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Revisão Teórica de Desenho Técnico 1 Definição de Desenho Técnico O desenho técnico é uma linguagem gráfica universalmente aceita usada para representar de maneira precisa e clara as dimensões formas e detalhes de objetos ou peças seja para fins de fabricação construção ou manutenção Ele é fundamental para a comunicação entre engenheiros arquitetos designers e outros profissionais da área técnica 2 Finalidade do Desenho Técnico A finalidade principal do desenho técnico é representar de forma detalhada e padronizada um produto ou componente Ele busca garantir que todas as informações necessárias para a produção de uma peça ou construção sejam compreendidas por todos os envolvidos no processo evitando erros e interpretações equivocadas 3 Modalidades de Execução As modalidades de execução do desenho técnico podem ser Manual Realizado à mão usando ferramentas como réguas compassos e esquadros Computacional Realizado através de softwares de CAD Desenho Assistido por Computador como AutoCAD SolidWorks entre outros 4 Vistas Ortográficas As vistas ortográficas são representações bidimensionais de um objeto em diferentes ângulos feitas de forma perpendicular ao objeto para mostrar suas dimensões e formas sem distorção As principais vistas são Vista frontal Vista superior Vista lateral direita ou esquerda Essas vistas são essenciais para criar um entendimento claro e preciso de como é o objeto em três dimensões 5 Definição de Faces Retas Inclinadas Cilíndricas e Arestas Faces Retas Superfícies que possuem uma geometria plana sem curvaturas Faces Inclinadas Superfícies que não são paralelas a nenhuma das vistas principais geralmente inclinadas em relação a um plano de projeção Faces Cilíndricas Superfícies curvas que têm a forma de um cilindro Arestas Linhas de interseção entre duas faces que podem ser reta curva ou inclinada dependendo da geometria do objeto 6 Definição de Projetos Ortogonais Projetos ortogonais são representações de objetos em que as linhas de projeção são perpendiculares ao plano de projeção As vistas ortogonais são essenciais para representar corretamente as dimensões de um objeto em um único plano 7 Projeto Ortogonal de 6 Vistas de Acordo com a NBR 10067 A NBR 10067 determina as normas para representação de peças e componentes através das 6 vistas ortogonais principais incluindo 1 Vista frontal 2 Vista superior 3 Vista lateral direita 4 Vista lateral esquerda 5 Vista inferior 6 Vista posterior Essas vistas são fundamentais para a criação de um desenho técnico completo e preciso pois garantem que todas as faces do objeto sejam representadas de maneira clara 8 Como Representar uma Reta Linear Reta Inclinada Arco e Elipse em uma Projeção Ortogonal Reta Linear Representada por uma linha reta contínua Reta Inclinada Aparece inclinada na projeção ortogonal conforme o ângulo de inclinação com a linha de projeção Arco Representado como um segmento de circunferência na vista apropriada Elipse Representada como uma forma oval geralmente encontrada em vistas que envolvem projeção cônica ou de perspectiva 9 Perspectiva Isométrica A perspectiva isométrica é uma forma de representação tridimensional onde as três dimensões do objeto largura altura e profundidade são mostradas em um ângulo de 120 entre si Essa perspectiva é útil para visualizações rápidas e claras de peças ou produtos sendo amplamente utilizada em projetos técnicos e engenharias 10 Perspectiva Cônica e Sua Principal Aplicação A perspectiva cônica é um tipo de projeção onde as linhas de projeção convergem para um ponto de fuga Essa técnica é utilizada para representar objetos de forma realista criando uma sensação de profundidade Sua principal aplicação ocorre em desenhos arquitetônicos de interiores e outros campos onde a profundidade e a sensação de realismo são necessárias 11 Perspectiva Cavaleira e Sua Principal Aplicação A perspectiva cavaleira é um tipo de projeção onde a profundidade é representada em um ângulo fixo geralmente de 45 mas com a escala da profundidade reduzida Essa perspectiva é frequentemente utilizada para representar objetos e componentes de forma simplificada sem a necessidade de detalhes excessivos sendo comum em desenhos de engenharia e arquitetura 12 Perspectiva Isométrica e Sua Principal Aplicação A perspectiva isométrica é aplicada principalmente em desenhos técnicos e mecânicos para mostrar as três dimensões de um objeto de maneira clara e sem distorção Ela é útil em diagramas manuais de instruções e em qualquer lugar onde seja necessário ilustrar uma visão completa do objeto sem perder a escala e proporção 13 Levantamento dos Principais Custos nas Diversas Etapas de um Projeto Mecânico de uma Peça Técnica Completa Os principais custos em um projeto mecânico de uma peça técnica incluem Projeto e Desenvolvimento Custos com engenheiros e projetistas para criar e revisar os desenhos técnicos Materiais Custos com aquisição de matériasprimas para a fabricação da peça Fabricação Custos com mão de obra máquinas e equipamentos para a produção Testes e Qualidade Custos com testes de funcionalidade e controle de qualidade Distribuição e Logística Custos com transporte e entrega da peça finalizada Instituição de ensino SIGLA Nome completo do aluno REVISÃO TEÓRICA DE DESENHO TÉCNICO SÓLIDO 3 CidadeUF 2025 SUMÁRIO 1 Definição de Desenho Técnico3 2 Finalidade do Desenho Técnico4 3 Modalidades de Execução5 4 Vistas Ortográficas6 41 Definição de faces e arestas7 42 Definição de projeções ortogonais7 43 Projeções ortogonais 6 vistas de acordo com a NBR 100678 44 Como representar elementos em projeção ortogonal8 5 Perspectiva9 51 Perspectiva Cônica e sua principal aplicação9 52 Perspectiva Cavaleira e sua principal aplicação10 53 Perspectiva Isométrica e sua principal aplicação10 6 Levantamento dos principais custos em um projeto mecânico11 Concepção e planejamento11 Projeto e modelagem12 Prototipagem12 Fabricação12 Controle de qualidade12 Logística e documentação13 Exemplo Aplicado ao Sólido 3 Detalhamento13 Figura 1 Sólido 313 Figura 2 Sólido 3 3D14 Referências15 1 Definição de Desenho Técnico O desenho técnico nasce da necessidade de clareza objetiva de precisão de padronização A gente percebe que no dia a dia de engenheiros arquitetos designers e até professores de áreas tecnológicas essa linguagem gráfica é tão essencial quanto a palavra escrita Foi possível reconhecer ao longo do tempo que o desenho técnico não é apenas uma ferramenta mas uma linguagem universal Uma peça projetada em São Paulo pode ser compreendida da mesma forma por um técnico em Tóquio ou por um operário em Berlim desde que siga as normas internacionais de representação