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1 Engo Agrícola Prof Adjunto Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas UFES Câmpus São Mateus ES edneyvitoriaceunesufesbr 2 Engo Agrícola Prof Associado Departamento de Engenharia Agrícola UFV Viçosa MG haroldoufvbr 3 Engo Agrônomo Prof Associado Departamento de Engenharia Agrícola UFV Viçosa MG mauriufvbr 4 Engo Agrônomo Prof Associado Departamento de Estatística UFV Viçosa MG ceconufvbr 5 Tecnólogo em Agropecuária Prof Voluntário IFES Câmpus Santa Teresa ES Recebido pelo Conselho Editorial em 572011 Aprovado pelo Conselho Editorial em 2952012 Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p909919 setout 2012 CORRELAÇÃO LINEAR E ESPACIAL ENTRE PRODUTIVIDADE DE BRACHIARIA BRIZANTHA DENSIDADE DO SOLO E POROSIDADE TOTAL EM FUNÇÃO DO SISTEMA DE MANEJO DO SOLO EDNEY L DA VITÓRIA1 HAROLDO C FERNANDES2 MAURI M TEIXEIRA3 PAULO R CECON4 ELCIO DAS G LACERDA5 RESUMO A densidade e a porosidade são propriedades físicas do solo que são alteradas em função do sistema de manejo utilizado com consequente influência sobre a produtividade das culturas A produtividade da planta forrageira Brachiaria brizantha em função da densidade do solo e da porosidade total foi analisada em dois sistemas de manejo de solo em experimento conduzido no segundo semestre de 2009 no município de Santa Teresa no Estado do Espírito Santo O objetivo foi estudar a variabilidade e as correlações lineares e espaciais entre os atributos da planta e do solo visando a selecionar um indicador da qualidade física do solo de boa representatividade para produtividade de forragem Marcaramse duas parcelas de 40 m por 50 m a cada 5 m em duas direções resultando em um reticulado retangular de 99 pontos em cada um dos sistemas utilizados preparo convencional e plantio direto Os atributos estudados além de não terem variado aleatoriamente apresentaram variabilidade dos dados entre média e alta e seguiram padrões espaciais bem definidos com alcance entre 203 e 242 m Por sua vez a correlação linear entre o atributo da planta e os do solo em função do elevado número de observações foi baixa A melhor correlação para produtividade de matéria seca foi com a densidade do solo na profundidade de 00 015 m independentemente do sistema de manejo do solo indicando que a produtividade e a densidade do solo são inversamente proporcionais Portanto a densidade do solo avaliada na camada de 00 015 m apresentouse como satisfatório indicador da qualidade física do solo quando se considerou a produtividade da forrageira PALAVRASCHAVE propriedades físicas do solo geoestatística preparo do solo forragicultura LINEAR AND SPATIAL CORRELATIONS AMONG FORAGE YIELD BULK DENSITY AND TOTAL POROSITY IN FUNCTION OF SOIL MANAGEMENT SYSTEM ABSTRACT Total porosity and bulk density are strongly affected by soil management which reflects directly in agricultural productivity The productivity of the forage Brachiaria brizantha in function of bulk density and total porosity was analyzed in two soil management systems in an experiment lead in the second semester of 2009 in Santa Teresa County state of Espírito Santo Brazil The purpose of the study was to evaluate the variability and linear and spatial correlations among the attributes plant and soil in order to identify an indicator of soil physical quality for corn forage productivity A geostatistical grid was installed to collect soil and plant data with 99 sample points in each soil management system The studied attributes did not vary randomly and the variability was medium to low with well defined patterns The spatial range varied between 203 and 242 m On the other hand the linear correlations between the forage productivity with the soil attributes were low due to the high data number The comments of better correlation for productivity was the bulk density in the depth of 00 015 independently of the soil management system indicating that the productivity and the density of the soil are inversely proportional Thus the bulk density in the 00 015 m soil layer proved to be a satisfactory index of the soil physical quality regarding to forage yield KEYWORDS soil physical attributes geostatistics soil management crop forage Edney L da Vitória Haroldo C Fernandes Mauri M Teixeira et al Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p909919 setout 2012 910 INTRODUÇÃO As espécies forrageiras representam as plantas de interesse econômico mais cultivadas no Brasil e no mundo Contudo o pequeno número de espécies forrageiras com valor nutricional satisfatório aliado à baixa fertilidade e manejo inadequado do solo constitui um dos principais fatores limitantes da produção pecuária nas regiões tropicais A intensificação da mecanização é usada constantemente com intuito de melhorar as condições de implantação e desenvolvimento de plantas forrageiras Entretanto muitas vezes a produtividade é comprometida pelo excesso ou pela inadequação de práticas às quais o solo é submetido desde o seu manejo até à colheita da cultura que nele se estabeleceu A distribuição espacial de propriedades de solo e de produtividade tem recebido atenção crescente por parte de pesquisadores de vários países e em muitas áreas do conhecimento Estudos de solos foram os primeiros a serem realizados evidenciando a influência da distância amostral em contraposição à crença vigente de aleatoriedade espacial A variabilidade espacial das propriedades do solo tem sido objeto de estudo desde que os pesquisadores passaram a observar a pouca eficácia das ferramentas clássicas da estatística em estudos de solos e é justamente nestes casos que a geoestatística tem suas principais aplicações Em termos de variáveis físicas o trabalho de LIMA et al 2009a envolve o estudo das variações de porosidade e densidade do solo em manejos diferentes do solo FOLONI et al 2003 SECCO et al 2005 e FREDDI 2007 mostram a correlação espacial entre produtividade de forrageiras e variáveis de solo destacandose como os principais estudos envolvendo variáveis de solo e de produtividade A produtividade vegetal depende de vários fatores dentre os quais a densidade e a porosidade do solo A afirmação foi constatada por SANTOS et al 2006 ao estudarem a produtividade de grãos de milho irrigado com pivô central as densidades da partícula e do solo e a porosidade total de um Latossolo Vermelho distroférrico sob plantio direto com o objetivo de estudar as correlações lineares e espaciais entre os atributos Os atributos do solo apresentaram baixa variabilidade de seus dados sendo média no da planta concluindose que entre os atributos do solo as correlações lineares simples variaram elasticamente Contudo quando correlacionados com a produtividade tais correlações pouco variaram Ainda que com reservas devido à baixa correlação com o aumento da densidade do solo ocorreu uma diminuição da produtividade O sistema de manejo do solo é considerado uma das fontes mais importantes de variabilidade das propriedades físicas do solo que por sua vez podem influenciar sobre a produtividade de culturas E alguns trabalhos têm comparado sistemas de manejo com e sem revolvimento do solo STONE SILVEIRA 2001 Neste contexto a hipótese deste estudo é de que a utilização do preparo convencional e o plantio direto determinam a amplitude da dependência espacial das propriedades físicas em consequência a variabilidade da produtividade de matéria seca e o índice de área foliar da braquiária Para confirmar ou negar esta hipótese os objetivos deste estudo são 1 estudar a distribuição dos dados e ajustálos às exigências das ferramentas geoestatísticas 2 estabelecer e descrever a estrutura de dependência espacial de cada variável por meio dos semivariogramas usando a validação cruzada para escolher o melhor modelo de estimativa por krigagem 3 gerar mapas de contorno de isolinhas para todas as variáveis com dependência espacial e 4 descrever a correlação espacial entre as variáveis que apresentarem maior correlação espacial duas a duas por meio dos semivariogramas cruzados MATERIAL E MÉTODOS Este trabalho foi realizado na área experimental do Instituto Federal de Ensino Superior Câmpus de Santa Teresa localizada no município de Santa Teresa região Serrana do Espírito Santo situado entre as coordenadas 19º4909 de latitude sul e 40º4017 de longitude oeste de Greenwich e altitude média de 675 m O clima da região é temperado úmido com inverno seco e Correlação linear e espacial entre produtividade de Brachiaria brizantha densidade do solo e porosidade total Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p setout 2012 911 verão quente A média de temperatura anual entre 16 e 18 ºC O solo é classificado como Latossolo Amarelo eutrófico textura arenosa com 300 g kg1 de argila 70 g kg1 de silte e 630 g kg1 de areia conforme NEIRO 2002 A produtividade da planta forrageira Brachiaria brizantha em função da densidade do solo e da porosidade total foi analisada em dois sistemas de manejo de solo A densidade do solo foi determinada utilizando a seguinte expressão Va Ds Ms 1 em que Ds densidade do solo kg dm3 Ms massa do solo seco em estufa a 105 ºC e Va volume do anel cm3 A porosidade foi determinada pelo método indireto Dp 100 Ds 1 Pt 2 em que Pt porosidade total Ds densidade do solo kg dm3 e Dp densidade das partículas kg dm3 O preparo convencional do solo PC foi feito com uma passada do arado de discos com objetivo de revolver a leiva do solo e incorporar o resto de cultura e palhada dessecada depois duas passadas com a grade niveladora para nivelar o solo e destorroálo ao ponto de receber as sementes das forrageiras No plantio direto PD as sementes das forrageiras foram depositadas diretamente sobre a palhada dessecada utilizandose de uma semeadoraadubadora específica para essa finalidade Foram definidas as direções dos eixos cartesianos da malha geoestastística experimental numa área retangular de 40 x 50 m Os pontos centrais foram alinhados e marcados com auxílio de um teodolito e uma trena para se obter uma malha regular de 5 x 5 m devidamente referenciada em coordenadas X e Y A área total para cada sistema de manejo constou de 2000 m² com 40 m no eixo Y e 50 m no eixo X com um total de 99 pontos amostrais Foram coletadas amostras indeformadas por meio do método do anel volumétrico de Uhland em dois níveis de profundidade do perfil do solo 0 a 015 m e 015 a 030 m utilizandose do ponto de cruzamento das coordenadas X Y como local de amostragem As variáveis de produtividade analisadas foram matéria seca total MS e índice de área foliar IAF avaliados 90 dias após o plantio Para a determinação da produção de matéria seca a forrageira foi cortada em média a 010 m do solo em pontos aleatórios da unidade experimental utilizandose um de gabarito de 1 m2 1m x 1m O material coletado foi colocado em saco de papel identificado e pesado e levado em estufa com ventilação forçada às temperaturas entre 58 e 65 ºC para determinação de sua matéria seca e estimativa da produção de matéria seca total O índice de área foliar foi determinado indiretamente com aparelho analisador ceptômetro de dossel marca AccuPAR modelo LP80 Em cada unidade experimental foram realizadas 10 leituras acima e 10 leituras abaixo do dossel Edney L da Vitória Haroldo C Fernandes Mauri M Teixeira et al Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p909919 setout 2012 912 Os dados de produção de matéria seca e índice de área foliar foram submetidos à análise exploratória a partir da qual se obteve a média e a mediana como medidas de tendência central e a variância e o coeficiente de variação como medidas de dispersão Também foram determinados os coeficientes de assimetria e curtose para a verificação da posição dos dados em relação à distribuição normal Os dados foram submetidos ao teste KolmogorovSmirnov para a constatação da aproximação à distribuição normal Estas análises foram realizadas com os softwares Geostatistics for the Environmental versão 90 GEOSTATISTICS 1996 Statistical Analysis System SAS INSTITUTE 2002 e Sistema para Análises Estatísticas em Genética SAEG UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA UFV 2007 considerando um nível de significância igual a 5 Para os ajustes dos modelos teóricos dos semivariogramas simples e cruzados utilizouse o software GS em função de seus modelos foram efetuados pela seleção inicial de menor soma dos quadrados dos desvios SQD maior coeficiente de determinação R2 e maior avaliador da dependência espacial A decisão final do modelo que representou o ajuste foi realizada pela validação cruzada assim como para a definição do tamanho da vizinhança que proporcionou a melhor malha de krigagem eou cokrigagem Para cada atributo foram relacionados o efeito pepita Co o alcance Ao e o patamar Co C O coeficiente de correlação r entre tais valores reflete a eficiência do ajuste dado pela técnica da soma dos quadrados dos desvios representando a equação de regressão linear em questão Assim trabalhandose na obtenção do número ideal de vizinhos utilizouse o software GS e foram obtidos por meio da interpolação os mapas de krigagem ordinária e de cokrigagem para análise da dependência e da interdependência espacial entre os atributos RESULTADOS E DISCUSSÃO Os dados relativos à estatística descritiva da produtividade de matéria seca índice de área foliar densidade do solo e porosidade total 90 dias após a semeadura são apresentados na Tabela 1 A produção de matéria seca e o índice de área foliar são típicos das regiões tropicais consequência da estacionalidade das chuvas além de variações de temperatura e de fotoperíodo Desta forma comportamentos semelhantes foram observados para experimentos com capim brachiaria implantados com plantio direto sendo 4020 kg ha1 de MS e 450 de IAF ZEFERINO 2006 LARA 2007 Em relação aos valores observados de densidade de solo e porosidade nas duas faixas de profundidade apresentamse em condições semelhantes aos de AZEVEDO 2004 avaliando atributos do solo em pastagem degradada sobre um Latossolo Vermelho e um Latossolo Vermelho Amarelo de textura média evidenciando uma situação de degradação estrutural na área em estudo pela compactação do solo Segundo BORDIN et al 2005 a compactação do solo pelo uso de práticas inadequadas de manejo das pastagens modifica os atributos físicos do solo promovendo redução no desenvolvimento do sistema radicular e na produtividade das pastagens De acordo com FREDDI 2007 a variabilidade de um atributo pode ser classificada conforme a magnitude do seu coeficiente de variação sendo assim é possível observarse que as variáveis matéria seca e índice de área foliar apresentaram baixa a moderada variabilidade as baixas registradas no preparo convencional e a moderada pelo plantio direto Em relação às propriedades físicas do solo a variabilidade verificada pelo coeficiente de variação apresentouse baixa para as variáveis Ds2 e Pt2 75 e 144 respectivamente e moderada para as variáveis Ds1 e Pt1 210 em ambas no preparo convencional A variabilidade observada no plantio direto foi moderada para a variável Ds1 coeficiente igual a 210 e baixa para Ds2 Pt1 e Pt2 com