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Taxa de cambio e equilíbrio interno e externo Taxa de cambio e equilíbrio interno e externo •Quando um país tem um certo grau de abertura ao comercio exterior, ele sofre a influencia do setor externo. •Esta influência se dá em diversos aspectos, e vamos analisar 2 variáveis que são afetadas pelo volume de transações e abertura ao comercio externo ou ao setor externo, de forma geral: •Balança de Pagamentos •Inflação Taxa de cambio e equilíbrio interno e externo •A taxa de câmbio é o elemento que traz as influências do setor externo (compras, vendas, pagamentos, recebimentos em dólares) para o setor interno. •Definimos taxa de câmbio como o preço em moeda nacional da moeda estrangeira. Portanto a rigor temos tantas taxas de câmbio quanto o número de moedas estrangeiras existem. •Por facilidade vamos chamar de taxa de câmbio como a relação entre a nossa moeda e o dólar americano, que é a taxa de câmbio mais comum Taxa de cambio A taxa de câmbio mostra a quantidade de reais necessários para adquirir 1 dólar americano. Assim se a taxa de câmbio subir, necessitamos de mais reais para comprar 1 dólar, portanto o real se desvalorizou. Uma elevação da taxa de câmbio representa a desvalorização do real, ou desvalorização do câmbio. Taxa de cambio Se a taxa de câmbio cair, necessitamos de menos reais para comprar 1 dólar, portanto o real se valorizou. Uma queda da taxa de câmbio representa a valorização do real, ou como chamamos de valorização do câmbio. A taxa de câmbio atual está em torno de de R$4,95 então 1 dólar americano vale R$4,95. Taxa de cambio •No Brasil a manutenção de divisas em moeda estrangeira é um monopólio do estado, que é representado pelo Banco Central do Brasil (BCB). •As operações de cambio só podem ser feitas por estabelecimentos autorizados pelo BCB. •Operações de troca de moeda fora destes estabelecimentos, podem, em alguma medida, serem considerados ilegais. Taxa de Câmbio Como é definida a taxa de câmbio? Ou ainda, como se chega ao valor de R$4,95 por 1 dólar americano. Este valor depende da oferta de dólares e da demanda de dólares. Um mercado em que a oferta de dólares entre em equilíbrio com a demanda de dólares, define o ponto de equilíbrio do mercado de dólares que é a taxa de câmbio. Oferta de dólares (divisas) A oferta de divisas (no nosso caso, vamos trabalhar unicamente com o dólar americano) depende de vários fatores dentre os quais os principais são: 1. Volume de exportações 2. Entrada de capital externo (seja no forma de investimentos, financiamentos externos ou aplicações) Oferta de divisas O volume de exportações afeta a oferta de dólares porque quando um exportador brasileiro vende alguma mercadoria, o comprador deve adquirir dólares e fazer a remessa destes dólares ao Banco Central do Brasil, que paga o exportador em reais. Assim quanto maior o volume de exportações maior é a entrada de dólares no país e portanto maior é a oferta de dólares . Oferta de divisas Outras transações também envolvem a entrada de dólares no país, tais como investimentos diretos, recebimentos de juros, lucros, salários, recebimento de serviços prestados e outras transações que vimos na aula de Balança de Pagamentos Assim quanto maior o volume de entrada de dólares por transações correntes ou financeiras maior é a oferta de dólares . Demanda de divisas A demanda de divisas depende: 1. Do volume de importações. Da mesma forma, o importador deve adquirir os dólares junto ao BCB (demandando dólares) e fazer o pagamento remetendo a moeda estrangeira ao exterior. 