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Enfermagem ·
Embriologia
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1 Como ocorre o desenvolvimento da placenta E quais suas funções 2 Descreva a circulação fetoplacenta e maternoplacenta 3 Descreva a Como ocorre a formação do coração e vasos sanguíneos b Como ocorre a formação da medula espinhal e encéfalo c Como ocorre a diferenciação do sexo feminino do masculino no desenvolvimento do sistema reprodutor d Como se desenvolvem os músculos e ossos 4 O que são defeitos congênitos Cite um defeito congênito de cada sistema 1 Como ocorre o desenvolvimento da placenta E quais suas funções O desenvolvimento da placenta ocorre logo após a implantação do embrião no útero O blastocisto se fixa ao epitélio endometrial e as células trofoblásticas se diferenciam em duas camadas o citotrofoblasto camada interna e o sinciciotrofoblasto camada externa As células do sinciciotrofoblasto se fundem formando uma massa celular multinucleada que produz enzimas responsáveis por digerir parte da camada endometrial formando lacunas As células do citotrofoblasto ocupam essas lacunas formando as vilosidades primárias O mesoderma extraembrionário se desenvolve em direção às vilosidades primárias transformandoas em vilosidades secundárias A partir da formação dos vasos sanguíneos elas passam a ser chamadas de vilosidades terciárias Estas se conectam com os vasos embrionários originados do alantoide formando a circulação fetal Os vasos fetais se desenvolvem em íntimo contato com os vasos endometriais permitindo as trocas maternofetais e dando origem à placenta CARMO 2023 A placenta é um tecido especializado responsável por fornecer nutrição e oxigênio ao feto bem como por remover os resíduos metabólicos e o dióxido de carbono gerados por ele Ela também é responsável por criar uma separação entre as circulações materna e fetal que é conhecida como barreira placentária Além disso a placenta protege o feto de infecções e de outras doenças maternas enquanto ajuda no desenvolvimento do sistema imune fetal Este órgão possui ainda função endócrina já que secreta hormônios como a gonadotrofina coriônica que age na gestação no metabolismo no crescimento fetal e no parto CARMO 2023 2 Descreva a circulação fetoplacenta e maternoplacenta A circulação fetoplacenta é estruturada para suprir as necessidades de um organismo em crescimento rápido num ambiente de hipóxia relativa A única conexão entre o feto e o meio externo é a placenta que o serve nas funções de intestinos suprimento de nutrientes rins retirada dos produtos de degradação e pulmões trocas gasosas MATTOS 1997 Assim o sangue oxigenado pela placenta chega ao bebê pela veia umbilical passa pelo ducto venoso que desvia o sangue mais oxigenado pelo forame oval que é uma comunicação entre os átrios O sangue mais oxigenado é levado então para o lado esquerdo do coração do feto e para a parte de cima do corpo do feto cabeça músculo do coração O sangue menos oxigenado é direcionado para o lado direito do coração e uma pequena parte é levada aos pulmões pelas artérias pulmonares e a maior parte é desviada pelo canal arterial para a aorta descendente e para os órgãos da parte de baixo do corpo do feto retornando à placenta para ser novamente oxigenado através das artérias umbilicais MELLO 2023 Na circulação maternoplacenta os resíduos de produtos e dióxido de carbono do feto são enviados de volta através do cordão umbilical e da placenta para a circulação da mãe para ser eliminado Ou seja o espaço interviloso entre os componentes materno e fetal contém sangue materno circulante e o sangue arterial derivado das terminações abertas das artérias espiraladas flui para o espaço interviloso e vai para as veias uterinas em que o sangue retorna através das veias endometriais para a circulação materna MELLO 2023 3 Descreva a Como ocorre a formação do coração e vasos sanguíneos Coração No início de seu desenvolvimento o futuro coração é um simples tubo o tubo cardíaco No entanto em função de seu posicionamento entre outras estruturas esse coração tubular se alonga e sofre dilatações devido ao crescimento diferenciado de algumas de suas regiões Surgem assim o tronco arterial bulbo cardíaco ventrículo primitivo átrio primitivo e seio venoso CHACCUR 2019 Na etapa seguinte ocorre o revestimento interno por uma estrutura chamada de endocárdio envolvido pelo miocárdio com a formação de um ventrículo único seguido da alça cardíaca fazendo com que o coração assuma um formato semelhante a um S Com o crescimento do bulbo cardíaco e do ventrículo primitivo ocorre a formação o da alça bulboventricular em forma de U e o seio venoso recebe os vasos do cordão umbilical CHACCUR 2019 Entre a metade da quarta semana e o final da quinta semana de desenvolvimento do feto ocorre a septação do coração primitivo isto é a septação do canal atrioventricular dividindo canal direito e esquerdo e separando o átrio do ventrículo No final da quarta semana de vida intrauterina ocorre ainda a septação do átrio primitivo separando átrio direito e esquerdo Neste mesmo período ocorre a incorporação das chamadas veias cavas ao átrio direito e a formação do seio venoso Do lado esquerdo ocorrerá a formação das quatro veias pulmonares CHACCUR 2019 É no final da 7ª semana que ocorre a septação do ventrículo primitivo criando o ventrículo