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Pedagogia ·
Geografia
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1 ILUSTRAÇÕES RITA MAYUMI BNCC NA PRÁTICA Tudo que você precisa saber sobre História BNCCNOVAESCOLAORGBR COREALIZAÇÃO REALIZAÇÃO BNCC NA PRÁTICA História INTRODUÇÃO Índice 4 16 26 34 9 23 19 31 3 CAPÍTULO 1 O QUE MUDOU O que muda em História para o Ensino Fundamental CAPÍTULO 3 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM BNCC para História entenda os objetivos de aprendizagem CAPÍTULO 6 ANÁLISE DA ESPECIALISTA Supere a ideia do tem que estudar porque está no livro CAPÍTULO 8 TESTE SEUS CONHECIMENTOS Teste seus conhecimentos sobre a BNCC de História CAPÍTULO 2 O QUE E COMO ENSINAR Como preparar uma aula de História alinhada à Base CAPÍTULO 5 PARA SE APROFUNDAR O professor mais ideológico é aquele que não tem ideologia avalia especialista CAPÍTULO 4 BNCC NA PRÁTICA Como fazer uma atividade sobre a Segunda Guerra e o Holocausto CAPÍTULO 7 DICAS PARA SUA FORMAÇÃO O que ler para se preparar para a BNCC de História 3 BNCC NA PRÁTICA História Base Nacional Comum Curricular BNCC define os direitos de aprendizagens de todo aluno e aluna do Brasil É uma mudança relevante em nosso processo de ensino e aprendizagem porque pela primeira vez um documento orienta os conhecimentos e as habilidades essenciais que bebês crianças e jovens de todo o país têm o direito de aprender ano a ano durante toda a vida escolar Mas ainda há dúvidas sobre esta política pública e as mudanças que ela traz As primeiras delas o que é a BNCC Como ela impacta as minhas aulas Como me preparar para colocála em prática Para ajudálo nestas e em outras questões a NOVA ESCOLA em parceria com a Fundação Lemann preparou uma série de ebooks sobre as mudanças em cada disciplina do Ensino Fundamental e na etapa da Educação Infantil Nosso objetivo é destrinchar as principais mudanças e concretizar a implementação da BNCC Esse guia é o primeiro passo Leia e converse com o coordenador pedagógico ou o diretor da sua escola É importante que todos os professores também façam a leitura Depois acesse nossos cursos de formação online e planos de aula já alinhados à BNCC Todo o material é gratuito A Introdução 4 BNCC NA PRÁTICA História O que muda em História para o Ensino Fundamental Base propõe que alunos possam relacionar o passado com o presente e tenham uma visão crítica dos fatos históricos CAPÍTULO 1 O QUE MUDOU O passado deve dialogar com o presente Esse é um dos pontos principais que a BNCC traz para o ensino de História De acordo com a Base é preciso transformar a história em ferramenta a serviço de um discernimento maior sobre as experiências humanas e das sociedades em que se vive Sendo assim os alunos não devem apenas aprender sobre os fatos de maneira distante ou fora de contexto a outros fenômenos e principalmente do próprio presente O QUE ISSO SIGNIFICA Que através de processos como os cinco propostos pela Base identificação comparação contextualização interpretação e análise os alunos devem ser estimulados a fazer uma leitura crítica dos fatos históricos Para que isso aconteça é essencial que todos se sintam motivados a partir dos conhecimentos que adquirem nas aulas a formularem perguntas sobre o passado e sobre o presente Os alunos devem ser incentivados a apresentar suas hipóteses e interpretações acerca dos fatos para questionarem e confrontarem o conhecimento préestabelecido Por isso é preciso planejar aulas que permitam que os conhecimentos do professor se transformem em instrumentos de construção do saber com espaço para uma postura ativa dos estudantes diante de suas aprendizagens Veja a seguir quais são TEXTO RITA TREVISAN 5 BNCC NA PRÁTICA História 1 2 O QUE É O processo de reconhecimento de uma questão ou objeto a ser estudado COMO CONDUZIR O ALUNO NESSE PROCESSO A partir da formulação de perguntas como O que é Como é possível descrevêlo Como pode ser lido Que conhecimentos precisam ser mobilizados para reconhecer o objeto A quais componentes culturais ele está intrinsecamente ligado Qual é o sentido que nossa cultura atribui a ele UM EXEMPLO No início do processo de pesquisa sobre uma questão histórica ao tomar contato com um objeto é possível reconhecer em detalhe a sua linguagem Identificar um mapa ou uma planta ou até mesmo ler uma escala são atividades recomendadas nessa etapa Identificar é também desnaturalizar a visão que se tem de determinado objeto de estudo tentando apenas vêlo como é sem a interferência dos componentes culturais O QUE É Conhecer o outro percebendo suas semelhanças e diferenças Ao comparar crianças e jovens podem ter uma melhor compreensão dos fenômenos dos processos históricos e das fontes documentais COMO CONDUZIR O ALUNO NESSE PROCESSO Apresentando fatos históricos correlacionados de modo que o aluno possa ampliar seus IDENTIFICAÇÃO COMPARAÇÃO 6 BNCC NA PRÁTICA História conhecimentos em relação a outros povos e de seus costumes específicos O pensamento articulado entre as dimensões do eu do outro e do nós preparam os alunos para enfrentar situações marcadas pelo conflito ou pela conciliação estimulando também o respeito à pluralidade cultural social e política UM EXEMPLO No ano de 1500 a cidade de Tenochitlán no México tinha entre 500 mil e 1 milhão de habitantes e ostentava uma estrutura urbana complexa com aquedutos e diques Na mesma época Paris tinha cerca de 200 mil habitantes e Veneza 105 mil Apenas cinco cidades da Europa tinham mais de 100 mil habitantes naquela época A comparação aliada à identificação quantitativa permite ao aluno ver o mundo a partir de outra proporção explica Janice Theodoro da Silva professora aposentada da da FFLCHUSP Departamento de História 3 O QUE É Localizar momentos e lugares específicos em que determinados fatos históricos ocorreram no momento de atribuir sentidos e significados COMO CONDUZIR O ALUNO NESSE PROCESSO O aluno deve identificar o momento em que uma circunstância histórica é analisada e as condições específicas daquela realidade Um evento não deve ser estudado de forma isolada mas inserido em um quadro amplo de referências sociais culturais e econômicas UM EXEMPLO O aluno pode ser estimulado a pensar sobre questões secundárias que ajudarão a construir o contexto Perguntas a serem feitas O que é preciso saber para administrar uma cidade com 1 milhão de habitantes Como aconteceram os processos civilizatórios CONTEXTUALIZAÇÃO 7 BNCC NA PRÁTICA História A Base sugere em meio aos debates propostos em sala de aula que sejam destacadas as dicotomias entre Ocidente e Oriente e os modelos baseados na sequência temporal de surgimento auge e declínio Ambos dão conta de explicar questões históricas complexas 4 5 O QUE É Posicionarse criticamente sobre o conteúdo estudado em sala de aula Segundo o texto da Base interpretações variadas sobre um mesmo objeto tornam mais clara e explícita a relação sujeitoobjeto e ao mesmo tempo estimulam a identificação das hipóteses levantadas COMO CONDUZIR O ALUNO NESSE PROCESSO Diante de um mesmo fato os alunos devem ser capazes de levantar diversas hipóteses e desenvolver argumentos acerca delas O estudante pode por exemplo ser chamado a questionar O que torna determinado evento um marco histórico UM EXEMPLO No momento de interpretar o aluno pode construir argumentos sobre o conteúdo estudado discutir com os pares e selecionar diferentes proposições Pode perguntar e responder a questões como por que o incêndio nas Torres Gêmeas é um marco histórico e um incêndio de uma casa em São Paulo não é sugere Janice O QUE É Problematizar a própria escrita da História considerando as pressões e restrições de que ela também é fruto da mesma forma como as INTERPRETAÇÃO ANÁLISE 8 BNCC NA PRÁTICA História outras produções da sociedade em que vivemos COMO CONDUZIR O ALUNO NESSE PROCESSO É possível propor atividades para que os alunos construam hipóteses sobre as questões ideológicas abordadas em sala de aula Algumas questões norteadoras Como foi produzido aquele saber Para que serve Quem o consome Seu significado se alterou no tempo e no espaço UM EXEMPLO Ao se deparar com um fato histórico além de conhecê lo o aluno deve ser capaz de compreender que é o produto de um embate de forças que resulta na elaboração de significados que podem ser reinterpretados É interessante que o estudante reconheça as tensões sociais culturais religiosas políticas e econômicas intrínsecas ao processo de formação das sociedades que se sucederam ao longo do tempo Ao analisar o desenvolvimento de diversos povos no século 14 por exemplo é importante que o aluno compreenda que toda a História é contada a partir de determinada perspectiva que pode ser desconstruída 9 BNCC NA PRÁTICA História Como preparar uma aula alinhada à Base Didática adotada não deve apenas focar nos fatos históricos mas estabelecer relações entre eles e discutilos sob uma perspectiva própria do aluno CAPÍTULO 2 O QUE E COMO ENSINAR TEXTO RITA TREVISAN 10 BNCC NA PRÁTICA História Na prática educativa há uma relação direta entre os conteúdos a serem ensinados e aprendidos os métodos de ensino os usos de materiais didáticos as formas de organização da sala de aula e as dinâmicas de interação entre aluno e professor Por isso diante das habilidades e objetos de conhecimento apresentados na Base é preciso repensar cada uma dessas dimensões Veja abaixo o caminho para fazer isso COMO SELECIONAR OS CONTEÚDOS Todo currículo representa uma seleção de conteúdos Em História a tradição desde o século 19 é de narrar a formação e a evolução da civilização ocidental em direção ao domínio do mundo Essa narrativa baseada na ideia de progresso foi dividida em dois grandes blocos PRÉHISTÓRIA HISTÓRIA QUE PASSA A SER DIVIDIDA EM ANTIGUIDADE MEDIEVAL TEMPOS MODERNOS E CONTEMPORÂNEOS A afirmação das nações criou a necessidade de situar e inserir a história nacional nessa trajetória Mas esse modelo