2. Também há demanda de dólares para o pagamento de juros, para amortização de dívidas, para pagamento de serviços, etc... Demanda de divisas •Outras transações também envolvem a saída de dólares no país, tais como investimentos diretos de brasileiros no exterior, pagamentos de juros ao exterior, remessa de lucros, pagamentos de salários no exterior, pagamentos de serviços prestados e outras transações que vimos na aula de Balança de Pagamentos • Assim quanto maior o volume de saída de dólares por transações correntes ou financeiras maior é a demanda por dólares . Oferta, Demanda de Divisas, desvalorização cambial Oferta, Demanda de Divisas e Taxa de Câmbio •O Gráfico mostra uma curva de oferta de dólares e duas curvas de demanda por dólares. •Veja que na intersecção das curvas se dá o equilíbrio no mercado de câmbio. •Quando se aumenta a demanda de dólares (a curva de demanda desloca-se para a direita), a taxa de câmbio aumenta, ou seja, necessita-se de mais reais para comprar 1 dólar. •Dizemos que houve uma desvalorização do real, ou desvalorização do câmbio. Oferta, Demanda de Divisas, valorização cambial Oferta, Demanda de Divisas e Taxa de Câmbio •O Gráfico mostra 2 curva de oferta de dólares e uma curva de demanda por dólares. •Veja que na intersecção das curvas se dá o equilíbrio no mercado de câmbio. •Quando se aumenta a oferta de dólares (a curva de oferta desloca-se para a direita), a taxa de câmbio cai, ou seja, necessita-se de menos reais para comprar 1 dólar. •Dizemos que houve uma valorização do real, ou valorização do câmbio. Regimes Cambiais •Quando se permite que a taxa de câmbio varie de acordo com o volume de entrada e saída de dólares, ou com a oferta e demanda de dólares na economia, chamamos de regime cambial de regime de câmbio flutuante. •Alguns países exercem um controle maior sobre as divisas adotando o que chamamos de outros regimes cambiais. Regimes Cambiais 1. Regime de câmbio fixo 2. Dirty Floating 3. Regime de Bandas 4. Regime de Cambio Livre Regime de Câmbio Fixo Quando a Autoridade Monetária (AM)define uma taxa de câmbio que é fixa e passa a comprar ou vender dólares no mercado para manter a taxa nos níveis pré-fixados. Qualquer que seja a demanda por dólares a AM deve vender dólares à taxa pré fixada. As Autoridades Monetárias devem ter um volume significativo de reservas para fazer frente a um aumento na demanda de dólares. Também deve ter reservas em moeda nacional para comprar dólares quando houver excesso de oferta de dólares. Regime de Câmbio Fixo •O regime de câmbio fixo raramente é adotado hoje em dia, porque torna a economia muito susceptível a ataques especulativos. •Uma valorização do dólar no mercado mundial pode provocar um aumento expressivo de demanda de dólares neste país, que é obrigado a vender à taxa pré-fixada. •Ataques especulativos podem acabar com as reservas de dólares de um país. Dirty Floating •É o sistema adotado no Brasil, conhecido por flutuação suja, ou seja, o câmbio continua a ser determinado pelo mercado, mas o Banco Central intervém quando necessário para tentar controlar os movimentos do dólar. •No ano de 2016, o BC tem vendeu dólares para manter a taxa de câmbio menor de R$4,00, a fim de controlar a inflação. Regime de bandas •Neste regime, a taxa de câmbio varia dentro de um limite máximo e mínimo chamado banda. •Quando a taxa de câmbio atingir o limite máximo automaticamente o BC entra vendendo dólar (aumenta a oferta) e quando atingir o limite mínimo o BC entra comprando dólar (aumenta a demanda). Taxa de cambio e Balança de Pagamentos •Embora poucos países adotem o câmbio livre sabemos que neste regime, a Balança de Pagamentos tende a entrar em equilíbrio automaticamente sem necessidade de intervenção das AMs. •Se a Balança de Pagamentos está deficitária, o cambio livre reduz o déficit Se a Balança de Pagamentos está superavitária, o cambio livre reduz o superávit Balança de Pagamentos Deficitária •Vimos que quando a Balança de Pagamentos é deficitária, a saída de dólares é maior que a entrada de dólares. •Quando isto acontece a demanda por dólares é maior que a oferta de dólares. •Neste caso num regime de câmbio livre quando a demanda é maior que a oferta a taxa de cambio sobe, ou seja, a moeda nacional fica desvalorizada em relação ao dólar. Balança de Pagamentos Deficitária •Quando há uma desvalorização da moeda nacional há um estímulo