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Engenharia de Produção ·
Gestão de Produção
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5 OS SISTEMAS DE PRODUÇÃO PROF MSC ENGº WAGNER CARDOSO INTRODUÇÃO À semelhança dos seres vivos podese dizer que as empresas são organismos com vida própria em constante transformação sujeitos as leis do mercado Quanto mais livre e dinâmico este mercado for mais forte e resistente estas empresas serão pois terão que conviver diariamente com oportunidades e ameaças ao seu desempenho produtivo Nos EUA a vida média de empresas de capital aberto é de 45 anos e a das empresas familiares é de 24 anos Das 500 maiores empresas que operavam no Brasil em 1973 apenas 223 empresas 446 sobreviveram até o ano de 1992 Das que sobreviveram apenas 95 delas 19 melhoraram de posição Prof MSc Engº Wagner Cardoso 2 INTRODUÇÃO O que levou estas empresas a desaparecerem Uma parte desta resposta pode estar associada à fatores externos a empresa Porém um outro lado está relacionado a como as empresas administram seus recursos financeiros tecnológicos e de gestão para fazer frente as ameaças do mercado Um ponto importante desta discussão está ligada à administração ou não dos preços dos produtos ofertados ao mercado Preço Custo Lucro economias fechadas Lucro Preço Custo globalização Prof MSc Engº Wagner Cardoso 3 INTRODUÇÃO Dentro desta nova ótica de concorrência é importante notar duas mudanças radicais ocorridas no comportamento do mercado brasileiro A redução das margens de lucro Dados levantados pelo BNDES de 1990 a 1995 identificaram que dos 38 setores mais importantes da economia nacional 29 deles apresentaram reduções nas suas margens de lucro neste período que coincide com a abertura da economia brasileira Além disto nos setores onde esta competição foi maior eletroeletrônico têxtil vidro motores e autopeças as margens caíram de 30 a 50 As fusões estratégicas entre empresas Em 1996 ocorreram 329 fusões e aquisições entre empresas no Brasil Prof MSc Engº Wagner Cardoso 4 INTRODUÇÃO A perda do poder de competitividade das empresas nacionais devese em grande parte a obsolescência das práticas gerenciais e tecnológicas aplicadas aos seus sistemas produtivos tendo sua origem atribuída a cinco pontos básicos quais sejam deficiência nas medidas de desempenho negligência com considerações tecnológicas especialização excessiva das funções de produção sem a devida integração perda de foco dos negócios resistência e demora em assumir novas posturas produtivas Prof MSc Engº Wagner Cardoso 5 INTRODUÇÃO Prof MSc Engº Wagner Cardoso 6 Indicadores Brasil Média Mundial Japão Valor Agregado 88 vezes 240 vezes 335 vezes investimentos em PD 145 3 a 5 8 a 12 Índice de Rejeição 20380 ppm 200 ppm 10 ppm Retrabalho Interno 37 2 0001 Setup de Fábrica 100 min 10 min 5 min Tamanho Médio dos Lotes 2900 peças 20 a 50 peças 1 a 10 peças Leadtime Médio 19 dias 2 a 4 dias 2 dias Rotatividade dos Estoques 13 vezesano 60 a 70 vezesano 150 a 200 vezesano Tabela 1 Indicadores de desempenho da indústria PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E ESTRATÉGIA PRODUTIVA O planejamento estratégico busca maximizar os resultados das operações e minimizar os riscos nas tomadas de decisões das empresas O impacto de suas decisões são de longo prazo e afetam a natureza e as características das empresas no sentido de garantir o atendimento de sua missão Para efetuar um planejamento estratégico a empresa deve entender os limites de suas forças e habilidades no relacionamento com o meio ambiente de maneira a criar vantagens competitivas em relação à concorrência aproveitandose de todas as situações que lhe trouxerem ganhos Prof MSc Engº Wagner Cardoso 7 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E ESTRATÉGIA PRODUTIVA Prof MSc Engº Wagner Cardoso 8 Estratégia Funcional Finanças Plano Financeiro Marketing Plano de Marketing Produção Plano de Produção Missão Estratégia Corporativa Estratégia Competitiva Táticas Sistema Financeiro Sistema de Marketing Sistema de Produção Figura 1 Visão geral do Planejamento Estratégico PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E ESTRATÉGIA PRODUTIVA Prof MSc Engº Wagner