ao longo do tempo recebeu diversas críticas como a de que organiza o passado valorizando os elementos da sociedade e da cultura europeias em detrimento de outras culturas e a de que separa de forma estanque os fatos políticos sociais econômicos e culturais NO QUE O PROFESSOR DEVE PENSAR ANOTE um exercício interessante para o professor é pensar em como fazer essa exposição e não apenas no que ensinar ou nos conteúdos em si É preciso quebrar o paradigma de que a História apresentada é definitiva verdade acabada e fixa A História é um campo de conhecimento em permanente construção ressalta o Doutor em Educação Paulo Eduardo Dias de Mello professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa 11 BNCC NA PRÁTICA História Ele indica que o aluno seja estimulado com perguntas do tipo Como pudemos saber isso sobre o passado Ou como sabemos o que sabemos Os currículos de História são extensos como um lago gigantesco mas possuem apenas um dedo de profundidade O peso dos conteúdos está na abordagem e nos procedimentos metodológicos que utilizo em sala de aula Se posso optar por uma visão panorâmica e extensa isso não significa que não posso realizar mergulhos e aprofundamentos em determinados temas explica QUAIS FONTES DE INFORMAÇÃO USAR Além de apresentar o passado em uma única e certa narrativa que pode ser ilustrada por meio de documentos é possível conduzir o aluno além Tratase de fazer as crianças e os jovens refletirem sobre as explicações apresentadas em sala de aula como elas foram elaboradas se entram em divergência e de que forma essas contradições são superadas É preciso selecionar e usar fontes históricas na sala de aula evitando que elas sejam meras evidências ou provas do passado diz Mello Hoje a produção didática incorpora ao livro escolar um conjunto valioso de documentos escritos e não escritos inclusive com conteúdos digitais além de textos de historiadores Existem alguns livros que trabalham com propostas de projetos de investigação e trazem conjuntos de documentos diversos organizados em dossiês temáticos afirma Mello Um exemplo é a coleção História em Documento Editora FTD Assim professor e aluno não possuem apenas o texto didático definido pela narrativa do autores Isso possibilita maior flexibilidade para buscar e utilizar diferentes fontes documentais disponíveis FONTES DIGITAIS Novas tecnologias trouxeram mais acesso aos acervos documentais Houve um dilúvio de informações e uma explosão do número de sites Obviamente isso obriga o professor a adotar cuidados na filtragem e seleção dos sites que apresenta aos alunos Os mais recomendados são os ligados a instituições públicas como universidades grupos de pesquisa 12 BNCC NA PRÁTICA História museus arquivos históricos bibliotecas e instituições privadas sérias de interesse público Ao utilizar essas fontes digitais o professor pode ainda discutir os mecanismos de busca Eles precisam ser usados com cuidado para que possam revelar a diversidade de objetos e não apenas aqueles definidos por determinados algoritmos PESQUISE ESSES SITES PARA BOAS REFERÊNCIAS The Internet Archive httpsarchiveorg Instituto Moreira Salles httpsimscombr Biblioteca Digital da Fundação Biblioteca Nacional httpbndigital bngovbr Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da Universidade de São Paulo httpswwwbbmuspbr LEMAD Laboratório de Ensino e Material Didático da USP httplemadfflchuspbr Arquivo Público do Estado de São Paulo httpwwwarquivoestadospgovbrsite Portal da Legislação Brasileira httpwww4planaltogovbrlegislacao ANPHAC Associação Nacional de Pesquisadores e Professores de História das Américas httpanphlacfflchuspbr Na sala de aula Recomendase que o professor problematize o passado humano em sua diversidade formulando perguntas sobre o presente Para fazer a turma pensar é preciso criar situações de questionamento mobilizar comparações sobre mudanças e permanências nas situações diferenças e semelhanças na maneira como as sociedades se organizam indicando a complexidade e as conexões entre os acontecimentos 13 BNCC NA PRÁTICA História UM EXEMPLO DE COMO FAZER Uma aula pode começar a partir de algo que tenha impacto direto na vida dos alunos hoje como por exemplo a coleta de esgoto e sua relação com fatos históricos O desenvolvimento de redes de abastecimento de água e de coleta de esgoto e a proibição da escravidão no Brasil aconteceram no mesmo período Em meio a um estudo sobre a escravidão moderna que acabou na Lei Áurea os alunos podem ser levados a entender que tipo de trabalhos eram realizados pelos escravos a partir da compreensão de que eles é que recolhiam o esgoto das casas de seus senhores para despejar nos rios Para trabalhar também o tema da escravidão no Brasil é interessante apresentar aos alunos alguns dados sobre desigualdade racial na atualidade e começar a colher respostas sobre por que isso acontece e quando teria começado Em uma sequência de atividades o objetivo é levar os alunos a entenderem que o racismo é fruto da escravidão e não sua causa A partir de temáticas como essas professor e aluno podem estabelecer múltiplas relações entre o problema atual e a sociedade Tratase de entender que somos e estamos mergulhados nos fluxos do tempo e não num presente contínuo e estático Pensar historicamente contribui para buscar sentido sobre nossas vidas injeta reflexão sobre nossa própria experiência individual e impele a buscar significados para nossas atuações no mundo afirma Mello Uma aula como a citada por exemplo dá ensejo a um posicionamento crítico sobre como equacionamos os problemas ambientais e sociais de nossa época Nesse caso o pensar historicamente contribuirá para entender as soluções possíveis ENGAJANDO OS ALUNOS Para incentivar o pensar historicamente ou seja problematizar o presente o passado com o conhecimento acumulado em sala é preciso romper com 14 BNCC NA PRÁTICA História formas estáticas e rígidas de organizações didáticas ANOTE é necessário superar as aulas centradas apenas na transmissão oral e desenvolver atividades de aprendizagem que não se tratam apenas de memorização e de mera devolução de respostas padronizadas Isso não significa que as aulas não devam ser planejadas e estruturadas ao contrário o desafio é planejar atividades que permitam que os alunos percebam os sentidos atribuídos ao passado de forma que eles possam construir novos sentidos por meio da leitura da pesquisa e da interpretação Sempre que possível os alunos devem ser estimulados a dizer o que sabem sobre o assunto externando seus saberes prévios expressando representações sociais sobre grupos pessoas acontecimentos e práticas E isso não deve acontecer apenas no início de determinado estudo mas durante todo o processo Ao questionar o aluno o professor tem conhecimento sobre o que o aluno sabe e o que pensa sobre o que sabe explica Mello Cabe ao professor identificar que perguntas são relevantes não apenas em relação ao conteúdo mas para criar um espaço organizado de debate e reflexão É preciso ensinar o aluno a ouvir a esperar para poder falar a pensar sobre o que será dito a se comunicar de uma forma colaborativa e não violenta AVALIAÇÕES Para saber se um aluno está aprendendo a pensar historicamente é preciso mobilizar essa capacidade por meio de atividades que expressem apropriações dos conceitos e dos procedimentos históricos discutidos em sala de aula Não basta responder a testes preencher cruzadinhas diferenciar falso ou verdadeiro É fundamental que o aluno se posicione criticamente sobre o que aprendeu inclusive por escrito O ideal é que o processo de avaliação do aluno seja contínuo que sejam considerados os saberes que ele já possui e traz para a escola as hipóteses e os domínios que revela sobre os conteúdos históricos Bons 15 BNCC NA PRÁTICA História processos avaliativos costumam resultar de atividades de explicação que são propostas aos alunos no início da sequência didática e retomadas e revisadas por eles ao final Nessa perspectiva a avaliação não é usada como forma de classificação e exclusão dos estudantes que não atingiram determinados padrões de desempenho mas como instrumento para o professor planejar as intervenções que precisam ser feitas a cada etapa considerando a realidade de seus alunos O exame também serve para que os estudantes tenham condições de avaliar seus próprios progressos O professor deve observar as conquistas e obstáculos que ocorrem no processo de ensino e aprendizagem verificando e avaliando a apreensão de conteúdos noções conceitos procedimentos e atitudes estabelecendo comparações com o que demonstravam ou não saber antes durante e após o final do processo diz Mello 16 BNCC NA PRÁTICA História BNCC para História entenda os objetivos de aprendizagem Saiba quais são os principais objetivos de aprendizagem em História no Fundamental 1 e 2 CAPÍTULO 3 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM TEXTO RITA TREVISAN 17 BNCC NA PRÁTICA História PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL PRINCIPAIS OBJETIVOS Apoiar a construção do sujeito a partir do reconhecimento do eu do outro e do nós Facilitar a compreensão de tempo e espaço a partir do referencial da comunidade de pertencimento NA PRÁTICA O aluno deve ser capaz de Reconhecer o eu e o outro a partir da própria realidade e das referências de seu círculo pessoal e da sua comunidade Entender e diferenciar o público do privado e o urbano do rural Conhecer como foi a circulação dos primeiros grupos humanos Pensar sobre a diversidade de povos e culturas diferentes e suas formas de organização Desenvolver a noção de cidadania com direitos e deveres Reconhecer a diversidade conviver com ela e respeitála Analisar as formas de registros que cada grupo social produz A Base estabelece objetivos de aprendizagem assim como habilidade e capacidades que o aluno deve desenvolver em História Veja o que são 18 BNCC NA PRÁTICA História PARA OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL PRINCIPAIS OBJETIVOS Apresentar a dimensão de espaço e de tempo sob a perspectiva da mobilidade das populações e as formas de inserção ou marginalização delas em culturas diferentes Desenvolver habilidades com foco em processos como contextualização comparação interpretação e proposição de soluções NA PRÁTICA O aluno deve ser capaz de Refletir sobre as formas de registro histórico e a construção da Antiguidade Clássica em contraste com outras sociedades e outras concepções de mundo Compreender o período medieval na Europa e as formas de organização social e cultural em algumas regiões africanas Conectar aspectos políticos sociais econômicos e culturais ocorridos a partir do fim do século 15 até o final do século 18 Compreender os processos de independência das Américas e especialmente do Brasil Conhecer a história republicana do Brasil e posicionarse criticamente em relação ao protagonismo de diferentes grupos e sujeitos históricos Problematizar conflitos mundiais e nacionais como as Grandes Guerras e a Revolução Russa Relacionar os diversos eventos envolvendo os povos europeus africanos asiáticos e latinoamericanos nos séculos 20 e 21 incluindo a história recente 19 BNCC NA PRÁTICA História Ensinando História uma atividade sobre a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto Professora do 9º ano desenvolveu uma sequência didática partindo do Holocausto até os dias atuais conduzindo os alunos a uma discussão sobre xenofobia e outros temas atuais CAPÍTULO 4 BNCC NA PRÁTICA TEXTO RITA TREVISAN 20 BNCC NA PRÁTICA História A professora Ariana Peixoto da EE Carlos Maximiliano Pereira dos Santos da cidade de São Paulo construiu uma atividade para trabalhar a história da Segunda Guerra Mundial do Holocausto e do antissemitismo Na sequência didática elaborada os alunos puderam relacionar esses acontecimentos e a discriminação contra o povo judeu com assuntos de hoje Incentivando a pesquisa o debate em aula o posicionamento dos alunos e a produção de textos argumentativos a atividade de cinco aulas atende às habilidades que a BNCC propõe para os alunos do 9 ano do Ensino Fundamental PLANO DE AULA 1ª E 2ª AULAS OBJETIVO Identificar em documentos e iconografias os métodos de extermínio dos judeus promovidos pelo nazismo e seus apoiadores CONTEÚDO A SER TRABALHADO Segunda Guerra Mundial Antissemitismo Holocausto COMO FAZER Exibição de trecho do vídeo da Segunda Guerra Mundial do Canal Nostalgia entre os minutos 39 e 45 httpbitlyv2gmyoutube Discussão coletiva Leitura e análise do livro didático 3ª AULA OBJETIVO Estabelecer relações entre os fatos históricos estudados e as 21 BNCC NA PRÁTICA História intolerâncias presentes na sociedade atual CONTEÚDO A SER TRABALHADO Intolerâncias sociais sexuais religiosas e raciais COMO FAZER Leitura de textos sobre homofobia xenofobia intolerâncias religiosas e raciais previamente selecionados pela professora 4ª E 5ª AULAS OBJETIVO Posicionarse criticamente a respeito do tema CONTEÚDO A SER TRABALHADO Antissemitismo intolerâncias em geral e bullying COMO FAZER Produção de texto opinativo acerca do conteúdo estudado SOBRE A ATIVIDADE Além do livro didático a professora usou trechos de vídeos e artigos selecionados da Internet Não conseguiria passar o vídeo todo em sala então fiz alguns recortes Achei importante apresentar os países participantes do conflito e das causas até chegar à ascensão do nazismo na Europa Os alunos também viram um trecho que fala sobre o Holocausto Depois leram um texto sobre os judeus que ficaram resistentes nesse período um panfleto onde pediam ajuda além de outros artigos selecionados explica Foi trabalhada a interpretação desses textos e por fim eles produziram um texto opinativo juntamente com a professora de Língua Portuguesa da escola 22 BNCC NA PRÁTICA História A participação dos alunos superou as expectativas comemora a professora O envolvimento foi grande porque fizemos a relação com temas do cotidiano Outro dia uma professora comentou que os alunos estavam falando sobre xenofobia e perguntou se eu tinha abordado o tema Fiquei contente por saber que eles estavam conversando sobre isso fora da sala de aula diz HABILIDADES DA BNCC RELACIONADAS AO 9º ANO A sequência permitiu desenvolver nos alunos as seguintes habilidades descritas na Base EF09HI10 Identificar e relacionar as dinâmicas do capitalismo e suas crises os grandes conflitos mundiais e os conflitos vivenciados na Europa EF09HI26 Discutir e analisar as causas da violência contra populações marginalizadas negros indígenas mulheres homossexuais camponeses pobres etc com vistas à tomada de consciência e à construção de uma cultura de paz empatia e respeito às pessoas EF09HI36 Identificar e discutir as diversidades identitárias e seus significados históricos no início do século 21 combatendo qualquer forma de preconceito e violência 23 BNCC NA PRÁTICA História O professor mais ideológico é aquele que não tem ideologia avalia especialista Oldimar Cardoso autor de livros didáticos e formador de professores explica por que considera importante o contato com diferentes visões de mundo em sala de aula TEXTO RITA TREVISAN CAPÍTULO 5 PARA SE APROFUNDAR 24 BNCC NA PRÁTICA História Para o professor formador Oldimar Cardoso a última versão da BNCC representa um avanço significativo em relação aos PCNs Ele defende que houve um retrocesso entre a primeira versão e a final mas faz um balanço positivo sobre o documento De qualquer forma a Base consagra um modelo de ensino mais próximo do que é realizado de fato pela maioria dos professores de História sendo portanto muito mais realista e coerente afirma Segundo o especialista a grande ruptura é a ênfase na atitude historiadora do aluno Veja a entrevista a seguir A questão da ideologia nas aulas de História não aparece de forma clara na BNCC e não estava presente nos documentos anteriores Porém essa discussão está sendo trazida à tona principalmente a partir do surgimento do Movimento Escola sem Partido É importante que o professor conheça esse debate e que se posicione O professor precisa saber que o Escola Sem Partido existe mas na minha opinião não há um debate sobre isso A proposta do movimento que pretende estabelecer deveres e punições aos educadores é inconstitucional e ponto final Dizer que há um debate é dar uma legitimidade jurídica que ele não tem É possível tratar aspectos ideológicos em sala sem entrar em questões políticas e partidárias Adotar a idade dos alunos como critério para formar classes é ideologia organizálos em fileiras é ideologia aula de 50 minutos é ideologia Não existe escola sem ideologia e é impossível que qualquer ser humano se separe de sua ideologia para fazer qualquer coisa inclusive para dar aula Então como deve ser colocada a questão da ideologia de modo livre Posicionarse ideologicamente é a única atitude profissionalmente honesta que um professor pode ter Dizerse apartado de uma ideologia é ser intelectualmente desonesto Ao meu ver não há nenhum problema em um professor defender determinada ideologia perante os alunos aliás é impossível que um professor não faça isso O professor mais ideológico é aquele que diz que não tem ideologia O único caminho que resolve é ter uma escola pública plural com professores contratados por concurso público e tratados com respeito pela sociedade Uma opção possível é garantir que os alunos tenham contato com professores de múltiplas ideologias ao longo da escolaridade Para que o aluno seja estimulado a analisar as diferentes visões de 25 BNCC NA PRÁTICA História mundo antes de expressar sua opinião respeitando a diversidade como o professor pode se posicionar Posicionarse ideologicamente não significa deixar de apresentar múltiplas interpretações das fontes e análises dos historiadores aos alunos O professor não pode ser proibido de expor sua ideologia essa proibição inclusive seria inconstitucional Mas ao mesmo tempo ele tem a obrigação profissional de apresentar múltiplas perspectivas Não é uma questão de posicionarse mas de fornecer aos alunos múltiplas fontes e permitir que eles tomem contato com elas e possam interpretálas sem depender demais da opinião do professor Como as atividades em classe precisam ser pensadas para estimular esse debate e para que ele permita que os alunos avancem em seus conhecimentos NÃO É UMA QUESTÃO DE POSICIONARSE MAS DE FORNECER AO ALUNO MÚLTIPLAS FONTES Oldimar Cardoso As atividades em classe precisam conter sempre múltiplas fontes O ideal mas nem sempre possível é apresentar quatro fontes diferentes porque uma fonte só é vista pelos alunos normalmente como a detentora da verdade Duas fontes são vistas como a certa e a errada três são vistas como a certa a errada e o meiotermo A partir de quatro fontes a lógica da multiperspectividade se descortina para os alunos automaticamente sem que o professor precise ficar fazendo discurso E claro as aulas expositivas em que o professor narra a história aos alunos deixam de ser importantes e passam a ser substituídas por outras em que os alunos sejam protagonistas Na sua opinião o que precisará ser trabalhado com mais ênfase nos documentos que virão em relação ao componente de História O próximo passo é aprofundar a ideia de que os fatos e os conceitos não são o fim são apenas o meio para ensinar a pensar historicamente 26 BNCC NA PRÁTICA História Supere a ideia do tem que estudar porque está no livro O conhecimento histórico escolar não é algo parado no tempo A BNCC ajuda a pensálo a partir de questões que são colocadas no presente dos alunos e alunas CAPÍTULO 6 ANÁLISE DO ESPECIALISTA 27 BNCC NA PRÁTICA História nde o passado termina e o futuro começa talvez seja a definição de tempo presente mais objetiva a que poderemos chegar e evidentemente ela é muito pouco objetiva pois esse momento é quase intangível no instante em que tomamos consciência de algo que acabou de