às exportações pois uma mesma unidade de dólar pode ser convertida por uma quantidade maior de reais. •Dizemos então que quando a taxa de câmbio sobe o país fica mais competitivo e aumenta as venda de bens e serviços no exterior. •Isto aumenta a entrada de dólares reduzindo o déficit da BP. Equilíbrio de déficit da BP Exportações menores que importações Despesas de serviços maiores que as receitas de serviços Saida de capital maior que a entrada de capital. OFERTA DE DIVISA MENOR QUE A DEMANDA Aumento da taxa de câmbio Tendência a redução de importações e aumento de exportações Tendência a redução de despesas e ao aumento da receita em serviços Estímulo ao ingresso de capitais e desencorajamento à saída de capitais A maior entrada de divisas tende a reduzir o déficit e reequilibrar a BP Balança de Pagamentos Superavitária •Vimos que quando a Balança de Pagamentos é superavitária, a entrada de dólares é maior que a saída de dólares. •Quando isto acontece a oferta de dólares é maior que a demanda por dólares. •Neste caso num regime de câmbio livre quando a oferta é maior que a demanda a taxa de cambio se reduz, ou seja, a moeda nacional fica valorizada em relação ao dólar, ou há uma valorização do câmbio. Balança de Pagamentos Superavitária •Quando há uma valorização da moeda nacional há um estímulo às importações pois as compras em dólar, o turismo e demais serviços ficam mais baratos. (Imagine se a taxa de câmbio fosse de 1:1, as importações explodiriam, assim como o turismo no exterior) •Dizemos então que quando a taxa de câmbio cai o país fica mais “rico” e aumentam as compras de bens e serviços no exterior. •Isto aumenta a saída de dólares reduzindo o superávit da BP. Equilíbrio de superávit da BP Exportações maiores que importações Receitas de serviços maiores que as despesas de serviços Entrada de capital maior que a saída de capital OFERTA DE DIVISA MAIOR QUE A DEMANDA Redução da taxa de câmbio Tendência a redução de exportações e aumento de importações Tendencia ao aumento de despesas e a redução de receita em serviços Estímulo à saída de capitais e desencorajamento ao ingresso de capitais A menor entrada de divisas tende a reduzir o superávit e reequilibrar a BP Balança de Pagamentos e Câmbio Livre •Assim os economistas apregoam que dentro de certos limites o regime de câmbio livre equilibra automaticamente os déficits e superávits das Balanças de Pagamento. •A despeito disso, quase nenhum país adota o regime de câmbio livre. •As autoridades monetárias precisam ter algum controle sobre as taxas de câmbio pois estas tem efeitos sobre as variáveis da economia interna como a inflação como veremos a seguir... Desvalorização cambial e inflação •A Taxa de câmbio tem uma influencia significativa na inflação. •Uma desvalorização do real em relação ao dólar tem como efeito impactos na inflação pois aumenta o custos dos insumos importados aumentando os custos de produção. •Pode também aumentar os preços dos bens de consumo se estes forem importados. Setor Interno e Setor Extermo •Em algumas situações o setor externo ajuda a equilibrar o setor interno e nestes casos se consegue manter a inflação relativamente controlada. •Em outras situações o setor externo intensifica os desequilíbrios do setor interno, de forma que os preços da economia podem se acelerar e aumentar a inflação. •Estas situações são vistas a seguir: Possíveis relações entre o setor externo e equilíbrio interno •1. Hiato inflacionário e superávit •2. Hiato deflacionário e déficit •3. Hiato inflacionário e déficit •4. Hiato deflacionário e superávit Hiato Inflacionário •Quando há um excesso de demanda em relação à oferta de pleno emprego da economia (capacidade máxima de produção em uma economia), significa que, em algum momento, os preços irão subir. •O hiato inflacionário sinaliza uma potencial alta da inflação. Hiato deflacionário •Quando há escassez de demanda em relação à oferta de pleno emprego da economia (capacidade máxima de produção em