·
Engenharia Agronômica ·
Fertilidade do Solo
Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora
Recomendado para você
179
Fertilizantes e seu Uso Eficiente
Fertilidade do Solo
UEMASUL
50
Interpretação de Análise de Solo: Conceitos e Aplicações
Fertilidade do Solo
UEMASUL
186
Manual Internacional de Fertilidade do Solo - 2ª Edição Revisada e Ampliada
Fertilidade do Solo
UEMASUL
186
Manual Internacional de Fertilidade do Solo - 2ª Edição Revisada e Ampliada
Fertilidade do Solo
UEMASUL
1
Tabela de Cores de Solo Munsell 7.5YR - Guia de Referencia 2009
Fertilidade do Solo
UEMG
1
Tabela de Cores do Solo Munsell 5YR - Guia Completo
Fertilidade do Solo
UEMG
1
Anotacoes sobre ondas
Fertilidade do Solo
UEMG
Texto de pré-visualização
XI MICRONUTRIENTES Cleide Aparecida de Abreu1 Alfredo Scheid Lopes2 Gláucia Cecília Gabrielli dos Santos1 1 Centro de Solos e Recursos Ambientais Instituto Agronômico IAC CEP 13001970 Campinas SP Bolsista do CNPq cleideiacspgov gcgsantosgmailcom 2 Departamento de Ciência do Solo Universidade Federal de Lavras UFLA Caixa Postal 37 CEP 3720000 Lavras MG ascheidluflabr Conteúdo INTRODUÇÃO 646 DINÂMICA DOS MICRONUTRIENTES NO SOLO 647 Associação dos Micronutrientes com os Componentes do Solo 649 Micronutrientes na Solução do Solo 649 Micronutrientes Adsorvidos à Superfície Inorgânica 650 Troca Iônica 651 Adsorção Específica 651 Micronutrientes Associados à Matéria Orgânica 652 Micronutrientes Associados aos Óxidos 653 Micronutrientes nos Minerais Primários e Secundários 653 Fatores que Afetam a Disponibilidade de Micronutrientes para as Plantas 654 pH do Solo 654 Matéria Orgânica 656 Reacões de Oxirredução 658 Características dos Solos e Situações Relacionadas com a Deficiência de Micronutrientes para as Plantas 658 Boro 658 Cobre 659 Ferro 659 Manganês 659 Zinco 659 Molibdênio 660 Níquel 660 DIAGNOSE DA DEFICIÊNCIA E TOXIDEZ DE MICRONUTRIENTES 660 Análise de Solo para Avaliar a Disponibilidade de Micronutrientes às Plantas 661 Extratores de Micronutrientes 661 Água 662 SBCS Viçosa 2007 Fertilidade do Solo 1017p eds NOVAIS RF ALVAREZ V VH BARROS NF FONTES RLF CANTARUTTI RB NEVES JCL FERTILIDADE DO SOLO 646 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al INTRODUÇÃO A agricultura brasileira passa por uma fase em que a produtividade a eficiência a lucratividade e a sustentabilidade dos processos produtivos são aspectos da maior relevância Nesse contexto os micronutrientes cuja importância é conhecida há décadas apenas mais recentemente passaram a ser utilizados de modo mais rotineiro nas adubações em várias regiões e para as mais diversas condições de solo clima e culturas no Brasil Soluções Salinas 662 Reagentes Quelantes 662 Soluções Ácidas 663 Reagentes OxidantesRedutores 664 Soluções Extratoras Resultados de Pesquisas do Brasil 664 Boro 665 Zinco 666 Cobre 668 Manganês 669 Ferro 671 Molibdênio 672 Classes de Interpretação dos Teores de Micronutrientes no Solo 673 Análise de Plantas para Avaliar a Disponibilidade de Micronutrientes 676 Diagnose Visual Sintomas de Deficiência e Toxidez de Micronutrientes em Plantas 681 Histórico da Área 682 MANEJO DA ADUBAÇÃO COM MICRONUTRIENTES 682 Estratégias de Aplicação dos Micronutrientes 682 Estratégia de Segurança 683 Estratégia de Prescrição 683 Estratégia de Restituição 699 Fontes de Micronutrientes 700 Fontes Inorgânicas 701 Quelatos Sintéticos 703 Complexos Orgânicos 704 Óxidos Silicatados Fritas 704 Métodos de Aplicação dos Micronutrientes 704 Via Solo 705 Misturas de Fontes de Micronutrientes com Mistura de Grânulos NPK 706 Incorporação em Misturas Granuladas e Fertilizantes Simples 708 Revestimento de Fertilizantes NPK 710 Via Adubação Fluida e Fertirrigação 711 Via Foliar 713 Vantagens 715 Desvantagens 715 Via Sementes 716 Via Raízes de Mudas 717 Efeito Residual 717 Demanda de Micronutrientes pelas Culturas 719 LITERATURA CITADA 724 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 647 Os principais motivos que despertaram o maior interesse pela utilização de fertilizantes que continham micronutrientes no Brasil foram a o início da ocupação da região dos cerrados formada por solos deficientes em micronutrientes por natureza b o aumento da produtividade de inúmeras culturas com maior remoção e exportação de todos os nutrientes c a incorporação inadequada de calcário ou a utilização de doses elevadas acelerando o aparecimento de deficiências induzidas d o aumento de produção e de preferências de utilização de fertilizantes NPK de alta concentração reduzindo o conteúdo incidental de micronutrientes nesses produtos e e o aprimoramento das análises de solos e foliares como instrumentos de diagnose de deficiências de micronutrientes As deficiências de micronutrientes em plantas têm importância crescente cultivares altamente produtivos têm sido extensivamente cultivados com adubações pesadas NPK o que resulta em deficiências de micronutrientes em muitos países Cakmark 2002 Um dos aspectos mais limitantes para orientação dos agrônomos na tomada de decisão sobre o uso eficiente de micronutrientes na agricultura brasileira é que em geral existem relativamente poucos trabalhos abrangentes envolvendo calibração dos métodos de análises de solo e foliar as duas ferramentas de diagnose mais utilizadas para a recomendação de doses adequadas desses insumos Assim o conhecimento da dinâmica dos micronutrientes no solo formas e processos das técnicas de diagnose de problemas análises do solo e foliar manejo da adubação com micronutrientes fontes e métodos de aplicação dos fertilizantes que constituem os tópicos deste capítulo são fatores importantes para obter sucesso no uso desses insumos DINÂMICA DOS MICRONUTRIENTES NO SOLO Os micronutrientes B Cl Cu Fe Mn Mo Ni e Zn são elementos essenciais para o crescimento das plantas mas requeridos em quantidades menores que os macronutrientes N P S K Ca e Mg Marschner 1986 sugeriu a inclusão do Ni à lista de micronutrientes Conforme esse autor a essencialidade do Ni tem suporte em vários estudos bioquímicos que mostram que esse elemento é componente da urease a enzima que catalisa a reação da CONH22 H2O 2NH3 CO2 sendo essencial à estrutura e funcionamento da enzima Embora Marschner 1986 considere o Ni como elemento essencial às plantas e portanto um micronutriente neste capítulo não lhe será dada a ênfase dedicada aos demais micronutrientes Existem vários termos para designar micronutrientes Eles têm sido chamados de elementos menores indicando que seu conteúdo na planta é menor em relação aos macronutrientes Outro termo usado é elementos traços uma vez que somente traços desses elementos são encontrados nos tecidos das plantas Com exceção do Fe e do Mn os quais estão entre os 12 elementos mais abundantes os outros micronutrientes ocorrem em concentrações menores que 1 g kg1 na litosfera outra razão para serem chamados de elementos menores ou traços Embora os cátions micronutrientes Cu Fe Mn e Zn ocorram principalmente na forma divalente no solo diferenças no caráter iônico de suas ligações químicas são FERTILIDADE DO SOLO 648 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al suficientes para que somente o Fe2 e o Mn2 possam substituir extensivamente um pelo outro O Fe dentre os metais é o mais abundante elemento nos solos variando de 10 a 100 g kg1 enquanto a concentração média é de 38 g kg1 Krauskopf 1972 Na crosta terrestre o Fe ocorre principalmente como Fe2 e na forma de Fe3 como óxidos silicatos sulfatos e carbonatos Dos óxidos o mais freqüentemente encontrado em todas as regiões do mundo é a goetita seguida em condições aeróbias pela hematita mineral tipicamente de regiões tropicais A presença desses óxidos no solo revestese de grande importância pois são eles que praticamente controlam a solubilidade do elemento que é muito influenciada pelo pH e pelo potencial de oxirredução do solo O Mn é similar ao Fe tanto nos processos geológicos como nos químicos A concentração total de Mn no solo varia de 002 a 3 g kg1 sendo a média de 06 g kg1 Krauskopf 1972 Os minerais de Mn mais importantes são pirolusita MnO2 manganita MnOH carbonatos MnCO3 e silicatos MnSiO3 Em seus compostos naturais o Mn pode apresentarse em três estados de oxidação Mn2 Mn3 e Mn4 Em condições redutoras os compostos mais estáveis são aqueles de Mn2 e em condições oxidantes o Mn4 MnO2 sendo o íon trivalente instável em solução É difícil prever a importância relativa das diferentes formas de Mn no solo uma vez que as relações entre Mn2 e os diversos óxidos de Mn são altamente dependentes das reações de oxirredução Assim formas oxidadas podem passar para as formas reduzidas e viceversa A concentração total de Cu em solos varia de 10 a 80 mg kg1 com uma média de 30 mg kg1 Krauskopf 1972 Quanto ao material de origem o Cu é mais abundante nas rochas ígneas básicas Nas rochas sedimentares está em maior concentração nos folhelhos indicando que ele está adsorvido às partículas menores O Cu ocorre nas formas cuprosa Cu e cúprica Cu2 mas pode também ocorrer na forma metálica em alguns minerais A forma divalente é a mais importante Dentre os micronutrientes o Cu é o menos móvel no solo graças à sua forte adsorção nos colóides orgânicos e inorgânicos do solo Na matéria orgânica o Cu é retido principalmente pelos ácidos húmicos e fúlvicos formando complexos estáveis Portanto os complexos orgânicos de Cu exercem papel importante tanto na mobilidade como na disponibilidade deste para as plantas A concentração total de Zn em solos varia de 10 a 300 mg kg1 sendo a média de 50 mg kg1 Krauskopf 1972 Solos derivados de rochas ígneas básicas são mais ricos em Zn e os solos derivados de rochas sedimentares arenito os mais pobres O principal mineral de Zn é a esfarelita ZnS mas ele pode ocorrer como carbonato de Zn ZnCO3 e em diversos silicatos No solo o Zn ocorre como cátion divalente Zn2 e não existe na forma reduzida por causa de sua natureza eletropositiva O Zn é um dos metais pesados mais móveis no solo De todos os micronutrientes o Mo é o menos abundante na crosta terrestre Ele pode ser encontrado principalmente nas valências 4 e 6 A valência 4 corresponde ao mineral MoS2 molibdenita mais comum e na valência 6 os molibdatos Nas rochas a sua concentração varia de 2 a 5 mg kg1 sendo mais abundante nas rochas ígneas básicas Nos solos varia de 02 a 5 mg kg1 com média de 2 mg kg1 Krauskopf 1972 A FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 649 mobilidade do ânion molibdato nos solos é alta se comparada com a de outros micronutientes catiônicos Dentre os micronutrientes o B e o Cl encontramse no solo na forma aniônica O B sempre ocorre em combinação com o oxigênio Embora o B seja encontrado em alguns minerais silicatados insolúveis borosilicatos como a turmalina os boratos de Na bórax Na2B4O710H2O e de Ca colemanita Ca2B6O115H2O são os minerais primários mais abundantes A distribuição de B nas rochas é diferente da dos outros micronutrientes por sua predominância nas rochas sedimentares A concentração de B no solo varia de 7 a 80 mg kg1 com média de 10 mg kg1 onde é geralmente encontrado como ácido bórico H3BO3 Krauskopf 1972 O Cl está distribuído extensivamente na natureza e a grande quantidade encontrada nos solos tem origem marítima e de chuvas A maioria do Cl do solo está em sais solúveis tais como NaCl CaCl2 e MgCl2 O Cl é um dos íons mais móveis do solo sendo facilmente lixiviado A concentração de Cl no solo varia de 20 a 900 mg kg1 com média de 100 mg kg1 Na solução do solo varia de menos 05 a mais do que 6000 mg L1 Mortvedt 1999 O Ni foi o elemento químico mais recentemente reconhecido como essencial para as plantas superiores A evidência de atuação do Ni na urease em plantas superiores o seu requerimento em leguminosas independentemente do tipo de nutrição nitrogenada e a sua essencialidade para nãoleguminosas Dixon et al 1975 Eskew et al 1984 Brown et al 1987 levaram ao reconhecimento do Ni como elemento essencial para as plantas superiores Marschner 1995 Os resultados dos trabalhos de pesquisa levaram ao reconhecimento da essencialidade do Ni suas características e concentraçãoes no solo e nas plantas indicam sua atuação como micronutriente para as plantas As concentrações de Ni nos solos variam de 1 a 200 mg kg1 com média de 20 mg kg1 Pais Jones Junior 1997 Considerando as concentrações aproximadas de micronutrientes em tecidos de folhas maduras generalizadas para várias espécies a suficiencia em Ni ocorre com teores entre 015 mg kg1 e o excesso toxidez com teores entre 10100 mg kg1 KabataPendias 2001 De modo geral não há trabalhos que revelam a deficiência de Ni em plantas Sua toxidez pricipalmente em solos que recebem adições de lodo de esgoto é motivo de maior preocupação Marschner 1995 Associação dos Micronutrientes com os Componentes do Solo Como o solo é formado por diferentes componentes a quantidade total de qualquer micronutriente presente poderá estar dispersa e distribuída entre esses componentes ou pools e ligados a eles por meio de ligações fracas até aquelas com alta energia De acordo com Shuman 1991 os micronutrientes estão associados principalmente a solução do solo superfície inorgânica troca iônica e adsorção específica matéria orgânica óxidos e minerais primários e secundários Micronutrientes na Solução do Solo Sem dúvida a solução do solo é o centro de todos os processos químicos importantes e de onde as plantas absorvem os nutrientes Na solução do solo os micronutrientes FERTILIDADE DO SOLO 650 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al podem estar na forma de íons livres ou complexados com ligantes orgânicos e inorgânicos Quadro 1 De acordo com Lindsay 1972 a maioria dos micronutrientes metálicos não está na forma livre mas complexada Portanto o conhecimento das formas químicas dos micronutrientes na solução do solo é mais importante para estimar suas mobilidades e disponibilidades às plantas do que a determinação dos seus teores totais na solução do solo A concentração total do elemento em solução soma dos íons livres mais os complexados é determinada usando técnicas de espectrometria cromatografia e colorimetria Por outro lado a concentração atividade dos elementos livres e suas formas definida por especiação devem ser calculadas Este cálculo pode ser feito por meio de uma série de programas de computador sobre modelos de equilíbrio tais como o GEOCHEM Sposito Mattigod 1980 e o MINTEQ Allison et al 1991 Os micronutrientes na solução do solo estão em fluxo constante e suas concentrações dependem da força iônica da solução da concentração dos outros íons pH umidade temperatura reações de oxirredução adição de fertilizantes e absorção pelas plantas dentre outros Uma pequena mudança na concentração ou na atividade das diferentes formas dos micronutrientes na solução do solo pode causar deficiência ou toxidez para as plantas Micronutrientes Adsorvidos à Superfície Inorgânica Os micronutrientes na solução do solo como íons são atraídos para as superfícies dos colóides orgânicos e inorgânicos do solo As partículas inorgânicas coloidais do solo são compostas basicamente por argilominerais e óxidos e hidróxidos de Fe Al e Mn Os argilominerais são caulinita haloisita montmorilonita vermiculita ilita clorita e vermiculita com hidróxido de Al entre camadas A adsorção é o processo mais importante relacionado com a disponibilidade de micronutrientes às plantas pois controla a concentração dos íons e complexos na solução do solo além de exercer influência muito grande na sua absorção pelas raízes das plantas Uma completa revisão sobre a adsorção dos micronutrientes nas frações mineral e Espécie em quantidade Elemento Grande Pequena Mn Mn2 MnSO4 0 MnCO3 0 Fe Fe3 FeOH2 FeOH2 FeOH4 Fe2 FeSO4 FeMOS Zn Zn2 ZnOH ZnSO4 0 Cu CuMOS Cu2 CuOH CuSO4 0 B H3BO3 BOH4 BMOS Quadro 1 Espécies de micronutrientes ocorridas em solução do solo MOS matéria orgânica do solo Fonte Adaptado de Camargo et al 2001 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 651 orgânica do solo foi feita por Harter 1991 e por Camargo et al 2001 A troca iônica adsorção não específica e a adsorção específica mecanismos envolvidos na adsorção de micronutrientes na superfície inorgânica são descritas por Camargo et al 2001 e apresentadas no texto a seguir Troca Iônica De acordo como Camargo et al 2001 o princípio da eletroneutralidade exige que as cargas negativas associadas às superfícies sólidas dos coloídes do solo sejam compensadas por quantidade equivalente de cargas positivas na forma de prótons ou de espécies catiônicas Os cátions que envolvem as partículas de argila estão em agitação permanente decorrente de sua energia térmica e tendem a escapar da influência das cargas negativas que por sua vez os atraem para a superfície A interação dessas duas forças faz com que se forme uma nuvem catiônica ao redor da partícula em vez de uma monocamada Esta concepção estrutural é chamada de teoria da dupla camada difusa que é muito útil para explicar uma série de fenômenos ocorridos no solo Os cátions da nuvem são retidos pela superfície exclusivamente por forças eletrostáticas não específicas pelo que às vezes o processo é chamado de adsorção não específica e por causa de sua agitação térmica e por sua exposição aos outros cátions da solução que não estão sob influência do campo elétrico da partícula podem ser trocados por estes daí o nome de troca iônica Este fenômeno tem certas características que merecem destaque a é reversível b é controlado pela difusão iônica c é estequiométrico d e na maioria dos casos há uma seletividade ou preferência de um íon pelo outro que está relacionada com o raio iônico hidratado e com a energia de hidratação dos cátions de mesma valência A troca iônica é um mecanismo de pequena influência na disponibilidade dos micronutrientes Silviera Sommers 1977 Latterell et al 1978 embora em algumas situações ela tenha sido apontada como mecanismo importante para Mn Muraoka et al 1983b Diversas soluções salinas tamponadas ou não a vários pH são utilizadas para extração de metais dos sítios onde ocorre a troca iônica no solo Os cátions mais comumente empregados nos esquemas de extração por fracionamento são o Ca2 Mg2 NH4 usualmente na concentração de 1 mol L1 Íons divalentes geralmente têm maior força de deslocamento que os monovalentes Os ânions mais empregados são o Cl NO3 e CH3COO O Cl apresenta a vantagem de não causar mudança apreciável no pH Por outro lado o Cl é um ânion complexante mais forte que o NO3 e por esta razão sais de NO3 muitas vezes têm sido preferidos O acetato é muito usado com a solução a pH 70 mas Lakanen 1962 citado por Shuman 1991 preferiu usála a pH 465 para estimar o trocável e o prontamente disponível Abaixando o pH sem dúvida haverá maior liberação de micronutrientes metálicos contudo esses poderão vir de outros sítios quando as argilas são hidrolisadas Adsorção Específica Adsorção específica é um dos mais importantes mecanismos que controlam a atividade iônica na solução do solo O íon adsorvido é chamado de adsorvato e a FERTILIDADE DO SOLO 652 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al partícula que expõe a superfície de adsorção de adsorvente Nesta situação os íons perdem sua água de hidratação parcial ou totalmente formando um complexo de esfera interna com a superfície de óxidos de Fe Mn Al aluminossilicatos nãocristalinos e mesmo com arestas quebradas de argilominerais que apresentam tipo similar de sítio de adsorção ou seja um OH ou uma molécula de H2O com valência insatisfeita ligada a um íon metálico da rede cristalina Este tipo de ligação formada sempre com certo grau de ligação covalente é altamente dependente do pH é seletiva é pouco reversível e pouco afetada pela concentração iônica da solução envolvente Ela pode diminuir aumentar neutralizar ou reverter a carga do íon a ser adsorvido e ocorre independentemente da carga na superfície da partícula O acúmulo de íons ou moléculas na interface sólidosolução do solo pode ser descrito por diversos modelos empíricos como o coeficiente de distribuição e as equações de Freundlich e de Langmuir que são de uso mais freqüente em Ciência do Solo ou modelos químicos da teoria da dupla camada Adamson 1967 Raij 1986 da capacitância constante Stumm et al 1980 o triplanar Davis et al 1978 e o tetraplanar Barrow 1989 Para a determinação dos micronutrientes adsorvidos especificamente pode ser empregado HOAc 25 mL L1 utilizado por McLaren Crawford 1973 para quantificação do Cu supostamente adsorvido aos óxidos e recomendado para quantificação de outros metais Por outro lado Stover et al 1976 utilizaram o KF a pH 65 para remover os metais de sítios específicos dos óxidos ou argilominerais Micronutrientes Associados à Matéria Orgânica A fração orgânica do solo é muito complexa e compõese de grande variedade de compostos solúveis e insolúveis com grupos funcionais que são bastante reativos com os micronutrientes a saber carboxila hidroxila fenólica e alcoólica quinona carbonil cetônico amino e sulfidrila Embora a ligação entre micronutrientes e matéria orgânica possa ser vista como troca iônica entre H de grupos funcionais e íons micronutrientes o alto grau de seletividade mostrado pelas substâncias húmicas por certos micronutrientes revela que eles coordenam diretamente com aqueles grupos funcionais formando complexos de esfera interna Uma seqüência típica de seletividade tende a ser em ordem decrescente Cu Fe Mn Zn Alloway 1995 A reação de sorção entre um metal e o material orgânico resulta numa estreita associação em nível molecular entre o metal e um ou mais grupos funcionais no material húmico ou ligante átomo grupo funcional ou molécula que está ligado a um átomo central de um composto de coordenação A sorção inclui metais na nuvem difusa perto dos grupos funcionais periféricos ionizados e metais formando complexos de esfera externa e interna evidenciando que a natureza da ligação numa reação de sorção vai de ligação puramente eletrostática a fortemente covalente Camargo et al 2001 A matéria orgânica está muito associada a outras frações do solo como óxidos de Fe Warren 1981 e de Mn Stahl James 1991 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 653 A escolha dos reagentes para quantificar os micronutrientes associados à matéria orgânica é difícil porque a maioria deles não reage de forma específica dissociando os micronutrientes associados a outros componentes do solo Um dos primeiros reagentes usados para a extração de micronutrientes associados à fração orgânica foi o K4P2O7 que estabiliza a matéria orgânica causando a dispersão do solo Conforme Chao 1984 o pirofosfato não dissolve sulfetos nem quantidades significativas de óxido de Fe Contudo a principal crítica ao uso desse reagente é que ele solubiliza toda ou parte dos óxidos de Fe amorfos Shuman 1982 Outro reagente bastante usado é o peróxido de hidrogênio H2O2 que entretanto apresenta diversas desvantagens extrai metais da fração óxido de Mn dissolve alguns sulfetos presentes pode formar oxalatos que atacam óxidos de Fe É também comum utilizar quelantes para determinar os metais ligados à matéria orgânica Conforme Grimme Wiechman 1969 citados por Shuman 1991 a adição de EDTA ao NaOH causou um aumento na extração de Fe de compostos orgânicos sem contudo atacar compostos inorgânicos de Fe Shuman 1983 adicionou DTPA ao NaOCl para quelatar os metais liberados mas verificou que o DTPA disssolveu metais da fração óxido de Fe Micronutrientes Associados aos Óxidos Óxidos de Fe e de Mn têm efeito significante nas reações dos micronutrientes do solo decorrente principalmente da sua alta afinidade por íons metálicos e de seus altos teores no solo Esse aspecto é muito importante para a maioria dos solos brasileiros ricos em óxidos de Fe e Mn Os micronutrientes metálicos estão associados aos óxidos por mecanismos de adsorção formação de complexo de superfície coprecipitação e na estrutura do cristal Para solubilizar os metais da fração dos óxidos de Mn é necessário ter um reagente que reduza o Mn mas não o Fe Os reagentes mais utilizados são a hidroquinona e a hidroxilamina Dion et al 1947 sugeriram o uso da hidroxilamina por esta solubilizar mais Mn que a hidroquinona Chao 1972 verificou que a hidroxilamina 01 mol L1 em HNO3 001 mol L1 a pH 2 dissolveu 85 do óxido de Mn e somente 5 de óxido de Fe em vários sedimentos Diversos outros estudos concordam que a hidroxilamina é específica para óxidos de Mn Shuman 1982 Um dos mais populares reagentes usados para quantificação de metais associados à fração Fe amorfo é o oxalato de amônio 02 mol L1 a pH 30 McKeague Day 1966 Outra forma de extração consiste na utilização de hidroxilamina 025 mol L1 em HCl 025 mol L1 a 50 C por 30 min com agitação em banhomaria Chao Zhou 1983 Para a quantificação dos micronutrientes associados aos óxidos cristalinos o mais conhecido é o dititonito em citratotampão bicarbonato CBD desenvolvido para remover óxidos de Fe e Al das argilas minerais em estudos de mineralogia Mehara Jackson1960 Micronutrientes nos Minerais Primários e Secundários A maioria dos micronutrientes metálicos é encontrada nas estruturas cristalinas de minerais primários e secundários associada a minerais silicatados em substituições isomorfas dentro dos minerais primários e secundários 654 CLeIDE APARECIDA DE Apreu et al A quantificagaéo dos micronutrientes associados a esses componentes é feita usando a digestao com HF HNO HCl ou HClO em recipientes de plasticos resistentes ou de teflon abertos ou sobre pressdo A capacidade de recuperacao dos metais nesta fracao ira depender do tipo de amostra e do método de digestao Fazendo a digestao com solucdo com 90 HNO e 10 HCl concentradas Sinex et al 1980 citados por Shuman 1991 verificaram que estes reagentes foram eficientes em recuperar os metais em amostra de sedimentos de rios que receberam efluentes industriais Fatores que Afetam a Disponibilidade de Micronutrientes para as Plantas pH do Solo As concentracées ou atividades das formas idénicas dos micronutrientes que sao preferencialmente absorvidas da solucdo do solo pelas plantas em condicées de solos bem arejados sao bastante dependentes do pH Essa dependéncia pode ser determinada por reag6es que controlam a solubilidade desses ions de acordo com Lindsay 1972 Quadro 2 Quadro 2 Reacées que controlam a solubilidade de micronutrientes em equilibrio com a solucdo do solo Micronutriente Reacao log K Fe Fet 30H S FeOHss 394 Mn MnO s 2H s Mn 202 HO 092 Zn Zn 2Hsolo Ss Znsolo 2H 60 Cu Cu 2Hsolo Ss Cusolo 2H 32 Mo MoO 2Hsolo Ss MoOQsolo 20H 205 Fonte Adaptado de Lindsay 1972 O Fe pode estar no solo nas formas Fe soltivel e Fe baixa solubilidade sendo absorvido pelas plantas na forma de Fe Sua solubilidade é largamente controlada pelos 6xidos hidratados Além da forma Fe outras espécies idnicas predominam na faixa de pH entre 5 e 9 gracas a hidrdélise de Fe A solubilidade do Fe decresce aproximadamente mil vezes para cada unidade de aumento do pH do solo na faixa de pH de4a9 Esse decréscimo de solubilidade é muito maior para 0 Fe do que para Mn Cu ou Zn Lindsay 1972 A solubilidade do Mn absorvido pela planta na forma de Mn é controlada principalmente pela dissolucéo de MnO que é a forma normalmente presente em solos bem arejados A atividade e conseqtientemente a disponibilidade de Mn na solucdo do solo diminui 100 vezes aproximadamente para cada aumento de uma unidade no pH do solo Lindsay 1972 FERTILIDADE DO SOLO FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 655 Para os micronutrientes Cu e Zn absorvidos pelas plantas como cátions divalentes não se definiu quais compostos controlam a solubilidade desses íons Geralmente a solubilidade dos compostos no solo é menor do que a observada para a maioria dos minerais que contém esses elementos O pH afeta a distribuição dos micronutrientes que estão associados aos diferentes componentes do solo O aumento do pH diminui a presença dos micronutrientes Cu Fe Mn e Zn na solução do solo e nos pontos de troca catiônica Figura 1 Borges Coutinho 2004 aplicando biossólidos ao solo verificaram que com o aumento do pH do solo ocorreu a redistribuição do Cu Mn e Zn da fração trocável para a fração ligada à matéria orgânica ou óxidos menos disponível Dynia Barbosa Filho 1993 avaliando os efeitos da calagem sobre a dinâmica do Fe Mn Cu e Zn e a disponibilidade desses nutrientes para a cultura do arroz irrigado observaram que a calagem reduziu a solubilidade de todos os micronutrientes no solo sendo o Fe e o Zn os elementos mais afetados Fica evidente que a disponibilidade de Cu Fe Mn e Zn é afetada pelo pH diminuindo com seu aumento Como a solubilidade do Fe é muito diminuída pelo aumento de pH a calagem é considerada eficiente prática de controle da toxidez desse elemento Barbosa Filho et al 1983b Freire et al 1985 Fischer et al 1990 Figura 1 Efeito do pH na distribuição do Zn Cu e Mn nos diferentes componentes do solo Fonte Adaptado de Sims 1986 citado por Shuman 1991 FERTILIDADE DO SOLO 656 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al O efeito da calagem sobre a disponibilidade de Zn para as plantas também é mostrado por Accioly et al 2004 avaliando os efeitos da aplicação de doses de calcário 10 e 20 t ha1 em misturas de solo com proporções crescentes de Zn sobre o crescimento de Eucalyptus camaldulensis Eles observaram que a adição de calcário elevou o pH do solo próximo à neutralidade reduzindo o teor de Zn disponível no solo pela solução de Mehlich1 Santos et al 2002 utilizando o ZnSO4 e resíduo de siderurgia como fontes de Zn para o milho cultivado em dois valores de pH 50 e 60 observaram que houve uma diminuição da disponibilidade de Zn com o aumento de pH independentemente da fonte utilizada Tal efeito foi atribuído à diminuição das formas livres de Zn2 pela formação de composto do Zn com o OH ZnOH ZnOH2 O B ocorre na solução do solo principalmente como H3BO3 que predomina na faixa de pH adequada para a agricultura sendo esta a forma de B absorvida pelas plantas Quando comparado com o Cl ou NO3 o B é mais fortemente adsorvido pelos componentes do solo A adsorção de B pelos óxidos de Fe e Al é dependente de pH e é maior na faixa de pH entre 6 e 9 A disponibilidade de B é maior entre pH 50 e 70 diminuindo abaixo e acima desta faixa de pH Isso se deve principalmente às reações de adsorção que são dependentes de pH Melo Minami 1999 observaram em áreas sem e com calagem que o peso médio e a produção de couveflor cv Shiromaru II foram maiores quando não se aplicou calcário Segundo os autores a calagem pode ter reduzido a disponibilidade de B para as plantas o que possivelmente ocasionou queda de produção já que a couve flor está entre as hortaliças mais exigentes em B O Mo está presente na solução do solo como molibdato MoO4 2 forma absorvida pelas plantas e como HMoO4 em condições ácidas A solubilidade do CaMoO4 e do ácido molibdico H2MoO4 aumentam com o aumento do pH e de maneira inversa a adsorção de Mo pelos óxidos de Fe aumenta com o decréscimo de pH principalmente na faixa de 78 a 45 Então a biodisponibilidade de Mo aumenta com o aumento de pH do solo De acordo com Quaggio et al 2004 aumentos na produção de grãos de amendoim no tratamento que não recebeu Mo foram atribuídos à maior disponibilidade de Mo no solo decorrente do aumento do pH do solo O ânion Cl é muito fracamente ligado aos compostos do solo na maioria das condições em que o solo se apresenta e tornase negligível em solos com pH 70 Quantidades apreciáveis de Cl podem ser adsorvidas particularmente em solos oxídicos e caoliníticos que podem ter significativa carga positiva Matéria Orgânica A matéria orgânica do solo é constituída por ácidos húmicos e fúlvicos polifenóis aminoácidos peptídeos proteínas e polissacarídeos Esses compostos são responsáveis pela formação de complexos orgânicos com Fe Mn Cu e Zn do solo podendo diminuir a solubilidade desses micronutrientes em virtude da formação de complexos com ácidos húmicos ou aumentar sua disponibilidade em virtude da complexação com ácidos fúlvicos e outros compostos orgânicos descritos anteriormente Stevenson Ardakani 1972 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 657 A característica mais importante da ligação entre a matéria orgânica e o micronutriente metálico é sua constante de estabilidade K O valor dessa constante é uma medida da afinidade do metal pelo agente quelante e indica a solubilidade e a mobilidade dos micronutrientes metálicos em solos Recordase aqui a definição de Stevenson Ardakani 1972 Quando um íon metálico M reage com uma substância orgânica R para formar um complexo orgânico metálico MRx a reação de equilíbrio é M xR M Rx em que x é o número de moles da partícula orgânica que se combina com o íon metálico A constante de estabilidade do complexo se define como K MRxMx em que M é a concentração em mol L1 do íon metálico e R é a concentração da substância orgânica expressa em mol L1 Em termos gerais o poder de formação de complexos diminui seguindo a ordem Cu Zn Mn Portanto dentre os micronutrientes o Cu é o que mais interage com os compostos orgânicos do solo formando complexos estáveis especialmente com grupos carboxílicos e fenólicos Alguns desses complexos são tão estáveis que a maioria das deficiências de Cu tem sido associada com solos orgânicos Dynia Barbosa Filho 1993 observaram que a palha de arroz reduziu a solubilidade do Cu e Zn e não afetou a solubilidade dos outros elementos Fe e Mn evidenciando a importância da formação de complexos estáveis do Cu e Zn com ligantes orgânicos liberados na decomposição da palha de arroz O Mn também forma complexos estáveis com ligantes orgânicos A estabilidade desses complexos é tal que a incidência de deficiência de Mn acima de pH 65 é muito menor em solos com teores apreciáveis de matéria orgânica que em solos com baixo teor de matéria orgânica Faquin et al 1998 avaliaram a resposta do feijoeiro à aplicação de calcário em quatro solos de várzeas Glei Pouco Húmico Orgânico Glei Húmico e Aluvial Altos teores de Mn nos solos e tóxicos nas folhas de arroz foram observados na ausência de calagem Tais efeitos foram menores nos solos Glei Húmico e Orgânico em virtude dos maiores teores de matéria orgânica nestes solos Estes resultados estão de acordo com o relatado por McLean Brown 1984 de que em solos com elevados teores de matéria orgânica os efeitos tóxicos do Mn são amenizados pelo efeito complexante dos compostos orgânicos A maior parte do B disponível às plantas é encontrada na matéria orgânica do solo A natureza das reações do B com a matéria orgânica não é bem entendida mas pode envolver grupos de hidroxilas nos complexos orgânicos Condições de solo que favorecem a decomposição da matéria orgânica tais como calor umidade do solo boa aeração e aumento da atividade microbiana resultam em aumento do B biodisponível Silva Ferreyra 1998 encontraram correlação positiva e significativa r 0619 entre os teores de matéria orgânica e do B extraído pela água quente Resultados semelhantes FERTILIDADE DO SOLO 658 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al foram observados por Marzadori et al 1991 que atribuíram à matéria orgânica importante papel na disponibilidade de B por minimizar a lixiviação desse elemento e mantêlo na forma relativamente disponível Reações de Oxirredução Reações de oxirredução são comuns em solos e influenciam a disponibilidade dos micronutrientes especialmente as de Fe e de Mn O potencial de oxirredução é expresso em termos de pe log da atividade do elétron sendo dependente do pH do solo aeração e atividade microbiana Solos bem drenados e arejados têm potencial de oxirredução entre 400 e 700 mV enquanto em solos inundados esse potencial cai para valores entre 250 e 300 mV De acordo com a seqüência termodinâmica da redução em solos inundados apresentada por Fageria 1984 a redução do Mn4 para Mn2 ocorre em solos com potencial de 401 mV e a a redução de Fe3 para Fe2 se dá em potencial de 185 mV Isso explica porque mesmo em solos não inundados a toxidez de Mn é freqüente A toxidez de Fe tem sido mais comum em condições muito redutoras como na cultura do arroz irrigado Barbosa Filho et al 1983b ou em condições especiais como em soja cultivada em Latossolos após períodos de intensa pluviosidade Bataglia Mascarenhas 1981 Costa 2004 avaliando o desempenho de duas gramíneas ao estresse hídrico por alagamento em dois solos Glei Húmicos observou que o alagamento promoveu a elevação dos teores de Fe no solo e nas plantas O ambiente anaeróbio aumenta a solubilidade do Fe no solo reduzindo o Fe3 a Fe2 aumentando a disponibilidade de Fe2 forma absorvida pelas plantas A mesma tendência foi verificada para o Mn Embora o Cu2 possa ser reduzido a Cu nem esse elemento nem o Zn são afetados diretamente pelas condições de oxirredução ocorridas na maioria dos solos Em algumas situações de oxirredução esses elementos são afetados indiretamente pelo aumento de pH Segundo Alam 1999 o aumento do pH em solos ácidos próximos à neutralidade em condições de alagamento exerceu forte influência na redução da disponibilidade de Zn e de Cu para a cultura do arroz alagado Características dos Solos e Situações Relacionadas com a Deficiência de Micronutrientes para as Plantas Boro a maior disponibilidade ocorre na faixa de pH 50 a 70 as condições de alta pluviosidade e alto grau de perdas por lixiviação reduzem a disponibilidade principalmente em solos mais arenosos as condições de seca aceleram o aparecimento de sintomas de deficiência que muitas vezes tendem a desaparecer quando a umidade do solo é adequada Dois fatores explicam esse comportamento a a matéria orgânica importante fonte de B para o solo tem sua decomposição diminuída liberando menos B para a solução do solo e b condições de seca reduzem o transporte de B no solo e o crescimento das raízes provocando a menor exploração do volume do solo o que leva à menor absorção de nutrientes inclusive de B FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 659 Cobre a maior disponibilidade ocorre na faixa de pH 50 a 65 os solos orgânicos são os mais prováveis de apresentarem deficiência de Cu Embora os solos orgânicos apresentem altos teores de Cu este micronutriente forma complexos estáveis com a matéria orgânica fazendo com que somente pequena fração fique disponível à cultura os solos arenosos com baixos teores de matéria orgânica podem tornarse deficientes em Cu em decorrência de perdas por lixiviação em solos argilosos há menor probabilidade de deficiência desse micronutriente a presença excessiva de íons metálicos como Fe Mn e Al reduz a disponibilidade de Cu para as plantas Esse efeito independe do tipo de solo Ferro a maior disponibilidade ocorre na faixa de pH 40 a 60 a deficiência de Fe na maioria das vezes é causada por desequilíbrio em relação a outros micronutrientes tais como Mn Cu e Mo outros fatores que podem levar à deficiência de Fe são o excesso de P no solo e na planta pH elevado baixas temperaturas e altos teores de bicarbonato Manganês a maior disponibilidade ocorre na faixa de pH 50 a 65 os solos orgânicos pela formação de complexos estáveis entre matéria orgânica e Mn tendem a apresentar problemas de deficiência desse micronutriente a umidade do solo também influencia a disponibilidade de Mn Os sintomas de deficiência são mais severos em solos com alto teor de matéria orgânica durante a estação fria quando esses estão saturados com água Os sintomas tendem a desaparecer à medida que o solo seca e a temperatura se eleva solos arenosos com baixa CTC e sujeitos a altos índices pluviais são os mais propensos a apresentar problemas de deficiência desse micronutriente excessos de Ca Mg e Fe podem causar deficiência de Mn Zinco a maior disponibilidade ocorre na faixa de pH 50 a 65 alguns solos quando recebem doses de corretivos para elevar o pH acima de 60 podem desenvolver sérias deficiências de Zn principalmente quando arenosos o uso de altas doses de fertilizantes fosfatados em cultivos de várias espécies de plantas já mostrou os efeitos da interação antagônica entre o Zn e o P que se complica ainda mais em valores de pH próximos à neutralidade FERTILIDADE DO SOLO 660 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al grandes quantidades de Zn podem ser associadas à fração orgânica do solo levando à deficiência desse micronutriente que pode ser temporariamente imobilizado pelos microrganismos do solo especialmente quando da aplicação dos estercos as baixas temperaturas associadas ao excesso de umidade podem fazer com que as deficiências de Zn sejam mais pronunciadas Isso tende a se manifestar no estádio inicial de crescimento das plantas e geralmente os sintomas desaparecem mais tarde a sistematização do solo para irrigação por inundação leva à deficiência de Zn nas áreas em que o subsolo é exposto o Zn é fortemente adsorvido pelos colóides do solo o que ajuda a diminuir as perdas por lixiviação aumentando o efeito residual Entretanto solos arenosos com baixa CTC e sujeitos a chuvas pesadas podem apresentar problemas de deficiência Molibdênio a maior disponibilidade ocorre acima de pH 70 deficiências de Mo têm maior probabilidade de ocorrer em solos ácidos pH menor que 55 ou 50 Quando o solo recebe calagem adequada haverá correção da deficiência se os teores desse micronutriente forem adequados solos arenosos apresentam com mais freqüência deficiência de Mo do que os de textura média ou argilosa doses pesadas de fertilizantes fosfatados aumentam a absorção de Mo pelas plantas ao passo que doses elevadas de fertilizantes com sulfato podem levar à deficiência de Mo Mo em excesso é tóxico especialmente para animais sob pastejo O sintoma característico é forte diarréia o Mo também afeta o metabolismo do Cu Animais tratados com forragem com alto teor de Mo podem apresentar deficiência de Cu levando à molibdenose Animais sob pastejo em áreas deficientes de Mo e com teores elevados de Cu podem sofrer toxidez deste último Níquel veja capítulo III DIAGNOSE DA DEFICIÊNCIA E TOXIDEZ DE MICRONUTRIENTES A caracterização das deficiências ou excessos de micronutrientes pode ser feita mediante o uso de alguns procedimentos de diagnoses com destaque para as análises de solos e de plantas critérios baseados na avaliação visual e histórico de uso da área FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 661 Pouco citado na literatura mas de grande importância é o histórico de uso ou manejo de uma área ou gleba de uma propriedade Quanto mais um técnico souber sobre esse histórico mais eficiente será o diagnóstico dos possíveis problemas nutricionais com micronutrientes e mais fácil será a correção desses problemas Os critérios baseados na avaliação visual dependem apenas do conhecimento do técnico e do suporte de literatura Entretanto têm suas limitações por depender do aparecimento dos sintomas fase em que a produtividade normalmente já está prejudicada A análise química da planta ou de suas partes é outro critério diagnóstico especialmente útil para plantas perenes Outro instrumento diagnóstico de destaque é a análise química do solo que apresenta a grande vantagem sobre os demais por possibilitar o conhecimento prévio da disponibilidade dos micronutrientes onde será instalada a cultura Análise de Solo para Avaliar a Disponibilidade de Micronutrientes às Plantas Para avaliar a disponibilidade de micronutrientes B Cu Fe Mn Mo Ni e Zn embora oferecendo perspectivas promissoras a análise do solo teve até hoje uso bastante restrito O interesse pela análise de micronutrientes em solos tem aumentado a cada ano principalmente pelo aparecimento crescente de deficiências desses nutrientes em culturas As mais comuns são de B em algodão batata trigo café citros hortaliças mamão e uva Zn em café arroz milho citros soja e eucalipto Cu em café canadeaçúcar soja hortaliças e citros Mn em café citros e soja e Mo em café hortaliças e leguminosas Até o momento não existem relatos de ocorrência da deficiência de Ni e de Cl no País A disponibilidade de um micronutriente no solo referese ao teor deste micronutriente resultante da interrelação dos fatores intensidade quantidade e podertampão do solo durante um ciclo da planta Ela pode ser avaliada medindose as concentrações do elemento na solução do solo e depois utilizandoas no cálculo da atividade iônica fator intensidade considerada medida da disponibilidade imediata do elemento para as plantas Sposito 1984 Diversos métodos têm sido usados para extrair a solução do solo incluindo extratos de pasta de saturação deslocamentos miscíveis e imiscíveis centrifugação e extração por pressão ou vácuo das amostras de solo em laboratório ou em lisímetros no campo Todos esses métodos têm vantagens e desvantagens mas a maior dificuldade está em obter uma solução representativa sem alterar sua composição durante o processo de extração Também a disponibilidade do metal pode ser avaliada usandose um extrator apropriado no qual o teor extraído do solo por meio de reagentes químicos se correlaciona estreitatamente com o conteúdo do elemento determinado nas plantas É o sistema mais empregado nas pesquisas Extratores de Micronutrientes De maneira geral podemse classificar os extratores utilizados na determinação dos micronutrientes disponíveis em seis categorias água ou extrato de pasta de saturação soluções salinas soluções ácidas soluções complexantes oxidantesredutoras e os combinados tendo em sua composição dois os mais reagentes representantes das categorias anteriores Para facilidade de apresentação as soluções combinadas serão FERTILIDADE DO SOLO 662 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al descritas neste capítulo baseandose no princípio dominante de extração dos metais por estas soluções A quantidade de micronutrientes extraída do solo por essas soluções irá depender dos reagentes utilizados da concentração dos componentes da solução extratora do tempo de extração da relação solosolução da temperatura de extração do tempo e tipo de agitação dentre outros Variações nas condições de extração levam a diferenças nos teores extraídos de micronutrientes por um método específico Água O micronutriente extraído pela água dá uma idéia direta da concentração deste na solução do solo A sua quantificação é feita após agitação da amostra de solo com água destilada ou deionizada O método da água quente originalmente proposto por Berger Truog 1939 para determinação de B disponível é o mais usado e é sempre um ponto de referência obrigatório para a comparação com outros processos de extração de B Ribeiro Tucunango Sarabia 1984 Bataglia Raij 1990 Abreu et al 1994c A extração com água foi testada para outros micronutrientes como Mn e Zn Valadares Camargo 1983 Muraoka et al 1983ab mas os resultados não foram animadores quando se visou a identificação de solos deficientes Dada a baixa concentração de Cu Fe Mn e Zn nas extrações com água problemas analíticos são comumente encontrados e os resultados bem variáveis o que faz com que este extrator seja pouco utilizado para diagnosticar deficiências desses elementos Muraoka et al 1983ab Valadares Camargo 1983 A extração com água tornase mais viável para a determinação dos teores tóxicos desses elementos os quais sendo bem mais elevados permitem análises mais exatas e confiáveis Soluções Salinas Até recentemente os extratores salinos eram pouco utilizados em análises de metais em solos por causa da sua baixa capacidade de extração dificultando a determinação dos metais por técnicas comuns Hoje com a introdução de novas técnicas instrumentais o uso dessas soluções tornouse mais rotineiro Diversas soluções salinas tamponadas ou não a vários valores de pH são utilizadas para extração de micronutrientes Essas soluções extraem preferencialmente os micronutrientes dos pontos de troca iônica do solo A solução mais empregada é o acetato de amônio 1 mol L1 a pH 70 que extrai Cu Mn e Zn Pavan Miyazawa 1984 Abreu et al 1994a Outras soluções como nitrato de NH4 nitrato de Ca cloreto de Mg nitrato de Mg cloreto de Ca cloreto de K cloreto de Ba cloreto de NH4 têm sido empregadas para avaliar a disponibilidade de micronutrientes em solos sem no entanto uma justificativa técnica para tal uso Muitas vezes utilizamse tais soluções porque já são usadas pelos laboratórios na extração de macronutrientes trocáveis Paula et al 1991 usaram o cloreto de Ca na extração de Zn em solos de várzea Gimenez et al 1992 o cloreto de Mg para extração do Zn disponível em solos e Abreu et al 1994ab o cloreto de Ca para avaliar a disponibilidade de Mn às plantas Reagentes Quelantes Os agentes quelantes combinam com o íonmetálico em solução formando complexos solúveis reduzindo sua atividade Em conseqüência os íons são dessorvidos do solo ou FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 663 dissolvem da fase sólida para reabastecer os teores na solução A quantidade de metais quelatados que se acumula na solução do solo depende da atividade do íon metal livre na solução do solo fator intensidade da habilidade do solo em reabastecer a solução fator capacidade da estabilidade do quelato e da capacidade do quelante em competir com a matéria orgânica pelo íon Os quelantes são usados com o objetivo de extrair maiores proporções das formas lábeis dos micronutrientes porém sem dissolver as formas nãolábeis O método proposto por Lindsay Norvell 1978 empregandose o DTPA a pH 73 é o mais difundido A adição de CaCl2 10 mmol L1 e de trietanolamina foi proposta por esses autores para manter a concentração de Ca2 em solução próxima à encontrada em solos neutros e alcalinos e o pH relativamente constante Essas condições foram criadas com o objetivo de retardar a dissolução de CaCO3 em solos calcários e de obter um filtrado límpido dada a floculação das partículas coloidais do solo O método foi originalmente desenvolvido para solos calcários do sudoeste dos Estados Unidos e para identificar solos deficientes em Cu Fe Mn e Zn Seu uso foi ampliado com relativo sucesso para solos com má drenagem e ou contaminados com metais condições essas bem diferentes daquelas preconizadas para o método Mandal Haldar 1980 Scharuer el al 1980 Outra modificação no método do DTPA foi a adição do bicarbonato de amônio que originou o método ABDTPA desenvolvido por Soltanpour Schwab 1977 para extrair simultaneamente NNO3 P K Cu Fe Mn Zn de solos ou calcários com pH neutro A solução ABDTPA é composta de NH4HCO3 1 mol L1 e DTPA 5 mmol L1 ajustado inicialmente a pH 76 A solução extratora quando exposta à atmosfera ou no decorrer da extração libera CO2 o que causa um aumento no pH podendo atingir valores próximos a 85 As concentrações de NH4 e HCO3 são similares àquelas usadas tradicionalmente para extrair K e PO4 3 Mais tarde Norvell 1984 propôs o uso do DTPA ácido acético hidróxido de amônio cloreto de Ca a pH 53 para extração de micronutrientes em solos ácidos Esse método não tem sido incluído em estudos visando à seleção de extratores para avaliar a disponibilidade de micronutrientes em solos brasileiros Entretanto resultados preliminares obtidos por Abreu et al 1998 trabalhando com 59 amostras de solos do Estado de São Paulo mostraram a viabilidade desse método em extrair micronutrientes do solo Para os teores de Cu foi obtida correlação de 085 quando foram empregados os métodos DTPA pH 53 e DTPA pH 73 Para os teores de Mn e Zn os coeficientes de correlação foram de 059 e 064 respectivamente Os agentes quelantes mais usados em estudos visando à seleção de métodos quími cos para avaliar a disponibilidade de micronutrientes Cu Mn e Zn em amostras de solos brasileiros são o ácido etilenodiaminotetraacético EDTA e o dietilenotriamino pentaacético DTPA Camargo et al 1982 Galrão Sousa 1985 Galrão 1988 Paula et al 1991 Gimenez et al 1992 Bataglia Raij 1994 Soluções Ácidas A extração com soluções ácidas baseiase na dissolução dos minerais de argilas o que dificulta a definição das formas extraídas A quantidade de metais solubilizados do solo pelas soluções ácidas irá depender do tipo de ácido de sua concentração do tempo de extração da relação solosolução dentre outros As soluções concentradas de ácidos FERTILIDADE DO SOLO 664 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al fortes têm sido evitadas porque geralmente extraem metais nãolábeis da fase sólida As soluções diluídas de ácidos fortes removem os metais dos sítios de troca e parte daqueles complexados ou adsorvidos além dos da solução do solo As soluções ácidas mais testadas para extração de micronutrients são a de ácido clorídrico e a de Mehlich1 Por causa das muitas variações nos procedimentos originais desses métodos no que se refere à concentração da solução relação solosolução tempo de agitação e outros os resultados dos trabalhos de extração com soluções ácidas podem não ser comparáveis O método empregando HCl 01 mol L1 foi originalmente desenvolvido para extração de Zn de solos ácidos Nelson et al 1959 sendo as relações solosolução mais comuns 110 no método original e a 14 sugerida pelo Council on Soil Plant Test Analysis 1980 O método Mehlich1 HCl 50 mmol L1 H2SO4 125 mmol L1 foi desenvolvido para extração de P Mehlich 1953 sendo o seu uso estendido para os cátions trocáveis de solos ácidos sendo utilizadas duas relações solosolução 14 do método original e 110 comumente empregada no Brasil Galrão Sousa 1985 O método de Mehlich3 apesar de ser uma mistura de ácidos sais e quelante será incluído neste grupo O método de extração com a solução Mehlich3 CH3COOH 02 mol L1 NH4NO3 025 mol L1 NH4F 15 mmol L1 HNO3 13 mmol L1 EDTA 1 mmol L1 foi desenvolvido para avaliar a disponibilidade de P K Mg Ca Mn Fe Cu Zn e B em solos ácidos do sudoeste dos Estados Unidos Mehlich 1984 A adição de NH4F à solução de Mehlich3 melhorou a predição da disponibilidade de P em solos neutros e alcalinos Como o agente quelante DTPA causou interferência na determinação colorimétrica do P foi substituído pelo EDTA para complexar Cu Fe Mn e Zn As soluções ácidas mais testadas para extração de Cu Fe Mn Zn e de B em algumas situações são Mehlich1 HCl 50 mmol L1 H2SO4 125 mmol L1 HCl 01 mol L1 H2SO4 25 mmol L1 e H3PO4 Marinho 1970 Bartz Magalhães 1975 Casagrande 1978 Barbosa Filho et al 1990 Buzetti 1992 Abreu et al 1994ab Reagentes OxidantesRedutores Alguns micronutrientes no solo são fortemente ligados aos óxidos de Fe Al e Mn e agentes redutores poderão ser utilizados para solubilizar esses minerais e liberar os micronutrientes associados Exemplos de tais reagentes são a hidroquinona a hidroxilamina acidificada o oxalato acidificado e as soluções de ditionitocitrato que freqüentemente são usados em esquemas de fracionamento para metais A hidroquinona tem sido empregada para determinar o Mn facilmente redutível Abreu et al 1994b verificaram que o NH4OAc hidroquinona foi o melhor extrator para avaliar a disponibilidade de Mn em virtude das mudanças de pH Esses autores obtiveram coeficiente de correlação de 086 entre o teor de Mn extraído pela hidroquinona e o Mn determinado em soja crescida em solos do Estado de São Paulo que apresentavam teores naturais de Mn entre a classe média e alta Soluções Extratoras Resultados de Pesquisas do Brasil A planta é considerada o referencial dos extratores de nutrientes refletindo sua real disponibilidade Desta forma um bom extrator para uma situação específica deve FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 665 simular o comportamento da planta Neste tópico os coeficientes de correlação r e os de determinação R2 serão utilizados como ferramentas para analisar os resultados de pesquisa com os extratores indicando a eficácia do método para uma situação específica Boro A extração de B do solo usando a água quente foi proposta por Berger Truog 1939 e até hoje tem sua eficiência comprovada para várias culturas e condições de solo A água quente tem sido o método padrão para comparação com outros processos Em Minas Gerais Ribeiro Tucunango Sarabia 1984 trabalhando com cinco Latossolos que receberam adição de B e cultivando sorgo obtiveram coeficientes de correlação entre teores de Bsolo e Bplanta de 065 para água quente e 058 para o Mehlich1 Cruz Ferreira 1984 utilizando solos do Estado de São Paulo encontraram valores de 064 para água quente 068 para o método da água quente modificado e 074 para o CaCl2 1 g L1 além de valores próximos para extratores ácidos H2SO4 HCl e ácido acético Bataglia Raij 1990 testaram os extratores Mehlich1 HCl CaCl2 e água quente para avaliar a disponibilidade de B em 26 amostras de solos do Estado de São Paulo Eles concluíram que o Mehlich1 foi menos eficiente que a água quente e o cloreto de Ca Mesmo com a inclusão de outros atributos do solo como pH argila matéria orgânica e capacidade de troca o coeficiente de correlação com a absorção de B pelas plantas de girassol foi baixo Além disso o Mehlich1 não conseguiu discriminar o efeito da adição de B ao solo nem o efeito da calagem de forma similar ao observado para a água quente O uso do HCl mostrouse inviável em vista da coloração dos extratos Quaggio et al 2003 trabalhando com laranja pêra em condições de campo observaram estreita correlação entre o teor de B no solo extraído pelo método da água quente e o teor de B nas folhas r 097 No Rio Grande do Sul Bartz Magalhães 1975 trabalhando com sete amostras de solos que receberam B constataram os seguintes valores do coeficiente de correlação entre teores de Bsolo e Balfafa 083 água quente 087 Mehlich1 089 H2SO4 25 mmol L1 083 HCl 50 mmol L1 Em solos do Ceará Silva Ferreyra 1998 encontraram correlações altamente significativas entre teores de Bsolo extraídos por diversos métodos e de Bgirassol contudo a água quente foi o melhor extrator seguido do HCl e do manitol De maneira geral os extratores ácidos principalmente o Mehlich1 têmse comportado de maneira semelhante à extração com água quente naqueles experimentos que receberam doses crescentes de B Questionase se esses resultados serão reproduzidos em solos com baixos teores de B que representam a faixa de teores de maior preocupação agronômica Para o Mehlich1 a baixa concentração de B no extrato e a larga relação solosolução de 110 acarretam problemas analíticos freqüentes sendo os resultados muito variáveis A faixa de teores na qual a deficiência de B ocorre indica a necessidade de determinação com método de dosagem com menor limite de deteção desse elemento para diagnosticar a disponibilidade do nutriente no solo Embora a extração de B pela água quente usando o sistema de refluxo seja o mais apropriado para diagnosticar a disponibilidade de B em várias partes do mundo incluindo o Brasil Ribeiro Tucunango Sarabia 1984 Bataglia Raij 1990 o processo é moroso em condições de rotina pouco reprodutível e requer condições especiais de FERTILIDADE DO SOLO 666 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al análise Dentre as dificuldades associadas à extração com água quente sob sistema de refluxo podem ser mencionadas as seguintes a necessidade de vidraria isenta de B de difícil obtenção e alto custo b dificuldade de analisar um grande número de amostras por dia e c dificuldade do controle de temperatura nas etapas de aquecimento e resfriamento da suspensão do solo Algumas propostas de modificação na etapa de extração de B em solos usando a água quente sob sistema de refluxo têm sido sugeridas nos últimos anos para que a essa análise tornese mais atrativa e aplicável em condições de rotina Ferreira Cruz 1984 citados por Cruz Ferreira 1984 com o objetivo de eliminar a ebulição sob condensador de refluxo propuseram o emprego de agitação da suspensão soloágua por 5 min em banhomaria aproximadamente a 70 C Os autores obtiveram correlação significativa entre o método convencional e a técnica modificada r 075 e entre o B extraído pelas plantas e o B extraído pelo método modificado r 085 Mahler et al 1984 substituíram os vidros por plásticos e o aquecimento sob refluxo pelo aquecimento de água em copos encontrando vantagens pelas facilidades de manipulação menor trabalho baixo investimento inicial de equipamento e melhor reprodutibilidade dos resultados Abreu et al 1994c usaram saquinhos de plástico no lugar de vidros e o forno de microondas caseiro como fonte de aquecimento A correlação obtida entre B extraído usando o método convencional sob refluxo e o forno de microondas foi de 098 Além disso a extração de B do solo mostrouse mais rápida com maior precisão e reprodutibilidade O coeficiente de variação foi de 192 e 42 usando o sistema de refluxo e o forno de microondas respectivamente Os altos valores de coeficiente de variação obtidos usando o sistema de refluxo foram devidos às dificuldades de identificar com exatidão o início do tempo de refluxo Normalmente a identificação é feita visualmente considerando o movimento de bolhas em suspensão Desde que a extração de B é muito dependente do tempo de aquecimento Odom 1980 tal processo é muito mais sujeito a erros Por outro lado a extração de B usando o forno de microondas caseiro tem as condições de aquecimento mais controladas sendo menos alteradas por erros e conseqüentemente mais reprodutível Tal procedimento está em condições de rotina no laboratório de análise de solo do Instituto Agronômico desde 1994 Muitos outros laboratórios de vários Estados do País e do exterior utilizam este procedimento na rotina Zinco Os coeficientes de correlação entre teores de Znsolo e Znplanta obtidos por vários autores expressam a real situação da pesquisa visando à seleção de métodos químicos para avaliar a disponibilidade Zn em solos brasileiros Quadro 3 Ressalta se que com exceção dos trabalhos de Lantmann Meurer 1982 Bataglia Raij 1994 e Abreu Raij 1996 em todos os demais as amostras de solo receberam Zn via fertilizantes inorgânicos ou resíduos como escórias de siderurgia vermicompostos ou