Isso mostra como ele elimina barreiras culturais e linguísticas estabelecendo uma linguagem gráfica que se apoia em normas técnicas linhas escalas e símbolos Segundo Luz 2017 o desenho técnico é entendido como um conjunto de convenções que possibilitam a materialização gráfica de uma ideia respeitando regras para que a comunicação seja objetiva Já Bezerra e Sampaio 2015 reforçam que o desenho técnico deve ser considerado como um documento oficial de projeto com validade jurídica e operacional sendo fundamental em contratos de fabricação e construção Algo que chamou bastante atenção foi notar como essa definição vai muito além de desenhar certo Na prática isso quer dizer que estamos diante de uma forma de documentação científica do objeto Uma linha mais grossa uma hachura inclinada ou um corte bem posicionado não são escolhas estéticas mas instruções de fabricação É como se cada traço fosse uma ordem clara para quem vai pegar aquele documento e transformar em produto real Por outro lado vale lembrar que esse caráter objetivo não impede que exista uma certa beleza no desenho técnico Embora não seja arte no sentido clássico há algo fascinante em ver como traços retos círculos perfeitos e proporções exatas conseguem juntos dar vida a uma peça É um tipo de beleza silenciosa que só quem já passou horas em frente a uma prancheta ou software de CAD reconhece Assim verificouse que a definição de desenho técnico precisa ser compreendida sob três ângulos principais Linguagem de comunicação usada entre profissionais para eliminar ambiguidades Documento normativo regido por normas como a ABNT NBR 10067 que garante padronização Instrumento de materialização transformando uma ideia em projeto construível ou fabricável De fato percebemse as marcas de que o desenho técnico é um dos pilares da engenharia moderna Sem ele dificilmente haveria a complexidade tecnológica que vemos hoje desde pontes e arranhacéus até peças microscópicas fabricadas em série 2 Finalidade do Desenho Técnico A função do desenho técnico não é apenas mostrar um objeto mas garantir que esse objeto seja compreendido fabricado e usado corretamente Em outras palavras ele é a ponte entre o que está na cabeça do projetista e aquilo que será concretizado por um fabricante ou montador Na prática isso quer dizer que o desenho técnico tem como principal missão evitar erros de interpretação Imagine um projeto de máquina por exemplo sem o desenho técnico cada pessoa poderia enxergar a peça de um jeito diferente O resultado Um produto fora das medidas peças que não se encaixam tempo perdido e custos elevados Foi possível reconhecer nesse sentido que o desenho técnico cumpre um papel quase jurídico ele se torna um documento oficial do projeto onde não há espaço para interpretações livres Segundo Ching 2010 o desenho técnico é indispensável porque assegura a padronização na comunicação tornandose um instrumento confiável para a execução de qualquer tipo de projeto Já Cury 2009 lembra que a finalidade do desenho técnico é também pedagógica serve para ensinar o olhar do futuro engenheiro ou arquiteto a pensar tridimensionalmente e traduzir isso em superfícies planas Algo que chamou bastante atenção durante a análise é perceber que essa finalidade se desdobra em várias camadas Por um lado temos a função comunicativa todos entendem o que está sendo representado Por outro há a função normativa ele segue regras que dão validade e consistência E em terceiro lugar há uma função prática ele guia o processo produtivo como um manual invisível É muito importante destacar que a finalidade do desenho técnico muda também de acordo com a área Em arquitetura ele registra edifícios vãos e estruturas em engenharia mecânica detalha peças máquinas e sistemas já no design de produto ajuda a prever não só a estética mas também a ergonomia e a usabilidade A gente percebe que apesar das diferenças todos esses campos compartilham a mesma necessidade comunicar sem margem de dúvida A finalidade não é só técnica Há também um aspecto histórico e cultural muitos projetos de grandes obras só puderam ser preservados porque estavam registrados em desenhos técnicos Sem eles boa parte da memória de construções e invenções teria se perdido Então podese dizer que o desenho técnico cumpre até um papel de arquivo da civilização tecnológica A finalidade do desenho técnico não é única mas múltipla Ele atua como documento manual guia e registro Em última análise é um dos instrumentos mais poderosos que temos para transformar ideias em realidade tangível sem perder de vista a precisão e a confiabilidade 3 Modalidades de Execução Ao pensar nas formas de execução do desenho técnico é impossível não refletir sobre como esse campo mudou ao longo do tempo Partindo da compreensão de que no início tudo era feito à mão percebese que havia um cuidado quase artesanal em cada traço Projetistas passavam horas em frente a pranchetas usando régua T esquadros e compasso Esse processo era demorado mas carregava uma espécie de disciplina que ensinava o profissional a observar medir e representar com rigor Por outro lado a evolução tecnológica trouxe uma revolução os softwares de CAD Computer Aided Design Hoje programas como AutoCAD SolidWorks ou Inventor dominam a prática profissional Foi possível reconhecer que com essas ferramentas a execução se tornou mais rápida precisa e interativa O que antes exigia várias folhas de papel e correções manuais agora pode ser alterado em segundos com alguns cliques Na prática isso quer dizer que convivemos com duas modalidades principais Manual feita com instrumentos tradicionais ainda bastante valorizada no ensino porque forma a base conceitual do olhar técnico Quando o estudante desenha à mão aprende não apenas a reproduzir mas a compreender as proporções as linhas de projeção e o raciocínio espacial Computacional CAD usada de forma predominante no mercado de trabalho por possibilitar representações bidimensionais e tridimensionais além de gerar simulações e cálculos automáticos Segundo Luz 2017 o desenho técnico manual continua sendo relevante como exercício de percepção mesmo em uma era digital Já Bezerra e Sampaio 2015 lembram que o CAD não substitui a lógica do desenho técnico mas amplia suas possibilidades integrandoo a processos como manufatura assistida por computador CAM e prototipagem rápida Algo que chamou bastante atenção é o contraste entre essas duas modalidades Enquanto o manual exige tempo e concentração o CAD exige domínio tecnológico e conhecimento das ferramentas digitais Mas no fundo ambas compartilham a mesma essência transformar ideias em registros gráficos objetivos É muito importante destacar também que muitas empresas