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Biotecnologia ·
Ética
· 2021/2
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QUESTIONÁRIO # 11 – Ética – Domínio e talento Instruções 1. Prazo para entregar o questionário: Agosto 8, 2022 – 14h. 2. Formato word. O nome do arquivo deve ser o seguinte: “Seu nome” – Questionário 11 – Ética (ou seja, no momento de gravar, substitua “Coloque seu nome” com o seu nome, o restante deixá igual). 3. Enviar para o e-mail: roberto@usf.edu.br. O objeto da mensagem deve ser a seguinte: “Seu nome” – Questionário 11 - Ética 4. Responder em, no mínimo, 300 palavras. Haverá penalidade de -0,2 para cada conjunto de 20 palavras a menos na resposta. 5. Haverá penalidade de 1 ponto para quem não observe pontos 2 e 3. (não serão consideradas questionários fora do prazo). Pergunta 1. O que entende o autor por “humildade”, por “responsabilidade” e por “solidariedade”? 2. Explique as duas objeções, e as respectiva respostas, ao argumento de Sandel contra o melhoramento. Resposta questionário – meu guru 1- Sandel aborda a afirmativa de que se a revolução genética erode nossa valorização do caráter de dádiva dos poderes e conquistas humanos é porque transforma três características cruciais de nossa configuração moral: a humildade, a responsabilidade e a solidariedade. Quando o autor fala de humildade, ele usa como exemplificação a experiência de ser pai ou mãe, já que essa experiência nos abre para imprevistos, o autor declara que a humildade tem a ver com tolerar o inesperado, viver com a dissonância e controlar o impulso de controlar. Para o autor, a medida em que a humildade sai de cena, a responsabilidade começa a se expandir em formas desencorajadoras, já que o que acontece não é mais atribuído ao acaso e sim as escolhas, escolhas dos pais para com seus filhos, escolhas de adquirir ou não determinado talento. Como Sandel mesmo afirma, uma das bênçãos de nos ver como criaturas da natureza, de Deus ou do acaso é não sermos completamente responsáveis por aquilo que somos. Quanto mais nos tornamos mestres de nossas cargas genéticas, maior o fardo que carregaremos pelos talentos que temos e pelo nosso desempenho. Mesmo que não seja algo que você decida racionalmente, você tem a responsabilidade por ela. Para Sandel, a verdadeira solidariedade surge quando homens e mulheres refletem sobre a contingência de seus talentos e de sua sorte, e esta verdadeira solidariedade é corroída pelo “perfeito controle genético”. Um domínio antes governado pelo acaso agora se tornou uma arena de escolhas, como afirma o autor. Sandel também aponta um fato importante, o de que a explosão de responsabilidade pelo próprio destino, e pelo de nossos filhos, pode diminuir nossa solidariedade para com os menos afortunados, já que quanto mais cientes estamos da natureza do acaso de nossos semelhantes, mais motivos temos para compartilhar nosso destino com eles. 2- A primeira objeção afirma que falar em dádiva pressupõe um doador. Sandel responde que caso essa objeção seja verdade, o seu argumento contra a engenharia e o melhoramento genéticos seria inescapavelmente religioso, porém ele destaca que a valorização da dádiva da vida pode surgir tanto de fontes religiosas quanto seculares. O autor prolonga sua afirmativa dizendo que embora alguns creiam que Deus seja a fonte da dádiva da vida, e que a reverência à vida é uma forma de gratidão a Deus, não é preciso acreditar nisso para valorizar a vida como dádiva e reverenciá-la. Como atribuímos a fonte de talento para dádivas, Deus, destino, o que for, esse talento em questão não é responsabilidade inteiramente do atleta ou do músico; é um dote que vai além do seu controle, o autor destaca que isso não importa se ele deve agradecer à natureza, à sorte ou a Deus. A segunda objeção considera a argumentação de Sandel contra o melhoramento limitadamente consequencialista e segue nas seguintes linhas: apontar os possíveis efeitos da bioengenharia sobre a humildade, a responsabilidade e a solidariedade pode ser convincente para quem valoriza essas virtudes. Sandel então responde dizendo que não busca sustentar o seu argumento contra o melhoramento em considerações consequencialistas, pelo menos não no sentido comum do termo. Ele diz que não deseja provar que a engenharia genética é repreensível simplesmente porque seus custos sociais provavelmente superariam os possíveis benefícios. Nem afirma que as pessoas que lançam mão da bioengenharia para projetar a si mesmas ou a seus filhos estejam necessariamente motivadas pelo desejo de dominar e que isso é um pecado do qual nada de bom pode advir. Sandel sugere que no debate sobre o melhoramento os riscos morais não estão totalmente apreendidos nas categorias familiares de autonomia e direitos, por um lado, nem no cálculo dos custos e benefícios, por outro.
