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FAQUI
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252 RBAC 2021533252257 Prevalência de bastonetes Gramnegativos não fermentadores isolados em amostras de hemoculturas Prevalence of nonfermenter Gramnegative bacilli isolated in blood culture samples Mayara Silveira Leal1 Adrieli Alves Carneiro2 Patrícia Guedes Garcia3 Resumo Objetivos Avaliar a prevalência de bactérias não fermentadoras em amostras de hemo culturas provenientes das Unidades de Terapia Intensiva UTIs adulto e neonatal e da Unidade Coronariana UC definir o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos das cepas bacterianas prevalentes Métodos Foram coletados dados de todas as hemocul turas positivas das UTIs Adulto Neonatal e UC de um hospital privado em Juiz de Fora Minas Gerais Brasil de janeiro de 2017 a janeiro de 2019 Resultados Foram analisados 3535 resultados de amostras de hemoculturas onde 2464 697 foram negativas e 1071 303 positivas para algum microrganismo Dentre as amostras positivas foram encontrados 77 bastonetes Gramnegativos não fermentadores 69 com a prevalência de Acinetobacter baumannii 519 seguido de Pseudomonas aeruginosa 325 As cepas de A baumannii foram resistentes aos carbapenêmicos e às quinolonas Quanto às cepas de P aeruginosa as drogas testadas que apresentaram maior resistência fo ram a ampicilina ampicilina com tazobactam as cefalosporinas de segunda e terceira geração exceto ceftazidima e a tigeciclina As drogas que apresentaram boa atividade na inibição do crescimento das cepas analisadas foram tigeciclina para A baumannii e colistina para ambas as cepas Conclusão o presente estudo alerta para a resistência a múltiplas classes de antimicrobianos das cepas advindas das UTIs e UC demonstrando um cenário preocupante e a necessidade de desenvolvimento de novas drogas e novas medidas de controle Palavraschave Hemocultura Sepse Resistência Microbiana a Medicamentos Infecções por Bactérias Gramnegativas INTRODUÇÃO As infecções de corrente sanguínea ICS de condição clínica grave são responsáveis por elevada taxa de morbi mortalidade12 Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA entre os pacientes com ICS 40 deles evoluem a óbito A presença de agente infeccioso na circulação promove uma resposta inflamatória sistêmica à qual dáse o nome de sepse3 A sepse uma vez instalada promove uma disfunção orgânica e coloca em risco a vida do paciente 247 Essa síndrome é considerada um grande problema de saúde pública em unidades de terapia intensiva UTIs pois 1 Especialista em Análises ClínicasFaculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora 2 Microbiologista Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora 3 Doutora Universidade Federal de Juiz de Fora Instituição Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora Minas Gerais Brasil Recebido em 17052020 Aprovado em 02092020 DOI 102187724483877202001994 é uma das principais causas de mortalidade no mundo e por isso foi listada como uma prioridade global da saúde pela Organização Mundial de Saúde OMS8 Além disso incorre em aumento dos custos hospitalares e prolonga o tempo de internação onerando os sistemas de saúde1910 A detecção de microrganismos viáveis na circulação é realizada pelo exame de hemocultura que é padrãoouro para o diagnóstico da bacteremia25611 Sendo assim a hemocultura é considerada um exame com elevado valor preditivo de infecção e portanto é um relevante indicador de ICS A identificação do patógeno causador da infecção tornase extremamente necessária para a escolha da cor reta terapia antimicrobiana56 De acordo com Nieman et al Artigo OriginalOriginal Article Prevalência de bastonetes Gramnegativos não fermentadores isolados em amostras de hemoculturas RBAC 2021533252257 253 20162 o rápido diagnóstico da sepse e o início precoce do tratamento reduz significativamente a morbimortalidade com uma taxa de sobrevida de 80 Diversos microrganismos podem provocar as ICS e dentre eles encontramse as bactérias Gramnegativas não fermentadoras Essas bactérias são facilmente encontradas no ambiente e são cada vez mais isoladas nas amostras clínicas Especialmente em pacientes imunocomprometidos as bactérias não fermentadoras agem como patógenos oportunistas e são difíceis de tratar devido a sua resistência a diversas classes de antimicrobianos12 Perante o exposto o presente estudo teve por objetivo avaliar a prevalência de bactérias não fermentadoras isola dos em amostras de hemoculturas de indivíduos provenien tes das UTIs e UC de um hospital privado de Juiz de Fora MG Também faz parte do objetivo do presente trabalho investigar o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos das cepas bacterianas prevalentes visando contribuir para pesquisas na área de prevenção das ICS além do incentivo ao uso racional de medicamentos MÉTODOS Tratase de um estudo descritivo retrospectivo em que os dados analisados foram coletados no período de janeiro de 2017 a janeiro de 2019 Como critério de inclusão considerouse todas as amostras de hemoculturas cujos resultados foram positivos para microrganismos Gramnegativos não fermentadores Os dados que fazem parte da pesquisa foram obtidos atra vés dos arquivos digitais do software laboratorial Shift Lis utilizado pelo laboratório do referido hospital As hemoculturas incluídas no presente estudo foram previamente detectadas de forma automatizada pelo apa relho BACTALERT 3D 60 da empresa bioMérieux com posterior identificação e antibiograma no sistema VITEK 2 compact da bioMérieux com os cartões de identificação GN para Gramnegativos fermentadores e não fermentadores e com cartões de antibiograma AST238 e AST23913 Esse estudo foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora CEPFCMSJF de acordo com a Resolução 46612 do Conselho Nacional de Saúde sob o Parecer nº 3735713 Análise estatística As análises descritivas dos dados foram realizadas utilizando o Microsoft Excel 2007 RESULTADOS Foram analisados resultados de 3535 amostras de hemoculturas provenientes das UTIs e UC no período de dois anos sendo 2591 733 da UTI adulto 539 152 da UTI neonatal e 405 115 da UC Do total de amostras 1071 303 apresentaram crescimento positivo e destas 44 41 apresentaram crescimento de pelo menos dois microrganismos totalizando 1116 cepas No entanto apenas 77 cepas 69 eram de bactérias não fermentadoras logo esses foram os resultados contemplados no presente estudo Do total de amostras positivas 808 866 eram provenientes da UTI adulto Dos Gramnegativos não fer mentadores contemplados na pesquisa 91 70 também foram provenientes da mesma unidade enquanto 51 4 eram da UTI neonatal e 39 3 da UC O gráfico 1 mostra a prevalência de bactérias não fermentadoras isoladas nas amostras de hemoculturas dos pacientes da UTI adulto Foram isoladas 40 cepas de Acinetobacter baumannii 571 20 cepas de Pseudomo nas aeruginosa 286 5 cepas de Pseudomonas spp 71 2 cepas de Stenotrophomonas maltophilia 29 2 cepas de Acinetobacter spp 29 e 1 cepa do Complexo Burkholderia cepacia 14 Gráfico 1 Prevalência de bactérias não fermentadora na UTI adulto Fonte elaborada pelos autores Os dados de prevalência das bactérias não fermen tadoras