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MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde TÍTULO DO ARTIGO Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO 150 a 250 palavras Redação clara concisa e objetiva Deve conter brevemente introdução objetivo metodologia da revisão principais achados e conclusão PALAVRASCHAVE De 3 a 5 palavras separadas por ponto e vírgula em conformidade com o DeCS Exemplo Tuberculose Diagnóstico laboratorial Epidemiologia Microrganismos Tratamento INTRODUÇÃO Apresentar a doença abordada sua relevância em saúde pública impacto clínico e social Inserir dados atuais sobre sua incidênciaprevalência Finalizar com o objetivo claro da revisão OBJETIVOS Exemplo Este artigo tem como objetivo revisar os principais aspectos clínicos epidemiológicos microbiológicos diagnósticos e terapêuticos da doença X com foco em sua disseminação e controle MATERIAIS E MÉTODOS Descrever como a revisão foi conduzida Bases de dados utilizadas ex PubMed SciELO BVS Palavraschave usadas Período de busca ex 2015 a 2024 Critérios de inclusãoexclusão de artigos Tipo de estudo revisão narrativa da literatura RESULTADOS E DISCUSSÃO Apresentar os dados obtidos da literatura estruturando por subtítulos como 1 Características do Microrganismo Descrever morfologia fisiologia classificação e patogenicidade 2 Manifestações Clínicas e Sintomas Detalhar os sintomas formas clínicas e complicações MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 3 Epidemiologia Apresentar dados nacionais e globais grupos de risco vias de transmissão etc 4 Diagnóstico Microbiológico Destacar exames laboratoriais utilizados métodos diretos e indiretos 5 Tratamento e Prevenção Citar medicamentos indicados resistência microbiana condutas clínicas e estratégias de prevenção Fazer uma discussão crítica baseada em autores diferentes destacando convergências e divergências entre estudos Usar tabelas imagens gráficos etc CONCLUSÃO Retomar o objetivo do trabalho e apresentar as principais considerações finais ressaltando a importância do diagnóstico precoce prevenção e educação em saúde sobre a doença REFERÊNCIAS Devem ser numeradas por ordem de citação no texto Exemplos 1 World Health Organization Tuberculosis fact sheet Geneva WHO 2024 2 Silva JN Pereira CL Diagnóstico laboratorial da dengue revisão integrativa Rev Bras Anál Clín 202153213541 3 Oliveira AC Costa MRL Santos K Tratamento da hanseníase no Brasil uma atualização J Infect Desenvol Ctries 20201454238 Os conteúdos devem ser originais com base em artigos científicos documentos oficiais OMS Ministério da Saúde CDC e literatura técnica de referência REFERÊNCIAS ACEITAS Artigos Científicos Livros Referência Documentos e referências do ministério da saúde Diretrizes de Sociedades Científicas e Congressos Revistas Indexadas Não serão aceitos portais de saúde não referenciados wikipedia Tua Saúde e qualquer site sem relevância e base científica comprovada Recomendados httpspubmedncbinlmnihgov httpswwwscielobr httpsbvsaludorg httpwwwsbpcorgbr httpsjamanetworkcom httpswwwnejmorg httpsscholargooglecombr httpswwwwhoint MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontrase disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética tratase de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrouse que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 1 de 103 Relatório do Software Antiplágio CopySpider Para mais detalhes sobre o CopySpider acessehttpscopyspidercombr Instruções Este relatório apresenta na próxima página uma tabela com o resumo da análise do CopySpider Cada linha associa o conteúdo do arquivo de entrada com um documento encontrado na internet para Busca em arquivos da internet ou do arquivo de entrada com outros arquivos em seu computador para Pesquisa em arquivos locais A quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de similaridade dos arquivos Quanto maior a quantidade de termos comuns combinada com o agrupamento desses termos maior a similaridade entre os arquivos No início de cada comparação entre arquivos encontramse um resumo numérico dos resultados Arquivo 1 nome do arquivo Ni termos Arquivo 2 nome do arquivo Nc termos Termos comuns N Similaridade Índice antigo S x Índice novo Si y Agrupamento Sg AltoModeradoBaixo No texto do documento os termos em comum são marcados em cores diferentes Amarelo quando são considerados no cálculo do Novo Índice de Semelhança Si e Vermelho quando estão agrupados e fazem parte do Índice de Agrupamento Sg Os termos marcados em amarelo são comuns entre os documentos mas por não estarem agrupados tendem a não caracterizar cópia Os termos marcados em vermelho também são comuns e têm maior chance de serem interpretados como cópia É importante destacar que a classificação da semelhança como Alta Moderada e Baixa não representa um índice de plágio Por exemplo documentos que citam de forma direta transcrição outros documentos podem ter uma similaridade Alta e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio Há sempre a necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências bibliográficas Veja também Analisando o resultado do CopySpider Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio Como interpretar os índices de semelhança Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 2 de 103 Versão do CopySpider 35 Relatório gerado por carolinambrigsgmailcom Análise no modo WebNormal disponibilidade de 8667 em 2958 s Idioma da busca Português Semelhança Agrupamento Termos comuns Arquivos Baixo Moderada 315 herpessimplesrevisaopdf X bvsmssaudegovbrbvspublicacoesdoencasinfecci osasparasitariaguiabolsopdf Moderado Baixa 83 herpessimplesrevisaopdf X bjihsemnuvenscombrbjihsarticleview2564 Baixo Baixa 227 herpessimplesrevisaopdf X bvsmssaudegovbrbvspublicacoesmanualrecome ndacoescontroletuberculosebrasil2edpdf Baixo Baixa 182 herpessimplesrevisaopdf X wwwepsjvfiocruzbrsitesdefaultfilescap2pdf Baixo Baixa 174 herpessimplesrevisaopdf X wwwincagovbrsitesufustiincalocalfilesmediado cumentlivrodiagnosticoprecocecancerboca2022p df Baixo Baixa 146 herpessimplesrevisaopdf X wwwpasseidiretocomarquivo157735949semiologia veteriniriaaartedodiagnstico3ediuo Baixo Baixa 86 herpessimplesrevisaopdf X wwwpasseidiretocomarquivo134562198cnubloco 8nivelintermediarioapostilasopcaobylendkercopy Baixo Baixa 85 herpessimplesrevisaopdf X wwwpasseidiretocomarquivo143119133globalizac aoeespaconoensinomedio Baixo Baixa 81 herpessimplesrevisaopdf X revodontobvsaludorgscielophpscriptsciarttext pidS167738882012000300004 Baixo Baixa 78 herpessimplesrevisaopdf X wwwdrakeillafreitascombrvirusherpessimplestipo 1e2 Arquivos com problema de download httpswwwpasseidiretocomarquivo125256052estudoepidemiologicodasdesordenspancreaticasno municipioderecifepeanali Não foi possível baixar o arquivo É recomendável baixar o arquivo manualmente e realizar a análise em conluio Um