direito que dará origem a artéria pulmonar e o ventrículo esquerdo de onde sairá a aorta CHACCUR 2019 Completando a formação do coração ocorrerá o desenvolvimento das valvas cardíacas aórtica e pulmonar e as valvas atrioventriculares mitral a esquerda e tricúspide a direita Há também nos corações dos fetos uma conexão entre a aorta e a artéria pulmonar chamado de canal arterial que deverá se fechar após o nascimento CHACCUR 2019 O coração fetal então ficará com a seguinte conformação anatômica átrio direito e esquerdo ventrículo direito e esquerdo quatro valvas cardíacas aórtica pulmonar mitral e tricúspide duas veias cavas superior e inferior e quatro veias pulmonares e dele sairão 2 artérias aorta e pulmonar CHACCUR 2019 Vasos sanguíneos Por volta do 21o dia de desenvolvimento iniciase a formação dos vasos sanguíneos primeiramente na região extraembrionária especificamente nas seguintes áreas mesoderma extraembrionário que reveste a vesícula vitelínica mesoderma extraembrionário do pedículo do embrião mesoderma extraembrionário que está associado às células do citotrofoblasto CARLSON 1996 Cerca de dois dias mais tarde em relação ao início da formação dos vasos na região extraembrionária começam a se formar os vasos sanguíneos no interior do embrião CARLSON 1996 A formação do sistema vascular envolve dois processos a vasculogênese e a angiogênese A vasculogênese corresponde à formação de novos vasos a partir de células precursoras chamadas angioblastos A angiogênese é a formação de novos vasos pela ramificação dos vasos já existentes CARLSON 1996 Assim a formação dos vasos sanguíneos iniciase com a agregação dos angioblastos que são as ilhotas sanguíneas Além disso pequenas cavidades vão se formando dentro dessas ilhotas os angioblastos se achatam originando o endotélio primitivo e essas cavidades acabam se juntando e formando as redes de canais endoteliais MOORE PERSAUD 2008 b Como ocorre a formação da medula espinhal e encéfalo Medula espinhal A porção do tubo neural posterior ao 4o par de somitos dará origem à medula espinhal Durante a formação da medula espinhal as células neuroepiteliais em intensa atividade mitótica organizam a camada mais interna da medula espinhal a camada ependimária que delimita o canal central da medula A primeira onda de divisões celulares das células neuroepiteliais origina os neuroblastos Em seguida os neuroblastos começam a se diferenciar e a migrar em direção oposta ao canal central do tubo neural DUMM 2003 Através de processos de diferenciação e migração dos neuroblastos formase a camada do manto que posteriormente dará origem à substância cinzenta da medula espinhal Na camada do manto encontramse os corpos celulares de neuroblastos polares que originarão os neurônios DUMM 2003 Na continuidade dos processos de diferenciação e migração celular organizase a camada mais externa da medula espinhal a camada marginal que dará origem à substância branca da medula espinhal A camada marginal é composta basicamente pelos prolongamentos celulares dos neuroblastos da camada do manto CARLSON 1996 Os glioblastos também se diferenciam das células neuroepiteliais principalmente depois que cessa a formação de neuroblastos Os glioblastos que darão origem às células da glia também migram para as camadas do manto e marginal Na camada do manto os glioblastos se diferenciam em astrócitos e oligodendrócitos Os oligodendrócitos encontramse principalmente na camada marginal e durante o período fetal tardio e o primeiro ano de vida pósnatal formam a bainha de mielina em torno dos neurônios dessa camada DUMM 2003 Quando as células neuroepiteliais cessam a produção de neuroblastos e glioblastos elas se diferenciam nas células ependimárias as quais formam o epêndima que reveste o canal central da medula espinhal CARLSON 1996 No 3º mês de gestação a medula espinhal está disposta ao longo de toda a extensão da coluna vertebral em desenvolvimento Porém a partir dessa idade a coluna vertebral e as meninges crescem mais rapidamente do que a medula espinhal de modo que a extremidade posterior da medula se posiciona mais cefalicamente em relação à extremidade posterior da coluna vertebral DUMM 2003 Ao nascimento a extremidade posterior da medula espinhal encontrase na altura da 3ª vértebra lombar L3 Devido a esse crescimento desproporcional os nervos espinhais dirigemse obliquamente de seu segmento de origem na medula em direção caudal Nos adultos a medula espinhal termina na altura da borda inferior da 1ª vértebra lombar L1 enquanto que o saco dural meninges e o espaço subaracnóideo estendemse até a 1ª ou 2ª vértebra sacral S1 ou S2 As fibras nervosas abaixo da extremidade terminal da medula espinhal constituem um feixe de fibras conhecido como cauda equina DUMM 2003 Encéfalo A extremidade cefálica do tubo neural à frente do 4º par de somitos formará o encéfalo Ao final da 4ª semana a porção cefálica do tubo neural apresentará três dilatações que correspondem às vesículas encefálicas primárias denominadas prosencéfalo ou encéfalo anterior mesencéfalo ou encéfalo médio rombencéfalo ou encéfalo posterior CARLSON 1996 Durante a 5ª semana de desenvolvimento a partir das vesículas primárias formamse as vesículas encefálicas secundárias Paralelamente à formação das vesículas encefálicas formamse as flexuras CARLSON 1996 A cavidade central das vesículas encefálicas