mantêm as duas práticas em paralelo No início de um projeto podese rascunhar ideias manualmente para depois migrar para o CAD e produzir o detalhamento definitivo Esse trânsito entre o analógico e o digital mostra que não se trata de modalidades excludentes mas complementares Assim verificouse que a execução do desenho técnico está em constante transformação Hoje não basta apenas saber desenhar é preciso também dominar softwares entender normas e estar aberto a novas ferramentas que surgem continuamente 4 Vistas Ortográficas O desenho técnico precisa transformar o tridimensional em algo que caiba no papel ou na tela chegamos ao conceito das vistas ortográficas É como se pegássemos um objeto e o olhássemos de frente de lado de cima de baixo tentando registrar cada detalhe sem distorção Isso mostra o quanto o olhar técnico precisa ser treinado não é só ver mas aprender a projetar mentalmente A vista ortográfica é uma projeção perpendicular do objeto em um plano As linhas são paralelas entre si e perpendiculares ao plano de projeção Parece simples quando se fala mas quem já tentou representar um sólido um pouco mais complexo sabe a coisa exige disciplina Segundo Luz 2017 a função das vistas ortográficas é descrever de maneira completa o objeto por meio de representações bidimensionais que juntas reconstroem mentalmente sua forma em 3D Já a NBR 10067 ABNT 1995 estabelece os princípios básicos dessa representação garantindo que qualquer pessoa consiga compreender as medidas e proporções corretamente 41 Definição de faces e arestas Algo que chamou bastante atenção quando se analisa um sólido qualquer é como as faces e arestas são a base de tudo O cubo por exemplo é só um conjunto de seis faces planas que se encontram em doze arestas Já o Sólido 3 do nosso estudo traz faces retas inclinadas e até detalhes chanfrados que fazem toda diferença Faces retas superfícies planas aquelas que dão estabilidade visual ao objeto Faces inclinadas criam uma sensação de movimento quase um desvio em relação às vistas principais Faces cilíndricas mesmo quando não aparecem ajudam a entender o contraste entre superfícies curvas e retas Arestas são como as costuras do objeto linhas que marcam encontros que definem os limites Sem compreender essas características fica impossível interpretar corretamente as projeções 42 Definição de projeções ortogonais A projeção ortogonal segue uma lógica quase matemática imaginar raios projetantes paralelos que partem do objeto em direção ao plano O resultado Uma vista sem perspectiva sem distorção onde a medida no papel corresponde à medida real Na prática isso quer dizer que se uma face mede 150 mm no objeto essa mesma face terá 150 mm na vista correspondente Essa fidelidade é o que dá ao desenho técnico sua força como linguagem universal Segundo Cury 2009 as projeções ortogonais são a forma mais clara e objetiva de representação porque eliminam os efeitos subjetivos do olhar humano Ou seja é a técnica que garante a objetividade no registro gráfico 43 Projeções ortogonais 6 vistas de acordo com a NBR 10067 A norma brasileira ABNT NBR 10067 padroniza a utilização de seis vistas principais 1 Vista frontal a referência principal a cara do objeto 2 Vista superior 3 Vista lateral direita 4 Vista lateral esquerda 5 Vista inferior 6 Vista posterior Algo curioso é perceber que em muitos projetos nem sempre se usa todas as vistas Às vezes apenas três ou quatro já são suficientes Mas quando a peça apresenta detalhes importantes em todas as faces como acontece no Sólido 3 é muito importante registrar todas as seis vistas para evitar dúvidas na fabricação A escolha da vista frontal não é aleatória tratase de definir o ângulo que melhor representa o objeto Essa escolha muitas vezes já direciona como o restante será interpretado 44 Como representar elementos em projeção ortogonal Na hora de representar elementos específicos cada um exige um cuidado particular Reta linear aparece como um traço contínuo e direto Reta inclinada se projeta como uma linha oblíqua revelando seu ângulo em relação ao plano Arco é mostrado como parte de uma circunferência delimitada por raios e centros Elipse surge como consequência da projeção de uma circunferência inclinada e esse detalhe sempre exige atenção porque pode confundir iniciantes Algo que chamou bastante atenção é como a elipse muitas vezes engana Na prática todo círculo projetado em ângulo vira uma elipse e essa é uma daquelas pequenas armadilhas que só a prática ajuda a fixar Assim verificouse que as vistas ortográficas são muito mais que simples desenhos elas são a tradução bidimensional de um raciocínio tridimensional Percebese que esse é um exercício contínuo de olhar imaginar e registrar E no caso do Sólido 3 cada face e cada aresta representada nas vistas traz a garantia de que quem for fabricar a peça terá todas as informações necessárias sem margem para erros 5 Perspectiva Enxergar é um ato tridimensional mas registrar no papel exige reduzir essa tridimensionalidade a duas dimensões chegamos ao desafio da perspectiva Esse desafio acompanha a humanidade desde a arte até os softwares de CAD atuais A gente percebe que o olho humano não vê em linhas retas e paralelas mas em profundidade com pontos de fuga Por isso a perspectiva é tão importante ela aproxima o desenho técnico da forma como realmente percebemos o mundo 51 Perspectiva Cônica e sua principal aplicação A perspectiva cônica talvez seja a mais natural para o nosso olhar Linhas convergem em um ou mais pontos de fuga criando a sensação de profundidade Foi possível reconhecer que essa técnica embora fiel ao olhar humano não serve tanto à fabricação afinal medidas em perspectiva cônica ficam distorcidas Na prática isso quer dizer que ela é muito usada em arquitetura e design de interiores porque transmite uma ideia realista do espaço Quando um cliente olha uma maquete eletrônica de uma sala ou prédio o que ele vê geralmente é uma perspectiva cônica Isso mostra como a aplicação dela é mais comunicativa e estética do que técnica Segundo Ching 2010 a perspectiva cônica é a técnica que mais se aproxima da percepção visual humana por isso se tornou indispensável no ensino de representação arquitetônica 52 Perspectiva Cavaleira e sua principal aplicação Algo que chamou bastante atenção na cavaleira é seu caráter prático quase apressado A vista frontal é preservada em tamanho real enquanto a profundidade é lançada em 45 muitas vezes reduzida à metade É muito importante notar que isso não gera um realismo visual mas uma rapidez comunicativa Foi possível reconhecer que a perspectiva cavaleira é comum em manuais técnicos ilustrações rápidas e até em livros escolares porque transmite