contra todos 28 Operation timed out after 15031 milliseconds with 0 bytes received Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 3 de 103 httpswwwresearchgatenetpublication382243464IncidenciadasinfeccoespelovirusherpesDes afioseimplicacoesparaasaudepublica Não foi possível baixar o arquivo É recomendável baixar o arquivo manualmente e realizar a análise em conluio Um contra todos 22 The requested URL returned error 403 httpsapesquisacombrrevisaodeliteraturaconstrucaodoconhecimentocientifico Não foi 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abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id 44f6a1f9o36b0t0 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 5 de 103 concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 6 de 103 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 7 de 103 infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 8 de 103 Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 9 de 103 correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 10 de 103 e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 11 de 103 biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 12 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 13 de 103 Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 14 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 bjihsemnuvenscombrbjihsarticleview2564 895 termos Termos comuns 83 Similaridade Índice antigo S 221 Índice novo Si 282 Agrupamento Sg Moderado O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id 57dca29fo44b27t68 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 15 de 103 e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 16 de 103 esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 17 de 103 caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 18 de 103 Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 19 de 103 HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 20 de 103 alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 21 de 103 Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 22 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 23 de 103 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 24 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 bvsmssaudegovbrbvspublicacoesmanualrecomendacoescontroletuberculosebrasil2edpdf 78986 termos Termos comuns 227 Similaridade Índice antigo S 027 Índice novo Si 771 Agrupamento Sg Baixo O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id 83cc5708o16b0t0 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 25 de 103 infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 26 de 103 publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 27 de 103 destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 28 de 103 Incômodo na região oral ¹ Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 29 de 103 estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 30 de 103 por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 31 de 103 em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 32 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 33 de 103 sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 34 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 wwwepsjvfiocruzbrsitesdefaultfilescap2pdf 20974 termos Termos comuns 182 Similaridade Índice antigo S 076 Índice novo Si 618 Agrupamento Sg Baixo O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id c8eac6a3o19b16t16 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 35 de 103 e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 36 de 103 esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 37 de 103 caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 38 de 103 Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 39 de 103 HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 40 de 103 alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 41 de 103 Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 42 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 43 de 103 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 44 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 wwwincagovbrsitesufustiincalocalfilesmediadocumentlivrodiagnosticoprecocecancerboca2022 pdf 32794 termos Termos comuns 174 Similaridade Índice antigo S 048 Índice novo Si 591 Agrupamento Sg Baixo O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id 2b8345e6o12b0t0 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 45 de 103 infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 46 de 103 publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 47 de 103 destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 48 de 103 Incômodo na região oral ¹ Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 49 de 103 estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 50 de 103 por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 51 de 103 em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 52 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 53 de 103 sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 54 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 wwwpasseidiretocomarquivo157735949semiologiaveteriniriaaartedodiagnstico3ediuo 51962 termos Termos comuns 146 Similaridade Índice antigo S 026 Índice novo Si 496 Agrupamento Sg Baixo O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id 0f04acceo10b0t0 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 55 de 103 concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 56 de 103 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 57 de 103 infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 58 de 103 Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 59 de 103 correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 60 de 103 e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 61 de 103 biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 62 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 63 de 103 Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 64 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 wwwpasseidiretocomarquivo134562198cnubloco8nivelintermediarioapostilasopcaobylendkerco py 48690 termos Termos comuns 86 Similaridade Índice antigo S 016 Índice novo Si 292 Agrupamento Sg Baixo O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id 52616524o6b0t0 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 65 de 103 infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 66 de 103 publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 67 de 103 destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 68 de 103 Incômodo na região oral ¹ Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 69 de 103 estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 70 de 103 por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 71 de 103 em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 