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Resistência dos Materiais 2
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11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 1 Calcular o deslocamento vertical do ponto B da estrutura, desprezando-se o efeito devido à força cortante. EI = 2 x 10⁵ kNm² (constante) SOLUÇÃO: Δ = ∫_est N_u (N_L dx / EA) + ∫_est (M_u M_L dx / EI) + ∫_est V_u (χ V_L dx / GA) + ∫_est T_u (T_L dx / GJ) Δ_B = ∫_est (M_U M_L / EI) dx 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 1 SOLUÇÃO: Δ_B = ∫_est (M_U M_L / EI) dx FASE L – Estrutura com carregamento real M_A = 262.5 kN.m V_A = 125 kN x = 0 M_L(B) = 0 x = 3 M_L(A) = -262.5 kNm Adotou-se a convenção clássica de momentos fletores, considerando o momento que produz tração na fibra inferior (face de referência) como momento fletor positivo. Diagrama de momento fletor M_L = -50x - 12,5x² 11.3 Método da Carga Unitária O procedimento de cálculo do deslocamento pelo MCU pode ser sintetizado da seguinte maneira: i. Determina-se os esforços solicitantes N_L, M_L, V_L e T_L na estrutura, causadas pelas cargas reais (Fase L); ii. Aplica-se na estrutura uma carga unitária correspondente ao deslocamento, Δ, que deve ser determinado (Fase U); iii. Determina-se os esforços solicitantes N_U, M_U, V_U e T_U, causadas pela carga unitária (Fase U); iv. Combina-se os esforços solicitantes da Fase L e Fase U integrando para cada elemento da estrutura utilizando a equação fundamental do MCU, e logo após, soma-se os termos de todos os elementos para obter o Δ. Δ = ∫_est N_u (N_L dx / EA) + ∫_est (M_u M_L dx / EI) + ∫_est V_u (χ V_L dx / GA) + ∫_est T_u (T_L dx / GJ) Fase L Fase U C P = 1 1 - 2 Os conceitos relativos a deslocamentos virtuais e trabalho virtual são usualmente introduzidos durante o estudo da Estática, quando são usados para resolver problemas sobre equilíbrio estático. A palavra virtual significa que as quantidades são imaginárias e que não existem no sentido real ou físico. Logo, deslocamento virtual é imaginário e arbitrariamente imposto sobre o sistema estrutural. Portanto, o trabalho realizado por forças reais durante um deslocamento virtual é chamado de Trabalho Virtual. 1 - 3 Quando sobre uma partícula atua um conjunto de forças em equilíbrio estático, pode-se dar a ela um deslocamento virtual, que consiste na translação da partícula em qualquer direção. Durante esse deslocamento virtual, o trabalho virtual realizado pelas forças deve ser nulo, porque as forças estão em equilíbrio. Esta afirmação, aparentemente simples, chamamos de Princípio dos Deslocamentos Virtuais (PDV). diagrama espacial x y O PDV também é aplicado a corpos rígidos, mantidos em equilíbrio por um conjunto de cargas, que pode incluir forças concentradas, momentos e cargas distribuídas. 1 - 4 Usualmente, deve-se restringir o deslocamento virtual, fazendo-o muito pequeno (pequenas deformações), de maneira que as linhas de ação das forças não sejam alteradas. Então, considerando uma estrutura deformável em equilíbrio sob carregamentos generalizados. Em análise de estrutura, deve-se estender o PDV aos casos de estruturas deformáveis. Para isto, deve-se levar em consideração o trabalho virtual das forças externas e internas (tensões resultantes ou esforços solicitantes). Seccionando essa viga em um determinado ponto e considerando um elemento de comprimento dx, tem-se em uma face desse elemento os esforços solicitantes: N, V, M e T. Enquanto na outra face, a uma distância dx tem-se: N+dN, V+dV, M+dM e T+dT. 1 - 5 Admitindo-se que a estrutura é submetida a uma deformação virtual que consiste em uma pequena mudança na sua forma fletida. Estes deslocamentos reais têm grandezas definidas, determinadas pela natureza das cargas e da estrutura. Esta deformação virtual é imposta a estrutura de alguma maneira não especificada e será completamente independente do fato da estrutura já ter sido submetida a deslocamentos reais, causadas por cargas exercidas sobre ela. A deformação virtual, entretanto, representa uma deformação adicional imposta à estrutura. A única restrição na deformação virtual é que a mudança virtual na forma deve ser compatível com as condições de contorno (ou apoio) e deve manter a continuidade entre os elementos da estrutura (meio do contínuo). 11.2 Princípio do Trabalho Virtual - PTV Somando-se (integrando) os termos do trabalho virtual para todos os elementos da estrutura, tem-se: W_ext = ∫_estrutura dW_e = ∫_estrutura dW_d A integral do primeiro membro da equação é o trabalho virtual total, agindo nas faces de todos os elementos, dos quais o elemento dx é típico. Pode-se notar que os lados de cada elemento (dx) estarão em contato direto com os elementos adjacentes (equilíbrio dos elementos). Portanto, o trabalho virtual das tensões resultantes (ou forças internas) exercidas sobre um elemento cancelará, exatamente, o trabalho virtual das tensões resultantes, iguais e opostas exercidas sobre os elementos adjacentes. O único trabalho virtual remanescente é o das forças externas atuantes nos contornos externos dos elementos. Pode-se concluir que esta quantidade é conhecida como trabalho externo (W_ext). 11.2 Princípio do Trabalho Virtual - PTV A integral do segundo membro corresponde ao trabalho virtual associado à deformação do elemento. Este trabalho inclui os efeitos de todas as forças que atuam no elemento, tensões resultantes (ou forças internas) e forças externas. Entretanto, quando um elemento se deforma, somente as tensões resultantes (ou forças internas) realizam algum trabalho. Portanto, esse segundo membro da equação representa somente o trabalho virtual das tensões resultantes. Este trabalho virtual é igual ao realizado pelas tensões resultantes quando os elementos nos quais elas atuam são deformados virtualmente. A quantidade total deste trabalho virtual obtido pelo somatório de todos os elementos é chamada de trabalho interno (W_int). 11.2 Princípio do Trabalho Virtual - PTV Durante a deformação virtual, cada elemento (dx) da estrutura será deslocado para uma nova posição, acarretando a deformação da própria estrutura. Consequentemente, as forças exercidas num elemento (dx) (tensões resultantes e cargas externas) realizarão um diferencial de trabalho virtual. Esse diferencial do trabalho virtual total é dado por dW_e que pode ser subdividido em: - dW_r - trabalho causado pelo deslocamento do elemento como corpo rígido (translação e rotação); - dW_d - trabalho associado à deformação do elemento. Logo: dW_e = dW_r + dW_d Como o elemento está em equilíbrio estático, o trabalho realizado pelas forças externas e internas durante o deslocamento do corpo rígido deve ser nulo (dW_r = 0). Assim: dW_e = dW_d O trabalho virtual total é igual ao trabalho virtual realizado por forças durante a deformação virtual do elemento. 