biossólidos Os métodos mais testados são HCl Mehlich1 EDTA e DTPA 73 Percebese que em anos passados a solução complexante EDTA era mais empregada na extração de Zn e atualmente está em desuso FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 667 Outro aspecto diz respeito aos baixos valores de correlação se comparados com aqueles obtidos em trabalhos de pesquisa que buscam selecionar métodos para os macronutrientes Além disso não há como concluir qual desses extratores seria o melhor uma vez que os valores das correlações estão muito próximos uns dos outros A concentração de Zn na solução do solo é sensível às variações de pH O método de análise de solo para ser eficiente deverá detectar a alteração da disponibilidade de Zn diante das mudanças de pH De maneira geral os extratores ácidos não têm discriminado o efeito da calagem na disponibilidade de Zn Lins 1975 verificou que o aumento do pH de 52 para 62 não alterou os teores de Zn extraídos de quatro solos de cerrado pelo Mehlich1 De forma similar Ritchey et al 1986 não verificaram efeito significativo de doses de calcário 75 15 e 225 t ha1 nos teores de Zn extraídos de um Latossolo VermelhoEscuro pelos extratorse HCl e Mehlich1 Bataglia Raij 1994 e Abreu Raij 1996 utilizando amostras de solos do Estado de São Paulo também observaram que as soluções ácidas não foram capazes de discriminar satisfatoriamente a influência do pH do solo na disponibilidade de Zn O mesmo foi verificado por Borges Coutinho 2004 e Mantovani et al 2004 em ensaios com biossólido e vermicomposto de lixo urbano Os resultados indicam que nessa situação o método DTPA tem superado as soluções ácidas Atribuise sua superioridade ao poder complexante o que permite o acúmulo de Zn na solução extratora mesmo em condições de baixa atividade do elemento em solução em equilíbrio com formas lábeis Os extratores ácidos não têm essa característica dissolvendo parte do Zn do solo independentemente de seu caráter lábil Accioly et al 2004 comentam que o uso de soluções ácidas para avaliar a disponibilidade de Zn em solos que receberam altas doses de calcário pode extrair formas mais estáveis do elemento como o Zn ligado a hidróxidos e carbonatos que não estariam disponíveis às plantas Quadro 3 Coeficientes de correlação entre teores de zinco de amostras de solos brasileiros por diferentes soluções extratoras e zinco nas plantas HCl 01 mol L1 Mehlich1 Mehlich3 DTPA pH 73 EDTA Fonte 079 079 085 Lantmann Meurer 1982 048 063 075 Lantmann Meurer 1982 080 089 087 Muraoka et al 1983a 040 074 Ribeiro Tucunango Sarabia 1984 073 075 NS 065 Paula et al 1991 085 085 087 Buzetti 1992 058 057 061 052 Bataglia Raij 1994 061 071 Abreu Raij 1996 071 086 078 Anjos Mattiazzo 2001 095 096 Santos et al 2002 088 087 089 Simonete Kiehl 2002 089 090 093 Pires et al 2003 089 088 Martins et al 2003 079 080 083 Mantovani et al 2004 091 093 092 093 Borges Coutinho 2004 ns Nãosignificativo Todos os demais foram significativos a pelo menos 5 FERTILIDADE DO SOLO 668 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cobre O comportamento dos extratores de Cu do solo é bastante parecido e os valores de correlação são muito próximos entre si Quadro 4 Conforme Camargo et al 1982 em 87 das amostras de solos estudadas houve correlação negativa entre o pH e o teor de Cu extraído com DTPA enquanto em apenas 58 das amostras foi obtida correlação entre o pH e o Cu extraído pela solução ácida Mehlich1 Galrão Sousa 1985 observaram que apesar de a extração com Mehlich1 ter resultado em correlação significativa entre teores de Cusolo e Cutrigo r 047 esse método não foi tão eficiente em discriminar a aplicação de doses crescentes de sulfato de cobre como aconteceu com os extratores DTPA Mehlich3 e HCl Posteriormente Galrão 1988 confirmou a baixa capacidade de avaliação da disponibilidade Cu pelo Mehlich1 Gimenez et al 1992 objetivando avaliar a toxidez de Cu em mudas de cafeeiro concluíram que os extratores DTPA e HCl apresentaram as melhores correlações com os teores de Cu nas raízes parte da planta mais sensível à toxidez Bertoni et al 2000 avaliaram a eficiência do extrator DTPA na predição da disponibilidade de Cu em solo cultivado com arroz inundado Segundo esses autores o teor de Cu extraído pelo DTPA apresentou correlação altamente significativa com todas as variáveis estudadas CuDTPA com Cuteor arroz r 091 CuDTPA com Cuacumulado no arroz r 080 CuDTPA com produção de matéria seca do arroz r 092 Cancela et al 2001 observaram correlações elevadas entre o teor de Cumilho e aquele extraído por DTPA Mehlich1 Mehlich3 e ABDTPA cujos valores de correlação variaram de 064 Mehlich1 a 071 Mehlich3 Segundo esses autores o Mehlich3 foi considerado o extrator mais eficiente em avaliar a disponibilidade de Cu seguido do DTPA Pires Mattiazzo 2003 observaram elevados coeficientes de correlação entre o teor de Cu extraído do solo pelo DTPA r 092 HCl r 095 e Mehlich3 r 087 e o seu teor em plantas de arroz comprovando a eficiência destes extratores na previsão da disponibilidade desse elemento em solos que receberam resíduos orgânicos Considerando os valores dos coeficientes muito próximos Pires Mattiazzo 2003 indicam o uso do HCl em condições de rotina pela facilidade operacional deste método frente aos outros extratores HCl 01 mol L1 Mehlich1 Mehlich3 DTPA pH 73 MgCl2 Fonte 070 047 056 062 Galrão Sousa 1985 NS NS Barbosa Filho et al 1990 058 055 063 061 Gimenez et al 1992 096 096 097 089 Gimenez et al 1992 060 089 088 Abreu et al 1996a 067 058 055 Abreu et al 1996a 091 Bertoni et al 2000 NS 083 084 Anjos Mattiazzo 2001 064 071 069 Cancela et al 2001 085 083 087 Simonete Kiehl 2002 095 087 092 Pires Mattiazzo 2003 051 044 Martins et al 2003 083 079 077 Mantovani et al 2004 083 019 060 NS Borges Coutinho 2004 Quadro 4 Coeficientes de correlação entre teores de cobre de amostras de solos brasileiros por diferentes soluções extratoras e cobre nas plantas ns Nãosignificativo Todos os demais foram significativos a pelo menos 5 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 669 Manganês A análise do solo para Mn tem sua complexidade aumentada porque a disponibilidade desse elemento é grandemente influenciada pelas reações de oxirredução do solo Apesar de os coeficientes de correlação entre os teores de Mnsolo e de Mn planta serem baixos os resultados de pesquisa são animadores pois mostram a viabilidade da análise do solo como critério diagnóstico para avaliar a disponibilidade de Mn para as plantas Quadro 5 As soluções salinas tamponadas ou não têm sido eficientes em avaliar a disponibilidade de Mn para as plantas de maneira contrária ao que ocorre para Cu e Zn A eficiência dessas soluções devese ao fato de que parte do Mn do solo encontrase na forma trocável Valadares Camargo 1983 ligada aos sítios de troca de cátions por atração eletrostática ou forças de Coulomb em equilíbrio direto e rápido com a solução do solo podendo ser trocado com outros cátions em quantidades estequiométricas Muraoka et al 1983b encontraram valores de correlação entre teores de Mnsolo e Mn planta de 078 NH4OAc 048 DTPA e 039 EDTA Abreu et al 1994b estabeleceram a extração com solução de CaCl2 como um dos métodos que melhor estimaram o Mn quando existiram mudanças na disponibilidade desse elemento decorrente da acidez do solo Pavan Miyazawa 1984 verificaram que os teores de Mn extraídos com NH4OAc 1 mol L1 pH 70 diminuíram consideravelmente com o aumento de pH Os teores foram extremamente baixos quando o pH do solo foi maior que 65 De maneira geral o comportamento das soluções ácidas e quelantes nas extrações de elementos do solo é bastante parecido sendo as correlações entre esses métodos muito próximas o que impede uma definição conclusiva sobre o melhor extrator Entretanto analisando situações mais específicas observase uma tendência de aceitar o DTPA como a melhor opção Abreu et al 1996b concluíram que o extrator DTPA 73 foi mais eficiente em relação ao Mehlich1 para avaliar a disponibilidade de Mn para as plantas em solos que receberam adubação com esse elemento Esses autores observaram a capacidade do DTPA 73 em diferenciar os efeitos de fontes e doses de fertilizantes que continham Mn o que é importante pelo fato de a concentração de Mn na planta uma das características usadas para avaliar sua disponibilidade no solo ter mostrado efeito interativo das fontes e de doses de Mn Quadro 5 Coeficientes de correlação entre teores de manganês de amostras de solos brasileiros por diferentes métodos de extração e manganês nas plantas ns Nãosignificativo Todos os demais foram significativos a pelo menos 5 HCl 01 mol L1 Mehlich1 Mehlich3 DTPA pH 73 Resina Fonte 048 Muraoka et al 1983b 068 072 Rosolem et al 1992 065 058 064 Abreu et al 1994a NS NS 079 Abreu et al 1994b 083 091 087 Rodrigues et al 2001 081 082 065 Simonete Kiehl 2002 051 054 058 062 Abreu et al 2004 051 055 077 Mantovani et al 2004 087 089 091 091 Borges Coutinho 2004 FERTILIDADE DO SOLO 670 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Rosolem et al 1992 analisando a relação entre teor de Mn do solo e a concentração desse elemento em plantas de soja observaram que quando os teores de Mn no solo foram modificados pela adição de sulfato de Mn o desempenho do DTPA r 072 foi ligeiramente superior ao do Mehlich1 r 068 Resultados semelhantes foram verificados por Abreu et al 1994a aplicando doses crescentes de cloreto de Mn em dez amostras de solo do Estado de São Paulo Esses autores encontraram coeficientes de correlação entre teores de Mnsoja e Mnsolo igual a 078 quando utilizaram o DTPA e 071 para o Mehlich1 Resultados semelhantes foram obtidos por Mantovani et al 2004 aplicando vermicomposto de lixo urbano em solo cultivado com alface Eles observaram em solo arenoso uma maior eficiência do DTPA r 077 frente aos extratores Mehlich1 r 051 e Mehlich3 r 055 e em solo argiloso apenas o DTPA r 076 foi eficiente em avaliar a disponibilidade de Mn para a alface Há algumas situações em que a eficiência dos extratores principalmente ácidos é melhorada quando se inclui o valor de pH nas equações de regressão Abreu et al 1994a relataram que os extratores DTPA Mehlich1 e HCl só foram eficazes em avaliar o Mn disponível para plantas de soja quando a interpretação considerou o valor de pH do solo O mesmo foi verificado por Borges Coutinho 2004 com a aplicação de biossólido na cultura do milho em um Latossolo Vermelho e um Neossolo Quartzarênico com os coeficentes de correlação variando de 033 Mehlich3 a 066 HCl no Latossolo Vermelho Contudo quando foi incluído o pH no modelo de regressão houve melhora inportante na relação entre o Mn acumulado na planta e o determinado por meio dos extratores no Latossolo Vermelho encontrandose R2 0742 para Mehlich3 R2 0821 para Mehlich1 e R2 0859 para HCl o que permitiu uma melhor interpretação da disponibilidade do Mn para as plantas nesse solo No Neossolo o efeito da inclusão do pH foi pouco marcante A proposta do uso de resinas de troca iônica em análise de solo para a determinação da disponibilidade de nutrientes é bastante antiga principalmente para P Além de P K Ca e Mg a resina de troca de íons pode ser utilizada para avaliação da disponibilidade de S Cu Mo Na Cd Pb e Mn Usando como plantateste a soja Abreu et al 1994a encontraram valores de coeficientes de correlação entre os teores de Mn no solo e na parte aérea das plantas iguais a 064 Resina 065 Mehlich1 e 051 DTPA Em trabalho subseqüente com soja esses coeficientes de correlação foram de 079 Resina 045ns Mehlich1 e 040ns DTPA Abreu et al 1994b Contudo quando os teores dos micronutrientes são muito baixos tornase difícil a quantificação pela resina por causa da larga relação solosolução extratora 25 cm350 mL Tentando solucionar esse problema Almeida 1999 propôs o uso de 25 cm3 de solo para 25 mL de solução e modificou a solução extratora da resina ácido clorídrico mais cloreto de amônio adicionando citrato de amônio Com a modificação as extrações por troca iônica HCl NH4Cl e complexação citrato de amônio juntas no mesmo método viabilizaram o uso de menor volume da solução extratora e possibilitaram a utilização do método para a determinação de Mn Fe e S Com base nessas informações Abreu et al 2004 compararam a eficiência da modificação do método da resina de troca de íons adição do citrato de amônio para extrair o Mn e o Fe disponíveis do solo com os métodos tradicionalmente usados DTPA ABDTPA Mehlich1 e Mehlich3 Segundo esses FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 671 autores para a soja foram obtidas correlações positivas entre teor de Mn do solo e Mn na planta para todos os métodos Resina r 062 DTPA r 058 Mehlich1 r 051 e Mehlich3 r 054 com exceção do ABDTPA concluindo ser a resina tão eficiente quanto os outros métodos para avaliar a disponibilidade de Mn para a soja Por outro lado para o milho nenhum método foi eficiente em avaliar a disponibilidade de Mn mesmo incluindo os teores de matéria orgânica e da granulometria nos cálculos dos modelos preditivos ou a separação dos solos de acordo com essas características Ferro As pesquisas desenvolvidas no País visando à seleção de extratores para avaliar a disponibilidade de Fe para as plantas são muito incipientes As soluções extratoras mais comumente empregadas são Mehlich1 DTPA e HCl Quadro 6 Para quantificar o Fe geralmente aproveitase o extrato usado para determinar o Zn Cu ou Mn disponível em solos Dentre os poucos trabalhos que visam selecionar extratores de Fe citase o de Camargo et al 1982 Esses autores estudaram o efeito do pH na extração de Fe Cu Mn e Zn pelas soluções de Mehlich1 e DTPA em 24 amostras superficiais de solos do Estado de São Paulo Concluíram que ambos foram eficientes embora os teores de Fe extraídos com DTPA tenham se correlacionado melhor com o pH em relação ao extrator ácido Em solos que receberam doses de calcário que elevaram o pH a mais de 66 houve aumento no teor de Fe extraído pela solução de Mehlich1 Ressaltamse os trabalhos de Defelipo et al 1991 e Amaral Sobrinho et al 1993 Esses últimos autores obtiveram um coeficiente de correlação entre teores de Fe no solo e Fe no sorgo de 092 Mehlich1 e de 065 DTPA Em decorrência dos altos teores de Fe encontrados em solos brasileiros problemas relacionados com a toxidez são mais comuns do que aqueles relacionados com a deficiência Portanto para o Fe é importante analisar especialmente o comportamento dos extratores em amostras com teores elevados faixa de maior interesse agronômico Neste contexto Abreu et al 1998 compararam a capacidade de extração das soluções de CaCl2 10 mmol L1 DTPA 53 Mehlich1 110 Mehlich1 14 e Mehlich3 com a solução de DTPA 73 método oficial no Estado de São Paulo para a extração de Fe Quadro 6 Coeficientes de correlação entre teores de ferro de amostras de solos brasileiros por diferentes métodos de extração e ferro nas plantas ns Nãosignificativo Todos os demais foram significativos a pelo menos 5 Solução extratora HCl 01 mol L1 Mehlich1 Mehlich3 DTPA pH 73 Resina Fonte 092 065 Amaral Sobrinho et al 1993 078 068 072 Simonete Kiehl 2002 044 062 051 Rodrigues et al 2001 NS NS NS NS NS Abreu et al 2004 FERTILIDADE DO SOLO 672 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al disponível do solo A solução de CaCl2 extraiu pequenos teores de Fe A amplitude de variação foi de 01 a 61 mg dm3 e a maior parte dos valores ficou entre 01 e 05 mg dm3 Atentese que esses baixos valores foram obtidos em amostras de solos com teores elevados de Fe extraídos pelo DTPA 73 Essa situação deverá ser agravada em amostras de solos com teores baixos em Fe Dentre os métodos testados o DTPA 53 foi o que apresentou a maior correlação com o DTPA 73 r 096 e os extratores Mehlich1 r 081 e CaCl2 r 066 apresentaram as mais baixas correlações Em solos da Amazônia Rodrigues et al 2001 verificaram que as melhores correlações foram obtidas entre o teor de Fe na matéria seca do arroz e o teor deste elemento extraído pela solução de Mehlich3 r 062 seguida pelo DTPA r 051 e pelo Mehlich1 r 044 Esses extratores também foram eficientes em avaliar a disponibilidade de Fe na cultura do milho que recebeu aplicação de biossólido Simonete Kiehl 2002 sendo os coeficientes de correlação entre teores de Feplanta e Fesolo significativos para HCl r 078 DTPA pH 73 r 072 e o Mehlich3 r 068 Esses resultados diferem daqueles obtidos por Abreu et al 2004 que não observaram em nenhuma situação correlação significativa entre o teor de Fe solo extraído pelos métodos DTPA ABDTPA Mehlich1 Mehlich3 e resina e o seu teor nas culturas de soja e milho Molibdênio Embora a análise de solo para avaliar o Mo disponível seja pouco praticada no Brasil as respostas das culturas à aplicação desse micronutriente são bastante acentuadas Dos diferentes tipos de extratores propostos para avaliar a disponibilidade de Mo e usados com relativo sucesso estão o oxalato de amônio pH 33 Wang et al 1994 água quente Lowe Massey 1965 resina de troca aniônica Jarrel Dawson 1978 e o AB DTPA Pierzynski Jacobs 1986 Geralmente a quantidade de Mo extraída pelo oxalato de amônio é muitas vezes maior que a extraída por outros métodos e com correlações menores com a absorção de Mo pelas plantas Lowe Massey 1965 Little Kerridge 1978 Burmerster et al 1988 Por outro lado correlações positivas entre teores de Mosolo e Mo nas espécies de Triticum sp Gropyron cristhatum e Medicago sativa foram obtidas por Wang et al 1994 em solos que receberam Na2MoO4 A mudança de pH de 33 para 60 da solução de oxalato de amônio possibilitou a significância da correlação r 081 entre os teores de Mooxalato de amônio pH 60 e Mofumo Liu et al 1996 A resina de troca iônica tem sido usada com sucesso para extrair Mo Jarrel Dawson 1978 Boon 1984 Ritchie 1988 As resinas são produtos sintéticos que apresentam uma rede tridimensional de cadeias de hidrocarbonetos que contêm grupamentos funcionais com cargas elétricas A estrutura é porosa e flexível podendo expandir e reter solutos em seu interior A extração é contínua dentro do tempo proposto pelo método ocorrendo uma transferência do metal do solo para a resina Geralmente emprega se a resina tipo AG1X4 de troca aniônica saturada com Cl As boas correlações encontradas entre teores de Moresina e Moplanta devemse à sua seletividade Dallpai 1996 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 673 Poucas são as experiências brasileiras com análise de solo para o Mo Os estudos têm enfocado mais o levantamento dos teores totais e extraíveis de Mo utilizando diversas soluções químicas Dantas Horowitz 1976 Horowitz 1978 Catani et al 1970 Bataglia et al 1976 Nesses estudos a absorção de Mo pelas plantas não foi correlacionada com os teores no solo impedindo uma conclusão quanto à eficiência dos métodos em avaliar sua disponibilidade Para o Estado de Pernambuco Dantas Horowitz 1976 observaram que o teor de Mo aumentou do horizonte A para o B As variações foram de 035 a 080 mg kg1 para o Latossolo e de 027 a 143 mg kg1 para o Podzólico empregandose solução ácida de oxalato de amônio Posteriormente Horowitz 1978 encontrou teores na faixa de 003 a 012 mg kg1 considerados muito baixos em onze amostras de solos da zona Litoral Mata do Estado de Pernambuco utilizando o mesmo extrator químico Em três amostras de solos do Estado de São Paulo Catani et al 1970 avaliaram a extração de Mo pelas soluções de ácido sulfúrico ácido fluorídrico em ácido sulfúrico ácido oxálico e oxalato de amônio Concluíram que a solução de ácido fluorídrico em ácido sulfúrico pode ser usada em análise de rotina para extração de Mo do solo uma vez que o método e as técnicas são simples Bataglia et al 1976 obtiveram valores muito baixos de Mo 011 a 016 mg dm3 utilizando o oxalato de amônio a pH 33 Apesar do êxito de alguns trabalhos em quantificar o Mo em solos há ainda sérias restrições ao uso dessas soluções extratoras em condições de rotinas dos laboratórios de análise de solo Classes de Interpretação dos Teores de Micronutrientes no Solo Se para alguns macronutrientes não há muita concordância sobre os critérios de qualificação dos resultados de análise de solos em classes de teores para micronutrientes a situação é mais crítica pela dificuldade de realizar em condições de campo ensaios de calibração da análise de solo Entretanto em alguns Estados já existem tabelas de interpretação dos resultados da análise de solo para os micronutrientes definidas por órgãos oficiais como Rio Grande do Sul e Santa Catarina Quadro 7 Paraná Quadro 8 Espírito Santo Quadro 9 São Paulo Quadros 10 e 11 Minas Gerais Quadro 12 e região dos Cerrados Quadro 13 Cabe ressaltar que as deficiências de micronutrientes estão fortemente associadas às espécies vegetais e até às variedades Portanto a interpretação da análise de solo para micronutrientes é incluída somente em tabelas de adubação de São Paulo quando para a cultura em questão tem sido constatada deficiência freqüente de micronutrientes Quadros 10 e 11 Embora Alvarez V et al 1999 relatem que há poucos trabalhos de calibração em Minas Gerais as classes de interpretação da análise do solo para micronutrientes são mais subdivididas Quadro 12 em relação às interpretações recomendadas em outros Estados A região dos Cerrados tem mostrado respostas mais acentuadas ao uso de micronutrientes notadamente de Zn Cu B e Mn Entretanto trabalhos de campo 674 CLeIDE APARECIDA DE Apreu et al especificos para avaliacdo de niveis criticos apenas recentemente receberam atencao da pesquisa no passado o enfoque era muito mais na avaliacdo da resposta a doses de micronutrientes Cabe ressaltar os trabalhos de Galrao 1993 1995 1996 procurando estabelecer niveis criticos de Zn por varios extratores para as culturas da soja e do milho em solos de cerrado Mais recentemente Galrao 2002 estabeleu critérios para interpretacao de andlise de solos para a regiao CentroOeste Quadro 13 Quadro 7 Interpretacado dos resultados da andlise de solo para micronutrientes nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina Teor B Cu Zn Mn Fe Classe Agua quente HC101molL HC101 mol L Mehlich1 Oxalato de aménio pH 30 i mg dm 8 g dm3 Baixo 01 02 02 25 Médio 0103 0204 0205 2550 Alto 03 04 05 50 50 Para a cultura da videira 0 teor adequado de boro no solo varia de 06 a 10 mg dm O valor 5 g dm pode estar relacionado com a toxidez de Fe brozeamento ocorrida em alguns cultivares de arroz irrigado Fonte Adaptado de SBCSCQFS 2004 Quadro 8 Interpretacdo dos resultados da andlise de solo para micronutrientes no Estado do Parana B DTPA Mehlich1 Teor Ss SSS EE Classe Agua Hcl quente 005 mol L Cu Fe Mn Zn Cu Fe Mn Zn mg dm ee Baixo 02 03 03 40 08 06 04 150 40 08 Médio 0304 03 06 0409 5080 0810 0715 0515 160400 5080 0915 Bom 0506 1020 90300 1150 16301620401600 901201620 Alto 0615 0710 30 310900 51300 3160 20 601 121 21 Excesso 30 60 3000 1500 300 80 3000 1500 30 Fonte Adaptado de Costa Oliveira 1998 Quadro 9 Interpretacgdo dos resultados da andlise de solo para micronutrientes no Estado do Espirito Santo Teor B Mehlich1 Classe BaCl a quente Cu Zn Mn Fe mg dm 3 Muito baixo 05 40 5 20 Baixo 03 0615 4169 611 2131 Médio 0406 16200 70400 12130 32200 Alto 06 200 40 130 200 Fonte Adaptado de Dadalto Fullin 2001 FERTILIDADE DO SOLO XI MicRONUTRIENTES 675 Quadro 10 Interpretacdo dos resultados da andlise de solo para micronutrientes no Estado de Sao Paulo B DTPA pH 73 Teor Agua quente Cu Zn Mn Fe mg dm 8 Baixo 0020 002 005 012 04 Médio 021060 0308 0612 135 512 Alto 060 08 12 5 12 Fonte Adaptado de Raij et al 1996 Quadro 11 Inclusdo ou nao dos micronutrientes na adubacdo com base na andlise de solo e nas respostas de algumas culturas no Estado de Sao Paulo Micronutriente Cultura Sooo B Cu Zn Mn Fe Milho Nao Nao Sim Nao Nao Trigo Sim Nao Sim Nao Nao Sorgo Nao Nao Sim Nao Nao Café Sim Sim Sim Sim Nao Soja Nao Nao Sim Sim Nao Algodao Sim Nao Nao Nao Nao Cebola Sim Sim Sim Nao Nao Fonte Adaptado de Raij et al 1996 Quadro 12 Interpretacdo dos resultados da andlise de solo para micronutrientes no Estado de Minas Gerais Teor B Mehlich1 Classe Agua quente Cu Zn Mn Fe emg dm Muito baixo 015 03 04 2 8 Baixo 016035 0407 0509 35 918 Médio 036060 0812 1015 68 1930 Bom 061090 1318 1622 912 3145 Alto 090 18 22 12 45 O limite superior da classe média indica 0 nivel critico Fonte Adaptado de Alvarez V et al 1999 FERTILIDADE DO SOLO FERTILIDADE DO SOLO 676 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Análise de Plantas para Avaliar a Disponibilidade de Micronutrientes A aptidão das plantas em absorver e utilizar os micronutrientes refletese nos seus teores nas plantas e em seu equilíbrio nutricional Podemse obter informações úteis sobre esses teores por intermédio da análise química de certos tecidos O uso da diagnose foliar baseiase nas premissas de que existem dentro de limites relações diretas entre dose de nutriente e produção dose de nutriente e teor no solo e foliar e teor foliar e produção A composição dos tecidos vegetais é influenciada pelos seguintes fatores própria planta como espécie ou cultivar estádio vegetativo ou idade da planta distribuição e funcionamento das raízes produção de frutos ambiente natural ou cultural como variações climáticas suprimento de água estado sanitário da planta e manejo do solo interações entre elementos minerais dentre outros Considerações insuficientes dos efeitos interativos desses fatores sobre a composição mineral da planta são provavelmente a origem de certos fracassos registrados na utilização da análise foliar em programas de adubação Em virtude desses fatores mencionados a padronização na amostragem para análise foliar deve ser bastante detalhada Quadros 14 a 21 Com relação à escolha da parte da planta a ser amostrada a maioria dos autores cita a folha recentemente madura como a mais indicada entretanto há na literatura recomendações específicas a cada cultura A determinação dos teores adequados dos micronutrientes para as culturas é uma das fases da diagnose foliar que demanda grande esforço por parte da pesquisa Contudo já existem informações disponíveis sobre teores foliares adequados para algumas culturas mais importantes no Brasil e que podem ser usadas como um guia básico para interpretação dessa técnica de diagnose Quadro 22 No caso de culturas sobre as quais não se estabeleceram ainda bases para interpretação dos resultados analíticos é preferível comparar dados de plantas aparentemente normais com os de plantas que apresentam alguma anomalia Mehlich1 Cu Zn Mn Teor Classe B Água quente mg dm3 Baixo 002 004 010 019 Médio 0305 0508 1116 2050 Alto 05 08 16 50 Quadro 13 Interpretação dos resultados da análise de solo para micronutrientes em condições de Cerrados Fonte Adaptado de Sousa Lobato 2002 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 677 Cultura Descrição da amostragem Cacau Amostrar 25 plantas 8 semanas após o florescimento principal coletar a 2a e 3a folha verde a partir do ápice do ramo da altura média da planta 4 folhas por árvore Café Retirar amostras de ramos frutíferos no início do verão dezembro e janeiro de talhões homogêneos amostrando 50 plantas 2 folhas por planta 3º par a partir do ápice dos ramos da altura média da planta igual a número de folhas de cada um dos lados das linhas de cafeeiros Plantas anômalas não devem ser amostradas ou podem ser amostradas à parte Chá Amostrar 25 plantas de maio a junho retirando a 2a folha a partir dos ramos não lignificados Fumo Amostrar 30 plantas folha superior totalmente desenvolvida no florescimento Fonte Adaptado de Raij et al 1996 e Silva 1999 Quadro 15 Procedimentos para amostragem de folhas em plantas estimulantes Cultura Descrição da amostragem Arroz Folha bandeira coletada no início do florescimento Mínimo 50 folhas Aveia Folha bandeira coletada no início do florescimento Mínimo 50 folhas Centeio Folha bandeira coletada no início do florescimento Mínimo 50 folhas Cevada Folha bandeira coletada no início do florescimento Mínimo 50 folhas Milho Terço médio da folha da base da espiga na fase de pendoamento 50 das folhas pendoadas Sorgo Folha 4 ou quarta folha com a bainha visível contada a partir do ápice no florescimento Trigo Folha bandeira coletada no início do florescimento Mínimo 50 folhas Triticale Folha bandeira coletada no início do florescimento Mínimo 50 folhas Quadro 14 Procedimentos para amostragem de folhas em cereais Fonte Adaptado de Raij et al 1996 e Silva 1999 Cultura Descrição da amostragem Abacate Coletar em fevereiro ou março folhas recémexpandidas com idade entre 5 e 7 meses da altura média das copas Amostrar 50 árvores Abacaxi Amostrar pouco antes da indução floral uma folha recémmadura D normalmente a 4a folha a partir do ápice Cortar as folhas em pedaços de 1 cm de largura eliminando a porção basal sem clorofila Homogeneizar e separar cerca de 200 g para envio ao laboratório Amostrar 50 plantas Acerola Amostrar nos quatro lados da planta folhas jovens totalmente expandidas de ramos frutíferos Amostrar 50 plantas Banana Amostrar 510 cm do terço médio da 3a folha a partir da inflorescência eliminandose a nervura central e metades periféricas Amostrar 30 plantas Citros Amostrar a 3a folha a partir do fruto gerada na primavera com 6 meses de idade em ramos com frutos de 2 a 4 cm de diâmetro Amostrar 100 árvores 4 folhas por árvore para cada talhão homogêneo Figo Amostrar folha recémmadura e totalmente expandida da porção mediana do ramo Amostrar 100 árvores 4 folhas por árvore Goiaba Amostrar o 3o par de folhas recémmaduras com pecíolo em pleno florescimento Amostrar 25 árvores 4 folhas por árvore Maça Amostrar folha recémmadura e totalmente expandida Amostrar 100 árvores 4 a 8 folhas por planta para talhão homogêneo Macadâ mia Amostrar folha recémmadura e totalmente expandida no meio do último fluxo de vegetação Amostrar 100 árvores 4 folhas por planta para talhão homogêneo Mamão Amostrar 15 pecíolos de folhas jovens totalmente expandidas e maduras 17 a 20a folha a partir do ápice com uma flor visível na axila Manga Amostrar folhas do meio do fluxo de vegetação de ramos com flores na extremidade Amostrar 80 árvores 4 folhas por planta para talhão homogêneo Maracujá Amostrar 3a ou 4a folha a partir do ápice de ramos não sombreados alternativamente coletar a folha com botão floral na axila prestes a se abrir Amostrar 20 folhas no outono Pêssego Amostrar folha recémmadura e totalmente expandida no meio do último fluxo de vegetação Amostrar 100 árvores 4 folhas por planta para talhão homogêneo Uva Amostrar folha recémmadura mais nova contada a partir do ápice dos ramos Amostrar 100 folhas Quadro 16 Procedimentos para amostragem de folhas em frutíferas Fonte Adaptado de Raij et al 1996 Silva 1999 e Natale et al 1996 citado por Silva 1999 FERTILIDADE DO SOLO 678 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Fonte Adaptado de Raij et al 1996 e Silva 1999 Quadro 17 Procedimentos para amostragem de folhas em hortaliças Cultura Descrição da amostragem Abóbora 9 a folha a partir da ponta no início da frutificação Amostrar 15 plantas Agrião Folhas compostas do topo da planta 25 plantas Aipo Parte aérea 70 dias após o transplante 20 plantas Alcachofra Folha desenvolvida 180 dias após a brotação 15 plantas Alface Folha recémdesenvolvida metade a 23 do ciclo 15 plantas Alho Folha recémdesenvolvida porção nãobranca início da bulbificação 15 plantas Aspargo Folha superior a mais recémdesenvolvida 15 plantas Berinjela Pecíolo da folha recémdesenvolvida 15 plantas Beterraba Folha recémdesenvolvida 20 plantas Brócolo Folha recémdesenvolvida na época da formação da cabeça 15 plantas Cebola Folha mais jovem na metade do ciclo de crescimento 20 plantas Cenoura Folha recémmadura na metade a 23 do desenvolvimento 20 plantas Chicória Folha mais velha na formação da 8 a folha 15 plantas Couve Folha recémdesenvolvida 15 plantas Couveflor Folha recémdesenvolvida na época da formação da cabeça 15 plantas Ervilha Folíolo recémdesenvolvido no florescimento 50 folíolos Espinafre Folha recémdesenvolvida 30 a 50 dias 20 plantas Feijãovagem 4 a folha a partir da ponta do florescimento ao início da formação das vagens 30 plantas Jiló Folha recémdesenvolvida no florescimento 15 plantas Melancia 5 a folha a partir da ponta excluindo o tufo apical da metade até 23 do ciclo 15 plantas Melão 5 a folha a partir da ponta excluindo o tufo apical da metade até 23 do ciclo 15 plantas Morango 3 a ou 4 a folha recémdesenvolvida sem pecíolo no início do florescimento 30 plantas Nabo Folha recémdesenvolvida no engrossamento das raízes 20 plantas Pepino 5 a folha a partir da ponta excluindo o tufo apical início do florescimento15 plantas Pimenta Folha recémdesenvolvida do florescimento à metade do final do ciclo 25 plantas Pimentão Folha recémdesenvolvida do florescimento à metade do final do ciclo 25 plantas Quiabo Folha recémdesenvolvida no início da frutificação 4050 dias 25 plantas Rabanete Folha recémdesenvolvida 30 plantas Repolho Folha envoltória 2 a 3 meses 15 plantas Salsa Parte aérea 30 plantas Tomate Folha com pecíolo por ocasião do 1º fruto maduro 25 plantas Cultura Descrição da amostragem Amendoim No florescimento folhas de 50 plantas tufo apical do ramo principal Feijão No florescimento 3 a folha com pecíolo tomada no terço médio de 30 plantas Girassol 5 a a 6 a folha abaixo do capítulo cabeça no florescimento amostrar 30 plantas Soja No florescimento 3 a folha com pecíolo de 30 plantas Quadro 18 Procedimentos para amostragem de folhas em leguminosas e oleaginosas Fonte Adaptado de Raij et al 1996 e Silva 1999 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 679 Cultura Descrição da amostragem Batata Amostrar 30 plantas aos 30 dias retirando a 3 a folha a partir do tufo apical Batatadoce Amostrar 15 plantas aos 60 dias do plantio retirando as folhas mais recentes totalmente desenvolvidas Mandioca Amostrar 30 plantas retirando o limbo folíolo das folhas mais jovens totalmente expandidas 34 meses após o plantio Quadro 19 Procedimentos para amostragem de raízes e tubérculos Fonte Adaptado de Raij et al 1996 e Silva 1999 Cultura Descrição da amostragem Leguminosa forrageira Soja perene Amostrar durante a fase de crescimento ativo novembro a fevereiroAmostrar a ponta dos ramos desde o ápice até a 3 a ou 4 a folha desenvolvida Leguminosa forrageira Estilosantes Amostrar durante a fase de crescimento ativo novembro a fevereiro Ponteiro da planta cerca de 15 cm Leguminosa forrageira Leucena Amostrar durante a fase de crescimento ativo novembro a fevereiro Ramos novos com diâmetro até 5 mm Leguminosa forrageira Alfafa Terço superior da planta no início do florescimento Leguminosa forrageira Guandu Amostrar durante a fase de crescimento ativo novembro a fevereiro Gramíneas Forrageiras Colonião Napier Coastcross Amostrar durante a fase de crescimento ativo novembro a fevereiro Brotação nova e folhas verdes Gramíneas forrageiras Tifton Braquiarão Andropó gon Braquiária Ipean Australiana Batatais Gordura Amostrar durante a fase de crescimento vegetativo no vembro a fevereiro Brotação nova e folhas verdes Quadro 20 Procedimentos para amostragem de gramíneas e forrageiras Fonte Adaptado de Raij et al 1996 e Silva 1999 Cultura Descrição da am ostragem Plantas ornamentais e flores Folhas maduras e totalm ente expandidas Canadeaçúcar A mostrar 30 plantas durante a fase de maior desenvolvimento vegetativo da canadeaçúcar retirando os 20 cm centrais da folha 1 folha m ais alta com colarinho visível TVD excluindo a nervura central Pupunha A mostrar 20 plantas com altura superior a 16 m do solo até a inserção da folha mais nova durante a fase de m aior desenvolvim ento vegetativo novem bro a março Retirar os folíolos da parte mediana da folha 2 segunda folha mais nova com limbo totalmente expandido Seringueira A mostrar 25 plantas no verão Em árvores até de 4 anos retirar duas folhas mais desenvolvidas da base de um buquê terminal situado no exterior da copa e em plena luz Em árvores de mais de 4 anos colher duas folhas mais desenvolvidas no último lançamento maduro em ramos baixos na copa em áreas som breadas Florestas Eucalipto e Pinus A mostrar 20 plantas por gleba homogênea 50 ha no fim do inverno Folhas recém maduras normalmente o penúltimo ou antepenúltimo lançamento de folhas dos últimos 12 meses Para as variedades mais responsivas à adubação retirase uma folha de cada ponto cardeal do terço médio da copa no antepenúltimo lançamento de folhas e galhos Algodão A mostrar 30 plantas no florescimento coletando os lim bos da 5 a folha a partir do ápice da haste principal Quadro 21 Procedimentos para amostragem de outras culturas de interesse econômico Fonte Adaptado de Raij et al 1996 e Silva 1999 FERTILIDADE DO SOLO 680 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura Boro Cobre Zinco Manganês Ferro Molibdênio Culturas anuais mg kg1 Algodão 1 40100 820 2060 50350 50250 12 Amendoim 1 2060 1050 20150 50350 50300 0114 Arroz 2 425 325 1050 70400 70200 0103 Aveia 2 520 525 1570 25100 40150 0203 Cevada 2 520 525 1570 20100 25100 0102 Ervilha 3 100110 1520 80100 4050 100120 0610 Feijão 4 1526 420 1850 15100 40140 0515 Girassol 4 35100 25100 3080 1020 80120 Mandioca 5 1550 525 35100 25100 60200 011018 Milho 2 1025 620 15100 20200 30250 0102 Soja 4 2155 1030 2050 20100 50350 1050 Sorgo 2 420 520 1550 10190 65100 0103 Trigo 1 520 525 1570 25100 50150 0102 Culturas perenes Abacate 1 50100 515 30150 30650 50200 Abacaxi 1 3040 912 1015 50200 100200 Acerola 6 25100 515 3050 1550 50100 Banana 6 1025 630 2050 2002000 80360 Café 1 40100 650 1070 50300 70300 0105 Canadeaçúcar 7 1030 615 1050 25250 40250 005020 Citros 1 35100 520 25200 25500 50200 0110 Eucalipto 8 3050 710 3550 400600 150200 0510 Goiaba 3 1016 2832 202398 144162 Mamão 5 2030 410 1540 20150 25100 Manga 5 50100 1050 2040 50100 50200 Maracujá 5 40100 1015 2560 40250 120200 1012 Pinus 8 1225 47 3045 250600 100200 Pupunha 7 1230 410 1540 30150 40200 Seringueira 7 2070 1015 2040 40150 50120 Forrageiras Andropogon 9 1020 412 2050 40250 50250 B brizantha 9 1025 412 2050 40250 50250 B decumbens 9 1025 412 2050 40250 50250 Coastcross 9 1025 414 3050 40200 50200 Colonião 9 1030 414 2050 40200 50200 Guandu 9 2050 612 2550 40200 40200 Leucena 9 2550 512 2050 40150 40250 Napier 9 1025 417 2050 40200 50200 Soja perene 9 3050 512 2050 40150 40250 Stylosanthes 9 2550 612 2050 40200 40250 Tifton 9 2530 420 1570 20300 50200 Quadro 22 Faixa de suficiência de teores de micronutrientes em folhas de plantas anuais e perenes e na parte aérea de forrageira Fonte Galrão 2002 citando vários autores 1 Bataglia 1991 2 Cantarella et al 1996 3 Malavolta et al 1989 4 Ambrosano et al 1996 5 Lorenzi et al 1996 6 Quaggio et al 1996 7 Raij et al 1996 8 Gonçalves et al 1996 9 Werner et al 1996 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 681 Diagnose Visual Sintomas de Deficiência e Toxidez de Micronutrientes em Plantas A diagnose visual é uma técnica baseada no fato de que as plantas com deficiência acentuada ou toxidez de um micronutriente normalmente apresentam sintomas definidos e característicos dos distúrbios causados pela falta ou excesso deste nutriente Sua principal vantagem está no fato de que a planta age como integradora de todos os fatores de crescimento e constitui o produto final de interesse do produtor Outra vantagem é que não requer equipamentos sofisticados e caros e pode ser usada como complemento às outras técnicas de diagnose da fertilidade do solo ou estado nutricional da planta A manifestação externa de carência ou excesso de determinado micronutriente pode ser concebida como o último passo de uma seqüência de eventos Figura 2 Existem muitas informações para auxiliar no desenvolvimento de habilidade na identificação de deficiências e toxidez de micronutrientes Elas estão em boletins cartazes livros e panfletos que mostram os vários sintomas em estampas coloridas Além disso parcelas experimentais ou faixas demonstrativas no campo com tratamentos conhecidos podem ajudar a calibrar os testes e a análise visual Mas é sempre bom lembrar que a os sintomas de deficiência e de toxidez nem sempre são claramente definidos b o mascaramento advindo de outros nutrientes doenças e ataque de insetos pode dificultar a correta diagnose de campo c os sintomas de deficiência sempre indicam fome severa nunca deficiência leve ou moderada e d muitas culturas iniciam queda na produção muito antes de os sintomas de deficiência ou toxidez tornaremse evidentes A situação quando há perdas sem sintomas de deficiência é chamado de fome oculta e pode reduzir consideravelmente as produções e a qualidade da colheita mesmo que a cultura não apresente sinal de fome Como já mencionado a diferenciação entre o sintoma devido à causa nutricional e aquele devido à causa nãonutricional nem sempre é fácil Entretanto se for relembrada a base racional de distribuição em excesso de suprimento e remobilização em deficiência dos elementos pelo xilema e floema uma distribuição sistemática dos sintomas dentro de uma planta isolada pode ser esperada Figura 3 Figura 2 Seqüência de eventos que conduzem a anormalidade visível relativa a deficiência ou excesso de nutrientes em plantas Fonte Adaptado de Malavolta 1980 FERTILIDADE DO SOLO 682 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Histórico da Área Finalmente devese destacar a importância de conhecer o histórico de manejo de uma área ou gleba de uma propriedade Quanto mais um técnico souber sobre o histórico de manejo mais eficiente será o diagnóstico do possível problema nutricional e mais fácil será a correção desse problema Se uma área vem recebendo sistematicamente pulverizações com fungicidas que contenham micronutrientes é provável que estes produtos sejam também fontes de micronutrientes Por exemplo o uso de Mancozeb em plantas frutíferas poderá suprir o Mn e o Zn para as plantas Da mesma forma o uso sistemático de fungicidas à base de Cu para combater a ferrugem do cafeeiro pode fornecer esse micronutriente à lavoura Por outro lado o uso contínuo e constante por vários anos de fritas com alto teor de Zn pode levar a teores extremamente altos desse micronutriente fazendo com que os solos com altos teores de Cu acima de 2 mg dm3 apresentem deficiências do micronutriente induzidas pelo excesso de Zn aplicado por vários anos consecutivos MANEJO DA ADUBAÇÃO COM MICRONUTRIENTES Estratégias de Aplicação dos Micronutrientes Existem três estratégias básicas para aplicação de micronutrientes que vêm sendo utilizadas no Brasil de segurança de prescrição e de restituição Figura 3 Chave simples para diagnose visual de desordem nutricional em planta Fonte Römheld 2001 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 683 Estratégia de Segurança A estratégia de segurança foi a mais utilizada no passado principalmente no fim da década de 60 e início dos anos 70s quando do início da incorporação da região dos cerrados no processo produtivo Por princípio essa estratégia não utiliza dados de análise de solos e de plantas assim são recomendados geralmente mais de um ou todos os micronutrientes levando em conta possíveis problemas de deficiência em uma região tipo de solo ou cultura específica Vários Estados em seus boletins de recomendação de adubação utilizaram no passado essa estratégia Citase como exemplo o Estado de Goiás cuja recomendação para cultura de grãos é de 6 kg ha1 de Zn 1 kg ha1 de Cu 1 kg ha1 de B e 025 kg ha1 de Mo com distribuição a lanço e repetição a cada quatro ou cinco anos Comissão de Fertilidade do Solo de Goiás 1988 No sulco de plantio a recomendação é de ¼ dessas doses repetidas por quatro anos Volkweiss 1991 cita como outros exemplos dessa estratégia a recomendação de B nas culturas de alfafa no Rio Grande do Sul ROLAS 1981 do algodoeiro em solos arenosos de São Paulo Raij et al 1985 de Zn na região dos cerrados e nas pastagens em São Paulo Werner 1984 Em culturas de alto valor como hortaliças e frutíferas em que os custos de adubação com micronutrientes são insignificantes em relação ao valor da produção muitos agricultores ainda hoje usam a adubação de segurança que inclui vários ou todos os micronutrientes Estratégia de Prescrição A estratégia de prescrição vem aos poucos substituindo a de segurança para número considerável de casos de recomendações oficiais de micronutrientes para as mais diferentes regiões e condições de solo clima e culturas Segundo Volkweiss 1991 a estratégia de prescrição é o sistema ideal do ponto de vista econômico de segurança para o agricultor e de uso racional de recursos naturais Contudo para sua utilização é necessária uma sólida base experimental referente à seleção ou desenvolvimento e calibração de métodos de análises de solos e de plantas que proporcionem o máximo retorno econômico ao agricultor Por meio da estratégia de prescrição as recomendações são mais equilibradas e de certa forma protegem as culturas contra os antagonismos que possam vir a ocorrer na nutrição mineral das plantas como resultado de relações não balanceadas dos nutrientes no solo e nas plantas Exemplos recentes de adoção da estratégia de prescricão em recomendações oficiais de adubação utilizando dados de análise de solo e às vezes de análise foliar são encontrados em vários Estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina Quadro 23 SBCSCQFS 2004 Minas Gerais Quadro 24 Ribeiro et al 1999 São Paulo Quadros 25 26 e 27 Raij et al 1996 região de cerrados Quadro 28 Galrão 2002 Espírito Santo Quadro 29 Dadalto Fullin 2001 e Pernambuco Quadro 30 Cavalcanti 1998 FERTILIDADE DO SOLO 684 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura Recomendação Observações Soja Molibdênio 12 a 25 g ha1 de Mo via semente ou entre 25 e 50 g ha1 de Mo via adubação foliar As doses mais elevadas são recomendadas para os solos mais arenosos As fontes podem ser o molibdato de amônio 54 de Mo solúvel em água ou molibdato de sódio 39 de Mo solúvel em água As aplicações de Mo na semente à semelhança dos fungicidas devem preceder a inoculação Alfafa 20 kg ha1 de bórax Antes da semeadura repetindo esta dose anualmente no início da primavera Alho Aplicar sulfato de zinco a 05 eou bórax borato de sódio a 02 Para suprir eventuais deficiências de Zn e B Fazer quatro a seis aplicações em intervalos de uma a duas semanas Repolho 3 g m2 de molibdato de amônio e 2 g m2 de bórax na sementeira e no canteiro definitivo Podese usar também a adubação foliar em duas aplicações de ácido bórico 2 g L1 e de molibdato de amônio 1 g L1 Tomateiro 30 kg ha1 de bórax 3 g m1 de sulco considerando o espaçamento de 1 m entre sulcos Juntamente com a adubação de base Batata 15 a 20 kg ha1 de bórax Principalmente em solos arenosos e ou com teores de matéria orgânica menores do que 25 g kg1 Abacateiro 20 a 30 kg ha1 de bórax Em solos em que a disponibilidade de B for inferior a 03 mg dm3 Incorporar juntamente com a calagem e a adubação de préplantio Em pomares implantados quando o teor na folha for menor que 50 mg kg1 fazer pulverização com bórax no solo em ambos os lados das linhas na faixa adubada usando aplicador de herbicida numa dosagem que possibilite o consumo nãosuperior a 10 kg ha1 de bórax A aplicação de B também pode ser feita junto com herbicidas de pósemergência desde que sejam usados produtos compatíveis principalmente com pH semelhante Citros Adubação foliar ZnSO47H2O 300 g MnSO44H2O 200 g MgSO47H2O 2 kg Bórax Na2B4O710H2O 100 g uréia 2 kg e espalhante adesivo 50 mL em 100 L de água No caso de serem observadas deficiências de Mn Zn Mg e B A época mais indicada para a adubação foliar é o período de brotacão das árvores Recomenda se para o abacateiro fazer três aplicações nos pomares em crescimento ou formação sendo a primeira na brotação primaveril setembro a segunda em novembrodezembro e a terceira em janeirofevereiro e duas naqueles em produção a primeira no final da queda dos restos florais podendo ser feita com o tratamento fitossanitário se não houver incompatibilidade e a segunda no fluxo vegetativo em fevereiromarço Para citros recomendamse três aplicações nos pomares em crescimento e duas nos pomares em produção a primeira no final da queda das pétalas junto como um tratamento fitossanitário se não houver incompatibilidade e a segunda no fluxo vegetativo que ocorrem em fevereiromarço Macieira Zinco Até três pulverizações quinzenais com sulfato de zinco ZnSO47H2O 2 g L1 ou fungicidas à base de Zn ou Zn quelatizado a partir do início da 2a quinzena de novembro Ao aplicar sulfato de Zn com altas temperaturas adicionar CaOH2 2 g L1 para evitar fitotoxidez Podese aplicar sulfato de Zn 10 a 20 g L1 antes do início da brotação evitandose assim a indução de russeting Boro 2 a 3 pulverizações quinzenais co bórax Na2B4O710H2O 2 g L1 Aplicar no estádio de botão rosado para favorecer a fecundação das flores No cultivar Gala três aplicações de B espaçadas de 30 dias sendo a primeira em meados de novembro podem melhorar a coloração da película dos frutos na colheita Nogueira Pecã Adubação foliar ZnSO47H2O 400 g MnSO44H2O 200 g MgSO47H2O 2 kg espalhante adesivo 100 mL em 100 L de água Caso sejam observados sintomas de deficiência desses nutrientes ou quando os teores foliares de Zn e Mn forem menores que 25 mg kg1 fazer duas pulverizações anuais uma em setembro e a outra em fevereiro Pereira Boro fazer duas a três pulverizações quinzenais com bórax 4 g L1 ou solubor 2 g L1 a partir da queda das pétalas Em cultivares sensíveis à deficiência de B como a Nijisseiki ou em casos de deficiência comprovada pela análise foliar Aplicar o B quando as flores estão no estádio de balão se o objetivo for o de favorecer a fecundação e a frutificação efetiva Pesseguei ro e Nectarinei ra Boro No caso do teor de B no solo ser menor que 01 mg dm3 podese incorporar 10 kg ha1 de B juntamente com a calagem e a adubação de préplantio Se o teor estiver entre 01 e 03 mg dm3 aplicar 75 kg ha1 de B Na região da Encosta Superior do Nordeste do Rio Grande do Sul têm sido constatadas respostas à aplicação de B na instalação dos pomares Quivizeiro Somente aplicar nutrientes via foliar se for constatada deficiência visual ou pela análise foliar O quivizeiro é muito sensível ao excesso de B Roseira de corte Aplicar B duas vezes por ano na dose de 05 g m2 de B Videira 10 kg ha1 de B em préplantio 06 mg dm3 de B Após o estabelecimento do vinhedo reaplicar B se o teor na folha for 30 mg kg1 de B Fonte Adaptado de SBCSCQFS 2004 Quadro 23 Recomendações de micronutrientes para várias culturas nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 685 Cultura Dose Condições Alface pepino pi mentão e tomate em ambiente protegido 1 kg ha1 de B e 3 kg ha1 de Zn Sugerese acompanhamento criterioso dos teores de B e Zn no solo e nas folhas pela análise química para prevenir a toxidez dos mesmos Hortaliças geral 15 kg de sulfato de zinco 10 kg de bórax 10 kg de sulfato de cobre 05 kg de molibdato de amônio por hectare Em solos que não foram fertilizados nos últimos anos Pulverizações foliares com 2 kg de sulfato de zinco 1 kg de bórax 1 kg de sulfato de cobre e 025 kg de molibdato de amônio por hectare Para correção de carências nutricionais especialmente nas culturas mais exigentes Alho 3 kg ha1 de B e 3 a 5 kg ha1 de Zn Acrescentar à adubação de plantio Alface Idem hortaliças geral Batata Idem hortaliças geral Brócolos Idem hortaliças geral Especialmente B no solo e Mo via foliar Cebola Idem hortaliças geral Cenoura 1 a 2 kg ha1 de B e ou 2 a 3 kg ha1de Zn Em solos deficientes Couveflor Idem hortaliças geral Especialmente B no solo e Mo via foliar Melão 5 g L1 de cloreto de cálcio e 15 g L1 de ácido bórico ou soluções quelatizadas via foliar A partir do início do aparecimento dos frutos e a intervalos de 10 dias Milho verde 3 a 5 kg ha1 de Zn Morango Ácido bórico a 15 g L1 Três aplicações durante o florescimento caso haja produção de frutos deformados Pepino 1 kg ha1 de B e 3 kg ha1 de Zn Em solos deficientes Pimentão Idem hortaliças geral Repolho Idem hortaliças geral Especialmente B no solo e Mo via foliar Tomate 2 a 3 kg ha1 de B e 4 kg ha1 de Zn Em solo de baixa fertilidade Citros 80 g de bórax por planta 6 anos ou mais e Zn e Mn via foliar com solução de no máximo 15 g L1 de sais Pulverização a alto volume com espalhante adesivo quando as brotações tiverem 13 do tamanho final Com altas temperaturas ao se aplicar o ZnSO47H2O devemse adicionar 2 g L1 de CaOH2 para evitar fitotoxidez Macieira marmelei ro pereira Duas a cinco pulverizações com 2 g L1 de ZnSO47H2O duas a três aplicações quinzenais com 4 g L1 de ácido bórico ou 2 g L1 de solubor A partir do estádio de fruto com 1 cm de diâmetro Mamoeiro 5 g de bórax e ou 10 g de sulfato de zinco por cova Em solos comprovadamente deficientes Nogueira pecã 130 g de sulfato de zinco por planta A partir do 4o ano em outubro de forma localizada sem misturar ao solo Videira Uréia e ácido bórico 4 g L1 de cada fertilizante Após a colheita 2 a 3 aplicações beneficiam a próxima brotação e fecundação das flores Em solos abaixo de 06 mg dm3 B aplicar 50 a 70 kg ha1de bórax Cravo 1 a 2 g m2 de bórax no canteiro Em solos deficientes Roseira 15 kg ha1 de bórax No canteiro Plantas ornamentais arbustivas e arbóreas Aplicação foliar de bórax sulfato de zinco e sulfato de manganês 20 g L1 do sal 15 g de sulfato de zinco por cova de 20 dm3 10 a 15 g de bórax por planta Para produção de mudas em solos deficientes No plantio Aos 60 120 e 240 dias do plantio juntamente com o N e o K Quadro 24 Recomendações de micronutrientes para várias culturas no Estado de Minas Gerais Continua FERTILIDADE DO SOLO 686 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura Dose Condições Algodão 1 kg ha1 de B a no sulco de plantio Em solos arenosos e baixos em matéria orgânica Arroz 2 a 4 kg ha1de Zn Em solos com menos de 1 mg dm3 de Zn Canadeaçúcar 2 a 5 kg ha1de Mn Zn e Cu Em áreas deficientes Café 06 a 10 g de B e 10 a 20 g de Zn por cova ou m de sulco respectivamente Adubação pósplantio em cobertura no 1o ano Cafeeiro adulto 3 2 ou 1 kg ha1 de B Para solo baixo médio ou bom Em solos com teores médios 2 a 4 aplicações foliares com 3 a 5 g L1 de ácido bórico 3 2 ou 1 kg ha1 de Cu Para solo baixo médio ou bom A pulverização com fungicidas cúpricos fornece cobre satisfa toriamente para o cafeeiro 15 10 ou 5 kg ha1 de Mn Para solo baixo médio ou bom Via foliar 2 a 4 aplicações por ano de 5 a 10 g L1 de sulfato manganoso 6 4 ou 2 kg ha1 de Zn Para solo baixo médio ou bom para solos de textura arenosa a média Em solos argilosos 2 a 4 aplicações foliares de sulfato de zinco 5 g L1 ou 3 g L1 com a adição de 3 g L1 de KCl Pulverizações com sulfato ferroso 10 g L1 Em casos de deficiências de ferro Cafeeiro Ácido bórico 3 g L1 sulfato de zinco 3 g L1 cloreto de potássio 3 g L1 oxicloreto de cobre 3 g L1 espalhante adesivo 05 g L1 Em casos de deficiências múltiplas de micro nutrientes Eucalipto 5 g de sulfato de zinco na cova de plantio Aplicar 10 g de bórax por planta em cobertura juntamente com o N e ou K Feijão 1 kg ha1 de B e ou 2 a 4 kg ha1 de Zn Em solos deficientes 60 g ha1 de Mo 154 g ha1 de molibdato de só dio ou 111 g ha1 de molibdato de amônio Via foliar entre 15 e 25 dias após a emergência Fumo 15 gcova de FTE BR12 Girassol 1 kg ha1 de B e ou 2 a 4 kg ha1 de Zn Em solos deficientes Mamona 5 kg ha1 de Zn Constatada deficiência Mandioca 5 kg ha1 de Zn Em solos comprovadamente deficientes Milho 1 a 2 kg ha1 de Zn Em solos deficientes Seringueira 05 g de B 05 g de Cu 25 g de Zn por m3 de substrato 01 g de B 01 g de Cu e 05 g de Zn por planta Para formação de mudas Adubação formação do jardim clonal Sorgo 1 a 2 kg ha1 de Zn Em solos deficientes Trigo 065 a 13 kg ha1 de B Na forma de FTE ou bórax Um exemplo da combinação da estratégia de segurança com a de prescrição é a utilizada para construção da fertilidade do solo com micronutrientes e com Co na cultura da soja tomando por base a necessidade ditada pela análise foliar e aplicandose as seguintes doses 4 a 6 kg ha1 de Zn 05 a 1 kg ha1 de B 05 a 20 kg ha1 de Cu 25 a 6 kg ha1 de Mn 50 a 250 g ha1 de Mo e 50 a 250 g ha1 de Co aplicados a lanço e com efeito residual para pelo menos cinco anos Para aplicação no sulco é recomendável ¼ dessas doses repetidas por quatro anos consecutivos No caso do Mo e Co recomenda se ainda o tratamento das sementes com as doses de 12 e 25 g ha1 de Mo e 1 a 5 g ha1 de Co com produtos de alta solubilidade Embrapa 1996 Quadro 24 Continuação Fonte Adaptado de Ribeiro et al 1999 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 687 Cultura Dose Condições Cereais Arroz de sequeiro 3 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de Zn 06 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Arroz irrigado 5 kg ha1 de Zn 3 kg ha1 de Zn 06 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Aveiacenteio cevada trigo e triticale sequeiro 3 kg ha1 de Zn 1 kg ha1 de Zn 06 mg dm3 de Zn 021 mg dm3 de B Milho para grãos e silagem Milho pipoca milho verde milho doce sorgo 4 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de Zn 06 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Estimulantes Cacau Plantio Produção 3 gcova de Zn 4 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de Zn 06 mg dm3 de Zn 06 mg dm3 de Zn 07 a 15 mg dm3 de Zn Café Plantio 1 g m1 de B 05 g m1 de B 1 g m1 de Cu 2 g m1 de Mn 2 g m1 de Zn 1 g m1 de Zn 0 a 02 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B 0 a 02 mg dm3 de Cu 0 a 15 mg dm3 de Mn 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Reduzir a quantidade de B pela metade em solos com menos de 35 de argila Produção 2 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 2 kg ha1 de Mn 2 kg ha1 de Zn 1 kg ha1 de Zn Adubação foliar 6 g L1 de sulfato de zinco 10 g L1 de sulfato de manganês 3 g L1 de ácido bórico 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B 0 a 15 mg dm3 de Mn 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Aplicar em novembro e fevereiro caso haja deficiên cia se não for aplicado boro no solo Fibrosas Algodão 3 kg ha1 de Zn 05 kg ha1 de B 05 a 1 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B Adubação foliar 015 a 018 kg ha1 de boro por vez baixo volume 06 mg dm3 de Zn 061 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B Solos arenosos pobres em matéria orgânica 021 mg dm3 de B No mínimo quatro pulverizações sucessivas no flo rescimento Frutíferas Abacate 5 g de uréia 5 g de sulfato de zinco 25 g de sulfato de manga nês 1 g de ácido bórico por litro Pulverizar durante os fluxos de primavera e verão Acerola plantio 3 gcova de Zn Adubação foliar 5 g de uréia 3 g de sulfato de zinco 1 g de ácido bórico por litro Pulverizar durante os fluxos de primavera e verão Banana Plantio Produção 5 kg ha1 Zn 25 g de sulfato de zinco e 10 g de ácido bórico no orifício aberto do rizoma por ocasião do desbaste 13 mg dm3 de Zn Aplicar o Zn quando constatada a deficiência nas folhas Citros Plantio 1 g m1 de B 2 g m1 de Zn 0 a 020 mg dm3 de B 0 a 12 mg dm3 de Zn Produção 2 kg ha1 de B na forma de ácido bórico Em pomares com sintomas intensos de deficiência juntamente com herbicidas de contato parcelando em duas aplicações anuais Adubação foliar 35 g de sulfato de zinco 25 g de sulfato de manganês 1 g de ácido bórico 5 g de uréia por litro Pomares com menos de 4 anos 3 a 4 pulverizações anuais no período das chuvas Em produção 2 aplicações Quadro 25 Recomendações de micronutrientes para cereais estimulantes fibrosas frutíferas no Estado de São Paulo Continua FERTILIDADE DO SOLO 688 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Quadro 26 Recomendação de micronutrientes para hortaliças leguminosas e oleaginosas ornamentais e flores raízes e tubérculos outras culturas industriais no Estado de São Paulo Cultura Dose Condições Hortaliças Abobrinha ou abóbora de moita abóbora rasteira moranga bucha e pepino 1 kg ha1 de B 4 kg ha1 de Cu 2 kg ha1 de Cu 3 kg ha1 de Zn 0 a 020 mg dm3 de B 0 a 020 mg dm3 de Cu 03 a 10 mg dm3 de Cu 0 a 05 mg dm3 de Zn Aipo ou salsão 3 kg ha1 de B 15 kg ha1 de B 3 kg ha1 de Zn Adubação foliar 03 g de ácido bórico ou 05 g L1 de bórax dissolver o bórax em água quente 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn Pulverizar uma vez por mês durante o crescimento Alface almeirão chicorea escarola rúcula agrião dágua 1 kg ha1 de B Alcachofra 2 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B Continua Cultura Dose Condições Frutíferas Goiaba plantio 3 gcova de Zn Mamão 1 15 ou 2 kg ha1 de B 0 a 020 mg dm3 de B e produtividades esperadas de 25 25 a 50 e 50 t ha1 respectivamente 3 4 ou 5 kg ha1 de Zn 0 a 05 mg dm3 de Zn e produtividades esperadas de 25 25 a 50 e 50 t ha1 respectivamente Manga plantio 5 gcova de Zn Adubação foliar 3 g de sulfato de zinco 1 g de ácido bórico por litro Por ocasião do primeiro tratamento fitossanitário repetir quando houver um fluxo novo de brota ção das plantas Maracujá Plantio 4 g de Zn 1 g de B por cova Produção 4 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de B 06 mg dm3 de Zn 021 mg dm3 de Adubação foliar 300 g de sulfato de zinco 100 g de ácido bórico 500 g de uréia por 100 L de água Cinco pulverizações nos meses de outubro a abril quando não for feita adubação via solo 10 g de molibdato de amônio por 100 L de água Caso haja deficiência de Mo Uvas finas produção 15 kg ha1 de B após a poda Adubação foliar 1 g L1 de ácido bórico por vez 021 mg dm3 de B Aplicada três vezes antes do florescimento de 7 em 7 dias Uvas rústicas produção 25 kg ha1 de B após a poda Adubação foliar 1 g L1 de ácido bórico por vez 021 mg dm3 de B Aplicada três vezes antes do florescimento Quadro 25 Continuação Cobre Zn e Mn extraídos pelo DTPA pH 73 e para B pela água quente Fonte Adaptado de Raij et al 1996 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 689 Continua Quadro 26 Continuação Cultura Dose