completo da contabilização dos custos Introdução Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 183 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 184 APURAÇÃO DO CUSTO TOTAL COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO A contabilização completa dos custos permite a apuração do valor dos gastos consumidos no processo produtivo possibilitando conhecer o custos dos pro dutos acabados em elaboração e vendidos Para apuração de custo com departamentalização vamos alocar todos os custos aos produtos sejam eles diretos ou indiretos O custo total dos produtos será apurado após o cumprimento das seguin tes etapas 1ª Etapa Levantamento das despesas 2ª Etapa Levantamento e separação dos custos diretos e indiretos 3ª Etapa Alocação dos custos diretos aos produtos Apuração do Custo Total Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 185 4ª Etapa Escolher os critérios de rateio dos custos indiretos aos departa mentos e dos departamentos aos produtos Alocação dos custos indiretos por rateio ou estimativa 5ª Etapa Levantamento do custo total exemplificar a contabilização dos custos vamos utilizar os dados fictícios da empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda Primeiramente é preciso identificar os gastos que ocorreram no período de janeiro de 20XX conforme segue Comissão de Vendedores 2000 Depreciação de Máquinas Industriais 350 Depreciação de Veículos 250 Despesas Bancárias 100 Energia Elétrica da Administração 500 Energia Elétrica da Fábrica iluminação da fábrica 1500 Energia Elétrica da Fábrica medidor por máquina 4000 Fatura de Telefone 600 Frete de Entrega 1000 Honorários da Diretoria 2200 Madeira Consumida 50000 Manutenção das Máquinas Industriais 320 Material de Limpeza da Administração 150 Outros Materiais Consumidos 700 Puxadores Consumidos 612 Salários e Encargos da Administração 6000 Salários e Encargos dos Operários 15000 Salários e Encargos dos Supervisores de Produção 5000 Tarifa de Água 300 vez identificado os gastos do período iniciamos o processo de formação dos custos e a contabilização CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 186 1ª Etapa Levantamento das despesas a Despesas Comerciais Comissão de Vendedores 2000 Depreciação de Veículos 250 Frete de Entrega 1000 b Despesas Financeiras Despesas Bancárias 100 c Despesas Administrativas Energia Elétrica da Administração 500 Fatura de Telefone 600 Honorários da Diretoria 2200 Material de Limpeza da Administração 150 Salários e Encargos da Administração 6000 Tarifa de Água 300 2ª Etapa Levantamento e separação dos custos diretos e indiretos a Custos Diretos Materiais Diretos Madeira Consumida 50000 Puxadores Consumidos 612 b Custos Diretos Mão de obra Direta Salários e Encargos dos Operários 15000 Apuração do Custo Total Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 187 c Custos Diretos Outros Custos Diretos Energia Elétrica da Fábrica medidor por máquina 4000 d Custos Indiretos Depreciação de Máquinas Industriais 350 Energia Elétrica da Fábrica iluminação da fábrica 1500 Manutenção das Máquinas Industriais 320 Outros Materiais Consumidos 700 Salários e Encargos dos Supervisores de Produção 5000 3ª Etapa Alocação dos custos diretos aos produtos A empresa em análise produziu Guardaroupas de 2 4 e 6 portas no período a Alocação dos materiais diretos A empresa mantém um controle interno para o consumo da matériaprima madeira realizado por meio das requisições feitas pela produção ao almoxari fado conforme apresentado Tabela 1 Custo com matéria prima Produtos Madeira Guardaroupa de 2 portas 8000 Guardaroupa de 4 portas 17000 Guardaroupa de 6 portas 25000 Total 50000 Fonte a autora Os puxadores são alocados diretamente a cada uma das unidades produzidas Considerarmos a fabricação de 10 unidades de guardaroupas de cada modelo segue os custos CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 188 Tabela 2 Custo com materiais diretos Produtos Puxadores Guardaroupa de 2 portas 102 Guardaroupa de 4 portas 204 Guardaroupa de 6 portas 306 Total 612 Fonte a autora b Alocação da mão de obra direta A empresa possui o custo com mão de obra direta salários encargos bene fícios e o tempo despendido em cada unidade podemos alocar diretamente o custo dos operários aos produtos conforme segue Tabela 3 Custo da mão de obra Produtos Mão de obra Guardaroupa de 2 portas 2500 Guardaroupa de 4 portas 5000 Guardaroupa de 6 portas 7500 Total 15000 Fonte a autora c Alocação da energia elétrica direta A empresa possui registros nas máquinas que quantificam o consumo de ener gia elétrica em cada uma das unidades produzidas Assim ela aloca a energia das máquinas somente das máquinas conforme segue Tabela 4 Custo com energia elétrica Produtos Energia Elétrica Guardaroupa de 2 portas 1000 Guardaroupa de 4 portas 1300 Guardaroupa de 6 portas 1700 Total 4000 Fonte a autora Apuração do Custo Total Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 189 4ª Etapa Escolher os critérios de rateio dos custos indiretos aos de partamentos e dos departamentos aos produtos Alocação dos custos indiretos por rateio Na departamentalização os custos indiretos consumidos no processo produtivo do período devem ser alocados aos departamentos da fábrica Vamos considerar que a empresa Gutamoc possui 5 departamentos sendo análise de qualidade e almoxarifado os departamentos de serviços corte mon tagem e acabamento além dos departamentos de produção a Depreciação de Máquinas Industriais de 350 As máquinas industriais estão localizadas somente nos departamentos de produção Pelos contro les do imobilizado têmse Depreciação das Máquinas Industriais do Corte 200 Depreciação das Máquinas Industriais da Montagem 100 Depreciação das Máquinas Industriais do Acabamento 50 b Energia Elétrica da Fábrica iluminação da fábrica de 1500 As máqui nas industriais têm medidores próprios portanto a energia elétrica das máquinas foi alocada diretamente aos produtos Por outro lado os bicos de luz e outras pequenas máquinas do setor fabril não possuem medidores assim essa energia consumida em departamentos fabris deve ser rateada aos departamentos A empresa rateia os custos indiretos de energia elétrica proporcionalmente aos pontos de luz dos departamentos conforme segue Energia Elétrica do Departamento de Análise de Qualidade 100 Energia Elétrica do Departamento de Almoxarifado 150 Energia Elétrica do Departamento de Corte 700 Energia Elétrica do Departamento de Montagem 350 Energia Elétrica do Departamento de Acabamento 200 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 190 c Manutenção de Máquinas Industriais de 320 As máquinas industriais estão localizadas somente nos departamentos de produção assim pelos controles do imobilizado têmse Manutenção das Máquinas Industriais do Corte 200 Manutenção das Máquinas Industriais da Montagem 70 Manutenção das Máquinas Industriais do Acabamento 50 d Outros Materiais Consumidos de 700 O almoxarifado mantém con trole do consumo de todos os materiais requisitados pelos departamentos conforme segue Outros Materiais do Departamento de Análise de Qualidade 50 Outros Materiais do Departamento de Almoxarifado 50 Outros Materiais do Departamento de Corte 300 Outros Materiais do Departamento de Montagem 100 Energia Elétrica do Departamento de Acabamento 200 e Salários e Encargos dos Supervisores de Produção de 5000 O custo com mão de obra indireta é alocado nos departamentos de acordo com o valor do custo dos empregados em cada departamento conforme segue Outros Materiais do Departamento de Corte 2000 Outros Materiais do Departamento de Montagem 1500 Energia Elétrica do Departamento de Acabamento 1500 Agora vamos agrupar todos estes dados em uma única tabela Apuração do Custo Total Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 191 Tabela 5 Gastos do período em Descrição Análise de Qualidade Almoxarifado Corte Montagem Acabamento Total Deprec Máq Industriais 200 100 50 350 Energia Elétrica Fábrica 100 150 700 350 200 1500 Manut Máq Industriais 200 70 50 320 Outros Mat Consumi dos 50 50 300 100 200 700 Sal e Enc de Supervi sores 2000 1500 1500 5000 Total 150 200 3400 2120 2000 7870 Fonte a autora Os custos indiretos foram distribuídos aos departamentos no entanto o obje tivo é apurar o custo dos produtos Os departamentos de Análise de Qualidade e Almoxarifado são classificados como Departamentos de Serviços pois embora façam parte do setor fabril não recebem os produtos durante o processo produtivo apenas prestam serviços aos demais departamentos Os departamentos de Corte Montagem e Acabamento são classificados como Departamentos de Produção pois recebem os produtos em alguma etapa do processo de produção Como os Departamentos de Serviços prestam serviços aos demais depar tamentos e não recebem os produtos eles são os primeiros a terem seus saldos zerados transferidos para os demais conforme segue a Em nosso exemplo o primeiro departamento a zerar é o de Análise de Qualidade uma vez que ele presta serviço a todos os outros departamen tos Após uma análise para escolha de um critério de rateio alocouse os custos em função do volume de horas de serviços prestados a cada um dos departamentos CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 192 Almoxarifado receberá 10 Corte receberá 70 Montagem receberá 20 Acabamento receberá 50 b O almoxarifado presta serviços apenas aos departamentos de produção Os custos do almoxarifado são rateados proporcionalmente às requisições Corte receberá 150 Montagem receberá 40 Acabamento receberá 20 Os departamentos de serviços foram zerados Os custos indiretos estão todos alo cados apenas nos departamentos de produção Como os produtos passam pelos departamentos de produção o corte a montagem e o acabamento serão zerados mediante transferência dos custos aos produtos O critério de rateio utilizado corresponde ao número de horas máquinas conforme segue a O departamento de corte transfere os custos indiretos de 3620 pro porcionalmente ao número de horamáquina que cada produto utilizou das máquinas sabendo que no período elas funcionaram durante 200 h Guardaroupas 2 portas 3620 200 h x 60 h 1086 Guardaroupas 4 portas 3620 200 h x 60 h 1086 Guardaroupas 6 portas 3620 200 h x 80 h 1448 b O departamento de montagem transfere os custos indiretos de 2180 proporcionalmente ao número de horahomem de trabalho em cada pro duto sabendo que no período foram 1000 horashomem trabalhadas Guardaroupas 2 portas 2180 1000 h x 200 h 436 Guardaroupas 4 portas 2180 1000 h x 300 h 654 Guardaroupas 6 portas 2180 1000 h x 500 h 1090 Apuração do Custo Total Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 193 c O departamento de acabamento transfere os custos indiretos de 2070 proporcionalmente ao número de horahomem de trabalho em cada produto sabendo que no período foram 800 horashomem trabalhadas Guardaroupas 2 portas 2070 800 h x 160 h 414 Guardaroupas 4 portas 2070 800 h x 240 h 621 Guardaroupas 6 portas 2070 800 h x 400 h 1035 Tabela 6 Mapa de rateio em Descrição Análise de Qualidade Almoxari fado Corte Montagem Acabamento Total Deprec Máq Ind 200 100 50 350 Energia Elétrica Fábrica 100 150 700 350 200 1500 Manut Máq Ind 200 70 50 320 Outros Mat Consumidos 50 50 300 100 200 700 Sal e Enc de Supervisores 2000 1500 1500 5000 Total 150 200 3400 2120 2000 7870 Rateio Análise de Qualid 150 10 70 20 50 Total 210 3470 2140 2050 7870 Rateio Almoxarifado 210 150 40 20 Total 3620 2180 2070 7870 Guardaroupas 2 portas 1086 436 414 1936 Guadaroupas 4 portas 1086 654 621 2361 Guardaroupas 6 portas 1448 1090 1035 3573 Total 3620 2180 2070 7870 Fonte a autora 5ª Etapa Levantamento do custo total Os gastos foram separados entre custos e despesas Os custos foram separa dos entre direito e indireto sendo que os diretos foram alocados o produtos de acordo com sua medida de consumo e os indiretos rateados aos produtos A junção dos elementos constitui o custo total dos produtos CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 194 Tabela 7 Apuração do custo total Produtos Custos diretos Custos Indiretos CUSTO TOTAL Materiais Mão de obra Energia Elétrica Total Guardaroupa 2 portas 8102 2500 1000 11602 1936 13538 Guardaroupa 4 portas 17204 5000 1300 23504 2361 25865 Guardaroupa 6 portas 25306 7500 1700 34506 3573 38079 Total 50612 15000 4000 69612 7870 77482 Fonte a autora CONTABILIZAÇÃO COMPLETA COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO A contabilização pode ocorrer de várias formas vamos apresentar um modelo de contabilização utilizando a departamentalização para alocação dos custos indiretos aos produtos Tabela 8 Contabilização dos custos diretos Produtos Custos diretos Materiais Mão de obra Energia Elétrica Total Guardaroupa 2 portas 8102 2500 1000 11602 Guardaroupa 4 portas 17204 5000 1300 23504 Guardaroupa 6 portas 25306 7500 1700 34506 Total 50612 15000 4000 69612 Fonte a autora Contabilização Completa Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 195 a Contabilização dos materiais diretos Vamos considerar que as compras de materiais tenham sido contabiliza das anteriormente segue apenas a contabilização de custos o material transferido do estoque para o produto portanto ocorre a baixa dos materiais do estoque Débito Guardaroupa 2 pontas 8000 Débito Guardaroupa 4 portas 17000 Débito Guardaroupa 6 portas 25000 Crédito Madeira Estoque 50000 Débito Guardaroupa 2 pontas 102 Débito Guardaroupa 4 portas 204 Débito Guardaroupa 6 portas 306 Crédito Puxadores Estoque 612 b Contabilização da mão de obra direta Vamos considerar que a folha de pagamento já tenha sido contabilizada Neste momento estamos apenas apropriando a mão de obra direta aos produtos CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 196 Débito Guardaroupa 2 pontas 2500 Débito Guardaroupa 4 portas 5000 Débito Guardaroupa 6 portas 7500 Crédito Mão de obra Direta 15000 c Contabilização da energia elétrica direta Novamente aqui vamos considerar que a fatura da energia elétrica já tenha sido contabilizada vamos apenas apropriar a energia direta aos produtos Débito Guardaroupa 2 pontas 1000 Débito Guardaroupa 4 portas 1300 Débito Guardaroupa 6 portas 1700 Crédito Energia Elétrica Direta 4000 Tabela 9 Mapa de rateio em Descrição Análise de Qualidade Almoxari fado Corte Monta gem Acaba mento Total Deprec Máq Industriais 200 100 50 350 a Energia Elétrica Fábrica 100 150 700 350 200 1500 b Manut Máq Industriais 200 70 50 320 c Outros Mat Consumidos 50 50 300 100 200 700 d Sal e Enc de Supervisores 2000 1500 1500 5000 e Total 150 200 3400 2120 2000 7870 Rateio Análise de Qualid 150 10 70 20 50 f Total 210 3470 2140 2050 7870 Rateio Almoxarifado 210 150 40 20 g Total 3620 2180 2070 7870 Guardaroupas 2 portas 1086 436 414 1936 Guardaroupas 4 portas 1086 654 621 2361 Guardaroupas 6 portas 1448 1090 1035 3573 Total 3620 2180 2070 7870 Fonte a autora Contabilização Completa Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 197 Considerando que os custos indiretos já tenham sido contabilizados na conta bilidade financeira vamos agora alocálos aos departamentos e posteriormente aos produtos Débito Departamento Corte 200 Débito Departamento Montagem 100 Débito Departamento Acabamento 50 Crédito Depreciação de Máquinas Industriais 350 Débito Departamento Análise Qualidade 100 Débito Departamento Almoxarifado 150 Débito Departamento Corte 700 Débito Departamento Montagem 350 Débito Departamento Acabamento 200 Crédito Energia Elétrica da Fábrica iluminação da fábrica 1500 Débito Departamento Corte 200 Débito Departamento Montagem 70 Débito Departamento Acabamento 50 Crédito Manutenção das Máquinas Industriais 320 Débito Departamento Análise Qualidade 50 Débito Departamento Almoxarifado 50 Débito Departamento Corte 300 Débito Departamento Montagem 100 Débito Departamento Acabamento 200 Crédito Outros Materiais Consumidos 700 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 198 Débito Departamento Corte 2000 Débito Departamento Montagem 1500 Débito Departamento Acabamento 1500 Crédito Salários e Encargos dos Supervisores de Produção 5000 Débito Departamento Almoxarifado 10 Débito Departamento Corte 70 Débito Departamento Montagem 20 Débito Departamento Acabamento 50 Crédito Departamento Análise Qualidade 150 Débito Departamento Corte 150 Débito Departamento Montagem 40 Débito Departamento Acabamento 20 Crédito Departamento Almoxarifado 210 Débito Guardaroupa 2 pontas 1936 Débito Guardaroupa 4 portas 2361 Débito Guardaroupa 6 portas 3573 Crédito Departamento Corte 3620 Crédito Departamento Montagem 2180 Crédito Departamento Acabamento 2070 Contabilização Completa Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 199 Tabela 10 Razonetes das contabilizações Madeira Puxador Energia Elétrica Direta SXXX 50000 SXXX 612 SXXX 4000 Mão de obra Direta Depreciação de Máq Industriais Energia Elétrica Indireta SXXX 15000 SXXX 350 a SXXX 1500 b Manutenção de Máq Industriais Outros Materiais Consu midos Salários e Enc dos Sup de Produção SXXX 320 c SXXX 700 d SXXX 5000 e Depart Análise de Qual Depart Almoxarifado Departamento Corte b 100 b 150 a 200 d 50 d 50 b 700 150 150 f 10 c 200 210 210 d 300 e 2000 f 70 g 150 3620 3620 Depart Montagem Depart Acabamento a 100 a 50 b 350 b 200 c 70 c 50 d 100 d 200 e 1500 e 1500 f 20 f 50 g 40 g 20 2180 2180 2070 2070 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 200 Guardaroupa 2 portas Guardaroupa 4 portas Guardaroupa 6 portas Mádeira 8000 Mádeira 17000 Mádeira 25000 Puxador 102 Puxador 204 Puxador 306 MOD 2500 MOD 5000 MOD 7500 Energ Elétr1000 Energ Elétr 1300 Energ Elétr1700 CIP 1936 CIP 2361 CIP 3573 13538 25865 38079 Fonte a autora EXERCÍCIO RESOLVIDO 1 A Indústria Panos Bons Ltda produziu em um determinado período 600 toalhas de banho 600 toalhas de rosto e 300 tapetes Tabela 11 Custos dos produtos Descrição Toalha Banho Toalha Rosto Tapete CIP Materiais diretos 1800 900 450 Mão de obra direta 600 480 360 Materiais indiretos 500 Deprec Maq Industriais 400 Fonte a autora Algumas medidas de consumo podem ser utilizadas com a finalidade de reali zação de rateio Tabela 12 Medidas de consumo Descrição Almoxarifado Corte Costura Horas máquinas 300 500 Horas homem 120 480 Número de empregados 1 2 5 Fonte a autora Outros dados Os materiais indiretos são alocados aos departamentos proporcional mente ao número de empregados Contabilização Completa Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 201 A depreciação das máquinas industriais é alocada apenas nos departa mentos produtivos com base no número de horas máquinas O almoxarifado transfere os custos aos departamentos de produção com base nas horas homem O departamento de corte transfere os custos aos produtos com base no volume de produção O departamento de costura transfere os custos aos produtos com base no valor da mão de obra direta Pedese a Apuração dos custos indiretos mapa de rateio b Apuração dos custos diretos dos produtos c Apuração do custo total por produto d Contabilização da movimentação dos custos Resolução Tabela 13 a Mapa de rateio Descrição Almoxarifado Corte Costura Total Materiais indiretos 6250 12500 31250 50000 Empregados 125 25 625 100 Deprec Maq Indus triais 15000 25000 40000 Horas máquinas 375 625 100 Subtotal 6250 27500 56250 90000 Rateio Almoxarifado 6250 1250 5000 Horas homem 20 80 100 Subtotal 28750 61250 90000 Toalhas Banho 11500 25521 37021 Toalhas Rosto 11500 20417 31917 Tapetes 5750 15312 21062 Total 28750 61250 90000 Fonte a autora CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 202 Os custos indiretos das toalhas de banho corresponde a 37021 Os custos indiretos das toalhas de rosto correspondem a 31917 Os custos indiretos dos tapetes corresponde a 21062 Tabela 14 b Apuração dos custos diretos Descrição Toalha Banho Toalha Rosto Tapete Total Materiais diretos 1800 900 450 3150 Mão de obra direta 600 480 360 1440 Total 2400 1380 810 4590 Fonte a autora Tabela 15 c Apuração do custo total Descrição Toalha Banho Toalha Rosto Tapete Total Custos diretos 2400 1380 810 4590 Custos indiretos 37021 31917 21062 90000 Total 277021 169917 102062 549000 Fonte a autora d Contabilização dos custos Contabilização dos materiais diretos Débito Toalha de banho 1800 Débito Toalha de rosto 900 Débito Tapete 450 Crédito Material Direto Estoque 3150 Contabilização da mão de obra direta Débito Toalha de banho 600 Débito Toalha de rosto 480 Débito Tapete 360 Crédito Mão de obra Direta 1440 Contabilização Completa Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 203 Contabilização dos custos indiretos Débito Departamento Almoxarifado 6250 Débito Departamento Corte 12500 Débito Departamento Costura 31250 Crédito Materiais Indiretos 500 Débito Departamento Corte 15000 Débito Departamento Costura 25000 Crédito Depreciação de Máquinas Industriais 400 Débito Departamento Corte 1250 Débito Departamento Costura 5000 Crédito Departamento Almoxarifado 6250 Débito Toalha de banho 11500 Débito Toalha de rosto 11500 Débito Tapete 5750 Crédito Departamento Corte 28750 Débito Toalha de banho 25521 Débito Toalha de rosto 20417 Débito Tapete 15312 Crédito Departamento Costura 61250 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 204 Tabela 16 Razonete da contabilização Material direto Mão de obra direta Material indireto SXXX 3150 SXXX 1440 SXXX 500 Depreciação de Máq Indus triais SXXX 400 Depart Almoxarifado Depart Corte Departamento Costura a 6250 a 12500 a 31250 6250 6250 b 15000 b 25000 1250 5000 28750 2785 61250 61250 Toalhas de banho Toalhas de rosto Tapete Mat div 1800 Mat div 900 Mat div 450 MOD 600 MOD 480 MOD 360 CIP 37021 CIP 31917 CIP 21062 13538 25865 38079 Fonte a autora A departamentalização dos custos indiretos de produção deste exemplo possi bilitou maior controle dos custos consumidos no processo Custeio por Absorção Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 205 CUSTEIO POR ABSORÇÃO Um dos maiores problemas da gestão da empresa consiste em controlar e dis tribuir os custos aos produtos transferidos para estoques Em uma tentativa de amenizar tais dificuldades a contabilidade de custo se vale de determinados procedimentos que podem ser utilizados para mensurar o valor dos estoques O custeio por absorção é um método de custeio adotado tanto pela legislação comercial como pela legislação fiscal no Brasil sendo utilizado para elabora ção das demonstrações contábeis e aceito para cálculo do imposto de renda e contribuição social sobre o resultado da empresa Uma das explicações para a aceitação deste critério de custeamento referese ao fato de que o método de custeio por absorção decorre da aplicação dos princípios contábeis geralmente aceitos ainda acumula os três elementos de custos materiais diretos mão de obra direta e custos indiretos de produção aos produtos CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 206 O custeio por absorção tem por princípio básico que todos os custos decor rentes do processo produtivo do período devem ser apropriados aos produtos independentemente de sua classificação em custos diretos indiretos fixos e variá veis A atribuição pode ser de forma direta quando há possibilidade de identificar o custo diretamente ou quando os custos não forem passíveis de identificação direta no produto no decorrer do processo produtivo estes são atribuídos de forma indireta tomando por base algum critério de rateio que mais aproxima a relação entre os custos e a produção O custeio por absorção como o próprio nome sugere todos os custos de produção são absorvidos pelos produtos Para o custeio por absorção as despesas não compõem o custo dos produtos e devem ser analisadas separadamente As despesas são apropriadas diretamente ao resultado do exercício sem transitar pelo ativo Segue uma representação do custeio por absorção para a alocação dos cus tos e despesas aos produtos ou serviços Custo da venda Despesas do período Despesas Gerais Despesas de Vendas Despesas Administrativas Custos Diretos Indiretos Fixos e Variáveis Estoque Ativo Produtos em processo Produtos acabados DRE Receitas CPV Lucro bruto Despesas Resultado Líquido Figura 1 Representação do custeio por absorção Fonte a autora Custeio por Absorção Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 207 CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS NO CUSTEIO POR ABSORÇÃO No custeio por absorção os custos com materiais diretos mão de obra direta e custos indiretos de produção são absorvidos para compor o custo do produto fabricado Assim o CPV Custo dos Produtos Vendidos correspondem aos custos incorridos na produção dos produtos que foram vendidos no período O CPV é considerado o custo realizado sendo evidenciado na Demonstração do Resultado de Exercício é constituído de MD Materiais diretos MOD Mão de obra direta e CIP Custos Indiretos de Produção dos produtos vendidos EXEMPLO 1 Consideremos a empresa Moraes Moraes Ltda fabricante de um único produto com os seguintes gastos ocorridos em determinado período Tabela 17 Gastos do período Gastos Valor em Comissão dos vendedores 60000 Depreciação das máquinas industriais 50000 Depreciação dos equipamentos da administração 12000 Energia elétrica da administração 1000 Energia elétrica da fábrica 7400 Honorários da diretoria administrativa 40000 Materiais indiretos utilizados na indústria 2600 Matériaprima consumida na produção 350000 Salários e encargos sociais do pessoal da administração 70000 Salários e encargos sociais da produção 520000 Tributos sobre vendas de produtos 77000 Total 1190000 Fonte adaptada de Oliveira e Perez Jr 2000 Além dos gastos relacionados no quadro acima a empresa disponibiliza outras informações sendo a primeira de que no período em análise não havia saldo inicial em estoque e que neste período foram produzidas 2000 unidades no entanto foram vendidas 1500 unidades por um preço unitário de 900 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 208 Os materiais não consumidos e os produtos acabados que não foram ven didos ficam evidenciados no estoque do Balanço Patrimonial Para apuração do custo de produção pelo custeio por absorção sugerese seguir três passos 1º Passo Classificar os gastos em custos e despesas Primeiramente elaborase um quadro dos custos de produção conforme abaixo apresentado Tabela 18 Separação dos custos em fixo e variável Custos de produção Valor em Custos variáveis Salários e encargos sociais do pessoal de produção 520000 Matériaprima consumida na produção 350000 Energia elétrica da fábrica 7400 Materiais indiretos utilizados na produção 2600 Total dos custos variáveis 880000 Custos fixos Depreciação das máquinas industriais 50000 Total dos custos fixos 50000 Total dos custos de produção 930000 Fonte adaptada de Oliveira e Perez Jr 2000 O custos fixos bem como os variáveis que não são transitam pelo Estoque do Balanço Patrimonial são considerados gastos de produção alocados aos pro dutos ou aos departamentos Por tratarse de consumos do período as despesas são evidenciadas na Demonstração de Resultado do Período independentemente do volume de pro dução ou venda Custeio por Absorção Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 209 Posteriormente elaborase um quadro das despesas do período conforme segue Tabela 19 Levantamento das despesas Despesas Valor em Despesas administrativas Honorários da diretoria administrativa 40000 Salários e encargos sociais do pessoal da administração 70000 Depreciação dos equipamentos da administração 12000 Energia elétrica da administração 1000 Total das despesas administrativas 123000 Despesas com vendas Comissões de vendedores 60000 Total das despesas com vendas 60000 Deduções das vendas brutas Tributos sobre vendas de produtos 77000 Total das despesas 260000 Fonte adaptada de Oliveira e Perez Jr 2000 2º Passo Apurar o custo unitário de produção Para apuração do custo unitário de produção devese levar em consideração os valores gastos na produção das 2000 unidades produzidas Tabela 20 Apuração do custo da produção Total do custo da produção do período Valor Custos variáveis 880000 Custos fixos 50000 Custo total do período 930000 Produção do período 2000 unidades Custo unitário 465 Fonte adaptada de Oliveira e Perez Jr 2000 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 210 O custo do produto acabado fica no estoque do Balanço Patrimonial aguar dando o momento da venda 3º Passo Apurar o custo dos produtos vendidos Uma vez valorado o custo unitário de produção a apuração do custo dos pro dutos vendidos corresponde ao custo unitário de produção e a quantidade de unidades vendidas no período 465unid x 1500 unidades 697500 No momento da venda o custo é realizado Neste momento ele é baixado dos estoques e registrado como Custo do Produto Vendido na Demonstração de Resultado do Exercício 4º Passo Elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício do perí odo de acordo com o custeamento por absorção Tabela 21 Demonstração do resultado do exercício custeio por absorção Demonstração do resultado do exercício Valor em Receitas operacionais brutas 1500 unidades x 90000 1350000 Deduções das vendas brutas 77000 Tributos sobre vendas de produtos 77000 Receitas operacionais líquidas 1273000 Custo dos produtos vendidos 697500 Lucro bruto 575500 Despesas operacionais 183000 Despesas administrativas 123000 Despesas com vendas 60000 Resultado operacional líquido 392500 Resultado líquido do exercício 392500 Fonte adaptada de Oliveira e Perez Jr 2000 Custeio por Absorção Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 211 Portanto o resultado do período apurado segundo o custeio por absorção alocação dos custos fixos e variáveis ao custo unitário do produto proporcio nou à empresa Moraes Moraes um lucro de 392500 Na modalidade de custeio por absorção são atribuídos aos produtos os cus tos variáveis e também os custos fixos Para atribuição destes custos fixos há a utilização de rateios Assim uma das falhas do custeio por absorção como instru mento de controle e decisão reside nesta necessidade de rateio Por mais objetivos que pretendam ser os critérios de rateio sempre apresentarão um componente arbitrário que distorce os resultados apurados por produto e dificulta as decisões da gerência com relação a assuntos de vital importância para a empresa como por exemplo a determinação de preços de venda para manter a competitividade O método de custeio por absorção aceito pelo fisco serve para avaliar os estoques das empresas porém para auxiliar na tomada de decisão em nível gerencial a empresa necessita de informações complementares que podem ser fornecidas pelos métodos de custeio variável ou pelo custopadrão apresenta dos mais à frente A contabilidade evoluiu o suficiente para identificar mensurar registrar alinhar e tornar públicos todos os eventos de relevância envolvidos no de senvolvimento das atividades de uma empresa A contabilidade de custos engloba técnicas para o registro organização análise e interpretação dos dados relacionados à produção ou à prestação de serviços assim essa con tabilidade quando acumula os custos e os organiza em informações rele vantes pretende atingir três objetivos principais a determinação do lucro o controle das operações e a tomada de decisões Fonte Megliorini 2012 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 212 Pessoal finalizamos a unidade V e também o livro É um conteúdo precioso escrito em poucas folhas Agora você é capaz de custear um produto e contabi lizar os elementos que compõem o custo dos produtos Muitas análises podem ser realizadas quanto ao tema estudado no entanto o presente livro foi elabo rado para lhe inserir na contabilidade de custos e os conceitos que a norteiam Em momentos de altas de preços as indústrias tem duas opções a repassam os aumentos dos custos para os produtos fabricados b reduz margem de lucro na produção O aumento dos custos energia petróleo aço etc pode prejudicar a com petitividade da indústria brasileira no mercado externo Fonte a autora Considerações Finais Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 213 CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesta última unidade concluímos um ciclo de operações da contabilidade de cus tos aquisição de materiais contratações de empregados gastos gerais no setor fabril alocação dos custos aos produtos contabilização das transações financei ras ocorridas durante o processo de fabricação e finalmente a evidenciação das informações nos demonstrativos contábeis O presente material não pretende esgotar o assunto acerca do tema mas apenas apresentar aspectos introdutórios e modelos de processos que devem ser utilizados nos estabelecimentos não apenas com a finalidade de apuração dos custos dos procedimentos mas também como uma ferramenta que traz confia bilidade na informação utilizada no processo decisório O objetivo deste estudo foi propor uma forma de apurar controlar e registrar o custo dos produtos fabricados O conteúdo foi apresentado com abordagem teó rica e exemplos práticos que possibilitou a compreensão do método do Custeio por Absorção A contabilidade é considerada como uma ferramenta indispensável para a administração do empreendimento e controle dos gastos Contadores adminis tradores credores investidores potenciais e responsáveis pela administração de empresas se convenceram que a amplitude das informações contábeis vão além do simples cálculo de impostos e atendimento de legislações comerciais previ denciárias e legais As informações geradas pela contabilidade de forma geral e em especial pela contabilidade de custos possibilita calcular os custos e identificar os ganhos potenciais Finalizando esta unidade com um modelo completo de contabilização de cus tos indicando o fluxo fixo dos materiais desde o registro no estoque Ativo do Balanço Patrimonial até a realização do custo sob forma de Custo dos Produtos Vendidos nesse caso evidenciado na Demonstração de Resultado do Exercício para confrontação com a receita realizada no período confronto a receita com as despesas do período 214 1 Diferencie a Contabilização de Custos do Método Simples do método de depar tamentalização Dados para as questões de 02 a 05 A indústria de sofás Jequitibá Ltda iniciou suas atividades no dia 020120XX produzindo um único modelo de sofá Em 310120XX os sócios solicitaram ao contador uma apuração de resultado A mão de obra é considerada custo fixo Segue os dados do período Comissão dos vendedores 2 sobre venda Depreciação das máquinas industriais 2500 Energia elétrica da administração 350 Honorários da diretoria administrativa 8000 Matériaprima consumida na produção 50 unid Salários e encargos sociais do pessoal da administração 2000 Salários e encargos sociais da produção 5000 Tributos sobre vendas de produtos 12 sobre venda Volume de produção 200 unidades Preço de venda 220 unid Volume de vendas 180 unidades Com base no custeio por absorção pedese 2 A composição do custo dos produtos corresponde ao acúmulo dos elementos consumidos no processo produtivo Apure o Custo dos Produtos Acabados que devem ser evidenciados na conta estoque do Balanço Patrimonial an tes da realização da venda 3 O produtos acabado permanece no estoque até o momento da venda Quando esta ocorre o custo é baixado do Balanço Patrimonial e evidenciado na Demons tração de Resultado do Exercício Tomando por base dos dados do exercício apure o Custo dos Produtos Vendidos 4 Os produtos não vendidos permanecem no estoque para futuramente serem vendidos Calcule o saldo final do Estoque de Produtos Acabados produtos não vendidos 215 5 A confrontação da receita com as despesas possibilita a apuração do resultado do período Considerando os dados do exercício apure o Lucro Líquido do Período 6 Considere a empresa Moraes Moraes Ltda fabricante de um único produto No período de análise foram iniciadas e concluídas a produção de 10000 unidades no entanto somente foram vendidas 3000 unidades por um preço unitário de 300 Não há saldo inicial em estoque e os gastos ocorridos foram os seguintes Gastos Valor em Comissão dos vendedores 40000 Depreciação das máquinas e equipamentos industriais 10000 Depreciação dos equipamentos da administração 5000 Energia elétrica da administração 1000 Energia elétrica da fábrica 7000 Fatura telefônica da administração 2000 Honorários da diretoria 200000 Materiais indiretos utilizados na produção 3000 Matériaprima consumida na produção 400000 Salários e encargos sociais do pessoal da administração 50000 Salários e encargos sociais do pessoal da produção 1000000 Tributos sobre vendas de produtos 30000 Considerando o custeio por absorção pedese a Identificar os custos de produção do período b Identificar despesas do período c Apurar o custo unitário de produção d Apurar o custo dos produtos vendidos e Elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício 216 Gestão estratégica de custos custeio por absorção em pequenas empresas em Re cife PE Brasil Os métodos de custeio estão relacionados à forma de atribuição dos custos aos produ tosserviços ou outros objetos tais como clientes regiões canais de distribuição etc São adotados visando a orientar a tomada de decisões na escolha da melhor alternativa para a solução de um problema e se necessário efetivar ações corretivas em caso de resultados não planejados FARIA COSTA 2005 p 237 Segundo Schoute 2009 p 222 um projeto ideal para utilização de métodos de custeio deve variar de acordo com suas finalidades pretendidas tendo como foco os benefícios específicos associados às alternativas de escolha ABERNETHY et al 2001 p 277 Diante da necessidade de registrar as informações sobre as transações segundo Mar tins 2003 é comum as empresas adotarem sistemas de custos repentinamente acre ditando em resultados imediatos Porém na realidade as empresas deparamse com um formato que em muitos casos não condiz com sua realidade empresarial pois não consegue chegar aos resultados esperados assim o sistema não responde positivamen te aos gestores Vantagens e desvantagens do custeio por absorção O sistema de custeio por absorção possui as seguintes vantagens segundo Padoveze 2004 É permitido pela legislação brasileira Podese apurar o custo por centro de custo uma vez que sua aplicação exige a organização contábil nesse sentido possibilitando o acompanhamento do desem penho de cada área e absorve todos os custos de produção permitindo a apura ção do custo total de cada produto Entre as vantagens Padoveze 2000 também considera que a mais óbvia vantagem do custeamento por absorção é que ele pode ser menos custoso