11.2 Princípio do Trabalho Virtual - PTV Dessa forma, obtém-se que: W_{ext} = W_{int} Essa equação representa o Princípio do Trabalho Virtual (PTV) e pode ser definida da seguinte forma: quando uma estrutura deformável, em equilíbrio, sob a ação de um sistema de cargas, é dada uma pequena deformação virtual, o trabalho realizado pelas forças externas é igual ao trabalho virtual realizado pelas forças internas. Observações: A deformação virtual ou o deslocamento virtual, deve ser compatível com os apoios da estrutura e manter sua continuidade(condições de contorno e continuidade devem ser atendidas). A mudança virtual na forma pode ser arbitrariamente imposta à estrutura e não deve ser confundida com as deformações causadas por cargas reais. Como as propriedades do material utilizado na estrutura não entraram na formulação mostrada, o PTV aplica-se a todas as estruturas, ainda que, o material se comporte linearmente ou não, elástica ou inelasticamente. 11.2 Princípio do Trabalho Virtual - PTV Então, o trabalho externo, W_{ext}, é o realizado pelas forças externas que atuam na estrutura durante o deslocamento virtual. Como essas cargas generalizadas (P) atuam com seus valores integrais quando o deslocamento virtual (Δ) é imposto, tem-se que: W_{ext} = PΔ O trabalho interno, W_{int}, é o realizado pelas tensões resultantes exercidas no elemento que depende da deformação desse elemento durante o deslocamento virtual. As deformações virtuais de um elemento dx podem ser dadas por: dλ – deformação por cisalhamento (translação lateral - distorção); δδ – deformação axial (alonga ou encurtar); dφ – deformação por torção (rotação relativa); dθ – deformação por flexão (rotação relativa); 11.2 Princípio do Trabalho Virtual - PTV O trabalho interno, W_{int}, resulta em: W_{int} = ∫_{est} (N + dN)δ + ∫_{est} (M + dM)dθ + ∫_{est} (V + dV)dλ + ∫_{est} (T + dT)dφ Essa expressão pode ser simplificada, desprezando-se o produto de dois diferenciais (dNdδ), em comparação com o produto do termo finito e do diferencial (Ndδ), assim tem-se: W_{int} = ∫_{est} Ndδ + ∫_{est} Mdθ + ∫_{est} Vdλ + ∫_{est} Tdφ Sendo que, N, M, V e T são as tensões resultantes ou esforços solicitantes reais na estrutura, causadas por cargas reais. e δ, dθ, dλ e dφ são as deformações fictícias associadas ao deslocamento virtual da estrutura. 1 - 12 O PTV pode ser usado na dedução do Método da Carga Unitária (MCU), que é de extrema importância para calcular deslocamentos generalizados (translações e rotações) em qualquer tipo de estrutura. Esse método, teoricamente, pode ser usado tanto para estruturas estaticamente determinadas (isostática) quanto para estruturas estaticamente indeterminadas (hiperestáticas). No MCU é necessário considerar dois sistemas de carregamento: O primeiro sistema ou Fase L (Loading) consiste na estrutura submetida a cargas reais, mudanças de temperatura, recalques e outras causas responsáveis pela produção de deslocamentos. O MCU, por ser deduzido do PTV, é às vezes chamado de Método do Trabalho Virtual ou Método da Carga Substituta ou Método Maxwell-Mohr. O segundo sistema ou Fase U (Unitária) consiste na mesma estrutura submetida somente há uma carga unitária (carga fictícia ou substituta), para calcular o deslocamento generalizado ∆, causada por forças reais. A carga unitária deverá ser aplicada onde se quer calcular o deslocamento. P = 1 Fase L Fase U 11.3 Método da Carga Unitária ❑ Quando a carga unitária atua na estrutura, ela produz reações nos apoios e esforços solicitantes (N_U, M_U, V_U, T_U) nos elementos que, combinadas com a carga unitária e as reações, formam um sistema de forças em equilíbrio. ❑ De acordo com o PTV, ao impor uma pequena deformação virtual, tem-se: W_ext = W_int ❑ O MCU correlaciona-se com o PTV na medida em que é preciso escolher adequadamente a deformação virtual. ❑ Neste caso, tomam-se as deformações reais da estrutura causada pela Fase L, como deformações virtuais a serem impostas sobre a Fase U. ❑ O W_ext que ocorre durante essa deformação virtual, é realizado pela carga unitária, pois está é a única carga externa atuando na estrutura na Fase U. ❑ Portanto, tem-se: W_ext = PΔ W_ext = 1 × Δ ▪ onde Δ representa o deslocamento generalizado desejado da estrutura causado por cargas reais. 11.3 Método da Carga Unitária ❑ O W_int é realizado pelos esforços solicitantes (N_U, M_U, V_U, T_U), quando os elementos da estrutura são deformados virtualmente. ❑ Entretanto, as deformações virtuais são escolhidas para serem as mesmas das deformações reais (dδ, dθ, dλ e dφ) que ocorrem na estrutura que suporta às cargas reais: ❑ Portanto, tem-se: W_int = ∫_est N_udu + ∫_est M_udθ + ∫_est V_udλ + ∫_est T_udφ ❑ Como W_ext = W_int, obtém-se a equação fundamental do MCU, dada por: W_ext = 1 × Δ = W_int Δ = ∫_est N_udu + ∫_est M_udθ + ∫_est V_udλ + ∫_est T_udφ ▪ onde Δ representa os deslocamentos generalizados (translação, rotação e deslocamentos relativos) a serem calculados; ▪ Os esforços solicitantes (N_U, M_U, V_U, T_U - unidades de força ou momento por unidade de carga unitária), representam a força axial, o momento fletor, a força cortante e o momento de torção causados pela carga unitária correspondente ao deslocamento Δ; ▪ dδ, dθ, dλ e dφ representam deformações causadas pelas cargas generalizadas reais. 11.3 Método da Carga Unitária ❑ A equação fundamental do MCU é bastante geral, não estando sujeita a nenhuma restrição relativa ao comportamento linear do material ou da estrutura, ou seja, não é necessário que o princípio da superposição seja válido. ❑ A situação mais comum, no entanto, ocorre quando o material segue a Lei de Hooke e a estrutura tem comportamento linear elástico. ❑ Neste caso, é possível obter expressões para as deformações dδ, dθ, dλ e dφ causadas pelas cargas reais, dada por: dδ = \frac{N_Ldx}{EA} dθ = \frac{M_Ldx}{EI} dλ = \frac{χV_Ldx}{GA} dφ = \frac{T_Ldx}{GJ} ❑ Onde N_L, M_L, V_L, T_L representam os esforços solicitantes (tensões resultantes) na estrutura causadas por cargas reais (Fase L). Dessa forma, a equação do MCU passa a ser: Δ = ∫_est \frac{N_uldx}{EA} + ∫_est \frac{M_uldx}{EI} + ∫_est \frac{χV_uldx}{GA} + ∫_est \frac{T_uldx}{GJ} ❑ Essa equação pode ser usada na determinação do deslocamento, Δ, em qualquer ponto da estrutura, quando o material é linearmente elástico e o princípio da superposição for válido. 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 1 SOLUÇÃO: Δ_B = \int_{est} \frac{M_U M_L}{EI} dx FASE U - Cálculo dos esforços solicitantes virtuais: Aplicando-se à estrutura uma força unitária virtual correspondente ao deslocamento procurado (Δ_B): M_U(BA) = -1x \left\{ \begin{align*} & x = 0 & M_U(B) = 0 \\ & x = 3 & M_U(A) = -3 kNm \end{align*} \right. Observar que a carga vertical unitária foi aplicada para baixo conforme sentido positivo assumido para a flecha em B e que a convenção de sinais de M_U é a mesma utilizada na Fase L. 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 1 SOLUÇÃO: Δ_B = \int_{est} \frac{M_U M_L}{EI} dx M_L(BA) = -50x - 12,5x^2 M_U(BA) = -1x Δ_B = \int_0^3 \frac{(-1x) \times (-50x - 12,5x^2)}{2 \times 10^5} dx Δ_B = 3,516 \times 10^{-3}m O sinal positivo de Δ_B indica que o deslocamento tem o mesmo sentido da carga unitária, isto é, para baixo. Se a carga unitária tivesse sido arbitrada para cima, Δ_B resultaria com sinal negativo o que indicaria, também, o sentido correto para baixo da flecha. 