identificadas nas hemoculturas da UTI neonatal e da UC estão representados no Gráfico 2 Após a análise dos Gráficos 1 e 2 foi possível deter minar a prevalência geral das bactérias não fermentadoras nas UTIs e UC Foram isoladas 40 cepas de A baumannii 10 15 20 25 35 45 30 40 0 5 A baumannii P aeruginosa Acinetobacter spp Stenotrophomona C Burkholderia Pseudomonas spp Gráfico 2 Prevalência de bactérias não fermentadoras na UTI neo e na UC Fonte elaborada pelos autores 0 1 2 3 4 5 P aeruginosa Complexo Burkholderia cepacia UTI neo UC Leal MS Carneiro AA Garcia PG 254 RBAC 2021533252257 519 e 25 cepas de P aeruginosa 325 Outros Gramnegativos não fermentadores foram isolados em menor quantidade sendo eles 5 cepas de Pseudomonas spp 65 3 cepas do Complexo Burkholderia cepacia 39 2 cepas de Stenotrophomonas maltophilia 26 e 2 de Acinetobacter spp 26 conforme o Gráfico 3 As cepas de P aeruginosa estudadas apresentaram sensibilidade reduzida à maioria das cefalosporinas com resistência variando de 96 cefoxitina a 100 cefurox ima Ainda em relação às cefalosporinas mais da metade das cepas apresentaram resistência à ceftazidima e ao cefepime 52 Dos aminoglicosídeos testados a resistên cia foi de aproximadamente 60 à gentamicina No grupo das penicilinas 100 das cepas foram resistentes à ampicilina e 96 à ampicilina associada com tazobactam Em relação à tigeciclina 96 das cepas foram resistentes A colistina foi o antimicrobiano que apresentou maior sensibilidade contra as cepas de P aeruginosa com 96 de sensibilidade conforme a Tabela 2 As cepas de A baumannii mostraram sensibilidade reduzida à maioria dos antimicrobianos testados onde 100 delas apresentaramse resistentes às penicilinas 885 às cefalosporinas 875 aos carbapenêmicos 850 às quinolonas e 725 à penicilina associada ao inibidor de βlactamase Apesar da resistência às diversas classes de antimicrobianos a colistina foi o agente antimicrobiano mais ativo seguido pela tigeciclina com sensibilidade de 100 e 80 respectivamente conforme apresentado na Tabela 1 Tabela 1 Perfil de suscetibilidade Acinetobacter baumannii R I S AMPCFU 4040 100 CFO 3940 975 COM 3640 900 340 75 IMI 3540 875 440 100 CIP 3440 850 440 100 CAZ 3340 825 340 100 240 50 CRO 2940 725 1040 250 140 25 APS 2940 725 640 150 440 100 GEN 1640 400 440 100 1640 400 TIG 740 175 3240 800 COL 4040 100 Fonte elaborada pelos autores Legenda R Resistente I Intermediário S Sensível AMP Ampicilina CAZ Ceftazidima CIP Ciprofloxacino CFO Cefoxitina COL Colistina CPM Cefepime CRO Ceftriaxona GEN Gentamicina IPM Imipenem APS Ampicilina com sulbactam TIG Tigeciclina Tabela 2 Perfil de suscetibilidade Pseudomonas aeruginosa R I S AMPCFU CRO 2525 100 CFOAPS TIG 2425 960 CIP 1525 600 1025 400 GEN 1625 600 925 360 CAZ 1325 520 1025 400 COM 1325 520 425 160 825 320 MER 1225 480 1325 520 IMI 1125 440 1325 520 AMI 1025 400 1525 600 COL 2425 960 Fonte elaborada pelos autores Legenda R Resistente I Intermediário S Sensível AMI Amicacina AMP Ampicilina CAZ Ceftazidima CIP Ciprofloxacino CFO Cefoxitina CFU Cefuroxima COL Colistina CPM Cefepime CRO Ceftriaxona GEN Gentamicina IPM Imipenem MER Meropenem APS Ampicilina com sulbactam TIG Tigeciclina DISCUSSÃO A taxa de positividade das hemoculturas observadas no presente estudo foi de aproximadamente 30 resultado similar ao descrito por Rodriguez et al 201114 e La Rosa et al 201615 cuja positividade encontrada foi de aproxi madamente 36 e foi superior aos 20 de positividade observado por Morello et al 201916 A taxa de positividade das hemoculturas varia de 10 a 301718 Portanto é possível afirmar que os resultados obtidos no estudo em questão foram compatíveis com a literatura Os bacilos Gramnegativos não fermentadores mais isolados nas UTIs foram Acinetobacter baumanni 519 e Pseudomonas aeruginosa 325 A prevalência das bactérias não fermentadoras encon trada foi semelhante à reportada por Chmielarczyk et al 201819 que também observaram Abaumannii e P aeruginosa como prevalentes nas unidades de terapia intensiva Gráfico 3 Prevalência geral de bactérias não fermentadora nas UTIs e UC Fonte elaborada pelos autores 10 15 20 25 35 45 30 40 0 5 A baumannii P aeruginosa Acinetobacter spp Stenotrophomona C Burkholderia Pseudomonas spp Prevalência de bastonetes Gramnegativos não fermentadores isolados em amostras de hemoculturas RBAC 2021533252257 255 As cepas de A baumannii são intrinsecamente resist entes às penicilinas e praticamente resistentes a todos os antimicrobianos usados para tratar as infecções causadas por bactérias Gramnegativas como os pertencentes às classes de fluoroquinolonas aminoglicosídeos e cefalospori nas20 A resistência múltipla fez com que os carbapenêm icos se tornassem a droga de escolha para o tratamento de infecções provocadas por esses microrganismos22 No entanto Mota et al 201823 descreveram em seu estudo uma taxa de resistência importante ao imipenem de 771 e dados da ANVISA apontam 80 das ICS por A baumannii sendo resistentes aos carbapenêmicos No presente estudo a taxa de resistência ao imipenem foi de 875 corroborando com o estudo realizado por Mota et al 201823 Também observamos uma elevada taxa de resistência às cefalosporinas de 2a 3a e 4a geração e às quinolonas sendo semelhante às descritas por Gomes et al 201624 A colistina foi o antimicrobiano mais ativo contra as cepas de A baumannii onde 100 das cepas apre sentaramse sensíveis taxa semelhante à apresentada por Gales et al 201920 seguido pela tigeciclina cuja sensibilidade foi de 80 corroborando com os estudos de WU et al 201821 cuja sensibilidade foi de 100 Em relação às cepas de P aeruginosa as drogas que apresentaram maior resistência de acordo com Manyahi et al 202025 foram as cefalosporinas de 3ª geração rep resentada pela cefotaxima cuja resistência foi de 100 A suscetibilidade dessas cepas também foi reduzida em relação à gentamicina à ceftazidima e ao ciprofloxacino onde a taxa de resistência observada foi de 73 70 e 64 respectivamente Quanto aos carbapenêmicos a resistência relatada foi de 46 para o meropenem No presente estudo a taxa de resistência à ceftazidima foi de 52 mostrandose inferior à descrita por Manyahi et al 202025 Quanto aos aminoglicosídeos e ao ciprofloxa cino a taxa de resistência foi semelhante De acordo com Moyo et al 201526 o uso dos car bapenêmicos tem sido cada vez mais utilizado para tratar infecções por P aeruginosa resistentes aos βlactâmicos entretanto o aparecimento de cepas resistentes a eles já tem sido observado assim como descrito por Aydin Teke et al 201727 que observaram uma resistência ao imipenem de aproximadamente 41 e por Manyahi et al 202025 que descreveram uma resistência ao meropenem de 46 no presente estudo a taxa de resistência observada foi de 44 ao imipenem e de 48 ao meropenem Segundo Fritzenwanker et al 201828 as cepas de P aeruginosa são vistas como resistentes à tigeciclina e no presente estudo esse também foi o antibiótico que apresentou uma elevada taxa de resistência Apesar do elevado grau de resistência associado às cepas de P aeruginosa algumas drogas apresentaram boa taxa de suscetibilidade Dentre os fármacos considerados antipseudomoniais a taxa de suscetibilidade foi de 60 para amicacina semelhante à descrita