uma economia), significa que, em algum momento, os preços podem desacelerar •O hiato deflacionário sinaliza uma potencial queda da inflação. Superávit Balança Comercial •O superávit da Balança Comercial indica que as exportações (ou DEMANDA EXTERNA, pois representa a demanda do exterior pelos produtos do país) são maiores que as importações (ou OFERTA EXTERNA, pois representa a oferta dos produtos estrangeiros no país). •Portanto quando há superávit na BC •DEMANDA EXTERNA > OFERTA EXTERNA Déficit da Balança Comercial •O déficit da Balança Comercial indica que as exportações (ou DEMANDA EXTERNA, pois representa a demanda do exterior pelos produtos do país) são menores que as importações (ou OFERTA EXTERNA, pois representa a oferta dos produtos estrangeiros no país). •Portanto quando há déficit na BC •DEMANDA EXTERNA < OFERTA EXTERNA Equilíbrio dos setor interno e externo •Podemos combinar estas situações e verificar em que condições o setor externo contribui para o equilíbrio ou para o desequilíbrio do setor internos em termos de controle dos preços ou dos índices de inflação. •Vamos a seguir analisar as 4 combinações possíveis de hiatos inflacionários e deflacionários e superávits ou déficits da balança comercial. 1. Hiato inflacionário e superávit BC O hiato inflacionário significa que a demanda interna é maior que a oferta interna. O Superávit na BC indica que as exportações (demanda externa) são maiores que as importações (oferta externa). Como tanto no setor externo como no setor interno a demanda é maior que a oferta a inflação nesta situação tende a se acelerar, ou seja o setor externo contribui para aumentar o desequilíbrio de preços do setor interno da economia. 1. Hiato inflacionário e superávit 2. Hiato deflacionário e déficit Esta situação é mais grave que a anterior. O hiato deflacionário indica que economia está abaixo do pleno emprego, pois a demanda interna no país é menor que a oferta de bens e serviços na economia. Se este desequilíbrio ocorrer junto com um déficit na BC, ou seja as importações (oferta externa) são maiores que as exportações (demanda externa), ajuda a aumentar o desequilíbrio de preços internos. A oferta externa e interna são maiores que a demanda externa e interna. Nesta situação pode ocorrer queda desenfreada dos preços e da produção. 2. Hiato deflacionário e déficit Oferta Interna Demanda interna HIATO DEFLACIONARIO Oferta externa (Importações) Demanda externa (Exportações) DEFICIT BC EXIGE CORREÇÃO - TENDE A AUMENTAR O DESEQUILIBRIO 3. Hiato inflacionário e déficit Nesta situação o desequilíbrio do setor interno é compensada pelo setor externo. O hiato inflacionário significa que a demanda interna é maior que a oferta interna. O déficit na BC indica que as exportações (demanda externa) são menores que as importações (oferta externa). Assim, o excesso de demanda no setor interno é compensada pelo excesso de oferta do setor externo. 3. Hiato inflacionário e déficit Demanda Interna Oferta interna HIATO INFLACIONARIO Oferta externa (Importações) Demanda externa (Exportações) DEFICIT BC TENDE AO AJUSTE AUTOMÁTICO DOS NÍVEIS DE OFERTA E DEMANDA GLOBAIS E INFLAÇÃO 4. Hiato deflacionário e Superávit Nesta situação o desequilíbrio do setor interno também é compensada pelo setor externo. O hiato deflacionário significa que a oferta interna é maior que a demanda interna. O superávit na BC indica que as exportações (demanda externa) são maiores que as importações (oferta externa). Assim, o excesso de Oferta no setor interno é compensada pelo excesso de demanda do setor externo 4. Hiato deflacionário e superávit Oferta Interna Demanda interna HIATO DEFLACIONARIO Demanda externa (Exportações) Oferta externa (Importações) SUPERÁVIT BC TENDE AO AJUSTE AUTOMÁTICO DOS NÍVEIS DE OFERTA E DEMANDA GLOBAIS E INFLAÇÃO Resumindo •A situações que combinam 1) hiato inflacionário e superávit na BC, tendem a acelerar a inflação, com o setor externo contribuindo para aumentar o desequilíbrio de preços do