é contínua com o canal central da medula espinhal A cavidade do telencéfalo corresponde ao 1º e 2º ventrículos também conhecidos como ventrículos laterais A cavidade central do diencéfalo corresponde ao 3º ventrículo e a cavidade do rombencéfalo ao 4º ventrículo Já a cavidade central do mesencéfalo é bastante estreita e liga o 3º ao 4º ventrículos CARLSON 1996 Inicialmente o encéfalo tem a mesma estrutura básica da medula espinhal em desenvolvimento As paredes dos hemisférios cerebrais em desenvolvimento apresentam as camadas típicas reconhecidas na medula espinhal ependimária manto e marginal Contudo sabemos que no encéfalo a substância branca e a substância cinzenta dispõemse de maneira inversa à da medula Isso ocorre porque os corpos celulares dos neurônios da camada do manto migram para a camada marginal originando a substância cinzenta na periferia Os axônios desses neurônios por sua vez dispõemse mais centralmente para formar a substância branca CARLSON 1996 c Como ocorre a diferenciação do sexo feminino do masculino no desenvolvimento do sistema reprodutor Na fecundação ocorre a determinação cromossômica do sexo No caso de ser um espermatozoide que contenha o cromossomo Y o zigoto XY terá potencial para formar a estrutura dos testículos Caso o espermatozoide contenha o cromossomo X o zigoto XX terá potencial para formar os ovários Embora o sexo dos embriões seja determinado geneticamente durante a fecundação as gônadas começam a se formar entre a 5a e a 6a semana após a fecundação Tanto os embriões masculinos como os femininos apresentam gônadas morfologicamente idênticas no início do desenvolvimento denominadas gônadas indiferenciadas MOREIRA 2002 Na gônada indiferenciada não é possível identificar se ela é testículo ou ovário São formadas por cordões sexuais primitivos derivados das células somáticas e pelas células germinativas as quais originarão espermatogônias ou ovogônias A estrutura básica de um testículo é microscopicamente reconhecível nos embriões a partir da 7a semana de desenvolvimento intrauterino Já a estrutura de um ovário só será reconhecida por volta da 8a ou 9a semana de desenvolvimento Figura 1 MOREIRA 2002 Figura 1 Esquema geral da diferenciação dos testículos e ovários FDT fator de determinação testicular Fonte Moreira 2002 Nos embriões do sexo masculino os cordões sexuais da gônada indiferenciada darão origem aos cordões seminíferos do testículo Os cordões seminíferos não apresentam lúmen e são formados pelas células germinativas espermatogônias e pelas células somáticas células de sustentação ou de Sertoli e por tecido conjuntivo de preenchimento Entre os cordões seminíferos encontramse apenas células somáticas que são as células intersticiais ou de Leydig fibroblastos tecido conjuntivo e os vasos sanguíneos MOREIRA 2002 Nos embriões do sexo feminino os cordões sexuais passam por uma reorganização durante a 7ª semana de gestação que culminará com a formação de aglomerados celulares isolados os quais darão origem aos folículos ovarianos Os folículos são formados pelas células somáticas e pela célula germinativa que originará a ovogônia Como já estudado em Histologia as células somáticas dos folículos ovarianos são denominadas células foliculares Nos meses subsequentes as ovogônias crescem e formam os ovócitos primários Durante o 7ª mês de gestação todas as células germinativas femininas correspondem a ovócitos primários organizados em folículos primordiais MOREIRA 2002 d Como se desenvolvem os músculos e ossos O mesoderma paraxial dará origem aos somitos que por sua vez irão se diferenciar nos músculos cartilagens ossos vasos sanguíneos tecido conjuntivo de preenchimento e sustentação da região axial do embrião CARLSON 1996 A formação da cartilagem tem início pela condensação do mesênquima que passa a ser um tecido pobre em matriz extracelular Ocorre porém com o tempo o acúmulo gradativo de substâncias formando a matriz cartilaginosa As células se afastam retraem seus prolongamentos e transformamse em condrócitos RODRIGUES 2023 Os ossos são formados a partir de cartilagens ossificação endocondral ou de uma membrana conjuntiva ossificação intramembranosa As vértebras tem origem a partir do esclerótomo As células da porção cranial do esclerótomo dispõem se de maneira frouxa e as porçõeo caudal proliferam A metade cranial de um esclerótomo se funde a metade caudal do esclerótomo à frente originando assim o corpo vertebral As costelas originamse de expansões ventrolaterais dos esclerótomos O esterno formase a partir de duas barras cartilaginosas que se unem na linha media ventral Simultaneamente as extremidades ventrais dos 7 primeiros pares de costelas juntamse ao esterno em formação As vértebras costelas e esterno tem ossificação endocondral RODRIGUES 2023 Os membros inferiores e superiores também têm ossificação endocondral Por volta da 7ª semana surgem peças cartilaginosas cujas formas se assemelham aos ossos a que darão origem Na 8ª semana começa então o processo de ossificação A clavícula é uma exceção pois sua ossificação é intramembranosa O osso da pelvis tem três centros de ossificação que correspondem aos três ossos pélvicos que se fundem futuramente RODRIGUES 2023 Os ossos do crânio são originados de ossificação tanto intramembranosa quanto endocondral a partir do mesênquima presente na região cefálica do embrião e nos