nos acontecer esse algo já não é mais presente tornase passado Porém como o Padre Antônio Vieira já pensava o presente pode ser traduzido como os instantes em que vamos vivendo E se é os instantes em que vamos vivendo é também os instantes em que vamos pensando planejando entendendo avaliando Talvez portanto o presente seja definível em poucas palavras como o tempo no qual a vida se dá no qual a vida acontece Ora mas por que estamos divagando sobre o presente se este texto se propõe a tratar da História No documento da Base Nacional Comum Curricular traz o seguinte texto pág 395 Todo conhecimento sobre o passado é também um conhecimento do presente elaborado por distintos sujeitos E um pouco mais abaixo As questões que nos levam a pensar a História como um saber necessário para Daniel Vieira Helene Doutor em História pela Universidade de São Paulo com a tese A História seu ensino e sua aprendizagem conhecimentos prévios e o pensar historicamente coordenador pedagógico professor de História na Educação Básica e formador de professores O 28 BNCC NA PRÁTICA História a formação das crianças e jovens na escola são as questões originárias do tempo presente O passado que deve impulsionar a dinâmica do ensino aprendizagem no Ensino Fundamental é aquele que dialoga com o tempo atual O tempo presente aparece de maneira contundente para justificar o estudo da História na escola os objetos de conhecimento ou conteúdos do passado que faz sentido estudar são aqueles aos quais o presente dá sentido É assim para tratarmos antes do conhecimento histórico acadêmico que o historiador procede como pesquisador inicialmente há algo no presente que o inquieta e o mobiliza em direção ao passado é do presente que surgem suas questões de pesquisa sua vontade de saber Isso é possível mesmo sabendo que os estudantes da Educação Básica não são historiadores nem devem ser tomados como tais Se assim se produz o conhecimento histórico acadêmico por que em geral pensamos no conhecimento HISTÓRIA É ALGO PARA PENSAR E NÃO PARA MEMORIZAR 29 BNCC NA PRÁTICA História histórico escolar como algo parado no tempo cujo interesse está em si mesmo O que o texto da Base pode nos ajudar a pensar é que também a História que os alunos e alunas estudam na escola deve fazer sentido a partir de questões que são colocadas no presente Isso deve nos auxiliar na superação da ideia de que é preciso estudar por exemplo a colonização porque sim porque está lá no livro porque é importante É importante por quê Temos de nos fazer sempre essa pergunta Nesse exemplo poderíamos responder que é importante porque na colonização forjouse muito daquilo que determina a nossa sociedade brasileira até os dias atuais Por exemplo a exploração de pessoas escravizadas que eram trazidas para as Américas desde a África Subsaariana produziu uma sociedade que é até os dias atuais racista e bastante violenta Se essa é uma questão decisiva para se compreender a nossa sociedade então importa que a estudemos na escola Mas é ainda mais a História que os alunos e alunas estudam na escola deve fazer sentido para eles e para elas É preciso que nos empenhemos por um lado em descobrir os caminhos que possam levar os estudantes a tornarem deles e delas algumas das questões que nós professores já conhecemos Por outro lado temos de descobrir quais são as questões que eles trazem É dessa confluência que nascerá a vontade de saber que poderá mobilizá los para a aventura do conhecimento Isso só parece possível se enquanto professores e professoras pudermos ler o que estará 30 BNCC NA PRÁTICA História previsto nos currículos que serão elaborados a partir da Base tendo em conta duas premissas fundamentais A primeira é que a História é algo para pensar sobre e não para memorizar É nesse sentido que aprender História é aprender a pensar historicamente ou seja incorporar à sua maneira de pensar sobre o mundo sobre a sociedade sobre a vida habilidades do pensar que são características da História A segunda premissa é que os estudantes são seres pensantes que têm questões sobre o mundo em que vivem Isso é decisivo porque só há aprendizagem por parte dos alunos e alunas quando há atividade intelectual por parte deles e delas para além da memorização A História na escola portanto precisa lidar com esse presente intangível com esse contexto que ninguém conhecerá melhor do que o professor ou a professora de História de cada turma desse país Aí surgirão as questões que permitirão aos estudantes se relacionarem com a História de maneira a desenvolver habilidades do pensar e portanto a se mobilizarem para estudar e aprender Desde que na escola a gente estude a vida O TEMPO PRESENTE APARECE DE MANEIRA CONTUNDENTE PARA JUSTIFICAR O ESTUDO DA HISTÓRIA NA ESCOLA 31 BNCC NA PRÁTICA História LIVROS O que ler para se preparar para a BNCC de História Livros e artigos que trazem novas propostas para o estudo de História baseados em linhas de pesquisa consolidadas internacionalmente São referências que ajudam o professor a levar para a sala de aula a perspectiva do pensar historicamente CAPÍTULO 7 DICAS PARA SUA FORMAÇÃO Ensino de História fundamentos e métodos de Circe Maria Fernandes Bittencourt Editora Cortez 328 págs R 7400 Circe é uma das principais pesquisadoras brasileiras do ensino de História e aborda a trajetória do ensino e da História como disciplina escolar além de apresentar os fundamentos que norteiam ou devem nortear boas práticas em sala de aula Ensino da História e Memória Coletiva de Mario Carretero María Fernanda González e Alberto Rosa org Editora Artmed 294 págs R 7110 Reúne textos que tratam da relação entre memória coletiva e o ensino de História indicando o quanto essa memória é importante na composição dos conhecimentos prévios dos alunos sobre muitos dos temas que se estuda na escola 32 BNCC NA PRÁTICA História A Expressão Linguística dos Saberes Aspectos da Relação Entre a Aprendizagem da Língua Escrita e o Desenvolvimento da Consciência Histórica de Maria Lima Em A Escrita da História Escolar Memória e Historiografia de Rebeca Gontijo Marcelo Magalhães e Helenice Rocha org Editora FGV 472 págs Preço sob consulta A autora olha para as formas como os alunos aprendem e se relacionam com a História O texto acompanha uma atividade para que os estudantes se dediquem a questões relacionadas ao racismo e desenvolvam a consciência histórica um dos pilares do pensar historicamente Concepções de adolescentes sobre múltiplas explicações em história A autora Isabel Barca é uma pesquisadora portuguesa do ensino da linha que no Brasil vem sendo conhecida como Educação Histórica Nesse texto ela aproxima o leitor dessa perspectiva investigando como os alunos se relacionam com o conhecimento histórico e especificamente com a ideia de que em História pode haver múltiplas explicações para um mesmo acontecimento ou processo Pesquisa em ensino de História entre desafios epistemológicos e apostas políticas Reúne textos que mapeiam e analisam as pesquisas em ensino de História especialmente no Brasil Ana Maria The Big Six Historical Thinking Concepts de Peter Seixas e Tom Morton Editora Nelson acompanha DVD Preço sob consulta Para formação continuada de professores tem uma linguagem bastante acessível e didática em inglês aproximando o leitor daquilo que seriam na perspectiva dos autores os seis principais conceitos ou habilidades do pensar historicamente ARTIGOS 33 BNCC NA PRÁTICA História Monteiro assim como as outras três organizadoras deste livro é uma das principais pesquisadoras da área no país Los conocimientos previos en situaciones de enseñanza de las Ciencias Sociales A autora a argentina Beatriz Aisenberg é uma das principais referências nas pesquisas sobre ensino e aprendizagem de Ciências Sociais em particular em sua interface com a leitura Neste texto aborda a importância de os professores levarem em conta o que seus alunos pensam em termos de concepções prévias para além das mais usuais informações prévias A scaffold not a cage progression and progression models in history Propõe um modelo de progressão da aprendizagem em História para levar os alunos a se aproximarem do pensar historicamente Os autores Peter Lee e Denis Shemilt são grandes referências britânicas nas pesquisas sobre ensino e aprendizagem da História Dilemmas and delights of learning history O texto que é parte da obra Knowing Teaching Learning History analisa a aprendizagem do componente da perspectiva da Teoria da História em uma linguagem acessível ainda que em língua inglesa Tratase de uma importante referência norteamericana para o ensino de história 34 BNCC NA PRÁTICA História Teste seus conhecimentos sobre a BNCC de História Sete questões para você afinar o seu conhecimento sobre a Base CAPÍTULO 8 TESTE SEUS CONHECIMENTOS 35 BNCC NA PRÁTICA História 1 Tempo e espaço continuam sendo categorias centrais eixos estruturantes da Base VERDADEIRO FALSO 2 Os processos de identificação comparação contextualização interpretação e análise de um objeto estimulam o pensamento e devem ser desenvolvidos VERDADEIRO FALSO 3 O passado deve ser apresentado ao aluno a partir de uma narrativa que contemple a versão oficial dos fatos VERDADEIRO FALSO 36 BNCC NA PRÁTICA História 4 Pensar a diversidade dos povos e culturas e suas formas de organização é um dos principais objetivos de História para os anos iniciais do Ensino Fundamental VERDADEIRO FALSO 5 É no início de cada atividade que os estudantes devem ser ouvidos pelo professor para que possam expressar o que já sabem VERDADEIRO FALSO 6 Problematizar conflitos mundiais e nacionais é um dos objetivos centrais para os anos finais do Fundamental 37 BNCC NA PRÁTICA História VERDADEIRO FALSO 7 A avaliação tem como principal função determinar quais alunos chegaram aos padrões de desempenho propostos pelo professor VERDADEIRO FALSO RESPOSTAS 1 V 2 V 3 F 4 V 5 F 6 V 7 F QUER APRENDER MAIS SOBRE A BNCC BNCCNOVAESCOLAORGBR COREALIZAÇÃO REALIZAÇÃO