por Dallacorte et al 201629 que foi de 57 e em relação à colistina a sensibilidade observada no presente estudo foi de 96 taxa semelhante à observada por Kim et al 201730 e por Malekzadegan et al 201931 que foi de 100 Em relação às cepas de Burkholderia cepacia preva lentes na UC seu perfil de suscetibilidade não foi detalhad amente abordado devido ao reduzido número de amostras nesta unidade e portanto não apresentou uma relevância significativa em relação ao número total de amostras analisa das No entanto é possível afirmar que no presente estudo 100 das cepas isoladas nesta unidade foram sensíveis à sulfametaxazol com trimetropim e à ceftazidima drogas de primeira escolha para o tratamento de infecções causadas por essas bactérias CONCLUSÃO As bactérias não fermentadoras de maior prevalência foram Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa Em relação ao teste de sensibilidade aos antimicrobianos foi observada uma múltipla resistência em relação às quinol onas βlactâmicos inclusive carbapenêmicos Diante do surgimento de cepas com resistência a diversas classes de antimicrobianos é de suma importância que haja um controle rigoroso por parte da equipe hospi talar com medidas educativas que visem à prevenção das ICS e consequentemente promovam uma redução na disseminação desses microrganismos O relato do surgimento de cepas resistentes à colistina desafia ainda mais as medidas de controle de infecção e torna a investigação completa dos surtos uma ação indis pensável Medidas de biossegurança como a higienização sistemática das mãos é de grande importância no controle das infecções relacionadas à assistência à saúde Abstract Objectives To evaluate the prevalence of nonfermenting bacteria in blood culture samples from the adult and neonatal intensive care units ICUs and the Coronary Care Unit UC define the antimicrobial susceptibility profile of prevalent bacterial strains Methods Data were collected on all positive blood cultures from the Adult Neonatal and UC ICUs of a private hospital in Juiz de Fora Minas Gerais Brazil from January 2017 to January 2019 Results 3535 results of blood culture samples were analyzed where 2464 697 were negative and 1071 303 positive for some microorganism Among the positive samples 77 nonfermenting Gram negative rods 69 were found with the prevalence of Acinetobacter baumannii 519 followed by Pseudomonas aeruginosa 325 A baumannii strains were resistant to carbapenems and quinolones As for strains of P aeruginosa the drugs tested that showed greater resistance were ampicillin ampicillin with tazobactam second and third generation of cephalosporins except ceftazidime and tigecycline The drugs that showed good activity in inhibiting the growth of the strains analyzed were tigecycline for A baumannii and colistin for both strains Conclusion the present study Leal MS Carneiro AA Garcia PG 256 RBAC 2021533252257 warns of resistance to multiple classes of antimicrobial strains from the ICUs and UC demonstrating a worrying scenario and the need to develop new drugs and new control measures Keywords Blood Culture Sepsis Bacterial Drug Resistance Gramnegative Bacteria Infections REFERÊNCIAS 1 Agência Nacional de Vigilância Sanitária Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde Brasília Agência Nacional de Vigilância Sanitária 2017 2 Nieman AE Savelkoul PHM Beishuizen A Henrich B Lamik B MacKenzie CR KindgenMilles D Helmers A Diaz C Sakka SG and Schade RP A prospective multicenter evaluation of direct molecular detection of blood stream infection from a clinical perspective BMC Infectious Diseases 2016 16314 3 Mustafić S Brkić S Prnjavorac B Sinanović A Porobić Jahić H Salkić S Diagnostic and prognostic value of procalcitonin in patients with sepsis Med Glas Zenica 201815293100 doi101739296318 4 Brooks D Polubothu P Young D Booth MG Smith A 2018 Sepsis caused by bloodstream infection in patients in the intensive care unit the impact of inactive empiric antimicrobial therapy on outcome Journal of Hospital Infection 984 369374 doi101016j jhin201709031 5 Araujo MRE Hemocultura recomendações de coleta processamento e interpretação de resultados J Infect Control 2012 11 0819 6 Ferreira LE Dalposso K Hackbarth BB Gonçalves AR Westphal GA França PHC at al Painel molecular para detecção de microrganismos associados à sepse Rev Bras Ter Intensiva 2011 231 3640 7 Sitnik R Marra AR Petroni RC Ramos OPS Martino MDV Pasternak J et al Uso do SeptiFast para diagnóstico de sepse em doentes graves de um hospital brasileiro Einstein 2014 122 1917 8 Leal HF Azevedo J Silva GEO et al Bloodstream infections caused by multidrugresistant gramnegative bacteria epidemiological clinical and microbiological features BMC Infect Dis 2019191609 Published 2019 Jul 11 doi101186s128790194265z 9 CantónBulnes ML GarnachoMontero J Practical approach to the management of catheterrelated bloodstream infection Rev Esp Quimioter 201932 Suppl 2 Suppl 23841 10 da Costa TM Cuba GT Morgado PGM et al Pharmacodynamic comparison of different antimicrobial regimens against Staphylococcus aureus bloodstream infections with elevated vancomycin minimum inhibitory concentration BMC Infect Dis 202020174 Published 2020 Jan 23 doi101186s12879 02047829 11 Martinez RM Wolk DM Bloodstream Infections nd Diagnostic Microbiology of the Immunocompromised Host Second Edition 653689 doi101128microbiolspecdmih200312016 12 Whistler T Sangwichian O Jorakate P Sawatwong P Surin U Piralam B et al 2019 Identification of Gram negative non fermentative bacteria How hard can it be PLoS Negl Trop Dis 139 e0007729 httpsdoiorg101371journalpntd0007729 13 bioMérieux Brasil Produtos e Serviços Disponível em URL http wwwbiomerieuxcombrdiagnosticoclinicoprodutoseservicos Acesso em 3 dezembro 2019 14 Rodriguez F Barrera L De La Rosa G Dennis R Duenas C Granados M et al The epidemiology of sepsis in Colombia a prospective multicenter cohort study in tem university hospitals Crit Care Med 2011 397167582 15 De La Rosa G León AL Jaimes F Epidemiología y pronóstico de pacientes con infección del torrente sanguíneo en 10 hospitales de Colombia Epidemiology and prognosis of patients with bloodstream infection in 10 hospitals in Colombia Rev Chilena Infectol 2016332141149 doi104067S071610182016000200003 16 Morello LG DallaCosta LM Fontana RM Netto AC Petterle RR Conte D et al Avaliação das características clínicas e epidemiológicas de pacientes com e sem sepse nas unidades de terapia intensiva de um hospital terciário Einstein São Paulo 2019 172 eAO4476 httpdxdoiorg1031744einsteinjournal 2019AO4476 17 Chen XC Yang YF Wang R Gou HF Chen XZ Epidemiology and microbiology of sepsis in mainland China in the first decade of the 21st centuryInt J Infect Dis 2015 3 914 18 Weiss SL Fitzgerald JC Pappachan J et al Global epidemiology of pediatric severe sepsis the sepsis prevalence outcomes and therapies study published correction appears in Am J Respir Crit Care Med 2016 Jan 1519322234 Am J Respir Crit Care Med 20151911011471157 doi101164rccm2014122323OC 19 Chmielarczyk A Pobiega M Romaniszyn D WójkowskaMach J Multilocus sequence typing MLST of nonfermentative Gram negative bacilli isolated from bloodstream infections in southern