72 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 73 de 103 sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 74 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 wwwpasseidiretocomarquivo143119133globalizacaoeespaconoensinomedio 47931 termos Termos comuns 85 Similaridade Índice antigo S 016 Índice novo Si 289 Agrupamento Sg Baixo O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id 86c6f004o9b0t0 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 75 de 103 concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 76 de 103 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 77 de 103 infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 78 de 103 Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 79 de 103 correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 80 de 103 e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 81 de 103 biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 82 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 83 de 103 Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 84 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 revodontobvsaludorgscielophpscriptsciarttextpidS167738882012000300004 5027 termos Termos comuns 81 Similaridade Índice antigo S 102 Índice novo Si 275 Agrupamento Sg Baixo O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id a96ba1abo10b0t0 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 85 de 103 concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 86 de 103 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 87 de 103 infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 88 de 103 Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 89 de 103 correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 90 de 103 e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 91 de 103 biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 92 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 93 de 103 Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 94 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 wwwdrakeillafreitascombrvirusherpessimplestipo1e2 9921 termos Termos comuns 78 Similaridade Índice antigo S 061 Índice novo Si 265 Agrupamento Sg Baixo O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id 342825b4o12b0t0 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 95 de 103 e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 96 de 103 esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 97 de 103 caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 98 de 103 Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 99 de 103 HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 100 de 103 alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 101 de 103 Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 102 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 103 de 103 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020

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MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde TÍTULO DO ARTIGO Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO 150 a 250 palavras Redação clara concisa e objetiva Deve conter brevemente introdução objetivo metodologia da revisão principais achados e conclusão PALAVRASCHAVE De 3 a 5 palavras separadas por ponto e vírgula em conformidade com o DeCS Exemplo Tuberculose Diagnóstico laboratorial Epidemiologia Microrganismos Tratamento INTRODUÇÃO Apresentar a doença abordada sua relevância em saúde pública impacto clínico e social Inserir dados atuais sobre sua incidênciaprevalência Finalizar com o objetivo claro da revisão OBJETIVOS Exemplo Este artigo tem como objetivo revisar os principais aspectos clínicos epidemiológicos microbiológicos diagnósticos e terapêuticos da doença X com foco em sua disseminação e controle MATERIAIS E MÉTODOS Descrever como a revisão foi conduzida Bases de dados utilizadas ex PubMed SciELO BVS Palavraschave usadas Período de busca ex 2015 a 2024 Critérios de inclusãoexclusão de artigos Tipo de estudo revisão narrativa da literatura RESULTADOS E DISCUSSÃO Apresentar os dados obtidos da literatura estruturando por subtítulos como 1 Características do Microrganismo Descrever morfologia fisiologia classificação e patogenicidade 2 Manifestações Clínicas e Sintomas Detalhar os sintomas formas clínicas e complicações MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 3 Epidemiologia Apresentar dados nacionais e globais grupos de risco vias de transmissão etc 4 Diagnóstico Microbiológico Destacar exames laboratoriais utilizados métodos diretos e indiretos 5 Tratamento e Prevenção Citar medicamentos indicados resistência microbiana condutas clínicas e estratégias de prevenção Fazer uma discussão crítica baseada em autores diferentes destacando convergências e divergências entre estudos Usar tabelas imagens gráficos etc CONCLUSÃO Retomar o objetivo do trabalho e apresentar as principais considerações finais ressaltando a importância do diagnóstico precoce prevenção e educação em saúde sobre a doença REFERÊNCIAS Devem ser numeradas por ordem de citação no texto Exemplos 1 World Health Organization Tuberculosis fact sheet Geneva WHO 2024 2 Silva JN Pereira CL Diagnóstico laboratorial da dengue revisão integrativa Rev Bras Anál Clín 202153213541 3 Oliveira AC Costa MRL Santos K Tratamento da hanseníase no Brasil uma atualização J Infect Desenvol Ctries 20201454238 Os conteúdos devem ser originais com base em artigos científicos documentos oficiais OMS Ministério da Saúde CDC e literatura técnica de referência REFERÊNCIAS ACEITAS Artigos Científicos Livros Referência Documentos e referências do ministério da saúde Diretrizes de Sociedades Científicas e Congressos Revistas Indexadas Não serão aceitos portais de saúde não referenciados wikipedia Tua Saúde e qualquer site sem relevância e base científica comprovada Recomendados httpspubmedncbinlmnihgov httpswwwscielobr httpsbvsaludorg httpwwwsbpcorgbr httpsjamanetworkcom httpswwwnejmorg httpsscholargooglecombr httpswwwwhoint MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontrase disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética tratase de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrouse que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 1 de 103 Relatório do Software Antiplágio CopySpider Para mais detalhes sobre o CopySpider acessehttpscopyspidercombr Instruções Este relatório apresenta na próxima página uma tabela com o resumo da análise do CopySpider Cada linha associa o conteúdo do arquivo de entrada com um documento encontrado na internet para Busca em arquivos da internet ou do arquivo de entrada com outros arquivos em seu computador para Pesquisa em arquivos locais A quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de similaridade dos arquivos Quanto maior a quantidade de termos comuns combinada com