coeficientes de 147 79 e 140 respectivamente Os resultados encontrados são semelhantes aos observados por FREDDI 2007 Correlação linear e espacial entre produtividade de Brachiaria brizantha densidade do solo e porosidade total Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p setout 2012 913 Quanto ao tipo de distribuição as variáveis MS e IAF apresentaram uma distribuição normal independentemente do tipo de manejo do solo ficando o valor dentro da faixa de produtividade média observada por LIMA et al 2007 e 2009b e CRUZ et al 2001 TABELA 1 Análise descritiva da produtividade de matéria seca e índice de área foliar da densidade e da porosidade total 90 dias após a semeadura Descriptive analysis of dry matter yield and leaf area index of the density and the total porosity 90 days after sowing Parâmetros Variáveis1 MS kg ha1 IAF Ds1 kg dm3 Ds2 kg dm3 Pt1 m3 m3 Pt2 m3 m3 Preparo convencional Média 499008 521 143 157 0399 0319 Mediana 49645 522 145 155 0392 0312 Mínimo 38814 412 121 130 0212 0180 Máximo 68154 601 182 187 0560 0522 Variância 2905662 022 009 0014 0070 0021 CV 108 90 210 75 210 144 Assimetria 065 0206 088 051 093 0392 Curtose 151 076 0030 0026 0550 0521 D 0028 0035 0088 0033 0133 0045 DF2 No No In No In No Plantio direto Média 46244 490 143 154 0391 0315 Mediana 46073 489 145 150 0388 0311 Mínimo 29885 333 120 125 0230 0174 Máximo 65058 638 174 171 0526 0499 Variância 6439409 040 009 0034 0001 0002 CV 174 129 210 147 79 140 Assimetria 026 002 072 061 069 0303 Curtose 031 034 045 026 052 0420 D 0041 0039 0111 0043 0212 0038 DF2 No No In No In No 1 MS produtividade de matéria seca IAF Índice de área foliar Ds densidade do solo Pt porosidade total 2 DF distribuição de frequência sendo No e In do tipo normal e indeterminada respectivamente Em relação às correlações entre a produtividade de matéria seca índice de área foliar densidade do solo porosidade total apresentadas na Tabela 2 é importante ressaltar que a maioria foi baixa fato que pode ser justificado pelo elevado número de observações Aquelas que embora baixas apresentaram resultados considerados significativos foram as seguintes MS x Ds1 r 0201 MS x Pt1 r 0189 e IAF x Ds1 r 0159 observadas no preparo convencional MS x Ds1 r 0195 MS x Pt1 r 0295 e IAF x Ds1 r 0307 no plantio direto Quanto à produtividade de matéria seca e porosidade total observouse correlação positiva entre causa e efeito no preparo convencional e no plantio direto indicando incremento da matéria seca com aumento da porosidade total na camada de 00 a 015 m justificado pelo possível aumento da aeração das raízes da forrageira e por conseguinte a absorção radicular conforme SANTOS et al 2006 Em relação às correlações entre as propriedades físicas do solo vale destacar a alta correlação decrescente entre a densidade do solo e a porosidade na camada de 00 a 015 m independentemente do tipo de sistema de manejo do solo os coeficientes foram 0823 e 0772 para o preparo convencional e plantio direto respectivamente AMARO JUNIOR et al 2007 estudando a variabilidade de atributos físicos do solo em um Latossolo Vermelho encontrou resultados semelhantes a estes porém vale ressaltar que a comparação depende do teor de umidade do solo COLET et al 2009 Edney L da Vitória Haroldo C Fernandes Mauri M Teixeira et al Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p909919 setout 2012 914 TABELA 2 Matriz de correlação linear simples entre a produtividade de matéria seca índice de área foliar densidade do solo e porosidade total Matrix of simple linear correlation between yield of dry matter leaf area index soil density and total porosity Atributo1 Coeficiente de Correlação MS IAF Ds1 Ds2 Pt1 Pt2 Preparo convencional MS 1 IAF 0890 1 Ds1 0201 0159 1 Ds2 0012ns 0044 ns 0152 1 Pt1 0189 0215 ns 0823 0196 1 Pt2 0195 ns 0098 ns 0068 ns 0209 0059 ns 1 Plantio direto MS 1 IAF 0798 1 Ds1 0195 0307 1 Ds2 0021 ns 0088 ns 0192 1 Pt1 0295 0171 ns 0772 0289 1 Pt2 0166 ns 0142 ns 0145ns 0169 0108 ns 1 1MS produtividade de matéria seca IAF índice de área foliar Ds densidade do solo Pt porosidade total sendo 1 e 2 nas camadas de 00 a 015 m e 015 a 030 m respectivamente significativo a 5 ns não significativo A análise dos resultados apresentados na Tabela 3 mostra excelentes semivariogramas nos três sistemas de manejo do solo tanto para produtividade de matéria seca e índice de área foliar quanto para densidade do solo e porosidade total sendo que o melhor foi registrado para a densidade na camada de 00 a 015 m Ds1 no plantio direto com coeficiente de determinação espacial de 0841 TABELA 3 Parâmetros dos semivariogramas simples ajustados para produtividade de matéria seca índice de área foliar densidade do solo e porosidade total Parameters of the adjusted semivariograms for dry matter yield leaf area index soil density and total porosity Variável1 MS IAF Ds1 Ds2 Pt1 Pt2 Preparo convencional Modelo Exponencial Exponencial Esférico Exponencial Gaussiano Esférico Efeito pepita C0 127 x 106 125 x 106 762 x 104 80 x 104 388 x 104 33 x 105 Patamar C C0 472 x 106 460 x 106 236 x 103 24 x 103 60 x 103 187 x 104 Alcance a 220 218 250 135 222 162 GDE4 Moderada Moderada Moderada Moderada Forte Forte R² 0791 0762 0707 0702 0805 0795 SQR3 144 x 1011 224 x 1012 415 x 105 305 x 107 299 x 1010 391 x 109 Plantio direto Modelo Exponencial Exponencial Esférico Exponencial Gaussiano Esférico Efeito pepita C0 392 x 106 202 x 106 500 x 104 605 x 104 796 x 104 629 x 105 Patamar C C0 703 x 106 922 x 106 744 x 103 245 x 103 808 x 103 191 x 104 Alcance a 242 214 192 167 185 177 GDE4 Moderada Forte Forte Forte Forte Moderada R² 0821 0792 0841 0792 0755 0782 SQR3 444 x 1011 104 x 1012 218 x 105 395 x 107 533 x 1010 361 x 109 1 MS produtividade de matéria seca IAF Índice de área foliar Ds densidade do solo Pt porosidade total sendo 1 e 2 nas camadas de 00 a 015 m e 015 a 030 m 2 epp efeito pepita puro 3 SQR soma dos quadrados dos resíduos 4 GDE grau de dependência espacial Em relação ao alcance da dependência espacial da produtividade de matéria seca os valores encontrados foram 220 e 242 m no preparo convencional e plantio direto respectivamente 218 e 214 m de alcance da dependência do índice de área foliar nos dois manejos Os valores extremos observados de alcance para as propriedades físicas do solo foram 135 e 250 m para as densidades Ds1 e Ds2 respectivamente ambas no preparo convencional valores estes semelhantes obtidos por LIMA et al 2009a e RAMIREZLOPEZ 2008 Correlação linear e espacial entre produtividade de Brachiaria brizantha densidade do solo e porosidade total Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p setout 2012 915 Nas Figuras 1 e 2 mostramse os mapas das variáveis com valores estimados por krigagem agrupados após a análise de dependência espacial verificada nos semivariogramas As variabilidades das densidades do solo e da porosidade total na camada de 00 a 015 m e 015 a 030 m são bastante semelhantes Observase que uma distribuição espacial heterogênea tanto da produtividade de matéria seca quanto do índice de área foliar são dados que corroboram os estudos de SCHAFFRATH 2006 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 3800 4300 4800 5300 5800 6300 6800 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 3 35 4 45 5 55 6 a Matéria seca kg ha1 b Índice de área foliar 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 115 125 135 145 155 165 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 125 135 145 155 165 175 185 c Densidade do solo kg dm3 00 a 015 m d Densidade do solo kg dm3 015 a 030 m 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 022 028 034 04 046 052 058 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 023 025 027 029 031 e Porosidade total m3 m3 00 a 015 m f Porosidade total m3 m3 015 a 030 m FIGURA 1 Mapas de krigagem da produtividade de matéria seca da forragem índice de área foliar densidade do solo e porosidade total na área preparada com preparo convencional Kriging maps of the productivity of the forage dry matter leaf area index soil density and total porosity in the area prepared with conventional tillage Edney L da Vitória Haroldo C Fernandes Mauri M Teixeira et al Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p909919 setout 2012 916 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 3000 3600 4200 4800 5400 6000 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 3 35 4 45 5 55 6 a Matéria seca kg ha1 b Índice de área foliar 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 12 13 14 15 16 17 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 11 12 13 14 15 16 17 18 c Densidade do solo kg dm3 00 a 015 m d Densidade do solo kg dm3 015 a 030 m 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 02 03 04 05 06 07 08 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 015 018 021 024 027 03 e Porosidade total m3 m3 00 a 015 m f Porosidade total m3 m3 015 a 030 m FIGURA 2 Mapas de krigagem da produtividade de matéria seca da forragem índice de área foliar densidade do solo e porosidade total na área de plantio direto Kriging maps of the productivity of the forage dry matter leaf area index soil density and total porosity in the area of tillage Observase correlação espacial positiva com alcance maior no plantio direto do que no preparo convencional exceto para porosidade em ambos os manejos de solo Isto permite constatar que independentemente da magnitude da variabilidade das propriedades físicas do solo o plantio direto tende a estender as relações de dependência entre as variáveis no espaço em distâncias cada vez maiores No preparo convencional por outro lado o revolvimento do sistema dificulta essa organização no mesmo espaço de maneira gradativa no tempo uma vez que periodicamente o sistema é revolvido e essa organização é descaracterizada SCHAFFRATH 2006 Correlação linear e espacial entre produtividade de Brachiaria brizantha densidade do solo e porosidade total Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p setout 2012 917 A análise geoestatística das cokrigagens apresentadas na Tabela 4 indicou que os três melhores semivariogramas cruzados foram para produtividade de matéria seca em função da densidade na camada superficial 00 a 015 m para os três sistemas de manejo do solo com coeficientes de determinação espacial de 0602 0592 e 0613 no preparo convencional no cultivo mínimo e plantio direto respectivamente Também revelou ajuste esférico para os atributos MS fDs2 MS fPt1 e MS fPt2 nos três sistemas de manejo cujos alcances variaram entre 139 e 209 m assim como com elevado grau de dependência espacial para todos de forma a concordar com SIQUEIRA et al 2006 que obtiveram para esse mesmo atributo pares com correlações variando entre 0180 e 0140 TABELA 4 Parâmetros dos semivariogramas cruzados ajustados para produtividade de matéria seca índice de área foliar em função da densidade do solo e porosidade total para cada sistema de manejo do solo Cross semivariogram parameters adjusted for dry matter yield leaf area index as a function of soil density and total porosity for each soil management system Atributos Cruzados MS fDs1 MS fDs2 MS fPt1 MS fPt2 Preparo convencional Modelo Gaussiano Esférico Esférico Esférico Efeito pepita C0 100 x 101 100 x 102 100 x 102 100 x 102 Patamar C C0 622 x 101 59 x 101 273 x 101 773 x 101 Alcance a 173 117 117 201 GDE4 Forte Forte Forte Forte R² 0602 0217 0556 0472 SQR3 370 x 103 528 x 102 133 x 102 559 x 102 Plantio direto Modelo Guassiano Esférico Esférico Esférico Efeito pepita C0 100 x 102 100 x 102 100 x 102 100 x 102 Patamar C C0 500 x 101 423 x 101 809 x 101 296 x 101 Alcance a 199 132 115 209 GDE4 Forte Forte Forte Forte R² 0613 0198 0509 0398 SQR3 307 x 103 413 x 102 424 x 102 557 x 102 CONCLUSÕES A produtividade de matéria seca o índice de área foliar a densidade do solo e a porosidade total não variaram aleatoriamente e apresentaram variabilidade dos dados entre baixa e média independentemente do sistema de manejo do solo A correlação linear entre a produtividade de matéria seca e a densidade do solo na camada superficial ainda que tenha sido baixa é altamente significativa do ponto de vista espacial independentemente do manejo do solo REFERÊNCIAS AMARO FILHO J NEGREIROS RFD ASSIS JÚNIOR RN MOTA JCA Amostragem e variabilidade espacial de atributos físicos de um Latossolo Vermelho em Mossoró RN Revista Brasileira de Ciência do Solo ViçosaMG v31 n3 p415422 2007 AZEVEDO E Uso da geoestatística e de recursos de geoprocessamento no diagnóstico da degradação de um solo argiloso sob pastagem no Estado de Mato Grosso 2004 141 f Tese Doutorado em Engenharia Agrícola Universidade Estadual de Campinas Campinas 2004 Edney L da Vitória Haroldo C Fernandes Mauri M Teixeira et al Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p909919 setout 2012 918 BORDIN I NEVES C S V J AIDA F T SOUZA W R DAVOGLIO JÚNIOR A C FURLANETO T L R TAVARES FILHO J Sistema radicular de planta cítrica e atributos físicos do solo em um Latossolo argiloso submetido à escarificação Ciência Rural Santa Maria v35 n4 p820825 2005 COLET M J SVERZUT C B WEIRICH NETO P H Alteração em atributos fisicos de um solo sob pastagem após escarificação Ciências Agrotécnicas Lavras v33 n2 2009 CRUZ JC PEREIRA FILHO IA RODRIGUES JAS FERREIRA JF Ed Produção e utilização de silagem de milho e sorgo Sete Lagoas Embrapa Milho e Sorgo 2001 544 p FOLONI JSS CALONEGO JC LIMA SL Efeito da compactação do solo no desenvolvimento aéreo e radicular de cultivares de milho Pesquisa Agropecuária Brasileira Brasília v38 p947953 2003 FREDDI OS Avaliação do intervalo hídrico ótimo em Latossolo Vermelho cultivado com milho 2007 105 f Tese Doutorado em Produção Vegetal Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Jaboticabal 2007 LARA MAS Respostas morfofisiológicas de cinco cultivares de Brachiaria spp às variações estacionais da temperatura do ar e do fotoperíodo 2007 91 f Dissertação Mestrado Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Piracicaba 2007 LIMA CGR CARVALHO MP MELLO LMM LIMA RC Correlação linear e espacial entre a produtividade de forragem a porosidade total e a densidade do solo de Pereira Barreto SP Revista Brasileira de Ciência do Solo v31 p12331244 2007 LIMA JSS SATTLER MA PASSOS RR OLIVEIRA PC SOUZA GS Variabilidade espacial de atributos físicos de um Argissolo VermelhoAmarelo sob pastagem e vegetação secundária em regeneração natural Engenharia Agrícola Jaboticabal v29 n2 p185195 2009b LIMA RC MELLO LMM CARVALHO MP LIMA CGR MELLO AM Aspectos lineares e espaciais da correlação entre a produtividade de forragem de milho e a porosidade do solo sob plantio direto Engenharia Agrícola Jaboticabal v29 n1 p4051 2009a NEIRO ES Propriedades físicas e químicas de um Latossolo Vermelho Distroférrico sob rotação e sucessão de culturas sob semeadura direta 2002 Dissertação Mestrado em Agronomia Universidade Estadual de Maringá Maringá 2002 RAMIREZLOPEZ L REINASANCHEZ A CAMACHOTAMAYO JH Variabilidad espacial de atributos físicos de un Typic Haplustox de los Llanos Orientales de Colômbia Engenharia Agrícola Jaboticabal v28 n1 p5563 2008 SANTOS ML CARVALHO MP RAPASSI RMA