de aplicar pois ele não requer a separação dos custos de manufatura nos componentes fixos e variáveis 217 Para Leone 2000 a principal vantagem está no fato de o resultado pelo custeio por ab sorção ser aceito para a preparação de demonstrações contábeis de uso externo e para obtenção de soluções de longo prazo em que normalmente as informações do custeio por absorção são indicadas Maher 2001 destaca também que o custeio variável apresenta separação dos custos e despesas em fixas e variáveis facilitando as atividades de planejamento e controle o cálculo da margem de contribuição auxilia o acompanhamento da análise do desempe nho dos produtos cria as condições necessárias para a implementação de instrumentos como o custopadrão e dá suporte às decisões gerenciais Das desvantagens do custeio por absorção temse a descrição segundo Wernke 2004 a principal desvantagem do custeio por absorção é no momento da utilização dos ra teios para distribuir os custos entre os departamentos eou produtos Em alguns mo mentos tais critérios não são objetivos podendo distorcer os resultados beneficiando alguns produtos Ainda sobre as desvantagens Souza e Clemente 2007 teorizam que o grande proble ma desse sistema de custeio está no momento de determinar os critérios de rateio apli cados bem como na dedução das despesas diretamente do resultado Essa dualidade do método pode criar situações dúbias ou mesmo encobrir resultados de acordo com a forma de apropriação dos custos e despesas Esse método de custeio deve ser utilizado obrigatoriamente pela legislação brasileira MARTINS 2003 A obrigatoriedade faz com que as organizações se desejarem implan tar outro sistema de custeio devem adotálo de forma paralela Além das dificuldades iniciais incorridas em qualquer implantação de uma nova metodologia de trabalho esse fato transformase em uma barreira considerandose a necessidade de aumento dos recursos disponíveis para a manutenção de dois sistemas de custeio Fonte Lima 2016 MATERIAL COMPLEMENTAR Contabilidade de Custos 1997 Charles Tomas Horngren Editora Prentice Hall Sinopse estudar contabilidade de custos é um dos melhores investimentos que qualquer aluno pode fazer porque o sucesso de uma organização da menor loja à maior corporação multinacional depende do uso de conceitos e práticas dessa disciplina Tendo em vista esse enfoque Contabilidade de Custos vol 2 escrito por três grandes nomes em matéria de contabilidade Horngren Foster e Datar tem como ponto central mostrar de que maneira a contabilidade de custos ajuda os administradores a tomar decisões mais acertadas para sua organização Há vários métodos para custear os produtos O custeio por absorção é aceito pela Legislação Fiscal O vídeo disponibilizado no link abaixo evidencia este método de uma forma simples e clara Acesse httpswwwyoutubecomwatchv8mCwmoxPSqE REFERÊNCIAS 219 LIMA Fúlvia Fernanda de MORAES FILHO Rodolfo Araújo de Interações Campo Grande MS v 17 n 3 p 528541 julset 2016 MEGLIORINI Evandir Custos análise e gestão São Paulo Pearson 2012 OLIVEIRA Luís Martins de PEREZ JR José Hernandez Contabilidade de custos para não contadores São Paulo Atlas 2000 REFERÊNCIAS GABARITO 1 Pelo método simples os custos diretos e indiretos são registrados no produto enquanto que no critério de departamentalização os custos indiretos são regis trados nos departamentos e destes aos produtos 2 a Custo dos Produtos Acabados Depreciação das máquinas industriais 2500 Matériaprima consumida na produção 50 x 200 10000 Salários e encargos sociais da produção 5000 Custo de Produção do Período 17500 3 Custo dos Produtos Vendidos O custo fixo unitário 7500 200 un 3750 O custo variável unitário 5000 Custo Unitário 8750 Custo dos produtos vendidos 8750unid x 180 unid 15750 4 Saldo final do estoque dos Produtos Acabados Custo unitário 8750 Saldo final do Estoque de Produtos acabados 8750 x 20 un 1750 5 Lucro líquido do período Demonstração do resultado do exercício Valor em Receitas operacionais brutas 180 unidades x 220 39600 Deduções das vendas brutas 4752 Tributos sobre vendas de produtos 39600 x 12 Receitas operacionais líquidas 34848 Custo dos produtos vendidos 15750 Lucro bruto 19098 Despesas operacionais 11142 Despesas administrativas 10350 Despesas com vendas 39600 x 2 792 Resultado operacional líquido 7956 Resultado líquido do exercício 7956 GABARITO 221 Obs Para apuração do custo unitário não foi necessário realizar rateio porque a empresa produz um único modelo de produto Todos os custos correspondem a este único produto 6 a Custo de produção Depreciação das máquinas e equipamentos industriais 10000 Energia elétrica da fábrica 7000 Materiais indiretos utilizados na produção 3000 Matériaprima consumida na produção 400000 Salários e encargos sociais do pessoal da produção 100000 TOTAL 520000 b Despesas Comissão dos vendedores 40000 Depreciação dos equipamentos da administração 5000 Energia elétrica da administração 1000 Fatura telefônica da administração 2000 Honorários da diretoria 20000 Salários e encargos sociais do pessoal da administração 50000 TOTAL 118000 c Custo Unitário Custo total volume produção 520000 10000 unid 52 d Custo do produto vendido 52 x 3000 156000 e DRE 900000 Vendas Bruta 30000 Impostos sobre vendas 870000 Vendas Líquidas 156000 Custo dos produtos vendidos 714000 Lucro Bruto 118000 Despesas 596000 Resultado do Período CONCLUSÃO A contabilidade de custos tem como origem a contabilidade financeira Surgiu para suprir as necessidades de controle avaliação de estoque e apuração de custos das empresas industriais A contabilidade de custo é apenas uma das áreas da conta bilidade Entender sobre custos é obrigação para o acadêmico contábil e também essencial para diversos outros profissionais que têm relação com as empresas físicas ou jurídicas sejam elas empresas comerciais industriais ou prestadoras de serviços Estudar e aprender custo não é uma tarefa fácil conhecimentos matemáticos inter pretação raciocínio lógico são áreas que fazem parte da construção do aprendiza do de custo Conhecer os custos dos produtos é muito mais que controle de custos atualmente pode ser considerado uma questão para a sobrevivências de muitas empresas Após o estudo deste material você deve ter conhecimento suficiente para conhecer a terminologia e as classificações de custos apresentadas na Unidade I O conceito composição e apuração dos custos diretos foram explicados na Unidade II A unida de III complementou a composição dos custos identificando e apurando os custos indiretos de produção bem como a forma de serem alocados aos produtos O objetivo desta disciplina não foi apenas de apurar os custos mas também conta bilizar Os métodos de contabilização simples e a completa estão evidenciadas nas Unidades IV e V A disciplina de contabilidade de custos chegou ao fim esperase que ao finalizar este material você tenha compreendido os conceitos as aplicações os exemplos e os exercícios No entanto para dominar melhor o conteúdo utilizar apenas o ma terial apresentado é insuficiente recomendase leituras complementares artigos sites vídeos e outros elementos que podem ser utilizados para acrescentar conteú do e ampliar seus conhecimentos na área contábil mais especificamente na conta bilidade de custos Um grande a abraço saúde e sucesso hoje e sempre CONCLUSÃO
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Texto de pré-visualização
CONTABILIDADE DE CUSTOS Professora Me Juliana Moraes da Silva GRADUAÇÃO Unicesumar C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação a Distância SILVA Juliana Moraes da Contabilidade de Custos Juliana Moraes da Silva MaringáPr UniCesumar 2017 Reimpresso em 2021 224 p Graduação EaD 1 Contabilidade 2 Custos EaD I Título ISBN 9788545908234 CDD 22 ed 655 CIP NBR 12899 AACR2 Reitor Wilson de Matos Silva ViceReitor Wilson de Matos Silva Filho PróReitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva PróReitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD Núcleo de Educação a Distância Diretoria Executiva Chrystiano Mincof James Prestes Tiago Stachon Diretoria de Graduação e Pósgraduação Kátia Coelho Diretoria de Permanência Leonardo Spaine Diretoria de Design Educacional Débora Leite Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Head de Curadoria e Inovação Jorge Luiz Vargas Prudencio de Barros Pires Gerência de Produção de Conteúdo Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Gerência de Processos Acadêmicos Taessa Penha Shiraishi Vieira Gerência de Curadoria Giovana Costa Alfredo Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila Toledo Supervisão Operacional de Ensino Luiz Arthur Sanglard Coordenador de Conteúdo José Manoel da Costa Designer Educacional Yasminn Talyta Tavares Zagonel Agnaldo Ventura Iconografia Isabela Soares Silva Projeto Gráfico Jaime de Marchi Junior José Jhonny Coelho Arte Capa Arthur Cantareli Silva Editoração Robson Yuiti Saito Qualidade Textual Hellyery Agda Felipe Veiga da Fonseca Ilustração Daphine Ramella Marcon Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário João Vivaldo de Souza CRB8 6828 Impresso por Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos A busca por tecnologia informação conhecimento de qualidade novas habilidades para liderança e so lução de problemas com eficiência tornouse uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho Cada um de nós tem uma grande responsabilida de as escolhas que fizermos por nós e pelos nos sos farão grande diferença no futuro Com essa visão o Centro Universitário Cesumar assume o compromisso de democratizar o conhe cimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos brasileiros No cumprimento de sua missão promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária o Centro Universi tário Cesumar busca a integração do ensinopes quisaextensão com as demandas institucionais e sociais a realização de uma prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consci ência social e política e por fim a democratização do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade Diante disso o Centro Universitário Cesumar al meja ser reconhecido como uma instituição uni versitária de referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente aquisição de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa con solidação da extensão universitária qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância bemestar e satisfação da comunidade interna qualidade da gestão acadêmica e administrati va compromisso social de inclusão processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho como também pelo compromisso e relaciona mento permanente com os egressos incentivan do a educação continuada Seja bemvindoa caroa acadêmicoa Você está iniciando um processo de transformação pois quando investimos em nossa formação seja ela pessoal ou profissional nos transformamos e consequentemente transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos De que forma o fazemos Criando oportu nidades eou estabelecendo mudanças capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no mundo contemporâneo O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância oa acompanhará durante todo este processo pois conforme Freire 1996 Os homens se educam juntos na transformação do mundo Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontramse integrados à proposta pedagógica con tribuindo no processo educacional complementando sua formação profissional desenvolvendo competên cias e habilidades e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade de maneira a inserilo no mercado de trabalho Ou seja estes materiais têm como principal objetivo provocar uma aproximação entre você e o conteúdo desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessá rios para a sua formação pessoal e profissional Portanto nossa distância nesse processo de cresci mento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica Utilize os diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita Ou seja acesse regularmente o AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem interaja nos fóruns e enquetes assista às aulas ao vivo e participe das discussões Além dis so lembrese que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliáloa em seu processo de aprendiza gem possibilitandolhe trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória acadêmica AUTORA Professora Me Juliana Moraes da Silva Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de Maringá UEM2016 Especialista em Auditoria e Controladoria pelo Centro Universitário Cesumar UniCesumar2011 e graduada em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual de Maringá UEM2001 e Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de Maringá UEM2006 Atualmente é coordenadora e professora do Curso de Ciências Contábeis na modalidade presencial da UNICESUMAR Centro Universitário Cesumar e professora na modalidade EAD Para informações mais detalhadas sobre sua atuação profissional pesquisas e publicações acesse seu currículo disponível no endereço a seguir http lattescnpqbr0551257296562180 SEJA BEMVINDOA Há uma frase bastante popular do autor Lewis Carroll que diz o seguinte Se você não sabe onde quer ir qualquer caminho serve É mais o menos assim que muitas pessoas vivem não sabem o que querem seguem por qualquer caminho e por isso nunca con seguem nada nem chegam a lugar nenhum Mas você é diferente você escolheu o caminho da academia Caroa acadêmicoa para seguir este caminho é preciso traçar uma meta e para buscála é necessário planeja mento organização perseverança conhecer as possibilidades aproveitar as oportuni dades e executar Tenha calma você vai chegar lá mas deve ser um passo de cada vez No ensino a distância é a sua disciplina de cada dia mês e ano que lhe mostrará que você está chegando lá É com grande satisfação que escrevemos este material de Contabilidade de Custos es pecialmente elaborado para auxiliar nos passos da sua caminhada O material possui conceitos explicações exemplos imagens quadros cujo objetivo é velar a você o co nhecimento dos custos empresariais O presente material de Contabilidade de Custos está estruturado em cinco unidades nas quais apresentamos uma explanação teórica acerca dos temas abordados exem plos dicas e sugestões de leituras complementares exercícios resolvidos finalizando com uma lista de atividades O surgimento da contabilidade de custos as terminologias contábeis os conceitos ini ciais fundamentais para um aprendizado eficaz da Contabilidade de Custos estão apre sentados na Unidade I Na Unidade II abordaremos materiais e mão de obra diretos dois dos elementos que compõem os custos dos produtos mercadorias e serviços indispen sáveis para o controle da empresa e para a formação do preço de venda Os custos indiretos de produção e o processo de departamentalização divisão do setor fabril em departamentos estão explanados na Unidade III Já na Unidade IV destacamos o processo de contabilização dos custos Aqui vamos aprender a contabilizar os custos direto de um produto mercadoria e serviço de acordo com as Normas Contábeis e acei tos pela Legislação Fiscais Por fim na Unidade V finalizamos o conteúdo com o processo de contabilização mais complexa dos custos indiretos e do custo total do produto bem como sua movimenta ção desde o estoque de matériaprima até a venda do produto acabado Não perca mais tempo o seu futuro só depende de você mesmo Vamos dar o próximo passo APRESENTAÇÃO CONTABILIDADE DE CUSTOS SUMÁRIO 09 UNIDADE I INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS 15 Introdução 16 Origem da Contabilidade de Custos 22 Terminologias Aplicadas à Contabilidade de Custos 29 Classificação dos Custos 39 Considerações Finais 46 Referências 47 Gabarito UNIDADE II CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA 51 Introdução 52 Material Direto 55 Custo do Material Direto 74 Custo da Mão de Obra Direta 82 Considerações Finais 89 Referências 90 Gabarito SUMÁRIO 10 UNIDADE III CUSTOS INDIRETOS 99 Introdução 100 Custos Indiretos de Produção 108 Apuração do Custo do Produto 117 Departamentalização 124 Considerações Finais 132 Referências 133 Gabarito UNIDADE IV CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS 141 Introdução 142 Plano de Contas 150 Demonstrações Financeiras 161 Contabilização dos Custos 169 Considerações Finais 174 Referências 176 Gabarito SUMÁRIO 11 UNIDADE V CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS 183 Introdução 184 Apuração do Custo Total Com Departamentalização 194 Contabilização Completa Com Departamentalização 205 Custeio por Absorção 213 Considerações Finais 219 Referências 220 Gabarito 222 CONCLUSÃO UNIDADE I Professora Me Juliana Moraes da Silva INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Objetivos de Aprendizagem Conhecer a origem da contabilidade de custos Compreender os termos aplicados a contabilidade de custos Diferenciar os custos diretos indiretos fixos e variáveis Plano de Estudo A seguir apresentamse os tópicos que você estudará nesta unidade Origem da Contabilidade de Custos Terminologias Aplicadas à Contabilidade de Custos Classificação dos Custos INTRODUÇÃO Cada vez mais as empresas estão buscando novas ferramentas gerenciais e de controle para melhorar o funcionamento de suas atividades e a qualidade de seus produtos e serviços prestados A contabilidade enquanto ferramenta de gestão tem por finalidade prover informação aos credores investidores poten ciais e demais usuários A contabilidade de custos é uma ramificação da contabilidade e a exemplo das demais ciências e áreas do conhecimento surgiu em razão da necessidade do homem em controlar avaliar estoque e apurar resultados As organizações buscam maiores níveis de excelência para seus acionistas dessa forma as infor mações geradas pela contabilidade de custo podem ser adaptadas e estruturadas para atender as necessidades específicas da organização Nesta primeira unidade do livro abordamos o surgimento da contabilidade de custos como um ramo da contabilidade financeira como uma ferramenta para auxílio ao controle à avaliação de estoque e ajuda na tomada de decisão Ressalvando que o sucesso do gerenciamento dos controles depende da cons cientização das áreas envolvidas no processo e dos profissionais relacionados com a geração dessas informações Objetivando evitar confusões nos conceitos inerentes à área contábil e con tribuir para uma melhor compreensão da contabilidade de custo nesta unidade destacamos as terminologias contábeis correspondentes aos conceitos que fun damentam a aprendizagem das operações e demonstrações que evidenciam as informações geradas pela contabilidade para os diversos usuários Apresentamos as diferentes formas de classificar os custos Para possibilitar a apuração dos custos realizados no processo produtivo definimos e exemplificamos as classificações dos custos com relação à forma de apropriação ao produto ou serviço classificação dos custos em Direto e Indireto bem como em relação ao volume de produção classificação dos cus tos em Variável Fixo Semifixo e Semivariável Estamos apenas iniciando o estudo da contabilidade de custos esperamos que você consiga extrair a essência da contabilidade de custos e que o conteúdo aprendido possa ser aplicado na organização na qual você trabalha Introdução Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 15 INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 16 ORIGEM DA CONTABILIDADE DE CUSTOS A história da contabilidade segundo historiadores é tão antiga quanto à pró pria história das civilizações A contabilidade teve origem na necessidade de que as pessoas tinham de inventariar suas armas de pesca e caça contar o rebanho controlar a quantidade de mantimentos registrar as informações quanto às tro cas efetuadas por elas de modo a garantir o controle das coisas que possuíam ou deviam IUDÍCIBUS 2015 O desenvolvimento da contabilidade foi lento A descoberta do papiro e do cálamo facilitaram o registro das informações sobre os negócios provenientes das trocas de bens e serviços que os homens efetuavam SILVA NIYAMA 2013 O aparecimento da moeda propiciou um salto na história da contabilidade pois até então as mercadorias eram inventariadas pelas quantidades físicas e com o advento da moeda essas mercadorias passaram a adquirir valor monetário A partir desse momento a contabilidade passou a ser um elemento indispensável para controle organização dos negócios e aumento do patrimônio Desde muitos anos atrás as pessoas já se utilizam da contabilidade para con trolar os bens que produziam e as dívidas para com terceiros Naquela época as informações não exigiam muito da contabilidade uma vez que o controle necessário Origem da Contabilidade de Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 17 referiase apenas a quantidade de valores de bens e mercadorias negociadas No entanto com a intensificação do comércio aumento gradativo das trocas dos bens e das dívidas a contabilidade precisou se adaptar às novas exigências e passou a se desenvolver de acordo com as necessidades SILVA NIYAMA 2013 A publicação da Summa de Arithmetica em 1494 de autoria do então frei e professor de álgebra Luca Pacioli 1445 1517 foi um dos marcos históricos mais extraordinários da contabilidade A referida obra abordava a sistematização da contabilidade por meio do método das partidas dobradas até hoje aplicado enfatizando o fato de que a teoria contábil do débito e do crédito corresponde a teoria dos números positivos e negativos Desde então a humanidade vem passando por sucessivas transformações no modo de guardar e registrar os bens As pessoas passaram a se reunir em dois ou mais indivíduos e constituírem sociedades em que cada membro participava com uma determinada quantidade de ações O objetivo dessa constituição era oferecer merca dorias assim houve o acúmulo crescente de bens e obrigações a serem controlados Neste ambiente de negócios surge a contabilidade financeira Ligada aos processos comerciais e seguindo determinadas regras e normas de escritura ção com a finalidade de fornecer informações aos acionistas da sociedade e as demais pessoas interessadas Anteriormente a Revolução Industrial praticamente não exis tia a contabilidade de custo pois os negócios desenvolvidos na época eram basicamente relacionados à comercialização de mercadorias e não a produtos industrializados MARTINS 2010 Ainda de acordo com este autor existia a contabilidade financeira que atendia os usuários externos Havia outra contabilidade denominada de contabilidade de custo direcionada à questões inter nas relacionadas ao controle de INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 18 mercadorias que eram registradas nos estoques avaliados pelo custo da aquisição Assim o custo das mercadorias era o valor constante do documento de compra do bem acrescidos dos gastos necessários para colocálas em condição de uso Relacionada aos processos comerciais focada nos relatórios e demonstrati vos dirigido ao público externo da empresa a contabilidade financeira abrange a apuração do resultado de cada período e o levantamento do balanço final tomando por base os valores constantes dos seus estoques físicos apurados por diferença conforme apresentado Quadro 1 Apuração do custo das mercadorias vendidas Estoques Iniciais Compras Estoques Finais Custo das Mercadorias Vendidas Fonte a autora O resultado econômico obtido antes dos valores apurados a título de imposto de renda era resultante da diferença entre as receitas líquidas provenientes das vendas das mercadorias e o custo das mercadorias vendidas deduzido ainda des pesas despendidas para obtenção da receita do mesmo período Dessa forma a Demonstração de Resultado da Empresa era assim estruturada Quadro 2 Apuração do resultado do período Vendas Líquidas Custo das Mercadorias Vendidas Estoques Iniciais Compras Estoques Finais Lucro Bruto Despesas Comerciais vendas Administrativas Financeiras Resultado Antes do Imposto de Renda Fonte a autora Origem da Contabilidade de Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 19 A partir da Revolução Industrial no século XVIII a contabilidade teve o marco do crescimento desenvolvimento e desdobramento pois as empresas até então comerciais passaram a adquirir matériaprima agregar trabalho e outros fato res chamados de custo de produção ou fabricação de modo a transformálos em novo produto destinado à venda MARTINS 2010 Nesse novo contexto o balanço final e apuração do resultado não pode riam mais ser mensurados pelo simples valor de aquisição do bem pois o novo produto era eivado de materiais e outros fatores despendidos na sua produção Dessa forma houve uma maior valorização e exigência dos profissionais da área contábil para apuração das demonstrações devido à complexidade de atribuir valor aos estoques necessitando promover algumas adaptações dos critérios de avaliação de estoques utilizados nas empresas comerciais para as industriais A complexidade da atividade industrial fez surgir a contabilidade de custo desdobrada da contabilidade financeira com a finalidade de controlar e apro priar custos calcular o valor do bem a ser inventariado auxiliar na formação do preço de venda além de fornecer subsídios para a gestão eficiente da empresa INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 20 A CONTABILIDADE DE CUSTOS NO CONTEXTO ATUAL A contabilidade de custos é uma técnica desenvolvida a partir da necessidade de aprimorar o método de avaliação dos estoques das empresas comerciais para as industriais Com o advento de novas tecnologias e novos processos produti vos o gerenciamento e as análises dos custos foram se tornando cada vez mais exigíveis e indispensáveis Figura 1 Comparação do comércio com a indústria Fonte a autora Nas primeiras indústrias pósRevolução a contabilidade de custos surgiu com o objetivo de apurar o custo dos produtos A função de geradora de informações para a tomada de decisão não era exigida da contabilidade de custos tendo em vista a pouca concorrência o mercado da época absorvia os preços elevados e os problemas de ineficiência das empresas Atualmente a contabilidade de custo é utilizada como uma forma de sobre vivência as empresas necessitam de conhecimentos mais profundos sobre planejamento organização registro análise e relatórios de custos Origem da Contabilidade de Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 21 Outros fatores além dos avanços tecnológicos e a competição dos mercados como a escassez de algumas matériasprimas o surgimento dos blocos econô micos aumento da qualidade e da produtividade também cooperaram para que os sistemas de custos adquirissem maior importância para as indústrias Nesse contexto a contabilidade de custo passou a ser solicitada a prestar informações referentes aos aspectos administrativos econômicos e financeiros bem como controlar as operações e determinar o lucro Das sucessivas mudanças e adaptações observase também uma altera ção quanto aos custos ocorridos no âmbito das empresas nas últimas décadas O perfil do custo fabril tem se deslocado Estudos evidenciam o fato de que no início das primeiras indústrias o custo com mão de obra direta era extrema mente elevado no entanto com o avanço tecnológico substituindo o trabalho braçal o aperfeiçoamento cada vez maior em especializarse em determinada área têm forçado uma redução no custo da mão de obra em relação ao custo total do produto Por outro lado os custos como investimentos tecnológicos em máquinas e equipamentos projetos de melhoria de produção de quali dade são fatores que têm encarecido os custos de produção Ante o exposto a contabilidade de custo não pode ser utilizada ape nas para controlar estoques mas atentarse às novas necessidades da sociedade e expectativas do mercado consumidor que estão cada vez mais exigentes com relação a qualidade dos produtos prazos de entregas preços e oferecimento de um traba lho diferenciado INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 22 TERMINOLOGIAS APLICADAS À CONTABILIDADE DE CUSTOS Os termos técnicos utilizados na contabilidade de custos não podem ser con fundidos com as palavras de profissionais de outras áreas de conhecimento por exemplo a economia a matemática e a administração Com a finalidade de possibilitar a apuração e a compreensão das informações das demonstrações contábeis apresentamos alguns conceitos relevantes para o bom entendimento dos termos utilizados pela contabilidade GASTOS Os gastos correspondem aos compromissos financeiros assumidos por aquisi ções necessárias para a obtenção de seus produtos e serviços RIBEIRO 2011 Como exemplos de gastos podemos citar Aquisição compra de medicamentos Aquisição de recursos para a realização de serviços Aquisição de matériaprima para industrialização Aquisições de máquinas equipamentos móveis etc Aquisições de recursos para serem consumidos na administração De acordo com o reconhecimento desses gastos para a empresa eles poderão ser classificados contabilmente como investimentos custos ou despesas DESEMBOLSOS Os desembolsos consistem nos pagamentos entrega de numerários da empresa MARTINS 2010 Os pagamentos são originados da aquisição de bens ou ser viços de terceiros independentemente do período em que serão consumidos Terminologias Aplicadas à Contabilidade de Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 23 Ao analisarmos o termo desembolso podemos diferenciar os conceitos de Regime de Competência e Regime de Caixa Enquanto o Regime de Competência está associado ao período de ocorrên cia dos fatos o Regime de Caixa relacionase aos pagamentos ou recebimentos independe do período de ocorrência dos fatos Um exemplo a contratação de um vigia noturno que prestará seus servi ços no mês de janeiro mas só irá receber no mês subsequente fevereiro Para apuração do resultado de uma operação e seus reflexos patrimoniais esse gasto é de competência do mês de janeiro período em que os serviços foram presta dos mas em termos de Fluxo de Caixa o desembolso será uma ocorrência da movimentação do mês de fevereiro data da saída de dinheiro para pagamento Os pagamentos de medicamentos matériaprima seguros salários energia elétrica máquinas equipamentos são exemplos de desembolsos Os desembol sos podem ocorrer em três momentos Pagamento antecipado anterior a aquisição Pagamento à vista no momento da aquisição Pagamento a prazo após a aquisição Entendese por pagamento antecipado o desembolso efetu ado pela empresa em forma de adiantamento antes mesmo das aquisições por exemplo a compra de medicamentos à vista em um determinado mês para ser entregue em períodos seguintes Os pagamentos à vista como o próprio termo sugere correspondem ao desembolso efetuado no momento na aquisição do bem ou serviço como pagamento pela aquisição de uma peça para manutenção de uma máquina Por fim o pagamento a prazo representa o desembolso após o gasto como a compra de matériaprima para ser consumida imediatamente e paga em períodos subsequentes INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 24 Do exposto os desembolsos correspondem às saídas de numerários do caixa ou do banco da empresa para honrar obrigações assumidas anteriormente no momento ou ainda após a aquisição e utilização de bens ou serviços O desembolso pode ser entendido como sendo o pagamento por algo adqui rido Os gastos normalmente são confundidos com desembolsos no entanto são conceitos distintos enquanto os gastos representam a aquisição de bens ou serviços adquiridos o desembolso é considerado como o pagamento desses bens ou serviços INVESTIMENTOS Os investimentos representam os gastos ativados em função de sua vida útil os investimentos trarão benefícios presentes e futuros MARTINS 2010 Assim os gastos com investimentos permanecem por determinado período de tempo no ativo e posteriormente quando consumidos ou utilizados passam a ser clas sificados como custos despesas ou perdas A aquisição de uma máquina pela empresa no momento da compra é conside rada um gasto Com o registro no imobilizado a máquina passa a ser considerada um investimento Futuramente com o desgaste gerado pelo uso a máquina será transformada em custos ou despesas Portanto todo investimento efetuado pela empresa objetiva a geração de benefícios futuros podem ser resultantes da venda do investimento ou da uti lização no processo produtivo Dessa forma a mercadoria quando adquirida é registrada no ativo com o objetivo de ser vendida no futuro e gerar receita para a empresa Por outro lado a matériaprima é também um investimento pois pode primeiramente ser registrada no ativo para posteriormente ser alocada ao produto como custo PERDAS Consideramse perdas anormais os bens ou serviços consumidos de forma anor mal não programada inesperada ou involuntária VICECONTI NEVES 2013 Terminologias Aplicadas à Contabilidade de Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 25 Um gasto não intencional decorrente de fatores externos são perdas consi deradas inesperadas difíceis de serem previstas alheias ao processo produtivo da empresa Como exemplo de perdas anormais podemos citar as enchentes incêndios desmoronamentos e acidentes Para a redução de riscos dessas perdas a empresa pode utilizar alguns meios como a prevenção de falhas mecânicas conferências periódicas da rede elétrica e hidráulica melhorias em relação a segurança manter bem conservadas as ins talações entre outros Normalmente as perdas anormais reduzem o resultado operacional como é o caso de greves de empregados perda de veículos e de car gas em desastres Existem também as perdas que estão relacionadas com a atividade produtiva da empresa que são consideradas como perdas normais pois normalmente são previsíveis e estimadas durante o processo produtivo Alguns dos exemplos dessas perdas são provenientes de dimensões de matériaprima e corte de máquinas diferenciadas reações químicas evapo ração e outros semelhantes O valor das perdas normais é absorvido pelos custos das operações DESPESAS As despesas da entidade correspondem aos gastos de bens ou serviços consumi dos de maneira direta ou indireta para administrar a empresa e realizar as vendas ou seja são sacrifícios necessários para obtenção da receita MARTINS 2010 As despesas são gastos não associados na produção dos bens ou serviços pois se referem a um determinado período de tempo e não a um determinado produto De acordo com o CPC 00R1 2011 p 12 online1 INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 26 despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o perío do contábil sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e que não estejam relacionados com distribuições aos detento res dos instrumentos patrimoniais Como exemplo de despesa podemos citar o consumo de energia elétrica pela parte administrativa da empresa os honorários advocatícios o material de escri tório consumido depreciação dos computadores do departamento financeiro etc As despesas são classificadas como Contas de Resultado correspondem aos gastos administrativos financeiros comerciais provenientes de natureza não fabril indispensáveis para a colocação dos produtos ou serviços no mercado Pelo fato das despesas estarem relacionadas a um determinado período e não aos produtos elas são evidenciadas na Demonstração do Resultado do Exercício CUSTOS Os custos correspondem aos bens e serviços consumidos no processo produtivo de outros bens e serviços MARTINS 2010 Assim os custos estão associados diretamente à produção de produtos ou serviços A depreciação de uma máquina industrial é considerada um custo pois o uso da máquina redução de vida útil foi efetuado na produção do bem a ser vendido ou no serviço prestado O consumo da energia elétrica do setor industrial também recebe a classi ficação de custo pois representa um gasto consumido pelo produto durante o processo produtivo Os produtos industrializados concluídos com os custos de fabricação a eles atribuídos são primeiramente ativados pela entidade no estoque de Produto Acabado permanecendo no aguardo da venda Uma particularidade dos cus tos é que enquanto o produto não for efetivamente vendido custo realizado aparecem no Ativo do Balanço Patrimonial da empresa em forma de estoque de produtos acabados custo a realizar Os custos reduzem o resultado operacional no momento da realização ou seja na venda Terminologias Aplicadas à Contabilidade de Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 27 Figura 2 Terminologias da contabilidade de custos Fonte a autora Depreendese da figura 2 que os gastos podem ser classificados em Investimentos Custos ou Despesas Os investimentos são gastos registrados no Ativo do Balanço Patrimonial As Despesas são gastos relacionados a um período de tempo independentemente da ocorrência ou ausência de produção dos produtos são evidenciadas na DRE Demonstração do Resultado do Exercício Os custos estão associados a elaboração de produtos só há custos se ocorrer produção Os custos não realizados produtos não vendidos ficam registra dos no Estoque do Balanço Patrimonial No momento da Venda os estoques tornamse Custo dos Produtos Vendidos custos realizados evidenciados na Demonstração do Resultado do Exercício RECEITAS Receita é um dos termos mais fundamentais para a Contabilidade de modo geral corresponde ao ingresso de recursos no ativo da empresa sob forma de dinheiro ou direitos a receber geralmente relacionados à venda de bens ou serviços INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 28 Segundo Franco 1996 p 77 A receita dáse portanto quando da recupe ração do custo venda dos produtos no caso das indústrias independentemente do recebimento antecipado ou futuro do dinheiro As receitas aumentam o patri mônio aparecem refletidas no Balanço Patrimonial quando à vista no Caixa e se a venda for a prazo em Duplicatas a Receber De acordo com o CPC 00 R1 2011 p 12 online1 receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos que resultam em aumentos do patrimônio líquido e que não estejam relacionados com a contribuição dos deten tores dos instrumentos patrimoniais Normalmente as receitas são provenientes de vendas de bens serviços ou mer cadorias advindas da atividade principal da empresa No entanto muitas vezes as empresas podem obter receitas de atividades acessórias como venda de um veículo do ativo imobilizado e nesse caso a receita normalmente é classificada como outras receitas operacionais uma vez que a sua ocorrência não está dire tamente