o agrupamento desses termos maior a similaridade entre os arquivos No início de cada comparação entre arquivos encontramse um resumo numérico dos resultados Arquivo 1 nome do arquivo Ni termos Arquivo 2 nome do arquivo Nc termos Termos comuns N Similaridade Índice antigo S x Índice novo Si y Agrupamento Sg AltoModeradoBaixo No texto do documento os termos em comum são marcados em cores diferentes Amarelo quando são considerados no cálculo do Novo Índice de Semelhança Si e Vermelho quando estão agrupados e fazem parte do Índice de Agrupamento Sg Os termos marcados em amarelo são comuns entre os documentos mas por não estarem agrupados tendem a não caracterizar cópia Os termos marcados em vermelho também são comuns e têm maior chance de serem interpretados como cópia É importante destacar que a classificação da semelhança como Alta Moderada e Baixa não representa um índice de plágio Por exemplo documentos que citam de forma direta transcrição outros documentos podem ter uma similaridade Alta e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio Há sempre a necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências bibliográficas Veja também Analisando o resultado do CopySpider Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio Como interpretar os índices de semelhança Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 2 de 103 Versão do CopySpider 35 Relatório gerado por carolinambrigsgmailcom Análise no modo WebNormal disponibilidade de 8667 em 2958 s Idioma da busca Português Semelhança Agrupamento Termos comuns Arquivos Baixo Moderada 315 herpessimplesrevisaopdf X bvsmssaudegovbrbvspublicacoesdoencasinfecci osasparasitariaguiabolsopdf Moderado Baixa 83 herpessimplesrevisaopdf X bjihsemnuvenscombrbjihsarticleview2564 Baixo Baixa 227 herpessimplesrevisaopdf X bvsmssaudegovbrbvspublicacoesmanualrecome ndacoescontroletuberculosebrasil2edpdf Baixo Baixa 182 herpessimplesrevisaopdf X wwwepsjvfiocruzbrsitesdefaultfilescap2pdf Baixo Baixa 174 herpessimplesrevisaopdf X wwwincagovbrsitesufustiincalocalfilesmediado cumentlivrodiagnosticoprecocecancerboca2022p df Baixo Baixa 146 herpessimplesrevisaopdf X wwwpasseidiretocomarquivo157735949semiologia veteriniriaaartedodiagnstico3ediuo Baixo Baixa 86 herpessimplesrevisaopdf X wwwpasseidiretocomarquivo134562198cnubloco 8nivelintermediarioapostilasopcaobylendkercopy Baixo Baixa 85 herpessimplesrevisaopdf X wwwpasseidiretocomarquivo143119133globalizac aoeespaconoensinomedio Baixo Baixa 81 herpessimplesrevisaopdf X revodontobvsaludorgscielophpscriptsciarttext pidS167738882012000300004 Baixo Baixa 78 herpessimplesrevisaopdf X wwwdrakeillafreitascombrvirusherpessimplestipo 1e2 Arquivos com problema de download httpswwwpasseidiretocomarquivo125256052estudoepidemiologicodasdesordenspancreaticasno municipioderecifepeanali Não foi possível baixar o arquivo É recomendável baixar o arquivo manualmente e realizar a análise em conluio Um contra todos 28 Operation timed out after 15031 milliseconds with 0 bytes received Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 3 de 103 httpswwwresearchgatenetpublication382243464IncidenciadasinfeccoespelovirusherpesDes afioseimplicacoesparaasaudepublica Não foi possível baixar o arquivo É recomendável baixar o arquivo manualmente e realizar a análise em conluio Um contra todos 22 The requested URL returned error 403 httpsapesquisacombrrevisaodeliteraturaconstrucaodoconhecimentocientifico Não foi 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abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id 44f6a1f9o36b0t0 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 5 de 103 concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 6 de 103 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 7 de 103 infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 8 de 103 Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 9 de 103 correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 10 de 103 e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 11 de 103 biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 12 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 13 de 103 Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 14 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 bjihsemnuvenscombrbjihsarticleview2564 895 termos Termos comuns 83 Similaridade Índice antigo S 221 Índice novo Si 282 Agrupamento Sg Moderado O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id 57dca29fo44b27t68 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 15 de 103 e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 16 de 103 esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 17 de 103 caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 18 de 103 Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 19 de 103 HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 20 de 103 alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 21 de 103 Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 22 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 23 de 103 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 24 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 bvsmssaudegovbrbvspublicacoesmanualrecomendacoescontroletuberculosebrasil2edpdf 78986 termos Termos comuns 227 Similaridade Índice antigo S 027 Índice novo Si 771 Agrupamento Sg Baixo O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id 83cc5708o16b0t0 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 25 de 103 infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 26 de 103 publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 27 de 103 destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 28 de 103 Incômodo na região oral ¹ Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 29 de 103 estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 30 de 103 por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 31 de 103 em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 32 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 33 de 103 sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 34 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 wwwepsjvfiocruzbrsitesdefaultfilescap2pdf 20974 termos Termos comuns 182 Similaridade Índice antigo S 076 Índice novo Si 618 Agrupamento Sg Baixo O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id c8eac6a3o19b16t16 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 35 de 103 e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 36 de 103 esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 37 de 103 caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 38 de 103 Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 39 de 103 HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 40 de 103 alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 41 de 103 Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 42 