arcos braquiais RODRIGUES 2023 No processo de formação dos ossos o mesênquima pode não receber vascularização e formase no seu lugar um espaço a cavidade articular revestida pela membrana sinovial caracterizando uma articulação sinovial Nas sinartroses o mesênquima situado entre os ossos origina tecido conjuntivo fibroso cartilagem ou mesmo tecido ósseo caracterizando sindesmose sincondrose e sinostose respectivamente RODRIGUES 2023 Em relação aos músculos a musculatura do tronco deriva dos miótomos Estas porções dos somitos se individualizam e suas células se alongam transformandose em mioblastos O miótomo dividese em uma porção dorsal e uma ventral A porção dorsal sofre poucas mudanças e origina os músculos extensores da coluna vertebral A porção ventral ainda sofre divisão e forma a maior parte da musculatura do tórax e abdome RODRIGUES 2023 A origem dos músculos dos membros ainda é incerta porém especula se que ela seja de origem mesenquimal enquanto a musculatura do crânio é formada a partir dos miótomos mais cefálicos RODRIGUES 2023 4 O que são defeitos congênitos Cite um defeito congênito de cada sistema Defeitos congênitos Defeitos congênitos ou anomalias congênitas são termos utilizados para descrever erros do desenvolvimento presentes na ocasião do nascimento Tais defeitos podem ser macroscópicos ou microscópicos podem estar na superfície ou no interior do corpo ser simples ou múltiplos e de pequena ou de grande importância clínica As anomalias congênitas podem ser estruturais funcionais metabólicas comportamentais ou hereditárias e entre elas são encontradas desde deficiências enzimáticas causadas pela substituição de um único nucleotídeo na molécula de DNA até associações muito complexas de grandes anomalias anatômicas CARLSON 1996 Defeito congênito de cada sistema BOYD 2022 Artrogripose múltipla congênita grupo de distúrbios congênitos raros que resultam de um movimento limitado das articulações no útero O movimento limitado faz com que muitas articulações fiquem curvadas e congeladas na posição Defeitos craniofaciais causados pelo crescimento ou desenvolvimento anômalo da cabeça eou dos ossos faciais enquanto o bebê está crescendo dentro da mãe Os defeitos mais comuns do crânio e da face são o lábio leporino e a fenda palatina Outros defeitos podem afetar os ouvidos os olhos e a mandíbula Alguns defeitos craniofaciais que afetam o crânio incluem macrocefalia o crânio é muito grande microcefalia o crânio é muito pequeno e craniossinostose as junções entre os ossos do crânio se fecham muito cedo Defeitos do quadril e das articulações displasia de desenvolvimento do quadril e luxação do joelho Defeitos de membros são numerosos Às vezes o membro está ausente ou não se forma completamente A mão ou o pé pode estar parcial ou totalmente ausente A pessoa pode ter por exemplo dedos ou artelhos a mais ou a menos O pé torto talipes equinovarus é um defeito no qual o pé e o tornozelo estão torcidos ou fora de posição Outros defeitos do pé incluem o metatarso em adução o metatarso varo o pé calcâneovalgo e o pé chato No joelho varo os joelhos dão a impressão de estar virados para fora No joelho valgo os joelhos dão a impressão de estar virados para dentro Outros defeitos que afetam as pernas incluem a rotação da parte superior do fêmur torção femoral e rotação da tíbia torção da tíbia Defeitos musculares podem estar presentes ao nascimento O bebê pode nascer sem um músculo individual ou grupos de músculos ou o desenvolvimento do músculo pode estar incompleto Os defeitos musculares podem ocorrer isoladamente ou fazer parte de uma síndrome como é o caso da síndrome de Poland Além disso é possível que uma ou mais camadas dos músculos abdominais estejam ausentes no nascimento como acontece na síndrome de PruneBelly em que as camadas ausentes dos músculos abdominais fazem com que a parede abdominal tenha um aspecto enrugado os testículos não descem para o escroto eou ocorre o desenvolvimento de defeitos do trato urinário Anomalias do pescoço e costas podem ser causadas por lesões nos tecidos moles ou ossos As duas anomalias mais comuns são Torcicolo congênito e Defeitos congênitos da coluna vertebral Os defeitos da coluna incluem a escoliose que raramente é evidente no nascimento e defeitos de uma vértebra específica que provavelmente são identificados no nascimento Existem várias síndromes genéticas que incluem a escoliose como sendo uma de suas anomalias Conforme a criança cresce a curva da espinha causada por um defeito da coluna vertebral pode progredir rapidamente REFERÊNCIAS BOYD S A B Defeitos congênitos da face ossos articulações e músculos Revista Ciência e Saúde São Paulo v 3 n 6 p 1165 set 2022 CARLSON B M Embriologia humana e biologia do desenvolvimento Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1996 408 p CARMO L L do Placenta Anatomia função formação e aspectos clínicos Kenhub 2023 Disponível em httpswwwkenhubcomptlibraryanatomiaaplacenta Acesso em 6 dez 2023 CHACCUR P Você sabia que o coração é o primeiro órgão que se forma no corpo humano UOL 2019 Disponível em httpswwwuolcombrvivabemcolunaspaulochaccur20190217vocesabia queocoracaoeoprimeiroorgaoqueseformanocorpohumanohtm Acesso em 6 dez 2023 DUMM C G Embriologia humana atlas e texto Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2003 401 p MATTOS S S Fisiologia da circulação fetal e diagnóstico das alterações funcionais do coração do feto Simpósio ABC Arquivos Brasileiros de Cardiologia v 69 n 3 set 1997 MELLO A Coração normal na circulação do feto 2023 Disponível em httpsdraadrianamellocombrcoracaonormalcirculacaofetal Acesso em 6 dez 2023 MOORE K L PERSAUD T V N Embriologia clínica 8 ed Rio de Janeiro RJ Elsevier 2008 MOREIRA M A Compêndio de reprodução humana Rio de Janeiro Revinter 2002 523 p RODRIGUES M Embriologia do sistema musculoesquelético Revista Ciência e Saúde Rio de Janeiro v 1 n 2 p 164 jan 2023