Poland Folia Microbiol Praha 2018632191196 doi101007 s1222301705507 20Gales AC Seifert H Gur D Castanheira M Jones RN Sader HS Antimicrobial Susceptibility of Acinetobacter calcoaceticus Acinetobacter baumannii Complex and Stenotrophomonas maltophilia Clinical Isolates Results From the Sentry Antimicrobial Surveillance Program 19972016 Open Forum Infect Dis 20196Suppl 1S34 S46 Published 2019 Mar 15 doi101093ofidofy293 21 Wu HG Liu WS Zhu M Li XX Research and analysis of 74 bloodstream infection cases of Acinetobacter baumannii and drug resistance Eur Rev Med Pharmacol Sci 201822617821786 doi1026355eurrev20180314597 22 AlLawama M Aljbour H Tanash A Badran E Intravenous Colistin in the treatment of multidrugresistant Acinetobacter in neonates Ann Clin Microbiol Antimicrob 2016158 Published 2016 Feb 12 doi101186s1294101601264 23 Mota FS Oliveira HÁ Souto RCF Perfil e prevalência de resistência aos antimicrobianos de bactérias Gramnegativas isoladas de pacientes de uma unidade de terapia intensiva Rev Bras Anal Clin 2018 503 2702 24 Gomes DBC Genteluci GL Carvalho KR Medeiros LM Almeida VC Castro EAR et al Acinetobacter baumannii multirresistentes emergência de resistência à polimixina no Rio de Janeiro Rev Visa em Debate 20164328 25 Manyahi J Kibwana U Mgimba E Majigo M Multidrug resistant bacteria predict mortality in bloodstream infection in a tertiary setting in Tanzania PLoS One 2020153e0220424 Published 2020 Mar 4 doi101371journalpone0220424 26 Moyo S Haldorsen B Aboud S Blomberg B Marselle SY Sundsfjord A Langeland N and Samuelsen O Identification of VIM2Producing Pseudomonas aeruginosa from Tanzania Is Associated with Sequence Types 244 and 640 and the Location of blaVIM2 in a TniC Integron Antimicrob Agents Chemother 2015591682685 doi101128AAC0143613 27 Aydın Teke T Tanır G Bayhan Gİ Öz FN Metin Ö Özkan Ş Clinical and microbiological features of resistant gramnegative bloodstream infections in children J Infect Public Health 2017102211218 doi101016jjiph201604011 28 Fritzenwanker M Imirzalioglu C Herold S Wagenlehner FM Zimmer KP Chakraborty T Opções de tratamento para infecções Gramnegativas resistentes a Carbapenem Dtsch Arztebl Int 2018 115 2021 345352 doi 103238 arztebl20180345 Prevalência de bastonetes Gramnegativos não fermentadores isolados em amostras de hemoculturas RBAC 2021533252257 257 29 Dallacorte TS Indras DM Teixeira JJV Peder LD Silva CM Prevalência e perfil de sensibilidade antimicrobiana de bactérias isoladas de hemoculturas realizadas em hospitais particulares Rev Inst Adolfo Lutz São Paulo 2016 751702 30 Kim HS Park BK Kim SK et al Clinical characteristics and outcomes of Pseudomonas aeruginosa bacteremia in febrile neutropenic children and adolescents with the impact of antibiotic resistance a retrospective study BMC Infect Dis 2017171500 Published 2017 Jul 17 doi101186s1287901725970 31 Malekzadegan Y Abdi A Heidari H Moradi M Rastegar E Sedigh EbrahimSaraie H In vitro activities of colistin imipenem and ceftazidime against drugresistant Pseudomonas aeruginosa and Acinetobacter baumannii isolates in the south of Iran BMC Res Notes 2019121301 Published 2019 May 28 doi101186 s1310401943447 Correspondência Mayara Silveira Leal Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora Alameda Salvaterra 200 Salvaterra Juiz de Fora MG 36033003 Email myrsilveiragmailcom Estudo descritivo e retrospectivo Dados analisados coletados de janeiro de 2017 a janeiro de 2019 De acordo com todas as etapas e resultados Hemoculturas positivas para Gramnegativos não fermentadores SIM NÃO Excluído do estudo software laboratorial Shift Lis Aparelho BACTALERT 3D Dda empresa bioMérieux Identificados no VITEK 2 compact da bioMérieux com cartões GN AST238 e AST239 CEPFCMSJF pela desolução 46612 do Conselho Nacional de Saúde sob o Parecer n3735713 Presente no estudo O presente artigo tratase de uma revisão de dados coletados acerca da resistência a múltiplas classes de antimicrobianos das cepas das UTIs e UC Alertando sobre um problema global que é o consumo irregular e desenfreado de antibióticos parcialmente para fins em que não havia necessidade até mesmo Outro grande problema é a evolução bacteriana a troca de material entre diferentes espécies tornando elas amplamente resistentes aos antimicrobianos As bactérias não fermentadoras tratamse de microrganismos que não utilizam o carboidrato como fonte de energia e estão fortemente associadas a infecções graves em pessoas imunocomprometidas Como é o caso da Acinetobacter baumanni e da Pseudomonas aeruginosa apresentadas no referente artigo e com múltipla resistência comprovadas As quinolonas são uma classe de antibióticos que atuam inibindo o crescimento e replicação bacteriana Já os betalactâmicos ligamse às enzimas responsáveis pela síntese da parede celular bacteriana inativandoas assim como os carbapenêmicos Ambos com propósito único e exclusivo de tratar infecções bacterianas As bactérias desenvolvem resistência aos antibióticos através de alterações genéticas espontâneas ou de troca de material genético entre as bactérias Dentre os mecanismos de resistência das bactérias estão enzimas que atuam desativando os antibióticos ejetandoos também e nas bactérias encapsuladas sua parede não permite a entrada dos antibióticos As bactérias tem muitos mecanismos de propagação como a própria mutação espontânea seja ela a sua evolução ao longo dos anos quando uma bactéria incorpora o DNA de outra bactéria resistente Na transdução o material genético é transferido por bacteriófagos Na conjugação o material genético é transferido entre células Já na transposição pequenos fragmentos de DNA são transferidos A indústria farmacêutica esta estagnada na produção de novos antibióticos devido a perda da rentabilidade e à resistência das bactérias aos antibióticos Segundo a teoria da seleção natural quando as bactérias são expostas aos antibióticos e sobrevivem elas se tornam mais fortes A problemática surge do uso indiscriminado dos mesmos Esperança está no andamento de pesquisas para a produção de novos antibióticos pelo método BRET ou pela planta JATROPHA pelos peptídeos análogos ou de um antibiótico que contorne a resistência microbiana BRET é uma tecnologia não invasiva que utiliza uma célula para detectar a interação entre proteínas A planta JATROPHA é de uso medicinal Peptídeos análogos são peptídeos que podem ser modificados para ter propriedades antibacterianas sua função natural é acelerar o crescimento de órgãos e tecidos A venda de antibióticos sem receita contribui para a problemática da resistência bacteriana pelo uso excessivo e retorno das infecções da forma mais grave Lugares que realizam o ato de vender antibióticos sem receitas podem ser multados pela Anvisa medida cabível desde 2010 pela resolução RDC 44 através do numero 0800 642 97 82 Sempre que necessário os antibióticos devem ser usados de forma correta pela prescrição médica dentro do prazo de validade utilizar a dose prescrita não guardar sobras de medicamento para serem utilizadas eventualmente não suspender o tratamento antes do prazo determinado verificar as interações medicamentosas que estão advertidas na bula e prestar atenção aos possíveis efeitos colaterais