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 43 de 103 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 44 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 wwwincagovbrsitesufustiincalocalfilesmediadocumentlivrodiagnosticoprecocecancerboca2022 pdf 32794 termos Termos comuns 174 Similaridade Índice antigo S 048 Índice novo Si 591 Agrupamento Sg Baixo O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id 2b8345e6o12b0t0 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 45 de 103 infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 46 de 103 publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 47 de 103 destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 48 de 103 Incômodo na região oral ¹ Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 49 de 103 estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 50 de 103 por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 51 de 103 em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 52 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 53 de 103 sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 54 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 wwwpasseidiretocomarquivo157735949semiologiaveteriniriaaartedodiagnstico3ediuo 51962 termos Termos comuns 146 Similaridade Índice antigo S 026 Índice novo Si 496 Agrupamento Sg Baixo O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id 0f04acceo10b0t0 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 55 de 103 concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 56 de 103 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 57 de 103 infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 58 de 103 Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 59 de 103 correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 60 de 103 e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 61 de 103 biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 62 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 63 de 103 Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 64 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 wwwpasseidiretocomarquivo134562198cnubloco8nivelintermediarioapostilasopcaobylendkerco py 48690 termos Termos comuns 86 Similaridade Índice antigo S 016 Índice novo Si 292 Agrupamento Sg Baixo O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id 52616524o6b0t0 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 65 de 103 infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 66 de 103 publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 67 de 103 destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 68 de 103 Incômodo na região oral ¹ Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 69 de 103 estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 70 de 103 por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 71 de 103 em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 72 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 73 de 103 sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 74 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 wwwpasseidiretocomarquivo143119133globalizacaoeespaconoensinomedio 47931 termos Termos comuns 85 Similaridade Índice antigo S 016 Índice novo Si 289 Agrupamento Sg Baixo O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id 86c6f004o9b0t0 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 75 de 103 concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 76 de 103 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 77 de 103 infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 78 de 103 Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 79 de 103 correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 80 de 103 e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 81 de 103 biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 82 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 83 de 103 Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 84 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 revodontobvsaludorgscielophpscriptsciarttextpidS167738882012000300004 5027 termos Termos comuns 81 Similaridade Índice antigo S 102 Índice novo Si 275 Agrupamento Sg Baixo O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id a96ba1abo10b0t0 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 85 de 103 concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 86 de 103 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 87 de 103 infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 88 de 103 Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 89 de 103 correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 90 de 103 e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 91 de 103 biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 92 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 93 de 103 Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 94 de 103 Arquivo 1 herpessimplesrevisaopdf 2941 termos Arquivo 2 wwwdrakeillafreitascombrvirusherpessimplestipo1e2 9921 termos Termos comuns 78 Similaridade Índice antigo S 061 Índice novo Si 265 Agrupamento Sg Baixo O texto abaixo é o conteúdo do documento Arquivo 1 Os termos em vermelho foram encontrados no documento Arquivo 2 Id 342825b4o12b0t0 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde HERPES SIMPLES TIPO 1 E 2 UMA REVISÃO DE LITERATURA Nome completo dos autores em ordem alfabética ou por contribuição Curso de Biomedicina Universidade Cidade de São Paulo UNICID RESUMO Herpes simples tratase de uma infecção altamente contagiosa causada por vírus herpesvirus os quais podem ser classificados em HSV1 ou HSV2 Geralmente manifestamse lesões em região orolabial e genital caracterizadas por bolhas ou vesículas preenchidas de conteúdo de alta capacidade de contaminação O presente trabalho tem como objetivo apresentar as principais características da doença tais como o agente etiológico epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico e o tratamento e prevenção Tal abordagem se faz a partir da revisão de literatura sistemática a partir de buscas em bases de dados acadêmicos e científicos PALAVRASCHAVE Aciclovir Herpes HSV Orolabial INTRODUÇÃO A herpes simples tratase de uma doença viral causada pelo vírus HSV este se apresentando em duas subdivisões o HSV1 e HSV2 ¹ que podem infectar diversos tipos celulares tendo como característica peculiar eu rápido crescimento em cultivo ampla gama de hospedeiros e período de latência indeterminado o que o torna capaz de ser reativado ² É considerada uma das infecções mais comuns em humanos podendo levar a graves lesões sobretudo em neonatos e pessoas imunossuprimidas como os indivíduos transplantados e HIV positivos ² Segundo ³ cerca de 90 da população encontrase infectada pelo HSV das quais 40 apresentam as manifestações clínicas 13 Ao que concerne ao HSV1 