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lacunas formando as vilosidades primárias O mesoderma extraembrionário se desenvolve em direção às vilosidades primárias transformandoas em vilosidades secundárias A partir da formação dos vasos sanguíneos elas passam a ser chamadas de vilosidades terciárias Estas se conectam com os vasos embrionários originados do alantoide formando a circulação fetal Os vasos fetais se desenvolvem em íntimo contato com os vasos endometriais permitindo as trocas maternofetais e dando origem à placenta CARMO 2023 A placenta é um tecido especializado responsável por fornecer nutrição e oxigênio ao feto bem como por remover os resíduos metabólicos e o dióxido de carbono gerados por ele Ela também é responsável por criar uma separação entre as circulações materna e fetal que é conhecida como barreira placentária Além disso a placenta protege o feto de infecções e de outras doenças maternas enquanto ajuda no desenvolvimento do sistema imune fetal Este órgão possui ainda função endócrina já que secreta hormônios como a gonadotrofina coriônica que age na gestação no metabolismo no crescimento fetal e no parto CARMO 2023 2 Descreva a circulação fetoplacenta e maternoplacenta A circulação fetoplacenta é estruturada para suprir as necessidades de um organismo em crescimento rápido num ambiente de hipóxia relativa A única conexão entre o feto e o meio externo é a placenta que o serve nas funções de intestinos suprimento de nutrientes rins retirada dos produtos de degradação e pulmões trocas gasosas MATTOS 1997 Assim o sangue oxigenado pela placenta chega ao bebê pela veia umbilical passa pelo ducto venoso que desvia o sangue mais oxigenado pelo forame oval que é uma comunicação entre os átrios O sangue mais oxigenado é levado então para o lado esquerdo do coração do feto e para a parte de cima do corpo do feto cabeça músculo do coração O sangue menos oxigenado é direcionado para o lado direito do coração e uma pequena parte é levada aos pulmões pelas artérias pulmonares e a maior parte é desviada pelo canal arterial para a aorta descendente e para os órgãos da parte de baixo do corpo do feto retornando à placenta para ser novamente oxigenado através das artérias umbilicais MELLO 2023 Na circulação maternoplacenta os resíduos de produtos e dióxido de carbono do feto são enviados de volta através do cordão umbilical e da placenta para a circulação da mãe para ser eliminado Ou seja o espaço interviloso entre os componentes materno e fetal contém sangue materno circulante e o sangue arterial derivado das terminações abertas das artérias espiraladas flui para o espaço interviloso e vai para as veias uterinas em que o sangue retorna através das veias endometriais para a circulação materna MELLO 2023 3 Descreva a Como ocorre a formação do coração e vasos sanguíneos Coração No início de seu desenvolvimento o futuro coração é um simples tubo o tubo cardíaco No entanto em função de seu posicionamento entre outras estruturas esse coração tubular se alonga e sofre dilatações devido ao crescimento diferenciado de algumas de suas regiões Surgem assim o tronco arterial bulbo cardíaco ventrículo primitivo átrio primitivo e seio venoso CHACCUR 2019 Na etapa seguinte ocorre o revestimento interno por uma estrutura chamada de endocárdio envolvido pelo miocárdio com a formação de um ventrículo único seguido da alça cardíaca fazendo com que o coração assuma um formato semelhante a um S Com o crescimento do bulbo cardíaco e do ventrículo primitivo ocorre a formação o da alça bulboventricular em forma de U e o seio venoso recebe os vasos do cordão umbilical CHACCUR 2019 Entre a metade da quarta semana e o final da quinta semana de desenvolvimento do feto ocorre a septação do coração primitivo isto é a septação do canal atrioventricular dividindo canal direito e esquerdo e separando o átrio do ventrículo No final da quarta semana de vida intrauterina ocorre ainda a septação do átrio primitivo separando átrio direito e esquerdo Neste mesmo período ocorre a incorporação das chamadas veias cavas ao átrio direito e a formação do seio venoso Do lado esquerdo ocorrerá a formação das quatro veias pulmonares CHACCUR 2019 É no final da 7ª semana que ocorre a septação do ventrículo primitivo criando o ventrículo direito que dará origem a artéria pulmonar e o ventrículo esquerdo de onde sairá a aorta CHACCUR 2019 Completando a formação do coração ocorrerá o desenvolvimento das valvas cardíacas aórtica e pulmonar e as valvas atrioventriculares mitral a esquerda e tricúspide a direita Há também nos corações dos fetos uma conexão entre a aorta e a artéria pulmonar chamado de canal arterial que deverá se fechar após o nascimento CHACCUR 2019 O coração fetal então ficará com a seguinte conformação anatômica átrio direito e esquerdo ventrículo