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Epidemiologia
FAQUI
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252 RBAC 2021533252257 Prevalência de bastonetes Gramnegativos não fermentadores isolados em amostras de hemoculturas Prevalence of nonfermenter Gramnegative bacilli isolated in blood culture samples Mayara Silveira Leal1 Adrieli Alves Carneiro2 Patrícia Guedes Garcia3 Resumo Objetivos Avaliar a prevalência de bactérias não fermentadoras em amostras de hemo culturas provenientes das Unidades de Terapia Intensiva UTIs adulto e neonatal e da Unidade Coronariana UC definir o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos das cepas bacterianas prevalentes Métodos Foram coletados dados de todas as hemocul turas positivas das UTIs Adulto Neonatal e UC de um hospital privado em Juiz de Fora Minas Gerais Brasil de janeiro de 2017 a janeiro de 2019 Resultados Foram analisados 3535 resultados de amostras de hemoculturas onde 2464 697 foram negativas e 1071 303 positivas para algum microrganismo Dentre as amostras positivas foram encontrados 77 bastonetes Gramnegativos não fermentadores 69 com a prevalência de Acinetobacter baumannii 519 seguido de Pseudomonas aeruginosa 325 As cepas de A baumannii foram resistentes aos carbapenêmicos e às quinolonas Quanto às cepas de P aeruginosa as drogas testadas que apresentaram maior resistência fo ram a ampicilina ampicilina com tazobactam as cefalosporinas de segunda e terceira geração exceto ceftazidima e a tigeciclina As drogas que apresentaram boa atividade na inibição do crescimento das cepas analisadas foram tigeciclina para A baumannii e colistina para ambas as cepas Conclusão o presente estudo alerta para a resistência a múltiplas classes de antimicrobianos das cepas advindas das UTIs e UC demonstrando um cenário preocupante e a necessidade de desenvolvimento de novas drogas e novas medidas de controle Palavraschave Hemocultura Sepse Resistência Microbiana a Medicamentos Infecções por Bactérias Gramnegativas INTRODUÇÃO As infecções de corrente sanguínea ICS de condição clínica grave são responsáveis por elevada taxa de morbi mortalidade12 Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA entre os pacientes com ICS 40 deles evoluem a óbito A presença de agente infeccioso na circulação promove uma resposta inflamatória sistêmica à qual dáse o nome de sepse3 A sepse uma vez instalada promove uma disfunção orgânica e coloca em risco a vida do paciente 247 Essa síndrome é considerada um grande problema de saúde pública em unidades de terapia intensiva UTIs pois 1 Especialista em Análises ClínicasFaculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora 2 Microbiologista Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora 3 Doutora Universidade Federal de Juiz de Fora Instituição Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora Minas Gerais Brasil Recebido em 17052020 Aprovado em 02092020 DOI 102187724483877202001994 é uma das principais causas de mortalidade no mundo e por isso foi listada como uma prioridade global da saúde pela Organização Mundial de Saúde OMS8 Além disso incorre em aumento dos custos hospitalares e prolonga o tempo de internação onerando os sistemas de saúde1910 A detecção de microrganismos viáveis na circulação é realizada pelo exame de hemocultura que é padrãoouro para o diagnóstico da bacteremia25611 Sendo assim a hemocultura é considerada um exame com elevado valor preditivo de infecção e portanto é um relevante indicador de ICS A identificação do patógeno causador da infecção tornase extremamente necessária para a escolha da cor reta terapia antimicrobiana56 De acordo com Nieman et al Artigo OriginalOriginal Article Prevalência de bastonetes Gramnegativos não fermentadores isolados em amostras de hemoculturas RBAC 2021533252257 253 20162 o rápido diagnóstico da sepse e o início precoce do tratamento reduz significativamente a morbimortalidade com uma taxa de sobrevida de 80 Diversos microrganismos podem provocar as ICS e dentre eles encontramse as bactérias Gramnegativas não fermentadoras Essas bactérias são facilmente encontradas no ambiente e são cada vez mais isoladas nas amostras clínicas Especialmente em pacientes imunocomprometidos as bactérias não fermentadoras agem como patógenos oportunistas e são difíceis de tratar devido a sua resistência a diversas classes de antimicrobianos12 Perante o exposto o presente estudo teve por objetivo avaliar a prevalência de bactérias não fermentadoras isola dos em amostras de hemoculturas de indivíduos provenien tes das UTIs e UC de um hospital privado de Juiz de Fora MG Também faz parte do objetivo do presente trabalho investigar o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos das cepas bacterianas prevalentes visando contribuir para pesquisas na área de prevenção das ICS além do incentivo ao uso racional de medicamentos MÉTODOS Tratase de um estudo descritivo retrospectivo em que os dados analisados foram coletados no período de janeiro de 2017 a janeiro de 2019 Como critério de inclusão considerouse todas as amostras de hemoculturas cujos resultados foram positivos para microrganismos Gramnegativos não fermentadores Os dados que fazem parte da pesquisa foram obtidos atra vés dos arquivos digitais do software laboratorial Shift Lis utilizado pelo laboratório do referido hospital As hemoculturas incluídas no presente estudo foram previamente detectadas de forma automatizada pelo apa relho BACTALERT 3D 60 da empresa bioMérieux com posterior identificação e antibiograma no sistema VITEK 2 compact da bioMérieux com os cartões de identificação GN para Gramnegativos fermentadores e não fermentadores e com cartões de antibiograma AST238 e AST23913 Esse estudo foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora CEPFCMSJF de acordo com a Resolução 46612 do Conselho Nacional de Saúde sob o Parecer nº 3735713 Análise estatística As análises descritivas dos dados foram realizadas utilizando o Microsoft Excel 2007 RESULTADOS Foram analisados resultados de 3535 amostras de hemoculturas provenientes das UTIs e UC no período de dois anos sendo 2591 733 da UTI adulto 539 152 da UTI neonatal e 405 115 da UC Do total de amostras 1071 303 apresentaram crescimento positivo e destas 44 41 apresentaram crescimento de pelo menos dois microrganismos totalizando 1116 cepas No entanto apenas 77 cepas 69 eram de bactérias não fermentadoras logo esses foram os resultados contemplados no presente estudo Do total de amostras positivas 808 866 eram provenientes da UTI adulto Dos Gramnegativos não fer mentadores contemplados na pesquisa 91 70 também foram provenientes da mesma unidade enquanto 51 4 eram da UTI neonatal e 39 3 da UC O gráfico 1 mostra a prevalência de bactérias não fermentadoras isoladas nas amostras de hemoculturas dos pacientes da UTI adulto Foram isoladas 40 cepas de Acinetobacter baumannii 571 20 cepas de Pseudomo nas aeruginosa 286 5 cepas de Pseudomonas spp 71 2 cepas de Stenotrophomonas maltophilia 29 2 cepas de Acinetobacter spp 29 e 1 cepa do Complexo Burkholderia cepacia 14 Gráfico 1 Prevalência de bactérias não fermentadora na UTI adulto Fonte elaborada pelos autores Os dados de prevalência das bactérias não fermen tadoras