MURAISHI CT MALLER A MATOS FA Correlação linear e espacial entre produtividade de milho Zea mays L e atributos físicos de um Latossolo Vermelho distroférrico sob plantio direto do cerrado brasileiro Acta Scientiarum Maringá v28 n3 p313321 2006 SAS INSTITUTE SAS users guide statistics version 91 Cary 2002 SCHAFFRATH VR Variabilidade espacial de propriedades físicas do solo e de variáveis de plantas daninhas em sistemas de manejo de solo 2006 91 f Tese Doutorado Universidade Estadual de Maringá Maringá 2006 SECCO D DA ROS CO SECCO JK FIORIN JE Atributos físicos e produtividade de culturas em um Latossolo Vermelho argiloso sob diferentes sistemas de manejo Revista Brasileira de Ciência do Solo v29 p407414 2005 SIQUEIRA GM Variabilidade de atributos físicos do solo determinados por métodos diversos 2006 163 f Dissertação Mestrado Instituto Agronômico de Campinas Campinas 2006 Correlação linear e espacial entre produtividade de Brachiaria brizantha densidade do solo e porosidade total 919 Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p909919 setout 2012 STONE LF SILVEIRA PM Efeito do sistema de preparo e da rotação de culturas na porosidade e densidade do solo Revista Brasileira de Ciência do Solo v25 p395401 2001 UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA UFV SAEG sistema para análises estatísticas versão 91 Viçosa 2007 ZEFERINO CV Morfogênese e dinâmica do acúmulo de forragem em pastos de capimmarandu Brachiaria brizantha Hoechst ex A Rich cv Marandu submetidos a regimes de lotação intermitente por bovinos de corte 2006 193 f Dissertação Mestrado Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Piracicaba 2006 Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 185 LIMITES DE ATTERBERG E SUA CORRELAÇÃO COM A GRANULOMETRIA E MATÉRIA ORGÂNICA DOS SOLOS K D Ribeiro L K Souza UNIFOR Centro Universitário de Formiga Formiga MG Brasil Article history Received 02 April 2018 Received in revised form 20 June 2018 Accepted 25 June 2018 Available online 28 June 2018 RESUMO Há várias práticas mecanizadas realizadas na agricultura moderna que geram cargas que podem modificar a estrutura e afetar as propriedades físicas dos solos Assim o manejo correto e a prevenção da compactação do solo são importantes na agricultura sustentável Entre as propriedades relacionadas ao manejo dos solos temse a granulometria o teor de matéria orgânica e a consistência As duas primeiras influem na última que por sua vez permite definir quando um solo se encontra friável condição ideal para as práticas agrícolas mecanizadas O presente trabalho objetivou avaliar a correlação existente entre os limites de consistência do solo com sua granulometria e teor de matéria orgânica com vistas ao manejo adequado dos solos sob agricultura mecanizada Para tanto foram coletadas amostras de solo em diferentes profundidades que foram caracterizadas quanto à textura teor de matéria orgânica limite de plasticidade limite de liquidez e índice de plasticidade Os resultados mostraram que a área estudada se caracteriza pela presença de solo de textura franca medianamente plástico e de baixa concentração de matéria orgânica sendo recomendado que as práticas agrícolas mecanizadas sejam realizadas quando a umidade do solo se encontrar abaixo de 29 A granulometria do solo influiu significativamente sobre os limites de consistência do solo da área estudada e a concentração de matéria orgânica do solo não influenciou os valores de limites de consistências do solo analisado Palavraschave Consistência Plasticidade Umidade CORRELATION BETWEEN GRANULOMETRY AND ORGANIC SOIL MATTERS WITH LIMITS OF ATTERBERG ABSTRACT The characterization of soils under mechanized agriculture is important for its correct management and prevention of compaction Among the properties related to soil management the granulometry and the organic matter content influence the consistency and the consistency allows defining when a soil is friable an ideal condition for mechanized agricultural practices The objective of this work was to evaluate the correlation between soil consistency limits and grain size and organic matter content aiming at the adequate management of soils under mechanized agriculture Soil samples were collected at different depths which were characterized by texture organic matter content plasticity limit liquidity limit and plasticity index The results showed that the studied area is characterized by a medium textured soil moderately plastic and low organic matter concentration It is recommended that mechanized agricultural practices be performed when soil moisture is below 29 Soil granulometry had a significant influence on the soil consistency limits of the katiadrbolcombr Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 186 studied area and the soil organic matter concentration did not influence the values of soil consistency limits Keywords Consistency Plasticity Moisture INTRODUÇÃO O setor da agricultura tem se destacado em termos econômicos devido à ótima produtividade de produtos primários e à modernização gerada pelo uso de tecnologias e manejos mecanizados Essa mecanização porém conforme Stone et al 2002 aumenta os índices de compactação do solo que podem trazer prejuízos ao solo e às plantas São várias práticas mecanizadas na agricultura indo desde o preparo do solo até a colheita onde circulam sobre o solo maquinários pesados gerando cargas o que pode modificar a estrutura e afetar as propriedades físicas dos solos STRECK 2003 A suscetibilidade à compactação do solo devido ao uso de maquinários pesados dentre outros fatores depende do estado de consistência do solo Em função do teor de umidade o solo pode apresentar características iguais às de um líquido ou de um sólido onde entre estes dois estados limites o solo passará ainda por outros dois estados o plástico e semissólido sendo estes denominados estados de consistência dos solos ROSA 2015 Os limites de Atterberg referemse ao limite de liquidez LL limite de plasticidade LP e limite de contração LC sendo iguais aos valores de umidades que separam um estado de consistência do solo de outro Conhecendose os valores dos limites de Atterberg é possível saber em função da umidade natural do solo U se o solo se encontra no estado sólido U LC no estado friável LC U LP no estado plástico LP U LL ou no estado viscoso U LL A passagem de um estado de consistência para outro é gradual No estado viscoso ou líquido a massa de solo apresenta propriedades e aparência de uma suspensão ou seja não possui forma própria e tem resistência ao cisalhamento nula No estado plástico a massa de solo pode ser moldada sem apresentar variação sensível do seu volume ruptura ou fissuramento No estado friável ou semissólido a massa de solo tem a aparência de um sólido mas sofre redução de volume se for submetido à secagem No estado sólido a secagem da massa de solo não mais provoca redução de seu volume GRECO 2015 A consistência do solo é afetada por fatores como a granulometria e teor de matéria orgânica LORENZO 2010 Conhecer as relações entre os limites de Atterberg granulometria e matéria orgânica permite uma caracterização dos solos que pode servir de subsídio para o planejamento do manejo mecanizado do solo para fins de prevenção dos efeitos adversos da compactação Uma das características físicas mais importantes do solo é a textura ou granulometria que caracteriza as quantidades de areia silte e argila presentes no solo Solos que apresentam alta porcentagem de finos são muito influenciados pela umidade causando grandes variações nas suas propriedades plásticas SOUZA et al 2000 Nessas circunstâncias a simples análise granulométrica não é confiável para caracterizálos sendo recomendada a caracterização granulométrica juntamente com a de consistência A matéria orgânica do solo MO influi positivamente sobre sua densidade porosidade liberação e fixação de nutrientes NASCIMENTO et al 2010 e formação de agregados LUCHESE et al 2002 Influi ainda nos limites de liquidez e plasticidade dos solos podendo aumentar seu índice de plasticidade SILVA MIRANDA 2016 O diagnóstico do estado de consistência do solo e dos fatores que Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 187 influenciam nesses estados permite inferir sobre sua resistência mecânica à compressão logo sobre sua suscetibilidade à compactação LORENZO 2010 De posse dos resultados da caracterização das áreas mecanizadas quanto aos limites de Atterberg granulometria e teor de matéria orgânica podese então programar as práticas agrícolas visando evitar o manejo quando o solo se encontrar nos estados plástico e viscoso onde a suscetibilidade à compactação é maior evitando assim a redução da penetração de raízes da permeabilidade de água e da absorção de nutrientes BEUTLER et al 2004 bem como o aumento do escoamento superficial e a probabilidade de se instalarem fenômenos erosivos e de assoreamento dos cursos dágua da região Notase que o manejo inadequado da umidade do solo pode trazer problemas econômicos e ambientais para a agricultura mecanizada Assim sendo o presente trabalho objetivou determinar a correlação entre os limites de Atterberg dos solos com sua granulometria e teor de matéria orgânica para uma área passível de implementação da agricultura mecanizada MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi realizado na Fazenda Laboratório do Centro Universitário de Formiga UNIFORMG localizada sob as coordenadas geográficas UTM N 7736900 m e E 451060 m Datum WGS84 fuso 23K no município de Formiga região centrooeste do estado de Minas Gerais A área de estudo está ocupada por pastagem sendo o solo local caracterizado como um Argissolo vermelhoamarelo Foram coletadas amostras deformadas em uma malha regular de amostragem de 50 m x 50 m totalizando 20 pontos de amostragem As amostras foram coletadas em duas profundidades 0 20 cm e 20 40 cm Após a coleta as amostras foram acondicionadas em sacos plásticos vedados e numerados conforme suas posições sendo então encaminhadas para o Laboratório de Ciências da Terra do UNIFORMG onde foram submetidas a ensaios para determinação do limite de liquidez limite de plasticidade granulometria e teor de matéria orgânica A granulometria das amostras foi determinada por dispersão total pelo método da pipeta conforme Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EMBRAPA 1997 Os ensaios para determinação do limite de liquidez e limite de plasticidade das amostras foram realizados conforme normas rodoviárias do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem DNERME 12294 e DNERME 08294 respectivamente O índice de plasticidade foi calculado pela diferença entre o valor de limite de liquidez e o valor do limite de plasticidade O teor de matéria orgânica foi determinado por calcinação das amostras a 250ºC por 5 horas conforme Silva et al 1999 Os dados obtidos foram tabulados e submetidos a análises estatísticas para determinação dos coeficientes de correlação de Pearson para verificação da influência da textura e teor de matéria orgânica sobre os limites de consistência das amostras de solos analisadas Os coeficientes de correlação obtidos foram ainda submetidos ao teste t de Student a 5 de probabilidade para verificação de sua significância RESULTADOS E DISCUSSÃO As Figuras 1 2 e 3 apresentam os resultados da análise granulométrica das amostras de solo analisadas Conforme triângulo textural proposto por Lemos e Santos 1984 tanto a camada superficial 020 cm de profundidade quanto a Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 188 camada subsuperficial 2040 cm de profundidade da área estudada apresentam textura franca observandose teores de areia maiores para a camada superficial com maiores teores de silte para a camada subsuperficial Trindade et al 2009 na caracterização de um argissolo amarelo do nordeste paranaense verificaram a predominância da fração areia na camada superficial e atribuíram esse fato ao processo de formação do solo atribuindo as maiores concentrações de areia na camada superficial à translocação da fração argila do horizonte A para o horizonte B fenômeno típico em argissolo Fernandes 2014 relata que solos com predominância da fração silte nas camadas subsuperficiais tendem a apresentar elevada instabilidade mecânica quando submetidos a operações de terraplenagens e mecanização agrícola Figura 1 Porcentagens de areia determinadas para as amostras analisadas Figura 2 Porcentagens de silte determinadas para as amostras analisadas Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 189 A análise granulométrica das amostras estudadas indicou uma relação inversamente proporcional entre as frações areia e silte Figuras 1 e 2 Os teores de areia também foram inversamente proporcionais aos teores de argila Figuras 1 e 3 o que corrobora com Lima et al 2015 que realizando uma análise temporal da composição granulométrica de um estuário amazônico verificaram que houve uma tendência inversamente proporcional entre a fração de areia e as frações silte e argila Figura 3 Porcentagens de argila determinadas para as amostras analisadas A matéria orgânica MO presente no solo representa uma grande reserva de carbono orgânico principalmente nas regiões de clima quente e úmido SILVA MIRANDA 2016 O teor de MO das amostras analisadas variou de 063 a 1382 Figura 4 sendo considerados baixos conforme Trindade et al 2009 Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 190 Figura 4 Porcentagens de matéria orgânica determinadas para as amostras analisadas Em solos de textura franca com predominância de frações mais grosseiras como é o caso das amostras analisadas geralmente verificase maior aeração e maior aquecimento favorecendo a decomposição da matéria orgânica o que justifica os baixos valores observados Verificase que as maiores concentrações de MO estão na camada superficial Trindade et al 2009 relatam que geralmente são encontrados maiores teores de MO nas camadas mais superficiais dos solos devido ao equilíbrio existente entre a deposição de restos de vegetação e outros materiais orgânicos e ação microbiana na decomposição destes Os resultados para o limite de liquidez limite de plasticidade e índice de plasticidade das amostras analisadas são apresentados nas Figuras 5 6 e 7 respectivamente Observase de um modo geral pequena variação entre os valores de LL e LP da camada superficial para a camada subsuperficial Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 191 Figura 5 Limites de liquidez das amostras analisadas Figura 6 Limites de plasticidade das amostras analisadas Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 192 Figura 7 Índices de plasticidade das amostras analisadas De um modo geral a camada subsuperficial apresentou maiores valores de IP devido provavelmente à maior concentração de partículas finas dessa camada O valor médio de IP observado para a área de estudo é de 1253 permitindo classificar o solo da área estudada como medianamente plástico conforme Caputo 2012 A análise da consistência do solo permite inferir sobre sua suscetibilidade à compactação Assim a área estudada pode ser caracterizada como de mediana