Condições Hortaliças Alho 5 kg ha1 de Zn 3 kg ha1 de Zn 3 kg ha1 de B cerca de 10 dias antes do plantio 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Alho porro e cebolinha 1 kg ha1 de B pelo menos 10 dias antes do transplante Aspargo 3 kg ha1 de Zn 0 a 05 mg dm3 de Zn Berinjela jiló pimenta hortícola e pimentão 3 kg ha1 de Zn 1 kg ha1 de B 06 mg dm3 de Zn Beterraba 2 a 4 kg ha1 de B Maiores doses em solos deficientes em B ou pobres em matéria orgânica 3 kg ha1 de Zn 0 a 05 mg dm3 de Zn Adubação foliar 05 g L1 de molibdato de amônio em água Aos 15 e 30 dias da semeadura ou transplante Brócolos couveflor e repolho 3 a 4 kg de B ha1 Adubação foliar 1 g L1 de ácido bórico 05 g L1 de molibdato de amônio Pulverizar três vezes no ciclo Pulverizar 15 dias após o transplante Cebola sistema de mudas 2 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 4 kg ha1 de Cu 2 kg ha1 de Cu 5 kg ha1 de Zn 3 kg ha1 de Zn 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B 0 a 02 mg dm3 de Cu 03 a 10 mg dm3 de Cu 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Cenoura nabo e rabanete 1 a 2 kg ha1 de B 3 kg ha1 de Zn Maiores doses em solos deficientes em B ou pobres em matéria orgânica 0 a 05 mg dm3 de Zn Couvemanteiga e mostarda 2 kg ha1 de B Adubação foliar 05 g L1 de molibdato de amônio Pulverizar 20 dias após o transplante repetir para couve a cada 20 a 30 dias após a colheita das folhas mais desenvolvidas Feijãovagem feijãofava feijãodelima ervilha de vagem 1 kg ha1 de B 3 kg ha1 de Zn Adubação foliar 02 g L1 de molibdato de amônio 020 mg dm3 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn Duas aplicações até à floração Melão melancia e quiabo 1 kg ha1 de B 3 kg ha1 de Zn 0 a 020 mg dm3 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn Morango Recomendada a aplicação de solução de micronutrientes com B Zn e Cu a cada três semanas Quiabo 1 kg ha1 de B 3 kg ha1 de Zn 020 mg dm3 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn Tomate estaqueado 3 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 5 kg ha1 de Zn 3 kg ha1 de Zn 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Tomate rasteiro industrial irrigado 15 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 3 kg ha1 de Zn 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B 0 a 06 mg dm3 de Zn FERTILIDADE DO SOLO 690 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura Dose Condições Leguminosas e oleaginosas Amendoim Tratamento de sementes 100 g de molibdato de amônio para cada lote de 100120 kg de sementes Feijão 3 kg ha1 de Zn 1 kg ha1 de B 06 mg dm3 de Zn 021 mg dm3 de B Girasol 1 kg ha1 de B 05 kg ha1 de B 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B Soja 5 kg ha1 de Mn 5 kg ha1 de Zn e ou 2 kg ha1 de Cu e ou 1 kg ha1 de B Tratamento de sementes 50 g ha1 de molibdato de amônio misturado às sementes até 15 mg dm3 de Mn Solos com deficiência de Zn e ou Cu e ou B Solos com impossibilidade de aplicar calcário Ornamentais e flores Amarilis 1 kg ha1 de B 6 kg ha1 de Mn 4 kg ha1 de Zn 0 a 06 mg dm3 de B 0 a 12 mg dm3 de Mn 0 a 12 mg dm3 de Zn Crisântemo Adubação foliar 1 g de N 05 g de K2O 10 mg de Mn 2 mg de B 1 mg de Zn por litro A partir de 40 dias após o plantio via fertirrigação a cada 10 dias 4 vezes aplicando 5 L m2 Gladíolo 2 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 4 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de Zn 0 a 02 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Gloxínia e Violeta Africana 100 mg de N 100 mg de K2O 2 mg de B 1 mg de Zn por litro Na irrigação 30 dias após o envasa mento Raízes e tubérculos Batata 2 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 0 a 02 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B Mandioca 4 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de Zn 06 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Mandioquinha 2 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 0 a 02 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B Outras culturas industriais Canadeaçúcar 5 kg ha1 de Zn 4 kg ha1 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn 0 a 02 mg dm3 de B Pupunha produção 2 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 0 a 02 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B Seringueira plantio 5 gcova de Zn 06 mg dm3 de Zn Quadro 26 Continuação Cobre Zn e Mn extraídos pelo DTPA pH 73 e para boro pela água quente Fonte Adaptado de Raij et al 1996 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 691 Cultura Recomendação Observações Abacate abacaxi acerola banana café canadeaçúcar citros eucalipto gariroba goiaba graviola mamão manga maracujá pinus pupunha seringueira Adubação de correção a lanço 2 kg ha1 de B 2 kg ha1 de Cu 6 kg ha1 de Mn 04 kg ha1 de Mo e 6 kg ha1 de Zn Em solos com teor baixo desses micronutrientes Abacate abacaxi banana graviola Adubação de plantio por cova 1 g de B 05 g de Cu 1 g de Mn 005 g de Mo e 5 g de Zn Cultura Dose Condições Florestas Viveiro de mudas Eucaliptus Pinus espécies da Mata Atlântica 200 g m3 de FTE BR12 ou equivalente na terra de subsolo Florestamentos homogêneos com Eucalyptus e Pinus 1 kg ha1 de B 15 kg ha1 de Zn 021 mg dm3 de B 060 mg dm3 de Zn Reflorestamentos mistos com espécies típicas da Mata Atlântica 1 kg ha1 de B 1 kg ha1 de Zn 021 mg dm3 de B 060 mg dm3 de Zn Forrageiras Pastagens de gramíneas exigentes e moderadamente exigentes quanto à fertilidade do solo 3 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de Zn 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Pastagens de gramíneas pouco exigentes quanto à fertilidade do solo 2 kg ha1 de Zn 0 a 05 mg dm3 de Zn Capineiras e gramíneas para fenação 5 kg ha1 de Zn 3 kg ha1 de Zn 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Leguminosas forrageiras e pastagens consorciadas 3 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de Cu 1 kg ha1 de Cu 1 kg ha1 de B 05 kg ha1 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn 0 a 02 mg dm3 de Cu 03 a 08 mg dm3 de Cu 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B Alfafa formação e manutenção uma vez por ano 5 kg ha1 de Zn 3 kg ha1 de Zn 3 kg ha1 de Cu 1 kg ha1 de Cu 15 kg ha1 de B 10 kg ha1 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn 0 a 02 mg dm3 de Cu 03 a 08 mg dm3 de Cu 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B Quadro 27 Recomendação de micronutrientes para florestas e forrageiras no Estado de São Paulo Para leguminosas exclusivas pastagem consorciada e alfafa aplicar 50 g ha1 de Mo via revestimento de semen te Cu Zn e Mn extraídos pelo DTPA pH 73 e para B pela água quente Fonte Adaptado de Raij et al 1996 Quadro 28 Recomendações de micronutrientes para várias culturas na região dos Cerrados Continua FERTILIDADE DO SOLO 692 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura Recomendação Observações Acerola goiaba Adubação de plantio por cova 05 g de B 05 g de Cu 1 g de Mn 005 g de Mo e 3 g de Zn Algodão amendoim arroz aveia cevada ervilha feijão girassol grãodebico mamona milheto milho soja sorgo granífero trigo triticale Adubação de plantio a lanço 2 kg ha1 de B 2 kg ha1 de Cu 6 kg ha1 de Mn 04 kg ha1 de Mo e 6 kg ha1 de Zn Em solos com teor baixo desses micronutrientes A dose da adubação de plantio poderá ser dividida em três partes iguais às aplicadas no sulco de semeadu ra em três cultivos sucessivos No nível médio apli car ¼ das doses recomendadas a lanço e no nível alto não fazer nenhuma adubação O efeito residual esperado é de quatro a cinco cultivos tanto para a adubação a lanço como para aquela feita parcelada mente no sulco Devese fazer análise de foliar e do solo a cada dois cultivos para verificar se há neces sidade de reaplicação desses nutrientes Adubação foliar exceto mamona B solução 5 g L1 de bórax ou 3 g L1 de ácido bórico Cu solução 5 g L1 de sul fato de Cu Mn solução 5 g L1 de sul fato de Mn Zn solução 5 g L1 de sulfato de Zn Caso apareçam sintomas de deficiência de qualquer um desses nutrientes A dose a ser usada de cada solução é de 400 L ha1 Para arroz utilizar 380 L ha1 Para sorgo granífero utilizar 360 L ha1 Adicionar à exceção da solução de bórax 1 g L1 de hidróxido de cálcio cal extinta ou cal hidratada Leguminosa para adu bos verdes crotalária ervilhaca feijãode porco feijão guandu lablab tremoço ma mona Adubação de plantio a lanço 2 kg ha1 de B 2 kg ha1 de Cu 6 kg ha1 de Mn 04 kg ha1 de Mo e 6 kg ha1 de Zn A dose da adubação de plantio poderá ser dividida em três partes iguais às aplicadas no sulco de seme adura em três cultivos sucessivos No nível médio aplicar ¼ das doses recomendadas a lanço e no nível alto não fazer nenhuma adubação O efeito residual esperado é de quatro a cinco cultivos tanto para a adubação a lanço como para aquela feita parcelada mente no sulco Devese fazer análise foliar e do solo a cada dois cultivos para verificar se há neces sidade de reaplicação desses nutrientes Banana Adubação de plantio por cova 1 g de B 05 g de Cu 1 g de Mn 005 g de Mo 5 g de Zn Café Adubação de formação por cova 12 a 24 g de ácido bórico ou 18 a 36 g de bórax e 6 a 12 g de sulfato de Cu e 17 a 26 g de sulfato de Zn ou 5 a 7 g de óxido de Zn Adubação foliar B solução 3 a 5 g L1 de bórax ou 3 g L1 de ácido bórico Cu solução 4 a 6 g L1 de sulfato de Cu três vezes ao ano Zn solução 6 a 8 g L1 de sulfato de Zn quatro vezes ao ano Caso apareçam sintomas de deficiência de qualquer um desses nutrientes Adicionar à exceção da solução de bórax 1 g L1 de hidróxido de cálcio cal extinta ou cal hidratada Fazer uma pulverização no inverno agosto e as demais no período chuvoso outubro a fevereiro Canadeaçúcar Adubação de plantio 5 kg ha1 de Zn 4 kg ha1 de Cu 2 kg ha1 de B e 4 kg ha1 de Mn no sulco de plantio Citros Adubação de formação por cova 1 g de B 05 g de Cu 1 g de Mn 005 g de Mo e 5 g de Zn Adubação foliar B solução 2 g L1 de ácido bórico Mn solução 6 g L1 de sul fato de Mn Zn solução 8 g L1 de sul fato de Zn quatro vezes ao ano Caso apareçam sintomas de deficiência de qualquer um desses nutrientes Caso se apliquem os três mi cronutrientes de uma só vez adicionar à mistura 5 g L1 de uréia Ervilha Adubação com Mo e Co via semente 8 a 20 g de cloreto de Co ou 10 a 25 g de sulfato de Co e 50 a 100 g de molibdato de Co ou 40 a 80 g de molibdato de O Mo e o Co em vez de serem aplicados no solo poderão ser aplicados na semente durante o proces so de inoculação com o rizóbio Quadro 28 Continuação Continua FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 693 Cultura Recomendação Observações Eucalipto Adubação de mudas 05 g de B 005 g de Co 05 g de Cu 1 g de Mn 005 g de Mo e 2 g de Zn por 1 m3 de solo Adubação de plantio 1 kg ha1 de B 2 kg ha1 de Cu e 2 kg ha1 de Zn Os adubos devem ser aplicados em filetes contínuos no sulco de plantio ou covas Feijão Adubação com Mo e Co via semente 8 a 20 g de cloreto de Co ou 9 a 20 g de sulfato de Co e 50 a 80 g de molibdato de Co ou 40 a 60 g de molibdato de amônio por 80 kg de sementes Adubação foliar com Mo 02 g L1 de molibdato de Na ou 015 g L1 de mo libdato de amônio Aplicar 400 L ha1 de uma dessas soluções 25 dias após a emergência O Mo e o Co em vez de serem aplicados no solo poderão ser aplicados na semente durante o proces so de inoculação com o rizóbio O Mo em vez de ser aplicado no solo ou na semente poderá ser aplicado via foliar Gariroba Adubação de formação de mudas 05 g de B 05 g de Cu 05 g de Mn 005 g de Mo e 2 g de Zn por 1 m3 de substrato Adubação de plantio 05 kg ha1 de B 05 kg ha1 de Cu 1 kg ha1 de Mn 005 kg ha1 de Mo e 1 kg ha1 de Zn no sulco de plantio Girassol Adubação foliar com B Solução de 45 g L1 de bórax ou 29 g L1 de ácido bórico Caso não tenha sido possível aplicar B via solo Aplicar aos 30 dias após a emergência A quantidade de solução a ser usada é de 200 L ha1 Adicionar no caso de solução com ácido bórico 5 g L1 de hidróxi do de Ca cal extinta ou cal hidratada Adubação foliar com Cu Mn e Zn Cu solução 5 g L1 de sulfato de Cu Mn solução 5 g L1 de sulfato de Mn Zn solução 6 g L1 de sulfato de Zn Caso apareçam sintomas de deficiência de qualquer um desses nutrientes A quantidade a ser usada de cada solução é de 400 L ha1 Adicionar em cada so lução 1 g L1 de hidróxido de Ca cal extinta ou cal hidratada Graviola Adubação de produção por cova 2 g de B 3 g de Cu 4 g de Mn e 5 g de Zn em cobertura Na projeção da copa juntamente com outros adubos no início da produção de frutos Mamão Adubação de plantio e formação 1 g de B 005 g de Co 05 g de Cu 1 g de Mn 005 g de Mo e 2 g de Zn por cova Adubação de produção 1 a 2 kg ha1 de B e 3 a 5 kg ha1 de Zn Adubação foliar solução 025 de áci do bórico ou bórax Caso apareçam sintomas de deficiência de B Mandioca Adubação de plantio 1 kg ha1 de B 1 kg ha1 de Cu 4 kg ha1 de Mn e 4 kg ha1 de Zn no sulco de plantio Em solos com teor baixo desses micronutrientes No nível médio aplicar ½ das doses recomendadas e no nível alto não fazer adubação O efeito residual espe rado é de quatro a cinco cultivos Devese fazer análi se foliar e do solo a cada dois cultivos para verificar se há necessidade de reaplicação desses nutrientes Adubação foliar B solução 5 g L1 de bórax ou 3 g L1 de ácido bórico Cu solução 5 g L1 de sulfato de Cu Mn solução 5 g L1 de sulfato de Mn Zn so lução 5 g L1 de sulfato de Zn Caso apareçam sintomas de deficiência de qualquer um desses nutrientes A quantidade a ser usada de cada solução é de 400 L ha1 Adicionar à exceção da solução de bórax 1 g L1 de hidróxido de Ca cal ex tinta ou cal hidratada Adubação com Zn via maniva imersão das manivas numa solução 40 g L1 de sulfato de Zn durante 15 min Caso não seja possível a aplicação via solo Quadro 28 Continuação Continua FERTILIDADE DO SOLO 694 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura Recomendação Observações Manga maracujá Adubação de plantio por cova 1 g de B 05 g de Cu 1 g de Mn 4 g de Zn Adubação de produção para maracujá pulverizar com solução 3 g L1 de ácido bórico 6 g L1 de sulfato de zinco 4 g L1 de sulfato de Cu 5 g L1 de sulfato de Mn e 5 g L1 de uréia Fazer três pulverizações a primeira em outubro a segunda em janeiro e a terceira em abril Milho Adubação com Zn via semente 10 kg de óxido de zinco por 20 kg de sementes umedecidas 15 mL de água por kg de sementes Caso não seja possível aplicálo via solo que é o modo recomendado Pastagem consorciada Adubação de formação 1 kg ha1 de B 002 kg ha1 de Co 2 kg ha1 de Cu 003 kg ha1 de Mo 2 kg ha1 de Zn a lanço Adubação com Mo e Co via semente Co 8 g de cloreto de Co ou 9 g de sul fato de Co pela quantidade de sementes da leguminosa a ser usada por hectare Mo 20 g de molibdato de Na ou 14 g de molibdato de amônio pela quantidade de sementes a ser usada por hectare ou por meio da peletização de sementes 3 g de B 01 g de Co 1 g de Cu 4 g de Mn 01 g de Mo 7 g de Zn e 200 g de calcário por kg de sementes Pastagem de gramí neas Adubação de formação 1 kg ha1 de B 2 kg ha1 de Cu e 2 kg ha1 de Zn a lanço Pinus Adubação de mudas 05 g de B 05 g de Cu 1 g de Mn 005 g de Mo e 2 g de Zn por 1 m3 de solo Adubação de plantio 1 kg ha1 de B 2 kg ha1 de Cu 3 kg ha1 de Mn e 6 kg ha1 de Zn Os adubos podem ser aplicados em filetes contínuos no sulco de plantio ou em covas Pupunha Adubação de formação de mudas 1 g de B 003 g de Co 05 g de Cu 1 g de Mn 003 g de Mo e 2 g de Zn por 1 m3 de substrato Adubação de plantio 05 kg ha1 de B 05 kg ha1 de Cu 1 kg ha1 de Mn 004 kg ha1 de Mo e 1 kg ha1 de Zn no sulco de plantio Seringueira Adubação de plantio 1 g de B 005 g de Co 2 g de Mn 005 g de Mo e 3 g de Zn por cova Soja Adubação com Cu via semente mistu rar 3 kg de óxido de Cu com 80 kg de sementes umedecidas e a seguir proce der à inoculação delas com o rizóbio Adubação com Mo e Co via semente 50 a 130 g de molibdato de Na ou 40 a 90 g de molibdato de amônio 8 a 20 g de clo reto de Co ou 9 a 23 g de sulfato de Co por 80 kg de sementes Caso não seja possível a adubação via solo Modo alternativo à aplicação via solo Quadro 28 Continuação Fonte Adaptado de Galrão 2002 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 695 Cultura Dose Observações Abóbora 05 a 1 kg de B 1 a 3 kg de Cu e 1 a 3 kg de Zn por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Alho 3 a 5 kg de Zn e 3 kg de B por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Amendoim Via semente100 g de molibdato de amônio para 100 kg de sementes Arroz 5 kg de Zn 1 kg de Cu 1 kg de B e 1 kg de Mn por hectare Junto com os demais adubos de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Banana irrigada 8 kg de Zn 4 kg de Cu 3 kg de B 2 kg de Fe e 6 kg de Mn por hectare Uma vez por ano antes do florescimento se a análi se do solo indicar baixos teores Banana não irrigada 4 g de Zn e 2 g de B por família Uma vez por ano antes do florescimento se a análi se do solo indicar baixos teores Batata 2 kg de B e 2 kg de Zn por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Batatadoce 05 a 10 kg ha1 de B Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Berinjela e Jiló 3 a 5 kg ha1 de B Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Beterraba Cenou ra Nabo e Raba nete 3 a 5 kg de B para beterraba e 1 a 2 kg de B para cenoura nabo e rabanete por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Brócolis Couve flor e Repolho 3 a 4 kg ha1 de B Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Cacau Plantio 5 g de Zn 15 g de Cu 1 g de B 1 g de Fe e 15 g de Mn por cova Junto com o solo de enchimento da cova se a análi se do solo indicar baixos teores Adubação de formação e produção 6 g de Zn 2 g de Cu 3 g de B 2 g de Fe e 4 g de Mn por cova Na adubação de cobertura uma vez por ano Café arábica Plantio 3 g de Zn 06 g de Cu 06 g de B 10 g de Fe e 10 g de Mn por cova Se a análise do solo indicar baixos teores Formação 4 g de Zn 15 g de Cu 2 g de B 15 g de Fe e 30 g de Mn por cova na adu bação em cobertura Para o segundo ano antes do florescimento se a análise do solo indicar baixos teores Produção Via solo 3 2 ou 1 kg ha1 de B 3 2 ou 1 kg ha1 de Cu 15 10 ou 5 kg ha1 de Mn 6 4 ou 2 kg de Zn ha1 Antes do florescimento para solos baixos médios ou bons nesses micronutrientes respectivamente Adubação foliar Mn 2 g L1 Zn 2 g L1 Cu 2 g L1 B 1 g L1 Para corrigir deficiências ou de forma preventiva Café conilon Plantio 3 g de Zn 06 g de Cu 06 g de B e 10 g de Mn por cova Se a análise do solo indicar baixos teores Formação 4 g de Zn 15 g de Cu 2 g de B 15 g de Fe e 30 g de Mn por cova na adu bação em cobertura Para o segundo ano antes do florescimento se a análise do solo indicar baixos teores Produção Via solo 6 a 8 kg de Zn 2 a 4 kg de Cu 2 a 3 kg de B 1 a 2 kg de Fe e 4 a 6 kg de Mn por hectare na adubação em cobertura Antes do florescimento se a análise do solo indicar baixos teores Adubação foliar Mn 4 g L1 Zn 3 g L1 Cu 3 g L1 B 2 g L1 Fe 2 g L1 e Mo 1 g L1 Para corrigir deficiências ou de forma preventiva Canadeaçúcar 5 g de Zn 25 g de Cu e 4 g de Mn por metro de sulco Por metro de sulco se a análise do solo indicar bai xos teores Quadro 29 Recomendações de micronutrientes para várias culturas no Estado do Espírito Santo Continua FERTILIDADE DO SOLO 696 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura Dose Observações Cebola 1 a 2 kg de B 2 a 4 kg de Cu e 3 a 5 kg de Zn por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo in dicar baixos teores Citros plantio 2 g de Zn 05 g de Cu 10 g de B 10 g de Fe e 15 g de Mn por cova Se a análise do solo indicar baixos teores aumentar as quantidades em cerca de 30 quando a aplicação for re alizada por metro de sulco Formação 1o ao 5o ano 6 g de Zn 2 g de Cu 3 g de B 2 g de Fe e 4 g de Mn por cova na adubação em cobertura Uma vez por ano antes do florescimento se a análise do solo indicar baixos teores Produção 8 g de Zn 3 g de Cu 5 g de B 3 g de Fe e 5 g de Mn por cova na adubação em cobertura Uma vez por ano se a análise do solo indicar baixos teo res Coco anão ver de irrigado Plantio 7 g de Zn 1 g de Cu 25 g de B 15 g de Fe e 3 g de Mn por cova Se a análise do solo indicar baixos teores Cobertura a partir do 1o ano 8 g de Zn 3 g de Cu 5 g de B 3 g de Fe e 5 g de Mn por cova Uma vez por ano antes do florescimento se a análise do solo indicar baixos teores Coco anão ver de não irrigado Plantio 5 g de Zn 05 g de Cu 1 g de B 15 g de Fe e 15 g de Mn por cova Se a análise do solo indicar baixos teores Cobertura a partir do 1o ano 8 g de Zn 3 g de Cu 5 g de B 3 g de Fe e 5 g de Mn por cova Uma vez por ano antes do florescimento se a análise do solo indicar baixos teores Eucalipto 5 g de sulfato de Zn por cova no plantio e 10 g de bórax em cobertura juntamente com o N e ou K Em meialua ou em filetes contínuos na projeção da copa e após o fechamento em faixas de 30 cm ou mais entre as linhas de plantio Feijão 4 a 5 kg de Zn 1 kg de Cu 1 kg de B 1 kg de Mn 015 kg de Mo e 01 kg de Co por hectare Por ocasião do plantio se a análise do solo indicar baixos teores Florestas Essências nati vas 1 kg de B e 1 kg de Zn por hectare Por ocasião do plantio na cova ou sulco se a análise do solo indicar baixos teores Mamão plantio 5 g de Zn 08 g de Cu 1 g de B 15 g de Fe e 2 g de Mn por metro de sulco Produção Via solo 5 kg de Zn 2 kg de Cu 2 kg de B e 4 kg de Mn por hectare a cada seis meses Se a análise do solo indicar baixos teores Adubação foliar Ca 10 g L1 Mn 5 g L1 Zn 3 g L1 Cu 3 g L1 B 3 g L1 Fe 2 g L1 e Mo 1 g L1 Manter um programa de adubação foliar de rotina espe cialmente cálcio e boro considerando que o mamoeiro apresenta florações e frutificações ao longo do ciclo Manga plantio 5 g de Zn 08 g de Cu 1 g de B e 2 g de Mn por cova Se a análise do solo indicar baixos teores aumentar as quantidades em cerca de 30 quando a aplicação for re alizada por metro de sulco Produção Via solo 5 kg de Zn 2 kg de Cu 2 kg de B e 4 kg de Mn por hectare junto com a primeira parcela de NK2O Junto com a primeira parcela de NK2O se a análise do solo indicar baixos teores Adubação foliar Mn 5 g L1 Zn 3 g L1 Cu 3 g L1 B 3 g L1 Fe 2 g L1 e Mo 1 g L1 Para corrigir deficiências ou de forma preventiva Maracujá Plantio 3 g de Zn 06 g de Cu 06 g de B e 10 g de Mn por cova Se a análise do solo indicar baixos teores Formação Via solo 4 g de Zn 15 g de Cu 2 g de B 15 g de Fe e 3 g de Mn por cova Em dose única antes do florescimento se a análise do solo indicar baixos teores Produção Adubação foliar Mn 5 g L1 Zn 3 g L1 Cu 3 g L1 B 3 g L1 Fe 2 g L1 e Mo 1 g L1 Para corrigir deficiências ou de forma preventiva Melancia 05 a 1 kg de B e 2 a 3 kg de Zn por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo in dicar baixos teores Milho 5 kg de Zn 1 kg de Cu 15 kg de B 1 kg de Mn e 015 kg de Mo por hectare No sulco de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Quadro 29 Continuação Continua FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 697 Quadro 29 Continuação Fonte Adaptado de Dadalto Fullin 2001 Cultura Dose Observações Orquídeas e samambaias 1 g L1 de Zn 02 g L1 de B 05 g L1 de Cu 05 g L1 de Mn e 005 g L1 de Mo Aplicar 1 g da mistura por litro de água em pulverizações quinzenais na parte inferior das folhas Pastagem Plantio e formação 3 a 5 kg de Zn 08 a 1 kg de Cu 1 a 2 kg de B 2 a 3 kg de Fe e 3 a 4 kg de Mn por hectare Junto com a adubação fosfatada se a análise do solo indicar baixos teores Manutenção 4 a 5 kg de Zn 1 kg de Cu 15 a 2 kg de B 2 a 3 kg de Fe e 3 a 5 kg de Mn por hectare No início do período chuvoso se a análise do solo indicar baixos teores Pastagem irrigada Plantio e formação 3 a 5 kg de Zn 08 a 1 kg de Cu 1 a 2 kg de B 2 a 3 kg de Fe e 3 a 4 kg de Mn por hectare Junto com a adubação fosfatada se a análise do solo indicar baixos teores Manutenção 6 kg de Zn 1 kg de Cu 2 kg de B 2 a 3 kg de Fe e 5 kg de Mn por hectare Sob pastejo intensivo logo após a retirada do gado junto à adubação NPK aplicado a lanço na superfície do solo Pepino 05 a 1 kg de B 1 a 3 kg de Cu e 1 a 3 kg de Zn por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Pimentadoreino Plantio 5 g de Zn 05 g de Cu 1 g de B 15 g de Fe e 15 g de Mn por cova Se a análise do solo indicar baixos teores Aumentar as quantidades em cerca de 30 quando a aplicação for realizada por metro linear de sulco Formação 4 g de Zn 15 g de Cu 2 g de B 15 g de Fe e 25 g de Mn por cova Uma vez ao ano se a análise do solo indicar baixos teores Produção 5 g de Zn 25 g de Cu 3 g de B 2 g de Fe e 3 g de Mn por cova Uma vez ao ano se a análise do solo indicar baixos teores Pinus Plantio e cobertura 1 kg de B e 15 kg de Zn por hectare Por ocasião do plantio na cova ou no sulco se a análise do solo indicar baixos teores a aplicação dos adubos em cobertura pode ser feita em meialua ou em filetes contínuos na projeção da copa e após o fechamento em faixas de 30 cm ou mais entre as linhas de plantio Pupunha Produção 1 a 2 kg de B 1 a 15 kg de Cu e 2 a 3 kg de Zn por hectare Se a análise do solo indicar baixos teores entre outubro e março em dose única Quiabo 05 a 1 kg de B e 2 a 3 kg de Zn por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Roseira 15 kg de B por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Seringueira Formação e produção 8 g de Zn 3 g de Cu 5 g de B 3 g de Fe e 5 g de Mn por planta Uma vez por ano no início do período chuvoso se a análise do solo indicar baixos teores Soja 4 a 5 kg de Zn 1 kg de Cu 2 kg de B 5 kg de Mn e 015 kg de Mo por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Sorgo granífero 4 kg de Zn 1 kg de Cu 1 kg de B e 1 kg de Mn por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Tomate 1 a 15 kg de B e 2 a 3 kg de Zn por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores FERTILIDADE DO SOLO 698 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura Dose Observações Abacate 500 g de uréia 500 g de sulfato de Zn 250 g de sulfato de Mn e 100 g de ácido bórico em 100 litros de água Aplicar duas vezes ao ano os pomares tratados com fungicidas cúpricos dispensam normalmente fertilização à base de Cu Acerola irrigada 45 g de Zn e 10 g de B por planta No plantio e uma vez por ano na fase de produção Alfafa 30 kg de bórax e 2 kg de molibdato de amônio por hectare No plantio Alho 15 kg de bórax e 60 kg de sulfato de Zn por hectare No plantio em áreas com deficiências Banana 15 g de sulfato de Zn por touceira Preferencialmente na mesma época da primeira fertilização nitrogenada Banana irrigada 45 g de Zn e 10 g de B por cova No plantio e depois por touceira e uma vez por ano na fase de produção Batatadoce 5 a 10 kg de bórax por hectare Em solos arenosos misturado aos fertilizantes destinados à adubação de fundação Brócolis Ácido bórico 2 g L1 e molibdato de amônio 2 g L1 Em duas aplicações foliares na sementeira e 15 dias após o transplantio Café 600 g de sulfato de Zn e 300 g de ácido bórico dissolvidos em 100 litros de água Fazer anualmente três pulverizações Canade açúcar 26 kg de Cu 40 kg de Zn e 52 kg de Mn por hectare 13 kg de Cu 20 kg de Zn e 26 kg de Mn por hectare Em solos com 07 04 e 06 mg dm3 de Cu Zn e Mn respectivamente Em solos com 07 10 04 06 e 06 09 mg dm3 de Cu Zn e Mn respectivamente Citros 250 g de sulfato de Zn e 250 g de sulfato de Mn neutralizados com 250 g de cal diluídos em 100 litros de água Pulverizar uma a duas vezes durante o ano Coco irrigado 45 g de Zn 10 g de B 05 g de Cu 15 g de Fe 10 g de Mn e 005 g de Mo por planta No plantio e uma vez por ano na fase de produção Couveflor Ácido bórico 2 g L1 e molibdato de Na 2 g L1 Em duas aplicações foliares na sementeira e 15 dias após no transplantio Eucalipto 10 kg de sulfato de Zn e 15 kg de bórax por hectare Juntamente com os fertilizantes destinados ao plantio Aos 65 dias após o plantio Goiaba irrigada 45 g de Zn e 10 g de B por planta No plantio e depois uma vez por ano antes da primeira poda de frutificação Inhame Ácido bórico 1 g L1 Se necessário fazer três pulverizações a partir de 45 após o plantio Leucena 1 kg de molibdato de amônio 1 kg de bórax e 2 kg de sulfato de Zn por hectare No plantio Mamão 65 g de ácido bórico por cova acompanhada de pulverizações foliares com solução de ácido bórico a 25 g L1 a cada dois meses solução de sulfato de Zn 5 g L1 para solos deficientes em Zn Manga irrigada 45 g de Zn e 10 g de B por planta No plantio e uma vez por ano na fase de produção Melão irrigado Molibdato de Na a 5 g L1 Duas a três aplicações com intervalos de sete dias Repolho Ácido bórico 2 g L1 e molibdato de amônio 2 g L1 Duas aplicações na sementeira e quinze dias após o transplantio Seringueira 2 kg de sulfato de Cu e 2 kg de sulfato de Zn por 100 kg de fertilizantes Aplicados no plantio Tomate de mesa Bórax 250 g por 100 litros de água Se necessário Videira irrigada Via solo 45 g de Zn e 10 g de B por planta Via foliar sulfato de Zn 3 g L1 e ácido bórico a 1 g L1 No plantio e uma vez por ano na fase de produção logo após a colheita Na fase de produção seis aplicações foliares com intervalos de quinze dias a partir da floração Fonte Adaptado de Cavalcanti 1998 Quadro 30 Recomendações de micronutrientes para várias culturas no Estado de Pernambuco FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 699 Estratégia de Restituição Essa estratégia de aplicação vem sendo cada vez mais utilizada principalmente nas áreas que têm atingido altos tetos de produtividade e intensificação de problemas de deficiência de micronutrientes pelas grandes quantidades exportadas A combinação ideal para se atingir bases sólidas de diagnose e recomendação de micronutrientes seria a integração das estratégias de prescrição com a de restituição ou seja utilizar dados de experimentos de calibração de métodos de análise de solos e de plantas e variação das doses a serem aplicadas de acordo com os tetos de produtividade e exportação para culturas Esses aspectos devem merecer prioridade de pesquisa futura sobre o assunto Um fator que pode ser considerado limitante na implementação da estratégia de restituição para micronutrientes é a quase total falta de trabalhos científicos que procuram estabelecer taxas de eficiência das diversas fontes e modos de aplicação para os mais diferentes tipos de solo clima e cultura no Brasil Mesmo podendo estimar possíveis exportações de micronutrientes por unidade de produto Quadro 31 ainda ficam em aberto as doses adequadas das diversas fontes para que esses requerimentos sejam satisfeitos Cultura B Cu Zn Mn Fe Mo g t1 Abacateiro 6 3 5 2 8 019 Abacaxizeiro 4 1 5 30 60 006 Alface 4 9 10 8 Algodoeiro 118 42 43 92 1209 100 Cacaueiro 45 32 108 129 245 008 Cafeeiro côco 25 15 40 20 80 025 Cana 4 4 9 37 155 002 Cebola 5 2 2 8 11 Cenoura 9 15 7 13 60 Couveflor 5 08 7 12 9 Ervilha 170 44 450 250 250 500 Fumo 22 14 249 3200 Laranjeira 22 12 09 28 66 0008 Macieira 1 1 02 08 8 0001 Mandioca 14 2 8 34 67 Pessegueiro 15 1 1 15 5 0004 Tomateiro 5 10 25 24 25 0012 Videira 4 4 06 2 3 0003 Quadro 31 Quantidades de micronutrientes necessárias para a produção de algumas culturas Fonte Adaptado de Malavolta 1987 FERTILIDADE DO SOLO 700 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Fontes de Micronutrientes As fontes de micronutrientes variam de modo considerável na sua forma física reatividade química custo e eficiência agronômica e têm sido descritas em detalhes em várias publicações no Brasil Lopes 1984 1991 Volkweiss 1991 Lopes Souza 2001 e no exterior Hignett McClellan 1985 Mortvedt 1991 Martens Westermann 1991 O trabalho de Mortvedt 1991 é uma excelente síntese sobre o agrupamento dessas fontes Em geral as fontes de micronutrientes são agrupadas em fontes inorgânicas Quadro 32 quelatos sintéticos Quadro 33 óxidos silicatados Quadro 34 e complexos orgânicos Fonte Fórmula Concentração aproximada Solubilidade em água g L1 Boro Bórax Na2B4O710H2O 11 20 Borato 46 Na2B4O75H2O 14 226 Borato 65 Na2B4O7 20 10 Solubor Na2B4O75H2O Na2B10O1610H2O 20 Ácido bórico H3BO3 17 63 Ulexita NaCaB5O98H2O 8 Insolúvel Cobre Sulfato de cobre CuSO45H2O 25 316 Óxido de cobre CuO 75 Insolúvel Ferro Sulfato ferroso FeSO47H2O 19 156 Sulfato férrico Fe2SO439H2O 23 4400 Manganês Sulfato manganoso MnSO43H2O 2628 742 Óxido manganoso MnO 4168 Insolúvel Molibdênio Molibdato de sódio Na2MoO42H2O 39 562 Molibdato de amônio NH46Mo7O244H2O 54 430 Óxido de molibdênio MoO3 66 1 Zinco Sulfato de zinco ZnSO47H2O 23 965 Óxido de zinco ZnO 78 Insolúvel Cobalto Cloreto de cobalto CoCl26H2O 25 760 Nitrato de cobalto CoNO326H2O 20 1338 Sulfato de cobalto CoSO47H2O 22 600 Quadro 32 Fontes inorgânicas de micronutrientes e de cobalto Fonte Adaptado de Galrão 2002 citando Weast Astle 1981 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 701 Fontes Inorgânicas As fontes inorgânicas Quadro 32 incluem sais metálicos como os sulfatos cloretos e nitratos que são solúveis em água os óxidos e os carbonatos que são insolúveis em água e os oxissulfatos que constituem subprodutos industriais com maior ou menor grau de solubilidade em água dependendo das quantidades de H2SO4 utilizadas na solubilização dos óxidos A solubilidade em água é fator determinante da eficiência agronômica a curto prazo para aplicações localizadas em sulco e produtos na forma granulada Resultados de pesquisa indicam que cerca de 35 a 50 do Zn total dos oxissulfatos na forma granulada deve ser solúvel em água para ter eficiência agronômica imediata para as culturas Quadro 35 Resultados semelhantes devem ser esperados com oxissulfatos de Mn Mortvedt 1992 Fonte Fórmula Concentração aproximada Cobre Quelato sintético Na2CuEDTA 13 Quelato sintético NaCuHEDTA 9 Quelato natural Lignossulfonato 58 Quelato natural Poliflavonóide 57 Ferro Quelato sintético NaFeEDTA 514 Quelato sintético NaFeHEDTA 59 Quelato sintético NaFeEDDHA 6 Quelato sintético NaFeDTPA 10 Quelato natural Lignossulfonato 58 Quelato natural Poliflavonóide 910 Metoxifenilpropano FeMPP 5 Manganês Quelato sintético Na2MnEDTA 512 Quelato natural Lignossulfonato 5 Quelato natural Poliflavonóide 57 Zinco Quelato sintético Na2ZnEDTA 14 Quelato sintético NaZnHEDTA 9 Quelato sintético NaZnNTA 13 Quelato natural Lignossulfonato 58 Quelato natural Poliflavonóide 510 Quadro 33 Fontes quelatizadas de micronutrientes Fonte Adaptado de Galrão 2002 citando Martens Westermann 1991 FERTILIDADE DO SOLO 702 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Concentração aproximada Produto Zn B Cu Fe Mn Mo Co Outros nutrientes FTE BR8 70 25 10 50 100 01 FTE BR9 60 20 08 60 30 01 FTE BR10 70 25 10 40 40 01 01 FTE BR12 90 18 08 30 20 01 BR12 EXTRA 150 25 10 30 30 01 FTE BR13 70 15 20 20 20 01 FTE BR15 80 28 08 01 FTE BR16 35 15 35 04 FTE BR24 180 36 16 60 40 02 Micronutri121 120 10 06 015 Micronutri155 150 50 60 Mg Micronutri183 180 30 60 Mg Micronutri204 200 40 Micronutri222 220 20 10 Micronutri248 240 20 80 Micronutri252 250 25 13 03 Micronutri301 300 10 10 ZINCOP 101 100 20 100 ZINCOP 105 100 20 100 50 ZINCOP 110 100 100 ZINCOP 115 100 10 150 50 ZINCOP 201 200 10 100 50 ZINCOP 210 200 100 Borogran 80 Zincogran 200 60 S Nutriboro 90 Nutrizinco I 300 20 Nutrizinco II 200 20 FTE Barreiras 130 25 30 20 30 012 FTE Campo 70 25 25 150 FTE Centro Oeste 150 20 20 100 FTE New Centro Oeste 120 16 16 80 FTE Cerrado 150 20 16 40 02 FTE New Cerrado 120 16 13 30 015 FTE MSMT 50 150 FTE Oeste Baiano 50 16 45 20 80 01 FTE JCO1C 70 30 70 40 S FTE JCO2C 40 80 120 40 S FTE JCO1M 100 15 40 40 50 40 S FTE JCO2M 50 20 50 50 80 40 S Fonte Adaptado de Galrão 2002 Quadro 34 Óxidos silicatados fritas comercializados no Brasil FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 703 Dentre as fontes de B o bórax o solubor o ácido bórico e os boratos são solúveis em água enquanto a colemanita é medianamente solúvel e a ulexita é insolúvel em água Molibdatos de Na e de NH4 são solúveis em água e o óxido de Mo é insolúvel em água Quadro 32 Quelatos Sintéticos Os quelatos sintéticos são formados pela combinação de um agente quelatizante com um metal por meio de ligações coordenadas Um agente quelatizante é um composto que contém átomos doadores ou grupos ligantes que podem combinar com um íon metálico simples para formar uma estrutura cíclica chamada de complexo quelatizado ou quelato A estabilidade da ligação quelatometal determina geralmente a disponibilidade do nutriente aplicado para as plantas Um quelato eficiente é aquele no qual a taxa de substituição do micronutriente quelatizado por cátions do solo é baixa mantendo conseqüentemente o nutriente aplicado nessa forma de quelato por tempo suficiente para ser absorvido pelas raízes das plantas Mortvedt 1992 Os quelatos são geralmente bastante solúveis mas diferentemente dos sais simples dissociamse muito pouco em solução isto é o ligante tende a permanecer ligado ao metal Esta é a principal vantagem dos quelatos e permite que Cu Fe Mn e Zn permaneçam em solução em condições que normalmente se insolubilizariam como em soluções concentradas com reação neutra ou alcalina pH 70 ou maior e em solos calcários Volkweiss 1991 Esse é um aspecto da maior importância para a tomada de decisão quanto a fonte a ser aplicada Os principais agentes quelatizantes utilizados na fabricação de fontes de micronutrientes são ácido etilenodiaminotetraacético EDTA ácido Nhidroxietil Quadro 35 Produção de matéria seca e absorção de zinco pelo milho considerando teores de zinco solúvel em água em fertilizantes comerciais Fonte Adaptado Mortvedt 1992 Fertilizante com zinco Zn solúvel em água em relação ao Zn total Produção Absorção de Zn gvaso mgvaso Testemunha 118 010 ZnSO4 1 12 131 012 ZnSO4 2 46 260 020 ZnSO4 3 81 424 030 ZnSO4 4 83 318 024 ZnSO4 reagente padrão 100 313 026 Oxisulfato de Zn 1 7 173 014 Oxisulfato de Zn 2 37 224 018 Oxisulfato de Zn 3 76 246 020 Oxisulfato de Zn 4 100 333 026 ZnO reagente padrão 0 132 011 ZnO subproduto 0 178 015 DMS 005 92 006 FERTILIDADE DO SOLO 704 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al etilenodiaminotetraacético HEDTA ácido dietilenotriaminopentaacético DTPA ácido etilenodiamino ohidrofenil acético EDDHA ácido nitrilo acético NTA ácido glucoheptônico e ácido cítrico O mais comum é o EDTA Quadro 33 Segundo Mortvedt 2001 a maioria dos quelatos é facilmente misturada com fertilizantes fluidos porque eles não reagem com os componentes desses fertilizantes Vários quelatos são comercializados na forma líquida porque os custos de produção por unidade de micronutriente são menores do que na forma de pós que requer secagem A eficiência relativa para as culturas dos quelatos aplicados ao solo pode ser de duas a cinco vezes maior por unidade de micronutriente do que as fontes inorgânicas enquanto o custo do quelato por unidade de micronutriente pode ser de cinco a cem vezes mais alto Esse aspecto constitui limitação ao uso desses produtos para culturas de baixo valor agregado Complexos Orgânicos Os complexos orgânicos são produzidos pela reação de sais metálicos com subprodutos orgânicos da indústria de polpa de madeira e outros A estrutura química desses agentes complexantes e o tipo de ligação química dos metais com os componentes orgânicos ainda não são bem caracterizados porque dependem da natureza dos produtos orgânicos e dos seus processos de fabricação Mortvedt 2001 Alguns complexos orgânicos não são compatíveis com todos os fertilizantes fluidos e assim testes com quantidades pequenas devem ser feitos para avaliação de compatibilidade antes de se proceder à mistura de grandes volumes Se comparados com os quelatos sintéticos os complexos orgânicos são mais baratos por unidade de micronutriente mas no geral são menos eficientes e são mais rapidamente decompostos pelos microrganismos do solo Mortvedt 2001 Óxidos Silicatados Fritas As fritas são produtos vítreos cuja solubilidade é controlada pelo tamanho das partículas e por variações na composição da matriz São obtidas pela fusão aproximadamente a 1000 C de silicatos ou fosfatos com uma ou mais fontes de micronutrientes seguido de resfriamento rápido com água secagem e moagem Mortvedt Cox 1985 Por serem insolúveis em água as fritas são mais eficientes se aplicadas na forma de pó fino a lanço com incorporação em solos mais arenosos e sujeitos a altos índices pluviais e altas taxas de lixiviação Existem disponíveis no mercado fritas com as mais variadas combinações de composição de micronutrientes Quadro 34 Métodos de Aplicação dos Micronutrientes Uma vez estabelecida a necessidade de aplicação de micronutrientes é necessário determinar quais os métodos de aplicação seriam mais recomendáveis para cada caso Esse é um problema dos mais complexos pois a eficiência dos diversos métodos de aplicação está intimamente relacionada com diversos fatores com destaque para fontes tipo de solo pH solubilidade efeito residual mobilidade do nutriente e cultura dentre FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 705 outros Esses aspectos foram amplamente discutidos por Lopes 1991 Volkweiss 1991 e Lopes Souza 2001 e os conceitos e princípios apresentados sobre o tema naquela época são aplicáveis até hoje Dentre os vários métodos de aplicação de micronutrientes destacamse a adubação via solo incluindo adubação fluida e fertirrigação a adubação foliar o tratamento de sementes e o tratamento de mudas O enfoque a ser dado nesta parte do trabalho é complementar ao já discutido por Lopes 1991 Volkweiss 1991 e Lopes Souza 2001 procurando estabelecer bases sólidas para a tomada de decisão tanto quanto possível consubstanciada nos poucos dados de experimentos realizados no Brasil onde se estuda o problema de forma abrangente e sistematizada incluindo a avaliação do efeito residual Via Solo Segundo Volkweiss 1991 com a aplicação de micronutrientes via solo buscase aumentar sua concentração na solução que é de onde as raízes os absorvem e assim proporcionar maior eficiência de utilização pelas plantas É portanto necessário que as fontes de micronutrientes utilizadas se solubilizem no solo no mínimo de tempo compatível com a absorção pelas raízes e que sejam aplicadas em posição possível de ser por elas atingidas uma vez que os micronutrientes são geralmente pouco móveis no solo As variações das aplicações de micronutrientes via solo são as seguintes a lanço com incorporação os adubos com micronutrientes são distribuídos uniformemente na superfície do solo em separado ou por meio de misturas NPK e a seguir incorporados por meio de práticas normais de preparo aração e gradagem É o caso da aplicação de micronutrientes em áreas de culturas anuais com agricultura convencional pastagens em formação quando do uso de adubações corretivas com micronutrientes a lanço sem incorporação os adubos com micronutrientes são distribuídos uniformemente na superfície do solo em separado ou em misturas NPK mas não são incorporados Este é o caso de aplicações em áreas de plantio direto pastagens formadas ou mesmo culturas perenes já formadas em linhas os adubos com micronutrientes são aplicados com semeadeirasadubadeiras na linha de semeadura em separado ou juntamente com as misturas NPK ao lado e abaixo das sementes em geral junto com a adubação NPK Esta é a forma mais utilizada para aplicação de micronutrientes em culturas anuais em covas ou valetas de plantio os micronutrientes são incorporados ao solo das covas ou valetas de plantio isoladamente ou em misturas NPK e são normalmente empregados para a formação de culturas perenes em faixas os micronutrientes são aplicados em faixas superficiais ou com pequena incorporação por meio de escarificação ao longo da faixa de maior crescimento de raízes em separado ou por meio de misturas NPK em geral junto com à adubação NPK É uma das formas de aplicação mais utilizadas para culturas perenes já formadas Nas aplicações no solo os fertilizantes tanto podem ser distribuídos na forma sólida da adubação tradicional como podem ser diluídos em água formando soluções ou FERTILIDADE DO SOLO 706 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al suspensões para utilização como adubação fluida e fertirrigação Esse é um aspecto importante a ser levado em conta principalmente para melhorar a uniformidade de distribuição quando da aplicação em separado de pequenas doses de micronutrientes tanto nas adubações a lanço como nas aplicações em linha ou em faixas Em todos os casos de aplicação de micronutrientes via solo na forma sólida e isolada há problemas quanto à uniformidade de distribuição de acordo com as pequenas doses empregadas sendo o problema tanto maior quanto maior a concentração de micronutrientes nas diversas fontes Com a finalidade de aumentar a uniformidade de distribuição visando à maior eficiência de aplicação dos micronutrientes para as mais diversas culturas algumas alternativas de manejo têm sido sugeridas tais como diluição por mistura das fontes de micronutrientes com solo calcário fosfatos ou outro material inerte sendo crucial que haja compatibilidade em granulometria entre o fertilizante com micronutrientes e o material utilizado na mistura para evitar a segregação no momento da aplicação aumento das doses para distribuição a lanço com ou sem incorporação para facilitar a distribuição uniforme utilizando as vantagens do efeito residual de alguns micronutrientes principalmente aqueles que fornecem Cu e Zn que pode atingir cinco ou mais anos como será apresentado no tópico sobre efeito residual de micronutrientes mistura de adubos com micronutrientes em geral granulados com fertilizantes simples mistura de grânulos misturas granuladas ou fertilizantes granulados para aplicações a lanço ou em linha sendo fundamental a uniformidade de granulometria dos diversos componentes incorporação de adubos com micronutrientes em misturas granuladas e fertilizantes granulados de modo que cada grânulo carreie o NPK se for o caso e os micronutrientes revestimento de fertilizantes simples misturas de grânulos misturas granuladas e fertilizantes granulados com fontes de micronutrientes de modo que cada grânulo contenha também os micronutrientes Em razão do aumento da intensidade de uso e de interações positivas e negativas que podem ocorrer durante o processamento e que podem afetar a eficiência agronômica dos micronutrientes a seguir e feita uma abordagem adicional sobre algumas dessas alternativas incluindo as vantagens e desvantagens comparativas entre elas Misturas de Fontes de Micronutrientes com Mistura de Grânulos NPK Essa é uma das formas mais utilizadas de aplicação de micronutrientes na agricultura brasileira A principal vantagem desse produto é que os adubos com micronutrientes em suas diferentes fontes podem ser misturados com produtos com NPK para obter fórmulas específicas que irão atender às recomendações tanto de doses de NPK quanto de micronutrientes FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 707 A mistura dos vários adubos nesse caso deve ser feita tão próxima ao período de aplicação quanto possível e o tempo gasto para o seu preparo deve ser mais longo do que o empregado para misturas com apenas NPK para garantir uma mistura a mais uniforme possível O principal problema encontrado com a aplicação de micronutrientes em misturas de grânulos é que pode ocorrer segregação durante a mistura e subseqüentemente durante o manuseio e aplicação Mortvedt 1991 Vários estudos têm demonstrado que a principal causa da segregação é a diferença de tamanho de partículas embora a forma dessas e a densidade também tenham efeito Silverberg et al 1972 A importância da uniformidade do tamanho dos grânulos para evitar a segregação durante a mistura o manuseio e a aplicação foram detalhadamente comentados por Lopes 1991 Misturas de grânulos incluindo micronutrientes permanecerão bem homogêneas com materiais de tamanho semelhante que não se deteriorem durante o armazenamento Mortvedt 1991 A maioria dos possíveis problemas de segregação que interferem na eficiência agronômica das fontes de micronutrientes resultam do uso de materiais microcristalinos ou mesmo granulados de tamanho nãocompatível com as fontes NPK Outro tipo de problema de aplicação de micronutrientes nesses tipos de misturas é que mesmo com uniformidade de tamanho de grânulos a mistura de grânulos que contém adubos granulados com micronutrientes diminui o número de locais no solo que recebe o micronutriente Por exemplo o número de locais que recebe os grânulos pode ser menor do que 20 por m2 quando se aplica ZnSO4 granulado para adição de 1 kg ha1 de Zn Em contraste se o ZnSO4 for incorporado a uma mistura granulada ou fertilizante granulado ou aplicado como revestimento de fertilizantes NPK para conter 20 g kg1 2 de Zn o número de pontos que receberia os grânulos seria de 350 por m2 na aplicação da mesma dose Como o Zn é um micronutriente que se movimenta por difusão ou seja para distâncias a pouco mais de alguns milímetros do ponto de aplicação depreendese que a uniformidade de aplicação e a eficiência de absorção são muito maiores no segundo caso Citase que aplicações de bórax Na2B4O710H2O granulado resultam também em altas concentrações de B no solo em torno do grânulo o que poderia ser tóxico para as raízes de plantas próximas no caso de algumas espécies sensíveis Mortvedt Osborn 1965 Outro aspecto que deve ser levado em consideração para seleção de fontes granuladas de micronutrientes para uso em misturas de grânulos é a solubilidade em água Segundo Mortvedt 1991 a disponibilidade de micronutrientes na forma de óxidos insolúveis em água para as plantas diminui com o aumento de tamanho de partículas pela diminuição da superfície específica Enquanto ZnO insolúvel e ZnSO4 solúvel em água resultaram em respostas de produção de milho semelhantes quando aplicados na forma de pó e misturados ao solo o ZnO granulado foi completamente ineficiente e o ZnSO4 também granulado foi uma fonte satisfatória em experimento de casa de vegetação Allen Terman 1966 Dados de campo com feijoeiro mostraram que ZnO granulado foi ineficiente como fonte de Zn Judy et al 1964 Mortvedt 1991 cita uma série de trabalhos que mostram ter sido o MnO granulado ineficiente para aveia Mortvedt 1984 milho Miner et al 1986 e soja Mascagni Júnior Cox 1985 FERTILIDADE DO SOLO 708 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Uma alternativa para aumentar a eficiência dos óxidos granulados é o ataque prévio com H2SO4 para obter os chamados oxissulfatos A utilização desses oxissulfatos granulados em mistura de grânulos exigirá uma atenção especial para o teor de micronutrientes solúveis em água nesses subprodutos para assegurar que quantidades suficientes de micronutrientes sejam imediatamente disponíveis para as plantas Segundo Mortvedt 1992 cerca de 35 a 50 do Zn total no oxissulfato de Zn granulado devem estar na forma solúvel para ser imediatamente disponível para as plantas Resultados semelhantes devem ser esperados com oxissulfatos de Mn e possivelmente com fritas aciduladas Incorporação em Misturas Granuladas Fertilizantes Granulados e Fertilizantes Simples A incorporação de adubos com micronutrientes em misturas granuladas e fertilizantes granulados vem ocupando lugar de destaque na agricultura brasileira Esse processo incorpora os micronutrientes uniformemente nos grânulos e com isso os principais problemas de micronutrientes granulados misturados em misturas de grânulos quais sejam a possibilidade de segregação e a diminuição de número de pontos que iria receber o micronutriente são eliminados Entretanto a própria natureza do processo de granulação para obtenção de misturas granuladas e fertilizantes granulados notadamente neste último pelas condições de alta temperatura umidade e aumento das reações químicas pode levar a alterações das características e eficiência agronômica das fontes de micronutrientes incorporadas Este aspecto foi amplamente estudado no exterior para diversos produtos sendo pouquíssimos aqueles trabalhos desenvolvidos no Brasil Mortvedt 1991 apresenta ampla revisão de literatura sobre o assunto Quadro 36 A aplicação localizada em sulcos de adubos com Mn com fertilizantes formadores de ácidos como o superfosfato simples é uma prática recomendada O Mn aplicado permanece disponível para as plantas por um período mais longo na faixa ácida antes de sofrer oxidação para formas nãodisponíveis Mortvedt 1991 Os efeitos da fonte de P na absorção de Mn estão relacionados com o pH do fertilizante fosfatado A absorção de Mn pela soja aumentou à medida que o pH do fertilizante aumentou de 12 com CaH2PO42H2O para 37 no MAP mas diminuiu com o pH do fertilizante atingindo 72 no DAP Nesse estudo o movimento do Mn no solo para fora da faixa de aplicação do fertilizante também diminuiu com o aumento do pH não sendo detectável acima de pH 58 Miner et al 1986 Efeitos de incorporação de adubos com Cu e Fe em fertilizantes NPK têm sido menos estudados Entretanto as reações de fertilizantes com Cu devem ser semelhantes às dos que contêm Zn e as reações dos adubos com Fe devem ser semelhantes às daqueles com Mn Tanto os sais de Fe2 como os de Mn2 não parecem oxidar rapidamente nos fertilizantes NPK sob condições usuais de composição pH e temperatura Lehr 1972 Não obstante essa oxidação deve ocorrer após a dissolução inicial desses produtos quando aplicados ao solo A incorporação de fontes de B em fertilizantes NPK é freqüentemente praticada A disponibilidade do B incorporado não é afetada pelo método de incorporação FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 709 aparentemente porque os compostos de B não reagem quimicamente com a maioria dos fertilizantes NPK Entretanto a absorção de B pelas plantas apresenta boa correlação com o teor de B solúvel em água nesses fertilizantes Mortvedt 1968 A colemanita Ca2B6O115H20 e o borato Na2B4O75H2O foram igualmente eficientes como fontes de B para algodão e girasssol quando incorporados com fertilizantes NPK Rowell Grant 1975 Tanto a colemanita solubilidade moderada quanto as fritas com B baixa solubilidade foram superiores aos boratos fertilizantes solubilidade total em água para algodoeiro em solos arenosos sob condições de alta pluviosidade Page 1956 citado por Mortvedt 1991 Segundo Mortvedt 1991 a incorporação de Mo em fertilizantes fosfatados ou fertilizantes NPK é uma prática de rotina especialmente por serem pequenas as doses de Mo aplicadas 30 a 200 g ha1 de Mo As poucas evidências revelam que fontes de Mo reagem com os componentes dos fertilizantes NPK para alterar a disponibilidade de Mo para as plantas Entretanto a inclusão de Mo em fertilizantes com NH42SO4 ou outros sulfatos solúveis parece diminuir a disponibilidade de Mo Isto pode ser causado pela natureza ácida desses sulfatos e pelos efeitos antagônicos dos sulfatos na absorção de Mo pelas plantas Fonte Misturado ou incorporado em Resultado ZnEDTA Mistura com H3PO4 antes da amoniação Decomposição ácida do quelato e menor disponibi lidade de Zn ZnEDTA Mistura com H3PO4 após a amoniação Nãodecomposição ácida do quelato e maior dispo nibilidade de Zn ZnSO4 ou ZnO Incorporação em ortofosfatos amoniados Baixa disponibilidade de Zn para as plantas ZnEDTA Incorporação em ortofosfatos amoniados Não afetou a disponibilidade de Zn para as plantas ZnSO4 Incorporação em superfosfato antes da amo niação Diminuição da solubilidade do Zn formação de ZnNH4PO4 insolúvel Zn e Cu Incorporação em superfosfato simples 90 e 50 respectivamente solúveis em água após 7 dias A maior parte das frações permaneceu no grânulo de SSP após 1 ano Zn NH42SO4 NH4NO3 e NaNO3 Absorção de Zn pelo sorgo diminuiu pela or dempH 50 60 73 pH do solo não adubado 72 ZnSO4 DAP Formação de Zn3PO42 e ZnNH4PO4 insolúveis ZnSO4 NH42SO4 amônia anidra ou uréia Maior absorção de Zn por forrageiras e milho com o NH42SO4 independentemente do modo de aplicação ZnSO4 Uréia zincada com 2 a 3 de Zn A lanço e incorporada tão eficiente como ZnSO4 a lanço para o trigo Quadro 36 Principais alterações de eficiência agronômica de algumas fontes de micronutrientes quando incorporadas a fertilizantes simples misturas granuladas e fertilizantes granulados Fonte Adaptado de Mortvedt 1991 FERTILIDADE DO SOLO 710 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Revestimento de Fertilizantes NPK Outra opção bastante eficiente para melhorar a uniformidade de aplicação de micronutrientes é o revestimento de fertilizantes NPK seja mistura de grânulos misturas granuladas e fertilizantes granulados seja fertilizantes simples Essa técnica foi amplamente discutida por Lopes 1991 que cita uma série de trabalhos desenvolvidos no exterior sobre esse assunto O princípio dessa técnica é a mistura a seco da fonte de micronutrientes finamente moída 100 mesh ou 015 mm com o fertilizante Um agente agregante é pulverizado sobre os grânulos à medida que eles são misturados com a fonte de micronutrientes em pó O material agregante promove a formação de produtos de reação na superfície dos grânulos ou age como um agregante físico O ciclo total de mistura leva 3 a 5 min em misturadores rotativos de pequena capacidade e um pouco mais em misturadores maiores O agente agregante deve ser barato deve permanecer aderido ao fertilizante granulado durante o manuseio e não deve resultar em propriedades físicas indesejáveis como empedramento dentre outras Água óleos ceras soluções de polifosfatos de amônio ou UAN uréia nitrato de amônio são alguns tipos de agregantes Óleos não devem ser colocados a misturas que contêm NH4NO3 por causa do perigo de explosão Menos de 1 em peso de óleo deve ser usado com outras misturas para prevenir que óleos leves escorram dos sacos que contêm os fertilizantes Soluções com fertilizantes são preferidas como agentes agregantes porque os teores de garantia não diminuem de modo apreciável É necessário cuidado na escolha do agente agregante porque alguns não retêm o revestimento com micronutrientes durante o ensacamento armazenamento ou manuseio podendo resultar em segregação das fontes de micronutrientes e aplicação nãouniforme na lavoura De maneira geral é de se esperar que a eficiência agronômica de micronutrientes aplicados como revestimento de fertilizantes granulados solúveis seja semelhante àquela dos micronutrientes incorporados aos fertilizantes granulados durante o processo de fabricação As reações químicas após a dissolução do fertilizante no solo e a distribuição dos micronutrientes aplicados devem ser semelhantes em ambos os métodos Poucos trabalhos têm sido desenvolvidos não só no Brasil como no exterior com a finalidade de comparar a técnica de revestimento com outras Tanto o ZnO como o ZnSO4 resultaram em produções semelhantes de ervilha nos vários métodos de aplicação do fertilizante granulado NPK Quadro 37 A concentração de Zn no tecido vegetal foi superior no tratamento com ZnSO4 granulado em mistura com fertilizante NPK granulado provavelmente por causa de menores taxas de reações químicas do ZnSO4 com o fertilizante NPK granulado Ellis et al 1965 Ellis et al 1965 relataram que ZnEDTA permaneceu solúvel em água quando aplicado junto com MnSO4 como revestimento de fertilizante NPK mas o Zn foi somente 42 solúvel em água quando ZnEDTA foi aplicado junto com MnO como revestimento do mesmo fertilizante NPK As produções de ervilha foram também muito menores com o último produto FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 711 A comparação de vários métodos de aplicação de fontes de Zn com fertilizante NPK granulado para a cultura do milho no Zimbabwe mostrou que a eficiência agronômica relativa das fontes foi a seguinte em ordem decrescente ZnO revestido ZnSO4 incorporado e ZnO incorporado Revestimento com ZnSO4 em pó não foi incluído no estudo de Tanner Grant 1973 No Brasil são raros os trabalhos de pesquisa em que é avaliado o efeito de fontes de micronutrientes associados com formas de fabricação de fertilizantes incorporadas aos grânulos revestindo os grânulos ou granuladas e misturadas aos grânulos NPK Em trabalho de casa de vegetação com a cultura do milho Korndörfer et al 1987 observaram que tanto o ZnO como o ZnSO4 incorporados ou aplicados como revestimento de grânulos da fórmula 53015 para atingir 10 g kg1 1 de Zn apresentaram resultados semelhantes em relação à produção de matéria seca da parte aérea Entretanto mais recentemente em experimento de campo doses de 1 2 ou 4 kg ha1 de Zn nas formas de ZnO e FTE incorporados na fórmula 43010 ou FTE granulado e misturado à mesma fórmula não mostraram diferenças de produção de milho em relação ao tratamento sem Zn Os teores de Zn na folha entretanto foram maiores no tratamento com o ZnO incorporado Korndörfer et al 1995 Via Adubação Fluida e Fertirrigação Com o aumento do uso da adubação fluida e da fertirrigação principalmente na canadeaçúcar fruticultura cafeicultura e olericultura tem havido considerável aumento da aplicação de fertilizantes que contêm micronutrientes com fertilizantes com N NP ou NPK Em relação à aplicação de micronutrientes via adubação fluida Mortvedt 1991 ressalta os seguintes aspectos sobre a solubilidade das fontes ponto da maior relevância a solubilidade das fontes de Cu Fe Mn e Zn é maior nos líquidos claros na forma de polifosfatos do que nos ortofosfatos Fonte de zinco Método de aplicação Produção Teor de zinco kg ha1 mg kg1 1230 20 ZnSO4 Mistura 1660 40 ZnSO4 Incorporado 1640 31 ZnSO4 Revestido 1670 34 ZnO Incorporado 1620 30 ZnO Revestido 1670 26 DMS 005 170 3 Quadro 37 Produção e teor de zinco em ervilha considerando fontes de zinco e métodos de aplicação com fertilizante NPK Fonte Adaptado de Ellis et al 1965 FERTILIDADE DO SOLO 712 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al a eficiência de ZnSO4 ZnO ou ZnEDTA para o milho em suspensões de ortofosfatos ou polisfosfatos 1640 é semelhante à aplicação dessas fontes isoladamente Isto indica que essas fontes de Zn não reagem com essas suspensões de fosfato para formar produtos de reação não disponíveis A eficiência agronômica tanto do ZnSO4 como do ZnO foi maior em suspensões de polifosfatos de alta