relacionada com a venda de produtos correspondentes a atividade principal da empresa RECEBIMENTOS Os recebimentos correspondem a entradas de recursos no caixa da empresa ou nas contas bancárias como o recebimento de duplicatas o recebimento pela venda de veículos usados depósitos à vista efetuados por clientes MARTINS 2010 É importante notar que o recebimento não está relacionado com a realiza ção da receita pois as vendas podem ser efetuadas com promessa de pagamento futuro Venda a prazo não corresponde a entrada efetiva de recursos financeiros na empresa no ato mas um direito a crédito pactuado Classificação dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 29 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS A depender do interesse e da metodologia empregada diferentes são as possibi lidade de classificações empregadas na contabilidade de custos BRUNI FAMÁ 2004 apud SIVEIRO GUITIERREZ 2008 p 37 online2 Os sistemas de contabilidade de custos aplicados no controle de custos podem ser classificados tradicionalmente quanto a forma de apropriação aos produtos e em relação ao volume de produção CUSTOS QUANTO À APROPRIAÇÃO AOS PRODUTOS Consideramse custos de produção todos os gastos relacionados diretamente ou indiretamente a um determinado produto acabado Os custos correspondem aos materiais mão de obra seguro da fábrica e outros elementos de custos que são consumidos no processo de transformação de materiais em produtos acabados Os custos de produção para Atkinson et al 2000 p 126 são todos aqueles gastos em transformar matériaprima em produto acabado por exemplo custos diretos materiais direto e mão de obra direta e custos indiretos apoio à produção Desse modo uma vez conhecidos os gastos consumidos no processo produ tivo podemos classificar os custos em relação à forma de associação aos produtos fabricados como custos diretos e custos indiretos a Custos diretos Os custos diretos são objetivos estão diretamente apropriados aos produ tos podem ser identificados como pertencentes a cada unidade produzida MARTINS 2010 Os custos diretos apropriados aos produtos podem ser medi dos em quilos em horas em quantidade ou em qualquer outra unidade de medida Dessa forma classificamse como custos diretos aqueles gastos apropriados aos produtos facilmente alocados diretamente no cálculo do custo total do pro duto passíveis de serem mensurados quantificados não geram dúvida alguma quanto ao fato de fazerem referência a esta ou àquela unidade INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 30 O melhor exemplo de custo direto corresponde a matériaprima consumida no processo produtivo no entanto há outros custos que podem ser alocados diretamente como Material secundário Material de embalagem Mão de obra direta Energia elétrica direta Assim percebese que para serem considerados custos diretos de produção devem ser perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva não oferecendo dúvida quanto ao fato de realmente pertencerem a determinada unidade de produto No entanto a classificação de custos diretos pode variar de uma empresa para outra por exemplo em uma atividade empresarial do ramo de lâminas de alumínio a energia elétrica é classificada como custo direto pelo fato do seu con sumo ser intensivo por outro lado em uma indústria de parafusos a energia elétrica é considerada custos indiretos pela difícil mensuração de energia des pendida em cada unidade produzida b Custos indiretos Os custos indiretos não são objetivos são incorridos dentro de um processo produtivo mas não têm relação direta com os produtos acabados não pode ser identificada como pertencentes a esta ou àquela unidade MARTINS 2010 Alguns exemplos de custos indiretos são os gastos com Mão de obra da supervisão Aluguel da fábrica Energia elétrica da fábrica Seguro do setor produtivo Classificação dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 31 Consideramse custos indiretos de produção aqueles gastos que não são passí veis de serem identificados diretamente com cada uma das unidades produzidas precisam ser apropriados aos produtos acabados por algum critério de rateio ou estimativa artifícios utilizados para distribuir os custos aos itens a que se referem A apropriação dos custos indiretos aos produtos é muito subjetiva a mão de obra indireta por exemplo pode ser rateada em razão do número de empre gados do número de horas do consumo de materiais diretos etc CUSTOS EM RELAÇÃO AO VOLUME DE PRODUÇÃO Além da classificação dos custos em diretos e indiretos há outras formas de classificálos Os proprietários ou administradores do negócio estão sempre interessados em informações quanto ao comportamento dos custos quando da ocorrência de alguma alteração no volume de produção Para atender as neces sidades desses usuários a contabilidade passou a classificar os custos quanto ao volume de produção em custos fixos e variáveis INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 32 a Custos fixos Consideramse custos fixos aqueles gastos que não mudam em função da quan tidade produzida independentemente do volume de produção dentro do limite de uma capacidade instalada VICECONTI NEVES 2013 Mesmo que não haja produção em determinado período de tempo por falta de materiais falta de energia elétrica greves ou outras ocorrências de praxe os custos fixos sem pre ocorrerão Alguns exemplos de custos fixos podem ser Salários dos supervisores dos setores produtivos Seguro da fábrica Aluguel da instalação Aluguel das máquinas industriais Como conseqüência do acima exposto temse que os custos fixos não estão rela cionados ao volume produzido no período Na hipótese da produção de milhares de itens a cada unidade produzida alocará parte dos custos fixos por outro lado na ocorrência da produção de uma única unidade os custos fixos se manterão os mesmos e deverão ser totalmente alocados a essa unidade solitária Assim podese constatar que uma mudança de volume de unidades produ zidas em um determinado período de tempo dentro de um limite de capacidade instalada não altera o valor dos custos fixos para mais ou para menos Segue um exemplo de custos fixos totais recebidos por unidades produzidas Tabela 1 Custos fixos totais do período e unitários Período Custos fixos do período Volume de produção Custos fixos por unidade 01 300000 30000 unidades 1000 02 300000 60000 unidades 500 03 300000 80000 unidades 375 Fonte a autora Do exemplo da tabela já exposta verificamos que os custos fixos normalmente mantêm seu valor total fixo em determinado período independentemente do Classificação dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 33 volume de produção Os custos fixos são alocados aos produtos por estimativa ou pela escolha de um critério de rateio Ainda quanto maior a produção menor serão os custos fixos suportados por unidade produzida uma vez que o custo fixo permanente é diluído para um número maior de unidades produzidas Figura 3 Comportamentos dos custos fixos em relação ao volume de produção Fonte a autora De acordo com a figura 3 os custos fixos permanecem constantes mesmo aumen tando determinada quantia de produtos b Custos variáveis Custos variáveis são os gastos que oscilam em relação a proporção da quanti dade de unidades produzidas na empresa MARTINS 2010 Alguns exemplos de custos variáveis são Matériaprima Material de embalagem Desse modo a quantidade de matériaprima a ser consumida é proporcional ao volume de produção isto é quanto maior for a quantidade de unidades pro duzidas maiores deverão ser as aquisições de matériaprima da mesma forma quanto menor for a quantidade de unidades produzidas menores deverão ser as aquisições de matériaprima INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 34 Para o exemplo da matériaprima o custo se altera em valor monetário na mesma proporção em que ocorrem as alterações na quantidade física de produto indus trializado O custo variável de cada unidade não é influenciado pelo número de unidades produzidas Assim percebemos que os custos variáveis alteram para mais ou para menos na proporção em que as quantidades produzidas se elevam ou se retraem salvo exceções como o de obtenção de descontos comerciais de valores consideráveis na aquisição dos custos considerados como variáveis Tabela 2 Consumo de materiais diretos por unidade Período Produção do período Consumo de matériaprima por unidade Consumo total de matériaprima 01 10000 unidades 1 metro 10000 metros 02 15000 unidades 1 metro 15000 metros 03 20000 unidades 1 metro 20000 metros Fonte a autora Classificação dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 35 Ante o exposto verificamos que os custos variáveis normalmente mantêm seu valor constante em cada unidade produzida independente do volume de pro dução bem como a sua alocação aos produtos podem ser feitas de forma direta dispensando qualquer forma de rateio ou estimativa Figura 4 Comportamentos dos custos variáveis em relação ao volume de produção Fonte a autora De acordo com a figura 4 os custos variáveis aumentam proporcionalmente com a quantidade das unidades produzidas quanto maior o quantidade produzida maior será o custo Neste caso caso não ocorra produção não há consumo de custo variável Além da classificação em custos fixos e custos variáveis os custos também podem ser classificados como semifixos e semivariáveis c Custos semifixos Os custos semifixos correspondem aos custos que são fixos até um determinado limite de produção mas que se alteram em razão da mudança da capacidade instalada Como exemplo suponhamos que uma empresa aumente muito o volume de produção necessitando alugar outro imóvel O custo do aluguel é fixo no entanto com o aumento da produção há também um aumento no custo fixo do aluguel INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 36 Figura 5 Comportamentos dos custos semifixos em relação ao volume de produção Fonte a autora De acordo com a figura acima os custos fixos permanecem constantes mesmo aumentando determinada quantia de produtos no limite da capacidade instalada Aumentando a capacidade instalada há um aumento nos custos fixos perma necendo constante mesmo aumentando o volume de produtos dentro do limite desta nova capacidade instalada d Custos semivariáveis Os custos semivariáveis correspondem aos custos variáveis que não acompa nham proporcionalmente a variação do volume de produção São gastos que se mantêm fixos até um determinado limite de produção mas que passam a ser variáveis a partir de uma alteração no volume de produção Como exemplo podemos citar a água Ela pode ser classificada como um custo fixo até o limite do consumo mínimo da fatura mas que com o aumento no volume de produção também há um aumento no consumo Assim a medida que o consumo da água cresce em razão do aumento da produção o custo tam bém aumenta Classificação dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 37 Figura 6 Comportamentos dos custos semivariáveis em relação ao volume de produção Fonte a autora De acordo com a figura 6 os custos fixos permanecem constantes até um deter minado volume de produção e que com o aumento da produção dos custos passam a se comportar como custo variável Ao ser publicada no Diário Oficial da União DOU a NBC TSP EC revogou a Resolução nº 7501993 que dispõe sobre os Princípios de Contabilidade Revogar a Resolução nº 7501993 porém não significa que os Princípios de Contabilidade estejam extintos A revogação visa à unicidade conceitual indispensável para evitar divergências na concepção doutrinária e teórica Agora a norma conceitual a ser seguida pelos profissionais contábeis cor responde a NBC TG Estrutura Conceitual Estrutura Conceitual para Elabo ração e Divulgação de Relatório ContábilFinanceiro publicada em 2011 Essa norma divide as características qualitativas da informação contábilfi nanceira em características qualitativas fundamentais e de melhoria Fonte a autora INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 I U N I D A D E 38 Prezadoa acadêmicoa essa unidade foi o início de caminhada para compreen der a contabilidade de custos Como você percebeu a terminologia os conceitos e as classificações constituem a base para construção do conhecimento contá bil Na próxima unidade você aprenderá a apurar o custo direto dos produtos Revogação da Resolução nº 7501993 será o fim dos princípios de contabi lidade A NBC TSP Estrutura Conceitual revogou a Resolução nº 75093 que trata dos Princípios de Contabilidade Ocorre que os princípios já estavam descri tos na Estrutura Conceitual Básica o CPC 00 R1 não como princípio mas como característica qualitativa da informação Fonte a autora Considerações Finais Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 39 CONSIDERAÇÕES FINAIS Não apenas a contabilidade financeira como também a contabilidade de custos surgiram em virtude da necessidade da sociedade e foram evoluindo e se adap tando aos novos anseios por meio da aplicação e do uso Na era Mercantilista a contabilidade de custo era extremamente simples uti lizada para apuração do custo e do lucro no entanto com o advento das empresas industriais a contabilidade de custo passou a ser mais exigida sendo utilizada como forma de controle formação do preço de venda e principalmente como auxílio na tomada de decisão dos gestores do negócio Para uma perfeita compreensão dos usuários acerca dos termos contábeis constantes dos demonstrativos a contabilidade de custo utiliza uma termino logia própria uniformizando os conceitos de gastos investimentos custos despesas receita e outros O procedimento de apuração do custo de produtos é mais complexo que a apuração do custo das mercadorias O custo da mercadoria corresponde ao custo de aquisição acrescida dos gastos necessários para colocála em condição de venda enquanto que o custo dos produtos corresponde aos custos dos mate riais adquiridos acrescidos de outros gastos de transformação como por exemplo a mão de obra energia elétrica e depreciação dos equipamentos de produção Os custos dos produtos podem ser classificados em custos diretos e indire tos enquanto que no primeiro a apropriação ao produto se faz por estimativas já no segundo os custos são apropriados diretamente por meio de uma medida de consumo Os custos também podem ser classificados em relação ao volume de produção custos fixos e variáveis Dentro de um limite de capacidade instalada de produção os custos fixos permanecem constantes por outro lado os custos variáveis variam proporcio nalmente ao volume de produção Esta unidade possibilitou compreender os conceitos dos principais termos utilizados no decorrer deste livro sem os quais o aprendizado do conteúdo pode ria ser totalmente comprometido 40 1 De acordo com as Terminologias Contábeis assinale V se for Verdadeiro ou F se for Falso nas sentenças abaixo Os investimentos podem ser posteriormente classificados como custos O desembolso com material de escritório é a terminologia dada ao paga mento A aquisição à vista de matériaprima é considerada diretamente como custo dos produtos industrializados A perda de matériaprima pode ser considerada como consumo normal no período As despesas são gastos administrativos e financeiros no período necessá rios à colocação do produto no mercado Os custos estão associados à elaboração de produtos eou serviços As despesas não estão associadas ao consumo do período 2 Correlacione os termos contábeis com as respectivas definições 1 Custos 2 Despesas 3 Investimentos 4 Receitas 5 Desembolsos Gastos ativados objetivando benefícios futuros Entradas de elementos financeiros relacionados às vendas Bens consumidos para obtenção de receita Gastos destinados ao processo produtivo Pagamentos de bens adquiridos 3 Classifique as sentenças de acordo com a terminologia contábil em C Custos D Despesas R Receita P Perda O Desembolso e I Investimento Os fatos contábeis abaixo ocorreram em um determinado período em uma in dústria de produtos alimentícios Aquisição de veículos Pagamento antecipado de fornecedores Matériaprima danificada Consumo de energia elétrica do setor administrativo Depreciação da máquina industrial em sacrifício do uso do período 41 Venda a prazo de produtos Desfalque do estoque proveniente de roubo Depreciação dos computadores do setor financeiro da empresa Pagamento de matériaprima a ser consumida no futuro Manutenção das máquinas industriais Aquisição de ações de outras companhias Consumo de energia elétrica pelo setor industrial Consumo de água no setor de vendas 4 Abelardo é o novo empregado do Hospital Vida de Bem Um equipamento de Ressonância foi adquirido para pagamento em 120 parcelas mensais Abelar do não sabe se o registro contábil do documento corresponde a um gasto ou desembolso Objetivando auxiliar o empregado diferencie os termos gasto e desembolso 5 Um único gasto pode ter diferentes classificações variado de acordo com o fluxo que esse gasto faz na empresa Objetivando compreender os conceitos indique a terminologia apropriada em cada uma das situações a A compra de matériaprima representa uma despesa b Quando a matériaprima é consumida na produção há um desembolso 6 Os gastos podem ser classificados como investimentos custos e despesas Assi nale a alternativa correta I A comissão de vendedores é um gasto considerado custo de produção II A conta Salários a Pagar é uma conta de resultado III Os gastos com salários dos supervisores são considerados custos IV O ordenado dos operários da fábrica é considerado despesa a I está correta b II e III estão corretas c IV está correta d III e IV estão corretas e Nenhuma das alternativas 42 7 Correlacione os termos contábeis com as respectivas definições 1 Custos 2 Despesas 3 Investimentos 4 Receitas 5 Desembolsos Débito Fornecedores Créditos Banco Conta Movimento Débito Duplicatas a Receber Crédito Vendas de Produtos a Prazo Débito Matériaprima estoque Crédito Fornecedores Débito Mão de obra Direta Produto A Crédito Salários a Pagar Débito Aluguel da Administração Crédito Aluguel a Pagar 8 De acordo com as Terminologias Contábeis assinale V se for Verdadeiro ou F se for Falso nas sentenças abaixo A classificação dos custos em diretos e indiretos é realizada em relação ao volume de produção A classificação dos custos em fixos e variáveis é realizada em relação ao volume de produção Os custos semifixos têm como características uma parte dos custos fixos e outra parte variável Os custos diretos são alocados aos produtos passíveis de serem mensura dos monetariamente Os custos fixos correspondem aos custos com aluguéis uma vez que o valor do aluguel é o mesmo durante determinado período de tempo Os custos indiretos são alocados aos produtos fabricados por critério de rateio 43 9 A compreensão da terminologia contribui para a construção do conhecimento acerca do custo total do produto Tomando por base a terminologia de custos leia as afirmações e assinale a alternativa correta I A classificação dos custos em fixos e variáveis está relaciona da com a variação do volume de produção II Todo o salário e os encargos dos empregados da produção são sempre classificados como custos diretos III Os custos indiretos correspondem aos gastos que não se al teram em razão da variação do volume de produção até o limite de uma capacidade instalada IV Os custos semivariáveis correspondem aos custos semifixos Assinale a alternativa correta a I está correta b I e II estão corretas c I e III estão corretas d Todas estão corretas e Nenhuma está correta 44 A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE NO BRASIL O conhecimento da história permite entender o presente e melhorar o futuro Na histó ria da contabilidade não é diferente o estudo da história contábil permite entender a profissão sua evolução no tempo influências recebidas razões de procedimentos ado tados hoje e quiçá identificar contribuições para o futuro A história contábil no Brasil ainda carece de estudos aprofundados e comprovações cientÍficas sobretudo em rela ção a possíveis eventos anteriores ao período colonial Necessário se faz que historiadores universidades e até conselhos se interessem pelo tema e dediquemse a um estudo mais aprofundado visto ser a contabilidade uma ci ência vital no controle do patrimônio capaz de proporcionar aos interessados análises estáticas e dinâmicas O mundo globalizado em consequência do capitalismo é uma realidade cada vez mais presente na vida de todos os seres humanos Nesta era do co nhecimento o conhecimento está cada vez mais que nos permite errar por opção Nova mente se conhecendo a história pode se visualizar o que deu certo e o que deu errado permitindo se fazer o planejamento que é uma característica fundamental na vida das sociedades O mundo evolui sempre e penaliza quem não acompanha essa evolução A contabilidade nesse contexto vem se adequando aos períodos desta evolução sob pena de se tornar obsoleta e cair em desuso Fatos como a expansão comercial inven ção da imprensa e revolução industrial foram exemplos em que exigiram adequações contábeis como técnicas de controle informações para o âmbito gerencial apuração de custos e auditoria A contabilidade data dos primórdios das civilizações estando assim atrelada ao próprio desenvolvimento da humanidade avançando em determinadas épocas e estagnado em outras portanto bastante ligada às necessidades humanas fato este que impede a ciência de equalizar fórmulas e sim desenvolver adaptações em que se enquadrem oportunamente as situações Buscase com este trabalho apresentar um estudo resumido da evolução contábil no Brasil tendo como ponto de partida o próprio descobrimento até aos dias atuais destacando principais ocorrências e contextualizan do a evolução no tempo cronológico Fonte Silva Assis 2015 p 36 online3 Material Complementar MATERIAL COMPLEMENTAR Custos análise e gestão 2006 Evandir Megliorini Editora Pearson Sinopse esta obra de Custos mantém a linguagem acessível e a didática única repleta de exemplos e exercícios que fizeram da obra uma referência Além disso traz dois novos capítulos um sobre ética na apuração dos custos e outro sobre custos que ocorrem fora do ambiente de produção mantendo o livro atualizado com as discussões mais recentes da área Indicado para estudantes de ciências contábeis administração e economia Custos é também indispensável na biblioteca de gestores que para tomarem decisão precisam lidar com tópicos como apuração de resultados e avaliação de estoques Muito embora o objetivo desta obra não seja a origem da contabilidade do Brasil o conhecimento acerca das origens e evolução da contabilidade pode auxiliar você alunoa a compreender a contabilidade como é atualmente Acesse httpwww portaldecontabilidadecombrtematicashistoriahtm REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS ATKINSON Anthony A et al Contabilidade gerencial São Paulo Atlas 2000 COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS CPC CPC 26 R1 Apresentação das Demonstrações Contábeis 2011 Disponível em wwwcpcorgbr FRANCO Hilário Contabilidade industrial 9 ed São Paulo Atlas 1996 IUDÍCIBUS Sergio de Teoria da contabilidade 11 ed São Paulo Atlas 2015 MARTINS Eliseu Contabilidade de custos 10 ed São Paulo Atlas 2010 RIBEIRO Osni Moura Contabilidade de custos São Paulo Saraiva 2011 SILVA César Augusto Tibúrcio NIYAMA Jorge Katsumi Teoria da contabilidade 3 ed São Paulo Atlas 2013 VICECONTI Paulo NEVES Silvério das Contabilidade de custos um enfoque dire to e objetivo 11 Ed São Paulo Saraiva 2013 REFERÊNCIAS ONLINE 1 Em httpwwwcpcorgbrCPCDocumentosEmitidosPronunciamentosPro nunciamentoId2 Acesso em 26 abr 2017 2 Em httprevistaunivemedubrREGRADarticleview244248 Acesso em 26 abr 2017 3 Em httprevistafaculdadeprojecaoedubrindexphpProjecao1articleview File579544 Acesso em 26 abr 2017 46 REFERÊNCIAS 47 GABARITO 1 V V F V V V F 2 3 4 2 1 5 3 I O P D C R P D O C I C D 4 Os gastos correspondem às aquisições enquanto o desembolso ao pagamento 5 Investimentos são os gastos ativados como exemplo contabilização da aqui sição de matéria prima Custos são bens consumidos durante o processo pro dutivo na produção de outros bens como exemplo madeira consumida na produção de móveis Despesas são gastos necessários para obtenção de receita exemplo o frete sobre a venda 6 Nenhuma das alternativas e somente III está correta 7 5 4 3 1 2 8 F V F V V V 9 A UNIDADE II Professora Me Juliana Moraes da Silva CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Objetivos de Aprendizagem Compreender a composição do custo direto do produto Apurar o custo dos materiais diretos por produto Calcular o custo mão de obra direta por hora e por produto Plano de Estudo A seguir apresentamse os tópicos que você estudará nesta unidade Material direto Custo do material direto Custo da mão de obra direta INTRODUÇÃO Uma forma simples de representar o resultado de qualquer empresa corresponde às receitas auferidas deduzidas dos custos e despesas ocorridas Para obtenção de resultados satisfatórios as empresas se empenham na produção de bens e servi ços para serem comercializados Em uma empresa industrial os custos dos produtos fabricados são mais com plexos que nas comerciais ou prestadoras de serviços Enquanto na primeira os custos são representados basicamente pelos custos de aquisição das mercado rias acrescidos dos gastos necessários para colocálas em condição de venda na segunda os custos são compreendidos pelo dispêndio com materiais mão de obra e outros custos de transformação Muitos elementos são consumidos no processo produtivo das empresas industriais materiais secundários materiais de embalagens mão de obra encar gos sociais benefícios energia elétrica depreciações etc Nesta unidade abordaremos os dois grandes grupos de elementos que incor poram os custos dos produtos fabricados materiais diretos e mão de obra direta Primeiramente será apresentado as formas de inventariar os materiais e os cri térios de avaliação de estoque posteriormente identificamos os valores que irão compor o custo dos materiais Será que o custo com materiais corresponde ao valor da aquisição constante da nota fiscal Para efeito de apuração de custos a mão de obra pode ser classificada como sendo direta e indireta Mas afinal como apurar o custo com mão de obra direta Seria apenas o valor contratado E os encargos Os benefícios trabalhistas tam bém compõem o custo do produto Ao final desta unidade você saberá quantificar o tempo que o empregado fica à disposição do empregador o custo anual desse empregado bem como o custo unitário da hora de mão de obra a ser alocada aos produtos Não vamos mais perder tempo É hora de começar a apurar o custo dos produ tos Iniciaremos pelos custos diretos dos produtos material e mão de obra direta Introdução Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 51 CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 52 MATERIAL DIRETO Dentre os elementos que incorporam o custo industrial dos produtos fabricados o material direto é o que normalmente constitui a maior proporção nos produ tos acabados Considerase como material direto a matériaprima o material secundário e às vezes o material de embalagem A eficiência do controle desses materiais possibilita uma melhor apuração de resultado devido a sua grande influência no custo dos produtos fabricados Os materiais diretos correspondem aos materiais apropriados aos produtos passíveis de serem diretamente identificados com esta ou com aquela unidade produzida Caso haja impossibilidade de quantificação monetária alocada diretamente em cada unidade produzida não poderá receber a classificação de material direto MARTINS 2010 A matériaprima é o principal material direto apropriado aos produtos O material secundário é um material direto apropriado ao produto em menor quan tidade A embalagem é o material utilizado para embalar os produtos acabados Como exemplo vamos considerar a produção de um guarda roupa Para produzir um guarda roupa muitos elementos são consumidos madeira para fuso puxadores papelão etc Dentre os materiais citados podemos dizer que a madeira é o material direto mais utilizado na fabricação de móveis conside rada por isso de matériaprima Por outro lado o parafuso e puxadores também são materiais diretos mas pela menor proporção incorporada ao produto são considerados como materiais Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 53 secundários diretos Por fim temse a caixa de papelão utilizada para emba lar o produto considerada como material direto classificada como material de embalagem Outros materiais são consumidos na produção como a lixa estopa pincel etc No entanto são classificados como materiais indiretos por isso não abordaremos neste momento SISTEMAS DE INVENTÁRIOS Os sistemas de inventários correspondem às formas como a empresa controla o consumo dos materiais Existem duas formas de controlar os estoques inventá rio periódico e inventário permanente RIBEIRO 2011 INVENTÁRIO PERIÓDICO Como o próprio nome sugere é um inventário realizado de período em período consiste em levantar o consumo dos materiais venda ou uso somente no final de um período Muitas empresas fazem esse levantamento apenas no fechamento do Balanço Patrimonial coincidindo com o final do exercício social A apuração do consumo do período é realizada de forma bem simples levan tase o valor do estoque no início do período somase todas as aquisições e por fim subtraise o estoque final apurado na contagem Consumo de material direto Estoque Inicial Compras Estoque Final Como exemplo vamos considerar a empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda As compras de materiais diretos realizadas no ano 20XX cor responderam a 300000 o estoque no início do período era de 10000 e o estoque no final do período apurado pela contagem foi de 60000 Qual foi então o custo de materiais diretos do período de 20XX CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 54 Custo de material direto EI C EF Custo de material direto 10000 300000 60000 250000 Dessa forma o custo com materiais diretos dos produtos vendidos no período corresponde a 250000 INVENTÁRIO PERMANENTE Nesse tipo de inventário os materiais são controlados na ficha de controle de estoque de forma contínua Todas as compras vendas ou requisições são contro ladas individualmente O objetivo do inventário permanente é identificar os custo dos produtos vendidos e o custo dos produtos estocados ainda não vendidos Figura 1 Modelo de ficha de controle de estoque Fonte a autora Pela ficha de controle de estoque o valor do estoque pode ser levantado a qual quer momento independente da época do fechamento do Balanço Patrimonial Dessa forma no inventário permanente não é preciso realizar a contagem física dos materiais exceto no caso de necessidade de conferência Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 55 CUSTO DO MATERIAL DIRETO Normalmente os materiais diretos não são totalmente consumidos ou transfor mados em produtos no momento da aquisição são primeiramente registrados no ativo mais especificamente nos estoques permanecendo no aguardo de requi sições para consumo De acordo a Lei 6404 de 1976 os ativos serão avaliados pelo valor justo o preço pelo qual possam ser repostos ou pelo valor de aquisição Mas qual é o valor de aquisição Para atender o fisco a contabilidade de custo é escriturada de acordo com a legislação e com os princípios contábeis assim para compor o custo do estoque contabilmente registramos o bem com o valor da aquisição acrescido do seguro frete armazenagem e outros gastos indispensáveis para colocálos em condi ção de venda ou utilização Além disso devem ser deduzidos todos os tributos que são compensáveis pela empresa no momento da venda IPI PIS COFINS e ICMS pois esses tributos recuperáveis não constituem custos para a empresa A regra é bem simples compõe o custo do bem o valor de compra acrescido dos gastos necessários para colocálo em condição de uso ou venda deduzidos os tributos recuperáveis O valor justo corresponde ao valor do mercado assim o estoque deve estar avaliado pelo valor de aquisição ou o valor justo dos dois o menor Caso o valor do mercado seja inferior ao valor registrado a empresa deve ajustar o valor do estoque Débito Despesas com Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado despesa Crédito Provisão para Ajuste ao Valor do Mercado redutora do Ativo CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 56 Vejamos os exemplos EXEMPLO 1 A empresa de ralos Rolls Comércio Ltda é contribuinte de ICMS paga ICMS na compra e também vende com ICMS mas não recolhe IPI veja mos como fica o custo do material adquirido valor pago ao fornecedor valor total da nota de compra com IPI ICMS embutido no valor da nota fiscal de compra seguro frete pago pelo comprador FOB ICMS do frete custo do material valor que estará registrado no estoque EXEMPLO 2 A indústria de janelas Win Ltda é contribuinte de ICMS e o IPI é recuperável Vejamos como fica o custo do material adquirido valor pago ao fornecedor valor total da nota de compra com IPI IPI ICMS embutido no valor da nota fiscal de compra seguro frete pago pelo comprador FOB ICMS sobre o frete custo do material valor que estará registrado no estoque Nesse exemplo vemos que o IPI e o ICMS não compõe o custo do material No enunciado do exemplo consta a informação de que a empresa é contribuinte do ICMS assim a empresa compra material com ICMS e vende produto com ICMS portanto o ICMS da compra pode ser compensado com o ICMS da venda Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 57 Figura 2 Representação da compensação do ICMS Fonte a autora Por fim alguns gastos como juros incorridos pelo atraso de pagamentos não podem ser incorporados ao custo do produto deverão ser registrados como despesas do período MÉTODO DE AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES Avaliar os estoques é uma das tarefas essenciais da contabilidade O custo inter fere diretamente no resultado do exercício dessa forma um péssimo controle dos estoques dos materiais pode distorcer todo o cálculo do custo do produto e consequentemente influenciar negativamente o resultado do período A avaliação do estoque seria extremamente simples se todas as aquisições fossem realizadas nas mesmas condições no entanto as aquisições podem ocor rer em condições variadas de preços fornecedores formas de pagamento etc Provavelmente constam dos estoques unidades de um mesmo item com custos distintos de aquisição Face às condições variáveis de aquisição avaliar o estoque nada mais é do que controlar o custo dos bens consumidos ou vendidos e os bens em estoque Existem vários critérios de avaliação dos estoques mas abordaremos ape nas os quatro principais Preço específico PEPS primeiro a entrar primeiro a sair do termo inglês FIFO first in first out CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 58 UEPS último a entrar primeiro a sair do termo inglês LIFO last in first out Custo médio ponderado a Preço específico Esse critério de avaliação de estoque é utilizado somente quando é possível iden tificar e controlar o preço individualizado de cada uma das unidades estocadas e suas respectivas baixas por venda ou consumo pelo mesmo valor de entrada O controle individualizado de cada um dos elementos é a principal carac terística desse método de avaliação dos estoques Ainda é realizado de acordo com as normas contábeis e aceito pelo fisco O referido método é aplicado principalmente pelas empresas que indus trializam ou comercializam poucas unidades nos estoques ou quando os bens movimentados são de elevado valor unitário por exemplo as empresas do ramo automobilístico aeronáutica marinha construção civil e outras Visando obter um melhor entendimento acerca desse método segue um exemplo ilustrativo EXEMPLO 3 A empresa Gutamoc Comércio de Móveis Ltda teve no mês de janeiro do ano de 20XX as seguintes movimentações 0501XX Compra de dois guardaroupas de luxo sendo um do modelo A número de série 2587 no valor de 5000 mais frete de 100 e o outro do modelo B número de série 2589 no valor de 6000 mais frete de 150 0701XX Compra de um guardaroupa do modelo B número de série 2658 no valor de 7000 mais frete de 200 1001XX Venda de um guardaroupa modelo B número de série 2658 pelo valor de 10000 1301XX Compra de um guardaroupa modelo A número de série 2678 no valor de 5600 mais frete de 100 e impostos recuperáveis de 500 incluso na nota fiscal Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 59 2501XX Compra de um guardaroupa modelo B número de série 2754 no valor de 8000 com frete incluso na nota fiscal ainda há imposto recuperável no valor de 1000 também incluso na nota fiscal 2801XX Venda de dois guardaroupas modelo A número de série 2587 e 2678 pelos valores de R 9000 e 11000 respectivamente Assim as fichas de controle de estoque dos guardaroupas modelos A e B segundo o método de avaliação de estoque pelo preço específico são as seguintes Tabela 1 Ficha de controle de estoque do guardaroupa modelo A custo específico Mercadoria Guardaroupa Modelo A Método Custo Específico Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 01 5100 5100 01 5100 5100 1301XX Compra 01 5200 5200 01 01 5100 5200 5100 5200 2801XX Venda 01 01 5100 5200 5100 5200 Fonte a autora Tabela 2 Ficha de controle de estoque do guardaroupa modelo B custo específico Mercadoria Guardaroupa Modelo B Método Custo Específico Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 1 6150 6150 1 6150 6150 0701XX Compra 1 7200 7200 1 1 6150 7200 6150 7200 1001XX Venda 1 7200 7200 1 6150 6150 2501XX Compra 1 7000 7000 1 1 6150 7000 6150 7000 Fonte a autora CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 60 Tomando por base o critério Preço Específico vamos apurar o resultado do período Tabela 3 Resultado do controle pelo preço específico DESCRIÇÃO CÁLCULO VALOR EM Receita Bruta 10000 9000 11000 30000 Custo das Mercadorias Vendidas 5100 5200 7200 17500 Resultado do Período lucro 30000 17500 12500 Fonte a autora No entanto devido ao volume elevado de produção a variância de materiais datas e preços de aquisições diferenciados é praticamente impossível contro lar individualmente os bens adquiridos na maioria das empresas Assim outros métodos de avaliação de estoques são utilizados b PEPS Primeiro a entrar primeiro a sair Para este critério de avaliação de estoques os materiais utilizados são baixados dos estoques pelo valor das primeiras entradas nos estoques ou seja pelo valor dos materiais adquiridos há mais tempo Com base