a ideia do volume de forma simples Não é bonita como a cônica nem precisa como a isométrica mas tem seu lugar Na prática isso quer dizer que se eu precisar explicar a um aluno iniciante como é uma peça talvez recorra à cavaleira Ela é como um esboço acelerado suficiente para transmitir o essencial De acordo com Luz 2017 a cavaleira é um recurso pedagógico eficiente para introduzir noções de tridimensionalidade ainda que suas proporções não sejam fiéis 53 Perspectiva Isométrica e sua principal aplicação Agora quando falamos de perspectiva isométrica entramos no território mais querido da engenharia Nela os eixos formam ângulos de 120 e as medidas são preservadas sem distorção Percebese que essa técnica equilibra clareza visual e precisão geométrica Na prática isso quer dizer que ao olhar uma isométrica do Sólido 3 conseguimos ver três faces ao mesmo tempo em proporções reais sem confusão Não há pontos de fuga mas há um entendimento imediato da forma É muito importante frisar que essa é a perspectiva mais usada em catálogos técnicos manuais de montagem e relatórios de engenharia Algo que chamou atenção é como a isométrica se tornou quase a assinatura do desenho técnico moderno Verificouse que com o CAD a geração de perspectivas isométricas ficou ainda mais acessível permitindo que qualquer peça 3D seja automaticamente representada em segundos Segundo Bezerra e Sampaio 2015 a isométrica é o recurso mais adequado para a comunicação técnica pois transmite informações espaciais sem comprometer a precisão das medidas Assim percebese que cada tipo de perspectiva tem sua finalidade própria a cônica aproxima da visão humana a cavaleira agiliza a comunicação e a isométrica garante clareza técnica Por outro lado vale lembrar que nenhuma é melhor em sentido absoluto tudo depende do objetivo Se quero encantar uso a cônica se quero ensinar rapidamente recorro à cavaleira se quero projetar com precisão aposto na isométrica 6 Levantamento dos principais custos em um projeto mecânico Um projeto mecânico não é apenas desenho mas também planejamento percebese que falar de custos é tão importante quanto falar de arestas ou vistas Foi possível reconhecer que sem uma noção clara dos gastos em cada etapa o risco de falhas financeiras é quase inevitável Em outras palavras não adianta ter o melhor projeto se ele não puder ser produzido de forma viável Algo que chamou bastante atenção é como os custos aparecem em camadas sucessivas quase como degraus que precisam ser vencidos até que a peça esteja pronta E cada degrau tem seu peso Concepção e planejamento Aqui estão os primeiros gastos muitas vezes invisíveis São horas de engenheiros e projetistas pensando rascunhando debatendo ideias É muito importante lembrar que esse tempo é recurso e precisa ser contabilizado Segundo Slack et al 2009 a fase de concepção concentra custos indiretos de alto impacto como mão de obra especializada e análise de viabilidade Projeto e modelagem Na prática isso quer dizer que softwares como AutoCAD SolidWorks ou Inventor entram em cena Eles exigem licenças computadores potentes e treinamento constante Embora muitas vezes esquecidos esses custos tecnológicos são permanentes Bezerra e Sampaio 2015 lembram que o investimento em ferramentas digitais é indispensável pois reduz erros e aumenta a eficiência da equipe Prototipagem Algo que não pode ser ignorado é o custo da prototipagem Antes da produção em série é comum fabricar uma ou mais versões de teste Pode ser em plástico resina metal ou até impressão 3D NOTASE QUE esse passo funciona como um filtro se algo está errado é aqui que se descobre E descobrir cedo significa gastar menos lá na frente Fabricação A fabricação é sem dúvida o centro do orçamento Matériaprima energia mão de obra usinagem moldagem soldagem acabamento tudo entra na conta E não basta considerar apenas o custo bruto É muito importante pensar em desperdício de material em tempo de máquina ociosa em falhas que podem gerar retrabalho Partindo da compreensão de que eficiência produtiva significa economia percebese como essa etapa é decisiva Controle de qualidade Sem controle qualquer economia anterior pode se perder Ensaios dimensionais medições testes de resistência e inspeções visuais fazem parte dessa fase É como um filtro final para garantir que a peça chegue ao cliente em conformidade Como afirma Cury 2009 o controle de qualidade ainda que represente custo deve ser visto como investimento já que falhas corrigidas depois são sempre mais caras Logística e documentação Por fim há os custos de armazenagem transporte e até de documentação técnica Parece pequeno mas pode pesar bastante em projetos maiores A gente percebe que um manual técnico bem feito um sistema de rastreabilidade e um transporte adequado são parte do pacote Ignorar isso é arriscar a imagem do produto Assim foi possível reconhecer que o levantamento de custos em um projeto mecânico é um processo de antecipação de problemas Cada real investido em planejamento prototipagem ou controle pode representar centenas de reais economizados em correções futuras Em última análise percebese que os custos não são apenas números eles são escolhas estratégias e até reflexos da cultura organizacional Exemplo Aplicado ao Sólido 3 Detalhamento Figura 1 Sólido 3 Fonte o autor Figura 2 Sólido 3 3D Fonte o autor Levantamento dos principais custos nas diversas etapas de um projeto mecânico do Sólido 3 O Sólido 3 sendo uma peça mecânica pode gerar custos nas seguintes etapas Concepção tempo de engenheiros para definir o formato e aplicação da peça Projeto desenvolvimento em CAD e emissão de detalhamentos técnicos Prototipagem confecção de modelo físico para validação Fabricação usinagem do bloco de matériaprima até obter a geometria final Acabamento rebarbação lixamento e verificação da conformidade com tolerâncias Controle de qualidade inspeção dimensional paquímetro micrômetro para garantir precisão Documentação e logística arquivamento dos desenhos técnicos e eventual transporte da peça Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 10067 Princípios gerais de representação em desenho técnico Rio de Janeiro ABNT 1995 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 8196 Desenho técnico Emprego de escalas Rio de Janeiro ABNT 1999 BEZERRA C H SAMPAIO C M Desenho técnico fundamentos e aplicações Rio de Janeiro LTC 2015 CHING F D K Representação gráfica curso de desenho para estudantes de arquitetura e design Porto Alegre Bookman 2010 CURY A Desenho técnico básico 2 ed São Paulo Pearson Prentice Hall 2009 LUZ A P Introdução ao desenho técnico São Paulo Érica 2017 SLACK N CHAMBERS S JOHNSTON R Administração da produção 3 ed São Paulo Atlas 2009