setor interno. •A situação que combinam 2) hiato deflacionário e déficit na BC tendem a derrubar os preços e a produção do país, com o setor externo contribuindo para intensificar esta situação. Resumindo •A situação que combina 3) hiato inflacionário e déficit na BC tende a equilibrar as forças que controlam a inflação, com o setor externo contribuindo para equilibrar os preços do setor interno. •A situação que combina 4) hiato deflacionário e superávit na BC tende a equilibrar as forças que controlam a inflação, com o setor externo contribuindo para equilibrar os preços internos da economia
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Taxa de cambio e equilíbrio interno e externo Taxa de cambio e equilíbrio interno e externo •Quando um país tem um certo grau de abertura ao comercio exterior, ele sofre a influencia do setor externo. •Esta influência se dá em diversos aspectos, e vamos analisar 2 variáveis que são afetadas pelo volume de transações e abertura ao comercio externo ou ao setor externo, de forma geral: •Balança de Pagamentos •Inflação Taxa de cambio e equilíbrio interno e externo •A taxa de câmbio é o elemento que traz as influências do setor externo (compras, vendas, pagamentos, recebimentos em dólares) para o setor interno. •Definimos taxa de câmbio como o preço em moeda nacional da moeda estrangeira. Portanto a rigor temos tantas taxas de câmbio quanto o número de moedas estrangeiras existem. •Por facilidade vamos chamar de taxa de câmbio como a relação entre a nossa moeda e o dólar americano, que é a taxa de câmbio mais comum Taxa de cambio A taxa de câmbio mostra a quantidade de reais necessários para adquirir 1 dólar americano. Assim se a taxa de câmbio subir, necessitamos de mais reais para comprar 1 dólar, portanto o real se desvalorizou. Uma elevação da taxa de câmbio representa a desvalorização do real, ou desvalorização do câmbio. Taxa de cambio Se a taxa de câmbio cair, necessitamos de menos reais para comprar 1 dólar, portanto o real se valorizou. Uma queda da taxa de câmbio representa a valorização do real, ou como chamamos de valorização do câmbio. A taxa de câmbio atual está em torno de de R$4,95 então 1 dólar americano vale R$4,95. Taxa de cambio •No Brasil a manutenção de divisas em moeda estrangeira é um monopólio do estado, que é representado pelo Banco Central do Brasil (BCB). •As operações de cambio só podem ser feitas por estabelecimentos autorizados pelo BCB. •Operações de troca de moeda fora destes estabelecimentos, podem, em alguma medida, serem considerados ilegais. Taxa de Câmbio Como é definida a taxa de câmbio? Ou ainda, como se chega ao valor de R$4,95 por 1 dólar americano. Este valor depende da oferta de dólares e da demanda de dólares. Um mercado em que a oferta de dólares entre em equilíbrio com a demanda de dólares, define o ponto de equilíbrio do mercado de dólares que é a taxa de câmbio. Oferta de dólares (divisas) A oferta de divisas (no nosso caso, vamos trabalhar unicamente com o dólar americano) depende de vários fatores dentre os quais os principais são: 1. Volume de exportações 2. Entrada de capital externo (seja no forma de investimentos, financiamentos externos ou aplicações) Oferta de divisas O volume de exportações afeta a oferta de dólares porque quando um exportador brasileiro vende alguma mercadoria, o comprador deve adquirir dólares e fazer a remessa destes dólares ao Banco Central do Brasil, que paga o exportador em reais. Assim quanto maior o volume de exportações maior é a entrada de dólares no país e portanto maior é a oferta de dólares . Oferta de divisas Outras transações também envolvem a entrada de dólares no país, tais como investimentos diretos, recebimentos de juros, lucros, salários, recebimento de serviços prestados e outras transações que vimos na aula de Balança de Pagamentos Assim quanto maior o volume de entrada de dólares por transações correntes ou financeiras maior é a oferta de dólares . Demanda de divisas A demanda de divisas depende: 1. Do volume de importações. Da mesma forma, o importador deve adquirir os dólares junto ao BCB (demandando dólares) e fazer o pagamento remetendo a moeda estrangeira ao exterior. 