Cardoso 9 Prioridades dos Critérios de Desempenho Áreas de Decisão Políticas da Produção Estratégia de Produção Figura 2 Definição de uma estratégia produtiva CRITÉRIOS ESTRATÉGICOS DA PRODUÇÃO Devem refletir as necessidades dos clientes que se buscam atingir para um determinado produto de maneira a mantêlos fieis à empresa Prof MSc Engº Wagner Cardoso 10 Critérios Descrição Custo Produzir bensserviços a um custo mais baixo do que a concorrência Qualidade Produzir bensserviços com desempenho de qualidade melhor que a concorrência Desempenho de Entrega Ter confiabilidade e velocidade nos prazos de entrega dos bensserviços melhores que a concorrência Flexibilidade Ser capaz de reagir de forma rápida a eventos repentinos e inesperados Quadro 1 Descrição dos critérios de desempenho CRITÉRIOS ESTRATÉGICOS DA PRODUÇÃO Como todo sistema de produção possui uma atuação de desempenho limitada pelas forças estruturais que emprega há necessidade de se priorizar e quantificar o grau de intensidade que se buscará atingir em cada um dos critérios de desempenho citados Em sistemas de produção convencionais trabalhase com a curva de troca trade offs ou seja para aumentar o desempenho de um critério perdese em outro Atualmente porém com os modernos conceitos de produtividade associados à filosofia JITTQC parece ser mais coerente tratar a questão de priorização dos critérios dentro da ótica de quais são qualificadores e quais são ganhadores de pedidos Prof MSc Engº Wagner Cardoso 11 ÁREAS DE DECISÃO NA PRODUÇÃO Prof MSc Engº Wagner Cardoso 12 Áreas de decisão Descrição Instalações Qual a localização geográfica tamanho volume e mix de produção que grau de especialização arranjo físico e forma de manutenção Capacidade de Produção Que nível como obtêla e como incrementála Tecnologia Quais equipamentos e sistemas com que grau de automação e flexibilidade como atualizála e disseminála Integração Vertical O que a empresa irá produzir internamente o que irá comprar de terceiros e qual política implementar com fornecedores Organização Qual a estrutura organizacional nível de centralização formas de comunicação e controles das atividades Recursos Humanos Como recrutar selecionar contratar desenvolver avaliar motivar e remunerar a mãodeobra Qualidade Atribuição de responsabilidades que controles normas e ferramentas de decisões empregar quais os padrões e formas de comparação Planejamento e Controle da Produção Que sistema de PCP empregar que política de compras e estoques que nível de informatização das informações que ritmo de produção manter e formas de controles Novos Produtos Com que freqüência lançar como desenvolver e qual a relação entre produtos e processos Quadro 2 Descrição das áreas de decisão ÁREAS DE DECISÃO NA PRODUÇÃO Prof MSc Engº Wagner Cardoso 13 Posição Competitiva Prioridades entre os critérios de desempenho e políticas de produção desejáveis Estratégia de Produção atual Alternativas de Posições Competitivas F u t u r o E v o l u ç ã o Figura 3 A dinâmica da estratégia de produção A FILOSOFIA JITTQC Prof MSc Engº Wagner Cardoso 14 Filosofia JITTQC Satisfazer as necessidades do cliente Eliminar desperdícios Melhorar continuamente Envolver totalmente as pessoas Organização e visibilidade JIT TQC Produção focalizada Produção puxada Nivelamento da produção Redução de leadtimes Fabricação de pequenos lotes Redução de setups Manutenção preventiva Polivalência Integração interna e externa etc Produção orientada pelo cliente Lucro pelo domínio da qualidade Priorizar as ações Agir com base em fatos Controle do processo Responsabilidade na fonte Controle a montante Operações a prova de falha Padronização etc Quadro 3 Conceitos e técnicas da filosofia JITTQC SATISFAZER AS NECESSIDADES DOS CLIENTES Significa entender e responder aos anseios dos clientes fornecendo produtos de qualidade no momento em que for solicitado Entendase como clientes tanto os participantes da cadeia produtiva interna como os da cadeia externa à empresa Existem várias maneiras de melhorar o relacionamento com os clientes podese citar algumas Reduzir os custos internos dos clientes Produzir pequenos lotes com qualidade Ser flexível Reduzir os estoques do