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Revisão Teórica de Desenho Técnico 1 Definição de Desenho Técnico O desenho técnico é uma linguagem gráfica universalmente aceita usada para representar de maneira precisa e clara as dimensões formas e detalhes de objetos ou peças seja para fins de fabricação construção ou manutenção Ele é fundamental para a comunicação entre engenheiros arquitetos designers e outros profissionais da área técnica 2 Finalidade do Desenho Técnico A finalidade principal do desenho técnico é representar de forma detalhada e padronizada um produto ou componente Ele busca garantir que todas as informações necessárias para a produção de uma peça ou construção sejam compreendidas por todos os envolvidos no processo evitando erros e interpretações equivocadas 3 Modalidades de Execução As modalidades de execução do desenho técnico podem ser Manual Realizado à mão usando ferramentas como réguas compassos e esquadros Computacional Realizado através de softwares de CAD Desenho Assistido por Computador como AutoCAD SolidWorks entre outros 4 Vistas Ortográficas As vistas ortográficas são representações bidimensionais de um objeto em diferentes ângulos feitas de forma perpendicular ao objeto para mostrar suas dimensões e formas sem distorção As principais vistas são Vista frontal Vista superior Vista lateral direita ou esquerda Essas vistas são essenciais para criar um entendimento claro e preciso de como é o objeto em três dimensões 5 Definição de Faces Retas Inclinadas Cilíndricas e Arestas Faces Retas Superfícies que possuem uma geometria plana sem curvaturas Faces Inclinadas Superfícies que não são paralelas a nenhuma das vistas principais geralmente inclinadas em relação a um plano de projeção Faces Cilíndricas Superfícies curvas que têm a forma de um cilindro Arestas Linhas de interseção entre duas faces que podem ser reta curva ou inclinada dependendo da geometria do objeto 6 Definição de Projetos Ortogonais Projetos ortogonais são representações de objetos em que as linhas de projeção são perpendiculares ao plano de projeção As vistas ortogonais são essenciais para representar corretamente as dimensões de um objeto em um único plano 7 Projeto Ortogonal de 6 Vistas de Acordo com a NBR 10067 A NBR 10067 determina as normas para representação de peças e componentes através das 6 vistas ortogonais principais incluindo 1 Vista frontal 2 Vista superior 3 Vista lateral direita 4 Vista lateral esquerda 5 Vista inferior 6 Vista posterior Essas vistas são fundamentais para a criação de um desenho técnico completo e preciso pois garantem que todas as faces do objeto sejam representadas de maneira clara 8 Como Representar uma Reta Linear Reta Inclinada Arco e Elipse em uma Projeção Ortogonal Reta Linear Representada por uma linha reta contínua Reta Inclinada Aparece inclinada na projeção ortogonal conforme o ângulo de inclinação com a linha de projeção Arco Representado como um segmento de circunferência na vista apropriada Elipse Representada como uma forma oval geralmente encontrada em vistas que envolvem projeção cônica ou de perspectiva 9 Perspectiva Isométrica A perspectiva isométrica é uma forma de representação tridimensional onde as três dimensões do objeto largura altura e profundidade são mostradas em um ângulo de 120 entre si Essa perspectiva é útil para visualizações rápidas e claras de peças ou produtos sendo amplamente utilizada em projetos técnicos e engenharias 10 Perspectiva Cônica e Sua Principal Aplicação A perspectiva cônica é um tipo de projeção onde as linhas de projeção convergem para um ponto de fuga Essa técnica é utilizada para representar objetos de forma realista criando uma sensação de profundidade Sua principal aplicação ocorre em desenhos arquitetônicos de interiores e outros campos onde a profundidade e a sensação de realismo são necessárias 11 Perspectiva Cavaleira e Sua Principal Aplicação A perspectiva cavaleira é um tipo de projeção onde a profundidade é representada em um ângulo fixo geralmente de 45 mas com a escala da profundidade reduzida Essa perspectiva é frequentemente utilizada para representar objetos e componentes de forma simplificada sem a necessidade de detalhes excessivos sendo comum em desenhos de engenharia e arquitetura 12 Perspectiva Isométrica e Sua Principal Aplicação A perspectiva isométrica é aplicada principalmente em desenhos técnicos e mecânicos para mostrar as três dimensões de um objeto de maneira clara e sem distorção Ela é útil em diagramas manuais de instruções e em qualquer lugar onde seja necessário ilustrar uma visão completa do objeto sem perder a escala e proporção 13 Levantamento dos Principais Custos nas Diversas Etapas de um Projeto Mecânico de uma Peça Técnica Completa Os principais custos em um projeto mecânico de uma peça técnica incluem Projeto e Desenvolvimento Custos com engenheiros e projetistas para criar e revisar os desenhos técnicos Materiais Custos com aquisição de matériasprimas para a fabricação da peça Fabricação Custos com mão de obra máquinas e equipamentos para a produção Testes e Qualidade Custos com testes de funcionalidade e controle de qualidade Distribuição e Logística Custos com transporte e entrega da peça finalizada Instituição de ensino SIGLA Nome completo do aluno REVISÃO TEÓRICA DE DESENHO TÉCNICO SÓLIDO 3 CidadeUF 2025 SUMÁRIO 1 Definição de Desenho Técnico3 2 Finalidade do Desenho Técnico4 3 Modalidades de Execução5 4 Vistas Ortográficas6 41 Definição de faces e arestas7 42 Definição de projeções ortogonais7 43 Projeções ortogonais 6 vistas de acordo com a NBR 100678 44 Como representar elementos em projeção ortogonal8 5 Perspectiva9 51 Perspectiva Cônica e sua principal aplicação9 52 Perspectiva Cavaleira e sua principal aplicação10 53 Perspectiva Isométrica e sua principal aplicação10 6 Levantamento dos principais custos em um projeto mecânico11 Concepção e planejamento11 Projeto e modelagem12 Prototipagem12 Fabricação12 Controle de qualidade12 Logística e documentação13 Exemplo Aplicado ao Sólido 3 Detalhamento13 Figura 1 Sólido 313 Figura 2 Sólido 3 3D14 Referências15 1 Definição de Desenho Técnico O desenho técnico nasce da necessidade de clareza objetiva de precisão de padronização A gente percebe que no dia a dia de engenheiros arquitetos designers e até professores de áreas tecnológicas essa linguagem gráfica é tão essencial quanto a palavra escrita Foi possível reconhecer ao longo do tempo que o desenho técnico não é apenas uma ferramenta mas uma linguagem universal Uma peça projetada em São Paulo pode ser compreendida da mesma forma por um técnico em Tóquio ou por um operário em Berlim desde que siga as normas internacionais de representação