concentração 75 os polifosfatos seqüestram os micronutrientes metálicos de modo que eles podem manter maiores concentrações desses cátions em solução do que os ortofosfatos Os polifosfatos entretanto são instáveis no solo e hidrolisamse para ortofosfato e conseqüentemente perdem suas propriedades de seqüestro a solubilidade da maioria das fontes de micronutrientes é baixa em soluções UAN 28 de N Por exemplo a solubilidade do ZnSO4H2O foi 05 de Zn e a do FeNO339H2O foi 05 de Fe Silverberg et al 1972 O pH resultante da solução do fertilizante foi de 30 Quando o pH foi aumentado para 70 a 80 pela adição de NH4OH a solubilidade do ZnSO4 e do ZnO foi de 2 de Zn e das três fontes de Cu Cu2O CuNO323H2O e CuSO45H2O foi de 05 de Cu considerando a alta solubilidade e a baixa dose a ser aplicada tanto o B quanto o Mo podem ser incluídos em fertilizantes fluidos para corrigir as suas deficiências embora a maioria dos quelatos sintéticos seja compatível com os fertilizantes fluidos complexos orgânicos de Cu Fe Mn e Zn podem não ser compatíveis com todos os fertilizantes fluidos Um teste de proveta em que se observe a formação de precipitados deve ser feito utilizando as proporções desejadas do fertilizante fluido e das fontes de micronutrientes antes de se proceder à mistura para aplicação no campo os fertilizantes em suspensão podem ser utilizados se for desejável a aplicação de doses maiores de micronutrientes Nesse caso as suspensões devem ser preparadas logo antes da aplicação Fontes na forma de pó 60 mesh ou 025 mm são sugeridas para evitar entupimentos e garantir a permanência em suspensão para o caso específico da fertirrigação recomendase trabalhar normalmente com fontes de micronutrientes solúveis que formem líquidos claros evitando o uso de suspensões Para essa finalidade e para o caso de adubos fluidos são apresentados dados com algumas informações importantes Quadro 38 É recomendável consultar uma tabela de compatibilidade entre fontes de macronutrientes primários e secundários quando a adubação fluida ou fertirrigação for realizada com vários ou todos os nutrientes O teste da proveta é sempre indispensável no caso de dúvida quanto ao comportamento dos vários produtos a serem misturados A grande vantagem desse sistema está no fato de ser factível variar as quantidades de nutrientes a serem aplicadas de acordo com a menor ou maior demanda das culturas em relação às suas fases de crescimento e de desenvolvimento FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 713 Via Foliar Assim como as raízes as folhas das plantas têm capacidade de absorver os nutrientes depositados em solução em sua superfície Essa capacidade originou a prática da adubação foliar em que soluções de um ou mais nutrientes são aspergidas sobre a parte aérea das plantas atingindo principalmente as folhas Volkweiss 1991 Durante o 2o Simpósio Brasileiro de Adubação Foliar 1987 foram discutidos tópicos específicos sobre a adubação foliar envolvendo respostas fontes doses épocas e modos de aplicação para as mais diferentes culturas Boaretto Rosolem 1989 que são válidos até hoje Concluiuse que a adubação foliar com micronutrientes era um recurso efetivo e econômico no controle de deficiência em cafeeiro citros e outras plantas frutíferas perenes podendo ser recomendada em programas de adubação desde que houvesse controle das necessidades das plantas e se utilizassem produtos específicos Para alguns casos de culturas anuais e hortícolas a adubação foliar corretiva ou complementar tinha dado bons resultados podendo ser incluída nos programas de adubação O fato de muitas recomendações oficiais de adubação em vários Estados do Brasil como já discutido incluírem a adubação foliar para diversas culturas evidencia que sob certas condições essa forma de aplicação de micronutrientes é de comprovada eficiência Alguns exemplos de sucesso na aplicação foliar são citados a seguir Pulverizações da cultura do milho com 06 e 11 kg ha1 de MnSO43H2O diluído em 150 L de água no estádio de quatro e oito folhas atingiram respectivamente 823 e 849 t ha1 de grãos em Fonte Concentração do elemento Forma oC Solubilidade g L1 Bórax 11 Na2B4O710H2O 0 21 Ácido bórico 175 H3BO3 30 635 Solubor 20 Na2B8O134H2O 30 220 Sulfato de cobre acidificado 25 CuSO45H2O 0 316 Cloreto cúprico acidificado CuCl2 0 710 Sulfato de ferro acidificado 20 FeSO47H2O 1565 Sulfato de manganês acidificado 27 MnSO44H2O 0 1053 Molibdato de amônio 54 NH46Mo7O244H2O 430 Molibdato de sódio 39 Na2MoO4 68 Sulfato de zinco 36 ZnSO47H2O 20 965 Quelato de zinco 514 DTPA e EDTA Muito solúvel Quelato de manganês 512 DTPA e EDTA Muito solúvel Quelato de ferro 414 DTPA HEDTA e EDDHA Muito solúvel Quelato de cobre 514 DTPA e EDTA Muito solúvel Lignosulfonado de Zn 6 Lignosulfonado Muito solúvel Lignosulfonado de Mn 514 Lignosulfonado Muito solúvel Lignosulfonado de ferro 6 Lignosulfonado Muito solúvel Lignosulfonado de cobre 6 Lignosulfonado Muito solúvel Quadro 38 Informação sobre solubilidade de várias fontes de micronutrientes geralmente usadas para preparar soluções de fertilizantes fluidos e ou para aplicação via fertirrigação Fonte Adaptado de Burt et al 1995 FERTILIDADE DO SOLO 714 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al comparação com 221 t ha1 da parcelatestemunha Quadro 39 Mascagni Junior Cox 1984 Da mesma forma pulverização com ZnSO47H2O 23 de Zn a 10 g L1 aplicado na cultura do milho na terceira e quinta semana após a emergência resultou na produção de 664 t ha1 em comparação com 388 t ha1 no tratamento sem Zn no primeiro cultivo Repetição desse tratamento no segundo e terceiro cultivos levou a produções próximas ao máximo 735 e 747 t ha1 respectivamente Quadro 40 Galrão 1996 Dose1 Época de aplicação Produção de grãos Peso da espiga kg ha1 4 folhas 8 folhas kg ha1 g 00 2210 89 06 1 5100 143 11 1 5330 144 06 1 6030 168 11 1 6690 182 06 1 1 8230 218 11 1 1 8490 211 Quadro 39 Doses número e época de aplicações de manganês na cultura do milho 1 Sulfato de manganês diluído em 150 L de água ha1 Teor de Mn no solo Mehlich3 28 mg dm3 pH em água 63 Fonte Adaptado de Mascagni Junior Cox 1984 1 Sulfato de zinco 23 de Zn 2 Óxido de zinco 83 de Zn misturado na proporção de 10 de ZnO por 20 kg de sementes umedecidas 15 mL de água por kg de sementes 3 Solução a 10 g L1 de sulfato de Zn 23 de Zn na 3a e 5a semana após a emergência 4 Solução a 10 g L1 de sulfato de Zn na 3a 5a e 7a semana após a emergência Médias seguidas com a mesma letra na coluna não apresentam diferenças significativas pelo teste Tukey a 5 Fonte Adaptado de Galrão 1996 Quadro 40 Rendimento de grãos de milho cultivado num Latossolo Vermelho argiloso fase cerrado considerando os métodos de aplicação de zinco Dados do três cultivos Rendimento Cultivo Fonte Dose de zinco Método Teor de zinco no solo 1 o 2 o 3 o kg ha1 mg dm3 t ha1 Testemunha 03 388 f 423 d 456 c Sulfato1 04 Lanço 1o ano 09 547 de 635 b Sulfato1 12 Lanço 1o ano 12 736 a 778 ab 762 a Sulfato1 36 Lanço 1o ano 16 740 a 790 a Sulfato1 72 Lanço 1o ano 24 720 ab 781 a Sulfato1 12 Sulco 1o ano 10 589 cde 787 ab 743 a Sulfato1 04 sulco 1o 2o e 3o anos 05 491 ef 714 b 709 ab Óxido2 08 Sementes 04 615 bcd 768 ab 774 a Sulfato3 1 via foliar 04 664 abc 735 ab 747 a Sulfato4 1 via foliar 05 718 ab 714 a FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 715 Rodrigues et al 1996 encontraram máximas respostas à adubação foliar com Mo para a cultura do feijão nas doses de 76 a 81 g ha1 de Mo usando como fonte NH46Mo7O244H2O e aplicação aos 25 dias da emergência O aumento na produção foi de cerca de 500 kg ha1 Resultados semelhantes foram obtidos por Amane et al 1999 em que as produções máximas de feijão foram obtidas com doses de 70 a 100 g ha1 de Mo aplicadas por pulverização 22 dias após a emergência sendo as maiores doses de Mo combinadas com as menores doses de N Sfredo et al 1996 obtiveram aumentos médios de produção de soja variando de 20 a 36 em relação ao tratamento apenas com inoculante pela aplicação de vários produtos comerciais multinutrientes via adubação foliar em três locais no Estado do Paraná Os autores atribuíram esses resultados à presença do Mo nesses produtos É interessante notar que a aplicação somente de água via foliar nesses experimentos aumentou 19 na produção Entretanto a adubação foliar de maneira geral não mostrou efeitos significativos no aumento da produção de soja Borkert et al 1979 Rosolem et al 1981 1982 Apenas no caso do Mn as aplicações foliares foram eficientes sendo a recomendação oficial aplicar 480 g ha1 de Mn 15 kg de MnSO4H2O diluído em 200 L de água com 1 kg de uréia Embrapa 1996 Acréscimos em produtividade da 55 e 61 foram obtidos na cultura da soja com pulverizações de 225 225 e 300 300 g ha1 de Mn nos estádios V4 e V8 respectivamente usando produto comercial quelatizado com 10 de Mn Mann 1999 Os tratamentos com Mn aumentaram o teor de proteína e de óleo e a germinação e o vigor principalmente após o envelhecimento Dados mais recentes em experimento desenvolvido em solo extremamente baixo em Cu 01 mg dm3 de Cu porém mostraram que pulverizações com solução de CuSO45H2O 5 g L1 aos 20 e aos 20 e 40 dias da emergência de plantas de soja levaram a rendimentos máximos comparáveis às aplicações via solo e via tratamento de sementes por dois anos Quadro 41 Galrão 1999 Em comparação com as aplicações via solo a adubação foliar apresenta as seguintes vantagens e desvantagens Vantagens o alto índice de utilização pelas plantas dos nutrientes aplicados nas folhas as doses de micronutrientes são em geral menores as respostas das plantas são rápidas sendo possível corrigir deficiências após o seu aparecimento durante a fase de crescimento das plantas adubação de salvação embora em alguns casos os rendimentos das culturas já possam estar comprometidos Volkweiss 1991 é uma das formas mais eficientes de correção de deficiência de Fe em solos com pH neutro ou alcalino Desvantagens a menos que possam ser combinadas com tratamentos fitossanitários decorrentes da baixa mobilidade da maioria dos micronutrientes os custos extras de múltiplas aplicações foliares podem ser altos FERTILIDADE DO SOLO 716 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al o efeito residual é no geral muito menor além de problemas estritamente de compatibilidade a presença de um nutriente na solução pode afetar a absorção de outro principalmente nas soluções multinutrientes Outro ponto que deve ser levado em conta é a quantidade de micronutrientes que pode ser carreada para a lavoura com a aplicação de produtos fitossanitários Muitos desses produtos têm como princípio ativo Cu Mn Zn que quando aplicados em doses adequadas podem contribuir para a correção parcial ou total de possíveis deficiências desses micronutrientes É recomendável portanto que o técnico que orienta os agricultores se familiarize com a composição química desses produtos fitossanitários utilizados na lavoura Via Sementes O tratamento de sementes é outra opção para a aplicação de alguns micronutrientes A uniformidade de distribuição de pequenas doses que podem ser aplicadas com exatidão é uma das grandes vantagens desse método de aplicação É uma técnica de comprovada eficiência na aplicação de Mo e também de Co em leguminosas com vistas na fixação simbiótica de N2 Sfredo et al 1996 obtiveram aumentos médios de produção de soja que variaram de 18 a 37 em relação ao tratamento apenas com inoculante quando utilizaram vários produtos comerciais multinutrientes aplicados via tratamento de sementes em três locais no Estado do Paraná Os autores atribuíram esses resultados à presença do Mo nesses produtos Além do Mo e Co B Cu Mn e Zn já foram aplicados via sementes muitas vezes com resultados positivos Ruschell et al 1970 Santos et al 1982 Mortvedt 1985 Em geral temse preferência às fontes solúveis de micronutrientes mas há casos em que as fontes menos solúveis ou mesmo insolúveis são usadas com bons resultados Revestimento de sementes de milho com 80 de ZnO 1 kg de ZnO por 20 kg de sementes proporcionou a produção de 615 t ha1 em comparação com 388 t ha1 na parcelatestemunha Esse efeito foi superior ao da aplicação de 12 kg ha1 de ZnSO47H2O no sulco de plantio mas inferior ao da mesma dose aplicada a lanço Repetição do tratamento de sementes no 2o e 3o cultivo propiciou rendimentos próximos aos máximos Quadro 40 Galrão 1996 Já o revestimento de sementes de soja com CuO apresentou tão bons resultados na produção como a aplicação de CuSO45H2O via solo a lanço e no sulco ou via aplicação foliar Quadro 41 Galrão 1999 Entretanto existem casos em que o tratamento de sementes com micronutrientes não mostram efeitos positivos na produção A aplicação de B Cu Mo e Zn via tratamento de sementes não aumentou a produção de arroz Barbosa Filho et al 1983a Segundo Volkweiss 1991 existem três métodos principais para aplicação de micronutrientes via sementes umedecimento de sementes com solução que contém a quantidade desejada de micronutriente imersão das sementes durante algumas horas em solução de micronutrientes 10 a 20 g L1 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 717 peletização de sementes com carbonato de cálcio fosfato goma arábica e micronutrientes Via Raízes de Mudas Essa técnica consiste em fazer a imersão de raízes de mudas a serem transplantadas em solução ou suspensão com um ou mais micronutrientes O exemplo mais típico é o caso da imersão de mudas de arroz em solução com ZnO a 10 g L1 em sistemas de irrigação por inundação técnica de eficiência amplamente comprovada e rotineiramente utilizada na Ásia Egito e EUA O ZnO nesse caso tem mostrado eficiência igual ou superior à de fontes solúveis Mortvedt Cox 1985 Uma adaptação a esse método de aplicação vem sendo adotada na cultura da mandioca para a região dos cerrados quando não é possível aplicar Zn via solo Nesse caso Galrão 2002 recomenda a imersão de manivas de mandioca numa solução de 40 g L1 de ZnSO47H2O durante 15 min Efeito Residual O conhecimento do efeito residual de fertilizantes que contêm micronutrientes é de fundamental importância para a definição de doses e intervalo de reaplicação Esse é um assunto complexo que envolve não apenas as fontes utilizadas mas também as doses métodos de aplicação taxas de exportação pelas culturas manejo dos restos culturais tipos de solo e sistemas de produção agricultura convencional e plantio direto dentre outros Infelizmente no Brasil poucos trabalhos têm sido desenvolvidos no campo por quatro ou mais anos com vistas em avaliar o efeito residual dos tratamentos Martens Westermann 1991 discutiram detalhes dos efeitos residuais de várias fontes de micronutrientes com destaque para os seguintes aspectos Quadro 41 Rendimento de grãos de soja cultivada em um Latossolo VermelhoAmarelo fase cerrado considerando os métodos de aplicação de cobre 1 Sulfato de cobre pentahidratado 2 Óxido de cobre 3 DAE dias após a emergência das plantas Médias seguidas da mesma letra em cada coluna não foram diferentes entre si pelo teste Duncan a 5 Fonte Adaptado de Galrão 1999 Rendimento Cultivo 1 Dose Cu Método 1o 2o 3o t ha1 00 kg ha1 de Cu 232 a 294 c 257 b 04 kg ha1 de Cu Lanço 1o cultivo1 230 a 305 bc 267 b 12 kg ha1 de Cu Lanço 1o cultivo1 231 a 344 a 322 a 24 kg ha1 de Cu Lanço 1o cultivo1 236 a 339 ab 313 a 48 kg ha1 de Cu Lanço 1o cultivo1 230 a 341 ab 310 a 12 3 x 04 kg ha1 de Cu Sulco1 233 a 343 ab 319 a 24 3 x 08 kg ha1 de Cu Sulco1 232 a 334 ab 320 a 5 g L1 Foliar1 20 DAE3 230 a 331 ab 322 a 5 g L1 Foliar1 20 40 DAE3 240 a 339 ab 311 a 798 g de Cu kg semente Semente2 225 a 338 ab 314 a CV 59 89 77 FERTILIDADE DO SOLO 718 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al fertilizantes que contêm B apresentam maior efeito residual em solos com altos teores de silte e argila em comparação com solos arenosos Produtos com menor solubilidade em água colemanita e ulexita também apresentam maior efeito residual existem evidências de que a reversão de fontes de Cu para formas nãodisponíveis para as plantas é baixa Os intervalos para novas aplicações de Cu podem ser superiores a cinco anos dependendo da sensibilidade das culturas e da severidade da deficiência aplicações de fontes de Fe ao solo apresentam muito pouco efeito residual porque o íon Fe2 é rapidamente convertido em Fe3 em solos com boa aeração Aplicações de doses relativamente elevadas em sulcos podem ser eficientes por mais de um ano em sistemas conservacionistas cultivo mínimo e plantio direto da mesma forma que para o Fe as diferentes fontes de Mn apresentam pequeno efeito residual mesmo com a aplicação de altas doses até 60 kg ha1 de Mn na forma de MnSO43H2O a lanço Esses resultados confirmam a recomendação de se utilizarem adubações no sulco e adubação foliar para corrigir a deficiência de Mn o efeito residual da adubação com Mo depende das reações do MoO4 2 com os constituintes do solo da quantidade de Mo lixiviada e das taxas de exportação da cultura ou de remoção por animais em pastoreio Em alguns casos mesmo com doses pequenas 01 kg ha1 de Mo o efeito residual pode chegar a mais de 10 anos doses relativamente altas de Zn 25 a 30 kg ha1 de Zn aplicadas a lanço podem corrigir as deficiências por vários anos por causa da lenta reversão do Zn para formas nãodisponíveis para as plantas um resumo dos principais trabalhos relativos a efeito residual de micronutrientes citados por Martens Werstermann 1991 é apresentado no quadro 42 Dose e forma de aplicação Fonte Tipo de solo Cultura Resultado 2 kg ha1 B a lanço Borato65 Barrento Alfafa e trevo Suficiente B por 2 anos 11 kg ha1 Cu CuSO4 Trigo Aumentou a produção até após 9 anos 55 kg ha1 Cu CuSO4 Trigo Aumentou a produção após 12 anos 60 kg ha1 Mn a lanço MnSO4 Barrento Soja Inadequado para corrigir deficiência no 2o ano 30 kg ha1 Mn a lanço MnSO4 e oxissulfato Argiloso Soja Produções máximas até 2 anos após 011 kg ha1 Mo Barroarenoso Pastagem Eficiente por 15 anos 014 kg ha1 Mo Pastagem Efeito por apenas 1 ano 040 kg ha1 Mo Podzólico Diminuiu a deficiência até o 3o ano 028 kg ha1 Mo Trevo subterrâneo Efeito até após 8 anos 28 kg ha1 Zn a lanço ZnSO4 Correção da deficiência por 7 anos 34 kg ha1 Zn a lanço ZnSO4 Correção da deficiência por 4 a 5 anos Quadro 42 Efeito residual de micronutrientes para diversas situações de fontes modos de aplicação tipo de solo e cultura Fonte Adaptado de Martens Westermann 1991 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 719 No Brasil foram desenvolvidos poucos experimentos de longa duração três ou mais anos com micronutrientes no campo com objetivo de fazer inferências sobre o efeito residual Ressaltamse neste contexto os trabalhos de Galrão et al 1978 Galrão Mesquita Filho 1981 e Galrão 1984 os quais além de avaliar o efeito imediato primeiro ano da omissão de cada micronutriente sobre a produção de arroz no tratamento completo permitiram a avaliação intermediária para três cultivos e o efeito residual até seis anos Nos três primeiros anos apenas a omissão de Zn reduziu a produção Galrão Mesquita Filho 1981 No quinto e sexto cultivo não existiram diferenças entre os tratamentos Outra conclusão foi a de que a dose de 6 kg ha1 de Zn aplicada a lanço apenas no primeiro cultivo foi suficiente para manter boas produções nos seis cultivos da seqüência arroz arroz milho soja milho e milho Galrão 1984 Destacamse outras evidências do acentuado efeito residual de fertilizantes com Zn nos solos de cerrado A dose de 3 kg ha1 de Zn na forma de ZnSO47H2O aplicada a lanço apenas no primeiro cultivo foi suficiente para manter produções próximas ao máximo por pelo menos quatro colheitas consecutivas em Latossolo Vermelho argiloso Ritchey et al 1986 Entretanto em Latossolo VermelhoAmarelo argiloso a dose de 1 kg ha1 de Zn aplicada a lanço em mistura com o superfosfato simples em pó no primeiro cultivo foi suficiente para aumentar o rendimento de grãos os teores de Zn do solo e da folha de milho no quarto cultivo Galrão 1995 Mais recentemente Galrão 1996 concluiu que 12 kg ha1 de Zn ZnSO47H2O aplicado a lanço no primeiro cultivo foi suficiente para propiciar rendimentos máximos de milho para três cultivos Todavia quando aplicado no sulco de semeadura apenas no primeiro cultivo ou parceladamente 04 kg ha1 de Zn por cultivo o rendimento máximo de grãos foi alcançado apenas a partir do segundo ano Outro aspecto importante dos trabalhos de Galrão 1995 1996 foi permitir ainda estabelecer os níveis críticos de Zn no solo para os extratores ácidos HCl Mehlich1 e Mehlich3 e o DTPA além do nível crítico deste micronutriente na folha do milho Demanda de Micronutrientes pelas Culturas Em geral existe grande variação na ocorrência de deficiências de micronutrientes em relação às mais diferentes culturas Malavolta et al 1991 dão uma visão geral da freqüência do aparecimento de deficiências dos micronutrientes por cultura no Brasil Quadro 43 A escala usada pelos autores varia de 1 a 10 sendo 10 para as culturas com maiores probabilidades de ocorrência da respectiva deficiência Deficiências acentuadas de B são bastante comuns no cafeeiro e nas brássicas repolho e as de Cu no cafeeiro na canadeaçúcar e em citros Deficiências de Fe são pouco comuns nos diferentes solos e culturas brasileiras cabendo destaque apenas o abacaxi Citros é também muito propenso a mostrar deficiência de Mn e Zn Deficiências de Mo são bastante comuns nas brássicas repolho no cafeeiro e no feijoeiro Na cultura do arroz as deficiências de Zn são bastante acentuadas No Brasil ainda não foram verificados sintomas de deficiência de Cl possivelmente em conseqüência das constantes adições de KCl como fonte de K além do sal cíclico FERTILIDADE DO SOLO 720 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura B Cu Zn Mn Fe Mo Abacaxi 10 Algodoeiro 3 3 Alho 7 Amendoim 3 Arroz 2 2 10 Batata 5 Cacaueiro 5 6 3 Cafeeiro 10 8 10 1 5 1 Canadeaçúcar 2 8 n 4 2 Cebola 4 Citros 6 7 10 10 1 Couveflor 10 10 Eucalipto 4 4 Feijoeiro 3 2 3 Girassol 3 2 Gramíneas forrageiras n Leguminosas forrageiras 3 n Leucena 1 Macieira 3 3 Mamoeiro 4 Mandioca 7 2 Mangueira 1 Maracujazeiro 2 Melão 3 Milho 1 7 Pereira 4 Pessegueiro 4 Pinus 4 5 Repolho 7 Seringueira 2 2 6 Soja 3 6 5 Sorgo 7 7 Tomateiro 5 6 Trigo 3 10 8 Videira 4 2 Quadro 43 Freqüência do aparecimento de deficiências dos micronutrientes por culturas no Brasil 10 maior freqüência n número não definido Fonte Adaptado de Malavolta et al 1991 proveniente do oceano nas regiões próximas ao litoral Orlando Filho et al 2001 Entretanto as palmáceas como o coco e o dendê são especialmente sensíveis às deficiências de Cl O requerimento de Cl para o crescimento ótimo das culturas é em média de 10 a 80 kg ha1 Srivastava Gupta 1996 Admitindo 10 mg kg1 de Cl na matéria seca da parte aérea como teor crítico Marschner 1995 cita 4 a 8 kg ha1 de Cl como a faixa de FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 721 requerimento das culturas Segundo esses autores essa exigência é facilmente atendida pela água da chuva De acordo com a literatura são mais comuns problemas de toxidez do que de deficiência de Cl Outro aspecto importante a ser levado em conta com o objetivo de se fazer reposição adequada de micronutrientes por meio das adubações é conhecer o acúmulo e a exportação deles pelas culturas Esse aspecto é ainda mais relevante quando se pensa em seguir a estratégia de reposição descrita anteriormente Um resumo do acúmulo e exportação de micronutrientes tomando por base vários trabalhos desenvolvidos no Brasil para culturas de cereais e de batata é apresentado no quadro 44 Os valores correspondentes ao acúmulo referemse à quantidade do nutriente contida na parte aérea das culturas incluindo os grãos e os tubérculos no caso da batata enquanto os valores da exportação representam a quantidade do nutriente contida somente nos grãos e tubérculos respectivamente Tais valores correspondentes à extração e exportação referemse à média ponderada ou seja foi considerado o número de dados encontrados em cada referência Por exemplo se um autor apresenta em seus dados a média de dois cultivares atribuise peso 2 para estes valores razão por que algumas médias apresentadas podem ser diferentes das obtidas com o uso direto dos valores dos quadros Em relação às plantas de cobertura tanto de verão como de inverno componentes essenciais para a sustentabilidade do sistema plantio direto verificase grande variação Cultura B Cu Zn Mn Fe Mo g t1 Feijão Acúmulo 663 199 498 1758 4312 Exportação 133 99 316 177 867 169 Soja Acúmulo 77 26 61 130 460 65 Exportação 220 130 377 337 1343 50 Milho Acúmulo 180 100 484 428 2357 10 Exportação 32 12 276 61 116 06 Trigo sequeiro Acúmulo 199 62 198 1061 3740 Exportação 29 30 148 130 139 Trigo irrigado Acúmulo 321 121 562 1796 11319 Exportação 51 54 360 268 434 Batata Acúmulo 15 49 Exportação 15 17 37 21 398 012 Arroz irrigado 1 Acúmulo 179 95 799 1335 2685 03 Exportação 44 61 359 306 621 02 Arroz irrigado 2 Acúmulo 152 1684 3359 6832 Exportação 90 573 672 1025 Sorgo Acúmulo 100 73 162 340 1893 27 Quadro 44 Acúmulo e exportação de micronutrientes em cereais e batata 1 Irrigação constante 2 Irrigação intermitente Fonte Adaptado de Pauletti 2004 citando vários autores FERTILIDADE DO SOLO 722 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al no acúmulo de micronutrientes Quadros 45 e 46 Conhecendo esses valores fica mais fácil estabelecer um programa adequado de fornecimento de micronutrientes nos vários possíveis sistemas de rotação e ou sucessão de culturas Em relação ao acúmulo de micronutrientes em plantas forrageiras existem dois complicadores para entendimento da dinâmica de micronutrientes Quadro 47 O primeiro é que se deve considerar se é realizado o pastoreio ou o corte com retirada de material da área para fornecimento aos animais e a quantidade ingerida por eles No caso de pastoreio ocorre reposição parcial dos nutrientes à superfície do solo por meio das fezes e da urina do animal enquanto no trato no cocho a reposição depende do transporte dos dejetos da esterqueira até o terreno O segundo é que a composição mineral das forrageiras varia com a idade da planta não existindo regra para tal variação Pauletti 2004 Espécie Cu Zn Mn Relação CN g t1 Mucuna cinza 1 16 28 183 211 Mucuna preta 1 14 29 174 211 Mucuna preta 2 19 29 145 Mucuna anã 1 9 85 179 164 Crotalária juncea 1 14 44 179 181 Crotalária mucronata 1 13 35 111 157 Crotalária spectabilis 1 8 23 126 234 Crotalária breviflora 1 17 31 81 145 Crotalária grantiana 1 10 28 73 192 Guandu 1 7 22 87 216 Guandu 2 27 26 94 Feijãodeporco 1 9 62 254 157 Feijão bravo do Ceará 1 4 14 17 206 Feijão mungo 1 10 78 127 251 Caupi 1 173 Lablab 1 10 33 143 183 Leucena 1 45 148 Amendoim rasteiro 1 11 49 77 Indigófera 1 13 24 53 186 Calopogônio 1 9 15 172 216 Kudsu 1 11 27 155 147 Soja perene 1 8 32 102 173 Centrosema 1 10 32 67 203 Crotalária striata 1 10 31 584 152 Quadro 45 Acúmulo de micronutrientes na matéria seca e relação CN em espécies de verão para cobertura do solo 1 Gallo et al 1974 Kluthcouski 1982 e Chaves 1989 citados por Calegari 1995 2 Borkert et al 2003 Fonte Adaptado de Paulleti 2004 citando vários autores FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 723 Espécies Matéria verde Matéria seca Cu Zn Mn Relação CN t ha1 ano1 g t1 de matéria seca Chicharo1 2040 245 11 22 52 188 Aveia preta1 1545 257 7 11 102 363 Aveia preta2 418 9 21 286 Aveia branca1 1535 2545 6 9 138 476 Azevém1 1630 26 9 23 214 442 Centeio1 1235 245 6 15 53 365 Girassol1 2040 24 18 31 96 222 Espérgula1 1540 156 11 44 136 251 Ervilhaca peluda1 1435 36 9 26 61 187 Ervilhaca comum1 1235 255 9 24 87 186 Ervilhaca2 465 10 32 69 Serradela1 2045 26 13 59 97 224 Nabo forrageiro1 2060 26 8 49 84 116 Tremoço branco1 3040 35 12 57 330 148 Tremoço amarelo1 1528 34 14 66 359 144 Tremoço azul1 1350 34 13 24 230 194 Tremoço2 614 21 42 Ervilha forrageira1 1528 3945 22 8 102 190 Quadro 46 Produção de matéria verde matéria seca acúmulo de micronutrientes e relação CN em espécies de inverno para cobertura do solo 1 Calegari 1990 citado por Derpsch Calegari 1992 2 Borkert et al 2003 Fonte Adaptado de Pauletti 2004 citando vários autores De qualquer forma verificase considerável absorção e acúmulo de Fe e Mn tanto pelas gramíneas quanto pelas leguminosas valores intermediários para Zn e B pequenos valores para Cu e valores extremamente baixos para Mo e para Co Quadro 47 Forrageiras Fe Cu Zn B Mn Mo Co g t1 Gramíneas Colonião1 124 7 21 15 90 083 006 Elefante1 178 10 40 25 179 053 01 Setaria1 99 5 37 18 272 028 006 Kikuiu1 106 5 28 23 137 083 005 Festuca1 109 4 26 14 228 027 003 Leguminosas Trevo1 303 3 26 38 69 022 007 Cornichão1 152 3 33 33 81 1 007 Alfafa2 2055 103 325 357 410 11 013 Quadro 47 Acúmulo de micronutrientes na matéria seca de forrageiras 1 Gallo et al 1974 citados por Malavolta et al 1986 2 Sá Petrere 1991 Fonte Adaptado de Paulleti 2004 citando vários autores FERTILIDADE DO SOLO 724 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al LITERATURA CITADA ABREU CA RAIJ B van Efeito da reação do solo no zinco extraído pelas soluções de DTPA e Mehlich1 Bragantia 55357363 1996 ABREU CA ABREU MF ANDRADE JC RAIJ B van Restrictions in the use of correlation coefficients in comparing methods for the determination of the micronutrients in soils Comm Soil Sci Plant Anal 2919611972 1998 ABREU CA ABREU MF RAIJ B van BATAGLIA OC ANDRADE JC Extraction of boron from soil by microwave heating ICPAES determination Comm Soil Sci Plant Anal 2533213333 1994c ABREU CA NOVAIS RF RAIJ B van RIBEIRO AC Comparação de métodos químicos para avaliar a disponibilidade do manganês em solos R Bras Ci Solo 188190 1994a ABREU CA NOVAIS RF RAIJ B van RIBEIRO AC Influência da reação do solo na extração de manganês por diferentes extratores químicos R Bras Ci Solo 189199 1994b ABREU CA RAIJ B van ABREU MF SANTOS WR ANDRADE JC Efficiency of multinutrient extractants for the determination of available copper in soils Comm Soil Sci Plant Anal 27763771 1996a ABREU CA RAIJ B van TANAKA RT Fontes de manganês para soja e seus efeitos na análise do solo R Bras Ci Solo 209197 1996b ABREU CA RAIJ B van ABREU MF PAZ GONZALEZ A Avaliação da disponibilidade de manganês e ferro em solos pelo uso do método modificado da resina de troca iônica R Bras Ci Solo 28579584 2004 ACCIOLY AMA SIQUEIRA JO CURI N MOREIRA FMS Amenização do calcário na toxidez de zinco e cádmio para mudas de Eucalyptus camaldulensis cultivadas em solo contaminado R Bras Ci Solo 28775783 2004 ADAMSON AW Physical chemistry of surfaces New York John Wiley 1967 149p ALAM SM Nutrient uptake by plants under stress conditions In PESSARAKLI M ed Handbook of plant and crop stress New York Marcel Dekker 1999 p287293 ALLEN SE TERMAN GL Response of maize and sudangrass to zinc in granular micronutrients In INTERNATIONAL SOCIETY OF SOIL SCIENCE Aberdeen 1966 Transactions Aberdeen ISSS 1966 p255266 ALLISON JD BROWN DS NOVOGRADAC KJ MINTEQA2PRODEFA2 a geochemical assessment model for environmental system Version 30 users manual Athens Environmental Research Laboratory 1991 106 p EPA600391021 ALLOWAY BJ Heavy metals in soils 2ed London Blackie Academic Professional 1995 368p ALMEIDA AM A resina de troca iônica como extrator multielementar em análise de solos para fins de fertilidade Campinas Universidade Estadual de Campinas 1999 103p Tese de Mestrado FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 725 ALVAREZ V VH NOVAIS RF BARROS NF CANTARUTTI RB LOPES AS Interpretação dos resultados das análises de solos In RIBEIRO AC GUIMARÃES PTG ALVAREZ V VH eds Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais 5ª Aproximação Viçosa MG CFSEMG 1999 p2532 AMANE MIV VIEIRA C NOVAIS RF ARAÚJO GAA Adubação nitrogenada e molíbdica da cultura do feijão na Zona da Mata de Minas Gerais R Bras Ci Solo 23643 650 1999 AMARAL SOBRINHO NMB COSTA LM DIAS LE BARROS NF Aplicação de resíduo siderúrgico em um Latossolo Efeitos na correção do solo e na disponibilidade de nutrientes e metais pesados R Bras Ci Solo 17299304 1993 AMBROSANO E J TANAKA RT MASCARENHAS HAA RAIJ B van QUAGGIO JA CANTARELLA H Leguminosas e oleaginosas In RAIJ B van CANTARELLA H QUAGGIO JA FURLANI AMC eds Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo 2ed Campinas Instituto Agronômico Fundação IAC 1996 p187 203 Boletim Técnico 100 ANJOS ARM MATTIAZZO ME Extratores para Cd Cu Cr Mn Ni Pb e Zn em Latossolos tratados com biossólido e cultivados com milho Sci Agric 58337344 2001 BARBOSA FILHO MP DYNIA JF ZIMMERMANN FJP Resposta do arroz de sequeiro ao zinco e ao cobre com efeito residual para o milho R Bras Ci Solo 14333338 1990 BARBOSA FILHO MP FAGERIA N K FONSECA JR Tratamento de sementes de arroz com micronutrientes sobre o rendimento e qualidade dos grãos Pesq Agropec Bras 18219222 1983a BARBOSA FILHO MP FAGERIA NK STONE LF Manejo dágua e calagem em relação à produtividade e toxidez de ferro em arroz Pesq Agropec Bras 18903910 1983b BARROW NJ Reactions with variable charge soils Dordrecht Martinus Nijhoff 1989 191p BARTZ HR MAGALHÃES AF Avaliação da disponibilidade de boro através de soluções extratoras em alguns solos do Rio grande do Sul Agron Sulriograndense 118996 1975 BATAGLIA OC Análise química de plantas In FERREIRA ME CRUZ MCP eds SIMPÓSIO SOBRE MICRONUTRIENTES NA AGRICULTURA 1988 Jaboticabal Anais Piracicaba POTAFOSCNPQ 1991 p289308 BATAGLIA OC MASCARENHAS HAA Toxicidade de ferro em soja Bragantia 40199 203 1981 BATAGLIA OC RAIJ B van Eficiência de extratores na determinação de boro em solos R Bras Ci Solo 142531 1990 BATAGLIA OC RAIJ B van Soluções extratoras na avaliação da fitodisponibilidade do zinco em solos R Bras Ci Solo 18457461 1994 BATAGLIA OC FURLANI PR VALADARES JMAS O molibdênio em solos do Estado de São Paulo In CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO 15 Campinas 1976 Anais Campinas Sociedade Brasileira de Ciência do Solo 1976 p107111 BERGER KC TRUOG E Boron determination in soils and plants using the quinalizarin reaction Ind Eng Chem Anal 11540545 1939 FERTILIDADE DO SOLO 726 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al BERTONI JC HOLANDA FSR CARVALHO JG FURTINI NETO AE ASSIS MP Efeito do cobre no crescimento do arroz irrigado por inundação e eficiência do extrator DTPA na predição da disponibilidade de cobre Ci Agrotec 246273 2000 BOARETTO AE ROSOLEM CA coords SIMPÓSIO BRASILEIRO DE ADUBAÇÃO FOLIAR 2 Campinas 1987 Anais Campinas Fundação Cargill 1989 669p BOON DY The ammonium bicarbonateDTPA soil test ABDTPA for determination of plant available Pb Cd Ni and Mo in mine tailings and contaminated soils HIGH ALTITUDE REVEGETATION WORKSHOP 6 Colorado State University 1984 Proceedings SL Information 1984 Não Paginado BORGES MR COUTINHO ELM Metais pesados do solo após aplicação de biossólido II Disponibilidade R Bras Ci Solo 28557568 2004 BORKERT CM CORDEIRO DS SFREDO GJ PALHANO JS Eficiência da adubação foliar na cultura da soja In SEMINÁRIO NACIONAL DE PESQUISA DE SOJA 1 1978 Londrina Embrapa 1979 p283290 BORKERT CM GAUDÊNCIO CA PEREIRA JE PEREIRA LR OLIVEIRA Jr A Nutrientes minerais na biomassa da parte aérea em culturas de cobertura do solo Pesq Agropec Bras 38143153 2003 BROWN PH WELCH RM CARY EE Nickel A micronutrient essential for all higher plants Plant Physiol 85801803 1987 BURMERSTER CH ADANS JF ODOM VW Response of soybean to lime and molybdenum on Ultissols in northern Alabama Soil Sci Am J 5213911394 1988 BURT C OCONNOR K RUEHR T Fertigation San Luis Obispo Irrigation Training and Research CenterCalifornia Polytechnic State University 1995 320p BUZETTI S Estudo da eficiência de extratores químicos de zinco no solo para o milho R Bras Ci Solo 16367372 1992 CAKMARK I Plant nutrition research Priorities to meet human needs for food in sustainable ways Plant Soil 2470324 2002 CALEGARI A Leguminosas para adubação verde de verão no Paraná Londrina Instituto Agronômico do Paraná 1995 118p CAMARGO OA ALLEONI LRF CASAGRANDE JC Reações dos micronutrientes e elementos tóxicos no solo In FERREIRA ME CRUZ MCP RAIJ B van ABREU CA Micronutrientes e elementos tóxicos na agricultura Jaboticabal CNpqFAPESP POTAFOS 2001 p89124 CAMARGO OA VALADARES JMAS DECHEN AR Efeitos do pH e da incubação na extração do manganês zinco cobre e ferro do solo R Bras Ci Solo 68388 1982 CANCELA RC FREIRE AR ABREU CA PAZ GONZALEZ A Eficacia de cuatro extractantes en la evaluación de la disponibilidad de cobre para maíz y soja Bragantia 60205212 2001 CANTARELLA H RAIJ B van CAMARGO CEO Cereais In RAIJ B van CANTARELLA H QUAGGIO JA FURLANI AMG eds Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo 2ed Campinas Instituto Agronômico Fundação IAC 1996 p4370 Boletim Técnico 100 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 727 CANTARELLA H RAIJ B van CAMARGO CEO Outras culturas industriais In RAIJ B van CANTARELLA H QUAGGIO JA FURLANI AMC eds Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo 2ed Campinas Instituto Agronômico Fundação IAC 1996 p231243 Boletim Técnico 100 CASAGRANDE JC O boro em solos do município de Piracicaba Piracicaba Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 1978 122p Tese de Mestrado CATANI RA ALCARDE JC FURLANI PR A determinação do teor total e do teor solúvel em diversas soluções de molibdênio do solo An ESALQ 27171180 1970 CAVALCANTI FJA coord Recomendações de adubação para o Estado de Pernambuco 2a Aproximação Recife Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária IPA 1998 198p CHAO TT Selective dissolution of manganese oxides from soils and sediments with acidified hydroxylamine hydrochloride Soil Sci Soc Am Proc 36764768 1972 CHAO TT Use of partial dissolution techniques in geochemical exploration J Geoc Explor 20101135 1984 CHAO TT ZHOU L Extraction techniques for selective dissolution of amorphous iron oxides from soils and sediments Soil Sci Soc Am J 47225232 1983 COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DE GOIÁS CFSG Recomendações de corretivos e fertilizantes para Goiás 5a aproximação Goiânia UFGEMGOPA 1988 101p Informe Técnico 1 COSTA JM OLIVEIRA EF Fertilidade do solo e nutrição de plantas Cascavel Campo Mourão COAMOCOODETC 1998 89p COSTA MNX Desempenho de duas gramíneas forrageiras tropicais tolerantes ao estresse hídrico por alagamento em dois solos húmicos Piracicaba Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 2004 89p Tese de Doutorado COUNCIL ON SOIL PLANT TEST ANALYSIS CSPTA Handbook on reference methods for soil testing Athens Council on Soil Plant Test Analysis 1980 Não Paginado CRUZ MCP FERREIRA ME Seleção de métodos para avaliação do boro disponível em solos Pesq Agropec Bras 1914571464 1984 DADALTO GG FULLIN EA Manual de recomendação de calagem e adubação para o estado do Espírito Santo 4a aproximação Vitória SEEAINCAPER 2001 266p DALLPAI DL Determinação espectrofotométrica de molibdênio em solo e tecido vegetal e adsorção de molibdato em alguns solos de Minas Gerais Viçosa MG Universidade Federal de Viçosa 1996 56p Tese de Mestrado DANTAS HS HOROWITZ A Determinação do molibdênio trocável em alguns solos de Pernambuco In CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO 15 Campinas 1976 Anais Campinas Sociedade Brasileira de Ciência do Solo 1976 p103105 DAVIS JA JAMES RO LECKIE JO Surface ionization and complexation at the oxide water interface I Computation of electrical double layer properties in simple electrolytes J Colloid Interf Sci 6790107 1978 FERTILIDADE DO SOLO 728 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al DEFELIPO BV NOGUEIRA AV LOURES EG ALVAREZ V VH Eficiência agronômica do lodo de esgoto proveniente de uma indústria siderúrgica R Bras Ci Solo 15389393 1991 DERPSCH R CALEGARI A Plantas para adubação verde de inverno Londrina Instituto Agronômico do Paraná 1992 78p DION HG MANN PJG HEINTZ SG The easily reducible manganes of soils J Agric Sci 371732 1947 DIXON NE GAZZOLA C BLAKELEY RL ZERNER B Jack bean urease EC 3515 A simple biological role for nickel J Chem Soc 9741314133 1975 DYNIA JF BARBOSA FILHO MP Alterações de pH Eh e disponibilidade de micronutrientes para arroz irrigado em um solo de várzea tratado com calcário e palha de arroz em casa de vegetação R Bras Ci Solo 176774 1993 ELLIS BG DAVIS JF JUDY WH Effect of method of incorporation of zinc in fertilizer on zinc uptake and yield of pea beans Soil Sci Soc Am Proc 29635636 1965 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA Recomendações técnicas para a cultura da soja no Paraná 199697 Londrina 1996 187p Documentos 97 ESKEW DL WELCH RM NORVALL WA Nickel in higher plants Further evidence for an essential role Plant Physil 76691693 1984 FAGERIA NK Adubação e nutrição mineral da cultura de arroz Rio de janeiro Campus 1984 341p FAQUIN V ANDRADE CAB FURTINI NETO AE ANDRADE AT CURI N Resposta do feijoeiro à aplicação de calcário em solos de várzea do Sul de Minas Gerais R Bras Ci Solo 22651660 1998 FISCHER RG ELMORI IE MILAN PA BISSANI CA Efeito do calcário e fontes de silício sobre a toxidez de ferro em arroz irrigado Lav Arroz 43610 1990 FREIRE FM NOVAIS RF SOARES PC COSTA PC FARIA EA Calagem e adubação orgânica e manejo da água no controle da toxidez de ferro em arroz irrigado R Ceres 33162169 1985 GALRÃO EZ Efeito de micronutrientes e de cobalto na produção e composição química do arroz milho e soja em solo de cerrado R Bras Ci Solo 8111116 1984 GALRÃO EZ Métodos de aplicação de cobre e avaliação da disponibilidade para a soja num Latossolo VermelhoAmarelo francoargiloarenoso fase cerrado R Bras Ci Solo 23265 272 1999 GALRÃO EZ Métodos de aplicação de zinco e avaliação de sua disponibilidade para o milho num Latossolo VermelhoEscuro argiloso fase cerrado R Bras Ci Solo 20283289 1996 GALRÃO EZ Micronutrientes In SOUSA DMG LOBATO E eds Cerrado Correção do solo e adubação Planaltina Embrapa Cerrados 2002 p 185226 GALRÃO EZ Níveis críticos de zinco em Latossolo VermelhoAmarelo argiloso sob cerrado para a soja R Bras Ci Solo 178387 1993 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 729 GALRÃO EZ Níveis críticos de zinco para o milho cultivado em Latossolo VermelhoAmarelo fase cerrado R Bras Ci Solo 19255260 1995 GALRÃO EZ Resposta do trigo à aplicação de cobre em um solo orgânico de várzea R Bras Ci Solo 12275279 1988 GALRÃO EZ MESQUITA FILHO MV Efeito de micronutrientes no rendimento e composição química do arroz Oryza sativa L e do milho Zea mays L em solo de cerrado R Bras Ci Solo 57275 1981 GALRÃO EZ SOUSA DMG Resposta do trigo à aplicação de cobre em um solo orgânico R Bras Ci Solo 9149153 1985 GALRÃO EZ SUHET AR SOUSA DMG Efeito de micronutrientes no rendimento e composição química do arroz Oryza sativa L em solo de cerrado R Bras Ci Solo 2129 132 1978 GIMENEZ SMN CHAVES JCD PAVAN MA CRUCES II Toxicidade de cobre em mudas de cafeeiro R Bras Ci Solo 16361366 1992 GONÇALVES JLM RAIJ B van GONÇALVES JC Florestais In RAIJ B van CANTARELLA H QUAGGIO JA FURLANI AMC eds Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo 2ed Campinas Instituto Agronômico Fundação IAC 1996 p245259 Boletim Técnico 100 HARTER RD Micronutrient adsorptiondesorption reactions in soils In MORTVEDT JJ COX FR SHUMAN LM WELCH RM eds Micronutrientes in Agriculture 2ed Madison Soil Science Society of America 1991 p5988 HIGNETT TP McCLELLAN GH Sources and production of micronutrient fertilizers In VLEK PLG ed Micronutrients in tropical food crop production Developments in plant and soil sciences Dordrecht Martinus NijhoffW Junk Publishers 1985 v14 p237260 HOROWITZ A Os íons no solo um exemplo da aplicação dos diagramas EhpH R Bras Ci Solo 298103 1978 JARREL WM DAWSON MD Sorption and availability of molybdenum in soils Western Oregon Soil Sci Am J 42412415 1978 JUDY W LESSMAN G ROZYCKA T ROBERTSON L ELLIS BG Field and laboratory studies with zinc fertilization of pea beans Michigan Agric Exp Stn Q Bull 46386400 1964 KABATAPENDIAS A Trace elements in soils and plants 3ed Boca Raton Press 2001 413p KORNDÖRFER GH ALCANTARA CB HOROWITZ N LANA RMQ Formas de adição de zinco a um formulado NPK e seu efeito sobre a produção de milho Sci Agric 52555 560 1995 KORNDÖRFER GH EIMORI IE TELLECHEA MCR Efeito de técnicas de adição de zinco a fertilizantes granulados na produção de matéria seca no milho R Bras Ci Solo 11329332 1987 KRAUSKOPF KB Geochemistry of micronutrients In MORTVEDT JJ GIORDANO PM LINSDSAY WL eds Micronutrients in agricultureMadison Soil Science of America 1972 p740 FERTILIDADE DO SOLO 730 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al LANTMANN AF MEURER EJ Estudo da eficiência de extratores para avaliação do zinco disponível para o milho R Bras Ci Solo 6131135 1982 LATTERELL JJ DOWDY RH LARSON WE Correlations of extractable metals and metal uptake of snap beans grown on soil amended with sewage sludge J Environ Qual 7435 440 1978 LEHR JR Chemical reactions of micronutrients in fertilizers In MORTVEDT JJ GIORDANO PM LINDSAY WL eds Micronutrients in agriculture Madison Soil Science Society of America 1972 p459502 LINDSAY WL NORVELL WA Development of a DTPA soil test for zinc iron manganese and copper Soil Sci Soc Am J 42421428 1978 LINDSAY WL Inorganic phase equilibria of micronutrients in soil In MORTVEDT JJ GIORDANO PM LINDSAY WL eds Micronutrients in agriculture Madison Soil Science Society of America 1972 p4157 LINS IDG Improvement of soil test interpretations for phosphorus and zinc Raleigh North Carolina State University 1975 138p Tese de Doutorado LITTLE IP KERRIDGE PC A laboratory assessment of the molybdenum status of nine Queensland soils Soil Sci 125102106 1978 LIU D CLARK JD CRUTCHFIELD JD SIMS JL Effect of pH of ammonium oxalate extracting solutions on prediction of plant available molybdenum in soil Comm Soil Plant Anal 2725112541 1996 LOPES AS Micronutrientes filosofias de aplicação fontes eficiência agronômica e preparo de fertilizantes In FERREIRA ME CRUZ MCP eds SIMPÓSIO SOBRE MICRONUTRIENTES NA AGRICULTURA 1988 Jaboticabal Anais Piracicaba POTAFOS CNPq 1991 p357390 LOPES AS Uso eficiente de fertilizantes com micronutrientes In SIMPÓSIO SOBRE FERTILIZANTES NA AGRICULTURA BRASILEIRA 1 Brasília 1984 Anais Brasília Embrapa 1984 p347382 LOPES AS SOUZA ECA Filosofias e eficiência de aplicação In FERREIRA ME CRUZ MCP RAIJ B van ABREU CA eds Micronutrientes e elementos tóxicos na agricultura Jaboticabal CNPq FAPESP POTAFOS 2001 p255282 LORENZI JO MONTEIRO DA MIRANDA FILHO HS RAIJ B van Raízes e tubérculos In RAIJ B van CANTARELLA H QUAGGIO JA FURLANI AMC eds Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo 2ed Campinas Instituto Agronômico Fundação IAC 1996 p219229 Boletim Técnico 100 LOWE RH MASSEY HF Hot water extraction for available soil molybdenum Soil Sci 100238243 1965 MAHLER RL NAYLOR DV FREDRICKON MK Hot water extraction of boron from soils using sealed plastic pouches Comm Soil Sci Plant Anal 15479492 1984 MALAVOLTA E Elementos de nutrição mineral de plantas São Paulo Agronômica Ceres 1980 251p FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 731 MALAVOLTA E Manual de calagem e adubação das principais culturas São Paulo Agronômica Ceres 1987 496p MALAVOLTA E BOARETTO AE PAULINO VT Micronutrientes Uma visão geral In FERREIRA ME CRUZ MCP eds SIMPÓSIO SOBRE MICRONUTRIENTES NA AGRICULTURA 1988 Jaboticabal Anais Piracicaba POTAFOSCNPq 1991 p133 MALAVOLTA E LIEM TH PRIMAVESI ACPA Exigências nutricionais das plantas forrageiras In MATTOS HB WERNER JC YAMADA T MALAVOLTA E eds Calagem e adubação de pastagens Piracicaba POTAFOS 1986 p3176 MALAVOLTA E VITTI G OLIVEIRA SA Avaliação do estado nutricional das plantas Piracicaba POTAFOS 1989 201p MANDAL LN HALDAR M Influence of phosphorus and zinc application on the availability of zinc copper iron manganese and phosphorus in waterlogged soils Soil Sci 130251 257 1980 MANN EN Efeito da adubação com manganês via solo e foliar em diferentes épocas no rendimento de grãos e na qualidade de semente de soja Lavras Universidade Federal de Lavras 1999 68p Tese de Mestrado MANTOVANI JR CRUZ MCP FERREIRA ME ALVES WL Extratores para avaliação da disponibilidade de metais pesados em solos adubados com vermicomposto de lixo urbano Pesq Agropec Bras 39371378 2004 MARINHO ML Influência do fósforo e sesquióxidos livres na absorção de 65Zn por milho em solos tropicais Turrialba IICA 1970 80p Tese de Mestrado MARSCHNER H Mineral nutrition of higher plants 2ed London Academic Press 1995 889p MARSCHNER H Mineral nutrition of higher plants London Academic Press 1986 674p MARTENS DC WESTERMANN DT Fertilizer applications for correcting micronutrient deficiencies In MORTVEDT JJ COX FR SHUMAN LM WELCH RM eds Micronutrients in agriculture 2ed Madison Soil Science Society of America 1991 p549 591 MARTINS ALC BATAGLIA OC CAMARGO OA Copper nickel and zinc phytoavailability in an oxisol amended with sewage sludge and liming Sci Agric 60747 754 2003 MARZADORI C ANTISARI LV CIAVATTA C SEQUI P Soil organic matter influence on adsorption and desorption of boron Soil Sci Soc Am J 5515821585 1991 MASCAGNI JUNIOR H J COX FR Diagnosis and corretion of manganese deficiency in corn Comm Soil Sci Plant Anal 1513231333 1984 MASCAGNI JUNIOR HJ COX FR Evaluation of inorganic and organic manganese fertilizer sources Soil Sci Soc Am J 49458461 1985 McKEAGUE JA DAY JH Dithionite and oxalateextractable Fe and Al as aid in differentiating various classes of soils Can J Soil Sci 461322 1966 FERTILIDADE DO SOLO 732 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al McLAREN RG CRAWFORD DV Studies on soil copper I The fraction of copper in soils J Soil Sci 24172181 1973 McLEAN EO BROWN JR Crop response to lime in the midwester United State In ADAMS F ed Soil acidity and liming 2ed Madison ASACSSASSA 1984 p267304 MEHARA OP JACKSON ML Iron oxide removal from soils and clays by a dithionite citrate system buffered with sodium bicarbonate Clays Clay Miner 7317327 1960 MEHLICH A Determination of P Ca Mg K Na and NH4 Raleigh North Carolina Dep Agric Soil Testing Div Publ 1953 p153 MEHLICH A Mehlich3 soil test extractant A modification of Mehlich 2 extractant Comm Soil Sci Plant Anal 1514091416 1984 MELO S MINAMI K Efeitos do molibdênio e da calagem no crescimento da couve flor cv Shiromaru II Sci Agric 56235237 1999 MINER GS TRAORE S TUCKER MR Crop response to starter fertilizer acidity and manganese materials varying in water solubility Agron J 78291295 1986 MORTVEDT JJ Availability of boron in various boronated fertilizers Soil Sci Soc Am Proc 32433437 1968 MORTVEDT JJ Bioavailability of micronutrients In HANDBOOK Soil Science London CRC Press LLC 1999 pD71D88 MORTVEDT JJ Crop response to level of watersoluble zinc in granular zinc fertilizers Fert Res 33249255 1992 MORTVEDT JJ Micronutrient fertilizers and fertilization practices Fert Res 7221235 1985 MORTVEDT JJ Micronutrients fertilizer technology In MORTVEDT JJ COX FR SHUMAN LM WELCH RM eds Micronutrients in agriculture 2ed Madison Soil Science Society of America 1991 p523548 MORTVEDT JJ Micronutrients with granular fertilizer Custom Appl 144648 505960 1984 MORTVEDT JJ Tecnologia e produção de fertilizantes com micronutrientes Presença de elementos tóxicos In FERREIRA ME CRUZ MCP eds SIMPÓSIO SOBRE MICRONUTRIENTES NA AGRICULTURA 1988 Jaboticabal Anais Piracicaba POTAFOS CNPq 1991 p357390 MORTVEDT JJ Tecnologia e produção de fertilizantes com micronutrientes Presença de elementos tóxicos In FERREIRA ME CRUZ MCP RAIJ B van ABREU CA eds Micronutrientes e elementos tóxicos na agricultura Jaboticabal CNPqFAPESP POTAFOS 2001 p237253 MORTVEDT JJ Use of industrial byproducts containing heavy metals contaminants in agriculture In REDDY RG IMRIE WP QUENEAU PB eds Residues and effluents Processing and environmental considerations Lakewood The Minerals Metals and Materials Society 1992 p861870 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 733 MORTVEDT JJ COX FR Production marketing and use of calcium magnesium and micronutrient fertilizers In ENGELSTAD OP ed Fertilizer technology and use 3ed Madison Soil Science Society of America 1985 p455481 MORTVEDT JJ OSBORN G Boron concentration adjacent to fertilizer granules in soil and its effects on root growth Soil Sci Soc Am Proc 29187191 1965 MURAOKA T NEPTUNE AML NASCIMENTO FILHO VF Avaliação da disponibilidade de zinco e manganês do solo para o feijoeiro I Zinco R Bras Ci Solo 7167176 1983a MURAOKA T NEPTUNE AML NASCIMENTO FILHO VF Avaliação da disponibilidade de zinco e manganês do solo para o feijoeiro II Manganês R Bras Ci Solo 7177182 1983b NELSON JL BOAWN LC VIETS FG A method for assessing zinc status of soils using acidextractable zinc and titratable alkalinity values Soil Sci 88275283 1959 NORVELL WA Comparison of chelating agents as extractants for metals in diverse soil materials Soil Sci Soc Am J 4812851292 1984 ODOM JW Kinects of water soluble boron soil test Comm Soil Sci Plant Anal 11759765 1980 ORLANDO FILHO J ROSSETTO R CASAGRANDE AA Canadeaçúcar In FERREIRA ME CRUZ MCP RAIJ B van ABREU CA eds Micronutrientes e elementos tóxicos na agricultura Jaboticabal CNPqFAPESPPOTAFOS 2001 600p PAIS I JONES JUNIOR JB The handbook of trace elements Boca Raton St Lucie Press 1997 223p PAULA MB CARVALHO JG NOGUEIRA FD MESQUITA HA Curva de resposta e avaliação de extratores para zinco disponível em solos hidromórficos e aluviais sob arroz inundado R Bras Ci Solo 154955 1991 PAULETTI V Nutrientes Teores e interpretações 2ed Castro Fundação ABC 2004 86p PAVAN MA MIYAZAWA M Disponibilidade do manganês no solo dificuldades e problemas na interpretação da análise para fins de fertilidade R Bras Ci Solo 8285289 1984 PIERZYNSKI GM JACOBS LW Extractability and plant availability of molybdenum from inorganicrich sewage sludge J Environ Quality 15323326 1986 PIRES AMM MATTIAZZO ME Condicionamento de biossólidos e a disponibilidade de Cu e Zn para arroz Sci Agric 60161166 2003 QUAGGIO JA GALLO PB OWINOGERROH C ABREU MF CANTARELLA H Peanut response to lime and molybdenum application in low pH soils R Bras Ci Solo 28659 664 2004 QUAGGIO JA JUNIOR DM CANTARELLA H JUNIOR AT Fertilização com boro e zinco no solo em complementação à aplicação via foliar em laranjeira Pêra Pesq Agropec Bras 38627634 2003 FERTILIDADE DO SOLO 734 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al QUAGGIO JA RAIJ B van PIZA JÚNIOR CT Frutíferas In RAIJ B van CANTARELLA H QUAGGIO JA FURLANI AMC eds Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo 2ed Campinas Instituto Agronômico Fundação IAC 1996 p119153 Boletim Técnico 100 RAIJ B van Propriedades eletroquímicas de solos In DECHEN AR QUIRINO ACC eds Simpósio avançado de química e fertilidade do solo Campinas Fundação Cargill 1986 p942 RAIJ B van CANTARELLA H QUAGGIO JA FURLANI AMG eds Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo Campinas Instituto Agronômico Fundação IAC 1996 285p Boletim Técnico 100 RAIJ B van SILVA NM BATAGLIA OC QUAGGIO JA CANTARELLA H BELLINAZI JÚNIOR R DECHEN AR TRANI PE Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo Campinas Instituto Agronômico 1985 107p Boletim Técnico 100 RIBEIRO AC TUCUNANGO SARABIA WA Avaliação de extratores para zinco e boro disponíveis em Latossolos do Triângulo Mineiro R Bras Ci Solo 88589 1984 RIBEIRO AC GUIMARÃES PTG ALVAREZ V VH eds Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais 5a aproximação Viçosa MG CFSEMG 1999 359p RITCHEY KD COX FR GALRÃO EZ YOST RS Disponibilidade de zinco para as culturas do milho sorgo e soja em Latossolo VermelhoEscuro argiloso Pesq Agropec Bras 21215225 1986 RITCHIE GSP A preliminary evaluation of resin extractable molybdenum as a soil test Comm Soil Plant Anal 19507516 1988 RODRIGUES JRM ANDRADE MJB CARVALHO JG Resposta de cultivares de feijão Phaseolus vulgaris L a doses de molibdênio aplicadas via foliar Ci Agrotec 20323333 1996 RODRIGUES MRL MALAVOLTA E MOREIRA A Comparação de soluções extratoras de ferro e manganês em solos da Amazônia Pesq Agropec Bras 36143149 2001 REDE OFICIAL DE LOBARATÓRIOS DE ANÁLISES DE SOLOS DO RIO GRANDE DO SUL E DE SANTA CATARINA ROLAS Manual de adubação e calagem para cultivos agrícolas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina Trigo e Soja 56334 1981 RÖMHELD V Aspectos fisiológicos dos sintomas de deficência e toxicidade de micronutrientes e elementos tóxicos em plantas superiores In FERREIRA ME CRUZ MCP RAIJ Bvan ABREU CA eds Micronutrientes e elementos tóxicos na agricultura Jaboticabal CNPqFAPESPPOTAFOS 2001 p7185 ROSOLEM CA AQUILANTE DJ NAKAGAWA J Adubação foliar na soja Efeito de duas formulações com e sem aplicação de micronutrientes nas sementes R Agric 567380 1981 ROSOLEM CA BESSA MA AMARAL PG PEREIRA HFM Manganês no solo sua avaliação e toxidez de manganês em soja Pesq Agropec Bras 27277285 1992 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 735 ROSOLEM CA SILVÉRIO JCO PRIMAVESI O Adubação foliar da soja II Efeitos de NPK e micronutrientes em função do preparo do solo Pesq Agropec Bras 1715591562 1982 ROWELL AWG GRANT PM A comparison of fertilizer borate and colemanite incorporated in granular fertilizers Rhod J Agric Res 136366 1975 RUSCHELL AP ROCHA ACM PENTEADO AF Efeito do boro e do molibdênio aplicados a diferentes revestimentos de semente de feijão Phaseolus vulgaris Pesq Agropec Bras 54952 1970 SÁ JCM PETRERE C Princípios e estratégias de correção do solo e adubação de manutenção In SÁ JCM KEPLIN LAS eds Alfafa Estratégia de correção do solo adubação de manutenção estabelecimento e manejo da cultura Castro Fundação ABC 1991 p116 Jornal da Área de Assistência Técnica 84 SANTOS GCG ABREU CA CAMARGO OA ABREU MF Pódeaciaria como fonte de zinco para o milho e seu efeito na disponibilidade de metais pesados Bragantia 61257 266 2002 SANTOS OS CERETTA CA PITOL C CAMARGO RP Efeitos de dosagens de molibdênio cobalto zinco e boro aplicados nas sementes sobre características agronômicas da soja 3o ano In REUNIÃO DE PESQUISA DE SOJA NA REGIÃO SUL 10 Porto Alegre 1982 Anais Porto Alegre 1982 p2427 SCHARUER PS WRIGHT WR PELCHAT J Sludgeborne heavy metal availability and upatake by vegetable crops under field conditions J Environ Qual 96973 1980 SFREDO GJ BORKERT CM CASTRO C Efeito de micronutrientes sobre a produção de soja em três solos do Estado do Paraná Inf Agron 7523 1996 SHUMAN LM Chemical forms of micronutrients in soils In MORTVEDT JJ COX FR SHUMAN LM WELCH RM eds Micronutrients in agriculture 2ed Madison Soil Science Society of America 1991 p113144 SHUMAN LM Separating soil iron and manganeseoxide fractions form microelement analysis Soil Sci Soc Am J 46 10991102 1982 SHUMAN LM Sodium hypochlorite methods for extracting microelements associated with soil organic matter Soil Sci Soc Am J 47656660 1983 SILVA FC Manual de análises químicas de solos plantas e fertilizantes Brasília Embrapa 1999 370p SILVA FR FERREYRA H Boro total e solúvel e suas relações com alguns atributos dos solos do Estado do Ceará R Bras Ci Solo 22595602 1998 SILVERBERG J YOUNG RD HOFFMEISTER G Preparation of fertilizers containing micronutrients In MORTVEDT JJ GIORDANO PM LINDSAY WL eds Micronutrients in agriculture Madison Soil Science Society of America 1972 p431457 SILVIERA DJ SOMMERS LE Extractability of copper zinc cadmium and lead in soils incubated with sewage sludge J Environ Qual 64752 1977 SIMONETE MA KIEHL JC Extração e fitodisponibilidade de metais em resposta à adição de lodo de esgoto no solo Sci Agric 59555563 2002 FERTILIDADE DO SOLO 736 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO SBCSCQFS Manual de adubação e calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 10ed Porto Alegre 2004 400p SOLTANPOUR PN SCHWAB AP A new soil test for simultaneous extraction of macro and micronutrients in alkaline soils Comm Soil Sci Plant Anal 8195207 1977 SOUSA DMG LOBATO E eds Cerrado Correção do solo e adubação Planaltina Embrapa Cerrados 2002 416p SPOSITO G The future of an illusion Ion activities in soil solutions Soil Sci Soc Am J 48514518 1984 SPOSITO G MATTIGOD V GEOCHEM A computer program for the calculation of chemical equilibria in soil solutions and other natural water systems Riverside The Kearney Foundation 1980 92p SRIVASTAVA PC GUPTA UC Trace elements in crop production Lebanon Science Publishers 1996 356p STAHL RS JAMES BR Zinc sorption by manganeseoxidecoated sand as a function of pH Soil Sci Soc Am J 5512911294 1991 STEVENSON FJ ARDAKANI MS Organic matter reactions involving micronutrients in soils In MORTVEDT JJ GIORDANO PM LINSDSAY WL eds Micronutrients in agriculture Madison Soil Science of America 1972 p79114 STOVER RC COMMERS LE SILVIEIRA DJ Evaluation of metals in waster sludge J Water Poll Control Fed 4821652175 1976 STUMM W KUMMERT R SIGG L A ligand exchange model for the adsorption of inorganic ligands at hydrous oxide interfaces Croatica Chem Acta 53291312 1980 TANNER PD GRANT PM Effectiveness of zincated fertilizers for young maize as influenced by fertilizer pH and method of applying zinc Rhod J Agric Res 116975 1973 VALADARES JMA CAMARGO OA Manganês em solos do Estado de São Paulo R Bras Ci Solo 7123130 1983 VOLKWEISS S J Fontes e métodos de aplicação In FERREIRA ME CRUZ MCP eds SIMPÓSIO SOBRE MICRONUTRIENTES NA AGRICULTURA 1988 Jaboticabal Anais Piracicaba POTAFOSCNPq 1991 p391412 WANG L REDDY KJ MUNN LC Comparison of ammonium bicarbonateDTPA ammonium carbonate and ammonium oxalate to assess the availability of molybdenum in mine spoils and soils Comm Soil Plant Anal 25523536 1994 WARREN LJ Contamination of sediments by lead zinc and cadmium A review Environ Poll 2401436 1981 WERNER JC Adubação de pastagens Nova Odessa Instituto de Zootecnia 1984 49p Boletim Técnico 18 WERNER JC PAULINO TV CANTARELLA H ANDRADE NO QUAGGIO JA Forrageiras In RAIJ B van CANTARELLA H QUAGGIO JA FURLANI AMC eds Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo 2ed Campinas Instituto Agronômico Fundação IAC 1996 p263273 Boletim Técnico 100
Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora
Recomendado para você
179
Fertilizantes e seu Uso Eficiente
Fertilidade do Solo
UEMASUL
50
Interpretação de Análise de Solo: Conceitos e Aplicações
Fertilidade do Solo
UEMASUL
186
Manual Internacional de Fertilidade do Solo - 2ª Edição Revisada e Ampliada
Fertilidade do Solo
UEMASUL
186
Manual Internacional de Fertilidade do Solo - 2ª Edição Revisada e Ampliada
Fertilidade do Solo
UEMASUL
1
Tabela de Cores de Solo Munsell 7.5YR - Guia de Referencia 2009
Fertilidade do Solo
UEMG
1
Tabela de Cores do Solo Munsell 5YR - Guia Completo
Fertilidade do Solo
UEMG
1
Anotacoes sobre ondas
Fertilidade do Solo
UEMG
Texto de pré-visualização
XI MICRONUTRIENTES Cleide Aparecida de Abreu1 Alfredo Scheid Lopes2 Gláucia Cecília Gabrielli dos Santos1 1 Centro de Solos e Recursos Ambientais Instituto Agronômico IAC CEP 13001970 Campinas SP Bolsista do CNPq cleideiacspgov gcgsantosgmailcom 2 Departamento de Ciência do Solo Universidade Federal de Lavras UFLA Caixa Postal 37 CEP 3720000 Lavras MG ascheidluflabr Conteúdo INTRODUÇÃO 646 DINÂMICA DOS MICRONUTRIENTES NO SOLO 647 Associação dos Micronutrientes com os Componentes do Solo 649 Micronutrientes na Solução do Solo 649 Micronutrientes Adsorvidos à Superfície Inorgânica 650 Troca Iônica 651 Adsorção Específica 651 Micronutrientes Associados à Matéria Orgânica 652 Micronutrientes Associados aos Óxidos 653 Micronutrientes nos Minerais Primários e Secundários 653 Fatores que Afetam a Disponibilidade de Micronutrientes para as Plantas 654 pH do Solo 654 Matéria Orgânica 656 Reacões de Oxirredução 658 Características dos Solos e Situações Relacionadas com a Deficiência de Micronutrientes para as Plantas 658 Boro 658 Cobre 659 Ferro 659 Manganês 659 Zinco 659 Molibdênio 660 Níquel 660 DIAGNOSE DA DEFICIÊNCIA E TOXIDEZ DE MICRONUTRIENTES 660 Análise de Solo para Avaliar a Disponibilidade de Micronutrientes às Plantas 661 Extratores de Micronutrientes 661 Água 662 SBCS Viçosa 2007 Fertilidade do Solo 1017p eds NOVAIS RF ALVAREZ V VH BARROS NF FONTES RLF CANTARUTTI RB NEVES JCL FERTILIDADE DO SOLO 646 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al INTRODUÇÃO A agricultura brasileira passa por uma fase em que a produtividade a eficiência a lucratividade e a sustentabilidade dos processos produtivos são aspectos da maior relevância Nesse contexto os micronutrientes cuja importância é conhecida há décadas apenas mais recentemente passaram a ser utilizados de modo mais rotineiro nas adubações em várias regiões e para as mais diversas condições de solo clima e culturas no Brasil Soluções Salinas 662 Reagentes Quelantes 662 Soluções Ácidas 663 Reagentes OxidantesRedutores 664 Soluções Extratoras Resultados de Pesquisas do Brasil 664 Boro 665 Zinco 666 Cobre 668 Manganês 669 Ferro 671 Molibdênio 672 Classes de Interpretação dos Teores de Micronutrientes no Solo 673 Análise de Plantas para Avaliar a Disponibilidade de Micronutrientes 676 Diagnose Visual Sintomas de Deficiência e Toxidez de Micronutrientes em Plantas 681 Histórico da Área 682 MANEJO DA ADUBAÇÃO COM MICRONUTRIENTES 682 Estratégias de Aplicação dos Micronutrientes 682 Estratégia de Segurança 683 Estratégia de Prescrição 683 Estratégia de Restituição 699 Fontes de Micronutrientes 700 Fontes Inorgânicas 701 Quelatos Sintéticos 703 Complexos Orgânicos 704 Óxidos Silicatados Fritas 704 Métodos de Aplicação dos Micronutrientes 704 Via Solo 705 Misturas de Fontes de Micronutrientes com Mistura de Grânulos NPK 706 Incorporação em Misturas Granuladas e Fertilizantes Simples 708 Revestimento de Fertilizantes NPK 710 Via Adubação Fluida e Fertirrigação 711 Via Foliar 713 Vantagens 715 Desvantagens 715 Via Sementes 716 Via Raízes de Mudas 717 Efeito Residual 717 Demanda de Micronutrientes pelas Culturas 719 LITERATURA CITADA 724 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 647 Os principais motivos que despertaram o maior interesse pela utilização de fertilizantes que continham micronutrientes no Brasil foram a o início da ocupação da região dos cerrados formada por solos deficientes em micronutrientes por natureza b o aumento da produtividade de inúmeras culturas com maior remoção e exportação de todos os nutrientes c a incorporação inadequada de calcário ou a utilização de doses elevadas acelerando o aparecimento de deficiências induzidas d o aumento de produção e de preferências de utilização de fertilizantes NPK de alta concentração reduzindo o conteúdo incidental de micronutrientes nesses produtos e e o aprimoramento das análises de solos e foliares como instrumentos de diagnose de deficiências de micronutrientes As deficiências de micronutrientes em plantas têm importância crescente cultivares altamente produtivos têm sido extensivamente cultivados com adubações pesadas NPK o que resulta em deficiências de micronutrientes em muitos países Cakmark 2002 Um dos aspectos mais limitantes para orientação dos agrônomos na tomada de decisão sobre o uso eficiente de micronutrientes na agricultura brasileira é que em geral existem relativamente poucos trabalhos abrangentes envolvendo calibração dos métodos de análises de solo e foliar as duas ferramentas de diagnose mais utilizadas para a recomendação de doses adequadas desses insumos Assim o conhecimento da dinâmica dos micronutrientes no solo formas e processos das técnicas de diagnose de problemas análises do solo e foliar manejo da adubação com micronutrientes fontes e métodos de aplicação dos fertilizantes que constituem os tópicos deste capítulo são fatores importantes para obter sucesso no uso desses insumos DINÂMICA DOS MICRONUTRIENTES NO SOLO Os micronutrientes B Cl Cu Fe Mn Mo Ni e Zn são elementos essenciais para o crescimento das plantas mas requeridos em quantidades menores que os macronutrientes N P S K Ca e Mg Marschner 1986 sugeriu a inclusão do Ni à lista de micronutrientes Conforme esse autor a essencialidade do Ni tem suporte em vários estudos bioquímicos que mostram que esse elemento é componente da urease a enzima que catalisa a reação da CONH22 H2O 2NH3 CO2 sendo essencial à estrutura e funcionamento da enzima Embora Marschner 1986 considere o Ni como elemento essencial às plantas e portanto um micronutriente neste capítulo não lhe será dada a ênfase dedicada aos demais micronutrientes Existem vários termos para designar micronutrientes Eles têm sido chamados de elementos menores indicando que seu conteúdo na planta é menor em relação aos macronutrientes Outro termo usado é elementos traços uma vez que somente traços desses elementos são encontrados nos tecidos das plantas Com exceção do Fe e do Mn os quais estão entre os 12 elementos mais abundantes os outros micronutrientes ocorrem em concentrações menores que 1 g kg1 na litosfera outra razão para serem chamados de elementos menores ou traços Embora os cátions micronutrientes Cu Fe Mn e Zn ocorram principalmente na forma divalente no solo diferenças no caráter iônico de suas ligações químicas são FERTILIDADE DO SOLO 648 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al suficientes para que somente o Fe2 e o Mn2 possam substituir extensivamente um pelo outro O Fe dentre os metais é o mais abundante elemento nos solos variando de 10 a 100 g kg1 enquanto a concentração média é de 38 g kg1 Krauskopf 1972 Na crosta terrestre o Fe ocorre principalmente como Fe2 e na forma de Fe3 como óxidos silicatos sulfatos e carbonatos Dos óxidos o mais freqüentemente encontrado em todas as regiões do mundo é a goetita seguida em condições aeróbias pela hematita mineral tipicamente de regiões tropicais A presença desses óxidos no solo revestese de grande importância pois são eles que praticamente controlam a solubilidade do elemento que é muito influenciada pelo pH e pelo potencial de oxirredução do solo O Mn é similar ao Fe tanto nos processos geológicos como nos químicos A concentração total de Mn no solo varia de 002 a 3 g kg1 sendo a média de 06 g kg1 Krauskopf 1972 Os minerais de Mn mais importantes são pirolusita MnO2 manganita MnOH carbonatos MnCO3 e silicatos MnSiO3 Em seus compostos naturais o Mn pode apresentarse em três estados de oxidação Mn2 Mn3 e Mn4 Em condições redutoras os compostos mais estáveis são aqueles de Mn2 e em condições oxidantes o Mn4 MnO2 sendo o íon trivalente instável em solução É difícil prever a importância relativa das diferentes formas de Mn no solo uma vez que as relações entre Mn2 e os diversos óxidos de Mn são altamente dependentes das reações de oxirredução Assim formas oxidadas podem passar para as formas reduzidas e viceversa A concentração total de Cu em solos varia de 10 a 80 mg kg1 com uma média de 30 mg kg1 Krauskopf 1972 Quanto ao material de origem o Cu é mais abundante nas rochas ígneas básicas Nas rochas sedimentares está em maior concentração nos folhelhos indicando que ele está adsorvido às partículas menores O Cu ocorre nas formas cuprosa Cu e cúprica Cu2 mas pode também ocorrer na forma metálica em alguns minerais A forma divalente é a mais importante Dentre os micronutrientes o Cu é o menos móvel no solo graças à sua forte adsorção nos colóides orgânicos e inorgânicos do solo Na matéria orgânica o Cu é retido principalmente pelos ácidos húmicos e fúlvicos formando complexos estáveis Portanto os complexos orgânicos de Cu exercem papel importante tanto na mobilidade como na disponibilidade deste para as plantas A concentração total de Zn em solos varia de 10 a 300 mg kg1 sendo a média de 50 mg kg1 Krauskopf 1972 Solos derivados de rochas ígneas básicas são mais ricos em Zn e os solos derivados de rochas sedimentares arenito os mais pobres O principal mineral de Zn é a esfarelita ZnS mas ele pode ocorrer como carbonato de Zn ZnCO3 e em diversos silicatos No solo o Zn ocorre como cátion divalente Zn2 e não existe na forma reduzida por causa de sua natureza eletropositiva O Zn é um dos metais pesados mais móveis no solo De todos os micronutrientes o Mo é o menos abundante na crosta terrestre Ele pode ser encontrado principalmente nas valências 4 e 6 A valência 4 corresponde ao mineral MoS2 molibdenita mais comum e na valência 6 os molibdatos Nas rochas a sua concentração varia de 2 a 5 mg kg1 sendo mais abundante nas rochas ígneas básicas Nos solos varia de 02 a 5 mg kg1 com média de 2 mg kg1 Krauskopf 1972 A FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 649 mobilidade do ânion molibdato nos solos é alta se comparada com a de outros micronutientes catiônicos Dentre os micronutrientes o B e o Cl encontramse no solo na forma aniônica O B sempre ocorre em combinação com o oxigênio Embora o B seja encontrado em alguns minerais silicatados insolúveis borosilicatos como a turmalina os boratos de Na bórax Na2B4O710H2O e de Ca colemanita Ca2B6O115H2O são os minerais primários mais abundantes A distribuição de B nas rochas é diferente da dos outros micronutrientes por sua predominância nas rochas sedimentares A concentração de B no solo varia de 7 a 80 mg kg1 com média de 10 mg kg1 onde é geralmente encontrado como ácido bórico H3BO3 Krauskopf 1972 O Cl está distribuído extensivamente na natureza e a grande quantidade encontrada nos solos tem origem marítima e de chuvas A maioria do Cl do solo está em sais solúveis tais como NaCl CaCl2 e MgCl2 O Cl é um dos íons mais móveis do solo sendo facilmente lixiviado A concentração de Cl no solo varia de 20 a 900 mg kg1 com média de 100 mg kg1 Na solução do solo varia de menos 05 a mais do que 6000 mg L1 Mortvedt 1999 O Ni foi o elemento químico mais recentemente reconhecido como essencial para as plantas superiores A evidência de atuação do Ni na urease em plantas superiores o seu requerimento em leguminosas independentemente do tipo de nutrição nitrogenada e a sua essencialidade para nãoleguminosas Dixon et al 1975 Eskew et al 1984 Brown et al 1987 levaram ao reconhecimento do Ni como elemento essencial para as plantas superiores Marschner 1995 Os resultados dos trabalhos de pesquisa levaram ao reconhecimento da essencialidade do Ni suas características e concentraçãoes no solo e nas plantas indicam sua atuação como micronutriente para as plantas As concentrações de Ni nos solos variam de 1 a 200 mg kg1 com média de 20 mg kg1 Pais Jones Junior 1997 Considerando as concentrações aproximadas de micronutrientes em tecidos de folhas maduras generalizadas para várias espécies a suficiencia em Ni ocorre com teores entre 015 mg kg1 e o excesso toxidez com teores entre 10100 mg kg1 KabataPendias 2001 De modo geral não há trabalhos que revelam a deficiência de Ni em plantas Sua toxidez pricipalmente em solos que recebem adições de lodo de esgoto é motivo de maior preocupação Marschner 1995 Associação dos Micronutrientes com os Componentes do Solo Como o solo é formado por diferentes componentes a quantidade total de qualquer micronutriente presente poderá estar dispersa e distribuída entre esses componentes ou pools e ligados a eles por meio de ligações fracas até aquelas com alta energia De acordo com Shuman 1991 os micronutrientes estão associados principalmente a solução do solo superfície inorgânica troca iônica e adsorção específica matéria orgânica óxidos e minerais primários e secundários Micronutrientes na Solução do Solo Sem dúvida a solução do solo é o centro de todos os processos químicos importantes e de onde as plantas absorvem os nutrientes Na solução do solo os micronutrientes FERTILIDADE DO SOLO 650 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al podem estar na forma de íons livres ou complexados com ligantes orgânicos e inorgânicos Quadro 1 De acordo com Lindsay 1972 a maioria dos micronutrientes metálicos não está na forma livre mas complexada Portanto o conhecimento das formas químicas dos micronutrientes na solução do solo é mais importante para estimar suas mobilidades e disponibilidades às plantas do que a determinação dos seus teores totais na solução do solo A concentração total do elemento em solução soma dos íons livres mais os complexados é determinada usando técnicas de espectrometria cromatografia e colorimetria Por outro lado a concentração atividade dos elementos livres e suas formas definida por especiação devem ser calculadas Este cálculo pode ser feito por meio de uma série de programas de computador sobre modelos de equilíbrio tais como o GEOCHEM Sposito Mattigod 1980 e o MINTEQ Allison et al 1991 Os micronutrientes na solução do solo estão em fluxo constante e suas concentrações dependem da força iônica da solução da concentração dos outros íons pH umidade temperatura reações de oxirredução adição de fertilizantes e absorção pelas plantas dentre outros Uma pequena mudança na concentração ou na atividade das diferentes formas dos micronutrientes na solução do solo pode causar deficiência ou toxidez para as plantas Micronutrientes Adsorvidos à Superfície Inorgânica Os micronutrientes na solução do solo como íons são atraídos para as superfícies dos colóides orgânicos e inorgânicos do solo As partículas inorgânicas coloidais do solo são compostas basicamente por argilominerais e óxidos e hidróxidos de Fe Al e Mn Os argilominerais são caulinita haloisita montmorilonita vermiculita ilita clorita e vermiculita com hidróxido de Al entre camadas A adsorção é o processo mais importante relacionado com a disponibilidade de micronutrientes às plantas pois controla a concentração dos íons e complexos na solução do solo além de exercer influência muito grande na sua absorção pelas raízes das plantas Uma completa revisão sobre a adsorção dos micronutrientes nas frações mineral e Espécie em quantidade Elemento Grande Pequena Mn Mn2 MnSO4 0 MnCO3 0 Fe Fe3 FeOH2 FeOH2 FeOH4 Fe2 FeSO4 FeMOS Zn Zn2 ZnOH ZnSO4 0 Cu CuMOS Cu2 CuOH CuSO4 0 B H3BO3 BOH4 BMOS Quadro 1 Espécies de micronutrientes ocorridas em solução do solo MOS matéria orgânica do solo Fonte Adaptado de Camargo et al 2001 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 651 orgânica do solo foi feita por Harter 1991 e por Camargo et al 2001 A troca iônica adsorção não específica e a adsorção específica mecanismos envolvidos na adsorção de micronutrientes na superfície inorgânica são descritas por Camargo et al 2001 e apresentadas no texto a seguir Troca Iônica De acordo como Camargo et al 2001 o princípio da eletroneutralidade exige que as cargas negativas associadas às superfícies sólidas dos coloídes do solo sejam compensadas por quantidade equivalente de cargas positivas na forma de prótons ou de espécies catiônicas Os cátions que envolvem as partículas de argila estão em agitação permanente decorrente de sua energia térmica e tendem a escapar da influência das cargas negativas que por sua vez os atraem para a superfície A interação dessas duas forças faz com que se forme uma nuvem catiônica ao redor da partícula em vez de uma monocamada Esta concepção estrutural é chamada de teoria da dupla camada difusa que é muito útil para explicar uma série de fenômenos ocorridos no solo Os cátions da nuvem são retidos pela superfície exclusivamente por forças eletrostáticas não específicas pelo que às vezes o processo é chamado de adsorção não específica e por causa de sua agitação térmica e por sua exposição aos outros cátions da solução que não estão sob influência do campo elétrico da partícula podem ser trocados por estes daí o nome de troca iônica Este fenômeno tem certas características que merecem destaque a é reversível b é controlado pela difusão iônica c é estequiométrico d e na maioria dos casos há uma seletividade ou preferência de um íon pelo outro que está relacionada com o raio iônico hidratado e com a energia de hidratação dos cátions de mesma valência A troca iônica é um mecanismo de pequena influência na disponibilidade dos micronutrientes Silviera Sommers 1977 Latterell et al 1978 embora em algumas situações ela tenha sido apontada como mecanismo importante para Mn Muraoka et al 1983b Diversas soluções salinas tamponadas ou não a vários pH são utilizadas para extração de metais dos sítios onde ocorre a troca iônica no solo Os cátions mais comumente empregados nos esquemas de extração por fracionamento são o Ca2 Mg2 NH4 usualmente na concentração de 1 mol L1 Íons divalentes geralmente têm maior força de deslocamento que os monovalentes Os ânions mais empregados são o Cl NO3 e CH3COO O Cl apresenta a vantagem de não causar mudança apreciável no pH Por outro lado o Cl é um ânion complexante mais forte que o NO3 e por esta razão sais de NO3 muitas vezes têm sido preferidos O acetato é muito usado com a solução a pH 70 mas Lakanen 1962 citado por Shuman 1991 preferiu usála a pH 465 para estimar o trocável e o prontamente disponível Abaixando o pH sem dúvida haverá maior liberação de micronutrientes metálicos contudo esses poderão vir de outros sítios quando as argilas são hidrolisadas Adsorção Específica Adsorção específica é um dos mais importantes mecanismos que controlam a atividade iônica na solução do solo O íon adsorvido é chamado de adsorvato e a FERTILIDADE DO SOLO 652 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al partícula que expõe a superfície de adsorção de adsorvente Nesta situação os íons perdem sua água de hidratação parcial ou totalmente formando um complexo de esfera interna com a superfície de óxidos de Fe Mn Al aluminossilicatos nãocristalinos e mesmo com arestas quebradas de argilominerais que apresentam tipo similar de sítio de adsorção ou seja um OH ou uma molécula de H2O com valência insatisfeita ligada a um íon metálico da rede cristalina Este tipo de ligação formada sempre com certo grau de ligação covalente é altamente dependente do pH é seletiva é pouco reversível e pouco afetada pela concentração iônica da solução envolvente Ela pode diminuir aumentar neutralizar ou reverter a carga do íon a ser adsorvido e ocorre independentemente da carga na superfície da partícula O acúmulo de íons ou moléculas na interface sólidosolução do solo pode ser descrito por diversos modelos empíricos como o coeficiente de distribuição e as equações de Freundlich e de Langmuir que são de uso mais freqüente em Ciência do Solo ou modelos químicos da teoria da dupla camada Adamson 1967 Raij 1986 da capacitância constante Stumm et al 1980 o triplanar Davis et al 1978 e o tetraplanar Barrow 1989 Para a determinação dos micronutrientes adsorvidos especificamente pode ser empregado HOAc 25 mL L1 utilizado por McLaren Crawford 1973 para quantificação do Cu supostamente adsorvido aos óxidos e recomendado para quantificação de outros metais Por outro lado Stover et al 1976 utilizaram o KF a pH 65 para remover os metais de sítios específicos dos óxidos ou argilominerais Micronutrientes Associados à Matéria Orgânica A fração orgânica do solo é muito complexa e compõese de grande variedade de compostos solúveis e insolúveis com grupos funcionais que são bastante reativos com os micronutrientes a saber carboxila hidroxila fenólica e alcoólica quinona carbonil cetônico amino e sulfidrila Embora a ligação entre micronutrientes e matéria orgânica possa ser vista como troca iônica entre H de grupos funcionais e íons micronutrientes o alto grau de seletividade mostrado pelas substâncias húmicas por certos micronutrientes revela que eles coordenam diretamente com aqueles grupos funcionais formando complexos de esfera interna Uma seqüência típica de seletividade tende a ser em ordem decrescente Cu Fe Mn Zn Alloway 1995 A reação de sorção entre um metal e o material orgânico resulta numa estreita associação em nível molecular entre o metal e um ou mais grupos funcionais no material húmico ou ligante átomo grupo funcional ou molécula que está ligado a um átomo central de um composto de coordenação A sorção inclui metais na nuvem difusa perto dos grupos funcionais periféricos ionizados e metais formando complexos de esfera externa e interna evidenciando que a natureza da ligação numa reação de sorção vai de ligação puramente eletrostática a fortemente covalente Camargo et al 2001 A matéria orgânica está muito associada a outras frações do solo como óxidos de Fe Warren 1981 e de Mn Stahl James 1991 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 653 A escolha dos reagentes para quantificar os micronutrientes associados à matéria orgânica é difícil porque a maioria deles não reage de forma específica dissociando os micronutrientes associados a outros componentes do solo Um dos primeiros reagentes usados para a extração de micronutrientes associados à fração orgânica foi o K4P2O7 que estabiliza a matéria orgânica causando a dispersão do solo Conforme Chao 1984 o pirofosfato não dissolve sulfetos nem quantidades significativas de óxido de Fe Contudo a principal crítica ao uso desse reagente é que ele solubiliza toda ou parte dos óxidos de Fe amorfos Shuman 1982 Outro reagente bastante usado é o peróxido de hidrogênio H2O2 que entretanto apresenta diversas desvantagens extrai metais da fração óxido de Mn dissolve alguns sulfetos presentes pode formar oxalatos que atacam óxidos de Fe É também comum utilizar quelantes para determinar os metais ligados à matéria orgânica Conforme Grimme Wiechman 1969 citados por Shuman 1991 a adição de EDTA ao NaOH causou um aumento na extração de Fe de compostos orgânicos sem contudo atacar compostos inorgânicos de Fe Shuman 1983 adicionou DTPA ao NaOCl para quelatar os metais liberados mas verificou que o DTPA disssolveu metais da fração óxido de Fe Micronutrientes Associados aos Óxidos Óxidos de Fe e de Mn têm efeito significante nas reações dos micronutrientes do solo decorrente principalmente da sua alta afinidade por íons metálicos e de seus altos teores no solo Esse aspecto é muito importante para a maioria dos solos brasileiros ricos em óxidos de Fe e Mn Os micronutrientes metálicos estão associados aos óxidos por mecanismos de adsorção formação de complexo de superfície coprecipitação e na estrutura do cristal Para solubilizar os metais da fração dos óxidos de Mn é necessário ter um reagente que reduza o Mn mas não o Fe Os reagentes mais utilizados são a hidroquinona e a hidroxilamina Dion et al 1947 sugeriram o uso da hidroxilamina por esta solubilizar mais Mn que a hidroquinona Chao 1972 verificou que a hidroxilamina 01 mol L1 em HNO3 001 mol L1 a pH 2 dissolveu 85 do óxido de Mn e somente 5 de óxido de Fe em vários sedimentos Diversos outros estudos concordam que a hidroxilamina é específica para óxidos de Mn Shuman 1982 Um dos mais populares reagentes usados para quantificação de metais associados à fração Fe amorfo é o oxalato de amônio 02 mol L1 a pH 30 McKeague Day 1966 Outra forma de extração consiste na utilização de hidroxilamina 025 mol L1 em HCl 025 mol L1 a 50 C por 30 min com agitação em banhomaria Chao Zhou 1983 Para a quantificação dos micronutrientes associados aos óxidos cristalinos o mais conhecido é o dititonito em citratotampão bicarbonato CBD desenvolvido para remover óxidos de Fe e Al das argilas minerais em estudos de mineralogia Mehara Jackson1960 Micronutrientes nos Minerais Primários e Secundários A maioria dos micronutrientes metálicos é encontrada nas estruturas cristalinas de minerais primários e secundários associada a minerais silicatados em substituições isomorfas dentro dos minerais primários e secundários 654 CLeIDE APARECIDA DE Apreu et al A quantificagaéo dos micronutrientes associados a esses componentes é feita usando a digestao com HF HNO HCl ou HClO em recipientes de plasticos resistentes ou de teflon abertos ou sobre pressdo A capacidade de recuperacao dos metais nesta fracao ira depender do tipo de amostra e do método de digestao Fazendo a digestao com solucdo com 90 HNO e 10 HCl concentradas Sinex et al 1980 citados por Shuman 1991 verificaram que estes reagentes foram eficientes em recuperar os metais em amostra de sedimentos de rios que receberam efluentes industriais Fatores que Afetam a Disponibilidade de Micronutrientes para as Plantas pH do Solo As concentracées ou atividades das formas idénicas dos micronutrientes que sao preferencialmente absorvidas da solucdo do solo pelas plantas em condicées de solos bem arejados sao bastante dependentes do pH Essa dependéncia pode ser determinada por reag6es que controlam a solubilidade desses ions de acordo com Lindsay 1972 Quadro 2 Quadro 2 Reacées que controlam a solubilidade de micronutrientes em equilibrio com a solucdo do solo Micronutriente Reacao log K Fe Fet 30H S FeOHss 394 Mn MnO s 2H s Mn 202 HO 092 Zn Zn 2Hsolo Ss Znsolo 2H 60 Cu Cu 2Hsolo Ss Cusolo 2H 32 Mo MoO 2Hsolo Ss MoOQsolo 20H 205 Fonte Adaptado de Lindsay 1972 O Fe pode estar no solo nas formas Fe soltivel e Fe baixa solubilidade sendo absorvido pelas plantas na forma de Fe Sua solubilidade é largamente controlada pelos 6xidos hidratados Além da forma Fe outras espécies idnicas predominam na faixa de pH entre 5 e 9 gracas a hidrdélise de Fe A solubilidade do Fe decresce aproximadamente mil vezes para cada unidade de aumento do pH do solo na faixa de pH de4a9 Esse decréscimo de solubilidade é muito maior para 0 Fe do que para Mn Cu ou Zn Lindsay 1972 A solubilidade do Mn absorvido pela planta na forma de Mn é controlada principalmente pela dissolucéo de MnO que é a forma normalmente presente em solos bem arejados A atividade e conseqtientemente a disponibilidade de Mn na solucdo do solo diminui 100 vezes aproximadamente para cada aumento de uma unidade no pH do solo Lindsay 1972 FERTILIDADE DO SOLO FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 655 Para os micronutrientes Cu e Zn absorvidos pelas plantas como cátions divalentes não se definiu quais compostos controlam a solubilidade desses íons Geralmente a solubilidade dos compostos no solo é menor do que a observada para a maioria dos minerais que contém esses elementos O pH afeta a distribuição dos micronutrientes que estão associados aos diferentes componentes do solo O aumento do pH diminui a presença dos micronutrientes Cu Fe Mn e Zn na solução do solo e nos pontos de troca catiônica Figura 1 Borges Coutinho 2004 aplicando biossólidos ao solo verificaram que com o aumento do pH do solo ocorreu a redistribuição do Cu Mn e Zn da fração trocável para a fração ligada à matéria orgânica ou óxidos menos disponível Dynia Barbosa Filho 1993 avaliando os efeitos da calagem sobre a dinâmica do Fe Mn Cu e Zn e a disponibilidade desses nutrientes para a cultura do arroz irrigado observaram que a calagem reduziu a solubilidade de todos os micronutrientes no solo sendo o Fe e o Zn os elementos mais afetados Fica evidente que a disponibilidade de Cu Fe Mn e Zn é afetada pelo pH diminuindo com seu aumento Como a solubilidade do Fe é muito diminuída pelo aumento de pH a calagem é considerada eficiente prática de controle da toxidez desse elemento Barbosa Filho et al 1983b Freire et al 1985 Fischer et al 1990 Figura 1 Efeito do pH na distribuição do Zn Cu e Mn nos diferentes componentes do solo Fonte Adaptado de Sims 1986 citado por Shuman 1991 FERTILIDADE DO SOLO 656 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al O efeito da calagem sobre a disponibilidade de Zn para as plantas também é mostrado por Accioly et al 2004 avaliando os efeitos da aplicação de doses de calcário 10 e 20 t ha1 em misturas de solo com proporções crescentes de Zn sobre o crescimento de Eucalyptus camaldulensis Eles observaram que a adição de calcário elevou o pH do solo próximo à neutralidade reduzindo o teor de Zn disponível no solo pela solução de Mehlich1 Santos et al 2002 utilizando o ZnSO4 e resíduo de siderurgia como fontes de Zn para o milho cultivado em dois valores de pH 50 e 60 observaram que houve uma diminuição da disponibilidade de Zn com o aumento de pH independentemente da fonte utilizada Tal efeito foi atribuído à diminuição das formas livres de Zn2 pela formação de composto do Zn com o OH ZnOH ZnOH2 O B ocorre na solução do solo principalmente como H3BO3 que predomina na faixa de pH adequada para a agricultura sendo esta a forma de B absorvida pelas plantas Quando comparado com o Cl ou NO3 o B é mais fortemente adsorvido pelos componentes do solo A adsorção de B pelos óxidos de Fe e Al é dependente de pH e é maior na faixa de pH entre 6 e 9 A disponibilidade de B é maior entre pH 50 e 70 diminuindo abaixo e acima desta faixa de pH Isso se deve principalmente às reações de adsorção que são dependentes de pH Melo Minami 1999 observaram em áreas sem e com calagem que o peso médio e a produção de couveflor cv Shiromaru II foram maiores quando não se aplicou calcário Segundo os autores a calagem pode ter reduzido a disponibilidade de B para as plantas o que possivelmente ocasionou queda de produção já que a couve flor está entre as hortaliças mais exigentes em B O Mo está presente na solução do solo como molibdato MoO4 2 forma absorvida pelas plantas e como HMoO4 em condições ácidas A solubilidade do CaMoO4 e do ácido molibdico H2MoO4 aumentam com o aumento do pH e de maneira inversa a adsorção de Mo pelos óxidos de Fe aumenta com o decréscimo de pH principalmente na faixa de 78 a 45 Então a biodisponibilidade de Mo aumenta com o aumento de pH do solo De acordo com Quaggio et al 2004 aumentos na produção de grãos de amendoim no tratamento que não recebeu Mo foram atribuídos à maior disponibilidade de Mo no solo decorrente do aumento do pH do solo O ânion Cl é muito fracamente ligado aos compostos do solo na maioria das condições em que o solo se apresenta e tornase negligível em solos com pH 70 Quantidades apreciáveis de Cl podem ser adsorvidas particularmente em solos oxídicos e caoliníticos que podem ter significativa carga positiva Matéria Orgânica A matéria orgânica do solo é constituída por ácidos húmicos e fúlvicos polifenóis aminoácidos peptídeos proteínas e polissacarídeos Esses compostos são responsáveis pela formação de complexos orgânicos com Fe Mn Cu e Zn do solo podendo diminuir a solubilidade desses micronutrientes em virtude da formação de complexos com ácidos húmicos ou aumentar sua disponibilidade em virtude da complexação com ácidos fúlvicos e outros compostos orgânicos descritos anteriormente Stevenson Ardakani 1972 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 657 A característica mais importante da ligação entre a matéria orgânica e o micronutriente metálico é sua constante de estabilidade K O valor dessa constante é uma medida da afinidade do metal pelo agente quelante e indica a solubilidade e a mobilidade dos micronutrientes metálicos em solos Recordase aqui a definição de Stevenson Ardakani 1972 Quando um íon metálico M reage com uma substância orgânica R para formar um complexo orgânico metálico MRx a reação de equilíbrio é M xR M Rx em que x é o número de moles da partícula orgânica que se combina com o íon metálico A constante de estabilidade do complexo se define como K MRxMx em que M é a concentração em mol L1 do íon metálico e R é a concentração da substância orgânica expressa em mol L1 Em termos gerais o poder de formação de complexos diminui seguindo a ordem Cu Zn Mn Portanto dentre os micronutrientes o Cu é o que mais interage com os compostos orgânicos do solo formando complexos estáveis especialmente com grupos carboxílicos e fenólicos Alguns desses complexos são tão estáveis que a maioria das deficiências de Cu tem sido associada com solos orgânicos Dynia Barbosa Filho 1993 observaram que a palha de arroz reduziu a solubilidade do Cu e Zn e não afetou a solubilidade dos outros elementos Fe e Mn evidenciando a importância da formação de complexos estáveis do Cu e Zn com ligantes orgânicos liberados na decomposição da palha de arroz O Mn também forma complexos estáveis com ligantes orgânicos A estabilidade desses complexos é tal que a incidência de deficiência de Mn acima de pH 65 é muito menor em solos com teores apreciáveis de matéria orgânica que em solos com baixo teor de matéria orgânica Faquin et al 1998 avaliaram a resposta do feijoeiro à aplicação de calcário em quatro solos de várzeas Glei Pouco Húmico Orgânico Glei Húmico e Aluvial Altos teores de Mn nos solos e tóxicos nas folhas de arroz foram observados na ausência de calagem Tais efeitos foram menores nos solos Glei Húmico e Orgânico em virtude dos maiores teores de matéria orgânica nestes solos Estes resultados estão de acordo com o relatado por McLean Brown 1984 de que em solos com elevados teores de matéria orgânica os efeitos tóxicos do Mn são amenizados pelo efeito complexante dos compostos orgânicos A maior parte do B disponível às plantas é encontrada na matéria orgânica do solo A natureza das reações do B com a matéria orgânica não é bem entendida mas pode envolver grupos de hidroxilas nos complexos orgânicos Condições de solo que favorecem a decomposição da matéria orgânica tais como calor umidade do solo boa aeração e aumento da atividade microbiana resultam em aumento do B biodisponível Silva Ferreyra 1998 encontraram correlação positiva e significativa r 0619 entre os teores de matéria orgânica e do B extraído pela água quente Resultados semelhantes FERTILIDADE DO SOLO 658 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al foram observados por Marzadori et al 1991 que atribuíram à matéria orgânica importante papel na disponibilidade de B por minimizar a lixiviação desse elemento e mantêlo na forma relativamente disponível Reações de Oxirredução Reações de oxirredução são comuns em solos e influenciam a disponibilidade dos micronutrientes especialmente as de Fe e de Mn O potencial de oxirredução é expresso em termos de pe log da atividade do elétron sendo dependente do pH do solo aeração e atividade microbiana Solos bem drenados e arejados têm potencial de oxirredução entre 400 e 700 mV enquanto em solos inundados esse potencial cai para valores entre 250 e 300 mV De acordo com a seqüência termodinâmica da redução em solos inundados apresentada por Fageria 1984 a redução do Mn4 para Mn2 ocorre em solos com potencial de 401 mV e a a redução de Fe3 para Fe2 se dá em potencial de 185 mV Isso explica porque mesmo em solos não inundados a toxidez de Mn é freqüente A toxidez de Fe tem sido mais comum em condições muito redutoras como na cultura do arroz irrigado Barbosa Filho et al 1983b ou em condições especiais como em soja cultivada em Latossolos após períodos de intensa pluviosidade Bataglia Mascarenhas 1981 Costa 2004 avaliando o desempenho de duas gramíneas ao estresse hídrico por alagamento em dois solos Glei Húmicos observou que o alagamento promoveu a elevação dos teores de Fe no solo e nas plantas O ambiente anaeróbio aumenta a solubilidade do Fe no solo reduzindo o Fe3 a Fe2 aumentando a disponibilidade de Fe2 forma absorvida pelas plantas A mesma tendência foi verificada para o Mn Embora o Cu2 possa ser reduzido a Cu nem esse elemento nem o Zn são afetados diretamente pelas condições de oxirredução ocorridas na maioria dos solos Em algumas situações de oxirredução esses elementos são afetados indiretamente pelo aumento de pH Segundo Alam 1999 o aumento do pH em solos ácidos próximos à neutralidade em condições de alagamento exerceu forte influência na redução da disponibilidade de Zn e de Cu para a cultura do arroz alagado Características dos Solos e Situações Relacionadas com a Deficiência de Micronutrientes para as Plantas Boro a maior disponibilidade ocorre na faixa de pH 50 a 70 as condições de alta pluviosidade e alto grau de perdas por lixiviação reduzem a disponibilidade principalmente em solos mais arenosos as condições de seca aceleram o aparecimento de sintomas de deficiência que muitas vezes tendem a desaparecer quando a umidade do solo é adequada Dois fatores explicam esse comportamento a a matéria orgânica importante fonte de B para o solo tem sua decomposição diminuída liberando menos B para a solução do solo e b condições de seca reduzem o transporte de B no solo e o crescimento das raízes provocando a menor exploração do volume do solo o que leva à menor absorção de nutrientes inclusive de B FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 659 Cobre a maior disponibilidade ocorre na faixa de pH 50 a 65 os solos orgânicos são os mais prováveis de apresentarem deficiência de Cu Embora os solos orgânicos apresentem altos teores de Cu este micronutriente forma complexos estáveis com a matéria orgânica fazendo com que somente pequena fração fique disponível à cultura os solos arenosos com baixos teores de matéria orgânica podem tornarse deficientes em Cu em decorrência de perdas por lixiviação em solos argilosos há menor probabilidade de deficiência desse micronutriente a presença excessiva de íons metálicos como Fe Mn e Al reduz a disponibilidade de Cu para as plantas Esse efeito independe do tipo de solo Ferro a maior disponibilidade ocorre na faixa de pH 40 a 60 a deficiência de Fe na maioria das vezes é causada por desequilíbrio em relação a outros micronutrientes tais como Mn Cu e Mo outros fatores que podem levar à deficiência de Fe são o excesso de P no solo e na planta pH elevado baixas temperaturas e altos teores de bicarbonato Manganês a maior disponibilidade ocorre na faixa de pH 50 a 65 os solos orgânicos pela formação de complexos estáveis entre matéria orgânica e Mn tendem a apresentar problemas de deficiência desse micronutriente a umidade do solo também influencia a disponibilidade de Mn Os sintomas de deficiência são mais severos em solos com alto teor de matéria orgânica durante a estação fria quando esses estão saturados com água Os sintomas tendem a desaparecer à medida que o solo seca e a temperatura se eleva solos arenosos com baixa CTC e sujeitos a altos índices pluviais são os mais propensos a apresentar problemas de deficiência desse micronutriente excessos de Ca Mg e Fe podem causar deficiência de Mn Zinco a maior disponibilidade ocorre na faixa de pH 50 a 65 alguns solos quando recebem doses de corretivos para elevar o pH acima de 60 podem desenvolver sérias deficiências de Zn principalmente quando arenosos o uso de altas doses de fertilizantes fosfatados em cultivos de várias espécies de plantas já mostrou os efeitos da interação antagônica entre o Zn e o P que se complica ainda mais em valores de pH próximos à neutralidade FERTILIDADE DO SOLO 660 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al grandes quantidades de Zn podem ser associadas à fração orgânica do solo levando à deficiência desse micronutriente que pode ser temporariamente imobilizado pelos microrganismos do solo especialmente quando da aplicação dos estercos as baixas temperaturas associadas ao excesso de umidade podem fazer com que as deficiências de Zn sejam mais pronunciadas Isso tende a se manifestar no estádio inicial de crescimento das plantas e geralmente os sintomas desaparecem mais tarde a sistematização do solo para irrigação por inundação leva à deficiência de Zn nas áreas em que o subsolo é exposto o Zn é fortemente adsorvido pelos colóides do solo o que ajuda a diminuir as perdas por lixiviação aumentando o efeito residual Entretanto solos arenosos com baixa CTC e sujeitos a chuvas pesadas podem apresentar problemas de deficiência Molibdênio a maior disponibilidade ocorre acima de pH 70 deficiências de Mo têm maior probabilidade de ocorrer em solos ácidos pH menor que 55 ou 50 Quando o solo recebe calagem adequada haverá correção da deficiência se os teores desse micronutriente forem adequados solos arenosos apresentam com mais freqüência deficiência de Mo do que os de textura média ou argilosa doses pesadas de fertilizantes fosfatados aumentam a absorção de Mo pelas plantas ao passo que doses elevadas de fertilizantes com sulfato podem levar à deficiência de Mo Mo em excesso é tóxico especialmente para animais sob pastejo O sintoma característico é forte diarréia o Mo também afeta o metabolismo do Cu Animais tratados com forragem com alto teor de Mo podem apresentar deficiência de Cu levando à molibdenose Animais sob pastejo em áreas deficientes de Mo e com teores elevados de Cu podem sofrer toxidez deste último Níquel veja capítulo III DIAGNOSE DA DEFICIÊNCIA E TOXIDEZ DE MICRONUTRIENTES A caracterização das deficiências ou excessos de micronutrientes pode ser feita mediante o uso de alguns procedimentos de diagnoses com destaque para as análises de solos e de plantas critérios baseados na avaliação visual e histórico de uso da área FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 661 Pouco citado na literatura mas de grande importância é o histórico de uso ou manejo de uma área ou gleba de uma propriedade Quanto mais um técnico souber sobre esse histórico mais eficiente será o diagnóstico dos possíveis problemas nutricionais com micronutrientes e mais fácil será a correção desses problemas Os critérios baseados na avaliação visual dependem apenas do conhecimento do técnico e do suporte de literatura Entretanto têm suas limitações por depender do aparecimento dos sintomas fase em que a produtividade normalmente já está prejudicada A análise química da planta ou de suas partes é outro critério diagnóstico especialmente útil para plantas perenes Outro instrumento diagnóstico de destaque é a análise química do solo que apresenta a grande vantagem sobre os demais por possibilitar o conhecimento prévio da disponibilidade dos micronutrientes onde será instalada a cultura Análise de Solo para Avaliar a Disponibilidade de Micronutrientes às Plantas Para avaliar a disponibilidade de micronutrientes B Cu Fe Mn Mo Ni e Zn embora oferecendo perspectivas promissoras a análise do solo teve até hoje uso bastante restrito O interesse pela análise de micronutrientes em solos tem aumentado a cada ano principalmente pelo aparecimento crescente de deficiências desses nutrientes em culturas As mais comuns são de B em algodão batata trigo café citros hortaliças mamão e uva Zn em café arroz milho citros soja e eucalipto Cu em café canadeaçúcar soja hortaliças e citros Mn em café citros e soja e Mo em café hortaliças e leguminosas Até o momento não existem relatos de ocorrência da deficiência de Ni e de Cl no País A disponibilidade de um micronutriente no solo referese ao teor deste micronutriente resultante da interrelação dos fatores intensidade quantidade e podertampão do solo durante um ciclo da planta Ela pode ser avaliada medindose as concentrações do elemento na solução do solo e depois utilizandoas no cálculo da atividade iônica fator intensidade considerada medida da disponibilidade imediata do elemento para as plantas Sposito 1984 Diversos métodos têm sido usados para extrair a solução do solo incluindo extratos de pasta de saturação deslocamentos miscíveis e imiscíveis centrifugação e extração por pressão ou vácuo das amostras de solo em laboratório ou em lisímetros no campo Todos esses métodos têm vantagens e desvantagens mas a maior dificuldade está em obter uma solução representativa sem alterar sua composição durante o processo de extração Também a disponibilidade do metal pode ser avaliada usandose um extrator apropriado no qual o teor extraído do solo por meio de reagentes químicos se correlaciona estreitatamente com o conteúdo do elemento determinado nas plantas É o sistema mais empregado nas pesquisas Extratores de Micronutrientes De maneira geral podemse classificar os extratores utilizados na determinação dos micronutrientes disponíveis em seis categorias água ou extrato de pasta de saturação soluções salinas soluções ácidas soluções complexantes oxidantesredutoras e os combinados tendo em sua composição dois os mais reagentes representantes das categorias anteriores Para facilidade de apresentação as soluções combinadas serão FERTILIDADE DO SOLO 662 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al descritas neste capítulo baseandose no princípio dominante de extração dos metais por estas soluções A quantidade de micronutrientes extraída do solo por essas soluções irá depender dos reagentes utilizados da concentração dos componentes da solução extratora do tempo de extração da relação solosolução da temperatura de extração do tempo e tipo de agitação dentre outros Variações nas condições de extração levam a diferenças nos teores extraídos de micronutrientes por um método específico Água O micronutriente extraído pela água dá uma idéia direta da concentração deste na solução do solo A sua quantificação é feita após agitação da amostra de solo com água destilada ou deionizada O método da água quente originalmente proposto por Berger Truog 1939 para determinação de B disponível é o mais usado e é sempre um ponto de referência obrigatório para a comparação com outros processos de extração de B Ribeiro Tucunango Sarabia 1984 Bataglia Raij 1990 Abreu et al 1994c A extração com água foi testada para outros micronutrientes como Mn e Zn Valadares Camargo 1983 Muraoka et al 1983ab mas os resultados não foram animadores quando se visou a identificação de solos deficientes Dada a baixa concentração de Cu Fe Mn e Zn nas extrações com água problemas analíticos são comumente encontrados e os resultados bem variáveis o que faz com que este extrator seja pouco utilizado para diagnosticar deficiências desses elementos Muraoka et al 1983ab Valadares Camargo 1983 A extração com água tornase mais viável para a determinação dos teores tóxicos desses elementos os quais sendo bem mais elevados permitem análises mais exatas e confiáveis Soluções Salinas Até recentemente os extratores salinos eram pouco utilizados em análises de metais em solos por causa da sua baixa capacidade de extração dificultando a determinação dos metais por técnicas comuns Hoje com a introdução de novas técnicas instrumentais o uso dessas soluções tornouse mais rotineiro Diversas soluções salinas tamponadas ou não a vários valores de pH são utilizadas para extração de micronutrientes Essas soluções extraem preferencialmente os micronutrientes dos pontos de troca iônica do solo A solução mais empregada é o acetato de amônio 1 mol L1 a pH 70 que extrai Cu Mn e Zn Pavan Miyazawa 1984 Abreu et al 1994a Outras soluções como nitrato de NH4 nitrato de Ca cloreto de Mg nitrato de Mg cloreto de Ca cloreto de K cloreto de Ba cloreto de NH4 têm sido empregadas para avaliar a disponibilidade de micronutrientes em solos sem no entanto uma justificativa técnica para tal uso Muitas vezes utilizamse tais soluções porque já são usadas pelos laboratórios na extração de macronutrientes trocáveis Paula et al 1991 usaram o cloreto de Ca na extração de Zn em solos de várzea Gimenez et al 1992 o cloreto de Mg para extração do Zn disponível em solos e Abreu et al 1994ab o cloreto de Ca para avaliar a disponibilidade de Mn às plantas Reagentes Quelantes Os agentes quelantes combinam com o íonmetálico em solução formando complexos solúveis reduzindo sua atividade Em conseqüência os íons são dessorvidos do solo ou FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 663 dissolvem da fase sólida para reabastecer os teores na solução A quantidade de metais quelatados que se acumula na solução do solo depende da atividade do íon metal livre na solução do solo fator intensidade da habilidade do solo em reabastecer a solução fator capacidade da estabilidade do quelato e da capacidade do quelante em competir com a matéria orgânica pelo íon Os quelantes são usados com o objetivo de extrair maiores proporções das formas lábeis dos micronutrientes porém sem dissolver as formas nãolábeis O método proposto por Lindsay Norvell 1978 empregandose o DTPA a pH 73 é o mais difundido A adição de CaCl2 10 mmol L1 e de trietanolamina foi proposta por esses autores para manter a concentração de Ca2 em solução próxima à encontrada em solos neutros e alcalinos e o pH relativamente constante Essas condições foram criadas com o objetivo de retardar a dissolução de CaCO3 em solos calcários e de obter um filtrado límpido dada a floculação das partículas coloidais do solo O método foi originalmente desenvolvido para solos calcários do sudoeste dos Estados Unidos e para identificar solos deficientes em Cu Fe Mn e Zn Seu uso foi ampliado com relativo sucesso para solos com má drenagem e ou contaminados com metais condições essas bem diferentes daquelas preconizadas para o método Mandal Haldar 1980 Scharuer el al 1980 Outra modificação no método do DTPA foi a adição do bicarbonato de amônio que originou o método ABDTPA desenvolvido por Soltanpour Schwab 1977 para extrair simultaneamente NNO3 P K Cu Fe Mn Zn de solos ou calcários com pH neutro A solução ABDTPA é composta de NH4HCO3 1 mol L1 e DTPA 5 mmol L1 ajustado inicialmente a pH 76 A solução extratora quando exposta à atmosfera ou no decorrer da extração libera CO2 o que causa um aumento no pH podendo atingir valores próximos a 85 As concentrações de NH4 e HCO3 são similares àquelas usadas tradicionalmente para extrair K e PO4 3 Mais tarde Norvell 1984 propôs o uso do DTPA ácido acético hidróxido de amônio cloreto de Ca a pH 53 para extração de micronutrientes em solos ácidos Esse método não tem sido incluído em estudos visando à seleção de extratores para avaliar a disponibilidade de micronutrientes em solos brasileiros Entretanto resultados preliminares obtidos por Abreu et al 1998 trabalhando com 59 amostras de solos do Estado de São Paulo mostraram a viabilidade desse método em extrair micronutrientes do solo Para os teores de Cu foi obtida correlação de 085 quando foram empregados os métodos DTPA pH 53 e DTPA pH 73 Para os teores de Mn e Zn os coeficientes de correlação foram de 059 e 064 respectivamente Os agentes quelantes mais usados em estudos visando à seleção de métodos quími cos para avaliar a disponibilidade de micronutrientes Cu Mn e Zn em amostras de solos brasileiros são o ácido etilenodiaminotetraacético EDTA e o dietilenotriamino pentaacético DTPA Camargo et al 1982 Galrão Sousa 1985 Galrão 1988 Paula et al 1991 Gimenez et al 1992 Bataglia Raij 1994 Soluções Ácidas A extração com soluções ácidas baseiase na dissolução dos minerais de argilas o que dificulta a definição das formas extraídas A quantidade de metais solubilizados do solo pelas soluções ácidas irá depender do tipo de ácido de sua concentração do tempo de extração da relação solosolução dentre outros As soluções concentradas de ácidos FERTILIDADE DO SOLO 664 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al fortes têm sido evitadas porque geralmente extraem metais nãolábeis da fase sólida As soluções diluídas de ácidos fortes removem os metais dos sítios de troca e parte daqueles complexados ou adsorvidos além dos da solução do solo As soluções ácidas mais testadas para extração de micronutrients são a de ácido clorídrico e a de Mehlich1 Por causa das muitas variações nos procedimentos originais desses métodos no que se refere à concentração da solução relação solosolução tempo de agitação e outros os resultados dos trabalhos de extração com soluções ácidas podem não ser comparáveis O método empregando HCl 01 mol L1 foi originalmente desenvolvido para extração de Zn de solos ácidos Nelson et al 1959 sendo as relações solosolução mais comuns 110 no método original e a 14 sugerida pelo Council on Soil Plant Test Analysis 1980 O método Mehlich1 HCl 50 mmol L1 H2SO4 125 mmol L1 foi desenvolvido para extração de P Mehlich 1953 sendo o seu uso estendido para os cátions trocáveis de solos ácidos sendo utilizadas duas relações solosolução 14 do método original e 110 comumente empregada no Brasil Galrão Sousa 1985 O método de Mehlich3 apesar de ser uma mistura de ácidos sais e quelante será incluído neste grupo O método de extração com a solução Mehlich3 CH3COOH 02 mol L1 NH4NO3 025 mol L1 NH4F 15 mmol L1 HNO3 13 mmol L1 EDTA 1 mmol L1 foi desenvolvido para avaliar a disponibilidade de P K Mg Ca Mn Fe Cu Zn e B em solos ácidos do sudoeste dos Estados Unidos Mehlich 1984 A adição de NH4F à solução de Mehlich3 melhorou a predição da disponibilidade de P em solos neutros e alcalinos Como o agente quelante DTPA causou interferência na determinação colorimétrica do P foi substituído pelo EDTA para complexar Cu Fe Mn e Zn As soluções ácidas mais testadas para extração de Cu Fe Mn Zn e de B em algumas situações são Mehlich1 HCl 50 mmol L1 H2SO4 125 mmol L1 HCl 01 mol L1 H2SO4 25 mmol L1 e H3PO4 Marinho 1970 Bartz Magalhães 1975 Casagrande 1978 Barbosa Filho et al 1990 Buzetti 1992 Abreu et al 1994ab Reagentes OxidantesRedutores Alguns micronutrientes no solo são fortemente ligados aos óxidos de Fe Al e Mn e agentes redutores poderão ser utilizados para solubilizar esses minerais e liberar os micronutrientes associados Exemplos de tais reagentes são a hidroquinona a hidroxilamina acidificada o oxalato acidificado e as soluções de ditionitocitrato que freqüentemente são usados em esquemas de fracionamento para metais A hidroquinona tem sido empregada para determinar o Mn facilmente redutível Abreu et al 1994b verificaram que o NH4OAc hidroquinona foi o melhor extrator para avaliar a disponibilidade de Mn em virtude das mudanças de pH Esses autores obtiveram coeficiente de correlação de 086 entre o teor de Mn extraído pela hidroquinona e o Mn determinado em soja crescida em solos do Estado de São Paulo que apresentavam teores naturais de Mn entre a classe média e alta Soluções Extratoras Resultados de Pesquisas do Brasil A planta é considerada o referencial dos extratores de nutrientes refletindo sua real disponibilidade Desta forma um bom extrator para uma situação específica deve FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 665 simular o comportamento da planta Neste tópico os coeficientes de correlação r e os de determinação R2 serão utilizados como ferramentas para analisar os resultados de pesquisa com os extratores indicando a eficácia do método para uma situação específica Boro A extração de B do solo usando a água quente foi proposta por Berger Truog 1939 e até hoje tem sua eficiência comprovada para várias culturas e condições de solo A água quente tem sido o método padrão para comparação com outros processos Em Minas Gerais Ribeiro Tucunango Sarabia 1984 trabalhando com cinco Latossolos que receberam adição de B e cultivando sorgo obtiveram coeficientes de correlação entre teores de Bsolo e Bplanta de 065 para água quente e 058 para o Mehlich1 Cruz Ferreira 1984 utilizando solos do Estado de São Paulo encontraram valores de 064 para água quente 068 para o método da água quente modificado e 074 para o CaCl2 1 g L1 além de valores próximos para extratores ácidos H2SO4 HCl e ácido acético Bataglia Raij 1990 testaram os extratores Mehlich1 HCl CaCl2 e água quente para avaliar a disponibilidade de B em 26 amostras de solos do Estado de São Paulo Eles concluíram que o Mehlich1 foi menos eficiente que a água quente e o cloreto de Ca Mesmo com a inclusão de outros atributos do solo como pH argila matéria orgânica e capacidade de troca o coeficiente de correlação com a absorção de B pelas plantas de girassol foi baixo Além disso o Mehlich1 não conseguiu discriminar o efeito da adição de B ao solo nem o efeito da calagem de forma similar ao observado para a água quente O uso do HCl mostrouse inviável em vista da coloração dos extratos Quaggio et al 2003 trabalhando com laranja pêra em condições de campo observaram estreita correlação entre o teor de B no solo extraído pelo método da água quente e o teor de B nas folhas r 097 No Rio Grande do Sul Bartz Magalhães 1975 trabalhando com sete amostras de solos que receberam B constataram os seguintes valores do coeficiente de correlação entre teores de Bsolo e Balfafa 083 água quente 087 Mehlich1 089 H2SO4 25 mmol L1 083 HCl 50 mmol L1 Em solos do Ceará Silva Ferreyra 1998 encontraram correlações altamente significativas entre teores de Bsolo extraídos por diversos métodos e de Bgirassol contudo a água quente foi o melhor extrator seguido do HCl e do manitol De maneira geral os extratores ácidos principalmente o Mehlich1 têmse comportado de maneira semelhante à extração com água quente naqueles experimentos que receberam doses crescentes de B Questionase se esses resultados serão reproduzidos em solos com baixos teores de B que representam a faixa de teores de maior preocupação agronômica Para o Mehlich1 a baixa concentração de B no extrato e a larga relação solosolução de 110 acarretam problemas analíticos freqüentes sendo os resultados muito variáveis A faixa de teores na qual a deficiência de B ocorre indica a necessidade de determinação com método de dosagem com menor limite de deteção desse elemento para diagnosticar a disponibilidade do nutriente no solo Embora a extração de B pela água quente usando o sistema de refluxo seja o mais apropriado para diagnosticar a disponibilidade de B em várias partes do mundo incluindo o Brasil Ribeiro Tucunango Sarabia 1984 Bataglia Raij 1990 o processo é moroso em condições de rotina pouco reprodutível e requer condições especiais de FERTILIDADE DO SOLO 666 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al análise Dentre as dificuldades associadas à extração com água quente sob sistema de refluxo podem ser mencionadas as seguintes a necessidade de vidraria isenta de B de difícil obtenção e alto custo b dificuldade de analisar um grande número de amostras por dia e c dificuldade do controle de temperatura nas etapas de aquecimento e resfriamento da suspensão do solo Algumas propostas de modificação na etapa de extração de B em solos usando a água quente sob sistema de refluxo têm sido sugeridas nos últimos anos para que a essa análise tornese mais atrativa e aplicável em condições de rotina Ferreira Cruz 1984 citados por Cruz Ferreira 1984 com o objetivo de eliminar a ebulição sob condensador de refluxo propuseram o emprego de agitação da suspensão soloágua por 5 min em banhomaria aproximadamente a 70 C Os autores obtiveram correlação significativa entre o método convencional e a técnica modificada r 075 e entre o B extraído pelas plantas e o B extraído pelo método modificado r 085 Mahler et al 1984 substituíram os vidros por plásticos e o aquecimento sob refluxo pelo aquecimento de água em copos encontrando vantagens pelas facilidades de manipulação menor trabalho baixo investimento inicial de equipamento e melhor reprodutibilidade dos resultados Abreu et al 1994c usaram saquinhos de plástico no lugar de vidros e o forno de microondas caseiro como fonte de aquecimento A correlação obtida entre B extraído usando o método convencional sob refluxo e o forno de microondas foi de 098 Além disso a extração de B do solo mostrouse mais rápida com maior precisão e reprodutibilidade O coeficiente de variação foi de 192 e 42 usando o sistema de refluxo e o forno de microondas respectivamente Os altos valores de coeficiente de variação obtidos usando o sistema de refluxo foram devidos às dificuldades de identificar com exatidão o início do tempo de refluxo Normalmente a identificação é feita visualmente considerando o movimento de bolhas em suspensão Desde que a extração de B é muito dependente do tempo de aquecimento Odom 1980 tal processo é muito mais sujeito a erros Por outro lado a extração de B usando o forno de microondas caseiro tem as condições de aquecimento mais controladas sendo menos alteradas por erros e conseqüentemente mais reprodutível Tal procedimento está em condições de rotina no laboratório de análise de solo do Instituto Agronômico desde 1994 Muitos outros laboratórios de vários Estados do País e do exterior utilizam este procedimento na rotina Zinco Os coeficientes de correlação entre teores de Znsolo e Znplanta obtidos por vários autores expressam a real situação da pesquisa visando à seleção de métodos químicos para avaliar a disponibilidade Zn em solos brasileiros Quadro 3 Ressalta se que com exceção dos trabalhos de Lantmann Meurer 1982 Bataglia Raij 1994 e Abreu Raij 1996 em todos os demais as amostras de solo receberam Zn via fertilizantes inorgânicos ou resíduos como escórias de siderurgia vermicompostos ou biossólidos Os métodos mais testados