cliente Projetar em conjunto com o cliente Prof MSc Engº Wagner Cardoso 15 ELIMINAR DESPERDÍCIOS Significa analisar todas as atividades realizadas no sistema de produção e eliminar aquelas que não agregam valor ao produto Identificar o que acrescenta valor para o cliente do produto informações úteis para melhorar o projeto e produção dos bensserviços e em seguida o que não acrescenta valor Desperdício de superprodução Desperdício de espera Desperdício de movimentação e transporte Desperdício da função processamento Desperdício de estoques Desperdícios de movimentos improdutivos Desperdícios de produtos defeituosos Prof MSc Engº Wagner Cardoso 16 MELHORAR CONTINUAMENTE KAIZEN Significa que nenhum dia deve se passar sem que a empresa melhore sua posição competitiva Todos dentro da empresa são responsáveis por isto e devem trabalhar neste sentido Desta forma um problema ou um erro acontecido dentro do sistema deve ser visto como uma oportunidade de melhoramento É importante sob a ótica do melhoramento contínuo estabelecer metas bastante otimistas mesmo que inatingíveis como forma de direcionar o incremento de produtividade Zero de defeitos Zero de estoques Zero de movimentações Zero de leadtime Zero de tempos de setups Lotes unitários Prof MSc Engº Wagner Cardoso 17 ENVOLVER TOTALMENTE AS PESSOAS Praticamente todos os aspectos relacionados à filosofia JITTQC requerem um envolvimento total das pessoas Mudanças de atitude a nível humano são solicitadas por toda a empresa principalmente nos níveis gerenciais A gerência deve travar um compromisso pela participação das pessoas desenvolvendo treinamentos contínuos em atividades de equipes de trabalho com o devido aporte financeiro É importante deixar claro que as pessoas e não a tecnologia são a prioridade número um da empresa Prof MSc Engº Wagner Cardoso 18 ORGANIZAÇÃO E VISIBILIDADE A organização e a visibilidade do ambiente de trabalho é um requisito fundamental da filosofia JITTQC É o início da luta contra os desperdícios e a base para a motivação das pessoas A organização do ambiente de trabalho passa pela reformulação dos layouts convencionais pela definição de locais específicos para armazenagem de materiais em processo e ferramentas e pela própria postura dos funcionários ao seguirem os padrões de higiene e segurança A organização leva ao benefício da visibilidade dos problemas de forma que qualquer situação anormal seja óbvia Prof MSc Engº Wagner Cardoso 19 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO Existem várias formas de classificar os sistemas de produção sendo que as mais conhecidas são a classificação pelo grau de padronização dos produtos pelo tipo de operação que sofrem os produtos pela natureza do produto A classificação dos sistemas produtivos tem por finalidade facilitar o entendimento das características inerentes a cada sistema de produção e sua relação com a complexidade do planejamento e execução das atividades produtivas Prof MSc Engº Wagner Cardoso 20 GRAU DE PADRONIZAÇÃO DOS PRODUTOS Produtos padronizados são aqueles bens ou serviços que apresentam alto grau de uniformidade São produzidos em grande escala os clientes esperam encontrálos a sua disposição no mercado seus sistemas produtivos podem ser organizados de forma a padronizar mais facilmente os recursos produtivos máquinas homens e materiais e os métodos de trabalho e controles contribuindo para uma maior eficiência do sistema com conseqüente redução dos custos Ex fabricação eletrodomésticos combustíveis automóveis roupas alimentos industrializados etc e serviços como linhas aéreas serviços bancários fastfoods etc Prof MSc Engº Wagner Cardoso 21 GRAU DE PADRONIZAÇÃO DOS PRODUTOS Os produtos sob medida são bens ou serviços desenvolvidos para um cliente em específico Como o sistema produtivo espera a manifestação dos clientes para definir os produtos estes não são produzidos para estoque e os lotes normalmente são unitários Devido ao fato do prazo de entrega ser um fator determinante no atendimento ao cliente possuem normalmente grande capacidade ociosa e dificuldade em padronizar os métodos de trabalho e os recursos produtivos gerando produtos mais caros do que os padronizados A