suscetibilidade à compactação o que exige um manejo adequado da umidade do solo para fins preventivos evitandose assim os efeitos maléficos que a compactação confere ao solo e à planta comprometendo a produtividade da área O valor médio de LP verificado para a área estudada foi de 29 ou seja para umidades acima desse valor o solo se encontra no estado plástico reduzindo sua resistência mecânica compactação Abaixo dessa umidade o solo se encontra no estado friável Logo de uma maneira bem simples recomendase que as práticas mecanizadas na área estudada sejam realizadas quando solo estiver com umidade inferior a 29 com vistas a evitar o processo de compactação do solo e seus efeitos danosos A Tabela 1 apresenta a matriz de correlação entre os dados obtidos para as amostras de solo analisadas Tabela 1 Matriz de correlação entre os dados obtidos para as amostras de solo analisadas Areia Silte Argila MO LP LL IP Areia 100 Silte 083 100 Argila 051 006 ns 100 MO 006 ns 004 ns 004 ns 100 LP 071 050 049 012 ns 100 LL 079 055 056 006 ns 077 100 IP 019 ns 012 ns 015 ns 008 ns 025 ns 042 100 significativo a 5 de significância ns não significativo Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 193 Os limites de consistência foram influenciados significativamente pela textura do solo As frações argila e silte apresentaram correlação positiva e moderada com os valores de LL e LP Souza et al 2000 citam que quanto maior for a porcentagem da fração argila no solo maior influência terá sobre o do limite de liquidez A fração areia apresentou correlação forte e negativa com os valores de LL e LP Quanto mais plástico for o solo maior a umidade necessária para que o mesmo atinja os estados plástico e líquido A fração areia não é plástica logo quanto mais arenoso for o solo menor sua plasticidade menor será seu LP e mais facilmente atingirá o estado líquido ou seja menor será o valor de LL Marcolin 2006 verificou correlação positiva entre o teor de argila e os limites de liquidez de plasticidade e índice de plasticidade Nesse estudo não foi observada correlação entre o teor de argila e o IP Luciano et al 2012 citam que isso pode ter ocorrido devido ao predomínio de argilominerais com menor superfície específica que diminuem a capacidade da fração argila de interagir com a água e reduzem o efeito lubrificante desta não ocorrendo o deslizamento das partículas finas uma sobre as outras o que reduz o IP do solo A MO não apresentou correlação significativa nem com a textura e nem com a consistência do solo contradizendo vários autores como Fiori e Carmignani 2001 e Caputo 2012 que citam que a MO incrementa o valor do LP sem elevar necessariamente o valor do LL Ribeiro et al 2004 citam que a MO pode influenciar negativamente a plasticidade das argilas promovendo a aderência e aumentando a coesão das partículas após secagem Goldberg et al 2000 verificaram relação diretamente proporcional entre o teor de MO do solo e o teor da argila mostrando alta afinidade química da carga negativa da matéria orgânica com a carga positiva da argila Silva e Miranda 2016 verificaram que a presença de MO nos solos influenciou mais fortemente os valores de LP do que os valores de LL dos solos promovendo ao aumento dos valores de IP Os resultados do presente estudo porém não mostraram correlação significativa entre a MO do solo com os valores de LL LP e IP e nem com a granulometria do solo Isso leva à inferência de uma não influência da MO sobre a plasticidade do solo o que é questionável diante dos resultados de tantos outros estudos existentes na literatura Como a concentração de MO nas amostras analisadas foi baixa isso pode ter feito com que sua influência sobre a plasticidade do solo não fosse notada conforme também já foi verificado por Ribeiro et al 2004 e Silva e Miranda 2016 CONCLUSÕES A área estudada caracterizase pela presença de solo de textura franca medianamente plástico e com baixa concentração de matéria orgânica O solo da área estudada apresentou predominância da fração areia na camada superficial com predominância da fração silte na camada subsuperficial Houve uma tendência inversamente proporcional entre a fração areia e as frações silte e argila Os valores do IP foram maiores em subsuperfície observandose pequena variação dos valores de LL e LP nas duas profundidades analisadas Recomendase realizar práticas agrícolas mecanizadas na área estudada somente quando a umidade do solo se encontrar abaixo de 29 A granulometria do solo influi significativamente sobre os limites de consistência do solo da área estudada sendo que quanto maior a porcentagem da fração areia menor a plasticidade do solo Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 194 A concentração de matéria orgânica do solo não influenciou os valores de limites de consistências do solo analisado AGRADECIMENTOS Ao Centro Universitário de Formiga UNIFORMG pelo financiamento do projeto de pesquisa e à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais FAPEMIG pela concessão das bolsas de iniciação científica REFERÊNCIAS BEUTLER A N CENTURION J F SILVA A P ROQUE C G FERRAZ MV Compactação do solo e intervalo hídrico ótimo na produtividade de arroz de sequeiro Pesq agropec bras Brasília v39 n6 p575580 jun 2004 Disponível em httpwwwscielobrpdf0Dpabv39n6 v39n6a09pdf Acesso em 30 mar 2018 CAPUTO H P Mecânica dos solos e suas aplicações fundamentos Rio de janeiro LTC 2012 rev ampli ed 6 v 1 p 5255 DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM DNERME 08294 Solos Determinação do Limite de Plasticidade Norma Rodoviária Método de Ensaio 1994 3p DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM DNERME 12294 Solos Determinação do Limite de Liquidez método de referência e método expedito Norma Rodoviária Método de Ensaio 1994 7p EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA Manual de métodos de análises de solo Rio de Janeiro Centro Nacional de Pesquisa de solo EMBRAPASOLO 1997 ed 2 rev atual p 2734 FERNANDES M R Fundamentos de solos Belo Horizonte EMATERMG 2014 20 p Disponível em httpwwwematermggovbrdocintrane tuploadLivrariaVirtualcartilhafundament ossolospdf Acesso em 20 jun 2018 FIORI A P CAMIGNANI L Fundamento de mecânica dos solos e das rochas aplicações na estabilidade de taludes Editora UFPE 2001 GOLDBERG S LEBRON I SUAREZ D L Soil colloidal behavior In Summer M E Handbook of soil science New York CRC Press 2000 Cap 6 p B195 B240 GRECO J A S Solos conceitos e ensaios da mecânica dos solos classificação dos solos para fins rodoviários 2015 Disponível em etgufmgbrjiselapaginaNotas20de 20aula20solospdf Acesso em 13 jan 2018 LEMOS RC SANTOS RD Manual de descrição e coleta de solo no campo 2ed Campinas Sociedade Brasileira de Ciência do Solo EmbrapaSNLCS 1984 46p LIMA M W SANTOS M L S MONTELO D J NUNES D M ALVES I C C SILVA M S F Análise temporal da composição granulométrica de um estuário amazônico Pará Brasil Scientia Plena v 11 n 1 2015 Disponível em httpswwwscientiaplenaorgbrsparticl eviewFile20281103 Acesso em 20 jun 2018 LORENZO M Pedologia Morfologia consistência do solo 2010 Disponível em httpsmarianaplorenzocom20101018 Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 195 pedologiamorfologiaconsistenciado solo Acesso em 29 mar 2018 LUCHESE E B FAVERO L O B LENZI E Fundamentos da Química do Solo Rio de Janeiro Freitas Bastos 2002159p LUCIANO R V ALBUQUERQUE J A COSTA A BATISTELLA B WARMLING M T Atributos físicos relacionados à compactação de solos sob vegetação nativa em região de altitude no sul do Brasil R Bras Ci Solo 361733 1744 2012 Disponível em wwwscielobrpdfrbcsv36n607pdf Acesso em 30 mar 2018 MARCOLIN CD Propriedades físico hídricomecânicas de solos sob plantio direto na região de Passo Fundo RS Passo Fundo Universidade de Passo Fundo 2006 92p Dissertação de Mestrado NASCIMENTO P C LANI J L MENDONÇA E S ZOFFOLI H J O PEIXOTO H T M Teores e características da matéria orgânica de solos hidromórficos do Espírito Santo R Bras Ci Solo v34 n2 p339348 2010 Disponível em httpwwwscielobrpdfrbcsv34n2v34n 2a07pdf Acesso em 29 mar 2018 RIBEIRO CG et al Estudo sobre a Influência da Matéria Orgânica na Plasticidade e no Comportamento Térmico de uma Argila Cerâmica Industrial v9 n3 p 14 2004 ROSA W de A Rochas e solos 2015 Disponível em httpwwwgooglecombrurlsatrctj qesrcssourcewebcd1ved0 CB0QFjAAahUKEwjF4pur3tjGAhXEoIA KHYAfBE0urlhttp3A2F2Fwww profwilliancom2Fprof2Fmarcus2F Materialparaestudos2FTecnologiae ArquiteturaI2FRochaseSolospptei bwOkVYXvCcTBggSAv5DoBAusg AFQjCNF7E M5stVuS7WyvbdFi86diEUigbvmbv97 653015deXY Acesso em 13 jan 2018 SILVA A C TORRADO P V ABREU JUNIOR J S Métodos de quantificação da matéria orgânica do solo Alfenas USP 1999 p2126 SILVA M J R MIRANDA J B A matéria orgânica e sua influência nas frações granulométricas do solo e nos limites de Atterberg In I Congresso Internacional de Ciências Agrárias 2016 Disponível em httpcointer pdvagrocombrwp contentuploads201612INFLUC38A NCIADAMATC389RIA ORGC382NICANOSLIMITESDE ATTERBERGpdf Acesso em 29 mar 2018 SOUZA C M A RAFULL L Z L VIEIRA L B Determinação do limite de liquidez em dois tipos de solo utilizando se diferentes metodologias Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental v4 n3 p460464 2000 Campina Grande PB DEAgUFPB 2000 Disponível em httpwwwagriambicombrrevistav4n3 460pdf Acesso em 29 mar 2018 STONE LF GUIMARÃES CM MOREIRA JAA Compactação do solo na cultura do feijoeiro I efeitos nas propriedades físicohídricas do solo Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental v6 p207212 2002 STRECK CA Compactação do solo e seus efeitos no desenvolvimento radicular e produtividade da cultura do feijoeiro e da soja 2003 83p Dissertação Mestrado Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria TRINDADE E F S RODRIGUES T E CARVALHO E J M CORRÊA P C S Matéria orgânica e atributos físicos de um argissolo amarelo distrófico no nordeste paranaense Amazônia Ciência Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 196 e Desenvolvimento Belém v 5 n 9 juldez 2009 Disponível em ainfocnptiaembrapabrdigitalbitstream item304411MateriaOrganicaAtripdf Acesso em 30 mar 2018 RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO¹ CORRELAÇÃO LINEAR E ESPACIAL ENTRE PRODUTIVIDADE DE BRACHIARIA BRIZANTHA DENSIDADE DO SOLO E POROSIDADE TOTAL EM FUNÇÃO DO SISTEMA DE MANEJO DO SOLO EDNEY L Da vitória HAROLDO C Fernandes MAURI M Teixeira PAULO R Cecon ELCIO DAS G Lacerda Conselho editorial em 2012 O artigo inicialmente trata de que a utilização do preparo convencional e o plantio direto determinam a amplitude da dependência espacial das propriedades físicas do solo em consequência a variabilidade da produtividade de matéria seca e o índice de área foliar da braquiária A pesquisa tem como objetivo estudar a distribuição dos dados e ajustálos às exigências das ferramentas geoestatísticas estabelecer e descrever a estrutura de dependência espacial de cada variável por meio dos semivariogramas usando a validação cruzada para escolher o melhor modelo de estimativa por krigagem gerar mapas de contorno de isolinhas para todas as variáveis com dependência espacial e descrever a correlação espacial entre as variáveis que apresentarem maior correlação espacial duas a duas por meio dos semivariogramas cruzado O trabalho foi realizado na área experimental do Instituto Federal de Ensino Superior Câmpus de Santa Teresa localizada no município de Santa Teresa região Serrana do Espírito Santo O clima da região é temperado úmido com inverno seco e verão quente A média de temperatura anual entre 16 e 18 ºC O solo é classificado como Latossolo Amarelo eutrófico textura arenosa com 300 g kg1 de argila 70 g kg1 de silte e 630 g kg1 de areia conforme NEIRO 2002 Os autores do artigo observaram correlação espacial positiva com alcance maior no plantio direto do que no preparo convencional exceto para porosidade em ambos os manejos de solo Isto permite constatar que independentemente da magnitude da variabilidade das propriedades físicas do solo o plantio direto tende a estender as relações de dependência entre as variáveis no espaço em distâncias cada vez maiores No preparo convencional por outro lado o revolvimento do sistema dificulta essa organização no mesmo espaço de maneira gradativa no tempo uma vez que periodicamente o sistema é revolvido e essa organização é descaracterizada Então eles concluíram nas análises do trabalho que a produtividade de matéria seca o índice de área foliar a densidade do solo e a porosidade total não variaram aleatoriamente e apresentaram variabilidade dos dados entre baixa e média independentemente do sistema de manejo do solo A correlação linear entre a produtividade de matéria seca e a densidade do solo na camada superficial ainda que tenha sido baixa é altamente significativa do ponto de vista espacial independentemente do manejo do solo RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO² LIMITES DE ATTERBERG E SUA CORRELAÇÃO COM A GRANULOMETRIA E MATÉRIA ORGÂNICA DOS SOLOS K D Ribeiro L K Souza Centro Universitário de Formiga Formiga MG 2018 O segundo artigo tratase de avaliar a correlação existente entre os limites de consistência do solo com sua granulometria e teor de matéria orgânica com vistas ao manejo adequado dos solos sob agricultura mecanizada Visto que uma das características físicas mais importantes do solo é a textura ou granulometria que caracteriza as quantidades de areia silte e argila presentes no solo O estudo foi realizado na Fazenda Laboratório do Centro Universitário de Formiga UNIFORMG localizada sob as coordenadas geográficas UTM N 7736900 m e E 451060 m Datum WGS84 fuso 23K no município de Formiga região centrooeste do estado de Minas Gerais A área de estudo está ocupada por pastagem sendo o solo local caracterizado como um Argissolo vermelhoamarelo Foram coletadas amostras deformadas em uma malha regular de amostragem de 50 m x 50 m totalizando 20 pontos de amostragem As amostras foram coletadas em duas profundidades 0 20 cm e 20 40 cm Após a coleta as amostras foram acondicionadas em sacos plásticos vedados e numerados conforme suas posições sendo então encaminhadas para o Laboratório de Ciências da Terra do UNIFORMG onde foram submetidas a ensaios a granulometria das amostras foi determinada por dispersão total o teor de matéria orgânica foi determinado por calcinação das amostras a 250ºC por 5 horas conforme Silva et al 1999 A área em que os autores analisaram foi caracterizada pela presença de solo de textura franca medianamente plástico e com baixa concentração de matéria orgânica Este solo apresentou predominância da fração areia na camada superficial com predominância da fração silte na camada subsuperficial Houve uma tendência inversamente proporcional entre a fração areia e as frações silte e argila A granulometria do solo influi significativamente sobre os limites de consistência do solo da área estudada sendo que quanto maior a porcentagem da fração areia menor a plasticidade do solo Diante do supracitado podemos perceber que os dois artigos avaliaram nos resultados dos experimentos a importância da qualidade física desses solos