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 2 Calcular a rotação do ponto B da estrutura, desprezando-se o efeito devida à força cortante. EI = 2 \times 10^5 kNm² (constante) SOLUÇÃO: θ_B = \int_{est} \frac{M_U M_L}{EI} dx FASE L – Estrutura com carregamento real M_L(BA) = -50x - 12,5x^2 \left\{ \begin{align*} & x = 0 & M_L(B) = 0 \\ & x = 3 & M_L(A) = -262,5 kNm \end{align*} \right. 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 2 SOLUÇÃO: θ_B = ∫_est (M_U M_L)/(EI) dx M_L(BA) = -50x - 12,5x^2 M_U(BA) = -1 θ_B = ∫_0^3 (-1)×(-50x - 12,5x^2)/(2×10^5) dx θ_B = 1,688×10^-3 rad Como foi arbitrado o sentido horário para a carga unitária e θ_B obtido foi positivo, isto significa que a rotação em B é horária, ou seja, o sentido de θ_B concorda com o sentido do momento unitário. 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 2 SOLUÇÃO: FASE U - Cálculo dos esforços solicitantes virtuais: Como o deslocamento procurado é a rotação em B, a carga unitária correspondente a ser adotada é um momento unitário em B. Adotar-se-á o momento unitário no sentido horário: M (U(BA) = -1) Nota-se que na Fase U a convenção de sinais de momento fletor usada foi a mesma do exemplo anterior. 11.3 Método da Carga Unitária Pode-se também utilizar tabelas de integrais de produto de duas funções, ou seja, combinar os diagramas dos esforços solicitantes dos casos envolvidos. TABELA 1: I = ∫f(s)g(s)ds (f(s)) | 1 ¦ 2 ¦ 3 ¦ 4 (1) a ¦ ¦ ¦ |2 laa (...) \ (...) 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 3 Calcular o deslocamento vertical do ponto C da viga abaixo, desprezando-se as influências das deformações devidas à força cortante. EI = 2,0 x 10^5 kNm² 1º) Reações de apoio: ΣF_x = 0 F_Ax = 0 ΣF_y = 0 F_Ay + F_By − 20 x 5 = 0 F_Ay = 50 kN ΣM_A^Z = 0 F_By x 5 − 20 x 5 x 5/2 = 0 F_By = 50 kN 2º) Diagrama Momento Fletor. Trecho AB: 0 ≤ x ≤ 5 m M_L(AB) = 50x − 20.x.x/2 M_L(AB) = 50x − 10x² { x = 0 M_L(A) = 0 x = 5 M_L(B) = 0 M_máx = qL²/8 = 62,5 kNm M_máx = 62,5 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 3 1º) Reações de apoio: ΣF_x = 0 F_Ax = 0 ΣF_y = 0 F_Ay + F_By − 1 = 0 F_Ay = 0,7 kN ΣM_A^Z = 0 F_By x 5 − 1 x 1,5 = 0 F_By = 0,3 kN 2º) Diagrama Momento Fletor. Trecho AC: 0 ≤ x ≤ 1,5 m M_U(AC) = 0,7x { M_A = 0 M_C = 1,05 Trecho CB: 1,5 ≤ x ≤ 5 m M_U(CB) = 0,7x − 1(x − 1,5) { M_C = 1,05 M_B = 0 Δ_C = ∫_est (M_U M_L)/(EI) dx Aplicando-se a equação fundamental deslocamento Δ do MCU, tem-se: Δ_C = ∫_0^1,5 (0,7x) x (50x − 10x²)/2 x 10^5 dx + ∫_1,5^5 (0,7x − 1(x − 1,5)) x (50x − 10x²)/2 x 10^5 dx O sinal positivo indica que o deslocamento tem o mesmo sentido ao arbitrado para a carga unitária, isto é, para baixo. Δ_C = 6,617 x 10^−4 m 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 4 Determine o deslocamento vertical da articulação (nó) C da treliça de aço mostrada na Figura. A área de seção transversal de cada elemento é A = 400 mm² e E = 200 GPa. Solução: Δ_C(v) = ∫_est (N_U N_L)/(EA) dx FASE L – Estrutura com carregamento real Cálculo das forças normais que atuam em cada barra da treliça utilizando o método dos nós ou método das seções. Barra N_L AB -100 BC 141,4 AC -141,4 CD 200 1 - 28 Solução: Cálculo das forças normais em cada barra, devido a carga unitária aplicada onde se quer calcular o deslocamento, utilizando o método dos nós ou ou método das seções. FASE U - Cálculo dos esforços solicitantes virtuais: NU Barra 2 2 2 @ 2 @ 2 @ 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 4 Solução: Arranjando os dados em uma tabela, tem-se: Barra N_U N_L L N_UN_LL AB 0 -100 4 0 BC 0 141,4 2,828 0 AC -1,414 -141,4 2,828 565,7 CD 1 200 2 400 Σ 965,7 kN²·m Δ_C(v) = ∫_est (N_UN_L)/(EA) dx Δ_C(v) = Σ_nº barras [N_UN_LL)/(EA)_barra Δ_Cv = 965,7 kN²·m/[400(10⁻⁶) m²] 200(10⁶) kN/m² Δ_Cv = 0,01207 m = 12,1 mm 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 5 Calcular o deslocamento horizontal do nó D do pórtico abaixo, desprezando-se as influências das deformações axiais e da força cortante. EI = 2,0 x 10⁵ kNm² (constante). SOLUÇÃO: Δ_h(D) = ∫_est (M_UM_L)/(EI) dx Σ_H = 0 -H_A + 50 = 0 H_A = 50 kN Σ_V = 0 V_A + V_D = 0 V_A = -30 kN Σ_M_A = 0 V_D x 5 - 50 x 3 = 0 V_D = 30 kN 1 - 31 FASE L – Estrutura com carregamento real VD=30 kN VA=30 kN M+ 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 5 SOLUÇÃO: Δ_h(D) = ∫_est (M_UM_L)/(EI) dx FASE L – Estrutura com carregamento real H_A = 50 kN V_A=30 kN V_D=30 kN M_L(AB) = 50x { x = 0 M_L(A) = 0 x = 3 M_(L)B = 150 kNm M_L(BC) = 150 - 30x { x = 0 M_L(B) = 150 kNm x = 5 M_L(C) = 0 M_L(DC) = 0 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 5 FASE U - Estrutura com carregamento unitário Deslocamento procurado: Δh(D) horizontal ↔ força unitária horizontal em D (arbitrada para a esquerda) ΣH = 0 -HA - 1 = 0 HA = -1 kN ΣV = 0 VA + VD = 0 VA = 0 ΣMA = 0 VD × 5 = 0 VD = 0 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 5 SOLUÇÃO: Δh(D) = ∫ MUML / EI dx FASE U - Estrutura com carregamento unitário Deslocamento procurado: Δh(D) horizontal ↔ força unitária horizontal em D (arbitrada para a esquerda) ΣH = 0 -HA - 1 = 0 HA = -1 kN ΣV = 0 VA + VD = 0 VA = 0 ΣMA = 0 VD × 5 = 0 VD = 0 M MU(AB) = -1x { x = 0 MU(A) = 0 x = 3 MU(B) = -3 kNm MU(BC) = -3 kNm MU(DC) = -1x { x = 0 MU(D) = 0 x = 3 MU(C) = -3 kNm 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 5 SOLUÇÃO: Δh(D) = ∫ MUML / EI dx Observar que foi adotada uma coordenada x acompanhando o eixo de cada barra, com os respectivos sentidos indicados no início da solução para formular as expressões de momento fletor na Fase L e na Fase U. ML(AB) = 50x ML(BC) = 150 - 30x ML(DC) = 0 MU(AB) = -1x MU(BC) = -3 kNm MU(DC) = -1x Δh(D)= ∫0 3 (−1x) × (50x) / 2 × 105 dx + ∫0 5 (−3) × (150 − 30x) / 2 × 105 dx + ∫0 3 (−1x) × (0) / 2 × 105 dx Δh(D) = -7,875 × 10−3 m O sinal negativo de Δh(D) indica que o deslocamento tem o sentido contrário da carga unitária, isto é, para direita. 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 6 1 Fase (L) 1.1 Barra CB: 0 ≤ x ≤ 2 m N: N^{L}_{CB} = -4 kN V \uparrow: V^{L}_{CB} = 2x \quad x = 0 \quad V^{L}_{C} = 0 \quad x = 2 m \quad V^{L}_{B} = 4 kN M: M^{L}_{CB} = \frac{-2x^{2}}{2} \quad x = 0 \quad M^{L}_{C} = 0 \quad x = 2 m \quad M^{L}_{B} = -4 kNm 1.2 Barra BA: 0 ≤ x ≤ 4 m N: N^{L}_{BA} = -4 kN V: V^{L}_{BA} = -4 kN M: M^{L}_{BA} = -4 + 4x \quad x = 0 \quad M^{L}_{B} = -4 kNm \quad x = 4 m \quad M^{L}_{A} = 12 kNm 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 6 2 Fase (U) - Deslocamento vertical em C 2.1 Barra CB: 0 ≤ x ≤ 2 m N: N^{U}_{CB} = 0 V \uparrow: V^{U}_{CB} = 1 kN M: M^{U}_{CB} = -1x \quad x = 0 \quad M^{U}_{C} = 0 \quad x = 2 m \quad M^{U}_{B} = -2 kNm 1.2 Barra BA: 0 ≤ x ≤ 4 m N: N^{U}_{BA} = -1 kN V \uparrow: V^{U}_{BA} = 0 M: M^{U}_{BA} = -2 kNm 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 6 2 Fase (U) - Rotação em C 2.1 Barra CB: 0 ≤ x ≤ 2 m N_U_CB = 0 V_U_CB = 0 M_U_CB = -1kNm 1.2 Barra BA: 0 ≤ x ≤ 4 m N_U_BA = 0 V_U_BA = 0 M_U_BA = -1kNm 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 6 3.1 Equação MCU (flecha em C) M^L_CB = -x^2 M^L_BA = -4 + 4x M^U_CB = -x M^U_BA = -2 kNm δ_v(C) = ∫[0 to 2] (-(x).(-x^2)/4x10^3) dx + ∫[0 to 4] (-2).