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MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde TÍTULO DO ARTIGO Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO 150 a 250 palavras Redação clara concisa e objetiva Deve conter brevemente introdução objetivo metodologia da revisão principais achados e conclusão PALAVRASCHAVE De 3 a 5 palavras separadas por ponto e vírgula em conformidade com o DeCS Exemplo Tuberculose Diagnóstico laboratorial Epidemiologia Microrganismos Tratamento INTRODUÇÃO Apresentar a doença abordada sua relevância em saúde pública impacto clínico e social Inserir dados atuais sobre sua incidênciaprevalência Finalizar com o objetivo claro da revisão OBJETIVOS Exemplo Este artigo tem como objetivo revisar os principais aspectos clínicos epidemiológicos microbiológicos diagnósticos e terapêuticos da doença X com foco em sua disseminação e controle MATERIAIS E MÉTODOS Descrever como a revisão foi conduzida Bases de dados utilizadas ex PubMed SciELO BVS Palavraschave usadas Período de busca ex 2015 a 2024 Critérios de inclusãoexclusão de artigos Tipo de estudo revisão narrativa da literatura RESULTADOS E DISCUSSÃO Apresentar os dados obtidos da literatura estruturando por subtítulos como 1 Características do Microrganismo Descrever morfologia fisiologia classificação e patogenicidade 2 Manifestações Clínicas e Sintomas Detalhar os sintomas formas clínicas e complicações MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 3 Epidemiologia Apresentar dados nacionais e globais grupos de risco vias de transmissão etc 4 Diagnóstico Microbiológico Destacar exames laboratoriais utilizados métodos diretos e indiretos 5 Tratamento e Prevenção Citar medicamentos indicados resistência microbiana condutas clínicas e estratégias de prevenção Fazer uma discussão crítica baseada em autores diferentes destacando convergências e divergências entre estudos Usar tabelas imagens gráficos etc CONCLUSÃO Retomar o objetivo do trabalho e apresentar as principais considerações finais ressaltando a importância do diagnóstico precoce prevenção e educação em saúde sobre a doença REFERÊNCIAS Devem ser numeradas por ordem de citação no texto Exemplos 1 World Health Organization Tuberculosis fact sheet Geneva WHO 2024 2 Silva JN Pereira CL Diagnóstico laboratorial da dengue revisão integrativa Rev Bras Anál Clín 202153213541 3 Oliveira AC Costa MRL Santos K Tratamento da hanseníase no Brasil uma atualização J Infect Desenvol Ctries 20201454238 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde ANÁLISE ABRANGENTE DAS INFECÇÕES POR VÍRUS HERPES SIMPLES 1 E 2 EPIDEMIOLOGIA PATOGÊNESE DIAGNÓSTICO E ABORDAGENS TERAPÊUTICAS E PREVENTIVAS Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO A infecção por herpes simples causada por herpes vírus humano tipo 1 HSV1 e tipo 2 HSV2 configura um desafio persistente de saúde pública presente em múltiplas populações Neste artigo apresentase uma análise de suas propriedades essenciais padrão de morbidade magnitude da carga epidêmica evolução clínica técnicas de confirmação laboratorial opções de tratamento e medidas de prevenção em uso e em teste O levantamento documental contempla revisão em reposições de referência nomeadamente PubMed SciELO e BVS na qual se recorreu a descritores controlados ou a fluência terminológica equivalente Complementarmente foram consultados artigos de revisão investigações originais e diretrizes em português inglês e espanhol restringindo a análise ao conceito de infecção em adultos e adolescentes O levantamento orientou a discussão e a formulação de considerações práticas procurando contribuir para o aprimoramento da vigilância do diagnóstico e da assistência a doença A revisão demonstrou que a infecção pelos herpesvírus revela uma complexidade em sua história natural podendo ocorrer latência e ser a causadora dos vários sintomas e manifestações clínicas que vão desde superficiais como as lesões cutâneas até os mais graves como encefalite herpética Os dados comprovam a transição no padrão epidemiológico com o aumento dos casos de herpes genital provocados pelo HSV1 As abordagens diagnósticas moleculares como o PCR são cruciais para a identificação precoce ao passo que o tratamento com base em antivirais possui como escopo a minoração da duração e a recorrência dos surtos A prevenção tornase fundamental em função do aumento da resistência e da ausência de vacinas PALAVRASCHAVE Herpesvírus Epidemiologia Diagnóstico Tratamento Prevenção INTRODUÇÃO O vírus do herpes simples que surge de duas maneiras diferentes conhecidas como tipo 1 HSV1 e tipo 2 HSV2 é um dos vírus mais comuns em todo o mundo sendo um problema considerável para a saúde da população Sua capacidade de estabelecer infecção latente nos gânglios nervosos e de reativarse periodicamente resulta em manifestações clínicas que variam de lesões cutâneas e mucosas como o herpes labial e genital a quadros mais graves como a encefalite herpética e queratite que podem levar à cegueira e até mesmo ao óbito 1 2 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde A disseminação do HSV ocorre em todo o mundo e a quantidade de pessoas infectadas é realmente notável Dados da Organização Mundial da Saúde OMS estimam que em 2016 37 bilhões de pessoas com menos de 50 anos estavam infectadas com HSV1 67 da população mundial 3 A prevalência do HSV2 é também significativa com cerca de 491 milhões de pessoas entre 15 e 49 anos afetadas globalmente 3 As consequências do herpes simples para a saúde e para a vida das pessoas vão muito além das feridas aparentes A recorrência das crises causa morbidade considerável dor desconforto e um significativo estigma social especialmente em casos de herpes genital 4 Além disso a infecção por HSV2 está associada a um risco aumentado de aquisição e transmissão do HIV 5 A