nesse critério para Martins et al 2013 p 106 À medida que ocorrem as vendas ou o consumo vaise dando baixa a partir das primeiras com pras o que equivale ao seguinte raciocínio vendemse ou consomemse antes as primeiras mercadorias compradas Segue um exemplo ilustrativo EXEMPLO 4 A empresa Gutamoc Comércio de Móveis Ltda teve no mês de janeiro do ano de 20XX as seguintes movimentações 0501XX Compra de dois guardaroupas de luxo sendo um dos mode los A número de série 2587 no valor de 5000 mais frete de 100 e o outro do modelo B número de série 2589 no valor de 6000 mais frete de 150 0701XX Compra de um guardaroupa do modelo B número de série 2658 no valor de 7000 mais frete de 200 Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 61 1001XX Venda de um guardaroupa modelo B número de série 2658 pelo valor de 10000 1301XX Compra de um guardaroupa modelo A número de série 2678 no valor de 5600 mais frete de 100 e impostos recuperáveis de 500 incluso na nota fiscal 2501XX Compra de um guardaroupa modelo B número de série 2754 no valor de 8000 com frete incluso na nota fiscal ainda há imposto recuperável no valor de 1000 também incluso na nota fiscal 2801XX Venda de dois guardaroupas modelo A número de série 2587 e 2678 pelos valores de 9000 e 11000 respectivamente Assim as fichas de controle de estoque dos guardaroupas modelos A e B segundo esse método PEPS são as seguintes Tabela 4 Ficha de controle de estoque do guardaroupa modelo A PEPS Mercadoria Guardaroupa Modelo A Método PEPS Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 01 5100 5100 01 5100 5100 1301XX Compra 01 5200 5200 01 01 5100 5200 5100 5200 2801XX Venda 01 01 5100 5200 5100 5200 Fonte a autora Tabela 5 Ficha de controle de estoque do guardaroupa modelo B PEPS Mercadoria Guardaroupa Modelo B Método PEPS Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 01 6150 6150 01 6150 6150 0701XX Compra 01 7200 7200 01 01 6150 7200 6150 7200 1001XX Venda 01 6150 6150 01 7200 7200 2501XX Compra 01 7000 7000 01 01 7200 7000 7200 7000 Fonte a autora CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 62 Tomando por base o critério PEPS vamos apurar o resultado do período Tabela 6 Resultado pelo critério PEPS DESCRIÇÃO CÁLCULO VALOR EM Receita Bruta 10000 9000 11000 30000 Custo das Mercadorias Vendidas 5100 5200 6150 16450 Resultado do Período lucro 30000 16450 13550 Fonte a autora Utilizando o PEPS os custos tendem a ficar avaliados por um valor menor uma vez que o valor de saída leva em consideração o estoque mais antigo Esse cri tério é realizado de acordo com os princípios contábeis e é aceito pela Receita Federal na apuração do Imposto de Renda uma vez que considerando um custo menor o lucro contábil base de cálculo de tributos sobre lucro tornase maior c UEPS Último a entrar primeiro a sair Nesse método os materiais utilizados são baixados dos estoques pelo valor das últimas entradas nos estoques ou seja pelo valor mais recente dos materiais adquiridos Segue exemplo elucidativo EXEMPLO 5 A empresa Gutamoc Comércio de Móveis Ltda teve no mês de janeiro do ano de 20XX as seguintes movimentações 0501XX Compra de dois guardaroupas de luxo sendo um do modelo A número de série 2587 no valor de 5000 mais frete de 100 e o outro do modelo B número de série 2589 no valor de 6000 mais frete de 150 0701XX Compra de um guardaroupa do modelo B número de série 2658 no valor de 7000 mais frete de 200 1001XX Venda de um guardaroupa modelo B número de série 2658 pelo valor de 10000 Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 63 1301XX Compra de um guardaroupa modelo A número de série 2678 no valor de 5600 mais frete de 100 e impostos recuperáveis de 500 incluso na nota fiscal 2501XX Compra de um guardaroupa modelo B número de série 2754 no valor de 8000 com frete incluso na nota fiscal ainda há imposto recuperável no valor de 1000 também incluso na nota fiscal 2801XX Venda de dois guardaroupas modelo A número de série 2587 e 2678 pelos valores de 9000 e 11000 respectivamente Assim as fichas de controle de estoques dos guardaroupas modelos A e B segundo esse método UEPS são as seguintes Tabela 7 Ficha de controle de estoque do guardaroupa modelo A UEPS Mercadoria Guardaroupa Modelo A Método UEPS Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 01 5100 5100 01 5100 5100 1301XX Compra 01 5200 5200 01 01 5100 5200 5100 5200 2801XX Venda 01 01 5200 5100 5200 5100 Fonte a autora Tabela 8 Ficha de controle de estoque do guardaroupa modelo B UEPS Mercadoria Guardaroupa Modelo B Método UEPS Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 01 6150 6150 01 6150 6150 0701XX Compra 01 7200 7200 01 01 6150 7200 6150 7200 1001XX Venda 01 7200 7200 01 6150 6150 2501XX Compra 01 7000 7000 01 01 6150 7000 6150 7000 Fonte a autora CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 64 Tomando por base o critério UEPS vamos apurar o resultado do período Tabela 9 Resultado pelo critério UEPS DESCRIÇÃO CÁLCULO VALOR EM Receita Bruta 10000 9000 11000 30000 Custo das Mercadorias Vendidas 5200 5100 7200 17500 Resultado do Período lucro 30000 17500 12500 Fonte a autora De todo o exposto acerca dos métodos percebese que as quantidades físicas restantes no estoque ao final da movimentação do período acima são idênticas no entanto os valores monetários dos estoques são diferentes Tal fato se justi fica em razão da forma de atribuição dos custos utilizados A legislação fiscal brasileira não permite a utilização do UEPS para avaliação dos estoques para fins fiscais pois esse critério considera como custo dos produtos vendido os valores das últimas entradas assim o custo contábil tende a ser maior logo proporcionando um lucro menor utilizado como base dos valores tributários d Custo médio ponderado É o método de avaliação de estoque mais utilizado De acordo com esse método os custos dos estoques são provenientes da média dos valores das aquisições No entanto para utilização desse método as empresas precisam manter um con trole contínuo nos seus estoques O custo médio ponderado é calculado pela divisão do saldo total financeiro pela quantidade total das unidades estocadas Ainda a cada nova aquisição por um preço diferente da média unitária o valor do custo médio é alterado A maior dificuldade de utilização desse método é o dispêndio de tempo pois como mencionado anteriormente esse critério exige controle constante uma vez que a cada aquisição de valor diferente do preço médio registrado altera o valor do custo médio Por outro lado este método oferece algumas vantagens como evitar o con trole dos custos por lotes de unidades adquiridas isto é esquivarse o valor de aquisição para considerar uma média de preço das unidades compradas Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 65 No entanto a média não expressa o valor de mercado nem tampouco o valor efetivamente pago ou ainda o efetivo dos estoques Assim não há um cri tério mais eficiente que outro a empresa deve utilizar o critério ou os critérios que melhor se adaptam às necessidades Para um melhor entendimento segue um exemplo ilustrativo EXEMPLO 6 A empresa Gutamoc Comércio de Móveis Ltda teve no mês de janeiro do ano de 20XX as seguintes movimentações 0501XX Compra de dois guardaroupas de luxo sendo um do modelo A número de série 2587 no valor de 5000 mais frete de 100 e o outro do modelo B número de série 2589 no valor de 6000 mais frete de 150 0701XX Compra de um guardaroupa do modelo B número de série 2658 no valor de 7000 mais frete de 200 1001XX Venda de um guardaroupa modelo B número de série 2658 pelo valor de 10000 1301XX Compra de um guardaroupa modelo A número de série 2678 no valor de 5600 mais frete de 100 e impostos recuperáveis de 500 incluso na nota fiscal 2501XX Compra de um guardaroupa modelo B número de série 2754 no valor de 8000 com frete incluso na nota fiscal ainda há imposto recuperável no valor de 1000 também incluso na nota fiscal 2801XX Venda de dois guardaroupas modelo A número de série 2587 e 2678 pelos valores de 9000 e 11000 respectivamente Assim as fichas de controle de estoque dos guardaroupas modelos A e B segundo esse método do custo médio ponderado são as seguintes Tabela 10 Ficha de controle de estoque do guardaroupa modelo A custo médio Mercadoria Guardaroupa Modelo A Método Custo médio Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 01 5100 5100 01 5100 5100 1301XX Compra 01 5200 5200 02 5150 10300 2801XX Venda 002 5100 10300 Fonte a autora CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 66 Tabela 11 Ficha de controle de estoque do guardaroupa modelo B custo médio Mercadoria Guardaroupa Modelo B Método Custo médio Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 01 6150 6150 01 6150 6150 0701XX Compra 01 7200 7200 02 6675 13350 1001XX Venda 01 6675 6 675 01 6675 6675 2501XX Compra 01 7000 7000 02 683750 13675 Fonte a autora Tomando por base o critério do Custo Médio vamos apurar o resultado do período Tabela 12 Resultado pelo critério custo médio DESCRIÇÃO CÁLCULO VALOR EM Receita Bruta 10000 9000 11000 30000 Custo das Mercadorias Vendidas 10300 6675 16975 Resultado do Período lucro 30000 16975 13025 Fonte a autora O critério do custo médio ponderado é o mais utilizado Perda de materiais subprodutos e sucatas As sobras de materiais obtidas no decorrer do processo produtivo pode ter vários destinos classificandoos em perdas subprodutos ou sucatas a Perda de materiais Como explanado na Unidade I as perdas podem ser normais ou anormais sendo que cada uma delas tem um tratamento contábil diferente As perdas anormais são involuntárias normalmente causadas pela natureza como incêndio enchente obsolescência e outros fatores Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 67 Observase que tais perdas não são provenientes do processo produtivo dessa forma elas não podem ser consideradas como custos contabilmente devem ser tratados como despesa do período EXEMPLO 7 Uma empresa inventariou estoques em 31 de dezembro e encontrou 1000 em almoxarifado correspondente a itens obsoletos e que não terão mais uso dentro das atividades normais D Perdas com Estoques Obsoletos Conta de Resultado C Provisão para Perdas em Estoques Conta Redutora Estoques Ativo Circulante Valor de 1000 Quanto às perdas normais estas são oriundas do processo produtivo causada normalmente por uma reação química mudança de estado físico pequenos pro blemas de regulagem de máquinas etc As perdas normais são consideradas sacrifícios suportados pelo produto aca bado sendo assim elas são incorporadas ao custo do produto Vamos exemplificar uma perda normal analisando a produção de um guar daroupa No processo de corte das portas há perdas de serragens no entanto estas perdas são normais oriundas do processo de produção portanto a serra gem descartada também é incorporada ao custo do guardaroupa CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 68 O tratamento contábil é diferenciado para perdas normais e anormais enquanto estas são tratadas como despesas do período em que ocorreram aque las são consideradas como custos dos produtos mas para ambas fazse necessário estudo e administração no intuito de se não evitálas pelo menos reduzir seus riscos de ocorrências b Subprodutos e sucatas Alguns materiais que não são totalmente consumidos pela empresa podem ser aproveitados como subprodutos ou sucatas Os subprodutos são sobras resultante de desperdícios de materiais mas que têm preço instável e mercado consumi dor certo Destarte estas sobras não são consideradas como produtos recebem o nome de subproduto pelo fato das receitas por eles geradas serem pequenas em proporção com as dos produtos principais No que se refere ao tratamento contábil considerase o valor de venda do subproduto como dedução dos custos de produção dos produtos principais No entanto caso ocorra gastos na venda desses subprodutos como comissões de vendas o coerente é deduzir do valor das suas vendas as comissões e apenas o valor líquido abater dos custos de produção As sucatas também são sobras resultantes dos desperdícios de materiais mas por não terem um mercado estável de preço e pelo fato da venda ocorrer de maneira esporádica não são consideradas como subprodutos Pelo fato da sua receita de venda ser praticamente irrelevante quando com parado com o produto principal no seu registro contábil ela não é considerada como redução dos custos dos produtos e tão pouco é considerada como receita operacional A receita resultante da venda de sucatas é considerada como Outras Receitas Operacionais A contabilização seria da seguinte forma D Caixa Banco C Venda de sucata Outras Receitas Operacionais Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 69 Ainda não podemos confundir produtos defeituosos e danificados originá rios de um problema de produção de uma imperfeição das máquinas de erro humano ou qualquer outro evento com os subprodutos Mesmo que defeituo sos ou danificados os produtos jamais poderão ser considerados subprodutos tendo em vista que a sua receita é considerada operacional relacionada à ativi dade principal da empresa eles apenas serão ofertados no mercado por um valor menor em virtude de suas imperfeições EXERCÍCIO RESOLVIDO 1 A Confeitaria Gutamoc Ltda produz bolos para casamento No mês de janeiro20XX a empresa consumiu muitos ovos conforme registros Dia 02 compra de 50 dúzias pelo valor total de 15000 Dia 15 consumo de 40 dúzias Dia 18 compra de 20 dúzias a 320 a dúzia Dia 18 compra de 30 dúzias por 9660 Dia 24 consumo de 55 dúzias A empresa mantém inventário permanente nos estoques Além dos ovos outros ingredientes foram consumidos perfazendo 1478 Caso o estoque fosse contro lado pelo critério UEPS a empresa lucraria 141888 na venda de seus produtos Pedese para elaborar a ficha de controle de estoque e calcular o lucro bruto para cada um dos critérios de avaliação de estoque a UEPS b PEPS c Médio Ponderado CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 70 Resolução Tabela 13 a Ficha de estoque pelo critério UEPS Material Dúzia de Ovos Método UEPS Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 50 300 15000 50 300 15000 1501XX Requisição 1 40 300 12000 10 300 3000 1801XX Compra 20 320 6400 10 20 300 320 3000 6400 1801XX Compra 30 322 9660 10 20 30 300 320 322 3000 6400 9660 2401XX Requisição 2 30 20 5 322 320 300 9660 6400 1500 5 300 1500 Fonte a autora O lucro bruto pelo critério UEPS é 141888 Tabela 13 b Ficha de estoque pelo critério PEPS Material Dúzia de Ovos Método PEPS Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 50 300 15000 50 300 15000 1501XX Requisição 1 40 300 12000 10 300 3000 1801XX Compra 20 320 6400 10 20 300 320 3000 6400 1801XX Compra 30 322 9660 10 20 30 300 320 322 3000 6400 9660 2401XX Requisição 2 10 20 25 300 320 322 3000 6400 8050 5 322 1610 Fonte a autora Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 71 Como o lucro bruto é a diferença entre receita e custo então uma vez que é infor mado o lucro e o custo podemos calcular a receita facilmente Pelo UEPS o Custo dos Produtos Vendidos CPV corresponde a 177360 29560 de ovos e 1478 dos demais ingredientes Receita 319248 Custo dos produtos vendidos 177360 Lucro bruto 141888 Assim a receita do período foi de 319248 Portanto o lucro bruto pelo critério PEPS foi de 141998 conforme segue Receita 319248 Custo dos produtos vendidos 177250 Lucro bruto 141998 Tabela 13 c Ficha de controle de estoque pelo critério custo médio Material Dúzia de Ovos Método Custo Médio Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 0501XX Compra 50 300 15000 50 300 15000 1501XX Requisição 1 40 300 12000 10 300 3000 1801XX Compra 20 320 6400 30 31333 9400 1801XX Compra 30 322 9660 60 31766 19060 2401XX Requisição 2 55 31766 17472 5 31766 1589 Fonte a autora Receita 319248 Custo dos produtos vendidos 177272 Lucro bruto 141976 CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 72 CUSTO DA MÃO DE OBRA DIRETA A mão de obra desenvolvida particularmente nas atividades industriais pode ser classificada como mão de obra direta e mão de obra indireta Primeiramente abordarseá neste tópico apenas a mão de obra direta e posteriormente seguirá uma explanação da mão de obra indireta A mão de obra pode ser considerada como sendo os serviços prestados pelas pessoas físicas às pessoas jurídicas por meio do seu desempenho em atividades produtivas administrativas especialista analista assistência técnica e outras semelhantes relacionadas à produção Todas estas atividades são desenvolvidas de modo a propiciar que as empresas alcancem da melhor maneira possível o objetivo de sua existência obtenção de lucros por vendas de mercadorias pro dutos ou serviços MARTINS 2010 Custo do Material Direto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 73 No entanto para ser considerada mão de obra direta não basta apenas referirse a um serviço prestado na transformação de matériaprima em produtos acabados fazse necessário que a pessoa física atue diretamente na produção sendo possível ainda quantificar o tempo trabalhado por cada empregado nos produtos fabrica dos Como exemplo de mão de obra direta podemos citar o marceneiro encanador eletricista pintor soldador torneiro cortador montador costureiro etc Do conceito acima podemos constatar que em uma atividade industrial somente poderá ser considerada como mão de obra direta quando os serviços prestados estiverem intimamente relacionados com o processo produtivo ainda passíveis de identificação de quem executou a tarefa de mensuração do tempo despendido no desempenho da atividade na área produtiva em cada uma das unidades produzidas e também a atribuição de um valor monetário para todo o período de elaboração do produto sendo desnecessária qualquer forma de rateio ou estimativa para sua alocação Composição da mão de obra direta A legislação brasileira é bastante onerosa nas relações empregatícias assim a empresa não pode considerar apenas os salários como custo com mão de obra Os encargos trabalhistas e sociais também devem compor o custo da mão de obra direta dos produtos Alguns dos encargos incidentes sobre a folha de paga mento correspondem ao FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço INSS Instituto Nacional da Seguridade Social Além dos salários e encargos alguns benefícios concedidos aos empregados que compõem a base de cálculo dos encargos devem compor o custo da mão de obra direta das empresas A grande parte dos benefícios que devem incorpo rar os custos dos produtos estão previstos na CLT Convenção Legislativa do Trabalho como o adicional noturno férias terço constitucional de férias 13º salário adicional de insalubridade e horas extras outros são acordados nas CCT Convenções Coletivas do Trabalho como o anuênio e o adicional de produ tividade Existem alguns benefícios que são concedidos espontaneamente pela empresa como alimentação e material escolar esses também integram o custo da mão de obra direta CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 74 Do exposto até o momento podese constatar que o custo da mão de obra direta corresponde ao valor monetário do tempo empreendido na execução de atividade diretamente relacionada ao produto por uma determinada pes soa composto pelo salário pago proporcionalmente ao tempo na produção do produto acrescido de todos os benefícios concedidos obrigatoriamente ou espontaneamente pelo empregador e dos encargos trabalhistas existentes sobre a remuneração auferida pelo empregado CUSTO DA MÃO DE OBRA DIRETA Uma vez compreendido que a mão de obra direta corresponde ao trabalho efetu ado diretamente sobre as unidades produzidas ainda identificados os elementos que compõem o seu custo vamos apurar o valor do custo com mão de obra Os benefícios ofertados aos empregados normalmente variam dentre os vastos ramos de atividades existentes como adicional de insalubridade peri culosidade noturno Alguns adicionais e encargos no entanto são obrigatórios para toda e qualquer empresa por exemplo férias terço constitucional de férias décimo terceiro salário e FGTS Face ao grande percentual dos encargos sociais incidentes sobre a folha de pagamento dos empregados como os encargos previdenciários das indús trias que gira em torno de 268 a 288 da remuneração paga a sua inclusão nos custos da mão de obra direta é de fundamental importância para compor a base de cálculo do valor da hora unitária de produção Ressaltamos que o ele vado percentual de encargos obrigatórios onera o custo da folha de pagamento assim quanto maior for o valor da remuneração do empregado proporcional mente maiores serão também os encargos Um empregado pode ser remunerado por hora dia semana quinzenal ou mensal mas pelo regime de competência os custos devem ser considerados no período do efetivo trabalho Independente da forma da remuneração adotada pela Custo da Mão de Obra Direta Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 75 empresa a lei fixa uma jornada máxima mensal de trabalho de 44 horas sema nais correspondente a 220 horas mensais as excedentes a esse tempo devem ser consideradas como horas extras Para mensurar o custo da mão de obra direta de determinado produto primeiramente fazse necessário medir o tempo des tinado à atividade daquele produto EXEMPLO 8 Suponha que uma indústria tenha contratado um empre gado para desempenhar sua função no setor produtivo com remuneração de 100 por hora e jornada de 73333 horas por dia 220 horas mensais 30 dias 733333 horas pagamento mensal Tabela 14 Horas a disposição do empregador no ano 20XX DESCRIÇÃO CÁLCULO HORAS Horas do ano civil 365 dias x 73333h 26766545 Descanso semanal remunerado 48 dias x 73333h 3519984 Férias integrais 30 dias x 73333h 219999 Feriados 12 dias x 73333h 879996 Horas efetivamente laboradas 20166575 horas Fonte a autora Da tabela 14 constatase que das 26766545 horas remuneradas ao empregado o empregado efetivamente trabalhou na produção de bens apenas 7534246 correspondendo a 20166575 horas Agora resta apurar o custo destas horas que devem ser pagas ao empregado Tabela 15 Remuneração do empregado VERBAS TRABALHISTAS CÁLCULO CUSTO DA MOD Salários mensais 20166575 h x 10000hora 20166575 Descanso semanal remune rado 3519984 x 10000hora 3519984 Férias 219999 x 10000hora 2199990 Terço constitucional de férias 219999 x 10000hora 3 733333 Feriados 879996 x 10000hora 879960 13º Salário 219999 x 10000 2199990 Total da remuneração 29699832 Fonte a autora CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 76 Além do salário e dos benefícios auferidos pelo empregado os encargos sociais obrigatórios que devem ser recolhidos também acrescem os custos da mão de obra Os encargos incidem sobre o total da folha de pagamento oriunda dos salá rios e benefícios Considerando que o código de FPAS seja 507 as alíquotas dos encargos sociais são as seguintes Figura 3 Percentuais das contribuições de uma indústria CONTRIBUIÇÕES ALÍQUOTA Previdência social 200 Risco ambiental de trabalho 30 Salário educação 25 INCRA 02 SENAI 10 SESI 15 SEBRAE 06 Total dos encargos sociais 288 Fundo de garantia por tempo de serviço 80 Total dos encargos 368 Fonte a autora Portanto esse único empregado de uma indústria contratado custa para a empresa 29699832 de remuneração paga mais 10929538 de encargos sociais obri gatórios logo esse empregado custou para a empresa 40629370 Como o empregado trabalhou 20166575 horas o valor correto do custo por hora é de aproximadamente 20147 40629370 20166575 horas e não o valor de 10000 por hora como contratado inicialmente Se por exemplo há apenas um empregado trabalhando em uma única máquina para produzir um único produto todo o salário e encargos provenien tes do trabalho desse empregado são considerados custo de mão de obra direta Por outro lado se houver um único empregado e uma única máquina produ zindo diversos produtos para mensurar a mão de obra e considerála direta é preciso medir quanto tempo de serviço foi gasto em cada um dos produtos Por fim na hipótese da não mensuração desse tempo por unidade a mão de obra deve ser considerada como indireta Custo da Mão de Obra Direta Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 77 MÃO DE OBRA INDIRETA E OCIOSIDADE O tempo utilizado pelos empregados que trabalham diretamente na produção do produto transformação da matériaprima em produto acabado é considerado cus tos de mão de obra direta No dia a dia da empresa um empregado contratado para trabalhar 44 horas semanais dificilmente desenvolve atividades efetivamente pro dutivas durante todas essas horas Falta de matériaprima limpeza e manutenção das máquinas paradas para cafés e desligamentos de energia elétrica são alguns dos exemplos de tempo não utilizados efetivamente na produção Essas horas ociosas podem ser consideradas como mão de obra direta ou mão de obra indi reta a ser alocada ao produto por meio de alguma forma de rateio ou estimativa Suponha que em um determinado mês uma indústria de móveis tenha contratado um empregado para desenvolver atividade na linha de produção com remuneração de 1000 mensais mais encargos sociais de 373 para uma jornada de 168 horas mensais 8 horas x 21 dias portanto o custo da hora tra balhada é de aproximadamente 817 1373 168 horas Decorrido o mês o departamento de contabilidade recebeu um formulário no qual constata que este funcionário trabalhou 100 horas fabricando guardaroupa e 50 horas fabricando cama Assim o custo da mão de obra desse empregado associado à produção dos bens é a seguinte Tabela 16 O custo da mão de obra dos produtos DESCRIÇÃO HORAS VALOR Mão de obra Direta guarda roupa 100 817 26 Mão de obra Direta cama 50 40863 Mão de obra Direta total do empregado 150 122589 Ociosidade 18 14711 Total da mão de obra salário mais encargos 168 137300 Fonte a autora CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 78 Do exposto na tabela acima verificase que dos 137300 que representa o custo total com mão de obra pago a um empregado do setor produtivo apenas 122589 pode ser considerado como mão de obra direta alocado diretamente ao custo do produto e o restante no valor de 14711 deve ser considerado como mão de obra indireta e a sua apropriação ao produto é feita por rateio ou estimativa Para alguns autores quando há necessidade de um tempo considerado indispensável para a produção de determinado produto por exemplo o setup da máquina o custo desse tempo pode ser alocado como custo de mão de obra direta mesmo que ainda não esteja ocorrendo a efetiva produção do bem Assim os custos com salários encargos e benefícios da produção são consi derados custos com mão de obra direta quando corresponder aos funcionários que trabalham diretamente com a fabricação de produtos Ainda os custos dos funcionários que trabalham na produção mas não diretamente com a fabricação são considerados custos de mão de obra indireta como o pessoal do almoxari fado do controle chefe de produção supervisor de produção A mão de obra dos setores administrativos vendas financeiros será considerada como despesa do período demonstrada diretamente no resultado do exercício Em uma indústria todo valor passível de identificação ao produto é deno minado custo direto Em empresas comerciais industriais ou prestadora de serviços não é diferente Além dos custos diretos com matériaprima na pres tação de serviços podem existir materiais imprescindíveis para que o serviço seja realizado Por não sofrerem nenhuma modificação no decorrer do pro cesso são conhecidos na literatura como materiais acessórios ou secundários Para os custos de difícil identificação é dado o nome de indiretos Na pres tação de serviços de pinturas automotivas por exemplo esses valores são o ponto focal da pesquisa pois é a partir desse tipo de custo que é feita a análise e a sugestão do método de rateio Fonte Eckert 2014 online1 Custo da Mão de Obra Direta Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 79 EXERCÍCIO RESOLVIDO 2 A empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda possui um empregado horista que trabalha em regime de semana não inglesa isto é trabalhando seis dias por semana Considere os seguintes dados relativos a esse funcionário Salário 12 por hora Jornada semanal 42 horas Média de 4 faltas justificadas por ano 13 feriados no ano não coincidentes com férias nem repousos semanais Suponha que sobre a remuneração total a empresa contribui com 20 para o INSS 8 para o FGTS 5 para entidades como INCRA SESI SENAI etc 3 para risco de acidente de trabalho Pedese calcular a o número médio de horas que o empregado fica à disposição da empresa por ano b o custo total do empregado para a empresa por ano c o custo médio de cada hora que o empregado fica à disposição da empresa Resolução a Número médio de horas anual à disposição do empregador Apurar a jornada diária de trabalho 42 horas semanais 6 dias 7 horas por dia Ou 42 horas por semana x 5 semanas 30 dias 7 horas por dia Apurar o tempo anual disponível de cada empregado na execução de atividades CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 80 Tabela 17 Apuração do tempo disponível ao empregador DESCRIÇÃO CÁLCULO HORAS Horas do ano civil 365 dias x 7 h 2555 48 Domingos 48 dias x 7 h 336 30 Dias de férias 30 dias x 7 h 210 13 Feriados 13 dias x 7 h 91 4 Faltas 4 dias x 7 h 28 Horas efetivamente laboradas 1890 horas Fonte a autora Assim o empregado fica disponível 1876 horas por ano b Custo anual do empregado Tabela 18 Custo anual com mão de obra VERBAS TRABALHISTAS CÁLCULO MOD Salários mensais 1890 h x 12hora 22680 Domingos 336 h x 12hora 4032 Férias 210 h x 12hora 2520 Terço constitucional de férias 210 x 12hora 3 840 Feriados 91 x 12hora 1092 Falta 28 h x 12hora 336 13º Salário 210 x 12hora 2520 Total da remuneração 34020 Fonte a autora Custo da Mão de Obra Direta Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 81 Tabela 19 Custo médio de cada hora Remuneração anual 34020 Encargos sociais 36 x 34020 1224720 Custo anual 4626720 Custo por hora 5734848 1890 horas 2448 Fonte a autora O custo de mão de obra de uma hora corresponde a 2448 Caro alunoa nesta unidade você percebeu a relevância dos custos diretos na composição do custo dos produtos e serviços Os custos diretos de mate riais são transformados em produtos com a aplicação de mão de obra Muito embora você tenha apurado os custos diretos é preciso alocar os custos indi retos A partir da próxima unidade você poderá agregar aos produtos os custos indiretos de produção Enquanto os custos de transformações são os custos incorridos para trans formar a matériaprima mão de obra e custos indiretos em produto o custo primário corresponde apenas aos custos com matériaprima e mão de obra direta Cada termo tem um conceito específico em contabilidade desco nhecer os conceitos implica em não compreender as informações geradas pela contabilidade de custos Fonte a autora CUSTOS DIRETOS MATERIAL E MÃO DE OBRA Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 II U N I D A D E 82 CONSIDERAÇÕES FINAIS A contabilidade de custos tem se tornado relevante em todas as empresas nos dias atuais por envolver aspectos relacionados aos crescentes gastos aos problemas de financiamento desses gastos e a má aplicação de métodos de apuração de custos Conhecer o custo de cada serviço o valor de cada atividades que compõe os produtos tornase um diferencial competitivo da empresa em seu mercado O conhecimento real dos custos ocorridos pode trazer aos administradores infor mações operacionais valiosas para a administração dos serviços prestados O conhecimento dos elementos de custos possibilita apurar com mais precisão os custos de seus serviços determinar a eficiência e a eficácia das atividades executadas Muito embora a terminologia seja a mesma a composição dos custos comer ciais diverge dos custos industriais e das prestadoras de serviços O custo de uma empresa que comercializa medicamentos corresponde ao valor de aquisi ção da mercadoria acrescido dos gastos necessários para colocálo em condição de venda deduzindo os tributos recuperáveis Por outro lado o custo desse mesmo medicamento é bem diferente para a empresa que fabrica o produto A indústria compra materiais contrata empre gados e ainda tem gastos de produção energia elétrica seguro depreciação de máquinas etc Assim o custo do produto medicamento para um empresa que industrializa móveis medicamento louças correspondem ao custo líquido dos materiais mais os gastos de transformação Os custos diretos abordados nesta unidade materiais e mão de obra são gastos quantificáveis passíveis de serem alocados diretamente aos produtos de acordo com a sua medida de consumo Resumidamente a contabilidade de custo é uma importante área de análise para as empresas tendo em vista que o conhecimento e controle dos elementos diretos que compõem o custo do produto material e mão de obra direta auxi liam os gestores no processo decisório quanto a compras consumo e resultado 83 1 A fábrica de chocolate Leite Quente Ltda controla os estoques pelo Inventário Periódico Os dados obtidos no período foram 52000 Compra de mercadorias 98000 Venda de mercadorias 18000 Estoques iniciais 22000 Custos das mercadorias vendidas 10000 Devoluções de compras 5000 Fretes sobre compras Pedese a Diferencie o inventário periódico do inventário permanente b Qual é o estoque final 2 A empresa Gutamoc Indústria e Comércio Ltda produz guardaroupas No mês de fevereiro a empresa consumiu madeira na produção conforme movimenta ção registrada abaixo Dia 02 Compra de 80 metros de madeira pelo valor de 5000 o metro Dia 18 Compra de 20 metros de madeira pelo valor de 5500 o metro Dia 18 Consumo de 60 metros de madeira Dia 24 Compra de 30 metros de madeira pelo valor de 6000 o metro Dia 26 Consumo de 40 metros de madeira A empresa mantém inventário permanente nos estoques Além da madeira houve custos com mão de obra energia depreciações tintas etc perfazendo 3500 Caso o estoque fosse controlado pelo critério PEPS a empresa lucraria 4000 na venda de seus produtos no período Pedese para elaborar a ficha de controle de estoque e calcular o lucro bruto para cada um dos critérios de avaliação de estoque a PEPS b UEPS c Médio Ponderado d Faça um quadro comparativo dos custos apurados nas letras a b e c acima 84 3 A empresa Jobim Gal Ltda mantém um controle de estoque pelo inventário permanente Independente do critério de estoque que está empresa esteja utili zando qual o valor que não se altera Preço de venda Custo do produto vendido Custo do estoque final Preço de compra Preço de sucata 4 Em determinado período a empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda produziu camas e guardaroupas para tanto adquiriu 300 metros de ma deira por 16500 nesse valor está incluso 18 de ICMS recuperável e 10 litros de tinta por 120 o litro Esses materiais foram totalmente requisitados para a produção no período consumidos Sabendo que Durante o corte da madeira há uma perda normal de 2 As sobras de serra gem têm preço e mercado certos sendo vendidas por 100 Durante a pintura há uma perda normal 5 de tinta Pedese Calcular o valor total do custo de materiais considerado nos pro dutos MÃO DE OBRA DIRETA 5 A empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda possui um empre gado mensalista jornada de 220 horas mensais que optou pelo abono pecuniá rio de férias vendeu 13 das férias Salário mensal 2500 Suponha que sobre a remuneração total a empresa contribui com 20 para o INSS 8 para o FGTS 2 para entidades como SESI SENAI etc 3 para RAT Risco de Acidente de Trabalho Pedese calcular O custo total anual do empregado 85 6 A empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda possui um empre gado contratado por 25 a hora para uma jornada de trabalho de 30 horas se manais segunda a sexta Suponha que sobre a remuneração total a empresa contribui com 20 para o INSS 8 para o FGTS 58 para entidades como SESI SENAI etc 1 para RAT Risco de Acidente de Trabalho Pedese calcular O custo total anual do empregado 7 Analisando as contas do livro razão da empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis na data do dia 31 de fevereiro de 20XX obtemos os seguintes dados Materiais Diretos Produto A 80000 Produto B 50000 Produto C 10000 Mão de obra Direta Salários e Ordenados 80000 Encargos Sociais 12000 Pedese a O mapa de apontamento de mão de obra sabendo que do tempo de pro dução 20 foram com o Produto C 30 com o Produto B e o restante com o Produto A Qual o custo de mão de obra direta de cada produto b Qual o custo direto de cada produto 86 Como calcular o custo da mão de obra direta Respondido por Ana Paula Paulino da Costa especialista em finanças O primeiro passo é identificar a mão de obra direta com a unidade do serviço ou do produto a ser vendido e não deve ser confundida com aqueles que trabalham em ativi dades de venda e administrativas No Brasil em função da legislação trabalhista não há possibilidade de se contratar por hora ou por produção Assim mesmo o pessoal que pode ser diretamente identificado com cada unidade do produto não representa um custo variável mas sim fixo que exis tirá produzindo ou não O custo compreende não somente os salários mas todos os encargos como INSS FGTS e férias Além de benefícios legais como assistência médica vale transporte e os adicio nais como previdência complementar seguro de vida especial Apesar desta restrição de contratação podese usar esse custo para obter maior contro le da produtividade e da ociosidade Para isso dividese o custo total da mão de obra direta pelas horas disponíveis para o trabalho dentro de um período descontando ho ras de descanso e férias Essa fração representa o quanto custa cada hora Se em uma hora você produz 20 uni dades a soma do custohora de todos os funcionários que trabalharam na produção representa o custo de pessoal de 20 unidades Dividindo por 20 temse o custo unitário relativo ao pessoal Isso ajudará nas seguintes atividades 1 Controle da ociosidade Para isso é preciso realizar o apontamento das horas trabalhadas Multiplicandose aquele custohora pelas horas trabalhadas no mês você terá o quanto da sua folha com mão de obra direta foi apropriada na produção 87 A diferença entre esse custo total calculado e a folha efetivamente paga para essas pes soas é o quanto se gasta com a falta de produção ou seja com a ociosidade Por que é importante saber isso Se a ociosidade é fruto de uma folga prevista para crescimento ou para atender picos de demanda não há com que se preocupar Se a ociosidade for fruto de