automação dos processos é menos aplicável Ex fabricação de máquinasferramentas construção civil alta costura estaleiros etc e serviços como restaurantes taxis projetos arquitetônicos clínicas médicas etc Prof MSc Engº Wagner Cardoso 22 TIPO DE OPERAÇÃO Os processos contínuos são empregados quando existe uma alta uniformidade na produção e demanda de bens ou serviços fazendo com que os produtos e os processos produtivos sejam totalmente interdependentes favorecendo a automatização não existindo flexibilidade no sistema São necessários altos investimentos em equipamentos e instalações a mão deobra é empregada apenas para a condução e manutenção das instalações sendo seu custo insignificante em relação aos outros fatores produtivos Ex produção de bens de base como energia elétrica petróleo e derivados produtos químicos de uma forma geral etc serviços de aquecimento e ar condicionado de limpeza contínua sistemas de monitoramento por radar etc Prof MSc Engº Wagner Cardoso 23 TIPO DE OPERAÇÃO Os processos repetitivos em massa são aqueles empregados na produção em grande escala de produtos altamente padronizados A demanda pelos produtos são estáveis fazendo com que seus projetos tenham pouca alteração no curto prazo possibilitando a montagem de uma estrutura produtiva altamente especializada e pouco flexível onde os altos investimentos possam ser amortizados durante um longo prazo Neste sistema produtivo a variação entre os produtos acabados se dá geralmente apenas a nível de montagem final sendo seus componentes padronizados de forma a permitir a produção em grande escala Ex fabricação de automóveis eletrodomésticos produtos têxteis produtos cerâmicos abate e beneficiamento de aves suínos gado etc e serviços em grande escala como transporte aéreo editoração de jornais e revistas etc Prof MSc Engº Wagner Cardoso 24 TIPO DE OPERAÇÃO Os processos repetitivos em lote caracterizamse pela produção de um volume médio de bens ou serviços padronizados em lotes sendo que cada lote segue uma série de operações que necessita ser programada a medida que as operações anteriores forem realizadas O sistema produtivo deve ser relativamente flexível empregando equipamentos pouco especializados e mãodeobra polivalente visando atender diferentes pedidos dos clientes e flutuações da demanda Ex fabricação de produtos têxteis em pequena escala alimentos industrializados ferragens etc e serviços como oficinas de reparo para automóveis e aparelhos eletrônicos laboratórios de análise químicas restaurantes etc Prof MSc Engº Wagner Cardoso 25 TIPO DE OPERAÇÃO Os processos por projeto têm como finalidade o atendimento de uma necessidade específica dos cliente com todas as suas atividades voltadas para esta meta O produto tem uma data específica para ser concluído e uma vez concluído o sistema produtivo se volta para um novo projeto A especificação do produto impõem uma organização dedicada ao projeto Exigese alta flexibilidade dos recursos produtivos normalmente a custa de certa ociosidade enquanto a demanda por bens ou serviços não ocorrer Ex fabricação de bens como navios aviões usinas hidroelétricas etc e serviços específicos como agências de propaganda escritórios de advocacia arquitetura etc Prof MSc Engº Wagner Cardoso 26 TIPO DE OPERAÇÃO Prof MSc Engº Wagner Cardoso 27 Contínuo Rep em Massa Rep em Lotes Projeto Volume de produção Alto Alto Médio Baixo Variedade de produtos Pequena Média Grande Pequena Flexibilidade Baixa Média Alta Alta Qualificação da MOD Baixa Média Alta Alta Layout Por produto Por produto Por processo Por processo Capacidade ociosa Baixa Baixa Média Alta Leadtimes Baixo Baixo Médio Alto Fluxo de informações Baixo Médio Alto Alto Produtos Contínuos Em lotes Em lotes Unitário Quadro 4 Características dos sistemas de produção A NATUREZA DO PRODUTO Os sistemas de produção podem estar voltados para a geração de bens ou de serviços Quando o produto fabricado é algo tangível como um carro uma geladeira ou uma bola podendo ser tocado e visto dizse que o sistema de produção é uma manufatura de bens Quando o produto gerado é intangível podendo apenas ser sentido como uma consulta médica um filme ou transporte de pessoas dizse que o sistema de produção é um prestador de serviços Diferenciamse quanto Orientação do produto contato com o cliente uniformidade dos fatores produtivos avaliação do sistema Prof MSc Engº Wagner Cardoso 28 Prof MSc Engº Wagner Cardoso 29 Sistema de Produção Convencional Almoxarifado PCMP Almoxarifado PA PCP Demanda OFRM PMP OM OC WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP Prof MSc Engº Wagner Cardoso 30 Sistema de Produção JIT Kanban Kanban PCP Demanda PMP No K TC TC Kanban Kanban Kanban TC TC TC TC TC TC TC TC TC TC TC TC TC TC TC TC