(-4+4x)/4x10^3 dx δ_v(C) = -7,0x10^-3 m δ_v(C) = 7,0x10^-3 m (↑) 3.2 Equação do MCU (rotação em C) M^L_CB = -x^2 M^L_BA = -4 + 4x M^U_CB = -1kNm M^U_BA = -1 kNm θ_c = ∫[0 to 2] (-(1).(-x^2)/4x10^3) dx + ∫[0 to 4] (-(1).(-4+4x)/4x10^3) dx θ_c = -3,33x10^-3 rad θ_c = 3,33x10^-3 rad (↺) 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 7 Determine o deslocamento horizontal do nó C do pórtico abaixo, desprezando-se as influências das deformações axiais e da força cortante pelo MCU, sendo EI constante. Indique direção correta do deslocamento. PΔ = ∫_est (N_uN_L dx/EA) + ∫_est (M_uM_L dx/EI) + ∫_est (V_uχV_L dx/GA) + ∫_est (T_uT_L dx/GJ) Exemplo de aplicação 8 Determine o deslocamento vertical do ponto E da viga ilustrada na figura, situado a 1,5 m do apoio A, considerando a influência da deformação por flexão utilizando o MCU. Indique o sentido correto do deslocamento vertical desse ponto E. Dados: EI = 20400 kNm²; δv(E) = ∫est (MuMl / EI) dx δv(E) = -0,0331 m δv(E) = 0,0331 m(↑) 1 - 43 Resolver os seguintes exercícios do capítulo 14 do livro texto (Resistência dos Materiais, 7a ed. - R. C. Hibbeler): Método da Carga Unitária - MCU Pág. 556 e 557 - Prob. 14.103, 14.110; 14.114; 14.115. Pág. 555 - Prob. 14.87; 14.88; 14.89; 14.93; 14.94. 11.3 Método da Carga Unitária – Efeito Térmico Quando um elemento de barra de comprimento dx e de altura h está sujeita somente a uma variação de temperatura uniforme (constante ao longo da altura), o acréscimo dessa temperatura faz com o que, o deslocamento dessa barra seja dada por: Δ = ∫est (Nu dδ) Δ = ∫est (Nu α ΔTCG dx) Nu – esforços solicitantes devido a força unitária; α – coeficiente de dilatação térmica (°C⁻¹); ΔTCG – variação de temperatura no CG da seção transversal (°C); ΔTCG = (T1 + T2) / 2 Para treliças a variação de temperatura é uniforme, assim o deslocamento Δ é dado por: Δ = ∫est (Nu α ΔTCG dx) = Σbarra [Nu α ΔTCG L]barra T1 = T2 1 - 1 Métodos de Energia Conservação de Energia Componente Curricular : ENG 301 – Resistências dos Materiais II-A Carga Horária: 60 horas Dentro desta definição, também é importante compreender os conceitos de trabalho e energia, para que, então, o estudo possa ser aprofundado através da utilização: do trabalho virtual; da energia de deformação; da energia potencial; da energia complementar. 1 - 2 A análise estrutural se reveste de fundamental importância na engenharia, uma vez que compreende a idealização do comportamento das estruturas que é definida em função de diversos parâmetros. Em geral, o objetivo da análise estrutural é determinar esforços internos e externos (esforços solicitantes e reações de apoio) e as correspondentes tensões resultantes, bem como a determinação dos deslocamentos e deformações da estrutura. Com isso, o desenvolvimento de métodos derivados de teoremas como: 1 - 3 Além disso, com a criação e desenvolvimento de software, a análise estrutural passou a ser vista de forma mais amigável, sendo que esses programas são ótimas ferramentas para simular o comportamento das estruturas. Todos esses conceitos permitem que o comportamento das estruturas seja melhor compreendido. Passaram a se mostrarem eficientes, permitindo a obtenção de resultados mais precisos no estudo de estruturas lineares e não-lineares, com efeitos de instabilidade. 1º e 2º Teoremas de Castigliano; Teorema de Crotti-Engesser; Teorema Recíproco de Maxwell. 1 - 24 Solução: Determine o deslocamento vertical (∆v(c) = vc) no ponto C , utilizando o método da conservação de energia. Fx 1 - 26 Resolver os seguintes exercícios do capítulo 14 do livro texto (Resistência dos Materiais, 7a ed. - R. C. Hibbeler): Energia de Deformação Pág. 529 - Prob. 14.9; 14.16; 14.17 e 14.21. Pág. 528 - Prob. 14.2; 14.3; 14.4; 14.6. Conservação de Energia Pág. 534 - Prob. 14.26; 14.27; 14.28; 14.29; 14.31; 14.32; 14.33; 14.34. 1 - 1 Componente Curricular : ENG 301 – Resistências dos Materiais II-A Carga Horária: 60 horas “Deflexão” (Flecha) em Vigas e Eixos Parte 1 - Isostática 12 - 2 Capítulo 12- “Deflexão” (Flecha) em Vigas e Eixos 12.1 Equação diferencial da Linha Elástica 12.2 Exemplo de Aplicação 12.3 Funcão de singularidade ou descontinuidade R. C. Hibbeler Pearson Education do Brasil 12 - 12 Convenções de sinal da equação da LE 12 - 13 Convenções de sinal da equação da LE Variação de x da esquerda para direita Variação de x da direita para esquerda 12 - 27 Pág. 431 - Prob. 12.2; 12.11; 12.12; 12.14; 12.15; 12.22. Resolver os seguintes exercícios do capítulo 12 do livro texto (Resistência dos Materiais, 7a ed. - R. C. Hibbeler): 12 - 40 Resolver os seguintes exercícios do capítulo 12 do livro texto (Resistência dos Materiais, 7a ed. - R. C. Hibbeler): Utilizando o processo da integração direta com a equação geral, de forma a minimizar a quantidade de constantes a serem determinadas (Funções de descontinuidade): Pág. 440 - Prob. 12.39; 12.41; 12.42; 12.43; 12.45; 12.47. Pág. 455 - Prob. 12.89; 12.90; 12.94; 12.97; 12.102. 1 - 1 “Deflexão” (Flecha) em Vigas e Eixos Parte 2 - Hiperestática Componente Curricular : ENG 301 – Resistências dos Materiais II-A Carga Horária: 60 horas 12 - 17 = (c1 ) (c2 ) Sistema 1 Sistema 2 Sistema original 12 - 31 Pág. 460 - Prob. 12.104; 12.105; 12.106; 12.108; 12.109 e 12.110. Resolver os seguintes exercícios do capítulo 12 do livro texto (Resistência dos Materiais, 7a ed. - R. C. Hibbeler): Método da Superposição Pág. 472 e 473 - Prob. 12.123; 12.124; 12.127 e 12.129. Método da Integração - Estruturas hiperestáticas Estruturas Isostáticas Estruturas Hiperestáticas Pág. 455 e 456 - Prob. 12.89; 12.90; 12.91; 12.92 e 12.95. 12 - 37 Determine o deslocamento vertical na extremindade B da tira de aço A-36 e as expressões da rotação e da flecha utilizando a equação diferencial da LE. A rigidez da mola é k = 2N/mm e a rigidez à flexão EI = 83,33 x 106 Nmm² Ay B MA Ax 12 - 41 Pág. 460 - Prob. 12.104; 12.105; 12.106; 12.108; 12.109 e 12.110. Resolver os seguintes exercícios do capítulo 12 do livro texto (Resistência dos Materiais, 7a ed. - R. C. Hibbeler): Método da Integração ou utilizando a Equação diferencial da Linha Elástica - Estruturas hiperestáticas 1 - 1 Métodos de Energia Segundo Teorema de Castigliano Componente Curricular : ENG 301 – Resistências dos Materiais II-A Carga Horária: 60 horas 1 - 10 O resultado mostrará que o deslocamento é expresso em relação às cargas reais e fictícias. Por fim, igualando-se a carga fictícia a zero na expressão final, obtém-se o deslocamento desejado devido às cargas reais. OBSERVAÇÕES: O Segundo Teorema de Castigliano só pode ser aplicado no cálculo de deslocamentos que correspondam às cargas atuantes na estrutura. Dessa forma, consegue-se fazer o cálculo do deslocamento usando o Segundo Teorema de Castigliano. OBSERVAÇÕES: Para calcular o deslocamento em uma região sem aplicação de carga, será necessário colocar uma carga fictícia na estrutura, equivalente ao deslocamento desejado. A B 1 - 21 Resolver os seguintes exercícios do capítulo 14 do livro texto (Resistência dos Materiais, 7a ed. - R. C. Hibbeler): Segundo Teorema de Castigliano Pág. 565 - Prob. 14.133; 14.134; 14.135; 14.139; 14.147; 14.155; 14.158. 1 - 26 Determine os diagramas dos esforços solicitantes do pórtico da figura abaixo.