desperdício de tempo entre uma atividade e outra de para das para manutenção não previstas ausência de trabalhadores falta de matériaprima ou até falta de venda então isso pode te ajudar a monitorar esses problemas e resolvê los Essa ociosidade não prevista leva seu lucro embora 2 Cálculo do preço de venda O preço unitário deve pagar no mínimo o custo unitário de matériaprima embalagens e da mão de obra direta sob condições de eficiência Se o preço de mercado estiver abaixo deste custo pode haver por exemplo desperdícios de insumos por falta de trei namento da mão de obra ou por má qualidade das matériasprimas havendo ou não ociosidade Cuidado O preço não deve embutir nem sua ineficiência nem sua ociosidade não pla nejada sob o risco de perder a venda para o concorrente Finalmente horas extras decorrem de um planejamento de produção Uma determina da ordem de serviço ou produção não deve ser onerada porque foi realizada justamente na hora extra O mercado pode não aceitar pagar mais por isso Se não há espaços para preços maio res horas extras e todos os demais custos indiretos de produção de vendas e do admi nistrativo podem ser pagos por um volume maior vendido Fonte Lam 2015 httpexameabrilcombrpmecomocalcularocustodamaodeobradireta MATERIAL COMPLEMENTAR Contabilidade de Custos para não Contadores 2000 Luis Martins de Oliveira e José Hernandez Perez Junior Editora Atlas Sinopse a contabilidade de custos é responsável pelo controle e gerenciamento das atividades produtivas dos bens e serviços bem como pela geração de informações para subsidiar as tomadas de decisões gerenciais e estratégicas Para administrar com eficiência e eficácia uma empresa uma divisão de negócios ou um departamento conhecer contabilidade é tão importante quanto o domínio ou outras áreas como tecnologia de informações finanças marketing produção recursos humanos Esse livro foi elaborado levando em consideração as necessidades específicas dos usuários de contabilidade não contadores Nesse sentido evita termos e conceitos excessivamente técnicos da Ciência da Contabilidade e procura simplificar algumas idéias e metodologias para apuração controle análise e gestão dos custos Compreender o custo de produção é uma importante ferramenta de decisão O vídeo sugerido exemplifica o custo de produção em uma história divertida da Fábrica de Queijos Acesse e confira httpwwwyoutubecomwatchv8FqgdSFPZcw REFERÊNCIAS BRASIL Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Lei n 6404 de 15 de dezembro de 1976 Dispõe sobre as sociedades por ações Dis ponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03leisL6404consolhtm Acesso em 26 abr 2017 MARTINS et al Manual de contabilidade societária São Paulo Atlas 2013 MARTINS Eliseu Contabilidade de custos 10 ed São Paulo Atlas 2010 RIBEIRO Osni Moura Contabilidade de custos São Paulo Saraiva 2011 REFERÊNCIAS ONLINE 1 Em httpwwwrevistaufpebrricontabeisindexphpcontabeisarticleviewFi le445359 Acesso em 27 abr 2017 89 GABARITO Material direto 1 a Inventário periódico é um inventário realizado de período em período con siste em levantar o consumo dos materiais venda ou uso somente no final de um período No inventário periódico os materiais são controlados na ficha de controle de estoque de forma contínua Todas as compras vendas ou requisi ções são controladas individualmente b 18000 Estoque inicial 52000 compra de mercadorias 5000 Frete sobre compras 10000 Devolução de compras 43000 Estoque final 22000 Custo das mercadorias vendidas 2 a Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 2 Compra 80 50 4000 80 50 4000 18 Compra 20 55 1100 80 50 4000 20 55 1100 18 Consumo 60 50 3000 20 50 1000 20 55 1100 24 Compra 30 60 1800 20 50 1000 20 55 1100 30 60 1800 26 Consumo 20 50 1000 30 60 1800 20 55 1100 GABARITO 91 b Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 2 Compra 80 50 4000 80 50 4000 18 Compra 20 55 1100 80 50 4000 20 55 1100 18 Consumo 20 55 1100 40 50 2000 40 50 2000 24 Compra 30 60 1800 40 50 2000 30 60 1800 26 Consumo 30 60 1800 30 50 1500 10 50 500 c Data Histórico Entrada Saída Saldo Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 2 Compra 80 50 4000 80 50 4000 18 Compra 20 55 1100 100 51 5100 18 Consumo 60 51 3060 40 51 2040 24 Compra 30 60 1800 70 54857 3840 26 Consumo 40 54857 21943 30 54857 16457 d PEPS UEPS MÉDIA Custo 300000 310000 306000 Custo 210000 230000 219429 Custo direto 510000 540000 525429 Custo Lnd 350000 350000 350000 Lucro 400000 370000 384571 Venda 1260000 1260000 1260000 GABARITO 3 Preço de venda 4 Madeira 1650000 ICMS 297000 Tinta 1200 Serragem 10000 Como subproduto Tinta Perda de produção considerada custo Custo Material 1344200 Mão de obra direta 5 Horas a disposição do empregador no ano Descrição Cálculo Horas Horas do ano civil 365 dias x 73333h 26766545 Descanso semanal remunerado 48 dias x 73333h 3519984 Férias integrais 30 dias x 73333h 219999 Feriados 0 dias x 73333h Horas efetivamente laboradas 210465 horas Obs Por não constar do enunciado e também para facilitar a compreensão não foram considerados feriados Remuneração diária 2500 220 113636 por hora Verbas trabalhistas Cálculo MOD Salários mensais 21046571 h x 113636 2391648 Domingos 3519984 h x 113636 399997 Férias 219999 h x 113636 249998 Terço constitucional de férias 219999 x 113636 3 83333 Feriados x 113636 13º Salário 219999 x 113636 249998 Total da remuneração 3374974 GABARITO 93 Encargos de 33 portanto custo anual sobe para 4488715 Abono pecuniário de férias de 111110 10 dias de férias terço constitucional de 111110 Portanto custo anual de 4599825 6 30 horas x 5 semanas 30 dias 5horas Descrição Cálculo Horas Horas do ano civil 365 dias x 6h 1825 Descanso semanal remunerado 48 dias x 5h 240 Férias integrais 30 dias x 5h 150 Horas efetivamente laboradas 1435 horas Obs Por não constar do enunciado e também para facilitar a compreensão não foram considerados feriados Domingos 5h x 48 dias 240h Férias 5h x 30 dias 150h 13 férias 150h 3 50h 13º salário 5h x 30 dias 150h Verbas trabalhistas Cálculo MOD Salários mensais 1435 h x 25 35875 Domingos 240h x 25 6000 Férias 150h x 25 3750 Terço constitucional de férias 50h x 25 1250 13º Salário 150h x 25 3750 Total da remuneração 50625 Encargos 50625 x 348 1761750 Custo total anual 6824250 Custo anual por hora 6824250 1435 horas 4756 UNIDADE III Professora Me Juliana Moraes da Silva CUSTOS INDIRETOS Objetivos de Aprendizagem Alocar custos indiretos aos produtos Compor o custo dos produtos acabados Distribuir os custos indiretos aos departamentos do setor fabril Plano de Estudo A seguir apresentamse os tópicos que você estudará nesta unidade Custos indiretos de produção Apuração do custo do produto Departamentalização INTRODUÇÃO A tarefa de apurar um custo não é um problema de fácil resolução pois exige a apuração de todos os recursos consumidos pela empresa e sua distribuição pelos produtos fabricados Ao considerar a complexidade dos recursos aplica dos pela empresa a existência de consumos indiretos para suporte à produção entre outros percebese que essa ação não é simples Na unidade anterior vimos os custos diretos com material e mão de obra cuja característica é a possibilidade de mensuração da quantidade aplicada desse elemento de custo em cada uma das unidades produzidas Ocorre que nem todos os custos podem ser facilmente quantificados ou mensurados em cada uma das unidades produzidas Na unidade I conhecemos os custos que não podem ser quantificados diretamente em cada produto os custos indiretos Nesta unidade III vamos avançar no conhecimento e compreender como os custos indiretos de produção são apurados e como podem ser alocados aos produtos Com a evolução da tecnologia e das práticas de inovação dos produ tos e processos os custos indiretos têm se tornado cada vez mais predominantes e os custos diretos menos significativos São custos indiretos todos aqueles que não estão diretamente relacionados com o produto ou serviço São alocados aos procedimentos por meio de estimativas rateios ou rastreamentos A alocação dos custos indiretos aos produtos se dá por métodos de custeio Os exemplos mais comuns são água energia elétrica seguros aluguéis depreciações impostos mão de obra indireta etc Com a evolução da tec nologia e das práticas de inovação dos produtos e processos os custos indiretos tem se tornado cada vez mais predominantes e os custos diretos menos significativos Conhecer a composição dos custos indiretos e as formas com que esses cus tos podem ser alocados aos produtos possibilita a apuração do custo total do produto Ainda a compreensão do custo total viabiliza a apuração do resultado do produto lucro ou prejuízo Com o objetivo de controlar os custos indiretos a contabilidade de custos utiliza o processo de departamentalização como método para acompanhar e con trolar essa alocação de custos indiretos aos produtos Nesta unidade vamos apurar os custos indiretos e como eles podem ser alocados indiretamente ao produto Introdução Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 99 CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 100 CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO Os custos indiretos correspondem a um dos itens de maior importância para apu ração dos custos de muitas organizações na atualidade Os avanços tecnológicos das máquinas industriais têm contribu ído significativamente para a redução dos custos com mão de obra a competitivi dade acirrada entre empresas favorece uma estagnação dos custos com matérias primas assim os custos indiretos têm se tornado o elemento de maior controle e planejamento Como exemplos de cus tos indiretos temse as linha lixa cola Todos os gastos identificados no pro cesso produtivo indispensáveis para a produção dos bens ou serviços prestados impossibilitados de serem alocados dire tamente aos produtos recebem o nome de custos indiretos MARTINS 2010 Custos Indiretos de Produção Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 101 Assim os custos indiretos de produção são aqueles gastos que estão vincula dos a um processo produtivo mas que não podem ser identificados diretamente em cada uma das unidades produzidas sendo necessário alocálos aos produ tos por meio de algum critério de rateio ou estimativa VICECONTI NEVES 2013 COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO O conjunto de todos os custos indiretos é chamado de CIP Custos Indiretos de Produção correspondem aos custos alocados aos produtos por rateio ou estimativa Alguns exemplos de custos indiretos são mão de obra indireta materiais indiretos depreciação das máquinas seguro do setor fabril energia elétrica da fábrica aluguel da fábrica manutenção das máquinas industriais e outros custos relacionados aos departamentos produtivos e serviços auxi liares da produção O custo da mão de obra indireta corresponde ao custo do trabalho de uma pessoa física realizado nos departamentos de serviço e produção mas nos quais a pessoa não tem nenhum contato com o produto ou seja não trabalha diretamente na fabricação dos produtos Podemos citar as pessoas responsáveis pela manu tenção das máquinas e supervisão de produção O custo da mão de obra indireta é composto dos salários pagos benefícios espontâneos e obrigatórios bem como os encargos sociais incidentes sobre a folha de pagamento MARTINS 2010 Os materiais indiretos correspondem àqueles materiais consumidos no pro cesso de fabricação do produto mas que por terem uma participação menor nos custos ou por ser inviável a quantificação direta consumida em cada uma das unidades produzidas do produto são considerados como materiais indiretos RIBEIRO 2011 Por exemplo o verniz para a fabricação de móveis e a linha para a empresa de confecções Os cálculos dos custos dos materiais indiretos devem ser apurados da mesma forma que os materiais diretos ou seja os impos tos recuperáveis devem ser excluídos do custo do produto CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 102 Alocação de custos indiretos de produção aos produtos A alocação dos custos indiretos é um problema nas organizações A grande difi culdade consiste em identificar uma forma apropriada para transferir os custos ocorridos durante o processo produtivo aos produtos processados Os custos indiretos são alocados aos produtos por meio de estimativa ou de um método de alocação de custos denominado de rateio ATKINSON ET AL 2000 Ocorre que raramente essa alocação segue critérios totalmente certos ou erra dos principalmente pelo fato de que quase sempre há uma influência subjetiva para tais alocações Os custos devem ser apropriados para satisfazer diferentes objetivos como fornecer informações para as decisões econômicas justificar os custos dos produtos ou serviços mensurar lucros e para atender a esses obje tivos podese estabelecer critérios diversificados no entanto a empresa deve primar pela utilização de dados reais ocorridos durante o processo produtivo Suponha que uma indústria de móveis produza guardaroupas camas e cômodas Segue uma forma de alocação dos custos indiretos Tabela 1 Dados fornecidos pela empresa DESCRIÇÃO GUARDAROUPAS CAMAS CÔMODAS TOTAL Material direto 9500 10500 12000 32000 Mão de obra direta 800 900 1300 3000 Energia elétrica direta 100 110 200 410 Custos diretos 10400 11510 13500 35410 Unidades produzidas 250 750 4000 5000 Horasmáquinas 125 370 740 1235 Fonte a autora Além dos dados acima a empresa também fornece as descrições e os valores de alguns custos indiretos incorridos no período conforme segue Custos Indiretos de Produção Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 103 Tabela 2 Custos indiretos do período DESCRIÇÃO VALOR Materiais indiretos 2000 Mãodeobra indireta 14000 Energia elétrica indireta 100 Aluguel industrial 3000 Depreciação das máquinas 5000 Total 24100 Fonte a autora Os custos indiretos podem ser alocados aos produtos por meio de rateio Assim para proceder a apropriação primeiramente se apura as proporções de cada um dos dados fornecidos pela empresa Essas proporções podem ser apuradas facil mente pela regra de três simples Tabela 3 Proporções dos dados fornecidos pela empresa PROPORÇÕES GUARDAROUPAS CAMAS CÔMODA TOTAL Material direto 297 328 375 100 Mão de obra direta 267 30 433 100 Energia elétrica direta 244 268 488 100 Custos diretos 294 325 381 100 Unidades produzidas 5 15 80 100 Horasmáquinas 10 30 60 100 Fonte a autora Uma vez levantados os dados da empresa e identificado todas as proporções devese escolher um critério de rateio para os custos indiretos Considerando que o administrador da produção solicite um relatório acerca dos custos dos produtos talvez o melhor critério para alocação pudesse levar em considera ção a mão de obra direta CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 104 Desta forma os custos indiretos podem ser apropriados aos produtos utili zando diversos parâmetros considerese nesse caso a utilização nas proporções da mão de obra direta ou seja os guardaroupas as camas e as cômodas recebe rão 267 30 e 433 dos custos indiretos respectivamente Para alocação com base na mão de obra direta os custos unitários dos produtos seriam os seguintes Tabela 4 Alocação dos custos indiretos com base na mãodeobra direta DESCRIÇÃO GUARDAROUPAS CAMAS CÔMODA TOTAL Material direto 9500 10500 12000 32000 Mãodeobra direta 800 900 1300 3000 Energia elétrica direta 100 110 200 410 Custos diretos 10400 11510 13500 35410 MOD Rateio 267 30 433 100 Custos indiretos 643470 7230 1043530 24100 Custo total 1683470 18740 2393530 59510 Unidades produzidas 250 750 4000 5000 Custo unitário 673388 2498667 5983825 Fonte a autora Por outro lado se o critério de alocação tomar por base no número de unidades pro duzidas os valores unitários dos produtos vão ser divergentes dos acima encontrados Tabela 5 Alocação dos custos indiretos com base no número de unidades produzidas DESCRIÇÃO GUARDAROUPAS CAMAS CÔMODA TOTAL Material direto 9500 10500 12000 32000 Mãodeobra direta 800 900 1300 3000 Energia elétrica direta 100 110 20000 41000 Custos diretos 10400 11510 13500 35410 Unid produzidas Rateio 5 15 80 100 Custos indiretos 1205 3615 19280 24100 Custo total 11605 15125 32780 59510 Unidades produzidas 250 750 4000 5000 Custo unitário 4642 2016667 8195 Fonte a autora Custos Indiretos de Produção Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 105 Percebese que há variação nos custos unitários obtidos em consequência de diferentes métodos de alocação dos custos Por este motivo recomendase uma criteriosa análise dos critérios de alocação em função dos objetivos pre tendidos pela empresa Os custos indiretos não possuem nenhum relacionamento direto com os produtos industrializados mas sim com o processo produtivo assim como anteriormente abordado em qualquer critério de rateio ou estimativa aplicada sempre haverá uma margem de dúvidas acerca dos resultados obtidos No entanto a escolha do melhor método e a utilização de dados reais ocorridos durante o processo produtivo contribuem para apuração de um resultado mais favorável ao destino da informação que o usuário pretende utilizar EXERCÍCIO RESOLVIDO 1 A empresa Rols produz ralos de dois tama nhos O volume de produção e de vendas é de cerca de 10000 unidades do Ralo Grande e 6000 unidades do Ralo Pequeno por período e os Custos Indiretos de Produção CIP totalizam 200000 Os custos diretos do período foram apura dos por requisições e mapas de apontamentos conforme segue Tabela 6 Custos diretos unitários Descrição R Grande R Pequeno Material direto 8 4 Mão de obra direta 4 3 Fonte a autora Pedese a Calcular o valor dos Custos Indiretos de Produção CIP de cada produto utilizando o custo de mão de obra direta como base de rateio b Calcular o valor dos Custos Indiretos de Produção CIP de cada produto utilizando o custo de material direto como base de rateio Resolução a Custos indiretos de produção utilizando a mão de obra direta como base de rateio CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 106 O custo indireto total do período foi de 200000 portanto o rateio deve ser realizado com base no custo total de mão de obra direta e não com base na mão de obra de uma unidade de cada produto Tabela 7 Rateio do custo indireto pela MOD Descrição MOD total CIP R Grande 40000 6897 137940 R Pequeno 18000 3103 62060 Total 58000 100 200000 Fonte a autora 58000 X 40000 x 100 58000 X 18000 x 100 X 4000000 58000 X 1800000 58000 X 06897 X 03103 X 6897 X 3103 O custo indireto do R Grande é de 137940 20000 x 6897 O custo indireto do R Pequeno é de 62060 200000 x 3103 Tabela 8 b Custos indiretos de produção utilizando o material direto como base de rateio Descrição MD Unitário Volume de produção MD total R Grande 8 10000 unid 80000 R Pequeno 4 6000 unid 24000 Total 16000 unid 104000 Fonte a autora Tabela 9 Rateio dos custos indiretos pelo material direto Descrição MD total CIP R Grande 80000 7692 153840 R Pequeno 24000 2308 46160 Total 104000 100 200000 Fonte a autora O custo indireto do R Grande é de 153840 20000 x 7692 O custo indireto do R Pequeno é de 46160 200000 x 2308 Custos Indiretos de Produção Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 107 EXERCÍCIO RESOLVIDO 2 A Confeitaria Gutamoc produz bolos para casamento No mês de janeiro20XX a empresa fez 70 bolos de chocolate e 60 bolos de morango Os dados relativos a sua produção do período são os seguintes Os equipamentos de fabricação utilizados na produção custaram 2160 e sua vida útil são estimadas em 10 anos A fatura de energia elétrica da produção custou 300 Para assar os bolos de chocolate e morango foram consumidas 11 h e 1 h de forno elétrico respectivamente para cada unidade Pedese Calcular o valor dos custos indiretos de produção CIP para cada um dos bolos fabricados rateando com base no tempo de forno Resolução Primeiramente fazse necessário apurar o custo indireto com depreciação depre ciação linear 2160 10 anos 216 de depreciação por ano 216 por ano 12 meses 18 de depreciação por mês Assim os custos indiretos do período foram de 318 Podemos ratear os custos indiretos por uma regra de três simples Tabela 10 Tempo total de produção Bolo de chocolate 11 h x 70 unid 77 horas Bolo de morango 10 h x 60 unid 60 horas Total 137 horas Fonte a autora 137 horas 318 137 horas 318 77 horas X 60 horas X 137 X 77 x 318 137 X 60 x 318 X 24486 137 X 19080 137 X 178729927 X 139270073 CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 108 O custo indireto total dos bolos de chocolate foi 1787299927 como foram pro duzidos 70 unidades então temos que o custo indireto unitário é de 2553284 17872992 70 O custo indireto total dos bolos de morango foi 139270073 como foram pro duzidos 60 unidades então temos que o custo indireto unitário é de 2321167883 139270073 60 APURAÇÃO DO CUSTO DO PRODUTO Neste livro nós apresentamos várias formas de apurar os cus tos dos produtos A primeira delas corresponderá a alocação dos materiais diretos mão de obra direta e custos indiretos aos pro dutos fabricados Esta forma de apuração de custo é chamada de Custeio por Absorção O custo total dos produtos será apurado após o cumprimento das seguintes etapas 1ª Etapa Levantamento das despesas 2ª Etapa Levantamento e separação dos custos diretos e indiretos 3ª Etapa Alocação dos custos diretos 4ª Etapa Alocação dos custos indiretos 5ª Etapa Levantamento do custo total Apuração do Custo do Produto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 109 Vamos exemplificar utilizando a empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda No período de janeiro de 20XX ocorreram os seguintes gastos Comissão de Vendedores 2000 Depreciação de Máquinas Industriais 350 Depreciação de Veículos 250 Despesas Bancárias 100 Energia Elétrica da Administração 500 Energia Elétrica da Fábrica iluminação da fábrica 1500 Energia Elétrica da Fábrica medidor por máquina 4000 Fatura de Telefone 600 Frete de Entrega 1000 Honorários da Diretoria 2200 Madeira Consumida 50000 Manutenção das Máquinas Industriais 320 Material de Limpeza da Administração 150 Outros Materiais Consumidos 700 Puxadores Consumidos 612 Salários e Encargos da Administração 6000 Salários e Encargos dos Operários 15000 Salários e Encargos dos Supervisores de Produção 5000 Tarifa de Água 300 Verniz Consumido 200 a 1ª Etapa Levantamento das despesas As despesas não fazem parte do custo do produto correspondem aos gastos realizados no período classificadas como Contas de Resultado As despesas reduzem o patrimônio portanto são lançadas em contrapartida com a conta Resultado do Exercício CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 110 As despesas são evidenciadas na DRE Demonstração do Resultado do Exercício Despesas de Vendas Comissão de Vendedores 2000 Depreciação de Veículos 250 Frete de Entrega 1000 Despesas Financeiras Despesas Bancárias 100 Despesas Administrativas Energia Elétrica da Administração 500 Fatura de Telefone 600 Honorários da Diretoria 2200 Material de Limpeza da Administração 150 Salários e Encargos da Administração 6000 Tarifa de Água 300 b 2ª Etapa Levantamento e separação dos custos diretos e indiretos Os custos correspondem aos gastos consumidos no processo produtivo são incorporados nos produtos Nessa etapa precisamos identificar os gastos que correspondem aos custos e separálos em custos de materiais diretos mão de obra direta e custos indiretos Custos Diretos Materiais Diretos Madeira Consumida 50000 Puxadores Consumidos 612 Apuração do Custo do Produto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 111 Mão de obra Direta Salários e Encargos dos Operários 15000 Outros Custos Diretos Energia Elétrica da Fábrica medidor por máquina 4000 Custos Indiretos Depreciação de Máquinas Industriais 350 Energia Elétrica da Fábrica iluminação da fábrica 1500 Manutenção das Máquinas Industriais 320 Outros Materiais Consumidos 700 Salários e Encargos dos Supervisores de Produção 5000 Verniz Consumido 200 Total 8070 c 3ª Etapa Alocação dos custos diretos Os gastos com materiais diretos mão de obra direta e outros custos diretos con sumidos nos produtos devem ser alocados às unidades produzidas Os custos diretos são os custos passíveis de serem quantificadas mensurados em cada uma das unidades produzidas Tomando por base o exemplo da empresa Gutamoc vamos fazer as alocações A empresa produziu no período guardaroupas de 2 4 e 6 portas Alocação dos materiais diretos A empresa mantém um controle interno para o consumo de matériaprima madeira por meio de requisições feitas pela produção ao almoxarifado dos esto ques Nas requisições constam as quantidades de madeiras utilizadas em cada uma das unidades produzidas Através da multiplicação da quantidade de madeira utilizada em cada produto pelo custo unitário constante da ficha de controle de estoque temos o custo da madeira consumida conforme apresentado CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 112 Tabela 11 Custo da matéria prima Produto Madeira Guardaroupa de 2 portas 8000 Guardaroupa de 4 portas 17000 Guardaroupa de 6 portas 25000 Total 50000 Fonte a autora Embora consumidos em menor quantidade os puxadores são facilmente aloca dos a cada uma das unidades produzidas Se considerarmos que foram fabricados 10 unidades de guardaroupas de cada modelo podemos mensurar exatamente o custo com puxadores alocados diretamente ao produto Tabela 12 Custo dos puxadores Produto Puxadores Guardaroupa de 2 portas 102 Guardaroupa de 4 portas 204 Guardaroupa de 6 portas 306 Total 612 Fonte a autora Alocação da mão de obra direta A empresa mantém um controle interno da mão de obra direta O custo com mão de obra só pode ser considerado direto quando é possí vel quantificar o valor da mão de obra em cada uma das unidades trabalhadas A empresa mantém um mapa de apontamento com as informações de quanto tempo cada pessoa física gastou na produção de cada produto Assim como a empresa possui o custo com mão de obra direta salários encargos benefícios e o tempo despendido em cada unidade podemos alocar diretamente o custo dos operários aos produtos conforme segue Apuração do Custo do Produto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 113 Tabela 13 Custo da mão de obra direta Produto Mão de obra Guardaroupa de 2 portas 2500 Guardaroupa de 4 portas 5000 Guardaroupa de 6 portas 7500 Total 15000 Fonte a autora Alocação da energia elétrica direta A empresa mantém um controle interno da energia elétrica direta O custo com energia elétrica só pode ser considerado direto quando é possí vel mensurar o valor em cada uma das unidades trabalhadas A empresa possui registros nas máquinas que quantificam o consumo de energia elétrica em cada uma das unidades produzidas Assim a empresa aloca a energia das máquinas somente das máquinas diretamente a cada produto conforme segue Tabela 14 Custo da energia elétrica direta Produto Energia Elétrica Guardaroupa de 2 portas 1000 Guardaroupa de 4 portas 1300 Guardaroupa de 6 portas 1700 Total 4000 Fonte a autora d 4ª Etapa Alocação dos custos indiretos Os custos consumidos no processo produtivos não identificados diretamente a esta ou àquela unidade produzida são considerados custos indiretos CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 114 Os custos indiretos devem ser alocados aos produtos compõem o custo total dos produtos mas como não podem ser mensurados a cada uma das uni dades produzidas devem ser alocados aos produtos por algum critério de rateio ou estimativa Ratear consiste em dividir os custos indiretos proporcionalmente aos produ tos utilizando para tanto a grandeza que representa melhor relação com o custo Para a empresa Gutamoc podemos ratear os 8070 de custos indiretos pelo volume de produção conforme segue Tabela 15 Rateio dos custos indiretos pelo volume de produção Produtos Volume de produção Custos Indiretos Guardaroupa 2 ptas 10 unid 33333 2690 Guardaroupa 4 ptas 10 unid 33333 2690 Guardaroupa 6 ptas 10 unid 33333 2690 Total 30 unid 100 8070 Fonte a autora Analisando o quadro acima verificamos que embora os produtos tenham tama nhos distintos todos receberam o mesmo valor de custos indiretos devido ao fato de o volume de produção ser igual para todos os produtos No exemplo da empresa a utilização do critério de rateio pelo volume de pro dução pode inviabilizar a produção pois está encarecendo muito o guardaroupa de 2 portas portanto o volume não apresenta muita relação com os custos indiretos Suponhamos que a empresa faça a alocação dos custos indiretos aos produ tos tomando por base o consumo de madeira conforme segue Tabela 16 Rateio dos custos indiretos pelo consumo de madeira Produtos Consumo de madeira Custos Indiretos Guardaroupa 2 ptas 8000 16 129120 Guardaroupa 4 ptas 17000 34 274380 Guardaroupa 6 ptas 25000 50 403500 Total 50000 100 807000 Fonte a autora Apuração do Custo do Produto Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 115 Outro critério que podemos utilizar consiste em alocar os custos indiretos tomando por base a mão de obra direta conforme segue Tabela 17 Rateio dos custos indiretos pela mão de obra direta Produtos Mão de obra direta Custos Indiretos Guardaroupa 2 ptas 2500 166666 1345 Guardaroupa 4 ptas 5000 333333 2690 Guardaroupa 6 ptas 7500 50 4035 Total 15000 100 8070 Fonte a autora Do exposto verificamos que a escolha do critério de alocação é subjetiva Os rateios realizados por critérios diferentes levam a informações distintas possi bilitando a realização de análises equivocadas Em muitas empresas os custos indiretos são alocados aos produtos um a um Os materiais indiretos podem ser rateados com base na matériaprima a energia elétrica com base na mão de obra direta a depreciação das máquinas com base no consumo de energia etc e 5ª Etapa Levantamento do custo total Com a alocação direta dos custos diretos aos produtos e o rateio dos custos indiretos podemos apurar o custo total dos produtos Utilizando o rateio dos custos indiretos pelo volume de produção o custo total de cada produto ficaria da seguinte forma Tabela 18 Composição do custo total Produtos Custos diretos Custos Indiretos CUSTO TOTAL Materiais Mão de obra Energia Elétrica Total Guardaroupa 2 ptas 8102 2500 1000 11602 2690 14292 Guardaroupa 4 ptas 17204 5000 1300 23504 2690 26194 Guardaroupa 6 ptas 25306 7500 1700 34506 2690 37196 Total 50612 15000 4000 69612 8070 77682 Fonte a autora CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 116 Por outro caso a empresa utilizasse o rateio dos custos indiretos pelo consumo de madeira o custo total de cada produto ficaria da seguinte forma Tabela 19 Custo total Produtos Custos diretos Custos Indiretos CUSTO TOTAL Guardaroupa 2 ptas 11602 129120 1289320 Guardaroupa 4 ptas 23504 274380 2624780 Guardaroupa 6 ptas 34506 403500 3854100 Total 69612 807000 7768200 Fonte a autora Por fim caso a empresa utilizasse o rateio dos custos indiretos pelo custo da mão de obra direta o custo total de cada produto ficaria da seguinte forma Tabela 20 Custo total Produtos Custos diretos Custos Indiretos CUSTO TOTAL Guardaroupa 2 ptas 11602 1345 12947 Guardaroupa 4 ptas 23504 2690 26194 Guardaroupa 6 ptas 34506 4035 38541 Total 69612 8070 77682 Fonte a autora Analisando os custos totais apurados verificamos que a escolha do critério de rateio altera o resultado Assim sempre que possível o rateio deve utilizar como parâmetro as medidas que têm maior relação com os custos A apuração do custo total dos produtos fabricados pode ser apresentada no esquema abaixo Figura 1 Representação dos custos do produto Fonte a autora Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 117 Os custos diretos são apropriados aos produtos por uma unidade de medida Não há como quantificar os custos indiretos consumidos em cada unidade pro duzida portanto os custos indiretos são apropriados aos produtos por meio de rateio ou estimativa DEPARTAMENTALIZAÇÃO O procedimento de departamentalização consiste em dividir a área de produção em departamentos O departamento é uma unidade menor que executa alguma atividade que consome tempo e recurso financeiro ATKINSON ET AL 2000 Os departamentos podem corresponder a atividade executada exclusivamente por uma máquina atividade realizada por uma pessoa física ou por atividade que necessita de máquina e pessoa Os custos diretos não são distribu ídos aos departamentos mas alocados diretamente ao produto na propor ção do consumo Por outro lado os custos indiretos pela impossibili dade de quantificação ou mensuração alocada em cada uma das unidades produzidas necessitam de algum meca nismo de rateio para serem alocados MARTINS 2010 A apuração do custo dos produtos fabricados com departa mentalização pode ser apresentada no esquema abaixo CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 118 Figura 2 Representação do custo do produto pela departamentalização Fonte a autora Dividir a empresa em departamentos é uma tarefa a ser desenvolvida normal mente pela administração da empresa e para tanto devese levar em conta as várias atividades desenvolvidas no âmbito das organizações cada qual com suas funções operações e especialidades Caso a empresa tenha interesse também é possível dividila em Centros de Custos sendo as menores divisões da empresa A figura 3 demonstra a divisão de uma indústria em departamentos de acordo com as respectivas funções de acordo com a natureza representadas nos retângulos e setas Figura 3 Tipos de departamentos Fonte a autora A prática de departamentalizar consiste em alocar custos aos departamentos uti lizados no processo produtivo objetivando gerenciar os custos na apuração dos lucros e alcançar maior eficiência operacional Segue alguns exemplos de depar tamentos relacionados ao ramo da empresa Confecção corte costura e acabamento Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 119 Indústria corte pintura e montagem Comércio compras marketing e vendas A departamentalização contribui para maior controle dos custos determinantes do lucro uma vez que são passíveis de constatação dos valores alocados em cada um dos departamentos bem como ser utilizado como controle operacional fornecendo informações quanto a eficiência das operações VANDERBECK E NAGY 2001 Cabe ressaltar que embora alguns departamentos possam ser comuns a diversos ramos empresariais como o departamento financeiro ou o departa mento de pessoal cada empresa deve ser departamentalizada de acordo com as suas atividades funções e especialidades desenvolvidas VANTAGENS DA DEPARTAMENTALIZAÇÃO A departamentalização oferece algumas vantagens para as empresas dentre as quais podemos citar Melhora no controle e análise Redução dos rateios dos custos indiretos Para a primeira vantagem destacase que uma vez que os departamentos são considerados como uma unidade operacional em cada uma dessas unidades deve existir um responsável pelas atividades desenvolvidas MARTINS 2010 Dessa forma o responsável pelo setor terá maiores condições de analisar os cus tos do departamento a qualidade das atividades desenvolvidas favorecendo assim a tomada de decisão frente a sua cooperação na melhoria dos resultados que podem ser obtidos pela empresa A segunda vantagem consiste em alocar os custos indiretos primeiramente aos departamentos e posteriormente aos produtos Tal fato se justifica considerando que muitas vezes um determinado produto não passa por todos os departamentos da empresa mas se os custos indiretos forem rateados aos produtos suportarão gastos consumidos nos departamentos fora da sua linha de produção Assim os valores atribuídos aos produtos podem não representar os gastos por eles auferidos CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 120 Figura 4 Departamentalização de custos Fonte Bruni e Famá 2011 Do exposto na figura acima percebese que antes dos departamentos todos os custos indiretos eram alocados a todos os produtos industrializados por outro lado após a divisão em departamentos os custos indiretos foram alocados ape nas aos departamentos nos quais efetivamente foram consumidos dessa forma os produtos absorveram apenas os custos dos departamentos nos quais faziam parte da sua linha de produção e não de todos os departamentos da empresa Segue um exemplo ilustrativo para verificar a vantagem da departamenta lização em uma empresa de confecções EXEMPLO 1 A empresa Moraes Moraes confecciona e vende roupas Em um determinado mês essa empresa produziu e vendeu 300 peças de calça por 17 cada e 200 peças de camisas por 19 cada peça A empresa informou os gas tos mensais e departamentos da empresa divididos em tintura corte e costura Tabela 21 Gastos financeiros fornecidos pela empresa Descrição Calça Camisa Custos Indiretos Total Materiais 1800 1600 1200 4600 Mão de obra 600 400 800 1800 Depreciação Industrial 2000 2000 Soma 2400 2000 4000 8400 Fonte a autora Alocando os dados financeiros fornecidos pela empresa utilizando como base de rateio as unidades produzidas depreendese os Custos Indiretos de Fabricação nos seguintes termos Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 121 Tabela 22 Custos indiretos de fabricação rateados pelas peças produzidas DESCRIÇÃO CALÇA CAMISA TOTAL Materiais 1800 1600 3400 Mão de obra 600 400 1000 CIPs 2400 1600 4000 Rateio 60 40 100 Peças produzidas 300 200 500 Soma 4800 3600 8400 Custo unitário 16 18 Fonte adaptada de Bruni e Famá 2011 Considerando o valor dos custos unitários das peças produzidas como sendo de 16 para as calças e 18 para as camisas observase que alocando os custos as unidades pelo critério de rateio em relação às peças produzidas a empresa esta ria comercializando as calças com lucro de 1 e as camisas com lucro de 1 Por outro lado procedendo a uma análise mais detalhada dos custos incor ridos na empresa constatase que apenas as calças passam pelo departamento de tintura Dessa forma as camisas não devem absorver os custos do departa mento de tintura Procedendo a departamentalização nessa empresa os custos indiretos dos departamentos seriam os seguintes Tabela 23 Custos indiretos dos departamentos DESCRIÇÃO TINTURA CORTE COSTURA TOTAL Materiais 200 400 600 1200 Mão de obra 200 200 400 800 Depreciação Indus trial 1000 400 600 2000 Soma 1400 1000 1600 4000 Unidades processa das 300 500 500 Custo unitário 467 200 320 Fonte adaptada de Bruni e Famá 2011 Do quadro acima temse que os custos unitários das peças produzidas nos depar tamentos de tintura corte e costura são respectivamente de 467 200 e 320 CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 122 Para apuração do custo unitário das peças produzidas fazse necessário