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importante desta discussão está ligada à administração ou não dos preços dos produtos ofertados ao mercado Preço Custo Lucro economias fechadas Lucro Preço Custo globalização Prof MSc Engº Wagner Cardoso 3 INTRODUÇÃO Dentro desta nova ótica de concorrência é importante notar duas mudanças radicais ocorridas no comportamento do mercado brasileiro A redução das margens de lucro Dados levantados pelo BNDES de 1990 a 1995 identificaram que dos 38 setores mais importantes da economia nacional 29 deles apresentaram reduções nas suas margens de lucro neste período que coincide com a abertura da economia brasileira Além disto nos setores onde esta competição foi maior eletroeletrônico têxtil vidro motores e autopeças as margens caíram de 30 a 50 As fusões estratégicas entre empresas Em 1996 ocorreram 329 fusões e aquisições entre empresas no Brasil Prof MSc Engº Wagner Cardoso 4 INTRODUÇÃO A perda do poder de competitividade das empresas nacionais devese em grande parte a obsolescência das práticas gerenciais e tecnológicas aplicadas aos seus sistemas produtivos tendo sua origem atribuída a cinco pontos básicos quais sejam deficiência nas medidas de desempenho negligência com considerações tecnológicas especialização excessiva das funções de produção sem a devida integração perda de foco dos negócios resistência e demora em assumir novas posturas produtivas Prof MSc Engº Wagner Cardoso 5 INTRODUÇÃO Prof MSc Engº Wagner Cardoso 6 Indicadores Brasil Média Mundial Japão Valor Agregado 88 vezes 240 vezes 335 vezes investimentos em PD 145 3 a 5 8 a 12 Índice de Rejeição 20380 ppm 200 ppm 10 ppm Retrabalho Interno 37 2 0001 Setup de Fábrica 100 min 10 min 5 min Tamanho Médio dos Lotes 2900 peças 20 a 50 peças 1 a 10 peças Leadtime Médio 19 dias 2 a 4 dias 2 dias Rotatividade dos Estoques 13 vezesano 60 a 70 vezesano 150 a 200 vezesano Tabela 1 Indicadores de desempenho da indústria PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E ESTRATÉGIA PRODUTIVA O planejamento estratégico busca maximizar os resultados das operações e minimizar os riscos nas tomadas de decisões das empresas O impacto de suas decisões são de longo prazo e afetam a natureza e as características das empresas no sentido de garantir o atendimento de sua missão Para efetuar um planejamento estratégico a empresa deve entender os limites de suas forças e habilidades no relacionamento com o meio ambiente de maneira a criar vantagens competitivas em relação à concorrência aproveitandose de todas as situações que lhe trouxerem ganhos Prof MSc Engº Wagner Cardoso 7 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E ESTRATÉGIA PRODUTIVA Prof MSc Engº Wagner Cardoso 8 Estratégia Funcional Finanças Plano Financeiro Marketing Plano de Marketing Produção Plano de Produção Missão Estratégia Corporativa Estratégia Competitiva Táticas Sistema Financeiro Sistema de Marketing Sistema de Produção Figura 1 Visão geral do Planejamento Estratégico PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E ESTRATÉGIA PRODUTIVA Prof MSc Engº Wagner Cardoso 9 Prioridades dos Critérios de Desempenho Áreas de Decisão Políticas da Produção Estratégia de Produção Figura 2 Definição de uma estratégia produtiva CRITÉRIOS ESTRATÉGICOS DA PRODUÇÃO Devem refletir as necessidades dos clientes que se buscam atingir para um determinado produto de maneira a mantêlos fieis à empresa Prof MSc Engº Wagner Cardoso 10 Critérios Descrição Custo Produzir bensserviços a um custo mais baixo do que a concorrência Qualidade Produzir bensserviços com desempenho de qualidade melhor que a concorrência Desempenho