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1 ILUSTRAÇÕES RITA MAYUMI BNCC NA PRÁTICA Tudo que você precisa saber sobre História BNCCNOVAESCOLAORGBR COREALIZAÇÃO REALIZAÇÃO BNCC NA PRÁTICA História INTRODUÇÃO Índice 4 16 26 34 9 23 19 31 3 CAPÍTULO 1 O QUE MUDOU O que muda em História para o Ensino Fundamental CAPÍTULO 3 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM BNCC para História entenda os objetivos de aprendizagem CAPÍTULO 6 ANÁLISE DA ESPECIALISTA Supere a ideia do tem que estudar porque está no livro CAPÍTULO 8 TESTE SEUS CONHECIMENTOS Teste seus conhecimentos sobre a BNCC de História CAPÍTULO 2 O QUE E COMO ENSINAR Como preparar uma aula de História alinhada à Base CAPÍTULO 5 PARA SE APROFUNDAR O professor mais ideológico é aquele que não tem ideologia avalia especialista CAPÍTULO 4 BNCC NA PRÁTICA Como fazer uma atividade sobre a Segunda Guerra e o Holocausto CAPÍTULO 7 DICAS PARA SUA FORMAÇÃO O que ler para se preparar para a BNCC de História 3 BNCC NA PRÁTICA História Base Nacional Comum Curricular BNCC define os direitos de aprendizagens de todo aluno e aluna do Brasil É uma mudança relevante em nosso processo de ensino e aprendizagem porque pela primeira vez um documento orienta os conhecimentos e as habilidades essenciais que bebês crianças e jovens de todo o país têm o direito de aprender ano a ano durante toda a vida escolar Mas ainda há dúvidas sobre esta política pública e as mudanças que ela traz As primeiras delas o que é a BNCC Como ela impacta as minhas aulas Como me preparar para colocála em prática Para ajudálo nestas e em outras questões a NOVA ESCOLA em parceria com a Fundação Lemann preparou uma série de ebooks sobre as mudanças em cada disciplina do Ensino Fundamental e na etapa da Educação Infantil Nosso objetivo é destrinchar as principais mudanças e concretizar a implementação da BNCC Esse guia é o primeiro passo Leia e converse com o coordenador pedagógico ou o diretor da sua escola É importante que todos os professores também façam a leitura Depois acesse nossos cursos de formação online e planos de aula já alinhados à BNCC Todo o material é gratuito A Introdução 4 BNCC NA PRÁTICA História O que muda em História para o Ensino Fundamental Base propõe que alunos possam relacionar o passado com o presente e tenham uma visão crítica dos fatos históricos CAPÍTULO 1 O QUE MUDOU O passado deve dialogar com o presente Esse é um dos pontos principais que a BNCC traz para o ensino de História De acordo com a Base é preciso transformar a história em ferramenta a serviço de um discernimento maior sobre as experiências humanas e das sociedades em que se vive Sendo assim os alunos não devem apenas aprender sobre os fatos de maneira distante ou fora de contexto a outros fenômenos e principalmente do próprio presente O QUE ISSO SIGNIFICA Que através de processos como os cinco propostos pela Base identificação comparação contextualização interpretação e análise os alunos devem ser estimulados a fazer uma leitura crítica dos fatos históricos Para que isso aconteça é essencial que todos se sintam motivados a partir dos conhecimentos que adquirem nas aulas a formularem perguntas sobre o passado e sobre o presente Os alunos devem ser incentivados a apresentar suas hipóteses e interpretações acerca dos fatos para questionarem e confrontarem o conhecimento préestabelecido Por isso é preciso planejar aulas que permitam que os conhecimentos do professor se transformem em instrumentos de construção do saber com espaço para uma postura ativa dos estudantes diante de suas aprendizagens Veja a seguir quais são TEXTO RITA TREVISAN 5 BNCC NA PRÁTICA História 1 2 O QUE É O processo de reconhecimento de uma questão ou objeto a ser estudado COMO CONDUZIR O ALUNO NESSE PROCESSO A partir da formulação de perguntas como O que é Como é possível descrevêlo Como pode ser lido Que conhecimentos precisam ser mobilizados para reconhecer o objeto A quais componentes culturais ele está intrinsecamente ligado Qual é o sentido que nossa cultura atribui a ele UM EXEMPLO No início do processo de pesquisa sobre uma questão histórica ao tomar contato com um objeto é possível reconhecer em detalhe a sua linguagem Identificar um mapa ou uma planta ou até mesmo ler uma escala são atividades recomendadas nessa etapa Identificar é também desnaturalizar a visão que se tem de determinado objeto de estudo tentando apenas vêlo como é sem a interferência dos componentes culturais O QUE É Conhecer o outro percebendo suas semelhanças e diferenças Ao comparar crianças e jovens podem ter uma melhor compreensão dos fenômenos dos processos históricos e das fontes documentais COMO CONDUZIR O ALUNO NESSE PROCESSO Apresentando fatos históricos correlacionados de modo que o aluno possa ampliar seus IDENTIFICAÇÃO COMPARAÇÃO 6 BNCC NA PRÁTICA História conhecimentos em relação a outros povos e de seus costumes específicos O pensamento articulado entre as dimensões do eu do outro e do nós preparam os alunos para enfrentar situações marcadas pelo conflito ou pela conciliação estimulando também o respeito à pluralidade cultural social e política UM EXEMPLO No ano de 1500 a cidade de Tenochitlán no México tinha entre 500 mil e 1 milhão de habitantes e ostentava uma estrutura urbana complexa com aquedutos e diques Na mesma época Paris tinha cerca de 200 mil habitantes e Veneza 105 mil Apenas cinco cidades da Europa tinham mais de 100 mil habitantes naquela época A comparação aliada à identificação quantitativa permite ao aluno ver o mundo a partir de outra proporção explica Janice Theodoro da Silva professora aposentada da da FFLCHUSP Departamento de História 3 O QUE É Localizar momentos e lugares específicos em que determinados fatos históricos ocorreram no momento de atribuir sentidos e significados COMO CONDUZIR O ALUNO NESSE PROCESSO O aluno deve identificar o momento em que uma circunstância histórica é analisada e as condições específicas daquela realidade Um evento não deve ser estudado de forma isolada mas inserido em um quadro amplo de referências sociais culturais e econômicas UM EXEMPLO O aluno pode ser estimulado a pensar sobre questões secundárias que ajudarão a construir o contexto Perguntas a serem feitas O que é preciso saber para administrar uma cidade com 1 milhão de habitantes Como aconteceram os processos civilizatórios CONTEXTUALIZAÇÃO 7 BNCC NA PRÁTICA História A Base sugere em meio aos debates propostos em sala de aula que sejam destacadas as dicotomias entre Ocidente e Oriente e os modelos baseados na sequência temporal de surgimento auge e declínio Ambos dão conta de explicar questões históricas complexas 4 5 O QUE É Posicionarse criticamente sobre o conteúdo estudado em sala de aula Segundo o texto da Base interpretações variadas sobre um mesmo objeto tornam mais clara e explícita a relação sujeitoobjeto e ao mesmo tempo estimulam a identificação das hipóteses levantadas COMO CONDUZIR O ALUNO NESSE PROCESSO Diante de um mesmo fato os alunos devem ser capazes de levantar diversas hipóteses e desenvolver argumentos acerca delas O estudante pode por exemplo ser chamado a questionar O que torna determinado evento um marco histórico UM EXEMPLO No momento de interpretar o aluno pode construir argumentos sobre o conteúdo estudado discutir com os pares e selecionar diferentes proposições Pode perguntar e responder a questões como por que o incêndio nas Torres Gêmeas é um marco histórico e um incêndio de uma casa em São Paulo não é sugere Janice O QUE É Problematizar a própria escrita da História considerando as pressões e restrições de que ela também é fruto da mesma forma como as INTERPRETAÇÃO ANÁLISE 8 BNCC NA PRÁTICA História outras produções da sociedade em que vivemos COMO CONDUZIR O ALUNO NESSE PROCESSO É possível propor atividades para que os alunos construam hipóteses sobre as questões ideológicas abordadas em sala de aula Algumas questões norteadoras Como foi produzido aquele saber Para que serve Quem o consome Seu significado se alterou no tempo e no espaço UM EXEMPLO Ao se deparar com um fato histórico além de conhecê lo o aluno deve ser capaz de compreender que é o produto de um embate de forças que resulta na elaboração de significados que podem ser reinterpretados É interessante que o estudante reconheça as tensões sociais culturais religiosas políticas e econômicas intrínsecas ao processo de formação das sociedades que se sucederam ao longo do tempo Ao analisar o desenvolvimento de diversos povos no século 14 por exemplo é importante que o aluno compreenda que toda a História é contada a partir de determinada perspectiva que pode ser desconstruída 9 BNCC NA PRÁTICA História Como preparar uma aula alinhada à Base Didática adotada não deve apenas focar nos fatos históricos mas estabelecer relações entre eles e discutilos sob uma perspectiva própria do aluno CAPÍTULO 2 O QUE E COMO ENSINAR TEXTO RITA TREVISAN 10 BNCC NA PRÁTICA História Na prática educativa há uma relação direta entre os conteúdos a serem ensinados e aprendidos os métodos de ensino os usos de materiais didáticos as formas de organização da sala de aula e as dinâmicas de interação entre aluno e professor Por isso diante das habilidades e objetos de conhecimento apresentados na Base é preciso repensar cada uma dessas dimensões Veja abaixo o caminho para fazer isso COMO SELECIONAR OS CONTEÚDOS Todo currículo representa uma seleção de conteúdos Em História a tradição desde o século 19 é de narrar a formação e a evolução da civilização ocidental em direção ao domínio do mundo Essa narrativa baseada na ideia de progresso foi dividida em dois grandes blocos PRÉHISTÓRIA HISTÓRIA QUE PASSA A SER DIVIDIDA EM ANTIGUIDADE MEDIEVAL TEMPOS MODERNOS E CONTEMPORÂNEOS A afirmação das nações criou a necessidade de situar e inserir a história nacional nessa trajetória Mas esse modelo ao longo do tempo recebeu diversas