crescente incidência de herpes genital causado por HSV1 devido à prática de sexo oral é outra preocupação epidemiológica alterando o padrão tradicional de infecções 6 Considerando a enorme importância das infecções por herpes simples tanto para a saúde pública quanto para a prática médica este estudo tem como objetivo apresentar uma visão abrangente sobre a ocorrência o desenvolvimento os sintomas a identificação e os tratamentos e medidas preventivas atualmente disponíveis para os vírus herpes simples tipos 1 e 2 OBJETIVOS Este artigo busca analisar os pontos chave da infecção causada pelos vírus herpes simples tipos 1 e 2 abrangendo sua disseminação como a doença se desenvolve seus sinais e sintomas as formas de identificação e os tratamentos e medidas de prevenção dando atenção à sua importância para a saúde da população e seu efeito no dia a dia das pessoas MATERIAIS E MÉTODOS Para elaborar este panorama conciso sobre o assunto realizouse uma investigação minuciosa nas principais bases de dados digitais de saúde Foi realizada uma pesquisa detalhada nas plataformas PubMed SciELO e BVS para encontrar informações relevantes sobre o tema Para agilizar a pesquisa foram utilizadas combinações de palavraschave e descritores controlados DeCS e MeSH As buscas foram feitas com termos como herpes simples vírus 1 herpes simples vírus 2 e herpes simples que foram combinados para refinar os resultados e focar nos estudos mais relevantes e recentes Os requisitos utilizados para a seleção dos artigos foram Artigos de síntese estudos originais e manuais de conduta clínica Textos disponíveis em português inglês e espanhol Artigos que abordassem a infecção por HSV1 e HSV2 em humanos Foram excluídos na revisão os seguintes materiais Textos sem relação direta com os tópicos principais Resumos de eventos editoriais e cartas ao editor Estudos realizados com animais MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde A seleção final dos artigos foi feita com base na relevância para os objetivos desta revisão conforme a avaliação dos títulos e resumos RESULTADOS E DISCUSSÃO Esta análise minuciosa da literatura existente explora as infeções provocadas pelos vírus herpes tipos 1 e 2 As informações recolhidas de plataformas digitais foram reunidas e aprofundadas nos pontos que se seguem buscando oferecer um entendimento completo da intrincada natureza e importância médica deste agente infeccioso 1 Características do Microrganismo Tanto o vírus herpes simplex tipo 1 HSV1 quanto o tipo 2 HSV2 são membros da subfamília Alphaherpesvirinae que está inserida na grande família Herpesviridae Esses vírus possuem material genético composto por DNA de cadeia dupla que se apresenta em um formato linear alcançando um comprimento aproximado de 152 quilobases A forma como são construídos é bem complexa e muito bem organizada O material genético o DNA fica protegido dentro de uma cápsula icosaédrica que é envolvida por uma camada de proteínas sem forma definida conhecida como tegumento A estrutura é finalizada por um envelope viral lipídico que contém glicoproteínas essenciais para o ciclo de vida viral como a gB gD gH e gL responsáveis pela fixação e entrada na célula hospedeira 1 2 O ciclo de vida do HSV opera com eficiência impressionante Ao encontrar uma célula hospedeira as glicoproteínas se ligam a receptores específicos na superfície da célula desencadeando a fusão do envelope viral com a membrana da célula ou a entrada por endocitose Em seguida o nucleocapsídio atravessa o citoplasma em direção ao núcleo onde o código genético do vírus é liberado Uma vez estabelecido no núcleo o DNA viral sequestra a célula hospedeira para transcrever e replicar seu próprio DNA A replicação do DNA viral é um processo que pode ser inibido por análogos de nucleosídeos a base dos medicamentos antivirais 7 Uma vez duplicados novos componentes virais se reúnem dentro do núcleo e então adquirem sua camada externa completa ao brotar através das camadas interna e externa do envelope nuclear à medida que são liberados da célula O mais intrigante sobre o HSV é como ele pode causar uma infecção latente Após a primeira infecção atingir a pele ou a membrana mucosa o vírus viaja de volta pelos nervos sensoriais periféricos e se instala nos grupos nervosos correspondentes o gânglio trigêmeo para o HSV1 e o gânglio sacral para o HSV2 Aqui o projeto viral permanece em estado de repouso sem iniciar a cópia viral ativa A reativação ou herpes recorrente é desencadeada por diversos fatores como estresse físico ou emocional febre exposição à luz solar lesão local ou sistema imunológico enfraquecido Durante a reativação o vírus migra de volta ao local de infecção primária onde causa as lesões vesiculares típicas 8 Essa interação entre o MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde tempo que os sintomas levam para aparecer e a frequência com que a infecção retorna é realmente crucial para entender e lidar com ela na prática 2 Manifestações Clínicas e Sintomas A manifestação do herpes simples pode ser bem diversificada dependendo do vírus específico da região corporal impactada e da condição de saúde do indivíduo A infecção pode ser inicial ou repetida Tabela 2 Tabela 2 Diferenciais entre Infecção Primária e Recorrente por Herpes Simples Característica Infecção Primária Infecção Recorrente Duração dos sintomas Mais longa Mais curta e branda Sintomas sistêmicos Mais comuns febre mialgia cefaleia Mais raros Extensão das lesões Geralmente mais extensas Geralmente mais localizadas Frequência de crises Única Variável podendo ser frequente Sintomas prodrômicos Incomuns Comuns formigamento queimação Fonte O autor 2025 No começo a infecção tende a ser mais forte e demorada enquanto os casos que retornam costumam ser mais leves e passageiros As lesões causadas pelo vírus HSV1 geralmente