direito e esquerdo quatro valvas cardíacas aórtica pulmonar mitral e tricúspide duas veias cavas superior e inferior e quatro veias pulmonares e dele sairão 2 artérias aorta e pulmonar CHACCUR 2019 Vasos sanguíneos Por volta do 21o dia de desenvolvimento iniciase a formação dos vasos sanguíneos primeiramente na região extraembrionária especificamente nas seguintes áreas mesoderma extraembrionário que reveste a vesícula vitelínica mesoderma extraembrionário do pedículo do embrião mesoderma extraembrionário que está associado às células do citotrofoblasto CARLSON 1996 Cerca de dois dias mais tarde em relação ao início da formação dos vasos na região extraembrionária começam a se formar os vasos sanguíneos no interior do embrião CARLSON 1996 A formação do sistema vascular envolve dois processos a vasculogênese e a angiogênese A vasculogênese corresponde à formação de novos vasos a partir de células precursoras chamadas angioblastos A angiogênese é a formação de novos vasos pela ramificação dos vasos já existentes CARLSON 1996 Assim a formação dos vasos sanguíneos iniciase com a agregação dos angioblastos que são as ilhotas sanguíneas Além disso pequenas cavidades vão se formando dentro dessas ilhotas os angioblastos se achatam originando o endotélio primitivo e essas cavidades acabam se juntando e formando as redes de canais endoteliais MOORE PERSAUD 2008 b Como ocorre a formação da medula espinhal e encéfalo Medula espinhal A porção do tubo neural posterior ao 4o par de somitos dará origem à medula espinhal Durante a formação da medula espinhal as células neuroepiteliais em intensa atividade mitótica organizam a camada mais interna da medula espinhal a camada ependimária que delimita o canal central da medula A primeira onda de divisões celulares das células neuroepiteliais origina os neuroblastos Em seguida os neuroblastos começam a se diferenciar e a migrar em direção oposta ao canal central do tubo neural DUMM 2003 Através de processos de diferenciação e migração dos neuroblastos formase a camada do manto que posteriormente dará origem à substância cinzenta da medula espinhal Na camada do manto encontramse os corpos celulares de neuroblastos polares que originarão os neurônios DUMM 2003 Na continuidade dos processos de diferenciação e migração celular organizase a camada mais externa da medula espinhal a camada marginal que dará origem à substância branca da medula espinhal A camada marginal é composta basicamente pelos prolongamentos celulares dos neuroblastos da camada do manto CARLSON 1996 Os glioblastos também se diferenciam das células neuroepiteliais principalmente depois que cessa a formação de neuroblastos Os glioblastos que darão origem às células da glia também migram para as camadas do manto e marginal Na camada do manto os glioblastos se diferenciam em astrócitos e oligodendrócitos Os oligodendrócitos encontramse principalmente na camada marginal e durante o período fetal tardio e o primeiro ano de vida pósnatal formam a bainha de mielina em torno dos neurônios dessa camada DUMM 2003 Quando as células neuroepiteliais cessam a produção de neuroblastos e glioblastos elas se diferenciam nas células ependimárias as quais formam o epêndima que reveste o canal central da medula espinhal CARLSON 1996 No 3º mês de gestação a medula espinhal está disposta ao longo de toda a extensão da coluna vertebral em desenvolvimento Porém a partir dessa idade a coluna vertebral e as meninges crescem mais rapidamente do que a medula espinhal de modo que a extremidade posterior da medula se posiciona mais cefalicamente em relação à extremidade posterior da coluna vertebral DUMM 2003 Ao nascimento a extremidade posterior da medula espinhal encontrase na altura da 3ª vértebra lombar L3 Devido a esse crescimento desproporcional os nervos espinhais dirigemse obliquamente de seu segmento de origem na medula em direção caudal Nos adultos a medula espinhal termina na altura da borda inferior da 1ª vértebra lombar L1 enquanto que o saco dural meninges e o espaço subaracnóideo estendemse até a 1ª ou 2ª vértebra sacral S1 ou S2 As fibras nervosas abaixo da extremidade terminal da medula espinhal constituem um feixe de fibras conhecido como cauda equina DUMM 2003 Encéfalo A extremidade cefálica do tubo neural à frente do 4º par de somitos formará o encéfalo Ao final da 4ª semana a porção cefálica do tubo neural apresentará três dilatações que correspondem às vesículas encefálicas primárias denominadas prosencéfalo ou encéfalo anterior mesencéfalo ou encéfalo médio rombencéfalo ou encéfalo posterior CARLSON 1996 Durante a 5ª semana de desenvolvimento a partir das vesículas primárias formamse as vesículas encefálicas secundárias Paralelamente à formação das vesículas encefálicas formamse as flexuras CARLSON 1996 A cavidade central das vesículas encefálicas é contínua com o canal central da medula espinhal A cavidade do telencéfalo corresponde ao 1º e 2º ventrículos também conhecidos como ventrículos laterais A cavidade central do diencéfalo corresponde ao 3º ventrículo e a cavidade do rombencéfalo ao 4º ventrículo Já a cavidade central do mesencéfalo é bastante estreita e liga o 3º ao 4º ventrículos CARLSON 1996 Inicialmente o encéfalo tem a mesma estrutura básica da medula espinhal em desenvolvimento As paredes dos hemisférios cerebrais em desenvolvimento apresentam as camadas