é dado como o principal causador de lesões vesiculares em região oral Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 95 de 103 e mais raramente em região genital ao passo que o HSV2 na região genital e mais raramente na região oral 4 Embora o vírus possa permanecer latente por longo período de tempo o mesmo pode ser reativado causando surtos sintomáticos dolorosos e por vezes grave levando a danos não somente à saúde física como emocional 5 Ainda que grande parcela dos infectados sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves da doença outros podem MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde evoluir para casos mais graves sendo caracterizados por lesões dolorosas desconfortáveis e com sensação de queimação 5 Quanto aos impactos sociais da infeção estão eles associados ao desenvolvimento da ansiedade estigma por parte da sociedade e apreensão quanto à transmissão para outras pessoas 56 Sob a perspectiva da saúde pública as infecções por herpes possuem sua importância ao se tratarem de infecções sexualmente transmissíveis uma vez que a principal forma de transmissão do HSV1 e HSV2 é via orogenital e sexual respectivamente 7 Ainda quando graves podem levar a altos custos de internação ou de tratamento ambulatorial 5 Segundo estudos conduzidos por Ivo Teixeira Souza 2020 a prevalência do HSV1 na população brasileira em indivíduos com idades entre 35 e 44 anos é de cerca de 96 ao passo que de 30 a 35 anos correspondem a 9520 e acima dos 60 anos 95 8 9 Dentre os estados brasileiros os de população mais acometida são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente 810 Nesse contexto o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura acerca do herpes simples do tipo 1 e 2 HSV1 e HSV2 visando apresentar sua etiologia epidemiologia manifestações clínicas diagnóstico tratamento e prevenção OBJETIVOS Este artigo tem como objetivo apresentar aspectos fundamentais para o entendimento da infecção pelo vírus HSV causador do herpes simples a partir da revisão de literatura Serão apresentadas informações como agente etiológico epidemiologia da doença manifestações clínicas e suas implicações bem como métodos diagnósticos e tratamentos comumente utilizados tanto para HSV1 como para HSV2 e medidas de prevenção MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho utilizou com metodologia a revisão de literatura a qual consiste em um processo de busca e análise de conhecimentos presentes na literatura bem como análise dos mesmos escritos a respeito de determinado assunto ou tema estando eles publicados em periódicos revistas científicas artigos teses dissertações entre outros 11 Dentre os diferentes tipos e revisão de literatura optouse pela revisão sistemática Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 96 de 103 esta caracterizada pela investigação a qual considera estudos de observação e análise crítica Dessa forma objetiva responder perguntas específicas a partir da recuperação seleção e avaliação dos estudos 11 buscando logicidade e reprodutibilidade de forma a MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde apresentar explicitamente o que foi encontrado na base de dados consultadas e selecionadas 12 Os trabalhos utilizados para realizar a revisão foram buscados a partir de palavras chave como herpes simples HSV HSV1 e HSV2 em base de dados como periódicos capes google acadêmico e pubmed Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram priorizados artigos publicados entre 2020 e 2025 a fim de revisar os meios diagnósticos e tratamentos mais recentes Quanto a etiologia não foram excluídos trabalhos com datas anteriores uma vez que o agente etiológico transmissão e ciclo replicativo são conhecidos pela literatura anterior a tal período RESULTADOS E DISCUSSÃO 1 Características do Microrganismo 11 Agente etiológico e estrutura Pertencentes a ordem Herpesvilares e família Herpesviridae os herpesvirus humanos estão presentes em três subfamílias sendo elas a Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae e Alphaherpesvirinae sendo esta última constituída por dois gêneros o qual se destaca o Simplexvirus ³ Nesse gênero estão presentes os vírus HSV1 e HSV2 causadores das herpes simples Embora classificados em diferentes famílias tais vírus possuem características comuns como morfologia capacidade de replicação e de latência Morfologicamente são providos de envelope constituído por duas camadas de lipídeos e de glicoproteínas tegumento estrutura proteica e capsídeo sendo esse constituído por 162 capsômeros os quais revestem seu material genético formado por DNA dupla fita ³ conforme mostrado na Figura 1 Quanto ao seu mecanismo de replicação a mesma ocorre a nível nuclear e assim como todos os vírus depende necessariamente de uma célula hospedeira para se replicar 3 13 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde Figura 1 Esquema representativo de uma partícula viral de HSV Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 A infecção tem seu início com a entrada do vírus por células epiteliais e mais raramente por neurônios dos gânglios sensoriais dorsais meninges ou cérebro ² Conforme destaca ² a porta de entrada do vírus é crucial para a determinação do local primário de infecção e manifestação do quadro clínico do indivíduo Após a fase aguda da doença Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 97 de 103 caracterizada por vesículas repletas de líquido que formam elevações na pele ou mucosa ocorrem os períodos de latência e de reativação de forma alternada ² A latência do vírus se dá no interior dos gânglios sensitivos e podem ser reativados a qualquer tempo permanecendo assintomáticos ou não 14 11 Classificação Como dito os herpesvirus pertencentes ao gênero Simplexvirus são classificados em dois tipos sendo eles o HSV1 e o HSV2 O HSV1 é considerado endêmico em todo o mundo e causa infecções altamente contagiosas sendo geralmente adquiridas durante a infância 15 A maior parte das infecções causadas pelo tipo 1 ocorrem em região orofacial Figura 1 ainda que possa ser desenvolvida em região genital 15 Quando infecção oral raramente são sintomáticas o que faz com que a maior parte dos indivíduos não tenha conhecimento sobre a infecção Quanto ao HSV2 este encontra se disseminado a nível mundial cujo local de infecção é a região genital sendo a principal via de transmissão a relação sexual 15 e contato com superfícies genitais fluidos pele e feridas embora raramente possa ser causado por HSV1 15 2 Manifestações Clínicas e Sintomas MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde As manifestações clínicas e sintomas são dependentes do tipo de vírus responsável pela infecção HSV1 e HSV2 uma vez que possuem vias de transmissão principal divergentes e portanto sítios de infecção diferentes A tabela 1 apresenta as manifestações clínicas comuns de ambos de forma que