críticas como a de que organiza o passado valorizando os elementos da sociedade e da cultura europeias em detrimento de outras culturas e a de que separa de forma estanque os fatos políticos sociais econômicos e culturais NO QUE O PROFESSOR DEVE PENSAR ANOTE um exercício interessante para o professor é pensar em como fazer essa exposição e não apenas no que ensinar ou nos conteúdos em si É preciso quebrar o paradigma de que a História apresentada é definitiva verdade acabada e fixa A História é um campo de conhecimento em permanente construção ressalta o Doutor em Educação Paulo Eduardo Dias de Mello professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa 11 BNCC NA PRÁTICA História Ele indica que o aluno seja estimulado com perguntas do tipo Como pudemos saber isso sobre o passado Ou como sabemos o que sabemos Os currículos de História são extensos como um lago gigantesco mas possuem apenas um dedo de profundidade O peso dos conteúdos está na abordagem e nos procedimentos metodológicos que utilizo em sala de aula Se posso optar por uma visão panorâmica e extensa isso não significa que não posso realizar mergulhos e aprofundamentos em determinados temas explica QUAIS FONTES DE INFORMAÇÃO USAR Além de apresentar o passado em uma única e certa narrativa que pode ser ilustrada por meio de documentos é possível conduzir o aluno além Tratase de fazer as crianças e os jovens refletirem sobre as explicações apresentadas em sala de aula como elas foram elaboradas se entram em divergência e de que forma essas contradições são superadas É preciso selecionar e usar fontes históricas na sala de aula evitando que elas sejam meras evidências ou provas do passado diz Mello Hoje a produção didática incorpora ao livro escolar um conjunto valioso de documentos escritos e não escritos inclusive com conteúdos digitais além de textos de historiadores Existem alguns livros que trabalham com propostas de projetos de investigação e trazem conjuntos de documentos diversos organizados em dossiês temáticos afirma Mello Um exemplo é a coleção História em Documento Editora FTD Assim professor e aluno não possuem apenas o texto didático definido pela narrativa do autores Isso possibilita maior flexibilidade para buscar e utilizar diferentes fontes documentais disponíveis FONTES DIGITAIS Novas tecnologias trouxeram mais acesso aos acervos documentais Houve um dilúvio de informações e uma explosão do número de sites Obviamente isso obriga o professor a adotar cuidados na filtragem e seleção dos sites que apresenta aos alunos Os mais recomendados são os ligados a instituições públicas como universidades grupos de pesquisa 12 BNCC NA PRÁTICA História museus arquivos históricos bibliotecas e instituições privadas sérias de interesse público Ao utilizar essas fontes digitais o professor pode ainda discutir os mecanismos de busca Eles precisam ser usados com cuidado para que possam revelar a diversidade de objetos e não apenas aqueles definidos por determinados algoritmos PESQUISE ESSES SITES PARA BOAS REFERÊNCIAS The Internet Archive httpsarchiveorg Instituto Moreira Salles httpsimscombr Biblioteca Digital da Fundação Biblioteca Nacional httpbndigital bngovbr Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da Universidade de São Paulo httpswwwbbmuspbr LEMAD Laboratório de Ensino e Material Didático da USP httplemadfflchuspbr Arquivo Público do Estado de São Paulo httpwwwarquivoestadospgovbrsite Portal da Legislação Brasileira httpwww4planaltogovbrlegislacao ANPHAC Associação Nacional de Pesquisadores e Professores de História das Américas httpanphlacfflchuspbr Na sala de aula Recomendase que o professor problematize o passado humano em sua diversidade formulando perguntas sobre o presente Para fazer a turma pensar é preciso criar situações de questionamento mobilizar comparações sobre mudanças e permanências nas situações diferenças e semelhanças na maneira como as sociedades se organizam indicando a complexidade e as conexões entre os acontecimentos 13 BNCC NA PRÁTICA História UM EXEMPLO DE COMO FAZER Uma aula pode começar a partir de algo que tenha impacto direto na vida dos alunos hoje como por exemplo a coleta de esgoto e sua relação com fatos históricos O desenvolvimento de redes de abastecimento de água e de coleta de esgoto e a proibição da escravidão no Brasil aconteceram no mesmo período Em meio a um estudo sobre a escravidão moderna que acabou na Lei Áurea os alunos podem ser levados a entender que tipo de trabalhos eram realizados pelos escravos a partir da compreensão de que eles é que recolhiam o esgoto das casas de seus senhores para despejar nos rios Para trabalhar também o tema da escravidão no Brasil é interessante apresentar aos alunos alguns dados sobre desigualdade racial na atualidade e começar a colher respostas sobre por que isso acontece e quando teria começado Em uma sequência de atividades o objetivo é levar os alunos a entenderem que o racismo é fruto da escravidão e não sua causa A partir de temáticas como essas professor e aluno podem estabelecer múltiplas relações entre o problema atual e a sociedade Tratase de entender que somos e estamos mergulhados nos fluxos do tempo e não num presente contínuo e estático Pensar historicamente contribui para buscar sentido sobre nossas vidas injeta reflexão sobre nossa própria experiência individual e impele a buscar significados para nossas atuações no mundo afirma Mello Uma aula como a citada por exemplo dá ensejo a um posicionamento crítico sobre como equacionamos os problemas ambientais e sociais de nossa época Nesse caso o pensar historicamente contribuirá para entender as soluções possíveis ENGAJANDO OS ALUNOS Para incentivar o pensar historicamente ou seja problematizar o presente o passado com o conhecimento acumulado em sala é preciso romper com 14 BNCC NA PRÁTICA História formas estáticas e rígidas de organizações didáticas ANOTE é necessário superar as aulas centradas apenas na transmissão oral e desenvolver atividades de aprendizagem que não se tratam apenas de memorização e de mera devolução de respostas padronizadas Isso não significa que as aulas não devam ser planejadas e estruturadas ao contrário o desafio é planejar atividades que permitam que os alunos percebam os sentidos atribuídos ao passado de forma que eles possam construir novos sentidos por meio da leitura da pesquisa e da interpretação Sempre que possível os alunos devem ser estimulados a dizer o que sabem sobre o assunto externando seus saberes prévios expressando representações sociais sobre grupos pessoas acontecimentos e práticas E isso não deve acontecer apenas no início de determinado estudo mas durante todo o processo Ao questionar o aluno o professor tem conhecimento sobre o que o aluno sabe e o que pensa sobre o que sabe explica Mello Cabe ao professor identificar que perguntas são relevantes não apenas em relação ao conteúdo mas para criar um espaço organizado de debate e reflexão É preciso ensinar o aluno a ouvir a esperar para poder falar a pensar sobre o que será dito a se comunicar de uma forma colaborativa e não violenta AVALIAÇÕES Para saber se um aluno está aprendendo a pensar historicamente é preciso mobilizar essa capacidade por meio de atividades que expressem apropriações dos conceitos e dos procedimentos históricos discutidos em sala de aula Não basta responder a testes preencher cruzadinhas diferenciar falso ou verdadeiro É fundamental que o aluno se posicione criticamente sobre o que aprendeu inclusive por escrito O ideal é que o processo de avaliação do aluno seja contínuo que sejam considerados os saberes que ele já possui e traz para a escola as hipóteses e os domínios que revela sobre os conteúdos históricos Bons 15 BNCC NA PRÁTICA História processos avaliativos costumam resultar de atividades de explicação que são propostas aos alunos no início da sequência didática e retomadas e revisadas por eles ao final Nessa perspectiva a avaliação não é usada como forma de classificação e exclusão dos estudantes que não atingiram determinados padrões de desempenho mas como instrumento para o professor planejar as intervenções que precisam ser feitas a cada etapa considerando a realidade de seus alunos O exame também serve para que os estudantes tenham condições de avaliar seus próprios progressos O professor deve observar as conquistas e obstáculos que ocorrem no processo de ensino e aprendizagem verificando e avaliando a apreensão de conteúdos noções conceitos procedimentos e atitudes estabelecendo comparações com o que demonstravam ou não saber antes durante e após o final do processo diz Mello 16 BNCC NA PRÁTICA História BNCC para História entenda os objetivos de aprendizagem Saiba quais são os principais objetivos de aprendizagem em História no Fundamental 1 e 2 CAPÍTULO 3 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM TEXTO RITA TREVISAN 17 BNCC NA PRÁTICA História PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL PRINCIPAIS OBJETIVOS Apoiar a construção do sujeito a partir do reconhecimento do eu do outro e do nós Facilitar a compreensão de tempo e espaço a partir do referencial da comunidade de pertencimento NA PRÁTICA O aluno deve ser capaz de Reconhecer o eu e o outro a partir da própria realidade e das referências de seu círculo pessoal e da sua comunidade Entender e diferenciar o público do privado e o urbano do rural Conhecer como foi a circulação dos primeiros grupos humanos Pensar sobre a diversidade de povos e culturas diferentes e suas formas de organização Desenvolver a noção de cidadania com direitos e deveres Reconhecer a diversidade conviver com ela e respeitála Analisar as formas de registros que cada grupo social produz A Base estabelece objetivos de aprendizagem assim como habilidade e capacidades que o aluno deve desenvolver em História Veja o que são 18 BNCC NA PRÁTICA História PARA OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL PRINCIPAIS OBJETIVOS Apresentar a dimensão de espaço e de tempo sob a perspectiva da mobilidade das populações e as formas de inserção ou marginalização delas em culturas diferentes Desenvolver habilidades com foco em processos como contextualização comparação interpretação e proposição de soluções NA PRÁTICA O aluno deve ser capaz de Refletir sobre as formas de registro histórico e a construção da Antiguidade Clássica em contraste com outras sociedades e outras concepções de mundo Compreender o período medieval na Europa e as formas de organização social e cultural em algumas regiões africanas Conectar aspectos políticos sociais econômicos e culturais ocorridos a partir do fim do século 15 até o final do século 18 Compreender os processos de independência das Américas e especialmente do Brasil Conhecer a história republicana do Brasil e posicionarse criticamente em relação ao protagonismo de diferentes grupos e sujeitos históricos Problematizar conflitos mundiais e nacionais como as Grandes Guerras e a Revolução Russa Relacionar os diversos eventos envolvendo os povos europeus africanos asiáticos e latinoamericanos nos séculos 20 e 21 incluindo a história recente 19 BNCC NA PRÁTICA História Ensinando História uma atividade sobre a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto Professora do 9º ano desenvolveu uma sequência didática partindo do Holocausto até os dias atuais conduzindo os alunos a uma discussão sobre xenofobia e outros temas atuais CAPÍTULO 4 BNCC NA PRÁTICA TEXTO RITA TREVISAN 20 BNCC NA PRÁTICA História A professora Ariana Peixoto da EE Carlos Maximiliano Pereira dos Santos da cidade de São Paulo construiu uma atividade para trabalhar a história da Segunda Guerra Mundial do Holocausto e do antissemitismo Na sequência didática elaborada os alunos puderam relacionar esses acontecimentos e a discriminação contra o povo judeu com assuntos de hoje Incentivando a pesquisa o debate em aula o posicionamento dos alunos e a produção de textos argumentativos a atividade de cinco aulas atende às habilidades que a BNCC propõe para os alunos do 9 ano do Ensino Fundamental PLANO DE AULA 1ª E 2ª AULAS OBJETIVO Identificar em documentos e iconografias os métodos de extermínio dos judeus promovidos pelo nazismo e seus apoiadores CONTEÚDO A SER TRABALHADO Segunda Guerra Mundial Antissemitismo Holocausto COMO FAZER Exibição de trecho do vídeo da Segunda Guerra Mundial do Canal Nostalgia entre os minutos 39 e 45 httpbitlyv2gmyoutube Discussão coletiva Leitura e análise do livro didático 3ª AULA OBJETIVO Estabelecer relações entre os fatos históricos estudados e as 21 BNCC NA PRÁTICA História intolerâncias presentes na sociedade atual CONTEÚDO A SER TRABALHADO Intolerâncias sociais sexuais religiosas e raciais COMO FAZER Leitura de textos sobre homofobia xenofobia intolerâncias religiosas e raciais previamente selecionados pela professora 4ª E 5ª AULAS OBJETIVO Posicionarse criticamente a respeito do tema CONTEÚDO A SER TRABALHADO Antissemitismo intolerâncias em geral e bullying COMO FAZER Produção de texto opinativo acerca do conteúdo estudado SOBRE A ATIVIDADE Além do livro didático a professora usou trechos de vídeos e artigos selecionados da Internet Não conseguiria passar o vídeo todo em sala então fiz alguns recortes Achei importante apresentar os países participantes do conflito e das causas até chegar à ascensão do nazismo na Europa Os alunos também viram um trecho que fala sobre o Holocausto Depois leram um texto sobre os judeus que ficaram resistentes nesse período um panfleto onde pediam ajuda além de outros artigos selecionados explica Foi trabalhada a interpretação desses textos e por fim eles produziram um texto opinativo juntamente com a professora de Língua Portuguesa da escola 22 BNCC NA PRÁTICA História A participação dos alunos superou as expectativas comemora a professora O envolvimento foi grande porque fizemos a relação com temas do cotidiano Outro dia uma professora comentou que os alunos estavam falando sobre xenofobia e perguntou se eu tinha abordado o tema Fiquei contente por saber que eles estavam conversando sobre isso fora da sala de aula diz HABILIDADES DA BNCC RELACIONADAS AO 9º ANO A sequência permitiu desenvolver nos alunos as seguintes habilidades descritas na Base EF09HI10 Identificar e relacionar as dinâmicas do capitalismo e suas crises os grandes conflitos mundiais e os conflitos vivenciados na Europa EF09HI26 Discutir e analisar as causas da violência contra populações marginalizadas negros indígenas mulheres homossexuais camponeses pobres etc com vistas à tomada de consciência e à construção de uma cultura de paz empatia e respeito às pessoas EF09HI36 Identificar e discutir as diversidades identitárias e seus significados históricos no início do século 21 combatendo qualquer forma de preconceito e violência 23 BNCC NA PRÁTICA História O professor mais ideológico é aquele que não tem ideologia avalia especialista Oldimar Cardoso autor de livros didáticos e formador de professores explica por que considera importante o contato com diferentes visões de mundo em sala de aula TEXTO RITA TREVISAN CAPÍTULO 5 PARA SE APROFUNDAR 24 BNCC NA PRÁTICA História Para o professor formador Oldimar Cardoso a última versão da BNCC representa um avanço significativo em relação aos PCNs Ele defende que houve um retrocesso entre a primeira versão e a final mas faz um balanço positivo sobre o documento De qualquer forma a Base consagra um modelo de ensino mais próximo do que é realizado de fato pela maioria dos professores de História sendo portanto muito mais realista e coerente afirma Segundo o especialista a grande ruptura é a ênfase na atitude historiadora do aluno Veja a entrevista a seguir A questão da ideologia nas aulas de História não aparece de forma clara na BNCC e não estava presente nos documentos anteriores Porém essa discussão está sendo trazida à tona principalmente a partir do surgimento do Movimento Escola sem Partido É importante que o professor conheça esse debate e que se posicione O professor precisa saber que o Escola Sem Partido existe mas na minha opinião não há um debate sobre isso A proposta do movimento que pretende estabelecer deveres e punições aos educadores é inconstitucional e ponto final Dizer que há um debate é dar uma legitimidade jurídica que ele não tem É possível tratar aspectos ideológicos em sala sem entrar em questões políticas e partidárias Adotar a idade dos alunos como critério para formar classes é ideologia organizálos em fileiras é ideologia aula de 50 minutos é ideologia Não existe escola sem ideologia e é impossível que qualquer ser humano se separe de sua ideologia para fazer qualquer coisa inclusive para dar aula Então como deve ser colocada a questão da ideologia de modo livre Posicionarse ideologicamente é a única atitude profissionalmente honesta que um professor pode ter Dizerse apartado de uma ideologia é ser intelectualmente desonesto Ao meu ver não há nenhum problema em um professor defender determinada ideologia perante os alunos aliás é impossível que um professor não faça isso O professor mais ideológico é aquele que diz que não tem ideologia O único caminho que resolve é ter uma escola pública plural com professores contratados por concurso público e tratados com respeito pela sociedade Uma opção possível é garantir que os alunos tenham contato com professores de múltiplas ideologias ao longo da escolaridade Para que o aluno seja estimulado a analisar as diferentes visões de 25 BNCC NA PRÁTICA História mundo antes de expressar sua opinião respeitando a diversidade como o professor pode se posicionar Posicionarse ideologicamente não significa deixar de apresentar múltiplas interpretações das fontes e análises dos historiadores aos alunos O professor não pode ser proibido de expor sua ideologia essa proibição inclusive seria inconstitucional Mas ao mesmo tempo ele tem a obrigação profissional de apresentar múltiplas perspectivas Não é uma questão de posicionarse mas de fornecer aos alunos múltiplas fontes e permitir que eles tomem contato com elas e possam interpretálas sem depender demais da opinião do professor Como as atividades em classe precisam ser pensadas para estimular esse debate e para que ele permita que os alunos avancem em seus conhecimentos NÃO É UMA QUESTÃO DE POSICIONARSE MAS DE FORNECER AO ALUNO MÚLTIPLAS FONTES Oldimar Cardoso As atividades em classe precisam conter sempre múltiplas fontes O ideal mas nem sempre possível é apresentar quatro fontes diferentes porque uma fonte só é vista pelos alunos normalmente como a detentora da verdade Duas fontes são vistas como a certa e a errada três são vistas como a certa a errada e o meiotermo A partir de quatro fontes a lógica da multiperspectividade se descortina para os alunos automaticamente sem que o professor precise ficar fazendo discurso E claro as aulas expositivas em que o professor narra a história aos alunos deixam de ser importantes e passam a ser substituídas por outras em que os alunos sejam protagonistas Na sua opinião o que precisará ser trabalhado com mais ênfase nos documentos que virão em relação ao componente de História O próximo passo é aprofundar a ideia de que os fatos e os conceitos não são o fim são apenas o meio para ensinar a pensar historicamente 26 BNCC NA PRÁTICA História Supere a ideia do tem que estudar porque está no livro O conhecimento histórico escolar não é algo parado no tempo A BNCC ajuda a pensálo a partir de questões que são colocadas no presente dos alunos e alunas CAPÍTULO 6 ANÁLISE DO ESPECIALISTA 27 BNCC NA PRÁTICA História nde o passado termina e o futuro começa talvez seja a definição de tempo presente mais objetiva a que poderemos chegar e evidentemente ela é muito pouco objetiva pois esse momento é quase intangível no instante em que tomamos consciência de algo que acabou de nos acontecer esse algo já não é mais