aparecem na região da boca e do rosto A primeira vez que o vírus se manifesta é comum surgir a gengivoestomatite herpética que atinge principalmente as crianças e causa várias feridas doloridas na boca gengivas e língua junto com febre indisposição e inchaço dos gânglios no pescoço A herpes labial conhecida como boqueira é a forma mais comum de o vírus reaparecer marcada por bolhinhas agrupadas ao redor dos lábios Outras manifestações do HSV1 incluem o herpes ocular ceratite herpética que pode causar cegueira devido a úlceras recorrentes na córnea o panarício herpético infecção no dedo e o herpes gladiatorum uma infecção cutânea em atletas de contato 9A contaminação pelo HSV2 se destaca como o principal gatilho do herpes genital figurando entre as infecções sexualmente transmissíveis mais prevalentes A manifestação inicial da infecção na área genital pode ser intensa exibindo feridas que provocam dor coceira e pequenas bolhas na região anogenital que progridem para feridas abertas e em seguida formam casquinhas Sintomas que afetam o corpo todo como febre dores musculares e dor de cabeça também podem ocorrer As recorrências genitais por HSV2 são mais frequentes do que as do HSV1 e tendem a ser mais brandas e precedidas por sintomas prodrômicos como formigamento ou queimação no local da lesão 4 Apesar de incomuns as sérias consequências dessas duas infecções exigem atenção médica urgente A encefalite herpética a principal responsável por casos isolados e fatais de encefalite manifestase com febre forte dor de cabeça convulsões mudanças no comportamento e estado de coma A identificação rápida e o tratamento sem demora são fundamentais MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde O herpes neonatal é outra complicação grave normalmente contraída no momento do nascimento Pode se manifestar de forma localizada pele olhos boca no sistema nervoso central com alta morbidade ou disseminada com alta mortalidade exigindo terapia antiviral intravenosa imediata 10 3 Epidemiologia O estudo de como as infecções por HSV se espalham revela um cenário intrincado e em constante mudança marcado por uma presença global preocupante Dados da Organização Mundial da Saúde OMS revelam que em 2016 67 da população mundial com menos de 50 anos aproximadamente 37 bilhões de pessoas estava infectada com HSV1 principalmente por via oral 5 Tabela 1 Calculase que na faixa etária de 15 a 49 anos aproximadamente 491 milhões de indivíduos apresentem o vírus HSV2 Tabela 1 A disseminação do vírus ocorre principalmente por contato direto com lesões ou secreções mas a transmissão assintomática é a principal força motriz por trás da alta prevalência da doença 11 Tabela 1 Prevalência Global de Infecções por HSV1 e HSV2 Dados de 2016 Tipo de Vírus Faixa Etária Prevalência Global HSV1 50 anos 37 bilhões de pessoas 67 da população mundial HSV2 1549 anos 491 milhões de pessoas Fonte O autor 2025 O campo da saúde tem nos proporcionado um panorama em transformação quando se lida com as doenças infecciosas Um dos pontos chave na cronologia da identificação da herpes labial foi o reconhecimento do vírus HSV1 como agente etiológico da herpes labial e do HSV2 como agente etiológico da herpes genital No entanto dados mais recentes provenientes sobretudo dos países desenvolvidos informam a crescente proporção de casos da herpes genital provocados pelo HSV1 possivelmente devido a novas maneiras de prática sexual por exemplo sexo oral e etc De outra parte a prevalência do herpes labial pelo HSV1 parece decrescer em algumas áreas via incremento das práticas higiênicas e da diminuição também do contato boca a boca na infância Essa mudança tem implicações importantes pois a infecção genital por HSV1 tende a ser menos recorrente do que a causada por HSV2 6 A contaminação pelo HSV2 é bastante importante para a saúde coletiva ainda mais por causa da sua ligação com outras enfermidades especialmente o vírus HIV As feridas genitais provocadas pelo HSV2 ajudam o HIV a penetrar no corpo e elevam o número de células que o HIV ataca na região genital Da mesma forma a coinfecção por HIV acelera a replicação do HSV2 e aumenta a frequência e intensidade das lesões formando um ciclo vicioso que contribui para a disseminação de ambas as infecções 12 Pessoas que mantêm relações sexuais ativas especialmente aquelas com vários parceiros ou que iniciaram um novo relacionamento fazem parte dos grupos que demandam maior atenção MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Os recémnascidos de mães com infecção primária de herpes genital no final da gestação também estão em altíssimo risco de contrair o herpes neonatal tornando crucial a vigilância e o manejo clínico adequados 13 4 Diagnóstico Microbiológico Identificar clinicamente infecções por herpes simples pode ser complicado já que as lesões nem sempre são claras principalmente no começo Sendo assim a realização de análises clínicas é imprescindível para validar a hipótese inicial Para identificar a condição existem basicamente dois métodos os que investigam diretamente a causa e os que o fazem de forma indireta Tabela 3 Tabela 3 Métodos de Diagnóstico de Infecções por Herpes Simples Método de Diagnóstico Tipo Vantagens Limitações PCR Reação em Cadeia da Polimerase Direto Alta sensibilidade e especificidade Custo mais elevado Cultura Viral Direto Altamente específico Baixa sensibilidade e demora no resultado Sorologia ELISA Indireto Útil para identificar infecções passadas e tipo de vírus Não é útil para infecção ativa Fonte O autor 2025 O teste mais confiável e que melhor identifica a causa de forma direta é o PCR ou reação em cadeia da polimerase O PCR identifica o material genético do vírus e pode ser aplicado em amostras retiradas de lesões na pele do líquido de bolhas do líquido cefalorraquidiano e de partes de tecido