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1 Engo Agrícola Prof Adjunto Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas UFES Câmpus São Mateus ES edneyvitoriaceunesufesbr 2 Engo Agrícola Prof Associado Departamento de Engenharia Agrícola UFV Viçosa MG haroldoufvbr 3 Engo Agrônomo Prof Associado Departamento de Engenharia Agrícola UFV Viçosa MG mauriufvbr 4 Engo Agrônomo Prof Associado Departamento de Estatística UFV Viçosa MG ceconufvbr 5 Tecnólogo em Agropecuária Prof Voluntário IFES Câmpus Santa Teresa ES Recebido pelo Conselho Editorial em 572011 Aprovado pelo Conselho Editorial em 2952012 Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p909919 setout 2012 CORRELAÇÃO LINEAR E ESPACIAL ENTRE PRODUTIVIDADE DE BRACHIARIA BRIZANTHA DENSIDADE DO SOLO E POROSIDADE TOTAL EM FUNÇÃO DO SISTEMA DE MANEJO DO SOLO EDNEY L DA VITÓRIA1 HAROLDO C FERNANDES2 MAURI M TEIXEIRA3 PAULO R CECON4 ELCIO DAS G LACERDA5 RESUMO A densidade e a porosidade são propriedades físicas do solo que são alteradas em função do sistema de manejo utilizado com consequente influência sobre a produtividade das culturas A produtividade da planta forrageira Brachiaria brizantha em função da densidade do solo e da porosidade total foi analisada em dois sistemas de manejo de solo em experimento conduzido no segundo semestre de 2009 no município de Santa Teresa no Estado do Espírito Santo O objetivo foi estudar a variabilidade e as correlações lineares e espaciais entre os atributos da planta e do solo visando a selecionar um indicador da qualidade física do solo de boa representatividade para produtividade de forragem Marcaramse duas parcelas de 40 m por 50 m a cada 5 m em duas direções resultando em um reticulado retangular de 99 pontos em cada um dos sistemas utilizados preparo convencional e plantio direto Os atributos estudados além de não terem variado aleatoriamente apresentaram variabilidade dos dados entre média e alta e seguiram padrões espaciais bem definidos com alcance entre 203 e 242 m Por sua vez a correlação linear entre o atributo da planta e os do solo em função do elevado número de observações foi baixa A melhor correlação para produtividade de matéria seca foi com a densidade do solo na profundidade de 00 015 m independentemente do sistema de manejo do solo indicando que a produtividade e a densidade do solo são inversamente proporcionais Portanto a densidade do solo avaliada na camada de 00 015 m apresentouse como satisfatório indicador da qualidade física do solo quando se considerou a produtividade da forrageira PALAVRASCHAVE propriedades físicas do solo geoestatística preparo do solo forragicultura LINEAR AND SPATIAL CORRELATIONS AMONG FORAGE YIELD BULK DENSITY AND TOTAL POROSITY IN FUNCTION OF SOIL MANAGEMENT SYSTEM ABSTRACT Total porosity and bulk density are strongly affected by soil management which reflects directly in agricultural productivity The productivity of the forage Brachiaria brizantha in function of bulk density and total porosity was analyzed in two soil management systems in an experiment lead in the second semester of 2009 in Santa Teresa County state of Espírito Santo Brazil The purpose of the study was to evaluate the variability and linear and spatial correlations among the attributes plant and soil in order to identify an indicator of soil physical quality for corn forage productivity A geostatistical grid was installed to collect soil and plant data with 99 sample points in each soil management system The studied attributes did not vary randomly and the variability was medium to low with well defined patterns The spatial range varied between 203 and 242 m On the other hand the linear correlations between the forage productivity with the soil attributes were low due to the high data number The comments of better correlation for productivity was the bulk density in the depth of 00 015 independently of the soil management system indicating that the productivity and the density of the soil are inversely proportional Thus the bulk density in the 00 015 m soil layer proved to be a satisfactory index of the soil physical quality regarding to forage yield KEYWORDS soil physical attributes geostatistics soil management crop forage Edney L da Vitória Haroldo C Fernandes Mauri M Teixeira et al Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p909919 setout 2012 910 INTRODUÇÃO As espécies forrageiras representam as plantas de interesse econômico mais cultivadas no Brasil e no mundo Contudo o pequeno número de espécies forrageiras com valor nutricional satisfatório aliado à baixa fertilidade e manejo inadequado do solo constitui um dos principais fatores limitantes da produção pecuária nas regiões tropicais A intensificação da mecanização é usada constantemente com intuito de melhorar as condições de implantação e desenvolvimento de plantas forrageiras Entretanto muitas vezes a produtividade é comprometida pelo excesso ou pela inadequação de práticas às quais o solo é submetido desde o seu manejo até à colheita da cultura que nele se estabeleceu A distribuição espacial de propriedades de solo e de produtividade tem recebido atenção crescente por parte de pesquisadores de vários países e em muitas áreas do conhecimento Estudos de solos foram os primeiros a serem realizados evidenciando a influência da distância amostral em contraposição à crença vigente de aleatoriedade espacial A variabilidade espacial das propriedades do solo tem sido objeto de estudo desde que os pesquisadores passaram a observar a pouca eficácia das ferramentas clássicas da estatística em estudos de solos e é justamente nestes casos que a geoestatística tem suas principais aplicações Em termos de variáveis físicas o trabalho de LIMA et al 2009a envolve o estudo das variações de porosidade e densidade do solo em manejos diferentes do solo FOLONI et al 2003 SECCO et al 2005 e FREDDI 2007 mostram a correlação espacial entre produtividade de forrageiras e variáveis de solo destacandose como os principais estudos envolvendo variáveis de solo e de produtividade A produtividade vegetal depende de vários fatores dentre os quais a densidade e a porosidade do solo A afirmação foi constatada por SANTOS et al 2006 ao estudarem a produtividade de grãos de milho irrigado com pivô central as densidades da partícula e do solo e a porosidade total de um Latossolo Vermelho distroférrico sob plantio direto com o objetivo de estudar as correlações lineares e espaciais entre os atributos Os atributos do solo apresentaram baixa variabilidade de seus dados sendo média no da planta concluindose que entre os atributos do solo as correlações lineares simples variaram elasticamente Contudo quando correlacionados com a produtividade tais correlações pouco variaram Ainda que com reservas devido à baixa correlação com o aumento da densidade do solo ocorreu uma diminuição da produtividade O sistema de manejo do solo é considerado uma das fontes mais importantes de variabilidade das propriedades físicas do solo que por sua vez podem influenciar sobre a produtividade de culturas E alguns trabalhos têm comparado sistemas de manejo com e sem revolvimento do solo STONE SILVEIRA 2001 Neste contexto a hipótese deste estudo é de que a utilização do preparo convencional e o plantio direto determinam a amplitude da dependência espacial das propriedades físicas em consequência a variabilidade da produtividade de matéria seca e o índice de área foliar da braquiária Para confirmar ou negar esta hipótese os objetivos deste estudo são 1 estudar a distribuição dos dados e ajustálos às exigências das ferramentas geoestatísticas 2 estabelecer e descrever a estrutura de dependência espacial de cada variável por meio dos semivariogramas usando a validação cruzada para escolher o melhor modelo de estimativa por krigagem 3 gerar mapas de contorno de isolinhas para todas as variáveis com dependência espacial e 4 descrever a correlação espacial entre as variáveis que apresentarem maior correlação espacial duas a duas por meio dos semivariogramas cruzados MATERIAL E MÉTODOS Este trabalho foi realizado na área experimental do Instituto Federal de Ensino Superior Câmpus de Santa Teresa localizada no município de Santa Teresa região Serrana do Espírito Santo situado entre as coordenadas 19º4909 de latitude sul e 40º4017 de longitude oeste de Greenwich e altitude média de 675 m O clima da região é temperado úmido com inverno seco e Correlação linear e espacial entre produtividade de Brachiaria brizantha densidade do solo e porosidade total Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p setout 2012 911 verão quente A média de temperatura anual entre 16 e 18 ºC O solo é classificado como Latossolo Amarelo eutrófico textura arenosa com 300 g kg1 de argila 70 g kg1 de silte e 630 g kg1 de areia conforme NEIRO 2002 A produtividade da planta forrageira Brachiaria brizantha em função da densidade do solo e da porosidade total foi analisada em dois sistemas de manejo de solo A densidade do solo foi determinada utilizando a seguinte expressão Va Ds Ms 1 em que Ds densidade do solo kg dm3 Ms massa do solo seco em estufa a 105 ºC e Va volume do anel cm3 A porosidade foi determinada pelo método indireto Dp 100 Ds 1 Pt 2 em que Pt porosidade total Ds densidade do solo kg dm3 e Dp densidade das partículas kg dm3 O preparo convencional do solo PC foi feito com uma passada do arado de discos com objetivo de revolver a leiva do solo e incorporar o resto de cultura e palhada dessecada depois duas passadas com a grade niveladora para nivelar o solo e destorroálo ao ponto de receber as sementes das forrageiras No plantio direto PD as sementes das forrageiras foram depositadas diretamente sobre a palhada dessecada utilizandose de uma semeadoraadubadora específica para essa finalidade Foram definidas as direções dos eixos cartesianos da malha geoestastística experimental numa área retangular de 40 x 50 m Os pontos centrais foram alinhados e marcados com auxílio de um teodolito e uma trena para se obter uma malha regular de 5 x 5 m devidamente referenciada em coordenadas X e Y A área total para cada sistema de manejo constou de 2000 m² com 40 m no eixo Y e 50 m no eixo X com um total de 99 pontos amostrais Foram coletadas amostras indeformadas por meio do método do anel volumétrico de Uhland em dois níveis de profundidade do perfil do solo 0 a 015 m e 015 a 030 m utilizandose do ponto de cruzamento das coordenadas X Y como local de amostragem As variáveis de produtividade analisadas foram matéria seca total MS e índice de área foliar IAF avaliados 90 dias após o plantio Para a determinação da produção de matéria seca a forrageira foi cortada em média a 010 m do solo em pontos aleatórios da unidade experimental utilizandose um de gabarito de 1 m2 1m x 1m O material coletado foi colocado em saco de papel identificado e pesado e levado em estufa com ventilação forçada às temperaturas entre 58 e 65 ºC para determinação de sua matéria seca e estimativa da produção de matéria seca total O índice de área foliar foi determinado indiretamente com aparelho analisador ceptômetro de dossel marca AccuPAR modelo LP80 Em cada unidade experimental foram realizadas 10 leituras acima e 10 leituras abaixo do dossel Edney L da Vitória Haroldo C Fernandes Mauri M Teixeira et al Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p909919 setout 2012 912 Os dados de produção de matéria seca e índice de área foliar foram submetidos à análise exploratória a partir da qual se obteve a média e a mediana como medidas de tendência central e a variância e o coeficiente de variação como medidas de dispersão Também foram determinados os coeficientes de assimetria e curtose para a verificação da posição dos dados em relação à distribuição normal Os dados foram submetidos ao teste KolmogorovSmirnov para a constatação da aproximação à distribuição normal Estas análises foram realizadas com os softwares Geostatistics for the Environmental versão 90 GEOSTATISTICS 1996 Statistical Analysis System SAS INSTITUTE 2002 e Sistema para Análises Estatísticas em Genética SAEG UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA UFV 2007 considerando um nível de significância igual a 5 Para os ajustes dos modelos teóricos dos semivariogramas simples e cruzados utilizouse o software GS em função de seus modelos foram efetuados pela seleção inicial de menor soma dos quadrados dos desvios SQD maior coeficiente de determinação R2 e maior avaliador da dependência espacial A decisão final do modelo que representou o ajuste foi realizada pela validação cruzada assim como para a definição do tamanho da vizinhança que proporcionou a melhor malha de krigagem eou cokrigagem Para cada atributo foram relacionados o efeito pepita Co o alcance Ao e o patamar Co C O coeficiente de correlação r entre tais valores reflete a eficiência do ajuste dado pela técnica da soma dos quadrados dos desvios representando a equação de regressão linear em questão Assim trabalhandose na obtenção do número ideal de vizinhos utilizouse o software GS e foram obtidos por meio da interpolação os mapas de krigagem ordinária e de cokrigagem para análise da dependência e da interdependência espacial entre os atributos RESULTADOS E DISCUSSÃO Os dados relativos à estatística descritiva da produtividade de matéria seca índice de área foliar densidade do solo e porosidade total 90 dias após a semeadura são apresentados na Tabela 1 A produção de matéria seca e o índice de área foliar são típicos das regiões tropicais consequência da estacionalidade das chuvas além de variações de temperatura e de fotoperíodo Desta forma comportamentos semelhantes foram observados para experimentos com capim brachiaria implantados com plantio direto sendo 4020 kg ha1 de MS e 450 de IAF ZEFERINO 2006 LARA 2007 Em relação aos valores observados de densidade de solo e porosidade nas duas faixas de profundidade apresentamse em condições semelhantes aos de AZEVEDO 2004 avaliando atributos do solo em pastagem degradada sobre um Latossolo Vermelho e um Latossolo Vermelho Amarelo de textura média evidenciando uma situação de degradação estrutural na área em estudo pela compactação do solo Segundo BORDIN et al 2005 a compactação do solo pelo uso de práticas inadequadas de manejo das pastagens modifica os atributos físicos do solo promovendo redução no desenvolvimento do sistema radicular e na produtividade das pastagens De acordo com FREDDI 2007 a variabilidade de um atributo pode ser classificada conforme a magnitude do seu coeficiente de variação sendo assim é possível observarse que as variáveis matéria seca e índice de área foliar apresentaram baixa a moderada variabilidade as baixas registradas no preparo convencional e a moderada pelo plantio direto Em relação às propriedades físicas do solo a variabilidade verificada pelo coeficiente de variação apresentouse baixa para as variáveis Ds2 e Pt2 75 e 144 respectivamente e moderada para as variáveis Ds1 e Pt1 210 em ambas no preparo convencional A variabilidade observada no plantio direto foi moderada para a variável Ds1 coeficiente igual a 210 e baixa para Ds2 Pt1 e Pt2 com coeficientes de 147 79 e 