são HCl Mehlich1 EDTA e DTPA 73 Percebese que em anos passados a solução complexante EDTA era mais empregada na extração de Zn e atualmente está em desuso FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 667 Outro aspecto diz respeito aos baixos valores de correlação se comparados com aqueles obtidos em trabalhos de pesquisa que buscam selecionar métodos para os macronutrientes Além disso não há como concluir qual desses extratores seria o melhor uma vez que os valores das correlações estão muito próximos uns dos outros A concentração de Zn na solução do solo é sensível às variações de pH O método de análise de solo para ser eficiente deverá detectar a alteração da disponibilidade de Zn diante das mudanças de pH De maneira geral os extratores ácidos não têm discriminado o efeito da calagem na disponibilidade de Zn Lins 1975 verificou que o aumento do pH de 52 para 62 não alterou os teores de Zn extraídos de quatro solos de cerrado pelo Mehlich1 De forma similar Ritchey et al 1986 não verificaram efeito significativo de doses de calcário 75 15 e 225 t ha1 nos teores de Zn extraídos de um Latossolo VermelhoEscuro pelos extratorse HCl e Mehlich1 Bataglia Raij 1994 e Abreu Raij 1996 utilizando amostras de solos do Estado de São Paulo também observaram que as soluções ácidas não foram capazes de discriminar satisfatoriamente a influência do pH do solo na disponibilidade de Zn O mesmo foi verificado por Borges Coutinho 2004 e Mantovani et al 2004 em ensaios com biossólido e vermicomposto de lixo urbano Os resultados indicam que nessa situação o método DTPA tem superado as soluções ácidas Atribuise sua superioridade ao poder complexante o que permite o acúmulo de Zn na solução extratora mesmo em condições de baixa atividade do elemento em solução em equilíbrio com formas lábeis Os extratores ácidos não têm essa característica dissolvendo parte do Zn do solo independentemente de seu caráter lábil Accioly et al 2004 comentam que o uso de soluções ácidas para avaliar a disponibilidade de Zn em solos que receberam altas doses de calcário pode extrair formas mais estáveis do elemento como o Zn ligado a hidróxidos e carbonatos que não estariam disponíveis às plantas Quadro 3 Coeficientes de correlação entre teores de zinco de amostras de solos brasileiros por diferentes soluções extratoras e zinco nas plantas HCl 01 mol L1 Mehlich1 Mehlich3 DTPA pH 73 EDTA Fonte 079 079 085 Lantmann Meurer 1982 048 063 075 Lantmann Meurer 1982 080 089 087 Muraoka et al 1983a 040 074 Ribeiro Tucunango Sarabia 1984 073 075 NS 065 Paula et al 1991 085 085 087 Buzetti 1992 058 057 061 052 Bataglia Raij 1994 061 071 Abreu Raij 1996 071 086 078 Anjos Mattiazzo 2001 095 096 Santos et al 2002 088 087 089 Simonete Kiehl 2002 089 090 093 Pires et al 2003 089 088 Martins et al 2003 079 080 083 Mantovani et al 2004 091 093 092 093 Borges Coutinho 2004 ns Nãosignificativo Todos os demais foram significativos a pelo menos 5 FERTILIDADE DO SOLO 668 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cobre O comportamento dos extratores de Cu do solo é bastante parecido e os valores de correlação são muito próximos entre si Quadro 4 Conforme Camargo et al 1982 em 87 das amostras de solos estudadas houve correlação negativa entre o pH e o teor de Cu extraído com DTPA enquanto em apenas 58 das amostras foi obtida correlação entre o pH e o Cu extraído pela solução ácida Mehlich1 Galrão Sousa 1985 observaram que apesar de a extração com Mehlich1 ter resultado em correlação significativa entre teores de Cusolo e Cutrigo r 047 esse método não foi tão eficiente em discriminar a aplicação de doses crescentes de sulfato de cobre como aconteceu com os extratores DTPA Mehlich3 e HCl Posteriormente Galrão 1988 confirmou a baixa capacidade de avaliação da disponibilidade Cu pelo Mehlich1 Gimenez et al 1992 objetivando avaliar a toxidez de Cu em mudas de cafeeiro concluíram que os extratores DTPA e HCl apresentaram as melhores correlações com os teores de Cu nas raízes parte da planta mais sensível à toxidez Bertoni et al 2000 avaliaram a eficiência do extrator DTPA na predição da disponibilidade de Cu em solo cultivado com arroz inundado Segundo esses autores o teor de Cu extraído pelo DTPA apresentou correlação altamente significativa com todas as variáveis estudadas CuDTPA com Cuteor arroz r 091 CuDTPA com Cuacumulado no arroz r 080 CuDTPA com produção de matéria seca do arroz r 092 Cancela et al 2001 observaram correlações elevadas entre o teor de Cumilho e aquele extraído por DTPA Mehlich1 Mehlich3 e ABDTPA cujos valores de correlação variaram de 064 Mehlich1 a 071 Mehlich3 Segundo esses autores o Mehlich3 foi considerado o extrator mais eficiente em avaliar a disponibilidade de Cu seguido do DTPA Pires Mattiazzo 2003 observaram elevados coeficientes de correlação entre o teor de Cu extraído do solo pelo DTPA r 092 HCl r 095 e Mehlich3 r 087 e o seu teor em plantas de arroz comprovando a eficiência destes extratores na previsão da disponibilidade desse elemento em solos que receberam resíduos orgânicos Considerando os valores dos coeficientes muito próximos Pires Mattiazzo 2003 indicam o uso do HCl em condições de rotina pela facilidade operacional deste método frente aos outros extratores HCl 01 mol L1 Mehlich1 Mehlich3 DTPA pH 73 MgCl2 Fonte 070 047 056 062 Galrão Sousa 1985 NS NS Barbosa Filho et al 1990 058 055 063 061 Gimenez et al 1992 096 096 097 089 Gimenez et al 1992 060 089 088 Abreu et al 1996a 067 058 055 Abreu et al 1996a 091 Bertoni et al 2000 NS 083 084 Anjos Mattiazzo 2001 064 071 069 Cancela et al 2001 085 083 087 Simonete Kiehl 2002 095 087 092 Pires Mattiazzo 2003 051 044 Martins et al 2003 083 079 077 Mantovani et al 2004 083 019 060 NS Borges Coutinho 2004 Quadro 4 Coeficientes de correlação entre teores de cobre de amostras de solos brasileiros por diferentes soluções extratoras e cobre nas plantas ns Nãosignificativo Todos os demais foram significativos a pelo menos 5 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 669 Manganês A análise do solo para Mn tem sua complexidade aumentada porque a disponibilidade desse elemento é grandemente influenciada pelas reações de oxirredução do solo Apesar de os coeficientes de correlação entre os teores de Mnsolo e de Mn planta serem baixos os resultados de pesquisa são animadores pois mostram a viabilidade da análise do solo como critério diagnóstico para avaliar a disponibilidade de Mn para as plantas Quadro 5 As soluções salinas tamponadas ou não têm sido eficientes em avaliar a disponibilidade de Mn para as plantas de maneira contrária ao que ocorre para Cu e Zn A eficiência dessas soluções devese ao fato de que parte do Mn do solo encontrase na forma trocável Valadares Camargo 1983 ligada aos sítios de troca de cátions por atração eletrostática ou forças de Coulomb em equilíbrio direto e rápido com a solução do solo podendo ser trocado com outros cátions em quantidades estequiométricas Muraoka et al 1983b encontraram valores de correlação entre teores de Mnsolo e Mn planta de 078 NH4OAc 048 DTPA e 039 EDTA Abreu et al 1994b estabeleceram a extração com solução de CaCl2 como um dos métodos que melhor estimaram o Mn quando existiram mudanças na disponibilidade desse elemento decorrente da acidez do solo Pavan Miyazawa 1984 verificaram que os teores de Mn extraídos com NH4OAc 1 mol L1 pH 70 diminuíram consideravelmente com o aumento de pH Os teores foram extremamente baixos quando o pH do solo foi maior que 65 De maneira geral o comportamento das soluções ácidas e quelantes nas extrações de elementos do solo é bastante parecido sendo as correlações entre esses métodos muito próximas o que impede uma definição conclusiva sobre o melhor extrator Entretanto analisando situações mais específicas observase uma tendência de aceitar o DTPA como a melhor opção Abreu et al 1996b concluíram que o extrator DTPA 73 foi mais eficiente em relação ao Mehlich1 para avaliar a disponibilidade de Mn para as plantas em solos que receberam adubação com esse elemento Esses autores observaram a capacidade do DTPA 73 em diferenciar os efeitos de fontes e doses de fertilizantes que continham Mn o que é importante pelo fato de a concentração de Mn na planta uma das características usadas para avaliar sua disponibilidade no solo ter mostrado efeito interativo das fontes e de doses de Mn Quadro 5 Coeficientes de correlação entre teores de manganês de amostras de solos brasileiros por diferentes métodos de extração e manganês nas plantas ns Nãosignificativo Todos os demais foram significativos a pelo menos 5 HCl 01 mol L1 Mehlich1 Mehlich3 DTPA pH 73 Resina Fonte 048 Muraoka et al 1983b 068 072 Rosolem et al 1992 065 058 064 Abreu et al 1994a NS NS 079 Abreu et al 1994b 083 091 087 Rodrigues et al 2001 081 082 065 Simonete Kiehl 2002 051 054 058 062 Abreu et al 2004 051 055 077 Mantovani et al 2004 087 089 091 091 Borges Coutinho 2004 FERTILIDADE DO SOLO 670 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Rosolem et al 1992 analisando a relação entre teor de Mn do solo e a concentração desse elemento em plantas de soja observaram que quando os teores de Mn no solo foram modificados pela adição de sulfato de Mn o desempenho do DTPA r 072 foi ligeiramente superior ao do Mehlich1 r 068 Resultados semelhantes foram verificados por Abreu et al 1994a aplicando doses crescentes de cloreto de Mn em dez amostras de solo do Estado de São Paulo Esses autores encontraram coeficientes de correlação entre teores de Mnsoja e Mnsolo igual a 078 quando utilizaram o DTPA e 071 para o Mehlich1 Resultados semelhantes foram obtidos por Mantovani et al 2004 aplicando vermicomposto de lixo urbano em solo cultivado com alface Eles observaram em solo arenoso uma maior eficiência do DTPA r 077 frente aos extratores Mehlich1 r 051 e Mehlich3 r 055 e em solo argiloso apenas o DTPA r 076 foi eficiente em avaliar a disponibilidade de Mn para a alface Há algumas situações em que a eficiência dos extratores principalmente ácidos é melhorada quando se inclui o valor de pH nas equações de regressão Abreu et al 1994a relataram que os extratores DTPA Mehlich1 e HCl só foram eficazes em avaliar o Mn disponível para plantas de soja quando a interpretação considerou o valor de pH do solo O mesmo foi verificado por Borges Coutinho 2004 com a aplicação de biossólido na cultura do milho em um Latossolo Vermelho e um Neossolo Quartzarênico com os coeficentes de correlação variando de 033 Mehlich3 a 066 HCl no Latossolo Vermelho Contudo quando foi incluído o pH no modelo de regressão houve melhora inportante na relação entre o Mn acumulado na planta e o determinado por meio dos extratores no Latossolo Vermelho encontrandose R2 0742 para Mehlich3 R2 0821 para Mehlich1 e R2 0859 para HCl o que permitiu uma melhor interpretação da disponibilidade do Mn para as plantas nesse solo No Neossolo o efeito da inclusão do pH foi pouco marcante A proposta do uso de resinas de troca iônica em análise de solo para a determinação da disponibilidade de nutrientes é bastante antiga principalmente para P Além de P K Ca e Mg a resina de troca de íons pode ser utilizada para avaliação da disponibilidade de S Cu Mo Na Cd Pb e Mn Usando como plantateste a soja Abreu et al 1994a encontraram valores de coeficientes de correlação entre os teores de Mn no solo e na parte aérea das plantas iguais a 064 Resina 065 Mehlich1 e 051 DTPA Em trabalho subseqüente com soja esses coeficientes de correlação foram de 079 Resina 045ns Mehlich1 e 040ns DTPA Abreu et al 1994b Contudo quando os teores dos micronutrientes são muito baixos tornase difícil a quantificação pela resina por causa da larga relação solosolução extratora 25 cm350 mL Tentando solucionar esse problema Almeida 1999 propôs o uso de 25 cm3 de solo para 25 mL de solução e modificou a solução extratora da resina ácido clorídrico mais cloreto de amônio adicionando citrato de amônio Com a modificação as extrações por troca iônica HCl NH4Cl e complexação citrato de amônio juntas no mesmo método viabilizaram o uso de menor volume da solução extratora e possibilitaram a utilização do método para a determinação de Mn Fe e S Com base nessas informações Abreu et al 2004 compararam a eficiência da modificação do método da resina de troca de íons adição do citrato de amônio para extrair o Mn e o Fe disponíveis do solo com os métodos tradicionalmente usados DTPA ABDTPA Mehlich1 e Mehlich3 Segundo esses FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 671 autores para a soja foram obtidas correlações positivas entre teor de Mn do solo e Mn na planta para todos os métodos Resina r 062 DTPA r 058 Mehlich1 r 051 e Mehlich3 r 054 com exceção do ABDTPA concluindo ser a resina tão eficiente quanto os outros métodos para avaliar a disponibilidade de Mn para a soja Por outro lado para o milho nenhum método foi eficiente em avaliar a disponibilidade de Mn mesmo incluindo os teores de matéria orgânica e da granulometria nos cálculos dos modelos preditivos ou a separação dos solos de acordo com essas características Ferro As pesquisas desenvolvidas no País visando à seleção de extratores para avaliar a disponibilidade de Fe para as plantas são muito incipientes As soluções extratoras mais comumente empregadas são Mehlich1 DTPA e HCl Quadro 6 Para quantificar o Fe geralmente aproveitase o extrato usado para determinar o Zn Cu ou Mn disponível em solos Dentre os poucos trabalhos que visam selecionar extratores de Fe citase o de Camargo et al 1982 Esses autores estudaram o efeito do pH na extração de Fe Cu Mn e Zn pelas soluções de Mehlich1 e DTPA em 24 amostras superficiais de solos do Estado de São Paulo Concluíram que ambos foram eficientes embora os teores de Fe extraídos com DTPA tenham se correlacionado melhor com o pH em relação ao extrator ácido Em solos que receberam doses de calcário que elevaram o pH a mais de 66 houve aumento no teor de Fe extraído pela solução de Mehlich1 Ressaltamse os trabalhos de Defelipo et al 1991 e Amaral Sobrinho et al 1993 Esses últimos autores obtiveram um coeficiente de correlação entre teores de Fe no solo e Fe no sorgo de 092 Mehlich1 e de 065 DTPA Em decorrência dos altos teores de Fe encontrados em solos brasileiros problemas relacionados com a toxidez são mais comuns do que aqueles relacionados com a deficiência Portanto para o Fe é importante analisar especialmente o comportamento dos extratores em amostras com teores elevados faixa de maior interesse agronômico Neste contexto Abreu et al 1998 compararam a capacidade de extração das soluções de CaCl2 10 mmol L1 DTPA 53 Mehlich1 110 Mehlich1 14 e Mehlich3 com a solução de DTPA 73 método oficial no Estado de São Paulo para a extração de Fe Quadro 6 Coeficientes de correlação entre teores de ferro de amostras de solos brasileiros por diferentes métodos de extração e ferro nas plantas ns Nãosignificativo Todos os demais foram significativos a pelo menos 5 Solução extratora HCl 01 mol L1 Mehlich1 Mehlich3 DTPA pH 73 Resina Fonte 092 065 Amaral Sobrinho et al 1993 078 068 072 Simonete Kiehl 2002 044 062 051 Rodrigues et al 2001 NS NS NS NS NS Abreu et al 2004 FERTILIDADE DO SOLO 672 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al disponível do solo A solução de CaCl2 extraiu pequenos teores de Fe A amplitude de variação foi de 01 a 61 mg dm3 e a maior parte dos valores ficou entre 01 e 05 mg dm3 Atentese que esses baixos valores foram obtidos em amostras de solos com teores elevados de Fe extraídos pelo DTPA 73 Essa situação deverá ser agravada em amostras de solos com teores baixos em Fe Dentre os métodos testados o DTPA 53 foi o que apresentou a maior correlação com o DTPA 73 r 096 e os extratores Mehlich1 r 081 e CaCl2 r 066 apresentaram as mais baixas correlações Em solos da Amazônia Rodrigues et al 2001 verificaram que as melhores correlações foram obtidas entre o teor de Fe na matéria seca do arroz e o teor deste elemento extraído pela solução de Mehlich3 r 062 seguida pelo DTPA r 051 e pelo Mehlich1 r 044 Esses extratores também foram eficientes em avaliar a disponibilidade de Fe na cultura do milho que recebeu aplicação de biossólido Simonete Kiehl 2002 sendo os coeficientes de correlação entre teores de Feplanta e Fesolo significativos para HCl r 078 DTPA pH 73 r 072 e o Mehlich3 r 068 Esses resultados diferem daqueles obtidos por Abreu et al 2004 que não observaram em nenhuma situação correlação significativa entre o teor de Fe solo extraído pelos métodos DTPA ABDTPA Mehlich1 Mehlich3 e resina e o seu teor nas culturas de soja e milho Molibdênio Embora a análise de solo para avaliar o Mo disponível seja pouco praticada no Brasil as respostas das culturas à aplicação desse micronutriente são bastante acentuadas Dos diferentes tipos de extratores propostos para avaliar a disponibilidade de Mo e usados com relativo sucesso estão o oxalato de amônio pH 33 Wang et al 1994 água quente Lowe Massey 1965 resina de troca aniônica Jarrel Dawson 1978 e o AB DTPA Pierzynski Jacobs 1986 Geralmente a quantidade de Mo extraída pelo oxalato de amônio é muitas vezes maior que a extraída por outros métodos e com correlações menores com a absorção de Mo pelas plantas Lowe Massey 1965 Little Kerridge 1978 Burmerster et al 1988 Por outro lado correlações positivas entre teores de Mosolo e Mo nas espécies de Triticum sp Gropyron cristhatum e Medicago sativa foram obtidas por Wang et al 1994 em solos que receberam Na2MoO4 A mudança de pH de 33 para 60 da solução de oxalato de amônio possibilitou a significância da correlação r 081 entre os teores de Mooxalato de amônio pH 60 e Mofumo Liu et al 1996 A resina de troca iônica tem sido usada com sucesso para extrair Mo Jarrel Dawson 1978 Boon 1984 Ritchie 1988 As resinas são produtos sintéticos que apresentam uma rede tridimensional de cadeias de hidrocarbonetos que contêm grupamentos funcionais com cargas elétricas A estrutura é porosa e flexível podendo expandir e reter solutos em seu interior A extração é contínua dentro do tempo proposto pelo método ocorrendo uma transferência do metal do solo para a resina Geralmente emprega se a resina tipo AG1X4 de troca aniônica saturada com Cl As boas correlações encontradas entre teores de Moresina e Moplanta devemse à sua seletividade Dallpai 1996 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 673 Poucas são as experiências brasileiras com análise de solo para o Mo Os estudos têm enfocado mais o levantamento dos teores totais e extraíveis de Mo utilizando diversas soluções químicas Dantas Horowitz 1976 Horowitz 1978 Catani et al 1970 Bataglia et al 1976 Nesses estudos a absorção de Mo pelas plantas não foi correlacionada com os teores no solo impedindo uma conclusão quanto à eficiência dos métodos em avaliar sua disponibilidade Para o Estado de Pernambuco Dantas Horowitz 1976 observaram que o teor de Mo aumentou do horizonte A para o B As variações foram de 035 a 080 mg kg1 para o Latossolo e de 027 a 143 mg kg1 para o Podzólico empregandose solução ácida de oxalato de amônio Posteriormente Horowitz 1978 encontrou teores na faixa de 003 a 012 mg kg1 considerados muito baixos em onze amostras de solos da zona Litoral Mata do Estado de Pernambuco utilizando o mesmo extrator químico Em três amostras de solos do Estado de São Paulo Catani et al 1970 avaliaram a extração de Mo pelas soluções de ácido sulfúrico ácido fluorídrico em ácido sulfúrico ácido oxálico e oxalato de amônio Concluíram que a solução de ácido fluorídrico em ácido sulfúrico pode ser usada em análise de rotina para extração de Mo do solo uma vez que o método e as técnicas são simples Bataglia et al 1976 obtiveram valores muito baixos de Mo 011 a 016 mg dm3 utilizando o oxalato de amônio a pH 33 Apesar do êxito de alguns trabalhos em quantificar o Mo em solos há ainda sérias restrições ao uso dessas soluções extratoras em condições de rotinas dos laboratórios de análise de solo Classes de Interpretação dos Teores de Micronutrientes no Solo Se para alguns macronutrientes não há muita concordância sobre os critérios de qualificação dos resultados de análise de solos em classes de teores para micronutrientes a situação é mais crítica pela dificuldade de realizar em condições de campo ensaios de calibração da análise de solo Entretanto em alguns Estados já existem tabelas de interpretação dos resultados da análise de solo para os micronutrientes definidas por órgãos oficiais como Rio Grande do Sul e Santa Catarina Quadro 7 Paraná Quadro 8 Espírito Santo Quadro 9 São Paulo Quadros 10 e 11 Minas Gerais Quadro 12 e região dos Cerrados Quadro 13 Cabe ressaltar que as deficiências de micronutrientes estão fortemente associadas às espécies vegetais e até às variedades Portanto a interpretação da análise de solo para micronutrientes é incluída somente em tabelas de adubação de São Paulo quando para a cultura em questão tem sido constatada deficiência freqüente de micronutrientes Quadros 10 e 11 Embora Alvarez V et al 1999 relatem que há poucos trabalhos de calibração em Minas Gerais as classes de interpretação da análise do solo para micronutrientes são mais subdivididas Quadro 12 em relação às interpretações recomendadas em outros Estados A região dos Cerrados tem mostrado respostas mais acentuadas ao uso de micronutrientes notadamente de Zn Cu B e Mn Entretanto trabalhos de campo 674 CLeIDE APARECIDA DE Apreu et al especificos para avaliacdo de niveis criticos apenas recentemente receberam atencao da pesquisa no passado o enfoque era muito mais na avaliacdo da resposta a doses de micronutrientes Cabe ressaltar os trabalhos de Galrao 1993 1995 1996 procurando estabelecer niveis criticos de Zn por varios extratores para as culturas da soja e do milho em solos de cerrado Mais recentemente Galrao 2002 estabeleu critérios para interpretacao de andlise de solos para a regiao CentroOeste Quadro 13 Quadro 7 Interpretacado dos resultados da andlise de solo para micronutrientes nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina Teor B Cu Zn Mn Fe Classe Agua quente HC101molL HC101 mol L Mehlich1 Oxalato de aménio pH 30 i mg dm 8 g dm3 Baixo 01 02 02 25 Médio 0103 0204 0205 2550 Alto 03 04 05 50 50 Para a cultura da videira 0 teor adequado de boro no solo varia de 06 a 10 mg dm O valor 5 g dm pode estar relacionado com a toxidez de Fe brozeamento ocorrida em alguns cultivares de arroz irrigado Fonte Adaptado de SBCSCQFS 2004 Quadro 8 Interpretacdo dos resultados da andlise de solo para micronutrientes no Estado do Parana B DTPA Mehlich1 Teor Ss SSS EE Classe Agua Hcl quente 005 mol L Cu Fe Mn Zn Cu Fe Mn Zn mg dm ee Baixo 02 03 03 40 08 06 04 150 40 08 Médio 0304 03 06 0409 5080 0810 0715 0515 160400 5080 0915 Bom 0506 1020 90300 1150 16301620401600 901201620 Alto 0615 0710 30 310900 51300 3160 20 601 121 21 Excesso 30 60 3000 1500 300 80 3000 1500 30 Fonte Adaptado de Costa Oliveira 1998 Quadro 9 Interpretacgdo dos resultados da andlise de solo para micronutrientes no Estado do Espirito Santo Teor B Mehlich1 Classe BaCl a quente Cu Zn Mn Fe mg dm 3 Muito baixo 05 40 5 20 Baixo 03 0615 4169 611 2131 Médio 0406 16200 70400 12130 32200 Alto 06 200 40 130 200 Fonte Adaptado de Dadalto Fullin 2001 FERTILIDADE DO SOLO XI MicRONUTRIENTES 675 Quadro 10 Interpretacdo dos resultados da andlise de solo para micronutrientes no Estado de Sao Paulo B DTPA pH 73 Teor Agua quente Cu Zn Mn Fe mg dm 8 Baixo 0020 002 005 012 04 Médio 021060 0308 0612 135 512 Alto 060 08 12 5 12 Fonte Adaptado de Raij et al 1996 Quadro 11 Inclusdo ou nao dos micronutrientes na adubacdo com base na andlise de solo e nas respostas de algumas culturas no Estado de Sao Paulo Micronutriente Cultura Sooo B Cu Zn Mn Fe Milho Nao Nao Sim Nao Nao Trigo Sim Nao Sim Nao Nao Sorgo Nao Nao Sim Nao Nao Café Sim Sim Sim Sim Nao Soja Nao Nao Sim Sim Nao Algodao Sim Nao Nao Nao Nao Cebola Sim Sim Sim Nao Nao Fonte Adaptado de Raij et al 1996 Quadro 12 Interpretacdo dos resultados da andlise de solo para micronutrientes no Estado de Minas Gerais Teor B Mehlich1 Classe Agua quente Cu Zn Mn Fe emg dm Muito baixo 015 03 04 2 8 Baixo 016035 0407 0509 35 918 Médio 036060 0812 1015 68 1930 Bom 061090 1318 1622 912 3145 Alto 090 18 22 12 45 O limite superior da classe média indica 0 nivel critico Fonte Adaptado de Alvarez V et al 1999 FERTILIDADE DO SOLO FERTILIDADE DO SOLO 676 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Análise de Plantas para Avaliar a Disponibilidade de Micronutrientes A aptidão das plantas em absorver e utilizar os micronutrientes refletese nos seus teores nas plantas e em seu equilíbrio nutricional Podemse obter informações úteis sobre esses teores por intermédio da análise química de certos tecidos O uso da diagnose foliar baseiase nas premissas de que existem dentro de limites relações diretas entre dose de nutriente e produção dose de nutriente e teor no solo e foliar e teor foliar e produção A composição dos tecidos vegetais é influenciada pelos seguintes fatores própria planta como espécie ou cultivar estádio vegetativo ou idade da planta distribuição e funcionamento das raízes produção de frutos ambiente natural ou cultural como variações climáticas suprimento de água estado sanitário da planta e manejo do solo interações entre elementos minerais dentre outros Considerações insuficientes dos efeitos interativos desses fatores sobre a composição mineral da planta são provavelmente a origem de certos fracassos registrados na utilização da análise foliar em programas de adubação Em virtude desses fatores mencionados a padronização na amostragem para análise foliar deve ser bastante detalhada Quadros 14 a 21 Com relação à escolha da parte da planta a ser amostrada a maioria dos autores cita a folha recentemente madura como a mais indicada entretanto há na literatura recomendações específicas a cada cultura A determinação dos teores adequados dos micronutrientes para as culturas é uma das fases da diagnose foliar que demanda grande esforço por parte da pesquisa Contudo já existem informações disponíveis sobre teores foliares adequados para algumas culturas mais importantes no Brasil e que podem ser usadas como um guia básico para interpretação dessa técnica de diagnose Quadro 22 No caso de culturas sobre as quais não se estabeleceram ainda bases para interpretação dos resultados analíticos é preferível comparar dados de plantas aparentemente normais com os de plantas que apresentam alguma anomalia Mehlich1 Cu Zn Mn Teor Classe B Água quente mg dm3 Baixo 002 004 010 019 Médio 0305 0508 1116 2050 Alto 05 08 16 50 Quadro 13 Interpretação dos resultados da análise de solo para micronutrientes em condições de Cerrados Fonte Adaptado de Sousa Lobato 2002 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 677 Cultura Descrição da amostragem Cacau Amostrar 25 plantas 8 semanas após o florescimento principal coletar a 2a e 3a folha verde a partir do ápice do ramo da altura média da planta 4 folhas por árvore Café Retirar amostras de ramos frutíferos no início do verão dezembro e janeiro de talhões homogêneos amostrando 50 plantas 2 folhas por planta 3º par a partir do ápice dos ramos da altura média da planta igual a número de folhas de cada um dos lados das linhas de cafeeiros Plantas anômalas não devem ser amostradas ou podem ser amostradas à parte Chá Amostrar 25 plantas de maio a junho retirando a 2a folha a partir dos ramos não lignificados Fumo Amostrar 30 plantas folha superior totalmente desenvolvida no florescimento Fonte Adaptado de Raij et al 1996 e Silva 1999 Quadro 15 Procedimentos para amostragem de folhas em plantas estimulantes Cultura Descrição da amostragem Arroz Folha bandeira coletada no início do florescimento Mínimo 50 folhas Aveia Folha bandeira coletada no início do florescimento Mínimo 50 folhas Centeio Folha bandeira coletada no início do florescimento Mínimo 50 folhas Cevada Folha bandeira coletada no início do florescimento Mínimo 50 folhas Milho Terço médio da folha da base da espiga na fase de pendoamento 50 das folhas pendoadas Sorgo Folha 4 ou quarta folha com a bainha visível contada a partir do ápice no florescimento Trigo Folha bandeira coletada no início do florescimento Mínimo 50 folhas Triticale Folha bandeira coletada no início do florescimento Mínimo 50 folhas Quadro 14 Procedimentos para amostragem de folhas em cereais Fonte Adaptado de Raij et al 1996 e Silva 1999 Cultura Descrição da amostragem Abacate Coletar em fevereiro ou março folhas recémexpandidas com idade entre 5 e 7 meses da altura média das copas Amostrar 50 árvores Abacaxi Amostrar pouco antes da indução floral uma folha recémmadura D normalmente a 4a folha a partir do ápice Cortar as folhas em pedaços de 1 cm de largura eliminando a porção basal sem clorofila Homogeneizar e separar cerca de 200 g para envio ao laboratório Amostrar 50 plantas Acerola Amostrar nos quatro lados da planta folhas jovens totalmente expandidas de ramos frutíferos Amostrar 50 plantas Banana Amostrar 510 cm do terço médio da 3a folha a partir da inflorescência eliminandose a nervura central e metades periféricas Amostrar 30 plantas Citros Amostrar a 3a folha a partir do fruto gerada na primavera com 6 meses de idade em ramos com frutos de 2 a 4 cm de diâmetro Amostrar 100 árvores 4 folhas por árvore para cada talhão homogêneo Figo Amostrar folha recémmadura e totalmente expandida da porção mediana do ramo Amostrar 100 árvores 4 folhas por árvore Goiaba Amostrar o 3o par de folhas recémmaduras com pecíolo em pleno florescimento Amostrar 25 árvores 4 folhas por árvore Maça Amostrar folha recémmadura e totalmente expandida Amostrar 100 árvores 4 a 8 folhas por planta para talhão homogêneo Macadâ mia Amostrar folha recémmadura e totalmente expandida no meio do último fluxo de vegetação Amostrar 100 árvores 4 folhas por planta para talhão homogêneo Mamão Amostrar 15 pecíolos de folhas jovens totalmente expandidas e maduras 17 a 20a folha a partir do ápice com uma flor visível na axila Manga Amostrar folhas do meio do fluxo de vegetação de ramos com flores na extremidade Amostrar 80 árvores 4 folhas por planta para talhão homogêneo Maracujá Amostrar 3a ou 4a folha a partir do ápice de ramos não sombreados alternativamente coletar a folha com botão floral na axila prestes a se abrir Amostrar 20 folhas no outono Pêssego Amostrar folha recémmadura e totalmente expandida no meio do último fluxo de vegetação Amostrar 100 árvores 4 folhas por planta para talhão homogêneo Uva Amostrar folha recémmadura mais nova contada a partir do ápice dos ramos Amostrar 100 folhas Quadro 16 Procedimentos para amostragem de folhas em frutíferas Fonte Adaptado de Raij et al 1996 Silva 1999 e Natale et al 1996 citado por Silva 1999 FERTILIDADE DO SOLO 678 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Fonte Adaptado de Raij et al 1996 e Silva 1999 Quadro 17 Procedimentos para amostragem de folhas em hortaliças Cultura Descrição da amostragem Abóbora 9 a folha a partir da ponta no início da frutificação Amostrar 15 plantas Agrião Folhas compostas do topo da planta 25 plantas Aipo Parte aérea 70 dias após o transplante 20 plantas Alcachofra Folha desenvolvida 180 dias após a brotação 15 plantas Alface Folha recémdesenvolvida metade a 23 do ciclo 15 plantas Alho Folha recémdesenvolvida porção nãobranca início da bulbificação 15 plantas Aspargo Folha superior a mais recémdesenvolvida 15 plantas Berinjela Pecíolo da folha recémdesenvolvida 15 plantas Beterraba Folha recémdesenvolvida 20 plantas Brócolo Folha recémdesenvolvida na época da formação da cabeça 15 plantas Cebola Folha mais jovem na metade do ciclo de crescimento 20 plantas Cenoura Folha recémmadura na metade a 23 do desenvolvimento 20 plantas Chicória Folha mais velha na formação da 8 a folha 15 plantas Couve Folha recémdesenvolvida 15 plantas Couveflor Folha recémdesenvolvida na época da formação da cabeça 15 plantas Ervilha Folíolo recémdesenvolvido no florescimento 50 folíolos Espinafre Folha recémdesenvolvida 30 a 50 dias 20 plantas Feijãovagem 4 a folha a partir da ponta do florescimento ao início da formação das vagens 30 plantas Jiló Folha recémdesenvolvida no florescimento 15 plantas Melancia 5 a folha a partir da ponta excluindo o tufo apical da metade até 23 do ciclo 15 plantas Melão 5 a folha a partir da ponta excluindo o tufo apical da metade até 23 do ciclo 15 plantas Morango 3 a ou 4 a folha recémdesenvolvida sem pecíolo no início do florescimento 30 plantas Nabo Folha recémdesenvolvida no engrossamento das raízes 20 plantas Pepino 5 a folha a partir da ponta excluindo o tufo apical início do florescimento15 plantas Pimenta Folha recémdesenvolvida do florescimento à metade do final do ciclo 25 plantas Pimentão Folha recémdesenvolvida do florescimento à metade do final do ciclo 25 plantas Quiabo Folha recémdesenvolvida no início da frutificação 4050 dias 25 plantas Rabanete Folha recémdesenvolvida 30 plantas Repolho Folha envoltória 2 a 3 meses 15 plantas Salsa Parte aérea 30 plantas Tomate Folha com pecíolo por ocasião do 1º fruto maduro 25 plantas Cultura Descrição da amostragem Amendoim No florescimento folhas de 50 plantas tufo apical do ramo principal Feijão No florescimento 3 a folha com pecíolo tomada no terço médio de 30 plantas Girassol 5 a a 6 a folha abaixo do capítulo cabeça no florescimento amostrar 30 plantas Soja No florescimento 3 a folha com pecíolo de 30 plantas Quadro 18 Procedimentos para amostragem de folhas em leguminosas e oleaginosas Fonte Adaptado de Raij et al 1996 e Silva 1999 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 679 Cultura Descrição da amostragem Batata Amostrar 30 plantas aos 30 dias retirando a 3 a folha a partir do tufo apical Batatadoce Amostrar 15 plantas aos 60 dias do plantio retirando as folhas mais recentes totalmente desenvolvidas Mandioca Amostrar 30 plantas retirando o limbo folíolo das folhas mais jovens totalmente expandidas 34 meses após o plantio Quadro 19 Procedimentos para amostragem de raízes e tubérculos Fonte Adaptado de Raij et al 1996 e Silva 1999 Cultura Descrição da amostragem Leguminosa forrageira Soja perene Amostrar durante a fase de crescimento ativo novembro a fevereiroAmostrar a ponta dos ramos desde o ápice até a 3 a ou 4 a folha desenvolvida Leguminosa forrageira Estilosantes Amostrar durante a fase de crescimento ativo novembro a fevereiro Ponteiro da planta cerca de 15 cm Leguminosa forrageira Leucena Amostrar durante a fase de crescimento ativo novembro a fevereiro Ramos novos com diâmetro até 5 mm Leguminosa forrageira Alfafa Terço superior da planta no início do florescimento Leguminosa forrageira Guandu Amostrar durante a fase de crescimento ativo novembro a fevereiro Gramíneas Forrageiras Colonião Napier Coastcross Amostrar durante a fase de crescimento ativo novembro a fevereiro Brotação nova e folhas verdes Gramíneas forrageiras Tifton Braquiarão Andropó gon Braquiária Ipean Australiana Batatais Gordura Amostrar durante a fase de crescimento vegetativo no vembro a fevereiro Brotação nova e folhas verdes Quadro 20 Procedimentos para amostragem de gramíneas e forrageiras Fonte Adaptado de Raij et al 1996 e Silva 1999 Cultura Descrição da am ostragem Plantas ornamentais e flores Folhas maduras e totalm ente expandidas Canadeaçúcar A mostrar 30 plantas durante a fase de maior desenvolvimento vegetativo da canadeaçúcar retirando os 20 cm centrais da folha 1 folha m ais alta com colarinho visível TVD excluindo a nervura central Pupunha A mostrar 20 plantas com altura superior a 16 m do solo até a inserção da folha mais nova durante a fase de m aior desenvolvim ento vegetativo novem bro a março Retirar os folíolos da parte mediana da folha 2 segunda folha mais nova com limbo totalmente expandido Seringueira A mostrar 25 plantas no verão Em árvores até de 4 anos retirar duas folhas mais desenvolvidas da base de um buquê terminal situado no exterior da copa e em plena luz Em árvores de mais de 4 anos colher duas folhas mais desenvolvidas no último lançamento maduro em ramos baixos na copa em áreas som breadas Florestas Eucalipto e Pinus A mostrar 20 plantas por gleba homogênea 50 ha no fim do inverno Folhas recém maduras normalmente o penúltimo ou antepenúltimo lançamento de folhas dos últimos 12 meses Para as variedades mais responsivas à adubação retirase uma folha de cada ponto cardeal do terço médio da copa no antepenúltimo lançamento de folhas e galhos Algodão A mostrar 30 plantas no florescimento coletando os lim bos da 5 a folha a partir do ápice da haste principal Quadro 21 Procedimentos para amostragem de outras culturas de interesse econômico Fonte Adaptado de Raij et al 1996 e Silva 1999 FERTILIDADE DO SOLO 680 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura Boro Cobre Zinco Manganês Ferro Molibdênio Culturas anuais mg kg1 Algodão 1 40100 820 2060 50350 50250 12 Amendoim 1 2060 1050 20150 50350 50300 0114 Arroz 2 425 325 1050 70400 70200 0103 Aveia 2 520 525 1570 25100 40150 0203 Cevada 2 520 525 1570 20100 25100 0102 Ervilha 3 100110 1520 80100 4050 100120 0610 Feijão 4 1526 420 1850 15100 40140 0515 Girassol 4 35100 25100 3080 1020 80120 Mandioca 5 1550 525 35100 25100 60200 011018 Milho 2 1025 620 15100 20200 30250 0102 Soja 4 2155 1030 2050 20100 50350 1050 Sorgo 2 420 520 1550 10190 65100 0103 Trigo 1 520 525 1570 25100 50150 0102 Culturas perenes Abacate 1 50100 515 30150 30650 50200 Abacaxi 1 3040 912 1015 50200 100200 Acerola 6 25100 515 3050 1550 50100 Banana 6 1025 630 2050 2002000 80360 Café 1 40100 650 1070 50300 70300 0105 Canadeaçúcar 7 1030 615 1050 25250 40250 005020 Citros 1 35100 520 25200 25500 50200 0110 Eucalipto 8 3050 710 3550 400600 150200 0510 Goiaba 3 1016 2832 202398 144162 Mamão 5 2030 410 1540 20150 25100 Manga 5 50100 1050 2040 50100 50200 Maracujá 5 40100 1015 2560 40250 120200 1012 Pinus 8 1225 47 3045 250600 100200 Pupunha 7 1230 410 1540 30150 40200 Seringueira 7 2070 1015 2040 40150 50120 Forrageiras Andropogon 9 1020 412 2050 40250 50250 B brizantha 9 1025 412 2050 40250 50250 B decumbens 9 1025 412 2050 40250 50250 Coastcross 9 1025 414 3050 40200 50200 Colonião 9 1030 414 2050 40200 50200 Guandu 9 2050 612 2550 40200 40200 Leucena 9 2550 512 2050 40150 40250 Napier 9 1025 417 2050 40200 50200 Soja perene 9 3050 512 2050 40150 40250 Stylosanthes 9 2550 612 2050 40200 40250 Tifton 9 2530 420 1570 20300 50200 Quadro 22 Faixa de suficiência de teores de micronutrientes em folhas de plantas anuais e perenes e na parte aérea de forrageira Fonte Galrão 2002 citando vários autores 1 Bataglia 1991 2 Cantarella et al 1996 3 Malavolta et al 1989 4 Ambrosano et al 1996 5 Lorenzi et al 1996 6 Quaggio et al 1996 7 Raij et al 1996 8 Gonçalves et al 1996 9 Werner et al 1996 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 681 Diagnose Visual Sintomas de Deficiência e Toxidez de Micronutrientes em Plantas A diagnose visual é uma técnica baseada no fato de que as plantas com deficiência acentuada ou toxidez de um micronutriente normalmente apresentam sintomas definidos e característicos dos distúrbios causados pela falta ou excesso deste nutriente Sua principal vantagem está no fato de que a planta age como integradora de todos os fatores de crescimento e constitui o produto final de interesse do produtor Outra vantagem é que não requer equipamentos sofisticados e caros e pode ser usada como complemento às outras técnicas de diagnose da fertilidade do solo ou estado nutricional da planta A manifestação externa de carência ou excesso de determinado micronutriente pode ser concebida como o último passo de uma seqüência de eventos Figura 2 Existem muitas informações para auxiliar no desenvolvimento de habilidade na identificação de deficiências e toxidez de micronutrientes Elas estão em boletins cartazes livros e panfletos que mostram os vários sintomas em estampas coloridas Além disso parcelas experimentais ou faixas demonstrativas no campo com tratamentos conhecidos podem ajudar a calibrar os testes e a análise visual Mas é sempre bom lembrar que a os sintomas de deficiência e de toxidez nem sempre são claramente definidos b o mascaramento advindo de outros nutrientes doenças e ataque de insetos pode dificultar a correta diagnose de campo c os sintomas de deficiência sempre indicam fome severa nunca deficiência leve ou moderada e d muitas culturas iniciam queda na produção muito antes de os sintomas de deficiência ou toxidez tornaremse evidentes A situação quando há perdas sem sintomas de deficiência é chamado de fome oculta e pode reduzir consideravelmente as produções e a qualidade da colheita mesmo que a cultura não apresente sinal de fome Como já mencionado a diferenciação entre o sintoma devido à causa nutricional e aquele devido à causa nãonutricional nem sempre é fácil Entretanto se for relembrada a base racional de distribuição em excesso de suprimento e remobilização em deficiência dos elementos pelo xilema e floema uma distribuição sistemática dos sintomas dentro de uma planta isolada pode ser esperada Figura 3 Figura 2 Seqüência de eventos que conduzem a anormalidade visível relativa a deficiência ou excesso de nutrientes em plantas Fonte Adaptado de Malavolta 1980 FERTILIDADE DO SOLO 682 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Histórico da Área Finalmente devese destacar a importância de conhecer o histórico de manejo de uma área ou gleba de uma propriedade Quanto mais um técnico souber sobre o histórico de manejo mais eficiente será o diagnóstico do possível problema nutricional e mais fácil será a correção desse problema Se uma área vem recebendo sistematicamente pulverizações com fungicidas que contenham micronutrientes é provável que estes produtos sejam também fontes de micronutrientes Por exemplo o uso de Mancozeb em plantas frutíferas poderá suprir o Mn e o Zn para as plantas Da mesma forma o uso sistemático de fungicidas à base de Cu para combater a ferrugem do cafeeiro pode fornecer esse micronutriente à lavoura Por outro lado o uso contínuo e constante por vários anos de fritas com alto teor de Zn pode levar a teores extremamente altos desse micronutriente fazendo com que os solos com altos teores de Cu acima de 2 mg dm3 apresentem deficiências do micronutriente induzidas pelo excesso de Zn aplicado por vários anos consecutivos MANEJO DA ADUBAÇÃO COM MICRONUTRIENTES Estratégias de Aplicação dos Micronutrientes Existem três estratégias básicas para aplicação de micronutrientes que vêm sendo utilizadas no Brasil de segurança de prescrição e de restituição Figura 3 Chave simples para diagnose visual de desordem nutricional em planta Fonte Römheld 2001 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 683 Estratégia de Segurança A estratégia de segurança foi a mais utilizada no passado principalmente no fim da década de 60 e início dos anos 70s quando do início da incorporação da região dos cerrados no processo produtivo Por princípio essa estratégia não utiliza dados de análise de solos e de plantas assim são recomendados geralmente mais de um ou todos os micronutrientes levando em conta possíveis problemas de deficiência em uma região tipo de solo ou cultura específica Vários Estados em seus boletins de recomendação de adubação utilizaram no passado essa estratégia Citase como exemplo o Estado de Goiás cuja recomendação para cultura de grãos é de 6 kg ha1 de Zn 1 kg ha1 de Cu 1 kg ha1 de B e 025 kg ha1 de Mo com distribuição a lanço e repetição a cada quatro ou cinco anos Comissão de Fertilidade do Solo de Goiás 1988 No sulco de plantio a recomendação é de ¼ dessas doses repetidas por quatro anos Volkweiss 1991 cita como outros exemplos dessa estratégia a recomendação de B nas culturas de alfafa no Rio Grande do Sul ROLAS 1981 do algodoeiro em solos arenosos de São Paulo Raij et al 1985 de Zn na região dos cerrados e nas pastagens em São Paulo Werner 1984 Em culturas de alto valor como hortaliças e frutíferas em que os custos de adubação com micronutrientes são insignificantes em relação ao valor da produção muitos agricultores ainda hoje usam a adubação de segurança que inclui vários ou todos os micronutrientes Estratégia de Prescrição A estratégia de prescrição vem aos poucos substituindo a de segurança para número considerável de casos de recomendações oficiais de micronutrientes para as mais diferentes regiões e condições de solo clima e culturas Segundo Volkweiss 1991 a estratégia de prescrição é o sistema ideal do ponto de vista econômico de segurança para o agricultor e de uso racional de recursos naturais Contudo para sua utilização é necessária uma sólida base experimental referente à seleção ou desenvolvimento e calibração de métodos de análises de solos e de plantas que proporcionem o máximo retorno econômico ao agricultor Por meio da estratégia de prescrição as recomendações são mais equilibradas e de certa forma protegem as culturas contra os antagonismos que possam vir a ocorrer na nutrição mineral das plantas como resultado de relações não balanceadas dos nutrientes no solo e nas plantas Exemplos recentes de adoção da estratégia de prescricão em recomendações oficiais de adubação utilizando dados de análise de solo e às vezes de análise foliar são encontrados em vários Estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina Quadro 23 SBCSCQFS 2004 Minas Gerais Quadro 24 Ribeiro et al 1999 São Paulo Quadros 25 26 e 27 Raij et al 1996 região de cerrados Quadro 28 Galrão 2002 Espírito Santo Quadro 29 Dadalto Fullin 2001 e Pernambuco Quadro 30 Cavalcanti 1998 FERTILIDADE DO SOLO 684 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura Recomendação Observações Soja Molibdênio 12 a 25 g ha1 de Mo via semente ou entre 25 e 50 g ha1 de Mo via adubação foliar As doses mais elevadas são recomendadas para os solos mais arenosos As fontes podem ser o molibdato de amônio 54 de Mo solúvel em água ou molibdato de sódio 39 de Mo solúvel em água As aplicações de Mo na semente à semelhança dos fungicidas devem preceder a inoculação Alfafa 20 kg ha1 de bórax Antes da semeadura repetindo esta dose anualmente no início da primavera Alho Aplicar sulfato de zinco a 05 eou bórax borato de sódio a 02 Para suprir eventuais deficiências de Zn e B Fazer quatro a seis aplicações em intervalos de uma a duas semanas Repolho 3 g m2 de molibdato de amônio e 2 g m2 de bórax na sementeira e no canteiro definitivo Podese usar também a adubação foliar em duas aplicações de ácido bórico 2 g L1 e de molibdato de amônio 1 g L1 Tomateiro 30 kg ha1 de bórax 3 g m1 de sulco considerando o espaçamento de 1 m entre sulcos Juntamente com a adubação de base Batata 15 a 20 kg ha1 de bórax Principalmente em solos arenosos e ou com teores de matéria orgânica menores do que 25 g kg1 Abacateiro 20 a 30 kg ha1 de bórax Em solos em que a disponibilidade de B for inferior a 03 mg dm3 Incorporar juntamente com a calagem e a adubação de préplantio Em pomares implantados quando o teor na folha for menor que 50 mg kg1 fazer pulverização com bórax no solo em ambos os lados das linhas na faixa adubada usando aplicador de herbicida numa dosagem que possibilite o consumo nãosuperior a 10 kg ha1 de bórax A aplicação de B também pode ser feita junto com herbicidas de pósemergência desde que sejam usados produtos compatíveis principalmente com pH semelhante Citros Adubação foliar ZnSO47H2O 300 g MnSO44H2O 200 g MgSO47H2O 2 kg Bórax Na2B4O710H2O 100 g uréia 2 kg e espalhante adesivo 50 mL em 100 L de água No caso de serem observadas deficiências de Mn Zn Mg e B A época mais indicada para a adubação foliar é o período de brotacão das árvores Recomenda se para o abacateiro fazer três aplicações nos pomares em crescimento ou formação sendo a primeira na brotação primaveril setembro a segunda em novembrodezembro e a terceira em janeirofevereiro e duas naqueles em produção a primeira no final da queda dos restos florais podendo ser feita com o tratamento fitossanitário se não houver incompatibilidade e a segunda no fluxo vegetativo em fevereiromarço Para citros recomendamse três aplicações nos pomares em crescimento e duas nos pomares em produção a primeira no final da queda das pétalas junto como um tratamento fitossanitário se não houver incompatibilidade e a segunda no fluxo vegetativo que ocorrem em fevereiromarço Macieira Zinco Até três pulverizações quinzenais com sulfato de zinco ZnSO47H2O 2 g L1 ou fungicidas à base de Zn ou Zn quelatizado a partir do início da 2a quinzena de novembro Ao aplicar sulfato de Zn com altas temperaturas adicionar CaOH2 2 g L1 para evitar fitotoxidez Podese aplicar sulfato de Zn 10 a 20 g L1 antes do início da brotação evitandose assim a indução de russeting Boro 2 a 3 pulverizações quinzenais co bórax Na2B4O710H2O 2 g L1 Aplicar no estádio de botão rosado para favorecer a fecundação das flores No cultivar Gala três aplicações de B espaçadas de 30 dias sendo a primeira em meados de novembro podem melhorar a coloração da película dos frutos na colheita Nogueira Pecã Adubação foliar ZnSO47H2O 400 g MnSO44H2O 200 g MgSO47H2O 2 kg espalhante adesivo 100 mL em 100 L de água Caso sejam observados sintomas de deficiência desses nutrientes ou quando os teores foliares de Zn e Mn forem menores que 25 mg kg1 fazer duas pulverizações anuais uma em setembro e a outra em fevereiro Pereira Boro fazer duas a três pulverizações quinzenais com bórax 4 g L1 ou solubor 2 g L1 a partir da queda das pétalas Em cultivares sensíveis à deficiência de B como a Nijisseiki ou em casos de deficiência comprovada pela análise foliar Aplicar o B quando as flores estão no estádio de balão se o objetivo for o de favorecer a fecundação e a frutificação efetiva Pesseguei ro e Nectarinei ra Boro No caso do teor de B no solo ser menor que 01 mg dm3 podese incorporar 10 kg ha1 de B juntamente com a calagem e a adubação de préplantio Se o teor estiver entre 01 e 03 mg dm3 aplicar 75 kg ha1 de B Na região da Encosta Superior do Nordeste do Rio Grande do Sul têm sido constatadas respostas à aplicação de B na instalação dos pomares Quivizeiro Somente aplicar nutrientes via foliar se for constatada deficiência visual ou pela análise foliar O quivizeiro é muito sensível ao excesso de B Roseira de corte Aplicar B duas vezes por ano na dose de 05 g m2 de B Videira 10 kg ha1 de B em préplantio 06 mg dm3 de B Após o estabelecimento do vinhedo reaplicar B se o teor na folha for 30 mg kg1 de B Fonte Adaptado de SBCSCQFS 2004 Quadro 23 Recomendações de micronutrientes para várias culturas nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 685 Cultura Dose Condições Alface pepino pi mentão e tomate em ambiente protegido 1 kg ha1 de B e 3 kg ha1 de Zn Sugerese acompanhamento criterioso dos teores de B e Zn no solo e nas folhas pela análise química para prevenir a toxidez dos mesmos Hortaliças geral 15 kg de sulfato de zinco 10 kg de bórax 10 kg de sulfato de cobre 05 kg de molibdato de amônio por hectare Em solos que não foram fertilizados nos últimos anos Pulverizações foliares com 2 kg de sulfato de zinco 1 kg de bórax 1 kg de sulfato de cobre e 025 kg de molibdato de amônio por hectare Para correção de carências nutricionais especialmente nas culturas mais exigentes Alho 3 kg ha1 de B e 3 a 5 kg ha1 de Zn Acrescentar à adubação de plantio Alface Idem hortaliças geral Batata Idem hortaliças geral Brócolos Idem hortaliças geral Especialmente B no solo e Mo via foliar Cebola Idem hortaliças geral Cenoura 1 a 2 kg ha1 de B e ou 2 a 3 kg ha1de Zn Em solos deficientes Couveflor Idem hortaliças geral Especialmente B no solo e Mo via foliar Melão 5 g L1 de cloreto de cálcio e 15 g L1 de ácido bórico ou soluções quelatizadas via foliar A partir do início do aparecimento dos frutos e a intervalos de 10 dias Milho verde 3 a 5 kg ha1 de Zn Morango Ácido bórico a 15 g L1 Três aplicações durante o florescimento caso haja produção de frutos deformados Pepino 1 kg ha1 de B e 3 kg ha1 de Zn Em solos deficientes Pimentão Idem hortaliças geral Repolho Idem hortaliças geral Especialmente B no solo e Mo via foliar Tomate 2 a 3 kg ha1 de B e 4 kg ha1 de Zn Em solo de baixa fertilidade Citros 80 g de bórax por planta 6 anos ou mais e Zn e Mn via foliar com solução de no máximo 15 g L1 de sais Pulverização a alto volume com espalhante adesivo quando as brotações tiverem 13 do tamanho final Com altas temperaturas ao se aplicar o ZnSO47H2O devemse adicionar 2 g L1 de CaOH2 para evitar fitotoxidez Macieira marmelei ro pereira Duas a cinco pulverizações com 2 g L1 de ZnSO47H2O duas a três aplicações quinzenais com 4 g L1 de ácido bórico ou 2 g L1 de solubor A partir do estádio de fruto com 1 cm de diâmetro Mamoeiro 5 g de bórax e ou 10 g de sulfato de zinco por cova Em solos comprovadamente deficientes Nogueira pecã 130 g de sulfato de zinco por planta A partir do 4o ano em outubro de forma localizada sem misturar ao solo Videira Uréia e ácido bórico 4 g L1 de cada fertilizante Após a colheita 2 a 3 aplicações beneficiam a próxima brotação e fecundação das flores Em solos abaixo de 06 mg dm3 B aplicar 50 a 70 kg ha1de bórax Cravo 1 a 2 g m2 de bórax no canteiro Em solos deficientes Roseira 15 kg ha1 de bórax No canteiro Plantas ornamentais arbustivas e arbóreas Aplicação foliar de bórax sulfato de zinco e sulfato de manganês 20 g L1 do sal 15 g de sulfato de zinco por cova de 20 dm3 10 a 15 g de bórax por planta Para produção de mudas em solos deficientes No plantio Aos 60 120 e 240 dias do plantio juntamente com o N e o K Quadro 24 Recomendações de micronutrientes para várias culturas no Estado de Minas Gerais Continua FERTILIDADE DO SOLO 686 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura Dose Condições Algodão 1 kg ha1 de B a no sulco de plantio Em solos arenosos e baixos em matéria orgânica Arroz 2 a 4 kg ha1de Zn Em solos com menos de 1 mg dm3 de Zn Canadeaçúcar 2 a 5 kg ha1de Mn Zn e Cu Em áreas deficientes Café 06 a 10 g de B e 10 a 20 g de Zn por cova ou m de sulco respectivamente Adubação pósplantio em cobertura no 1o ano Cafeeiro adulto 3 2 ou 1 kg ha1 de B Para solo baixo médio ou bom Em solos com teores médios 2 a 4 aplicações foliares com 3 a 5 g L1 de ácido bórico 3 2 ou 1 kg ha1 de Cu Para solo baixo médio ou bom A pulverização com fungicidas cúpricos fornece cobre satisfa toriamente para o cafeeiro 15 10 ou 5 kg ha1 de Mn Para solo baixo médio ou bom Via foliar 2 a 4 aplicações por ano de 5 a 10 g L1 de sulfato manganoso 6 4 ou 2 kg ha1 de Zn Para solo baixo médio ou bom para solos de textura arenosa a média Em solos argilosos 2 a 4 aplicações foliares de sulfato de zinco 5 g L1 ou 3 g L1 com a adição de 3 g L1 de KCl Pulverizações com sulfato ferroso 10 g L1 Em casos de deficiências de ferro Cafeeiro Ácido bórico 3 g L1 sulfato de zinco 3 g L1 cloreto de potássio 3 g L1 oxicloreto de cobre 3 g L1 espalhante adesivo 05 g L1 Em casos de deficiências múltiplas de micro nutrientes Eucalipto 5 g de sulfato de zinco na cova de plantio Aplicar 10 g de bórax por planta em cobertura juntamente com o N e ou K Feijão 1 kg ha1 de B e ou 2 a 4 kg ha1 de Zn Em solos deficientes 60 g ha1 de Mo 154 g ha1 de molibdato de só dio ou 111 g ha1 de molibdato de amônio Via foliar entre 15 e 25 dias após a emergência Fumo 15 gcova de FTE BR12 Girassol 1 kg ha1 de B e ou 2 a 4 kg ha1 de Zn Em solos deficientes Mamona 5 kg ha1 de Zn Constatada deficiência Mandioca 5 kg ha1 de Zn Em solos comprovadamente deficientes Milho 1 a 2 kg ha1 de Zn Em solos deficientes Seringueira 05 g de B 05 g de Cu 25 g de Zn por m3 de substrato 01 g de B 01 g de Cu e 05 g de Zn por planta Para formação de mudas Adubação formação do jardim clonal Sorgo 1 a 2 kg ha1 de Zn Em solos deficientes Trigo 065 a 13 kg ha1 de B Na forma de FTE ou bórax Um exemplo da combinação da estratégia de segurança com a de prescrição é a utilizada para construção da fertilidade do solo com micronutrientes e com Co na cultura da soja tomando por base a necessidade ditada pela análise foliar e aplicandose as seguintes doses 4 a 6 kg ha1 de Zn 05 a 1 kg ha1 de B 05 a 20 kg ha1 de Cu 25 a 6 kg ha1 de Mn 50 a 250 g ha1 de Mo e 50 a 250 g ha1 de Co aplicados a lanço e com efeito residual para pelo menos cinco anos Para aplicação no sulco é recomendável ¼ dessas doses repetidas por quatro anos consecutivos No caso do Mo e Co recomenda se ainda o tratamento das sementes com as doses de 12 e 25 g ha1 de Mo e 1 a 5 g ha1 de Co com produtos de alta solubilidade Embrapa 1996 Quadro 24 Continuação Fonte Adaptado de Ribeiro et al 1999 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 687 Cultura Dose Condições Cereais Arroz de sequeiro 3 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de Zn 06 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Arroz irrigado 5 kg ha1 de Zn 3 kg ha1 de Zn 06 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Aveiacenteio cevada trigo e triticale sequeiro 3 kg ha1 de Zn 1 kg ha1 de Zn 06 mg dm3 de Zn 021 mg dm3 de B Milho para grãos e silagem Milho pipoca milho verde milho doce sorgo 4 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de Zn 06 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Estimulantes Cacau Plantio Produção 3 gcova de Zn 4 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de Zn 06 mg dm3 de Zn 06 mg dm3 de Zn 07 a 15 mg dm3 de Zn Café Plantio 1 g m1 de B 05 g m1 de B 1 g m1 de Cu 2 g m1 de Mn 2 g m1 de Zn 1 g m1 de Zn 0 a 02 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B 0 a 02 mg dm3 de Cu 0 a 15 mg dm3 de Mn 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Reduzir a quantidade de B pela metade em solos com menos de 35 de argila Produção 2 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 2 kg ha1 de Mn 2 kg ha1 de Zn 1 kg ha1 de Zn Adubação foliar 6 g L1 de sulfato de zinco 10 g L1 de sulfato de manganês 3 g L1 de ácido bórico 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B 0 a 15 mg dm3 de Mn 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Aplicar em novembro e fevereiro caso haja deficiên cia se não for aplicado boro no solo Fibrosas Algodão 3 kg ha1 de Zn 05 kg ha1 de B 05 a 1 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B Adubação foliar 015 a 018 kg ha1 de boro por vez baixo volume 06 mg dm3 de Zn 061 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B Solos arenosos pobres em matéria orgânica 021 mg dm3 de B No mínimo quatro pulverizações sucessivas no flo rescimento Frutíferas Abacate 5 g de uréia 5 g de sulfato de zinco 25 g de sulfato de manga nês 1 g de ácido bórico por litro Pulverizar durante os fluxos de primavera e verão Acerola plantio 3 gcova de Zn Adubação foliar 5 g de uréia 3 g de sulfato de zinco 1 g de ácido bórico por litro Pulverizar durante os fluxos de primavera e verão Banana Plantio Produção 5 kg ha1 Zn 25 g de sulfato de zinco e 10 g de ácido bórico no orifício aberto do rizoma por ocasião do desbaste 13 mg dm3 de Zn Aplicar o Zn quando constatada a deficiência nas folhas Citros Plantio 1 g m1 de B 2 g m1 de Zn 0 a 020 mg dm3 de B 0 a 12 mg dm3 de Zn Produção 2 kg ha1 de B na forma de ácido bórico Em pomares com sintomas intensos de deficiência juntamente com herbicidas de contato parcelando em duas aplicações anuais Adubação foliar 35 g de sulfato de zinco 25 g de sulfato de manganês 1 g de ácido bórico 5 g de uréia por litro Pomares com menos de 4 anos 3 a 4 pulverizações anuais no período das chuvas Em produção 2 aplicações Quadro 25 Recomendações de micronutrientes para cereais estimulantes fibrosas frutíferas no Estado de São Paulo Continua FERTILIDADE DO SOLO 688 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Quadro 26 Recomendação de micronutrientes para hortaliças leguminosas e oleaginosas ornamentais e flores raízes e tubérculos outras culturas industriais no Estado de São Paulo Cultura Dose Condições Hortaliças Abobrinha ou abóbora de moita abóbora rasteira moranga bucha e pepino 1 kg ha1 de B 4 kg ha1 de Cu 2 kg ha1 de Cu 3 kg ha1 de Zn 0 a 020 mg dm3 de B 0 a 020 mg dm3 de Cu 03 a 10 mg dm3 de Cu 0 a 05 mg dm3 de Zn Aipo ou salsão 3 kg ha1 de B 15 kg ha1 de B 3 kg ha1 de Zn Adubação foliar 03 g de ácido bórico ou 05 g L1 de bórax dissolver o bórax em água quente 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn Pulverizar uma vez por mês durante o crescimento Alface almeirão chicorea escarola rúcula agrião dágua 1 kg ha1 de B Alcachofra 2 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B Continua Cultura Dose Condições Frutíferas Goiaba plantio 3 gcova de Zn Mamão 1 15 ou 2 kg ha1 de B 0 a 020 mg dm3 de B e produtividades esperadas de 25 25 a 50 e 50 t ha1 respectivamente 3 4 ou 5 kg ha1 de Zn 0 a 05 mg dm3 de Zn e produtividades esperadas de 25 25 a 50 e 50 t ha1 respectivamente Manga plantio 5 gcova de Zn Adubação foliar 3 g de sulfato de zinco 1 g de ácido bórico por litro Por ocasião do primeiro tratamento fitossanitário repetir quando houver um fluxo novo de brota ção das plantas Maracujá Plantio 4 g de Zn 1 g de B por cova Produção 4 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de B 06 mg dm3 de Zn 021 mg dm3 de Adubação foliar 300 g de sulfato de zinco 100 g de ácido bórico 500 g de uréia por 100 L de água Cinco pulverizações nos meses de outubro a abril quando não for feita adubação via solo 10 g de molibdato de amônio por 100 L de água Caso haja deficiência de Mo Uvas finas produção 15 kg ha1 de B após a poda Adubação foliar 1 g L1 de ácido bórico por vez 021 mg dm3 de B Aplicada três vezes antes do florescimento de 7 em 7 dias Uvas rústicas produção 25 kg ha1 de B após a poda Adubação foliar 1 g L1 de ácido bórico por vez 021 mg dm3 de B Aplicada três vezes antes do florescimento Quadro 25 Continuação Cobre Zn e Mn extraídos pelo DTPA pH 73 e para B pela água quente Fonte Adaptado de Raij et al 1996 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 689 Continua Quadro 26 Continuação Cultura Dose Condições Hortaliças Alho 5 kg ha1 de