2. Também há demanda de dólares para o pagamento de juros, para amortização de dívidas, para pagamento de serviços, etc... Demanda de divisas •Outras transações também envolvem a saída de dólares no país, tais como investimentos diretos de brasileiros no exterior, pagamentos de juros ao exterior, remessa de lucros, pagamentos de salários no exterior, pagamentos de serviços prestados e outras transações que vimos na aula de Balança de Pagamentos • Assim quanto maior o volume de saída de dólares por transações correntes ou financeiras maior é a demanda por dólares . Oferta, Demanda de Divisas, desvalorização cambial Oferta, Demanda de Divisas e Taxa de Câmbio •O Gráfico mostra uma curva de oferta de dólares e duas curvas de demanda por dólares. •Veja que na intersecção das curvas se dá o equilíbrio no mercado de câmbio. •Quando se aumenta a demanda de dólares (a curva de demanda desloca-se para a direita), a taxa de câmbio aumenta, ou seja, necessita-se de mais reais para comprar 1 dólar. •Dizemos que houve uma desvalorização do real, ou desvalorização do câmbio. Oferta, Demanda de Divisas, valorização cambial Oferta, Demanda de Divisas e Taxa de Câmbio •O Gráfico mostra 2 curva de oferta de dólares e uma curva de demanda por dólares. •Veja que na intersecção das curvas se dá o equilíbrio no mercado de câmbio. •Quando se aumenta a oferta de dólares (a curva de oferta desloca-se para a direita), a taxa de câmbio cai, ou seja, necessita-se de menos reais para comprar 1 dólar. •Dizemos que houve uma valorização do real, ou valorização do câmbio. Regimes Cambiais •Quando se permite que a taxa de câmbio varie de acordo com o volume de entrada e saída de dólares, ou com a oferta e demanda de dólares na economia, chamamos de regime cambial de regime de câmbio flutuante. •Alguns países exercem um controle maior sobre as divisas adotando o que chamamos de outros regimes cambiais. Regimes Cambiais 1. Regime de câmbio fixo 2. Dirty Floating 3. Regime de Bandas 4. Regime de Cambio Livre Regime de Câmbio Fixo Quando a Autoridade Monetária (AM)define uma taxa de câmbio que é fixa e passa a comprar ou vender dólares no mercado para manter a taxa nos níveis pré-fixados. Qualquer que seja a demanda por dólares a AM deve vender dólares à taxa pré fixada. As Autoridades Monetárias devem ter um volume significativo de reservas para fazer frente a um aumento na demanda de dólares. Também deve ter reservas em moeda nacional para comprar dólares quando houver excesso de oferta de dólares. Regime de Câmbio Fixo •O regime de câmbio fixo raramente é adotado hoje em dia, porque torna a economia muito susceptível a ataques especulativos. •Uma valorização do dólar no mercado mundial pode provocar um aumento expressivo de demanda de dólares neste país, que é obrigado a vender à taxa pré-fixada. •Ataques especulativos podem acabar com as reservas de dólares de um país. Dirty Floating •É o sistema adotado no Brasil, conhecido por flutuação suja, ou seja, o câmbio continua a ser determinado pelo mercado, mas o Banco Central intervém quando necessário para tentar controlar os movimentos do dólar. •No ano de 2016, o BC tem vendeu dólares para manter a taxa de câmbio menor de R$4,00, a fim de controlar a inflação. Regime de bandas •Neste regime, a taxa de câmbio varia dentro de um limite máximo e mínimo chamado banda. •Quando a taxa de câmbio atingir o limite máximo automaticamente o BC entra vendendo dólar (aumenta a oferta) e quando atingir o limite mínimo o BC entra comprando dólar (aumenta a demanda). Taxa de cambio e Balança de Pagamentos •Embora poucos países adotem o câmbio livre sabemos que neste regime, a Balança de Pagamentos tende a entrar em equilíbrio automaticamente sem necessidade de intervenção das AMs. •Se a Balança de Pagamentos está