seja possível a visualização de suas diferenças Observase que dentre as manifestações clínicas mais comuns para HSV1 e HSV 2 são respectivamente lesões vesiculares em região oral e genital respectivamente conforme mostram as Figura 2 Figura 2 Lesão inicial de HSV1 em manifestação clínica oral Fonte Hasanah Hidayat 2022 Tabela 1 Principais manifestações clínicas e sintomas da infecção por HSV1 e HSV2 Manifestações Clínicas e Sintomas HSV1 HSV2 Incômodo na região oral ¹ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 98 de 103 Bolhas genitais ou anais úlceras 15 Bolhas dolorosas úlceras na boca ou ao redor 15 Febre Paroníquia herpética ³ Dor no corpo 15 Gengivoestomatite herpética ³ Edema de gânglios linfáticos 15 Ceratoconjuntivite herpética ³ Sensação de formigamento ou dor aguda nas pernas nádegas ou quadril 15 Fonte Elaborada pelo autor 2025 Conforme afirma Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 as manifestações clínicas da HSV1 estão presentes em aproximadamente um terço da população mundial MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde infectada tendoos apresentado pelo menos uma vez durante a vida ³ segundo dados do Ministério da Saúde Ao que se refere aos sinais clínicos como paroníquia herpética trata se de um processo de autoinoculação nos dedos ou unhas geralmente da falange distal sendo de ocorrência mais comum em crianças com idade entre 0 e 6 anos e em profissionais da saúde sem o hábito do uso de luvas descartáveis ³ Quanto a gengivoestomatite herpética está associada a quadros febris e adenopatias sendo a lesão presente na gengiva e mucosa interna da boca de crianças a conjuntivite herpética por sua vez pode ocorrer em áreas como córnea e conjuntiva ³ dando possibilidade à cegueira sendo esta considerada uma complicação Ao se tratar de complicações da HSV indivíduos imunossuprimidos podem evoluir para um quadro de encefalite ou ceratite bem como resistência a determinadas cepas o que dificulta o tratamento 3 17 Além dos sinais clínicos e sintomas característicos da infecção complicações podem surgir tais quais piodermite eczema herpético e infecção neonatal 18 podendo ocorrer alterações neurológicas visto que se trata de um vírus neurotrópico 18 3 Epidemiologia Segundo Marcucci 2020 o HSV1 é altamente difundido no mundo sendo estimado em 37 bilhões de pessoas infectadas com menos de 50 anos de idade correspondendo a 67 da população mundial conforme dados de 2016 Quando ao Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 99 de 103 HSV2 estimase que cerca haja cerca de 24 milhões de casos de infecção por ano no mundo Somente no ano de 2016 foram registrados cerca de 491 milhões de casos entre pessoas de 15 a 49 anos 4 7 No Brasil em um estudo publicado por Ivo Teixeira e Souza 2020 demonstrou se que a infecção por HSV1 no país a prevalência por faixa etária se dá entre os 35 a 44 anos correspondendo a 96 dos casos seguido por indivíduos entre 30 e 35 anos 9520 e acima dos 60 anos correspondente a 95 8 Os estados mais acometidos pela infecção são São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Minas Gerais e Paraná respectivamente As diferentes prevalências nos estados podem estar associadas à qualidade de serviços de saúde ou por questões de subnotificação 8 10 Contudo Peixoto et al 2021 afirma que a maior prevalência da infecção está em indivíduos idosos acima de anos e residentes de regiões de menor desenvolvimento e contrariando os estudos feitos por Andrade et al 2022 demonstrando que prevalece a infecção sobre indivíduos do sexo masculino 577 quando comparados ao do sexo feminino 448 819 A transmissão do vírus pode ocorrer de diferentes formas a depender do tipo HSV1 ou HSV2 Geralmente a via de transmissão do tipo 1 se da por contato com a pele ou com a região bucal sendo portanto comum a via oraloral ou orolabial ou seja através do contato direto com a saliva de um infectado WoukMalfatti FaccinGalhardi 2021 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde destaca a possibilidade de transmissão via contato extremo do corpo como a denominada herpes do gladiador mais comumente visto em lutadores Ainda são descritos casos de transmissão da mãe para o filho durante o parto o que se torna alvo de grande preocupação uma vez que em neonatos podem causar sequelas neurológicas e oculares bem como o óbito ³ Quanto à HSV2 a via mais comum é a sexual em região genital ou anal ³ por meio de relações desprotegidas sem o uso de preservativos ¹ e mais raramente de mãe para filho durante o parto Dentre os grupos de risco destacamse neonatos indivíduos imunossuprimidos e idosos os quais podem desenvolver graves complicações ou mesmo o óbito Tanto HSV1 quando o HSV2 apresentam período prodrômico caracterizado por queimação ou coceira seguido por erupção das vesículas ou bolhas em torno de 24 a 48 horas depois As lesões são preenchidas por líquido altamente contagioso fazendo com que após erupção possa contaminar outras partes do corpo 1 21 4 Diagnóstico Microbiológico O diagnóstico do herpes simples tanto HSV1 quanto HSV2 é considerado simples uma vez que as lesões são características ³ e pode ser feito por meio de cultura viral assim como por testes de imunofluorescência método de esfregaço de Tazanck ou por PCR 18 A cultura viral consiste em retirar o fluido das lesões as quais contêm vírus e inoculalos em células normais Ao realizar tal processo as células terão sua morfologia Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 100 de 103 alterada tornandose mais arredondadas com maior refringência e sem aderência conforme mostra a Figura 3 Figura 3 A Células não inoculadas B Células após 48 horas de inoculação com HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Já o PCR possibilita realizar a cópia de regiões específicas do DNA viral a partir de primers específicos os quais irão marcar o início da síntese do material genético Tal técnica permite ainda a diferenciação de cepas ³ O diagnóstico diferencial fazse MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde importante já que diversas doenças podem se manifestar de forma semelhante à herpes simples como o herpes zoster 5 Tratamento e Prevenção Ao que concerne ao tratamento é realizado de forma a controlar e prevenir a reativação viral assim como para reduzir o desconforto causado pelas lesões 18 Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento destacase o aciclovir antiviral cuja ação bloqueia a replicação do vírus ¹ Tal medicamento pode ser usado tanto via oral quanto tópica ou endovenosa em apresentações tais quais comprimidos suspensão ou cápsulas e em diferentes concentrações Sua administração de dá de 2 a 5 vezes ao dia durante 5 a 10 dias ¹ Em casos de herpes genital recorrente o tratamento com aciclovir deve ser feito em um período de 12 meses com dosagens de 400mg a cada 12 horas Outros medicamentos são indicados