Isso mostra como ele elimina barreiras culturais e linguísticas estabelecendo uma linguagem gráfica que se apoia em normas técnicas linhas escalas e símbolos Segundo Luz 2017 o desenho técnico é entendido como um conjunto de convenções que possibilitam a materialização gráfica de uma ideia respeitando regras para que a comunicação seja objetiva Já Bezerra e Sampaio 2015 reforçam que o desenho técnico deve ser considerado como um documento oficial de projeto com validade jurídica e operacional sendo fundamental em contratos de fabricação e construção Algo que chamou bastante atenção foi notar como essa definição vai muito além de desenhar certo Na prática isso quer dizer que estamos diante de uma forma de documentação científica do objeto Uma linha mais grossa uma hachura inclinada ou um corte bem posicionado não são escolhas estéticas mas instruções de fabricação É como se cada traço fosse uma ordem clara para quem vai pegar aquele documento e transformar em produto real Por outro lado vale lembrar que esse caráter objetivo não impede que exista uma certa beleza no desenho técnico Embora não seja arte no sentido clássico há algo fascinante em ver como traços retos círculos perfeitos e proporções exatas conseguem juntos dar vida a uma peça É um tipo de beleza silenciosa que só quem já passou horas em frente a uma prancheta ou software de CAD reconhece Assim verificouse que a definição de desenho técnico precisa ser compreendida sob três ângulos principais Linguagem de comunicação usada entre profissionais para eliminar ambiguidades Documento normativo regido por normas como a ABNT NBR 10067 que garante padronização Instrumento de materialização transformando uma ideia em projeto construível ou fabricável De fato percebemse as marcas de que o desenho técnico é um dos pilares da engenharia moderna Sem ele dificilmente haveria a complexidade tecnológica que vemos hoje desde pontes e arranhacéus até peças microscópicas fabricadas em série 2 Finalidade do Desenho Técnico A função do desenho técnico não é apenas mostrar um objeto mas garantir que esse objeto seja compreendido fabricado e usado corretamente Em outras palavras ele é a ponte entre o que está na cabeça do projetista e aquilo que será concretizado por um fabricante ou montador Na prática isso quer dizer que o desenho técnico tem como principal missão evitar erros de interpretação Imagine um projeto de máquina por exemplo sem o desenho técnico cada pessoa poderia enxergar a peça de um jeito diferente O resultado Um produto fora das medidas peças que não se encaixam tempo perdido e custos elevados Foi possível reconhecer nesse sentido que o desenho técnico cumpre um papel quase jurídico ele se torna um documento oficial do projeto onde não há espaço para interpretações livres Segundo Ching 2010 o desenho técnico é indispensável porque assegura a padronização na comunicação tornandose um instrumento confiável para a execução de qualquer tipo de projeto Já Cury 2009 lembra que a finalidade do desenho técnico é também pedagógica serve para ensinar o olhar do futuro engenheiro ou arquiteto a pensar tridimensionalmente e traduzir isso em superfícies planas Algo que chamou bastante atenção durante a análise é perceber que essa finalidade se desdobra em várias camadas Por um lado temos a função comunicativa todos entendem o que está sendo representado Por outro há a função normativa ele segue regras que dão validade e consistência E em terceiro lugar há uma função prática ele guia o processo produtivo como um manual invisível É muito importante destacar que a finalidade do desenho técnico muda também de acordo com a área Em arquitetura ele registra edifícios vãos e estruturas em engenharia mecânica detalha peças máquinas e sistemas já no design de produto ajuda a prever não só a estética mas também a ergonomia e a usabilidade A gente percebe que apesar das diferenças todos esses campos compartilham a mesma necessidade comunicar sem margem de dúvida A finalidade não é só técnica Há também um aspecto histórico e cultural muitos projetos de grandes obras só puderam ser preservados porque estavam registrados em desenhos técnicos Sem eles boa parte da memória de construções e invenções teria se perdido Então podese dizer que o desenho técnico cumpre até um papel de arquivo da civilização tecnológica A finalidade do desenho técnico não é única mas múltipla Ele atua como documento manual guia e registro Em última análise é um dos instrumentos mais poderosos que temos para transformar ideias em realidade tangível sem perder de vista a precisão e a confiabilidade 3 Modalidades de Execução Ao pensar nas formas de execução do desenho técnico é impossível não refletir sobre como esse campo mudou ao longo do tempo Partindo da compreensão de que no início tudo era feito à mão percebese que havia um cuidado quase artesanal em cada traço Projetistas passavam horas em frente a pranchetas usando régua T esquadros e compasso Esse processo era demorado mas carregava uma espécie de disciplina que ensinava o profissional a observar medir e representar com rigor Por outro lado a evolução tecnológica trouxe uma revolução os softwares de CAD Computer Aided Design Hoje programas como AutoCAD SolidWorks ou Inventor dominam a prática profissional Foi possível reconhecer que com essas ferramentas a execução se tornou mais rápida precisa e interativa O que antes exigia várias folhas de papel e correções manuais agora pode ser alterado em segundos com alguns cliques Na prática isso quer dizer que convivemos com duas modalidades principais Manual feita com instrumentos tradicionais ainda bastante valorizada no ensino porque forma a base conceitual do olhar técnico Quando o estudante desenha à mão aprende não apenas a reproduzir mas a compreender as proporções as linhas de projeção e o raciocínio espacial Computacional CAD usada de forma predominante no mercado de trabalho por possibilitar representações bidimensionais e tridimensionais além de gerar simulações e cálculos automáticos Segundo Luz 2017 o desenho técnico manual continua sendo relevante como exercício de percepção mesmo em uma era digital Já Bezerra e Sampaio 2015 lembram que o CAD não substitui a lógica do desenho técnico mas amplia suas possibilidades integrandoo a processos como manufatura assistida por computador CAM e prototipagem rápida Algo que chamou bastante atenção é o contraste entre essas duas modalidades Enquanto o manual exige tempo e concentração o CAD exige domínio tecnológico e conhecimento das ferramentas digitais Mas no fundo ambas compartilham a mesma essência transformar ideias em registros gráficos objetivos É muito importante destacar também que muitas empresas