de Entrega Ter confiabilidade e velocidade nos prazos de entrega dos bensserviços melhores que a concorrência Flexibilidade Ser capaz de reagir de forma rápida a eventos repentinos e inesperados Quadro 1 Descrição dos critérios de desempenho CRITÉRIOS ESTRATÉGICOS DA PRODUÇÃO Como todo sistema de produção possui uma atuação de desempenho limitada pelas forças estruturais que emprega há necessidade de se priorizar e quantificar o grau de intensidade que se buscará atingir em cada um dos critérios de desempenho citados Em sistemas de produção convencionais trabalhase com a curva de troca trade offs ou seja para aumentar o desempenho de um critério perdese em outro Atualmente porém com os modernos conceitos de produtividade associados à filosofia JITTQC parece ser mais coerente tratar a questão de priorização dos critérios dentro da ótica de quais são qualificadores e quais são ganhadores de pedidos Prof MSc Engº Wagner Cardoso 11 ÁREAS DE DECISÃO NA PRODUÇÃO Prof MSc Engº Wagner Cardoso 12 Áreas de decisão Descrição Instalações Qual a localização geográfica tamanho volume e mix de produção que grau de especialização arranjo físico e forma de manutenção Capacidade de Produção Que nível como obtêla e como incrementála Tecnologia Quais equipamentos e sistemas com que grau de automação e flexibilidade como atualizála e disseminála Integração Vertical O que a empresa irá produzir internamente o que irá comprar de terceiros e qual política implementar com fornecedores Organização Qual a estrutura organizacional nível de centralização formas de comunicação e controles das atividades Recursos Humanos Como recrutar selecionar contratar desenvolver avaliar motivar e remunerar a mãodeobra Qualidade Atribuição de responsabilidades que controles normas e ferramentas de decisões empregar quais os padrões e formas de comparação Planejamento e Controle da Produção Que sistema de PCP empregar que política de compras e estoques que nível de informatização das informações que ritmo de produção manter e formas de controles Novos Produtos Com que freqüência lançar como desenvolver e qual a relação entre produtos e processos Quadro 2 Descrição das áreas de decisão ÁREAS DE DECISÃO NA PRODUÇÃO Prof MSc Engº Wagner Cardoso 13 Posição Competitiva Prioridades entre os critérios de desempenho e políticas de produção desejáveis Estratégia de Produção atual Alternativas de Posições Competitivas F u t u r o E v o l u ç ã o Figura 3 A dinâmica da estratégia de produção A FILOSOFIA JITTQC Prof MSc Engº Wagner Cardoso 14 Filosofia JITTQC Satisfazer as necessidades do cliente Eliminar desperdícios Melhorar continuamente Envolver totalmente as pessoas Organização e visibilidade JIT TQC Produção focalizada Produção puxada Nivelamento da produção Redução de leadtimes Fabricação de pequenos lotes Redução de setups Manutenção preventiva Polivalência Integração interna e externa etc Produção orientada pelo cliente Lucro pelo domínio da qualidade Priorizar as ações Agir com base em fatos Controle do processo Responsabilidade na fonte Controle a montante Operações a prova de falha Padronização etc Quadro 3 Conceitos e técnicas da filosofia JITTQC SATISFAZER AS NECESSIDADES DOS CLIENTES Significa entender e responder aos anseios dos clientes fornecendo produtos de qualidade no momento em que for solicitado Entendase como clientes tanto os participantes da cadeia produtiva interna como os da cadeia externa à empresa Existem várias maneiras de melhorar o relacionamento com os clientes podese citar algumas Reduzir os custos internos dos clientes Produzir pequenos lotes com qualidade Ser flexível Reduzir os estoques do cliente Projetar em conjunto com o cliente Prof MSc Engº Wagner Cardoso 15 ELIMINAR DESPERDÍCIOS Significa analisar todas as atividades realizadas no sistema de produção e eliminar aquelas que não agregam valor ao produto Identificar o que acrescenta valor para o cliente do produto informações úteis para melhorar o projeto e produção dos bensserviços e em seguida o que não acrescenta valor Desperdício de superprodução Desperdício de espera Desperdício de movimentação e transporte Desperdício da função processamento Desperdício de estoques