ainda identificar os materiais diretos e a mão de obra direta de cada uma das unidades pro duzidas Assim os custos totais unitários de cada uma das peças produzidas segue Tabela 24 Custo unitário após departamentalização DESCRIÇÃO CALÇA CAMISA Materiais 600 800 Mão de obra 200 200 Tintura 467 Corte 200 200 Costura 320 320 Soma 1787 1520 Fonte adaptada de Bruni e Famá 2011 Os custos totais unitários apurados após a departamentalização para as calças e camisas são de 1787 e 1520 respectivamente Desse modo o resultado apu rado quando o rateio é realizado com base nas unidades produzidas divergem entre si pois enquanto para a departamentalização a calça produz um prejuízo de 087 por unidade e a camisa um lucro de 380 pelo rateio com relação às unida des produzidas as calças produzem lucro e 100 e as camisas prejuízo de 100 Do exposto nesse exemplo percebese a importância da departamentaliza ção uma vez que possibilitou uma melhor alocação dos custos indiretos às peças produzidas se não eliminando mas reduzindo as distorções causadas pela alo cação utilizada pelo critério de rateio em relação às unidades produzidas DEPARTAMENTOS PRODUTIVOS E DE SERVIÇOS Não apenas as empresas industriais como também as comerciais e prestadoras de serviços podem ser divididas em departamentos Ocorre que nem todos os departamentos do setor fabril atuam especificamente com a produção de bens ou serviços há departamentos da fábrica que atuam nas áreas de almoxarifado gerenciamento controle manutenção etc Os departamentos normalmente são divididos em Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 123 Departamento de serviços Departamento de produção De qualquer forma o que caracteriza um departamento de serviço é o fato de não executar nenhuma atividade ou função relacionada diretamente com o serviço prestado ou produto elaborado ainda os custos dos departamentos de serviços devem ser distribuídos para os demais departamentos que deles se beneficiaram durante o ciclo produtivo São exemplos de departamentos de serviços Na indústria manutenção almoxarifado suprimentos e controle de qualidade Na prestadora de serviços escritório de contabilidade cobranças e refeitório São exemplos de departamentos produtivos Na indústria estamparia pintura montagem corte e usinagem Na prestadora de serviço escritório de contabilidade departamentos fiscal pessoal e contábil Os departamentos produtivos recebem os custos de produção pois são neles que os produtos são industrializados em que os materiais são modificados e trans formados em produtos acabados ainda os departamentos produtivos também recebem os custos dos departamentos de serviços dos quais se beneficiaram durante o ciclo produtivo É comum as empresas de serviços fazerem o acompanhamento dos custos por meio de ordem de serviço na qual são anotados os custos alocados di retamente e apontados os que serão alocados indiretamente Fonte a autora CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 III U N I D A D E 124 CONSIDERAÇÕES FINAIS Na indústria o custo dos produtos acabados é composto por materiais diretos mão de obra direta e custos indiretos de produção Os custos diretos são alocados diretamente aos produtos em razão da possibilidade de identificação e quantifica ção em cada uma das unidades produzidas Por outro lado os custos indiretos de produção necessitam de um critério de rateio para serem alocados aos produtos Os custos indiretos correspondem aos gastos obtidos com outros elementos que concorreram indiretamente na fabricação do produto como aluguel IPTU depre ciação gás e energia elétrica os chamados custos indiretos de fabricação ou CIF A departamentalização é um procedimento muito utilizado na contabili dade de custos para alocação dos custos indiretos aos produtos uma vez que o rateio dos custos indiretos é primeiramente realizado aos departamentos e pos teriormente dos departamentos aos produtos A departamentalização possibilita maior controle dos custos Como será que a departamentalização dos custos indiretos de produção pos sibilita maior controle dos custos indiretos consumidos O detalhamento dos custos indiretos por departamentos permite acompanhar e controlar cada um dos gastos realizados em cada etapa do processamento do produto Fonte a autora 125 CUSTOS INDIRETOS 1 A fábrica Vasos de Jardim Ltda produz quinze modelos diferentes de vasos Leia as afirmações e assinale a alternativa correta Para fins fiscais o gasto com o aluguel do barracão da fábrica deve ser a Contabilizado como despesa do período b Alocado diretamente aos produtos c Contabilizado como despesa ou custo dependendo do procedimento que a empresa queira adotar d Alocado aos produtos por meio de um critério de rateio ou estimativa e Rateio por direcionador 2 A empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda produz guardarou pas de dois modelos de 4 portas e de 6 portas A produção ocorre em um único departamento os custos indiretos em um de terminado período totalizaram 50000 seus custos diretos e o tempo de produ ção de cada tipo de produto foram os seguintes Descrição Guardaroupa 4 portas Guardaroupa de 6 portas Total Matériaprima 5600 8400 14000 Mão de obra direta 15300 6500 21800 Tempo total de produção horas 7500 5500 13000 Pedese preencher os mapas de rateio indicar o valor do Custo Indireto de Pro dução e o Custo Total da cada tipo de produto a Pelo critério de proporcionalidade ao custo de matériaprima b Pelo critério da proporcionalidade ao custo de mão de obra direta c Pelo critério do tempo total de produção 126 3 A empresa Del Vale produz o Suco A e o Suco B cujo volume de produção e de vendas é de cerca de 12000 e 4000 unidades respectivamente por período e os Custos Indiretos de Produção totalizam 15000 Em determinado período foram negociados os seguintes custos diretos por uni dade Custos Suco A Suco B Material direto 1 110 Mão de obra direta 08 09 Pedese calcular o valor dos Custos Indiretos de Produção CIP de cada produto utilizando os custos diretos como base de rateio MATERIAL DIRETO MÃO DE OBRA DIRETA E CUSTOS INDIRETOS 4 Analisando as contas do livro razão da empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis na data do dia 31 de março de 20XX obtemos os seguintes dados Materiais Diretos Produto A 180000 Produto B 150000 Produto C 60000 Mão de obra Direta Salários e Ordenados 100000 Encargos Sociais 30000 Mão de obra Indireta Salários e Ordenados 30000 Encargos Sociais 8000 Custos Indiretos de Produção Aluguel 2000 Depreciação 1000 Energia Elétrica 800 Fatura de Água 500 127 Pedese a Considerando que os tempos de produção mão de obra direta nos produtos são iguais qual o custo direto de cada produto b Qual o custo indireto de cada produto utilizando o rateio com base no custo da mão de obra direta c Qual o custo total de cada produto 5 A empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis produz Camas e Guarda roupas Em fevereiro20XX a empresa fabricou 300 camas e 200 guardaroupas a Os materiais diretos necessários para a produção consumidos foram iguais a 3400 m2 de Madeira 1200 puxadores e 350 litros de verniz O custo da madeira é estimado em 35 m2 com ICMS já incluso de 630 o custo dos puxadores é de 9000 o milheiro com ICMS já incluso de 1600 e o custo do verniz é 100 cada lata de 5 litros O consumo unitário de material direto Descrição Madeira em m2 Puxador unid Verniz litro Cama 4 04 Guardaroupa 11 6 115 b Os custos com mão de obra direta alcançam 8 por hora mais encargos so ciais e obrigações legais Considere 40 horassemana de segundafeira à sex tafeira INSS patronal de 268 sobre o salário FGTS de 8 férias integrais e 14 dias não trabalhados por ano em decorrência de feriados e faltas abo nadas considerando que o ano tem 52 sábados e 52 domingos A empresa é isenta dos demais impostos e encargos Em determinado mês a mão de obra direta empregada na fabricação de ca mas e guardaroupas foi igual a 120 horas e 180 horas respectivamente c Outros dados relativos Energia elétrica consumida na produção 1500 Supervisão geral da produção 2000 Aluguel da fábrica 800 Seguro predial do fábrica 900 Consumo de lubrificantes nos equipamentos de produção 500 Depreciação de equipamentos de produção 600 128 Seguro dos equipamentos de fábrica 700 Despesas comerciais e administrativas da empresa no período 4350 Despesas financeiras no período 250 Vendas de produtos acabados I Sobre o valor das vendas haverá incidência de ICMS de 10 Produtos Preço de venda Volume de vendas Cama 2000 280 Guardaroupa 5000 200 II O tempo de produção requerido por unidade de produto é o seguinte Produtos Tempo de máquina Tempo MOD Cama 080 h máq 040 h homem Guardaroupa 180 h máq 090 h homem III O custo de supervisão apresenta correlação com o de MOD IV Os demais custos indiretos são correlacionados ao tempo de uso de máqui nas V O imposto de renda IR é de 15 sobre o lucro Pedese a O custo mão de obra direta de cada produto levando em consideração o cus to da hora b O custo de material direto de cada produto fabricado no mês em questão c O custo indireto de cada produto fabricado no período elaborar o mapa de rateio d O custo total de cada produto e As fichas de controle de estoque dos produtos f O custo dos produtos vendidos no período g O valor do estoque final de produtos acabados 129 Distribuição de Custos Um estudo no Porto de ValênciaEspanha Há situações em que os custos indiretos não podem ser identificados ou alocados de maneira direta aos objetos de custo Ex produtos serviços clientes áreas zonas de partamentos etc Na maioria dos casos somente podem ser atribuídos aos diversos cen tros para o qual devese recorrer a departamentalização Essa distribuição ou alocação pode ocorrer de forma primária e secundária Distribuição primária A distribuição primária envolve a alocação ou localização dos cus tos indiretos com base em determinados critérios aos centros de custos da organiza ção Segundo GinerFillol et al 2013 a atribuição pode ser efetuada de duas formas a Quando os custos podem ser identificados diretamente atribuição direta aos distintos centros A atribuição direta desses custos aos centros pode ser realizada sem dificuldades no momento em que é acumulado em seu registro inicial Por exemplo o salário do gerente do centro de manutenção é um custo direto desse centro b Quando os custos são distribuídos entre os centros que se beneficiam com sua atuação A atribuição de tais custos aos centros principais e auxiliares é conhecida como rateio Isto ocorre quando pelo menos um elemento de custo pode afetar a vários centros como por exemplo o centro de manutenção que pode prestar seus serviços à vários centros Essa distribuição pode ser realizada por meio da escolha do fator de distribuição ou se japor meio deste buscase atribuir a cada centro a parte que corresponde do custo O fator de distribuição ou rateio é um meio mecanismo ou forma que se utiliza para distribuir os valores de custos entre os diferentes centros A organização deve ter uma informação mínima tanto técnica como contábil com a finalidade de estabelecer os fatores de distribuição entre elas destacase os seguintes Empregados e sua distribuição pelos centros No de empregados do centro de ma nutenção etc Dimensões de terreno e edifícios Ex metros hectares etc Ocupação de cada departamento no prédio Ex M2 andar etc Localização do equipamento e máquinas nos centros Ex Centro de manutenção limpeza e conservação etc Potência instalada das máquinas Watt etc 130 Os fatores de atribuição estão relacionados com áreas de superfície pessoal volume potência instalada investimento em máquinas número de empregados etc Em qualquer caso devese escolher aquele fator que melhor representa o consumo do recurso Distribuição secundária Após realizada a distribuição dos custos indiretos aos centros de custos da organização agora com a finalidade de imputar tais custos aos objetos podese redistribuir os valores acumulados nos centros auxiliares para os centros prin cipais GINERFILLOL ET AL 2013 O processo de redistribuição dos custos dos centros auxiliares aos centros principais é denominado distribuição secundária Este consiste em uma redistribuição dos valores apurados em cada centro auxiliar aos centros principais Há procedimentos ou métodos que podem ser utilizados para distri buição dos custos dos centros auxiliares aos principais Fonte Lunkes 2015 Material Complementar MATERIAL COMPLEMENTAR Contabilidade de Custos 1997 Charles Tomas Horngren Editora Prentice Hall Sinopse estudar contabilidade de custos é um dos melhores investimentos que qualquer aluno pode fazer porque o sucesso de uma organização da menor loja à maior corporação multinacional depende do uso de conceitos e práticas dessa disciplina Tendo em vista esse enfoque Contabilidade de Custos vol 2 escrito por três grandes nomes em matéria de contabilidade Horngren Foster e Datar tem como ponto central mostrar de que maneira a contabilidade de custos ajuda os administradores a tomar decisões mais acertadas para sua organização Comentário Um dos melhores livros de Contabilidade de Custos Saber o preço de venda é importante mas descobrir o custo de produção é o primeiro passo para montar um negócio principalmente se o negócio for funcionar em casa Para mais informações acesse httpg1globocomdistritofederalvideosv descobrirocustodeproducaoeoprimeiropassoparamontarumnegocioem casa4948363 REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS ATKINSON Anthony A et al Contabilidade gerencial São Paulo Atlas 2000 BRUNI Adriano Leal FAMÁ Rubens Gestão de custos e formação de preços com aplicações na calculadora HP 12 C e excel 5 ed São Paulo Atlas 2011 LUNKES Rogério João ABCustos Associação Brasileira de Custos Vol X n2 01 19 maiago 2015 MARTINS Eliseu Contabilidade de custos 10 ed São Paulo Atlas 2010 RIBEIRO Osni Moura Contabilidade de custos São Paulo Saraiva 2011 VANDERBECK Edward J NAGY Charles F Contabilidade de custos 11 ed São Pau lo Pioneira Thomson Learding 2001 VICECONTI Paulo NEVES Silvério das Contabilidade de custos um enfoque direto e objetivo 11 Ed São Paulo Saraiva 2013 132 REFERÊNCIAS 133 GABARITO 1 D 2 a Descrição Guardaroupa 4 portas Guardaroupa de 6 portas Total Matériaprima 5600 8400 14000 Mão de obra direta 15300 6500 21800 Custos Indiretos 20000 30000 50000 Custo Total 40900 44900 85800 b Descrição Guardaroupa 4 portas Guardaroupa de 6 portas Total Matériaprima 5600 8400 14000 Mão de obra direta 15300 6500 21800 Custos Indiretos 35092 14908 50000 Custo Total 55992 29808 85800 c Descrição Guardaroupa 4 portas Guardaroupa de 6 portas Total Matériaprima 5600 8400 14000 Mão de obra direta 15300 6500 21800 Custos Indiretos 28846 21154 50000 Custo Total 49746 36054 85800 GABARITO 3 Suco A Suco B Material direto 1 110 Mão de obra direta 08 09 Custo Direto 180 200 Volume 12000 4000 Custo Direto Total 21600 8000 Custos indiretos 10946 4054 Material direto mão de obra direta e custos indiretos 4 Produto A Produto B Produto C Material 180000 150000 60000 Mão de obra 4333333 4333333 4333333 Custo Direto 22333333 19333333 10333333 Custos Indiretos 14100 14100 14100 Custo Total 23743333 20743333 11743333 Custos indiretos total CIP MOI 4300 38000 42300 3 produtos 14100 cada produto 5 a 40 horas x 5 semanas 30 dias 666666 horasdia Descrição Cálculo Horas Horas do ano civil 365 dias x 66666h 243333 Descanso semanal remunerado 48 x 6666 h 320 Férias integrais 30 x 66666h 200 Feriados 14 x 66666h 9333 Horas efetivamente laboradas 1820 horas GABARITO 135 Verbas trabalhistas Cálculo MOD Salários mensais 1820 x 800 1456000 Domingos 320 x 800 256000 Férias 200 x 800 160000 Terço constitucional de férias 200 x 800 3 53333 Feriados 9333 x 800 74664 13º Salário 200 x 800 160000 Total anual 2159997 INSS 2159997 x 268 578879 FGTS 2159997 x 8 172800 CUSTO ANUAL 2911676 CUSTO POR HORA 2911676 1820 horas 1600 CAMA 120 horas x 1600 192000 GUARDAROUPA 180 horas x 1600 288000 MOD TOTAL 192000 288000 480000 b Madeira 3500m² ICMS 630 2870m² Puxadores 900000 ICMS 160000 740000 1000 740unidade Verniz 10000 5 litros 2000 litro GABARITO CAMA Madeira 4m² x 2870 11480 Verniz 04 litros x 2000 800 Custo un MD 12280 QTDE produzida 300 TOTAL 3684000 GUARDAROUPA Madeira 11 m² x 2870 31570 Puxador 6 x 740 440 Verniz 115 x 2000 2300 Custo un MD 38310 QTDE produzida 200 TOTAL 7662000 c CUSTOS INDIRETOS Energia elétrica 1500 Aluguel 800 Seguro predial 900 Consumo de lubrificantes 500 Depreciação 600 Seguro dos equipamentos 700 TOTAL 5000 Rateio da Supervisão 2000 4800 Cama 1920 80000 300un 2666 GR 2880 120000 200 600 GABARITO 137 Rateio dos demais custos 5000 26h Cama 08h 153846 300 513 GR 18h 346154 200 1731 CAMA 2666 513 780 x 300 un 234000 GUARDAROUPA 600 1731 2331 x 200 um 466200 d CUSTO TOTAL MOD MD CI CAMA 1920 36840 2340 4110000 GUARDAROUPA 2880 76620 4662 8416200 CUSTO UNITÁRIO 41100 300un 13700 cama 84162 200un 42081 guardaroupa e CAMA ENTRADA SAÍDA SALDO QTDE VLR UN TOTAL QTDE VLR UN TOTAL QTDE VLR UN TOTAL Produção 300 13700 4110000 300 13700 4110000 Venda 280 13700 38360 20 13700 274000 GUARDAROUPA ENTRADA SAÍDA SALDO QTDE VLR UN TOTAL QTDE VLR UN TOTAL QTDE VLR UN TOTAL Produção 200 42081 8416200 200 42081 8416200 Venda 200 42081 8416200 0 0 GABARITO f Cama 3836000 Guardaroupa 8416200 CPV 12252200 g Cama 274000 Guardaroupa 000 UNIDADE IV Professora Me Juliana Moraes da Silva CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Objetivos de Aprendizagem Conhecer as contas de custos e as identificar no plano de contas Identificar a evidenciação dos custos nas demonstrações financeiras Contabilizar os custos diretos Plano de Estudo A seguir apresentamse os tópicos que você estudará nesta unidade Plano de Contas Demonstrações Financeiras Contabilização de Custos INTRODUÇÃO A Contabilidade de Custos como uma ferramenta de auxílio ao sistema de informação disponibiliza os dados e informações úteis e necessários para que se efetue a apuração dos custos de produção das despesas do período e do resul tado do exercício Tal fato ocorre em razão da sua ligação direta com as funções de orçamento e controle A eficiência da apuração e contabilização dos custos iniciase com a estru tura do plano de contas Nesta unidade são evidenciados os grupos e subgrupos das contas patrimoniais e de resultado contas transitórias Quanto mais deta lhado for o plano maior será a possibilidade de controle e acompanhamento da acumulação dos custos Na contabilidade de custos a preocupação não é apenas com a mensuração do custo dos produtos mas também a escrituração dos fatos bem como a evi denciação dos valores apurados Para o profissional contábil é importante conhecer as formas de registros e optar pelo que considerar mais adequado para a empresa em que está atuando A avaliação dos estoques e a apuração do resultado econômico realizada por meio do controle de custos e contabilização das transações financeiras criam condições para acompanhar o desempenho da empresa Nesta unidade será apresentado a contabilização dos custos diretos e a utili zação do critério simples para a contabilização dos demais elementos de custos Pelo critério simples os custos são contabilizados de forma sintética por totais deixando de mostrar a origem dos custos nos estoques dos produtos No entanto podese recorrer a anotações auxiliares para dirimir eventuais dúvidas de sua composição Após conhecer os elementos que compõem o custo dos produtos o obje tivo desta unidade é contabilizar os custos diretos bem como compreender o fluxo contábil do processo produtivo nos razonetes e demonstrativos financeiros Introdução Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 141 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 142 PLANO DE CONTAS O plano de contas é um conjunto de contas dispostas de acordo com as normas contá beis que uniformiza os registros servindo como parâmetro na elaboração das demons trações contábeis A estrutura do plano de contas é defi nida pelas normas contábeis mas as contas devem ser cadastradas de acordo com a rea lidade de cada empresa visando atender as necessidades de informações dos usuários internos e adaptandose às exigências dos usuários externos Tendo em vista que o presente material tem por objetivo principal apurar os custos vamos complementar o plano de contas abordado na disciplina de Contabilidade Introdutória incluindo as contas de custos Tabela 1 I Contas patrimoniais 1 ATIVO 11 ATIVO CIRCULANTE 111 DISPONIBILIDADES 11101 Caixa Geral 1110101 Caixa 11102 Bancos Conta Movimento 1110201 Banco A 112 CLIENTES 11201 Duplicatas a Receber de Terceiros 1120101 Cliente A 11203 Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvido sa 1120301 Perdas Estimadas em Créditos de Liq Duvidosa Plano de Contas Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 143 113 OUTROS CREDITOS 11301 Títulos a Receber 1130101 Títulos a Receber 114 TRIBUTOS A RECUPERAR 11401 Impostos a Recuperar 1140101 IPI a Recuperar 115 ESTOQUES 11501 Produtos Acabados 1150101 Produto A 11502 Mercadorias para Revenda 1150201 Mercadorias A 11503 Produtos em Processo 1150301 Produto A 11504 Matériasprimas 1150401 Matériaprima A 11505 Material Secundário 1150501 Material Secundário Direto 11506 Perdas Estimadas em Estoques 116 DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE 11601 Despesas Pagas Antecipadamente 1160101 Juros a Apropriar 12 ATIVO NÃO CIRCULANTE 121 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 122 INVESTIMENTOS 123 IMOBILIZADO 12301 Operacional Corpóreo Material 1230101 Computadores e Periféricos 12302 Depreciações Acumuladas 1230201 Depreciação Acum Computadores e Periféri cos CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 144 124 INTANGÍVEL 12401 Operacional Incorpóreo Imaterial 1240101 Marcas e Patentes 12402 Amortizações Acumuladas 1240201 Amortização Acumulada de Marcas e Patentes 2 PASSIVO 21 PASSIVO CIRCULANTE 211 OBRIGAÇÕES OPERACIONAIS 21101 Obrigações com Fornecedores 2110101 Fornecedor A 21102 Empréstimos e Financiamentos 2110201 Empréstimos 21103 Obrigações Tributárias 2110301 ICMS a Recolher 22 PASSIVO NAO CIRCULANTE 221 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 22101 Obrigações Operacionais 2210101 Fornecedor A 2210102 Empréstimo Banco A 23 PATRIMONIO LIQUIDO 231 CAPITAL SOCIAL 23101 Capital Social 2310101 Capital Social Subscrito 2310102 Capital Social a Integralizar 232 RESERVAS DE CAPITAL 23201 Reservas de Capital 2320101 Reservas de Capital 233 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL 23301 Ajustes de Avaliação Patrimonial 2330101 Ajuste de Avaliação Patrimonial Plano de Contas Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 145 234 RESERVAS DE LUCROS 23401 Reservas de Lucros 2340101 Reserva Legal 2340102 Reserva Estatutárias 2340103 Reserva para Contingências 2340104 Reserva de Lucros para Expansão 235 AÇÕES EM TESOURARIA 23501 Ações em Tesouraria 2350101 Ações em Tesouraria 236 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 23601 Prejuízos Acumulados 2360102 Prejuízos Acumulados 23602 Resultado do Período 2360201 Lucro do Período 2360202 Prejuízo do Período Fonte a autora Tabela 2 II Contas de resultado 3 CONTAS DE RESULTADO 31 DESPESAS OPERACIONAIS 311 DESPESAS COM VENDAS 31101 Despesas com Pessoal 3110101 Comissões 312 DESPESAS FINANCEIRAS 31201 Despesas Tributárias 3120101 Impostos sobre Operações Financeiras 313 DESPESAS ADMINISTRATIVA 31301 Despesa com Pessoal 3130101 Salários e Ordenado 31302 Despesas Gerais 3130201 Material de Consumo 314 OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 146 4 CONTAS DE RESULTADO 41 CUSTOS 411 CUSTOS DE VENDAS 41101 Custos dos Produtos Vendidos 4110101 CPV Produto A 41102 Custos dos Subprodutos Vendidos 4110201 CSV Subproduto A 41103 Custo das Mercadorias Vendidas 4110301 CMV Mercadoria A 41104 Custo dos Serviços Prestados 4110401 CSP Serviço A 412 CUSTOS DE PRODUÇÃO 41201 Produtos em Processo 4120101 Produto A 41202 Custos por Departamento 4120201 Departamento A 4120202 Departamento B 41203 Material Direto Consumo 4120301 Matériasprimas Realizadas 4120302 Material Secundário Direto Realizado 4120303 Materiais Diretos Aplicados 41204 Mão de Obra Direta 4120401 Salários 4120402 13º Salário 4120403 MOD Aplicada 41205 Custos Indiretos de Produção CIPs 4120501 Materiais Indiretos 4110502 Materiais de Manutenção 4110503 Mão de obra Indireta 4110504 Salários e Ordenados Plano de Contas Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 147 4110505 Encargos Sociais 4110506 INSS 4110507 FGTS 4110508 Gastos Gerais de Produção Indiretos 4110509 Água e Esgoto 4110510 Aluguéis e Arrendamentos 4110511 Combustíveis e Lubrificantes 4110512 Telefone 4110513 Conservação Predial 4110514 Depreciação 4110515 Energia Elétrica 4110516 CIP Aplicado 41106 Variação dos Custos 4110601 Variação MDC 4110602 Variação MOD 4110603 Variação CIP 5 CONTAS DE RESULTADO 51 RECEITAS OPERACIONAIS 511 FATURAMENTO BRUTO 51101 Vendas de Produtos 5110101 Vendas à Vista 5110102 Vendas a Prazo 5110103 IPI sobre Vendas 51102 Vendas de Mercadorias 5110201 Mercadoria A 51103 Prestacao de Servicos 5110301 Serviço A 512 DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL 51201 Vendas Devolvidas 5120101 Devolução de Venda CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 148 51202 Abatimentos e Descontos Comerciais 5120201 Abatimentos sobre Vendas 5120202 Descontos Incondicionais Concedidos 51203 Impostos Incidentes 5120301 ICMS sobre Vendas 5120302 PIS sobre Vendas 5120303 COFINS sobre Vendas 5120304 ISSQN sobre Serviços 513 OUTRAS RECEITAS 51301 Outras Receitas 5130101 Receitas Diversas 5130102 Recuperação de Despesas 5130103 Recuperação ImpostosEstaduaisMunicipais 5130104 Indenizações de Seguros Recebidas 5130105 Alienações do Imobilizado 5130106 Vendas de Bens do Imobilizado 5130107 Indenizações de Seguros e Sinistros 5130108 Vendas de Sucatas 514 APURAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCíCIO 51401 Apuração do Resultado do ExercÍcio 5140101 Transf de Resultado para Patrimônio Líquido 5140102 Encerramento do Exercício Fonte a autora Analisando o plano de contas verificase que as contas de grupos 1 e 2 corres pondem as conta do Balanço Patrimonial ativo passivo e patrimônio líquido No grupo 3 e 5 estão as contas que constituem a Demonstração do Resultados do Exercício As contas de custos contas transitórias estão evidenciadas no grupo 4 Como as contas de resultado tem seu saldo zerados no final de cada período são chamadas de contas transitórias iniciam o período com saldo zero recebem lançamentos durante o período e são zeradas novamente no final do período Plano de Contas Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 149 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS NO PLANO DE CONTAS Nas empresas industriais os custos correspondem a matériaprima consumida mão de obra direta e custos indiretos de produção A soma desses custos ocorridos durante o processo produtivo formam o custo total do produto No momento da venda os custos do produto tornam se o Custo do Produto Vendido CPV Para Crepaldi 2010 o Custo dos Produtos Vendidos corresponde a soma dos custos incorridos na fabricação dos produtos que foram vendidos em deter minado período De uma forma simplista o CPV é apurado pela soma dos Materiais Diretos Mão de Obra Direta e os Custos Indiretos de produção conforme segue Estoque inicial de matériaprima Compras de matériaprima Devolução de compras Matériaprima disponível Estoque final de matériaprima Matériaprima consumida Mão de obra direta Custos indiretos de produção Custo de Produção do Período Estoque inicial de produtos em elaboração Estoque final de produtos em elaboração Custo dos produtos acabados Estoque inicial de produtos acabados Estoque disponível para venda Estoque final de produtos acabados Custo dos Produtos Vendidos CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 150 Para apurar o CPV devese observar as seguintes etapas a Separar custos de despesas b Separar os custos diretos dos custos indiretos c Apropriar os custos diretos d Ratear os custos indiretos DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS O objetivo básico das demonstrações financeiras é fornecer informações para a cor reta gestão dos negócios e avaliação dos resultados operacionais As demonstrações apresentam portanto elementos que possibilitam aos empresários e administradores o planejamento e o controle do patrimônio da entidade e de suas atividades sociais Além disso as informações emanadas dos demonstrativos contábeis inte ressam também as pessoas que por qualquer motivo mantêm relações com a empresa credores investidores em potencial o Fisco e a sociedade Ao estruturar as demonstrações o conta dor elabora um resumo para ser apresentado aos usuários uma vez que elas indicam de forma resumida os principais aspectos refe rentes à situação da empresa Desse modo o usuário pode ter uma ideia da entidade sem precisar saber de todos os eventos que ocor reram na empresa Portanto as demonstrações contábeis têm a função de comunicar a situação de uma entidade mas para que isso aconteça é pre ciso que o usuário tenha um conhecimento mínimo da nomenclatura utilizada na área Demonstrações Financeiras Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 151 As demonstrações contábeis consistem de um conjunto de demonstra tivos previstos em lei geralmente elaborados ao final do exercício social A Lei 64041976 art 176 estabelece que ao fim de cada exercício a diretoria da empresa deve elaborar e publicar com base na escrituração mercantil das enti dades as seguintes demonstrações financeiras BP Balanço Patrimonial DRE Demonstração do Resultado do Exercício DLPA Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados Com a Lei 1163807 deixa de ser exigida a DOAR e passa a ser obrigatório as seguintes demonstrações DFC Demonstração de Fluxos de Caixa DVA Demonstração de Valor Adicionado para companhia de capi tal aberto Salientase ainda que a apresentação da DLPA é facultativo para organizações que evidenciam os dados da DLPA na DMPL demonstração das mutações do patrimônio líquido desde que a DLPA esteja contida dentro da DMPL de forma transparente Ainda a lei 640476 prevê que as demonstrações de cada exercício sejam publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior e que as contas com pequenos saldos poderão ser agrupadas desde que elas não ultrapassem 10 do valor do respectivo grupo de contas Além disso para tais agrupamentos é vedada a utilização de designações genéricas A lei 640476 prevê que as demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações necessárias para se esclarecer a situação patrimonial e os resultados do exercício Salientase que a Lei 1194109 passa a detalhar os elementos que são evidenciados pelas notas explicativas dentre estes se destacam Apresentar informações sobre a base de preparação das demonstra ções financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 152 Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras Fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias de monstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apre sentação adequada Indicar a os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais b os investimentos em outras sociedades quando relevantes c o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas ava liações d os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou con tingentes e a taxa de juros as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo f o número espécies e classes das ações do capital social g as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício h os ajustes de exercícios anteriores art 186 1o e i os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham ou possam vir a ter efeito relevante sobre a situação finan ceira e os resultados futuros da companhia BRASIL 2009 Salientase ainda que a Lei 1163807 prevê que as companhias fechadas com patrimônio líquido na data do balanço inferior a 200000000 dois milhões de reais não serão obrigadas a elaboração e publicação da demonstração de fluxo de caixa Uma vez abordados aspectos gerais quanto às demonstrações financeiras obrigatórias passase a atingir elementos vinculados ao processo de elaboração das seguintes demonstrações obrigatórias BP Balanço Patrimonial e DRE Demonstração do Resultado do Exercício Demonstrações Financeiras Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 153 BALANÇO PATRIMONIAL O Balanço Patrimonial apresenta de forma ordenada a descrição do conjunto de bens direitos obrigações e o patrimônio líquido da entidade e seus respec tivos saldos em determinada data O Comitê de Pronunciamentos Contábeis no Pronunciamento Conceitual Básico item 16 apresenta as seguintes considerações sobre as informações contábeis A posição patrimonial e financeira da entidade é afetada pelos recur sos econômicos que ela controla sua estrutura financeira liquidez e solvência e sua capacidade de adaptação às mudanças no ambiente em que opera As informações sobre os recursos econômicos controlados pela entidade e a sua capacidade no passado de modificar esses recur sos são úteis para prever a capacidade que a entidade tem de gerar caixa e equivalentes de caixa no futuro CPC 00 R1 2011 online1 O Pronunciamento Conceitual Básico item 47 complementa que as Demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das transações e outros eventos agrupandoos em classes de acordo com as suas características econômicas Essas classes são chamadas de elemen tos das demonstrações contábeis Os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimonial e financeira no balanço são os ativos os passivos e o patrimônio líquido CPC 00 R1 2011 online1 O Balanço Patrimonial evidencia resumidamente a situação patrimonial da empresa em um dado momento no tempo usualmente a cada 12 meses Essa demonstração é estática e segundo a Lei 640476 as contas que compõem essa demonstração são classificadas conforme os elementos do patrimônio ativo passivo e patrimônio líquido e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia A lei ainda prevê que no Ativo as contas serão dispostas em ordem decres cente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados Sendo que os grupos foram alterados pela Lei 1194109 ficando a Ativo Circulante b Ativo Não Circulante é composto por Realizável a longo prazo inves timento imobilizado e intangível CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 154 No Passivo as contas serão classificadas de acordo com seu prazo de exigibili dade nos seguintes grupos a Passivo Circulante b Passivo Não Circulante c Patrimônio Líquido dividido em capital social reservas de capital ajustes de avaliação patrimonial reservas de lucros lucros ou prejuízos acumu lados e ações em tesouraria DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO O termo Resultado de forma genérica conduz à ideia de desempenho O CPC no Pronunciamento Conceitual Básico item 17 apresenta as seguintes conside rações sobre o desempenho da empresa As informações referentes ao desempenho da entidade especialmente sua rentabilidade são requeridas com a finalidade de avaliar possíveis mudanças necessárias na composição dos recursos econômicos que provavelmente serão controlados pela entidade As informações sobre as variações nos resultados são importantes nesse sentido Os dados sobre os resultados são úteis para prever a capacidade que a entidade tem de gerar fluxos de caixa a partir dos recursos atualmente controlados por ela Também é útil para a avaliação da eficácia com que a entidade poderia usar recursos adicionais CPC 26 R1 2011 online2 Na contabilidade o termo Resultado também assume a conotação de medida de desempenho e corresponde à mensuração aumento ou diminuição do patri mônio líquido caracterizandose pela confrontação das receitas obtidas pela empresa no desempenho de sua atividade com as despesas em que incorrem para obtêlas assim temse seguinte relação Resultado Receitas Despesas Demonstrações Financeiras Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 155 No caso de o total de receitas de um período ser superior ao total de despesas necessárias para obtêlas temse resultado positivo o qual é denominado lucro superávit Já quando as despesas são superiores às receitas temse resultado negativo Esse resultado recebe a denominação Prejuízo déficit A partir do exposto podese observar que para a determinação do resul tado é necessário identificar as receitas acréscimo de Patrimônio Líquido e as despesas diminuição do Patrimônio Líquido que a empresa incorreu de deter minado período Isto feito podese avaliar o efeito que tais operações causaram ao Patrimônio Líquido da empresa a Estrutura da demonstração de resultado O relatório denominado Demonstração do Resultado corresponde à apresen tação de forma detalhada e ordenada de todas as contas de receitas e despesas que compõem a Conta Apuração de Resultado O Pronunciamento Técnico CPC 26 item 82 define o detalhamento mínimo das rubricas a serem apresentadas na demonstração do resultado receitas custo dos produtos das mercadorias ou dos serviços vendidos lucro bruto despesas com vendas gerais administrativas e outras despesas e recei tas operacionais despesas e receitas financeiras resultado antes dos tributos sobre o lucro despesa com tributos sobre o lucro resultado líquido do período CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 156 DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS Evidencia claramente o lucro do período sua distribuição e movimentação ocorrida no saldo da conta patrimonial denominada de lucros ou prejuízos acumulados O Art 186 da Lei 640476 em seus incisos I II III determina a seguinte discriminação na Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados I o saldo do início do período os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial II as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício III as transferências para reservas os dividendos a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo do período BRASIL 1976 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Evidencia a mutação do Patrimônio Líquido de forma global novas integraliza ções de capital resultado do exercício ajustes de exercícios anteriores dividendos reavaliações e também as mutações internas incorporações de reservas de capi tal transferências de lucros acumulados para reservas e viceversa A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido DMPL é obrigató