140 respectivamente Os resultados encontrados são semelhantes aos observados por FREDDI 2007 Correlação linear e espacial entre produtividade de Brachiaria brizantha densidade do solo e porosidade total Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p setout 2012 913 Quanto ao tipo de distribuição as variáveis MS e IAF apresentaram uma distribuição normal independentemente do tipo de manejo do solo ficando o valor dentro da faixa de produtividade média observada por LIMA et al 2007 e 2009b e CRUZ et al 2001 TABELA 1 Análise descritiva da produtividade de matéria seca e índice de área foliar da densidade e da porosidade total 90 dias após a semeadura Descriptive analysis of dry matter yield and leaf area index of the density and the total porosity 90 days after sowing Parâmetros Variáveis1 MS kg ha1 IAF Ds1 kg dm3 Ds2 kg dm3 Pt1 m3 m3 Pt2 m3 m3 Preparo convencional Média 499008 521 143 157 0399 0319 Mediana 49645 522 145 155 0392 0312 Mínimo 38814 412 121 130 0212 0180 Máximo 68154 601 182 187 0560 0522 Variância 2905662 022 009 0014 0070 0021 CV 108 90 210 75 210 144 Assimetria 065 0206 088 051 093 0392 Curtose 151 076 0030 0026 0550 0521 D 0028 0035 0088 0033 0133 0045 DF2 No No In No In No Plantio direto Média 46244 490 143 154 0391 0315 Mediana 46073 489 145 150 0388 0311 Mínimo 29885 333 120 125 0230 0174 Máximo 65058 638 174 171 0526 0499 Variância 6439409 040 009 0034 0001 0002 CV 174 129 210 147 79 140 Assimetria 026 002 072 061 069 0303 Curtose 031 034 045 026 052 0420 D 0041 0039 0111 0043 0212 0038 DF2 No No In No In No 1 MS produtividade de matéria seca IAF Índice de área foliar Ds densidade do solo Pt porosidade total 2 DF distribuição de frequência sendo No e In do tipo normal e indeterminada respectivamente Em relação às correlações entre a produtividade de matéria seca índice de área foliar densidade do solo porosidade total apresentadas na Tabela 2 é importante ressaltar que a maioria foi baixa fato que pode ser justificado pelo elevado número de observações Aquelas que embora baixas apresentaram resultados considerados significativos foram as seguintes MS x Ds1 r 0201 MS x Pt1 r 0189 e IAF x Ds1 r 0159 observadas no preparo convencional MS x Ds1 r 0195 MS x Pt1 r 0295 e IAF x Ds1 r 0307 no plantio direto Quanto à produtividade de matéria seca e porosidade total observouse correlação positiva entre causa e efeito no preparo convencional e no plantio direto indicando incremento da matéria seca com aumento da porosidade total na camada de 00 a 015 m justificado pelo possível aumento da aeração das raízes da forrageira e por conseguinte a absorção radicular conforme SANTOS et al 2006 Em relação às correlações entre as propriedades físicas do solo vale destacar a alta correlação decrescente entre a densidade do solo e a porosidade na camada de 00 a 015 m independentemente do tipo de sistema de manejo do solo os coeficientes foram 0823 e 0772 para o preparo convencional e plantio direto respectivamente AMARO JUNIOR et al 2007 estudando a variabilidade de atributos físicos do solo em um Latossolo Vermelho encontrou resultados semelhantes a estes porém vale ressaltar que a comparação depende do teor de umidade do solo COLET et al 2009 Edney L da Vitória Haroldo C Fernandes Mauri M Teixeira et al Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p909919 setout 2012 914 TABELA 2 Matriz de correlação linear simples entre a produtividade de matéria seca índice de área foliar densidade do solo e porosidade total Matrix of simple linear correlation between yield of dry matter leaf area index soil density and total porosity Atributo1 Coeficiente de Correlação MS IAF Ds1 Ds2 Pt1 Pt2 Preparo convencional MS 1 IAF 0890 1 Ds1 0201 0159 1 Ds2 0012ns 0044 ns 0152 1 Pt1 0189 0215 ns 0823 0196 1 Pt2 0195 ns 0098 ns 0068 ns 0209 0059 ns 1 Plantio direto MS 1 IAF 0798 1 Ds1 0195 0307 1 Ds2 0021 ns 0088 ns 0192 1 Pt1 0295 0171 ns 0772 0289 1 Pt2 0166 ns 0142 ns 0145ns 0169 0108 ns 1 1MS produtividade de matéria seca IAF índice de área foliar Ds densidade do solo Pt porosidade total sendo 1 e 2 nas camadas de 00 a 015 m e 015 a 030 m respectivamente significativo a 5 ns não significativo A análise dos resultados apresentados na Tabela 3 mostra excelentes semivariogramas nos três sistemas de manejo do solo tanto para produtividade de matéria seca e índice de área foliar quanto para densidade do solo e porosidade total sendo que o melhor foi registrado para a densidade na camada de 00 a 015 m Ds1 no plantio direto com coeficiente de determinação espacial de 0841 TABELA 3 Parâmetros dos semivariogramas simples ajustados para produtividade de matéria seca índice de área foliar densidade do solo e porosidade total Parameters of the adjusted semivariograms for dry matter yield leaf area index soil density and total porosity Variável1 MS IAF Ds1 Ds2 Pt1 Pt2 Preparo convencional Modelo Exponencial Exponencial Esférico Exponencial Gaussiano Esférico Efeito pepita C0 127 x 106 125 x 106 762 x 104 80 x 104 388 x 104 33 x 105 Patamar C C0 472 x 106 460 x 106 236 x 103 24 x 103 60 x 103 187 x 104 Alcance a 220 218 250 135 222 162 GDE4 Moderada Moderada Moderada Moderada Forte Forte R² 0791 0762 0707 0702 0805 0795 SQR3 144 x 1011 224 x 1012 415 x 105 305 x 107 299 x 1010 391 x 109 Plantio direto Modelo Exponencial Exponencial Esférico Exponencial Gaussiano Esférico Efeito pepita C0 392 x 106 202 x 106 500 x 104 605 x 104 796 x 104 629 x 105 Patamar C C0 703 x 106 922 x 106 744 x 103 245 x 103 808 x 103 191 x 104 Alcance a 242 214 192 167 185 177 GDE4 Moderada Forte Forte Forte Forte Moderada R² 0821 0792 0841 0792 0755 0782 SQR3 444 x 1011 104 x 1012 218 x 105 395 x 107 533 x 1010 361 x 109 1 MS produtividade de matéria seca IAF Índice de área foliar Ds densidade do solo Pt porosidade total sendo 1 e 2 nas camadas de 00 a 015 m e 015 a 030 m 2 epp efeito pepita puro 3 SQR soma dos quadrados dos resíduos 4 GDE grau de dependência espacial Em relação ao alcance da dependência espacial da produtividade de matéria seca os valores encontrados foram 220 e 242 m no preparo convencional e plantio direto respectivamente 218 e 214 m de alcance da dependência do índice de área foliar nos dois manejos Os valores extremos observados de alcance para as propriedades físicas do solo foram 135 e 250 m para as densidades Ds1 e Ds2 respectivamente ambas no preparo convencional valores estes semelhantes obtidos por LIMA et al 2009a e RAMIREZLOPEZ 2008 Correlação linear e espacial entre produtividade de Brachiaria brizantha densidade do solo e porosidade total Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p setout 2012 915 Nas Figuras 1 e 2 mostramse os mapas das variáveis com valores estimados por krigagem agrupados após a análise de dependência espacial verificada nos semivariogramas As variabilidades das densidades do solo e da porosidade total na camada de 00 a 015 m e 015 a 030 m são bastante semelhantes Observase que uma distribuição espacial heterogênea tanto da produtividade de matéria seca quanto do índice de área foliar são dados que corroboram os estudos de SCHAFFRATH 2006 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 3800 4300 4800 5300 5800 6300 6800 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 3 35 4 45 5 55 6 a Matéria seca kg ha1 b Índice de área foliar 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 115 125 135 145 155 165 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 125 135 145 155 165 175 185 c Densidade do solo kg dm3 00 a 015 m d Densidade do solo kg dm3 015 a 030 m 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 022 028 034 04 046 052 058 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 023 025 027 029 031 e Porosidade total m3 m3 00 a 015 m f Porosidade total m3 m3 015 a 030 m FIGURA 1 Mapas de krigagem da produtividade de matéria seca da forragem índice de área foliar densidade do solo e porosidade total na área preparada com preparo convencional Kriging maps of the productivity of the forage dry matter leaf area index soil density and total porosity in the area prepared with conventional tillage Edney L da Vitória Haroldo C Fernandes Mauri M Teixeira et al Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p909919 setout 2012 916 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 3000 3600 4200 4800 5400 6000 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 3 35 4 45 5 55 6 a Matéria seca kg ha1 b Índice de área foliar 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 12 13 14 15 16 17 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 11 12 13 14 15 16 17 18 c Densidade do solo kg dm3 00 a 015 m d Densidade do solo kg dm3 015 a 030 m 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 02 03 04 05 06 07 08 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 015 018 021 024 027 03 e Porosidade total m3 m3 00 a 015 m f Porosidade total m3 m3 015 a 030 m FIGURA 2 Mapas de krigagem da produtividade de matéria seca da forragem índice de área foliar densidade do solo e porosidade total na área de plantio direto Kriging maps of the productivity of the forage dry matter leaf area index soil density and total porosity in the area of tillage Observase correlação espacial positiva com alcance maior no plantio direto do que no preparo convencional exceto para porosidade em ambos os manejos de solo Isto permite constatar que independentemente da magnitude da variabilidade das propriedades físicas do solo o plantio direto tende a estender as relações de dependência entre as variáveis no espaço em distâncias cada vez maiores No preparo convencional por outro lado o revolvimento do sistema dificulta essa organização no mesmo espaço de maneira gradativa no tempo uma vez que periodicamente o sistema é revolvido e essa organização é descaracterizada SCHAFFRATH 2006 Correlação linear e espacial entre produtividade de Brachiaria brizantha densidade do solo e porosidade total Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p setout 2012 917 A análise geoestatística das cokrigagens apresentadas na Tabela 4 indicou que os três melhores semivariogramas cruzados foram para produtividade de matéria seca em função da densidade na camada superficial 00 a 015 m para os três sistemas de manejo do solo com coeficientes de determinação espacial de 0602 0592 e 0613 no preparo convencional no cultivo mínimo e plantio direto respectivamente Também revelou ajuste esférico para os atributos MS fDs2 MS fPt1 e MS fPt2 nos três sistemas de manejo cujos alcances variaram entre 139 e 209 m assim como com elevado grau de dependência espacial para todos de forma a concordar com SIQUEIRA et al 2006 que obtiveram para esse mesmo atributo pares com correlações variando entre 0180 e 0140 TABELA 4 Parâmetros dos semivariogramas cruzados ajustados para produtividade de matéria seca índice de área foliar em função da densidade do solo e porosidade total para cada sistema de manejo do solo Cross semivariogram parameters adjusted for dry matter yield leaf area index as a function of soil density and total porosity for each soil management system Atributos Cruzados MS fDs1 MS fDs2 MS fPt1 MS fPt2 Preparo convencional Modelo Gaussiano Esférico Esférico Esférico Efeito pepita C0 100 x 101 100 x 102 100 x 102 100 x 102 Patamar C C0 622 x 101 59 x 101 273 x 101 773 x 101 Alcance a 173 117 117 201 GDE4 Forte Forte Forte Forte R² 0602 0217 0556 0472 SQR3 370 x 103 528 x 102 133 x 102 559 x 102 Plantio direto Modelo Guassiano Esférico Esférico Esférico Efeito pepita C0 100 x 102 100 x 102 100 x 102 100 x 102 Patamar C C0 500 x 101 423 x 101 809 x 101 296 x 101 Alcance a 199 132 115 209 GDE4 Forte Forte Forte Forte R² 0613 0198 0509 0398 SQR3 307 x 103 413 x 102 424 x 102 557 x 102 CONCLUSÕES A produtividade de matéria seca o índice de área foliar a densidade do solo e a porosidade total não variaram aleatoriamente e apresentaram variabilidade dos dados entre baixa e média independentemente do sistema de manejo do solo A correlação linear entre a produtividade de matéria seca e a densidade do solo na camada superficial ainda que tenha sido baixa é altamente significativa do ponto de vista espacial independentemente do manejo do solo REFERÊNCIAS AMARO FILHO J NEGREIROS RFD ASSIS JÚNIOR RN MOTA JCA Amostragem e variabilidade espacial de atributos físicos de um Latossolo Vermelho em Mossoró RN Revista Brasileira de Ciência do Solo ViçosaMG v31 n3 p415422 2007 AZEVEDO E Uso da geoestatística e de recursos de geoprocessamento no diagnóstico da degradação de um solo argiloso sob pastagem no Estado de Mato Grosso 2004 141 f Tese Doutorado em Engenharia Agrícola Universidade Estadual de Campinas Campinas 2004 Edney L da Vitória Haroldo C Fernandes Mauri M Teixeira et al Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p909919 setout 2012 918 BORDIN I NEVES C S V J AIDA F T SOUZA W R DAVOGLIO JÚNIOR A C FURLANETO T L R TAVARES FILHO J Sistema radicular de planta cítrica e atributos físicos do solo em um Latossolo argiloso submetido à escarificação Ciência Rural Santa Maria v35 n4 p820825 2005 COLET M J SVERZUT C B WEIRICH NETO P H Alteração em atributos fisicos de um solo sob pastagem após escarificação Ciências Agrotécnicas Lavras v33 n2 2009 CRUZ JC PEREIRA FILHO IA RODRIGUES JAS FERREIRA JF Ed Produção e utilização de silagem de milho e sorgo Sete Lagoas Embrapa Milho e Sorgo 2001 544 p FOLONI JSS CALONEGO JC LIMA SL Efeito da compactação do solo no desenvolvimento aéreo e radicular de cultivares de milho Pesquisa Agropecuária Brasileira Brasília v38 p947953 2003 FREDDI OS Avaliação do intervalo hídrico ótimo em Latossolo Vermelho cultivado com milho 2007 105 f Tese Doutorado em Produção Vegetal Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Jaboticabal 2007 LARA MAS Respostas morfofisiológicas de cinco cultivares de Brachiaria spp às variações estacionais da temperatura do ar e do fotoperíodo 2007 91 f Dissertação Mestrado Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Piracicaba 2007 LIMA CGR CARVALHO MP MELLO LMM LIMA RC Correlação linear e espacial entre a produtividade de forragem a porosidade total e a densidade do solo de Pereira Barreto SP Revista Brasileira de Ciência do Solo v31 p12331244 2007 LIMA JSS SATTLER MA PASSOS RR OLIVEIRA PC SOUZA GS Variabilidade espacial de atributos físicos de um Argissolo VermelhoAmarelo sob pastagem e vegetação secundária em regeneração natural Engenharia Agrícola Jaboticabal v29 n2 p185195 2009b LIMA RC MELLO LMM CARVALHO MP LIMA CGR MELLO AM Aspectos lineares e espaciais da correlação entre a produtividade de forragem de milho e a porosidade do solo sob plantio direto Engenharia Agrícola Jaboticabal v29 n1 p4051 2009a NEIRO ES Propriedades físicas e químicas de um Latossolo Vermelho Distroférrico sob rotação e sucessão de culturas sob semeadura direta 2002 Dissertação Mestrado em Agronomia Universidade Estadual de Maringá Maringá 2002 RAMIREZLOPEZ L REINASANCHEZ A CAMACHOTAMAYO JH Variabilidad espacial de atributos físicos de un Typic Haplustox de los Llanos Orientales de Colômbia Engenharia Agrícola Jaboticabal v28 n1 p5563 2008 SANTOS ML CARVALHO MP RAPASSI RMA MURAISHI CT MALLER A