Sua capacidade de detectar o vírus mesmo em concentrações muito baixas a torna o método de escolha para o diagnóstico de encefalite herpética onde o tratamento precoce é vital 14 Adicionalmente a PCR em tempo real possibilita acompanhar a quantidade de vírus presente e a PCR multiplex consegue distinguir entre o HSV1 e o HSV2 algo importante para prever o reaparecimento do herpes genital O cultivo do vírus em células é uma técnica antiga que extrai o vírus de materiais coletados Apesar de ser muito precisa ela é menos eficaz que a PCR principalmente em feridas que já estão na fase de cicatrização O resultado da cultura pode levar dias o que limita sua utilidade em situações de urgência 15 Um procedimento mais antigo e hoje menos utilizado para confirmação é o Teste de Tzanck Ele identifica células grandes com vários núcleos em amostras coletadas das lesões sugerindo uma infecção por herpes porém não consegue diferenciar entre HSV vírus varicelazóster e outras causas Em contrapartida o diagnóstico indireto realiza a pesquisa de anticorpos presentes no sangue da pessoa Através dos testes sanguíneos como o ELISA são detectados os anticorpos IgG e IgM A presença de IgG contra o HSV1 ou HSV2 permite reconhecer infecções pregressas e sua frequência na população A prova de que o MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde anticorpo detectado é do tipo IgG é a busca pelos anticorpos que atacam as glicoproteínas G gG que são de cada tipo viral A detecção de IgM é um indicador de infecção primária recente embora a sua sensibilidade possa ser baixa em alguns casos 16 A sorologia é especialmente valiosa para detecção em Parceiros e para aconselhar Casais sorodiscordantes 5 Tratamento e Prevenção O tratamento das Infecções por HSV é baseado em antiviral que inibe a reprodução viral Os agentes principais são análogos de nucleotídeos aciclovir valaciclovir e fanciclovir O mecanismo de ação dos fármacos parece ser elegante estes são profármacos que precisam ser fosforilados pela timidina quinase TK viral para tornarse ativos Uma vez que eles são fosforilados eles são incorporados pela DNA polimerase viral levando a interrupção da replicação do DNA viral Como a TK viral é muito mais eficiente em fosforilar o aciclovir do que a TK da célula humana os medicamentos atuam seletivamente sobre as células infectadas 17O tratamento pode ser episódico ou supressivo O tratamento episódico é representado pela administração do fármaco por via oral em curto período geralmente 5 dias em início de surto com o objetivo de diminuir a duração e a intensidade do episódio A terapia supressora envolve a administração diária do antiviral para prevenir recorrências e reduzir a excreção viral assintomática sendo indicada para pacientes com surtos frequentes mais de 6 por ano ou para casais sorodiscordantes a fim de reduzir o risco de transmissão 18 Aciclovir quando administrado por via local apresenta eficácia limitada e não é utilizado para o tratamento de infecções sistêmicas ou para o tratamento das infecções recorrentes graves Um ponto importante a considerar é a resistência microbiana provavelmente encontrada nos pacientes imunossuprimidos tratados com terapia supressora por longos períodos A resistência é geralmente devido a mutações no gene da timidina quinase que dificultam a fosforilação e a ativação dos antivirais A resistência pode ser detectada por testes de sensibilidade e nesses casos medicamentos de segunda linha como o foscarnet podem ser utilizados 19As metodologias de prevenção giram em torno da educação e do aconselhamento Sugerem se evitar o contato direto com as lesões ativas durante os surtos e utilizar consistentemente os preservativos para diminuir o risco de transmissão sexual O uso de terapia supressora em casais sorodiscordantes tem eficácia na diminuição da transmissão Apesar de décadas de pesquisa a vacina eficaz para prevenir a infecção por HSV ainda não está disponível Estudos com vacinas de subunidades de glicoproteína falharam em proteger contra a infecção mas a pesquisa continua com novas abordagens que podem se concentrar em induzir respostas imunes celulares mais robustas 20 CONCLUSÃO A revisão da literatura das infecções pelos vírus herpes simples tipos 1 e 2 reitera seu caráter pandêmico e permanente relevância para a saúde pública mundial O presente MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde trabalho revisou de forma sistemática as questões epidemiológicas clínicas de diagnóstico e de tratamento dessa doença conforme assumido Os dados demonstram que apesar de reconhecida como prevalente a infecção pelo HSV continua a representar uma carga significativa tanto em morbilidade e impacto social como em suas possíveis graves complicações como encefalite herpes neonatal entre outras O novo perfil epidemiológico com a crescente ocorrência das infecções do HSV genital por HSV1 propõe a necessidade de melhor compreensão do seu modo de transmissão e consequentemente para necessidade de mais estratégia de prevenção para esse novo quadro Conforme se encerra o artigo o mesmo refere que a identificação precoce em especial pelas metodologias moleculares referente à PCR tem um grande papel para o manejo clínico correto e para evitar efeitos adversos e que a prevenção por educação em saúde voltada à transmissão do vírus e aconselhamentos sobre práticas sexuais seguras ainda é a primeira de várias maneiras para se erradicar a disseminação do vírus já que não existe vacina ativa disponível Desta forma o manejo das infecções por herpes simples deverá ser multifatorial conjugando a evolução dos métodos diagnósticos e terapêuticos e com a educação da população e dos profissionais da saúde E somente assim poderseá diminuir o impacto mundial dessa doença REFERÊNCIAS 1 Whitley RJ Herpes Simplex Viruses In Mandell GL Bennett