Desperdícios de movimentos improdutivos Desperdícios de produtos defeituosos Prof MSc Engº Wagner Cardoso 16 MELHORAR CONTINUAMENTE KAIZEN Significa que nenhum dia deve se passar sem que a empresa melhore sua posição competitiva Todos dentro da empresa são responsáveis por isto e devem trabalhar neste sentido Desta forma um problema ou um erro acontecido dentro do sistema deve ser visto como uma oportunidade de melhoramento É importante sob a ótica do melhoramento contínuo estabelecer metas bastante otimistas mesmo que inatingíveis como forma de direcionar o incremento de produtividade Zero de defeitos Zero de estoques Zero de movimentações Zero de leadtime Zero de tempos de setups Lotes unitários Prof MSc Engº Wagner Cardoso 17 ENVOLVER TOTALMENTE AS PESSOAS Praticamente todos os aspectos relacionados à filosofia JITTQC requerem um envolvimento total das pessoas Mudanças de atitude a nível humano são solicitadas por toda a empresa principalmente nos níveis gerenciais A gerência deve travar um compromisso pela participação das pessoas desenvolvendo treinamentos contínuos em atividades de equipes de trabalho com o devido aporte financeiro É importante deixar claro que as pessoas e não a tecnologia são a prioridade número um da empresa Prof MSc Engº Wagner Cardoso 18 ORGANIZAÇÃO E VISIBILIDADE A organização e a visibilidade do ambiente de trabalho é um requisito fundamental da filosofia JITTQC É o início da luta contra os desperdícios e a base para a motivação das pessoas A organização do ambiente de trabalho passa pela reformulação dos layouts convencionais pela definição de locais específicos para armazenagem de materiais em processo e ferramentas e pela própria postura dos funcionários ao seguirem os padrões de higiene e segurança A organização leva ao benefício da visibilidade dos problemas de forma que qualquer situação anormal seja óbvia Prof MSc Engº Wagner Cardoso 19 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO Existem várias formas de classificar os sistemas de produção sendo que as mais conhecidas são a classificação pelo grau de padronização dos produtos pelo tipo de operação que sofrem os produtos pela natureza do produto A classificação dos sistemas produtivos tem por finalidade facilitar o entendimento das características inerentes a cada sistema de produção e sua relação com a complexidade do planejamento e execução das atividades produtivas Prof MSc Engº Wagner Cardoso 20 GRAU DE PADRONIZAÇÃO DOS PRODUTOS Produtos padronizados são aqueles bens ou serviços que apresentam alto grau de uniformidade São produzidos em grande escala os clientes esperam encontrálos a sua disposição no mercado seus sistemas produtivos podem ser organizados de forma a padronizar mais facilmente os recursos produtivos máquinas homens e materiais e os métodos de trabalho e controles contribuindo para uma maior eficiência do sistema com conseqüente redução dos custos Ex fabricação eletrodomésticos combustíveis automóveis roupas alimentos industrializados etc e serviços como linhas aéreas serviços bancários fastfoods etc Prof MSc Engº Wagner Cardoso 21 GRAU DE PADRONIZAÇÃO DOS PRODUTOS Os produtos sob medida são bens ou serviços desenvolvidos para um cliente em específico Como o sistema produtivo espera a manifestação dos clientes para definir os produtos estes não são produzidos para estoque e os lotes normalmente são unitários Devido ao fato do prazo de entrega ser um fator determinante no atendimento ao cliente possuem normalmente grande capacidade ociosa e dificuldade em padronizar os métodos de trabalho e os recursos produtivos gerando produtos mais caros do que os padronizados A automação dos processos é menos aplicável Ex fabricação de máquinasferramentas construção civil alta costura estaleiros etc e serviços como restaurantes taxis projetos arquitetônicos clínicas médicas etc Prof MSc Engº Wagner Cardoso 22 TIPO DE OPERAÇÃO Os processos contínuos são empregados quando existe uma alta uniformidade na produção e demanda de bens ou serviços fazendo com que os produtos e os processos produtivos sejam totalmente interdependentes favorecendo a automatização não existindo flexibilidade no sistema São necessários altos