presente tornase passado Porém como o Padre Antônio Vieira já pensava o presente pode ser traduzido como os instantes em que vamos vivendo E se é os instantes em que vamos vivendo é também os instantes em que vamos pensando planejando entendendo avaliando Talvez portanto o presente seja definível em poucas palavras como o tempo no qual a vida se dá no qual a vida acontece Ora mas por que estamos divagando sobre o presente se este texto se propõe a tratar da História No documento da Base Nacional Comum Curricular traz o seguinte texto pág 395 Todo conhecimento sobre o passado é também um conhecimento do presente elaborado por distintos sujeitos E um pouco mais abaixo As questões que nos levam a pensar a História como um saber necessário para Daniel Vieira Helene Doutor em História pela Universidade de São Paulo com a tese A História seu ensino e sua aprendizagem conhecimentos prévios e o pensar historicamente coordenador pedagógico professor de História na Educação Básica e formador de professores O 28 BNCC NA PRÁTICA História a formação das crianças e jovens na escola são as questões originárias do tempo presente O passado que deve impulsionar a dinâmica do ensino aprendizagem no Ensino Fundamental é aquele que dialoga com o tempo atual O tempo presente aparece de maneira contundente para justificar o estudo da História na escola os objetos de conhecimento ou conteúdos do passado que faz sentido estudar são aqueles aos quais o presente dá sentido É assim para tratarmos antes do conhecimento histórico acadêmico que o historiador procede como pesquisador inicialmente há algo no presente que o inquieta e o mobiliza em direção ao passado é do presente que surgem suas questões de pesquisa sua vontade de saber Isso é possível mesmo sabendo que os estudantes da Educação Básica não são historiadores nem devem ser tomados como tais Se assim se produz o conhecimento histórico acadêmico por que em geral pensamos no conhecimento HISTÓRIA É ALGO PARA PENSAR E NÃO PARA MEMORIZAR 29 BNCC NA PRÁTICA História histórico escolar como algo parado no tempo cujo interesse está em si mesmo O que o texto da Base pode nos ajudar a pensar é que também a História que os alunos e alunas estudam na escola deve fazer sentido a partir de questões que são colocadas no presente Isso deve nos auxiliar na superação da ideia de que é preciso estudar por exemplo a colonização porque sim porque está lá no livro porque é importante É importante por quê Temos de nos fazer sempre essa pergunta Nesse exemplo poderíamos responder que é importante porque na colonização forjouse muito daquilo que determina a nossa sociedade brasileira até os dias atuais Por exemplo a exploração de pessoas escravizadas que eram trazidas para as Américas desde a África Subsaariana produziu uma sociedade que é até os dias atuais racista e bastante violenta Se essa é uma questão decisiva para se compreender a nossa sociedade então importa que a estudemos na escola Mas é ainda mais a História que os alunos e alunas estudam na escola deve fazer sentido para eles e para elas É preciso que nos empenhemos por um lado em descobrir os caminhos que possam levar os estudantes a tornarem deles e delas algumas das questões que nós professores já conhecemos Por outro lado temos de descobrir quais são as questões que eles trazem É dessa confluência que nascerá a vontade de saber que poderá mobilizá los para a aventura do conhecimento Isso só parece possível se enquanto professores e professoras pudermos ler o que estará 30 BNCC NA PRÁTICA História previsto nos currículos que serão elaborados a partir da Base tendo em conta duas premissas fundamentais A primeira é que a História é algo para pensar sobre e não para memorizar É nesse sentido que aprender História é aprender a pensar historicamente ou seja incorporar à sua maneira de pensar sobre o mundo sobre a sociedade sobre a vida habilidades do pensar que são características da História A segunda premissa é que os estudantes são seres pensantes que têm questões sobre o mundo em que vivem Isso é decisivo porque só há aprendizagem por parte dos alunos e alunas quando há atividade intelectual por parte deles e delas para além da memorização A História na escola portanto precisa lidar com esse presente intangível com esse contexto que ninguém conhecerá melhor do que o professor ou a professora de História de cada turma desse país Aí surgirão as questões que permitirão aos estudantes se relacionarem com a História de maneira a desenvolver habilidades do pensar e portanto a se mobilizarem para estudar e aprender Desde que na escola a gente estude a vida O TEMPO PRESENTE APARECE DE MANEIRA CONTUNDENTE PARA JUSTIFICAR O ESTUDO DA HISTÓRIA NA ESCOLA 31 BNCC NA PRÁTICA História LIVROS O que ler para se preparar para a BNCC de História Livros e artigos que trazem novas propostas para o estudo de História baseados em linhas de pesquisa consolidadas internacionalmente São referências que ajudam o professor a levar para a sala de aula a perspectiva do pensar historicamente CAPÍTULO 7 DICAS PARA SUA FORMAÇÃO Ensino de História fundamentos e métodos de Circe Maria Fernandes Bittencourt Editora Cortez 328 págs R 7400 Circe é uma das principais pesquisadoras brasileiras do ensino de História e aborda a trajetória do ensino e da História como disciplina escolar além de apresentar os fundamentos que norteiam ou devem nortear boas práticas em sala de aula Ensino da História e Memória Coletiva de Mario Carretero María Fernanda González e Alberto Rosa org Editora Artmed 294 págs R 7110 Reúne textos que tratam da relação entre memória coletiva e o ensino de História indicando o quanto essa memória é importante na composição dos conhecimentos prévios dos alunos sobre muitos dos temas que se estuda na escola 32 BNCC NA PRÁTICA História A Expressão Linguística dos Saberes Aspectos da Relação Entre a Aprendizagem da Língua Escrita e o Desenvolvimento da Consciência Histórica de Maria Lima Em A Escrita da História Escolar Memória e Historiografia de Rebeca Gontijo Marcelo Magalhães e Helenice Rocha org Editora FGV 472 págs Preço sob consulta A autora olha para as formas como os alunos aprendem e se relacionam com a História O texto acompanha uma atividade para que os estudantes se dediquem a questões relacionadas ao racismo e desenvolvam a consciência histórica um dos pilares do pensar historicamente Concepções de adolescentes sobre múltiplas explicações em história A autora Isabel Barca é uma pesquisadora portuguesa do ensino da linha que no Brasil vem sendo conhecida como Educação Histórica Nesse texto ela aproxima o leitor dessa perspectiva investigando como os alunos se relacionam com o conhecimento histórico e especificamente com a ideia de que em História pode haver múltiplas explicações para um mesmo acontecimento ou processo Pesquisa em ensino de História entre desafios epistemológicos e apostas políticas Reúne textos que mapeiam e analisam as pesquisas em ensino de História especialmente no Brasil Ana Maria The Big Six Historical Thinking Concepts de Peter Seixas e Tom Morton Editora Nelson acompanha DVD Preço sob consulta Para formação continuada de professores tem uma linguagem bastante acessível e didática em inglês aproximando o leitor daquilo que seriam na perspectiva dos autores os seis principais conceitos ou habilidades do pensar historicamente ARTIGOS 33 BNCC NA PRÁTICA História Monteiro assim como as outras três organizadoras deste livro é uma das principais pesquisadoras da área no país Los conocimientos previos en situaciones de enseñanza de las Ciencias Sociales A autora a argentina Beatriz Aisenberg é uma das principais referências nas pesquisas sobre ensino e aprendizagem de Ciências Sociais em particular em sua interface com a leitura Neste texto aborda a importância de os professores levarem em conta o que seus alunos pensam em termos de concepções prévias para além das mais usuais informações prévias A scaffold not a cage progression and progression models in history Propõe um modelo de progressão da aprendizagem em História para levar os alunos a se aproximarem do pensar historicamente Os autores Peter Lee e Denis Shemilt são grandes referências britânicas nas pesquisas sobre ensino e aprendizagem da História Dilemmas and delights of learning history O texto que é parte da obra Knowing Teaching Learning History analisa a aprendizagem do componente da perspectiva da Teoria da História em uma linguagem acessível ainda que em língua inglesa Tratase de uma importante referência norteamericana para o ensino de história 34 BNCC NA PRÁTICA História Teste seus conhecimentos sobre a BNCC de História Sete questões para você afinar o seu conhecimento sobre a Base CAPÍTULO 8 TESTE SEUS CONHECIMENTOS 35 BNCC NA PRÁTICA História 1 Tempo e espaço continuam sendo categorias centrais eixos estruturantes da Base VERDADEIRO FALSO 2 Os processos de identificação comparação contextualização interpretação e análise de um objeto estimulam o pensamento e devem ser desenvolvidos VERDADEIRO FALSO 3 O passado deve ser apresentado ao aluno a partir de uma narrativa que contemple a versão oficial dos fatos VERDADEIRO FALSO 36 BNCC NA PRÁTICA História 4 Pensar a diversidade dos povos e culturas e suas formas de organização é um dos principais objetivos de História para os anos iniciais do Ensino Fundamental VERDADEIRO FALSO 5 É no início de cada atividade que os estudantes devem ser ouvidos pelo professor para que possam expressar o que já sabem VERDADEIRO FALSO 6 Problematizar conflitos mundiais e nacionais é um dos objetivos centrais para os anos finais do Fundamental 37 BNCC NA PRÁTICA História VERDADEIRO FALSO 7 A avaliação tem como principal função determinar quais alunos chegaram aos padrões de desempenho propostos pelo professor VERDADEIRO FALSO RESPOSTAS 1 V 2 V 3 F 4 V 5 F 6 V 7 F QUER APRENDER MAIS SOBRE A BNCC BNCCNOVAESCOLAORGBR COREALIZAÇÃO REALIZAÇÃO