JE Dolin R Principles and Practice of Infectious Diseases 8th ed Elsevier 2015 p 18231834 2 Sacks SL et al Herpes simplex vírus clinical manifestations diagnosis and management Clinical Infectious Diseases 2017 658 14001406 3 World Health Organization Herpes simplex vírus WHO Fact Sheets Geneva WHO 2020 4 Patel R et al European guideline for the management of genital herpes 2017 International Journal of STD AIDS 2017 2814 13601369 5 Looker KJ et al Global and regional estimates of prevalent and incident herpes simplex vírus type 2 infections in 2012 PLoS ONE 2015 101 e0115098 6 Cernin L et al Epidemiology of genital herpes simplex vírus type 1 and type 2 in the United States 20062010 Sexually Transmitted Diseases 2013 4012 929934 7 Piret J Boivin G Human herpesvirus resistance to antiviral drugs Rev Med Virol 2012 225 291309 8 Knickelbein JE et al The role of alphaherpesvirus latency and reactivation in nervous system disease J Neurovirol 2013 194 300308 9 Fatahzadeh M Schwartz RA Human herpes simplex vírus infections a review J Am Acad Dermatol 2007 575 737763 10 Whitley RJ et al Herpes simplex vírus infections of the central nervous system J Infect Dis 2004 189suppl 1 S256S262 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 11 Corey L et al The global epidemiology of herpes simplex vírus2 infection Lancet 2004 3649444 15301541 12 Celum C et al The effect of aciclovir on herpes simplex vírus2 and HIV1 in HIV1seropositive individuals N Engl J Med 2012 36715 14011409 13 Workowski KA Bolan G Sexually transmitted diseases treatment guidelines 2015 MMWR Recomm Rep 2015 64RR03 1137 14 Buxbaum S et al The accuracy of the clinical diagnosis of genital herpes in women J Am Acad Dermatol 2006 551 123128 15 Slomka MJ et al Performance of a typespecific serologic assay for herpes simplex vírus antibodies J Clin Virol 2004 294 215220 16 Engelberg R et al The effect of daily acyclovir on genital herpes recurrence and asymptomatic shedding N Engl J Med 2000 34315 10641069 17 Corey L et al Herpes simplex vírus vaccine N Engl J Med 2016 37525 2470 2482 18 OHanlon S et al Antiviral treatment for genital herpes Cochrane Database Syst Rev 2015 1 CD007672 19 Piret J Boivin G Human herpesvirus resistance to antiviral drugs Rev Med Microbiol 2012 231 113 20 Koelle DM et al Herpes simplex vírus vaccines Hum Vaccin Immunother 2014 1010 27722776

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Retomar o objetivo do trabalho e apresentar as principais considerações finais ressaltando a importância do diagnóstico precoce prevenção e educação em saúde sobre a doença REFERÊNCIAS Devem ser numeradas por ordem de citação no texto Exemplos 1 World Health Organization Tuberculosis fact sheet Geneva WHO 2024 2 Silva JN Pereira CL Diagnóstico laboratorial da dengue revisão integrativa Rev Bras Anál Clín 202153213541 3 Oliveira AC Costa MRL Santos K Tratamento da hanseníase no Brasil uma atualização J Infect Desenvol Ctries 20201454238 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde ANÁLISE ABRANGENTE DAS INFECÇÕES POR VÍRUS HERPES SIMPLES 1 E 2 EPIDEMIOLOGIA PATOGÊNESE DIAGNÓSTICO E ABORDAGENS TERAPÊUTICAS E PREVENTIVAS Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO A infecção por herpes simples causada por herpes vírus humano tipo 1 HSV1 e tipo 2 HSV2 configura um desafio 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causadora dos vários sintomas e manifestações clínicas que vão desde superficiais como as lesões cutâneas até os mais graves como encefalite herpética Os dados comprovam a transição no padrão epidemiológico com o aumento dos casos de herpes genital provocados pelo HSV1 As abordagens diagnósticas moleculares como o PCR são cruciais para a identificação precoce ao passo que o tratamento com base em antivirais possui como escopo a minoração da duração e a recorrência dos surtos A prevenção tornase fundamental em função do aumento da resistência e da ausência de vacinas PALAVRASCHAVE Herpesvírus Epidemiologia Diagnóstico Tratamento Prevenção INTRODUÇÃO O vírus do herpes simples que surge de duas maneiras diferentes conhecidas como tipo 1 HSV1 e tipo 2 HSV2 é um dos vírus mais comuns em todo o mundo sendo um problema considerável para a saúde da população Sua capacidade de estabelecer infecção latente nos gânglios nervosos e de reativarse periodicamente resulta em manifestações clínicas que variam de lesões cutâneas e mucosas como o herpes labial e genital a quadros mais graves como a encefalite herpética e queratite que podem levar à cegueira e até mesmo ao óbito 1 2 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde A disseminação do HSV ocorre em todo o mundo e a quantidade de pessoas infectadas é realmente notável Dados da Organização Mundial da Saúde OMS estimam que em 2016 37 bilhões de pessoas com menos de 50 anos estavam infectadas com HSV1 67 da população mundial 3 A prevalência do HSV2 é também significativa com cerca de 491 milhões de pessoas entre 15 e 49 anos afetadas globalmente 3 As consequências do herpes simples para a saúde e para a vida das pessoas vão muito além das feridas aparentes A recorrência das crises causa morbidade considerável dor desconforto e um significativo estigma social especialmente em casos de herpes genital 4 Além disso a infecção por HSV2 está associada a um risco aumentado de aquisição e transmissão do HIV 5 A crescente incidência de herpes genital causado por HSV1 devido à prática de sexo oral é outra preocupação epidemiológica alterando o padrão tradicional de infecções 6 Considerando a enorme importância das infecções por herpes simples tanto para a saúde pública quanto para a prática médica este estudo tem como objetivo apresentar uma visão abrangente sobre a ocorrência o desenvolvimento os sintomas a identificação e os tratamentos e medidas preventivas atualmente