ria para empresas de capital aberto conforme exigência da CVM Comissão de Valores Mobiliários em sua instrução nº 59 de 22 de dezembro de 1986 A DMPL fornece informações referentes às diversas movimentações ocor ridas nas contas do Patrimônio Líquido durante o exercício social Dessa forma todo acréscimo ou diminuição no Patrimônio Líquido é evidenciado por meio dessa demonstração As empresas que elaboram a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido são dispensadas de elaborar a Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados uma vez que aquela DMPL inclui esta DLPA A DMPL é um instrumento importante para as empresas que tenham seu Patrimônio Líquido formado por diversas contas e mantenham com elas cons tantes transações Demonstrações Financeiras Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 157 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA No Brasil a DFC passou a ser obrigatória para as sociedades anônimas e empre sas de grande porte a partir de 2008 Substituiu a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos As companhias fechadas com PL inferior a R 200000000 dois milhões de reais data do balanço não serão obrigatórias a elaboração e publicação da DFC A DFC é feita pelo regime de caixa então a DFC deve indicar no mínimo as alterações ocorridas durante o exercício no saldo de caixa e equivalentes de caixa segregandose essas alterações em no mínimo três fluxos de atividade Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades diferentes das de investimento e de financiamento Atividades de investimento referentes a aquisição e venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalen tes de caixa Atividades de financiamento resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no endividamento da entidade não são classificadas como atividade operacional Essa demonstração será obtida de forma direta a partir da movimentação do caixa e equivalentes a caixa ou de forma indireta com base no lucroprejuízo do exercício A DFC apresentada pelo Método Direto facilita a visualização e a compreensão do fluxo financeiro demonstrando recebimentos e pagamentos decorrentes das atividades operacionais da empresa possibilitando a avaliação do comportamento do seu nível de solvência Neste método são apresentados os componentes dos fluxos por seus valores brutos ao menos para os itens mais significativos dos recebimentos e pagamentos A DFC apresentada pelo Método Indireto se assemelha a DOAR pois a demonstração de recursos gerados pela empresa é feita por meio da conciliação do resultado líquido do exercício com a efetiva variação do caixa exigindo do analista um conhecimento de contabilidade CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 158 DEMONSTRAÇÃO DE VALOR ADICIONADO A DVA passou a ser obrigatória para as sociedades anônimas de capital aberto a partir do exercício de 2008 A DVA deve evidenciar o valor da riqueza gerada pela companhia a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza tais como empregados financiadores acionistas governo e outros bem como a parcela da riqueza distribuída Em outras palavras a DVA evidencia o quanto de riqueza uma empresa pro duziu ou seja o quanto ela adicionou de valor aos seus fatores de produção e o quanto dessa riqueza foi distribuída entre empregados governo acionistas financiadores de capital ou retida e de que forma A sua utilidade é notória do ponto de vista macroeconômica pois conceitualmente o somatório dos valores adicionados de um país representa seu Produto Interno Bruto PIB Em suma a DVA demonstra ao usuário o quanto cada companhia criou de riqueza e como distribuiu aos agentes econômicos que ajudaram a criar essa riqueza O objetivo maior da DVA é o de demonstrar o quanto a empresa gerou de riqueza recursos e como distribuíu esses recursos aos agentes que contri buíram para tal formação DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE CPC 26 institui a obrigatoriedade da publicação da DRA Essa demonstração evi dencia as modificações do Patrimônio Líquido PL decorrentes de receitas despesas e outros eventos que porém não são reconhecidos no resultado imediatamente ou seja sua realização ainda contém um grau de incerteza Perdas não realizadas em investimentos financeiros são exemplos de despesas que compõem a DRA 3112X1 3112X0 Lucro líquido ajustes de conversão de controladas no exterior Resultado abrangente do período Atribuível a acionistas Demonstrações Financeiras Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 159 NOTAS EXPLICATIVAS As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis e devem divulgar as informações necessárias a adequada compreensão das respectivas demonstrações Por determinação legal as notas devem conter a os principais critérios de avaliação de elementos patrimoniais b os investimentos em outras sociedades quando relevantes c o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações d os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo as garantias pres tadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes e a taxa de juros as datas de vencimento e as garantias das obrigações em longo prazo f o número espécies e classes das ações do capital social g as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício h ajustes de exercícios anteriores i eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham ou possam vir a ter efeito relevante sobre a situação financeira e os resul tados futuros da companhia RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO O seu objetivo é servir como complemento às demonstrações contábeis de forma a subsidiar o leitor com informações sobre o contexto operacional da compa nhia com fatos relevantes que aconteceram ao longo do exercício e com planos para os exercícios seguintes A CVM por meio do Parecer de Orientação nº 1587 apresenta a relação de itens que deve conter CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 160 a descrição dos negócios produtos e serviços b comentários sobre a conjuntura econômica geral c recursos humanos d investimentos e pesquisa e desenvolvimento f novos produtos e serviços g proteção ao meio ambiente h reformulações administrativas i investimentos em controladas e coligadas j direitos dos acionistas e dados de mercado k perspectivas e planos de exercício em curso e para futuro PARECER DO CONSELHO FISCAL O conselho fiscal é órgão fiscalizador do Conselho de Administração das Sociedades Anônimas conforme os arts 161 a 165 da Lei das Sociedades Anônimas Compete ao conselho Opinar sobre o relatório anual da administração fazendo constar no seu parecer as informações complementares que julgar necessárias ou úteis à deliberação da assembleia geral Analisar ao menos trimestralmente o balancete e demais demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela companhia Examinar as demonstrações financeiras do exercício social e sobre elas opinar Contabilização dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 161 RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES Acompanhando as demonstrações contábeis legais a publicação do parecer dos auditores independentes é obrigatória para diversas empresas O parecer é basica mente um relato das demonstrações contábeis que foram auditadas e a adequada interpretação dos princípios contábeis em vigor dando assim maior represen tatividade ao conteúdo das informações contábeis publicadas Os principais tipos de pareceres de auditoria ou relatório dos auditores são os seguintes Parecer sem ressalva Parecer sem ressalva e com ênfase Parecer com ressalva limitação de escopo Parecer com ressalva Parecer adverso Parecer com abstenção de opinião CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS As demonstrações contábeis são facilmente geradas por sistemas informatizados no entanto para que os demonstrativos atendam as leis e gerem informações úteis de forma simultânea é preciso que os fatos con tábeis sejam corretamente registrados O departamento de contabilidade ou o profissio nal contábil terceirizado normalmente fica distante do setor fabril assim eles não têm dados referentes à produção Por outro lado as requisições de materiais CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 162 os mapas de apontamentos e os demais controles internos podem ser utilizados para a contabilização LANÇAMENTOS CONTÁBEIS Vamos considerar a empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda produtora de guardaroupas A empresa rateou os custos indiretos pelo consumo de madeira Utilizando o quadro do custo total segue a contabilização Tabela 3 Custo total dos produtos Produtos Custos diretos Custos Indiretos CUSTO TOTAL Materiais Mão de obra Energia Elétrica Total Guardaroupa 2 ptas 8102 2500 1000 11602 129120 1289320 Guardaroupa 4 ptas 17204 5000 1300 23504 274380 2624780 Guardaroupa 6 ptas 25306 7500 1700 34506 403500 3854100 Total 50612 15000 4000 69612 807000 7768200 Fonte a autora Contabilização dos materiais diretos De acordo com a contabilidade financeira no momento da aquisição a matériaprima e os demais materiais foram registrados no Ativo Circulante nas contas de Estoque tendo como contrapartida a conta de Caixa Banco ou Fornecedores Durante o processo produtivo os materiais foram consumidos na fabri cação de produtos portanto ocorre a baixa dos materiais do estoque e transferência para os produtos acabados Débito Guardaroupa 2 pontas 8000 Débito Guardaroupa 4 portas 17000 Débito Guardaroupa 6 portas 25000 Crédito Madeira Estoque 50000 Contabilização dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 163 Histórico consumo de madeira no processo de produção de guardaroupas Débito Guardaroupa 2 pontas 102 Débito Guardaroupa 4 portas 204 Débito Guardaroupa 6 portas 306 Crédito Puxadores Estoque 612 Histórico consumo de puxadores na fabricação de guardaroupas Contabilização da mão de obra direta Na contabilidade financeira foram registrados os valores da folha de paga mento debitando mão de obra despesa e creditando Salários a Pagar Caixa ou Banco Durante o processo produtivo o valor da mão de obra é considerado custo direto alocado aos produtos Débito Guardaroupa 2 pontas 2500 Débito Guardaroupa 4 portas 5000 Débito Guardaroupa 6 portas 7500 Crédito Mão de obra despesa 15000 Histórico custo da mão de obra direta alocada aos guardaroupas Contabilização da energia elétrica direta Na contabilidade financeira foram registrados os valores devidos de ener gia elétrica debitando Energia Elétrica Despesa e creditando Energia Elétrica a Pagar Caixa ou Banco Durante o processo produtivo a energia elétrica direta é alocada aos produtos Débito Guardaroupa 2 pontas 1000 Débito Guardaroupa 4 portas 1300 Débito Guardaroupa 6 portas 1700 Crédito Energia Elétrica despesa 4000 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 164 Histórico custo da energia elétrica direta consumida na fábrica alocada aos guardaroupas Contabilização dos custos indiretos Na contabilidade financeira foram registrados os valores dos custos indi retos debitando como despesas a Depreciação de Máquinas Industriais Outros Materiais Consumidos debitando como estoque de Verniz etc e creditando Depreciação Acumulada Fornecedores Contas a Pagar etc Durante o processo produtivo os custos indiretos foram consumidos portanto alocados aos produtos rateados de acordo com a madeira consumida Débito Guardaroupa 2 pontas 129120 Débito Guardaroupa 4 portas 274380 Débito Guardaroupa 6 portas 403500 Crédito Depreciação de Máquinas Industriais 350 Crédito Manutenção das Máquinas Industriais 320 Crédito Energia Elétrica iluminação da fábrica 1500 Crédito Outros Materiais Consumidos 700 Crédito Salários e Encargos dos Supervisores de Produção 5000 Crédito Verniz Consumido 200 Contabilização dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 165 Tabela 4 Razonte das contas contabilizadas Madeira Puxador Energia Elétrica Direta SXXXX 50000 SXXXX 612 SXXXX 4000 Mão de obra Depreciação de Máq Industriais Energia Elétrica Indireta SXXXX 15000 SXXXX 350 SXXXX 1500 Manutenção de Máq Industriais Outros Materiais Consu midos Salários e Enc dos Sup de Produção SXXXX 320 SXXXX 700 SXXXX 5000 Verniz Consumido SXXXX 200 Guardaroupa 2 portas Guardaroupa 4 portas Guardaroupa 6 portas 800000 Madeira 1700000 Madeira 2500000 Madeira 10200 Puxador 20400 Puxador 30600 Puxador 250000 MOD 500000 MOD 750000 MOD 100000 Energia 130000 Energia 170000 Energia 129120 CIP 274380 CIP 403500 CIP 1289320 2624780 3854100 Fonte a autora EXERCÍCIO RESOLVIDO 7 A Confeitaria Gutamoc produz bolos para casa mento No mês de janeiro20XX a empresa fez 70 bolos de chocolate e 60 bolos de morango Os ingredientes utilizados totalizaram 5000 todos classificados como material direto consumidos pelos dois sabores de bolos mediante as ano tações constantes das requisições o consumo do bolo de morango é 46 da quantidade consumida no bolo de chocolate A Mão de Obra Direta é a mesma para cada unidade de produtos e o CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 166 tempo necessário por unidade também é o mesmo O custo da mão de obra utilizada no período foi de 2500 Os equipamentos de fabricação utilizados na produção custaram 2160 e sua vida útil são estimadas em 10 anos A fatura de energia elétrica da produção custou 300 Para assar os bolos de chocolate e morango foram consumidas 11 h e 1 h de forno elétrico respectivamente para cada unidade Pedese a Calcular o valor do custo de material direto para os bolos fabricados b Calcular o valor do custo de mão de obra direta para os bolos fabricados c Calcular o valor dos custos indiretos de produção CIP para os bolos fabricados rateando com base no tempo de forno d Calcular o custo total de cada bolo fabricado Resolução a Bolo de chocolate Bolo de morango X 4X 6 X 4X 6 5000 6 X 4 X 30000 10 X 30000 X 3000 4 x 3000 6 2000 Assim o bolo de chocolate consome 3000 enquanto o bolo de morango con some 2000 b Tabela 5 Custo da mão de obra dos produtos Bolo de chocolate 70 unidades 13461538 Bolo de morango 60 unidades 11538461 Total 130 unidades 2500 Fonte a autora Contabilização dos Custos Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 167 130 unid 2500 130 unid 2500 70 unid X 60 unid X 130 X 70 x 2500 130 X 60 x 2500 X 175000 130 X 150000 130 X 134615 X 115385 c 2160 10 anos 216 de depreciação por ano 216 por ano 12 meses 18 de depreciação por mês Assim os custos indiretos do período foram de 318 Podemos ratear os custos indiretos por uma regra de três simples Tabela 6 Custos indiretos de produção Bolo de chocolate 11 h x 70 unid 77 horas Bolo de morango 10 h x 60 unid 60 horas Total 137 horas Fonte a autora 137 horas 318 137 horas 318 77 horas X 60 horas X 137 X 77 x 318 137 X 60 x 318 X 24486 137 X 19080 137 X 17873 X 13927 Tabela 7 Custo total dos produtos Bolo de chocolate Bolo de morango Total Material direto 3000 2000 5000 Mão de obra direta 134615 115385 2500 CIP 178 73 13927 318 Total 452488 329312 7818 Fonte a autora CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 IV U N I D A D E 168 Caroa alunoa chegamos ao fim de mais uma unidade Agora você tem conhe cimento suficiente para apurar os custos dos produtos e o processo simples de contabilização Contabilidade de custo é isso informações fundamentais com relevância e representação fidedignas das transações financeiras ocorridas desde a aquisição de materiais até a venda do produto acabado No momento da constituição do plano de contas com as contas de custos a empresa deve observar que 1 As contas devem ser organizadas e cadastradas para oferecer o máximo de informação 2 Os nomes das contas devem refletir o propósito das transações ocorri das para facilitar a compreensão dos saldos registrados 3 As contas de custos da produção devem ser claras tendo em vista que são utilizadas pelos administradores para análise de eficiência 4 O nível de detalhamento de cadastros das contas são os limitadores dos níveis de dados evidenciados nos demonstrativos Fonte a autora Para realmente saber se uma informação contábil ajuda ou não uma entidade a alcançar seus objetivos e metas é necessário que sejam respondidas três ti pos de questões Estou agindo bem ou insatisfatoriamente Quais problemas devo examinar Das diversas maneiras de fazer um trabalho qual é a melhor Fonte Constante e Souza 2015 online3 Considerações Finais Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 169 CONSIDERAÇÕES FINAIS A composição dos custos comerciais diverge dos custos industriais O custo do guardaroupa para uma empresa que comercializa móveis corresponde ao valor de aquisição da mercadoria acrescido dos gastos necessários para colocálo em condição de venda deduzindo os tributos recuperáveis Por outro lado o custo desse mesmo guardaroupa é bem diferente para a empresa que fabrica o produto A indústria compra materiais madeira tinta parafuso contrata empregados e ainda tem gastos de produção energia elétrica seguro depreciação de máquinas etc Assim o custo do produto guardaroupa para uma empresa que industrializa móveis correspondem ao custo líquido dos materiais mais os gastos de transformação da madeira em guardaroupa Resumidamente os custos de transformação dos materiais em produtos acabados são compostos por três elementos custos com materiais diretos mão de obra direta e custos indiretos de produção todos evidenciados neste livro A eficiência da evidenciação dos custos obtidos com a contabilização se ini cia com a elaboração de um Plano de Contas de acordo com as necessidades de cada empresa Nesta unidade você identificou no plano as contas utilizadas no processo de transferência dos materiais do estoque contas patrimoniais para as contas de custos e do estoque de produto acabado para a venda Com o cadastro das contas realizado foi possível exemplificar a contabilização dos custos utilizando critério simples sem detalhar todas as etapas de produção ressaltando que as informações detalhadas não contabilizadas estão registradas nos relatórios de produção requisições ordens de produção ficha técnica etc Os lançamentos contábeis de custos consistem em alocar aos produtos os elementos de custos consumidos no processo de produção A contabilização das transações financeiras possibilitou a evidenciação dos dados registrados nas demonstrações contábeis Nesta unidade você visualizou um modelo de plano de contas a contabiliza ção dos custos e a evidenciação das informações nas demonstrações contábeis 170 1 A empresa Gutamoc Ltda compra matériaprima para produzir tapetes As aqui sições são pagas à vista em dinheiro pelo valor de 1500 com IPI de 500 ICMS de 18 PIS de 065 e Cofins de 76 Faça os lançamentos de aquisição dessa matéria prima 2 A matériaprima tecido está registrada no estoque da empresa Gutamoc Ltda pelo valor de 2000 na conta Tecido modelo A Num determinado período foram consumidos 60 da matériaprima disponível no estoque no processo de produção de 400 unidades do produto Tapete Básico Contabilize o consumo de material no produto 3 A empresa industrial Gutamoc Ltda consome Energia Elétrica no processo pro dutivo do produto Tapete Liso e também nos departamentos administrativos da empresa Sabendo que do gasto de 1000 de um determinado período 80 são consumidos no processo produtivo contabilize a apropriação da Fatura da Energia Elétrica e a posterior transferência do custo ao produto 4 A folha de pagamento da empresa Gutamoc Ltda em determinado período foi 3000 sendo 1000 de prolabore dos sócios 200 com empregados dos setores de vendas e administração e o restante do setor de produção Sabendo que no período foram produzidos 300 unidades de Tapete Show contabilize a apro priação da folha de pagamento e a alocação do custo aos produtos 5 A empresa Gutamoc Ltda produz o produto Cortina Lisa de forma contínua Num determinado período ocorreram os seguintes gastos na produção de 10 unidades de cortina 2000 de tecido correspondente a 200 metros de Viscose Branca registada no estoque 500 de energia elétrica sendo que 400 corresponde a custo e 100 de despesa já contabilizado 600 de mão de obra consumida no setor fabril sendo que 100 corresponde a remuneração do supervisor de fábrica Tomando por base as informações acima contabilize o consumo dos elementos de custos e apure o custo de cada unidade de cortina 171 Práticas de gestão de custos um estudo em indústrias alimentícias da Paraíba No contexto de redução de custos e despesas o gerenciamento de custos serve como uma ferramenta útil para que esses objetivos sejam alcançados Essa visão é confirmada quando Souza Schnorr e Ferreira 2011 afirmam que uma das práticas da gestão de custos é identificar alternativas de redução de custos buscando também evitar que os produtos percam qualidade com isso A vantagem competitiva é um aspecto considerado pela gestão de custos As informa ções sobre custos sustentam planejamentos que buscam manter a competitividade das empresas no mercado Isso é confirmado por Souza e Heinen 2012 ao afirmarem que os dados de custos são utilizados para desempenhar outras estratégias a fim de se obter vantagem competitiva Os dados dos custos servem de base para que a contabilidade de custos gere informa ções que por sua vez darão suporte à tomada de decisão Desde a coleta dos dados até o acompanhamento das estratégias implantadas existem vários fatores que devem ser observados no processo de gestão dos custos Essa visão coincide com a de Tichacek 2006 quando este afirma que no processo de gestão de custos estão envolvidos fatores como coleta e análise de dados avaliações atribuições e tomada de decisões Para que os custos sejam geridos de maneira efeti va deve haver disponibilidade de dados que sejam analisados ao passo que devem ser consideradas outras variáveis que de alguma forma interfiram nos custos e que sejam relevantes na tomada de decisão De acordo com Birchal 2004 a indústria alimentícia é não só o berço da industrialização brasileira como também uma grande parte das empresas nacionais de grande porte O autor ainda alega que é um setor complexo devido ao grande número segmentos que possui e também é possui um crescimento notável A complexidade do setor necessita de uma gestão de custos que auxilie a tomada de decisões principalmente nos assuntos relacionados aos custos da empresa Tendo em vista os benefícios que uma gestão de custos pode gerar e a relevância e a complexidade das indústrias alimentícias fazse necessário verificar como a gestão de custos é desempenhada nesse setor Assim surge o questionamento Como as práticas de gestão de custos de indústrias alimentícias de médio e grande porte da Paraíba estão sendo executadas As indústrias alimentícias são representativas na economia brasileira com relação à pro dução e ao emprego por exemplo De acordo com o IBGE 2014 o ramo industrial ali mentício foi o que teve maior participação no Valor da Transformação Industrial do Brasil em 2012 com 149 enquanto que o segundo lugar foi do coque derivados de petró leo e biocombustíveis com 97 No âmbito da Paraíba de acordo com a FIEP 2014 cerca de 3394 das indústrias do estado são do ramo alimentício 172 Com relação ao emprego de acordo com o Cadastro Geral de Empregados CAGED 2016 a indústria alimentícia foi a que mais teve admissões no período de feverei ro2015 até janeiro2016 com 825819 admitidos enquanto que a indústria têxtil foi a segunda que mais admitiu com 344522 admitidos no mesmo período Devido a esse destaque da indústria alimentícia percebese a relevância dessa pesquisa se concentrar nesse ramo Fonte Farias 2016 Material Complementar MATERIAL COMPLEMENTAR O plano de conta corresponde ao conjunto de contas que norteia todo o registro contábil das transações financeiras Sua estrutura deve estar de acordo com a legislação brasileira O site sugerido dispõe sobre a elaboração do plano de contas acesse httpwwwportaldecontabilidadecombrguiaplanodecontashtm Contabilidade de Custos 2013 Osni Moura Ribeiro Editora Saraiva Sinopse as áreas da Contabilidade são inúmeras e entender cada uma delas requer bons livros Esse conhecimento é primordial para o desenvolvimento profissional não só dos estudantes de contabilidade mas também dos profissionais da área que têm no seu dia a dia inúmeras informações a decifrar e precisam de um embasamento teórico forte Uma dessas áreas é a Contabilidade de Custos que necessita de análises mais detalhadas para tomada de decisões Ao contrário do que se possa pensar estudar custos não é uma tarefa difícil ainda mais quando se faz uso de uma abordagem como a empregada neste livro Os capítulos são divididos de maneira progressiva tornando o aprendizado mais tranquilo mesmo para aqueles que nunca estudaram custos antes Isso só é possível em razão da grande facilidade que o autor tem em transmitir o conteúdo são mais de 35 anos de experiência acumulada como professor e profissional da área REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS BRASIL Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Lei nº 6404 de 15 de dezembro de 1976 Dispõe sobre as Sociedades por Ações Dis ponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03leisL6404consolhtm Acesso em 27 abr 2017 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Lei nº 11638 de 28 de dezembro de 2007 Altera e revoga dispositivos da Lei no 6404 de 15 de dezembro de 1976 e da Lei no 6385 de 7 de dezembro de 1976 e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divul gação de demonstrações financeiras Disponível em httpwwwplanaltogovbr ccivil03ato200720102007leil11638htm Acesso em 3 out 2016 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Lei nº 11941 de 27 de maio de 2009 Altera a legislação tributária federal relativa ao parcelamento ordinário de débitos tributários concede remissão nos casos em que especifica institui regime tributário de transição alterando o Decreto no 70235 de 6 de março de 1972 as Leis nos 8212 de 24 de julho de 1991 8213 de 24 de julho de 1991 8218 de 29 de agosto de 1991 9249 de 26 de dezembro de 1995 9430 de 27 de dezembro de 1996 9469 de 10 de julho de 1997 9532 de 10 de dezem bro de 1997 10426 de 24 de abril de 2002 10480 de 2 de julho de 2002 10522 de 19 de julho de 2002 10887 de 18 de junho de 2004 e 6404 de 15 de dezembro de 1976 o DecretoLei no 1598 de 26 de dezembro de 1977 e as Leis nos 8981 de 20 de janeiro de 1995 10925 de 23 de julho de 2004 10637 de 30 de dezembro de 2002 10833 de 29 de dezembro de 2003 11116 de 18 de maio de 2005 11732 de 30 de junho de 2008 10260 de 12 de julho de 2001 9873 de 23 de novembro de 1999 11171 de 2 de setembro de 2005 11345 de 14 de setembro de 2006 prorroga a vigência da Lei no 8989 de 24 de fevereiro de 1995 revoga dispositivos das Leis nos 8383 de 30 de dezembro de 1991 e 8620 de 5 de janeiro de 1993 do DecretoLei no 73 de 21 de novembro de 1966 das Leis nos 10190 de 14 de feve reiro de 2001 9718 de 27 de novembro de 1998 e 6938 de 31 de agosto de 1981 9964 de 10 de abril de 2000 e a partir da instalação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais os Decretos nos 83304 de 28 de março de 1979 e 89892 de 2 de julho de 1984 e o art 112 da Lei no 11196 de 21 de novembro de 2005 e dá ou tras providências Disponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03ato2007 20102009leil11941htm Acesso em 27 abr 2017 174 REFERÊNCIAS 175 CREPALDI S A Curso básico de contabilidade de custos 5 ed São Paulo Atlas 2010 FARIAS A K A ARAÚJO DJ C FERNANDES M S A Práticas de gestão de custos um estudo em indústrias alimentícias da Paraíba XXIII Congresso Brasileiro de Cus tos 2016 REFERÊNCIA ONLINE 1 Em httpwwwcpcorgbrCPCDocumentosEmitidosPronunciamentosPro nunciamentoId80 Acesso em 27 abr 2017 2 Em httpwwwcpcorgbrCPCDocumentosEmitidosPronunciamentosPro nunciamentoId57 Acesso em 27 abr 2017 3 Em httpwwwicepsccombrojsindexphpempreendedorismoarticle view3315 Acesso em 28 abr 2017 GABARITO 1 D Matériaprima 73750 D IPI a Recuperar 50000 D PIS a Recuperar 650 D Cofins a Recuperar 7600 D ICMS a Recuperar 18000 C Caixa 1500 2 D Tapete Básico C Tecido Modelo Básico 1200 3 Apropriação da energia elétrica D Energia Elétrica despesa 200 D Energia Elétrica custo 800 C Energia Elétrica a Pagar 1000 Transferência para custos D Tapete Liso C Energia Elétrica custo 800 GABARITO 177 4 Apropriação da folha de pagamento D Prolabora despesa 1000 D Salários despesas 200 D Salários custos 1800 Alocação do custo ao produto D Tapete Show estoque C Salários custo 1800 5 D Cortina Branca estoque de produto acabado 3000 C Viscose Branca estoque 2000 C Mão de obra direta 500 C Mão de obra indireta 100 C Energia Elétrica custo 400 Apuração do custo unitário 3000 10 unidades 300 por unidade UNIDADE V Professora Me Juliana Moraes da Silva CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Objetivos de Aprendizagem Compreender o processo de contabilização das contas de custos indiretos Apurar a contabilização dos custos indiretos rateados aos departamentos Custear os produtos com elementos diretos e indiretos Plano de Estudo A seguir apresentamse os tópicos que você estudará nesta unidade Apuração do custo total com Departamentalização Contabilização completa com Departamentalização Custeio por Absorção INTRODUÇÃO Estamos chegando ao final da disciplina de Contabilidade de Custos Nesta última unidade vamos unir todo o conteúdo aprendido nas unidades anteriores e traba lhar com a contabilização dos custos de uma maneira mais detalhada utilizando o método da departamentalização no qual os custos indiretos são alocados pri meiramente aos departamentos por algum critério de rateio e posteriormente dos departamentos para os produtos A compreensão e a correta contabilização das contas do plano de contas é indispensável para que os registros efetuados possam ser identificados dentro de um processo lógico de movimentação dos custos uma vez que o objetivo da contabilização é compor os saldos das demonstrações financeiras que deverão ser utilizadas pelos usuários da informação Nesta unidade veremos que os custos diretos por ser possível a mensuração continuam sendo alocados diretamente aos produtos por meio da sua medida de consumo mas os custos indiretos pela impossibilidade de mensuração de consumo dos insumos são apropriados aos departamentos por um critério de rateio definido de forma arbitrária Dentre as várias formas de custear o produto este material apresenta a con tabilização dos custos de acordo com o Sistema de Custeio por Absorção no qual o produto absorve todos os recursos consumidos durante o processo de produ ção absorve custos fixos e variáveis O critério de contabilização abordado nesta unidade consiste na contabi lização detalhada Não perca mais tempo vamos começar essa última unidade do livro compreendendo o processo de contabilização dos custos pelo método da departamentalização No critério complexo de contabilização dos custos é possível ter uma visão mais clara da origem dos custos de produção Os detalhes dos valores lançados podem ser observados nas planilhas mapas apontamentos quadros e tabelas O objetivo desta unidade é mostrar por intermédio de exemplos simples o processo completo da contabilização dos custos Introdução Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 183 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 184 APURAÇÃO DO CUSTO TOTAL COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO A contabilização completa dos custos permite a apuração do valor dos gastos consumidos no processo produtivo possibilitando conhecer o custos dos pro dutos acabados em elaboração e vendidos Para apuração de custo com departamentalização vamos alocar todos os custos aos produtos sejam eles diretos ou indiretos O custo total dos produtos será apurado após o cumprimento das seguin tes etapas 1ª Etapa Levantamento das despesas 2ª Etapa Levantamento e separação dos custos diretos e indiretos 3ª Etapa Alocação dos custos diretos aos produtos Apuração do Custo Total Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 185 4ª Etapa Escolher os critérios de rateio dos custos indiretos aos departa mentos e dos departamentos aos produtos Alocação dos custos indiretos por rateio ou estimativa 5ª Etapa Levantamento do custo total exemplificar a contabilização dos custos vamos utilizar os dados fictícios da empresa Gutamoc Indústria e Comércio de Móveis Ltda Primeiramente é preciso identificar os gastos que ocorreram no período de janeiro de 20XX conforme segue Comissão de Vendedores 2000 Depreciação de Máquinas Industriais 350 Depreciação de Veículos 250 Despesas Bancárias 100 Energia Elétrica da Administração 500 Energia Elétrica da Fábrica iluminação da fábrica 1500 Energia Elétrica da Fábrica medidor por máquina 4000 Fatura de Telefone 600 Frete de Entrega 1000 Honorários da Diretoria 2200 Madeira Consumida 50000 Manutenção das Máquinas Industriais 320 Material de Limpeza da Administração 150 Outros Materiais Consumidos 700 Puxadores Consumidos 612 Salários e Encargos da Administração 6000 Salários e Encargos dos Operários 15000 Salários e Encargos dos Supervisores de Produção 5000 Tarifa de Água 300 vez identificado os gastos do período iniciamos o processo de formação dos custos e a contabilização CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 186 1ª Etapa Levantamento das despesas a Despesas Comerciais Comissão de Vendedores 2000 Depreciação de Veículos 250 Frete de Entrega 1000 b Despesas Financeiras Despesas Bancárias 100 c Despesas Administrativas Energia Elétrica da Administração 500 Fatura de Telefone 600 Honorários da Diretoria 2200 Material de Limpeza da Administração 150 Salários e Encargos da Administração 6000 Tarifa de Água 300 2ª Etapa Levantamento e separação dos custos diretos e indiretos a Custos Diretos Materiais Diretos Madeira Consumida 50000 Puxadores Consumidos 612 b Custos Diretos Mão de obra Direta Salários e Encargos dos Operários 15000 Apuração do Custo Total Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 187 c Custos Diretos Outros Custos Diretos Energia Elétrica da Fábrica medidor por máquina 4000 d Custos Indiretos Depreciação de Máquinas Industriais 350 Energia Elétrica da Fábrica iluminação da fábrica 1500 Manutenção das Máquinas Industriais 320 Outros Materiais Consumidos 700 Salários e Encargos dos Supervisores de Produção 5000 3ª Etapa Alocação dos custos diretos aos produtos A empresa em análise produziu Guardaroupas de 2 4 e 6 portas no período a Alocação dos materiais diretos A empresa mantém um controle interno para o consumo da matériaprima madeira realizado por meio das requisições feitas pela produção ao almoxari fado conforme apresentado Tabela 1 Custo com matéria prima Produtos Madeira Guardaroupa de 2 portas 8000 Guardaroupa de 4 portas 17000 Guardaroupa de 6 portas 25000 Total 50000 Fonte a autora Os puxadores são alocados diretamente a cada uma das unidades produzidas Considerarmos a fabricação de 10 unidades de guardaroupas de cada modelo segue os custos CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 188 Tabela 2 Custo com materiais diretos Produtos Puxadores Guardaroupa de 2 portas 102 Guardaroupa de 4 portas 204 Guardaroupa de 6 portas 306 Total 612 Fonte a autora b Alocação da mão de obra direta A empresa possui o custo com mão de obra direta salários encargos bene fícios e o tempo despendido em cada unidade podemos alocar diretamente o custo dos operários aos produtos conforme segue Tabela 3 Custo da mão de obra Produtos Mão de obra Guardaroupa de 2 portas 2500 Guardaroupa de 4 portas 5000 Guardaroupa de 6 portas 7500 Total 15000 Fonte a autora c Alocação da energia elétrica direta A empresa possui registros nas máquinas que quantificam o consumo de ener gia elétrica em cada uma das unidades produzidas Assim ela aloca a energia das máquinas somente das máquinas conforme segue Tabela 4 Custo com energia elétrica Produtos Energia Elétrica Guardaroupa de 2 portas 1000 Guardaroupa de 4 portas 1300 Guardaroupa de 6 portas 1700 Total 4000 Fonte a autora Apuração do Custo Total Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 189 4ª Etapa Escolher os critérios de rateio dos custos indiretos aos de partamentos e dos departamentos aos produtos Alocação dos custos indiretos por rateio Na departamentalização os custos indiretos consumidos no processo produtivo do período devem ser alocados aos departamentos da fábrica Vamos considerar que a empresa Gutamoc possui 5 departamentos sendo análise de qualidade e almoxarifado os departamentos de serviços corte mon tagem e acabamento além dos departamentos de produção a Depreciação de Máquinas Industriais de 350 As máquinas industriais estão localizadas somente nos departamentos de produção Pelos contro les do imobilizado têmse Depreciação das Máquinas Industriais do Corte 200 Depreciação das Máquinas Industriais da Montagem 100 Depreciação das Máquinas Industriais do Acabamento 50 b Energia Elétrica da Fábrica iluminação da fábrica de 1500 As máqui nas industriais têm medidores próprios portanto a energia elétrica das máquinas foi alocada diretamente aos produtos Por outro lado os bicos de luz e outras pequenas máquinas do setor fabril não possuem medidores assim essa energia consumida em departamentos fabris deve ser rateada aos departamentos A empresa rateia os custos indiretos de energia elétrica proporcionalmente aos pontos de luz dos departamentos conforme segue Energia Elétrica do Departamento de Análise de Qualidade 100 Energia Elétrica do Departamento de Almoxarifado 150 Energia Elétrica do Departamento de Corte 700 Energia Elétrica do Departamento de Montagem 350 Energia Elétrica do Departamento de Acabamento 200 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 190 c Manutenção de Máquinas Industriais de 320 As máquinas industriais estão localizadas somente nos departamentos de produção assim pelos controles do imobilizado têmse Manutenção das Máquinas Industriais do Corte 200 Manutenção das Máquinas Industriais da Montagem 70 Manutenção das Máquinas Industriais do Acabamento 50 d Outros Materiais Consumidos de 700 O almoxarifado mantém con trole do consumo de todos os materiais requisitados pelos departamentos conforme segue Outros Materiais do Departamento de Análise de Qualidade 50 Outros Materiais do Departamento de Almoxarifado 50 Outros Materiais do Departamento de Corte 300 Outros Materiais do Departamento de Montagem 100 Energia Elétrica do Departamento de Acabamento 200 e Salários e Encargos dos Supervisores de Produção de 5000 O custo com mão de obra