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QUESTIONÁRIO # 11 – Ética – Domínio e talento Instruções 1. Prazo para entregar o questionário: Agosto 8, 2022 – 14h. 2. Formato word. O nome do arquivo deve ser o seguinte: “Seu nome” – Questionário 11 – Ética (ou seja, no momento de gravar, substitua “Coloque seu nome” com o seu nome, o restante deixá igual). 3. Enviar para o e-mail: roberto@usf.edu.br. O objeto da mensagem deve ser a seguinte: “Seu nome” – Questionário 11 - Ética 4. Responder em, no mínimo, 300 palavras. Haverá penalidade de -0,2 para cada conjunto de 20 palavras a menos na resposta. 5. Haverá penalidade de 1 ponto para quem não observe pontos 2 e 3. (não serão consideradas questionários fora do prazo). Pergunta 1. O que entende o autor por “humildade”, por “responsabilidade” e por “solidariedade”? 2. Explique as duas objeções, e as respectiva respostas, ao argumento de Sandel contra o melhoramento. Resposta questionário – meu guru 1- Sandel aborda a afirmativa de que se a revolução genética erode nossa valorização do caráter de dádiva dos poderes e conquistas humanos é porque transforma três características cruciais de nossa configuração moral: a humildade, a responsabilidade e a solidariedade. Quando o autor fala de humildade, ele usa como exemplificação a experiência de ser pai ou mãe, já que essa experiência nos abre para imprevistos, o autor declara que a humildade tem a ver com tolerar o inesperado, viver com a dissonância e controlar o impulso de controlar. Para o autor, a medida em que a humildade sai de cena, a responsabilidade começa a se expandir em formas desencorajadoras, já que o que acontece não é mais atribuído ao acaso e sim as escolhas, escolhas dos pais para com seus filhos, escolhas de adquirir ou não determinado talento. Como Sandel mesmo afirma, uma das bênçãos de nos ver como criaturas da natureza, de Deus ou do acaso é não sermos completamente responsáveis por aquilo que somos. Quanto mais nos tornamos mestres de nossas cargas genéticas, maior o fardo que carregaremos pelos talentos que temos e pelo nosso desempenho. Mesmo que não seja algo que você decida racionalmente, você tem a responsabilidade por ela. Para Sandel, a verdadeira solidariedade surge quando homens e mulheres refletem sobre a contingência de seus talentos e de sua sorte, e esta verdadeira solidariedade é corroída pelo “perfeito controle genético”. Um domínio antes governado pelo acaso agora se tornou uma arena de escolhas, como afirma o autor. Sandel também aponta um fato importante, o de que a explosão de responsabilidade pelo próprio destino, e pelo de nossos filhos, pode diminuir nossa solidariedade para com os menos afortunados, já que quanto mais cientes estamos da natureza do acaso de nossos semelhantes, mais motivos temos para compartilhar nosso destino com eles. 2- A primeira objeção afirma que falar em dádiva pressupõe um doador. Sandel responde que caso essa objeção seja verdade, o seu argumento contra a engenharia e o melhoramento genéticos seria inescapavelmente religioso, porém ele destaca que a valorização da dádiva da vida pode surgir tanto de fontes religiosas quanto seculares. O autor prolonga sua afirmativa dizendo que embora alguns creiam que Deus seja a fonte da dádiva da vida, e que a reverência à vida é uma forma de gratidão a Deus, não é preciso acreditar nisso para valorizar a vida como dádiva e reverenciá-la. Como atribuímos a fonte de talento para dádivas, Deus, destino, o que for, esse talento em questão não é responsabilidade inteiramente do atleta ou do músico; é um dote que vai além do seu controle, o autor destaca que isso não importa se ele deve agradecer à natureza, à sorte ou a Deus. A segunda objeção considera a argumentação de Sandel contra o melhoramento limitadamente consequencialista e segue nas seguintes linhas: apontar os possíveis efeitos da bioengenharia sobre a humildade, a responsabilidade e a solidariedade pode ser convincente para quem valoriza essas virtudes. Sandel então responde dizendo que não busca sustentar o seu argumento contra o melhoramento em considerações consequencialistas, pelo menos não no sentido comum do termo. Ele diz que não deseja provar que a engenharia genética é repreensível simplesmente porque seus custos sociais provavelmente superariam os possíveis benefícios. Nem afirma que as pessoas que lançam mão da bioengenharia para projetar a si mesmas ou a seus filhos estejam necessariamente motivadas pelo desejo de dominar e que isso é um pecado do qual nada de bom pode advir. Sandel sugere que no debate sobre o melhoramento os riscos morais não estão totalmente apreendidos nas categorias familiares de autonomia e direitos, por um lado, nem no cálculo dos custos e benefícios, por outro.