típicas reconhecidas na medula espinhal ependimária manto e marginal Contudo sabemos que no encéfalo a substância branca e a substância cinzenta dispõemse de maneira inversa à da medula Isso ocorre porque os corpos celulares dos neurônios da camada do manto migram para a camada marginal originando a substância cinzenta na periferia Os axônios desses neurônios por sua vez dispõemse mais centralmente para formar a substância branca CARLSON 1996 c Como ocorre a diferenciação do sexo feminino do masculino no desenvolvimento do sistema reprodutor Na fecundação ocorre a determinação cromossômica do sexo No caso de ser um espermatozoide que contenha o cromossomo Y o zigoto XY terá potencial para formar a estrutura dos testículos Caso o espermatozoide contenha o cromossomo X o zigoto XX terá potencial para formar os ovários Embora o sexo dos embriões seja determinado geneticamente durante a fecundação as gônadas começam a se formar entre a 5a e a 6a semana após a fecundação Tanto os embriões masculinos como os femininos apresentam gônadas morfologicamente idênticas no início do desenvolvimento denominadas gônadas indiferenciadas MOREIRA 2002 Na gônada indiferenciada não é possível identificar se ela é testículo ou ovário São formadas por cordões sexuais primitivos derivados das células somáticas e pelas células germinativas as quais originarão espermatogônias ou ovogônias A estrutura básica de um testículo é microscopicamente reconhecível nos embriões a partir da 7a semana de desenvolvimento intrauterino Já a estrutura de um ovário só será reconhecida por volta da 8a ou 9a semana de desenvolvimento Figura 1 MOREIRA 2002 Figura 1 Esquema geral da diferenciação dos testículos e ovários FDT fator de determinação testicular Fonte Moreira 2002 Nos embriões do sexo masculino os cordões sexuais da gônada indiferenciada darão origem aos cordões seminíferos do testículo Os cordões seminíferos não apresentam lúmen e são formados pelas células germinativas espermatogônias e pelas células somáticas células de sustentação ou de Sertoli e por tecido conjuntivo de preenchimento Entre os cordões seminíferos encontramse apenas células somáticas que são as células intersticiais ou de Leydig fibroblastos tecido conjuntivo e os vasos sanguíneos MOREIRA 2002 Nos embriões do sexo feminino os cordões sexuais passam por uma reorganização durante a 7ª semana de gestação que culminará com a formação de aglomerados celulares isolados os quais darão origem aos folículos ovarianos Os folículos são formados pelas células somáticas e pela célula germinativa que originará a ovogônia Como já estudado em Histologia as células somáticas dos folículos ovarianos são denominadas células foliculares Nos meses subsequentes as ovogônias crescem e formam os ovócitos primários Durante o 7ª mês de gestação todas as células germinativas femininas correspondem a ovócitos primários organizados em folículos primordiais MOREIRA 2002 d Como se desenvolvem os músculos e ossos O mesoderma paraxial dará origem aos somitos que por sua vez irão se diferenciar nos músculos cartilagens ossos vasos sanguíneos tecido conjuntivo de preenchimento e sustentação da região axial do embrião CARLSON 1996 A formação da cartilagem tem início pela condensação do mesênquima que passa a ser um tecido pobre em matriz extracelular Ocorre porém com o tempo o acúmulo gradativo de substâncias formando a matriz cartilaginosa As células se afastam retraem seus prolongamentos e transformamse em condrócitos RODRIGUES 2023 Os ossos são formados a partir de cartilagens ossificação endocondral ou de uma membrana conjuntiva ossificação intramembranosa As vértebras tem origem a partir do esclerótomo As células da porção cranial do esclerótomo dispõem se de maneira frouxa e as porçõeo caudal proliferam A metade cranial de um esclerótomo se funde a metade caudal do esclerótomo à frente originando assim o corpo vertebral As costelas originamse de expansões ventrolaterais dos esclerótomos O esterno formase a partir de duas barras cartilaginosas que se unem na linha media ventral Simultaneamente as extremidades ventrais dos 7 primeiros pares de costelas juntamse ao esterno em formação As vértebras costelas e esterno tem ossificação endocondral RODRIGUES 2023 Os membros inferiores e superiores também têm ossificação endocondral Por volta da 7ª semana surgem peças cartilaginosas cujas formas se assemelham aos ossos a que darão origem Na 8ª semana começa então o processo de ossificação A clavícula é uma exceção pois sua ossificação é intramembranosa O osso da pelvis tem três centros de ossificação que correspondem aos três ossos pélvicos que se fundem futuramente RODRIGUES 2023 Os ossos do crânio são originados de ossificação tanto intramembranosa quanto endocondral a partir do mesênquima presente na região cefálica do embrião e nos arcos braquiais RODRIGUES 2023 No processo de formação dos ossos o mesênquima pode não receber vascularização e formase no seu lugar um espaço a cavidade articular revestida pela membrana sinovial caracterizando uma articulação sinovial Nas sinartroses o mesênquima situado entre os ossos origina tecido conjuntivo fibroso cartilagem ou mesmo tecido ósseo caracterizando sindesmose sincondrose e sinostose respectivamente RODRIGUES 2023 Em relação aos músculos a musculatura do tronco deriva dos miótomos Estas porções dos somitos se