Zn 3 kg ha1 de Zn 3 kg ha1 de B cerca de 10 dias antes do plantio 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Alho porro e cebolinha 1 kg ha1 de B pelo menos 10 dias antes do transplante Aspargo 3 kg ha1 de Zn 0 a 05 mg dm3 de Zn Berinjela jiló pimenta hortícola e pimentão 3 kg ha1 de Zn 1 kg ha1 de B 06 mg dm3 de Zn Beterraba 2 a 4 kg ha1 de B Maiores doses em solos deficientes em B ou pobres em matéria orgânica 3 kg ha1 de Zn 0 a 05 mg dm3 de Zn Adubação foliar 05 g L1 de molibdato de amônio em água Aos 15 e 30 dias da semeadura ou transplante Brócolos couveflor e repolho 3 a 4 kg de B ha1 Adubação foliar 1 g L1 de ácido bórico 05 g L1 de molibdato de amônio Pulverizar três vezes no ciclo Pulverizar 15 dias após o transplante Cebola sistema de mudas 2 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 4 kg ha1 de Cu 2 kg ha1 de Cu 5 kg ha1 de Zn 3 kg ha1 de Zn 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B 0 a 02 mg dm3 de Cu 03 a 10 mg dm3 de Cu 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Cenoura nabo e rabanete 1 a 2 kg ha1 de B 3 kg ha1 de Zn Maiores doses em solos deficientes em B ou pobres em matéria orgânica 0 a 05 mg dm3 de Zn Couvemanteiga e mostarda 2 kg ha1 de B Adubação foliar 05 g L1 de molibdato de amônio Pulverizar 20 dias após o transplante repetir para couve a cada 20 a 30 dias após a colheita das folhas mais desenvolvidas Feijãovagem feijãofava feijãodelima ervilha de vagem 1 kg ha1 de B 3 kg ha1 de Zn Adubação foliar 02 g L1 de molibdato de amônio 020 mg dm3 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn Duas aplicações até à floração Melão melancia e quiabo 1 kg ha1 de B 3 kg ha1 de Zn 0 a 020 mg dm3 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn Morango Recomendada a aplicação de solução de micronutrientes com B Zn e Cu a cada três semanas Quiabo 1 kg ha1 de B 3 kg ha1 de Zn 020 mg dm3 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn Tomate estaqueado 3 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 5 kg ha1 de Zn 3 kg ha1 de Zn 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Tomate rasteiro industrial irrigado 15 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 3 kg ha1 de Zn 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B 0 a 06 mg dm3 de Zn FERTILIDADE DO SOLO 690 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura Dose Condições Leguminosas e oleaginosas Amendoim Tratamento de sementes 100 g de molibdato de amônio para cada lote de 100120 kg de sementes Feijão 3 kg ha1 de Zn 1 kg ha1 de B 06 mg dm3 de Zn 021 mg dm3 de B Girasol 1 kg ha1 de B 05 kg ha1 de B 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B Soja 5 kg ha1 de Mn 5 kg ha1 de Zn e ou 2 kg ha1 de Cu e ou 1 kg ha1 de B Tratamento de sementes 50 g ha1 de molibdato de amônio misturado às sementes até 15 mg dm3 de Mn Solos com deficiência de Zn e ou Cu e ou B Solos com impossibilidade de aplicar calcário Ornamentais e flores Amarilis 1 kg ha1 de B 6 kg ha1 de Mn 4 kg ha1 de Zn 0 a 06 mg dm3 de B 0 a 12 mg dm3 de Mn 0 a 12 mg dm3 de Zn Crisântemo Adubação foliar 1 g de N 05 g de K2O 10 mg de Mn 2 mg de B 1 mg de Zn por litro A partir de 40 dias após o plantio via fertirrigação a cada 10 dias 4 vezes aplicando 5 L m2 Gladíolo 2 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 4 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de Zn 0 a 02 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Gloxínia e Violeta Africana 100 mg de N 100 mg de K2O 2 mg de B 1 mg de Zn por litro Na irrigação 30 dias após o envasa mento Raízes e tubérculos Batata 2 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 0 a 02 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B Mandioca 4 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de Zn 06 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Mandioquinha 2 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 0 a 02 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B Outras culturas industriais Canadeaçúcar 5 kg ha1 de Zn 4 kg ha1 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn 0 a 02 mg dm3 de B Pupunha produção 2 kg ha1 de B 1 kg ha1 de B 0 a 02 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B Seringueira plantio 5 gcova de Zn 06 mg dm3 de Zn Quadro 26 Continuação Cobre Zn e Mn extraídos pelo DTPA pH 73 e para boro pela água quente Fonte Adaptado de Raij et al 1996 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 691 Cultura Recomendação Observações Abacate abacaxi acerola banana café canadeaçúcar citros eucalipto gariroba goiaba graviola mamão manga maracujá pinus pupunha seringueira Adubação de correção a lanço 2 kg ha1 de B 2 kg ha1 de Cu 6 kg ha1 de Mn 04 kg ha1 de Mo e 6 kg ha1 de Zn Em solos com teor baixo desses micronutrientes Abacate abacaxi banana graviola Adubação de plantio por cova 1 g de B 05 g de Cu 1 g de Mn 005 g de Mo e 5 g de Zn Cultura Dose Condições Florestas Viveiro de mudas Eucaliptus Pinus espécies da Mata Atlântica 200 g m3 de FTE BR12 ou equivalente na terra de subsolo Florestamentos homogêneos com Eucalyptus e Pinus 1 kg ha1 de B 15 kg ha1 de Zn 021 mg dm3 de B 060 mg dm3 de Zn Reflorestamentos mistos com espécies típicas da Mata Atlântica 1 kg ha1 de B 1 kg ha1 de Zn 021 mg dm3 de B 060 mg dm3 de Zn Forrageiras Pastagens de gramíneas exigentes e moderadamente exigentes quanto à fertilidade do solo 3 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de Zn 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Pastagens de gramíneas pouco exigentes quanto à fertilidade do solo 2 kg ha1 de Zn 0 a 05 mg dm3 de Zn Capineiras e gramíneas para fenação 5 kg ha1 de Zn 3 kg ha1 de Zn 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn Leguminosas forrageiras e pastagens consorciadas 3 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de Zn 2 kg ha1 de Cu 1 kg ha1 de Cu 1 kg ha1 de B 05 kg ha1 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn 0 a 02 mg dm3 de Cu 03 a 08 mg dm3 de Cu 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B Alfafa formação e manutenção uma vez por ano 5 kg ha1 de Zn 3 kg ha1 de Zn 3 kg ha1 de Cu 1 kg ha1 de Cu 15 kg ha1 de B 10 kg ha1 de B 0 a 05 mg dm3 de Zn 06 a 12 mg dm3 de Zn 0 a 02 mg dm3 de Cu 03 a 08 mg dm3 de Cu 0 a 020 mg dm3 de B 021 a 060 mg dm3 de B Quadro 27 Recomendação de micronutrientes para florestas e forrageiras no Estado de São Paulo Para leguminosas exclusivas pastagem consorciada e alfafa aplicar 50 g ha1 de Mo via revestimento de semen te Cu Zn e Mn extraídos pelo DTPA pH 73 e para B pela água quente Fonte Adaptado de Raij et al 1996 Quadro 28 Recomendações de micronutrientes para várias culturas na região dos Cerrados Continua FERTILIDADE DO SOLO 692 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura Recomendação Observações Acerola goiaba Adubação de plantio por cova 05 g de B 05 g de Cu 1 g de Mn 005 g de Mo e 3 g de Zn Algodão amendoim arroz aveia cevada ervilha feijão girassol grãodebico mamona milheto milho soja sorgo granífero trigo triticale Adubação de plantio a lanço 2 kg ha1 de B 2 kg ha1 de Cu 6 kg ha1 de Mn 04 kg ha1 de Mo e 6 kg ha1 de Zn Em solos com teor baixo desses micronutrientes A dose da adubação de plantio poderá ser dividida em três partes iguais às aplicadas no sulco de semeadu ra em três cultivos sucessivos No nível médio apli car ¼ das doses recomendadas a lanço e no nível alto não fazer nenhuma adubação O efeito residual esperado é de quatro a cinco cultivos tanto para a adubação a lanço como para aquela feita parcelada mente no sulco Devese fazer análise de foliar e do solo a cada dois cultivos para verificar se há neces sidade de reaplicação desses nutrientes Adubação foliar exceto mamona B solução 5 g L1 de bórax ou 3 g L1 de ácido bórico Cu solução 5 g L1 de sul fato de Cu Mn solução 5 g L1 de sul fato de Mn Zn solução 5 g L1 de sulfato de Zn Caso apareçam sintomas de deficiência de qualquer um desses nutrientes A dose a ser usada de cada solução é de 400 L ha1 Para arroz utilizar 380 L ha1 Para sorgo granífero utilizar 360 L ha1 Adicionar à exceção da solução de bórax 1 g L1 de hidróxido de cálcio cal extinta ou cal hidratada Leguminosa para adu bos verdes crotalária ervilhaca feijãode porco feijão guandu lablab tremoço ma mona Adubação de plantio a lanço 2 kg ha1 de B 2 kg ha1 de Cu 6 kg ha1 de Mn 04 kg ha1 de Mo e 6 kg ha1 de Zn A dose da adubação de plantio poderá ser dividida em três partes iguais às aplicadas no sulco de seme adura em três cultivos sucessivos No nível médio aplicar ¼ das doses recomendadas a lanço e no nível alto não fazer nenhuma adubação O efeito residual esperado é de quatro a cinco cultivos tanto para a adubação a lanço como para aquela feita parcelada mente no sulco Devese fazer análise foliar e do solo a cada dois cultivos para verificar se há neces sidade de reaplicação desses nutrientes Banana Adubação de plantio por cova 1 g de B 05 g de Cu 1 g de Mn 005 g de Mo 5 g de Zn Café Adubação de formação por cova 12 a 24 g de ácido bórico ou 18 a 36 g de bórax e 6 a 12 g de sulfato de Cu e 17 a 26 g de sulfato de Zn ou 5 a 7 g de óxido de Zn Adubação foliar B solução 3 a 5 g L1 de bórax ou 3 g L1 de ácido bórico Cu solução 4 a 6 g L1 de sulfato de Cu três vezes ao ano Zn solução 6 a 8 g L1 de sulfato de Zn quatro vezes ao ano Caso apareçam sintomas de deficiência de qualquer um desses nutrientes Adicionar à exceção da solução de bórax 1 g L1 de hidróxido de cálcio cal extinta ou cal hidratada Fazer uma pulverização no inverno agosto e as demais no período chuvoso outubro a fevereiro Canadeaçúcar Adubação de plantio 5 kg ha1 de Zn 4 kg ha1 de Cu 2 kg ha1 de B e 4 kg ha1 de Mn no sulco de plantio Citros Adubação de formação por cova 1 g de B 05 g de Cu 1 g de Mn 005 g de Mo e 5 g de Zn Adubação foliar B solução 2 g L1 de ácido bórico Mn solução 6 g L1 de sul fato de Mn Zn solução 8 g L1 de sul fato de Zn quatro vezes ao ano Caso apareçam sintomas de deficiência de qualquer um desses nutrientes Caso se apliquem os três mi cronutrientes de uma só vez adicionar à mistura 5 g L1 de uréia Ervilha Adubação com Mo e Co via semente 8 a 20 g de cloreto de Co ou 10 a 25 g de sulfato de Co e 50 a 100 g de molibdato de Co ou 40 a 80 g de molibdato de O Mo e o Co em vez de serem aplicados no solo poderão ser aplicados na semente durante o proces so de inoculação com o rizóbio Quadro 28 Continuação Continua FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 693 Cultura Recomendação Observações Eucalipto Adubação de mudas 05 g de B 005 g de Co 05 g de Cu 1 g de Mn 005 g de Mo e 2 g de Zn por 1 m3 de solo Adubação de plantio 1 kg ha1 de B 2 kg ha1 de Cu e 2 kg ha1 de Zn Os adubos devem ser aplicados em filetes contínuos no sulco de plantio ou covas Feijão Adubação com Mo e Co via semente 8 a 20 g de cloreto de Co ou 9 a 20 g de sulfato de Co e 50 a 80 g de molibdato de Co ou 40 a 60 g de molibdato de amônio por 80 kg de sementes Adubação foliar com Mo 02 g L1 de molibdato de Na ou 015 g L1 de mo libdato de amônio Aplicar 400 L ha1 de uma dessas soluções 25 dias após a emergência O Mo e o Co em vez de serem aplicados no solo poderão ser aplicados na semente durante o proces so de inoculação com o rizóbio O Mo em vez de ser aplicado no solo ou na semente poderá ser aplicado via foliar Gariroba Adubação de formação de mudas 05 g de B 05 g de Cu 05 g de Mn 005 g de Mo e 2 g de Zn por 1 m3 de substrato Adubação de plantio 05 kg ha1 de B 05 kg ha1 de Cu 1 kg ha1 de Mn 005 kg ha1 de Mo e 1 kg ha1 de Zn no sulco de plantio Girassol Adubação foliar com B Solução de 45 g L1 de bórax ou 29 g L1 de ácido bórico Caso não tenha sido possível aplicar B via solo Aplicar aos 30 dias após a emergência A quantidade de solução a ser usada é de 200 L ha1 Adicionar no caso de solução com ácido bórico 5 g L1 de hidróxi do de Ca cal extinta ou cal hidratada Adubação foliar com Cu Mn e Zn Cu solução 5 g L1 de sulfato de Cu Mn solução 5 g L1 de sulfato de Mn Zn solução 6 g L1 de sulfato de Zn Caso apareçam sintomas de deficiência de qualquer um desses nutrientes A quantidade a ser usada de cada solução é de 400 L ha1 Adicionar em cada so lução 1 g L1 de hidróxido de Ca cal extinta ou cal hidratada Graviola Adubação de produção por cova 2 g de B 3 g de Cu 4 g de Mn e 5 g de Zn em cobertura Na projeção da copa juntamente com outros adubos no início da produção de frutos Mamão Adubação de plantio e formação 1 g de B 005 g de Co 05 g de Cu 1 g de Mn 005 g de Mo e 2 g de Zn por cova Adubação de produção 1 a 2 kg ha1 de B e 3 a 5 kg ha1 de Zn Adubação foliar solução 025 de áci do bórico ou bórax Caso apareçam sintomas de deficiência de B Mandioca Adubação de plantio 1 kg ha1 de B 1 kg ha1 de Cu 4 kg ha1 de Mn e 4 kg ha1 de Zn no sulco de plantio Em solos com teor baixo desses micronutrientes No nível médio aplicar ½ das doses recomendadas e no nível alto não fazer adubação O efeito residual espe rado é de quatro a cinco cultivos Devese fazer análi se foliar e do solo a cada dois cultivos para verificar se há necessidade de reaplicação desses nutrientes Adubação foliar B solução 5 g L1 de bórax ou 3 g L1 de ácido bórico Cu solução 5 g L1 de sulfato de Cu Mn solução 5 g L1 de sulfato de Mn Zn so lução 5 g L1 de sulfato de Zn Caso apareçam sintomas de deficiência de qualquer um desses nutrientes A quantidade a ser usada de cada solução é de 400 L ha1 Adicionar à exceção da solução de bórax 1 g L1 de hidróxido de Ca cal ex tinta ou cal hidratada Adubação com Zn via maniva imersão das manivas numa solução 40 g L1 de sulfato de Zn durante 15 min Caso não seja possível a aplicação via solo Quadro 28 Continuação Continua FERTILIDADE DO SOLO 694 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura Recomendação Observações Manga maracujá Adubação de plantio por cova 1 g de B 05 g de Cu 1 g de Mn 4 g de Zn Adubação de produção para maracujá pulverizar com solução 3 g L1 de ácido bórico 6 g L1 de sulfato de zinco 4 g L1 de sulfato de Cu 5 g L1 de sulfato de Mn e 5 g L1 de uréia Fazer três pulverizações a primeira em outubro a segunda em janeiro e a terceira em abril Milho Adubação com Zn via semente 10 kg de óxido de zinco por 20 kg de sementes umedecidas 15 mL de água por kg de sementes Caso não seja possível aplicálo via solo que é o modo recomendado Pastagem consorciada Adubação de formação 1 kg ha1 de B 002 kg ha1 de Co 2 kg ha1 de Cu 003 kg ha1 de Mo 2 kg ha1 de Zn a lanço Adubação com Mo e Co via semente Co 8 g de cloreto de Co ou 9 g de sul fato de Co pela quantidade de sementes da leguminosa a ser usada por hectare Mo 20 g de molibdato de Na ou 14 g de molibdato de amônio pela quantidade de sementes a ser usada por hectare ou por meio da peletização de sementes 3 g de B 01 g de Co 1 g de Cu 4 g de Mn 01 g de Mo 7 g de Zn e 200 g de calcário por kg de sementes Pastagem de gramí neas Adubação de formação 1 kg ha1 de B 2 kg ha1 de Cu e 2 kg ha1 de Zn a lanço Pinus Adubação de mudas 05 g de B 05 g de Cu 1 g de Mn 005 g de Mo e 2 g de Zn por 1 m3 de solo Adubação de plantio 1 kg ha1 de B 2 kg ha1 de Cu 3 kg ha1 de Mn e 6 kg ha1 de Zn Os adubos podem ser aplicados em filetes contínuos no sulco de plantio ou em covas Pupunha Adubação de formação de mudas 1 g de B 003 g de Co 05 g de Cu 1 g de Mn 003 g de Mo e 2 g de Zn por 1 m3 de substrato Adubação de plantio 05 kg ha1 de B 05 kg ha1 de Cu 1 kg ha1 de Mn 004 kg ha1 de Mo e 1 kg ha1 de Zn no sulco de plantio Seringueira Adubação de plantio 1 g de B 005 g de Co 2 g de Mn 005 g de Mo e 3 g de Zn por cova Soja Adubação com Cu via semente mistu rar 3 kg de óxido de Cu com 80 kg de sementes umedecidas e a seguir proce der à inoculação delas com o rizóbio Adubação com Mo e Co via semente 50 a 130 g de molibdato de Na ou 40 a 90 g de molibdato de amônio 8 a 20 g de clo reto de Co ou 9 a 23 g de sulfato de Co por 80 kg de sementes Caso não seja possível a adubação via solo Modo alternativo à aplicação via solo Quadro 28 Continuação Fonte Adaptado de Galrão 2002 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 695 Cultura Dose Observações Abóbora 05 a 1 kg de B 1 a 3 kg de Cu e 1 a 3 kg de Zn por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Alho 3 a 5 kg de Zn e 3 kg de B por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Amendoim Via semente100 g de molibdato de amônio para 100 kg de sementes Arroz 5 kg de Zn 1 kg de Cu 1 kg de B e 1 kg de Mn por hectare Junto com os demais adubos de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Banana irrigada 8 kg de Zn 4 kg de Cu 3 kg de B 2 kg de Fe e 6 kg de Mn por hectare Uma vez por ano antes do florescimento se a análi se do solo indicar baixos teores Banana não irrigada 4 g de Zn e 2 g de B por família Uma vez por ano antes do florescimento se a análi se do solo indicar baixos teores Batata 2 kg de B e 2 kg de Zn por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Batatadoce 05 a 10 kg ha1 de B Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Berinjela e Jiló 3 a 5 kg ha1 de B Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Beterraba Cenou ra Nabo e Raba nete 3 a 5 kg de B para beterraba e 1 a 2 kg de B para cenoura nabo e rabanete por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Brócolis Couve flor e Repolho 3 a 4 kg ha1 de B Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Cacau Plantio 5 g de Zn 15 g de Cu 1 g de B 1 g de Fe e 15 g de Mn por cova Junto com o solo de enchimento da cova se a análi se do solo indicar baixos teores Adubação de formação e produção 6 g de Zn 2 g de Cu 3 g de B 2 g de Fe e 4 g de Mn por cova Na adubação de cobertura uma vez por ano Café arábica Plantio 3 g de Zn 06 g de Cu 06 g de B 10 g de Fe e 10 g de Mn por cova Se a análise do solo indicar baixos teores Formação 4 g de Zn 15 g de Cu 2 g de B 15 g de Fe e 30 g de Mn por cova na adu bação em cobertura Para o segundo ano antes do florescimento se a análise do solo indicar baixos teores Produção Via solo 3 2 ou 1 kg ha1 de B 3 2 ou 1 kg ha1 de Cu 15 10 ou 5 kg ha1 de Mn 6 4 ou 2 kg de Zn ha1 Antes do florescimento para solos baixos médios ou bons nesses micronutrientes respectivamente Adubação foliar Mn 2 g L1 Zn 2 g L1 Cu 2 g L1 B 1 g L1 Para corrigir deficiências ou de forma preventiva Café conilon Plantio 3 g de Zn 06 g de Cu 06 g de B e 10 g de Mn por cova Se a análise do solo indicar baixos teores Formação 4 g de Zn 15 g de Cu 2 g de B 15 g de Fe e 30 g de Mn por cova na adu bação em cobertura Para o segundo ano antes do florescimento se a análise do solo indicar baixos teores Produção Via solo 6 a 8 kg de Zn 2 a 4 kg de Cu 2 a 3 kg de B 1 a 2 kg de Fe e 4 a 6 kg de Mn por hectare na adubação em cobertura Antes do florescimento se a análise do solo indicar baixos teores Adubação foliar Mn 4 g L1 Zn 3 g L1 Cu 3 g L1 B 2 g L1 Fe 2 g L1 e Mo 1 g L1 Para corrigir deficiências ou de forma preventiva Canadeaçúcar 5 g de Zn 25 g de Cu e 4 g de Mn por metro de sulco Por metro de sulco se a análise do solo indicar bai xos teores Quadro 29 Recomendações de micronutrientes para várias culturas no Estado do Espírito Santo Continua FERTILIDADE DO SOLO 696 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura Dose Observações Cebola 1 a 2 kg de B 2 a 4 kg de Cu e 3 a 5 kg de Zn por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo in dicar baixos teores Citros plantio 2 g de Zn 05 g de Cu 10 g de B 10 g de Fe e 15 g de Mn por cova Se a análise do solo indicar baixos teores aumentar as quantidades em cerca de 30 quando a aplicação for re alizada por metro de sulco Formação 1o ao 5o ano 6 g de Zn 2 g de Cu 3 g de B 2 g de Fe e 4 g de Mn por cova na adubação em cobertura Uma vez por ano antes do florescimento se a análise do solo indicar baixos teores Produção 8 g de Zn 3 g de Cu 5 g de B 3 g de Fe e 5 g de Mn por cova na adubação em cobertura Uma vez por ano se a análise do solo indicar baixos teo res Coco anão ver de irrigado Plantio 7 g de Zn 1 g de Cu 25 g de B 15 g de Fe e 3 g de Mn por cova Se a análise do solo indicar baixos teores Cobertura a partir do 1o ano 8 g de Zn 3 g de Cu 5 g de B 3 g de Fe e 5 g de Mn por cova Uma vez por ano antes do florescimento se a análise do solo indicar baixos teores Coco anão ver de não irrigado Plantio 5 g de Zn 05 g de Cu 1 g de B 15 g de Fe e 15 g de Mn por cova Se a análise do solo indicar baixos teores Cobertura a partir do 1o ano 8 g de Zn 3 g de Cu 5 g de B 3 g de Fe e 5 g de Mn por cova Uma vez por ano antes do florescimento se a análise do solo indicar baixos teores Eucalipto 5 g de sulfato de Zn por cova no plantio e 10 g de bórax em cobertura juntamente com o N e ou K Em meialua ou em filetes contínuos na projeção da copa e após o fechamento em faixas de 30 cm ou mais entre as linhas de plantio Feijão 4 a 5 kg de Zn 1 kg de Cu 1 kg de B 1 kg de Mn 015 kg de Mo e 01 kg de Co por hectare Por ocasião do plantio se a análise do solo indicar baixos teores Florestas Essências nati vas 1 kg de B e 1 kg de Zn por hectare Por ocasião do plantio na cova ou sulco se a análise do solo indicar baixos teores Mamão plantio 5 g de Zn 08 g de Cu 1 g de B 15 g de Fe e 2 g de Mn por metro de sulco Produção Via solo 5 kg de Zn 2 kg de Cu 2 kg de B e 4 kg de Mn por hectare a cada seis meses Se a análise do solo indicar baixos teores Adubação foliar Ca 10 g L1 Mn 5 g L1 Zn 3 g L1 Cu 3 g L1 B 3 g L1 Fe 2 g L1 e Mo 1 g L1 Manter um programa de adubação foliar de rotina espe cialmente cálcio e boro considerando que o mamoeiro apresenta florações e frutificações ao longo do ciclo Manga plantio 5 g de Zn 08 g de Cu 1 g de B e 2 g de Mn por cova Se a análise do solo indicar baixos teores aumentar as quantidades em cerca de 30 quando a aplicação for re alizada por metro de sulco Produção Via solo 5 kg de Zn 2 kg de Cu 2 kg de B e 4 kg de Mn por hectare junto com a primeira parcela de NK2O Junto com a primeira parcela de NK2O se a análise do solo indicar baixos teores Adubação foliar Mn 5 g L1 Zn 3 g L1 Cu 3 g L1 B 3 g L1 Fe 2 g L1 e Mo 1 g L1 Para corrigir deficiências ou de forma preventiva Maracujá Plantio 3 g de Zn 06 g de Cu 06 g de B e 10 g de Mn por cova Se a análise do solo indicar baixos teores Formação Via solo 4 g de Zn 15 g de Cu 2 g de B 15 g de Fe e 3 g de Mn por cova Em dose única antes do florescimento se a análise do solo indicar baixos teores Produção Adubação foliar Mn 5 g L1 Zn 3 g L1 Cu 3 g L1 B 3 g L1 Fe 2 g L1 e Mo 1 g L1 Para corrigir deficiências ou de forma preventiva Melancia 05 a 1 kg de B e 2 a 3 kg de Zn por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo in dicar baixos teores Milho 5 kg de Zn 1 kg de Cu 15 kg de B 1 kg de Mn e 015 kg de Mo por hectare No sulco de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Quadro 29 Continuação Continua FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 697 Quadro 29 Continuação Fonte Adaptado de Dadalto Fullin 2001 Cultura Dose Observações Orquídeas e samambaias 1 g L1 de Zn 02 g L1 de B 05 g L1 de Cu 05 g L1 de Mn e 005 g L1 de Mo Aplicar 1 g da mistura por litro de água em pulverizações quinzenais na parte inferior das folhas Pastagem Plantio e formação 3 a 5 kg de Zn 08 a 1 kg de Cu 1 a 2 kg de B 2 a 3 kg de Fe e 3 a 4 kg de Mn por hectare Junto com a adubação fosfatada se a análise do solo indicar baixos teores Manutenção 4 a 5 kg de Zn 1 kg de Cu 15 a 2 kg de B 2 a 3 kg de Fe e 3 a 5 kg de Mn por hectare No início do período chuvoso se a análise do solo indicar baixos teores Pastagem irrigada Plantio e formação 3 a 5 kg de Zn 08 a 1 kg de Cu 1 a 2 kg de B 2 a 3 kg de Fe e 3 a 4 kg de Mn por hectare Junto com a adubação fosfatada se a análise do solo indicar baixos teores Manutenção 6 kg de Zn 1 kg de Cu 2 kg de B 2 a 3 kg de Fe e 5 kg de Mn por hectare Sob pastejo intensivo logo após a retirada do gado junto à adubação NPK aplicado a lanço na superfície do solo Pepino 05 a 1 kg de B 1 a 3 kg de Cu e 1 a 3 kg de Zn por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Pimentadoreino Plantio 5 g de Zn 05 g de Cu 1 g de B 15 g de Fe e 15 g de Mn por cova Se a análise do solo indicar baixos teores Aumentar as quantidades em cerca de 30 quando a aplicação for realizada por metro linear de sulco Formação 4 g de Zn 15 g de Cu 2 g de B 15 g de Fe e 25 g de Mn por cova Uma vez ao ano se a análise do solo indicar baixos teores Produção 5 g de Zn 25 g de Cu 3 g de B 2 g de Fe e 3 g de Mn por cova Uma vez ao ano se a análise do solo indicar baixos teores Pinus Plantio e cobertura 1 kg de B e 15 kg de Zn por hectare Por ocasião do plantio na cova ou no sulco se a análise do solo indicar baixos teores a aplicação dos adubos em cobertura pode ser feita em meialua ou em filetes contínuos na projeção da copa e após o fechamento em faixas de 30 cm ou mais entre as linhas de plantio Pupunha Produção 1 a 2 kg de B 1 a 15 kg de Cu e 2 a 3 kg de Zn por hectare Se a análise do solo indicar baixos teores entre outubro e março em dose única Quiabo 05 a 1 kg de B e 2 a 3 kg de Zn por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Roseira 15 kg de B por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Seringueira Formação e produção 8 g de Zn 3 g de Cu 5 g de B 3 g de Fe e 5 g de Mn por planta Uma vez por ano no início do período chuvoso se a análise do solo indicar baixos teores Soja 4 a 5 kg de Zn 1 kg de Cu 2 kg de B 5 kg de Mn e 015 kg de Mo por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Sorgo granífero 4 kg de Zn 1 kg de Cu 1 kg de B e 1 kg de Mn por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores Tomate 1 a 15 kg de B e 2 a 3 kg de Zn por hectare Junto com a adubação de plantio se a análise do solo indicar baixos teores FERTILIDADE DO SOLO 698 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura Dose Observações Abacate 500 g de uréia 500 g de sulfato de Zn 250 g de sulfato de Mn e 100 g de ácido bórico em 100 litros de água Aplicar duas vezes ao ano os pomares tratados com fungicidas cúpricos dispensam normalmente fertilização à base de Cu Acerola irrigada 45 g de Zn e 10 g de B por planta No plantio e uma vez por ano na fase de produção Alfafa 30 kg de bórax e 2 kg de molibdato de amônio por hectare No plantio Alho 15 kg de bórax e 60 kg de sulfato de Zn por hectare No plantio em áreas com deficiências Banana 15 g de sulfato de Zn por touceira Preferencialmente na mesma época da primeira fertilização nitrogenada Banana irrigada 45 g de Zn e 10 g de B por cova No plantio e depois por touceira e uma vez por ano na fase de produção Batatadoce 5 a 10 kg de bórax por hectare Em solos arenosos misturado aos fertilizantes destinados à adubação de fundação Brócolis Ácido bórico 2 g L1 e molibdato de amônio 2 g L1 Em duas aplicações foliares na sementeira e 15 dias após o transplantio Café 600 g de sulfato de Zn e 300 g de ácido bórico dissolvidos em 100 litros de água Fazer anualmente três pulverizações Canade açúcar 26 kg de Cu 40 kg de Zn e 52 kg de Mn por hectare 13 kg de Cu 20 kg de Zn e 26 kg de Mn por hectare Em solos com 07 04 e 06 mg dm3 de Cu Zn e Mn respectivamente Em solos com 07 10 04 06 e 06 09 mg dm3 de Cu Zn e Mn respectivamente Citros 250 g de sulfato de Zn e 250 g de sulfato de Mn neutralizados com 250 g de cal diluídos em 100 litros de água Pulverizar uma a duas vezes durante o ano Coco irrigado 45 g de Zn 10 g de B 05 g de Cu 15 g de Fe 10 g de Mn e 005 g de Mo por planta No plantio e uma vez por ano na fase de produção Couveflor Ácido bórico 2 g L1 e molibdato de Na 2 g L1 Em duas aplicações foliares na sementeira e 15 dias após no transplantio Eucalipto 10 kg de sulfato de Zn e 15 kg de bórax por hectare Juntamente com os fertilizantes destinados ao plantio Aos 65 dias após o plantio Goiaba irrigada 45 g de Zn e 10 g de B por planta No plantio e depois uma vez por ano antes da primeira poda de frutificação Inhame Ácido bórico 1 g L1 Se necessário fazer três pulverizações a partir de 45 após o plantio Leucena 1 kg de molibdato de amônio 1 kg de bórax e 2 kg de sulfato de Zn por hectare No plantio Mamão 65 g de ácido bórico por cova acompanhada de pulverizações foliares com solução de ácido bórico a 25 g L1 a cada dois meses solução de sulfato de Zn 5 g L1 para solos deficientes em Zn Manga irrigada 45 g de Zn e 10 g de B por planta No plantio e uma vez por ano na fase de produção Melão irrigado Molibdato de Na a 5 g L1 Duas a três aplicações com intervalos de sete dias Repolho Ácido bórico 2 g L1 e molibdato de amônio 2 g L1 Duas aplicações na sementeira e quinze dias após o transplantio Seringueira 2 kg de sulfato de Cu e 2 kg de sulfato de Zn por 100 kg de fertilizantes Aplicados no plantio Tomate de mesa Bórax 250 g por 100 litros de água Se necessário Videira irrigada Via solo 45 g de Zn e 10 g de B por planta Via foliar sulfato de Zn 3 g L1 e ácido bórico a 1 g L1 No plantio e uma vez por ano na fase de produção logo após a colheita Na fase de produção seis aplicações foliares com intervalos de quinze dias a partir da floração Fonte Adaptado de Cavalcanti 1998 Quadro 30 Recomendações de micronutrientes para várias culturas no Estado de Pernambuco FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 699 Estratégia de Restituição Essa estratégia de aplicação vem sendo cada vez mais utilizada principalmente nas áreas que têm atingido altos tetos de produtividade e intensificação de problemas de deficiência de micronutrientes pelas grandes quantidades exportadas A combinação ideal para se atingir bases sólidas de diagnose e recomendação de micronutrientes seria a integração das estratégias de prescrição com a de restituição ou seja utilizar dados de experimentos de calibração de métodos de análise de solos e de plantas e variação das doses a serem aplicadas de acordo com os tetos de produtividade e exportação para culturas Esses aspectos devem merecer prioridade de pesquisa futura sobre o assunto Um fator que pode ser considerado limitante na implementação da estratégia de restituição para micronutrientes é a quase total falta de trabalhos científicos que procuram estabelecer taxas de eficiência das diversas fontes e modos de aplicação para os mais diferentes tipos de solo clima e cultura no Brasil Mesmo podendo estimar possíveis exportações de micronutrientes por unidade de produto Quadro 31 ainda ficam em aberto as doses adequadas das diversas fontes para que esses requerimentos sejam satisfeitos Cultura B Cu Zn Mn Fe Mo g t1 Abacateiro 6 3 5 2 8 019 Abacaxizeiro 4 1 5 30 60 006 Alface 4 9 10 8 Algodoeiro 118 42 43 92 1209 100 Cacaueiro 45 32 108 129 245 008 Cafeeiro côco 25 15 40 20 80 025 Cana 4 4 9 37 155 002 Cebola 5 2 2 8 11 Cenoura 9 15 7 13 60 Couveflor 5 08 7 12 9 Ervilha 170 44 450 250 250 500 Fumo 22 14 249 3200 Laranjeira 22 12 09 28 66 0008 Macieira 1 1 02 08 8 0001 Mandioca 14 2 8 34 67 Pessegueiro 15 1 1 15 5 0004 Tomateiro 5 10 25 24 25 0012 Videira 4 4 06 2 3 0003 Quadro 31 Quantidades de micronutrientes necessárias para a produção de algumas culturas Fonte Adaptado de Malavolta 1987 FERTILIDADE DO SOLO 700 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Fontes de Micronutrientes As fontes de micronutrientes variam de modo considerável na sua forma física reatividade química custo e eficiência agronômica e têm sido descritas em detalhes em várias publicações no Brasil Lopes 1984 1991 Volkweiss 1991 Lopes Souza 2001 e no exterior Hignett McClellan 1985 Mortvedt 1991 Martens Westermann 1991 O trabalho de Mortvedt 1991 é uma excelente síntese sobre o agrupamento dessas fontes Em geral as fontes de micronutrientes são agrupadas em fontes inorgânicas Quadro 32 quelatos sintéticos Quadro 33 óxidos silicatados Quadro 34 e complexos orgânicos Fonte Fórmula Concentração aproximada Solubilidade em água g L1 Boro Bórax Na2B4O710H2O 11 20 Borato 46 Na2B4O75H2O 14 226 Borato 65 Na2B4O7 20 10 Solubor Na2B4O75H2O Na2B10O1610H2O 20 Ácido bórico H3BO3 17 63 Ulexita NaCaB5O98H2O 8 Insolúvel Cobre Sulfato de cobre CuSO45H2O 25 316 Óxido de cobre CuO 75 Insolúvel Ferro Sulfato ferroso FeSO47H2O 19 156 Sulfato férrico Fe2SO439H2O 23 4400 Manganês Sulfato manganoso MnSO43H2O 2628 742 Óxido manganoso MnO 4168 Insolúvel Molibdênio Molibdato de sódio Na2MoO42H2O 39 562 Molibdato de amônio NH46Mo7O244H2O 54 430 Óxido de molibdênio MoO3 66 1 Zinco Sulfato de zinco ZnSO47H2O 23 965 Óxido de zinco ZnO 78 Insolúvel Cobalto Cloreto de cobalto CoCl26H2O 25 760 Nitrato de cobalto CoNO326H2O 20 1338 Sulfato de cobalto CoSO47H2O 22 600 Quadro 32 Fontes inorgânicas de micronutrientes e de cobalto Fonte Adaptado de Galrão 2002 citando Weast Astle 1981 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 701 Fontes Inorgânicas As fontes inorgânicas Quadro 32 incluem sais metálicos como os sulfatos cloretos e nitratos que são solúveis em água os óxidos e os carbonatos que são insolúveis em água e os oxissulfatos que constituem subprodutos industriais com maior ou menor grau de solubilidade em água dependendo das quantidades de H2SO4 utilizadas na solubilização dos óxidos A solubilidade em água é fator determinante da eficiência agronômica a curto prazo para aplicações localizadas em sulco e produtos na forma granulada Resultados de pesquisa indicam que cerca de 35 a 50 do Zn total dos oxissulfatos na forma granulada deve ser solúvel em água para ter eficiência agronômica imediata para as culturas Quadro 35 Resultados semelhantes devem ser esperados com oxissulfatos de Mn Mortvedt 1992 Fonte Fórmula Concentração aproximada Cobre Quelato sintético Na2CuEDTA 13 Quelato sintético NaCuHEDTA 9 Quelato natural Lignossulfonato 58 Quelato natural Poliflavonóide 57 Ferro Quelato sintético NaFeEDTA 514 Quelato sintético NaFeHEDTA 59 Quelato sintético NaFeEDDHA 6 Quelato sintético NaFeDTPA 10 Quelato natural Lignossulfonato 58 Quelato natural Poliflavonóide 910 Metoxifenilpropano FeMPP 5 Manganês Quelato sintético Na2MnEDTA 512 Quelato natural Lignossulfonato 5 Quelato natural Poliflavonóide 57 Zinco Quelato sintético Na2ZnEDTA 14 Quelato sintético NaZnHEDTA 9 Quelato sintético NaZnNTA 13 Quelato natural Lignossulfonato 58 Quelato natural Poliflavonóide 510 Quadro 33 Fontes quelatizadas de micronutrientes Fonte Adaptado de Galrão 2002 citando Martens Westermann 1991 FERTILIDADE DO SOLO 702 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Concentração aproximada Produto Zn B Cu Fe Mn Mo Co Outros nutrientes FTE BR8 70 25 10 50 100 01 FTE BR9 60 20 08 60 30 01 FTE BR10 70 25 10 40 40 01 01 FTE BR12 90 18 08 30 20 01 BR12 EXTRA 150 25 10 30 30 01 FTE BR13 70 15 20 20 20 01 FTE BR15 80 28 08 01 FTE BR16 35 15 35 04 FTE BR24 180 36 16 60 40 02 Micronutri121 120 10 06 015 Micronutri155 150 50 60 Mg Micronutri183 180 30 60 Mg Micronutri204 200 40 Micronutri222 220 20 10 Micronutri248 240 20 80 Micronutri252 250 25 13 03 Micronutri301 300 10 10 ZINCOP 101 100 20 100 ZINCOP 105 100 20 100 50 ZINCOP 110 100 100 ZINCOP 115 100 10 150 50 ZINCOP 201 200 10 100 50 ZINCOP 210 200 100 Borogran 80 Zincogran 200 60 S Nutriboro 90 Nutrizinco I 300 20 Nutrizinco II 200 20 FTE Barreiras 130 25 30 20 30 012 FTE Campo 70 25 25 150 FTE Centro Oeste 150 20 20 100 FTE New Centro Oeste 120 16 16 80 FTE Cerrado 150 20 16 40 02 FTE New Cerrado 120 16 13 30 015 FTE MSMT 50 150 FTE Oeste Baiano 50 16 45 20 80 01 FTE JCO1C 70 30 70 40 S FTE JCO2C 40 80 120 40 S FTE JCO1M 100 15 40 40 50 40 S FTE JCO2M 50 20 50 50 80 40 S Fonte Adaptado de Galrão 2002 Quadro 34 Óxidos silicatados fritas comercializados no Brasil FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 703 Dentre as fontes de B o bórax o solubor o ácido bórico e os boratos são solúveis em água enquanto a colemanita é medianamente solúvel e a ulexita é insolúvel em água Molibdatos de Na e de NH4 são solúveis em água e o óxido de Mo é insolúvel em água Quadro 32 Quelatos Sintéticos Os quelatos sintéticos são formados pela combinação de um agente quelatizante com um metal por meio de ligações coordenadas Um agente quelatizante é um composto que contém átomos doadores ou grupos ligantes que podem combinar com um íon metálico simples para formar uma estrutura cíclica chamada de complexo quelatizado ou quelato A estabilidade da ligação quelatometal determina geralmente a disponibilidade do nutriente aplicado para as plantas Um quelato eficiente é aquele no qual a taxa de substituição do micronutriente quelatizado por cátions do solo é baixa mantendo conseqüentemente o nutriente aplicado nessa forma de quelato por tempo suficiente para ser absorvido pelas raízes das plantas Mortvedt 1992 Os quelatos são geralmente bastante solúveis mas diferentemente dos sais simples dissociamse muito pouco em solução isto é o ligante tende a permanecer ligado ao metal Esta é a principal vantagem dos quelatos e permite que Cu Fe Mn e Zn permaneçam em solução em condições que normalmente se insolubilizariam como em soluções concentradas com reação neutra ou alcalina pH 70 ou maior e em solos calcários Volkweiss 1991 Esse é um aspecto da maior importância para a tomada de decisão quanto a fonte a ser aplicada Os principais agentes quelatizantes utilizados na fabricação de fontes de micronutrientes são ácido etilenodiaminotetraacético EDTA ácido Nhidroxietil Quadro 35 Produção de matéria seca e absorção de zinco pelo milho considerando teores de zinco solúvel em água em fertilizantes comerciais Fonte Adaptado Mortvedt 1992 Fertilizante com zinco Zn solúvel em água em relação ao Zn total Produção Absorção de Zn gvaso mgvaso Testemunha 118 010 ZnSO4 1 12 131 012 ZnSO4 2 46 260 020 ZnSO4 3 81 424 030 ZnSO4 4 83 318 024 ZnSO4 reagente padrão 100 313 026 Oxisulfato de Zn 1 7 173 014 Oxisulfato de Zn 2 37 224 018 Oxisulfato de Zn 3 76 246 020 Oxisulfato de Zn 4 100 333 026 ZnO reagente padrão 0 132 011 ZnO subproduto 0 178 015 DMS 005 92 006 FERTILIDADE DO SOLO 704 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al etilenodiaminotetraacético HEDTA ácido dietilenotriaminopentaacético DTPA ácido etilenodiamino ohidrofenil acético EDDHA ácido nitrilo acético NTA ácido glucoheptônico e ácido cítrico O mais comum é o EDTA Quadro 33 Segundo Mortvedt 2001 a maioria dos quelatos é facilmente misturada com fertilizantes fluidos porque eles não reagem com os componentes desses fertilizantes Vários quelatos são comercializados na forma líquida porque os custos de produção por unidade de micronutriente são menores do que na forma de pós que requer secagem A eficiência relativa para as culturas dos quelatos aplicados ao solo pode ser de duas a cinco vezes maior por unidade de micronutriente do que as fontes inorgânicas enquanto o custo do quelato por unidade de micronutriente pode ser de cinco a cem vezes mais alto Esse aspecto constitui limitação ao uso desses produtos para culturas de baixo valor agregado Complexos Orgânicos Os complexos orgânicos são produzidos pela reação de sais metálicos com subprodutos orgânicos da indústria de polpa de madeira e outros A estrutura química desses agentes complexantes e o tipo de ligação química dos metais com os componentes orgânicos ainda não são bem caracterizados porque dependem da natureza dos produtos orgânicos e dos seus processos de fabricação Mortvedt 2001 Alguns complexos orgânicos não são compatíveis com todos os fertilizantes fluidos e assim testes com quantidades pequenas devem ser feitos para avaliação de compatibilidade antes de se proceder à mistura de grandes volumes Se comparados com os quelatos sintéticos os complexos orgânicos são mais baratos por unidade de micronutriente mas no geral são menos eficientes e são mais rapidamente decompostos pelos microrganismos do solo Mortvedt 2001 Óxidos Silicatados Fritas As fritas são produtos vítreos cuja solubilidade é controlada pelo tamanho das partículas e por variações na composição da matriz São obtidas pela fusão aproximadamente a 1000 C de silicatos ou fosfatos com uma ou mais fontes de micronutrientes seguido de resfriamento rápido com água secagem e moagem Mortvedt Cox 1985 Por serem insolúveis em água as fritas são mais eficientes se aplicadas na forma de pó fino a lanço com incorporação em solos mais arenosos e sujeitos a altos índices pluviais e altas taxas de lixiviação Existem disponíveis no mercado fritas com as mais variadas combinações de composição de micronutrientes Quadro 34 Métodos de Aplicação dos Micronutrientes Uma vez estabelecida a necessidade de aplicação de micronutrientes é necessário determinar quais os métodos de aplicação seriam mais recomendáveis para cada caso Esse é um problema dos mais complexos pois a eficiência dos diversos métodos de aplicação está intimamente relacionada com diversos fatores com destaque para fontes tipo de solo pH solubilidade efeito residual mobilidade do nutriente e cultura dentre FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 705 outros Esses aspectos foram amplamente discutidos por Lopes 1991 Volkweiss 1991 e Lopes Souza 2001 e os conceitos e princípios apresentados sobre o tema naquela época são aplicáveis até hoje Dentre os vários métodos de aplicação de micronutrientes destacamse a adubação via solo incluindo adubação fluida e fertirrigação a adubação foliar o tratamento de sementes e o tratamento de mudas O enfoque a ser dado nesta parte do trabalho é complementar ao já discutido por Lopes 1991 Volkweiss 1991 e Lopes Souza 2001 procurando estabelecer bases sólidas para a tomada de decisão tanto quanto possível consubstanciada nos poucos dados de experimentos realizados no Brasil onde se estuda o problema de forma abrangente e sistematizada incluindo a avaliação do efeito residual Via Solo Segundo Volkweiss 1991 com a aplicação de micronutrientes via solo buscase aumentar sua concentração na solução que é de onde as raízes os absorvem e assim proporcionar maior eficiência de utilização pelas plantas É portanto necessário que as fontes de micronutrientes utilizadas se solubilizem no solo no mínimo de tempo compatível com a absorção pelas raízes e que sejam aplicadas em posição possível de ser por elas atingidas uma vez que os micronutrientes são geralmente pouco móveis no solo As variações das aplicações de micronutrientes via solo são as seguintes a lanço com incorporação os adubos com micronutrientes são distribuídos uniformemente na superfície do solo em separado ou por meio de misturas NPK e a seguir incorporados por meio de práticas normais de preparo aração e gradagem É o caso da aplicação de micronutrientes em áreas de culturas anuais com agricultura convencional pastagens em formação quando do uso de adubações corretivas com micronutrientes a lanço sem incorporação os adubos com micronutrientes são distribuídos uniformemente na superfície do solo em separado ou em misturas NPK mas não são incorporados Este é o caso de aplicações em áreas de plantio direto pastagens formadas ou mesmo culturas perenes já formadas em linhas os adubos com micronutrientes são aplicados com semeadeirasadubadeiras na linha de semeadura em separado ou juntamente com as misturas NPK ao lado e abaixo das sementes em geral junto com a adubação NPK Esta é a forma mais utilizada para aplicação de micronutrientes em culturas anuais em covas ou valetas de plantio os micronutrientes são incorporados ao solo das covas ou valetas de plantio isoladamente ou em misturas NPK e são normalmente empregados para a formação de culturas perenes em faixas os micronutrientes são aplicados em faixas superficiais ou com pequena incorporação por meio de escarificação ao longo da faixa de maior crescimento de raízes em separado ou por meio de misturas NPK em geral junto com à adubação NPK É uma das formas de aplicação mais utilizadas para culturas perenes já formadas Nas aplicações no solo os fertilizantes tanto podem ser distribuídos na forma sólida da adubação tradicional como podem ser diluídos em água formando soluções ou FERTILIDADE DO SOLO 706 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al suspensões para utilização como adubação fluida e fertirrigação Esse é um aspecto importante a ser levado em conta principalmente para melhorar a uniformidade de distribuição quando da aplicação em separado de pequenas doses de micronutrientes tanto nas adubações a lanço como nas aplicações em linha ou em faixas Em todos os casos de aplicação de micronutrientes via solo na forma sólida e isolada há problemas quanto à uniformidade de distribuição de acordo com as pequenas doses empregadas sendo o problema tanto maior quanto maior a concentração de micronutrientes nas diversas fontes Com a finalidade de aumentar a uniformidade de distribuição visando à maior eficiência de aplicação dos micronutrientes para as mais diversas culturas algumas alternativas de manejo têm sido sugeridas tais como diluição por mistura das fontes de micronutrientes com solo calcário fosfatos ou outro material inerte sendo crucial que haja compatibilidade em granulometria entre o fertilizante com micronutrientes e o material utilizado na mistura para evitar a segregação no momento da aplicação aumento das doses para distribuição a lanço com ou sem incorporação para facilitar a distribuição uniforme utilizando as vantagens do efeito residual de alguns micronutrientes principalmente aqueles que fornecem Cu e Zn que pode atingir cinco ou mais anos como será apresentado no tópico sobre efeito residual de micronutrientes mistura de adubos com micronutrientes em geral granulados com fertilizantes simples mistura de grânulos misturas granuladas ou fertilizantes granulados para aplicações a lanço ou em linha sendo fundamental a uniformidade de granulometria dos diversos componentes incorporação de adubos com micronutrientes em misturas granuladas e fertilizantes granulados de modo que cada grânulo carreie o NPK se for o caso e os micronutrientes revestimento de fertilizantes simples misturas de grânulos misturas granuladas e fertilizantes granulados com fontes de micronutrientes de modo que cada grânulo contenha também os micronutrientes Em razão do aumento da intensidade de uso e de interações positivas e negativas que podem ocorrer durante o processamento e que podem afetar a eficiência agronômica dos micronutrientes a seguir e feita uma abordagem adicional sobre algumas dessas alternativas incluindo as vantagens e desvantagens comparativas entre elas Misturas de Fontes de Micronutrientes com Mistura de Grânulos NPK Essa é uma das formas mais utilizadas de aplicação de micronutrientes na agricultura brasileira A principal vantagem desse produto é que os adubos com micronutrientes em suas diferentes fontes podem ser misturados com produtos com NPK para obter fórmulas específicas que irão atender às recomendações tanto de doses de NPK quanto de micronutrientes FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 707 A mistura dos vários adubos nesse caso deve ser feita tão próxima ao período de aplicação quanto possível e o tempo gasto para o seu preparo deve ser mais longo do que o empregado para misturas com apenas NPK para garantir uma mistura a mais uniforme possível O principal problema encontrado com a aplicação de micronutrientes em misturas de grânulos é que pode ocorrer segregação durante a mistura e subseqüentemente durante o manuseio e aplicação Mortvedt 1991 Vários estudos têm demonstrado que a principal causa da segregação é a diferença de tamanho de partículas embora a forma dessas e a densidade também tenham efeito Silverberg et al 1972 A importância da uniformidade do tamanho dos grânulos para evitar a segregação durante a mistura o manuseio e a aplicação foram detalhadamente comentados por Lopes 1991 Misturas de grânulos incluindo micronutrientes permanecerão bem homogêneas com materiais de tamanho semelhante que não se deteriorem durante o armazenamento Mortvedt 1991 A maioria dos possíveis problemas de segregação que interferem na eficiência agronômica das fontes de micronutrientes resultam do uso de materiais microcristalinos ou mesmo granulados de tamanho nãocompatível com as fontes NPK Outro tipo de problema de aplicação de micronutrientes nesses tipos de misturas é que mesmo com uniformidade de tamanho de grânulos a mistura de grânulos que contém adubos granulados com micronutrientes diminui o número de locais no solo que recebe o micronutriente Por exemplo o número de locais que recebe os grânulos pode ser menor do que 20 por m2 quando se aplica ZnSO4 granulado para adição de 1 kg ha1 de Zn Em contraste se o ZnSO4 for incorporado a uma mistura granulada ou fertilizante granulado ou aplicado como revestimento de fertilizantes NPK para conter 20 g kg1 2 de Zn o número de pontos que receberia os grânulos seria de 350 por m2 na aplicação da mesma dose Como o Zn é um micronutriente que se movimenta por difusão ou seja para distâncias a pouco mais de alguns milímetros do ponto de aplicação depreendese que a uniformidade de aplicação e a eficiência de absorção são muito maiores no segundo caso Citase que aplicações de bórax Na2B4O710H2O granulado resultam também em altas concentrações de B no solo em torno do grânulo o que poderia ser tóxico para as raízes de plantas próximas no caso de algumas espécies sensíveis Mortvedt Osborn 1965 Outro aspecto que deve ser levado em consideração para seleção de fontes granuladas de micronutrientes para uso em misturas de grânulos é a solubilidade em água Segundo Mortvedt 1991 a disponibilidade de micronutrientes na forma de óxidos insolúveis em água para as plantas diminui com o aumento de tamanho de partículas pela diminuição da superfície específica Enquanto ZnO insolúvel e ZnSO4 solúvel em água resultaram em respostas de produção de milho semelhantes quando aplicados na forma de pó e misturados ao solo o ZnO granulado foi completamente ineficiente e o ZnSO4 também granulado foi uma fonte satisfatória em experimento de casa de vegetação Allen Terman 1966 Dados de campo com feijoeiro mostraram que ZnO granulado foi ineficiente como fonte de Zn Judy et al 1964 Mortvedt 1991 cita uma série de trabalhos que mostram ter sido o MnO granulado ineficiente para aveia Mortvedt 1984 milho Miner et al 1986 e soja Mascagni Júnior Cox 1985 FERTILIDADE DO SOLO 708 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Uma alternativa para aumentar a eficiência dos óxidos granulados é o ataque prévio com H2SO4 para obter os chamados oxissulfatos A utilização desses oxissulfatos granulados em mistura de grânulos exigirá uma atenção especial para o teor de micronutrientes solúveis em água nesses subprodutos para assegurar que quantidades suficientes de micronutrientes sejam imediatamente disponíveis para as plantas Segundo Mortvedt 1992 cerca de 35 a 50 do Zn total no oxissulfato de Zn granulado devem estar na forma solúvel para ser imediatamente disponível para as plantas Resultados semelhantes devem ser esperados com oxissulfatos de Mn e possivelmente com fritas aciduladas Incorporação em Misturas Granuladas Fertilizantes Granulados e Fertilizantes Simples A incorporação de adubos com micronutrientes em misturas granuladas e fertilizantes granulados vem ocupando lugar de destaque na agricultura brasileira Esse processo incorpora os micronutrientes uniformemente nos grânulos e com isso os principais problemas de micronutrientes granulados misturados em misturas de grânulos quais sejam a possibilidade de segregação e a diminuição de número de pontos que iria receber o micronutriente são eliminados Entretanto a própria natureza do processo de granulação para obtenção de misturas granuladas e fertilizantes granulados notadamente neste último pelas condições de alta temperatura umidade e aumento das reações químicas pode levar a alterações das características e eficiência agronômica das fontes de micronutrientes incorporadas Este aspecto foi amplamente estudado no exterior para diversos produtos sendo pouquíssimos aqueles trabalhos desenvolvidos no Brasil Mortvedt 1991 apresenta ampla revisão de literatura sobre o assunto Quadro 36 A aplicação localizada em sulcos de adubos com Mn com fertilizantes formadores de ácidos como o superfosfato simples é uma prática recomendada O Mn aplicado permanece disponível para as plantas por um período mais longo na faixa ácida antes de sofrer oxidação para formas nãodisponíveis Mortvedt 1991 Os efeitos da fonte de P na absorção de Mn estão relacionados com o pH do fertilizante fosfatado A absorção de Mn pela soja aumentou à medida que o pH do fertilizante aumentou de 12 com CaH2PO42H2O para 37 no MAP mas diminuiu com o pH do fertilizante atingindo 72 no DAP Nesse estudo o movimento do Mn no solo para fora da faixa de aplicação do fertilizante também diminuiu com o aumento do pH não sendo detectável acima de pH 58 Miner et al 1986 Efeitos de incorporação de adubos com Cu e Fe em fertilizantes NPK têm sido menos estudados Entretanto as reações de fertilizantes com Cu devem ser semelhantes às dos que contêm Zn e as reações dos adubos com Fe devem ser semelhantes às daqueles com Mn Tanto os sais de Fe2 como os de Mn2 não parecem oxidar rapidamente nos fertilizantes NPK sob condições usuais de composição pH e temperatura Lehr 1972 Não obstante essa oxidação deve ocorrer após a dissolução inicial desses produtos quando aplicados ao solo A incorporação de fontes de B em fertilizantes NPK é freqüentemente praticada A disponibilidade do B incorporado não é afetada pelo método de incorporação FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 709 aparentemente porque os compostos de B não reagem quimicamente com a maioria dos fertilizantes NPK Entretanto a absorção de B pelas plantas apresenta boa correlação com o teor de B solúvel em água nesses fertilizantes Mortvedt 1968 A colemanita Ca2B6O115H20 e o borato Na2B4O75H2O foram igualmente eficientes como fontes de B para algodão e girasssol quando incorporados com fertilizantes NPK Rowell Grant 1975 Tanto a colemanita solubilidade moderada quanto as fritas com B baixa solubilidade foram superiores aos boratos fertilizantes solubilidade total em água para algodoeiro em solos arenosos sob condições de alta pluviosidade Page 1956 citado por Mortvedt 1991 Segundo Mortvedt 1991 a incorporação de Mo em fertilizantes fosfatados ou fertilizantes NPK é uma prática de rotina especialmente por serem pequenas as doses de Mo aplicadas 30 a 200 g ha1 de Mo As poucas evidências revelam que fontes de Mo reagem com os componentes dos fertilizantes NPK para alterar a disponibilidade de Mo para as plantas Entretanto a inclusão de Mo em fertilizantes com NH42SO4 ou outros sulfatos solúveis parece diminuir a disponibilidade de Mo Isto pode ser causado pela natureza ácida desses sulfatos e pelos efeitos antagônicos dos sulfatos na absorção de Mo pelas plantas Fonte Misturado ou incorporado em Resultado ZnEDTA Mistura com H3PO4 antes da amoniação Decomposição ácida do quelato e menor disponibi lidade de Zn ZnEDTA Mistura com H3PO4 após a amoniação Nãodecomposição ácida do quelato e maior dispo nibilidade de Zn ZnSO4 ou ZnO Incorporação em ortofosfatos amoniados Baixa disponibilidade de Zn para as plantas ZnEDTA Incorporação em ortofosfatos amoniados Não afetou a disponibilidade de Zn para as plantas ZnSO4 Incorporação em superfosfato antes da amo niação Diminuição da solubilidade do Zn formação de ZnNH4PO4 insolúvel Zn e Cu Incorporação em superfosfato simples 90 e 50 respectivamente solúveis em água após 7 dias A maior parte das frações permaneceu no grânulo de SSP após 1 ano Zn NH42SO4 NH4NO3 e NaNO3 Absorção de Zn pelo sorgo diminuiu pela or dempH 50 60 73 pH do solo não adubado 72 ZnSO4 DAP Formação de Zn3PO42 e ZnNH4PO4 insolúveis ZnSO4 NH42SO4 amônia anidra ou uréia Maior absorção de Zn por forrageiras e milho com o NH42SO4 independentemente do modo de aplicação ZnSO4 Uréia zincada com 2 a 3 de Zn A lanço e incorporada tão eficiente como ZnSO4 a lanço para o trigo Quadro 36 Principais alterações de eficiência agronômica de algumas fontes de micronutrientes quando incorporadas a fertilizantes simples misturas granuladas e fertilizantes granulados Fonte Adaptado de Mortvedt 1991 FERTILIDADE DO SOLO 710 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Revestimento de Fertilizantes NPK Outra opção bastante eficiente para melhorar a uniformidade de aplicação de micronutrientes é o revestimento de fertilizantes NPK seja mistura de grânulos misturas granuladas e fertilizantes granulados seja fertilizantes simples Essa técnica foi amplamente discutida por Lopes 1991 que cita uma série de trabalhos desenvolvidos no exterior sobre esse assunto O princípio dessa técnica é a mistura a seco da fonte de micronutrientes finamente moída 100 mesh ou 015 mm com o fertilizante Um agente agregante é pulverizado sobre os grânulos à medida que eles são misturados com a fonte de micronutrientes em pó O material agregante promove a formação de produtos de reação na superfície dos grânulos ou age como um agregante físico O ciclo total de mistura leva 3 a 5 min em misturadores rotativos de pequena capacidade e um pouco mais em misturadores maiores O agente agregante deve ser barato deve permanecer aderido ao fertilizante granulado durante o manuseio e não deve resultar em propriedades físicas indesejáveis como empedramento dentre outras Água óleos ceras soluções de polifosfatos de amônio ou UAN uréia nitrato de amônio são alguns tipos de agregantes Óleos não devem ser colocados a misturas que contêm NH4NO3 por causa do perigo de explosão Menos de 1 em peso de óleo deve ser usado com outras misturas para prevenir que óleos leves escorram dos sacos que contêm os fertilizantes Soluções com fertilizantes são preferidas como agentes agregantes porque os teores de garantia não diminuem de modo apreciável É necessário cuidado na escolha do agente agregante porque alguns não retêm o revestimento com micronutrientes durante o ensacamento armazenamento ou manuseio podendo resultar em segregação das fontes de micronutrientes e aplicação nãouniforme na lavoura De maneira geral é de se esperar que a eficiência agronômica de micronutrientes aplicados como revestimento de fertilizantes granulados solúveis seja semelhante àquela dos micronutrientes incorporados aos fertilizantes granulados durante o processo de fabricação As reações químicas após a dissolução do fertilizante no solo e a distribuição dos micronutrientes aplicados devem ser semelhantes em ambos os métodos Poucos trabalhos têm sido desenvolvidos não só no Brasil como no exterior com a finalidade de comparar a técnica de revestimento com outras Tanto o ZnO como o ZnSO4 resultaram em produções semelhantes de ervilha nos vários métodos de aplicação do fertilizante granulado NPK Quadro 37 A concentração de Zn no tecido vegetal foi superior no tratamento com ZnSO4 granulado em mistura com fertilizante NPK granulado provavelmente por causa de menores taxas de reações químicas do ZnSO4 com o fertilizante NPK granulado Ellis et al 1965 Ellis et al 1965 relataram que ZnEDTA permaneceu solúvel em água quando aplicado junto com MnSO4 como revestimento de fertilizante NPK mas o Zn foi somente 42 solúvel em água quando ZnEDTA foi aplicado junto com MnO como revestimento do mesmo fertilizante NPK As produções de ervilha foram também muito menores com o último produto FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 711 A comparação de vários métodos de aplicação de fontes de Zn com fertilizante NPK granulado para a cultura do milho no Zimbabwe mostrou que a eficiência agronômica relativa das fontes foi a seguinte em ordem decrescente ZnO revestido ZnSO4 incorporado e ZnO incorporado Revestimento com ZnSO4 em pó não foi incluído no estudo de Tanner Grant 1973 No Brasil são raros os trabalhos de pesquisa em que é avaliado o efeito de fontes de micronutrientes associados com formas de fabricação de fertilizantes incorporadas aos grânulos revestindo os grânulos ou granuladas e misturadas aos grânulos NPK Em trabalho de casa de vegetação com a cultura do milho Korndörfer et al 1987 observaram que tanto o ZnO como o ZnSO4 incorporados ou aplicados como revestimento de grânulos da fórmula 53015 para atingir 10 g kg1 1 de Zn apresentaram resultados semelhantes em relação à produção de matéria seca da parte aérea Entretanto mais recentemente em experimento de campo doses de 1 2 ou 4 kg ha1 de Zn nas formas de ZnO e FTE incorporados na fórmula 43010 ou FTE granulado e misturado à mesma fórmula não mostraram diferenças de produção de milho em relação ao tratamento sem Zn Os teores de Zn na folha entretanto foram maiores no tratamento com o ZnO incorporado Korndörfer et al 1995 Via Adubação Fluida e Fertirrigação Com o aumento do uso da adubação fluida e da fertirrigação principalmente na canadeaçúcar fruticultura cafeicultura e olericultura tem havido considerável aumento da aplicação de fertilizantes que contêm micronutrientes com fertilizantes com N NP ou NPK Em relação à aplicação de micronutrientes via adubação fluida Mortvedt 1991 ressalta os seguintes aspectos sobre a solubilidade das fontes ponto da maior relevância a solubilidade das fontes de Cu Fe Mn e Zn é maior nos líquidos claros na forma de polifosfatos do que nos ortofosfatos Fonte de zinco Método de aplicação Produção Teor de zinco kg ha1 mg kg1 1230 20 ZnSO4 Mistura 1660 40 ZnSO4 Incorporado 1640 31 ZnSO4 Revestido 1670 34 ZnO Incorporado 1620 30 ZnO Revestido 1670 26 DMS 005 170 3 Quadro 37 Produção e teor de zinco em ervilha considerando fontes de zinco e métodos de aplicação com fertilizante NPK Fonte Adaptado de Ellis et al 1965 FERTILIDADE DO SOLO 712 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al a eficiência de ZnSO4 ZnO ou ZnEDTA para o milho em suspensões de ortofosfatos ou polisfosfatos 1640 é semelhante à aplicação dessas fontes isoladamente Isto indica que essas fontes de Zn não reagem com essas suspensões de fosfato para formar produtos de reação não disponíveis A eficiência agronômica tanto do ZnSO4 como do ZnO foi maior em suspensões de polifosfatos de alta concentração 75 os polifosfatos seqüestram