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11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 1 Calcular o deslocamento vertical do ponto B da estrutura, desprezando-se o efeito devido à força cortante. EI = 2 x 10⁵ kNm² (constante) SOLUÇÃO: Δ = ∫_est N_u (N_L dx / EA) + ∫_est (M_u M_L dx / EI) + ∫_est V_u (χ V_L dx / GA) + ∫_est T_u (T_L dx / GJ) Δ_B = ∫_est (M_U M_L / EI) dx 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 1 SOLUÇÃO: Δ_B = ∫_est (M_U M_L / EI) dx FASE L – Estrutura com carregamento real M_A = 262.5 kN.m V_A = 125 kN x = 0 M_L(B) = 0 x = 3 M_L(A) = -262.5 kNm Adotou-se a convenção clássica de momentos fletores, considerando o momento que produz tração na fibra inferior (face de referência) como momento fletor positivo. Diagrama de momento fletor M_L = -50x - 12,5x² 11.3 Método da Carga Unitária O procedimento de cálculo do deslocamento pelo MCU pode ser sintetizado da seguinte maneira: i. Determina-se os esforços solicitantes N_L, M_L, V_L e T_L na estrutura, causadas pelas cargas reais (Fase L); ii. Aplica-se na estrutura uma carga unitária correspondente ao deslocamento, Δ, que deve ser determinado (Fase U); iii. Determina-se os esforços solicitantes N_U, M_U, V_U e T_U, causadas pela carga unitária (Fase U); iv. Combina-se os esforços solicitantes da Fase L e Fase U integrando para cada elemento da estrutura utilizando a equação fundamental do MCU, e logo após, soma-se os termos de todos os elementos para obter o Δ. Δ = ∫_est N_u (N_L dx / EA) + ∫_est (M_u M_L dx / EI) + ∫_est V_u (χ V_L dx / GA) + ∫_est T_u (T_L dx / GJ) Fase L Fase U C P = 1 1 - 2 Os conceitos relativos a deslocamentos virtuais e trabalho virtual são usualmente introduzidos durante o estudo da Estática, quando são usados para resolver problemas sobre equilíbrio estático. A palavra virtual significa que as quantidades são imaginárias e que não existem no sentido real ou físico. Logo, deslocamento virtual é imaginário e arbitrariamente imposto sobre o sistema estrutural. Portanto, o trabalho realizado por forças reais durante um deslocamento virtual é chamado de Trabalho Virtual. 1 - 3 Quando sobre uma partícula atua um conjunto de forças em equilíbrio estático, pode-se dar a ela um deslocamento virtual, que consiste na translação da partícula em qualquer direção. Durante esse deslocamento virtual, o trabalho virtual realizado pelas forças deve ser nulo, porque as forças estão em equilíbrio. Esta afirmação, aparentemente simples, chamamos de Princípio dos Deslocamentos Virtuais (PDV). diagrama espacial x y O PDV também é aplicado a corpos rígidos, mantidos em equilíbrio por um conjunto de cargas, que pode incluir forças concentradas, momentos e cargas distribuídas. 1 - 4 Usualmente, deve-se restringir o deslocamento virtual, fazendo-o muito pequeno (pequenas deformações), de maneira que as linhas de ação das forças não sejam alteradas. Então, considerando uma estrutura deformável em equilíbrio sob carregamentos generalizados. Em análise de estrutura, deve-se estender o PDV aos casos de estruturas deformáveis. Para isto, deve-se levar em consideração o trabalho virtual das forças externas e internas (tensões resultantes ou esforços solicitantes). Seccionando essa viga em um determinado ponto e considerando um elemento de comprimento dx, tem-se em uma face desse elemento os esforços solicitantes: N, V, M e T. Enquanto na outra face, a uma distância dx tem-se: N+dN, V+dV, M+dM e T+dT. 1 - 5 Admitindo-se que a estrutura é submetida a uma deformação virtual que consiste em uma pequena mudança na sua forma fletida. Estes deslocamentos reais têm grandezas definidas, determinadas pela natureza das cargas e da estrutura. Esta deformação virtual é imposta a estrutura de alguma maneira não especificada e será completamente independente do fato da estrutura já ter sido submetida a deslocamentos reais, causadas por cargas exercidas sobre ela. A deformação virtual, entretanto, representa uma deformação adicional imposta à estrutura. A única restrição na deformação virtual é que a mudança virtual na forma deve ser compatível com as condições de contorno (ou apoio) e deve manter a continuidade entre os elementos da estrutura (meio do contínuo). 11.2 Princípio do Trabalho Virtual - PTV Somando-se (integrando) os termos do trabalho virtual para todos os elementos da estrutura, tem-se: W_ext = ∫_estrutura dW_e = ∫_estrutura dW_d A integral do primeiro membro da equação é o trabalho virtual total, agindo nas faces de todos os elementos, dos quais o elemento dx é típico. Pode-se notar que os lados de cada elemento (dx) estarão em contato direto com os elementos adjacentes (equilíbrio dos elementos). Portanto, o trabalho virtual das tensões resultantes (ou forças internas) exercidas sobre um elemento cancelará, exatamente, o trabalho virtual das tensões resultantes, iguais e opostas exercidas sobre os elementos adjacentes. O único trabalho virtual remanescente é o das forças externas atuantes nos contornos externos dos elementos. Pode-se concluir que esta quantidade é conhecida como trabalho externo (W_ext). 11.2 Princípio do Trabalho Virtual - PTV A integral do segundo membro corresponde ao trabalho virtual associado à deformação do elemento. Este trabalho inclui os efeitos de todas as forças que atuam no elemento, tensões resultantes (ou forças internas) e forças externas. Entretanto, quando um elemento se deforma, somente as tensões resultantes (ou forças internas) realizam algum trabalho. Portanto, esse segundo membro da equação representa somente o trabalho virtual das tensões resultantes. Este trabalho virtual é igual ao realizado pelas tensões resultantes quando os elementos nos quais elas atuam são deformados virtualmente. A quantidade total deste trabalho virtual obtido pelo somatório de todos os elementos é chamada de trabalho interno (W_int). 11.2 Princípio do Trabalho Virtual - PTV Durante a deformação virtual, cada elemento (dx) da estrutura será deslocado para uma nova posição, acarretando a deformação da própria estrutura. Consequentemente, as forças exercidas num elemento (dx) (tensões resultantes e cargas externas) realizarão um diferencial de trabalho virtual. Esse diferencial do trabalho virtual total é dado por dW_e que pode ser subdividido em: - dW_r - trabalho causado pelo deslocamento do elemento como corpo rígido (translação e rotação); - dW_d - trabalho associado à deformação do elemento. Logo: dW_e = dW_r + dW_d Como o elemento está em equilíbrio estático, o trabalho realizado pelas forças externas e internas durante o deslocamento do corpo rígido deve ser nulo (dW_r = 0). Assim: dW_e = dW_d O trabalho virtual total é igual ao trabalho virtual realizado por forças durante a deformação virtual do elemento. 