identificadas nas hemoculturas da UTI neonatal e da UC estão representados no Gráfico 2 Após a análise dos Gráficos 1 e 2 foi possível deter minar a prevalência geral das bactérias não fermentadoras nas UTIs e UC Foram isoladas 40 cepas de A baumannii 10 15 20 25 35 45 30 40 0 5 A baumannii P aeruginosa Acinetobacter spp Stenotrophomona C Burkholderia Pseudomonas spp Gráfico 2 Prevalência de bactérias não fermentadoras na UTI neo e na UC Fonte elaborada pelos autores 0 1 2 3 4 5 P aeruginosa Complexo Burkholderia cepacia UTI neo UC Leal MS Carneiro AA Garcia PG 254 RBAC 2021533252257 519 e 25 cepas de P aeruginosa 325 Outros Gramnegativos não fermentadores foram isolados em menor quantidade sendo eles 5 cepas de Pseudomonas spp 65 3 cepas do Complexo Burkholderia cepacia 39 2 cepas de Stenotrophomonas maltophilia 26 e 2 de Acinetobacter spp 26 conforme o Gráfico 3 As cepas de P aeruginosa estudadas apresentaram sensibilidade reduzida à maioria das cefalosporinas com resistência variando de 96 cefoxitina a 100 cefurox ima Ainda em relação às cefalosporinas mais da metade das cepas apresentaram resistência à ceftazidima e ao cefepime 52 Dos aminoglicosídeos testados a resistên cia foi de aproximadamente 60 à gentamicina No grupo das penicilinas 100 das cepas foram resistentes à ampicilina e 96 à ampicilina associada com tazobactam Em relação à tigeciclina 96 das cepas foram resistentes A colistina foi o antimicrobiano que apresentou maior sensibilidade contra as cepas de P aeruginosa com 96 de sensibilidade conforme a Tabela 2 As cepas de A baumannii mostraram sensibilidade reduzida à maioria dos antimicrobianos testados onde 100 delas apresentaramse resistentes às penicilinas 885 às cefalosporinas 875 aos carbapenêmicos 850 às quinolonas e 725 à penicilina associada ao inibidor de βlactamase Apesar da resistência às diversas classes de antimicrobianos a colistina foi o agente antimicrobiano mais ativo seguido pela tigeciclina com sensibilidade de 100 e 80 respectivamente conforme apresentado na Tabela 1 Tabela 1 Perfil de suscetibilidade Acinetobacter baumannii R I S AMPCFU 4040 100 CFO 3940 975 COM 3640 900 340 75 IMI 3540 875 440 100 CIP 3440 850 440 100 CAZ 3340 825 340 100 240 50 CRO 2940 725 1040 250 140 25 APS 2940 725 640 150 440 100 GEN 1640 400 440 100 1640 400 TIG 740 175 3240 800 COL 4040 100 Fonte elaborada pelos autores Legenda R Resistente I Intermediário S Sensível AMP Ampicilina CAZ Ceftazidima CIP Ciprofloxacino CFO Cefoxitina COL Colistina CPM Cefepime CRO Ceftriaxona GEN Gentamicina IPM Imipenem APS Ampicilina com sulbactam TIG Tigeciclina Tabela 2 Perfil de suscetibilidade Pseudomonas aeruginosa R I S AMPCFU CRO 2525 100 CFOAPS TIG 2425 960 CIP 1525 600 1025 400 GEN 1625 600 925 360 CAZ 1325 520 1025 400 COM 1325 520 425 160 825 320 MER 1225 480 1325 520 IMI 1125 440 1325 520 AMI 1025 400 1525 600 COL 2425 960 Fonte elaborada pelos autores Legenda R Resistente I Intermediário S Sensível AMI Amicacina AMP Ampicilina CAZ Ceftazidima CIP Ciprofloxacino CFO Cefoxitina CFU Cefuroxima COL Colistina CPM Cefepime CRO Ceftriaxona GEN Gentamicina IPM Imipenem MER Meropenem APS Ampicilina com sulbactam TIG Tigeciclina DISCUSSÃO A taxa de positividade das hemoculturas observadas no presente estudo foi de aproximadamente 30 resultado similar ao descrito por Rodriguez et al 201114 e La Rosa et al 201615 cuja positividade encontrada foi de aproxi madamente 36 e foi superior aos 20 de positividade observado por Morello et al 201916 A taxa de positividade das hemoculturas varia de 10 a 301718 Portanto é possível afirmar que os resultados obtidos no estudo em questão foram compatíveis com a literatura Os bacilos Gramnegativos não fermentadores mais isolados nas UTIs foram Acinetobacter baumanni 519 e Pseudomonas aeruginosa 325 A prevalência das bactérias não fermentadoras encon trada foi semelhante à reportada por Chmielarczyk et al 201819 que também observaram Abaumannii e P aeruginosa como prevalentes nas unidades de terapia intensiva Gráfico 3 Prevalência geral de bactérias não fermentadora nas UTIs e UC Fonte elaborada pelos autores 10 15 20 25 35 45 30 40 0 5 A baumannii P aeruginosa Acinetobacter spp Stenotrophomona C Burkholderia Pseudomonas spp Prevalência de bastonetes Gramnegativos não fermentadores isolados em amostras de hemoculturas RBAC 2021533252257 255 As cepas de A baumannii são intrinsecamente resist entes às penicilinas e praticamente resistentes a todos os antimicrobianos usados para tratar as infecções causadas por bactérias Gramnegativas como os pertencentes às classes de fluoroquinolonas aminoglicosídeos e cefalospori nas20 A resistência múltipla fez com que os carbapenêm icos se tornassem a droga de escolha para o tratamento de infecções provocadas por esses microrganismos22 No entanto Mota et al 201823 descreveram em seu estudo uma taxa de resistência importante ao imipenem de 771 e dados da ANVISA apontam 80 das ICS por A baumannii sendo resistentes aos carbapenêmicos No presente estudo a taxa de resistência ao imipenem foi de 875 corroborando com o estudo realizado por Mota et al 201823 Também observamos uma elevada taxa de resistência às cefalosporinas de 2a 3a e 4a geração e às quinolonas sendo semelhante às descritas por Gomes et al 201624 A colistina foi o antimicrobiano mais ativo contra as cepas de A baumannii onde 100 das cepas apre sentaramse sensíveis taxa semelhante à apresentada por Gales et al 201920 seguido pela tigeciclina cuja sensibilidade foi de 80 corroborando com os estudos de WU et al 201821 cuja sensibilidade foi de 100 Em relação às cepas de P aeruginosa as drogas que apresentaram maior resistência de acordo com Manyahi et al 202025 foram as cefalosporinas de 3ª geração rep resentada pela cefotaxima cuja resistência foi de 100 A suscetibilidade dessas cepas também foi reduzida em relação à gentamicina à ceftazidima e ao ciprofloxacino onde a taxa de resistência observada foi de 73 70 e 64 respectivamente Quanto aos carbapenêmicos a resistência relatada foi de 46 para o meropenem No presente estudo a taxa de resistência à ceftazidima foi de 52 mostrandose inferior à descrita por Manyahi et al 202025 Quanto aos aminoglicosídeos e ao ciprofloxa cino a taxa de resistência foi semelhante De acordo com Moyo et al 201526 o uso dos car bapenêmicos tem sido cada vez mais utilizado para tratar infecções por P aeruginosa resistentes aos βlactâmicos entretanto o aparecimento de cepas resistentes a eles já tem sido observado assim como descrito por Aydin Teke et al 201727 que observaram uma resistência ao imipenem de aproximadamente 41 e por Manyahi et al 202025 que descreveram uma resistência ao meropenem de 46 no presente estudo a taxa de resistência observada foi de 44 ao imipenem e de 48 ao meropenem Segundo Fritzenwanker et al 201828 as cepas de P aeruginosa são vistas como resistentes à tigeciclina e no presente estudo esse também foi o antibiótico que apresentou uma elevada taxa de resistência Apesar do elevado grau de resistência associado às cepas de P aeruginosa algumas drogas apresentaram boa taxa de suscetibilidade Dentre os fármacos considerados antipseudomoniais a taxa de suscetibilidade foi de 60 para amicacina semelhante