individualizam e suas células se alongam transformandose em mioblastos O miótomo dividese em uma porção dorsal e uma ventral A porção dorsal sofre poucas mudanças e origina os músculos extensores da coluna vertebral A porção ventral ainda sofre divisão e forma a maior parte da musculatura do tórax e abdome RODRIGUES 2023 A origem dos músculos dos membros ainda é incerta porém especula se que ela seja de origem mesenquimal enquanto a musculatura do crânio é formada a partir dos miótomos mais cefálicos RODRIGUES 2023 4 O que são defeitos congênitos Cite um defeito congênito de cada sistema Defeitos congênitos Defeitos congênitos ou anomalias congênitas são termos utilizados para descrever erros do desenvolvimento presentes na ocasião do nascimento Tais defeitos podem ser macroscópicos ou microscópicos podem estar na superfície ou no interior do corpo ser simples ou múltiplos e de pequena ou de grande importância clínica As anomalias congênitas podem ser estruturais funcionais metabólicas comportamentais ou hereditárias e entre elas são encontradas desde deficiências enzimáticas causadas pela substituição de um único nucleotídeo na molécula de DNA até associações muito complexas de grandes anomalias anatômicas CARLSON 1996 Defeito congênito de cada sistema BOYD 2022 Artrogripose múltipla congênita grupo de distúrbios congênitos raros que resultam de um movimento limitado das articulações no útero O movimento limitado faz com que muitas articulações fiquem curvadas e congeladas na posição Defeitos craniofaciais causados pelo crescimento ou desenvolvimento anômalo da cabeça eou dos ossos faciais enquanto o bebê está crescendo dentro da mãe Os defeitos mais comuns do crânio e da face são o lábio leporino e a fenda palatina Outros defeitos podem afetar os ouvidos os olhos e a mandíbula Alguns defeitos craniofaciais que afetam o crânio incluem macrocefalia o crânio é muito grande microcefalia o crânio é muito pequeno e craniossinostose as junções entre os ossos do crânio se fecham muito cedo Defeitos do quadril e das articulações displasia de desenvolvimento do quadril e luxação do joelho Defeitos de membros são numerosos Às vezes o membro está ausente ou não se forma completamente A mão ou o pé pode estar parcial ou totalmente ausente A pessoa pode ter por exemplo dedos ou artelhos a mais ou a menos O pé torto talipes equinovarus é um defeito no qual o pé e o tornozelo estão torcidos ou fora de posição Outros defeitos do pé incluem o metatarso em adução o metatarso varo o pé calcâneovalgo e o pé chato No joelho varo os joelhos dão a impressão de estar virados para fora No joelho valgo os joelhos dão a impressão de estar virados para dentro Outros defeitos que afetam as pernas incluem a rotação da parte superior do fêmur torção femoral e rotação da tíbia torção da tíbia Defeitos musculares podem estar presentes ao nascimento O bebê pode nascer sem um músculo individual ou grupos de músculos ou o desenvolvimento do músculo pode estar incompleto Os defeitos musculares podem ocorrer isoladamente ou fazer parte de uma síndrome como é o caso da síndrome de Poland Além disso é possível que uma ou mais camadas dos músculos abdominais estejam ausentes no nascimento como acontece na síndrome de PruneBelly em que as camadas ausentes dos músculos abdominais fazem com que a parede abdominal tenha um aspecto enrugado os testículos não descem para o escroto eou ocorre o desenvolvimento de defeitos do trato urinário Anomalias do pescoço e costas podem ser causadas por lesões nos tecidos moles ou ossos As duas anomalias mais comuns são Torcicolo congênito e Defeitos congênitos da coluna vertebral Os defeitos da coluna incluem a escoliose que raramente é evidente no nascimento e defeitos de uma vértebra específica que provavelmente são identificados no nascimento Existem várias síndromes genéticas que incluem a escoliose como sendo uma de suas anomalias Conforme a criança cresce a curva da espinha causada por um defeito da coluna vertebral pode progredir rapidamente REFERÊNCIAS BOYD S A B Defeitos congênitos da face ossos articulações e músculos Revista Ciência e Saúde São Paulo v 3 n 6 p 1165 set 2022 CARLSON B M Embriologia humana e biologia do desenvolvimento Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1996 408 p CARMO L L do Placenta Anatomia função formação e aspectos clínicos Kenhub 2023 Disponível em httpswwwkenhubcomptlibraryanatomiaaplacenta Acesso em 6 dez 2023 CHACCUR P Você sabia que o coração é o primeiro órgão que se forma no corpo humano UOL 2019 Disponível em httpswwwuolcombrvivabemcolunaspaulochaccur20190217vocesabia queocoracaoeoprimeiroorgaoqueseformanocorpohumanohtm Acesso em 6 dez 2023 DUMM C G Embriologia humana atlas e texto Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2003 401 p MATTOS S S Fisiologia da circulação fetal e diagnóstico das alterações funcionais do coração do feto Simpósio ABC Arquivos Brasileiros de Cardiologia v 69 n 3 set 1997 MELLO A Coração normal na circulação do feto 2023 Disponível em httpsdraadrianamellocombrcoracaonormalcirculacaofetal Acesso em 6 dez 2023 MOORE K L PERSAUD T V N Embriologia clínica 8 ed Rio de Janeiro RJ Elsevier 2008 MOREIRA M A Compêndio de reprodução humana Rio de Janeiro Revinter 2002 523 p RODRIGUES M Embriologia do sistema musculoesquelético Revista Ciência e Saúde Rio de Janeiro v 1 n 2 p 164 jan 2023