11.2 Princípio do Trabalho Virtual - PTV Dessa forma, obtém-se que: W_{ext} = W_{int} Essa equação representa o Princípio do Trabalho Virtual (PTV) e pode ser definida da seguinte forma: quando uma estrutura deformável, em equilíbrio, sob a ação de um sistema de cargas, é dada uma pequena deformação virtual, o trabalho realizado pelas forças externas é igual ao trabalho virtual realizado pelas forças internas. Observações: A deformação virtual ou o deslocamento virtual, deve ser compatível com os apoios da estrutura e manter sua continuidade(condições de contorno e continuidade devem ser atendidas). A mudança virtual na forma pode ser arbitrariamente imposta à estrutura e não deve ser confundida com as deformações causadas por cargas reais. Como as propriedades do material utilizado na estrutura não entraram na formulação mostrada, o PTV aplica-se a todas as estruturas, ainda que, o material se comporte linearmente ou não, elástica ou inelasticamente. 11.2 Princípio do Trabalho Virtual - PTV Então, o trabalho externo, W_{ext}, é o realizado pelas forças externas que atuam na estrutura durante o deslocamento virtual. Como essas cargas generalizadas (P) atuam com seus valores integrais quando o deslocamento virtual (Δ) é imposto, tem-se que: W_{ext} = PΔ O trabalho interno, W_{int}, é o realizado pelas tensões resultantes exercidas no elemento que depende da deformação desse elemento durante o deslocamento virtual. As deformações virtuais de um elemento dx podem ser dadas por: dλ – deformação por cisalhamento (translação lateral - distorção); δδ – deformação axial (alonga ou encurtar); dφ – deformação por torção (rotação relativa); dθ – deformação por flexão (rotação relativa); 11.2 Princípio do Trabalho Virtual - PTV O trabalho interno, W_{int}, resulta em: W_{int} = ∫_{est} (N + dN)δ + ∫_{est} (M + dM)dθ + ∫_{est} (V + dV)dλ + ∫_{est} (T + dT)dφ Essa expressão pode ser simplificada, desprezando-se o produto de dois diferenciais (dNdδ), em comparação com o produto do termo finito e do diferencial (Ndδ), assim tem-se: W_{int} = ∫_{est} Ndδ + ∫_{est} Mdθ + ∫_{est} Vdλ + ∫_{est} Tdφ Sendo que, N, M, V e T são as tensões resultantes ou esforços solicitantes reais na estrutura, causadas por cargas reais. e δ, dθ, dλ e dφ são as deformações fictícias associadas ao deslocamento virtual da estrutura. 1 - 12 O PTV pode ser usado na dedução do Método da Carga Unitária (MCU), que é de extrema importância para calcular deslocamentos generalizados (translações e rotações) em qualquer tipo de estrutura. Esse método, teoricamente, pode ser usado tanto para estruturas estaticamente determinadas (isostática) quanto para estruturas estaticamente indeterminadas (hiperestáticas). No MCU é necessário considerar dois sistemas de carregamento: O primeiro sistema ou Fase L (Loading) consiste na estrutura submetida a cargas reais, mudanças de temperatura, recalques e outras causas responsáveis pela produção de deslocamentos. O MCU, por ser deduzido do PTV, é às vezes chamado de Método do Trabalho Virtual ou Método da Carga Substituta ou Método Maxwell-Mohr. O segundo sistema ou Fase U (Unitária) consiste na mesma estrutura submetida somente há uma carga unitária (carga fictícia ou substituta), para calcular o deslocamento generalizado ∆, causada por forças reais. A carga unitária deverá ser aplicada onde se quer calcular o deslocamento. P = 1 Fase L Fase U 11.3 Método da Carga Unitária ❑ Quando a carga unitária atua na estrutura, ela produz reações nos apoios e esforços solicitantes (N_U, M_U, V_U, T_U) nos elementos que, combinadas com a carga unitária e as reações, formam um sistema de forças em equilíbrio. ❑ De acordo com o PTV, ao impor uma pequena deformação virtual, tem-se: W_ext = W_int ❑ O MCU correlaciona-se com o PTV na medida em que é preciso escolher adequadamente a deformação virtual. ❑ Neste caso, tomam-se as deformações reais da estrutura causada pela Fase L, como deformações virtuais a serem impostas sobre a Fase U. ❑ O W_ext que ocorre durante essa deformação virtual, é realizado pela carga unitária, pois está é a única carga externa atuando na estrutura na Fase U. ❑ Portanto, tem-se: W_ext = PΔ W_ext = 1 × Δ ▪ onde Δ representa o deslocamento generalizado desejado da estrutura causado por cargas reais. 11.3 Método da Carga Unitária ❑ O W_int é realizado pelos esforços solicitantes (N_U, M_U, V_U, T_U), quando os elementos da estrutura são deformados virtualmente. ❑ Entretanto, as deformações virtuais são escolhidas para serem as mesmas das deformações reais (dδ, dθ, dλ e dφ) que ocorrem na estrutura que suporta às cargas reais: ❑ Portanto, tem-se: W_int = ∫_est N_udu + ∫_est M_udθ + ∫_est V_udλ + ∫_est T_udφ ❑ Como W_ext = W_int, obtém-se a equação fundamental do MCU, dada por: W_ext = 1 × Δ = W_int Δ = ∫_est N_udu + ∫_est M_udθ + ∫_est V_udλ + ∫_est T_udφ ▪ onde Δ representa os deslocamentos generalizados (translação, rotação e deslocamentos relativos) a serem calculados; ▪ Os esforços solicitantes (N_U, M_U, V_U, T_U - unidades de força ou momento por unidade de carga unitária), representam a força axial, o momento fletor, a força cortante e o momento de torção causados pela carga unitária correspondente ao deslocamento Δ; ▪ dδ, dθ, dλ e dφ representam deformações causadas pelas cargas generalizadas reais. 11.3 Método da Carga Unitária ❑ A equação fundamental do MCU é bastante geral, não estando sujeita a nenhuma restrição relativa ao comportamento linear do material ou da estrutura, ou seja, não é necessário que o princípio da superposição seja válido. ❑ A situação mais comum, no entanto, ocorre quando o material segue a Lei de Hooke e a estrutura tem comportamento linear elástico. ❑ Neste caso, é possível obter expressões para as deformações dδ, dθ, dλ e dφ causadas pelas cargas reais, dada por: dδ = \frac{N_Ldx}{EA} dθ = \frac{M_Ldx}{EI} dλ = \frac{χV_Ldx}{GA} dφ = \frac{T_Ldx}{GJ} ❑ Onde N_L, M_L, V_L, T_L representam os esforços solicitantes (tensões resultantes) na estrutura causadas por cargas reais (Fase L). Dessa forma, a equação do MCU passa a ser: Δ = ∫_est \frac{N_uldx}{EA} + ∫_est \frac{M_uldx}{EI} + ∫_est \frac{χV_uldx}{GA} + ∫_est \frac{T_uldx}{GJ} ❑ Essa equação pode ser usada na determinação do deslocamento, Δ, em qualquer ponto da estrutura, quando o material é linearmente elástico e o princípio da superposição for válido. 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 1 SOLUÇÃO: Δ_B = \int_{est} \frac{M_U M_L}{EI} dx FASE U - Cálculo dos esforços solicitantes virtuais: Aplicando-se à estrutura uma força unitária virtual correspondente ao deslocamento procurado (Δ_B): M_U(BA) = -1x \left\{ \begin{align*} & x = 0 & M_U(B) = 0 \\ & x = 3 & M_U(A) = -3 kNm \end{align*} \right. Observar que a carga vertical unitária foi aplicada para baixo conforme sentido positivo assumido para a flecha em B e que a convenção de sinais de M_U é a mesma utilizada na Fase L. 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 1 SOLUÇÃO: Δ_B = \int_{est} \frac{M_U M_L}{EI} dx M_L(BA) = -50x - 12,5x^2 M_U(BA) = -1x Δ_B = \int_0^3 \frac{(-1x) \times (-50x - 12,5x^2)}{2 \times 10^5} dx Δ_B = 3,516 \times 10^{-3}m O sinal positivo de Δ_B indica que o deslocamento tem o mesmo sentido da carga unitária, isto é, para baixo. Se a carga unitária tivesse sido arbitrada para cima, Δ_B resultaria com sinal negativo o que indicaria, também, o sentido correto para baixo da flecha. 