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Direito ·

Antropologia Social

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Façam a leitura do texto Gênero marxismo e pósmodernidade uma reflexão teórico política acerca do feminismo na atualidade e discorra sobre o que se entende pelas questões de gênero e classe envolvidas no texto Aponte uma reflexão sobre as ideias apresentadas pela autora Mirla Cisne Diante da relevância que a categoria de gênero tem adquirido desde a década de 1980 Mirla Cisne propõe uma análise no feminismo em termos teóricos e políticos a partir do marxismo e pósmodernismo Para tal a autora aponta uma relação entre gênero e classe uma vez que além da categoria de gênero tornase necessário também analisar a diversidade dos indivíduos sobretudo de classe Assim sendo defendese a coadjuvação da luta de classes nos movimentos sociais porque seria justamente a classe a determinante das relações de opressão na sociedade Ainda assim a autora enfatiza que isso não vai de encontro às lutas específicas dos movimentos sociais Isso porque as expressões culturais no contexto do capitalismo estariam de acordo com sua ideologia e reprodução a fim de beneficiar a burguesia e ainda porque os movimentos contra as desigualdades e opressões ao se basearem em princípios libertários estariam assegurando aos indivíduos suas liberdades e direitos Sendo assim o intuito da autora não seria necessariamente uma crítica às diferenças mas sim a defesa de que o movimento feminista deveria atuar em conjunto com o político e o social pois caso contrário enfraqueceriam o movimento Em relação às análises teóricas a autora indica que o pósmodernismo por sua aproximação com a área acadêmica apresentaria um certo afastamento da verdadeira militância das mulheres Dessa maneira tornase necessário ir além das denúncias contra a opressão sofrida pelas mulheres buscando compreender de modo teórico o aspecto sexista na sociedade Segundo Mirla a crítica à essas teorias estaria relacionada à capacidade de reforçar as diferenças e não apresentar uma alternativa ao movimento feminista diante do de seu afastamento da política Aqui a maior crítica seria por entender essas diferenças apenas em termos culturais sem analisar a totalidade refletidas e reproduzidas nas classes sociais Outra crítica marxista a essas teorias é sobre a não utilização do materialismo histórico para os estudos de gênero atrasando os estudos ao generalizar as relações de gênero uma vez que não consideram as relações de dominação social entre os indivíduos que impactam diretamente as mulheres Por essa razão a autora defende a importância da perspectiva cultural mas também que de forma isolada ela seria incapaz para a garantia da liberdade e igualdade Desse modo a apropriação e difusão dos estudos de gênero das teorias pós modernistas limitaria o caráter emancipatório da sociedade visto que se afastam da realidade e ao não abrangirem as classes sociais estariam fortalecendo o sistema capitalista e suas opressões Em contrapartida a teoria marxista defende a análise da realidade propondo mudanças de caráter revolucionário no âmbito político que visam mudanças na sociedade capitalista beneficiando a classe trabalhadora em vez da burguesia Nesse sentido a autora levanta uma reflexão sobre a emancipação feminina a partir da distinção entre feminismo marxista e culturalista Para Mirla o marxismo seria fundamental na emancipação feminina uma vez que visa a transformação social Assim acreditase que os estudos de gênero devem ir além da esfera analítica e descritiva detendo também um viés político que possibilite a emancipação feminina de maneira efetiva Por outro lado surge o feminismo culturalista com base no materialismo culturalista o qual entra em conflito com o marxismo e sua análise anticapitalista da sociedade Essa vertente ao se aproximar das práticas culturais em detrimento das análises sobre trabalho e gênero vai de encontro da luta contra as desigualdades sociais Nessa perspectiva a autora ressalta a relevância de uma teoria cuja base teórica permita analisar a totalidade das relações sociais no intuito de combater os impasses presentes na sociedade Assim a autora destaca a atuação das diferenças em conjunto com os movimentos sociais na luta contra as desigualdades de maneira coletiva Dessa forma a autora sustenta a pertinência de uma teoria feminista de cunho classista para se alcançar a transformação e igualdade social