os micronutrientes metálicos de modo que eles podem manter maiores concentrações desses cátions em solução do que os ortofosfatos Os polifosfatos entretanto são instáveis no solo e hidrolisamse para ortofosfato e conseqüentemente perdem suas propriedades de seqüestro a solubilidade da maioria das fontes de micronutrientes é baixa em soluções UAN 28 de N Por exemplo a solubilidade do ZnSO4H2O foi 05 de Zn e a do FeNO339H2O foi 05 de Fe Silverberg et al 1972 O pH resultante da solução do fertilizante foi de 30 Quando o pH foi aumentado para 70 a 80 pela adição de NH4OH a solubilidade do ZnSO4 e do ZnO foi de 2 de Zn e das três fontes de Cu Cu2O CuNO323H2O e CuSO45H2O foi de 05 de Cu considerando a alta solubilidade e a baixa dose a ser aplicada tanto o B quanto o Mo podem ser incluídos em fertilizantes fluidos para corrigir as suas deficiências embora a maioria dos quelatos sintéticos seja compatível com os fertilizantes fluidos complexos orgânicos de Cu Fe Mn e Zn podem não ser compatíveis com todos os fertilizantes fluidos Um teste de proveta em que se observe a formação de precipitados deve ser feito utilizando as proporções desejadas do fertilizante fluido e das fontes de micronutrientes antes de se proceder à mistura para aplicação no campo os fertilizantes em suspensão podem ser utilizados se for desejável a aplicação de doses maiores de micronutrientes Nesse caso as suspensões devem ser preparadas logo antes da aplicação Fontes na forma de pó 60 mesh ou 025 mm são sugeridas para evitar entupimentos e garantir a permanência em suspensão para o caso específico da fertirrigação recomendase trabalhar normalmente com fontes de micronutrientes solúveis que formem líquidos claros evitando o uso de suspensões Para essa finalidade e para o caso de adubos fluidos são apresentados dados com algumas informações importantes Quadro 38 É recomendável consultar uma tabela de compatibilidade entre fontes de macronutrientes primários e secundários quando a adubação fluida ou fertirrigação for realizada com vários ou todos os nutrientes O teste da proveta é sempre indispensável no caso de dúvida quanto ao comportamento dos vários produtos a serem misturados A grande vantagem desse sistema está no fato de ser factível variar as quantidades de nutrientes a serem aplicadas de acordo com a menor ou maior demanda das culturas em relação às suas fases de crescimento e de desenvolvimento FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 713 Via Foliar Assim como as raízes as folhas das plantas têm capacidade de absorver os nutrientes depositados em solução em sua superfície Essa capacidade originou a prática da adubação foliar em que soluções de um ou mais nutrientes são aspergidas sobre a parte aérea das plantas atingindo principalmente as folhas Volkweiss 1991 Durante o 2o Simpósio Brasileiro de Adubação Foliar 1987 foram discutidos tópicos específicos sobre a adubação foliar envolvendo respostas fontes doses épocas e modos de aplicação para as mais diferentes culturas Boaretto Rosolem 1989 que são válidos até hoje Concluiuse que a adubação foliar com micronutrientes era um recurso efetivo e econômico no controle de deficiência em cafeeiro citros e outras plantas frutíferas perenes podendo ser recomendada em programas de adubação desde que houvesse controle das necessidades das plantas e se utilizassem produtos específicos Para alguns casos de culturas anuais e hortícolas a adubação foliar corretiva ou complementar tinha dado bons resultados podendo ser incluída nos programas de adubação O fato de muitas recomendações oficiais de adubação em vários Estados do Brasil como já discutido incluírem a adubação foliar para diversas culturas evidencia que sob certas condições essa forma de aplicação de micronutrientes é de comprovada eficiência Alguns exemplos de sucesso na aplicação foliar são citados a seguir Pulverizações da cultura do milho com 06 e 11 kg ha1 de MnSO43H2O diluído em 150 L de água no estádio de quatro e oito folhas atingiram respectivamente 823 e 849 t ha1 de grãos em Fonte Concentração do elemento Forma oC Solubilidade g L1 Bórax 11 Na2B4O710H2O 0 21 Ácido bórico 175 H3BO3 30 635 Solubor 20 Na2B8O134H2O 30 220 Sulfato de cobre acidificado 25 CuSO45H2O 0 316 Cloreto cúprico acidificado CuCl2 0 710 Sulfato de ferro acidificado 20 FeSO47H2O 1565 Sulfato de manganês acidificado 27 MnSO44H2O 0 1053 Molibdato de amônio 54 NH46Mo7O244H2O 430 Molibdato de sódio 39 Na2MoO4 68 Sulfato de zinco 36 ZnSO47H2O 20 965 Quelato de zinco 514 DTPA e EDTA Muito solúvel Quelato de manganês 512 DTPA e EDTA Muito solúvel Quelato de ferro 414 DTPA HEDTA e EDDHA Muito solúvel Quelato de cobre 514 DTPA e EDTA Muito solúvel Lignosulfonado de Zn 6 Lignosulfonado Muito solúvel Lignosulfonado de Mn 514 Lignosulfonado Muito solúvel Lignosulfonado de ferro 6 Lignosulfonado Muito solúvel Lignosulfonado de cobre 6 Lignosulfonado Muito solúvel Quadro 38 Informação sobre solubilidade de várias fontes de micronutrientes geralmente usadas para preparar soluções de fertilizantes fluidos e ou para aplicação via fertirrigação Fonte Adaptado de Burt et al 1995 FERTILIDADE DO SOLO 714 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al comparação com 221 t ha1 da parcelatestemunha Quadro 39 Mascagni Junior Cox 1984 Da mesma forma pulverização com ZnSO47H2O 23 de Zn a 10 g L1 aplicado na cultura do milho na terceira e quinta semana após a emergência resultou na produção de 664 t ha1 em comparação com 388 t ha1 no tratamento sem Zn no primeiro cultivo Repetição desse tratamento no segundo e terceiro cultivos levou a produções próximas ao máximo 735 e 747 t ha1 respectivamente Quadro 40 Galrão 1996 Dose1 Época de aplicação Produção de grãos Peso da espiga kg ha1 4 folhas 8 folhas kg ha1 g 00 2210 89 06 1 5100 143 11 1 5330 144 06 1 6030 168 11 1 6690 182 06 1 1 8230 218 11 1 1 8490 211 Quadro 39 Doses número e época de aplicações de manganês na cultura do milho 1 Sulfato de manganês diluído em 150 L de água ha1 Teor de Mn no solo Mehlich3 28 mg dm3 pH em água 63 Fonte Adaptado de Mascagni Junior Cox 1984 1 Sulfato de zinco 23 de Zn 2 Óxido de zinco 83 de Zn misturado na proporção de 10 de ZnO por 20 kg de sementes umedecidas 15 mL de água por kg de sementes 3 Solução a 10 g L1 de sulfato de Zn 23 de Zn na 3a e 5a semana após a emergência 4 Solução a 10 g L1 de sulfato de Zn na 3a 5a e 7a semana após a emergência Médias seguidas com a mesma letra na coluna não apresentam diferenças significativas pelo teste Tukey a 5 Fonte Adaptado de Galrão 1996 Quadro 40 Rendimento de grãos de milho cultivado num Latossolo Vermelho argiloso fase cerrado considerando os métodos de aplicação de zinco Dados do três cultivos Rendimento Cultivo Fonte Dose de zinco Método Teor de zinco no solo 1 o 2 o 3 o kg ha1 mg dm3 t ha1 Testemunha 03 388 f 423 d 456 c Sulfato1 04 Lanço 1o ano 09 547 de 635 b Sulfato1 12 Lanço 1o ano 12 736 a 778 ab 762 a Sulfato1 36 Lanço 1o ano 16 740 a 790 a Sulfato1 72 Lanço 1o ano 24 720 ab 781 a Sulfato1 12 Sulco 1o ano 10 589 cde 787 ab 743 a Sulfato1 04 sulco 1o 2o e 3o anos 05 491 ef 714 b 709 ab Óxido2 08 Sementes 04 615 bcd 768 ab 774 a Sulfato3 1 via foliar 04 664 abc 735 ab 747 a Sulfato4 1 via foliar 05 718 ab 714 a FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 715 Rodrigues et al 1996 encontraram máximas respostas à adubação foliar com Mo para a cultura do feijão nas doses de 76 a 81 g ha1 de Mo usando como fonte NH46Mo7O244H2O e aplicação aos 25 dias da emergência O aumento na produção foi de cerca de 500 kg ha1 Resultados semelhantes foram obtidos por Amane et al 1999 em que as produções máximas de feijão foram obtidas com doses de 70 a 100 g ha1 de Mo aplicadas por pulverização 22 dias após a emergência sendo as maiores doses de Mo combinadas com as menores doses de N Sfredo et al 1996 obtiveram aumentos médios de produção de soja variando de 20 a 36 em relação ao tratamento apenas com inoculante pela aplicação de vários produtos comerciais multinutrientes via adubação foliar em três locais no Estado do Paraná Os autores atribuíram esses resultados à presença do Mo nesses produtos É interessante notar que a aplicação somente de água via foliar nesses experimentos aumentou 19 na produção Entretanto a adubação foliar de maneira geral não mostrou efeitos significativos no aumento da produção de soja Borkert et al 1979 Rosolem et al 1981 1982 Apenas no caso do Mn as aplicações foliares foram eficientes sendo a recomendação oficial aplicar 480 g ha1 de Mn 15 kg de MnSO4H2O diluído em 200 L de água com 1 kg de uréia Embrapa 1996 Acréscimos em produtividade da 55 e 61 foram obtidos na cultura da soja com pulverizações de 225 225 e 300 300 g ha1 de Mn nos estádios V4 e V8 respectivamente usando produto comercial quelatizado com 10 de Mn Mann 1999 Os tratamentos com Mn aumentaram o teor de proteína e de óleo e a germinação e o vigor principalmente após o envelhecimento Dados mais recentes em experimento desenvolvido em solo extremamente baixo em Cu 01 mg dm3 de Cu porém mostraram que pulverizações com solução de CuSO45H2O 5 g L1 aos 20 e aos 20 e 40 dias da emergência de plantas de soja levaram a rendimentos máximos comparáveis às aplicações via solo e via tratamento de sementes por dois anos Quadro 41 Galrão 1999 Em comparação com as aplicações via solo a adubação foliar apresenta as seguintes vantagens e desvantagens Vantagens o alto índice de utilização pelas plantas dos nutrientes aplicados nas folhas as doses de micronutrientes são em geral menores as respostas das plantas são rápidas sendo possível corrigir deficiências após o seu aparecimento durante a fase de crescimento das plantas adubação de salvação embora em alguns casos os rendimentos das culturas já possam estar comprometidos Volkweiss 1991 é uma das formas mais eficientes de correção de deficiência de Fe em solos com pH neutro ou alcalino Desvantagens a menos que possam ser combinadas com tratamentos fitossanitários decorrentes da baixa mobilidade da maioria dos micronutrientes os custos extras de múltiplas aplicações foliares podem ser altos FERTILIDADE DO SOLO 716 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al o efeito residual é no geral muito menor além de problemas estritamente de compatibilidade a presença de um nutriente na solução pode afetar a absorção de outro principalmente nas soluções multinutrientes Outro ponto que deve ser levado em conta é a quantidade de micronutrientes que pode ser carreada para a lavoura com a aplicação de produtos fitossanitários Muitos desses produtos têm como princípio ativo Cu Mn Zn que quando aplicados em doses adequadas podem contribuir para a correção parcial ou total de possíveis deficiências desses micronutrientes É recomendável portanto que o técnico que orienta os agricultores se familiarize com a composição química desses produtos fitossanitários utilizados na lavoura Via Sementes O tratamento de sementes é outra opção para a aplicação de alguns micronutrientes A uniformidade de distribuição de pequenas doses que podem ser aplicadas com exatidão é uma das grandes vantagens desse método de aplicação É uma técnica de comprovada eficiência na aplicação de Mo e também de Co em leguminosas com vistas na fixação simbiótica de N2 Sfredo et al 1996 obtiveram aumentos médios de produção de soja que variaram de 18 a 37 em relação ao tratamento apenas com inoculante quando utilizaram vários produtos comerciais multinutrientes aplicados via tratamento de sementes em três locais no Estado do Paraná Os autores atribuíram esses resultados à presença do Mo nesses produtos Além do Mo e Co B Cu Mn e Zn já foram aplicados via sementes muitas vezes com resultados positivos Ruschell et al 1970 Santos et al 1982 Mortvedt 1985 Em geral temse preferência às fontes solúveis de micronutrientes mas há casos em que as fontes menos solúveis ou mesmo insolúveis são usadas com bons resultados Revestimento de sementes de milho com 80 de ZnO 1 kg de ZnO por 20 kg de sementes proporcionou a produção de 615 t ha1 em comparação com 388 t ha1 na parcelatestemunha Esse efeito foi superior ao da aplicação de 12 kg ha1 de ZnSO47H2O no sulco de plantio mas inferior ao da mesma dose aplicada a lanço Repetição do tratamento de sementes no 2o e 3o cultivo propiciou rendimentos próximos aos máximos Quadro 40 Galrão 1996 Já o revestimento de sementes de soja com CuO apresentou tão bons resultados na produção como a aplicação de CuSO45H2O via solo a lanço e no sulco ou via aplicação foliar Quadro 41 Galrão 1999 Entretanto existem casos em que o tratamento de sementes com micronutrientes não mostram efeitos positivos na produção A aplicação de B Cu Mo e Zn via tratamento de sementes não aumentou a produção de arroz Barbosa Filho et al 1983a Segundo Volkweiss 1991 existem três métodos principais para aplicação de micronutrientes via sementes umedecimento de sementes com solução que contém a quantidade desejada de micronutriente imersão das sementes durante algumas horas em solução de micronutrientes 10 a 20 g L1 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 717 peletização de sementes com carbonato de cálcio fosfato goma arábica e micronutrientes Via Raízes de Mudas Essa técnica consiste em fazer a imersão de raízes de mudas a serem transplantadas em solução ou suspensão com um ou mais micronutrientes O exemplo mais típico é o caso da imersão de mudas de arroz em solução com ZnO a 10 g L1 em sistemas de irrigação por inundação técnica de eficiência amplamente comprovada e rotineiramente utilizada na Ásia Egito e EUA O ZnO nesse caso tem mostrado eficiência igual ou superior à de fontes solúveis Mortvedt Cox 1985 Uma adaptação a esse método de aplicação vem sendo adotada na cultura da mandioca para a região dos cerrados quando não é possível aplicar Zn via solo Nesse caso Galrão 2002 recomenda a imersão de manivas de mandioca numa solução de 40 g L1 de ZnSO47H2O durante 15 min Efeito Residual O conhecimento do efeito residual de fertilizantes que contêm micronutrientes é de fundamental importância para a definição de doses e intervalo de reaplicação Esse é um assunto complexo que envolve não apenas as fontes utilizadas mas também as doses métodos de aplicação taxas de exportação pelas culturas manejo dos restos culturais tipos de solo e sistemas de produção agricultura convencional e plantio direto dentre outros Infelizmente no Brasil poucos trabalhos têm sido desenvolvidos no campo por quatro ou mais anos com vistas em avaliar o efeito residual dos tratamentos Martens Westermann 1991 discutiram detalhes dos efeitos residuais de várias fontes de micronutrientes com destaque para os seguintes aspectos Quadro 41 Rendimento de grãos de soja cultivada em um Latossolo VermelhoAmarelo fase cerrado considerando os métodos de aplicação de cobre 1 Sulfato de cobre pentahidratado 2 Óxido de cobre 3 DAE dias após a emergência das plantas Médias seguidas da mesma letra em cada coluna não foram diferentes entre si pelo teste Duncan a 5 Fonte Adaptado de Galrão 1999 Rendimento Cultivo 1 Dose Cu Método 1o 2o 3o t ha1 00 kg ha1 de Cu 232 a 294 c 257 b 04 kg ha1 de Cu Lanço 1o cultivo1 230 a 305 bc 267 b 12 kg ha1 de Cu Lanço 1o cultivo1 231 a 344 a 322 a 24 kg ha1 de Cu Lanço 1o cultivo1 236 a 339 ab 313 a 48 kg ha1 de Cu Lanço 1o cultivo1 230 a 341 ab 310 a 12 3 x 04 kg ha1 de Cu Sulco1 233 a 343 ab 319 a 24 3 x 08 kg ha1 de Cu Sulco1 232 a 334 ab 320 a 5 g L1 Foliar1 20 DAE3 230 a 331 ab 322 a 5 g L1 Foliar1 20 40 DAE3 240 a 339 ab 311 a 798 g de Cu kg semente Semente2 225 a 338 ab 314 a CV 59 89 77 FERTILIDADE DO SOLO 718 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al fertilizantes que contêm B apresentam maior efeito residual em solos com altos teores de silte e argila em comparação com solos arenosos Produtos com menor solubilidade em água colemanita e ulexita também apresentam maior efeito residual existem evidências de que a reversão de fontes de Cu para formas nãodisponíveis para as plantas é baixa Os intervalos para novas aplicações de Cu podem ser superiores a cinco anos dependendo da sensibilidade das culturas e da severidade da deficiência aplicações de fontes de Fe ao solo apresentam muito pouco efeito residual porque o íon Fe2 é rapidamente convertido em Fe3 em solos com boa aeração Aplicações de doses relativamente elevadas em sulcos podem ser eficientes por mais de um ano em sistemas conservacionistas cultivo mínimo e plantio direto da mesma forma que para o Fe as diferentes fontes de Mn apresentam pequeno efeito residual mesmo com a aplicação de altas doses até 60 kg ha1 de Mn na forma de MnSO43H2O a lanço Esses resultados confirmam a recomendação de se utilizarem adubações no sulco e adubação foliar para corrigir a deficiência de Mn o efeito residual da adubação com Mo depende das reações do MoO4 2 com os constituintes do solo da quantidade de Mo lixiviada e das taxas de exportação da cultura ou de remoção por animais em pastoreio Em alguns casos mesmo com doses pequenas 01 kg ha1 de Mo o efeito residual pode chegar a mais de 10 anos doses relativamente altas de Zn 25 a 30 kg ha1 de Zn aplicadas a lanço podem corrigir as deficiências por vários anos por causa da lenta reversão do Zn para formas nãodisponíveis para as plantas um resumo dos principais trabalhos relativos a efeito residual de micronutrientes citados por Martens Werstermann 1991 é apresentado no quadro 42 Dose e forma de aplicação Fonte Tipo de solo Cultura Resultado 2 kg ha1 B a lanço Borato65 Barrento Alfafa e trevo Suficiente B por 2 anos 11 kg ha1 Cu CuSO4 Trigo Aumentou a produção até após 9 anos 55 kg ha1 Cu CuSO4 Trigo Aumentou a produção após 12 anos 60 kg ha1 Mn a lanço MnSO4 Barrento Soja Inadequado para corrigir deficiência no 2o ano 30 kg ha1 Mn a lanço MnSO4 e oxissulfato Argiloso Soja Produções máximas até 2 anos após 011 kg ha1 Mo Barroarenoso Pastagem Eficiente por 15 anos 014 kg ha1 Mo Pastagem Efeito por apenas 1 ano 040 kg ha1 Mo Podzólico Diminuiu a deficiência até o 3o ano 028 kg ha1 Mo Trevo subterrâneo Efeito até após 8 anos 28 kg ha1 Zn a lanço ZnSO4 Correção da deficiência por 7 anos 34 kg ha1 Zn a lanço ZnSO4 Correção da deficiência por 4 a 5 anos Quadro 42 Efeito residual de micronutrientes para diversas situações de fontes modos de aplicação tipo de solo e cultura Fonte Adaptado de Martens Westermann 1991 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 719 No Brasil foram desenvolvidos poucos experimentos de longa duração três ou mais anos com micronutrientes no campo com objetivo de fazer inferências sobre o efeito residual Ressaltamse neste contexto os trabalhos de Galrão et al 1978 Galrão Mesquita Filho 1981 e Galrão 1984 os quais além de avaliar o efeito imediato primeiro ano da omissão de cada micronutriente sobre a produção de arroz no tratamento completo permitiram a avaliação intermediária para três cultivos e o efeito residual até seis anos Nos três primeiros anos apenas a omissão de Zn reduziu a produção Galrão Mesquita Filho 1981 No quinto e sexto cultivo não existiram diferenças entre os tratamentos Outra conclusão foi a de que a dose de 6 kg ha1 de Zn aplicada a lanço apenas no primeiro cultivo foi suficiente para manter boas produções nos seis cultivos da seqüência arroz arroz milho soja milho e milho Galrão 1984 Destacamse outras evidências do acentuado efeito residual de fertilizantes com Zn nos solos de cerrado A dose de 3 kg ha1 de Zn na forma de ZnSO47H2O aplicada a lanço apenas no primeiro cultivo foi suficiente para manter produções próximas ao máximo por pelo menos quatro colheitas consecutivas em Latossolo Vermelho argiloso Ritchey et al 1986 Entretanto em Latossolo VermelhoAmarelo argiloso a dose de 1 kg ha1 de Zn aplicada a lanço em mistura com o superfosfato simples em pó no primeiro cultivo foi suficiente para aumentar o rendimento de grãos os teores de Zn do solo e da folha de milho no quarto cultivo Galrão 1995 Mais recentemente Galrão 1996 concluiu que 12 kg ha1 de Zn ZnSO47H2O aplicado a lanço no primeiro cultivo foi suficiente para propiciar rendimentos máximos de milho para três cultivos Todavia quando aplicado no sulco de semeadura apenas no primeiro cultivo ou parceladamente 04 kg ha1 de Zn por cultivo o rendimento máximo de grãos foi alcançado apenas a partir do segundo ano Outro aspecto importante dos trabalhos de Galrão 1995 1996 foi permitir ainda estabelecer os níveis críticos de Zn no solo para os extratores ácidos HCl Mehlich1 e Mehlich3 e o DTPA além do nível crítico deste micronutriente na folha do milho Demanda de Micronutrientes pelas Culturas Em geral existe grande variação na ocorrência de deficiências de micronutrientes em relação às mais diferentes culturas Malavolta et al 1991 dão uma visão geral da freqüência do aparecimento de deficiências dos micronutrientes por cultura no Brasil Quadro 43 A escala usada pelos autores varia de 1 a 10 sendo 10 para as culturas com maiores probabilidades de ocorrência da respectiva deficiência Deficiências acentuadas de B são bastante comuns no cafeeiro e nas brássicas repolho e as de Cu no cafeeiro na canadeaçúcar e em citros Deficiências de Fe são pouco comuns nos diferentes solos e culturas brasileiras cabendo destaque apenas o abacaxi Citros é também muito propenso a mostrar deficiência de Mn e Zn Deficiências de Mo são bastante comuns nas brássicas repolho no cafeeiro e no feijoeiro Na cultura do arroz as deficiências de Zn são bastante acentuadas No Brasil ainda não foram verificados sintomas de deficiência de Cl possivelmente em conseqüência das constantes adições de KCl como fonte de K além do sal cíclico FERTILIDADE DO SOLO 720 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al Cultura B Cu Zn Mn Fe Mo Abacaxi 10 Algodoeiro 3 3 Alho 7 Amendoim 3 Arroz 2 2 10 Batata 5 Cacaueiro 5 6 3 Cafeeiro 10 8 10 1 5 1 Canadeaçúcar 2 8 n 4 2 Cebola 4 Citros 6 7 10 10 1 Couveflor 10 10 Eucalipto 4 4 Feijoeiro 3 2 3 Girassol 3 2 Gramíneas forrageiras n Leguminosas forrageiras 3 n Leucena 1 Macieira 3 3 Mamoeiro 4 Mandioca 7 2 Mangueira 1 Maracujazeiro 2 Melão 3 Milho 1 7 Pereira 4 Pessegueiro 4 Pinus 4 5 Repolho 7 Seringueira 2 2 6 Soja 3 6 5 Sorgo 7 7 Tomateiro 5 6 Trigo 3 10 8 Videira 4 2 Quadro 43 Freqüência do aparecimento de deficiências dos micronutrientes por culturas no Brasil 10 maior freqüência n número não definido Fonte Adaptado de Malavolta et al 1991 proveniente do oceano nas regiões próximas ao litoral Orlando Filho et al 2001 Entretanto as palmáceas como o coco e o dendê são especialmente sensíveis às deficiências de Cl O requerimento de Cl para o crescimento ótimo das culturas é em média de 10 a 80 kg ha1 Srivastava Gupta 1996 Admitindo 10 mg kg1 de Cl na matéria seca da parte aérea como teor crítico Marschner 1995 cita 4 a 8 kg ha1 de Cl como a faixa de FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 721 requerimento das culturas Segundo esses autores essa exigência é facilmente atendida pela água da chuva De acordo com a literatura são mais comuns problemas de toxidez do que de deficiência de Cl Outro aspecto importante a ser levado em conta com o objetivo de se fazer reposição adequada de micronutrientes por meio das adubações é conhecer o acúmulo e a exportação deles pelas culturas Esse aspecto é ainda mais relevante quando se pensa em seguir a estratégia de reposição descrita anteriormente Um resumo do acúmulo e exportação de micronutrientes tomando por base vários trabalhos desenvolvidos no Brasil para culturas de cereais e de batata é apresentado no quadro 44 Os valores correspondentes ao acúmulo referemse à quantidade do nutriente contida na parte aérea das culturas incluindo os grãos e os tubérculos no caso da batata enquanto os valores da exportação representam a quantidade do nutriente contida somente nos grãos e tubérculos respectivamente Tais valores correspondentes à extração e exportação referemse à média ponderada ou seja foi considerado o número de dados encontrados em cada referência Por exemplo se um autor apresenta em seus dados a média de dois cultivares atribuise peso 2 para estes valores razão por que algumas médias apresentadas podem ser diferentes das obtidas com o uso direto dos valores dos quadros Em relação às plantas de cobertura tanto de verão como de inverno componentes essenciais para a sustentabilidade do sistema plantio direto verificase grande variação Cultura B Cu Zn Mn Fe Mo g t1 Feijão Acúmulo 663 199 498 1758 4312 Exportação 133 99 316 177 867 169 Soja Acúmulo 77 26 61 130 460 65 Exportação 220 130 377 337 1343 50 Milho Acúmulo 180 100 484 428 2357 10 Exportação 32 12 276 61 116 06 Trigo sequeiro Acúmulo 199 62 198 1061 3740 Exportação 29 30 148 130 139 Trigo irrigado Acúmulo 321 121 562 1796 11319 Exportação 51 54 360 268 434 Batata Acúmulo 15 49 Exportação 15 17 37 21 398 012 Arroz irrigado 1 Acúmulo 179 95 799 1335 2685 03 Exportação 44 61 359 306 621 02 Arroz irrigado 2 Acúmulo 152 1684 3359 6832 Exportação 90 573 672 1025 Sorgo Acúmulo 100 73 162 340 1893 27 Quadro 44 Acúmulo e exportação de micronutrientes em cereais e batata 1 Irrigação constante 2 Irrigação intermitente Fonte Adaptado de Pauletti 2004 citando vários autores FERTILIDADE DO SOLO 722 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al no acúmulo de micronutrientes Quadros 45 e 46 Conhecendo esses valores fica mais fácil estabelecer um programa adequado de fornecimento de micronutrientes nos vários possíveis sistemas de rotação e ou sucessão de culturas Em relação ao acúmulo de micronutrientes em plantas forrageiras existem dois complicadores para entendimento da dinâmica de micronutrientes Quadro 47 O primeiro é que se deve considerar se é realizado o pastoreio ou o corte com retirada de material da área para fornecimento aos animais e a quantidade ingerida por eles No caso de pastoreio ocorre reposição parcial dos nutrientes à superfície do solo por meio das fezes e da urina do animal enquanto no trato no cocho a reposição depende do transporte dos dejetos da esterqueira até o terreno O segundo é que a composição mineral das forrageiras varia com a idade da planta não existindo regra para tal variação Pauletti 2004 Espécie Cu Zn Mn Relação CN g t1 Mucuna cinza 1 16 28 183 211 Mucuna preta 1 14 29 174 211 Mucuna preta 2 19 29 145 Mucuna anã 1 9 85 179 164 Crotalária juncea 1 14 44 179 181 Crotalária mucronata 1 13 35 111 157 Crotalária spectabilis 1 8 23 126 234 Crotalária breviflora 1 17 31 81 145 Crotalária grantiana 1 10 28 73 192 Guandu 1 7 22 87 216 Guandu 2 27 26 94 Feijãodeporco 1 9 62 254 157 Feijão bravo do Ceará 1 4 14 17 206 Feijão mungo 1 10 78 127 251 Caupi 1 173 Lablab 1 10 33 143 183 Leucena 1 45 148 Amendoim rasteiro 1 11 49 77 Indigófera 1 13 24 53 186 Calopogônio 1 9 15 172 216 Kudsu 1 11 27 155 147 Soja perene 1 8 32 102 173 Centrosema 1 10 32 67 203 Crotalária striata 1 10 31 584 152 Quadro 45 Acúmulo de micronutrientes na matéria seca e relação CN em espécies de verão para cobertura do solo 1 Gallo et al 1974 Kluthcouski 1982 e Chaves 1989 citados por Calegari 1995 2 Borkert et al 2003 Fonte Adaptado de Paulleti 2004 citando vários autores FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 723 Espécies Matéria verde Matéria seca Cu Zn Mn Relação CN t ha1 ano1 g t1 de matéria seca Chicharo1 2040 245 11 22 52 188 Aveia preta1 1545 257 7 11 102 363 Aveia preta2 418 9 21 286 Aveia branca1 1535 2545 6 9 138 476 Azevém1 1630 26 9 23 214 442 Centeio1 1235 245 6 15 53 365 Girassol1 2040 24 18 31 96 222 Espérgula1 1540 156 11 44 136 251 Ervilhaca peluda1 1435 36 9 26 61 187 Ervilhaca comum1 1235 255 9 24 87 186 Ervilhaca2 465 10 32 69 Serradela1 2045 26 13 59 97 224 Nabo forrageiro1 2060 26 8 49 84 116 Tremoço branco1 3040 35 12 57 330 148 Tremoço amarelo1 1528 34 14 66 359 144 Tremoço azul1 1350 34 13 24 230 194 Tremoço2 614 21 42 Ervilha forrageira1 1528 3945 22 8 102 190 Quadro 46 Produção de matéria verde matéria seca acúmulo de micronutrientes e relação CN em espécies de inverno para cobertura do solo 1 Calegari 1990 citado por Derpsch Calegari 1992 2 Borkert et al 2003 Fonte Adaptado de Pauletti 2004 citando vários autores De qualquer forma verificase considerável absorção e acúmulo de Fe e Mn tanto pelas gramíneas quanto pelas leguminosas valores intermediários para Zn e B pequenos valores para Cu e valores extremamente baixos para Mo e para Co Quadro 47 Forrageiras Fe Cu Zn B Mn Mo Co g t1 Gramíneas Colonião1 124 7 21 15 90 083 006 Elefante1 178 10 40 25 179 053 01 Setaria1 99 5 37 18 272 028 006 Kikuiu1 106 5 28 23 137 083 005 Festuca1 109 4 26 14 228 027 003 Leguminosas Trevo1 303 3 26 38 69 022 007 Cornichão1 152 3 33 33 81 1 007 Alfafa2 2055 103 325 357 410 11 013 Quadro 47 Acúmulo de micronutrientes na matéria seca de forrageiras 1 Gallo et al 1974 citados por Malavolta et al 1986 2 Sá Petrere 1991 Fonte Adaptado de Paulleti 2004 citando vários autores FERTILIDADE DO SOLO 724 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al LITERATURA CITADA ABREU CA RAIJ B van Efeito da reação do solo no zinco extraído pelas soluções de DTPA e Mehlich1 Bragantia 55357363 1996 ABREU CA ABREU MF ANDRADE JC RAIJ B van Restrictions in the use of correlation coefficients in comparing methods for the determination of the micronutrients in soils Comm Soil Sci Plant Anal 2919611972 1998 ABREU CA ABREU MF RAIJ B van BATAGLIA OC ANDRADE JC Extraction of boron from soil by microwave heating ICPAES determination Comm Soil Sci Plant Anal 2533213333 1994c ABREU CA NOVAIS RF RAIJ B van RIBEIRO AC Comparação de métodos químicos para avaliar a disponibilidade do manganês em solos R Bras Ci Solo 188190 1994a ABREU CA NOVAIS RF RAIJ B van RIBEIRO AC Influência da reação do solo na extração de manganês por diferentes extratores químicos R Bras Ci Solo 189199 1994b ABREU CA RAIJ B van ABREU MF SANTOS WR ANDRADE JC Efficiency of multinutrient extractants for the determination of available copper in soils Comm Soil Sci Plant Anal 27763771 1996a ABREU CA RAIJ B van TANAKA RT Fontes de manganês para soja e seus efeitos na análise do solo R Bras Ci Solo 209197 1996b ABREU CA RAIJ B van ABREU MF PAZ GONZALEZ A Avaliação da disponibilidade de manganês e ferro em solos pelo uso do método modificado da resina de troca iônica R Bras Ci Solo 28579584 2004 ACCIOLY AMA SIQUEIRA JO CURI N MOREIRA FMS Amenização do calcário na toxidez de zinco e cádmio para mudas de Eucalyptus camaldulensis cultivadas em solo contaminado R Bras Ci Solo 28775783 2004 ADAMSON AW Physical chemistry of surfaces New York John Wiley 1967 149p ALAM SM Nutrient uptake by plants under stress conditions In PESSARAKLI M ed Handbook of plant and crop stress New York Marcel Dekker 1999 p287293 ALLEN SE TERMAN GL Response of maize and sudangrass to zinc in granular micronutrients In INTERNATIONAL SOCIETY OF SOIL SCIENCE Aberdeen 1966 Transactions Aberdeen ISSS 1966 p255266 ALLISON JD BROWN DS NOVOGRADAC KJ MINTEQA2PRODEFA2 a geochemical assessment model for environmental system Version 30 users manual Athens Environmental Research Laboratory 1991 106 p EPA600391021 ALLOWAY BJ Heavy metals in soils 2ed London Blackie Academic Professional 1995 368p ALMEIDA AM A resina de troca iônica como extrator multielementar em análise de solos para fins de fertilidade Campinas Universidade Estadual de Campinas 1999 103p Tese de Mestrado FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 725 ALVAREZ V VH NOVAIS RF BARROS NF CANTARUTTI RB LOPES AS Interpretação dos resultados das análises de solos In RIBEIRO AC GUIMARÃES PTG ALVAREZ V VH eds Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais 5ª Aproximação Viçosa MG CFSEMG 1999 p2532 AMANE MIV VIEIRA C NOVAIS RF ARAÚJO GAA Adubação nitrogenada e molíbdica da cultura do feijão na Zona da Mata de Minas Gerais R Bras Ci Solo 23643 650 1999 AMARAL SOBRINHO NMB COSTA LM DIAS LE BARROS NF Aplicação de resíduo siderúrgico em um Latossolo Efeitos na correção do solo e na disponibilidade de nutrientes e metais pesados R Bras Ci Solo 17299304 1993 AMBROSANO E J TANAKA RT MASCARENHAS HAA RAIJ B van QUAGGIO JA CANTARELLA H Leguminosas e oleaginosas In RAIJ B van CANTARELLA H QUAGGIO JA FURLANI AMC eds Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo 2ed Campinas Instituto Agronômico Fundação IAC 1996 p187 203 Boletim Técnico 100 ANJOS ARM MATTIAZZO ME Extratores para Cd Cu Cr Mn Ni Pb e Zn em Latossolos tratados com biossólido e cultivados com milho Sci Agric 58337344 2001 BARBOSA FILHO MP DYNIA JF ZIMMERMANN FJP Resposta do arroz de sequeiro ao zinco e ao cobre com efeito residual para o milho R Bras Ci Solo 14333338 1990 BARBOSA FILHO MP FAGERIA N K FONSECA JR Tratamento de sementes de arroz com micronutrientes sobre o rendimento e qualidade dos grãos Pesq Agropec Bras 18219222 1983a BARBOSA FILHO MP FAGERIA NK STONE LF Manejo dágua e calagem em relação à produtividade e toxidez de ferro em arroz Pesq Agropec Bras 18903910 1983b BARROW NJ Reactions with variable charge soils Dordrecht Martinus Nijhoff 1989 191p BARTZ HR MAGALHÃES AF Avaliação da disponibilidade de boro através de soluções extratoras em alguns solos do Rio grande do Sul Agron Sulriograndense 118996 1975 BATAGLIA OC Análise química de plantas In FERREIRA ME CRUZ MCP eds SIMPÓSIO SOBRE MICRONUTRIENTES NA AGRICULTURA 1988 Jaboticabal Anais Piracicaba POTAFOSCNPQ 1991 p289308 BATAGLIA OC MASCARENHAS HAA Toxicidade de ferro em soja Bragantia 40199 203 1981 BATAGLIA OC RAIJ B van Eficiência de extratores na determinação de boro em solos R Bras Ci Solo 142531 1990 BATAGLIA OC RAIJ B van Soluções extratoras na avaliação da fitodisponibilidade do zinco em solos R Bras Ci Solo 18457461 1994 BATAGLIA OC FURLANI PR VALADARES JMAS O molibdênio em solos do Estado de São Paulo In CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO 15 Campinas 1976 Anais Campinas Sociedade Brasileira de Ciência do Solo 1976 p107111 BERGER KC TRUOG E Boron determination in soils and plants using the quinalizarin reaction Ind Eng Chem Anal 11540545 1939 FERTILIDADE DO SOLO 726 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al BERTONI JC HOLANDA FSR CARVALHO JG FURTINI NETO AE ASSIS MP Efeito do cobre no crescimento do arroz irrigado por inundação e eficiência do extrator DTPA na predição da disponibilidade de cobre Ci Agrotec 246273 2000 BOARETTO AE ROSOLEM CA coords SIMPÓSIO BRASILEIRO DE ADUBAÇÃO FOLIAR 2 Campinas 1987 Anais Campinas Fundação Cargill 1989 669p BOON DY The ammonium bicarbonateDTPA soil test ABDTPA for determination of plant available Pb Cd Ni and Mo in mine tailings and contaminated soils HIGH ALTITUDE REVEGETATION WORKSHOP 6 Colorado State University 1984 Proceedings SL Information 1984 Não Paginado BORGES MR COUTINHO ELM Metais pesados do solo após aplicação de biossólido II Disponibilidade R Bras Ci Solo 28557568 2004 BORKERT CM CORDEIRO DS SFREDO GJ PALHANO JS Eficiência da adubação foliar na cultura da soja In SEMINÁRIO NACIONAL DE PESQUISA DE SOJA 1 1978 Londrina Embrapa 1979 p283290 BORKERT CM GAUDÊNCIO CA PEREIRA JE PEREIRA LR OLIVEIRA Jr A Nutrientes minerais na biomassa da parte aérea em culturas de cobertura do solo Pesq Agropec Bras 38143153 2003 BROWN PH WELCH RM CARY EE Nickel A micronutrient essential for all higher plants Plant Physiol 85801803 1987 BURMERSTER CH ADANS JF ODOM VW Response of soybean to lime and molybdenum on Ultissols in northern Alabama Soil Sci Am J 5213911394 1988 BURT C OCONNOR K RUEHR T Fertigation San Luis Obispo Irrigation Training and Research CenterCalifornia Polytechnic State University 1995 320p BUZETTI S Estudo da eficiência de extratores químicos de zinco no solo para o milho R Bras Ci Solo 16367372 1992 CAKMARK I Plant nutrition research Priorities to meet human needs for food in sustainable ways Plant Soil 2470324 2002 CALEGARI A Leguminosas para adubação verde de verão no Paraná Londrina Instituto Agronômico do Paraná 1995 118p CAMARGO OA ALLEONI LRF CASAGRANDE JC Reações dos micronutrientes e elementos tóxicos no solo In FERREIRA ME CRUZ MCP RAIJ B van ABREU CA Micronutrientes e elementos tóxicos na agricultura Jaboticabal CNpqFAPESP POTAFOS 2001 p89124 CAMARGO OA VALADARES JMAS DECHEN AR Efeitos do pH e da incubação na extração do manganês zinco cobre e ferro do solo R Bras Ci Solo 68388 1982 CANCELA RC FREIRE AR ABREU CA PAZ GONZALEZ A Eficacia de cuatro extractantes en la evaluación de la disponibilidad de cobre para maíz y soja Bragantia 60205212 2001 CANTARELLA H RAIJ B van CAMARGO CEO Cereais In RAIJ B van CANTARELLA H QUAGGIO JA FURLANI AMG eds Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo 2ed Campinas Instituto Agronômico Fundação IAC 1996 p4370 Boletim Técnico 100 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 727 CANTARELLA H RAIJ B van CAMARGO CEO Outras culturas industriais In RAIJ B van CANTARELLA H QUAGGIO JA FURLANI AMC eds Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo 2ed Campinas Instituto Agronômico Fundação IAC 1996 p231243 Boletim Técnico 100 CASAGRANDE JC O boro em solos do município de Piracicaba Piracicaba Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 1978 122p Tese de Mestrado CATANI RA ALCARDE JC FURLANI PR A determinação do teor total e do teor solúvel em diversas soluções de molibdênio do solo An ESALQ 27171180 1970 CAVALCANTI FJA coord Recomendações de adubação para o Estado de Pernambuco 2a Aproximação Recife Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária IPA 1998 198p CHAO TT Selective dissolution of manganese oxides from soils and sediments with acidified hydroxylamine hydrochloride Soil Sci Soc Am Proc 36764768 1972 CHAO TT Use of partial dissolution techniques in geochemical exploration J Geoc Explor 20101135 1984 CHAO TT ZHOU L Extraction techniques for selective dissolution of amorphous iron oxides from soils and sediments Soil Sci Soc Am J 47225232 1983 COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DE GOIÁS CFSG Recomendações de corretivos e fertilizantes para Goiás 5a aproximação Goiânia UFGEMGOPA 1988 101p Informe Técnico 1 COSTA JM OLIVEIRA EF Fertilidade do solo e nutrição de plantas Cascavel Campo Mourão COAMOCOODETC 1998 89p COSTA MNX Desempenho de duas gramíneas forrageiras tropicais tolerantes ao estresse hídrico por alagamento em dois solos húmicos Piracicaba Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 2004 89p Tese de Doutorado COUNCIL ON SOIL PLANT TEST ANALYSIS CSPTA Handbook on reference methods for soil testing Athens Council on Soil Plant Test Analysis 1980 Não Paginado CRUZ MCP FERREIRA ME Seleção de métodos para avaliação do boro disponível em solos Pesq Agropec Bras 1914571464 1984 DADALTO GG FULLIN EA Manual de recomendação de calagem e adubação para o estado do Espírito Santo 4a aproximação Vitória SEEAINCAPER 2001 266p DALLPAI DL Determinação espectrofotométrica de molibdênio em solo e tecido vegetal e adsorção de molibdato em alguns solos de Minas Gerais Viçosa MG Universidade Federal de Viçosa 1996 56p Tese de Mestrado DANTAS HS HOROWITZ A Determinação do molibdênio trocável em alguns solos de Pernambuco In CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO 15 Campinas 1976 Anais Campinas Sociedade Brasileira de Ciência do Solo 1976 p103105 DAVIS JA JAMES RO LECKIE JO Surface ionization and complexation at the oxide water interface I Computation of electrical double layer properties in simple electrolytes J Colloid Interf Sci 6790107 1978 FERTILIDADE DO SOLO 728 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al DEFELIPO BV NOGUEIRA AV LOURES EG ALVAREZ V VH Eficiência agronômica do lodo de esgoto proveniente de uma indústria siderúrgica R Bras Ci Solo 15389393 1991 DERPSCH R CALEGARI A Plantas para adubação verde de inverno Londrina Instituto Agronômico do Paraná 1992 78p DION HG MANN PJG HEINTZ SG The easily reducible manganes of soils J Agric Sci 371732 1947 DIXON NE GAZZOLA C BLAKELEY RL ZERNER B Jack bean urease EC 3515 A simple biological role for nickel J Chem Soc 9741314133 1975 DYNIA JF BARBOSA FILHO MP Alterações de pH Eh e disponibilidade de micronutrientes para arroz irrigado em um solo de várzea tratado com calcário e palha de arroz em casa de vegetação R Bras Ci Solo 176774 1993 ELLIS BG DAVIS JF JUDY WH Effect of method of incorporation of zinc in fertilizer on zinc uptake and yield of pea beans Soil Sci Soc Am Proc 29635636 1965 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA Recomendações técnicas para a cultura da soja no Paraná 199697 Londrina 1996 187p Documentos 97 ESKEW DL WELCH RM NORVALL WA Nickel in higher plants Further evidence for an essential role Plant Physil 76691693 1984 FAGERIA NK Adubação e nutrição mineral da cultura de arroz Rio de janeiro Campus 1984 341p FAQUIN V ANDRADE CAB FURTINI NETO AE ANDRADE AT CURI N Resposta do feijoeiro à aplicação de calcário em solos de várzea do Sul de Minas Gerais R Bras Ci Solo 22651660 1998 FISCHER RG ELMORI IE MILAN PA BISSANI CA Efeito do calcário e fontes de silício sobre a toxidez de ferro em arroz irrigado Lav Arroz 43610 1990 FREIRE FM NOVAIS RF SOARES PC COSTA PC FARIA EA Calagem e adubação orgânica e manejo da água no controle da toxidez de ferro em arroz irrigado R Ceres 33162169 1985 GALRÃO EZ Efeito de micronutrientes e de cobalto na produção e composição química do arroz milho e soja em solo de cerrado R Bras Ci Solo 8111116 1984 GALRÃO EZ Métodos de aplicação de cobre e avaliação da disponibilidade para a soja num Latossolo VermelhoAmarelo francoargiloarenoso fase cerrado R Bras Ci Solo 23265 272 1999 GALRÃO EZ Métodos de aplicação de zinco e avaliação de sua disponibilidade para o milho num Latossolo VermelhoEscuro argiloso fase cerrado R Bras Ci Solo 20283289 1996 GALRÃO EZ Micronutrientes In SOUSA DMG LOBATO E eds Cerrado Correção do solo e adubação Planaltina Embrapa Cerrados 2002 p 185226 GALRÃO EZ Níveis críticos de zinco em Latossolo VermelhoAmarelo argiloso sob cerrado para a soja R Bras Ci Solo 178387 1993 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 729 GALRÃO EZ Níveis críticos de zinco para o milho cultivado em Latossolo VermelhoAmarelo fase cerrado R Bras Ci Solo 19255260 1995 GALRÃO EZ Resposta do trigo à aplicação de cobre em um solo orgânico de várzea R Bras Ci Solo 12275279 1988 GALRÃO EZ MESQUITA FILHO MV Efeito de micronutrientes no rendimento e composição química do arroz Oryza sativa L e do milho Zea mays L em solo de cerrado R Bras Ci Solo 57275 1981 GALRÃO EZ SOUSA DMG Resposta do trigo à aplicação de cobre em um solo orgânico R Bras Ci Solo 9149153 1985 GALRÃO EZ SUHET AR SOUSA DMG Efeito de micronutrientes no rendimento e composição química do arroz Oryza sativa L em solo de cerrado R Bras Ci Solo 2129 132 1978 GIMENEZ SMN CHAVES JCD PAVAN MA CRUCES II Toxicidade de cobre em mudas de cafeeiro R Bras Ci Solo 16361366 1992 GONÇALVES JLM RAIJ B van GONÇALVES JC Florestais In RAIJ B van CANTARELLA H QUAGGIO JA FURLANI AMC eds Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo 2ed Campinas Instituto Agronômico Fundação IAC 1996 p245259 Boletim Técnico 100 HARTER RD Micronutrient adsorptiondesorption reactions in soils In MORTVEDT JJ COX FR SHUMAN LM WELCH RM eds Micronutrientes in Agriculture 2ed Madison Soil Science Society of America 1991 p5988 HIGNETT TP McCLELLAN GH Sources and production of micronutrient fertilizers In VLEK PLG ed Micronutrients in tropical food crop production Developments in plant and soil sciences Dordrecht Martinus NijhoffW Junk Publishers 1985 v14 p237260 HOROWITZ A Os íons no solo um exemplo da aplicação dos diagramas EhpH R Bras Ci Solo 298103 1978 JARREL WM DAWSON MD Sorption and availability of molybdenum in soils Western Oregon Soil Sci Am J 42412415 1978 JUDY W LESSMAN G ROZYCKA T ROBERTSON L ELLIS BG Field and laboratory studies with zinc fertilization of pea beans Michigan Agric Exp Stn Q Bull 46386400 1964 KABATAPENDIAS A Trace elements in soils and plants 3ed Boca Raton Press 2001 413p KORNDÖRFER GH ALCANTARA CB HOROWITZ N LANA RMQ Formas de adição de zinco a um formulado NPK e seu efeito sobre a produção de milho Sci Agric 52555 560 1995 KORNDÖRFER GH EIMORI IE TELLECHEA MCR Efeito de técnicas de adição de zinco a fertilizantes granulados na produção de matéria seca no milho R Bras Ci Solo 11329332 1987 KRAUSKOPF KB Geochemistry of micronutrients In MORTVEDT JJ GIORDANO PM LINSDSAY WL eds Micronutrients in agricultureMadison Soil Science of America 1972 p740 FERTILIDADE DO SOLO 730 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al LANTMANN AF MEURER EJ Estudo da eficiência de extratores para avaliação do zinco disponível para o milho R Bras Ci Solo 6131135 1982 LATTERELL JJ DOWDY RH LARSON WE Correlations of extractable metals and metal uptake of snap beans grown on soil amended with sewage sludge J Environ Qual 7435 440 1978 LEHR JR Chemical reactions of micronutrients in fertilizers In MORTVEDT JJ GIORDANO PM LINDSAY WL eds Micronutrients in agriculture Madison Soil Science Society of America 1972 p459502 LINDSAY WL NORVELL WA Development of a DTPA soil test for zinc iron manganese and copper Soil Sci Soc Am J 42421428 1978 LINDSAY WL Inorganic phase equilibria of micronutrients in soil In MORTVEDT JJ GIORDANO PM LINDSAY WL eds Micronutrients in agriculture Madison Soil Science Society of America 1972 p4157 LINS IDG Improvement of soil test interpretations for phosphorus and zinc Raleigh North Carolina State University 1975 138p Tese de Doutorado LITTLE IP KERRIDGE PC A laboratory assessment of the molybdenum status of nine Queensland soils Soil Sci 125102106 1978 LIU D CLARK JD CRUTCHFIELD JD SIMS JL Effect of pH of ammonium oxalate extracting solutions on prediction of plant available molybdenum in soil Comm Soil Plant Anal 2725112541 1996 LOPES AS Micronutrientes filosofias de aplicação fontes eficiência agronômica e preparo de fertilizantes In FERREIRA ME CRUZ MCP eds SIMPÓSIO SOBRE MICRONUTRIENTES NA AGRICULTURA 1988 Jaboticabal Anais Piracicaba POTAFOS CNPq 1991 p357390 LOPES AS Uso eficiente de fertilizantes com micronutrientes In SIMPÓSIO SOBRE FERTILIZANTES NA AGRICULTURA BRASILEIRA 1 Brasília 1984 Anais Brasília Embrapa 1984 p347382 LOPES AS SOUZA ECA Filosofias e eficiência de aplicação In FERREIRA ME CRUZ MCP RAIJ B van ABREU CA eds Micronutrientes e elementos tóxicos na agricultura Jaboticabal CNPq FAPESP POTAFOS 2001 p255282 LORENZI JO MONTEIRO DA MIRANDA FILHO HS RAIJ B van Raízes e tubérculos In RAIJ B van CANTARELLA H QUAGGIO JA FURLANI AMC eds Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo 2ed Campinas Instituto Agronômico Fundação IAC 1996 p219229 Boletim Técnico 100 LOWE RH MASSEY HF Hot water extraction for available soil molybdenum Soil Sci 100238243 1965 MAHLER RL NAYLOR DV FREDRICKON MK Hot water extraction of boron from soils using sealed plastic pouches Comm Soil Sci Plant Anal 15479492 1984 MALAVOLTA E Elementos de nutrição mineral de plantas São Paulo Agronômica Ceres 1980 251p FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 731 MALAVOLTA E Manual de calagem e adubação das principais culturas São Paulo Agronômica Ceres 1987 496p MALAVOLTA E BOARETTO AE PAULINO VT Micronutrientes Uma visão geral In FERREIRA ME CRUZ MCP eds SIMPÓSIO SOBRE MICRONUTRIENTES NA AGRICULTURA 1988 Jaboticabal Anais Piracicaba POTAFOSCNPq 1991 p133 MALAVOLTA E LIEM TH PRIMAVESI ACPA Exigências nutricionais das plantas forrageiras In MATTOS HB WERNER JC YAMADA T MALAVOLTA E eds Calagem e adubação de pastagens Piracicaba POTAFOS 1986 p3176 MALAVOLTA E VITTI G OLIVEIRA SA Avaliação do estado nutricional das plantas Piracicaba POTAFOS 1989 201p MANDAL LN HALDAR M Influence of phosphorus and zinc application on the availability of zinc copper iron manganese and phosphorus in waterlogged soils Soil Sci 130251 257 1980 MANN EN Efeito da adubação com manganês via solo e foliar em diferentes épocas no rendimento de grãos e na qualidade de semente de soja Lavras Universidade Federal de Lavras 1999 68p Tese de Mestrado MANTOVANI JR CRUZ MCP FERREIRA ME ALVES WL Extratores para avaliação da disponibilidade de metais pesados em solos adubados com vermicomposto de lixo urbano Pesq Agropec Bras 39371378 2004 MARINHO ML Influência do fósforo e sesquióxidos livres na absorção de 65Zn por milho em solos tropicais Turrialba IICA 1970 80p Tese de Mestrado MARSCHNER H Mineral nutrition of higher plants 2ed London Academic Press 1995 889p MARSCHNER H Mineral nutrition of higher plants London Academic Press 1986 674p MARTENS DC WESTERMANN DT Fertilizer applications for correcting micronutrient deficiencies In MORTVEDT JJ COX FR SHUMAN LM WELCH RM eds Micronutrients in agriculture 2ed Madison Soil Science Society of America 1991 p549 591 MARTINS ALC BATAGLIA OC CAMARGO OA Copper nickel and zinc phytoavailability in an oxisol amended with sewage sludge and liming Sci Agric 60747 754 2003 MARZADORI C ANTISARI LV CIAVATTA C SEQUI P Soil organic matter influence on adsorption and desorption of boron Soil Sci Soc Am J 5515821585 1991 MASCAGNI JUNIOR H J COX FR Diagnosis and corretion of manganese deficiency in corn Comm Soil Sci Plant Anal 1513231333 1984 MASCAGNI JUNIOR HJ COX FR Evaluation of inorganic and organic manganese fertilizer sources Soil Sci Soc Am J 49458461 1985 McKEAGUE JA DAY JH Dithionite and oxalateextractable Fe and Al as aid in differentiating various classes of soils Can J Soil Sci 461322 1966 FERTILIDADE DO SOLO 732 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al McLAREN RG CRAWFORD DV Studies on soil copper I The fraction of copper in soils J Soil Sci 24172181 1973 McLEAN EO BROWN JR Crop response to lime in the midwester United State In ADAMS F ed Soil acidity and liming 2ed Madison ASACSSASSA 1984 p267304 MEHARA OP JACKSON ML Iron oxide removal from soils and clays by a dithionite citrate system buffered with sodium bicarbonate Clays Clay Miner 7317327 1960 MEHLICH A Determination of P Ca Mg K Na and NH4 Raleigh North Carolina Dep Agric Soil Testing Div Publ 1953 p153 MEHLICH A Mehlich3 soil test extractant A modification of Mehlich 2 extractant Comm Soil Sci Plant Anal 1514091416 1984 MELO S MINAMI K Efeitos do molibdênio e da calagem no crescimento da couve flor cv Shiromaru II Sci Agric 56235237 1999 MINER GS TRAORE S TUCKER MR Crop response to starter fertilizer acidity and manganese materials varying in water solubility Agron J 78291295 1986 MORTVEDT JJ Availability of boron in various boronated fertilizers Soil Sci Soc Am Proc 32433437 1968 MORTVEDT JJ Bioavailability of micronutrients In HANDBOOK Soil Science London CRC Press LLC 1999 pD71D88 MORTVEDT JJ Crop response to level of watersoluble zinc in granular zinc fertilizers Fert Res 33249255 1992 MORTVEDT JJ Micronutrient fertilizers and fertilization practices Fert Res 7221235 1985 MORTVEDT JJ Micronutrients fertilizer technology In MORTVEDT JJ COX FR SHUMAN LM WELCH RM eds Micronutrients in agriculture 2ed Madison Soil Science Society of America 1991 p523548 MORTVEDT JJ Micronutrients with granular fertilizer Custom Appl 144648 505960 1984 MORTVEDT JJ Tecnologia e produção de fertilizantes com micronutrientes Presença de elementos tóxicos In FERREIRA ME CRUZ MCP eds SIMPÓSIO SOBRE MICRONUTRIENTES NA AGRICULTURA 1988 Jaboticabal Anais Piracicaba POTAFOS CNPq 1991 p357390 MORTVEDT JJ Tecnologia e produção de fertilizantes com micronutrientes Presença de elementos tóxicos In FERREIRA ME CRUZ MCP RAIJ B van ABREU CA eds Micronutrientes e elementos tóxicos na agricultura Jaboticabal CNPqFAPESP POTAFOS 2001 p237253 MORTVEDT JJ Use of industrial byproducts containing heavy metals contaminants in agriculture In REDDY RG IMRIE WP QUENEAU PB eds Residues and effluents Processing and environmental considerations Lakewood The Minerals Metals and Materials Society 1992 p861870 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 733 MORTVEDT JJ COX FR Production marketing and use of calcium magnesium and micronutrient fertilizers In ENGELSTAD OP ed Fertilizer technology and use 3ed Madison Soil Science Society of America 1985 p455481 MORTVEDT JJ OSBORN G Boron concentration adjacent to fertilizer granules in soil and its effects on root growth Soil Sci Soc Am Proc 29187191 1965 MURAOKA T NEPTUNE AML NASCIMENTO FILHO VF Avaliação da disponibilidade de zinco e manganês do solo para o feijoeiro I Zinco R Bras Ci Solo 7167176 1983a MURAOKA T NEPTUNE AML NASCIMENTO FILHO VF Avaliação da disponibilidade de zinco e manganês do solo para o feijoeiro II Manganês R Bras Ci Solo 7177182 1983b NELSON JL BOAWN LC VIETS FG A method for assessing zinc status of soils using acidextractable zinc and titratable alkalinity values Soil Sci 88275283 1959 NORVELL WA Comparison of chelating agents as extractants for metals in diverse soil materials Soil Sci Soc Am J 4812851292 1984 ODOM JW Kinects of water soluble boron soil test Comm Soil Sci Plant Anal 11759765 1980 ORLANDO FILHO J ROSSETTO R CASAGRANDE AA Canadeaçúcar In FERREIRA ME CRUZ MCP RAIJ B van ABREU CA eds Micronutrientes e elementos tóxicos na agricultura Jaboticabal CNPqFAPESPPOTAFOS 2001 600p PAIS I JONES JUNIOR JB The handbook of trace elements Boca Raton St Lucie Press 1997 223p PAULA MB CARVALHO JG NOGUEIRA FD MESQUITA HA Curva de resposta e avaliação de extratores para zinco disponível em solos hidromórficos e aluviais sob arroz inundado R Bras Ci Solo 154955 1991 PAULETTI V Nutrientes Teores e interpretações 2ed Castro Fundação ABC 2004 86p PAVAN MA MIYAZAWA M Disponibilidade do manganês no solo dificuldades e problemas na interpretação da análise para fins de fertilidade R Bras Ci Solo 8285289 1984 PIERZYNSKI GM JACOBS LW Extractability and plant availability of molybdenum from inorganicrich sewage sludge J Environ Quality 15323326 1986 PIRES AMM MATTIAZZO ME Condicionamento de biossólidos e a disponibilidade de Cu e Zn para arroz Sci Agric 60161166 2003 QUAGGIO JA GALLO PB OWINOGERROH C ABREU MF CANTARELLA H Peanut response to lime and molybdenum application in low pH soils R Bras Ci Solo 28659 664 2004 QUAGGIO JA JUNIOR DM CANTARELLA H JUNIOR AT Fertilização com boro e zinco no solo em complementação à aplicação via foliar em laranjeira Pêra Pesq Agropec Bras 38627634 2003 FERTILIDADE DO SOLO 734 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al QUAGGIO JA RAIJ B van PIZA JÚNIOR CT Frutíferas In RAIJ B van CANTARELLA H QUAGGIO JA FURLANI AMC eds Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo 2ed Campinas Instituto Agronômico Fundação IAC 1996 p119153 Boletim Técnico 100 RAIJ B van Propriedades eletroquímicas de solos In DECHEN AR QUIRINO ACC eds Simpósio avançado de química e fertilidade do solo Campinas Fundação Cargill 1986 p942 RAIJ B van CANTARELLA H QUAGGIO JA FURLANI AMG eds Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo Campinas Instituto Agronômico Fundação IAC 1996 285p Boletim Técnico 100 RAIJ B van SILVA NM BATAGLIA OC QUAGGIO JA CANTARELLA H BELLINAZI JÚNIOR R DECHEN AR TRANI PE Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo Campinas Instituto Agronômico 1985 107p Boletim Técnico 100 RIBEIRO AC TUCUNANGO SARABIA WA Avaliação de extratores para zinco e boro disponíveis em Latossolos do Triângulo Mineiro R Bras Ci Solo 88589 1984 RIBEIRO AC GUIMARÃES PTG ALVAREZ V VH eds Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais 5a aproximação Viçosa MG CFSEMG 1999 359p RITCHEY KD COX FR GALRÃO EZ YOST RS Disponibilidade de zinco para as culturas do milho sorgo e soja em Latossolo VermelhoEscuro argiloso Pesq Agropec Bras 21215225 1986 RITCHIE GSP A preliminary evaluation of resin extractable molybdenum as a soil test Comm Soil Plant Anal 19507516 1988 RODRIGUES JRM ANDRADE MJB CARVALHO JG Resposta de cultivares de feijão Phaseolus vulgaris L a doses de molibdênio aplicadas via foliar Ci Agrotec 20323333 1996 RODRIGUES MRL MALAVOLTA E MOREIRA A Comparação de soluções extratoras de ferro e manganês em solos da Amazônia Pesq Agropec Bras 36143149 2001 REDE OFICIAL DE LOBARATÓRIOS DE ANÁLISES DE SOLOS DO RIO GRANDE DO SUL E DE SANTA CATARINA ROLAS Manual de adubação e calagem para cultivos agrícolas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina Trigo e Soja 56334 1981 RÖMHELD V Aspectos fisiológicos dos sintomas de deficência e toxicidade de micronutrientes e elementos tóxicos em plantas superiores In FERREIRA ME CRUZ MCP RAIJ Bvan ABREU CA eds Micronutrientes e elementos tóxicos na agricultura Jaboticabal CNPqFAPESPPOTAFOS 2001 p7185 ROSOLEM CA AQUILANTE DJ NAKAGAWA J Adubação foliar na soja Efeito de duas formulações com e sem aplicação de micronutrientes nas sementes R Agric 567380 1981 ROSOLEM CA BESSA MA AMARAL PG PEREIRA HFM Manganês no solo sua avaliação e toxidez de manganês em soja Pesq Agropec Bras 27277285 1992 FERTILIDADE DO SOLO XI MICRONUTRIENTES 735 ROSOLEM CA SILVÉRIO JCO PRIMAVESI O Adubação foliar da soja II Efeitos de NPK e micronutrientes em função do preparo do solo Pesq Agropec Bras 1715591562 1982 ROWELL AWG GRANT PM A comparison of fertilizer borate and colemanite incorporated in granular fertilizers Rhod J Agric Res 136366 1975 RUSCHELL AP ROCHA ACM PENTEADO AF Efeito do boro e do molibdênio aplicados a diferentes revestimentos de semente de feijão Phaseolus vulgaris Pesq Agropec Bras 54952 1970 SÁ JCM PETRERE C Princípios e estratégias de correção do solo e adubação de manutenção In SÁ JCM KEPLIN LAS eds Alfafa Estratégia de correção do solo adubação de manutenção estabelecimento e manejo da cultura Castro Fundação ABC 1991 p116 Jornal da Área de Assistência Técnica 84 SANTOS GCG ABREU CA CAMARGO OA ABREU MF Pódeaciaria como fonte de zinco para o milho e seu efeito na disponibilidade de metais pesados Bragantia 61257 266 2002 SANTOS OS CERETTA CA PITOL C CAMARGO RP Efeitos de dosagens de molibdênio cobalto zinco e boro aplicados nas sementes sobre características agronômicas da soja 3o ano In REUNIÃO DE PESQUISA DE SOJA NA REGIÃO SUL 10 Porto Alegre 1982 Anais Porto Alegre 1982 p2427 SCHARUER PS WRIGHT WR PELCHAT J Sludgeborne heavy metal availability and upatake by vegetable crops under field conditions J Environ Qual 96973 1980 SFREDO GJ BORKERT CM CASTRO C Efeito de micronutrientes sobre a produção de soja em três solos do Estado do Paraná Inf Agron 7523 1996 SHUMAN LM Chemical forms of micronutrients in soils In MORTVEDT JJ COX FR SHUMAN LM WELCH RM eds Micronutrients in agriculture 2ed Madison Soil Science Society of America 1991 p113144 SHUMAN LM Separating soil iron and manganeseoxide fractions form microelement analysis Soil Sci Soc Am J 46 10991102 1982 SHUMAN LM Sodium hypochlorite methods for extracting microelements associated with soil organic matter Soil Sci Soc Am J 47656660 1983 SILVA FC Manual de análises químicas de solos plantas e fertilizantes Brasília Embrapa 1999 370p SILVA FR FERREYRA H Boro total e solúvel e suas relações com alguns atributos dos solos do Estado do Ceará R Bras Ci Solo 22595602 1998 SILVERBERG J YOUNG RD HOFFMEISTER G Preparation of fertilizers containing micronutrients In MORTVEDT JJ GIORDANO PM LINDSAY WL eds Micronutrients in agriculture Madison Soil Science Society of America 1972 p431457 SILVIERA DJ SOMMERS LE Extractability of copper zinc cadmium and lead in soils incubated with sewage sludge J Environ Qual 64752 1977 SIMONETE MA KIEHL JC Extração e fitodisponibilidade de metais em resposta à adição de lodo de esgoto no solo Sci Agric 59555563 2002 FERTILIDADE DO SOLO 736 CLEIDE APARECIDA DE ABREU et al SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO SBCSCQFS Manual de adubação e calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 10ed Porto Alegre 2004 400p SOLTANPOUR PN SCHWAB AP A new soil test for simultaneous extraction of macro and micronutrients in alkaline soils Comm Soil Sci Plant Anal 8195207 1977 SOUSA DMG LOBATO E eds Cerrado Correção do solo e adubação Planaltina Embrapa Cerrados 2002 416p SPOSITO G The future of an illusion Ion activities in soil solutions Soil Sci Soc Am J 48514518 1984 SPOSITO G MATTIGOD V GEOCHEM A computer program for the calculation of chemical equilibria in soil solutions and other natural water systems Riverside The Kearney Foundation 1980 92p SRIVASTAVA PC GUPTA UC Trace elements in crop production Lebanon Science Publishers 1996 356p STAHL RS JAMES BR Zinc sorption by manganeseoxidecoated sand as a function of pH Soil Sci Soc Am J 5512911294 1991 STEVENSON FJ ARDAKANI MS Organic matter reactions involving micronutrients in soils In MORTVEDT JJ GIORDANO PM LINSDSAY WL eds Micronutrients in agriculture Madison Soil Science of America 1972 p79114 STOVER RC COMMERS LE SILVIEIRA DJ Evaluation of metals in waster sludge J Water Poll Control Fed 4821652175 1976 STUMM W KUMMERT R SIGG L A ligand exchange model for the adsorption of inorganic ligands at hydrous oxide interfaces Croatica Chem Acta 53291312 1980 TANNER PD GRANT PM Effectiveness of zincated fertilizers for young maize as influenced by fertilizer pH and method of applying zinc Rhod J Agric Res 116975 1973 VALADARES JMA CAMARGO OA Manganês em solos do Estado de São Paulo R Bras Ci Solo 7123130 1983 VOLKWEISS S J Fontes e métodos de aplicação In FERREIRA ME CRUZ MCP eds SIMPÓSIO SOBRE MICRONUTRIENTES NA AGRICULTURA 1988 Jaboticabal Anais Piracicaba POTAFOSCNPq 1991 p391412 WANG L REDDY KJ MUNN LC Comparison of ammonium bicarbonateDTPA ammonium carbonate and ammonium oxalate to assess the availability of molybdenum in mine spoils and soils Comm Soil Plant Anal 25523536 1994 WARREN LJ Contamination of sediments by lead zinc and cadmium A review Environ Poll 2401436 1981 WERNER JC Adubação de pastagens Nova Odessa Instituto de Zootecnia 1984 49p Boletim Técnico 18 WERNER JC PAULINO TV CANTARELLA H ANDRADE NO QUAGGIO JA Forrageiras In RAIJ B van CANTARELLA H QUAGGIO JA FURLANI AMC eds Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo 2ed Campinas Instituto Agronômico Fundação IAC 1996 p263273 Boletim Técnico 100