deficitária, o cambio livre reduz o déficit Se a Balança de Pagamentos está superavitária, o cambio livre reduz o superávit Balança de Pagamentos Deficitária •Vimos que quando a Balança de Pagamentos é deficitária, a saída de dólares é maior que a entrada de dólares. •Quando isto acontece a demanda por dólares é maior que a oferta de dólares. •Neste caso num regime de câmbio livre quando a demanda é maior que a oferta a taxa de cambio sobe, ou seja, a moeda nacional fica desvalorizada em relação ao dólar. Balança de Pagamentos Deficitária •Quando há uma desvalorização da moeda nacional há um estímulo às exportações pois uma mesma unidade de dólar pode ser convertida por uma quantidade maior de reais. •Dizemos então que quando a taxa de câmbio sobe o país fica mais competitivo e aumenta as venda de bens e serviços no exterior. •Isto aumenta a entrada de dólares reduzindo o déficit da BP. Equilíbrio de déficit da BP Exportações menores que importações Despesas de serviços maiores que as receitas de serviços Saida de capital maior que a entrada de capital. OFERTA DE DIVISA MENOR QUE A DEMANDA Aumento da taxa de câmbio Tendência a redução de importações e aumento de exportações Tendência a redução de despesas e ao aumento da receita em serviços Estímulo ao ingresso de capitais e desencorajamento à saída de capitais A maior entrada de divisas tende a reduzir o déficit e reequilibrar a BP Balança de Pagamentos Superavitária •Vimos que quando a Balança de Pagamentos é superavitária, a entrada de dólares é maior que a saída de dólares. •Quando isto acontece a oferta de dólares é maior que a demanda por dólares. •Neste caso num regime de câmbio livre quando a oferta é maior que a demanda a taxa de cambio se reduz, ou seja, a moeda nacional fica valorizada em relação ao dólar, ou há uma valorização do câmbio. Balança de Pagamentos Superavitária •Quando há uma valorização da moeda nacional há um estímulo às importações pois as compras em dólar, o turismo e demais serviços ficam mais baratos. 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Desvalorização cambial e inflação •A Taxa de câmbio tem uma influencia significativa na inflação. •Uma desvalorização do real em relação ao dólar tem como efeito impactos na inflação pois aumenta o custos dos insumos importados aumentando os custos de produção. •Pode também aumentar os preços dos bens de consumo se estes forem importados. Setor Interno e Setor Extermo •Em algumas situações o setor externo ajuda a equilibrar o setor interno e nestes casos se consegue manter a inflação relativamente controlada. •Em outras situações o setor externo intensifica os desequilíbrios do setor interno, de forma que os preços da economia podem se acelerar e aumentar a inflação. •Estas situações são vistas a seguir: Possíveis relações entre o setor externo e equilíbrio interno •1. Hiato inflacionário e superávit •2. Hiato deflacionário e déficit •3. Hiato inflacionário e déficit •4. Hiato deflacionário e superávit Hiato Inflacionário •Quando há um excesso de demanda em relação à oferta de pleno emprego da economia (capacidade máxima de produção em uma economia), significa que, em algum momento, os preços irão subir. •O hiato inflacionário sinaliza uma potencial alta da inflação. Hiato deflacionário •Quando há escassez de demanda em relação à oferta de pleno emprego da economia (capacidade máxima de produção em uma economia), significa que, em algum momento, os preços podem desacelerar •O hiato deflacionário sinaliza uma potencial queda da inflação. Superávit Balança Comercial •O superávit da Balança Comercial indica que as exportações (ou DEMANDA EXTERNA, pois representa a demanda do exterior pelos produtos do país) são maiores que as importações (ou OFERTA EXTERNA, pois representa a oferta dos produtos estrangeiros no país). •Portanto quando há superávit na BC •DEMANDA EXTERNA > OFERTA EXTERNA Déficit da Balança Comercial •O déficit da Balança Comercial indica que as exportações (ou DEMANDA EXTERNA, pois