mantêm as duas práticas em paralelo No início de um projeto podese rascunhar ideias manualmente para depois migrar para o CAD e produzir o detalhamento definitivo Esse trânsito entre o analógico e o digital mostra que não se trata de modalidades excludentes mas complementares Assim verificouse que a execução do desenho técnico está em constante transformação Hoje não basta apenas saber desenhar é preciso também dominar softwares entender normas e estar aberto a novas ferramentas que surgem continuamente 4 Vistas Ortográficas O desenho técnico precisa transformar o tridimensional em algo que caiba no papel ou na tela chegamos ao conceito das vistas ortográficas É como se pegássemos um objeto e o olhássemos de frente de lado de cima de baixo tentando registrar cada detalhe sem distorção Isso mostra o quanto o olhar técnico precisa ser treinado não é só ver mas aprender a projetar mentalmente A vista ortográfica é uma projeção perpendicular do objeto em um plano As linhas são paralelas entre si e perpendiculares ao plano de projeção Parece simples quando se fala mas quem já tentou representar um sólido um pouco mais complexo sabe a coisa exige disciplina Segundo Luz 2017 a função das vistas ortográficas é descrever de maneira completa o objeto por meio de representações bidimensionais que juntas reconstroem mentalmente sua forma em 3D Já a NBR 10067 ABNT 1995 estabelece os princípios básicos dessa representação garantindo que qualquer pessoa consiga compreender as medidas e proporções corretamente 41 Definição de faces e arestas Algo que chamou bastante atenção quando se analisa um sólido qualquer é como as faces e arestas são a base de tudo O cubo por exemplo é só um conjunto de seis faces planas que se encontram em doze arestas Já o Sólido 3 do nosso estudo traz faces retas inclinadas e até detalhes chanfrados que fazem toda diferença Faces retas superfícies planas aquelas que dão estabilidade visual ao objeto Faces inclinadas criam uma sensação de movimento quase um desvio em relação às vistas principais Faces cilíndricas mesmo quando não aparecem ajudam a entender o contraste entre superfícies curvas e retas Arestas são como as costuras do objeto linhas que marcam encontros que definem os limites Sem compreender essas características fica impossível interpretar corretamente as projeções 42 Definição de projeções ortogonais A projeção ortogonal segue uma lógica quase matemática imaginar raios projetantes paralelos que partem do objeto em direção ao plano O resultado Uma vista sem perspectiva sem distorção onde a medida no papel corresponde à medida real Na prática isso quer dizer que se uma face mede 150 mm no objeto essa mesma face terá 150 mm na vista correspondente Essa fidelidade é o que dá ao desenho técnico sua força como linguagem universal Segundo Cury 2009 as projeções ortogonais são a forma mais clara e objetiva de representação porque eliminam os efeitos subjetivos do olhar humano Ou seja é a técnica que garante a objetividade no registro gráfico 43 Projeções ortogonais 6 vistas de acordo com a NBR 10067 A norma brasileira ABNT NBR 10067 padroniza a utilização de seis vistas principais 1 Vista frontal a referência principal a cara do objeto 2 Vista superior 3 Vista lateral direita 4 Vista lateral esquerda 5 Vista inferior 6 Vista posterior Algo curioso é perceber que em muitos projetos nem sempre se usa todas as vistas Às vezes apenas três ou quatro já são suficientes Mas quando a peça apresenta detalhes importantes em todas as faces como acontece no Sólido 3 é muito importante registrar todas as seis vistas para evitar dúvidas na fabricação A escolha da vista frontal não é aleatória tratase de definir o ângulo que melhor representa o objeto Essa escolha muitas vezes já direciona como o restante será interpretado 44 Como representar elementos em projeção ortogonal Na hora de representar elementos específicos cada um exige um cuidado particular Reta linear aparece como um traço contínuo e direto Reta inclinada se projeta como uma linha oblíqua revelando seu ângulo em relação ao plano Arco é mostrado como parte de uma circunferência delimitada por raios e centros Elipse surge como consequência da projeção de uma circunferência inclinada e esse detalhe sempre exige atenção porque pode confundir iniciantes Algo que chamou bastante atenção é como a elipse muitas vezes engana Na prática todo círculo projetado em ângulo vira uma elipse e essa é uma daquelas pequenas armadilhas que só a prática ajuda a fixar Assim verificouse que as vistas ortográficas são muito mais que simples desenhos elas são a tradução bidimensional de um raciocínio tridimensional Percebese que esse é um exercício contínuo de olhar imaginar e registrar E no caso do Sólido 3 cada face e cada aresta representada nas vistas traz a garantia de que quem for fabricar a peça terá todas as informações necessárias sem margem para erros 5 Perspectiva Enxergar é um ato tridimensional mas registrar no papel exige reduzir essa tridimensionalidade a duas dimensões chegamos ao desafio da perspectiva Esse desafio acompanha a humanidade desde a arte até os softwares de CAD atuais A gente percebe que o olho humano não vê em linhas retas e paralelas mas em profundidade com pontos de fuga Por isso a perspectiva é tão importante ela aproxima o desenho técnico da forma como realmente percebemos o mundo 51 Perspectiva Cônica e sua principal aplicação A perspectiva cônica talvez seja a mais natural para o nosso olhar Linhas convergem em um ou mais pontos de fuga criando a sensação de profundidade Foi possível reconhecer que essa técnica embora fiel ao olhar humano não serve tanto à fabricação afinal medidas em perspectiva cônica ficam distorcidas Na prática isso quer dizer que ela é muito usada em arquitetura e design de interiores porque transmite uma ideia realista do espaço Quando um cliente olha uma maquete eletrônica de uma sala ou prédio o que ele vê geralmente é uma perspectiva cônica Isso mostra como a aplicação dela é mais comunicativa e estética do que técnica Segundo Ching 2010 a perspectiva cônica é a técnica que mais se aproxima da percepção visual humana por isso se tornou indispensável no ensino de representação arquitetônica 52 Perspectiva Cavaleira e sua principal aplicação Algo que chamou bastante atenção na cavaleira é seu caráter prático quase apressado A vista frontal é preservada em tamanho real enquanto a profundidade é lançada em 45 muitas vezes reduzida à metade É muito importante notar que isso não gera um realismo visual mas uma rapidez comunicativa Foi possível reconhecer que a perspectiva cavaleira é comum em manuais técnicos ilustrações rápidas e até em livros escolares porque