à descrita por Dallacorte et al 201629 que foi de 57 e em relação à colistina a sensibilidade observada no presente estudo foi de 96 taxa semelhante à observada por Kim et al 201730 e por Malekzadegan et al 201931 que foi de 100 Em relação às cepas de Burkholderia cepacia preva lentes na UC seu perfil de suscetibilidade não foi detalhad amente abordado devido ao reduzido número de amostras nesta unidade e portanto não apresentou uma relevância significativa em relação ao número total de amostras analisa das No entanto é possível afirmar que no presente estudo 100 das cepas isoladas nesta unidade foram sensíveis à sulfametaxazol com trimetropim e à ceftazidima drogas de primeira escolha para o tratamento de infecções causadas por essas bactérias CONCLUSÃO As bactérias não fermentadoras de maior prevalência foram Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa Em relação ao teste de sensibilidade aos antimicrobianos foi observada uma múltipla resistência em relação às quinol onas βlactâmicos inclusive carbapenêmicos Diante do surgimento de cepas com resistência a diversas classes de antimicrobianos é de suma importância que haja um controle rigoroso por parte da equipe hospi talar com medidas educativas que visem à prevenção das ICS e consequentemente promovam uma redução na disseminação desses microrganismos O relato do surgimento de cepas resistentes à colistina desafia ainda mais as medidas de controle de infecção e torna a investigação completa dos surtos uma ação indis pensável Medidas de biossegurança como a higienização sistemática das mãos é de grande importância no controle das infecções relacionadas à assistência à saúde Abstract Objectives To evaluate the prevalence of nonfermenting bacteria in blood culture samples from the adult and neonatal intensive care units ICUs and the Coronary Care Unit UC define the antimicrobial susceptibility profile of prevalent bacterial strains Methods Data were collected on all positive blood cultures from the Adult Neonatal and UC ICUs of a private hospital in Juiz de Fora Minas Gerais Brazil from January 2017 to January 2019 Results 3535 results of blood culture samples were analyzed where 2464 697 were negative and 1071 303 positive for some microorganism Among the positive samples 77 nonfermenting Gram negative rods 69 were found with the prevalence of Acinetobacter baumannii 519 followed by Pseudomonas aeruginosa 325 A baumannii strains were resistant to carbapenems and quinolones As for strains of P aeruginosa the drugs tested that showed greater resistance were ampicillin ampicillin with tazobactam second and third generation of cephalosporins except ceftazidime and tigecycline The drugs that showed good activity in inhibiting the growth of the strains analyzed were tigecycline for A baumannii and colistin for both strains Conclusion the present study Leal MS Carneiro AA Garcia PG 256 RBAC 2021533252257 warns of resistance to multiple classes of antimicrobial strains from the ICUs and UC demonstrating a worrying scenario and the need to develop new drugs and new control measures Keywords Blood Culture Sepsis Bacterial Drug Resistance Gramnegative Bacteria Infections REFERÊNCIAS 1 Agência Nacional de Vigilância Sanitária Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde Brasília Agência Nacional de Vigilância Sanitária 2017 2 Nieman AE Savelkoul PHM Beishuizen A Henrich B Lamik B MacKenzie CR KindgenMilles D Helmers A Diaz C Sakka SG and Schade RP A prospective multicenter evaluation of direct molecular detection of blood stream infection from a clinical perspective BMC Infectious Diseases 2016 16314 3 Mustafić S Brkić S Prnjavorac B Sinanović A Porobić Jahić H Salkić S Diagnostic and prognostic value of procalcitonin in patients with sepsis Med Glas Zenica 201815293100 doi101739296318 4 Brooks D Polubothu P Young D Booth MG Smith A 2018 Sepsis caused by bloodstream infection in patients in the intensive care unit the impact of inactive empiric antimicrobial therapy on outcome Journal of Hospital Infection 984 369374 doi101016j jhin201709031 5 Araujo MRE Hemocultura recomendações de coleta processamento e interpretação de resultados J Infect Control 2012 11 0819 6 Ferreira LE Dalposso K Hackbarth BB Gonçalves AR Westphal GA França PHC at al Painel molecular para detecção de microrganismos associados à sepse Rev Bras Ter Intensiva 2011 231 3640 7 Sitnik R Marra AR Petroni RC Ramos OPS Martino MDV Pasternak J et al Uso do SeptiFast para diagnóstico de sepse em doentes graves de um hospital brasileiro Einstein 2014 122 1917 8 Leal HF Azevedo J Silva GEO et al Bloodstream infections caused by multidrugresistant gramnegative bacteria epidemiological clinical and microbiological features BMC Infect Dis 2019191609 Published 2019 Jul 11 doi101186s128790194265z 9 CantónBulnes ML GarnachoMontero J Practical approach to the management of catheterrelated bloodstream infection Rev Esp Quimioter 201932 Suppl 2 Suppl 23841 10 da Costa TM Cuba GT Morgado PGM et al Pharmacodynamic comparison of different antimicrobial regimens against Staphylococcus aureus bloodstream infections with elevated vancomycin minimum inhibitory concentration BMC Infect Dis 202020174 Published 2020 Jan 23 doi101186s12879 02047829 11 Martinez RM Wolk DM Bloodstream Infections nd Diagnostic Microbiology of the Immunocompromised Host Second Edition 653689 doi101128microbiolspecdmih200312016 12 Whistler T Sangwichian O Jorakate P Sawatwong P Surin U Piralam B et al 2019 Identification of Gram negative non fermentative bacteria How hard can it be PLoS Negl Trop Dis 139 e0007729 httpsdoiorg101371journalpntd0007729 13 bioMérieux Brasil Produtos e Serviços Disponível em URL http wwwbiomerieuxcombrdiagnosticoclinicoprodutoseservicos Acesso em 3 dezembro 2019 14 Rodriguez F Barrera L De La Rosa G Dennis R Duenas C Granados M et al The epidemiology of sepsis in Colombia a prospective multicenter cohort study in tem university hospitals Crit Care Med 2011 397167582 15 De La Rosa G León AL Jaimes F Epidemiología y pronóstico de pacientes con infección del torrente sanguíneo en 10 hospitales de Colombia Epidemiology and prognosis of patients with bloodstream infection in 10 hospitals in Colombia Rev Chilena Infectol 2016332141149 doi104067S071610182016000200003 16 Morello LG DallaCosta LM Fontana RM Netto AC Petterle RR Conte D et al Avaliação das características clínicas e epidemiológicas de pacientes com e sem sepse nas unidades de terapia intensiva de um hospital terciário Einstein São Paulo 2019 172 eAO4476 httpdxdoiorg1031744einsteinjournal 2019AO4476 17 Chen XC Yang YF Wang R Gou HF Chen XZ Epidemiology and microbiology of sepsis in mainland China in the first decade of the 21st centuryInt J Infect Dis 2015 3 914 18 Weiss SL Fitzgerald JC Pappachan J et al Global epidemiology of pediatric severe sepsis the sepsis prevalence outcomes and therapies study published correction appears in Am J Respir Crit Care Med 2016 Jan 1519322234 Am J Respir Crit Care Med 20151911011471157 doi101164rccm2014122323OC 19 Chmielarczyk A Pobiega M Romaniszyn D WójkowskaMach J Multilocus sequence typing MLST of nonfermentative Gram negative bacilli isolated from bloodstream infections in