disponíveis para os vírus herpes simples tipos 1 e 2 OBJETIVOS Este artigo busca analisar os pontos chave da infecção causada pelos vírus herpes simples tipos 1 e 2 abrangendo sua disseminação como a doença se desenvolve seus sinais e sintomas as formas de identificação e os tratamentos e medidas de prevenção dando atenção à sua importância para a saúde da população e seu efeito no dia a dia das pessoas MATERIAIS E MÉTODOS Para elaborar este panorama conciso sobre o assunto realizouse uma investigação minuciosa nas principais bases de dados digitais de saúde Foi realizada uma pesquisa detalhada nas plataformas PubMed SciELO e BVS para encontrar informações relevantes sobre o tema Para agilizar a pesquisa foram utilizadas combinações de palavraschave e descritores controlados DeCS e MeSH As buscas foram feitas com termos como herpes simples vírus 1 herpes simples vírus 2 e herpes simples que foram combinados para refinar os resultados e focar nos estudos mais relevantes e recentes Os requisitos utilizados para a seleção dos artigos foram Artigos de síntese estudos originais e manuais de conduta clínica Textos disponíveis em português inglês e espanhol Artigos que abordassem a infecção por HSV1 e HSV2 em humanos Foram excluídos na revisão os seguintes materiais Textos sem relação direta com os tópicos principais Resumos de eventos editoriais e cartas ao editor Estudos realizados com animais MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde A seleção final dos artigos foi feita com base na relevância para os objetivos desta revisão conforme a avaliação dos títulos e resumos RESULTADOS E DISCUSSÃO Esta análise minuciosa da literatura existente explora as infeções provocadas pelos vírus herpes tipos 1 e 2 As informações recolhidas de plataformas digitais foram reunidas e aprofundadas nos pontos que se seguem buscando oferecer um entendimento completo da intrincada natureza e importância médica deste agente infeccioso 1 Características do Microrganismo Tanto o vírus herpes simplex tipo 1 HSV1 quanto o tipo 2 HSV2 são membros da subfamília Alphaherpesvirinae que está inserida na grande família Herpesviridae Esses vírus possuem material genético composto por DNA de cadeia dupla que se apresenta em um formato linear alcançando um comprimento aproximado de 152 quilobases A forma como são construídos é bem complexa e muito bem organizada O material genético o DNA fica protegido dentro de uma cápsula icosaédrica que é envolvida por uma camada de proteínas sem forma definida conhecida como tegumento A estrutura é finalizada por um envelope viral lipídico que contém glicoproteínas essenciais para o ciclo de vida viral como a gB gD gH e gL responsáveis pela fixação e entrada na célula hospedeira 1 2 O ciclo de vida do HSV opera com eficiência impressionante Ao encontrar uma célula hospedeira as glicoproteínas se ligam a receptores específicos na superfície da célula desencadeando a fusão do envelope viral com a membrana da célula ou a entrada por endocitose Em seguida o nucleocapsídio atravessa o citoplasma em direção ao núcleo onde o código genético do vírus é liberado Uma vez estabelecido no núcleo o DNA viral sequestra a célula hospedeira para transcrever e replicar seu próprio DNA A replicação do DNA viral é um processo que pode ser inibido por análogos de nucleosídeos a base dos medicamentos antivirais 7 Uma vez duplicados novos componentes virais se reúnem dentro do núcleo e então adquirem sua camada externa completa ao brotar através das camadas interna e externa do envelope nuclear à medida que são liberados da célula O mais intrigante sobre o HSV é como ele pode causar uma infecção latente Após a primeira infecção atingir a pele ou a membrana mucosa o vírus viaja de volta pelos nervos sensoriais periféricos e se instala nos grupos nervosos correspondentes o gânglio trigêmeo para o HSV1 e o gânglio sacral para o HSV2 Aqui o projeto viral permanece em estado de repouso sem iniciar a cópia viral ativa A reativação ou herpes recorrente é desencadeada por diversos fatores como estresse físico ou emocional febre exposição à luz solar lesão local ou sistema imunológico enfraquecido Durante a reativação o vírus migra de volta ao local de infecção primária onde causa as lesões vesiculares típicas 8 Essa interação entre o MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde tempo que os sintomas levam para aparecer e a frequência com que a infecção retorna é realmente crucial para entender e lidar com ela na prática 2 Manifestações Clínicas e Sintomas A manifestação do herpes simples pode ser bem diversificada dependendo do vírus específico da região corporal impactada e da condição de saúde do indivíduo A infecção pode ser inicial ou repetida Tabela 2 Tabela 2 Diferenciais entre Infecção Primária e Recorrente por Herpes Simples Característica Infecção Primária Infecção Recorrente Duração dos sintomas Mais longa Mais curta e branda Sintomas sistêmicos Mais comuns febre mialgia cefaleia Mais raros Extensão das lesões Geralmente mais extensas Geralmente mais localizadas Frequência de crises Única Variável podendo ser frequente Sintomas prodrômicos Incomuns Comuns formigamento queimação Fonte O autor 2025 No começo a infecção tende a ser mais forte e demorada enquanto os casos que retornam costumam ser mais leves e passageiros As lesões causadas pelo vírus HSV1 geralmente aparecem na região da boca e do rosto A primeira vez que o vírus se manifesta é comum surgir a gengivoestomatite herpética que atinge principalmente as crianças e causa várias feridas doloridas na boca gengivas e língua junto com febre indisposição e inchaço dos gânglios no pescoço A herpes labial conhecida como boqueira é a forma mais comum de o vírus reaparecer marcada por bolhinhas agrupadas ao redor dos lábios Outras manifestações do HSV1 incluem o herpes