investimentos em equipamentos e instalações a mão deobra é empregada apenas para a condução e manutenção das instalações sendo seu custo insignificante em relação aos outros fatores produtivos Ex produção de bens de base como energia elétrica petróleo e derivados produtos químicos de uma forma geral etc serviços de aquecimento e ar condicionado de limpeza contínua sistemas de monitoramento por radar etc Prof MSc Engº Wagner Cardoso 23 TIPO DE OPERAÇÃO Os processos repetitivos em massa são aqueles empregados na produção em grande escala de produtos altamente padronizados A demanda pelos produtos são estáveis fazendo com que seus projetos tenham pouca alteração no curto prazo possibilitando a montagem de uma estrutura produtiva altamente especializada e pouco flexível onde os altos investimentos possam ser amortizados durante um longo prazo Neste sistema produtivo a variação entre os produtos acabados se dá geralmente apenas a nível de montagem final sendo seus componentes padronizados de forma a permitir a produção em grande escala Ex fabricação de automóveis eletrodomésticos produtos têxteis produtos cerâmicos abate e beneficiamento de aves suínos gado etc e serviços em grande escala como transporte aéreo editoração de jornais e revistas etc Prof MSc Engº Wagner Cardoso 24 TIPO DE OPERAÇÃO Os processos repetitivos em lote caracterizamse pela produção de um volume médio de bens ou serviços padronizados em lotes sendo que cada lote segue uma série de operações que necessita ser programada a medida que as operações anteriores forem realizadas O sistema produtivo deve ser relativamente flexível empregando equipamentos pouco especializados e mãodeobra polivalente visando atender diferentes pedidos dos clientes e flutuações da demanda Ex fabricação de produtos têxteis em pequena escala alimentos industrializados ferragens etc e serviços como oficinas de reparo para automóveis e aparelhos eletrônicos laboratórios de análise químicas restaurantes etc Prof MSc Engº Wagner Cardoso 25 TIPO DE OPERAÇÃO Os processos por projeto têm como finalidade o atendimento de uma necessidade específica dos cliente com todas as suas atividades voltadas para esta meta O produto tem uma data específica para ser concluído e uma vez concluído o sistema produtivo se volta para um novo projeto A especificação do produto impõem uma organização dedicada ao projeto Exigese alta flexibilidade dos recursos produtivos normalmente a custa de certa ociosidade enquanto a demanda por bens ou serviços não ocorrer Ex fabricação de bens como navios aviões usinas hidroelétricas etc e serviços específicos como agências de propaganda escritórios de advocacia arquitetura etc Prof MSc Engº Wagner Cardoso 26 TIPO DE OPERAÇÃO Prof MSc Engº Wagner Cardoso 27 Contínuo Rep em Massa Rep em Lotes Projeto Volume de produção Alto Alto Médio Baixo Variedade de produtos Pequena Média Grande Pequena Flexibilidade Baixa Média Alta Alta Qualificação da MOD Baixa Média Alta Alta Layout Por produto Por produto Por processo Por processo Capacidade ociosa Baixa Baixa Média Alta Leadtimes Baixo Baixo Médio Alto Fluxo de informações Baixo Médio Alto Alto Produtos Contínuos Em lotes Em lotes Unitário Quadro 4 Características dos sistemas de produção A NATUREZA DO PRODUTO Os sistemas de produção podem estar voltados para a geração de bens ou de serviços Quando o produto fabricado é algo tangível como um carro uma geladeira ou uma bola podendo ser tocado e visto dizse que o sistema de produção é uma manufatura de bens Quando o produto gerado é intangível podendo apenas ser sentido como uma consulta médica um filme ou transporte de pessoas dizse que o sistema de produção é um prestador de serviços Diferenciamse quanto Orientação do produto contato com o cliente uniformidade dos fatores produtivos avaliação do sistema Prof MSc Engº Wagner Cardoso 28 Prof MSc Engº Wagner Cardoso 29 Sistema de Produção Convencional Almoxarifado PCMP Almoxarifado PA PCP Demanda OFRM PMP OM OC WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP Prof MSc Engº Wagner Cardoso 30 Sistema de Produção JIT Kanban Kanban PCP Demanda PMP No K TC TC Kanban Kanban Kanban TC TC TC TC TC TC TC TC TC TC TC TC TC TC TC TC