para o tratamento conforme mostra a Tabela 2 Tabela 2 Medicamentos indicados no tratamento de infecções por HSV1 Fonte Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 Conforme destaca Wouk Malfatti FaccinGalhardi 2021 o aciclovir é considerado o padrão ouro para o tratamento e prevenção sendo seus análogos utilizados até mesmo para o tratamento oro labial como famciclovir valaciclovir e aciclovir ³ Ao serem identificadas cepas de maior resistência medicamentos como trifluridina e idoxuridina são recomendados No entanto a trifluridina pode ser altamente tóxica quando administrada de forma sistemática e portanto deve ter seu uso controlado ³ Para administração endovenosa recomendase o uso de fosfonoformato um antiherpético análogo do pirofosfato prescrito MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde em pacientes resistentes ao aciclovir e com lesões graves Entretanto possui baixa biodisponibilidade e fazse dependente de bomba de infusão ³ Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 101 de 103 Ao compararmos estudos presentes na literatura acerca da HSV1 e HSV2 é possível observar que entre tais convergem em relação à etiologia do vírus bem como suas manifestações clínicas diagnóstico sendo o cultivo celular o padrão ouro e portanto o mais indicado No entanto dados epidemiológicos como prevalência e incidência apresentam dados divergentes ao que diz respeito principalmente à faixa etária e sexo mais afetados Tais discordâncias podem estar associadas ao período de estudo ou local da pesquisa e amostra sendo necessários estudos mais atuais acerca de tais índices Embora muitos medicamentos possam ser utilizados no tratamento todas as literaturas buscadas citam o aciclovir como medicamento de primeira escolha tendo como alternativas seus análogos os quais podem ser utilizados em diversas vias de administração e formas de apresentação a depender da localização da lesão e gravidade CONCLUSÃO A partir do exposto é possível notar a importância do herpes simples na saúde pública uma vez que embora não sejam comuns graves complicações mobilizam grande necessidade de tratamento ambulatorial e farmacológico Ainda requer atenção ao que diz respeito à educação sexual visto que o HSV2 tem sua via de transmissão principal as relações sexuais desprotegidas podendo o indivíduo permanecer por longo período de tempo sem a presença de manifestações clínicas A não apresentação de sinais clínicos assintomáticos não exclui a alta capacidade de contaminação frente à contato direto com a saliva ou fluidos dos infectados o que faz com que grande parte da população esteja infectada sem conhecimento Ao se notar lesões é recomendada a busca por atendimento médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes sobretudo em populações mais suscetíveis à complicações como imunossuprimidos neonatos e idosos A prevenção pode ser feita com a administração de antivirais por recomendação médica e pelo uso de preservativos durante relações sexuais REFERÊNCIAS 1 SILVA Juliana Porto LIMA Gabriel Messias YAMASHITA Ricardo KiyoshiHSV1 e HSV2 A importância do conhecimento sobre herpes para o atendimento odontológico revisão de literatura JNT Facit Business and Technology Journal Ed55 vol 1 pag 491501 out 2024 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 2 SCHUSTER Larissa Cristina BUSS Ceres Do herpes e suas implicações audiológicas uma revisão de literatura Rev CEFAC 114 695700 Outdez 2009 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 102 de 103 3 WOUK Jéssica MALFATTI Carlos Ricardo Maneck FACCINGALHARDI Lígia Carla Herpes simplex uma epidemia viral persistente Cap 6 In Infectologia bases epidemiológicas e clínicas 2021 4 MARTINS João Vinícius dos Santos Orientador Ana Lopes Progressão da herpes aumento dos casos de herpes simples Trabalho de Conclusão de Curso graduado em odontologia Universidade Anhanguera Osasco 2021 5 HORÁCIO Matheus Tavares COHEN Joanna Cyrene Duarte Chagas FERREIRA Thalyta da Silva et al Incidência das infecções pelo vírus herpes desafios e implicações para a saúde pública Brazilian Journal of Implantology and health sciences vol6 pag12521262 2024 6 STUMPF B P ROCHA F L PROIETTI A BF C Infecções virais e depressão Jornal Brasileiro de Psiquiatria v 55 n 2 p 132141 2006 7 ANDRADE Sâmia Moreira de COSTA Plínio Robson Cavalcante ROSA Luís Marcelo Vieira et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v11 n4 2022 8 OLIVIERA Gabriel Eduardo da Silva OLIVEIRA Letícia Cardoso MAGALHÃES Larissa Silva Prevalência de herpes tipo 1 e 2 na população brasileira um estudo de revisão Trabalho de Conclusão de Curso bacharel em enfermagem Faculdade de Inhumas FacMais 2022 9 IVO RP et al Análise das formas de contaminação e contaminação cruzada pelos vírus herpes Tipo 1 e Tipo 2 uma revisão da literature Braz J of Develop Curitiba v 6 n 8 p55988 55997 2020 10 ANDRADE SM et al Hospitalizações e óbitos associados à infecção por Vírus Herpes Simples HSV no Brasil no período de 2012 a 2021 Research Society and Development v 11 n 4 p 110 2022 11 UNESP Tipos de revisão de literatura Biblioteca Prof Paulo de Cwrvalho Mattos Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu 2015 MICROBIOLOGIA PARA TODOS Ciência Consciência e Cuidado em Saúde 12 GALVÃO Maria Cristiane Barbosa RICARTE Ivan Luiz Marques Revisão sistemática de literatura conceituação produção e publicação LOGEION Filosofia de Informação v6 n1 pag5773 set 2019fev2020 Relatório gerado por CopySpider Software 20250907 182327 CopySpider httpscopyspidercombr Página 103 de 103 13 SANTOS N S O ROMANOS M T V WIGG M D Virologia humana 3 ed Rio de janeiro Guanabara Koogan 2015 14 GOPAL R GIBBS T SLOMKA MJ WITHWORTH J CARPENTER LM VYSE A et al A monoclonal blocking EIA for herpes simplex virus type 2 antibody validation for seroepidemiological studies in AfricaJ Virol Methods 2000 87127180 15 HASANAH Novia Tri HIDAYAT Wahuy Stress as trigger factor of HSV1 reactivation causing recurrent intraoral herpes mimicking HAEM a case report International Medical Case Report Journal p 699706 2022 16 JIANG YC et al New strategies against drug resistance to herpes simplex virus International journal of oral science v 8 n 1 p 16 2016 17 AZAMBUJA Taís Weber Furlanetto de BERCINI Francesca FURLANETTO Tania Weber Herpes simples revisão de literatura Ver Fac Odonto Porto Alegre v45 n2 pag 4346 dez 2004 18 PEIXOTO SV et al Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade Ciência Saúde Coletiva v 26 n 3 p 51095121 2021 19 HARFOUCHE Manale MAALMI Haifa ABURADDAD Laith J Epidemiology of herpes simplex virus type 2 in LatinAmerica and the Caribbean systematic review metaanalyses and metaregressions Sex transm Infect 97490500 2021 20 MARCUCCI Gilberto Fundamentos de Odontologia Estomatologia Disponível em Minha Biblioteca 3ª edição Grupo GEN 2020

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