ocular ceratite herpética que pode causar cegueira devido a úlceras recorrentes na córnea o panarício herpético infecção no dedo e o herpes gladiatorum uma infecção cutânea em atletas de contato 9A contaminação pelo HSV2 se destaca como o principal gatilho do herpes genital figurando entre as infecções sexualmente transmissíveis mais prevalentes A manifestação inicial da infecção na área genital pode ser intensa exibindo feridas que provocam dor coceira e pequenas bolhas na região anogenital que progridem para feridas abertas e em seguida formam casquinhas Sintomas que afetam o corpo todo como febre dores musculares e dor de cabeça também podem ocorrer As recorrências genitais por HSV2 são mais frequentes do que as do HSV1 e tendem a ser mais brandas e precedidas por sintomas prodrômicos como formigamento ou queimação no local da lesão 4 Apesar de incomuns as sérias consequências dessas duas infecções exigem atenção médica urgente A encefalite herpética a principal responsável por casos isolados e fatais de encefalite manifestase com febre forte dor de cabeça convulsões mudanças no comportamento e estado de coma A identificação rápida e o tratamento sem demora são fundamentais MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde O herpes neonatal é outra complicação grave normalmente contraída no momento do nascimento Pode se manifestar de forma localizada pele olhos boca no sistema nervoso central com alta morbidade ou disseminada com alta mortalidade exigindo terapia antiviral intravenosa imediata 10 3 Epidemiologia O estudo de como as infecções por HSV se espalham revela um cenário intrincado e em constante mudança marcado por uma presença global preocupante Dados da Organização Mundial da Saúde OMS revelam que em 2016 67 da população mundial com menos de 50 anos aproximadamente 37 bilhões de pessoas estava infectada com HSV1 principalmente por via oral 5 Tabela 1 Calculase que na faixa etária de 15 a 49 anos aproximadamente 491 milhões de indivíduos apresentem o vírus HSV2 Tabela 1 A disseminação do vírus ocorre principalmente por contato direto com lesões ou secreções mas a transmissão assintomática é a principal força motriz por trás da alta prevalência da doença 11 Tabela 1 Prevalência Global de Infecções por HSV1 e HSV2 Dados de 2016 Tipo de Vírus Faixa Etária Prevalência Global HSV1 50 anos 37 bilhões de pessoas 67 da população mundial HSV2 1549 anos 491 milhões de pessoas Fonte O autor 2025 O campo da saúde tem nos proporcionado um panorama em transformação quando se lida com as doenças infecciosas Um dos pontos chave na cronologia da identificação da herpes labial foi o reconhecimento do vírus HSV1 como agente etiológico da herpes labial e do HSV2 como agente etiológico da herpes genital No entanto dados mais recentes provenientes sobretudo dos países desenvolvidos informam a crescente proporção de casos da herpes genital provocados pelo HSV1 possivelmente devido a novas maneiras de prática sexual por exemplo sexo oral e etc De outra parte a prevalência do herpes labial pelo HSV1 parece decrescer em algumas áreas via incremento das práticas higiênicas e da diminuição também do contato boca a boca na infância Essa mudança tem implicações importantes pois a infecção genital por HSV1 tende a ser menos recorrente do que a causada por HSV2 6 A contaminação pelo HSV2 é bastante importante para a saúde coletiva ainda mais por causa da sua ligação com outras enfermidades especialmente o vírus HIV As feridas genitais provocadas pelo HSV2 ajudam o HIV a penetrar no corpo e elevam o número de células que o HIV ataca na região genital Da mesma forma a coinfecção por HIV acelera a replicação do HSV2 e aumenta a frequência e intensidade das lesões formando um ciclo vicioso que contribui para a disseminação de ambas as infecções 12 Pessoas que mantêm relações sexuais ativas especialmente aquelas com vários parceiros ou que iniciaram um novo relacionamento fazem parte dos grupos que demandam maior atenção MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Os recémnascidos de mães com infecção primária de herpes genital no final da gestação também estão em altíssimo risco de contrair o herpes neonatal tornando crucial a vigilância e o manejo clínico adequados 13 4 Diagnóstico Microbiológico Identificar clinicamente infecções por herpes simples pode ser complicado já que as lesões nem sempre são claras principalmente no começo Sendo assim a realização de análises clínicas é imprescindível para validar a hipótese inicial Para identificar a condição existem basicamente dois métodos os que investigam diretamente a causa e os que o fazem de forma indireta Tabela 3 Tabela 3 Métodos de Diagnóstico de Infecções por Herpes Simples Método de Diagnóstico Tipo Vantagens Limitações PCR Reação em Cadeia da Polimerase Direto Alta sensibilidade e especificidade Custo mais elevado Cultura Viral Direto Altamente específico Baixa sensibilidade e demora no resultado Sorologia ELISA Indireto Útil para identificar infecções passadas e tipo de vírus Não é útil para infecção ativa Fonte O autor 2025 O teste mais confiável e que melhor identifica a causa de forma direta é o PCR ou reação em cadeia da polimerase O PCR identifica o material genético do vírus e pode ser aplicado em amostras retiradas de lesões na pele do líquido de bolhas do líquido cefalorraquidiano e de partes de tecido Sua capacidade de detectar o vírus mesmo em concentrações muito baixas a torna o método de escolha para o diagnóstico de encefalite herpética onde o tratamento precoce é vital 14 Adicionalmente a PCR em tempo real possibilita acompanhar a quantidade de vírus presente e a PCR multiplex consegue distinguir entre o HSV1 e o HSV2 algo importante para prever o reaparecimento do herpes genital O cultivo do vírus em células é uma técnica antiga que extrai o vírus de