indireta é alocado nos departamentos de acordo com o valor do custo dos empregados em cada departamento conforme segue Outros Materiais do Departamento de Corte 2000 Outros Materiais do Departamento de Montagem 1500 Energia Elétrica do Departamento de Acabamento 1500 Agora vamos agrupar todos estes dados em uma única tabela Apuração do Custo Total Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 191 Tabela 5 Gastos do período em Descrição Análise de Qualidade Almoxarifado Corte Montagem Acabamento Total Deprec Máq Industriais 200 100 50 350 Energia Elétrica Fábrica 100 150 700 350 200 1500 Manut Máq Industriais 200 70 50 320 Outros Mat Consumi dos 50 50 300 100 200 700 Sal e Enc de Supervi sores 2000 1500 1500 5000 Total 150 200 3400 2120 2000 7870 Fonte a autora Os custos indiretos foram distribuídos aos departamentos no entanto o obje tivo é apurar o custo dos produtos Os departamentos de Análise de Qualidade e Almoxarifado são classificados como Departamentos de Serviços pois embora façam parte do setor fabril não recebem os produtos durante o processo produtivo apenas prestam serviços aos demais departamentos Os departamentos de Corte Montagem e Acabamento são classificados como Departamentos de Produção pois recebem os produtos em alguma etapa do processo de produção Como os Departamentos de Serviços prestam serviços aos demais depar tamentos e não recebem os produtos eles são os primeiros a terem seus saldos zerados transferidos para os demais conforme segue a Em nosso exemplo o primeiro departamento a zerar é o de Análise de Qualidade uma vez que ele presta serviço a todos os outros departamen tos Após uma análise para escolha de um critério de rateio alocouse os custos em função do volume de horas de serviços prestados a cada um dos departamentos CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 192 Almoxarifado receberá 10 Corte receberá 70 Montagem receberá 20 Acabamento receberá 50 b O almoxarifado presta serviços apenas aos departamentos de produção Os custos do almoxarifado são rateados proporcionalmente às requisições Corte receberá 150 Montagem receberá 40 Acabamento receberá 20 Os departamentos de serviços foram zerados Os custos indiretos estão todos alo cados apenas nos departamentos de produção Como os produtos passam pelos departamentos de produção o corte a montagem e o acabamento serão zerados mediante transferência dos custos aos produtos O critério de rateio utilizado corresponde ao número de horas máquinas conforme segue a O departamento de corte transfere os custos indiretos de 3620 pro porcionalmente ao número de horamáquina que cada produto utilizou das máquinas sabendo que no período elas funcionaram durante 200 h Guardaroupas 2 portas 3620 200 h x 60 h 1086 Guardaroupas 4 portas 3620 200 h x 60 h 1086 Guardaroupas 6 portas 3620 200 h x 80 h 1448 b O departamento de montagem transfere os custos indiretos de 2180 proporcionalmente ao número de horahomem de trabalho em cada pro duto sabendo que no período foram 1000 horashomem trabalhadas Guardaroupas 2 portas 2180 1000 h x 200 h 436 Guardaroupas 4 portas 2180 1000 h x 300 h 654 Guardaroupas 6 portas 2180 1000 h x 500 h 1090 Apuração do Custo Total Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 193 c O departamento de acabamento transfere os custos indiretos de 2070 proporcionalmente ao número de horahomem de trabalho em cada produto sabendo que no período foram 800 horashomem trabalhadas Guardaroupas 2 portas 2070 800 h x 160 h 414 Guardaroupas 4 portas 2070 800 h x 240 h 621 Guardaroupas 6 portas 2070 800 h x 400 h 1035 Tabela 6 Mapa de rateio em Descrição Análise de Qualidade Almoxari fado Corte Montagem Acabamento Total Deprec Máq Ind 200 100 50 350 Energia Elétrica Fábrica 100 150 700 350 200 1500 Manut Máq Ind 200 70 50 320 Outros Mat Consumidos 50 50 300 100 200 700 Sal e Enc de Supervisores 2000 1500 1500 5000 Total 150 200 3400 2120 2000 7870 Rateio Análise de Qualid 150 10 70 20 50 Total 210 3470 2140 2050 7870 Rateio Almoxarifado 210 150 40 20 Total 3620 2180 2070 7870 Guardaroupas 2 portas 1086 436 414 1936 Guadaroupas 4 portas 1086 654 621 2361 Guardaroupas 6 portas 1448 1090 1035 3573 Total 3620 2180 2070 7870 Fonte a autora 5ª Etapa Levantamento do custo total Os gastos foram separados entre custos e despesas Os custos foram separa dos entre direito e indireto sendo que os diretos foram alocados o produtos de acordo com sua medida de consumo e os indiretos rateados aos produtos A junção dos elementos constitui o custo total dos produtos CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 194 Tabela 7 Apuração do custo total Produtos Custos diretos Custos Indiretos CUSTO TOTAL Materiais Mão de obra Energia Elétrica Total Guardaroupa 2 portas 8102 2500 1000 11602 1936 13538 Guardaroupa 4 portas 17204 5000 1300 23504 2361 25865 Guardaroupa 6 portas 25306 7500 1700 34506 3573 38079 Total 50612 15000 4000 69612 7870 77482 Fonte a autora CONTABILIZAÇÃO COMPLETA COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO A contabilização pode ocorrer de várias formas vamos apresentar um modelo de contabilização utilizando a departamentalização para alocação dos custos indiretos aos produtos Tabela 8 Contabilização dos custos diretos Produtos Custos diretos Materiais Mão de obra Energia Elétrica Total Guardaroupa 2 portas 8102 2500 1000 11602 Guardaroupa 4 portas 17204 5000 1300 23504 Guardaroupa 6 portas 25306 7500 1700 34506 Total 50612 15000 4000 69612 Fonte a autora Contabilização Completa Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 195 a Contabilização dos materiais diretos Vamos considerar que as compras de materiais tenham sido contabiliza das anteriormente segue apenas a contabilização de custos o material transferido do estoque para o produto portanto ocorre a baixa dos materiais do estoque Débito Guardaroupa 2 pontas 8000 Débito Guardaroupa 4 portas 17000 Débito Guardaroupa 6 portas 25000 Crédito Madeira Estoque 50000 Débito Guardaroupa 2 pontas 102 Débito Guardaroupa 4 portas 204 Débito Guardaroupa 6 portas 306 Crédito Puxadores Estoque 612 b Contabilização da mão de obra direta Vamos considerar que a folha de pagamento já tenha sido contabilizada Neste momento estamos apenas apropriando a mão de obra direta aos produtos CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 196 Débito Guardaroupa 2 pontas 2500 Débito Guardaroupa 4 portas 5000 Débito Guardaroupa 6 portas 7500 Crédito Mão de obra Direta 15000 c Contabilização da energia elétrica direta Novamente aqui vamos considerar que a fatura da energia elétrica já tenha sido contabilizada vamos apenas apropriar a energia direta aos produtos Débito Guardaroupa 2 pontas 1000 Débito Guardaroupa 4 portas 1300 Débito Guardaroupa 6 portas 1700 Crédito Energia Elétrica Direta 4000 Tabela 9 Mapa de rateio em Descrição Análise de Qualidade Almoxari fado Corte Monta gem Acaba mento Total Deprec Máq Industriais 200 100 50 350 a Energia Elétrica Fábrica 100 150 700 350 200 1500 b Manut Máq Industriais 200 70 50 320 c Outros Mat Consumidos 50 50 300 100 200 700 d Sal e Enc de Supervisores 2000 1500 1500 5000 e Total 150 200 3400 2120 2000 7870 Rateio Análise de Qualid 150 10 70 20 50 f Total 210 3470 2140 2050 7870 Rateio Almoxarifado 210 150 40 20 g Total 3620 2180 2070 7870 Guardaroupas 2 portas 1086 436 414 1936 Guardaroupas 4 portas 1086 654 621 2361 Guardaroupas 6 portas 1448 1090 1035 3573 Total 3620 2180 2070 7870 Fonte a autora Contabilização Completa Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 197 Considerando que os custos indiretos já tenham sido contabilizados na conta bilidade financeira vamos agora alocálos aos departamentos e posteriormente aos produtos Débito Departamento Corte 200 Débito Departamento Montagem 100 Débito Departamento Acabamento 50 Crédito Depreciação de Máquinas Industriais 350 Débito Departamento Análise Qualidade 100 Débito Departamento Almoxarifado 150 Débito Departamento Corte 700 Débito Departamento Montagem 350 Débito Departamento Acabamento 200 Crédito Energia Elétrica da Fábrica iluminação da fábrica 1500 Débito Departamento Corte 200 Débito Departamento Montagem 70 Débito Departamento Acabamento 50 Crédito Manutenção das Máquinas Industriais 320 Débito Departamento Análise Qualidade 50 Débito Departamento Almoxarifado 50 Débito Departamento Corte 300 Débito Departamento Montagem 100 Débito Departamento Acabamento 200 Crédito Outros Materiais Consumidos 700 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 198 Débito Departamento Corte 2000 Débito Departamento Montagem 1500 Débito Departamento Acabamento 1500 Crédito Salários e Encargos dos Supervisores de Produção 5000 Débito Departamento Almoxarifado 10 Débito Departamento Corte 70 Débito Departamento Montagem 20 Débito Departamento Acabamento 50 Crédito Departamento Análise Qualidade 150 Débito Departamento Corte 150 Débito Departamento Montagem 40 Débito Departamento Acabamento 20 Crédito Departamento Almoxarifado 210 Débito Guardaroupa 2 pontas 1936 Débito Guardaroupa 4 portas 2361 Débito Guardaroupa 6 portas 3573 Crédito Departamento Corte 3620 Crédito Departamento Montagem 2180 Crédito Departamento Acabamento 2070 Contabilização Completa Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 199 Tabela 10 Razonetes das contabilizações Madeira Puxador Energia Elétrica Direta SXXX 50000 SXXX 612 SXXX 4000 Mão de obra Direta Depreciação de Máq Industriais Energia Elétrica Indireta SXXX 15000 SXXX 350 a SXXX 1500 b Manutenção de Máq Industriais Outros Materiais Consu midos Salários e Enc dos Sup de Produção SXXX 320 c SXXX 700 d SXXX 5000 e Depart Análise de Qual Depart Almoxarifado Departamento Corte b 100 b 150 a 200 d 50 d 50 b 700 150 150 f 10 c 200 210 210 d 300 e 2000 f 70 g 150 3620 3620 Depart Montagem Depart Acabamento a 100 a 50 b 350 b 200 c 70 c 50 d 100 d 200 e 1500 e 1500 f 20 f 50 g 40 g 20 2180 2180 2070 2070 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 200 Guardaroupa 2 portas Guardaroupa 4 portas Guardaroupa 6 portas Mádeira 8000 Mádeira 17000 Mádeira 25000 Puxador 102 Puxador 204 Puxador 306 MOD 2500 MOD 5000 MOD 7500 Energ Elétr1000 Energ Elétr 1300 Energ Elétr1700 CIP 1936 CIP 2361 CIP 3573 13538 25865 38079 Fonte a autora EXERCÍCIO RESOLVIDO 1 A Indústria Panos Bons Ltda produziu em um determinado período 600 toalhas de banho 600 toalhas de rosto e 300 tapetes Tabela 11 Custos dos produtos Descrição Toalha Banho Toalha Rosto Tapete CIP Materiais diretos 1800 900 450 Mão de obra direta 600 480 360 Materiais indiretos 500 Deprec Maq Industriais 400 Fonte a autora Algumas medidas de consumo podem ser utilizadas com a finalidade de reali zação de rateio Tabela 12 Medidas de consumo Descrição Almoxarifado Corte Costura Horas máquinas 300 500 Horas homem 120 480 Número de empregados 1 2 5 Fonte a autora Outros dados Os materiais indiretos são alocados aos departamentos proporcional mente ao número de empregados Contabilização Completa Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 201 A depreciação das máquinas industriais é alocada apenas nos departa mentos produtivos com base no número de horas máquinas O almoxarifado transfere os custos aos departamentos de produção com base nas horas homem O departamento de corte transfere os custos aos produtos com base no volume de produção O departamento de costura transfere os custos aos produtos com base no valor da mão de obra direta Pedese a Apuração dos custos indiretos mapa de rateio b Apuração dos custos diretos dos produtos c Apuração do custo total por produto d Contabilização da movimentação dos custos Resolução Tabela 13 a Mapa de rateio Descrição Almoxarifado Corte Costura Total Materiais indiretos 6250 12500 31250 50000 Empregados 125 25 625 100 Deprec Maq Indus triais 15000 25000 40000 Horas máquinas 375 625 100 Subtotal 6250 27500 56250 90000 Rateio Almoxarifado 6250 1250 5000 Horas homem 20 80 100 Subtotal 28750 61250 90000 Toalhas Banho 11500 25521 37021 Toalhas Rosto 11500 20417 31917 Tapetes 5750 15312 21062 Total 28750 61250 90000 Fonte a autora CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 202 Os custos indiretos das toalhas de banho corresponde a 37021 Os custos indiretos das toalhas de rosto correspondem a 31917 Os custos indiretos dos tapetes corresponde a 21062 Tabela 14 b Apuração dos custos diretos Descrição Toalha Banho Toalha Rosto Tapete Total Materiais diretos 1800 900 450 3150 Mão de obra direta 600 480 360 1440 Total 2400 1380 810 4590 Fonte a autora Tabela 15 c Apuração do custo total Descrição Toalha Banho Toalha Rosto Tapete Total Custos diretos 2400 1380 810 4590 Custos indiretos 37021 31917 21062 90000 Total 277021 169917 102062 549000 Fonte a autora d Contabilização dos custos Contabilização dos materiais diretos Débito Toalha de banho 1800 Débito Toalha de rosto 900 Débito Tapete 450 Crédito Material Direto Estoque 3150 Contabilização da mão de obra direta Débito Toalha de banho 600 Débito Toalha de rosto 480 Débito Tapete 360 Crédito Mão de obra Direta 1440 Contabilização Completa Com Departamentalização Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 203 Contabilização dos custos indiretos Débito Departamento Almoxarifado 6250 Débito Departamento Corte 12500 Débito Departamento Costura 31250 Crédito Materiais Indiretos 500 Débito Departamento Corte 15000 Débito Departamento Costura 25000 Crédito Depreciação de Máquinas Industriais 400 Débito Departamento Corte 1250 Débito Departamento Costura 5000 Crédito Departamento Almoxarifado 6250 Débito Toalha de banho 11500 Débito Toalha de rosto 11500 Débito Tapete 5750 Crédito Departamento Corte 28750 Débito Toalha de banho 25521 Débito Toalha de rosto 20417 Débito Tapete 15312 Crédito Departamento Costura 61250 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 204 Tabela 16 Razonete da contabilização Material direto Mão de obra direta Material indireto SXXX 3150 SXXX 1440 SXXX 500 Depreciação de Máq Indus triais SXXX 400 Depart Almoxarifado Depart Corte Departamento Costura a 6250 a 12500 a 31250 6250 6250 b 15000 b 25000 1250 5000 28750 2785 61250 61250 Toalhas de banho Toalhas de rosto Tapete Mat div 1800 Mat div 900 Mat div 450 MOD 600 MOD 480 MOD 360 CIP 37021 CIP 31917 CIP 21062 13538 25865 38079 Fonte a autora A departamentalização dos custos indiretos de produção deste exemplo possi bilitou maior controle dos custos consumidos no processo Custeio por Absorção Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 205 CUSTEIO POR ABSORÇÃO Um dos maiores problemas da gestão da empresa consiste em controlar e dis tribuir os custos aos produtos transferidos para estoques Em uma tentativa de amenizar tais dificuldades a contabilidade de custo se vale de determinados procedimentos que podem ser utilizados para mensurar o valor dos estoques O custeio por absorção é um método de custeio adotado tanto pela legislação comercial como pela legislação fiscal no Brasil sendo utilizado para elabora ção das demonstrações contábeis e aceito para cálculo do imposto de renda e contribuição social sobre o resultado da empresa Uma das explicações para a aceitação deste critério de custeamento referese ao fato de que o método de custeio por absorção decorre da aplicação dos princípios contábeis geralmente aceitos ainda acumula os três elementos de custos materiais diretos mão de obra direta e custos indiretos de produção aos produtos CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 206 O custeio por absorção tem por princípio básico que todos os custos decor rentes do processo produtivo do período devem ser apropriados aos produtos independentemente de sua classificação em custos diretos indiretos fixos e variá veis A atribuição pode ser de forma direta quando há possibilidade de identificar o custo diretamente ou quando os custos não forem passíveis de identificação direta no produto no decorrer do processo produtivo estes são atribuídos de forma indireta tomando por base algum critério de rateio que mais aproxima a relação entre os custos e a produção O custeio por absorção como o próprio nome sugere todos os custos de produção são absorvidos pelos produtos Para o custeio por absorção as despesas não compõem o custo dos produtos e devem ser analisadas separadamente As despesas são apropriadas diretamente ao resultado do exercício sem transitar pelo ativo Segue uma representação do custeio por absorção para a alocação dos cus tos e despesas aos produtos ou serviços Custo da venda Despesas do período Despesas Gerais Despesas de Vendas Despesas Administrativas Custos Diretos Indiretos Fixos e Variáveis Estoque Ativo Produtos em processo Produtos acabados DRE Receitas CPV Lucro bruto Despesas Resultado Líquido Figura 1 Representação do custeio por absorção Fonte a autora Custeio por Absorção Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 207 CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS NO CUSTEIO POR ABSORÇÃO No custeio por absorção os custos com materiais diretos mão de obra direta e custos indiretos de produção são absorvidos para compor o custo do produto fabricado Assim o CPV Custo dos Produtos Vendidos correspondem aos custos incorridos na produção dos produtos que foram vendidos no período O CPV é considerado o custo realizado sendo evidenciado na Demonstração do Resultado de Exercício é constituído de MD Materiais diretos MOD Mão de obra direta e CIP Custos Indiretos de Produção dos produtos vendidos EXEMPLO 1 Consideremos a empresa Moraes Moraes Ltda fabricante de um único produto com os seguintes gastos ocorridos em determinado período Tabela 17 Gastos do período Gastos Valor em Comissão dos vendedores 60000 Depreciação das máquinas industriais 50000 Depreciação dos equipamentos da administração 12000 Energia elétrica da administração 1000 Energia elétrica da fábrica 7400 Honorários da diretoria administrativa 40000 Materiais indiretos utilizados na indústria 2600 Matériaprima consumida na produção 350000 Salários e encargos sociais do pessoal da administração 70000 Salários e encargos sociais da produção 520000 Tributos sobre vendas de produtos 77000 Total 1190000 Fonte adaptada de Oliveira e Perez Jr 2000 Além dos gastos relacionados no quadro acima a empresa disponibiliza outras informações sendo a primeira de que no período em análise não havia saldo inicial em estoque e que neste período foram produzidas 2000 unidades no entanto foram vendidas 1500 unidades por um preço unitário de 900 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 208 Os materiais não consumidos e os produtos acabados que não foram ven didos ficam evidenciados no estoque do Balanço Patrimonial Para apuração do custo de produção pelo custeio por absorção sugerese seguir três passos 1º Passo Classificar os gastos em custos e despesas Primeiramente elaborase um quadro dos custos de produção conforme abaixo apresentado Tabela 18 Separação dos custos em fixo e variável Custos de produção Valor em Custos variáveis Salários e encargos sociais do pessoal de produção 520000 Matériaprima consumida na produção 350000 Energia elétrica da fábrica 7400 Materiais indiretos utilizados na produção 2600 Total dos custos variáveis 880000 Custos fixos Depreciação das máquinas industriais 50000 Total dos custos fixos 50000 Total dos custos de produção 930000 Fonte adaptada de Oliveira e Perez Jr 2000 O custos fixos bem como os variáveis que não são transitam pelo Estoque do Balanço Patrimonial são considerados gastos de produção alocados aos pro dutos ou aos departamentos Por tratarse de consumos do período as despesas são evidenciadas na Demonstração de Resultado do Período independentemente do volume de pro dução ou venda Custeio por Absorção Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 209 Posteriormente elaborase um quadro das despesas do período conforme segue Tabela 19 Levantamento das despesas Despesas Valor em Despesas administrativas Honorários da diretoria administrativa 40000 Salários e encargos sociais do pessoal da administração 70000 Depreciação dos equipamentos da administração 12000 Energia elétrica da administração 1000 Total das despesas administrativas 123000 Despesas com vendas Comissões de vendedores 60000 Total das despesas com vendas 60000 Deduções das vendas brutas Tributos sobre vendas de produtos 77000 Total das despesas 260000 Fonte adaptada de Oliveira e Perez Jr 2000 2º Passo Apurar o custo unitário de produção Para apuração do custo unitário de produção devese levar em consideração os valores gastos na produção das 2000 unidades produzidas Tabela 20 Apuração do custo da produção Total do custo da produção do período Valor Custos variáveis 880000 Custos fixos 50000 Custo total do período 930000 Produção do período 2000 unidades Custo unitário 465 Fonte adaptada de Oliveira e Perez Jr 2000 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 210 O custo do produto acabado fica no estoque do Balanço Patrimonial aguar dando o momento da venda 3º Passo Apurar o custo dos produtos vendidos Uma vez valorado o custo unitário de produção a apuração do custo dos pro dutos vendidos corresponde ao custo unitário de produção e a quantidade de unidades vendidas no período 465unid x 1500 unidades 697500 No momento da venda o custo é realizado Neste momento ele é baixado dos estoques e registrado como Custo do Produto Vendido na Demonstração de Resultado do Exercício 4º Passo Elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício do perí odo de acordo com o custeamento por absorção Tabela 21 Demonstração do resultado do exercício custeio por absorção Demonstração do resultado do exercício Valor em Receitas operacionais brutas 1500 unidades x 90000 1350000 Deduções das vendas brutas 77000 Tributos sobre vendas de produtos 77000 Receitas operacionais líquidas 1273000 Custo dos produtos vendidos 697500 Lucro bruto 575500 Despesas operacionais 183000 Despesas administrativas 123000 Despesas com vendas 60000 Resultado operacional líquido 392500 Resultado líquido do exercício 392500 Fonte adaptada de Oliveira e Perez Jr 2000 Custeio por Absorção Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 211 Portanto o resultado do período apurado segundo o custeio por absorção alocação dos custos fixos e variáveis ao custo unitário do produto proporcio nou à empresa Moraes Moraes um lucro de 392500 Na modalidade de custeio por absorção são atribuídos aos produtos os cus tos variáveis e também os custos fixos Para atribuição destes custos fixos há a utilização de rateios Assim uma das falhas do custeio por absorção como instru mento de controle e decisão reside nesta necessidade de rateio Por mais objetivos que pretendam ser os critérios de rateio sempre apresentarão um componente arbitrário que distorce os resultados apurados por produto e dificulta as decisões da gerência com relação a assuntos de vital importância para a empresa como por exemplo a determinação de preços de venda para manter a competitividade O método de custeio por absorção aceito pelo fisco serve para avaliar os estoques das empresas porém para auxiliar na tomada de decisão em nível gerencial a empresa necessita de informações complementares que podem ser fornecidas pelos métodos de custeio variável ou pelo custopadrão apresenta dos mais à frente A contabilidade evoluiu o suficiente para identificar mensurar registrar alinhar e tornar públicos todos os eventos de relevância envolvidos no de senvolvimento das atividades de uma empresa A contabilidade de custos engloba técnicas para o registro organização análise e interpretação dos dados relacionados à produção ou à prestação de serviços assim essa con tabilidade quando acumula os custos e os organiza em informações rele vantes pretende atingir três objetivos principais a determinação do lucro o controle das operações e a tomada de decisões Fonte Megliorini 2012 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 V U N I D A D E 212 Pessoal finalizamos a unidade V e também o livro É um conteúdo precioso escrito em poucas folhas Agora você é capaz de custear um produto e contabi lizar os elementos que compõem o custo dos produtos Muitas análises podem ser realizadas quanto ao tema estudado no entanto o presente livro foi elabo rado para lhe inserir na contabilidade de custos e os conceitos que a norteiam Em momentos de altas de preços as indústrias tem duas opções a repassam os aumentos dos custos para os produtos fabricados b reduz margem de lucro na produção O aumento dos custos energia petróleo aço etc pode prejudicar a com petitividade da indústria brasileira no mercado externo Fonte a autora Considerações Finais Reprodução proibida Art 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 213 CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesta última unidade concluímos um ciclo de operações da contabilidade de cus tos aquisição de materiais contratações de empregados gastos gerais no setor fabril alocação dos custos aos produtos contabilização das transações financei ras ocorridas durante o processo de fabricação e finalmente a evidenciação das informações nos demonstrativos contábeis O presente material não pretende esgotar o assunto acerca do tema mas apenas apresentar aspectos introdutórios e modelos de processos que devem ser utilizados nos estabelecimentos não apenas com a finalidade de apuração dos custos dos procedimentos mas também como uma ferramenta que traz confia bilidade na informação utilizada no processo decisório O objetivo deste estudo foi propor uma forma de apurar controlar e registrar o custo dos produtos fabricados O conteúdo foi apresentado com abordagem teó rica e exemplos práticos que possibilitou a compreensão do método do Custeio por Absorção A contabilidade é considerada como uma ferramenta indispensável para a administração do empreendimento e controle dos gastos Contadores adminis tradores credores investidores potenciais e responsáveis pela administração de empresas se convenceram que a amplitude das informações contábeis vão além do simples cálculo de impostos e atendimento de legislações comerciais previ denciárias e legais As informações geradas pela contabilidade de forma geral e em especial pela contabilidade de custos possibilita calcular os custos e identificar os ganhos potenciais Finalizando esta unidade com um modelo completo de contabilização de cus tos indicando o fluxo fixo dos materiais desde o registro no estoque Ativo do Balanço Patrimonial até a realização do custo sob forma de Custo dos Produtos Vendidos nesse caso evidenciado na Demonstração de Resultado do Exercício para confrontação com a receita realizada no período confronto a receita com as despesas do período 214 1 Diferencie a Contabilização de Custos do Método Simples do método de depar tamentalização Dados para as questões de 02 a 05 A indústria de sofás Jequitibá Ltda iniciou suas atividades no dia 020120XX produzindo um único modelo de sofá Em 310120XX os sócios solicitaram ao contador uma apuração de resultado A mão de obra é considerada custo fixo Segue os dados do período Comissão dos vendedores 2 sobre venda Depreciação das máquinas industriais 2500 Energia elétrica da administração 350 Honorários da diretoria administrativa 8000 Matériaprima consumida na produção 50 unid Salários e encargos sociais do pessoal da administração 2000 Salários e encargos sociais da produção 5000 Tributos sobre vendas de produtos 12 sobre venda Volume de produção 200 unidades Preço de venda 220 unid Volume de vendas 180 unidades Com base no custeio por absorção pedese 2 A composição do custo dos produtos corresponde ao acúmulo dos elementos consumidos no processo produtivo Apure o Custo dos Produtos Acabados que devem ser evidenciados na conta estoque do Balanço Patrimonial an tes da realização da venda 3 O produtos acabado permanece no estoque até o momento da venda Quando esta ocorre o custo é baixado do Balanço Patrimonial e evidenciado na Demons tração de Resultado do Exercício Tomando por base dos dados do exercício apure o Custo dos Produtos Vendidos 4 Os produtos não vendidos permanecem no estoque para futuramente serem vendidos Calcule o saldo final do Estoque de Produtos Acabados produtos não vendidos 215 5 A confrontação da receita com as despesas possibilita a apuração do resultado do período Considerando os dados do exercício apure o Lucro Líquido do Período 6 Considere a empresa Moraes Moraes Ltda fabricante de um único produto No período de análise foram iniciadas e concluídas a produção de 10000 unidades no entanto somente foram vendidas 3000 unidades por um preço unitário de 300 Não há saldo inicial em estoque e os gastos ocorridos foram os seguintes Gastos Valor em Comissão dos vendedores 40000 Depreciação das máquinas e equipamentos industriais 10000 Depreciação dos equipamentos da administração 5000 Energia elétrica da administração 1000 Energia elétrica da fábrica 7000 Fatura telefônica da administração 2000 Honorários da diretoria 200000 Materiais indiretos utilizados na produção 3000 Matériaprima consumida na produção 400000 Salários e encargos sociais do pessoal da administração 50000 Salários e encargos sociais do pessoal da produção 1000000 Tributos sobre vendas de produtos 30000 Considerando o custeio por absorção pedese a Identificar os custos de produção do período b Identificar despesas do período c Apurar o custo unitário de produção d Apurar o custo dos produtos vendidos e Elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício 216 Gestão estratégica de custos custeio por absorção em pequenas empresas em Re cife PE Brasil Os métodos de custeio estão relacionados à forma de atribuição dos custos aos produ tosserviços ou outros objetos tais como clientes regiões canais de distribuição etc São adotados visando a orientar a tomada de decisões na escolha da melhor alternativa para a solução de um problema e se necessário efetivar ações corretivas em caso de resultados não planejados FARIA COSTA 2005 p 237 Segundo Schoute 2009 p 222 um projeto ideal para utilização de métodos de custeio deve variar de acordo com suas finalidades pretendidas tendo como foco os benefícios específicos associados às alternativas de escolha ABERNETHY et al 2001 p 277 Diante da necessidade de registrar as informações sobre as transações segundo Mar tins 2003 é comum as empresas adotarem sistemas de custos repentinamente acre ditando em resultados imediatos Porém na realidade as empresas deparamse com um formato que em muitos casos não condiz com sua realidade empresarial pois não consegue chegar aos resultados esperados assim o sistema não responde positivamen te aos gestores Vantagens e desvantagens do custeio por absorção O sistema de custeio por absorção possui as seguintes vantagens segundo Padoveze 2004 É permitido pela legislação brasileira Podese apurar o custo por centro de custo uma vez que sua aplicação exige a organização contábil nesse sentido possibilitando o acompanhamento do desem penho de cada área e absorve todos os custos de produção permitindo a apura ção do custo total de cada produto Entre as vantagens Padoveze 2000 também considera que a mais óbvia vantagem do custeamento por absorção é que ele pode ser menos custoso de aplicar pois ele não requer a separação dos custos de manufatura nos componentes fixos e variáveis 217 Para Leone 2000 a principal vantagem está no fato de o resultado pelo custeio por ab sorção ser aceito para a preparação de demonstrações contábeis de uso externo e para obtenção de soluções de longo prazo em que normalmente as informações do custeio por absorção são indicadas Maher 2001 destaca também que o custeio variável apresenta separação dos custos e despesas em fixas e variáveis facilitando as atividades de planejamento e controle o cálculo da margem de contribuição auxilia o acompanhamento da análise do desempe nho dos produtos cria as condições necessárias para a implementação de instrumentos como o custopadrão e dá suporte às decisões gerenciais Das desvantagens do custeio por absorção temse a descrição segundo Wernke 2004 a principal desvantagem do custeio por absorção é no momento da utilização dos ra teios para distribuir os custos entre os departamentos eou produtos Em alguns mo mentos tais critérios não são objetivos podendo distorcer os resultados beneficiando alguns produtos Ainda sobre as desvantagens Souza e Clemente 2007 teorizam que o grande proble ma desse sistema de custeio está no momento de determinar os critérios de rateio apli cados bem como na dedução das despesas diretamente do resultado Essa dualidade do método pode criar situações dúbias ou mesmo encobrir resultados de acordo com a forma de apropriação dos custos e despesas Esse método de custeio deve ser utilizado obrigatoriamente pela legislação brasileira MARTINS 2003 A obrigatoriedade faz com que as organizações se desejarem implan tar outro sistema de custeio devem adotálo de forma paralela Além das dificuldades iniciais incorridas em qualquer implantação de uma nova metodologia de trabalho esse fato transformase em uma barreira considerandose a necessidade de aumento dos recursos disponíveis para a manutenção de dois sistemas de custeio Fonte Lima 2016 MATERIAL COMPLEMENTAR Contabilidade de Custos 1997 Charles Tomas Horngren Editora Prentice Hall Sinopse estudar contabilidade de custos é um dos melhores investimentos que qualquer aluno pode fazer porque o sucesso de uma organização da menor loja à maior corporação multinacional depende do uso de conceitos e práticas dessa disciplina Tendo em vista esse enfoque Contabilidade de Custos vol 2 escrito por três grandes nomes em matéria de contabilidade Horngren Foster e Datar tem como ponto central mostrar de que maneira a contabilidade de custos ajuda os administradores a tomar decisões mais acertadas para sua organização Há vários métodos para custear os produtos O custeio por absorção é aceito pela Legislação Fiscal O vídeo disponibilizado no link abaixo evidencia este método de uma forma simples e clara Acesse httpswwwyoutubecomwatchv8mCwmoxPSqE REFERÊNCIAS 219 LIMA Fúlvia Fernanda de MORAES FILHO Rodolfo Araújo de Interações Campo Grande MS v 17 n 3 p 528541 julset 2016 MEGLIORINI Evandir Custos análise e gestão São Paulo Pearson 2012 OLIVEIRA Luís Martins de PEREZ JR José Hernandez Contabilidade de custos para não contadores São Paulo Atlas 2000 REFERÊNCIAS GABARITO 1 Pelo método simples os custos diretos e indiretos são registrados no produto enquanto que no critério de departamentalização os custos indiretos são regis trados nos departamentos e destes aos produtos 2 a Custo dos Produtos Acabados Depreciação das máquinas industriais 2500 Matériaprima consumida na produção 50 x 200 10000 Salários e encargos sociais da produção 5000 Custo de Produção do Período 17500 3 Custo dos Produtos Vendidos O custo fixo unitário 7500 200 un 3750 O custo variável unitário 5000 Custo Unitário 8750 Custo dos produtos vendidos 8750unid x 180 unid 15750 4 Saldo final do estoque dos Produtos Acabados Custo unitário 8750 Saldo final do Estoque de Produtos acabados 8750 x 20 un 1750 5 Lucro líquido do período Demonstração do resultado do exercício Valor em Receitas operacionais brutas 180 unidades x 220 39600 Deduções das vendas brutas 4752 Tributos sobre vendas de produtos 39600 x 12 Receitas operacionais líquidas 34848 Custo dos produtos vendidos 15750 Lucro bruto 19098 Despesas operacionais 11142 Despesas administrativas 10350 Despesas com vendas 39600 x 2 792 Resultado operacional líquido 7956 Resultado líquido do exercício 7956 GABARITO 221 Obs Para apuração do custo unitário não foi necessário realizar rateio porque a empresa produz um único modelo de produto Todos os custos correspondem a este único produto 6 a Custo de produção Depreciação das máquinas e equipamentos industriais 10000 Energia elétrica da fábrica 7000 Materiais indiretos utilizados na produção 3000 Matériaprima consumida na produção 400000 Salários e encargos sociais do pessoal da produção 100000 TOTAL 520000 b Despesas Comissão dos vendedores 40000 Depreciação dos equipamentos da administração 5000 Energia elétrica da administração 1000 Fatura telefônica da administração 2000 Honorários da diretoria 20000 Salários e encargos sociais do pessoal da administração 50000 TOTAL 118000 c Custo Unitário Custo total volume produção 520000 10000 unid 52 d Custo do produto vendido 52 x 3000 156000 e DRE 900000 Vendas Bruta 30000 Impostos sobre vendas 870000 Vendas Líquidas 156000 Custo dos produtos vendidos 714000 Lucro Bruto 118000 Despesas 596000 Resultado do Período CONCLUSÃO A contabilidade de custos tem como origem a contabilidade financeira Surgiu para suprir as necessidades de controle avaliação de estoque e apuração de custos das empresas industriais A contabilidade de custo é apenas uma das áreas da conta bilidade Entender sobre custos é obrigação para o acadêmico contábil e também essencial para diversos outros profissionais que têm relação com as empresas físicas ou jurídicas sejam elas empresas comerciais industriais ou prestadoras de serviços Estudar e aprender custo não é uma tarefa fácil conhecimentos matemáticos inter pretação raciocínio lógico são áreas que fazem parte da construção do aprendiza do de custo Conhecer os custos dos produtos é muito mais que controle de custos atualmente pode ser considerado uma questão para a sobrevivências de muitas empresas Após o estudo deste material você deve ter conhecimento suficiente para conhecer a terminologia e as classificações de custos apresentadas na Unidade I O conceito composição e apuração dos custos diretos foram explicados na Unidade II A unida de III complementou a composição dos custos identificando e apurando os custos indiretos de produção bem como a forma de serem alocados aos produtos O objetivo desta disciplina não foi apenas de apurar os custos mas também conta bilizar Os métodos de contabilização simples e a completa estão evidenciadas nas Unidades IV e V A disciplina de contabilidade de custos chegou ao fim esperase que ao finalizar este material você tenha compreendido os conceitos as aplicações os exemplos e os exercícios No entanto para dominar melhor o conteúdo utilizar apenas o ma terial apresentado é insuficiente recomendase leituras complementares artigos sites vídeos e outros elementos que podem ser utilizados para acrescentar conteú do e ampliar seus conhecimentos na área contábil mais especificamente na conta bilidade de custos Um grande a abraço saúde e sucesso hoje e sempre CONCLUSÃO