MATOS FA Correlação linear e espacial entre produtividade de milho Zea mays L e atributos físicos de um Latossolo Vermelho distroférrico sob plantio direto do cerrado brasileiro Acta Scientiarum Maringá v28 n3 p313321 2006 SAS INSTITUTE SAS users guide statistics version 91 Cary 2002 SCHAFFRATH VR Variabilidade espacial de propriedades físicas do solo e de variáveis de plantas daninhas em sistemas de manejo de solo 2006 91 f Tese Doutorado Universidade Estadual de Maringá Maringá 2006 SECCO D DA ROS CO SECCO JK FIORIN JE Atributos físicos e produtividade de culturas em um Latossolo Vermelho argiloso sob diferentes sistemas de manejo Revista Brasileira de Ciência do Solo v29 p407414 2005 SIQUEIRA GM Variabilidade de atributos físicos do solo determinados por métodos diversos 2006 163 f Dissertação Mestrado Instituto Agronômico de Campinas Campinas 2006 Correlação linear e espacial entre produtividade de Brachiaria brizantha densidade do solo e porosidade total 919 Eng Agríc Jaboticabal v32 n5 p909919 setout 2012 STONE LF SILVEIRA PM Efeito do sistema de preparo e da rotação de culturas na porosidade e densidade do solo Revista Brasileira de Ciência do Solo v25 p395401 2001 UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA UFV SAEG sistema para análises estatísticas versão 91 Viçosa 2007 ZEFERINO CV Morfogênese e dinâmica do acúmulo de forragem em pastos de capimmarandu Brachiaria brizantha Hoechst ex A Rich cv Marandu submetidos a regimes de lotação intermitente por bovinos de corte 2006 193 f Dissertação Mestrado Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Piracicaba 2006 Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 185 LIMITES DE ATTERBERG E SUA CORRELAÇÃO COM A GRANULOMETRIA E MATÉRIA ORGÂNICA DOS SOLOS K D Ribeiro L K Souza UNIFOR Centro Universitário de Formiga Formiga MG Brasil Article history Received 02 April 2018 Received in revised form 20 June 2018 Accepted 25 June 2018 Available online 28 June 2018 RESUMO Há várias práticas mecanizadas realizadas na agricultura moderna que geram cargas que podem modificar a estrutura e afetar as propriedades físicas dos solos Assim o manejo correto e a prevenção da compactação do solo são importantes na agricultura sustentável Entre as propriedades relacionadas ao manejo dos solos temse a granulometria o teor de matéria orgânica e a consistência As duas primeiras influem na última que por sua vez permite definir quando um solo se encontra friável condição ideal para as práticas agrícolas mecanizadas O presente trabalho objetivou avaliar a correlação existente entre os limites de consistência do solo com sua granulometria e teor de matéria orgânica com vistas ao manejo adequado dos solos sob agricultura mecanizada Para tanto foram coletadas amostras de solo em diferentes profundidades que foram caracterizadas quanto à textura teor de matéria orgânica limite de plasticidade limite de liquidez e índice de plasticidade Os resultados mostraram que a área estudada se caracteriza pela presença de solo de textura franca medianamente plástico e de baixa concentração de matéria orgânica sendo recomendado que as práticas agrícolas mecanizadas sejam realizadas quando a umidade do solo se encontrar abaixo de 29 A granulometria do solo influiu significativamente sobre os limites de consistência do solo da área estudada e a concentração de matéria orgânica do solo não influenciou os valores de limites de consistências do solo analisado Palavraschave Consistência Plasticidade Umidade CORRELATION BETWEEN GRANULOMETRY AND ORGANIC SOIL MATTERS WITH LIMITS OF ATTERBERG ABSTRACT The characterization of soils under mechanized agriculture is important for its correct management and prevention of compaction Among the properties related to soil management the granulometry and the organic matter content influence the consistency and the consistency allows defining when a soil is friable an ideal condition for mechanized agricultural practices The objective of this work was to evaluate the correlation between soil consistency limits and grain size and organic matter content aiming at the adequate management of soils under mechanized agriculture Soil samples were collected at different depths which were characterized by texture organic matter content plasticity limit liquidity limit and plasticity index The results showed that the studied area is characterized by a medium textured soil moderately plastic and low organic matter concentration It is recommended that mechanized agricultural practices be performed when soil moisture is below 29 Soil granulometry had a significant influence on the soil consistency limits of the katiadrbolcombr Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 186 studied area and the soil organic matter concentration did not influence the values of soil consistency limits Keywords Consistency Plasticity Moisture INTRODUÇÃO O setor da agricultura tem se destacado em termos econômicos devido à ótima produtividade de produtos primários e à modernização gerada pelo uso de tecnologias e manejos mecanizados Essa mecanização porém conforme Stone et al 2002 aumenta os índices de compactação do solo que podem trazer prejuízos ao solo e às plantas São várias práticas mecanizadas na agricultura indo desde o preparo do solo até a colheita onde circulam sobre o solo maquinários pesados gerando cargas o que pode modificar a estrutura e afetar as propriedades físicas dos solos STRECK 2003 A suscetibilidade à compactação do solo devido ao uso de maquinários pesados dentre outros fatores depende do estado de consistência do solo Em função do teor de umidade o solo pode apresentar características iguais às de um líquido ou de um sólido onde entre estes dois estados limites o solo passará ainda por outros dois estados o plástico e semissólido sendo estes denominados estados de consistência dos solos ROSA 2015 Os limites de Atterberg referemse ao limite de liquidez LL limite de plasticidade LP e limite de contração LC sendo iguais aos valores de umidades que separam um estado de consistência do solo de outro Conhecendose os valores dos limites de Atterberg é possível saber em função da umidade natural do solo U se o solo se encontra no estado sólido U LC no estado friável LC U LP no estado plástico LP U LL ou no estado viscoso U LL A passagem de um estado de consistência para outro é gradual No estado viscoso ou líquido a massa de solo apresenta propriedades e aparência de uma suspensão ou seja não possui forma própria e tem resistência ao cisalhamento nula No estado plástico a massa de solo pode ser moldada sem apresentar variação sensível do seu volume ruptura ou fissuramento No estado friável ou semissólido a massa de solo tem a aparência de um sólido mas sofre redução de volume se for submetido à secagem No estado sólido a secagem da massa de solo não mais provoca redução de seu volume GRECO 2015 A consistência do solo é afetada por fatores como a granulometria e teor de matéria orgânica LORENZO 2010 Conhecer as relações entre os limites de Atterberg granulometria e matéria orgânica permite uma caracterização dos solos que pode servir de subsídio para o planejamento do manejo mecanizado do solo para fins de prevenção dos efeitos adversos da compactação Uma das características físicas mais importantes do solo é a textura ou granulometria que caracteriza as quantidades de areia silte e argila presentes no solo Solos que apresentam alta porcentagem de finos são muito influenciados pela umidade causando grandes variações nas suas propriedades plásticas SOUZA et al 2000 Nessas circunstâncias a simples análise granulométrica não é confiável para caracterizálos sendo recomendada a caracterização granulométrica juntamente com a de consistência A matéria orgânica do solo MO influi positivamente sobre sua densidade porosidade liberação e fixação de nutrientes NASCIMENTO et al 2010 e formação de agregados LUCHESE et al 2002 Influi ainda nos limites de liquidez e plasticidade dos solos podendo aumentar seu índice de plasticidade SILVA MIRANDA 2016 O diagnóstico do estado de consistência do solo e dos fatores que Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 187 influenciam nesses estados permite inferir sobre sua resistência mecânica à compressão logo sobre sua suscetibilidade à compactação LORENZO 2010 De posse dos resultados da caracterização das áreas mecanizadas quanto aos limites de Atterberg granulometria e teor de matéria orgânica podese então programar as práticas agrícolas visando evitar o manejo quando o solo se encontrar nos estados plástico e viscoso onde a suscetibilidade à compactação é maior evitando assim a redução da penetração de raízes da permeabilidade de água e da absorção de nutrientes BEUTLER et al 2004 bem como o aumento do escoamento superficial e a probabilidade de se instalarem fenômenos erosivos e de assoreamento dos cursos dágua da região Notase que o manejo inadequado da umidade do solo pode trazer problemas econômicos e ambientais para a agricultura mecanizada Assim sendo o presente trabalho objetivou determinar a correlação entre os limites de Atterberg dos solos com sua granulometria e teor de matéria orgânica para uma área passível de implementação da agricultura mecanizada MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi realizado na Fazenda Laboratório do Centro Universitário de Formiga UNIFORMG localizada sob as coordenadas geográficas UTM N 7736900 m e E 451060 m Datum WGS84 fuso 23K no município de Formiga região centrooeste do estado de Minas Gerais A área de estudo está ocupada por pastagem sendo o solo local caracterizado como um Argissolo vermelhoamarelo Foram coletadas amostras deformadas em uma malha regular de amostragem de 50 m x 50 m totalizando 20 pontos de amostragem As amostras foram coletadas em duas profundidades 0 20 cm e 20 40 cm Após a coleta as amostras foram acondicionadas em sacos plásticos vedados e numerados conforme suas posições sendo então encaminhadas para o Laboratório de Ciências da Terra do UNIFORMG onde foram submetidas a ensaios para determinação do limite de liquidez limite de plasticidade granulometria e teor de matéria orgânica A granulometria das amostras foi determinada por dispersão total pelo método da pipeta conforme Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EMBRAPA 1997 Os ensaios para determinação do limite de liquidez e limite de plasticidade das amostras foram realizados conforme normas rodoviárias do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem DNERME 12294 e DNERME 08294 respectivamente O índice de plasticidade foi calculado pela diferença entre o valor de limite de liquidez e o valor do limite de plasticidade O teor de matéria orgânica foi determinado por calcinação das amostras a 250ºC por 5 horas conforme Silva et al 1999 Os dados obtidos foram tabulados e submetidos a análises estatísticas para determinação dos coeficientes de correlação de Pearson para verificação da influência da textura e teor de matéria orgânica sobre os limites de consistência das amostras de solos analisadas Os coeficientes de correlação obtidos foram ainda submetidos ao teste t de Student a 5 de probabilidade para verificação de sua significância RESULTADOS E DISCUSSÃO As Figuras 1 2 e 3 apresentam os resultados da análise granulométrica das amostras de solo analisadas Conforme triângulo textural proposto por Lemos e Santos 1984 tanto a camada superficial 020 cm de profundidade quanto a Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 188 camada subsuperficial 2040 cm de profundidade da área estudada apresentam textura franca observandose teores de areia maiores para a camada superficial com maiores teores de silte para a camada subsuperficial Trindade et al 2009 na caracterização de um argissolo amarelo do nordeste paranaense verificaram a predominância da fração areia na camada superficial e atribuíram esse fato ao processo de formação do solo atribuindo as maiores concentrações de areia na camada superficial à translocação da fração argila do horizonte A para o horizonte B fenômeno típico em argissolo Fernandes 2014 relata que solos com predominância da fração silte nas camadas subsuperficiais tendem a apresentar elevada instabilidade mecânica quando submetidos a operações de terraplenagens e mecanização agrícola Figura 1 Porcentagens de areia determinadas para as amostras analisadas Figura 2 Porcentagens de silte determinadas para as amostras analisadas Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 189 A análise granulométrica das amostras estudadas indicou uma relação inversamente proporcional entre as frações areia e silte Figuras 1 e 2 Os teores de areia também foram inversamente proporcionais aos teores de argila Figuras 1 e 3 o que corrobora com Lima et al 2015 que realizando uma análise temporal da composição granulométrica de um estuário amazônico verificaram que houve uma tendência inversamente proporcional entre a fração de areia e as frações silte e argila Figura 3 Porcentagens de argila determinadas para as amostras analisadas A matéria orgânica MO presente no solo representa uma grande reserva de carbono orgânico principalmente nas regiões de clima quente e úmido SILVA MIRANDA 2016 O teor de MO das amostras analisadas variou de 063 a 1382 Figura 4 sendo considerados baixos conforme Trindade et al 2009 Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 190 Figura 4 Porcentagens de matéria orgânica determinadas para as amostras analisadas Em solos de textura franca com predominância de frações mais grosseiras como é o caso das amostras analisadas geralmente verificase maior aeração e maior aquecimento favorecendo a decomposição da matéria orgânica o que justifica os baixos valores observados Verificase que as maiores concentrações de MO estão na camada superficial Trindade et al 2009 relatam que geralmente são encontrados maiores teores de MO nas camadas mais superficiais dos solos devido ao equilíbrio existente entre a deposição de restos de vegetação e outros materiais orgânicos e ação microbiana na decomposição destes Os resultados para o limite de liquidez limite de plasticidade e índice de plasticidade das amostras analisadas são apresentados nas Figuras 5 6 e 7 respectivamente Observase de um modo geral pequena variação entre os valores de LL e LP da camada superficial para a camada subsuperficial Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 191 Figura 5 Limites de liquidez das amostras analisadas Figura 6 Limites de plasticidade das amostras analisadas Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 192 Figura 7 Índices de plasticidade das amostras analisadas De um modo geral a camada subsuperficial apresentou maiores valores de IP devido provavelmente à maior concentração de partículas finas dessa camada O valor médio de IP observado para a área de estudo é de 1253 permitindo classificar o solo da área estudada como medianamente plástico conforme Caputo 2012 A análise da consistência do solo permite inferir sobre sua suscetibilidade à compactação Assim a área estudada pode ser caracterizada como de mediana suscetibilidade à compactação o que exige