transmite a ideia do volume de forma simples Não é bonita como a cônica nem precisa como a isométrica mas tem seu lugar Na prática isso quer dizer que se eu precisar explicar a um aluno iniciante como é uma peça talvez recorra à cavaleira Ela é como um esboço acelerado suficiente para transmitir o essencial De acordo com Luz 2017 a cavaleira é um recurso pedagógico eficiente para introduzir noções de tridimensionalidade ainda que suas proporções não sejam fiéis 53 Perspectiva Isométrica e sua principal aplicação Agora quando falamos de perspectiva isométrica entramos no território mais querido da engenharia Nela os eixos formam ângulos de 120 e as medidas são preservadas sem distorção Percebese que essa técnica equilibra clareza visual e precisão geométrica Na prática isso quer dizer que ao olhar uma isométrica do Sólido 3 conseguimos ver três faces ao mesmo tempo em proporções reais sem confusão Não há pontos de fuga mas há um entendimento imediato da forma É muito importante frisar que essa é a perspectiva mais usada em catálogos técnicos manuais de montagem e relatórios de engenharia Algo que chamou atenção é como a isométrica se tornou quase a assinatura do desenho técnico moderno Verificouse que com o CAD a geração de perspectivas isométricas ficou ainda mais acessível permitindo que qualquer peça 3D seja automaticamente representada em segundos Segundo Bezerra e Sampaio 2015 a isométrica é o recurso mais adequado para a comunicação técnica pois transmite informações espaciais sem comprometer a precisão das medidas Assim percebese que cada tipo de perspectiva tem sua finalidade própria a cônica aproxima da visão humana a cavaleira agiliza a comunicação e a isométrica garante clareza técnica Por outro lado vale lembrar que nenhuma é melhor em sentido absoluto tudo depende do objetivo Se quero encantar uso a cônica se quero ensinar rapidamente recorro à cavaleira se quero projetar com precisão aposto na isométrica 6 Levantamento dos principais custos em um projeto mecânico Um projeto mecânico não é apenas desenho mas também planejamento percebese que falar de custos é tão importante quanto falar de arestas ou vistas Foi possível reconhecer que sem uma noção clara dos gastos em cada etapa o risco de falhas financeiras é quase inevitável Em outras palavras não adianta ter o melhor projeto se ele não puder ser produzido de forma viável Algo que chamou bastante atenção é como os custos aparecem em camadas sucessivas quase como degraus que precisam ser vencidos até que a peça esteja pronta E cada degrau tem seu peso Concepção e planejamento Aqui estão os primeiros gastos muitas vezes invisíveis São horas de engenheiros e projetistas pensando rascunhando debatendo ideias É muito importante lembrar que esse tempo é recurso e precisa ser contabilizado Segundo Slack et al 2009 a fase de concepção concentra custos indiretos de alto impacto como mão de obra especializada e análise de viabilidade Projeto e modelagem Na prática isso quer dizer que softwares como AutoCAD SolidWorks ou Inventor entram em cena Eles exigem licenças computadores potentes e treinamento constante Embora muitas vezes esquecidos esses custos tecnológicos são permanentes Bezerra e Sampaio 2015 lembram que o investimento em ferramentas digitais é indispensável pois reduz erros e aumenta a eficiência da equipe Prototipagem Algo que não pode ser ignorado é o custo da prototipagem Antes da produção em série é comum fabricar uma ou mais versões de teste Pode ser em plástico resina metal ou até impressão 3D NOTASE QUE esse passo funciona como um filtro se algo está errado é aqui que se descobre E descobrir cedo significa gastar menos lá na frente Fabricação A fabricação é sem dúvida o centro do orçamento Matériaprima energia mão de obra usinagem moldagem soldagem acabamento tudo entra na conta E não basta considerar apenas o custo bruto É muito importante pensar em desperdício de material em tempo de máquina ociosa em falhas que podem gerar retrabalho Partindo da compreensão de que eficiência produtiva significa economia percebese como essa etapa é decisiva Controle de qualidade Sem controle qualquer economia anterior pode se perder Ensaios dimensionais medições testes de resistência e inspeções visuais fazem parte dessa fase É como um filtro final para garantir que a peça chegue ao cliente em conformidade Como afirma Cury 2009 o controle de qualidade ainda que represente custo deve ser visto como investimento já que falhas corrigidas depois são sempre mais caras Logística e documentação Por fim há os custos de armazenagem transporte e até de documentação técnica Parece pequeno mas pode pesar bastante em projetos maiores A gente percebe que um manual técnico bem feito um sistema de rastreabilidade e um transporte adequado são parte do pacote Ignorar isso é arriscar a imagem do produto Assim foi possível reconhecer que o levantamento de custos em um projeto mecânico é um processo de antecipação de problemas Cada real investido em planejamento prototipagem ou controle pode representar centenas de reais economizados em correções futuras Em última análise percebese que os custos não são apenas números eles são escolhas estratégias e até reflexos da cultura organizacional Exemplo Aplicado ao Sólido 3 Detalhamento Figura 1 Sólido 3 Fonte o autor Figura 2 Sólido 3 3D Fonte o autor Levantamento dos principais custos nas diversas etapas de um projeto mecânico do Sólido 3 O Sólido 3 sendo uma peça mecânica pode gerar custos nas seguintes etapas Concepção tempo de engenheiros para definir o formato e aplicação da peça Projeto desenvolvimento em CAD e emissão de detalhamentos técnicos Prototipagem confecção de modelo físico para validação Fabricação usinagem do bloco de matériaprima até obter a geometria final Acabamento rebarbação lixamento e verificação da conformidade com tolerâncias Controle de qualidade inspeção dimensional paquímetro micrômetro para garantir precisão Documentação e logística arquivamento dos desenhos técnicos e eventual transporte da peça Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 10067 Princípios gerais de representação em desenho técnico Rio de Janeiro ABNT 1995 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 8196 Desenho técnico Emprego de escalas Rio de Janeiro ABNT 1999 BEZERRA C H SAMPAIO C M Desenho técnico fundamentos e aplicações Rio de Janeiro LTC 2015 CHING F D K Representação gráfica curso de desenho para estudantes de arquitetura e design Porto Alegre Bookman 2010 CURY A Desenho técnico básico 2 ed São Paulo Pearson Prentice Hall 2009 LUZ A P Introdução ao desenho técnico São Paulo Érica 2017 SLACK N CHAMBERS S JOHNSTON R Administração da produção 3 ed São Paulo Atlas 2009