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 2 Calcular a rotação do ponto B da estrutura, desprezando-se o efeito devida à força cortante. EI = 2 \times 10^5 kNm² (constante) SOLUÇÃO: θ_B = \int_{est} \frac{M_U M_L}{EI} dx FASE L – Estrutura com carregamento real M_L(BA) = -50x - 12,5x^2 \left\{ \begin{align*} & x = 0 & M_L(B) = 0 \\ & x = 3 & M_L(A) = -262,5 kNm \end{align*} \right. 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 2 SOLUÇÃO: θ_B = ∫_est (M_U M_L)/(EI) dx M_L(BA) = -50x - 12,5x^2 M_U(BA) = -1 θ_B = ∫_0^3 (-1)×(-50x - 12,5x^2)/(2×10^5) dx θ_B = 1,688×10^-3 rad Como foi arbitrado o sentido horário para a carga unitária e θ_B obtido foi positivo, isto significa que a rotação em B é horária, ou seja, o sentido de θ_B concorda com o sentido do momento unitário. 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 2 SOLUÇÃO: FASE U - Cálculo dos esforços solicitantes virtuais: Como o deslocamento procurado é a rotação em B, a carga unitária correspondente a ser adotada é um momento unitário em B. Adotar-se-á o momento unitário no sentido horário: M (U(BA) = -1) Nota-se que na Fase U a convenção de sinais de momento fletor usada foi a mesma do exemplo anterior. 11.3 Método da Carga Unitária Pode-se também utilizar tabelas de integrais de produto de duas funções, ou seja, combinar os diagramas dos esforços solicitantes dos casos envolvidos. TABELA 1: I = ∫f(s)g(s)ds (f(s)) | 1 ¦ 2 ¦ 3 ¦ 4 (1) a ¦ ¦ ¦ |2 laa (...) \ (...) 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 3 Calcular o deslocamento vertical do ponto C da viga abaixo, desprezando-se as influências das deformações devidas à força cortante. EI = 2,0 x 10^5 kNm² 1º) Reações de apoio: ΣF_x = 0 F_Ax = 0 ΣF_y = 0 F_Ay + F_By − 20 x 5 = 0 F_Ay = 50 kN ΣM_A^Z = 0 F_By x 5 − 20 x 5 x 5/2 = 0 F_By = 50 kN 2º) Diagrama Momento Fletor. Trecho AB: 0 ≤ x ≤ 5 m M_L(AB) = 50x − 20.x.x/2 M_L(AB) = 50x − 10x² { x = 0 M_L(A) = 0 x = 5 M_L(B) = 0 M_máx = qL²/8 = 62,5 kNm M_máx = 62,5 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 3 1º) Reações de apoio: ΣF_x = 0 F_Ax = 0 ΣF_y = 0 F_Ay + F_By − 1 = 0 F_Ay = 0,7 kN ΣM_A^Z = 0 F_By x 5 − 1 x 1,5 = 0 F_By = 0,3 kN 2º) Diagrama Momento Fletor. Trecho AC: 0 ≤ x ≤ 1,5 m M_U(AC) = 0,7x { M_A = 0 M_C = 1,05 Trecho CB: 1,5 ≤ x ≤ 5 m M_U(CB) = 0,7x − 1(x − 1,5) { M_C = 1,05 M_B = 0 Δ_C = ∫_est (M_U M_L)/(EI) dx Aplicando-se a equação fundamental deslocamento Δ do MCU, tem-se: Δ_C = ∫_0^1,5 (0,7x) x (50x − 10x²)/2 x 10^5 dx + ∫_1,5^5 (0,7x − 1(x − 1,5)) x (50x − 10x²)/2 x 10^5 dx O sinal positivo indica que o deslocamento tem o mesmo sentido ao arbitrado para a carga unitária, isto é, para baixo. Δ_C = 6,617 x 10^−4 m 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 4 Determine o deslocamento vertical da articulação (nó) C da treliça de aço mostrada na Figura. A área de seção transversal de cada elemento é A = 400 mm² e E = 200 GPa. Solução: Δ_C(v) = ∫_est (N_U N_L)/(EA) dx FASE L – Estrutura com carregamento real Cálculo das forças normais que atuam em cada barra da treliça utilizando o método dos nós ou método das seções. Barra N_L AB -100 BC 141,4 AC -141,4 CD 200 1 - 28 Solução: Cálculo das forças normais em cada barra, devido a carga unitária aplicada onde se quer calcular o deslocamento, utilizando o método dos nós ou ou método das seções. FASE U - Cálculo dos esforços solicitantes virtuais: NU Barra 2 2 2 @ 2 @ 2 @ 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 4 Solução: Arranjando os dados em uma tabela, tem-se: Barra N_U N_L L N_UN_LL AB 0 -100 4 0 BC 0 141,4 2,828 0 AC -1,414 -141,4 2,828 565,7 CD 1 200 2 400 Σ 965,7 kN²·m Δ_C(v) = ∫_est (N_UN_L)/(EA) dx Δ_C(v) = Σ_nº barras [N_UN_LL)/(EA)_barra Δ_Cv = 965,7 kN²·m/[400(10⁻⁶) m²] 200(10⁶) kN/m² Δ_Cv = 0,01207 m = 12,1 mm 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 5 Calcular o deslocamento horizontal do nó D do pórtico abaixo, desprezando-se as influências das deformações axiais e da força cortante. EI = 2,0 x 10⁵ kNm² (constante). SOLUÇÃO: Δ_h(D) = ∫_est (M_UM_L)/(EI) dx Σ_H = 0 -H_A + 50 = 0 H_A = 50 kN Σ_V = 0 V_A + V_D = 0 V_A = -30 kN Σ_M_A = 0 V_D x 5 - 50 x 3 = 0 V_D = 30 kN 1 - 31 FASE L – Estrutura com carregamento real VD=30 kN VA=30 kN M+ 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 5 SOLUÇÃO: Δ_h(D) = ∫_est (M_UM_L)/(EI) dx FASE L – Estrutura com carregamento real H_A = 50 kN V_A=30 kN V_D=30 kN M_L(AB) = 50x { x = 0 M_L(A) = 0 x = 3 M_(L)B = 150 kNm M_L(BC) = 150 - 30x { x = 0 M_L(B) = 150 kNm x = 5 M_L(C) = 0 M_L(DC) = 0 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 5 FASE U - Estrutura com carregamento unitário Deslocamento procurado: Δh(D) horizontal ↔ força unitária horizontal em D (arbitrada para a esquerda) ΣH = 0 -HA - 1 = 0 HA = -1 kN ΣV = 0 VA + VD = 0 VA = 0 ΣMA = 0 VD × 5 = 0 VD = 0 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 5 SOLUÇÃO: Δh(D) = ∫ MUML / EI dx FASE U - Estrutura com carregamento unitário Deslocamento procurado: Δh(D) horizontal ↔ força unitária horizontal em D (arbitrada para a esquerda) ΣH = 0 -HA - 1 = 0 HA = -1 kN ΣV = 0 VA + VD = 0 VA = 0 ΣMA = 0 VD × 5 = 0 VD = 0 M MU(AB) = -1x { x = 0 MU(A) = 0 x = 3 MU(B) = -3 kNm MU(BC) = -3 kNm MU(DC) = -1x { x = 0 MU(D) = 0 x = 3 MU(C) = -3 kNm 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 5 SOLUÇÃO: Δh(D) = ∫ MUML / EI dx Observar que foi adotada uma coordenada x acompanhando o eixo de cada barra, com os respectivos sentidos indicados no início da solução para formular as expressões de momento fletor na Fase L e na Fase U. ML(AB) = 50x ML(BC) = 150 - 30x ML(DC) = 0 MU(AB) = -1x MU(BC) = -3 kNm MU(DC) = -1x Δh(D)= ∫0 3 (−1x) × (50x) / 2 × 105 dx + ∫0 5 (−3) × (150 − 30x) / 2 × 105 dx + ∫0 3 (−1x) × (0) / 2 × 105 dx Δh(D) = -7,875 × 10−3 m O sinal negativo de Δh(D) indica que o deslocamento tem o sentido contrário da carga unitária, isto é, para direita. 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 6 1 Fase (L) 1.1 Barra CB: 0 ≤ x ≤ 2 m N: N^{L}_{CB} = -4 kN V \uparrow: V^{L}_{CB} = 2x \quad x = 0 \quad V^{L}_{C} = 0 \quad x = 2 m \quad V^{L}_{B} = 4 kN M: M^{L}_{CB} = \frac{-2x^{2}}{2} \quad x = 0 \quad M^{L}_{C} = 0 \quad x = 2 m \quad M^{L}_{B} = -4 kNm 1.2 Barra BA: 0 ≤ x ≤ 4 m N: N^{L}_{BA} = -4 kN V: V^{L}_{BA} = -4 kN M: M^{L}_{BA} = -4 + 4x \quad x = 0 \quad M^{L}_{B} = -4 kNm \quad x = 4 m \quad M^{L}_{A} = 12 kNm 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 6 2 Fase (U) - Deslocamento vertical em C 2.1 Barra CB: 0 ≤ x ≤ 2 m N: N^{U}_{CB} = 0 V \uparrow: V^{U}_{CB} = 1 kN M: M^{U}_{CB} = -1x \quad x = 0 \quad M^{U}_{C} = 0 \quad x = 2 m \quad M^{U}_{B} = -2 kNm 1.2 Barra BA: 0 ≤ x ≤ 4 m N: N^{U}_{BA} = -1 kN V \uparrow: V^{U}_{BA} = 0 M: M^{U}_{BA} = -2 kNm 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 6 2 Fase (U) - Rotação em C 2.1 Barra CB: 0 ≤ x ≤ 2 m N_U_CB = 0 V_U_CB = 0 M_U_CB = -1kNm 1.2 Barra BA: 0 ≤ x ≤ 4 m N_U_BA = 0 V_U_BA = 0 M_U_BA = -1kNm 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 6 3.1 Equação MCU (flecha em C) M^L_CB = -x^2 M^L_BA = -4 + 4x M^U_CB = -x M^U_BA = -2 kNm δ_v(C) = ∫[0 to 2] (-(x).(-x^2)/4x10^3) dx + ∫[0 to 4] (-2).