um manejo adequado da umidade do solo para fins preventivos evitandose assim os efeitos maléficos que a compactação confere ao solo e à planta comprometendo a produtividade da área O valor médio de LP verificado para a área estudada foi de 29 ou seja para umidades acima desse valor o solo se encontra no estado plástico reduzindo sua resistência mecânica compactação Abaixo dessa umidade o solo se encontra no estado friável Logo de uma maneira bem simples recomendase que as práticas mecanizadas na área estudada sejam realizadas quando solo estiver com umidade inferior a 29 com vistas a evitar o processo de compactação do solo e seus efeitos danosos A Tabela 1 apresenta a matriz de correlação entre os dados obtidos para as amostras de solo analisadas Tabela 1 Matriz de correlação entre os dados obtidos para as amostras de solo analisadas Areia Silte Argila MO LP LL IP Areia 100 Silte 083 100 Argila 051 006 ns 100 MO 006 ns 004 ns 004 ns 100 LP 071 050 049 012 ns 100 LL 079 055 056 006 ns 077 100 IP 019 ns 012 ns 015 ns 008 ns 025 ns 042 100 significativo a 5 de significância ns não significativo Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 193 Os limites de consistência foram influenciados significativamente pela textura do solo As frações argila e silte apresentaram correlação positiva e moderada com os valores de LL e LP Souza et al 2000 citam que quanto maior for a porcentagem da fração argila no solo maior influência terá sobre o do limite de liquidez A fração areia apresentou correlação forte e negativa com os valores de LL e LP Quanto mais plástico for o solo maior a umidade necessária para que o mesmo atinja os estados plástico e líquido A fração areia não é plástica logo quanto mais arenoso for o solo menor sua plasticidade menor será seu LP e mais facilmente atingirá o estado líquido ou seja menor será o valor de LL Marcolin 2006 verificou correlação positiva entre o teor de argila e os limites de liquidez de plasticidade e índice de plasticidade Nesse estudo não foi observada correlação entre o teor de argila e o IP Luciano et al 2012 citam que isso pode ter ocorrido devido ao predomínio de argilominerais com menor superfície específica que diminuem a capacidade da fração argila de interagir com a água e reduzem o efeito lubrificante desta não ocorrendo o deslizamento das partículas finas uma sobre as outras o que reduz o IP do solo A MO não apresentou correlação significativa nem com a textura e nem com a consistência do solo contradizendo vários autores como Fiori e Carmignani 2001 e Caputo 2012 que citam que a MO incrementa o valor do LP sem elevar necessariamente o valor do LL Ribeiro et al 2004 citam que a MO pode influenciar negativamente a plasticidade das argilas promovendo a aderência e aumentando a coesão das partículas após secagem Goldberg et al 2000 verificaram relação diretamente proporcional entre o teor de MO do solo e o teor da argila mostrando alta afinidade química da carga negativa da matéria orgânica com a carga positiva da argila Silva e Miranda 2016 verificaram que a presença de MO nos solos influenciou mais fortemente os valores de LP do que os valores de LL dos solos promovendo ao aumento dos valores de IP Os resultados do presente estudo porém não mostraram correlação significativa entre a MO do solo com os valores de LL LP e IP e nem com a granulometria do solo Isso leva à inferência de uma não influência da MO sobre a plasticidade do solo o que é questionável diante dos resultados de tantos outros estudos existentes na literatura Como a concentração de MO nas amostras analisadas foi baixa isso pode ter feito com que sua influência sobre a plasticidade do solo não fosse notada conforme também já foi verificado por Ribeiro et al 2004 e Silva e Miranda 2016 CONCLUSÕES A área estudada caracterizase pela presença de solo de textura franca medianamente plástico e com baixa concentração de matéria orgânica O solo da área estudada apresentou predominância da fração areia na camada superficial com predominância da fração silte na camada subsuperficial Houve uma tendência inversamente proporcional entre a fração areia e as frações silte e argila Os valores do IP foram maiores em subsuperfície observandose pequena variação dos valores de LL e LP nas duas profundidades analisadas Recomendase realizar práticas agrícolas mecanizadas na área estudada somente quando a umidade do solo se encontrar abaixo de 29 A granulometria do solo influi significativamente sobre os limites de consistência do solo da área estudada sendo que quanto maior a porcentagem da fração areia menor a plasticidade do solo Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 194 A concentração de matéria orgânica do solo não influenciou os valores de limites de consistências do solo analisado AGRADECIMENTOS Ao Centro Universitário de Formiga UNIFORMG pelo financiamento do projeto de pesquisa e à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais FAPEMIG pela concessão das bolsas de iniciação científica REFERÊNCIAS BEUTLER A N CENTURION J F SILVA A P ROQUE C G FERRAZ MV Compactação do solo e intervalo hídrico ótimo na produtividade de arroz de sequeiro Pesq agropec bras Brasília v39 n6 p575580 jun 2004 Disponível em httpwwwscielobrpdf0Dpabv39n6 v39n6a09pdf Acesso em 30 mar 2018 CAPUTO H P Mecânica dos solos e suas aplicações fundamentos Rio de janeiro LTC 2012 rev ampli ed 6 v 1 p 5255 DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM DNERME 08294 Solos Determinação do Limite de Plasticidade Norma Rodoviária Método de Ensaio 1994 3p DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM DNERME 12294 Solos Determinação do Limite de Liquidez método de referência e método expedito Norma Rodoviária Método de Ensaio 1994 7p EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA Manual de métodos de análises de solo Rio de Janeiro Centro Nacional de Pesquisa de solo EMBRAPASOLO 1997 ed 2 rev atual p 2734 FERNANDES M R Fundamentos de solos Belo Horizonte EMATERMG 2014 20 p Disponível em httpwwwematermggovbrdocintrane tuploadLivrariaVirtualcartilhafundament ossolospdf Acesso em 20 jun 2018 FIORI A P CAMIGNANI L Fundamento de mecânica dos solos e das rochas aplicações na estabilidade de taludes Editora UFPE 2001 GOLDBERG S LEBRON I SUAREZ D L Soil colloidal behavior In Summer M E Handbook of soil science New York CRC Press 2000 Cap 6 p B195 B240 GRECO J A S Solos conceitos e ensaios da mecânica dos solos classificação dos solos para fins rodoviários 2015 Disponível em etgufmgbrjiselapaginaNotas20de 20aula20solospdf Acesso em 13 jan 2018 LEMOS RC SANTOS RD Manual de descrição e coleta de solo no campo 2ed Campinas Sociedade Brasileira de Ciência do Solo EmbrapaSNLCS 1984 46p LIMA M W SANTOS M L S MONTELO D J NUNES D M ALVES I C C SILVA M S F Análise temporal da composição granulométrica de um estuário amazônico Pará Brasil Scientia Plena v 11 n 1 2015 Disponível em httpswwwscientiaplenaorgbrsparticl eviewFile20281103 Acesso em 20 jun 2018 LORENZO M Pedologia Morfologia consistência do solo 2010 Disponível em httpsmarianaplorenzocom20101018 Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 195 pedologiamorfologiaconsistenciado solo Acesso em 29 mar 2018 LUCHESE E B FAVERO L O B LENZI E Fundamentos da Química do Solo Rio de Janeiro Freitas Bastos 2002159p LUCIANO R V ALBUQUERQUE J A COSTA A BATISTELLA B WARMLING M T Atributos físicos relacionados à compactação de solos sob vegetação nativa em região de altitude no sul do Brasil R Bras Ci Solo 361733 1744 2012 Disponível em wwwscielobrpdfrbcsv36n607pdf Acesso em 30 mar 2018 MARCOLIN CD Propriedades físico hídricomecânicas de solos sob plantio direto na região de Passo Fundo RS Passo Fundo Universidade de Passo Fundo 2006 92p Dissertação de Mestrado NASCIMENTO P C LANI J L MENDONÇA E S ZOFFOLI H J O PEIXOTO H T M Teores e características da matéria orgânica de solos hidromórficos do Espírito Santo R Bras Ci Solo v34 n2 p339348 2010 Disponível em httpwwwscielobrpdfrbcsv34n2v34n 2a07pdf Acesso em 29 mar 2018 RIBEIRO CG et al Estudo sobre a Influência da Matéria Orgânica na Plasticidade e no Comportamento Térmico de uma Argila Cerâmica Industrial v9 n3 p 14 2004 ROSA W de A Rochas e solos 2015 Disponível em httpwwwgooglecombrurlsatrctj qesrcssourcewebcd1ved0 CB0QFjAAahUKEwjF4pur3tjGAhXEoIA KHYAfBE0urlhttp3A2F2Fwww profwilliancom2Fprof2Fmarcus2F Materialparaestudos2FTecnologiae ArquiteturaI2FRochaseSolospptei bwOkVYXvCcTBggSAv5DoBAusg AFQjCNF7E M5stVuS7WyvbdFi86diEUigbvmbv97 653015deXY Acesso em 13 jan 2018 SILVA A C TORRADO P V ABREU JUNIOR J S Métodos de quantificação da matéria orgânica do solo Alfenas USP 1999 p2126 SILVA M J R MIRANDA J B A matéria orgânica e sua influência nas frações granulométricas do solo e nos limites de Atterberg In I Congresso Internacional de Ciências Agrárias 2016 Disponível em httpcointer pdvagrocombrwp contentuploads201612INFLUC38A NCIADAMATC389RIA ORGC382NICANOSLIMITESDE ATTERBERGpdf Acesso em 29 mar 2018 SOUZA C M A RAFULL L Z L VIEIRA L B Determinação do limite de liquidez em dois tipos de solo utilizando se diferentes metodologias Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental v4 n3 p460464 2000 Campina Grande PB DEAgUFPB 2000 Disponível em httpwwwagriambicombrrevistav4n3 460pdf Acesso em 29 mar 2018 STONE LF GUIMARÃES CM MOREIRA JAA Compactação do solo na cultura do feijoeiro I efeitos nas propriedades físicohídricas do solo Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental v6 p207212 2002 STRECK CA Compactação do solo e seus efeitos no desenvolvimento radicular e produtividade da cultura do feijoeiro e da soja 2003 83p Dissertação Mestrado Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria TRINDADE E F S RODRIGUES T E CARVALHO E J M CORRÊA P C S Matéria orgânica e atributos físicos de um argissolo amarelo distrófico no nordeste paranaense Amazônia Ciência Brazilian Journal of Biosystems Engineering v 122 185196 2018 196 e Desenvolvimento Belém v 5 n 9 juldez 2009 Disponível em ainfocnptiaembrapabrdigitalbitstream item304411MateriaOrganicaAtripdf Acesso em 30 mar 2018 RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO¹ CORRELAÇÃO LINEAR E ESPACIAL ENTRE PRODUTIVIDADE DE BRACHIARIA BRIZANTHA DENSIDADE DO SOLO E POROSIDADE TOTAL EM FUNÇÃO DO SISTEMA DE MANEJO DO SOLO EDNEY L Da vitória HAROLDO C Fernandes MAURI M Teixeira PAULO R Cecon ELCIO DAS G Lacerda Conselho editorial em 2012 O artigo inicialmente trata de que a utilização do preparo convencional e o plantio direto determinam a amplitude da dependência espacial das propriedades físicas do solo em consequência a variabilidade da produtividade de matéria seca e o índice de área foliar da braquiária A pesquisa tem como objetivo estudar a distribuição dos dados e ajustálos às exigências das ferramentas geoestatísticas estabelecer e descrever a estrutura de dependência espacial de cada variável por meio dos semivariogramas usando a validação cruzada para escolher o melhor modelo de estimativa por krigagem gerar mapas de contorno de isolinhas para todas as variáveis com dependência espacial e descrever a correlação espacial entre as variáveis que apresentarem maior correlação espacial duas a duas por meio dos semivariogramas cruzado O trabalho foi realizado na área experimental do Instituto Federal de Ensino Superior Câmpus de Santa Teresa localizada no município de Santa Teresa região Serrana do Espírito Santo O clima da região é temperado úmido com inverno seco e verão quente A média de temperatura anual entre 16 e 18 ºC O solo é classificado como Latossolo Amarelo eutrófico textura arenosa com 300 g kg1 de argila 70 g kg1 de silte e 630 g kg1 de areia conforme NEIRO 2002 Os autores do artigo observaram correlação espacial positiva com alcance maior no plantio direto do que no preparo convencional exceto para porosidade em ambos os manejos de solo Isto permite constatar que independentemente da magnitude da variabilidade das propriedades físicas do solo o plantio direto tende a estender as relações de dependência entre as variáveis no espaço em distâncias cada vez maiores No preparo convencional por outro lado o revolvimento do sistema dificulta essa organização no mesmo espaço de maneira gradativa no tempo uma vez que periodicamente o sistema é revolvido e essa organização é descaracterizada Então eles concluíram nas análises do trabalho que a produtividade de matéria seca o índice de área foliar a densidade do solo e a porosidade total não variaram aleatoriamente e apresentaram variabilidade dos dados entre baixa e média independentemente do sistema de manejo do solo A correlação linear entre a produtividade de matéria seca e a densidade do solo na camada superficial ainda que tenha sido baixa é altamente significativa do ponto de vista espacial independentemente do manejo do solo RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO² LIMITES DE ATTERBERG E SUA CORRELAÇÃO COM A GRANULOMETRIA E MATÉRIA ORGÂNICA DOS SOLOS K D Ribeiro L K Souza Centro Universitário de Formiga Formiga MG 2018 O segundo artigo tratase de avaliar a correlação existente entre os limites de consistência do solo com sua granulometria e teor de matéria orgânica com vistas ao manejo adequado dos solos sob agricultura mecanizada Visto que uma das características físicas mais importantes do solo é a textura ou granulometria que caracteriza as quantidades de areia silte e argila presentes no solo O estudo foi realizado na Fazenda Laboratório do Centro Universitário de Formiga UNIFORMG localizada sob as coordenadas geográficas UTM N 7736900 m e E 451060 m Datum WGS84 fuso 23K no município de Formiga região centrooeste do estado de Minas Gerais A área de estudo está ocupada por pastagem sendo o solo local caracterizado como um Argissolo vermelhoamarelo Foram coletadas amostras deformadas em uma malha regular de amostragem de 50 m x 50 m totalizando 20 pontos de amostragem As amostras foram coletadas em duas profundidades 0 20 cm e 20 40 cm Após a coleta as amostras foram acondicionadas em sacos plásticos vedados e numerados conforme suas posições sendo então encaminhadas para o Laboratório de Ciências da Terra do UNIFORMG onde foram submetidas a ensaios a granulometria das amostras foi determinada por dispersão total o teor de matéria orgânica foi determinado por calcinação das amostras a 250ºC por 5 horas conforme Silva et al 1999 A área em que os autores analisaram foi caracterizada pela presença de solo de textura franca medianamente plástico e com baixa concentração de matéria orgânica Este solo apresentou predominância da fração areia na camada superficial com predominância da fração silte na camada subsuperficial Houve uma tendência inversamente proporcional entre a fração areia e as frações silte e argila A granulometria do solo influi significativamente sobre os limites de consistência do solo da área estudada sendo que quanto maior a porcentagem da fração areia menor a plasticidade do solo Diante do supracitado podemos perceber que os dois artigos avaliaram nos resultados dos experimentos a importância da qualidade física desses solos

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