representa a demanda do exterior pelos produtos do país) são menores que as importações (ou OFERTA EXTERNA, pois representa a oferta dos produtos estrangeiros no país). •Portanto quando há déficit na BC •DEMANDA EXTERNA < OFERTA EXTERNA Equilíbrio dos setor interno e externo •Podemos combinar estas situações e verificar em que condições o setor externo contribui para o equilíbrio ou para o desequilíbrio do setor internos em termos de controle dos preços ou dos índices de inflação. •Vamos a seguir analisar as 4 combinações possíveis de hiatos inflacionários e deflacionários e superávits ou déficits da balança comercial. 1. Hiato inflacionário e superávit BC O hiato inflacionário significa que a demanda interna é maior que a oferta interna. O Superávit na BC indica que as exportações (demanda externa) são maiores que as importações (oferta externa). Como tanto no setor externo como no setor interno a demanda é maior que a oferta a inflação nesta situação tende a se acelerar, ou seja o setor externo contribui para aumentar o desequilíbrio de preços do setor interno da economia. 1. Hiato inflacionário e superávit 2. Hiato deflacionário e déficit Esta situação é mais grave que a anterior. O hiato deflacionário indica que economia está abaixo do pleno emprego, pois a demanda interna no país é menor que a oferta de bens e serviços na economia. Se este desequilíbrio ocorrer junto com um déficit na BC, ou seja as importações (oferta externa) são maiores que as exportações (demanda externa), ajuda a aumentar o desequilíbrio de preços internos. A oferta externa e interna são maiores que a demanda externa e interna. Nesta situação pode ocorrer queda desenfreada dos preços e da produção. 2. Hiato deflacionário e déficit Oferta Interna Demanda interna HIATO DEFLACIONARIO Oferta externa (Importações) Demanda externa (Exportações) DEFICIT BC EXIGE CORREÇÃO - TENDE A AUMENTAR O DESEQUILIBRIO 3. Hiato inflacionário e déficit Nesta situação o desequilíbrio do setor interno é compensada pelo setor externo. O hiato inflacionário significa que a demanda interna é maior que a oferta interna. O déficit na BC indica que as exportações (demanda externa) são menores que as importações (oferta externa). Assim, o excesso de demanda no setor interno é compensada pelo excesso de oferta do setor externo. 3. Hiato inflacionário e déficit Demanda Interna Oferta interna HIATO INFLACIONARIO Oferta externa (Importações) Demanda externa (Exportações) DEFICIT BC TENDE AO AJUSTE AUTOMÁTICO DOS NÍVEIS DE OFERTA E DEMANDA GLOBAIS E INFLAÇÃO 4. Hiato deflacionário e Superávit Nesta situação o desequilíbrio do setor interno também é compensada pelo setor externo. O hiato deflacionário significa que a oferta interna é maior que a demanda interna. O superávit na BC indica que as exportações (demanda externa) são maiores que as importações (oferta externa). Assim, o excesso de Oferta no setor interno é compensada pelo excesso de demanda do setor externo 4. Hiato deflacionário e superávit Oferta Interna Demanda interna HIATO DEFLACIONARIO Demanda externa (Exportações) Oferta externa (Importações) SUPERÁVIT BC TENDE AO AJUSTE AUTOMÁTICO DOS NÍVEIS DE OFERTA E DEMANDA GLOBAIS E INFLAÇÃO Resumindo •A situações que combinam 1) hiato inflacionário e superávit na BC, tendem a acelerar a inflação, com o setor externo contribuindo para aumentar o desequilíbrio de preços do setor interno. •A situação que combinam 2) hiato deflacionário e déficit na BC tendem a derrubar os preços e a produção do país, com o setor externo contribuindo para intensificar esta situação. Resumindo •A situação que combina 3) hiato inflacionário e déficit na BC tende a equilibrar as forças que controlam a inflação, com o setor externo contribuindo para equilibrar os preços do setor interno. •A situação que combina 4) hiato deflacionário e superávit na BC tende a equilibrar as forças que controlam a inflação, com o setor externo contribuindo para equilibrar os preços internos da economia