(-4+4x)/4x10^3 dx δ_v(C) = -7,0x10^-3 m δ_v(C) = 7,0x10^-3 m (↑) 3.2 Equação do MCU (rotação em C) M^L_CB = -x^2 M^L_BA = -4 + 4x M^U_CB = -1kNm M^U_BA = -1 kNm θ_c = ∫[0 to 2] (-(1).(-x^2)/4x10^3) dx + ∫[0 to 4] (-(1).(-4+4x)/4x10^3) dx θ_c = -3,33x10^-3 rad θ_c = 3,33x10^-3 rad (↺) 11.4 PTV / MCU - Exemplo de aplicação 7 Determine o deslocamento horizontal do nó C do pórtico abaixo, desprezando-se as influências das deformações axiais e da força cortante pelo MCU, sendo EI constante. Indique direção correta do deslocamento. PΔ = ∫_est (N_uN_L dx/EA) + ∫_est (M_uM_L dx/EI) + ∫_est (V_uχV_L dx/GA) + ∫_est (T_uT_L dx/GJ) Exemplo de aplicação 8 Determine o deslocamento vertical do ponto E da viga ilustrada na figura, situado a 1,5 m do apoio A, considerando a influência da deformação por flexão utilizando o MCU. Indique o sentido correto do deslocamento vertical desse ponto E. Dados: EI = 20400 kNm²; δv(E) = ∫est (MuMl / EI) dx δv(E) = -0,0331 m δv(E) = 0,0331 m(↑) 1 - 43 Resolver os seguintes exercícios do capítulo 14 do livro texto (Resistência dos Materiais, 7a ed. - R. C. Hibbeler): Método da Carga Unitária - MCU Pág. 556 e 557 - Prob. 14.103, 14.110; 14.114; 14.115. Pág. 555 - Prob. 14.87; 14.88; 14.89; 14.93; 14.94. 11.3 Método da Carga Unitária – Efeito Térmico Quando um elemento de barra de comprimento dx e de altura h está sujeita somente a uma variação de temperatura uniforme (constante ao longo da altura), o acréscimo dessa temperatura faz com o que, o deslocamento dessa barra seja dada por: Δ = ∫est (Nu dδ) Δ = ∫est (Nu α ΔTCG dx) Nu – esforços solicitantes devido a força unitária; α – coeficiente de dilatação térmica (°C⁻¹); ΔTCG – variação de temperatura no CG da seção transversal (°C); ΔTCG = (T1 + T2) / 2 Para treliças a variação de temperatura é uniforme, assim o deslocamento Δ é dado por: Δ = ∫est (Nu α ΔTCG dx) = Σbarra [Nu α ΔTCG L]barra T1 = T2 1 - 1 Métodos de Energia Conservação de Energia Componente Curricular : ENG 301 – Resistências dos Materiais II-A Carga Horária: 60 horas Dentro desta definição, também é importante compreender os conceitos de trabalho e energia, para que, então, o estudo possa ser aprofundado através da utilização: do trabalho virtual; da energia de deformação; da energia potencial; da energia complementar. 1 - 2 A análise estrutural se reveste de fundamental importância na engenharia, uma vez que compreende a idealização do comportamento das estruturas que é definida em função de diversos parâmetros. Em geral, o objetivo da análise estrutural é determinar esforços internos e externos (esforços solicitantes e reações de apoio) e as correspondentes tensões resultantes, bem como a determinação dos deslocamentos e deformações da estrutura. Com isso, o desenvolvimento de métodos derivados de teoremas como: 1 - 3 Além disso, com a criação e desenvolvimento de software, a análise estrutural passou a ser vista de forma mais amigável, sendo que esses programas são ótimas ferramentas para simular o comportamento das estruturas. Todos esses conceitos permitem que o comportamento das estruturas seja melhor compreendido. Passaram a se mostrarem eficientes, permitindo a obtenção de resultados mais precisos no estudo de estruturas lineares e não-lineares, com efeitos de instabilidade. 1º e 2º Teoremas de Castigliano; Teorema de Crotti-Engesser; Teorema Recíproco de Maxwell. 1 - 24 Solução: Determine o deslocamento vertical (∆v(c) = vc) no ponto C , utilizando o método da conservação de energia. Fx 1 - 26 Resolver os seguintes exercícios do capítulo 14 do livro texto (Resistência dos Materiais, 7a ed. - R. C. Hibbeler): Energia de Deformação Pág. 529 - Prob. 14.9; 14.16; 14.17 e 14.21. Pág. 528 - Prob. 14.2; 14.3; 14.4; 14.6. Conservação de Energia Pág. 534 - Prob. 14.26; 14.27; 14.28; 14.29; 14.31; 14.32; 14.33; 14.34. 1 - 1 Componente Curricular : ENG 301 – Resistências dos Materiais II-A Carga Horária: 60 horas “Deflexão” (Flecha) em Vigas e Eixos Parte 1 - Isostática 12 - 2 Capítulo 12- “Deflexão” (Flecha) em Vigas e Eixos 12.1 Equação diferencial da Linha Elástica 12.2 Exemplo de Aplicação 12.3 Funcão de singularidade ou descontinuidade R. C. Hibbeler Pearson Education do Brasil 12 - 12 Convenções de sinal da equação da LE 12 - 13 Convenções de sinal da equação da LE Variação de x da esquerda para direita Variação de x da direita para esquerda 12 - 27 Pág. 431 - Prob. 12.2; 12.11; 12.12; 12.14; 12.15; 12.22. Resolver os seguintes exercícios do capítulo 12 do livro texto (Resistência dos Materiais, 7a ed. - R. C. Hibbeler): 12 - 40 Resolver os seguintes exercícios do capítulo 12 do livro texto (Resistência dos Materiais, 7a ed. - R. C. Hibbeler): Utilizando o processo da integração direta com a equação geral, de forma a minimizar a quantidade de constantes a serem determinadas (Funções de descontinuidade): Pág. 440 - Prob. 12.39; 12.41; 12.42; 12.43; 12.45; 12.47. Pág. 455 - Prob. 12.89; 12.90; 12.94; 12.97; 12.102. 1 - 1 “Deflexão” (Flecha) em Vigas e Eixos Parte 2 - Hiperestática Componente Curricular : ENG 301 – Resistências dos Materiais II-A Carga Horária: 60 horas 12 - 17 = (c1 ) (c2 ) Sistema 1 Sistema 2 Sistema original 12 - 31 Pág. 460 - Prob. 12.104; 12.105; 12.106; 12.108; 12.109 e 12.110. Resolver os seguintes exercícios do capítulo 12 do livro texto (Resistência dos Materiais, 7a ed. - R. C. Hibbeler): Método da Superposição Pág. 472 e 473 - Prob. 12.123; 12.124; 12.127 e 12.129. Método da Integração - Estruturas hiperestáticas Estruturas Isostáticas Estruturas Hiperestáticas Pág. 455 e 456 - Prob. 12.89; 12.90; 12.91; 12.92 e 12.95. 12 - 37 Determine o deslocamento vertical na extremindade B da tira de aço A-36 e as expressões da rotação e da flecha utilizando a equação diferencial da LE. A rigidez da mola é k = 2N/mm e a rigidez à flexão EI = 83,33 x 106 Nmm² Ay B MA Ax 12 - 41 Pág. 460 - Prob. 12.104; 12.105; 12.106; 12.108; 12.109 e 12.110. Resolver os seguintes exercícios do capítulo 12 do livro texto (Resistência dos Materiais, 7a ed. - R. C. Hibbeler): Método da Integração ou utilizando a Equação diferencial da Linha Elástica - Estruturas hiperestáticas 1 - 1 Métodos de Energia Segundo Teorema de Castigliano Componente Curricular : ENG 301 – Resistências dos Materiais II-A Carga Horária: 60 horas 1 - 10 O resultado mostrará que o deslocamento é expresso em relação às cargas reais e fictícias. Por fim, igualando-se a carga fictícia a zero na expressão final, obtém-se o deslocamento desejado devido às cargas reais. OBSERVAÇÕES: O Segundo Teorema de Castigliano só pode ser aplicado no cálculo de deslocamentos que correspondam às cargas atuantes na estrutura. Dessa forma, consegue-se fazer o cálculo do deslocamento usando o Segundo Teorema de Castigliano. OBSERVAÇÕES: Para calcular o deslocamento em uma região sem aplicação de carga, será necessário colocar uma carga fictícia na estrutura, equivalente ao deslocamento desejado. A B 1 - 21 Resolver os seguintes exercícios do capítulo 14 do livro texto (Resistência dos Materiais, 7a ed. - R. C. Hibbeler): Segundo Teorema de Castigliano Pág. 565 - Prob. 14.133; 14.134; 14.135; 14.139; 14.147; 14.155; 14.158. 1 - 26 Determine os diagramas dos esforços solicitantes do pórtico da figura abaixo.