materiais coletados Apesar de ser muito precisa ela é menos eficaz que a PCR principalmente em feridas que já estão na fase de cicatrização O resultado da cultura pode levar dias o que limita sua utilidade em situações de urgência 15 Um procedimento mais antigo e hoje menos utilizado para confirmação é o Teste de Tzanck Ele identifica células grandes com vários núcleos em amostras coletadas das lesões sugerindo uma infecção por herpes porém não consegue diferenciar entre HSV vírus varicelazóster e outras causas Em contrapartida o diagnóstico indireto realiza a pesquisa de anticorpos presentes no sangue da pessoa Através dos testes sanguíneos como o ELISA são detectados os anticorpos IgG e IgM A presença de IgG contra o HSV1 ou HSV2 permite reconhecer infecções pregressas e sua frequência na população A prova de que o MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde anticorpo detectado é do tipo IgG é a busca pelos anticorpos que atacam as glicoproteínas G gG que são de cada tipo viral A detecção de IgM é um indicador de infecção primária recente embora a sua sensibilidade possa ser baixa em alguns casos 16 A sorologia é especialmente valiosa para detecção em Parceiros e para aconselhar Casais sorodiscordantes 5 Tratamento e Prevenção O tratamento das Infecções por HSV é baseado em antiviral que inibe a reprodução viral Os agentes principais são análogos de nucleotídeos aciclovir valaciclovir e fanciclovir O mecanismo de ação dos fármacos parece ser elegante estes são profármacos que precisam ser fosforilados pela timidina quinase TK viral para tornarse ativos Uma vez que eles são fosforilados eles são incorporados pela DNA polimerase viral levando a interrupção da replicação do DNA viral Como a TK viral é muito mais eficiente em fosforilar o aciclovir do que a TK da célula humana os medicamentos atuam seletivamente sobre as células infectadas 17O tratamento pode ser episódico ou supressivo O tratamento episódico é representado pela administração do fármaco por via oral em curto período geralmente 5 dias em início de surto com o objetivo de diminuir a duração e a intensidade do episódio A terapia supressora envolve a administração diária do antiviral para prevenir recorrências e reduzir a excreção viral assintomática sendo indicada para pacientes com surtos frequentes mais de 6 por ano ou para casais sorodiscordantes a fim de reduzir o risco de transmissão 18 Aciclovir quando administrado por via local apresenta eficácia limitada e não é utilizado para o tratamento de infecções sistêmicas ou para o tratamento das infecções recorrentes graves Um ponto importante a considerar é a resistência microbiana provavelmente encontrada nos pacientes imunossuprimidos tratados com terapia supressora por longos períodos A resistência é geralmente devido a mutações no gene da timidina quinase que dificultam a fosforilação e a ativação dos antivirais A resistência pode ser detectada por testes de sensibilidade e nesses casos medicamentos de segunda linha como o foscarnet podem ser utilizados 19As metodologias de prevenção giram em torno da educação e do aconselhamento Sugerem se evitar o contato direto com as lesões ativas durante os surtos e utilizar consistentemente os preservativos para diminuir o risco de transmissão sexual O uso de terapia supressora em casais sorodiscordantes tem eficácia na diminuição da transmissão Apesar de décadas de pesquisa a vacina eficaz para prevenir a infecção por HSV ainda não está disponível Estudos com vacinas de subunidades de glicoproteína falharam em proteger contra a infecção mas a pesquisa continua com novas abordagens que podem se concentrar em induzir respostas imunes celulares mais robustas 20 CONCLUSÃO A revisão da literatura das infecções pelos vírus herpes simples tipos 1 e 2 reitera seu caráter pandêmico e permanente relevância para a saúde pública mundial O presente MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde trabalho revisou de forma sistemática as questões epidemiológicas clínicas de diagnóstico e de tratamento dessa doença conforme assumido Os dados demonstram que apesar de reconhecida como prevalente a infecção pelo HSV continua a representar uma carga significativa tanto em morbilidade e impacto social como em suas possíveis graves complicações como encefalite herpes neonatal entre outras O novo perfil epidemiológico com a crescente ocorrência das infecções do HSV genital por HSV1 propõe a necessidade de melhor compreensão do seu modo de transmissão e consequentemente para necessidade de mais estratégia de prevenção para esse novo quadro Conforme se encerra o artigo o mesmo refere que a identificação precoce em especial pelas metodologias moleculares referente à PCR tem um grande papel para o manejo clínico correto e para evitar efeitos adversos e que a prevenção por educação em saúde voltada à transmissão do vírus e aconselhamentos sobre práticas sexuais seguras ainda é a primeira de várias maneiras para se erradicar a disseminação do vírus já que não existe vacina ativa disponível Desta forma o manejo das infecções por herpes simples deverá ser multifatorial conjugando a evolução dos métodos diagnósticos e terapêuticos e com a educação da população e dos profissionais da saúde E somente assim poderseá diminuir o impacto mundial dessa doença REFERÊNCIAS 1 Whitley RJ Herpes Simplex Viruses In Mandell GL Bennett JE Dolin R Principles and Practice of Infectious Diseases 8th ed Elsevier 2015 p 18231834 2 Sacks SL et al Herpes simplex vírus clinical manifestations diagnosis and management Clinical Infectious Diseases 2017 658 14001406 3 World Health Organization Herpes simplex vírus WHO Fact Sheets Geneva WHO 2020 4 Patel R et al European guideline for the management of genital herpes 2017 International Journal of STD 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