southern Poland Folia Microbiol Praha 2018632191196 doi101007 s1222301705507 20Gales AC Seifert H Gur D Castanheira M Jones RN Sader HS Antimicrobial Susceptibility of Acinetobacter calcoaceticus Acinetobacter baumannii Complex and Stenotrophomonas maltophilia Clinical Isolates Results From the Sentry Antimicrobial Surveillance Program 19972016 Open Forum Infect Dis 20196Suppl 1S34 S46 Published 2019 Mar 15 doi101093ofidofy293 21 Wu HG Liu WS Zhu M Li XX Research and analysis of 74 bloodstream infection cases of Acinetobacter baumannii and drug resistance Eur Rev Med Pharmacol Sci 201822617821786 doi1026355eurrev20180314597 22 AlLawama M Aljbour H Tanash A Badran E Intravenous Colistin in the treatment of multidrugresistant Acinetobacter in neonates Ann Clin Microbiol Antimicrob 2016158 Published 2016 Feb 12 doi101186s1294101601264 23 Mota FS Oliveira HÁ Souto RCF Perfil e prevalência de resistência aos antimicrobianos de bactérias Gramnegativas isoladas de pacientes de uma unidade de terapia intensiva Rev Bras Anal Clin 2018 503 2702 24 Gomes DBC Genteluci GL Carvalho KR Medeiros LM Almeida VC Castro EAR et al Acinetobacter baumannii multirresistentes emergência de resistência à polimixina no Rio de Janeiro Rev Visa em Debate 20164328 25 Manyahi J Kibwana U Mgimba E Majigo M Multidrug resistant bacteria predict mortality in bloodstream infection in a tertiary setting in Tanzania PLoS One 2020153e0220424 Published 2020 Mar 4 doi101371journalpone0220424 26 Moyo S Haldorsen B Aboud S Blomberg B Marselle SY Sundsfjord A Langeland N and Samuelsen O Identification of VIM2Producing Pseudomonas aeruginosa from Tanzania Is Associated with Sequence Types 244 and 640 and the Location of blaVIM2 in a TniC Integron Antimicrob Agents Chemother 2015591682685 doi101128AAC0143613 27 Aydın Teke T Tanır G Bayhan Gİ Öz FN Metin Ö Özkan Ş Clinical and microbiological features of resistant gramnegative bloodstream infections in children J Infect Public Health 2017102211218 doi101016jjiph201604011 28 Fritzenwanker M Imirzalioglu C Herold S Wagenlehner FM Zimmer KP Chakraborty T Opções de tratamento para infecções Gramnegativas resistentes a Carbapenem Dtsch Arztebl Int 2018 115 2021 345352 doi 103238 arztebl20180345 Prevalência de bastonetes Gramnegativos não fermentadores isolados em amostras de hemoculturas RBAC 2021533252257 257 29 Dallacorte TS Indras DM Teixeira JJV Peder LD Silva CM Prevalência e perfil de sensibilidade antimicrobiana de bactérias isoladas de hemoculturas realizadas em hospitais particulares Rev Inst Adolfo Lutz São Paulo 2016 751702 30 Kim HS Park BK Kim SK et al Clinical characteristics and outcomes of Pseudomonas aeruginosa bacteremia in febrile neutropenic children and adolescents with the impact of antibiotic resistance a retrospective study BMC Infect Dis 2017171500 Published 2017 Jul 17 doi101186s1287901725970 31 Malekzadegan Y Abdi A Heidari H Moradi M Rastegar E Sedigh EbrahimSaraie H In vitro activities of colistin imipenem and ceftazidime against drugresistant Pseudomonas aeruginosa and Acinetobacter baumannii isolates in the south of Iran BMC Res Notes 2019121301 Published 2019 May 28 doi101186 s1310401943447 Correspondência Mayara Silveira Leal Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora Alameda Salvaterra 200 Salvaterra Juiz de Fora MG 36033003 Email myrsilveiragmailcom Estudo descritivo e retrospectivo Dados analisados coletados de janeiro de 2017 a janeiro de 2019 De acordo com todas as etapas e resultados Hemoculturas positivas para Gramnegativos não fermentadores SIM NÃO Excluído do estudo software laboratorial Shift Lis Aparelho BACTALERT 3D Dda empresa bioMérieux Identificados no VITEK 2 compact da bioMérieux com cartões GN AST238 e AST239 CEPFCMSJF pela desolução 46612 do Conselho Nacional de Saúde sob o Parecer n3735713 Presente no estudo O presente artigo tratase de uma revisão de dados coletados acerca da resistência a múltiplas classes de antimicrobianos das cepas das UTIs e UC Alertando sobre um problema global que é o consumo irregular e desenfreado de antibióticos parcialmente para fins em que não havia necessidade até mesmo Outro grande problema é a evolução bacteriana a troca de material entre diferentes espécies tornando elas amplamente resistentes aos antimicrobianos As bactérias não fermentadoras tratamse de microrganismos que não utilizam o carboidrato como fonte de energia e estão fortemente associadas a infecções graves em pessoas imunocomprometidas Como é o caso da Acinetobacter baumanni e da Pseudomonas aeruginosa apresentadas no referente artigo e com múltipla resistência comprovadas As quinolonas são uma classe de antibióticos que atuam inibindo o crescimento e replicação bacteriana Já os betalactâmicos ligamse às enzimas responsáveis pela síntese da parede celular bacteriana inativandoas assim como os carbapenêmicos Ambos com propósito único e exclusivo de tratar infecções bacterianas As bactérias desenvolvem resistência aos antibióticos através de alterações genéticas espontâneas ou de troca de material genético entre as bactérias Dentre os mecanismos de resistência das bactérias estão enzimas que atuam desativando os antibióticos ejetandoos também e nas bactérias encapsuladas sua parede não permite a entrada dos antibióticos As bactérias tem muitos mecanismos de propagação como a própria mutação espontânea seja ela a sua evolução ao longo dos anos quando uma bactéria incorpora o DNA de outra bactéria resistente Na transdução o material genético é transferido por bacteriófagos Na conjugação o material genético é transferido entre células Já na transposição pequenos fragmentos de DNA são transferidos A indústria farmacêutica esta estagnada na produção de novos antibióticos devido a perda da rentabilidade e à resistência das bactérias aos antibióticos Segundo a teoria da seleção natural quando as bactérias são expostas aos antibióticos e sobrevivem elas se tornam mais fortes A problemática surge do uso indiscriminado dos mesmos Esperança está no andamento de pesquisas para a produção de novos antibióticos pelo método BRET ou pela planta JATROPHA pelos peptídeos análogos ou de um antibiótico que contorne a resistência microbiana BRET é uma tecnologia não invasiva que utiliza uma célula para detectar a interação entre proteínas A planta JATROPHA é de uso medicinal Peptídeos análogos são peptídeos que podem ser modificados para ter propriedades antibacterianas sua função natural é acelerar o crescimento de órgãos e tecidos A venda de antibióticos sem receita contribui para a problemática da resistência bacteriana pelo uso excessivo e retorno das infecções da forma mais grave Lugares que realizam o ato de vender antibióticos sem receitas podem ser multados pela Anvisa medida cabível desde 2010 pela resolução RDC 44 através do numero 0800 642 97 82 Sempre que necessário os antibióticos devem ser usados de forma correta pela prescrição médica dentro do prazo de validade utilizar a dose prescrita não guardar sobras de medicamento para serem utilizadas eventualmente não suspender o tratamento antes do prazo determinado verificar as interações medicamentosas que estão advertidas na bula e prestar atenção aos possíveis efeitos colaterais